Experiências e Impressões
Governo do Ceará Secretaria da Cultura do Ceará - SECULT
Projeto Gravura Oficinas em rede 2009-2010 / SECULT – Ceará : 2010 98p. :ilustrado 1. Artes plásticas 2. Artes Gráficas 3. Gravura.
© 2010. Governo do Ceará Qualquer parte desta obra poderá ser citada e reproduzida, desde que citada a fonte.
Índice Gravura Oficinas em Rede Apresentação A Instituição e a formação Cultura e Educação Ateliê Dinamico
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Gravura - História e Conceito
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Xilogravura
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História da Xilogravura
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Gravura em Metal
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História da Gravura em Metal
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Gravura e Expressão
Produção da Gravura
Arte e profissão
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Desenho aplicado à Gravura
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Comunicação e arte
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Xilogravura
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Experiência artística
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Gravura em Metal
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Capacitação e ação continuada
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Coletânea de Imagens
Conhecimento e percepção
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Imagens
Outras experiências
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Galeria
Gravura na Massafeira Livre - 30 anos
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Imagens
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Parceria e inclusão
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Exposição Na ponta dos dedos
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Bibliografia Créditos
Visita Mediada
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O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria da Cultura e projeto Gravura Oficinas em Rede, em parceria com o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura iniciam os cursos de arte nas linguagens gráficas da Xilogravura e Gravura em metal.
Gravura Oficinas em Rede
Gravura Oficinas em Rede
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Vivemos tempos em que a informação é fundamental na construção do conhecimento. As informações veiculadas por meio de modernas tecnologias são subsídios importantes para o aprendizado da arte e sua pedagogia, visando um fazer artístico mais acessível. Com esta visão, o projeto Gravura Oficinas em Rede gerou, além dos cursos de xilogravura e gravura em metal, mais dois importantes produtos: uma publicação gráfica e um DVD sobre os aspectos gerais do processo de ensino e aprendizagem dos cursos e um pouco da nossa história gráfica.
Assim, o objetivo maior dessa publicação é gerar um conteúdo e metodologia para facilitar a divulgação dos fundamentos básicos da linguagem da gravura em diversos locais como, por exemplo, em instituições educacionais. Nossa intenção, portanto, é deixar registrado o percurso metodológico realizado em nossos cursos, a fim de que estes possam servir de modelo na prática da gravura para os mais diversos públicos – dos artistas aos educadores e artesãos.
Gravura Oficinas em Rede
Apresentação
E duard o El o y Usamos como cenário, para a realização destes produtos, as próprias atividades didático-pedagógicas utilizadas no atelier dos cursos ministrados. Foram atividades construídas através de ações analisadas, discutidas e questionadas sobre os diferentes métodos e tendências do ensino da gravura como um vocabulário visual.
Coordenador Geral Gravura Oficinas em Rede
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Gravura Oficinas em Rede
A Instituição e a formação O projeto Gravura Oficinas em Rede – Ceará 2009 é uma das ações de formação na área da cultura realizada pelo Governo do Estado do Ceará, Secretaria da Cultura e Instituto de Arte e Cultura do Ceará - Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura para incentivar a criação de uma rede articulada de produtores e fruidores culturais. Atuando na formação da classe artística e comunidade, o projeto foi realizado com êxito montando o mapa cultural da gravura no Ceará e disseminando suas variadas técnicas. Essa ação reforça a política de formação do Instituto de Arte e Cultura do Ceará - IACC, que visa descentralizar o ensino em arte e cultura, incentivar a produção de mapeamentos culturais de diversas linguagens e fomentar intercâmbios entre mestres e alunos. Esperamos alcançar como resultado não somente o desenvolvimento da cultura e a extensão dos direitos culturais do cidadão, mas ainda gerar oportunidades de emprego e renda, e contribuir para a inclusão social.
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É política do IACC produzir e difundir o conhecimento em arte e cultura, democratizar o acesso aos bens artísticos e culturais e demarcar rumos para o desenvolvimento de políticas públicas de cultura no Ceará. Acreditamos ser nosso dever fomentar a instrução e a profissionalização no sentido de desenvolver uma sólida estrutura da indústria de bens culturais e investir na sua pluralidade, respeitando os direitos culturais de todas as comunidades. Foi com muita satisfação que compartilhamos com mãos tão jovens para reavivar uma história, continuar um caminho, persistir em traços de uma arte de tradição, perceber o valor da preservação e a potencialidade da arte da gravura. Contribuímos assim para a reprodução de imagens e de sentimentos.
M aninha M o rais
Presidente Instituto de Arte e Cultura do Ceará Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Gravura Oficinas em Rede
Cultura e Educação A importância da gravura, por sua trajetória na cultura e na arte, mantém-se ainda na atualidade do mundo contemporâneo. É uma técnica de reprodução em massa que nasceu no Oriente, no século V, com a xilogravura – a gravura na madeira, e se mantêm viva até hoje, renascida na revolução tecnológica dos processos digitais, que atualmente transformam as artes gráficas, e, conseqüentemente, a gravura tradicional. Na condição de técnica milenar, a gravura possui um histórico fascinante e controverso, pois possibilita contemplar desde uma ambientação de cunho religioso ligado à Literatura de Cordel até uma ampla expansão que lhe confere o prestígio de criação artística, atendendo aí a exigências estéticas modernistas e contemporâneas. Ainda no século XVI, o alemão Hans Staden, realizou uma série de xilogravuras para ilustrar os
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registros de sua expedição ao Brasil. O cronista, em sua obra denominada “Viagem ao Brasil”, editada na Europa, após seu retorno, nos apresenta um portal bastante significativo no que diz respeito à utilidade da xilogravura, fortalecendo assim a transmissão dessa técnica. Contudo, é com a chegada da Imprensa Régia em 1808, após a mudança da família real para o Brasil, que a gravura é introduzida no cotidiano brasileiro e passa a ser utilizada como ilustração em periódicos e outros impressos. Este caráter ilustrativo e ao mesmo tempo criativo perdurou até o século XX, sendo absorvido e revitalizado por algumas presenças de nosso modernismo, como Raimundo Cela, Lasar Segal, Lívio Abramo, Oswaldo Goeldi, Aldemir Martins, Sérvulo Esmeraldo e Zenon Barreto, artistas que usaram a gravura nas suas mais inventivas possibilidades de expressão.
Devido à importância que o Ceará representa para o cenário artístico, o Projeto Gravura Oficinas em Rede apresenta-se como um marco significativo ao proporcionar para um público bastante diversificado e interessado várias oficinas de gravura no
Atelier de Arte do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Gravura Oficinas em Rede
Dentro da perspectiva acima referida, o Ceará pode ser considerado como um dos centros difusores da cultura e do fazer artístico e cultural brasileiro, sendo a gravura um dos importantes elementos desse processo. Da tradição popular aos modernistas lembrados acima, encontramos consistentes obras de artistas como Sebastião de Paula, Francisco de Almeida, Francisco Bandeira, Hélio Rola, dentre outros que compõem a fase atual da gravura no Ceará. Na tradição popular, nosso Estado doa um legado importante para o mundo através de influentes gravadores, como Mestre Noza, Walderedo Gonçalves, Abraão Batista, Stênio Diniz, entre tantos expoentes.
O projeto aconteceu por intermédio do Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura – SECULT, em parceria com o Instituto de Arte e Cultura do Ceará – IACC. A iniciativa teve como principal meta a irradiação criadora da gravura para diversos públicos – artistas, educadores, artesãos, universitários e jovens iniciantes, que, por meio de uma ação integrada entre as oficinas, receberam informações relacionadas à gravura como meio artístico, cultural, histórico e social. Por se tratar de um programa de formação e difusão cultural, o projeto implantou oficinas de gravura nas técnicas de xilogravura e gravura em metal, para aproximadamente 150 alunos, conseguindo reunir os mais diversos públicos interessados nessa linguagem. Outra importante meta alcançada pelo
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Gravura Oficinas em Rede
projeto foi a criação de um site de promoção e comunicação dos cursos, pois toda a divulgação e as inscrições das oficinas, assim como as noticías do que acontecia diariamente nos cursos, foram acompanhadas por mais de 6.000 acessos, gerando uma boa integração com os participantes e interessados. Com certeza, este projeto fortalece o Ceará como um centro de convergência cultural e difusão da criação artística relacionada à gravura e à arte, uma vez que entre os objetivos do projeto também se buscava a elevação do nível de consciência crítica relacionada às artes visuais no Estado, além da fomentação do uso de obras gráficas e produtos artísticos como alternativas profissionais, o que se concretiza com o lançamento desse catálogo e DVD, que documenta o desenvolvimento das oficinas ministradas e, ainda, um pouco da nossa história. E duard o El o y
Coordenador Geral Gravura Oficinas em Rede
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Gravura Oficinas em Rede
Ateliê Dinamico Acampamento coletivo
O processo criativo, assim como um passe de mágica, revela a fantasia que se manifesta na composição de uma obra artística. Cabe ao artista, ao se apropriar de coisas e objetos, dotá-los de múltiplos sentidos, transportando-os para o plano estético. A gravura aproxima as mais diversas manifestações culturais. Difunde, une e mescla... A prensa é como uma fogueira de acampamento – que traz luz e calor aos cercantes. Um ponto de referência, onde todos se reúnem para confraternizar, compartilhar e contar histórias. Gravar nem sempre é um ato simples, pois em cada uma das fases – planejar, gravar e imprimir, valores e conceitos são questionados em um constante processo de aprendizado. Entre os conceitos para designar um atelier, o que mais me agrada é aquele que traduz a idéia de um acampamento.
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O processo de gravar é uma trilha por vezes complexa, podendo nos levar a caminhos tortuosos e indefinidos, ou a um porto seguro, no decorrer da jornada. Em um atelier, o trabalho coletivo, como o estabelecido em um acampamento, é de fundamental importância. Um esforço de grupo onde cada um tem suas respectivas funções delineadas e, por outro lado, a liberdade para executar a sua produção autônoma, completando-se com a troca de experiências. Toda sinergia criada no atelier com o correr das lixas sobre as madeiras e metais, os sons de ferramentas riscando as superfícies , os cheiros característicos, os toques das mãos ao percorrer as ranhuras das matrizes gravadas, culmina com a gravura, que surge como uma marca no suporte desejado. Impressão guardada também na memória, e, às vezes, na matéria. M arc el o M o n t eiro Coordenador Pedagógico Gravura Oficinas em Rede
Gravura e Express達o
Com o objetivo de valorizar, difundir e catalogar profissionais e interessados pelas artes gráficas no Ceará, a Secretaria da Cultura do Estado e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, realizam o projeto Gravura Oficinas em Rede, que consiste em aulas de xilogravura e gravura em metal. As oficinas contam com os ensinamentos dos professores e também artistas cearenses Fernando França, Alberto Gaudêncio, Thiago Cavalcante e Marcelo Monteiro, além dos assistentes Francisco Adriano, Naiara Rocha e Dyego Crisóstomo.
a realização destes cursos, além de criar possibilidades de trabalho no campo das artes gráficas, inserir o Estado no circuito nacional e internacional da gravura.
Gravura Oficinas em Rede
Arte e profissão
Para o coordenador geral do projeto, Eduardo Eloy, a expectativa é atingir um público diverso e com alguma experiência com as artes visuais. Serão abordados os contextos históricos, sociais, culturais e artísticos da xilogravura e da gravura em metal, buscando a interação do tradicional com o contemporâneo.
O projeto Gravura Oficinas em Rede integra o programa Formação em Rede, uma política pública da Secult que visa promover a capacitação e formação daqueles que atuam no setor produtivo das artes do Ceará. Pretende-se com
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Gravura Oficinas em Rede
Comunicação e arte Ao pensar no projeto como objeto de formação, produção e pesquisa, Eduardo Eloy percebeu a possibilidade de destacar talentos locais e trabalhar com ação continuada. O coordenador observa, que algumas oficinas de gravura que ministrou, revelaram, inclusive, alguns professores e assistentes envolvidos no projeto Gravura Oficinas em Rede. Essa realidade pode ser encontrada no próprio corpo docente envolvido no projeto. Acredita Eloy, que a gravura propicia um espaço dinâmico e fértil para a comunicação e a arte. Eloy também observa que as aulas reúnem uma grande diversidade de perfis, que envolve, por exemplo, arte-educadores, publicitários, artistas plásticos e grafiteiros, o que possibilita ricas e instigantes trocas de experiências e mediações. Em sua jornada pedagógica, Eloy ministrou oficinas de gravura e papel artesanal em vários municípios
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cearenses, em São Paulo (USP), Buenos Aires e Madrid. O artista possui obras em importantes acervos, como na Coleção Ceres Franco, na França; no Museu da Gravura de Buenos Aires, na Argentina; no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, além do próprio Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, onde as aulas do projeto Gravura Oficinas em Rede foram realizadas.
O artista gráfico Marcelo Monteiro, responsável pela coordenação pedagógica do projeto Gravura Oficinas em Rede, também ministra a oficina de Gravura em Metal do curso. Seu interesse pela arte surgiu muito cedo. Porém, a investida profissional aconteceria apenas em sua fase adulta, com as primeiras experiências no campo da gravura em metal, em um curso ministrado por Eduardo Eloy, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Desde cedo, Marcelo acumulou conhecimentos técnicos adquiridos em processos de metalurgia e manipulação de ferramentas e maquinários, durante o trabalho com o pai em uma oficina mecânica. Conforme o artista, “O contínuo interesse pelo desenho aplicado, pintura clássica, escultura e outras modalidades plásticas das artes, surgiu naturalmente, a partir das possibilidades práticas que vivenciei durante todo meu percurso industrial”. Seria após um acidente, que deixou Marcelo impossibilitado de andar por vários meses, que ele se
aproximaria definitivamente do exercício da arte. “Me dediquei a estudar processos de gravura e computação gráfica aplicada às artes, e acabei por me tornar artista gráfico e designer”.
Gravura Oficinas em Rede
Experiência artística
Para Marcelo, um marco definitivo para sua trajetória artística aconteceu em 2008, quando foi convidado pela curadoria da Bienal Internacional do Livro do Ceará para participar de uma mostra de artistas hispanoamericanos. Segundo Marcelo, o projeto Gravura Oficinas em Rede é um grande incentivo para os jovens talentos, uma vez que procura democratizar a prática da gravura em todos os meios sociais. “Para mim, o fato de ter iniciado como aluno e hoje integrar o quadro de professores e articuladores do projeto representa uma conquista pessoal”. “Trabalhamos com a idéia de mediar, de forma crítica e construtiva, o conhecimento que temos adquirido”, finalizou o artista.
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Gravura Oficinas em Rede
Capacitação e ação continuada Os professores e assistentes que ministram aulas no projeto Gravura Oficinas em Rede são capacitados em oficinas ministradas por Eduardo Eloy em várias instituições. Thiago Cavalcante, professor de Xilogravura, é um deles. Como sempre gostou de desenhar, em 2005, Thiago resolveu fazer um curso na Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho. Eduardo Eloy, coordenador do projeto Gravura Oficinas em Rede, ao perceber sua desenvoltura e aptidão, convidou-o para compor o quadro de instrutores e facilitadores. Assim, Thiago passou a dar aulas de xilogravura. O artista considera que é uma das maneiras de estar sempre em contato com a arte e de trocar conhecimentos com outras pessoas. Em 2009, o Centro Cultural Bom Jardim recebeu a exposição Imagens da Cidade, que conta com obras de Thiago. Atualmente, ele é educador do Sobrado
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José Lourenço e ministra oficinas de xilogravura epintura para crianças. A convite do coordenador, Thiago ministrou uma oficina de Xilogravura no projeto Gravura Oficinas em Rede, pois é uma das linguagens com que mais se identifica. “A xilogravura oferece inúmeras possibilidades expressivas e chega a lhe dominar e envolver completamente. Ela nos leva a outros rumos, e isso eu acho bastante relevante”, relatou o artista.
Além dos professores capacitados que ministram as aulas do projeto Gravura Oficinas em Rede, os alunos também contam com a orientação dos assistentes tanto na Xilogravura quanto na Gravura em Metal. Um deles, é Faso, que, ao lado de Naiara Rocha, e Dyego Crisóstomo , assistiu aos professores Thiago Cavalcante, Alberto Galdêncio, Marcelo Monteiro e Fernando França.
Desde cedo, Faso se envolveu com desenho e pintura. Ao estudar gravura também criou um vínculo muito forte com essa técnica. “Sempre tive uma paixão muito grande por desenho e pintura, e, desde criança, eu tomo isso como uma atividade importante, pois me expressar através dessas linguagens é uma questão de necessidade”, considerou o artista plástico.
Gravura Oficinas em Rede
Conhecimento e percepção
Em 2008, Faso conheceu outras técnicas e buscou incorporá-las dentro das linguagens da gravura em metal e da Xilogravura. Participou em 2005, 2007 e 2009 da Unifor Plástica. Também em 2009, participou da exposição Visões Gravadas, no Centro Cultural Bom Jardim. Para Faso: “A arte criou um sentido todo especial no meu modo de perceber o mundo”.
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Outras experiĂŞncias
O Professor do projeto Gravura Oficinas em Rede, Thiago Cavalcante, participa nos dias 16 e 17 de novembro de 2009 da Massafeira Livre – 30 Anos, ministrando a Oficina de Xilogravura de 16 às 18 horas no Campus do Itaperi da Universidade Estadual do Ceará (UECE). A mostra propõe a fruição e reflexão acerca de um dos mais importantes eventos culturais realizados no Ceará.
Gravura Oficinas em Rede
Gravura na Massafeira Livre - 30 anos
O objetivo da Massafeira Livre é destacar a importância do festival que envolveu poetas, músicos, cordelistas e artistas plásticos cearenses em março de 1979, no Theatro José de Alencar, comemorando assim os 30 anos de realização. O evento é uma parceria do projeto Gravura Oficinas em Rede com o Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS-CE), e a realização é dos alunos do curso “Museu, Patrimônio Cidade” do departamento de História da UECE.
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Gravura Oficinas em Rede
Parceria e inclusão Projeto Gravura Oficinas em Rede e Projeto Acesso realizam oficinas de Monotipia
Buscando aproximar a comunidade de deficientes visuais com a prática das artes plásticas, o projeto Gravura Oficinas em Rede e o projeto Acesso promovem a Oficina de Monotipia nos dias 27 e 28 de outubro de 2009, das 8 às 12h, no Atelier de Artes do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. O curso é destinado a pessoas com deficiências visuais, que terão a oportunidade de usar a arte como veículo de expressão. A técnica da Monotipia é empregada da seguinte forma: pinta-se uma imagem em uma superfície plana, lisa e, em seguida, através de pressão com a mão, rolo de borracha ou prensa, transfere-se a imagem para o papel. Os produtos da oficina serão gravuras em relevo de tinta, o que possibilita que os participantes interajam por meio da experiência tátil que este tipo de gravura proporciona. Por meio do toque na própria imagem das gravuras, os participantes
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farão “leituras” dos relevos para sentir as “imagens” através da sensação do contato. Por meio de práticas inclusivas, o projeto Acesso tem possibilitado a participação e o diálogo entre os profissionais dos museus do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e a comunidade das pessoas com deficiências visuais nas atividades de educação e comunicação museológica. O projeto Gravura Oficinas em Rede integra o programa Formação em Rede, política pública da Secretaria da Cultura (Secult), que visa promover a capacitação e formação de pessoas ligadas ao setor produtivo das artes do Ceará. O projeto Acesso, criado em 2006 no Memorial da Cultura Cearense, é uma ação sócio-cultural que busca atender o desejo de reconhecimento político e social das pessoas com deficiência.
Trabalhos dos alunos na oficina de monotipia entram em exposição no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
A partir de 29 de outubro de 2009, estarão expostos no Memorial da Cultura Cearense, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, os produtos finais da Oficina de Monotipia, realizada pela parceria entre o projeto Gravura Oficinas em Rede e o projeto Acesso. A oficina foi destinada a alunos portadores de deficiências visuais que experimentaram a arte para criar gravuras em relevo de tinta, possibilitando a leitura tátil.
Gravura Oficinas em Rede
Exposição Na ponta dos dedos
A exposição Na Ponta dos Dedos comemora os 200 anos de nascimento de Louis Braille. A mostra vai evidenciar algumas questões que ocorrem no cotidiano de pessoas com deficiência visual, a expansão do sistema Braille e as novas tecnologias de acessibilidade. Além das obras produzidas na Oficina de Monotipia, estarão expostos livros e rótulos legendados em Braille. Haverá também a projeção de um vídeo com depoimentos de deficientes visuais relativos às suas próprias necessidades especiais.
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Gravura Oficinas em Rede
Visita Mediada Visita guiada ao acervo de Obras Raras da Biblioteca Menezes Pimentel
As aulas do projeto Gravura Oficinas em Rede se deslocaram do atelier do Centro Dragão do Mar, onde o curso é ministrado, para a Biblioteca Pública Menezes Pimentel. O coordenador do projeto, Eduardo Eloy, levou os alunos da turma de xilogravura e gravura em metal para realizarem uma visita comentada ao acervo do setor de Obras Raras, onde foram analisadas ilustrações contidas em livros dos séculos XVII e XVIII realizadas com as técnicas da xilogravura, gravura em metal e litografia. Para Eduardo Eloy, a parceria entre o projeto Gravura Oficinas em Rede e a Biblioteca Pública é de grande importância, visto que aproxima os alunos de uma riqueza local, que nem todos sabem que existem. A visita também é um estímulo para que os alunos voltem à Biblioteca, e possam enriquecer o conhecimento histórico sobre a arte da gravura, valorizando as riquezas que a biblioteca oferece para os cearenses.
Obras Raras Criado em 1975, o setor de Obras Raras é constituído por cerca de sete mil obras, as quais ajudam a preservar
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a história do Ceará, do Brasil e do mundo. O acervo foi composto através de doações de estudiosos, pesquisadores, escritores e personalidades ilustres do Ceará, entre eles Amorim Sobreira, Thomás Pompeu de Souza Brasil, Pompeu Sobrinho, Ismael Pordeus, José Carlos Ribeiro, Pirajá da Silva, entre outros. O setor conta com obras de temáticas diversas como: sociologia, história, direito, etc. A obra mais antiga é um incunábulo de Virgílio Maronis Publius, de 1492, publicada em latim arcaico em Nuremberg, que reúne poesias latinas consideradas obras primas da Roma antiga. Outra raridade é a edição original do Código de Leis de Napoleão Bonaparte, composto de 31 volumes, datada de 1865. O acervo recebe pesquisadores, estudantes e curiosos não apenas brasileiros, mas também de outros países. Entre as obras mais pesquisadas se encontram a coleção de Leis do Estado, História do Ceará e o Almanaque do Ceará.
Gravura - Hist贸ria e Conceito
Em função da economia de meios e materiais envolvidos em seu processo, a xilogravura foi uma das primeiras técnicas de gravação e impressão. A gravação é feita sobre uma placa de madeira. Os brancos provém das partes retiradas com o auxílio de goivas, formões e buris, e os pretos das partes em relevo da matriz. A tinta de gravura é distribuída usando-se rolo de borracha. Em seguida, coloca-se o papel sobre a matriz entintada. A impressão pode ser obtida por meio de prensa, ou de forma manual através de fricção, com uma colher de madeira. Há duas maneiras de gravação, dependendo da posição das fibras na superfície da madeira: xilogravura de fio: em que o corte é perpendicular à raiz, resultando numa tábua, e xilogravura de topo: em que a gravura é feita sobre a madeira cortada no sentido transversal ao tronco da árvore. É difícil precisar com exatidão o possível período de origem da xilogravura,
pois procedimentos semelhantes foram encontrados desde a antiguidade, como se observa, por exemplo, na estampagem de tecidos.
Gravura Oficinas em Rede
Xilogravura
No Oriente, no século VIII, com o aparecimento do papel, surgiram estampas de conteúdo religioso. Na Europa, a imagem xilográfica mais antiga que se conhece (Bois Protat), pertence ao século XIV. Em seu início, a história da xilogravura esteve intimamente envolvida na difusão de imagens e textos: cartas de baralho, cenas religiosas e incunábulos. Na gravação, por se tratar de um trabalho feito na tábua de madeira, era comum a participação de carpinteiros . No século XVI, houve um expressivo desenvolvimento da xilogravura . Exemplo expressivo foi o alemão Albrecht Dürer (1471-1528), que realizou um expressivo conjunto de 15 xilogravuras: “Apocalipse”.
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Xilogravura
A partir do século XVI, a xilogravura passou a ser substituída pela gravura em metal, técnica esta mais rica em recursos. Neste período, a água-forte se destacou, passando a ser o meio de reprodução com maiores possibilidades para atender as demandas da época. No século XVIII, com a introdução da gravação em topo, desenvolvida por Thomas Bewick, realizada com buril, foi possível uma gravação mais detalhada. Assim, a xilogravura alcançou novo impulso, como meio de reprodução de imagens. Gustavo Doré (1832-1883), um dos adeptos da gravura em topo, desenhista de rica imaginação, utilizou-se de uma extensa equipe de gravadores, entre os quais: Pisan e Gusman, para ilustrações de obras como “D. Quixote” e a “Bíblia”. Na transição do século XIX para o séculoXX, a fotografia ocupa um importante espaço na produção
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das artes gráficas, as técnicas tradicionais de gravação tornaram-se obsoletas. Em busca de uma intensidade expressiva, determinados artistas do período , como Gauguin, Munch e, mais tarde, os expressionistas alemães, Kirchner, Heckel e Nolde, entre outros, exploraram as possibilidades da xilogravura como uma linguagem capaz de expressar seus sentimentos contrários ao mundo tecnicista e industrializado . No Brasil, a xilogravura moderna começou influenciada por este movimento, a partir da obra expressionista de Lasar Sergall (1891-1957), Oswaldo Goeldi (18951961), e Lívio Abramo (1903-1992). Outra importante manifestação que se desenvolve em nosso país é a gravura de cunho popular nordestina, utilizada em capas de folhetos da literatura de cordel. Os primeiros folhetos datam do final do século XIX.
tas do período, cujas estampas despertam, até hoje, o interesse do público e dos estudiosos, tal o requinte e a concepção pictórica de suas imagens.
Gravura Oficinas em Rede
A Linóleogravura, introduzida no século XX, é uma técnica semelhante à xilogravura, em que se emprega, no lugar da madeira, um tecido resistente de juta coberto com uma combinação de óleo de linhaça, resinas e cortiça em pó, apresentando uma consistência semelhante à borracha. Na China, o processo da gravura em madeira era conhecido desde o século V e VI. A xilogravura japonesa (Ukiyo-e) teve enorme influência na Europa, no século XIX, refletidas nas obras de artistas como Van Gogh, Whistler, Degas e ToulouseLautrec, entre outros. No Japão, a partir do século XVII, a gravura(Ukiyo-e) se desenvolve de forma significativa. Substituiu-se a produção anterior, monumental e austera, por temas do mundo transitório, flutuante. Hishikawa Moronobu, Utamaro, Hokusai e Hiroshige são alguns dos artis-
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Xilogravura
História da Xilogravura A história da gravura está ligada, na sua origem, à história da escrita e do livro. O homem, desde seus primórdios, gravava imagens. A princípio, o contorno de sua mão nas paredes das cavernas, depois sobre superfícies de barro, pedra, metal, peles de animais e cascas de árvores. Na tentativa de expressar-se, o homem criou diferentes códigos a fim de registrar fatos da vida cotidiana, divulgar o conhecimento e transmitir a religião. De fato, as linguagens evoluem da representação pura aos signos. E os primeiros documentos encontrados, gravados em pedra ou tabuletas de barro, se referem a fatos históricos, códigos de conduta ou são registros de conhecimento.
América A xilogravura veio para a América trazida pela imprensa – ao contrário do que ocorrera na Europa. Os espanhóis, preocupados em colonizar os povos americanos e transmitir-lhes sua fé, apressaram-se em
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mandar, já no ano de 1539, um impressor para a cidade do México, época em que grandes centros europeus ainda não contavam com esta prova de progresso. Toda a América espanhola beneficiou-se desta abertura da metrópole. Como conseqüência, estabeleceuse uma tradição de gravura popular, dando ensejo ao surgimento de figuras destacadas, como José Guadalupe Posadas no México, lugar onde anos depois surgia o Taller de Gráfica Popular.
Brasil O Brasil só desfrutou deste privilégio a partir de 1808 com a vinda da Família Real e sua corte. Até esse instante vigorava, emanada de Portugal, uma proibição expressa com relação à instalação de oficinas de impressão no Brasil, sob a alegação de que a metrópole teria condições de suprir a escassa demanda da colônia. Temia-se, na realidade, pelos efeitos políticos que tal inovação técnica poderia provocar. Ainda assim, podem ser registradas algumas tentativas de introdução da imprensa no Brasil.
Entre os gravadores que acompanharam a Família Real ao Brasil, não se encontravam xilógrafos – o que não é de estranhar, considerando que a xilogravura tinha caído em desuso na Europa por essa época. Temse notícia, no entanto, de que alguns destes gravadores conheciam esta técnica, tendo inclusive realizado pequenos trabalhos, como agravação em madeira, das armas reais. A gravura foi introduzida no Brasil com a instalação da Imprensa Régia, do Arquivo Militar e do Collegio das Fábricas no Rio de Janeiro. A Imprensa Régia e o Arquivo Militar fizeram uso quase que exclusivo da gravura em metal. O Collegio das Fábricas, que abarcava a fábrica de cartas de jogar e a Estamparia de Chitas, utilizou-se de gravuras
gravadas em madeira. A princípio essas matrizes eram importadas. A gravura em metal e, principalmente, a litografia, que cedo chegou ao Brasil, tomam o lugar da gravura em madeira, que volta a aparecer, revigorada, através do uso da madeira de topo.
Gravura Oficinas em Rede
Primeiro no Recife, sob a dominação holandesa, e depois no Rio de Janeiro, pelas mãos de um lisboeta que chegou a imprimir três ou quatro folhetos e que, em seguida, teve seqüestrados todos os seus materiais e impressões.
Muito importante será a atuação de um alemão visionário que, na falta de gravadores brasileiros, funda uma escola – O Imperial Instituto Artístico – e edita a revista Semana Ilustrada, que será profusamente ilustrada por novos artistas formados em sua escola. Era Henrique Fleiuss, que com seu irmão Carl e com o litógrafo Carl Linde, atuariam até 1878, ano da morte de Carl Fleiuss. Houve uma tentativa oficial de ensino da xilogravura, abrindo-se a cadeira na Academia de Belas-Artes que, por algum motivo estranho, nunca teve existência efetiva, sendo substituída por outra matéria. Neste meio tempo, surge no Brasil, de forma pratica-
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Xilogravura
mente autodidata, a chamada “gravura da arte” com Lasar Segall, Osvaldo Goeldi e Livio Abramo. Esses artistas influenciaram, direta ou indiretamente, todos os gravadores e principalmente os xilogravadores, que lhes seguiram os passos, como: Fayga Ostrower, Renina Katz, Poty Lazzarotto, Maria Bonomi, Marcello Grassmann, Gilvan Samico e Newton Cavalcanti. Para concluir, podemos verificar que a xilogravura demonstrou ser a técnica mais eloqüente para momentos específicos da história, caracterizados principalmente por crises ou grandes mudanças. Influenciada, possivelmente, pela sua capacidade de reprodução de uma imagem em grande escala é, geralmente, representativa de uma manifestação popular e, por fim, possui, quase sempre, um caráter expressionista e figurativo.
Herskovitz, Aniko. Xilogravura Arte e Técnica. Porto Alegre, Pomar Editorial, pgs. 89, 125, 130, 132, 148.
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Gravura em Metal
Gravura em Metal Gravura em metal é o nome empregado para designar as diversas técnicas que utilizam a chapa de metal como matriz. A gravação pode ser realizada diretamente sobre a chapa (buril, ponta-seca, maneira negra) ou através de corrosão por meio de ácidos, ou sais (águaforte, água-tinta). Os primeiros talho-doces (gravação a buril) surgiram no século XV, na Europa, período em que surge a prensa, instrumento indispensável para reprodução dessa técnica. Na gravura em metal, a impressão consiste em transferir para o papel a tinta que permanece nos sulcos da gravação. O antecedente desta técnica é o nielo, pela similaridade da gravação a buril sobre o metal nobre, executado por ourives. Os cortes eram posteriormente preenchidos com uma mistura escura. Foram os ourives os primeiros gravadores em metal. Na primeira década do século XVI, apareceram as primeiras águas-fortes, o desenvolvimento dessa
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técnica é atribuído, por alguns autores, ao artista gráfico suíço Urs Graf, e, por outros, a Durer. A água-forte consiste em cobrir a chapa metálica com um verniz impermeabilizante. O desenho é relizado sobre essa chapa com a utlização de uma ponta-seca, que remove o verniz com o traço do desenho. Posteriormente, a chapa é submersa em ácido, ou sais, que gravam as partes onde o verniz é retirado. Passou-se a usar o termo água-forte para denominar o ácido nítrico, que durante muito tempo foi o corrosivo mais usado neste processo. As primeiras chapas para gravar eram de ferro, em seguida substituídas pelas de cobre, tornando usual o nome calcografia para denominar a gravura em metal. Rembrandt (1606-1669), gravando com o mordente holandês, elevou a água-forte a mais alta qualidade artística.
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A água-tinta apareceu em meados do século XVI, descoberta por Jean Baptiste Le Prince (1734-1781). A água-tinta é realizada com a pulverização de uma resina em pó, como o breu, sobre a chapa de metal, que depois é aquecida até o ponto de fusão. A gravação é feita por corrosão nas áreas desprotegidas, possibilitando na impressão uma gama de meios-tons, que podem variar do cinza-claro, como uma aguada, ao preto, dependendo da granulação do breu e do tempo de imersão. Goya (1746-1828) explorou em suas gravuras o uso da água-tinta combinada com a água-forte. No século XX, Picasso (1881-1973) foi um dos artistas responsáveis por tornar a gravura em metal um das mais expressivas linguagens artísticas . Carlos Oswald (1882-1970) foi um dos primeiros a difundir a gravura artística no Brasil. A partir de 1914 passou a lecionar gravura em metal no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Iberê Camargo (1914-1994) e Evandro Carlos Jardim , além de renomados artistas, desempenharam um importante papel também na área do ensino da gravura, estimulando toda uma geração de novos gravadores.
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Gravura em Metal
História da Gravura em Metal Gravar, no mais amplo sentido, é atividade conhecida desde a antiguidade e em quase todas as culturas como um dos mais simples modos de expressão. A gravação em pedra ou madeira, visando a utilização do material gravado como matriz, foi empregada pelos egípcios para impressão de tecidos e é conhecidas pelos chineses desde o século II.
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baralho, vai substituir o manuscrito e a iluminura, privilégio da nobreza e do clero, criando novas possibilidades de divulgação e democratização do conhecimento da época. A gravura, por séculos, não apresentou limitações de edição senão aquela imposta pela resistência da própria matriz.
Somente em fins do século XIV é que surgem as primeiras manifestações de gravura na Europa; é o período de decadência da Idade Média e precursor dos Tempos Modernos, época de transição que se caracteriza pelo fim da unidade romana e surgimento das nações modernas – o Renascimento.
É no decorrer desse século que a gravura em metal aparece. A produção de imagens, que a princípio se restringia a gravuras com matrizes de madeira, em meados do século passa a ter também matrizes em metal. É nesse período que aparece a prensa: indispensável para a impressão correta da gravura em metal, transporta toda a tinta da gravação para o papel. É nesse período, também, que nasce a tipografia.
A partir do século XV, a arte da gravura se impõe: além de já ser amplamente utilizada na divulgação de imagens religiosas e na impressão de cartas de
A gravação do metal como se fosse uma xilogravura ou um nielo tem origem na atividade dos ourives. O uso dessas técnicas, com o objetivo de
Europa Na Alemanha e nos Países Baixos, onde a ouriversaria é muito desenvolvida, a produção é abundante e geralmente de inspiração religiosa. Tem-se notícia de vários mestres hoje de difícil identificação. São conhecidos principalmente pelos temas que escolhiam ou iniciais que gravavam, eventualmente, nas matrizes. Na Itália, apesar de não serem tão numerosos, os gravadores florentinos já realizam belíssimos trabalhos em talho doce no fim do século. No século XVI há a consolidação da gravura em metal como forma de expressão em toda a Europa. A xilogravura entra em declínio e a gravura em metal é intensamente utilizada, dado que possibilita uma edição maior e melhor qualidade de traço.
Dürer contribui, neste século, para uma mudança de qualidade na produção de gravuras realizando inclusive experiências com a técnica da água-forte.
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fornecer uma matriz, desapareceu logo. No fim do século, o surgimento do talho doce permitirá um amplo desenvolvimento da gravura.
Na Itália, Marco Antonio Raimondi, com sua gravura de reprodução, documenta as grandes obras de pintores e desenhistas; por outro lado Parmigianino desenvolve a técnica da Água-forte de forma a permitir ao artista expressão livre e expontânea de seus movimentos. É a partir do trabalho de Raimondi que se tem definido o que se chamou “gravura de reprodução ou documentação”. Na gravura de reprodução, o artista-artesão grava e documenta imagens que não são de sua própria criação; enquanto a chamada “gravura original” é em si mesma uma forma de expressão do artista. Já no fim do século XVI encontramos a gravura de reprodução documentando o descobrimento do Novo Mundo; temos também as primeiras gravuras registrando estudos científicos de anatomia, botânica, zoologia, etc.
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Gravura em Metal
As técnicas de gravuras em metal já conhecidas chegam ao auge da perfeição e da maturidade no decorrer do século XVII. Meio de fácil produção e difusão, a par do interesse estético que ela oferece possui também valor de documentação e registro da cultura da época. No século XVIII, o uso da água-forte e do buril está amplamente difundido e as duas técnicas já se desenvolveram de tal maneira que se torna corrente a combinação de ambas para a execução de um mesmo trabalho. A necessidade de se obter novos valores gráficos leva os gravadores do século XVIII, não só a combinar técnicas já conhecidas, como também, a pesquisar soluções novas. Aparece então, o verniz mole, a água-tinta, a maneira de crayon e outras técnicas, que vão possibilitar à gravura novas texturas, tons e planos de cor. É agora que aparecem gravuras impressas a cores, com a utilização de uma ou mais matrizes. Até então, a cor era geralmente aquarelada depois de impressa a imagem.
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Século XIX É um século não só de grandes transformações sociais e de modificações significativas a nível de avanços tecnológicos como também é um novo momento em relação às possibilidades de comunicação e circulação de idéias. No campo das artes, o público é cada vez maior, consumindo rapidamente a produção que conta com recursos crescentes. O aparecimento da fotografia e, no final do século, a invenção de processos foto mecânicos de impressão levam a produção artesanal paulatinamente ao declínio. O clima de transformações do século XIX propicia grandes mudanças no campo das artes e assim vemos serem determinados os princípios da gravura contemporânea.
Brasil: A Introdução da Gravura É no século XVIII que a gravura em metal chega ao Brasil. Talvez o primeiro gravador tenha sido o Jesuíta Alexandre de Gusmão (1629-1724), que deixou uma
Frei Antonio de Santa Maria Jaboatão (1695-1779), de Olinda, é conhecido como gravador de talho doce deixando o trabalho “Orbe Seráfico”, hoje desaparecido. Há ainda notícia de dois brasileiros trabalhando na Europa. Um deles é Antonio Fernandes Rodrigues (1724-1804), de Mariana, que foi para Lisboa e Roma onde completou estudos de desenho, gravura, escultura e arquitetura. Em 1770 publicou o “Livro de vários ornatos próprio a entalhadores, canteiros, lavrantes e pintores de ornatos”, com sete gravuras. Fez também um retrato de Camões impresso em 1799. O outro, Manoel Dias de Oliveira (1764-1837), fluminense, também viajou para Portugal e Itália. De volta ao Rio, dirigiu a Aula Pública de Desenho e Figura, desde a sua criação em 1800.
Com a vinda da Família Real, é fundada no Rio de Janeiro a Imprensa Régia e, assim, surge a regulamentação oficial da gravação e impressão no Brasil.
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“natividade” gravada a buril. Posteriormente surge o livro “Exame dos Bombeiros” com vinte pranchas do gravador português José Francisco Chaves, constando em uma das gravuras a data “Rio, 1749”.
Filho, Martins, Botelho, Carlos. Introdução ao Conhecimento da Gravura em Metal. Rio de Janeiro. PUC, Solar GrandJean de Montgny, 1981/2ª Ed. 1982 c/ MNBA. pgs. 11, 13, 16, 20, 24, 28, 29.
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Produção da Gravura
Os processos técnicos contidos nesse capítulo podem ser acompanhados através do DVD.
Capacita para os fundamentos básicos do desenho aplicado à concepção da gravura, tendo como base a linguagem técnica e artística.
Desenho aplicado à gravura O projeto da gravura compreende a concepção, gravação e impressão, e o papel do desenho possui uma grande importância na composição da matriz. Trata-se do processo de estudo e composição do projeto de gravação da matriz, em que se busca visualizar, ou sugerir, os efeitos pretentidos no ato da impressão.
Etapas do processo: Concepção – criação e desenvolvimento do desenho. Inversão – espelhamento do desenho. Aplicação – transporte do desenho para a matriz, através de decalque ou outros meios.
Conteúdo Programático: •
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Conceitos básicos de desenho de observação. (plano, ponto e linha, luz e sombra, forma e perspectiva) Técnicas de desenho aplicadas a gravura negativa (Xilogravura) Nanquim sobre papel Definição e alto-contraste Inversão da imagem Projeção de cor na imagem Planejamento da gravura negativa Técnicas do desenho aplicadas à gravura positiva (Gravura em metal) Lápis grafite – HB, 6B sobre papel Traço, texturas, sombreamento Inversão da imagem Projeção de cor na imagem (cor pintada) Planejamento da gravura Positiva Transporte do projeto para as Matrizes
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Desenho aplicado à Gravura
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Desenho Aplicado à Gravura
Desenho aplicado à gravura– O Processo:
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Concretização da idéia sobre o papel, através do desenho, com o emprego dos materiais necessários.
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Em seguida, após a escolha do projeto que será aplicado em xilogravura ou gravura em Metal, busca-se uma aproximação dos efeitos da linguagem que será aplicada. A inversão ou espelhamento do desenho é necessário para deixar a imagem na sua posição original (conforme foi concebida) após a impressão, pois no processo da gravação ocorre uma inversão da imagem.
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A transferência da imagem é realizada com a utilização de papel carbono e lápis. Para que o projeto seja decalcado na posição correta, faz-se a inversão do desenho com o auxílio de um papel transparente. Esta técnica pode ser utilizada tanto na xilogravura quanto na gravura em metal.
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Capacita o aluno para a utilização da xilogravura e de outros procedimentos que possam servir de base para a gravura em relevo, enfatizando-se a formação técnica, artística e a produção em atelier coletivo. Xilogravura é um processo de gravação negativa em relevo, portanto, o que é gravado não será impresso. Utiliza-se chapas de madeira como matrizes. Para gravar são utilizadas ferramentas de corte como goivas, buris e formões, com os quais se corta a madeira de acordo com o desenho planejado. Durante o processo é preciso ter em mente que as áreas cavadas não receberão tinta e que a imagem impressa sairá invertida.
Conteúdo Programático: • • • • • • • •
Xilogravura
Xilogravura
Introdução histórica à xilogravura Preparação da madeira Planejamento da gravura e do desenho sobre a matriz Gravação e afiação de ferramentas Registro Impressão monocromática e policromática Outros materiais de base para a gravura em relevo Secagem, assinatura e cuidados com a gravura
Depois de gravada, a matriz recebe uma fina camada de tinta, espalhada com um rolo de borracha. A impressão pode ser feita manualmente, friccionando-se o verso do papel com uma colher de madeira, ou mecanicamente, com o auxílio de uma prensa de cilindro ou vertical.
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Xilogravura
Xilogravura – O Processo:
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Lixar a chapa de madeira, com lixas médias e finas, acompanhando a direção das fibras de modo que sejam removidas as farpas e os desníveis indesejáveis. Ao fim deste processo, limpar o pó que fica sobre a chapa, para que ela fique sedosa e pronta para o trabalho.
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Planejar o desenho que vai ser gravado na chapa de madeira utilizando, para isso, papéis transparentes para esboço, lápis, papel carbono, pincéis, nanquim branco e preto. O projeto pode ser feito sobre um papel branco transparente para visualizar onde serão colocados os pretos, ou de maneira inversa.
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Nesta etapa, o desenho é transferido para a chapa de madeira através de papel carbono e lápis. Logo depois, pinta-
se a chapa de madeira com nanquim preto, demarcando-se as áreas de relevo (que receberão a tinta) e as partes dos brancos que serão gravados nas áreas que sobram, que continuam da cor natural da madeira.
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A gravação é feita com ferramentas específicas para a xilogravura (goivas e formões). Apóia-se a matriz em um pequeno esbarro de madeira, para que se possa trabalhar com segurança, e começa-se a cavar a madeira com cortes e contra cortes. Deve-se, após esse processo, remover as farpas levantadas com um pincel largo ou escovinha de nylon, para finalizar a gravação.
Na Xilogravura, podemos imprimir de duas formas: • Impressão à mão com colher de madeira. Trabalha-se a tinta sobre o vidro com uma espátula de metal. Em seguida, a tinta é esticada com um rolo de borracha num movimento de vai e vem sobre um vidro. Transfere-se a tinta do rolo para a matriz de maneira uniforme. Posicionase, então, o papel na matriz e, através de pressão manual e movimentos rotativos com a colher, transfere-se a tinta para o papel formando a imagem do desenho em relevo.
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Impressão com uma prensa sobre uma matriz recortada de xilogravura: trabalham-se as duas cores de tinta (preto e vermelho) sobre o vidro com espátulas de metal. Em seguida, as cores são esticadas com diferentes rolos de borracha num movimento de vai e vem sobre um vidro. Transfere-se a tinta preta do rolo para uma parte da matriz de maneira uniforme, e o vermelho para outra parte. Posiciona-se no registro da prensa as partes entintadas, juntando-as para que formem uma só matriz. Coloca-se, então, o papel em cima da superfície entintada. Baixa-se o feltro, e, com pressão regulada, movimenta-se a prensa. O resultado da impressão é uma gravura em relevo com duas cores.
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Habilita o aluno para os fundamentos básicos da gravura em metal, sua linguagem técnica, artística e aspectos contemporâneos para a produção de trabalhos em atelier coletivo. A gravura em metal abrange um conjunto de processos de gravação sobre metal baseados no principio positivo. Dessa forma, o que se grava é o que será impresso. A Gravura em Metal subdivide-se em técnicas diretas e técnicas indiretas:
Técnicas diretas - são todas as técnicas que incidem diretamente sobre a chapa de metal, com instrumentos cortantes ou incisivos como o buril e a ponta seca. Técnicas indiretas - são procedimentos de gravação em que se utiliza agentes químicos para a sua realização.
Isola-se a matriz com vernizes, ou outros materiais, as partes que não se pretende gravar e deixa-se exposto ao agente corrosivo o que será gravado - traços, relevos ou texturas. Água-forte, água tinta e verniz mole são exemplos de técnicas indiretas de gravação.
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Gravura em Metal
Conteúdo Programático: • • • • • • • • • • •
Introdução histórica da gravura em metal. Planejamento da gravura. Preparação da chapa de Metal. Outros materiais de base para a gravura Gravação seca e molhada. Ponta seca. Água forte. Água tinta. Registro. Impressão e tiragem sobre papel. Secagem, assinatura e cuidados com a gravura.
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Gravura em Metal
Ponta seca e Água-forte – O Processo:
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Ponta seca
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Com a chapa devidamente aparelhada e o desenho transferido, pode-se começar a gravação com a ponta-seca, um Instrumento de aço pontiagudo em forma de lápis. Utiliza-se esta ferramenta diretamente sobre o metal. O traço levanta uma rebarba que lhe confere um efeito aveludado e difuso. Dependendo da inclinação da ponta, obtêm-se efeitos variados no resultado da impressão.
Água-forte
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Chanfrar com lima chata os quatro cantos da chapa de metal, arredondar suas pontas para que não rasgue o feltro e o papel, e também facilitar a subida do cilindro da prensa na chapa para impressão. Isolar o verso da chapa com adesivo para proteção do agente químico.
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Desoxidar a chapa de metal eliminando toda crosta oxidada. Esta etapa é feita com lixas para ferro e metais, efetuando-se movimentos regulares na superfície da chapa para remoção dessa camada.
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Polimento da chapa de metal com liquido abrasivo, para remover pequenos arranhões visíveis que possam interferir no resultado final da água-forte.
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Desengordurar a chapa de metal com algodão e álcool para melhor fixação de vernizes e resinas
Aplicação de um verniz líquido sobre a chapa de metal, utilizando-se um pincel de pêlo fino para que a camada fique uniforme e resistente.
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Desenhar sobre o verniz seco da chapa de metal, removendo-se o verniz com o traço do desenho. Para esse procedimento utiliza-se um instrumento metálico em formato de lápis chamado ponta-seca.
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Após esse processo, a gravação do desenho na chapa é feita numa banheira de plástico, onde colocamos a chapa de metal submersa em percloreto de ferro por um tempo determinado. Esse processo deve ser realizado com a utilização de máscara, luvas e óculos de proteção, em razão do manuseio de substancias químicas.
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A remoção final do verniz é feita com estopa e solvente, com movimentos circulares para retirar toda a camada aplicada. Após essa etapa, é possível a visualização da gravação em oco ou entalhe.
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Para a etapa da impressão, utilizam-se tintas da indústria gráfica, ou específicas para gravura. O processo é simples: aplica-se a tinta sobre o desenho gravado na chapa com movimentos rotativos, usando-se uma rolha de cortiça, para que a ela penetre na gravação. Remove-se o excesso com uma espátula de plástico e tecido em forma de bucha, e, para os retoques finais, utiliza-se também papéis sedosos.
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É necessário tratar o papel usado na impressão. O primeiro passo é mergulhá-lo numa banheira de plástico com água para a retirada parcial da cola. Posiciona-se então a chapa na prensa. Retira-se o excesso de água e colocase o papel sobre a chapa entintada. Baixa-se o feltro sobre o papel e a chapa, e move-se o volante da prensa. Ambos são passados entre os cilindros com uma pressão adequada. Finaliza-se o processo retirando-se o papel de cima da chapa, onde o desenho se encontra impresso.
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Gravura em Metal
Água-tinta – O Processo:
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Coloca-se a chapa de metal gravada e bem desengordurada sobre uma grelha de ferro. Pulveriza-se essa chapa com resina de breu bem moído com o auxílio de um recipiente de vidro fechado na boca com tecido de meia. Emborca-se o vidro sobre a chapa e, com batimentos ritmados no fundo do vidro, pulverizase a resina de maneira uniforme na sua superfície, mantendo-se a uma certa distância. Depois de pulverizada a resina de breu sobre a chapa, esta será aquecida no fogo de uma lamparina até o ponto de fusão do breu. Deve-se estender este aquecimento em toda a extensão da chapa de maneira uniforme, para que a fixação dos minúsculos grãos seja homogênea.
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Após o resfriamento, mergulha-se a chapa numa banheira de plástico com o agente químico (percloreto de ferro). As tonalidades de cinza são obtidas conforme o tempo de permanência na banheira. Quanto mais tempo a chapa permanecer submersa, mais escura ficará a tonalidade. Após ser retirada, a chapa deve ser lavada em água corrente.
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Nesta seqüência, depois da gravação que acontece entre os minúsculos grãos de breu fixados, isolamos as partes já gravadas da chapa com asfalto líquido dissolvido com um pouco de benzina para se obter uma secagem rápida. A aplicação é feita com um pincel. Secado o isolante asfáltico, a chapa é levada novamente para gravação no agente químico.
Remove-se o isolante asfáltico com solvente e o breu com álcool. Completada essa etapa, teremos um tom mais escuro gravado na chapa, obtido com a duplicação do tempo de permanência no agente químico. Assim, na impressão, perceberemos as variações de tons claros e escuros.
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Para imprimir a chapa com o desenho gravado (traço) em água-forte combinado com tons cinzas de água-tinta, aplicase a tinta sobre a mesma com uma rolha de cortiça, para que fique bem distribuída. Remove-se então o excesso com uma espátula de plástico e bucha de tecido, e finaliza-se com papel sedoso. Devese remover a tinta com movimentos rotativos.
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Em seguida, leva-se a chapa para o registro da prensa. Remove-se o papel da banheira, que para perder um pouco da sua cola havia sido submerso em água. Coloca-se a folha entre papéis grossos e porosos, pressionando-os para a retirada do excesso de água. Posiciona-se então o papel sobre a chapa, baixa-se o feltro da prensa e move-se o volante para que a chapa, o papel e o feltro passem entre os cilindros com pressão. Após a impressão teremos os traços do desenho combinados aos tons da água-tinta.
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Colet창nea de Imagens
Galeria
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Arievaldo Viana Lima Xilogravura 73
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Thiago Cavalcante Xilogravura 74
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FASO Xilogravura
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Gravura Oficinas em Rede
Edilson Rocha Xilogravura 76
Gravura Oficinas em Rede
Jo達o Paulo Marques Xilogravura 77
Gravura Oficinas em Rede
Jaqueline Freitas Xilogravura 78
Gravura Oficinas em Rede
Guaraciara Peixoto Xilogravura 79
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Cristiane Soares Gravura em SintĂŠtico 80
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JĂşlio Cesar Gravura em Metal 81
Gravura Oficinas em Rede
CĂŠlio Freire Gravura em Metal 82
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Cleide Trindade Gravura em Metal 83
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Guaraciara Peixoto Gravura em Metal 84
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Erickson Ribeiro Gravura em Metal 85
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Simone Barreto Gravura em Metal 86
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Gravura Oficinas em Rede
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Serviço
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08 às 21h de segunda à sexta-feira, 14 às 18h aos sábados e domingos Av. Presidente Castelo Branco, 255 - Centro - Fortaleza - CE Telefone: (85) 3101.2559
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Gravura em Metal - turma A
Gravura em Metal - turma B
Alexsandra Barreira Bentemüller
Abraão Linco Silva de Vasconcelos
Amanda Aline Pinheiro
Antonio Geovane Monteiro de Queiroz
Bruno Façanha Morais Nogueira
Antonio Roseano Rodrigues da Costa
Erickson Ribeiro
Célio Freire de Sousa
Francisco Clayton Pontes de Andrade
Cristiane Soares
José de Souza Albuquerque Neto
Beatriz Sidou
Leandro Alves da Silva
Claudia Pereira Lima Vendramento
Luciana Eloy Miranda
Cleide Trindade Araújo
Maria de Fátima de Souza Paula
Emanuel Silva
Nataly Pinho Chaves
Francisco Carlos Alves
Natália Miranda de Araújo
Francisco das Chagas Tadeu Diógenes da Cunha
Rafael Lima Verde
Francisco Ítalo Soares de Souza
Rafaela Kalaffa Sergio e Silva
Gilson Pontes
Raimunda Iris de Sousa Andrade
Francisco Gladson Barbosa Aguiar
Raimundo Aélio Alves do Nascimento Junior
Guaraciara Mendes Peixoto
Raimundo Nonato Araújo Macêdo
Júlio Cesar de Sousa
Sergiane de Jesus Cabral
Lúcio Lima Aráujo
Simone Barreto de Andrade
Maria Aparecida Batista de oliveira Monique Barreto Silva Ricardo Vieira Rodrigues
Xilogravura- turma A
Xilogravura- turma B
Aline Mourão Albuquerque
Aldírio Nathaniel Ribeiro
Bianca de Araújo Primo
Arievaldo Viana Lima
Débora Silva Teixeira
Charles Vasconcelos Vale
Diego Campos Akel
Francisco Eudes Pinheiro Júnior
Edilson Rocha
Francisco Gladson Barbosa Aguiar
Francimarcos Peixoto Gomes
Francisco Helder dos Santos
Francisco Sócrates Costa de Abreu
Francisco Ítalo Soares de Souza
Gabriel Levi Roque Mihaliuc
Frederico Raposo Pereira Feitosa
Guaraciara Mendes Peixoto
Gelirton Almeida Siqueira
Jaqueline de Souza Freitas
Gisleny Silvestre
João Paulo Marques Ribeiro
Gustavo Henrique da Silva Pereira
Joaquim Francisco Cordeiro Neto
Jasminda Barbosa de Matos
Jocelino Costa Leite Neto
José Mardyson dos Santos Rodrigues
Luiz Carlos Cabral
Julio César de Sousa
Maria Aparecida Batista
Lara Albuquerque de Menezes
Maria Claudia Vidal Lima Silva
Leandro Lima
Rafael Tomé Batista
Luiz Oliveira Cavalcante Neto
Rafaela Silveira Ximenes
Maria Eugenia Ambort
Tarcísio Bezerra Martins Filho
Natália Augusta Carvalho Rabelo Rafael Tavares Gurgel Robert de Farias Silva Sara Vasconcelos Cruz Tarcisio Albuquerque de Sousa Yohanna Renata Gondim
Governo do Ceará
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Cid Ferreira Gomes
Maninha Moraes
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Marcelo Monteiro e Thiago Cavalcante Instrutores (vídeos-tutoriais)
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Agradecimentos Adriana Machado Andrea Montenegro Cândido B.C. Neto Carlos Macêdo Charlene Régis Claudete Lopes Cristina Xavier Edilson Leal Enide Chaves Fernando França Francisco de Aquino Francisco José Silva Glaucia Mota Hélio Rôla Jaime Lins Josymar Nascimento Luiz Carlos Rocha Madalena Figueiredo Magnólia Serrão Paulo Henrique
Roberto Galvão Rosângela Araújo Sebastião de Paula Sérgio Lima Apoiadores do projeto
1000 exemplares com DVD Tiragem
Distribuição Gratuita Ceará - 2009-2010.
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