Monografia criativa 21 maio

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DEDICATÓRIA Este trabalho é dedicado a Lidineia Pereira de Oliveira.

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ARTE E DESIGN COMO FERRAMENTA DE REDESIGN E REBRANDING PARA EMPRESA DO RAMO ÓTICO

BANCA EXAMINADORA

Aprovado em ___/___/___

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Examinador 2 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à FMU, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design Gráfico, orientado pelo professor Luis Porto.

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resumo Arte e Design como ferramenta de redesign e rebranding de marca para empresa do ramo ótico. (SILVA, Estephano Oliveira e SOUZA, Herbert Guedes, 2013/2014). 53 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à FMU, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Design Gráfico, orientado pelo professor Luis Porto, FMU - São Paulo 2013/2014.

Este trabalho propõe o redesign e rebranding de marca para uma empresa do ramo ótico através da Arte e Design. Faz estudos históricos de Arte e Design, definições de marca e branding, diagnósticos de macroambiente e microambiente, análises demográficas, estudo de caso, estudo da empresa e seu mercado atual para buscar uma solução visual adequada que reflita o anseio de crescimento da empresa. O objetivo final é uma marca que possa resolver os problemas encontrados no briefing, um manual de identidade visual e o brandbook tornando a empresa diferente os concorrentes. Palavras-chave: ótica, branding, design gráfico, marca.

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abstract This paper proposes the redesign and rebranding brand of an optical company through the art and design. Historical studies of Art and Design, definitions of brand and branding, diagnoses macroenvironment and microenvironment, demographic analysis, study of the case, study of the company and its current market have been made to find an appropriate visual solution that reflects the longing for the company growth. The ultimate goal is a new brand that can solve all the problems encountered in the briefing, making Ă“ptica Neia to be a differentiated optic on the market in which it operates, especially against their current competitors.

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agradecimentos ESTEPHANO OLIVEIRA: Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, pela força e coragem durante toda esta longa caminhada, por ter me mantido forte quando pensei em desistir. Agradeço também a todos os professores que nos acompanharam durante a graduação, em especial os senhores Luis Porto, Wagner Ortega e a Senhora Maria Luiza Vallim orientadores responsáveis pela realização deste trabalho, agradeço ao Srº Cláudio Habara por ter ministrado o conteúdo de branding de forma competente dando-me base para realização deste projeto.

Laiz, Victoria e Paloma, ao meu filho Juan Oliveira ao qual sou exemplo e a minha noiva Melanie Nascimento por ter ajudado na correção deste projeto, me criticado positivamente, me dado força quando as coisas não viam bem, por ter aguentado meu mal humor diário nesses 6 messes de projeto demonstrando ser uma verdadeira companheira (valeu amor). E você hein Herbert! Obrigado por ter acreditado no projeto pelo empenho aplicado, enfim, essa vitória é sua tanto quanto minha, hoje estamos colhendo os frutos de todo empenho.

HERBERT GUEDES: Primeiramente a Deus sou grato de todo meu coração, a minha mãe Mariza por todo amor, incentivo e carinho, ao meu pai Benjamim pelo apoio em todos esses anos, a minha namorada Larissa pela paciência e palavras de conforto nas horas difíceis. Agradeço ainda aos professores Wagner Ortega, Maria Luiza e em especial Luiz Porto por todo apoio e incentivo para mim e aos conselhos e orientações para que esse projeto acontecesse! E finalmente Estephano, muito obrigado por tudo, pelo crédito e confiança, sem você cara, sem teu apoio e paciência “eu não seria um Designer”!

Dedico em especial esta, bem como todas as minhas demais conquistas, a minha mãe a senhora Lidineia Pereira de Oliveira, minhas irmãs

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sumário 1. INTRODUÇÃO 9 2. ARTE E DESIGN 12 3. DEFINIÇÕES 17 3.1. O QUE É UMA MARCA? 18 3.2. INSPIRAÇÕES E REFERÊNCIAS 17

10.3. ANÁLISE DE SWOT 48 10.4. ESTRATÉGIA 51 10.5. PROMOÇÃO 52 11. 11.1.

PLATAFORMA DA MARCA ESSÊNCIA DA MARCA

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5. BRIEFING 25

12. REGISTRO DE PROJETO 58 12.1. DESCRIÇÃO 59 12.2. DESENVOLVIMENTO 59 12.3. PONTOS DE CONTATO 69

6.

13. LISTA DE FIGURAS 76

4.

O QUE É BRANDING?

ANÁLISE DE LOGOTIPO

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7. DIAGNÓSTICO 30 7.1. MACROAMBIENTE 31 7.2. AGENTES DO MICROAMBIENTE 33

14.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8. ANÁLISE DE COMPETÊNCIAS 35 8.1. CONCORRENTES... 36 9. STAKEHOLDERS 39 9.1. COLABORADORES 41 9.2. DISTRIBUIÇÃO 41 9.3. FORNECEDORES 42 9.4. ÓRGÃOS REGULADORES 9.5. OFTAMOLOGISTAS E OPTOMETRISTAS 42 9.6. PARCEIROS 42 9.7. MÍDIA 42 9.8. CONCORRENTES 43 9.9. CURIOSIDADES 43 10. MARKETING 45 10.1. ANÁLISE DO MERCADO 45 10.2. CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO 46

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1. INTRODUÇÃO

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Atualmente e cada vez mais a marca é uma peça fundamental para o crescimento e sucesso de uma empresa, é como um registro de identidade, algo que informa rapidamente a qualidade e grandeza, ou não, de uma organização. Para a disseminação e reconhecimento de uma empresa é fundamental uma marca que informe visualmente e rapidamente a intenção dessa empresa, seu segmento e ganhe a confiança do público desde a primeira impressão, que neste caso “a primeira impressão é a que marca”. Com esta percepção da importância de uma boa marca, o cerne deste projeto foi utilizar arte e design como uma ferramenta de redesign e rebranding de marca para uma empresa do ramo ótico, especificamente a Ótica Neia. Como objetivo principal, o projeto visa a resolução do problema de marca e comunicação atualmente defasada e destoante com o público alvo, por meio de arte e design aplicados ao projeto de redesign da identidade visual, peças de comunicação, produtos e consequentemente rebranding da marca Ótica Neia. O desenvolvimento do projeto teve início com uma pesquisa bibliográfica sobre arte, design e o óculos, definições

de marca e branding, diagnósticos de macroambiente e microambiente, análises demográficas, estudo dos concorrentes, estudo da empresa e seu mercado atual, tudo para um melhor entendimento e embasamento no desenvolvimento dos conceitos e busca de uma solução visual adequada que reflita o anseio de mudança e crescimento da empresa. O projeto visou incluir arte e design na marca Ótica Neia, desde o seu novo logotipo e peças de comunicação ao produto de venda (óculos). Em termos de Arte aplicada como forma de branding, desde os primórdios da igreja católica pode se considerar os contratos e acordos da mesma com o famoso artista Michelangelo como uma maneira de atrair mais clientes e atingir o públicoalvo, neste caso os fiéis. A utilização da Arte para sofisticação dos templos religiosos foi como uma estratégia de branding, onde o cliente é a igreja, o público alvo os fiéis e o stakeholder todos os envolvidos naquele projeto. Atualmente e cada vez mais, a Arte faz parte da vida do ser humano; a questão é que a mesma se aplica em produtos de venda e em grande escala, e é aí que surgem discussões sobre o que é ou não considerado arte.

Quando se fala em identidade visual, algumas pessoas associam o logotipo à composição visual presente em sua faixada ou impressa em seu cartão de visita, mas nem sempre dão o valor necessário para aquela composição com símbolos, tipografia específica, entre outros elementos que possam fazer parte do mesmo. Todavia, a identidade visual significa muito mais que um simples símbolo, ela traz consigo um sentimento de querer consumir algo, de ter respeito pelo o que se consome, assim como por uma empresa. Quando se usa um terno de um alfaiate famoso, isso transmite um sentimento de importância e o consumidor além de sentir essa importância tem a satisfação de dividir esse sentimento com outras pessoas. A identidade visual pode transmitir sentimentos de poder e exclusividade; usar um produto que é pouco acessível à população em geral, torna esse produto cobiçado. Esse sentimento de querer muito um produto, ao ponto de economizar um ano para comprar, essa fascinação e desejo desenfreado de consumo pode ser encontrado em marcas com alto valor agregado ao seu produto, uma qualidade que se torna conhecida através da identidade visual.

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Quando nos referimos ao branding sensorial, podemos perceber que este vai além de uma identidade visual, podemos observá-lo em atos como ouvir um som após o aparelho celular ser ligado e reconhecer a marca do aparelho sem vê-lo, somente pelo som; ou ainda sentir o cheiro de um produto e identificar a marca da empresa que a produziu. Em resumo, este trabalho consistiu em estudar as diretrizes de uma ótica com o objetivo de proporcionar o reposicionamento de branding desta empresa, que está situada na cidade de Camaçari no estado da Bahia. O projeto visa o reposicionamento da marca Ótica Neia no mercado e para isso utilizará o plano de marketing e a gestão de branding através do redesign da marca como um todo, não somente seu logotipo, mas todas peças de comunicação (on-line ou offline) e produtos. Trabalhar o branding levando em consideração o públicoalvo foi essencial para o futuro sucesso e crescimento da empresa. Todo o processo se utilizará de Arte e o Design, tornando a Ótica Neia uma ótica inovadora em relação ao mercado e seus atuais concorrentes.

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2. ARTE E DESIGN

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Atualmente o design, que é cada vez mais reconhecido, mistura parâmetros artísticos e comerciais, provocando grandes discussões como o que pode ser ou não considerado arte. O objetivo do design é tornar os produtos comerciais muito mais que somente peças/objetos funcionais, mas também mais atrativos, ergonomicamente corretos, belos e agradáveis em diversos pontos. Segundo Bonsiepe (apud), o desenho industrial/design se mostra como uma atividade criadora que se tendencia a construir uma atmosfera material coerente, como consequência vem complementar de forma otimizada as precisões materiais e espirituais do homem. Portanto o design tem o objetivo funcional e quando perde a função, ou essa é inexistente, deixa de ser design.

Quando a renovação da imprensa como arte começou no último quarto do século XIX, em larga medida sob influência de William Morris, aqueles que a promoveram foram beber de duas fontes: os manuscritos e os primeiros livros impressos. Além disso, praticaram sabiamente a velha arte manual da caligrafia para restaurar o sentido da forma (MUMFORD, 2001, p. 68).

Então, eis que o trabalho de Wiliam Morris e todos que compartilhavam do mesmo pensamento, sendo feito de forma manual, continha uma característica tão pessoal em cada peça que não era encontrado na produção em massa.

(2001,pg. 68-69), “o perigo capital das artes mecânicas é a criatividade mal empregue, por outras palavras, tentar fazer com que a máquina assuma as funções do humano”. Flusser (FLUSSER, 2010, pg.18-19) inter-relaciona tecnologia, arte e design e afirma que uma não pode existir sem a outra. O design não precisa de tecnologia para existir, mas sim ser refinado, lapidado como um diamante que precisa de ferramentas certas, e é ai que a tecnologia entra, dando suporte a essas lapidações que o designer fará nas ideias para projetar soluções.

O paradoxo de William Morris é que, enquanto procurava refúgio no tra¬balho manual feito no passado, desenvolveu atitudes em relação ao design que delineavam o futuro. Seu clamor pelo ofício manual, fidelidade aos materiais, a conversão do útil em belo e a adequação do design à função são comportamentos adotados por gerações ulteriores, que procuravam unificar não a arte e o ofício, mas a arte e a indústria (MEGGS, 2009, pg. 226).

Não se pode julgar a industrialização como algo banal, a industrialização é algo necessário para o capitalismo, mas o valor agregado da produção manual sempre existirá. Segundo Mumford FIGURA 1. Página dupla do livro The story of the Glittering Plain, 1984. Colaboração entre William Morris e Walter Crane.

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As palavras tecnologia, design e arte, estão certamente muito relacionadas entre si, de uma tal forma que é impensável que existam umas sem as outras. Todas derivam da mesma forma existencial de ver o mundo, apesar de que esta conexão interna tem sido negada pelo menos desde o renascimento. A cultura burguesa moderna fez uma exata divisão entre o mundo das artes e o da tecnologia e das máquinas, e dividiu a cultura em dois ramos mutuamente excludentes: um cientifico, quantificável e duro, e outro estético, avaliativo e brando. Esta desafortunada divisão começou a ser irreversível no fim do século dezenove. Na brecha ocasionada pela divisão, a palavra design formou uma ponte entre os dois ramos. (...) na vida contemporânea, design mais ou menos indica o lugar onde a arte e tecnologia (junto a todas as formas de pensar, cientificas e avaliativas) se juntam em igualdade, fazendo possível uma nova forma de cultura (FLUSSER, 2010, pg.18-19).

Se relacionando arte influencia o percebe na arte a resolução de contextualiza sua criação.

Porém do mesmo modo que a arte influencia o design, também os objetos e imagens que este cria, por essa onipresença que tem na vida cotidiana, influenciam a arte. Não só nos casos flagrantes e declarados como os ready made de Marcel Duchamp, mas também na influência do trabalho de qualquer artista. Um exemplo claro dessa constante realimentação entre arte e design, vemos na pop art) que, depois de encontrar sua fonte de inspiração nas coisas da realidade cotidiana, impulsiona o design pós-moderno (RICARD, 2003, pg.97). FIGURA 3. Capa da revista “WET”, 1979, April Greiman e Jayme Odgers. (April Greiman, famosa por ser uma dos primeiros designers a realmente abraçar a tecnologia de computador como uma ferramenta de projeto viável)

mais uma vez, a design e o designer possibilidades para seus problemas e FIGURA 2. Colagem Jean Cocteau, 1983. Andy Warhol.

As comparações entre arte e design nem sempre divergem, porém enquanto um é o artista romântico, o outro é o designer racional, objetivo e coerente, que sempre conceitua tudo o que faz, às vezes passando do limite. Também existem profissionais que atuam no design autoral com a intenção de unir a arte e o design. Há muito tempo existem profissionais de ambas as áreas, arte e design, que estão a pensá-las e questioná-las, tentando incessantemente buscar referências que as definam com

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clareza, a fim de cessar essa discussão infinita. Os conceitos são inúmeros e nenhum dos conceitos são absolutos, porém muitos autores divergem e convergem inúmeras vezes sobre o tema. O que é ou não, arte? Se a estética se relaciona com a sensibilidade humana e afinal de contas é sinônimo de gosto, é compreensível que esta seja uma faculdade humana ocupada até hoje em abastecer nossos ideais de beleza e sentimentos - nossas preferências e também aversões - graças aos quais mantemos relações com a realidade imediata (SALINAS, 2003, pg.103).

Alguns autores são firmes e categóricos ao classificar um artista, sem serem redundantes. Petter L. Phillips afirma que não há preocupação em agradar ninguém por parte do artista, pelo trabalho dele, ele tenta transmitir algo que somente ele vê ou sente, por meio de cores e formas, e se conseguir vendê-lo seria sorte. Para muita gente, artista é uma pessoa preocupada apenas com a auto expressão, sem maior comprometimento com o públicoalvo. Por exemplo, um artista plástico, pintando uma paisagem, tentará retratar aquilo que está vendo. Ele usará as tintas, cores e formas que melhor expressem aquela paisagem. Ele não estará preocupado em agradar a ninguém

em particular. Posteriormente, se alguém gostar do quadro, poderá comprá-lo. Mais isso é uma coisa que acontece mais ou menos ao acaso. (PHILLIPS, 2004, pg.10)

O designer diferentemente do artista é um solucionador de problemas, a cabeça pensante em busca da solução. O designer tem que saber problematizar uma questão para poder resolver o problema. Pois bem, como problematizar uma questão? Responder perguntas é relativamente fácil. Fazer a pergunta certa é mais difícil. Apud Michael Cronam (WHEELER, 2012, pg.112). Não se podem solucionar problemas com o mesmo tipo de pensamento que os criou: abduzir e desafiar as normas empresariais são a base do design Thinking. É pensando de maneira abdutiva que o designer constantemente desafia seus padrões, fazendo e desfazendo conjecturas, e transformandoas em oportunidades para a inovação. É essa habilidade, de se desvencilhar do pensamento lógico cartesiano, que faz com que o designer se mantenha “fora da caixa”. (VIANNA, pg.14)

forma de problematizar a questão, a interpretação é pessoal e íntima. Já para o designer, identificar o problema é o primeiro passo, saber o que deve ser resolvido. O designer precisa ter a visão problematizada e projetar a solução mais adequada. O design surgiu a partir da industrialização, com o crescimento do consumo. Como os objetos que eram produzidos industrialmente não tinham muitas vezes uma estética agradável, nasceu então uma demanda, que visava o belo, e com isso o movimento arts and crafts surgiu nessa época para resgatar um pouco da beleza. Por todo contexto de beleza dos antigos livros, que tinham precisão na impressão manual, o uso de papéis feitos artesanalmente e a estética similar a gótica, e por todos esses detalhes podemos facilmente considerar esses livros verdadeiras obras de arte. Tudo isso porque o arts and crafts faz oposição à produção em série levando em conta os efeitos do capitalismo exacerbado.

Estar sempre atualizado e atento a novas tendências é algo básico para o artista, o artista não se importa na

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Saber conceituar o trabalho e não ser dependente da tecnologia ou das máquinas é essencial, levando sempre em consideração o trabalho de Wiliam Moris, que buscou recuperar a estética do trabalho manual. Com todos esses questionamentos e reflexões baseados nos autores citados aqui, entende-se que o designer deve se posicionar, levar em consideração a arte e a tecnologia, mas principalmente o conceito criativo, que antes de tudo deve ser a mola mestra para impulsionar suas

Em outros tempos essa discussão não existia: Giotto pintava e construía edifícios, Leonardo pintava e inventava máquinas. Pintura, arquitetura, invenção ou poesia eram atividades distintas ligadas por um método úni¬co de projetar. Uma máquina de Leonardo não tem nenhuma relação de estilo com a Gioconda, contudo, há algo que une essas obras: um método objetivo, uma sinceridade ao projetar, uma honestidade profissional, um verdadeiro ofício (MUNARI, 2003, pg.34).

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3. DEFINIÇÕES

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3.1. O QUE É UMA MARCA? Definir um sinal como “marca” já é um modo de indicar seu significado. Trata-se, na verdade, de assinaturas em produtos de toda espécie, destinado ao mercado. Por essa razão, poderiam também ser chamadas de marcas de produtos ou marcas comerciais. (...) A origem da marcação dos produtos para consumo encontra- se, no entanto, no campo da designação de propriedade, que tratamos na introdução ao capitulo VI, (as assinaturas). (FRUTIGER, 1928, pg. 295)

Identificar os objetos sempre foi uma necessidade humana e não seria diferente com as propriedades, principalmente os animais. Quando os criadores faziam grandes trajetos precisavam se certificar de que os animais não seriam confundidos com animais de outros criadores, que por ventura estivessem enfrentando o mesmo caminho, então marcas eram feitas nos chifres ou com ferro quente no couro dos animais, que em sua maioria eram ovelhas e bovinos, deixando assim o signo do criador, essas marcas posteriormente iriam passar para os compradores ou para outros criadores. O valor da marca se tornou evidente também depois da importância que passou a ter os signos dos criadores. Ferreiros e construtores também começaram a usar símbolos

para sinalizar seus feitos e determinar origem. A identificação de propriedade em ferramentas, objetos de uso doméstico, entre outros, era um modo de expressar o desejo individual de marcar os bens, determinados não apenas por questões de segurança. Os animais domésticos, porem principalmente o gado, não possuíam um local geográfico fixo dentro dos limites de uma propriedade. As ovelhas, as cabras e o gado bovino de toda a comunidade eram sempre reunidos em manadas para serem levados de pastagem em pastagem à procura de alimento. Por essa razão a marcação do gado era absolutamente necessária. A única maneira de marcar o animal permanentemente era queimar um desenho em seu chifre ou em seu couro. Esse modo de distinguir a propriedade ainda é praticado no mundo inteiro. (FRUTIGER, 1928, pg. 295).

Os criadores perceberam ao longo dos anos, com essa prática de marcar os animais, que quando eles obtinham a confiança e o respeito das pessoas que compravam dele, a sua marca tornavase um modo de valorização do produto adquirido. Vejamos o exemplo dado por Frutiger, quando um produtor respeitado e com fama de ótimo criador vendia o gado com sua marca e esse era revendido, esse gado tinha

uma valorização diferente dos demais de outros criadores que não cuidavam bem de seu gado. Surgiu então uma das primeiras formas de valorização de marca em mercado. No momento em que o animal é vendido no mercado, o significado da marca original de propriedade transforma-se em índice de qualidade. A marca de um bom criador é conhecida e procurada pelos comerciantes, tornandose uma logomarca, e o animal é comercializado como um “produto de marca” a um preço correspondentemente maior. (FRUTIGER, 1928, pg. 295)

As marcas dos comerciantes começaram a surgir de maneira espontânea e com uma necessidade mais informacional do que comercial. Os comerciantes precisavam agora informar o local de onde vinham as mercadorias e de onde provinham. Todo esse cuidado pra evitar a mistura de mercadorias enquanto eram transportadas para os postos de venda. Depois de consumido o produto e atestado sua qualidade, aquele símbolo que foi usado para representar o produto durante seu transporte e todo processo, vai passar a ser lembrado pelos consumidores como sinônimo de qualidade de determinado produto.

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3.2. inspirações e referências As primeiras marcas comerciais de muitos produtos surgiram do mesmo modo. O importador ou exportador assinalavam os pacotes, as caixas e os embrulhos de especiarias, condimentos, frutas etc., a fim de evitar possíveis equívocos durante o transporte. Quando chegavam aos postos de venda, esses sinais sobre as embalagens eram transformados em marcas que identificavam as mercadorias contidas nos recipientes, sua origem e, mediante a comprovação da experiência indicavam qualidade. A simples identificação do proprietário havia se transformado numa marca comercial. (FRUTIGER, 1928, pg. 296)

O que vem a memória quando vemos um letreiro com três elipses de cores diferentes com um cone em baixo? Essas formas geométricas nos remetem ao sorvete, portanto somos sugestionados a imaginar que ali, naquele local haverá uma sorveteria. Marca é aquilo que o consumidor imagina que seja, cabe à publicidade indicar um caminho para que o consumidor possa seguir absorvendo a comunicação.

A marca é aquilo que o consumidor pensa que é. O trabalho do gestor de marca é certificar-se que os clientes estejam a pensar como deve ser [...] Compramos marcas por razões que ultrapassam o racional. Comprar um produto de marca é um ato de autoafirmação e aprovação. Leva o consumidor a entrar num mundo imaginário, criado pela propaganda e pela publicidade, em que as aspirações são satisfeitas e os valores reafirmados. (HEALEY, 2009, pg.10).

Segundo Wheeler, marca é uma promessa, ela passa uma ideia, tenta vender uma proposta que pode ser informada por terceiros ou de qualidade comprovada pelo próprio consumidor. A marca é a expectativa do consumidor a respeito de um produto ou serviço, essa expectativa pode ultrapassar limites e fazer com que alcance outros sentidos, tornando-a imortal na mente do consumidor. A marca é a promessa, a grande ideia e as expectativas que residem na mente de cada consumidor a respeito de um produto, de um serviço ou de uma empresa. Marca é a percepção íntima, o sentimento visceral de uma pessoa em relação a um produto, serviço ou empresa. (WHEELER, 2006, pg.12)

A nomenclatura Pop Art vem de Arte Popular, na verdade, trata-se de uma abreviação da mesma, ressaltando que o nome não está relacionado com arte feita pelo povo, mas sim produzida para o consumo deste, da massa. “Tudo o que é belo,” delirou Andy Warhol, em êxtase sobre o glamour da vida moderna, a sociedade de consumo, e o mundo da mídia e as suas estrelas; sua proclamação pode ser considerada a máxima da geração pop... (OSTERWOLD, Tilman. Pop Art. Taschen)

Esse movimento surgiu após a Segunda Guerra Mundial, onde o expressionismo e sua subjetividade tinha bastante influência no mundo artístico, e havia uma clara divisão entre o que era considerada uma “arte elevada” ou “arte vulgar”. Diante desses acontecimentos e sucessão de fatos, surge o movimento Pop Art, em decorrência do descontentamento de alguns artistas com a presente situação de separação entre o tipo de arte e as massas. Quem criou o movimento foi o crítico inglês Lawrence Alloway. Com surgimento na década de 50, através de um grupo artístico intitulado como Independent Group, responsável pelos primeiros passos onde formaram uma base dessa nova forma de expressão artística. O movimento se fixou com

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maior firmeza na Inglaterra e nos Estados Unidos. A partir da década de 60, a Pop Art teve maior destaque e confirmou todo seu potencial, chamando dessa forma atenção no mundo. Sua intenção era confrontar o expressionismo abstrato, que era o movimento artístico presente na época. O que inspirava os artistas nas criações era a cultura das pessoas, seus modos e costumes, se utilizando disso para lançar uma crítica ao modo de vida que as pessoas tinham. Com fortes marcas do consumismo e materialismo, essas críticas através da arte se utilizavam de muita ironia e sarcasmo. A Pop Art influenciou bastante o mundo artístico e cultural dos períodos futuros. Com influência marcante no grafismo e desenhos pertinentes a moda, aliás quando pensamos em estilismo, esse pode ser considerado um dos principais movimentos inspiradores, um dos mais apreciados por este mundo da moda, apesar de não ser tão conhecido pela massa. As principais características eram o detalhamento de figuras e objetos, se utilizando desses artefatos para expressar de modo diferente a vida extremamente consumista da sociedade. Os elementos mais utilizados eram

embalagens de alimentos, latas de refrigerantes, história em quadrinhos, pessoas, animais, bandeiras, panfletos de propaganda, entre outros artefatos. Eram utilizados de forma ampliada, maiores em escala do que as formas originais. Utilizam-se também colagem e/ou repetição de uma mesma imagem, com cores diferentes, sendo essa uma das principais características do movimento até hoje. O movimento também se utiliza de recursos de linguagem visual, como cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes, superfícies amplas e chapadas e aspectos gráficos difundidos nas representações de várias mídias. Os formatos de todo material artístico que fazem parte desse movimento, são variados para que o material seja visto de maneira inovadora e diversificada. Porém se preza os resquícios de seus formatos originais, possibilitando desta maneira novos modos de se ver e perceber determinada coisa, permitindo novos olhares e novas leituras do que estava em exposição. Isso mudou radicalmente o conceito de arte que se fazia presente na sociedade da época. Os materiais mais utilizados eram acrílico, gesso, poliéster, espuma, materiais fluorescentes,

tintas e outros materiais instituídos da tecnologia. Os principais artistas desse movimento são: Andy Warhol, que é um dos mais conhecidos e tem como obras mais populares a lata de sopa da Campbell, as garrafas de Coca-Cola e o retrato de Marilyn Monroe; Roy Lichtenstein que foi uma figura de liderança no movimento Pop Art, sua inspiração eram anúncios e histórias em quadrinhos; Peter Blake que ficou muito conhecido por sua autoria na capa do disco “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” dos Beatles; Wayne Thiebaud, mais marcado pelas suas obras com um ar mais despojado e nostálgico através da reprodução dos relacionamentos entre as pessoas e atitudes desinteressadas; entre outros. No Brasil o movimento Pop Art surgiu na época da ditadura, o que ocasionou num grande espanto, pois os artistas se utilizavam do estilo para retratar o clima do regime militar vivido. O estilo influenciou fortemente o grafismo em suas principais características. Dos artistas nacionais, os que mais se destacam são Luiz Paulo Baravelli e Wesley Duke Lee.

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Roy Fox Lichtenstein nasceu em Nova Iorque, em 27 de outubro de 1923. Em consequência da Segunda Guerra Mundial, o mesmo teve que interromper seus estudos de Arte. O artista passou a ganhar a vida como desenhista, decorador de vitrines e professor de Arte. Visando a busca de um estilo próprio, ele realizou uma litografia de uma nota de dólar que logo se tornou o protótipo de uma obra de Pop Art. Suas principais influências foram, Jim Dine, Claes Oldenburg e George Segal. Pertencente a geração que reagia ao domínio dos expressionismos abstratos, ele assim como outros artistas do movimento PopArt, buscava livrar-se desse expressionismo e também expandir a linguagem e as várias possibilidades de se fazer arte. Lichtenstein buscava através da sua arte, trazer coisas relacionadas a temas corriqueiros, abrangendo dessa forma o cotidiano, o que era comum e ubíquo. Ele buscava refletir de forma direta o mundo que refletia o domínio da mídia graças à comunicação em massa. Um dos seus temas preferidos era a guerra, onde o mesmo a banalizava em suas obras. Ele também fazia críticas irônicas sobre o capitalismo. Roy se

utilizava de histórias em quadrinhos e textos para expressar sua arte e em suas obras ele procurava valorizar os clichês destas. Seu interesse por esses elementos começou depois de um desenho do Mickey que ele fez para seus filhos na década de 60. Esse seu trabalho com os quadrinhos chamava atenção pela ousadia que ele impunha, entretanto era julgada por alguns como ruim e banal. Sua obra parece simples, mas ela é composta por muitas finuras e é calcada em um axioma conceitual sutil; por ter uma aparência simples e clara ela se tornou acessível e de fácil consumo.

fazer arte. Ele faz uma combinação da arte comercial e abstração. Muitas de suas ilustrações foram copiadas sem serem creditadas ao mesmo, por artistas que trabalhavam com histórias em quadrinhos. Suas principais obras foram: Takka, Whaam, a série Quando Abri Fogo, O Beijo e M-maybe.

No final da década de 60 ele se consagrou como uma grande referência do movimento Pop Art e na virada do século, foi considerado um mestre moderno. Ele utilizou uma técnica de pontilhismo, que ficou conhecida como Pontos Bem-Day, essa é uma característica marcante na grande maioria das suas obras. Ele fazia uso também de cores brilhantes, planas, chapadas e limitadas que eram delineadas por um traço negro, atribuindo bom contraste e contribuindo para um bom impacto visual. Sua pretensão era proporcionar novas possibilidades de reflexão sobre a linguagem e as formas diversas de

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4. O QUE É BRANDING?

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Martin Lindstrom, em Brand Sense, deu início ao seu livro comentando um experimento que ele fez com crianças, em que ele mostrou sons, cheiros e por fim alguns logotipos e as crianças reconheceram a maioria desses, trazendo à tona a seguinte reflexão, a memória infantil quanto ao brand sensorial é aguçada. Crianças por terem um repertório ainda em formação têm a facilidade de guardar informação que as marque como o som de um desenho animado ou como o perfume que pode ter sido usado por sua mãe. Primeiro toquei várias canções bem conhecidas associadas a várias empresas e programas de TV. A maioria das crianças identificou-as facilmente, dentre elas Disney, Apple Computer e a música tema do Bob Esponja e da NBC. Então chegou a hora do teste do olfato. “A primeira fragrância no ar foi (e sempre será) um dos aromas mais evocativos do mundo”. (LINDSTROM, 2005, pg. 2).

Em 2005, a equipe engajada no projeto Brand Sense elaborou um questionário para tentar descobrir por que as pessoas têm grande afinidade com as marcas. Chegaram à conclusão de que se as empresas quiserem sobreviver por mais tempo têm que mudar a direção, sair do branding tradicional

para um sensorial, que trabalhe com as emoções, com os 5 sentidos. É por isso que, no Projeto Brand Sense de 2005, minha equipe e eu fizemos muitas perguntas para pessoas que tinham grande afinidade com várias marcas – em alguns casos, você pode até chamar de casos de amor. Voluntária e generosamente, elas compartilharam suas paixões e impressões, informações inestimáveis que me levaram a concluir que, se os produtos e a propaganda quiserem sobreviver por mais de um século, terão que mudar inteiramente de direção. Mais um cartaz pregado em um outdoor na Times Square não dará resultado. Será necessária uma visão inteiramente nova (e sensorial), algo que apele às nossas emoções. (LINDSTROM, 2005, pg. 3)

Uma marca tem que transmitir sensações e desejos. Estas sensações são facilmente percebidas pelas crianças, que têm 200% mais sensibilidade que um adulto, um rec1ém-nascido, por exemplo, chega a ter 300% mais olfato que sua mãe, é a natureza assegurando o vínculo afetivo. É o lado sensorial ativado, o recém-nascido conhece sua mãe por um dos 5 sentidos, o olfato, a reconhce pelo cheiro.

Percebi então, como faço agora, que uma marca tem de se transformar em uma experiência sensorial que vai muito além do que vemos. Também percebi que, mais do que qualquer pessoa no planeta, as crianças parecem se vincular com maior profundidade a marcas sensoriais de verdade, que envolvam som, toque, cheiro e sensação. Isso pode não surpreender tanto quando se pensa que os sentidos de uma criança são aproximadamente 200% mais potentes do que dos de uma criança, ela provavelmente não tem ideia de que o senso olfativo de um recém-nascido é mais de 300% maior doque o dela. Chamem isso de jeito engenhoso da natureza de assegurar um permanente vinculo entre mãe e filho. (LINDSTROM, 2005, pg. 3)

Quando um consumidor passa a lembrar de uma marca toda vez que sente determinado cheiro, o cérebro logo recorre às lembranças e resgata um momento vivido. O olfato é o único sentido que não podemos bloquear, como por exemplo, bloquear o som ao colocar as mãos por sobre os ouvidos, ou até mesmo fechar os olhos para não ver determinado objeto, porém o cheiro não é possível bloquear. Todos esses sentidos criarão laços emocionais

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entre a marca e o consumidor. Um dos exemplos para esse branding sensorial é o trabalho feito por Lindstrom, com finalidade de tentar frear a grande queda do correio convencional. Uma campanha que explica o porquê de usar o sensorial para gerir o branding, fazer o consumidor desse tipo de serviço sentir na pele como é quando se recebe uma carta, que tipo de sentimento isso pode causar em quem recebe. Temos um exemplo um pouco diferente sobre o que o escritor comum imaginaria ao considerar um casal de apaixonados trocando correspondências. Esses casais transmitem no papel todo sentimento que um e-mail não iria conseguir transmitir, como tipo de letra usada, o perfume corporal do punho roçando no papel, o cheiro da tinta da caneta e do próprio papel. O objetivo era reconectar os consumidores ao antigo modo de correio, e eles conseguiram. Pois usaram um dos produtos de grande afinidade com a população, que transmite um cheiro peculiar e um sabor que é reconhecido por qualquer pessoa, o produto usado foi o chocolate. Mas poderia ter sido qualquer outro que de acordo com o público-alvo poderia ter uma grande associação e simbolismo.

Para revigorar os números em queda do correio convencional, o Royal Mail lançou uma campanha conhecida como “touching brands” (Tocando Marcas). A empresa tinha duas metas: reconectar-se aos consumidores que se afastaram do que foi chamado agora, um pouco pejorativamente, de “correio lesma”, e demonstrar o papel fundamental do correio na era digital como parceiro natural para as novas mídias. A britânica Brand Sense Agency foi contratada para ajudá-los a analisar como é possível usar os cinco sentidos para realçar as afinidades como uma marca – nesse caso, o Royal Mail. O novo experimento foi apelidado como Correio Sensacional. Os resultados foram sensacionais. (LINDSTROM, 2005, pg. 3-4)

No caso do brandsense a campanha teve como produto o envio de uma carta personalizada em uma placa de chocolate, que tinha nela vários valores sensoriais como o toque macio, cheiro inconfundível, som da barra se partindo e o sabor que dispensa comentários, trabalhando assim os cinco sentidos eles conseguiram passar a mensagem desejada.

sentiram que isso demonstrava como o correio convencional pode cativar os cinco sentidos. Mas eles também tomaram uma atitude como resultado de nossa experiência de envio, atitude essa que, devo enfatizar, foi muito além de comer a carta de chocolate. As pessoas simplesmente começaram a mandar cartas de novo! (LINDSTROM, 2005, pg.4)

Pode se perceber então, que a pesquisa relacionada à marca sensorial veio embasara importância de usarno projeto de identidade visual o aspecto sensorial. Tornando então a marca mais íntima ao público-alvo, proporcionando uma boa lembrança da marca, oportunidades futuras de compra dos seus produtos e possíveis indicações, alcançando valorização e reconhecimento.

Aplaudida por ser inovadora e chamativa, a resposta ao nosso envio de chocolate pelo Royal Mail superou todas as expectativas. Três quartos dos destinatários

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5. BRIEFING

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O briefing teve como objetivo entender o cliente para acrescentar nas pesquisas e ajudar o projeto para que o objetivo de crescimento da empresa, firmamento e estruturação para futuras franquias, seja concluído. O cliente é uma empresa do ramo ótico, cujo nome Ótica Neia, localizada na cidade de Camaçari - BA, no bairro centro. Têm como produtos óculos esportes, óculos de grau e lentes de contato. Possui um logotipo antigo, onde a necessidade de atualização de identidade visual apareceu, pois a empresa mudou o foco, de lentes para óculos, e mudou o ponto comercial, com isso o movimento caiu. Portanto seria preciso uma identidade visual atualizada com o público-alvo, que mudou ao longo do tempo. Seus concorrentes são óticas da cidade e vendedores externos que tiram clientes da Ótica Neia. Os concorrentes tem como forças o preço baixo, atendimento personalizado e rapidez na entrega do produto, como desvantagens têm a localização, pela concorrência excessiva, pois se localizam em uma rua que tem muitas empresas do mesmo ramo. Utilizam a venda direta, ao consumidor final.

A Ótica Neia se difere dos concorrentes pelo preço e atendimento, pois é pequena e tem pouco custo fixo, assim os preços são mais competitivos. No que diz respeito a clientela, estes são consumidores da cidade, trabalhadores locais, donas de casa, moradores das regiões circo vizinhas, moradores da orla da cidade, trabalhadores das empresas do complexo industrial e principalmente da zona rural. Caracteriza-se a venda como direta, os clientes como consumidores finais e a Ótica Neia os fidelizam através da qualidade dos produtos, onde a escolha dos produtos é feita de forma pessoal e criteriosa. Os clientes, consumidores finais, são homens e mulheres sem faixa etária, pertencentes às classes B e C, são trabalhadores, donas de casa, entre outros. A identidade visual da Ótica Neia é atualmente utilizada em cartões de visita, talões de ordem de serviço, flyers e banners.

QUESTIONÁRIO 1. Você tem um slogan ou tag line? Se sim, gostaria que estivesse presente no logo? Resposta: Excelência em lentes de contato, mas não somos mais excelência em lentes, nosso público mudou. 2. Você tem alguma imagem em mente para o logo? Resposta: Não, acredito que seja capaz de me surpreender. 3. Você possui alguma preferência por cores, ou quer que alguma cor da. marca atual – se existir – esteja presente na nova? Resposta: A cor azul e rosa, da identidade atual, são interessantes, me identifico com essas cores, até por que na minha empresa a predominância é por funcionárias mulheres, por conta da sensibilidade. 4. Há alguma cor que você não quer? Resposta: Não tenho objeções. 5. Que características, atributos e adjetivos você gostaria que seu logo passasse sobre seu negócio / empresa? Resposta: Tradição, sofisticação, sensibilidade, qualidade.

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6. Tem preferência por tipografia? Letra de mão (script), negrito, etc? Resposta: Não 7. Cite três logos que você gosta. Se puder, forneça referências (imagens, impressões, links). Resposta: Não sei dizer. 8. Você quer que adicionais sejam criados? Ex.: cartões de visita, envelopes, timbrados, folder institucional, website. Resposta: Sim, todas as aplicações que podem ser usadas em uma ótica. 9. Como você gostaria que fosse a personalidade da marca? Marque quantas quiser: ( x) Séria ( ) Conservadora ( ) Corporativa ( ) Dinâmica ( x) Elegante ( ) Ecológica ( ) Lúdica ( ) Moderna ( ) Amigável ( )Divertida ( x) Honesta ( ) Hightech ( x) Simples ( x)Tradicional ( ) Outra? Qual?

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6. ANĂ LISE DE LOGOTIPO 28

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Logo visualmente “pesado”, porém por causa do bom espacejamento e simplicidade (ausência de mais elementos, como exemplo serifas) tem boa legibilidade mesmo em redução.

FIGURA 4. Atual logotipo da Ótica Neia.

O atual logotipo da ótica Neia é composto por um símbolo e uma tipografia aplicada em duas palavras, sendo assim três elementos. O símbolo utilizado, em sua ideia original, representa uma lente de contato formada por uma elipse e sombreamento da mesma, estes dois elementos na horizontal com inclinação vertical para o lado direito. Embora este seja o real significado, ao visualizar o Logotipo a impressão de uma antena parabólica, um prato ou mesmo um objeto desconhecido de forma oval, ocorre facilmente.

Com relação às cores, são estas o Ciano e Magenta, somente essas duas em 100%, sem mistura. Essas duas cores fazem parte do conhecido sistema de cores CMYK (Ciano, Magenta, Amarelo e Preto) e por esta razão tornam o Logotipo, em termo de cores, pouco sofisticado, além de remeter, neste caso eq uivocadamente, a área gráfica que utiliza bastante as quatro cores CMYK. Em resumo este é um Logotipo com pouca obviedade conceitual e não transmite a atual situação da empresa, que tem como principal produto de vendas óculos, porém possui boa legibilidade visual e leitura mesmo com redução aplicada.

A tipografia do Logotipo é simples, linear com extremidades arredondadas, totalmente aplicadas em bold itálico e caixa baixa, características estas que tornam o

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7. DIAGNĂ“STICO

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7.1. MACROAMBIENTE 7.1.1. DEMOGRÁFICO A Ótica Neia fica situada na cidade de Camaçari - Bahia, no bairro do centro, e de acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, Camaçari tem 242.970 habitantes. A população urbana soma 231.973 pessoas e a população rural é de 10.997 moradores. Segundo o IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) a população de Camaçari era de 161.727 no ano 2000 e em 2010 aumentou para 242.984 mil habitantes, sendo que 120.626 são homens e 122.358 mulheres, com um total de população urbana de 232.045 mil e rural de 10.939 mil.

FIGURA 5. IBGE - Pirâmide Etária Camaçari (BA) - 2010 - Censo 2010

FIGURA 6. População - Camaçari (BA) Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010

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7.1.2 ECONÔMICO Quanto à distribuição de renda, há um contraste muito grande na cidade. As pessoas que tem curso técnico não ficam desempregadas, todavia as pessoas que não tem formação ficam a mercê de subempregos ou tem dificuldades para conseguir emprego. Qualidade e produtividade tem sido a receita para ampliar as atividades do Polo Industrial de Camaçari. Sua importância econômica pode ser medida pela grandeza de seus números. O polo industrial impulsionou o crescimento do comércio local.

7.1.3 SOCIOCULTURAL O município destaca-se pela diversidade de manifestações artísticas. A cultura de um povo que escolheu essa terra litorânea para viver, que nasceu da fusão das tradições indígenas, africanas e portuguesas, presentes nas características de dos munícipes. Todavia, tem sua história pautada na colonização, na chegada de muitos imigrantes e com eles um novo referencial que foi se misturando, surgindo assim a identidade de Camaçari.

A tradição do São João é antiga e persiste por anos também impulsiona o comércio local de todas as cidades do nordeste, essa festa tradicional influência no dia a dia das pessoas que passam a consumir produtos típicos da época e frequentar casas de show com músicas regionais. Ao longo dos anos essa cultura não teve grandes alterações e sim agregações. Foi agregada a cultura nordestina ao qual Camaçari esta incluída, novos ritmos musicais e variações dos antigos ritimos, sem mencionar as outras manifestações artísticas culturais que são herança indígena ou africana que tem centros de preservações culturais ao longo do estado.

7.1.4. NATURAL Quanto às matérias primas, a cidade é mantenedora de matéria prima para vários estados e para ela mesma. Existem muitas empresas de distribuição e produção de diversos tipos de produtos. Por muito tempo a cidade foi área de proteção nacional por conta da indústria, só depois passou a eleger os seus prefeitos que anteriormente

eram indicados pelo presidente da república.

7.1.5. TECNOLÓGICO Como existe um curso de mecatrônica na cidade, a questão da tecnologia é levada a sério, existem empresas que trabalham com robótica, porém a aceleração e o ritmo de mudança não atrapalham, pois as equipes sempre estão atentas para ter no parque tecnológico o melhor e mais moderno da tecnologia. As empresas passam pela certificação 9000 e 9001, boa parte delas na indústria e no comércio, tem essa certificação.

7.1.6. POLÍTICO-LEGAL As Legislações reguladoras existentes em Camaçari são as Associações do comércio e do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (COFIC). Os sindicatos tem grande atuação, tanto o sindicato do comerciário quanto o sindicato dos metalúrgicos, dentre outros. Esses sindicatos tem sede própria e são mantidos por suas categorias.

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7.2 AGENTES DO MICROAMBIENTE O Microambiente é formado por todos os agentes que afetam a capacidade da empresa de produzir e vender seus bens e serviços. A Ótica Neia não tem projetos de marketing. Buscou sempre fazer micro ações com panfletos monocolores para divulgação das promoções da loja. Pois a gestora Sra. Lidineia Pereira, acredita ser mais eficaz para o seu negócio, porém poucos concorrentes trabalham grandes campanhas na cidade, então o campo de atuação esta aberto. A empresa tem uma reputação com pouco recall dentre os clientes. Esses clientes não são muito fiéis por conta do alto número de ofertas do setor, eles não se lembram muito da marca quando precisam refazer os óculos, o que é um problema para a ótica que precisa que conquistar sempre novos clientes. A participação no mercado não é tão expressiva quanto em outras épocas, onde o fluxo de venda era expressivamente superior ao atual. Atualmente a ótica se apoia nos

clientes que entram esporadicamente nas clínicas de olhos para fazer exames de visão, abordam esses clientes sem preferências ainda e os conduzem até a ótica, muitos desses acabam finalizando a compra. A qualidade do produto é um fator de certa forma generalizado nas óticas, como sempre compram de representantes transitórios que passam e vendem as próprias marcas; estes acabam fornecendo uma garantia de até três meses, o que deixa os consumidores insatisfeitos. O atendimento é considerado de bom a ótimo, mas pode melhorar muito. Segundo a gestora seria ótimo se houvesse algum tipo de treinamento para refinar a fala e tratamento com o cliente. O cliente sempre gosta de “ser bajulado”, “encantado”, gosta que o vendedor comente as características do produto, que esteja sempre com sorriso no rosto. Os vendedores da Ótica Neia, como qualquer pessoa, não estão sempre com bom humor, são prestativos e fazem o possível para efetuar a venda, mas poderiam atuar ainda melhor se fossem bem preparados profissionalmente. A determinação dos preços se dá pela gestora, que analisa seus custos fixos e determina os preços. Porém a loja não

passa por um bom momento, pois caiu em ociosidade, não pussui inovações, buscam sempre o mesmo estilo de armações para os óculos, o que dificulta um pouco as vendas para quem quer uma novidade ou algo alternativo. A gestora não tem um conhecimento financeiro apurado, tudo o que sabe foi aprendido no cotidiano. A gestão é puramente familiar e as dificuldades são fruto dessa escolha de gestão. Um ponto positivo é que ela sempre se preocupa com as promoções e quando vendem para clientes que moram em outras cidades, sempre utilizam o sistema delivery, levam os produtos até o cliente. As produções das lentes são feitas em laboratórios de alta tecnologia e que sempre prezam pela qualidade dessas lentes. As entregas das lentes são feitas para a Ótica Neia por meio de motoboy, que levam as lentes de Salvador até as regiões circo vizinhas e sempre chegam no prazo, em horários específicos pela manhã e pela tarde.

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7.2.1 DISTRIBUIÇÃO A distribuição dos produtos é feita na própria ótica para o consumidor final.

7.2.2 FORNECEDORES São os mesmo das outras lojas, com exceção de alguns óculos que são comprados em grandes distribuidores que tem um custo mais alto, dessa forma as empresas menores não tem condição de comprar produtos com alto valor agregado como exemplo Ray Ban, Absurda dentre outros.

7.2.3 CLIENTES E PÚBLICOALVO Os clientes da Ótica Neia são mulheres e homens sem faixa etária, trabalhadores locais, donas de casa, moradores das regiões circo vizinhas, moradores da orla da cidade e trabalhadores das empresas do complexo industrial. (Esta informação será mais detalhada no item stakeholders).

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8. ANÁLISE DE COMPETÊNCIAS 35

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8.1. CONCORRENTES E ANÁLISE DE SEUS LOGOTIPOS A Ótica Neia possui muitos concorrentes diretos, todos regionais, óticas muito próximas. Existem grandes redes de óticas que estão instaladas na cidade, onde são comercializados produtos com preços competitivos e alta qualidade, produtos de alto valor agregado que em parcerias levam o nome de artistas ou estilistas famosos. Foi pensado então em quatro concorrentes para referências de marca e identidade visual, como bons exemplos de redesign e rebranding.

8.1.1. ÓTICAS OPÇÃO A Óticas Opção é uma empresa regional, porém possui algumas filiais. A comunicação é interessante e possui um logotipo mutável que se altera de acordo com a linha e estilo da loja. São acrescentados os nomes das linhas, como descrito na imagem a baixo. Quanto ao logotipo, o mesmo tem uma tipografia pesada e o ícone não tem boa pregnância.

A Óticas Opção é genuinamente baiana, fundada em 04/05/2005, no bairro da Calçada. Está no mercado há 5 anos, atuando com um serviço de qualidade e excelência. Inaugurou em dezembro de 2006 a sua primeira filial no Shopping Iguatemi, um grande avanço para empresa. No ano de 2007 a empresa constitui mais 02 filiais sendo uma na região metropolitana em Lauro de Freitas e outro no Salvador Shopping, onde surgiu o nome apresentado ao público “Óticas Opção Differ”, uma loja inovadora com um conceito diferenciando no atendimento e produtos. Foi então desenvolvido um projeto a altura do local em que se encontrava a loja. No ano de 2008 a empresa continuou avançando e constitui mais 03 filiais, sendo elas Max Center, Itaigara e mais uma nova loja no Shopping Iguatemi com a bandeira “Óticas Opção Differ”. Nesse mesmo ano a empresa fez uma parceria com a única Indústria do Norte, a Nordeste Master Glasses, parceria essa vital para o seu desenvolvimento e crescimento, levando-a no ano de 2009 a aquisição de mais 06 lojas. Nesse ano é apresentado aos clientes parceiros e amigos um novo nome, “Óticas Opção

Disney”. Mas eles não cessaram o crescimento e no ano atual a empresa já constitui mais onze filiais, destacandose entre elas a abertura da filial em Camaçari para melhor servir os clientes com conforto e comodidade.

8.1.2. ÓTICAS DINIZ A Óticas Diniz atua no mercado brasileiro desde 1992, e assim representa a maior rede de varejo ótico nacional. As lojas da Óticas Diniz podem ser encontradas em todos os estados brasileiros, e seu crescimento contínuo faz desta rede o melhor exemplo de uma estrutura de sucesso, além de uma marca genuinamente brasileira e de grande expressão nacional. A primeira loja da Óticas Diniz foi fundada em 26/01/1992, na Rua de Santaninha, no centro da cidade de São Luis - MA, a partir da realização do sonho de seu fundador, Arione Diniz. Lugar de Gente Feliz e Atendimento de coração! Slogans que eram ilustravam os principais alicerces da Óticas Diniz, atender bem, entender o que o cliente precisa e oferecer boas condições de pagamento e bons produtos, esses sempre foram os princípios da empresa.

FIGURA 7. Logotipo da Óticas Opção.

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A Óticas Diniz conseguiu inovar na forma de atendimento, oferecendo saúde visual, conforto e estética, na aquisição de óculos de grau e solar. Além de oferecer aos clientes produtos de qualidade, com garantia de origem, e marcas conceituadas. Na Diniz Franchising, central de franquias do grupo, um time de profissionais de diversas áreas atua para assegurar o mesmo padrão de excelência em todas as suas lojas.

A identidade da Óticas Diniz é identificada facilmente por uma tipografia bold em um box vermelho. O ícone é um box com umailustraçãodeumaarmaçãodeóculos, inclinado na diagonal. O investimento em propaganda é alto, como exemplo, eles sempre disponibilizam óculos de marcas renomadas para o programa de TV Amauri Jr. Show.

8.1.3. FOTOTICA O logotipo da Fototica passou por grande reformulação, a versão anterior possuía muitos elementos, como Listras amarelas, onduladas e retas, que simbolizavam os raios ultra violeta. A tipografia era pesada e não retratava a grandeza da empresa. Em resumo, um logotipo desatualizado e esteticamente ruim, porém fez parte do crescimento da empresa que se tornou uma grande potência no ramo ótico do país.

FIGURA 8. Logotipo antigo da Óticas Diniz

FIGURA 11. Logotipo atual da Fototica.

O logotipo atual da Fototica foi desenvolvido pela Agência Brander de São Paulo, que fez um ótimo trabalho de redesgin. Eles preservaram as cores e atualizaram a forma, deixaram a tipografia mais simples e leve, com um bom espacejamento que permite uma leitura fácil, rápida e perfeita para redução. Ainda retiraram a letra “p” de fotoptica. A grande ideia ficou por conta das letras “o” que formam um óculos ou olhos. A tag line clichê não acompanhou a ideia do logotipo, porém, funciona bem. Atualmente é uma das melhores identidades visuais do ramo ótico do Brasil.

FIGURA 10. Logotipo antigo da Fototica FIGURA 9. Logotipo atual da Óticas Diniz.

(antes Fotoptica).

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8.1.4. ÓTICAS CAROL Outro exemplo de bom redesign de identidade visual aconteceu com o logotipo da Óticas Carol, que sofreu reformulação depois do crescimento da empresa, que iniciou suas atividades em 1997 e em 2008 foi adquirida pelo Marcos Amaro, herdeiro da TAM. O primeiro logotipo continha uma ilustração de um sol usando óculos e sorrindo, a tipografia do nome “Carol” era em bold com a letra inicial em caixa alta e cor em amarelo 100%, um box azul como fundo e a tipografia da palavra óticas em branco e toda em caixa alta. A tipografia do primeiro logo não era adequada, nas reduções ele tinha problemas com a palavra “óticas” o ícone em redução não trabalhava bem por ter pontas finas.

O novo logotipo da Óticas Carol, desenvolvido pela Agência Artplan, traz modernidade e leveza, transmite seriedade e se comporta muito bem nas reduções. Eles mantiveram o box azul de fundo e eliminaram o ícone do sol. Trabalharam somente com o box e a tipografia. A cor do box ficou mais suave, com um tom um pouco pastel, um azul com menor agressividade. A palavra “Óticas” ficou na cor branca e a palavra “Carol” em amarelo, todavia, não o mesmo amarelo anterior, porém um amarelo mais encorpado e pastel, também menos agressivo. A tipografia agora está em caixa alta, transmitindo seriedade. A gestão de brading da Óticas Carol é feita corretamente, o logotipo atual transmite exatamente os princípios da empresa.

FIGURA 12. Logotipo antigo da Óticas Carol.

FIGURA 13. Logotipo atual da Óticas Carol.

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9. STAKEHOLDER

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FIGURA 14. Infogrรกfico Stakeholder. Peรงa elaborada no Projeto ร ticas Neia.

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Primeiro toquei várias canções bem conhecidas associadas a várias empresas e programas de TV. A maioria das crianças identificou-as facilmente, dentre elas Disney, Apple Computer e a música tema do Bob Esponja e da NBC. Então chegou a hora do teste do olfato. “A primeira fragrância no ar foi (e sempre será) um dos aromas mais evocativos do mundo”. (LINDSTROM, 2005, pg. 2).

Stakeholder é qualquer pessoa ou empresa que tenha interesse ou que possa ser diretamente afetado pelo projeto. A palavra stakeholder vem de stake que significa interesse, participação ou risco e holder que significa aquele que possui. Segundo Reed Freeman, o termo stakeholder foi cunhado em 1963 em um memorando interno no Stanford Research Institute e se referia a “grupos importantes para as organizações, que sem o apoio desses grupos essas organizações deixariam de existir”. A ideia de stakeholder para Freeman é simples, além dos donos, a empresa é responsável por outros grupos que têm interesse nela, são eles os acionistas, funcionários, consumidores, fornecedores e financiadores. Freeman define o termo stakeholder como grupo ou indivíduos que

influenciam ou são influenciados pelo alcance dos objetivos da empresa. Então a definição público-alvo que tem um conceito mais restrito, foi substituída por esse termo mais amplo, o stakeholders. Ainda outra definição para stakeholder, é que eles são indivíduos ou grupos que a organização/empresa é dependente para sua própria sobrevivência. Toda empresa tem seus próprios stakeholders, que podem ser identificados a partir de uma análise realizada no mercado em que atuam, bem como o grau de intensidade desta influência (FREEMAN; Reed, 1983).

9.1. COLABORADORES 9.1.1. FUNCIONÁRIOS FIXOS E TEMPORÁRIOS Os funcionários da Ótica Neia são predominantemente de classe social C, mulheres entre 18 e 30 anos, residentes de bairros formados por periferias. Possuem acesso à saúde e educação, treinamento de vendas e treinamento para leitura e interpretação de receita ótica, e ainda aparência física agradável.

9.1.2. CLIENTE/ CONSUMIDORES Os clientes/consumidores da Ótica Neia são crianças, jovens, adultos e idosos, pessoas que necessitam utilizar lentes corretivas, que compram um óculos esporte para proteger a visão dos raios ultravioleta, que precisam usar uma lente de contato corretiva ou ainda lentes coloridas sem grau. Essas pessoas são pacientes das clínicas oftalmológicas, principalmente as que ficam próximas da Ótica Neia (como a Clínica de Olhos Camaçari e a Optoclinic); transeuntes em busca de orçamento para comprar seus óculos e lentes; pessoas que passam pela loja e se interessam em entrar; clientes antigos e clientes que estão com pressa e passam na intenção de finalizar rapidamente uma compra.

9.2. DISTRIBUIÇÃO A distribuição dos produtos da ótica para o cliente, é feita nela mesma, não existe ainda um serviço de entrega do produto, como um delivery, somente a retirada diretamente no ponto de venda.

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9.3. FORNECEDORES As óticas grandes têm marcas próprias e também trabalham com grandes marcas nacionais e internacionais. Já as óticas de bairro, como a Ótica Neia, trabalham com fornecedores locais e vendedores que passam com malas oferecendo seus produtos. Muitas vezes estes fornecedores não possuem logotipo nas armações. Com ressalva para a Ótica Neia que em algumas vezes adquiri produtos de grandes fornecedores.

9.4. ÓRGÃOS REGULADORES Os órgãos reguladores são: Vigilância sanitária e o PROCON (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor). Esses órgãos são responsáveis pelo regulamento e funcionamento de diversos estabelecimentos, assim como as óticas, eles expedem autorizações e certificados de funcionamento para os estabelecimentos aprovados.

9.5. OFTALMOLOGISTAS E OPTOMETRISTAS O oftamologista é o profissional responsável pela saúde dos olhos, faz exames de vista, pode prescrever receitas e ainda cirurgias.

Os oftalmologistas fazem exames mais detalhados dos olhos e a partir desses procedimentos, o profissional poderá facilmente identificar possíveis problemas ou não na visão do paciente. Já os optometristas são profissionais mais técnicos, somente descobrem o grau das lentes que o paciente precisa usar. Estes profissionais não podem fazer exames mais detalhados e também não podem prescrever receitas de medicamentos. O optometrista é um profissional independente da área da saúde, sem formação superior e não está habilitado a examinar e avaliar a visão de forma mais profunda. É especialista em diagnosticar e compensar, por meio de artefatos óticos, alterações visuais de origem não patológica, melhorando assim o desempenho visual dos pacientes. O trabalho do optometrista está voltado para a prevenção de patologias oculares e problemas sensoriais.

9.6. PARCEIROS A Ótica Neia tem como parceiros: laboratórios de produção das lentes corretivas que serão colocadas nas armações; clínicas oftalmológicas, que dão descontos aos pacientes indicados pela ótica e clínicas de optometria, que também oferecem descontos aos pacientes indicados.

Esses laboratórios facilitam as compras e fazem as entregas diretamente na ótica. Ambas as clínicas, oftalmológicas e de optometria, praticam descontos para indicações, possibilitando desta maneira que a ótica faça o papel de intermediadora da consulta, e antecipe a marcação de horário no consultório, assim, os consumidores/pacientes não precisam se dirigirem até as clínicas para marcarem as consultas.

9.7. MÍDIA Fazem parte da mídia, pessoas formadoras de opinião, sites, blogs e carros de som locais, redes sociais, revistas, jornais e aplicativos que possibilitam check-in (Facebook, Foursquare, Instagram, entre outros). Pessoas formadoras de opiniões, que possuem muitos seguidores em suas redes sociais, fazem check-in em suas redes sociais, comentam e postam fotos e o resultado desse movimento, é a indução exercida nos seguidores, que passam a desejar os mesmos produtos que estes formadores de opiniões consomem. Além do checkin e comentário, a postagem da foto ajuda na identificação do tipo de produto e avaliação da qualidade. Como exemplo o Foursquare, um aplicativo para sistemas operacionais

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mobile como o Android, IOS e Windows Phone. Nesse aplicativo é possível que as pessoas façam o check-in, postem fotos, comentem e avaliem o nível de atendimento e qualidade dos estabelecimentos.

9.8. CONCORRENTES A Ótica Neia possui concorrentes de grande e pequeno porte. Caracterizados como concorrentes de grande porte estão a Óticas Diniz e Óticas Opção, que são bons exemplos de grandes concorrentes, se tornando excelentes referências. Como concorrentes de pequeno porte estão as óticas mais próximas como, Ótica Stylos, Ótica Machado, Ótica Brasil, Ótica do Povo, Ótica Estrela, Ótica Foccos, Ótica Econômica, Ótica Jesus, Ótica Flash, Ótica Camaçari, Ótica Rubi, Ótica Precisão, Ótica Ocular, Ótica Retina, Nossa Ótica, Ótica Planeta, Ótica Focal, Ótica Design, Dona Ótica e Ótica Flex. Quase todas essas óticas de pequeno porte ficam situadas em um único lugar, a Avenida Francisco Drumond, mais conhecida pela população local como “rua das óticas”. Há ainda óticas de grande porte que podem ser classificadas como concorrentes indiretos, como por exemplo a Fototica e a Óticas

Carol. As óticas de grande porte atendem um público mais selecionado, com maior poder aquisitivo. As óticas menores atendem um público com poder aquisitivo menor, não obstante, comercializam produtos de boa qualidade.

9.9. CURIOSIDADES Em seu site o Dr. Dráuzio Varella disponibiliza uma entrevista feita com um especialista em visão e tira dúvida de leitores sobre várias situações. Em uma das perguntas Dráuzio pergunta – Qual a diferença entre hipermetropia e presbiopia, ou seja, a vista cansada das pessoas mais velhas? Não temos estatísticas oficiais, mas existem algumas estimativas que somos capazes de levantar de acordo com a faixa etária. Praticamente, 100% das pessoas são hipermetropes quando nascem. Já os míopes são raros nessa idade. Aos sete anos, aproximadamente 70% das crianças são hipermetropes e os 30% restantes, míopes. Quanto ao astigmatismo, é difícil calcular, porque a pessoa pode ter astigmatismo e miopia ou astigmatismo e hipermetropia, simultaneamente. (AVAKIAN, Amaryllis. Entrevista: doenças da visão).

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10. MARKETING

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10.1. ANÁLISE DO MERCADO Uma atual pesquisa que foi solicitada pela Abiótica (Associação Brasileira da Indústria Ótica) revelou que o ramo ótico está em crescimento com cerca de 30 mil pontos-de-venda e quase dobrou de tamanho nos últimos quatro anos. Em pesquisa realizada pela consultoria New Sense, a pesquisa de “Avaliação do Mercado Ótico Brasileiro 2010” descreve a expansão do setor em todos os aspectos, número de lojas e quantidade de produtos comercializados. Segundo a pesquisa o faturamento do mercado ótico saltou de R$ 8,8 bilhões em 2006 para R$ 15,9 bilhões em 2010, taxa de crescimento de 80% além da inflação do período (15,4%).

varejistas do setor. Essa pesquisa revelou a existência de 30.750 pontosde-venda qualificados de produtos óticos no Brasil, sendo que 85% deles, ou 26.129 lojas, são estabelecimentos que tem a comercialização de produtos óticos por prescrição como principal atividade, ou seja, óticas. Dentre esses dados 26 mil óticas, 49%, estão na região Sudeste (SP/MG/RJ/ES). Em São Paulo são 6.889 lojas, 26% do total de todo país, isso significa que São Paulo tem o maior número de óticas em funcionamento no país.

Segundo o estudo, o aumento é fruto não apenas da melhor situação econômica do país, mais também o crédito facilitado, conscientização da população na importância do uso do óculos e por fim do investimento da indústria em tecnologia. FIGURA 15. Infográfico Raio-X do mercado ótico brasileiro. Centro Ótico.

A pesquisa foi realizada por meio de questionário enviado aos fabricantes, importadores, distribuidores de produtos óticos, laboratórios e

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10.2. CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO 10.2.1. PRODUTO O produto principal da Ótica Neia são óculos de grau, também conhecido como óculos receituário. Estes óculos possuem armações de qualidade em metal, acetato e madeira em diversas cores, que acompanham cases, lenços e sacolas personalizadas. Os produtos secundários são os óculos esportes e as lentes de contato, estes com opções de lentes coloridas. O fato de poder enxergar melhor por conta de óculos, a redução nas dores de cabeça por conta dos óculos, todos esses benefícios são adquiridos quando se compra um óculos de grau. A ótica trabalha com várias marcas pequenas e que não possuem muita expressão no mercado e poucas grandes marcas. As lentes e armações têm boa qualidade. Ao retirar na ótica seus óculos o consumidor recebe um case (porta óculos) com o logo da ótica estampado e um lenço para limpeza das lentes de óculos.

10.2.2. PREÇO

10.2.3. PRaÇa

Os níveis de preços utilizados pela Ótica Neia são: R$ 99,99, R$ 199,99 e R$ 299,99. Esses três valores tem como objetivo separar o tipo de armação e lente escolhido pelo cliente. A estratégia de preços visa separar o público- alvo em três categorias para atender diferentes classes sociais. Os valores correspondem aos óculos da seguinte forma, o valor mais alto a uma lente mais complexa, de maior grau e de acordo com a escolha do cliente lentes anti-reflexo e até fotossensíveis, atendendo as classes com maior poder aquisitivo, o valor intermediário com lentes mais simples e o valor mais baixo lentes básicas para atender as demais classes com menor poder aquisitivo. Segundo a dona Lidineia Pereira, gestora da empresa, em 99% dos casos os clientes optam pelas lentes correspondentes ao valor intermediário (R$ 199,99).

Os produtos estão disponíveis pela distribuição/venda direta. Os clientes vão até a ótica para experimentar os óculos, de acordo com o modelo e estilo são escolhidas as armações e feito o direcionamento para confecção das lentes.

A Ótica Neia trabalha com um lucro que varia de 100 a 500% dependendo do tipo de armação, marca e qualidade. A margem de desconto é de 30% em cima do valor final com as lentes corretivas. Esses descontos promocionais em sua maioria para pagamento a vista. Os pagamentos realizados a prazo não têm desconto e só podem ser parcelados em até três vezes.

A ótica possuem vitrines que expõem as armações para óculos de grau, esporte e lentes de contato.

10.2.4. PROMOÇÃO A politica da empresa Ótica Neia é sempre ter sua divulgação em panfletos e cartazes. Essa distribuição é feita de forma diária em horários que as pessoas costumam mais ir aos oftalmologistas (entre 08h30 e 12h e das 14h às 18h). Os panfletistas se posicionam próximos às clinicas, para uma abordagem rápida e direta aos pacientes que saem das clinicas com seus exames de vista em mãos à procura de alguma ótica. Essa abordagem é feita primeiramente pelos panfletistas, que muitas vezes levam os clientes que acabaram de sair das clínicas para a ótica. As divulgações serão divididas em duas partes. A primeira parte consiste

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em mídia impressa (off-line), que serão os panfletos promocionais, outdoors, cartões de visita, anúncios em revistas, banners e sinalização em ônibus (busdoor). A segunda parte, de mídia on-line, serão os sites, redes sociais, banners em sites locais, vídeos promocionais da marca e possivelmente TV local. Não obstante, outra forma de divulgação a ser utilizada serão as parcerias com empresas e com pessoas formadoras de opiniões, que podem divulgar em suas redes sociais, fornecendo assim credibilidade e respaldo aos produtos da Ótica Neia. Também serão feitas ações nas ruas próximas da loja para tentar compensar a queda das vendas por conta da localização, essas ações serão feitas com panfletistas uniformizados e com flyers promocionais, essa ação deverá acontecer sempre aos sábados. As promoções sazonais estarão sempre programadas para o ano inteiro, ações de e-mail marketing (newsletter), outdoor e busdoor também farão parte dessa programação de divulgação sazonal. As Datas comemorativas terão um cuidado especial, deverá ser reservada uma cota de investimento para essas datas e reservados os espaços para veiculações.

Outra ação que agrada a gestora da empresa é o cartão solidário, que funciona da seguinte forma: quando o cliente faz uma compra ele ganha um cartão de indicação que pode dar a ele níveis de desconto ou até mesmo, de acordo com o valor da compra, produtos gratuitos.

10.3. análise de SWOT A análise de SWOT é uma ferramenta de marketing aplicada durante o planejamento estratégico nas empresas, mapeia seus aspectos internos e externos, auxiliando no posicionamento das marca. SWOT é uma sigla oriunda do inglês, que se refere às forças (Strenghts), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) da marca, e tem como objetivos: listar questões e características declaradas pelos diversos grupos presentes no stakeholder; Avaliar as questões pela perspectiva de stakeholder; Reconhecer a existência de problemas na empresa e declará-los; Atentar-se aos fatos evidenciados nos problemas; Salientar as causas e consequências e sinalizar as causas críticas que possam ter soluções criativas.

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10. 3. ANĂ LISE DE SWOT

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FIGURA 16. Anรกlise SWOT. Peรงa elaborada no Projeto ร ticas Neia.

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No que se refere às forças destacase o fato de que a gestora tem grande conhecimento a cerca dos produtos que comercializa, com mais de 20 anos de mercado, influência, tradição e principalmente qualidade nos produtos. A gestora é também coordenadora de vendas, assim fica bem próxima das vendas e auxilia os vendedores, e assim traz consegue a satisfação do cliente pelo atendimento especializado. Classificamos como fraqueza a identidade visual que não traduz mais os valores da Ótica Neia, que ao longo dos anos se transformaram e mudaram. Sua localização é inadequada, pois está fora do eixo dos concorrentes, não tem estacionamento privativo para os clientes e os produtos não são muito diversificados, sem muitas opções. Existe uma forte dependência dos fornecedores locais, desta forma os comerciantes concorrentes acabem por ter produtos muito similares. A gestora Lidineia Pereira destacou a importância de se investir mais em informática, melhorar o pósvenda e o marketing, que estão com certas dificuldades. Como oportunidades, foram analisados alguns pontos, como o crescimento

populacional e a localização próxima do Polo Petroquímico que atrai muitos trabalhadores e futuros clientes, também a instalação de uma nova fábrica do ramo automotivo que irá gerar mais de 2.000 empregos diretos segundo a própria montadora. Levando em consideração as novas vagas de emprego, o surgimento de mais consumidores com potencial de poder aquisitivo e a concorrência que em sua maioria é formada de empreendedores locais que não trazem novidades para o mercado, pois eles copiam os concorrentes vizinhos e disponibilizam poucos produtos diversificados, em sua maioria os produtos disponíveis têm o mesmo nível de qualidade e muitas vezes são idênticos. O setor está em grande ascensão, cada vez mais cedo os brasileiros estão preocupados com a saúde visual, e com isso surgem novas tendências de Óticas no país. A copa do mundo é uma boa oportunidade porque irá levar turistas para cidade e o aumento de médicos oftalmologistas na cidade também contribui para o aumento de compra de óculos. Outra nova profissão é a optometria, onde o profissional cuida da prescrição de receitas para lentes corretivas, esses profissionais trabalham em parceira com as óticas e fornecem descontos nas indicações das consultas.

Também foi constatada uma maior acessibilidade à moda isso faz com que a Ótica Neia, possa aumentar o seu mix de produtos atraindo assim novos clientes. Com relação às ameaças colocamos o aumento de empresas do setor, porque a concorrência aumenta e faz com que o cliente tenha mais opções de compra e assim possa achar um preço mais competitivo e trocar de ótica na hora da escolha do local para sua compra. Alguns concorrentes tem boa comunicação, usam panfletos para divulgar seus produtos, divulgam em rádios locais e até anunciam em outdoors visando o fortalecimento de marca ou até mesmo para a divulgação de alguma promoção. Estar fora do eixo das óticas pode ser também uma ameaça grande, pois o comportamento do consumidor o leva aos locais onde têm a maior concentração de empresas do setor, assim o consumidor tem em mente que poderá pesquisar mais e que os preços serão competitivos. Atualmente com um mundo globalizado, uma empresa não pode ficar alheia das redes sociais, pois as redes aproximam a empresa do cliente, e isso a Ótica Neia não tem. Pode se perceber ainda que há produtos em seu estoque de coleções anteriores, muitas vezes defasados

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para o momento, em relação ao atual público-alvo. A falta de profissionais adequados é também uma ameaça, pois as óticas têm pouquíssimos profissionais bons na cidade à disposição, assim a renegociação salarial passa a ser algo frequente. Ainda a concorrência do mercado informal que comercializa produtos sem qualidade e réplicas de grandes marcas é uma ameaça, pois tiram os consumidores das lojas e óticas sérias e competem com preços muito abaixo do mercado, prejudicando assim as óticas e as grandes marcas copiadas. Com tudo, o nível de exigência do consumidor aumentou por conta do grande aumento de redes óticas que comercializam produtos de alta qualidade.

10.4. ESTRATÉGIA Após visto a atual situação do mercado ótico e em função da análise de SWOT, o posicionamento estratégico da Ótica Neia no mercado será focar nos pontos fortes, contornando as fraquezas e ameaças, e por fim trabalhar as oportunidades para que deixem de ser oportunidades e se tornem realidade. A divulgação será dividida em duas partes. A parte on-line que se resume

a ações de marketing na internet e a parte off-line que serão os impressos. Esses impressos irão ajudar na divulgação e poderão ser utilizados como material institucional e promocional, para que os parceiros ajudem também nessa divulgação. A imagem que a marca deve possuir é de uma empresa séria, que vende qualidade e comercializa produtos duradouros, que não irão quebrar facilmente. O relacionamento com o consumidor se dará na base do respeito mútuo e confiança pelos longos anos de mercado que a loja tem, essa confiança é pautada na figura da gestora, a senhora Lidineia Pereira. Esses produtos são os óculos e lentes de contato. Esses óculos são confeccionados com um material chamado acetato e também são produzidos utilizando o substrato metal. As lentes de contato são gelatinosas. Pretende-se o fortalecimento visual da Ótica Neia, de forma que a mesma possa estabelecer elevados padrões de confiabilidade e design que devem ser associados à marca perante o públicoalvo. A ótica já tem uma grande confiança por parte dos clientes, por conta dos 20 anos de trabalho na

cidade, mas o trabalho de gestão de branding solidificará essa confiança dos consumidores pela ótica. A estratégia de vendas será de forma direta. Já a comunicação, levando em consideração o grande número de concorrentes, será direta e indireta, para atingir o maior número de pessoas, utilizando-se de mídias on-line e off-line. O nível do serviço oferecido deve ser excelente, principalmente o pós-venda que deverá acontecer sempre. Será necessário o contato com os clientes que estiverem com os produtos adquiridos próximos do vencimento, para serem notificados, renovarem o produto e ainda participarem de promoções, visando a fidelização do mesmo. O projeto visa ainda, para um branding bem estruturado, a realização do pósvenda, com ligações efetuadas aos clientes buscando medir o nível de satisfação. Sorteios aleatórios e em datas comemorativas, serão realizados para que os clientes voltem na loja para pegar seus brindes, realizem compras involuntárias e divulguem a Ótica Neia, informando conhecidos, amigos, parentes entre outros, estas ações promocionais. Com estas ações, o cliente sentirá certa exclusividade, portanto concluirá que não haverá motivos para mudar de ótica.

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10.5. PROMOÇÃO 10.5.1. PLANO DE COMUNICAÇÃO A divulgação será dividida em duas partes. A primeira consiste em mídia impressa (off-line), panfletos promocionais, outdoors, cartões de visita, anúncios em revistas, banners, sinalização em ônibus (busdoor), entre outros. Na mídia on-line a divulgação se dará pelo próprio site da Ótica Neia, banners digitais em sites locais, vídeos promocionais da marca, TV local, redes sociais, etc. Não obstante, outra forma de divulgação a ser usada, serão as parcerias com empresas e com pessoas formadoras de opiniões, que poderão divulgar em suas redes sociais, fornecendo assim credibilidade e respaldo aos produtos da loja. Também haverá ações nas ruas próximas a loja para tentar compensar a queda de vendas por conta da localização. Essas ações serão feitas com panfletistas uniformizados distribuindo flyers promocionais, essa ação deverá acontecer sempre aos sábados. As promoções sazonais estarão programadas para o ano inteiro, ações de e-mail marketing, outdoor e busdoor também farão parte dessa programação de divulgação sazonal. As Datas comemorativas

terão um cuidado especial, deverá ser reservada uma cota de investimento para essas datas e reservados também espaços para essas veiculações. Outra ação que agrada a gestora da empresa foi o cartão solidário, que funciona da seguinte forma: o cliente ao efetuar uma compra, ganhará um cartão de indicação que poderá lhe fornecer níveis de desconto ou até mesmo uma compra de forma gratuita.

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11. PLATAFORMA DE MARCA 54

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ATRIBUTOS E BENEFÍCIOS

Missão: Ser competitiva no mercado, oferecendo produtos de qualidade com um preço acessível a todas as classes.

visão: Ser líder no mercado ótico na Bahia e no Brasil.

ATRIBUTOS

BENEFÍCIOS

valores: Qualidade – Oferecer produtos de qualidade com alta durabilidade. Respeito – Ser sempre honesto e transparente com o cliente. Satisfação – Fazer sempre o cliente se sentir satisfeito com a compra e exceder suas expectativas.

•Armações de metal;

•Conforto visual;

•Armações de acetato;

•Término das dores de cabeça;

•Armações de madeira;

•Enxergar perfeitamente bem;

•Diversas cores;

•Conseguir executar atividades que dependem da visão;

•Lentes coloridas; •Case personalizado; •Lenços personalizados;

•Usar os óculos como assessório de beleza; •Proteção UV

•Sacolas personalizadas; 55

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11. 1. essĂŞncia da MARCA

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personalidade Moderna, legível, confiável, mutavel, confortável, segura.

pilares Confiança; Entrega o que promete; Satisfação; Produtos sofisticados e com arte aplicada; Qualidade; Um ano de garantia; Preço; Cabe no seu bolso.

essência Excelência em visão

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12. REGISTRO DE PROJETO 58

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12.1. Descrição O cerne deste projeto é utilizar Arte e Design como uma ferramenta de redesign e rebranding de marca para uma empresa do ramo ótico, especificamente a Ótica Neia. O objetivo deste projeto é propor soluções para a marca e para a comunicação que está defasada e destoante com o público-alvo, por meio de arte e design aplicados ao projeto de redesign da identidade visual, peças de comunicação, pontos de contato e produtos.

12.2. DESENVOLVIMENTO 12.2.1. concorrência

12.2.2. REFERÊNCIAS Óticas Diniz: Nacional/Brasil, 22 anos, franquias, atendimento, grandes marcas.

Este projeto se inspirou no movimento artístico Pop Art, em um dos seus artistas, Roy Lichtenstein e também no projeto do logotipo mutável da cidade Melbourne, para solucionar de forma moderna e inovadora o rebranding da Ótica Neia, tornando a comunicação e o projeto como todo mutável e artístico.

FIGURA Repetida. Óticas Diniz.

Fotótica: Nacional/Brasil, 90 anos, franquias, estrutura, grandes marcas.

Óticas Opção: Baiana/Regional, 9 anos, 4 segmentos, parceria industrial.

FIGURA Repetida. Fototica.

Óticas Carol: Nacional/Brasil, 17 anos, franquias, estrutura, grandes marcas. FIGURA Repetida. Óticas Opção.

FIGURA Repetida. Óticas Carol.

FIGURA 17. Logotipo da cidade de Melbourne.

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12.2.3. Esboços Com base nos dados, referências e informações obtidos em diversas pesquisas (presentes na monografia), foi pensado na elaboração de grafismos e padrões visuais modernos, neste caso flat, arte como movimento e mutação e foco como legibilidade para o desenvolvimento do novo logotipo, peças de comunicação, produtos, PDV, entre outros, portanto um rebranding e redesing para Ótica Neia. Para o desenvolvimento do logotipo foram utilizados os conceitos de marca, extraídos do painel semântico e pesquisas. Foco como legibilidade, arte como movimento/mutação e modernidade como forma de redesign e atualização da marca, foram pensados desde a evolução da nova proposta de logotipo para a Ótica Neia.

FIGURA 18. Evolução do logotipo.

A malha construtiva demonstra como foi construído o logotipo.

FIGURA 19. Malha construtiva.

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12.2.4. estampas/ grafismos

Estampa inspirada em formas geométricas com cores complementares.

Todos os grafismos foram inspirados no artista Roy Lichtenstein e no movimento artístico Pop Art. As estampas tem uma gama de cor variada e tem como objetivo chamar a atenção para a marca de forma alegre e jovem. Estampa bicolor com linhas que tem dois ângulos diferentes criando um padrão gráfico.

Estampa em linha bicolor cyan e agenta.

Estampa inspirada em zebra com listras coloridas.

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Figura 21. Ray-Ban Wayfarer (listras diagonais).

12.2.5. imagens do projeto Para compor as peças de apoio ao projeto de rebranding da marca aplicamos os grafimos nas armações de óculos esporte. Utilizamos o óculos da marca Ray-Ban de modelo wayfarer, A Ray-Ban inciou a produção e foi popular na decada de 50 e 60. O modelo foi um dos óculos mais vendidos da história e é considerado um dos ícones do século XX.

Figura 22. Ray-Ban Wayfarer ( zebra colorida).

Fig. 20 Ray-Ban Wayfarer ( estampa bicolor cyan e magento).

Figura 23. Ray-Ban Wayfarer (padrões geomátricos)

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Figura 24. Modelo ilustrando os grafismos no 贸culos.

Figura 25. Modelos ilustrando os grafismos no 贸culos.

Figura 26. Modelos ilustrando os grafismos no 贸culos.

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Figura 27. Modelo ilustrando os grafismos no óculos.

Foram utilizadas diversas imagens conceituais, mostrando a aplicação de grafismos ao principal produto da Ótica Neia, o óculos. Ainda é claro nestas imagens, que o uso destes óculos com arte aplicada , é unissex.

Figura 28. Modelo ilustrando os grafismos no óculos.

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Figura 29. Gráfico desenvolvido no projeto Óticas Neia.

Este gráfico foi produzido utilizando as informações extraidas da pesquisa executada pelo Abiótica (principal feira de óculos do brasil).

números do setor meta de crescimento de 25% em 2014

29,9

78% é a participação atual dos produtos importados no setor.

23,3 19,5

150mil é o número de pessoas empregadas no setor

faturamento ( bilhões de R$)

2012

2013

2014 fonte: abiótica

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2013/12/1379863-setor-optico-crescera-em-2013-menos-que-a-projecao-inicial.shtml

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12.2.6. painel semântico Essas imagens foram usadas para demonstrar o conceito do projeto no painel semântico. A primeira representa as referências buscadas para o conceito do projeto, o movimento artístico Pop Art e um de seus artistas, Roy Lichtenstein.

A terceira imagem vem conceituar a modernidade, utilizando uma imagem que faz referência a uma placa eletrônica em um circulo com cores. A ideia é representar um mundo cheio de novidades vindas da tecnologia. Fig. 32. Modernidade

Fig. 30. Arte

A segunda imagem representa foco, o primeiro plano focado e o segundo desfocado, salientando assim a importância do foco.

A quarta e última imagem conceitual do painel semântico, traz a ideia de movimento e para exemplificar foi utilizada uma imagem que mostra uma Fig. 33. Movimento

Fig. 31. Foco

mulher com movimentos no cabelo e a sinuosidade do seu rosto.

12.2.7. Desenvolvimento do Ícone A concepção do logotipo foi elaborada utilizando os conceitos do painel semântico, e para expressar graficamente isso foram selecionados alguns ícones. O primeiro é o obturador de máquina fotográfica. O segundo foi o ícone do foco que traz a visão para o centro direcionando onde é preciso olhar ou alcançar, e o terceiro foi o ícone de um olho. Esses três ícones deram origem ao ícone da Óticas Neia, contendo movimento, foco, legibilidade, arte e modernidade o ícone transmite profundidade deixando assim a impressão que está no plano 3D. Fig. 34 Conceito

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12.2.8. logotipo

Fig. 38 Grafismos aplicados no ícone. Logotipo mutante.

Fig. 39 Paletas de cores

Fig. 35 Logotipo antigo da Ótica Neia.

Fig. 36 Proposta de rebrand.

C 100 M 100 y 0 K 0 r 46 G 49 B 146 pantone 306 c

C 100 M 100 y 0 K 0 r 46 G 49 B 146 pantone 7687 c

C 100 M 100 y 0 K 0 r 46 G 49 B 146 pantone 306 c

m46 m46 m90 m90 y0 k0 y0 k0

m60 m60 m0 y0 m0 k0 y0 k0

m0 m100 m0 m100 y100y100 k42 k42

m95 m95 m100m100 y46 y46 k19 k19

m43 m43 m0 y100 m0 y100 k0 k0

m100m100 m60 m60 y30 y30 k0 k0

m0 m79 m0 m79 y29 y29 k0 k0

m0 m0 m0 y100 m0 y100 k0 k0

m0 Cm100 m0100 m100 y0Mk0 y0 k0 y 0 K 0 100

m0 m41 m0 m41 y59 y59 k0 k0

r 46 G 49 B 146 pantone 7687 c m3 m99 m3 m99 y47 y47 k20 k20

m0 m12 m0 m12 y54 y54 k0 k0

m96 m96 m47 m47 y20 y20 k0 k0

Após pesquisas sobre a psicologia das cores, foi escolhida a cor azul como base do projeto institucional e logotipo, pois representa tranquilidade, confiança/segurança e é associada com a água, trazendo assim transparência, associada com a sinceridade na relação entre o cliente e a Ótica na compra de produtos, transmitindo também a confiança necessária para fidelizar os clientes. Para representar a arte do projeto, as estampas e grafismos, foi pensada uma paleta colorida, baseada nas cores das estampas, trazendo movimento, alegria e vida. Fig. 37 Logotipo realístico.

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12.2.9. Tipografias A tipografia escolhida para o naming foi a Venera. Este tipo capta as formas futuristas da corrida espacial. Com o suporte ao idioma portugês completa em cada peso, o seu formato estendido é versátil, com carácter único. Apresenta linhas sinuosas e curvas orgânicas que esxpressam movimento e modernidade. O conceito da tipografia se conecta com os conceitos da marca, movimento e modernidade e e foco como legibilidade.

Venera Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh Ii Jj Kk Ll Mm Nn Oo Pp Qq Rr Ss Tt Vv Ww Xx Yy Zz 1234567890

As tipografias de apoio foram escolhidas para material institucional e outra para anúncios. Para o material institucional foi escolhida a tipografia Pluto Sans. Esse tipo contém boa variedade de pesos, com uma família composta por 16 tipos regulares e 16 em itálico, sendo 32 tipos ao todo. A tipografia é informal e amigável, com arquitetura reta e vertical a tornando perfeito para mais aplicações com muito texto. Por causa de sua grande altura-x, ela ainda funciona muito bem em tamanhos muito pequenos. Esta família é um tipo contemporâneo que possibilita o uso em diversos materiais, não conflita com o logotipo e mantém a seriedade e legibilidade do material institucional.

Para os anúncios foi selecionada a tipografia Bebas Neue, uma família sem serifas, baseada na tipografia gratuíta Bebas, versão original de Ryoichi Tsunekawa, Dharma Type Foundry. Esta tipografia ganhou popularidade e tornou-se um tipo de “Helvetica das fontes gratuitas” e agora tem novas versões - Thin, Light, Book, e Regular criadas pela Fontfabric Type Foundry. Segundo a Fontfabric, as qualidades da fonte Bebas Neue e suas variações são adequadas para web, impressão, comércio e arte. Esta tipografia também possui letras condensadas e todas em caixa alta para uma informação veemente e ainda uma boa possibilidade de variação de pesos, que podem ser escolhidos de acordo com a importância da chamada ou do texto.

Pluto Sans Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh Ii Jj Kk Ll Mm Nn Oo Pp Qq Rr Ss Tt Vv Ww Xx Yy Zz 1234567890

Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh Ii Jj Kk Ll Mm Nn Oo Pp Qq Rr Ss Tt Vv Ww Xx Yy Zz 1234567890

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12.3. pontos de contato Fig. 40 Papelaria artística.

Fig. 41 Anúncio institucional em revista.

Fig. 42 Anúncio com foco nos óculos com arte aplicada.

Fig. 43 Case com estampa para o óculos, a estampa aplicada no óculos é a mesma do case.

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Fig. 44 Display para ponto de venda.

Fig. 45 Midia social institucional, canal direto com o consumidor.

Fig. 46 Aplicação de logo mutante em camisa.

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Fig. 47 Camisetas promocionais.

Camisas promocionais para divulgação da campanha

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Fig. 48 Camisetas promocionais.

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Fig. 49 Sacolas promocionais.

Sacolas promocionais para divulgação da campanha

Sacola com o logotipo

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Fig. 50 anĂşncio com logotipo mutante.

AnĂşncio

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Faixada da loja

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13. lista de figuras FIGURA 1. Página dupla do livro The story of the Glittering Plain, 1984. Colaboração entre William Morris e Walter Crane. Disponível em: http://poraykoc.blogspot.com. br/2011/04/my-finished-poster.html FIGURA 2. Jean Cocteau, 1983, Andy Warhol. Unique Screenprint and Colored Graphic Art Paper Collage. Disponível em: http://www.josephklevenefineartltd. com/NewSite/AndyWarholCocteau. htm#.U3jsyNJdWSo FIGURA 3. Capa da revista “WET”, 1979, April Greiman e Jayme Odgers. (April Greiman, famosa por ser uma dos primeiros designers a realmente abraçar a tecnologia de computador como uma ferramenta de projeto viável). Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/7zXnXmLaFxw/UI2IzoFlEHI/ AAAAAAAACVQ/Xh_tawchIrw/ s1600/1_Postmodernism-500x647. jpg FIGURA 4. Atual logotipo da Ótica Neia. Vetor disponibilizado pela dona da Ótica Neia. FIGURA 5. População - Camaçari (BA). Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/ sinopse/webservice/frm_urb_rur.

php?codigo=290570 FIGURA 6. IBGE - Pirâmide Etária Camaçari (BA) - 2010. Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade - Camaçari (BA) Censo 2010. Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/ sinopse/webservice/m_e.p?ano=201 0&codigo=290570&corhomem=88C 2E6&cormulher=F9C189&wmaxbar ra=180 FIGURA 7. Logotipo das Óticas Opção. Disponível em: http://www.oticasopcao.com/sobre. php FIGURA 8. Logotipo antigo da Óticas Diniz. Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/EBwzuT-8MpU/Tt0QVLwJ0GI/ AAAAAAAAHaw/GhkR2lEjsDE/s1600/ OTICA+DINIZ.jpg FIGURA 9. Logotipo atual da Óticas Diniz. Disponível em: http://www.oticasdiniz.com.br/ empresa

Disponível em: http://www.botecodesign.org/wpcontent/uploads/2009/09/Fototica. jpg FIGURA 12. Logotipo antigo da Óticas Carol. Disponível em: http://www.rotadoagito.com.br/ bairros/tatuape/oticas_tatuape/ otica_carol/1a.JPG FIGURA 13. Logotipo atual da Óticas Carol. Disponível em: http://www.oticascarol.com.br/ FIGURA 14. Infográfico Stakeholder. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. FIGURA 15. Infográfico Raio X do mercado ótico brasileiro. Centro Ótico. Disponível em: http://www.centro.otico.com.br/ component/content/article/19noticias/571-o-mercado-opticobrasileiro-em-numeros.html FIGURA 16. Análise SWOT. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia.

FIGURA 10. Logotipo antigo da Fototica (antes Fotoptica). Disponível em: http://www.botecodesign.org/ wp-content/uploads/2009/09/ fotoptica_242.jpg

FIGURA 17. Logotipo da cidade de Melbourne. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia.

FIGURA 11. Logotipo atual da Fototica.

FIGURA 19. Malha construtiva. Peça

FIGURA 18. Evolução do logotipo. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia.

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elaborada no Projeto Óticas Neia. Fig. 20 Ray-Ban Wayfarer (estampa bicolor cyan e magento). Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura 21. Ray-Ban Wayfarer (listras diagonais). Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura 22. Ray-Ban Wayfarer (zebra colorida). Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura 23. Ray-Ban Wayfarer (padrões geomátricos). Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura 24. Modelo ilustrando os grafismos no óculos. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura 25. Modelos ilustrando os grafismos no óculos. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura 26. Modelos ilustrando os grafismos no óculos. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura 27. Modelo ilustrando os grafismosno óculos. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia.

projeto Óticas Neia. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 30. Conceito Arte. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 31. Conceito Foco. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 32. Conceito Modernidade. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 33. Conceito Movimento. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 34 Conceito ícone. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 35 Logotipo antigo da Ótica Neia. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 36 Proposta de rebrand. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 37 Logotipo realístico. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 38 Grafismos aplicados no ícone. Logotipo mutante. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 39 Paletas de cores. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia.

Figura 28. Modelo ilustrando os grafismos no óculos. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia.

Figura. 40 Papelaria artística. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia.

Figura 29. Gráfico desenvolvido no

Figura. 41 Anúncio institucional em

revista. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 42 Anúncio arte aplicada. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 43 Estampa em case para o óculos. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 44 Display para ponto de venda. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 45 Midia social institucional. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 46 Aplicação de logo mutante em camisa. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 47 Camisetas promocionais. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 48 Camisetas promocionais. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 49 Sacolas promocionais. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia. Figura. 50 anúncio com logotipo mutante. Peça elaborada no Projeto Óticas Neia.

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14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VASARI. Giorgio. Vida de Michelangelo Buonarroti. Trad. por Luiz Marques 1ª ed., 2011. FRUTIGER. Adrian. 1928. Sinais e simbolos: Desenho, projeto e significado/ Adrian Frutiger: Tradução Karina Jannine – Segunda Edição – São Paulo: Martins Fontes, 2007. Pg 295 MOTTA, Fernando C. P. Teoria geral da administração: uma introdução. 22. ed. São Paulo: Pioneira, 2000. LINDSTROM, Martim. Brand sense: Segredos sensoriais por trás das coisas que compramos / Martin Lindstrom; tradução Renan Santos – Ed. Ver. E atual - Porto Alegre: Bookman, 2012. Pg2 KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. HEALEY, Matthew. O que é o Branding? Barcelona: Gustavo Gil, 2009. WHEELER, Alina. Design de identidade da marca [ recuso eletrônico ] guia essencial para toda equipe de gestão de marcas / Alina Wheeler; tradução: Francisco Araujo da Csota; revisão técnica: Ana Maldonado – 3.ed = Dados eletrônicos, = Porto Alegre: Bookman, 2012.

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MUNARI, Bruno. A Arte como Ofício. Lisboa: Editorial Presença, 1993. PHILLIPS, Peter. Briefing: A gestão do projeto de design. In: São Paulo: Blucher, 2004. CALVERA, Anna. Nuevos capítulos de una polémica que viene de lejos. In CALVERA, Anna (org). Arte ¿?Diseño. Barcelona: Gustavo Gilli, 2003, p.p 07 - 30. MUMFORD, Lewis. Arte e técnica. Lisboa: edições 70, 2001. FLUSSER, Vilém. Uma filosofia do design: a forma das coisas. São Paulo: Relógio d’ Água, 2010. RICARD, André. Diseño: ¿el art de hoy?.

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