REVISTA TRIBUNA - EDIÇÃO 239

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EDIÇÃO 239 | FEVEREIRO 2022 | R$ 15,00

HISTÓRIA: Decadência econômica do Brejo paraibano



Fundador Bosco Gaspar Diretor Presidente Manoel Raposo

Diretor de Circulação Josenberg Lima, Alcides Santos e Sales Ferreira Diretor de Eventos Sandro Galvão Conselho Editorial Manoel Raposo, Nonato Guedes, Assis Cordeiro e Nena Martins Colaboradores Fábio Cardoso, Des. Serpa, Dr. Klécius Leite Fernandes, Josenberg Lima, Nena Martins, Cleanto Gomes, Assis Cordeiro e Ilka Cristina Editor Responsável Manoel Raposo Redação Assis Cordeiro, Nena Martins, e Nonato Guedes Projeto gráfico e diagramação EstampaPB | estampapb@gmail.com Fotos Ilka Cristina, Nyll Pereira, assessorias, SecomPB, SecomJP, ALPB, Freepick, Pixaby. internet e arquivo pessoal Tiragem 5.000 (cinco mil) exemplares Esta revista circula em todo o Estado da Paraíba. É um produto de publicação jornalística de responsabilidade da A TRIBUNA - Serviço de Publicidade Ltda. CNPJ: 41.585.489/0001-98 mrcomunicacaoltda@yahoo.com.br Rua Avenida Francisca Moura, 434, sl 505 cxpst 27 centro - Cep: 58.013-440 - João Pessoa/PB Fones: (83) 98741-2184 / 99619-7538

Nesta edição, o leitor poderá conferir, na matéria de capa, que a iminência do período eleitoral tem acelerado as articulações partidárias para consolidação dos nomes que deverão concorrer ao pleito de outubro próximo. Até o fechamento desta edição, seis nomes já tinham sido confirmados como pré-candidatos ao governo do Estado. O leitor conferirá também que o governo paraibano foi reconhecido em níveis nacional e internacional, pela transparência nos serviços ofertados à população, alcançando as primeiras colocações em avaliações de órgãos como a Controladoria Geral da União (CGU) e Secretaria do Tesouro Nacional (STN). A cobertura dos agentes que atuam na sociedade paraibana, traz a comemoração do Dia do Movimento Municipalista Brasileiro, festejado pela Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup). Ainda neste âmbito, ganha destaque a aprovação por parte da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), durante sessão híbrida, o projeto de Lei 3.018/2021, de autoria do deputado Anderson Monteiro, que cria a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A dinâmica municipalista e a cobertura social e administrativa dos municípios paraibanos, continuam ganhando o destaque necessário por parte de nossos colaboradores. Desejamos a todos uma boa leitura.

EDITORIAL

Diretor Financeiro Marcelo Raposo


BASTIDORES MANOEL RAPOSO | mrcomunicacaoltda@yahoo.com.br

NO ANIVERSÁRIO DA CIDADE Prefeita reafirma publicamente apoio a Ricardo Barbosa

Pondo fim às fake news dos bastidores da política no Vale do Mamanguape, a prefeita de Itapororoca, Elissandra Brito, escolheu as comemorações de aniversário dos 60 anos da cidade para anunciar oficialmente apoio à pré-candidatura a deputado federal do seu aliado Ricardo Barbosa, bem como à pré-candidatura de George Morais a deputado estadual. “A verdade é esta: estou com eles”, frisou. O anúncio foi feito no parque ecológico da Piscina da Nascença, tendo como principal testemunha o deputado federal Efraim Filho, pré-candidato ao Senado, a quem reafirmou seu apoio. Ela pediu a união dos vereadores da base aliada, dos amigos e destacou que todos devem se empenhar para fazer os candidatos majoritários. Elissandra já havia afirmado à imprensa local, em novembro, que iria fazer esse gesto, a fim de acabar com o disse me disse na região. O vice-prefeito Batista Torres, assim como o ex-prefeito Celso Morais, também seguem a decisão da líder.

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BRANCO VISITA OBRA DA ESTRADA 034 Foram noites mal dormidas, cobranças, xingamentos nas redes sociais, desgaste e prejuízo político, mas poder visitar a obra da estrada 034, denominada Francisco Velton Braga, que liga a BR-101 a Alhandra/Caaporã, praticamente concluída, gera um sentimento de gratidão e de dever cumprido do deputado Branco Mendes, que expressou o tamanho de sua felicidade. Quem acompanhou a luta sabe o quanto foi difícil conseguir essa realização, mas graças ao trabalho do deputado, em conjunto com o governador João Azevêdo, que não mediu esforços para sua conclusão, e aos diretores do Departamento de Estradas e de Rodagens (DER) por toda atenção e capacidade técnica, conseguiu entregar uma estrada digna para toda a população do Litoral Sul, que terá a vida e o trabalho facilitado por ela. Branco agradece primeiramente a Deus por ter dado capacidade e saúde para trabalhar pelos paraibanos, aos familiares que sempre o apoiaram e acreditaram na concretização desse sonho e, principalmente, à população que esteve ao seu lado mesmo nos momentos mais críticos do andamento da obra. O trabalho não vai parar!

APOIO A AZEVÊDO O único prefeito eleito pelo PT na Paraíba, Olivânio Dantas, declarou apoio ao governador João Azevêdo à reeleição no pleito de 2 de outubro. Considerado um dos melhores gestores do Estado, face a sua extraordinária administração, Olivânio declarou que não tem como deixar de votar em Azevêdo, em função da atenção que o mesmo vem dispensando ao município de Picuí, desde quando assumiu o comando deste município. Quem visitou recentemente a cidade de Picuí, percebe a transformação que o município vem passando, desde a ascenção do atual mandatário.


a quem nosso partido vai apoiar”, finalizou. Em seu discurso, o governador Azevêdo O governador da Paraíba afirmou ser “uma alegria João Azevêdo teve sua ficha extraordinária voltar ao de filiação abonada pelo presipartido que faz política dente nacional do PSB, Carlos da forma que eu acredito Siqueira, em um ato realizaque é a forma correta de do no dia 24, em João Pessoa. se fazer” e “onde giganAzevêdo retorna ao PSB após tes da política nacional pouco mais de dois anos e disjá passaram”, citando Miputará a reeleição ao governo guel Arraes, João Capibeestadual pelo mesmo partido ribe e Eduardo Campos. em que venceu o pleito em “Para mim, voltar é 2018. uma forma de renascer. A solenidade contou com É essa a minha sensação; a presença de lideranças sociade renascer dentro de um listas como o governador de partido que lá em 2018, Pernambuco, Paulo Câmara, o com uma campanha beprefeito do Recife, João Camlíssima, nós levamos aos pos, o deputado federal e prequatro cantos desse Estasidente estadual do PSB-PB, do o que era fazer política Gervásio Maia, os deputados Carlos Siqueira abona ficha de filiação de João Azevêdo com inclusão, com justiça federais Alessandro Molon, social, olhando os invisíveis da soDanilo Cabral, Denis Bezerra, Caquer, é o retorno de uma liderança ciedade”, destacou, lembrando do milo Capiberibe, Lídice da Mata, que tem mostrado condições de período de campanha eleitoral. Rafael Motta e Tadeu Alencar. governar para o povo, governar Azevêdo disse que sua filiaDeputados estaduais, militantes para melhorar a educação, a saúção é uma renovação de comproe lideranças de outros partidos de, a segurança, a infraestrutura, misso para fazer com que o PSB também participaram do evento. a ciência e tecnologia. Governar volte a ser o maior partido da PaEm seu discurso, Siqueira para trazer para a Paraíba todo o raíba e sua reeleição será para que afirmou que Azevêdo não retorna progresso possível”, comemorou. se tenha condições de “renovar a ao partido agora por acaso. “João O presidente do PSB finalizou esperança do povo”. honra o PSB mas, sobretudo, ele sua participação no evento pedin“Nós temos a obrigação de honra homens e mulheres da Pado que os paraibanos se engajem resgatar e oferecer esperança de raíba que precisam de um líder na futura campanha do pré-canque dias melhores virão. Esse rescompetente, que é o que ele tem didato à reeleição e trabalhem gate da cidadania, da humanidade, sido para o Estado”. para “dar um basta às ameaças à da verdade nas falas, do carinho Siqueira completou que a aledemocracia feitas pelo presidente que precisa ter de qualquer autogria de receber o governador não Jair Bolsonaro”. “Hoje temos um ridade com a população, virá não é só do PSB, é geral. “Os represenlíder popular que reúne as melhoapenas com a minha reeleição, tantes do PSB, PT e Republicanos res qualidades e condições para mas também com a eleição de Lula dividem a alegria dessas boas vintirar o Brasil desse atraso, o prepara presidente”, ressaltou. das. Esse não é um retorno qualsidente Luiz Inácio Lula da Silva,

JOÃO AZEVÊDO VOLTA AO PSB, APÓS DOIS ANOS

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P OL Í T ICA

Em meio à reviravoltas, disputa ao governo já tem seis concorrentes

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Por Nonato Guedes

cenário político paraibano para as eleições de outubro tem experimentado reviravoltas neste começo de ano, sendo a principal delas a decisão do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), de lançar-se pré-candidato ao governo, deixando para trás o apoio que até então havia manifestado ao governador João Azevêdo, que pleiteia a reeleição. Em paralelo, precipitaram-se outras definições de pré-candidaturas, tanto ao governo, como ao Senado. E um outro fato espetacular foi o retorno de João Azevêdo às hostes do PSB, do qual havia saído por divergências com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT). O atual governador deixou os quadros do "Cidadania", onde permaneceu praticamente por um ano e, segundo ele, contribuiu para fortalecer a legenda, que saltou de um prefeito para 45 prefeitos, na Paraíba. A causa para a migração de Azevêdo foi a decisão da Executiva Nacional do Cidadania de formar "federação" com o PSDB, obrigan-

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do o convívio entre políticos que são adversários no Estado. A dados de hoje, o panorama de pré-candidatos a governador na Paraíba registra seis postulantes: João Azevêdo (PSB), deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), comunicador Nilvan Ferreira (PTB), Adjany Simplício (PSOL). Ainda circula, nos meios políticos, o nome do procurador e pastor Sérgio Queiroz (sem partido), que atua no campo conservador e que disputa, juntamente com Nilvan Ferreira, o apoio oficial do presidente Jair Bolsonaro, no Estado. Nilvan conseguiu adesões importantes para sua pretensão, como a do deputado federal Wellington Roberto, que preside o diretório paraibano do PL, partido ao qual Jair Bolsonaro se filiou. Um filho dele, Bruno Roberto, anuncia-se pré-candidato ao Senado. No começo de fevereiro, na “visita relâmpago” de Bolsonaro à Paraíba, Nilvan e Wellington estiveram com ele em São José de Piranhas e comunicaram a união entre o PL e o PTB. O presidente teria "abençoado" a união.

Em relação ao senador Veneziano Vital do Rêgo, ele conseguiu o apoio da maioria da Executiva Estadual do PT para uma aliança, encabeçando a chapa que terá o ex-governador Ricardo Coutinho como pré-candidato ao Senado. Um evento de lançamento chegou a ocorrer no Sindicato dos Bancários de João Pessoa, com direito à mensagem de apoio, em vídeo, da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, que defendeu a unidade de forças para o combate e a derrota do presidente Jair Bol-


sonaro e do bolsonarismo. Em declarações à imprensa, Veneziano se disse decepcionado com a administração de Azevêdo, de quem "esperava mais" e desabafou que o chefe do Executivo "vive encastelado em palácio ou na granja Santana, sem dialogar com forças políticas". O governador, mesmo minimizando a densidade da candidatura de Veneziano, respondeu aludindo à cobranças de líderes políticos por decisões: "Eu não funciono na base da pressão". Dentro da base situacionista, ao mesmo tempo em que ocorreu a defecção do grupo liderado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, que há meses estava distanciado do governador João Azevêdo, houve movimentos públicos dos pré-candidatos ao Senado Efraim Filho (União Brasil) e Aguinaldo Ribeiro (PP) para demonstração de força. Efraim recebeu o apoio do Republicanos, presidido pelo deputado

federal Hugo Motta, que anunciou adesões à legenda, entre as quais a do deputado federal Wilson Santiago (PTB) e do deputado estadual Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa e ainda filiado ao PSB. Motta admitiu que o Republicanos está lutando para se credenciar à ocupação de espaços na chapa majoritária e, com isto, assumir posição de protagonismo no cenário paraibano, da mesma forma como, de acordo com ele, o partido avança em projeção no âmbito nacional. A atitude do senador Veneziano Vital do Rêgo de se lançar pré-candidato ao governo provocou "racha" dentro do próprio MDB, com manifestação de dissidência por parte do deputado estadual Raniery Paulino, filho do ex-governador Roberto Paulino. Ao anunciar sua saída do MDB, onde se considerava "militante histórico" juntamente com a sua família, o deputado Raniery desabafou que não "cabe" mais na constelação partidária, tendo em vista a aliança promovida por Veneziano com políticos que ele sempre combateu, como o ex-governador Ricardo Coutinho. "Por uma questão de princípio e de coerência política-ideológica não vou me alinhar a esse bloco", garantiu Raniery, informando que apoia a reeleição do governador João Azevêdo, que disputará mandato de deputado federal e que deverá ingressar, provavelmente, no Republicanos. O presidente do diretório municipal do MDB em João Pessoa,

Mikika Leitão, aplaudiu Veneziano com entusiasmo, por assumir a candidatura ao governo. Por sua vez, a vice-governadora Lígia Feliciano, mesmo diante do anúncio da cúpula estadual do PT de que vai apoiar a pré-candidatura de Veneziano, salientou que não recua da pretensão de concorrer ao Executivo pelo PDT. "Tenho conversado com as pessoas e as chamadas forças políticas da Paraíba, na construção de um projeto de transformação para o nosso Estado, mas cada um tem o direito de escolher o seu próprio caminho", enfatizou Lígia em uma postagem que fez em rede social. A vice-governadora vinha se articulando, juntamente com o seu marido, o deputado federal Damião Feliciano, para obter o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua pré-candidatura, tendo chegado a se reunir com ele, mesmo com o PDT tendo pré-candidato à presidência da República, na pessoa do ex-ministro Ciro Gomes. Ela disse respeitar o posicionamento do PT, "mas isso não interfere em nada na minha decisão e do meu partido, o PDT, de apresentar um projeto de transformação para a nossa Paraíba". E concluiu Lígia: "A nossa pré-candidatura ao governo do Estado da Paraíba continua cada dia mais firme e forte, para sermos a primeira mulher a governar a Paraíba. Vamos seguir apresentando as nossas ideias e ouvir a todos que pudermos, continuando a conversar com outras forças políticas para fortalecermos um plano de desenvolvimento para o nosso Estado". volvimento para o nosso Estado".

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GOV ER NO

Paraíba é reconhecida em nível nacional pela transparência pública e solidez fiscal

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Governador João Azevêdo

Governo da Paraíba tem sido reconhecido em níveis nacional e internacional pela transparência nos serviços ofertados à população, alcançando as primeiras colocações em avaliações de órgãos como a Controladoria Geral da União (CGU) e Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o que tem tornado o estado atrativo para a geração de novos negócios e garantida a segurança jurídica para novos investidores. No ranking da transparência da CGU, a Paraíba é o segundo estado mais bem avaliado do Nordeste e o sexto do Brasil. A nota leva em consideração aspectos como a verificação da publicação

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de informações sobre receitas e despesas, licitações e contratos, estrutura administrativa, servidores públicos e acompanhamento de obras públicas. A Paraíba também alcançou a segunda colocação regional e o sexto lugar nacional no Ranking da Qualidade da Informação Contábil e Fiscal. O ranking, uma iniciativa da STN, reflete a qualidade da informação contábil e fiscal e tem o objetivo de avaliar a consistência da informação publicada pelos estados e municípios no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público (Siconfi) e estimular a melhoria da qualidade dos dados aos diversos usuários e que também disponibiliza para acesso público. O estado recebeu a avaliação ótima no combate à Covid-19 no ranking da organização Transparência Internacional Brasil que avaliou como os portais de transparência dos 26 estados, Distrito Federal, das capitais e do governo federal trouxeram informações sobre contratações emergenciais, doações e medidas de estímulo econômico e proteção social durante a pandemia.

A Paraíba ainda conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o primeiro lugar no ranking de oferta dos serviços digitais no Grupo de Transformação Digital dos Estados e DF – GTD. GOV, uma rede nacional que reúne especialistas em transformação digital dos governos estaduais e distrital de todo o país. Para avaliação desse ranking, o serviço é considerado digital quando o cidadão não precisar, em nenhuma hipótese, comparecer a um balcão de atendimento presencial do Governo Estadual/Distrital e são considerados serviços públicos as atividades desempenhadas pelo estado para a entrega de serviços aos usuários e que atendam aos seguintes requisitos: Individualização, Impacto, Competência, Interação, Suficiência, Finalidade e Padronização (Normatização). O equilíbrio fiscal e financeiro associado à transparência pública rendeu à Paraíba a nota máxima na avaliação da sua capacidade de pagamento junto à STN, passando a ter rating A, consolidando a eficiência da gestão estadual diante das análises de governo e de mercado. Único estado do Nordeste com a nota A, obtida por apenas cinco estados do país, a certificação permite ao governo a contratação de financiamentos no limite máximo autorizado pela STN e também habilita a realização de operações de crédito com o aval da União. Além de pontuar com a maior nota no rating de governo, a Paraíba também se destacou na avaliação de mercado ao obter o rating AA+ na análise da Standard & Poor's Financial Services (S&P Global Ratings), umas das maiores agências de classificação de risco do mundo, que atestou a eficiência do estado no enfrentamento das pressões dos gastos impostos pela pandemia da Covid-19, bem como a capacidade de endividamento e o superávit operacional.


FA MUP

Famup destaca aprovação de PEC que impede novas despesas para municípios sem indicação de fonte de recursos A Comissão Especial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 122/15), que proíbe a criação de novas despesas para os municípios sem a indicação de fonte de recursos, aprovou, no dia 22, o relatório da proposta. O presidente da Federação das Associações dos Municípios Paraibanos (Famup), George Coelho, comemorou a decisão, que garante o avanço da matéria que é uma das mais importantes na pauta municipalista. A proposta cria os parágrafos 6º e 7º no artigo 167 da Constituição Federal e proíbe a imposição e transferência, por lei, de qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de serviço público para Municípios, Estados e Distrito Federal. Ela proíbe também a criação ou aumento de despesa que não conste na lei orçamentária anual, ou proposta de lei orçamentária anual, enviada pelo Executivo. Em Brasília, acompanhando a análise da Proposta, George destacou que, agora, prefeitos poderão se planejar melhor e poderão trabalhar de forma cooperativa com a União, sem imposição de demandas ou de programas que exijam gastos dos municípios.

Famup destaca desafios e afirma que PEC do 1% foi grande vitória do Movimento Municipalista No Dia do Movimento Municipalista Brasileiro, comemorado no dia 23, a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) destaca as principais lutas e vitórias dos prefeitos e os desafios que ainda têm pela frente. “Estamos no segundo ano de pandemia e temos o grande desafio de vacinar 100% da nossa população, recuperar a economia, garantir acesso a serviços e comida no prato da população”, disse o presidente da entidade municipalista paraibana, George Coelho. Apesar dos desafios, George fala da grande vitória dos municípios: a promulgação, pelo Congresso Nacional, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 391/17, que aumenta em 1% os repasses de alguns tributos da União para as cidades brasileiras. A propositura teve origem na Paraíba a partir de um movimento promovido por prefeitos e prefeitas e encabeçada pela Famup.

Presidente da Famup participa do lançamento da Escola Federativa para capacitação de servidores e gestores municipais O presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho, participou do lançamento das novas plataformas do Governo Federal para a capacitação de servidores e para unificar a política nacional de direitos humanos. Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta segunda-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro apresentou a Escola Federativa, o Portal das Organizações da Sociedade Civil e o Sistema Integrado Nacional de Direitos Humanos, que fazem parte da Agenda Brasil para Todos. O prefeito do município paraibano de Serra da Raiz, Luiz Machado, também participou da solenidade. Os programas serão conduzidos pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e pela Secretaria de Governo da Presidência da República (Segov).

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PM JP

Prefeito Cícero Lucena

Parque Arruda Câmara é reconhecido pela Unesco como referência em preservação

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Parque Zoobotânico Arruda Câmara já está marcado na mente de todo pessoense quando o assunto é natureza. No dia 11, no entanto, a Bica, como é popularmente chamado o espaço, passou a ser também uma referência mundial na área. Isso aconteceu pelo reconhecimento da Unesco, que concedeu ao Parque o título de Posto Avançado da Reserva Biosfera da Mata Atlântica (PARBMA). O diploma foi entregue ao prefeito Cícero Lucena e ao vice-prefeito Leo Bezerra durante solenidade no local. “Esse é o reconhecimento do trabalho de quem cuida deste Parque para que seja local de lazer, acolhimento e aprendizado. A Bica tem o poder de despertar em cada um o entendimento do quanto é importante

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preservar a natureza. Compartilho esse título com quem cuida da Bica e espero poder replicar experiências como esta na cidade”, destacou o prefeito Cícero Lucena. Quando uma instituição recebe o título PARBMA, ela passa a ser reconhecida como um local onde são desenvolvidos projetos de preservação e recuperação do bioma Mata Atlântica, que envolvam pesquisa e educação ambiental. Com o título, o Parque Arruda Câmara conquista o reconhecimento de que possui um conjunto de ecossistemas terrestres, remanescentes de Mata Atlântica, que contribui para a conservação da biodiversidade, pesquisa e promoção do desenvolvimento sustentável, além da educação ambiental. A presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Mary Sorage, explicou que os postos avançados são vitrines. “É uma honra reconhecer o trabalho que vem sendo feito aqui. Hoje, a Bica alcança patamar de destaque e responsabilidade. Este título traz consigo o compromisso de se fazer mais e melhor e não temos dúvida de que isso vai acontecer aqui, pois percebemos o amor da equipe por este espaço”, afirmou. O secretário municipal do Meio Ambiente, Welison Silveira, aproveitou para ressaltar o trabalho dos profissionais da Bica. “Este é o único espaço da Paraíba reconhecido e isso se deve ao trabalho realizado aqui. Agora temos não apenas o reconhecimento da população, mas da Unesco”, comemorou.


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HISTÓRIA

JOSÉ OCTÁVIO DE ARRUDA MELO é Historiador de ofício, com pós-doutorado pelo IEB/USP e co-autor de 'O movimento de 64 na Paraíba – Origens, Assalto ao Poder e Repressão (2021)'.

OTINALDO LOURENÇO E A RADIOFONIA PARAIBANA

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ede-me o jornalista Sandro Galvão, artigo sobre Otinaldo Lourenço e me lembro que escrevi sobre este a monografia A Arapuan e o Rádio Paraibano – Uma biografia dual. Datado de 2020, o estudo expressa o Rádio Arapuan de João Pessoa, como laboratório de dois radialistas responsáveis pela renovação de nossa radiofonia – Orlando Vasconcelos e Otinaldo Lourenço. É claro que há outros como Adalberto Barreto, Carlos Roberto e Manoel Raposo na Tabajara, Altimar Pimentel na Correio da Paraíba, irmão Lélis na Caturité de Campina Grande, Pedro Assis e Virgílio Trindade nos Patos e Mozar Assis e José Adegildes Bastos na Difusora Rádio de Cajazeiras. No conjunto, todavia, foram Vasconcelos, Lucena e Lourenço os que mais contribuíram, na Paraíba, para a transição do amplificadorismo para a moderna radiofonia. Dos três, foi Otinaldo quem mais preservou. Isso porque, em fins dos anos cinquenta, quando

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Antônio Lucena se transferiu para o Rio de Janeiro e Orlando desertou da radiofonia, foi o diretor artístico, e, a seguir, o diretor geral da Arapuan, quem sustentou o bastão. Eliminando velharias como execução do Hino Nacional na abertura e encerramento da programação, irradiação de música clássica no Dia de Finados e programas de auditório, Otinaldo montou esquema que começava

às cinco da manhã com as informações do “Bom Dia Trabalhador” e prosseguia com Mesa de Redação, e o Horóscopo, de Omar Cardoso. O “Big Show do Bolinha” entrava das 8 às 11:30h, seguindo-se com Esporte e o Jornal Sensacional. “Classe A”, “Eu Sou Eu e o Povo é o Povo” e “Fim de Tarde” ocupavam os horários vespertinos, em seguida aos quais, Resenha Esportiva e Plantão Arapuan” precediam meia hora que a Paraíba inteira parava para escutar – Antena Política!”. À noite, a Arapuan de Otinaldo, que, aos sábados e domingos inovava a programação, revelava três campeões de audiência: “Dramas e Comédias da Cidade”, “Clube dos Amigos da Noite” e “João Pessoa Zero Hora”. A força dessas sequências também provinha de apresentadores revelados por Otinaldo, como, entre outros, Cardivando de Oliveira, Silvio Carlos, Airton José, Ivan Bezerra, Eudes Toscano, Júlio Santana, Ary Silva, Nauda de Abreu, José Octávio, Enoque Pelágio e Francisco Ramalho, cujo pseudônimo era Francis Rafran. Desses, Enoque e Cardivando elegeram-se vereadores pela capital.


DE S TAQUE S A L PB

Comissão de Orçamento aprova reajuste de servidores públicos A Comissão de Orçamento, Fiscalização, Tributação e Transparência iniciou suas atividades de 2022 no dia 22, com a aprovação unânime de duas matérias legislativas relevantes para o Estado. A primeira delas foi a Medida Provisória 303/2022, que define os percentuais de reajuste para o servidor público estadual do Poder Executivo. Enviada ao Poder Legislativo pelo governador João Azevêdo, a MP 303/2022 concede reajuste salarial de 10% para várias categorias do serviço público estadual nas áreas da Saúde, Administração, Tecnologia, assim como aposentados e pensionistas. Ainda de acordo com a proposta, os reajustes apresentados passaram a valer desde o dia 1º de janeiro deste ano. Com a Urgência e relevância do texto aprovadas pelo parlamento, a Casa de Epitácio dará celeridade à tramitação da MP nas Comissões Permanentes para, em breve, levá-la ao Plenário.

Assembleia aprova políticas públicas em benefício das mulheres e das pessoas com Transtorno do Espectro Autista A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou, por unanimidade, durante sessão híbrida no dia 23, o projeto de Lei 3.018/2021, de autoria do deputado Anderson Monteiro, que cria a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os parlamentares também foram favoráveis à instituição da Política Estadual de Enfrentamento ao Assédio e à Violência Política Contra Mulheres. O projeto do deputado Anderson Monteiro propõe a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação. Para o parlamentar, será necessário também o estímulo à inserção da pessoa com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho, observadas as peculiaridades da deficiência e as disposições da Lei federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Deputados aprovam Política de Cuidados e Combate à Ansiedade Generalizada A ALPB aprovou por unanimidade a Política de Saúde direcionada aos cuidados e combate às consequências do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e ao transtorno misto ansioso e depressivo. Em sessão híbrida realizada recentemente, os parlamentares também foram favoráveis à criação do Selo da Empresa Amiga da Agricultura Familiar, destinado à empresas que utilizem produtos deste setor. O texto do Projeto de Lei 2.619/2021, do deputado Júnior Araújo, além de criar uma política de ações de cuidados e de enfrentamento às consequências do Transtorno de Ansiedade Generalizada, especifica que caberá ao Poder Executivo, principalmente por meio da Secretaria Estadual de Saúde, desenvolver atividades direcionadas a promover o conhecimento sobre a identificação, significados e tratamentos do TAG, assim como do transtorno misto ansioso e depressivo. O parlamentar defende ainda a elaboração e ampla divulgação de material didático impresso e mídias digitais sobre os transtornos, diagnóstico e o tratamento adequado.

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COTIDIANO CLEANTO GOMES PEREIRA | Advogado e escritor | cleantogomes@hotmail.com

CHICO SOUTO

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Um paraibano que marcou época

bordão segundo o qual certos personagens históricos marcam época expressa, em tom apologético, a influência de tais individualidades no tempo e lugar em que viveram, tal como acontecera a Francisco Souto Neto, um saudoso e admirado paraibano, assim lembrado em nosso meio político e social em relação à segunda metade do século XX. E nesse tocante, o político e notável benfeitor evocado nestas notas revelou algo bem peculiar na sua biografia de aclamado homem público – a identidade pura com os genuínos interesses do bem comum, ou seja, sem deixar obras escritas, mesmo sendo pensador de larga visão sociopolítica, preferiu um legado de projetos de alcance gregário, muitos convertidos em duradouras realizações de pedra e cal. Feito de uma argamassa diferente, própria dos grandes espíritos humanitários, devotou a personalidade, generosa e solidária, às ações protetoras em favor de desassistidos e carentes materialmente, com os quais, afinal, partilharia, a vida inteira, o muito ou pouco que lhe recaia às mãos. Seminarista ainda nos verdores da mocidade, largaria o seminário diocesano, onde se recolhera por sete anos, para, inesperada e casualmente, tornar-se o titular do cartório de Esperança e, em seguida, ao apelo das causas populares, deputado estadual por três mandatos consecutivos, com inéditas e consagradoras votações na sua região.

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A esse tempo, refocilando a paixão telúrica. Levaria ao torrão natal inapagáveis benefícios de água e energia elétrica, colégio estadual e maternidade pública. Estava no auge da atuante e respeitada carreira parlamentar, com exercício absolutamente impoluto, quando, sem qualquer expectativa, em 1969, fora impactado com a surpreendente notícia da cassação de seus direitos políticos, passando, de então em diante, a arrostar dolorido ostracismo, inclusive com acerbos reflexos sobre a resignada e harmoniosa família. É que não se coadunava com sua inquestionável e limpa trajetória a punição do regime de exceção, no seu caso, possivelmente devido à defesa de tratamento agrário mais justo e distributivo entre as populações rurais do país. Ou talvez, como costumava gracejar, “por que apresentei na Assembleia um voto de aplausos à União Soviética pelos feitos do astronauta Gagarin!”. Contudo, ao revés, enfrentando a imerecida desdita com bravo denodo, sagrou-se importante tabelião da capital, tornando-se o seu escritório uma verdadeira Meca de políticos e intelectuais, e ele uma figura legendária, a emitir, entre os gestos da notória bonomia, frequentes tiradas e ensinamentos de irrecusável sabedoria e bom senso, afinal extraídos do cabedal da experiência, a porção mais valiosa de seu patrimônio. Foi Chico Souto sim, por tudo isso e muito mais, um paraibano que marcou época!


HIS T ÓR I A

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Decadência econômica do Brejo paraibano Fotos: Antonio Davi

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Por Hilton Gouveia

conomistas da área sucroalcooleira, baseados em dados do IBGE, Sindalcool, Incra e Asplan - Associação dos Plantadores de Cana do Estado da Paraíba –, afirmam que a falência das usinas e destilarias do Brejo Paraibano, resultou, nos últimos 30 anos, numa crise dentro do mercado de trabalho local,

originando consequências negativas para o desenvolvimento territorial. Segundo estatísticas desses órgãos, os trabalhadores canavieiros frutos da quebra das usinas, atualmente vivem na periferia das cidades, ora em subempregos, ora desempregados. O excesso de mão de obra deslocado da zona canavieira para as periferias de cidades como Serraria,

Areia, Pilões, Bananeiras, Solânea e Guarabira, criou um êxodo desordenado de famílias sem ocupação no sentido campo- área urbana. E forçou a transferência de mais levas de canavieiros para outros estados, como Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas, que possuem uma indústria sucroalcooleira mais sólida e organizada. REVISTA TRIBUNA

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Esses deslocamentos podem ser comparados ao período pós-abolição, quando milhares de escravos passaram a andar pelas ruas, sem ocupação, depois gerando a figura do “morador” que predominou nas grandes propriedades. Historicamente, isso gerou o surgimento de um campesinato, apoiado num processo de conflitos de interesses com os movimentos da ressuscitada aristocracia rural do Século XX, que só se interessava em produzir, sem assistir a seus trabalhadores ou lhes pagar um salário digno. Apesar de tudo, a produção de cana-de-açúcar na Paraíba teve um impulso significativo com o Proálcool, na década de 1970. Este programa redefiniu a região canavieira do Estado, seja pela incorporação de novos municípios, seja pela expansão da lavoura canavieira nos municípios tradicionalmente produtores de cana. No início do

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Proálcool, em 1975, a produção da cana estava restrita a 15 municípios e aumentou para 38, na década de 1980. A expansão da cana também se verifica com a ampliação do setor industrial. Até a implantação do Proálcool, a Paraíba contava com sete usinas de açúcar, 28 engenhos e três destilarias de álcool. De 1975 a 1985, dez novas destilarias foram implantadas na Paraíba e, as que já existiam, acabaram ampliadas. O avanço da cana provocou a expulsão e expropriação de moradores, parceiros e foreiros, tanto nas áreas tradicionalmente canavieiras, quanto naquelas por ela incorporadas durante o Proálcool. No momento da implementação do Proálcool, a região do Brejo da Paraíba contava com duas usinas de açúcar: a Usina Tanques, no Município de Alagoa Grande (que faliu por incluir em seu histórico uma quantia mirabolante de processos trabalhistas e se envolver, direta-

mente, através dos proprietários, no assassinato da sindicalista Margarida Alves) e a Usina Santa Maria, no Município de Areia (hoje também falida), que começou a moer em 1932, e só muito mais tarde, em 1978, foi criada a destilaria anexa de álcool, com recursos do Proálcool. A sua capacidade era de 6,3 milhões de litros de álcool - a menor dentre as destilarias implantadas na região (incluindo-se, aí, a Destilaria Borborema, do industrial Waldomiro Ribeiro Coutinho, em Pirpirituba, que teve poucos anos de existência). A Usina Santa Maria possuía terras nos municípios de Pilões e Areia, que somavam 3.452 ha, segundo o cadastro de terras do Incra. Como as terras da Usina Santa Maria já se encontravam totalmente ocupadas por canaviais, a instalação da destilaria anexa criou uma nova demanda por cana-de-açúcar, que levou o proprietário a arrendar vários engenhos da região, incorporando novas terras para o suprimento de matéria-prima, a fim de alimentar o complexo Usina/Destilaria. A empresa valeu-se, então, de generosos incentivos fiscais e créditos subsidiados. Assim, vários engenhos antigos foram arrendados a partir de 1975 e outros deixaram totalmente de funcionar, tendo os proprietários se transformado em simples fornecedores de cana para a usina. Na safra de 1974/75, além da cana própria, a Usina Santa Maria contava com 220 fornecedores que entregavam cerca de 39 milhões de


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toneladas; já no ano seguinte, com o início do Proálcool, o número de fornecedores aumentou para 309 e o total de cana por eles entregue era de 80,8 milhões de toneladas (atualmente essas áreas estão ocupadas com lavouras de posseiros, de assentamento e/ ou arrendadas a terceiros). Por sua vez, na safra de 1980/85, o número de fornecedores atingiu a cifra de 325 e a cana fornecida somou 277 milhões de toneladas, com um crescimento de 610% em relação ao quinquênio anterior. Paralelamente, registrava-se a presença de Levas de trabalhadores rurais expulsos dos engenhos e fazendas. Eles se transformaram em servidores assalariados das plantações de cana e/ou desempregados. Passaram a morar na periferia dos pequenos municípios, dando origem às famosas “pontas de rua,” atualmente transformadas em favelas, cujos habitantes vivem em condições precárias. Para forçar a expulsão dos pequenos produtores estabelecidos dentro das grandes propriedades ou nas suas cercanias, o latifúndio utilizou todos os métodos possíveis, desde a proposição de acordos até a violência mais brutal: queima de casas, destruição de lavouras, ameaças e agressões físicas e, nos casos extremos, assassinato. Os relatos dessas ocorrências, no final do século XX, não deixam nada a dever às situações de posses ilegais de terras na Paraíba, pelo colonizador, na maioria das vezes com apoio das autoridades. Pode-se comprovar isso historicamente, na carta enviada pelo bandei-

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A maior riqueza da Borborema do início do Século era a mandioca. Comerciantes de Campina Grande, João Pessoa, Guarabira, Solânea, Pilões e Bananeiras, adquiriam este produto, realizavam a transformação industrial e mandavam a farinha para muitas partes do Nordeste.

rante Teodósio de Oliveira Ledo, ao então governador da Paraíba, Manuel Soares de Albergaria, em 1678, dando conta da apreensão de 70 peças (índios para a escravidão). Sem cerimônia alguma, Teodósio afirmava que fora obrigado a matar 27 índios, “porque para nada serviam.” “Dos 33 que sobraram, oito foram mandados, a título de imposto, para El-rei; e, quanto aos 25 restantes empregamos nos serviços de escravidão ou os vendemos para esta mesma finalidade”. Naquele ano, Teodósio estava sendo financiado pelos maiores mercadores da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, para matar índios, usurpar suas terras e, assim, abrir o caminho para as fazendas de criação de gado.

Borborema tinha hidro elétrica e fábrica de fécula de mandioca

O município de Borborema, situado no Brejo Paraibano, a 130 Km de João Pessoa, teve um passado de evolução tecnológica e se destacou comercialmente, por que, na primeira década do Século XX, o advogado paraibano José Amâncio Ramalho, dono de muitas terras nesta área, num toque de ousadia, em 1912, implantou a primeira usina hidrelétrica da Paraíba – a Empresa Hidroelétrica da Borborema. Este recurso tecnológico foi utilizado por Amâncio para impulsionar, entre outras coisas, o aproveitamento da mandioca fartamente produzida em Borborema e cercanias. A mão de obra farta e a baixo custo, era adquirida na área. Testemunhas desta época afirmam que não se via mendigos na cidade, onde grande parte da população dispunha de renda fixa. A hidroelétrica de Amâncio dispunha de uma turbina adquirida na França, cuja força motriz era a água do açude Borborema, que ele próprio mandou construir. Esta Usina, além de facilitar a escuta de rádio pelos habitantes da cidade, também movimentava as máquinas de uma fábrica de beneficiamento da mandioca, que extraía a fécula deste tubérculo, para fins industriais. O proprietário, com os empregados, cuidou de instalar linhas de transmissão no setor postes de cimento e madeira, que suportavam cargas de alta e baixa tensão. Por causa disso, Borbo-

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rema ficou conhecida na região do Brejo. Quem saia de porta em porta cobrando a conta de luz eram dois eletricistas da usina. A energia só chegava às casas das pessoas quando escurecia.

Fornecendo energia elétrica para cinco municípios

Na década de 1940, do século passado, a Usina de Amâncio, um empreendedor procedente de Araruna, já fornecia energia para as cidades de Borborema, Bananeiras, Solânea, Pilões e Serraria. Também alimentava bicos de luz de escolas agrotécnicas da região e várias propriedades rurais. Alguns engenhos também solicitaram a energia elétrica pelo menos para o âmbito de suas capelas e das casas grandes. Todo este esplendor gozado pela primeira cidade da Paraíba a produzir sua própria energia elétrica a partir de uma turbina, deixou de existir, por causa da concorrência. Foi quando chegou à Borborema a Codebro, uma empresa regional que utilizava energia elétrica da Cachoeira de Paulo Afonso, posteriormente denominada CHESF - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Esta, entrou no mercado paraibano e, como dispunha de meios mais baratos de produzir energia elétrica, forçou o fechamento da Usina de Amâncio . A maior riqueza da Borborema do início do Século era a mandioca. Comerciantes de Campina Grande, João Pessoa, Guarabira, Solânea, Pilões e Bananeiras, adquiriam este produto, realizavam a transformação industrial e mandavam a farinha para muitas partes do Nordeste. Um comerciante de Guarabira, Antônio Paulino, chegou a exportar mandioca para

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a Inglaterra. Lá, era misturada ao inhame, para se tornar um produto medicinal indicado para depurar o sangue. Hoje, associações ruralistas procuram restaurar o plantio da mandioca, apelando para financiamentos.

Engenhos do brejo; lembrança rica que se foi

Luiz da Câmara Cascudo, o grande escritor norte-rio-grandense, afirmava, em seus escritos, que “após a abolição, em 13 de maio de 1888, surgiu a figura do trabalhador em potencial. Este, ao procurar um engenho, a fim de obter trabalho, fazia ver ao patrão que necessitava de uma casa”. Era este abrigo que iria permitir a ele produzir o sustento da família e lhe assegurar certas vantagens, aí incluindo o usufruto de uma área, onde pudesse, nas paralisações das moagens, plantar sua lavoura de subsistência, criar duas cabras, cavalo e até uma vaca, para fins de negociação. A partir daí, o senhor de engenho era quem dava as ordens, fichava o novo morador no barracão, que tinha um objetivo central no isolamento dos trabalhadores. Como o patrão era o dono do barracão, era ele quem autorizava ao morador comprar fiado. Se, por um lado esta operação de compra surgia facilitada pelo dono do Engenho, por outro a mercadoria era vendida superfaturada e, não raro, quando a cada quinzena saldava sua dívida, o trabalhador ainda ficava em débito para pagar na quinzena seguinte. Com o surgimento dos Sindicatos Rurais e dirigentes mais independentes, o declínio do senhor de engenho adquiriu uma veloci-

dade meteórica que, em parte, gerou vantagens e desvantagens. A vantagem: com o advento do Proálcool, na década de 1970, a maioria dos senhores de engenho, que antes produzia cachaça, e desvantagens: eles perdiam a autoridade arrogante e escravocrata sobre seus moradores, mas podiam dispensá-los e livrarem-se de processos trabalhistas, que surgiram aos montes entre os meados da década de 1970 e toda a década de 1980. Depois, era muito mais fácil, prático e lucrativo terceirizar o corte da cana de açúcar, enviá-la para as usinas e receber, sem complicações, o dinheiro do fornecimento. Manter o engenho por conta própria, significava sustentar um eito diário para mais de 50 pessoas e alimentá-las, além de, eventualmente, pagar-lhes as despesas com remédios, quando adoeciam, além de sustentá-las até que pudessem voltar ao trabalho. Mantendo o engenho com verba própria o dono se sobrecarregava de despesas. Mas, na qualidade apenas de fornecedor, ele vendia a cana, e, para a terra, a usina contratante lhe arranjava o adubo e fornecia até mudas de novas espécies de cana, aperfeiçoadas em laboratório. Era aquela operação de uma mão lavando a outra, numa época em que o Proálcool, empolgado em produzir álcool combustível, que foi enviado até para a China e o Japão, financiava tudo a peso de ouro. Seguindo o exemplo tecnológico de usinas alagoanas, paulistas e pernambucanas, os usineiros da Paraíba contratavam químicos industriais, e não, mestres provadores. As novas variedades de cana para o fabrico do açúcar cristal e demerara possuíam menos água, mais glicose e sacarose, oferecendo boa qualidade ao açúcar e ao melaço, seus produtos finais.

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Imitando a arquitetura do Louvre

Quanto aos faustos dos engenhos da Paraíba, Câmara Cascudo e Eduardo Gomes, comparavam as suas decadências a uma luz que tremulava, até se apagar. Para se ter uma ideia da fase bem apatacada dos engenhos, basta recorrermos ao paraibano José Lins do Rêgo, que deixou parte de sua história escrita do próprio punho, no interior da casa grande do Engenho Oiteiro, em São Miguel de Taipu, município situado no Curso Médio do Baixo Paraíba, a 82 Km de João Pessoa. Na sala principal, o escritor, que era amigo e parente dos proprietários, fixou uma caixinha de música, que lhe pertencia, dedicatórias e uma grande foto. Seu primeiro dono, o coronel Lourenço de Albuquerque, o construiu em 1891, três anos após a proclamação da República no Brasil. A planta da Casa Grande veio da França, como os mosaicos do piso, portas, janelas e uma escada de ferro em caracol, usada para facilitar o acesso

ao primeiro andar. Foi o primeiro engenho da Várzea a adotar banheiros internos. Henrique Vieira (in memorian), afastou-se da atividade sucroalcooleira e tornou o engenho, internacionalmente conhecido, até hoje, por possuir um dos melhores laboratórios de inseminação artificial de bovinos. Os herdeiros ainda mantêm no engenho a cria de gado nelore para corte, havendo a seleção de touros para a procriação. Os lucros auferidos pelo açúcar que produzia são vistos na suntuosidade da arquitetura da casa grande que, ao estilo francês, procura imitar a fachada do Museu do Louvre, em Paris. Suas terras, muito amplas, eram cortadas ao meio pela linha férrea que ligava Recife à João Pessoa. A riqueza dos engenhos brejeiros, atualmente, demonstram mais modéstia, pois não dispunham de longas extensões de terras e só foram alcançados pela estrada de ferro, na segunda década do Século XX. O Engenho Triunfo de Areia, a 134 Km de João Pessoa, viveu seu

apogeu no início do Século XX, fabricando açúcar mascavo e cachaça de boa qualidade. Hoje, continua fabricando aguardente, que, junto com sua casa grande, de estilo art nouveau, atrai turistas de todo o Nordeste. O Engenho Laranjeiras, em Serraria, guardou para a posteridade a beleza arquitetônica de seu casarão. A quem interessar possa, seus proprietários estão sempre presentes para contar a história da ex-fábrica de açúcar mascavo, que teve ocasião de até enviar o produto para a Europa. Por outro lado, o Engenho Baixa Verde, no mesmo município, viveu a fase áurea do café brejeiro, ao lado de Bananeiras, na época seu principal produtor. O açúcar mascavo veio depois. A família Spínola, dona do imóvel, hoje utiliza parte das terras como pasto. A queda dos engenhos conduziu alguns proprietários para cultivar o sisal (agave) e o algodão branco. Nos anos de 1950 e 1960 esses produtos renderam alguma divisas, mas o surgimento do bicudo e a concorrência com a fibra artificial, arrefeceu o entusiasmo dos proprietários de terras por essas culturas. O sisal, com exceção de raras culturas ainda existentes na região do Curimataú paraibano, ainda é usado, misturado com pé de gesso, na fabricação de cordões, cordas e no preparo de telhas de amianto. O algodão, atualmente, vive o esplendor de sua espécie colorida, mas não é bastante rentável quanto a atividade sucroalcooleira. A Comunidade Rural do Cuiuiú, em Barra de Santa Rosa, a 162 Km de João Pessoa, tenta manter viva a tradição dos derivados do sisal, fabricando cordas e diversos artesanatos com esta fibra, o que já despertou interesse de compradores suecos, alemães e portugueses REVISTA TRIBUNA

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SOCIAL NENA MARTINS | Jornalista | nenamartinsjornalistapb@gmail.com

Aniversariante

Troféu MADALENA FIGUEIREDO LIMA

Destaque da coluna para a belíssima Pietra César Alves, designer, empresária e diretora do programa Sol Colunismo TV, que tem como apresentadora, sua mãe, a jornalista e promoter, Soliandra Alves.

A ‘XX Festa da Mulher Paraibana’, da cidade de Patos será realizada no dia 27 de Março. Considerado o maior evento feminino da Paraíba, ao longo dos anos, homenageou mulheres que se destacam na sociedade paraibana. Este ano o troféu leva o nome de Madalena Figueiredo Lima (viúva do artista sertanejo, Pinto do Acordeon). Marconi Medeiros, presidente da FECOMERCIO-PB, será o padrinho do evento. A madrinha será a baronesa Priscila Kronacker e o patrono, será o presidente da FIEP - Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, Buega Gadelha. A ‘XX Festa da Mulher Paraibana’ é promovida por Soliandra e Pedro Alves. (Leia-se: Revista Soliandra, Sol Colunismo e Revista e Jornal Empresarial Marketing & Eventos).

Campanha 'Não é Não nos trilhos' As secretarias das Mulheres de Bayeux, João Pessoa, Santa Rita e Cabedelo, realizaram, em parceria, a campanha intermunicipal de prevenção à importunação sexual nos trens. O dia D da campanha NÃO É NÃO nos trilhos, contra assédio e importunação sexual durante o período carnavalesco, aconteceu no terminal da CBTU e se estendeu nas estações de trem dos municípios que integram a campanha. A ação tem como objetivo prevenir e coibir crimes de importunação sexual e violência de gênero durante o período de carnaval. Apesar das festas carnavalescas na Paraíba continuarem suspensas devido à pandemia para evitar aglomerações, o assunto de violência contra a mulher, LGBT QI+, permanece em destaque, pois seguem crescendo os registros de assédios, importunação sexual e violência doméstica em todo o Estado.ação sexual e violência doméstica em todo o Estado. REVISTA TRIBUNA

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CULTURA FELIZARDO DE MOURA JANSEN|advogado, escritor e membro da APLJ

CATEDRAL DA JUSTIÇA PARAIBANA É público, no meio jurídico da Paraíba, que o pio- forma, em serviço de parceria com o município para neirismo e a celeridade têm sido as marcas da ges- abrigar “Os Benfazejos - Juizados Especiais”, onde tão do Presidente do TJPB - Desembargador Saulo trabalhei e dediquei-me, por mais de seis anos nos Henriques de Sá e Benevides. Pois temos visto, mesmo anos 1990, como Conciliador e Juiz Instrutor. diante das complicações e dos impedimentos legais a Porém, isso não é tudo, agora, faço alusão ao todos nós impostas pela cruel pandemia da Covid19, a principal desses importantes serviços que estão sendo qual, a ONU - Organização das Nações Unidas classi- realizados pela atual administração do Judiciário da ficou como sendo “pandemia de proporções apocalíp- Paraíba que, na minha ótica, e de muitos outros lutadoticas”, face à crise gerada pelo coronavírus. res do Direito e Justiça, são os serviços executados na Contudo, em feliz oportunidade, após um ano da reforma do Palácio da Justiça, ou melhor, como costusua posse, sintetizou o Presidente do TJPB, sobre sua mo chamar, na Catedral da Justiça Paraibana, que administração: “O Judiciário paraibano não parou a se Deus quiser, reabrirá suas portas até o final de 2022. prestação jurisdicional e Todavia, depois de até aumentou a produtifalarmos da Catedral vidade, graças ao avanço da Justiça Paraibana, tecnológico que permitiu a devo dizer que tudo abertura de novos meios de isso me traz grandes atendimento à população”. recordações, ou seja, Em seguida, arrematou: “O de pessoas e de históleque de ações realizadas rias que, num preito e obras em andamento ou de homenagem e de concluídas mostram que saudades... De tempos o ano de 2021 foi bastanque tive a ventura de te de trabalho e próspero. conviver com essa eliO pioneirismo de custas te jurídica, cultural e através do Pix e a celeriintelectual de nossa pedade com que pagamos R$ Frontispício da Catedral da Justiça Paraíbana quenina, mas fecunda e 360 milhões em precatórios são exemplos dos avanços eterna Paraíba. Logo passo a registrar as saudades da atual gestão”. Assim, evidenciou o Desembargador de exemplos de homens que, creio, já foram para Saulo Benevides. o céu... Os quais, pessoalmente conheci, e com ouNesta sintonia da dinâmica e eficiente gestão ad- tros que conviveram comigo, como: Osias Gomes, ministrativa do TJPB, torna-se conveniente aludirmos Mário M. Porto, Simeão Cananeia, Manoel Taigy, à lista de reformas, até o fim do ano nos fóruns cri- Arthur Moura, Arquimedes S. Maior Filho, Rivanminais da capital, Guarabira, Cajazeiras, Santa Luzia, do Bezerra, Geraldo F. Leite, Mário Resende, Sílvio Mamanguape e Campina Grande, e do Complexo da Porto, Luiz Bronzeado, Miguel Levino, Evandro Infância e Juventude de Campina Grande, e do Anexo Neves, Raphael Carneiro Arnaud, Genival Caju e do TJPB; são ao todo 35 fóruns com obras concluí- Orlando Jansen. Desembargadores de uma época das ou em andamento; como da obra na querida cidade que, verasmente, formaram uma autêntica e eterna: portuária de Cabedelo, o Depósito Judicial está em re- Velha Guarda do TJPB. REVISTA TRIBUNA

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P OL Í T ICA

90 anos da conquista do voto feminino no Brasil

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Hoje, Dia da semana entre os dias 20 e 26 de fevereiro, destaca a conquista do direito ao voto feminino no Brasil, que ocorreu há 90 anos, no dia 24 de fevereiro de 1932. Nos próximos dias, também serão lembrados artistas como Bezerra da Silva (nascido em 23 de fevereiro), Andy Warhol (falecido em 22 de fevereiro) e Johnny Cash (nascido em 26 de fevereiro). A semana também traz o Dia Internacional da Língua Materna, comemorado em 21 de fevereiro.

MULHERES ÀS URNAS

No dia 24 de fevereiro, é comemorado a conquista do direito ao voto por parte das mulheres no Brasil. A demanda de mulheres pelo direito de votar e de serem eleitas, ganhou corpo no início do século XX, a partir do movimento sufragis-

ta brasileiro. Mas, o exercício de direitos políticos só seria estendido às mulheres em 1932, quando o novo código eleitoral do país entrou em vigor, em pleno governo provisório do ex-presidente Getúlio Vargas. Dois anos depois, em 1934, o voto feminino passa a ser previsto pela Constituição. eleitoral do país. A conquista desse direito também foi impulsionada por várias pioneiras, como a professora Celina Guimarães Viana, que pôde, por meio de um requerimento, votar em 1927, tornando-se a primeira eleitora do país. Outro nome é o de Leolinda de Figueiredo Daltro, uma das fundadoras do Partido Republicano Feminino, criado em 1910. A zoóloga paulista Bertha Lutz, uma das criadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, é apontada como uma das maiores líderes na luta pelo partido Republicano Feminino, criado em 1910. A zoóloga

paulista Bertha Lutz, uma das criadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, é apontada como uma das maiores líderes na luta pelos direitos políticos das mulheres. Atualmente, mesmo com a maioria do eleitorado, as mulheres ocupam pouco espaço na legislatura. No Senado, por exemplo, doze vagas foram ocupadas por senadoras, o que representa 14,8% das 81 cadeiras. Já na Câmara dos Deputados, 77 dos 513 parlamentares eleitos são mulheres.

Integrantes do movimento sufragista do Rio Grande do Norte. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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TURISMO FÁBIO CARDOSO | JORNALISTA | redacaoturismoemfoco@gmail.com | João Pessoa-PB

Cabedelo investe cerca de R$ 14 milhões em obras para o Turismo e anuncia dois hotéis e um resort O prefeito de Cabedelo, litoral Norte da Paraíba – a 18 km de João Pessoa -, Vitor Hugo, anunciou um aporte de cerca de R$ 14 milhões em obras de infraestrutura dos principais equipamentos turísticos da cidade. Ele revelou ainda negociações com duas redes hoteleiras e a possibilidade de construção de um resort na cidade. A prefeitura também irá administrar a Fortaleza de Santa Catarina. O anúncio aconteceu durante a assinatura da obra de serviços da primeira etapa do projeto de readequação do Parque Turístico do Jacaré, um dos roteiros mais visitados por turistas e paraibanos e que tem como um dos atrativos o pôr do sol com execução do Bolero de Ravel pelo músico Jurandy do Sax. A primeira etapa tem um investimento de R$ 2,1 milhões com recursos da própria prefeitura. A obra completa terá um custo de cerca de R$ 5 milhões. O Parque Turístico do Jacaré, em Cabedelo, contará com amplos espaços, dois restaurantes, área de piquenique, píer, ciclovia, área de contemplação do pôr do sol e es-

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tacionamento. Além disso, terá um novo posto de informações turísticas, mini quadras esportivas, parque infantil, espaço kids, e letreiro “Eu Amo Cabedelo”. Haverá um espaço acessível para portadores de deficiência visual, que poderão contemplar o pôr do sol e ler, por meio de placas em braile, aspectos e curiosidades do parque, que estarão escritos em inglês e espanhol. Vitor Hugo afirmou que a prefeitura está em vias de viabilizar o processo para início das obras do projeto de reurbanização do Dick de Cabedelo, local onde é possível ver os navios acessando o Porto. O projeto terá um custo de R$ 7 milhões e a ordem de serviços deve ser assinada ainda no final de fevereiro. A intenção é realizar a inauguração no aniversário da cidade, no dia 12 de dezembro deste ano, inclusive, com um show com o cantor baiano Bell Marques. O projeto prevê acesso por vias asfaltadas, esta-

cionamento para veículos e ônibus de turismo, lojinhas de artesanato, dois restaurantes, anfiteatro e uma área para shows e eventos, com capacidade para receber até 50 mil pessoas. Esse projeto será complementado com a urbanização da orla marítima da cidade, com construção de ciclovia e calçadão. A concretização desses projetos, segundo o prefeito, tem atraído o interesse de empresários da rede hoteleira nacional e internacional.


No próximo mês, Vitor Hugo disse que tem duas reuniões agendadas com grupos hoteleiros interessados em construir dois hotéis na cidade. Também está em andamento uma agenda com empresários de um resort, que demonstrou interesse em se instalar na Paraíba. “Em breve estaremos assinando os contratos”, revelou. O prefeito afirmou ainda, que está em negociação com o Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico no sentido de conseguir a cessão da Fortaleza de Santa Catarina, que fica em anexo ao Porto de Cabedelo. A prefeitura está com um projeto para investir cerca de R$ 2 milhões na melhoria do equipamento e, principalmente, do seu entorno. A expectativa é de que a cessão ocorra ainda no primeiro semestre deste ano.

Prefeitura de João Pessoa deve implantar o sistema público de ônibus elétricos O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, deixou a entender de que pretende implementar no serviço de transporte coletivo público os ônibus elétricos, na capital paraibana. Em sua conta no Instagram, o prefeito relatou passagem por São Paulo, onde conheceu o projeto da prefeitura paulistana que utiliza esse tipo de sistema. “Conheci o projeto da prefeitura que utiliza ônibus elétricos no transporte público, uma inovação já praticada em diversas cidades em todo o mundo, buscando eficiência e responsabilidade ambiental. Pude conferir de perto todos os detalhes dos veículos e a estrutura necessária para o funcionamento”, afirmou Cícero Lucena. De acordo com o prefeito, o transporte público elétrico é algo que veio para ficar, “e cabe a nós gestores nos adaptarmos e vermos a melhor forma de implantarmos nas nossas cidades. Encontrei aqui experiências exitosas que já estão sendo praticadas há quase dois anos”. Na opinião dele, “é muito importante conciliarmos a tecnologia a projetos que visam melhorar a vida da população, e com certeza voltarei para João Pessoa pronto para elaborarmos a melhor forma de iniciarmos uma ação tão necessária como esta.”

PBGás volta a apoiar Paraíba Restaurant Week Mais uma vez a PBGÁS apoia o Festival Paraíba Restaurant Week, que vai de 22 de março a 3 de abril. Os amantes da boa gastronomia podem ficar atentos a redes sociais da Cantaloupe, empresa realizadora do evento. O diretor-presidente da PBGÁS, Jailson Galvão, destacou que o segmento dos restaurantes é bastante relevante para a companhia e está associado à vocação da gastronomia paraibana, que é reconhecida como referência nacional. “Iniciativas como essas vem num esforço que cada instituição deve fazer para a retomada com segurança a atividade econômica. A PBGÁS continuará junto ao segmento neste momento e reconhece a importância do segmento na geração de emprego e renda”, destacou Jailson. Para o diretor técnico comercial, Odilson Nóbrega, o setor de restaurantes é um dos principais focos da companhia, que tem em sua carteira de clientes cerca de 300 restaurantes usufruindo das vantagens do gás canalizado como o fornecimento contínuo, segurança e pagamento após o consumo. Ele destacou a ampliação da rede de gás canalizado nos bairros do Bessa, Jardim Oceania, Bairro dos Estados e Bancários de forma de atender aos restaurantes e hotéis instalados nessas regiões. REVISTA TRIBUNA

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Jornalista

nunesnonato1@gmail.com

SEMELHANÇAS ENTRE

IDEOLOGIAS DO P

D

ominar o ser humano e reduzí-lo a um mero objeto de manipulação para torná-lo um escravo a serviço do Estado está na essência das três piores ideologias do planeta: Fascismo [Itália], Nazismo [Alemanha] e Comunismo [Rússia]. As diferenças entre elas são mais de ordem prática. Das três, a única que professa o ateísmo é a comunista. As outras duas - fascismo e nazismo - buscam a supremacia do Estado sobre a religião, mas sem abandonar a utilidade da religião como agregadora de massas, útil ao regime. O nazismo chegava mesmo a ter uma "pitada" de misticismo [Hitler procurava relíquias sagradas, como a Lança do Destino, aquela com a qual o soldado romano ferira Jesus Cristo]. As perseguições, nesse aspecto específico, se davam muito mais como reação à resistência de alguns religiosos aos abusos cometidos por essas ideologias. Na Alemanha nazista havia religiosos católicos que colaboravam com o regime. O próprio fuhrer não se mostrou um perseguidor sistemático do catolicismo; cobrava apenas obediência cega ao Estado e à sua figura. O mesmo acontecia com BENITO MUSSOLINI [1883-1945]. Nenhuma delas, porém, era condescendente com o elemento opositor. O destino deles ou era a morte por fuzilamento ou o enforcamento; ou ser condenado a trabalhos forçados em algum campo destinado a esse fim [os Gulags soviéticos, por exemplo]. Das três, a única que se reconheceu abertamente antissemita foi a ideologia nazista, em-

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REGIMES CRUÉIS: os socialismos de Adolf Hitler e Josef Stalin levaram


E AS PIORES

PLANETA

GULAG: a face do comunismo onde o trabalhador podia ser explorado até a morte

o mundo para uma carnificina sem precedentes

bora os soviéticos tivessem praticado - em escala muito menor, é bem verdade, pois Lênin vira nisso uma maneira de diferenciar o comunismo do czarismo - atrocidades contra os judeus [os pogrons eram um exemplo]. No caso do comunismo russo há uma interessante convergência de práticas entre o regime que passou a dominar o país a partir de 1917, e o próprio czarismo. A herança mais emblemática do czarismo que foi mantida [e, claro, aperfeiçoada] pelos comunistas foram os katorgas. Mas do que se tratam? Os katorgas eram campos de trabalho forçado mantidos em áreas distantes da Rússia, e era uma das maneiras de o czarismo punir os criminosos comuns ou mesmo presos políticos. Um dos que estiveram confinados num katorga, por anos a fio, foi o escritor FIODOR DOSTOIEWSKI [1821-1881]. Os comunistas, logo que assumiram o poder, trataram não apenas de manter esses campos como ainda os ampliaram pelo país todo. E, embora os comunistas de hoje e de ontem tentem negar, mas foi sim o regime de Moscou que deu aos nazistas o know how necessário para que o nacional-socialismo alemão pudesse fazer a mesma coisa não apenas na Alemanha, mas também em outros países, incluindo-se a Polônia e a Tchecoslováquia. Assim, podemos ver que são regimes e ideologias que no fundo têm muito a ver um com o outro, pois todos tiveram origem no socialismo enquanto ideologia que tem no domínio completo das sociedades [e das massas] o seu fim último. Todos são, na sua essência, totalitaristas ao extremo, claro, cada uma com suas peculiaridades e sutilezas. Relembrando: as três são inimigas ferrenhas da DEMOCRACIA e de toda e qualquer ideia de LIBERDADE.

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PONTO DE VISTA DES. JOSÉ DI LORENZO SERPA

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A LEI

empre tive uma admiração especial pela legislação. De criança até a juventude fui criado ouvindo meus pais comentarem sobre a força da lei. Sentava-me num banco ou cadeira antiga e ficava a pensar de onde vinha tanta força e todos a obedeciam. Da sua cadeira e com as mãos para cima, meu pai dizia: cumpra-se a lei! E a lei seria cumprida, enquanto eu, misteriosamente, a admirava cada vez mais. Aliás, tudo era cumprido na forma da lei. Esta admiração persiste até hoje e a cada dia vem aumentando, não sabendo se para o bem ou para o mal. Na verdade, ao nascermos, a lei nos autoriza comprovar com a certidão de nascimento. Ao se convolar núpcias, uma certidão de casamento e, na separação, uma averbação para se comprovar. No decorrer da nossa existência tudo se faz com a permissão dela, estabelecendo penas ou castigos, ora leves, brandos ou pesados. Isto em todas as partes do mundo, ela, a lei, nos impõe condições para fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Aí estão inseridos todos os nossos atos e até na morte, é expedido uma certidão de óbito para comprovar o fim da existência. Exatamente aí, no óbito, quando supomos liberados da força da lei e já estamos no céu, pois nele acredito, tomando um cafezinho pelas três horas da tarde com São Pedro, ele de repente nos chama: - Paraíba, venha ouvir esta zoada que vem da Terra, quando, após diligência na aplicação da lei, se constata desentendimentos em virtude do inventário iniciado por determinação legal. Assim, nem após a morte podemos dela fugir, como se fosse uma eterna prisão que nos acompanha sempre. Afinal, podemos dividir os habitantes da terra nos que estão dentro ou fora da lei, até porque ela a todos alcança, sendo, às vezes, draconiana. A minha admiração por ela persiste, com suas possíveis falhas ou defeitos porque, afinal, é feita pelos homens. E, por se tratar de um tema abrangente, cito um verso de um poeta que diz: “Se a inocência denigre a vil calúnia, que culpa aquele tem, aquele que aplica a pena não é o julgador, é o processo. É a Lei quem nos condena.”


MUNICÍPIO SÃO SEBASTIÃO DO UMBUZEIRO Destaque para Educação e Ação Social

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atual gestão municipal de São Sebastião do Umbuzeiro, que tem à frente o prefeito Adriano Wolff, vem recebendo reconhecimento da população pela importância das constantes realizações em áreas que representam demandas fundamentais para o município. Dentro desta realidade está o trabalho que vem sendo desenvolvido na Educação e Ação Social.

Educação

Com o tema “A Formação do Professor e os Desafios do Tempo Presente”, a Prefeitura Municipal de São Sebastião do Umbuzeiro, por meio da Secretaria de Educação e da Somnus, realizou a Jornada Pedagógica 2022, a fim de otimizar as ações da área no município. A abertura foi realizada por meio de uma Palestra Magna, proferida pelo jornalista Morib Macêdo. Também houve a explanação da professora Rilma Suely, que abordou o tema: Aplicação da BNCC na Prática, para professores do fundamental II e Eja II. O secretário de Educação, Cicero Romão, falou da alegria e do quanto é preciso esforço, força, amor e fé para se fazer Educação. “Estamos aqui em mais uma Jornada, nesse tempo de Pandemia, trazendo o Ciclo de Formação Humana e, com ele, as nossas crianças e jovens como protago-

Prefeito Adriano Wolff

nistas e construtores do próprio saber e da sua própria história”, citou, entusiasmado. O evento contou com a participação do Secretário de Educação, Cicero Romão, dos Diretores da Rede Municipal de Ensino e Estadual e dos vereadores Celinha e Toinho de Dête.

Ação Social

O Prefeito Adriano Wolff realizou, recentemente, a entrega de um carro 0 km para uso do Conselho Tutelar de São Sebastião do

Umbuzeiro, ao lado dos vereadores Cícero Lira, Toinho de Dête, Celinha de Edmilson, Dênis e Sildete. Na ocasião, também estiveram presentes os secretários Cícero Romão (Educação) e Érika (Assistência Social), além dos membros do conselho tutelar da cidade. Além do veículo, foi entregue também um Kit contendo cinco computadores, uma impressora, um refrigerador, um bebedouro, uma cadeira automotiva para transporte de crianças, uma Smart TV, um ar-condicionado portátil e cinco aparelhos celulares. O conjunto foi adquirido pelo valor médio de R$120mil, garantido através de uma emenda do Deputado Federal Frei Anastácio, por uma solicitação do vereador Cícero Lira. "Esse kit, especialmente o carro, possibilitará melhores condições de trabalho para o nosso Conselho Tutelar, um órgão tão importante em nosso município. Também entregamos os fardamentos para os conselheiros. A nossa luta é sempre para avançar!" Ressaltou o Prefeito Adriano.

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MUNICÍPIO OURO VELHO: prefeitura enfatiza ações que valorizam área social nos primeiros meses de 2022

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Prefeitura Municipal de Ouro Velho, que tem à frente o prefeito Dr Augusto Valadares, realizou nestes primeiros dois meses do ano, ações que buscam fortalecer o atendimento à população que mais necessita do poder público. A atual gestão tem priorizado o atendimento aos setores mais vulneráveis, sem esquecer que todos os segmentos são importantes Prefeito Dr Augusto Valadares visita obras para o desenvolvimento municipal. Áreas como Agricultura, O objetivo, além da entrega dos kits Educação e Infraestrutura foram com material escolar, foi o de aprealgumas das beneficiadas nestes sentar as medidas tomadas de adeprimeiros meses de 2022. quação para a volta às aulas presenciais com segurança, em função da pandemia do novo coronavírus. Agricultura A prefeitura realizou recentemente mais uma rodada de si- Infraestrutura lagens, desta vez contemplando Na Infraestrutura, desde o inía comunidade rural do Sanharó. cio do ano, a atual gestão vem danDe acordo com o secretário de do prioridade à realização de duas Agricultura, Paulo Jorge, a pro- importantes obras: a construção de dução deste tipo de ração visa um ginásio de esportes e de uma ajudar os pequenos produtores unidade básica de saúde. O ginásio do município, durante o período irá trazer mais conde estiagem. forto, mais segurança e será mais um espaço de integração Educação A Secretaria de Educação re- para a realização de alizou, em meados de fevereiro, atividades educacioreunião com os pais e responsá- nais que enfoquem veis de alunos, na Escola Munici- a prática esportiva pal Jacinto Dantas Filho para pro- para os estudantes, gramar o retorno presencial das além da comunidaaulas da rede municipal de ensino. de em geral. REVISTA TRIBUNA

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Turismo

Em reunião recentemente realizada na cidade de Caraúbas, quando da instalação do Fórum de Turismo do Cariri, o município de Ouro Velho protocolou seu pedido de adesão ao Fórum de Turismo Regional do Cariri. Na ocasião, a gestão foi representada por alguns integrantes que já estão direta ou indiretamente ligados à temática. Estiveram representando o município: a diretora de Cultura, Maria do Socorro Menezes e a vereadora Tereza Maria de Souza. Apesar de muito jovem, a vereadora Teresa falou da importância do município de Ouro Velho estar fazendo parte desse momento histórico para o Cariri. “Temos um turismo forte e precisamos cada vez mais nos organizarmos. Essa iniciativa fará com que todos os municípios se integrem a uma instância de governança regional forte, altiva e que estará nos fortalecendo cada vez mais”, afirmou.


MUNICÍPIO MONTEIRO: prefeita Anna Lorena adere ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas

Conheça os 10 princípios da agenda 20/30 da ONU Direitos Humanos

Prefeita Anna Lorena

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lanejaro futuro respeitando o que é fundamental para esta e para as próximas gerações, sempre foi uma das questões abordadas pela prefeita Anna Lorena, que, neste sentido, realizou uma impor-

tante ação. De acordo com a entidade internacional, “o Pacto Global advoga dez princípios universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. As organizações que passam a fazer parte do Pacto Global comprometem-se a seguir esses princípios no dia a dia de suas operações”. Para a prefeita Anna Lorena, planejar com base em indicadores de desenvolvimento humano é um compromisso com uma cidade de futuro. “Já trabalhamos com o UNICEF, e agora temos oportunidade de trabalhar com a ONU, pautando a estratégia municipal para influenciar positivamente esses indicadores e tornar Monteiro uma cidade, um local de prosperidade para todos!”, comentou após a assinatura do termo.

1. As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente. 2. Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos. 3. As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva. 4. A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório. 5. A abolição efetiva do trabalho infantil. 6. Eliminar a discriminação no emprego. 7. As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais. 8. Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental. 9. Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis. 10. As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.

Confira os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 1. Erradicação da pobreza; 2. Fome zero e agricultura sustentável; 3. Saúde e Bem-estar; 4. Educação de qualidade; 5. Igualdade de Gênero; 6. Água potável e Saneamento; 7. Energia Acessível e Limpa; 8. Trabalho decente e crescimento econômico; 9. Indústria, Inovação e Infraestrutura; 10. Redução das desigualdades; 11. Cidades e comunidades sustentáveis; 12. Consumo e produção responsáveis; 13. Ação contra a mudança global do clima; 14. Vida na água; 15. Vida terrestre; 16. Paz, justiça e instituições eficazes; 17. Parcerias e meios de implementação.

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SOCIAL SANDRO GALVÃO | Jornalista | sandrogalvaojp@hotmail.com

MÍDIA PARAIBANA

Os jornalistas Luíz Torres, Padre Albeni e o superintendente da TV Master, Alex Filho, em recente evento na capital.

MOMENTO FAMILIAR

O diretor da Revista TRIBUNA, Manoel Raposo ao lado dos filhos Viviane, Marcelo e Larissa Raposo.

A VOZ DOS DEFICIENTES ESPORTE EM ALTA

O presidente da ACEP (Associação dos Cronistas Esportivo), Ailton Cavalcanti, sempre antenado com os cronistas e o esporte paraibano.

O deputado federal Patrick Dorneles tomou posse recentemente na Câmera Federal. No Programa Correio Debate, apresentado pelo jornalista Hermes de Luna, o deputado reafirmou seu compromisso em defesa das pessoas com deficiência. A Assistente Social, Saionara acompanhou o deputado durante a entrevista.

EM DESTAQUE

O secretário do Governo do Estado, Roberto Paulino e o filho deputado estadual Raniery Paulino, em recente visita a Desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti REVISTA TRIBUNA

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