Jackson do Pandeiro

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Revista do Jackson Março 2010

Nesta edição: FOTOS CARICATURAS CAPAS DE discos TRAJETÓRIA CITAÇÕES DISCOGRAFIA encarte especial com pôster Programação Integrada

SESC Santo André Rua Tamarutaca, 302 Vila Guiomar Tel.: (11) 4469-1200 email@santoandre.sescsp.org.br www.sescsp.org.br Realização:

Apoio:


show

e Z

i r e o l a B a c B

i e r l o a B o d aile

O músico apresenta um show dançante, quente e vibrante, reunindo seus maiores sucessos e incluindo músicas do repertório de Jackson do Pandeiro, um dos artistas que mais admira.

show

Silvério Pessoa Dia 14 de maio, sexta, às 21h. Teatro. SESC Santo André

Dia 26 de março, sexta, às 21h. Espaço de Eventos. SESC Santo André

Emblemático intérprete contemporâneo da escola jacksoniana, Silvério Pessoa nasceu em Carpina, zona da mata norte de Pernambuco. Seu segundo projeto, o CD “Batidas Urbanas – Projeto Micróbio do Frevo”, é uma revisão da obra carnavalesca de Jackson do Pandeiro nas décadas de 50/60.


Revista do Jackson Peça integrante do projeto:

Jackson do

Pandeiro A trajetória do Rei do Ritmo

de 24 de março a 23 de maio de 2010 SESC Santo André - Área de Convivência terça a sexta: 13h às 21h30 sábados, domingos e feriados: 9h30 às 17h30

WEB-RÁDIO programetes, depoimentos dos visitantes, locuções e fotos http://jacksondopandeiro.wordpress.com


Foto: Acervo Fernando Moura

“Pretendo dar o último suspiro cantando”. Jackson do Pandeiro


SUMÁRIO

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Construtor de Sons

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A trajetória do Rei do Ritmo

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90 anos de ritmo

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Trajetória

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Itinerário pelo universo do som e da imagem

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Caricaturas

Especial

Encarte com pôster e discografia


Foto: Acervo Fernando Moura

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JACKSON DO PANDEIRO:

CONSTRUTOR DE SONS por Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do SESC São Paulo

O colorido da fala do povo nas feiras livres nordestinas, o comércio de mercadorias, o burburinho das ruas, esse universo é retratado no ritmo das canções do instrumentista e intérprete paraibano José Gomes Filho, ou simplesmente Jackson do Pandeiro, como ficou conhecido. A mescla é uma de suas identidades sonoras. Sua conhecida gravação para a canção “chiclete com banana” condensa uma mistura inusitada e, por vezes, jocosa entre o ritmo sincopado e as muitas influências, marcas de uma cultura híbrida e variada originária do sertão nordestino: “Eu só boto be-bop no meu samba / quando o Tio Sam tocar um tamborim / quando ele pegar num pandeiro e num zabumba / quando ele aprender que o samba não é rumba”. Acompanhado por pandeiros ou ganzás, os emboladores popularizaram letras geralmente cômicas, com o refrão repetido por um dos cantadores, enquanto o outro improvisava. O ritmo, bastante rápido, exige do embolador uma grande

agilidade de criação e de dicção. Habilidoso construtor de ritmo, versado na agilidade do canto repentino, o músico paraibano Jackson do Pandeiro difundiu a cultura popular nordestina para além das suas fronteiras, alcançando repercussão nacional. Jackson é filho dessa mistura rítmica que remete às práticas de cantar versos inesperados, ligado à cultura ibérica, alimentada por tradições africanas e indígenas. Trazer a público a exposição Jackson do Pandeiro - A trajetória do Rei do Ritmo figura para o SESC São Paulo a oportunidade de oferecer uma produção reflexiva das imagens e sons que compõem o painel da vida do ritmista paraibano. Trata-se de uma composição que estimula o exercício crítico e possibilita a ampliação de perspectivas sobre a relevância de sua música, que recorre à tradição popular. O panorama da obra de Jackson do Pandeiro presente na programação sociocultural da instituição reafirma o seu compromisso na difusão das artes, voltado para a prática do pensamento e da transformação social.

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Foto

Jackson do Pandeiro A Trajetória do Rei do Ritmo Sesc Santo André

A importância e a influência do músico paraibano Jackson do Pandeiro mantêm-se vigorosas no panorama da cultura brasileira, principalmente em virtude do vasto e valioso repertório por ele legado, mas também graças à presença de traços característicos da sua obra na produção de diversos músicos da atualidade. O Sesc Santo André, com o projeto Jackson do Pandeiro – A trajetória do Rei do Ritmo, presta homenagem a este expoente da nossa cultura musical, conhecido pelo merecido epíteto de Rei do Ritmo, dada sua maestria com a manipulação dos elementos sonoros e a admirável habilidade com a divisão rítmica. O projeto busca dar visibilidade à trajetória empreendida por Jackson do Pandeiro no território da música nacional, desde o primeiro contato com as rodas de coco frequentadas na companhia de sua mãe, passando pela participação em elencos de diferentes emissoras de rádio, até a consolidação de sua posição de destaque nesta área da criação artística, ao assumir-se inclusive como figura de proa no movimento de afirmação e difusão da música regional nordestina. 6

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Sob a forma de exposição multimídia, Jackson do Pandeiro – A trajetória do Rei do Ritmo ganha corpo em uma ambientação cenográfica onde são destacadas sua biografia e discografia, incluindo sua participação nos universos radiofônico e televisivo, ambos decisivos para a propagação e reconhecimento do seu trabalho. Neste contexto, elementos-chave relativos a esses aspectos são apresentados em cinco núcleos expositivos: Painel Trajetória, Jukebox, Cabine de Rádio, Sala de Reboco e Vitrine Museológica. Articulado a este conjunto, e com o intuito de contribuir para a permanência, cultivo e atualização do repertório jacksoniano, ocorre uma diversificada programação integrada com shows, grupos de forró, rodas de coco e bate-papos. O universo gastronômico também é contemplado, sendo exploradas as preferências culinárias do músico por meio de vivências e cardápio temático. Com isso, tanto o público já familiarizado com a música de Jackson como também as gerações mais jovens têm a oportunidade de se aproximar e de conhecer mais a fundo a obra e os traços biográficos deste artista paraibano que, afirmando e desdobrando suas raízes rítmicas, ganhou o Brasil.


Foto: Acervo Fernando Moura


Foto: Acervo Fernando Moura

“Eu inventei o forró. (...) Foi em 1950, quando, durante uma gravação, mandei que o violão tocasse choro, o cavaquinho samba e o bumbo tocasse baião”. Jackson do Pandeiro


90 ANOS DE RITMO por Fernando Moura Jornalista e biógrafo

Jackson do Pandeiro estaria com 90 anos, caso ainda platinasse entre nós. Nascido em 31 de agosto de 1919, na bucólica Alagoa Grande, encravada entre as brejeiras serras da Paraíba, o Rei do Ritmo – como seria coroado em vida – ganharia o cenário musical brasileiro de forma avassaladora e definitiva, em quase 30 anos de ondulada carreira discográfica, ancorado em ancestrais batidas afros, transportadas ao tempo pela mãe, a renomada cantadora de coco da região, dona Flora Mourão. Instrumentista e intérprete incomum, reuniria à herança melódica incontáveis nuances sonoras, pinceladas com refinado esmero nas 415 músicas que gravou, compondo a, provavelmente, mais ampla discografia dos autênticos gêneros musicais do Brasil, indo do coco ao baião, do samba ao choro, da rancheira ao xaxado, do rojão à macumba, da lapinha à marchinha junina, do maracatu ao maxixe, da ciranda ao frevo. Só não gravou samba canção, talvez por falta de solo para o plantio de suas endiabradas divisões vocais.

Para chegar a “um posto no topo da cultura nacional”, como identificaria o crítico musical Tárik de Souza, em apresentação de biografia lançada sobre o músico em 2001, José Gomes Filho, o Zé Jack, moldado entre os cabarés, feiras, circos e rádios, entre Campina Grande, João Pessoa e Recife, nas décadas de 1930, 40 e 50, comporia uma verdadeira saga de vida e arte, até seu falecimento, em 10 de julho de 1982. Dividindo com Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, a supremacia da base musical nordestina, influenciando gerações de todos os matizes, Jackson do Pandeiro, através de sua obra, precisa ser revisitado e reintroduzido em atentos ouvidos e corações. Está nele o lastro inspirador para que a autêntica riqueza rítmica brasileira não se dilua ou seja triturada por um mercado insano. Este ainda é o país mais musical do planeta. O Sesc Santo André, compreendendo o papel histórico e disseminador da obra de Jackson do Pandeiro, apresenta ao Brasil a mais completa exposição audiovisual já montada sobre o artista, se incorporando de pleno corpo à alma plena de um brasileiro imortal. É ver, ouvir e se deleitar. Boa viagem!

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“Eu sempre quis mesmo ter nascido na Paraíba, porque se não tivesse nascido por lá talvez as forças divinas não tivessem me dado o dom que deram. O dom de tocar esse pandeiro, que me trouxe até cá”. Jackson do Pandeiro

“No Nordeste o coco era tocado só com zabumba e ganzá. Aqui é que botamos instrumentos de sopro e cordas, porque sem isso ficava muito vazio”... Jackson do Pandeiro


OTTO Canta músicas de sua carreira solo e relata as influências de Jackson do Pandeiro

DIA 10 DE ABRIL SÁBADO, ÀS 20H. ESPAÇO DE EVENTOS SESC SANTO ANDRÉ

Bate-Papo com

FERNANDO MOURA

Foto: Acervo Fernando Moura

O biógrafo de Jackson do Pandeiro Sala de Reboco Dia 25 de março quinta, às 20h

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Foto: Acervo Fernando Moura

Chapéu de aba curta, camisa de mangas compridas, sempre estampadas e coloridas. Esse seria seu mais regular “uniforme” de trabalho

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TRAJETÓRIA

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Foto: Acervo Fernando Moura

Geraldo (irmão de Jackson), o “Tinda”, era de colo quando a família teve que sair de Alagoa Grande a pé, rumo à Serra da Borborema

Mescla de forró, coco e ritmos da cultura nordestina Dias 28 de março, 01, 04, 06 e 11 de abril. Terça e quintas, às 20h. Domingos, às 16h. 08 de abril, feriado, às 16h.

Sala de Reboco SESC Santo André

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Quando Jackson nasceu, em 31 de agosto de 1919, no antigo Engenho Tanque, Alagoa Grande, na Paraíba, era considerada a “Rainha do Brejo”. Por lá, ele teve os rudimentos do coco da mãe, Flora Mourão, e do ambiente musical da região, dos cantadores de feira aos pianos, dos ritmos afros da Caiana dos Crioulos ao refinamento dos saraus promovidos no Teatro Santa Ignez. O ator norteamericano de filmes de faroeste, Jack Perrin, inspirou os trejeitos e o apelido do menino criado solto, tendo como compromisso ajudar o pai, o oleiro José Gomes, e acompanhar as peripécias sonoras da mestra, em sítios, feiras, povoados e por onde houvesse um forrobodó à base do coco, ciranda, maracatu, embolada, cantoria, entre outros gêneros musicais e coreográficos. Com a morte prematura do pai, a família decide partir para Campina Grande, onde Flora, Zé Jack, Severina (Briba) e João (Tinda), traçam um novo desenho para suas vidas, antes fadada ao anônimo infortúnio reservado a milhões de nordestinos. A música mudaria seus destinos.

Foto: Acervo Fernando Moura

TIÃO CARVALHO

HERDEIRO DOS RITMOS


Foto: Acervo Fernando Moura

LAPIDANDO OS DONS Os anos vividos em Campina Grande e João Pessoa, entre 1930 e 1948, serviriam para Jackson aperfeiçoar seu dom natural, convivendo com outros formatos sonoros e instrumentos musicais. Frequentando “casas de recursos”, difusoras, feiras e emissoras de rádio, o então já conhecido Jack do Pandeiro tocou bateria e firmou-se como pandeirista. O Cassino Eldorado, em Campina, e a Rádio Tabajara, na capital, foram suas duas grandes escolas. Nesse período também descobriu dotes cênicos e coreográficos, como o palhaço “Parafuso”, dos pastoris do

Antigo prédio da Rádio Tabajara, na cidade de João Pessoa, em foto da década de 1970, palco que viu nascer estrelas do naipe de Severino Araújo, Sivuca, Moacir Santos e Jackson do Pandeiro

Foto: Acervo Fernando Moura

bairro de Zé Pinheiro, e como o irreverente “Café”, da dupla “Café com Leite”, formada, inicialmente, com o cunhado Zé Lacerda e depois com o compositor Rosil Cavalcanti. No campo pessoal, foi uma fase conturbada. Casa e se separa de Maria da Penha, filha de uma prostituta, perde a mãe venerada e passa a sustentar a família com dificuldades. Mas a perícia com o instrumento que lhe deu fama e a estranha e afinadíssima característica vocal desperta a atenção do maestro Nôzinho, que o convida a integrar o elenco musical da novíssima Rádio Jornal do Comércio, em Recife. De lá, sairia para o estrelato.


Foto: Acervo Fernando Moura

Com o grupo Borborema sacudindo a “cozinha”, Jackson e Almira se liberavam para as peripécias coreográficas e trejeitos caricatos


DE PERNAMBUCO REI PARA O MUNDO COROADO Antes mesmo de gravar seu primeiro disco, Jackson conheceu a consagração ao participar de uma revista carnavalesca (”A Pisada É Essa”) da Rádio Jornal do Comércio, em fevereiro de 1953, cantando o coco “Sebastiana”, de Rosil Cavalcanti. A música vira uma coqueluche e leva o então representante da Gravadora Copacabana, o também compositor Genival Macedo (autor de “Micróbio do Frevo”), a propor contrato de exclusividade ao dono daquela esquisita, mas envolvente voz. Em novembro de 1953, é lançado para todo o Brasil o primeiro de mais de uma centena de discos. “Forró em Limoeiro”, de Edgar Ferreira, e a já famosa entre os pernambucanos, “Sebastiana”, são as escolhidas para a estréia discográfica. O sucesso se repete nacionalmente, enquanto o ritmista mantém-se em Recife, com medo de viajar de avião. Por exigência contratual, vê-se obrigado a seguir – de navio – o mesmo caminho trilhado por outros nomes da música nordestina, o Rio de Janeiro. Chega como uma estrela, que nunca se apagaria.

Em 1954, ao lado da parceira e futura esposa Almira Castilho, Jackson desembarca no Rio de Janeiro para ficar alguns dias promovendo seus primeiros lançamentos, mas passa meses. Todos queriam conhecer e ouvir o intérprete de “Sebastiana”. São Paulo também reivindica atenções, como de resto outras capitais do país. Estava na hora de morar em um grande centro. Depois de surrados em uma festa de grã-finos em Recife, já casados, a dupla muda-se definitivamente para a então capital da República, em 1955. Alguns discos depois e já com o nome consolidado, Jackson é “coroado” em disco. “Sua majestade, o Rei do Ritmo” é o reconhecimento a um nordestino que, ao lado de Luiz Gonzaga e João do Vale, conseguiu impor respeito e implantar um estilo que vinga até hoje, décadas após o lançamento do seu primeiro disco. Até 1967, quando se separa da esposa e parceira, José Gomes Filho vive os momentos mais esfuziantes de sua vida, alcançando o ápice de uma carreira, que, ao lado de outras estrelas, sofreria profundos reveses a partir de então.

CAJU, CASTANHA & PANDEIRO

Na noite de abertura da exposição

Dia 24 de março, quarta, às 20h. Sala de Reboco - SESC Santo André

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“Durante esses 35 anos que eu passei tocando desde moleque, de 13 anos, de 14, 15, tocando pandeiro e cantando por todo canto, cantando mais os cegos nas feiras, o diabo, tudo se fazia... O meu negócio era gostar de ritmo, eu queria fazer ritmo, não tinha conversa”.... Jackson do Pandeiro

Esquecido, empobrecido e amargurado, Jackson do Pandeiro clamava, quase solitariamente, por espaços para o coco, o samba, o frevo, o baião, o forró...

Foto: Acervo Fernando Moura

A CORTE Com o surgimento da Jovem Guarda e da ampliação dos espaços para a música internacional, principalmente o rock e o pop, a música nordestina, reunida sob o amplo manto do forró, vai perdendo força no mercado discográfico, mas resistindo fortemente pelo interior do Brasil. Jackson, Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino, entre tantos outros intérpretes e grupos, passam a sobreviver com shows em praças, feiras, circos e em outros locais menos “glamorosos”, mas cuja sintonia ajudou a preservar o gênero até os dias atuais. Nesse período, Jackson conseguiu manter, ao lado do radialista Adelzon Alves, um programa só de forró, nas madrugadas das quartas-feiras da Rádio Globo, atraindo todo esse universo musical “órfão”, contribuindo decisivamente para o fortalecimento de artistas consolidados ou iniciantes. Por essa época, respeitado no meio, recebe o apelido de “O Velho”. Com seu apoio, nomes como Genival Lacerda, Antônio Barros, Bezerra da Silva, Anastácia, Jacinto Silva, Elino Julião e inúmeros outros conseguem mostrar a arte imortal do Nordeste. 18 |

Revista do Jackson

Pesquisador e escritor dedicado à cultura nordestina. Dia 30 de abril, sexta, às 20h. Sala de Reboco. SESC SANTO ANDRÉ


Jovens e talentosos artistas surgidos na década de 1980, como Geraldo Azevedo, Amelinha, Elba e Zé Ramalho, ajudaram a tirar o mestre do ostracismo. ★

Foto: Acervo Fernando Moura

NO REINO DAS SONORIDADES

VIDA DE PLEBEU

Cocos, baiões, sambas, marchas, rancheiras, batuques, frevos, maxixes, maracatus, entre dezenas de outros gêneros essencialmente brasileiros, foram gravados por Jackson do Pandeiro. Também dezenas são os compositores que tiveram músicas individuais ou em parcerias perpetuadas pelo “rei da divisão” (outra designação recebida em decorrência de sua forma inigualável de cantar). Quando Gilberto Gil, Alceu Valença, João Bosco, Djavan, Geraldo Azevedo, Gal Costa, Chico Buarque, Hermeto Paschoal, Zé Ramalho, Elba Ramalho e tantos outros nomes da constelação musical brasileira proclamam Jackson do Pandeiro como precursor de uma genuína escola de canto e ritmo, vê-se quão profunda foi sua influência no universo das sonoridades nacionais, tendo sido respeitado e reverenciado até pelo Rei do Baião. Hoje, cantores e grupos como Lenine, Chico César, Silvério Pessoa, Jarbas Mariz, Fernanda Abreu, Herbert Viana, Cascabulho, Mestre Ambrósio, Biliu de Campina, Ana Carolina, entre outros veteranos e iniciantes seguem essa escola.

Um acidente automobilístico, em 1968, marcaria o resto da vida de Jackson do Pandeiro e de sua então companheira Neuza Flores, uma operária baiana sem ligações com a música, que conquistara o coração do ritmista na mesma noite em que se conheceram. Passa quase um ano com ambos os braços imobilizados e só não reencontrou a fome (tão íntima quando criança) porque a família, já estabelecida, ajudou o casal durante a fase mais crítica. Depois de recuperado (embora nunca mais conseguisse o mesmo prolongado manejo com o pandeiro), Jackson retoma a vida artística e parte em busca dos mistérios de diversas seitas e religiões. Diabético desde a juventude, trata a “bicha” com queijo de coalho, mocotó, tripa assada e carne de sol, regadas a uma boa “água rás” na Feira de São Cristovão. Após um amargo ostracismo, volta ao cenário musical através de “Chiclete com Banana”, regravada por Gilberto Gil, e do Projeto Pixinguinha. Adquire uma casa em Olaria, onde residiu com Neuza até sua morte, em 10 de julho de 1982, após uma apresentação em Brasília. Revista do Jackson

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Foto: Acervo Fernando Moura

No início da década de 1970, Jackson quebra o braço direito em duas ocasiões. Por coincidir com as dificuldades profissionais do momento, faz com que ele “conheça” o fundo do poço.


O LEGADO

Foto: Acervo Fernando Moura

Até bem pouco tempo não se sabia, nem de longe, o número exato de discos e canções gravadas ao longo de 29 anos de participação no mercado fonográfico brasileiro. Após uma intensa pesquisa, com garimpagem por sebos, coleções particulares e de familiares, gravadoras, editoras e acervos de vários museus da Imagem e do Som, chegouse ao espantoso número de 137 discos e 415 músicas devidamente registradas em fonogramas, entre os velhos bolachões de

78 rpm e o antigo LP. Mais de 150 compositores participaram da construção dessa obra imortal, que legou para as futuras gerações pérolas como “Lamento do Cego”, “Nortista Quatrocentão”, “Xote de Copacabana”, “Cantiga do Sapo”, “A Mulher do Aníbal”, “Como Tem Zé na Paraíba”, “Boi Brabo”, “Baião do Bambolê”, “Micróbio do Frevo”, “Chiclete com Banana”, “Forró em Caruaru”, “Cabo Tenório”, entre inúmeras outras menos conhecidas do grande público. Um tesouro ainda inexplorado.


Foto: Acervo Fernando Moura

por Antonio de Andrade Mestre em Comunicação Social. Coordenador do Curso de Radialismo [Rádio e Televisão] da Universidade Metodista de São Paulo

Contratados da Rádio Nacional, a dupla Jackson e Almira era chamada por Paulo Gracindo, um dos apresentadores, de “A Alegria da Casa”. A chancela viraria título de disco


Em 1930, aos 11 anos de idade, José Gomes Filho (o futuro Jackson do Pandeiro) é levado pela mãe viúva, junto com os outros dois irmãos, para Campina Grande que, apesar de à época ser a cidade mais desenvolvida do interior da Paraíba, não dispunha ainda de uma emissora de rádio. Com o passar dos anos Jackson acabaria por constatar que a única opção, para quem sonhava com uma carreira artística, era migrar para a capital, João Pessoa, onde existiam algumas emissoras, e as oportunidades profissionais eram mais concretas. Nos quatorze anos em que viveu em Campina Grande mesclou atividades diversas como: entregador de pães, pintor, padeiro, jogador de futebol e qualquer eventual bico que aparecesse, já que na condição de filho mais velho assumira o papel de chefe da família. Quando sobrava algum tempo, procurava a companhia de amigos para fazer o que realmente gostava: tocar música, qualquer música, qualquer instrumento. Foi por um bom tempo baterista, até o dia em que ganhou dos amigos um pandeiro de presente. Era o que bastava. Não demoraria muito e Campina, que era grande, ficaria pequena para o talento e ambição profissional de Jackson. Em meados de 1944 chegou a João Pessoa, no exato momento em que a principal emissora local, a Rádio Tabajara, estava perdendo em

bloco todos os componentes da sua maior atração: o grupo de músicos do conjunto Jazz Tabajara, comandado pelo clarinetista, arranjador e maestro Severino Araújo, autor de um som admirável, visivelmente inspirado no swing das big bands norteamericanas – e que, posteriormente, comandaria a mais famosa orquestra brasileira de todos os tempos: a Tabajara, até hoje em atividade. Em 1948 foi convidado a integrar o seleto grupo de artistas que estava sendo contratado para a inauguração da Rádio Jornal do Comércio, de Recife, aquela que iria ao ar com o pretensioso slogan: “Pernambuco falando para o mundo” – um evidente exagero, mas com uma pitada de verdade, pois, em 1949, no ano seguinte à inauguração, já podia ser sintonizada em qualquer ponto do País, e mesmo em alguns países vizinhos. Um dos objetivos dos fundadores da Rádio Jornal do Comércio era o de concorrer com a todo-poderosa e governista Rádio Nacional do Rio de Janeiro, criada em 1940, no auge do autoritarismo do Estado Novo, com a finalidade de criar uma programação capaz de levar às grandes massas urbanas e aos brasileiros isolados nos grotões do mundo rural o pensamento e ações de Getúlio Vargas, tudo embalado por muita música, humor, novelas e esportes, contando com uma equipe profissional de tirar o

fôlego. Em 1942 a Rádio Nacional já fazia parte da lista das cinco emissoras mais potentes do mundo, transmitindo para o exterior em inglês, francês, italiano e espanhol. Quando em 1954, aos 35 anos de idade, desembarcou pela primeira vez na então Capital Federal (Rio de Janeiro), poucos meses após o lançamento de seu primeiro disco pela gravadora Continental (ao longo da carreira, até sua morte em 1982, contabilizaria mais de 400 gravações), já era um artista amadurecido, com mais de duas décadas de estrada e preparado para novos desafios, inclusive o de participar do elenco milionário da Rádio Nacional. Ele que, até então, nunca tinha visto de perto um aparelho de TV, logo estaria aparecendo, com enorme sucesso, nos principais programas do Rio e São Paulo, culminando com um feito apenas reservado às grandes estrelas: um programa próprio na TV Tupi, “Forró do Jackson”. Além do rádio e da televisão, passa a ser assunto nas páginas das diversas revistas populares. Antes do surgimento da televisão, em 1950, a única maneira de um aficcionado do rádio e dos discos tomar conhecimento da fisionomia dos artistas era através das fotografias publicadas em revistas como: Radiolândia, Mundo Ilustrado, Carioca ou Revista do Revista do Jackson

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Jackson, Almira, Zezé Mota, entre outros, em cena do filme “Cala a Boca, Etelvina”, interpretando a música “Baião”

Jackson, no papel do soldado “Biriba”, ao lado de Costinha e Violeta Ferraz, no filme “Minha Sogra é da Polícia”

Os discos “Pau de Sebo” e “Fino da Roça” proporcionaram espaços generosos a Jackson em rádios e televisões


As rádios Nacional, Mayrink Veiga e Tupi, além das tevês Tupi e Record, mantiveram por anos programas regulares da dupla Jackson e Almira

Fotos: Acervo Fernando Moura

Rádio, a de maior sucesso. Eram publicações de baixo custo, que tratavam da vida pessoal e da carreira artística dos grandes nomes do rádio, do disco e da recém chegada televisão. Através delas era possível aos fãs conhecerem amenidades como: a marca de sabonete preferida de seu ídolo, a hora em que este acordava e tomava banho, seus pratos favoritos, quanto ganhava e, para apimentar o conteúdo, dentro dos padrões de moralidade da época, pequenos escândalos e fofocas, todos inevitavelmente desmentidos na edição seguinte. Alternativa oferecida ao grande público era a de enfrentar, com muita paciência, as longas filas dos cinemas que exibiam as populares “chanchadas”, filmes musicais de baixo orçamento e lançados nos cinemas preferencialmente no período pré-carnavalesco. Sinal do rápido sucesso alcançado por Jackson é o fato de, menos de um ano após sua primeira apresentação na Rádio Nacional, aparecer em 1955 na chanchada “Tira a mão daí”, ao lado da nata musical do momento: Ângela Maria, as irmãs Linda e Dircinha Batista, a vedete Virginia

Lane e, quem diria, o seu grande ídolo: o sambista Jorge Veiga. No total, participaria de outras oito chanchadas: “O batedor de carteiras” (1958); “Cala a boca Etelvina” (1958); “Minha sogra é da polícia” (1958); “Aí vem a alegria” (1959); “Pequeno por fora” (1960); “O viúvo alegre” (1961); “Bom mesmo é carnaval” (1962) e “Rio à noite” (1962). Em 1962 a carreira de Jackson atingiria o ápice com o enorme sucesso da campeoníssima do carnaval daquele ano: “Vou ter um troço”. No ano seguinte lança um LP bastante elogiado pela crítica, mas a vendagem já não era a mesma, pois as preferências do grande público estavam migrando em paralelo ao surgimento de novos nomes e gêneros como o rock e a bossa nova. Jackson começa a sentir as primeiras dificuldades em renovar contratos e os convites para shows, rádio e televisão vão diminuindo. Em 1962 os Beatles apareciam no mercado com seu primeiro disco e o iê-iê-iê nacional dava seus primeiros passos quando Roberto Carlos abandona a ideia de ser mais um cover de João Gilberto e adere ao bem comportado rock nacional. Revista do Jackson

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Cantador, Repentista, Cordelista, Violeiro e Poeta... Dia 08 de maio, sábado, às 16h. Sala de Reboco. SESC SANTO ANDRÉ

Roda de Coco

Terno Quente Dias 15, 22, 29 de abril e 06, 13 e 20 de maio. Quintas, às 20h. Sala de Reboco. SESC Santo André

FORRÓ

JARBAS MARIZ Dias 13, 20, 27 de abril, 04, 11 e 18 de maio. Terças, 20h. Sala de Reboco. SESC Santo André

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Revista do Jackson

Jackson do Pandeiro e Almira Castilho com o grupo Borborema

Pode-se, com certeza, afirmar que Jackson do Pandeiro tenha sido o derradeiro fenômeno do meio musical brasileiro a ser revelado e embalado na chamada “era de ouro do rádio”. Estabeleceu com seu estilo criativo e inovador uma forte influência na modernização da chamada MPB, fato reconhecido e festejado por inúmeros críticos e artistas da primeira linha do nosso universo musical. Sempre que entrevistado, Jackson fazia questão de assinalar que nunca parou de produzir suas músicas, descobrir talentos e lançar seus discos. Marcava presença todo ano com pelo menos um novo disco na praça. As rádios e TVs é que tinham fechado as portas para a música brasileira autêntica e de qualidade, promovendo a massificação do gosto. Chico Buarque, na composição “Paratodos”, na qual resgata as influências que marcaram sua rica trajetória musical, eternizou sua admiração pelo rei do ritmo: “Nessas tortuosas trilhas/ a viola me redime/ contra fel, moléstia, crime/ use Dorival Caymmi/ vá de Jackson do Pandeiro”. Foto: Acervo Fernando Moura

Mestre Azulão

Um sopro de esperança surgiu em 1968, quando Gal Costa gravou “Sebastiana” e o movimento tropicalista apontava para o resgate da música brasileira dita de raiz. Ocorre, porém, um forte revés no quadro político nacional, com impacto direto no meio artístico, quando da promulgação pelo governo militar do Ato Institucional número cinco (AI-5) em dezembro de 1968, episódio que resultou na interrupção de um formidável processo criativo nos diversos segmentos das artes. O resultado do cerceamento e das perseguições foi a massificação e ocupação do espaço musical pela produção nacional e estrangeira da pior qualidade. Esta situação adversa não foi suficiente para afastar Jackson da luta pela música que representava e que, a duras penas, lutava por preservar. A partir de 1972, e por mais de cinco anos, passou a integrar semanalmente a programação das madrugadas da Rádio Globo do Rio de Janeiro, cantando, tocando pandeiro, trazendo convidados, divulgando discos e dando oportunidade a novos talentos. O sucesso fez com que diversas outras emissoras abrissem espaço para programas similares, gerando, em paralelo, a disseminação de salões de forró por todo o país.


Foto: Acervo Fernando Moura

Foto: Acervo Fernando Moura

“Não invejo ninguém. Ou melhor, só invejo quem tem muita instrução ou toca bem o acordeon. Aí eu fico com os quatro pneus arriados”... Jackson do Pandeiro

“Ah, pandeirinho bom danado, gente!” Jackson do Pandeiro

No ápice da carreira, Jackson chegou a possuir cerca de 300 pandeiros. A família conseguiu guardar dois para contar a história


Caricat DE JACKSON D

William Medeiros

Cristovam Tadeu

Caricatura de autoria de William Medeiros, produzida por ocasião do lançamento da biografia “Jackson do Pandeiro: O Rei do Ritmo”, Ed. 34, em 2001

Caricatura de autoria de Cristovam Tadeu, elaborada especialmente para o projeto “Jackson do Pandeiro - A trajetória do Rei do Ritmo”, em 2010

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Revista do Jackson


caturas DO PANDEIRO

Gilton Lira

Mendez

Caricatura de autoria de Gilton Lira, destacando o figurino característico de Jackson

Caricatura de época, com autoria de Mendez, focando o lado sambista e “malandro” de Jackson

Revista do Jackson

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“Não fui acostumado a comer faisão, então fiquei no meu feijão. Qualquer coisa que viesse pra mim tava bom”. Jackson do Pandeiro

O grupo Borborema teve várias formações, mas manteve a base percussiva com Cícero na zabumba e Tinda no triângulo, ganzá e agogô. Severo foi o sanfoneiro da fase final


“Quem toca em cabaré pode tocar em qualquer lugar”. Jackson do Pandeiro

OS BRASAS DO NORDESTE O grupo cultiva as raízes do verdadeiro forró pé-de-serra.

Venha dançar com os Brasas do Nordeste ! Dias 18 e 25 de abril e 02, 09, 16 e 23 de maio. domingos, às 16h. Sala de Reboco SESC Santo André

ZÉ BROWN RAPPER-REPENTISTA Dia 17 de abril. s‡ bado, ˆ s 16h. Sala de Reboco SESC Santo AndrŽ

ERA DO RÁDIO BATE-PAPO

com Antonio Andrade

Foto: Acervo Fernando Moura

“Tocar pandeiro e filme de bangue-bangue. Tem coisa melhor na vida, ô gente?” Jackson do Pandeiro

Jackson do Pandeiro utilizou-se dos meios de comunicação para propagar sua música.

SALA DE REBOCO. DIA 07 DE ABRIL, QUARTA, ÀS 20H. SESC SANTO ANDRÉ

Revista do Jackson

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MESTRE Galo P reto Conhecido como o menestrel do coco brasileiro, é um dos maiores representantes da cultura tradicional da rima e poesia de repente. Foi parceiro de grandes nomes da música brasileira, incluindo Jackson do Pandeiro.

Dia 21 de abril, quarta, às 16h Sala de Reboco SESC Santo André

Neuza Flores e Emboladores A bem-humorada Neuza Flores é a viúva de Jackson do Pandeiro. Com os emboladores de coco Sebastião Marinho e Luzivan Mathias, ela relata histórias da sua vida com o músico.

Dia 21 de maio, sexta , às 20h Sala de Reboco. SESC Santo André

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Revista do Jackson

FICHA TÉCNICA Serviço Social do Comércio Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Danilo Santos de Miranda Superintendentes Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Gerências Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha / Adjunto Flávia A. Carvalho / Assistentes Nilva Luz, Juliana Braga, Sérgio Pinto, Henrique Rubin e Cássio Quiterio / Estudos e Desenvolvimento Marta Raquel Colabone / Adjunto Andréa Nogueira / Assistente Sidenia Freire Pereira / Artes Gráficas Hélcio Magalhães / Assistentes Marilu Donadelli e Kelly Santos SESC Santo André Gerente Laura Maria Casali Castanho / Adjunto Robson Silva / Coordenação de Programação Dino Moura

Revista do Jackson Equipe Técnica Diogo de Moraes / Rafael Spaca / Thiago Freire / Coordenação de Comunicação Fernanda Lima e equipe / Conteúdo textual e acervo Fernando Moura / Projeto gráfico Estúdio Kiwi


show

e Z

i r e o l a B a c B

i e r l o a B o d aile

O músico apresenta um show dançante, quente e vibrante, reunindo seus maiores sucessos e incluindo músicas do repertório de Jackson do Pandeiro, um dos artistas que mais admira.

show

Silvério Pessoa Dia 14 de maio, sexta, às 21h. Teatro. SESC Santo André

Dia 26 de março, sexta, às 21h. Espaço de Eventos. SESC Santo André

Emblemático intérprete contemporâneo da escola jacksoniana, Silvério Pessoa nasceu em Carpina, zona da mata norte de Pernambuco. Seu segundo projeto, o CD “Batidas Urbanas – Projeto Micróbio do Frevo”, é uma revisão da obra carnavalesca de Jackson do Pandeiro nas décadas de 50/60.


Revista do Jackson Março 2010

Nesta edição: FOTOS CARICATURAS CAPAS DE discos TRAJETÓRIA CITAÇÕES DISCOGRAFIA encarte especial com pôster Programação Integrada

SESC Santo André Rua Tamarutaca, 302 Vila Guiomar Tel.: (11) 4469-1200 email@santoandre.sescsp.org.br www.sescsp.org.br Realização:

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