ESTEVÃO CARLOS DOS SANTOS
PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DE PARQUE URBANO
Trabalho de Graduação Interdisciplinar II – TGI 2 ao Centro Universitário Central Paulista como requisito de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo Orientador: José Fabrício Ferreira
SÃO CARLOS/SP 2016
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. A ELE toda honra e toda glória, pois sem ele esse sonho seria impossível. Dedico também aos meus pais e familiares pelo amor, incentivo e apoio incondicional. A esta universidade, seu corpo docente, em especial meu orientar José Fabrício Ferreira por todo suporte em tudo que lhe coube. Aos amigos que de alguma forma contribuíram para que eu chegasse até aqui, e agradeço especialmente a minha esposa pois foi fundamental por todo incentivo e paciência.
Sumário
Introdução ..........................................................................................................................................................5 1 RELAÇÃO DE PARQUE URBANO E ESPAÇO URBANO ...............................................6 1.1.
Breve História sobre as Origens dos Parques Urbanos .....................................6
1.2.
Os Parques nos Dias Atuais ......................................................................................................9
1.3.
O Espaço Público .........................................................................................................................10
2 REQUALIFICAÇÃO URBANA ...........................................................................................................14 2.1. Conceito De Requalificação Urbana .................................................................................14 2.2. Os Parques Como Agente De Requalificação Urbana .......................................15 3 ESTUDOS DE CASOS .............................................................................................................................16 3.1. Parque Ibirapuera ...............................................................................................................................17 3.2. Parque da Juventude ......................................................................................................................24 4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTA RITA DO PASSA QUATRO .......................................................................................................................................................................................28 4.1. Localização e Origem do Município...................................................................................28 4.2. Dados: Físicos / Sociais / Econômicos ...............................................................................30 4.3 Turismo e Qualidade de Vida ..................................................................................................30 5 CONTEXTO DA ÁREA EM ESTUDO ............................................................................................................32 5.1 Localização ...............................................................................................................................................................32 5.2. Levantamento Fotográfico ............................................................................................................................34
6 DIAGNÓSTICOS DA ÁREA ..................................................................................................................................36 6.1 Mapas Evolução Urbana ...............................................................................................................................36 6.2. Mapa Preservação Ambiental ...................................................................................................................37 6.3. Mapa Uso do Solo ..............................................................................................................................................38 6.4. Mapa Sistema Viário ..........................................................................................................................................39 6.5. Equipamento Urbano ........................................................................................................................................40 7 PROGRAMA DE NECESSIDADES ....................................................................................................................42 8 MEMORIAL DESCRITIVO ...................................................................................................................................43 8.1. Conceito ...................................................................................................................................................................43 9 MATERIALIDADE ...........................................................................................................................................................46 10 PROPOSTA PROJETUAL ...................................................................................................................................49 11 BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................................................................92 12 ÍNDICE REMISSO DE FIGURAS .....................................................................................................................94
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INTRODUÇÃO
O tema selecionado para estudo e desenvolvimento do projeto consiste em um parque urbano e seu papel como espaço público. Para Bartalini (1996), o tipo de espaço livre definido como parque é “um grande espaço aberto público, que ocupa uma área de pelo menos um quarteirão urbano, normalmente vários, fazendo divisa com diversos bairros”; os limites principais de um parque urbano são as ruas. Sua organização espacial (paisagem) apresenta um “equilíbrio entre áreas pavimentadas e ambiências naturais”. O parque urbano pode abrigar “o uso informal, de passagem, caminhos secundários de pedestres, esportes recreativos, centros comunitários, festivais, playgrounds, piscinas etc.” Dentre as possíveis formas de encontrar o equilíbrio entre o processo de urbanização contemporâneo e a preservação do meio ambiente, o parque urbano se torna fundamental para o planejamento dos espaços livres dentro da malha urbana, trazendo a garantia de uma cidade mais sustentável em vários aspectos, tanto sociais quanto ambientais. Assim também como a possibilidade de redesenhar e dar uma nova qualidade a trechos da cidade que se encontram ociosos, subutilizados ou até mesmo sem o devido uso que aquele espaço foi destinado.
1. RELAÇÃO DE PARQUE URBANO E ESPAÇO URBANO 1.1. BREVE HISTÓRIA SOBRE AS ORIGENS DOS PARQUES URBANOS A origem dos parques se fundamenta em dois pontos primordiais: a urbanização e a industrialização dos países. Este processo ocorreu primeiramente na Europa e nos Estados Unidos, segundo Martins Junior (2007). A ideia de sistema de parques aparece no século XIX com Olmsted nos Estados Unidos, onde o verde passa a ser incorporado na cidade de maneira igualitária enquanto ao uso destes espaços (OLIVEIRA, 2010). No Brasil foi diferente esta inserção de parques urbanos e áreas verdes, as cidades por não possuírem uma quantidade expressiva de parques urbanos, estes eram incorporados pela elite e não tinham planejamento, apenas repetiam os modelos internacionais de embelezamento dos palácios (MACEDO, 2003). O início do século XX foi um período de grandes transformações, sobretudo as áreas urbanas receberam novos usos como esporte e recreação, deixando de ser apenas para elite e embelezamento, agora se tornando espaços funcionais (SCALISE, 2002). Os parques, com o passar do tempo, incorporaram novos elementos
característicos de cada período. Macedo (2003) explica que a arquitetura paisagística pode ser identificada por três grandes linhas: a Linha Eclética, Moderna e a Contemporânea.
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A Linha Eclética: trata o espaço livre dentro de uma visão romântica, campos bucólicos ou jardins de palácios reais. Os espaços criados eram destinados a contemplação e aos passeios com utilização de fontes, lagos e espelhos d'água e uso de vegetação bem trabalhada, exemplo desse modelo é o Parque Américo Renné Giannetti, em Belo Horizonte (MG).
Figura 1: Parque Américo Renné Giannetti, Belo Horizonte - MG.
A linha Moderna: nos anos 30 e 40 tornou-se uma nova corrente de pensamento adotando uma forte postura de nacionalismo, onde a vegetação nativa era sobrevalorizada e as atividades recreativas passaram e ser incorporadas nos parques através de playgrounds, quadras esportivas, convívio familiar e atividades culturais. Um dos muitos exemplos deste período podemos ver no Parque Ibirapuera, SP Figura 2: Parque Ibirapuera, Sao Paulo - SP.
A linha Contemporânea: a partir dos anos 70, com novos posicionamentos do ponto de vista ecológico e também a utilização de antigos ícones do passado. Para Macedo (1999) o Parque das Pedreiras Jardim Botânico em Curitiba representa esta linha contemporânea. Burle Marx conceitua o uso dos parques contemporâneos: áreas livres de múltiplo uso, associadas à conservação de várzeas e bosques nativos. Ganha importância a proteção, a biodiversidade e os aspectos ambientais - água, regulação climática, sequestro de carbono, educação, pesquisa e ecoturismo. A floresta começa assim a ter seu papel definitivo na ecologia urbana, reconectando o homem da cidade com a natureza, da qual se distanciara.
Figura 3: Parque das Pedreiras, Curitiba – PR
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1.2 – OS PARQUES NOS DIAS ATUAIS O parque do século XXI procura recriar as condições naturais dentro da paisagem urbana, transformando estes espaços em locais de sociabilidade e contato com a natureza. Além dos parques ecológicos, parques de lazer e parques temáticos, já conhecidos desde o século XX, os atuais parques urbanos vem incorporando novas características em seus usos e sistemas de planejamento, afirma Scocuglia (2009). Atualmente os parques urbanos apresentam inúmeras funções e contribuem para a sustentabilidade urbana. O ambiente natural e agradável desses espaços oferece minimização dos problemas das cidades e traz benefícios para seus habitantes. Além dos problemas ambientais urbanos, os parques também amenizam as tensões sociais e proporcionam um espaço de aproximação do ser humano com a natureza. Como já mencionado, a importância dos parques é evidente exercendo um papel imprescindível para o bem estar da população, com função social, cultural e ambiental. Kliass (1993) por sua vez define parque como: “Os parques urbanos são espaços com dimensões significativas e predominância de elementos naturais, principalmente cobertura vegetal, destinados a recreação.” Para Bartalini (1996) o tipo de espaço livre definido como parque é “um grande espaço aberto público, que ocupa uma área de pelo menos um quarteirão urbano, normalmente vários, fazendo divisa com diversos bairros”; os limites principais de um parque urbano são ruas, sua organização espacial (paisagem) apresenta um “equilíbrio entre áreas pavimentadas e ambiências naturais”. O parque urbano pode abrigar “o uso informal, de passagem, caminhos secundários de pedestres, esportes recreativos, centros comunitários, festivais, playgrounds, piscinas etc.” Sakata (2002) considera parque urbano todo espaço de uso público destinado à recreação de massa, qualquer que seja seu tipo, capaz de incorporar intenções de conservação e cuja estrutura morfológica é auto-
suficiente, isto é, não é diretamente influenciada em sua configuração por nenhuma estrutura construída em seu entorno. Dentre as possíveis formas de encontrar o equilíbrio entre o processo de urbanização contemporâneo e a preservação do meio ambiente, o parque urbano vem sendo fundamental para o planejamento dos espaços urbanos, trazendo a garantia de uma cidade mais sustentável em vários aspectos sociais e ambientais, assim também como a possibilidade de redesenhar e dar uma nova qualidade a trechos da cidade que se encontram ociosos, subutilizados ou até mesmo sem o devido uso que aquele espaço foi destinado. Para melhor compreendermos o tema abordado é necessário conhecer as influências de um parque urbano e seu papel na requalificação de áreas livres e subutilizadas dentro do espaço urbano. 1.3. O ESPAÇO URBANO Considera-se a cidade como um espaço urbano na qual pode ser analisada como um conjunto de atividades, seguimentos e áreas com funções de integração social (CORRÊA, 1989). As cidades, de certa forma, são constituídas de espaços simultaneamente fragmentados e articulados, mas mantém uma relação espacial entre estes diferentes e dinâmicos usos do espaço. Podemos caracterizar tais usos como: o centro da cidade, locais de concentração comercial, residencial, industrial, social e lazer. Este conjunto de usos da terra é a organização da cidade ou o espaço urbano propriamente dito (CORRÊA, 1989). A natureza de um espaço determina os tipos de relacionamentos entre
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as pessoas, sendo, portanto, a conformação urbana um dos fatores que caracteriza a forma e o tipo de uso que o espaço adquire. Assim, o que determina se o espaço é público ou privado é o uso que se faz dele. Mesmo que um espaço seja destinado a um fim específico, nem por isso desempenhará a função para a qual foi construído. O tipo de uso ou o não-uso serão determinados pelos valores da população (CORRÊA,1989). Com o advento do êxodo rural vindo da industrialização no Brasil nos anos 50 e 60, as cidades consequentemente sofreram grandes adensamentos nos quais não eram capazes de comportar grandes concentrações de população devido suas estruturas. Sendo assim geraram sérios problemas de infra-estrutura, mobilidade, segurança, saúde, sobretudo a carência de espaços destinados ao lazer e áreas verdes de convívio social (MACEDO, 2003). Ao final do século XIX grandes intervenções e reformas urbanas foram tentativas de solucionar a carência destes espaços que deixaram de existir na cidade. A intensa urbanização gerou também novas concepções de áreas verdes, parques urbanos, valorizando e trazendo a tona novos usos culturais, esportivos e introduzindo teatros de arena, espaços para festivais, museus e áreas de exposições. No Brasil, os projetos de reestruturação urbana tem sido uma constante, principalmente a partir da década de 80 e início de 90, e apesar de terem ocorridos em diferentes localidades e de possuírem peculiaridades, são semelhantes no fato de terem obtido investimentos vultosos em locais com grande potencial turístico, que abrigam interesses históricos e tiveram um apogeu relacionado a uma atividade econômica especifica, e que, atualmente encontra-se em decadência, marcados muitas vezes pela violência, marginalidade e abandono das construções (DEL RIO, 1991).
Em pleno início do século XXI, Dias (2005) questiona que através de espaços climatizados e protegidos, tenta-se criar espaços públicos, ligados à lógica do consumo, como por exemplo, shoppings centers, museus e hipermercados que assumindo grandes qualidades, deixam a própria cidade “esquecida”, na medida em que se vê sem investimentos públicos ou privados destinados à melhoria de seus espaços públicos. Atualmente os espaços urbanos carecem de qualidades paisagísticas e arquitetônicas, por isso os parques urbanos tendem a ser um espaço onde, além de trazer lugares de contemplação, lazer, esporte e convívio social, promovem requalificação em áreas ociosas ou em processo de declínio em seu uso, trazendo assim vida as cidades e aos espaços públicos.
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2. REQUALIFICAÇÃO URBANA 2.1. CONCEITO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA Segundo Moreira (2007) requalificação urbana define-se como um processo social e político de intervenção no território, que visa essencialmente (re) criar qualidade de vida urbana, através de uma maior equidade nas formas de produção (urbana), num acentuado equilíbrio no uso e ocupação dos espaços e na própria capacidade criativa e de inovação dos agentes envolvidos neste processo. O conceito de requalificação urbana abrange as alterações desenvolvidas de forma integrada das características de uma área urbana que está em transição devido a um processo de declínio (MOREIRA, 2007). Para Del Rio (1991) a requalificação urbana seria uma “nova postura que se distancia igualmente, tanto dos processos traumáticos de renovação seletiva de áreas desocupadas, preservação de interesse histórico e cultural, reciclagem cuidadosa de usos em imóveis históricos, promoção de novos usos e recuperação ambiental”. Reabilitação urbana é entendida como um processo de transformação do espaço urbano, compreendendo a execução de obras de conservação, recuperação e readaptação de edifícios e de espaços urbanos, com o objetivo de melhorar as suas condições de uso e habitabilidade, conservando porém o seu caráter fundamental.
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histórico e cultural, reciclagem cuidadosa de usos em imóveis históricos, promoção de novos usos e recuperação ambiental”. Reabilitação urbana é entendida como um processo de transformação do espaço urbano, compreendendo a execução de obras de conservação, recuperação e readaptação de edifícios e de espaços urbanos, com o objetivo de melhorar as suas condições de uso e habitabilidade, conservando porém o seu caráter fundamental.
2.2. OS PARQUES COMO AGENTES DE REQUALIFICAÇÃO URBANA Os parques urbanos são grandes instrumentos para trazer qualidade ao espaço publico, revalorizando as condições naturais dentro da paisagem urbana. Fortalecem a identidade cultural local e transformam estes espaços de pouca qualidade em locais de sociabilidade e contato com a natureza. O parque como espaço urbano traz a garantia de uma cidade mais sustentável em vários aspectos ambientais e propostas para a integração dos usos, mobilidade, áreas verdes e equipamentos institucionais.
3. ESTUDOS DE CASOS A escolha dos trabalhos como referência projetual para elaborar o programa de necessidades, deu-se pelo fato do tema escolhido estar parcialmente relacionado com o caráter físico, arquitetônico e urbanístico na reutilização, reorganização e requalificação dos espaços. A intenção foi buscar nesses projetos vários conhecimentos das técnicas aplicadas no processo de requalificação urbana e na reciclagem de uso. O objetivo destes estudos ainda foi voltado para o conhecimento de novos materiais e equipamentos urbanos implantados e as respostas conseqüentes perante A escolha dos trabalhos como referência projetual para elaborar o programa de necessidades, deu-se pelo fato do tema escolhido estar parcialmente relacionado com o caráter físico, arquitetônico e urbanístico na reutilização, reorganização e requalificação dos espaços. A intenção foi buscar nesses projetos vários conhecimentos das técnicas aplicadas no processo de requalificação urbana e na reciclagem de uso. O objetivo destes estudos ainda foi voltado para o conhecimento de novos materiais e equipamentos urbanos implantados e as respostas conseqüentes perante o espaço público e o privado. Para tanto, foram escolhidos os projetos do Parque Ibirapuera e do Parque da Juventude ambos localizados em Sao Paulo - SP. Observou-se a ousadia dos projetos para solucionar os problemas do grande vazio urbano, ocorrendo assim melhorias ao seu entorno e favorecendo consideravelmente a qualidade de vida da sociedade paulistana.
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3.1. PARQUE IBIRAPUERA O Parque do Ibirapuera era um terreno com constantes alagamentos, daí no idioma tupi era conhecido como ypi-ra-ouêra, que tem o sentido de "pau podre" ou "árvore apodrecida". No contexto colonial a área constituía uma propriedade indígena, uma aldeia que se estendia pelo Bairro de Santo Amaro, mas depois foi transformada em um recanto de chácaras e pastagens. Nos anos 20 José Pires do Rio, Prefeito de São Paulo, teve a idéia de converter estas terras também em um parque renomado tendo como inspiração os famosos parques da Europa e dos Estados Unidos. A natureza do terreno, porém, era muito difícil de lidar pois era uma área alagadiça. Em 1927, o funcionário municipal conhecido como Manequinho Lopes (Manuel Lopes de Oliveira) idealizou o projeto de cultivar inúmeros eucaliptos australianos no solo em questão, visando assim extrair as águas deste antigo campo de pastagens e reduzir sua taxa de umidade. O sucesso foi tanto que hoje o viveiro do Parque Ibirapuera leva seu nome.
Figura 4: Imagem geral da área do Parque Ibirapuera em 1890
Assim nasceu o Parque do Ibirapuera, quando o atoleiro se converteu em paisagem. O arquiteto Oscar Niemeyer foi o responsável pela arquitetura do Parque, ele procurou demonstrar o espírito da urbanização moderna, enquanto o paisagismo igualmente ousado foi feito por Roberto Burle Marx. O Ibirapuera, em seu formato atual, foi inaugurado no dia 21 de agosto de 1954. Hoje o Parque do Ibirapuera é um dos mais visitados da cidade e o que mais proporciona atrações. No Parque encontram-se opções como o Planetário, o Museu de Arte Contemporânea, a Oca, o Auditório Ibirapuera, o Pavilhão da Bienal, o Pavilhão Japonês e o Viveiro.
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Figura 5: Imagem geral da área do Parque Ibirapuera atual
A introdução urbanística do parque na malha urbana existente foi cuidadosamente estudada, a escolha da entrada principal, os enquadramentos arquitetônicos, o desenho e o represamento do córrego do Sapateiro com a formação dos lagos sinuosos, asseguravam o projeto simbólico desenvolvido pela equipe de Niemeyer.
Figura 6: Impalantação do Parque Ibirapuera em 1890
A compreensão do traçado de acessibilidade interna do Parque do Ibirapuera segue o modelo de parque inglês, no sentido urbanístico, dispondo a arborização em linhas paralelas aos eixos das vias de circulação e a definição de vastos gramados envolvidos por orlas de massas arbustivas e arbóreas. Prevalece na concepção do projeto o papel complementar e secundário do que um projeto de paisagismo significa, no qual a vegetação desempenha o papel de elemento estruturador do espaço livre.
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Figura 7: Acessibilidade interna e passeios
Figura 8: Setorização dos equipamentos
Figura 9: Auditório
Figura 10: Prédio da Bienal
Figura 11: Oca
Figura 12: Imagem das áreas verdes de estar
Figura 13: Imagem dos lagos
Figura 14: MAM (Museu de Arte Moderna)
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Figura 15: Imagem da Marquise
O parque conta com muitas opções de atividades: diversos esportes como caminhada, pistas para corrida, espaços para andar de bicicleta, skate, patins, também quadras esportivas para jogar vôlei, basquete e futebol. Pode-se optar também por atividades mais tranquilas como descansar nas sombras das árvores.
3.2. PARQUE DA JUVENTUDE O Parque da Juventude é um complexo cultural, recreativo e esportivo, situado na zona norte do município de São Paulo. A construção encontrase no local do antigo Complexo Penitenciário do Carandiru, onde historicamente foi marcado por violência e degradação social e urbana. O Complexo Penitenciário do Carandiru foi desativado e implodido, parte em 2002 e o restante somente em julho de 2005. Este fato despertou o interesse imobiliário no entorno uma vez que removido o presídio haveria a valorização dos imóveis mantidos. A esse fato somou-se a localização da área, próxima ao centro da cidade, dotada de toda infra-estrutura para que ocorresse a valorização ao seu entorno (SALES, 2005). Em 1999, através de um concurso público de arquitetura para formulação de um projeto para construção do parque, foram vencedores a equipe liderada por Roberto Aflalo, e o mesmo convidou o escritório da arquiteta-paisagista Rosa Grena Kliass para o desenvolvimento da proposta paisagística de todo o local, assim surgiu a idéia de dividir o projeto em três fases de implantação, cada uma caracterizada por um perfil distinto. Em setembro de 2003 foi inaugurada a primeira fase do parque, o Parque Esportivo, com 35 mil metros quadrados incluindo instalações como: pista de skate, considerada uma das melhores da cidade, e dez quadras, onde são praticados esportes como tênis, vôlei, futsal e basquete. Há também área de descanso, vestiários e pista para caminhada, cooper e atividades físicas.
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Figura 16 – Vista Aérea do Complexo Carandiru
Figura 18: Parque esportivo
Figura 17 – Implantação
Figura 19: Vista do parque esportivo
A segunda fase, ou Parque Central, inaugurada em outubro de 2004, tem aproximadamente 95 mil metros quadrados de área verde, com alamedas, bosques, árvores e jardins. Nesta parte foram implantados morros, formando espaços que proporcionam ao visitante uma sensação de privacidade e aconchego. Também foram instaladas uma grande estrutura metálica central em aço e duas laterais que abrigam as escadarias e a
passarela, permitindo o acesso a locais exclusivos para observação do parque.
Figura 20 – Vista da alameda
Figura 21 – Vista do bosque (parque central)
A terceira fase, denominada Parque Institucional, é formada por escolas técnicas, profissionalizantes, inclusão digital, saúde e cultura. O que era no passado a Casa de Detenção passou a ser um lugar de inclusão social e modelo de reestruturação urbana para o país. Este projeto foi um meio encontrado para se regenerar um ambiente degradado e pouco utilizado, possibilitando meios de se criarem condições adequadas de moradias da população e a valorização e utilização de maneira sustentável dos recursos contidos no território, através de um maior desenvolvimento econômico, devido os investimentos gerados na região e a valorização imobiliária.
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4. CARACTERIZAÇÃO DE SANTA RITA DO PASSA QUATRO – SP
4.1.
LOCALIZAÇÃO E ORIGEM DO MUNICIPIO
O município de Santa Rita do Passa Quatro, está localizado na região nordeste do estado de São Paulo, próximo com a divisa do Sul do Estado de Minas Gerais, distante 256 km da Capital Paulista e a 80 km da cidade de São Carlos, o município tem uma superfície de 754,11 km². Limitando-se com São Simão, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Luiz Antonio, Descalvado e Porto Ferreira, tendo como principal rodovia de acesso SP – 330 da Via Anhanguera e SP – 328 da Via Zequinha de Abreu.
Figura 22 – Localização no município
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O povoado de Santa Rita do Passa Quatro originou-se de uma pequena capela dedicada à Santa Rita de Cássia, no lugar denominado Passa Quatro, em terras que pertenciam ao Distrito de São Simão. A origem do nome “Santa Rita” foi em homenagem à Rita de Cássia Ribeiro Vilela, uma das doadoras do patrimônio a Santa Rita de cássia. O nome Passa Quatro originou-se devido à existência do Córrego Passa Quatro que corta a cidade, por isso o nome Santa Rita do Passa Quatro. Por causa do clima seco, ventoso e muito saudável que o município possui, em conjunto com os vários atrativos turísticos naturais e culturais, foi denominado Estância Climática pela lei Estadual nº 719 de 1º de junho de 1950.
4.2.
DADOS FÍSICO / SOCIAL / ECONÔMICO
A população do Município de Santa Rita do Passa Quatro era de 27.502 habitantes em 2015, dados estimados pelo IBGE, a evolução populacional de Santa Rita mantêm um crescimento médio de 6,36% ao ano. Com 23.530 habitantes na área urbana, as principais atividades econômicas da cidade ainda são, basicamente, nos setores primários e secundários, com a produção de açúcar e álcool, aguardentes, fábricas de móveis de madeira, fábricas de embalagens plásticas e as produções agrícolas no cultivo de café, laranja, milho e cana de açúcar. O setor de turismo contribui com uma pequena parcela ou participação na receita do município, por ser uma atividade muito recente, iniciada no ano de 1999, contribui gerando apenas um aumento nos investimentos em pousadas, chácaras, hotéis fazenda e outros serviços ligados ao setor.
4.3.
TURISMO E QUALIDADE DE VIDA
Localizada sobre uma colônia, cujo espigão atinge 759 metros de altitude, Santa Rita do Passa Quatro é envolvida por uma região formada de vales e serras, destacando-se alguns picos que chegam a 1.000 metros de altitude, como é o caso do Morro Itatiaia, que oferece uma belíssima paisagem. O relevo ao norte e oeste é levemente ondulado e a leste e sul, montanhoso: a topografia de região é relativamente plana, com algumas colinas circundando a cidade.
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O DEPRN – Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais do Estado de São Paulo, interessado na preservação dessas áreas de recarga do Aqüífero Guarani e também em descobrir a razão pela qual a maior parte dos córregos já secou e/ou apresentam vazão muito baixa de água e com tendência de secamento em curto prazo, realizou um estudo na região da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi-Guaçú e destacou como um dos principais problemas decorrentes do uso e ocupação inadequados nesta região, uma erosão acelerada sobre arenitos da Formação Pirambóia, que forma uma voçoroca de aproximadamente 50 metros de largura por 200 metros de comprimento em uma área pertencente à Santa Rita do Passa Quatro. (DEPRN 2004). O local é conhecido como “Deserto do Alemão”, e faz parte do roteiro turístico deste município. A erosão é causada pela destruição da mata ciliar e a circulação indisciplinada de pessoas, que não deixa a vegetação se recuperarem, o que contribui para o aceleramento da evolução dessa erosão e deixa o nível freático exposto, causando um intenso assoreamento das drenagens locais por material proveniente da voçoroca. De acordo com o DEPRN-SP, o município possui também duas grandes áreas de interesse ambiental, protegidas por legislação, que são o Parque Estadual de Vassununga e a Estação Experimental de Santa Rita do Passa Quatro, áreas estas que no contexto regional e estadual, são atrativos naturais que despertam muito interesse para o turismo ecológico.
5. CONTEXTO DA ÁREA EM ESTUDO 5.1. LOCALIZAÇÃO O local escolhido é o Parque Turístico Municipal, também conhecido como “Clube de Campo”, contém um grande potencial urbanístico, ambiental, cultural e de lazer perfazendo uma área de 88.726 m². Sua localização na longitudinal é delimitada por dois bairros: a Vila Kennedy e o Bairro Jardim. A área é cercada pelas Ruas Barão de Cotegipe, Jandira e sua entrada principal na Rua Carlos Zorzi. O lugar abriga uma piscina pública, área dos lagos e espaços para festivais. Embora tenha toda essa estrutura, é pouco utilizado, logo a possibilidade de mudar esse quadro utilizando a ferramenta de requalificação como forma de dar nova vida a essa área é a melhor opção indicada.
Figura 23: Situação
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Nota-se que seu entorno é de predominância residencial, na Rua Barão de Cotegipe estão inseridos os comércios. Sendo assim os equipamentos de lazer e institucional são quase inexistentes nos bairros próximos a área, tanto é que, essa falta de equipamentos de convívio social e de lazer levou os moradores do bairro a criarem seu próprio espaço público, algo que confronta a falta de qualidade oferecida pela área em estudo.
Figura 24: Imagem Da Praça criada pelos moradores
Figura 25: Imagem Da Praça criada pelos moradores Figura 25: Imagem Da Praça criada pelos moradores
5.2. LEVANTAMENTO FOTOGRร FICO
Figura 26: Estudo fotogrรกfico
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Figura 28
Figura 29
Figura 27
Figura 30
Figura 31
Figura 32
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Figura 33
Figura 34
Figura 35
Figura 36
Figura 37
Figura 38
Figura 39
Figura 40
Figura 41
6. DIAGNÓSTICO DA ÁREA 6.1. EVOLUÇÃO URBANA
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6.2 PRESERVAÇÃO E COBERTURA VEGETAL
6.3 USO DO SOLO
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6.4 SISTEMA VIÁRIO
6.5 EQUIPAMENTO URBANO
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7. PROGRAMA DE NECESSIDADES
Figura 47: Programa de Necessidades
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8. MEMORIAL DESCRITIVO 8.1. CONCEPÇÃO
A premissa adotada para este projeto, é determinar a criação de um espaço urbano com condições para oferecer ao cidadão um único local onde ele possa relaxar, praticar atividades esportivas e culturais. Uma área com este potencial, estando inserida no núcleo urbano, não pode deixar de cumprir seu papel como espaço público. A falta de investimento público em manutenção, projetos e planos estratégicos voltados para recreação, é uma das deficiências da administração de turismo e de eventos, permitindo que este espaço tão grandioso “caia no esquecimento”. Foram feitas intervenções de caráter público e interesse coletivo causando consequente melhora e encurtamento dos percursos percorridos. Para trazer fluidez e visibilidade, houve remoção de todo muro que cercava o local criando uma nova entrada com o prolongamento da Rua Artur Ferracini, ligando o parque de um princípio a outro. Também houve a necessidade de intervenções urbanísticas nas Ruas Barão de Cotegipe e Jandira, elas foram duplicadas e receberam pontos de ônibus e incremento de vagas para estacionamento ao longo de seu percurso. Alguns dos edifícios existentes se encontram ociosos: o palco, cujo caráter é destinado apenas para shows de grande porte, é raramente utilizado; o pavilhão reservado a exposições e o restaurante estão desativados.
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Pôde-se observar a falta de locais de lazer e áreas de estar, os mesmos existem apenas no entorno dos lagos. Levando em consideração todas as carências levantadas foi proposto um programa que permitisse fácil acesso, circulação livre de barreiras e ligação entre os equipamentos. A região estava carente por uma intervenção ampla e profunda. O projeto de revitalização identificou as potencialidades, corrigiu e incentivou as próprias virtudes da área. Para melhor organização das funções propostas, o parque foi setorizado em três áreas: espaço cultural, áreas de lazer e áreas de contemplação. O espaço cultural expõe todo o conceito do projeto com a busca da permeabilidade visual: onde a paisagem sempre se enquadra no olhar de quem está de passagem, causa fluidez na circulação, simplicidade volumétrica e edifício mirante. Portanto, foi proposta uma explanada que abrigará grandes eventos e feiras. Nela está inserido o novo modelo de palco com duas faces abertas para o público, ou seja, seu uso está ligado ao caráter do evento. Embora sua volumetria seja extremamente oposta ao pavilhão de exposições, ainda assim há uma relação de unidade gerada pela cobertura que liga os dois locais e cria toda a área de alimentação nesse espaço. O pavilhão de exposições, por sua vez, tem a volumetria simples, imponente e de fácil compreensão. O edifício está elevado liberando todo o térreo para circulação. Seu acesso principal acontece através de uma promenade criada pela rampa na qual possibilita toda a concepção visual do parque enquanto lhe é percorrida. Considerando a volumetria da área de mídias, que salta para fora, e sua topografia, foi possível gerar uma arquibancada para projeções de mídias ao ar livre.
No setor de lazer, também se apropriando da topografia, criou-se um grande espaço para práticas de esporte de livre escolha. No mesmo núcleo, embora com uma nova setorização, foram mantidas as piscinas existentes, considerando a significativa importância que este espaço tem para população santa-ritense, sendo por gerações um lazer efetivo da população mais carente, as piscinas do parque são consideradas símbolo de lazer para os menos favorecidos. Para oferecer melhor qualidade e uso, serão implantadas aulas de natação, hidroterapia e atividades livres. Como apoio ao parque, projetou-se uma lanchonete, vestiários, enfermaria, o controle de acesso para as piscinas e o departamento de turismo, todos recebendo a mesma cobertura do espaço cultural, com a função de unificar os blocos criando uma unidade volumétrica. Para manutenção do parque passa a existir uma composteira para o armazenamento de galhos e folhas secas, a serem utilizados como adubos. E para manter a flora natural foi estabelecida uma estufa para cultivar e renovar toda a vegetação do parque. A paisagem natural permite espaços de contemplação e percursos de contato direto com a natureza. O paisagismo se torna um elemento essencial para que estes espaços possam acontecer. Devido a passagem estreita entre os dois lagos, sentiu-se a necessidade de criação de decks sob eles, aumentando as áreas de circulação e espaços contemplativos. Estrategicamente o paisagismo foi concebido com a função de integrar todos os edifícios, a paginação de piso orienta visualmente o pedestre, da mesma forma que acontece com a cobertura do Parque do Ibirapuera.
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Figura 48: Intervenções na área
9. MATERIALIDADE
Optou-se pelo uso de estruturas metálicas devido à alta resistência apresentada e facilidade de vencer grandes vãos utilizando peças menores e mais leves. Levou-se em conta a facilidade de modulação, fabricação industrial e seriada, a simplicidade e rapidez em sua execução e a garantia de uma obra limpa sem desperdícios de materiais. Garantiu-se máxima permeabilidade visual com o uso de vidro temperado para a vedação, sendo a estrutura independente da vedação. O modelo de lajes adotado foi o sistema de “steel deck”, pois igualmente garante a possibilidade de vencer vãos maiores. O brise metálico foi utilizado como recurso para filtrar e controlar a incidência do sol, de maneira a não prejudicar a visão do interior para o exterior do pavilhão.
47
Figura49: Sistema estrutural
10. Proposta Projetual
IMPLANTAÇÃO E COBERTURA
Figura 50: Implanrtação geral
Pavimento TĂŠrreo Geral Figura 51: TĂŠrreo geral
Térreo Pavilhão Figura 52: térreo Pavilhão
1째 Pavimento Pavilh찾o Figura 53: 1째pav. Pavilh찾o
2° Pavimento Pavilhão Figura 54: 2º Pav. Pavilhão
Cobertura Figura 55: Cobertura
Corte AA
Figura 56: Corte AA
Corte BB
Figura 57: Corte BB
Corte CC Figura 58: Corte CC
Corte DD Figura 59: Corte DD
Corte EE Figura 60: Corte EE
Detalhe Deck de madeira Figura 61: Detalhe Deck
Detalhe Atirantamento Figura 62: Atirantamentol
Detalhe 1: Steel deck Figura 63: Steel Deck
Sistema de encaixe Pilar xViga Figura 64: Detalhe Pilar x Viga
Diagrama de conforto ambiental
Figura 65: Diagrama conforto ambiental
Setorização Figura 66: Setorização
Sistema Estrutural
1
5
Figura 67: Sistema Estruturall
2
6
3
7
4
Perspectivas e Fachadas
Elevação Principal
Elevação Nordeste
Elevação Sudeste
Elevação Noroeste
Perspectivas
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARTALINI, Vladimir. Os Parques Públicos Municipais em São Paulo. Paisagem e Ambiente. São Paulo: FAUUSP, 1996 BRASÍL. Decreto n° 10.257 de 10 de julho de 2001. Estabelece diretrizes gerais da política urbana. Estatuto da Cidade: guia para implementação para os municípios e cidadãos. Brasília: Câmara dos Deputados, 2001. Cidades Sustentaveis: Parques e Áreas Verdes. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/areasverdes-urbanas/parques-e-%C3%A1reas-verdes. Acesso em outubro 2016. CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço Urbano, 1988 DEL RIO, Vicente. Desenho e Revitalização da Área Portuária de Rio de Janeiro. São Paulo, 1991, Tese ( Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo Kliass, Rosa Grena. Parques Urbanos de São Paulo Obra,1993 MACEDO, Silvio Soares. Praças Brasileiras. São Paulo: Edusp, 2001. MACEDO, Silvio Soares. Parques Urbanos no Brasil – Brasilian Parks. Silvio Soares Macedo e Francine Granmacho Sakata- 2. ed, São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do estado de São Paulo, 2003.
SANTA RITA PASSA QUATRO. Plano Diretor do município. Leitura Técnica e Comunitária. v.3. Prefeitura Municipal de Santa Rita do Passa Quatro- SP: Oliver Arquitetura, 2006. SALES, Pedro M. R. Operações Urbanas em São Paulo: crítica, plano e projeto. Parte 1. Introdução". Arquitextos, Texto Especial nº 295. São Paulo, Portal Vitruvius, abril 2005. Disponível em: http://<www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp295.asp>. Acesso em outubro 2016. ZANCHETI, S. M. Os Processos Recentes de Degradação e Revitalização no Brasil. Disponível em: http://www.urbanconservation.org/textos/lisboa98.htm. Acesso em julho 2016. XI Seminário Internacional Espaço Livre na Cidade. Convidados de diversos países refletem sobre o uso dos espaços urbanos São Paulo. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/jornal/events/read/1575. Acesso em agosto 2016.
12. Ă?NDICE REMISSIVO DE FIGURAS Figura 1. Fonte: http://www.belohorizonte.mg.gov.br/atrativos/roteiros/oficiosde-minas/historia-do-parque-municipal Figura 2. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.057/507 Figura 3. Fonte: http://www.curitiba-parana.net/parques/pedreiras.htm Figuras 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 e 15. Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.057/507 Figuras 16, 17, 18, 19, 20 e 21. Fonte: https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/aflalo-amp-gasperiniarquitetos-parque-sao-31-10-2008 Figura 22. Fonte: https://www.google.com.br/maps/place/Santa+Rita+do+Passa+Quatro++SP/@-21.6767775,47.6486013,11z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x94b81e6c3a91a249:0x7ea2 a8ede1546233!8m2!3d-21.6865018!4d-47.4882762?hl=pt-BR Figuras 23, 24, 25, 26 e 27. Fonte: http://webventureuol.uol.com.br/destinoaventura/sp/santaritadopassaquatro/f otos Figuras 28, 29 e 30. Fonte: Acervo Pessoal Figura 31 Fonte: https://www.google.com.br/maps/place/Santa+Rita+do+Passa+Quatro++SP/@-21.6767775,47.6486013,11z/data=!3m1!4b1!4m5!3m4!1s0x94b81e6c3a91a249:0x7ea2 a8ede1546233!8m2!3d-21.6865018!4d-47.4882762?hl=pt-BR Figuras 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66 e 67. Fonte: Acervo pessoal