O rapto das sabinas

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O rapto das Sabinas Escola Secundรกria Gabriel Pereira ; Disciplina de Histรณria

Trabalho realizado por Estrela Palma Espiridiรฃo nยบ10


Índice Índice............................................................................................................................................2 Apresentação ...............................................................................................................................3 I – O mito de Rómulo e Remo ......................................................................................................4 II- A lenda do Rapto das Sabinas ..................................................................................................4 Conclusão .....................................................................................................................................6 Bibliografia ...................................................................................................................................7


Apresentação O rapto das sabinas é uma lenda da Roma antiga que ajuda a compreender como se criou Roma, assim como o Mito de Rómulo e Remo. Ao deparar-me com um tema tão específico vi-me obrigada a compreender, não só a lenda do rapto das sabinas, mas também um pouco do que tinha acontecido anteriormente. Muito resumidamente falarei sobre o mito de Rómulo e Remo e, um pouco menos resumida, a lenda que dá o nome ao trabalho.


I – O mito de Rómulo e Remo Rómulo, e o seu irmão Remo, são personagens do Mito de Rómulo e Remo que trata a fundação de Roma. Resumidamente, esse mito fala desses irmãos gémeos que, sendo fruto de um ultraje, foram lançados ao rio numa cesta logo após o seu nascimento. Há várias versões de como foram salvos da morte certa. Aquela que os romanos preferiram foi a que conta ter sido uma loba quem os acolheu na sua ninhada amamentando-os. Porém, quem os resgatou foi um pastor. Cresceram e foram educados como tal. Após algumas divergências, foram reconhecidos como nobreza e foi-lhes dado uma terra que viria a ser Roma. Rómulo, cego de ódio, acabou por matar o seu irmão. Foi assim que Rómulo ficou no total comando daquela terra.

II- A lenda do Rapto das Sabinas Após a fundação da sua cidade, Rómulo dedicou-se a povoá-la. Depressa se deu conta que havia pouca gente ao seu lado, o que o levou a tomar medidas que o ajudassem a concentrar população na sua cidade. Criou um espaço de refúgio entre dois bosques sagrados, o Arce e o do Capitólio, para onde foram mandados os fora da lei, bandidos e escravos que viriam a constituir a primeira parte da população de Roma. Quando deu este problema por resolvido reparou que lhe faltavam mulheres que assegurassem continuidade das gerações. Começou por pedir, em casamento, mulheres de povos vizinhos, ao que estes deram respostas negativas seguidas de desprezo e ironia. Rómulo, ofendido, planeou o rapto dessas mesmas mulheres. Criou uma festa em honra de Neptuno Equestre onde se encontravam atividades desportivas e corridas de cavalos. Os povos vizinhos foram convidados a participar e assistir. A cidade ficou cheia de crianças, mulheres e homens maioritariamente Sabinos. Mas também se encontravam Ceninenses, Crustuminos e Antemnates. Rómulo tinha combinado, com os seus companheiros, raptar as mulheres dos sabinos enquanto os homens estavam entretidos nas festas de corridas. Na fig. 1 vemos um quadro que retrata a violência necessária para raptar as mulheres de um povo vizinho. Desta, violenta, maneira, Rómulo conseguiu as mulheres que precisava para povoar a sua cidade. As sabinas eram todas solteiras tirando uma que se chamava Hersília que se veio a tornar muito importante quando tiveram de se juntar todas para acabarem com a guerra que se tinha instalado entre os Fig. 1 - Der Raub der Sabinerinnen (O rapto das sabinas), dois povos. Tito Tácio, rei dos sabinos, por Niccolò Bambini dirigiu-se a Roma assim que se deu conta do sucedido. Rómulo tinha quebrado o direito de hospitalidade ao raptar as mulheres e por isso os sabinos poderiam atacar Roma. O egoísmo de Rómulo levou-o a dizer às sabinas que os culpados tinham sido os seus pais ao as proibirem de casar com os romanos e ainda que não vali a pena fugir porque acabariam casadas com os seus homens e dar-lhes-iam filhos.


Acabaram por ceder e até criaram afeto pelos seus maridos. Mesmo assim, Tito Tácio decidiu entrar em guerra com Roma. As mulheres sabinas estavam divididas: pai e marido, genro e sogro, numa guerra sangrenta onde lutavam por elas. Decidiram entrar em pleno terreno de guerra gritando e suplicando por paz (fig. 2). Convenceram os seus pais que os romanos com que se casaram se mostravam delicados e respeitadores, de tal modo que preferiam continuar casadas a viúvas. Os dois lados acabaram por apertar as mãos decidindo juntar os dois povos num só, onde Tito Tácio e Rómulo reinariam. Durante o renascimento esta história tornou-se bastante popular como algo que retrata a importância que o feminino tem ao permitir a continuidade de culturas e povos. Outro motivo para se ter tornado bastante usual na pintura é ser uma das únicas batalhas onde encontramos mulheres e homens ao mesmo tempo. Permitia o visionamento de imagens extravagantes e contrastantes o que enriquece a maioria das obras de arte que encontramos baseadas neste acontecimento. Temos como exemplo a fig. 2 e a fig. 3, na fig. 2 é mais notável o contraste das mulheres seminuas no meio de homens com vestes igualmente reduzidas.

Fig. 2 - A Intervenção das Sabinas, por Jacques-Louis David, no Museu do Louvre.

Fig. 3 - O Rapto das Sabinas, de Johann Heinrich Schönfeld, noMuseu do Hermitage.


Conclusão Nesta pequena pesquisa o uso da internet foi apenas para encontrar imagens. Todo o outro tipo de informação retirei de livros. Não há muita variação na informação que se encontra acerca deste tema, a lenda mantém-se a mesma com uma ligeira mudança no que toca a pormenores que se foram desvanecendo com o tempo. Fora esses pormenores insertos, esta história ajuda-nos a compreender a criação de Roma. Como, de uma terra prometida a dois gémeos, passa a ser uma das cidades mais poderosas. Também podemos dela retirar algo que esteve sempre presente nas comunidades, a importância do matrimónio que garante a prosperidade. Durante algum tempo esta lenda foi usada como exemplo, não só da importância das mulheres na sociedade, mas também a importância da hospitalidade com os povos vizinhos e como o orgulho em demasia causa tremendos estragos nas sociedades. Não consigo espremer muito mais sumo desta laranja. É uma bonita lenda romana que, como tantas outras, conseguimos usar imensas vezes em problemas atuais.


Bibliografia  Rodrigues, Nuno Simões. Mitos e Lendas, Roma Antiga. Lisboa: Livros e Livros. (2005)  Grimal, Pierre. História de Roma. Lisboa, Texto & Grafia . (2008)  Grande enciclopédia portuguesa e brasileira. Editorial enciclopédia, limitada. Lisboa e Rio de janeiro. Volume 26  http://pt.wikipedia.org/wiki/Rapto_das_Sabinas (11 de Outubro)


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