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projeto da casa de cultura
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estúdio pestana projeto da casa de cultura universidade de são paulo faculdade de arquitetura e urbanismo (FAUUSP) são paulo | janeiro de 2017
organizadores: Bruno Stephan Carmela Rocha Fabrício Carvalho Gustavo Madalosso Kerr Gustavo Massimino Luísa Gonçalves Natalia Resegue Vitor Endo
FAUUSP, 2017.
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agradecimentos
À Universidade de São Paulo e à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, FAUUSP, por propiciar a continuidade dos Programas PAE e de Monitoria de graduação, onde foi possível o desenvolvimento desta publicação. Que este instrumento de divulgação do trabalho dos alunos possa ser ampliado e melhorado como forma de valorização das atividades desenvolvidas dentro da Universidade. Aos Professores das disciplinas AUP0158 e AUP0162, pelo apoio e incentivo durante o programa de monitoria. Aos Estudantes das disciplinas AUP0158 e AUP0162 pelo interesse e participação das oficinas e discussões com os monitores.
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Aos funcionários da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, FAUUSP, pelo apoio e orientação nas questões técnicas do programa. Ao Sr. José Tadeu de Azevedo Maia e funcionários da seção técnica do LPG-FAUUSP pelas orientações na elaboração e impressão deste volume.
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À equipe de monitores do estúdio Gravataí pelo suporte do material desenvolvido previamente e que serviu de base para elaboração destes volumes.
4. Localização do terreno 5. Estúdio Nestor Pestana
índice
6. Casa de Cultura 8. Programa 162 9. Números 162 10. Monitoria Graduação 11. Monitoria PAE 12. Oficinas 14. Texto dos professores programa, lugar, construção: propostas pedagógicas para uma ação projetual | Alexandre Delijaicov e Luiza Nadalutti (monitora) sobre o caráter autoral da forma urbana | Rodrigo Queiroz sobre as atividades | Cesar Shundi o projeto é a fala do arquiteto | Angelo Bucci
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19. Projetos
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75. Ficha Técnica
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CASA DE CULTURA
6 HABITAÇÃO
As disciplinas de projeto na FAU O Departamento de Projeto na FAU (AUP) oferece quatro disciplinas obrigatórias de projeto de arquitetura, sendo que após a primeira, os estudantes podem cursar as três demais em ordem livre. Em Projeto 1, um momento introdutório, apresentam-se os temas do lugar, construção e programa, além dos meios de representação comuns às atividades de projeto. Em seguida iniciam-se os trabalhos dentro dos temas próprios desse estúdio: Infraestrutura, Arquitetura do lugar e articulações, destacando a relação entre arquitetura e cidade. Os estudantes partem dessa base para as outras três disciplinas: Projetos 2 e 3, com o tema da habitação e ênfase na construção e modulação; e o Projeto 4 sob o tema de equipamentos públicos com ênfase no programa de arquitetura. No segundo semestre de 2016, Projetos 2 e 4 compartilharam o entorno da praça Roosevelt como local de intervenção, e são tema dessa publicação. O Estúdio Nestor Pestana: AUP 158 e 162 Dividindo o mesmo cenário urbano, as duas disciplinas que compõem o estúdio trouxeram dois temas para terrenos vizinhos: habitação (AUP0158) e a Casa de Cultura (AUP0162). A disciplina de Projeto 2 – Habitação, compreende o lançamento de edifício de habitação no contexto do centro da cidade, lidando com a densidade do tecido urbano, o espaço público da praça e o tema do habitar. A disciplina teve como professores Alvaro Puntoni, Bruno Padovano, Francisco Spadoni, Marina Grinover e Milton Braga. A disciplina de Projeto 4 – Equipamentos Públicos, coloca o tema da arquitetura pública à frente, onde não apenas a complexidade das atividades demanda uma atenção especial, mas também a construção, organização e manutenção do edifício. A disciplina teve como professores Alexandre Delijaicov, Angelo Bucci, Cesar Shundi, Oreste Bortolli e Rodrigo Queiroz. Em ambas, o processo de trabalho dos projetos combinou o parâmetro do repertório arquitetônico, das demandas do sítio e programa, das habilidades de representação gráfica e manipulação de modelos físicos e digitais, bem como clareza e sensibilidade de intenção nas definições projetuais.
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Quadro de disciplinas de projeto 1º semestre
2 º ano
3 º ano
4 º ano
Introdução ao projeto Infraestrutura
Habitação
Estúdio único
Individual
Habitação
Equipamentos
Estúdio único
Individual
Optativas
Optativas
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1 º ano
2º semestre
O terreno Situado na esquina das ruas Nestor Pestana e da rua do prolongamento do viaduto Martinho Prado na extremidade da Praça Roosevelt, o terreno proposto para a implantação da Casa de Cultura é cercado de espaços dedicados à atividade cultural, com destaque para as artes cênicas.
casa de cultura
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Primeiras atividades A visita de apresentação do local aos estudantes aconteceu junto a duas atividades: o desenho de observação do terreno e seu entorno e a visita à SP Escola de Teatro. O desenho visava exercitar o olhar mais lento e atento sobre o terreno e seu entorno imediato observando aspectos referentes à morfologia urbana e à transição de luz, e ao ritmo de atividades durante a tarde. A visita à escola de Teatro foi precedida por uma explanação da arquiteta Camila Toledo, responsável pela adaptação do edifício de estreitas dimensões para acomodar a escola, e os desafios de criar espaços de ensaio suficientemente amplos. Ao lado do terreno proposto localiza-se o importante Teatro Cultura Artística, desativado desde 2008 devido a um incêndio. O teatro foi tema de uma palestra do professor Paulo Bruna, que apresentou aos estudantes os projetos que desenvolveu para reconstrução e preservação do edifício. Projeto original do arquiteto Rino Levi ainda na década de 1950, a fachada do teatro conta com um grande mural mosaico de Di Cavalcante, que foi preservado apesar do incêndio. Casa de Cultura O programa da Casa de Cultura inclui três setores: público, administrativo, de serviços e de máquinas. O setor público abriga como espaços mais volumosos quatro salões de cerca de 270m²: para exposições e oficina de montagens, funcionando como um pequeno museu; para apresentações e exibições (oficinas de música, dança, teatro, cinema); para leitura e biblioteca e para oficinas de artes plásticas, digital e multimídia. Além disso, consideram-se os acessos e circulações, balcão de informações, terraços, lojas e espaços de transição. Muitos projetos incorporaram vestiários junto aos sanitários, nesse setor, considerando as atividades físicas desenvolvidas nas oficinas. O caráter público sugeriu diversos tipos de diálogo com a Praça Roosevelt e as atividades nas edificações próximas, ora abrindo o térreo para a passagem livre, ora compondo-o como um espaço de ensaios abertos ao público, ou de forma mais reservada, liberando a passagem para as calçadas. O setor administrativo comporta diversas salas para funcionários, reuniões, diretorias e coordenações, além de depósitos, copa, despensa e sanitários. A localização desse setor no edifício dependeu da relação proposta no projeto entre este setor e o público, que encontrava-se em conexão direta ou em determinados projetos, em áreas mais reservadas. Os setores de serviços e máquinas exigiu atenção às normativas de funcionamento do edifício, bem como uma compreensão dos diversos fluxos de circulação, principais e de apoio, que passariam pelo edifício durante o dia e a noite. O tema da circulação foi bastante explorada nos projetos, pois o edifício dispensava uma configuração tradicional de lajes de três em três metros, possibilitando a criação de ambientes com pésdireitos mais altos, atravessados por átrios e pátios internos, que permitiam a visualização entre ambientes.
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Visita à SP Escola de Teatro
programa aup162
Tema: Projeto de arquitetura de equipamentos públicos equipamentos públicos | arquitetura do programa | espaços de transição Casa de Cultura | equipamento público municipal de cultura Parâmetros de projeto: CA = 4 TO = 0,5 Gabarito 8 pavimentos Área máxima construída: 2529m²
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Relação de áreas: Praça de entrada e marquise 445m² Saguão de entrada 270m² Loja e cafeteria 36m² Sala/ balcão de informações 18m² Salão de exposições / museu 270m² Salão de apresentações / teatro 270m² Salão de leitura/biblioteca 270m² Salão de oficinas 270m² Sanitários 144m² Circulações 324m² Terraço descoberto 270m² Terraço coberto 90m² Setor administrativo 220m² Setor de serviços e manutenção 130m²
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Setor de máquinas 108m²
005 professores 002 monitores PAE
números aup162
002 monitores graduação 230 estudantes 052 intercambistas 012 poli-fau 015 semanas de aula 002 exposições gerais de trabalho 060 projetos publicados
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A monitoria das disciplinas AUP0158 e AUP0162 contou com a participação de cinco estudantes da graduação. Três deles no projeto referente à habitação e duas monitoras no projeto da casa de cultura. Estar no processo de graduação e, ao mesmo tempo, acompanhar as atividades de disciplinas que já realizamos, nos ajuda a olhar para a prática projetual de forma diferente, além de aprender com as questões colocadas pelos estudantes e com as orientações dos professores. Do local do projeto e visita ao terreno
monitoria graduação Luiza Nadalutti Natália Resegue
Os terrenos da Rua Nestor Pestana estão ao lado da Praça Roosevelt - espaço público apropriado socialmente na cidade de São Paulo - e propõem discussões que vão além da escala do edifício, como a relação com as atividades culturais (Teatro Cultura Artística, Escola SP de teatro, Espaço Satyros), os planos urbanísticos (PPP do Centro, Plano Diretor) e questões sociais. Orientações As orientações junto aos professores das disciplinas foram muito produtivas, servindo também de aprendizado para nós. Conversas, trocas de referências e, além disso, o acompanhamento do processo de cada estudante nos ajudaram a desenvolver um posicionamento crítico. Assim, gradualmente o diálogo se tornou mais fácil e acessível. Seguindo os parâmetros traçados pelo Estúdio Gravataí em 2015, a atividade de monitoria estabelece um intermédio entre estudantes e professores e propõe, ao longo do semestre, atividades cuja intenção é fortalecer o debate entre os atores. Entregas
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A avaliação se deu em duas entregas, quando os estudantes, professores e monitores ( PAE e de graduação ) se reuniram nos estúdios para realizar as exposições e para comentar os projetos apresentados. Percebemos a importância de promover estas discussões conjuntas, aproveitando o espaço dos estúdios: as pranchas dispostas nas empenas convidam o estudante a olhar tanto para o seu próprio trabalho quanto para o de seus colegas, avaliando as idiossincrasias de cada um. Organização da publicação
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A publicação das disciplinas de projeto foi pensada de modo a ser uma compilação de elementos-chave dos processos projetuais de cada estudante e dos acontecimentos do início do semestre. A escolha de um modelo de página por estudante teve como intenção mostrar esquemática e sinteticamente cada projeto, o que resultou num produto final que serve de registro contextual do Estúdio Pestana.
O programa PAE existe dentro do Programa de Pós Graduação da FAUUSP e possibilita aos estudantes de Mestrado e Doutorado a aproximação com a docência dentro da graduação, tanto no contato com os Professores, os quais são Supervisores nesse processo, como com os estudantes, os quais através de suas atividades alimentam o processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento dos monitores PAE. A riqueza e a liberdade nas discussões das atividades de projeto só são possíveis no ambiente da Universidade, onde a diversidade de opiniões de Professores e Estudantes contribui para o ensino do Projeto de Arquitetura. Nas palavras do Prof. Dr. Milton Braga, durante palestra após a entrega intermediária dos trabalhos da disciplina AUP0158, “O ensino de projeto não é uma disciplina e sim uma prática e por isso não existe um único modo de fazê-lo”. Esse entendimento da diversidade do pensamento sobre o projeto e seu ensino talvez seja sua maior força para que as várias abordagens e interpretações da realidade possam consolidar o conhecimento sobre a prática do projeto, tanto para os estudantes como para os monitores.
monitoria PAE Luísa Gonçalves Gustavo Kerr
Orientações Como atividade principal do Programa de Monitoria, as orientações em estúdio, são fundamentais para o entendimento do projeto e seu ensino. As diferentes opiniões e abordagens dos professores sobre o tema, seja habitação (AUP0158) ou equipamentos (AUP0162), são o elemento que torna esse processo tão rico e instigante nas busca por soluções aos problemas propostos pelo projeto. Toda a bagagem profissional e acadêmica dos professores nesse momento é crucial para que se possam estabelecer as relações sobre as hipóteses apresentadas pelos alunos. Colaborar com este processo é extremamente gratificante. Entregas
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Dentro do processo de desenvolvimento dos trabalhos a definição do conteúdo e suas formas de representação são primordiais aos alunos no entendimento do que é necessário produzir para que suas idéias sejam claras, objetivas e entendidas por outros. Nesse sentido a discussão e apoio aos Professores e Alunos na elaboração dos critérios a serem apresentados como resultado das atividades de projeto foi fundamental para a entrega dos trabalhos.
A publicação do caderno Estúdio Pestana é um instrumento de valorização e divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos no estúdio. Para a publicação foi feita a seleção das informações e sua organização de forma sintética visando uma leitura sobre toda a produção do estúdio a partir dessa compilação. Os monitores além de organizar as discussões e elaborar as diretrizes do conteúdo previamente desenvolvidas pela equipe anterior, Gravataí, fizeram a revisão deste material adequando as condições atuais do trabalho. Esperamos assim que esse material possa incentivar os estudantes em seu percurso acadêmico e que também sirva de base para melhorias por futuros monitores PAE.
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Organização da publicação
No início do semestre, a monitoria organizou algumas oficinas para instrumentalizar os estudantes quanto a representação e apresentação do projeto. A primeira oficina abordou o croqui como forma de lançamento das idéias iniciais e como síntese do conceito do projeto. A partir da apresentação de referências de outros arquitetos buscouse demonstrar a importância do desenho como ferramenta de projeto na etapa inicial. Apresentou-se desde desenhos conceituais indicando a intenção projetual até diagramas de elaboração da forma ou da funcionalidade ou de detalhes técnicos desejados. Após a apresentação das referências, os estudantes foram convidados a desenhar suas idéias inicias e discutir juntamente ao grupo.
oficinas
A segunda oficina buscou apresentar para os estudantes a maquete como ferramenta de projeto, inserida no processo de desenvolvimento do mesmo. Novamente foram apresentadas referências de outros projetos e escritórios abordando as diversas etapas de projeto em que o modelo físico contribui ajudando no desenvolvimento do projeto como também sendo forma de apresentação do mesmo. A seguir, os estudantes foram convidados a representar seus partidos arquitetônicos por meio de maquetes. A idéia foi que abordassem diferentes escalas, desde uma intenção formal ou espacial até um modelo volumétrico do edifício como um todo.
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“Platão ao igualar arte e Intenção levanta o véu sobre o que mais tarde virá a acontecer com nossa linguagem. Ela será desenho mas tembém designio, intenção.”
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Aula inaugural pronunciada na FAU-USP pelo arquiteto professor Vilanova Artigas em 01/03/67 “É a maquete como croquis... A maquete que você faz como um ensaio daquilo que está imaginando...Como o poeta quando rabisca, quando toma nota...A maquete aqui é um instrumento que faz parte do processo de trabalho; são pequenos modelos simples.” Paulo Mendes da Rocha Maquetes de papel. São Paulo, Cosac Naify, 2007
Croqui Serpentine Gallery Pavillion Peter Zumthor
Maquete de Papel Paulo Mendes da Rocha
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A difícil arte da construção coletiva da coisa pública aponta para uma necessidade: o aprimoramento continuado da cultura de projeto da arquitetura pública, estando essa intrinsecamente ligada à produção da arquitetura da cidade. A linha de orientação proposta para este estúdio está inserida nesse cenário, e propõe um exercício de projeto que estimule o estudante a pensar como um servidor público, projetista, pesquisador e a formular questões pertinentes à problemática apresentada. Essa proposta busca estabelecer uma ponte de diálogo entre os projetos acadêmicos das escolas públicas de arquitetura e as demandas e dificuldades reais dos escritórios públicos de projetos e obras, de modo a contribuir para essa construção coletiva da cultura de projeto.
programa, lugar, construção: propostas pedagógicas para uma ação projetual Alexandre Delijaicov Luiza Nadalutti
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Dentro desse exercício acadêmico, que tem como tema a arquitetura do programa, insistimos em discutir as problemáticas e provocações implícitas no programa da Casa e Cultura, a partir de uma análise crítica aprofundada que considera os atributos, as qualidades, e os requisitos apresentados. Buscando construir um pendulo dialético entre crítica e ação, o estudante é estimulado a questionar suas próprias escolhas projetuais, considerando os seis verbos que constituem o círculo virtuoso da “cultura de projeto da arquitetura pública” (planejar, projetar, orçar, construir, manter, avaliar), e identificar possíveis ações arbitrárias do projeto que estariam em desacordo com os requisitos do programa (Termo de Referência - TR). Um dos requisitos é garantir a segurança, a salubridade, o conforto (visual, térmico e acústico) e a acessibilidade a partir de uma arquitetura que não comprometa a saúde física e mental do indivíduo. Em outras palavras, o desafio colocado é proporcionar ambientes seguros e acessíveis, mas com uma atmosfera que contribua para o bem estar dos usuários que irão frequentar esse edifício. Outro requisito, também ligado ao bem estar e à salubridade, é garantir a iluminação e ventilação natural em todos os ambientes, que é por si só um grande desafio, dada as dimensões e geometria do terreno que estamos trabalhando. Isso também contribui para minimizar o gasto energético desnecessário, visto que o edifício deve ser pensado também pela lógica da economia de energia, já que estamos lidando com um orçamento público que se mostra insuficiente para suprir as demandas ligadas aos equipamentos de cultura. Em relação à arquitetura do lugar, procuramos enfatizar o papel do edifício público, mais especificamente do equipamento cultural, na composição do desenho da cidade, sendo ele um componente do conjunto arquitetônico multiplicador das possibilidades de encontro, permanência e convivência das pessoas. É evidente que a prioridade para a implantação desse programa não é em um terreno central, em frente à praça Roosevelt, e sim em distritos mais afastados que carecem de equipamentos culturais, como, por exemplo, o distrito de Guaianases no extremo leste. Porém, essa escolha se pauta em uma proposta pedagógica clara, que é dar possibilidade para que o estudante tenha um contato próximo com o lugar da intervenção. Com isso, é possível desenvolver certa maturidade na maneira de pensar e relacionar o novo edifício às pré-existências, isto é, à geografia construída, aos volumes
e vazios dos vizinhos, à trajetória aparente do sol, às correntes de ar; ou seja, sensibilizar-se com a atmosfera urbana que relaciona lugar e indivíduo. Dentro das questões ligadas à arquitetura da construção, podemos falar em coordenação modular a partir de dois aspectos que levam à gênese da construção da forma arquitetônica dos espaços. O primeiro, o aspecto objetivo/ denotativo, que é a arte de empilhar pedras, e está relacionado à cultura construtiva, aos materiais, componentes e sistemas construtivos. O segundo é o aspecto subjetivo/ conotativo, que é o estado de consciência crítica do sujeito da ação projetual, ligado à concepção sensível dos espaços, ambientes e atmosferas do edifício. A coordenação modular deve ser pensada também em diferentes escalas, ou seja, da modulação da estrutura do edifício à modulação do mobiliário solicitado para cada ambiente. Com isso é possível articular o dimensionamento dos ambientes aos usos propostos, de modo a permitir uma flexibilidade na ocupação dos espaços a partir de arranjos e combinações do mobiliário. Nesse estúdio, no qual o tema é também “espaços de transição”, as transições (varandas, alpendres, saguões, etc.) devem ter atributos espaciais e ambientais que se configurem como ambientes de acolhimento e convívio, tendo como referência a escala do corpo humano, tanto nas relações interior-exterior (edifício-rua), como nas relações espaciais internas do edifício. O estudante é estimulado a pensar os espaços internos, externos e as transições com qualidades arquitetônicas que possam ser percebidas por todos os sentidos, e não só pela percepção visual. Esses ambientes da Casa de Cultura, pensados para compor uma “esquina cultural” que promova o encontro das diferenças, sugerem transições descontraídas em contraposição a uma suntuosidade do volume edificado que por vezes isola disfarçadamente o edifício da cidade.
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Por fim, gostaríamos de enfatizar uma das problemáticas fundamentais implícitas nesse estúdio: dada a demanda por Casas de Cultura nos 96 distritos de São Paulo, como propor 96 edifícios diferentes a partir de uma cultura construtiva do local, mas com o mesmo programa? Ou seja, como garantir as mesmas qualidades arquitetônicas e espaciais a partir de um mesmo orçamento? Esse exercício vai além, pois pretende mostrar que, a partir do mesmo terreno, e seguindo estritamente os requisitos do Termo de Referência colocado, podem surgir 200 propostas diferentes. O programa, portanto, não é colocado como forma de inibir a criatividade do estudante, mas sim de estimular a ação projetual com o propósito de conceber uma boa arquitetura que considera o diálogo e a construção coletiva da coisa pública.
O lote proposto para implantação do projeto de uma Casa de Cultura possui uma geometria peculiar: um trapézio retângulo, com seu ângulo obtuso localizado no vértice interno de um lote localizado em uma das esquinas entre a Rua Nestor Pestana e a rua que leva o nome da praça voltada para um dos seus lados, Praça Roosevelt.
sobre o caráter autoral da forma urbana Rodrigo Queiroz
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Os dois lados que se encontram no ângulo obtuso interno desse polígono trapezoidal configuram os limites com construções vizinhas: de um lado, um renque de altos edifícios de apartamentos que se prolonga como um plano vertical único, mas heterogêneo, sem interrupção, por quase toda extensão da Praça Roosevelt, e de outro, o Teatro Cultura Artística, ou melhor, a ruína daquilo que sobrou do edifício projetado por Rino Levi (1947-1950) após um incêndio que destruiu praticamente toda a construção (2008), da qual ficaram parcialmente preservadas as paredes que definem seu contorno externo, além do painel de Emiliano Di Cavalcanti, uma superfície de curvatura abatida localizada no terceiro pavimento do teatro e que ocupa todo o comprimento da fachada. O perímetro irregular do lote, seus limites internos definidos pelas faces das construções vizinhas sem recuo lateral e, principalmente, relação justa entre as suas dimensões e a área construída da Casa de Cultura parecem convidar, de imediato, o estudante a negar a arquitetura a partir de sua formalização mais tradicional: um volume isolado na porção central do lote. Ou seja, a circunstância aponta para a inviabilidade da aplicação de uma visão crônica, pelo menos em contextos urbanos mais consolidados, que insiste em compreender a arquitetura como um objeto. Se a arquitetura como objeto isolado perdeu um pouco do seu sentido, resta, ao estudante, compreender a forma como a continuidade do existente, no caso, a sequência de edifícios na Praça Roosevelt e o Teatro Cultura Artística. Por outro lado, parece desnecessário apontar que o projeto não é, evidentemente, a ingênua tentativa de se estabelecer uma continuidade literal de vizinhos com características tão particulares. Desde o início da crise do movimento moderno, o projeto, mais precisamente a geração da forma, apoia-se no compromisso em respeitar o contexto mais imediato que envolve o lugar onde o edifício projetado será implantado. Trata-se de dispositivo intelectual quase retórico que permite ao arquiteto encontrar elementos, pelo menos textuais, para justificar a nunca absolutamente objetiva formalização de uma ideia. Porém, mais uma vez, o exercício proposto na disciplina pregou uma peça aos estudantes. Afinal, como elaborar uma forma (sim, projetar é, entre outras coisas, elaborar uma forma) que demonstre a consideração de pré-existências tão distintas entre si como uma fachada contínua com 25 pavimentos em média e um painel em mosaico de Di Cavalcanti com mais de 54 metros de comprimento? Nesse caso, o projeto resulta do reconhecimento da existência desses limites, mas sobretudo da busca por uma autonomia que revele, ao mesmo tempo, a consciência acerca do contexto que o envolve e a capacidade de elaborar uma obra que exprima o caráter de seu conteúdo, no caso, uma Casa de Cultura.
Apesar da definição precisa do programa da Casa de Cultura, seu conteúdo abre o precedente para a interpretação acerca do caráter formal e espacial dos ambientes necessários à sua constituição: se as oficinas são ambientes individualizados ou relacionados, ou se a sala de apresentações deve responder às exigências de um auditório formal ou se pode manter-se como um espaço mais esvaziado, com poucas intervenções definitivas, por exemplo. A consequência dessa aparente liberdade na interpretação do caráter espacial do programa pode traduzir-se na forma, que, no caso de projetos deste tipo, deveria estar longe de reduzir-se à imediata e frágil exteriorização de uma organização interna. Desse modo, tratamentos tradicionais da superfície, como a repetição serial das aberturas, a empena cega ou completamente transparente, parecem dar lugar a uma experiência que revela uma visão mais compositiva no tratamento dessas superfícies exteriores (procedimento improvável em uma escola alinhada à tradição moderna). As diferentes interpretações do lugar, associadas às inúmeras maneiras de articular os elementos do programa, resultou em um conjunto de projetos que, na minha opinião, distanciase inevitavelmente da normativa de um sistema projetual generalizável, revelando que o projeto, enquanto leitura propositiva de um enunciado, continua sendo o exercício e a imagem de uma individualidade, mas carregada de sentido inteligível, para o bem da arquitetura e, porque não, da arte.
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A partir das premissas estabelecidas pela disciplina AUP 162 para o Estúdio Nestor Pestana – local e programa – procuramos explorar as possibilidades de projeto para o uma Casa de Cultura e suas relações com seu entorno imediato.
Do ponto de vista do contexto urbano e da implantação do edifício, as propostas consideraram relações espaciais tanto em uma dimensão ampliada – a rua da Consolação, viaduto Martinho Prado, rua Augusta, a Praça Roosevelt – quanto em suas dimensões locais – o lote em esquina, a presença dos bares, teatros e estabelecimentos comerciais ao longo da rua e as relações volumétricas com as fachadas do Teatro Cultura Artística e com a empena cega vertical do ‘Copan espontâneo’, de acordo com a denominação de Alexandre Delijaicov para o conjunto de edifícios que, alinhados, definem o arcabouço
sobre as atividades Cesar Shundi Iwamizu estúdio nestor pestana aup 162
O Termo de Referência apresentado possibilitou reflexões sobre questões programáticas e funcionais deste equipamento, considerando também aproximações ligadas à flexibilidade, ao caráter público de seus espaços de circulação e às especifidades das atividades abrigadas no edíficio, além da acentuada verticalidade das propostas apresentadas pelos alunos, decorrentes do confronto entre as dimensões minímas do lote em relação à considerável área programática prevista.
espacial de uma das faces da praça. As orientações em estúdio incentivaram o cruzamento entre estes e outros parâmetros, valorizando a realização do projeto como processo – modificações sucessivas e investigativas a cada etapa de trabalho – considerando o uso de modelos tridimensionais para estudos, croquis exploratórios, diagramas de leitura e compreensão dos partidos adotados e, no final do semestre, realização de desenhos técnicos, desenvolvimento de principios estruturais para o edifício e aproximações ao raciocínio construtivo de cada proposta, considerando a coerência interna do projeto e das correlações entre parte e todo. A valorização do projeto como processo se deu também nas orientações coletivas, espaço de debate e troca entre alunos a partir de suas propostas individuais, revelando tanto a diversidade quanto as convergências do conjunto de projetos desenvolvidos.
Projeto é a única forma como um arquiteto expressa, como arquiteto, a sua posição sobre os temas urbanos. Senão assim, ele se expressa sem a especificidade que cabe à atividade, não menos importante, mas como qualquer outro cidadão.
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o projeto é a fala do arquiteto
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Angelo Bucci
Uma escola de arquitetura deve saber eleger para os seus estúdios de projetos temas oportunos e pertinentes para a reflexão dos estudantes arquitetos. Neste caso, a Casa de Cultura, à rua Nestor Pestana com a Praça Roosevelt, é que animou o semestre e a produção de mais de duzentas propostas de projeto. O projeto é produto de sucessivos diálogos que fazem aflorar considerações que se oferecem aos critérios de escolha do arquiteto, o estudante neste caso. Quanto maior o número de interlocuções, maior o número de possibilidades e, portanto, mais sofisticados tendem a ser os critérios de escolha. O limite é o formato: que nesse caso está definido sobretudo pelo tempo de um semestre. Vale lembrar: quem conduz o processo é o estudante. Sim, cabe aos professores oferecer temas pertinentes. Além disso, o papel do professor é apenas como mais um interlocutor, como o são também todos os outros estudantes. Nessa interlocução, os monitores têm tido um papel crucial no processo – o diálogo, que esses estudantes-arquitetos transcrevem como projetos –, pois além da sua própria fala, cada monitor atua como catalizador de todas as falas dos demais. Assim, colaboram de modo muito próximo e efetivo no sentido de estabelecer, junto aos estudantes, pesos adequados para os seus critérios de escolha. Os monitores definem não os projetos propriamente ditos, mas a qualidade da produção de cada estudante e do conjunto da produção do estúdio. Melhor ainda, é o trabalho dos monitores que tornou possível a presente publicação, chave para enriquecimento das atividades nos estúdios durante os semestres seguintes. Por fim é a própria escola de arquitetura que expressa, na especificidade da sua atividade, a sua posição acerca dos temas urbanos tratados e o faz através do seu patrimônio mais precioso e que esta publicação registra: de cada estudante o seu projeto.
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projetos
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André Silva
Prof. Dr. Alexandre Delijaicov A casa de cultura nestor pestana responde às provocações do seu entorno estabelecendo um diálogo direto com as relações entre o pedestre, a praça e o programa.
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O primeiro ponto do partido almejou a qualificação do espaço público com a proposta de um piso elevado no trecho da rua martinho prado entre o lote e a praça com o conquista de uma praça de acohimento. A praça de acolhimento se extende ao interior do lote sob a forma de uma praça coberta que dá continuidade á marquise do teatro cultura artística. Na articulação do programa procurou-se aliviar o uso do primeiro pavimento liberando um espaço livre que dialoga com a escala da praça, em contraposição ao terreo em que essa interação se dá com a rua. Nos grandes pisos com os salões principais foi agregado um espaço de respiro, um terraço sutil que abre vista para a praça. No conjunto buscou-se uma integração de uso do espaço interno e externo ao lote valorizando o pedestre e a relação de escala com a rua e a escadaria.
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Léo Schurmann de Azevedo Prof. Dr. Alexandre Delijaicov
A estrutura do edifício se d· basicamente por lajes nervuradas nos dois sentidos e pilares de concreto armado. Para a porção mais ao norte, devido aos ângulos estranhos à ortogonalidade do salão, optou-se por usar lajes steel deck apoiadas em vigas metálicas. Ainda, para vencer os grandes vãos no salão, foram utilizadas treliças de aço.
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O projeto da casa de cultura esta dividido em alguns setores. O primeiro, técnico, se concentra no subsolo. Este pavimento conta com ventilação cruzada graças ao fosso criado na porção posterior do edifício, junto ao teatro Cultura Artística. O setor administrativo se concentra no térreo e primeiro pavimento. Optou-se por manter o edifício com o menor gabarito possível para preservar a vista do público que chega pela rua Augusta, que pode avistar o edifício Copan por entre os altos prédios da Martinho Prado e o teatro.
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Victor Navarro
Prof. Dr. Alexandre Delijaicov
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Algumas das decisões iniciais e que manteve até o projeto final foi a criação da sacada para dar continuação com os prédios da praça Roosvelt e manter ela com a área de observação dos salões. Outra decisão foi deixar livre o espaço no térreo para uma comunicação visual ou física com o teatro cultura artística. A casa de cultura está distribuída em 9 pavimentos com a finalidade de cumprir com o programa definido. No pavimento térreo é a entrada ao prédio com balcão de informação, loja, secretaria, cafeteria e outros espaços de entrada e espera da casa da cultura. Nos seguintes 4 andares têm os salões, em ordem ascendente, de exposições, oficinas, apresentações e leitura. Os outros andares são utilizados para completar o programa. Além de cumprir com o programa a intenção foi modular a fachada para reduzir custos e aproveitar a sacada e essa fachada como proteção solar.
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Gil Barbieri Prof. Dr. Alexandre Delijaicov
O edifício foi organizado em dois setores com pés-direitos distintos. Os salões (espaços servidos) tem pé direito de 4 metros, e as demais áreas (espaços servidores) tem pé direito de 3 metros. Dessa forma, além de tornar-se possível a construção de mais área útil sem a necessidade de aumentar o gabarito do edifício, o que em primeira análise significa mais área construída com menos recursos, configurações espaciais e conexões visuais variadas são criadas.
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O projeto da Casa e Cultura é conformado e tira partido das especificações do programa. Tais especificações são entendidas como essenciais para a posterior manutenção do edifício, inserido no delicado contexto da esfera pública, bem como para a garantia de ambientes construídos saudáveis.
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Alexia Piesco
Prof. Dr. Angelo Bucci A casa de cultura situa-se nos arredores da praça Roosevelt e ao lado do Teatro Cultura Artística, integrando-se ao uso cultural e de lazer preconizado por esse entorno. Visualmente, complementa a fachada do “copan espontâneo” ao mesmo tempo em que quebra este maciço trazendo os vazios dos terraços à sua fachada.
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O projeto acomoda salões de dança, exposições, oficinas, assim como biblioteca e sala de música, oferecendo diversas atividades a variados grupos de pessoas. Sua parte administrativa também localiza-se no edifício, destacando-se pela diferença de material. A edificação é sustentada por 3 pilares e 2 paredes estruturais espaçados por um vão de 11m de eixo a eixo. O desenho do projeto permite que um dos pilares, o central, suporte a interseção das duas lajes do edifício. Os materiais escolhidos para compor o projeto variam de acordo com o uso proposto àquele nível. Na administração, são utilizados painéis de vidro com proteção solar externa fixa de madeira, nas atividades culturais, placas cimentícias levemente acinzentadas.
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Amanda Moreira
Prof. Dr. Angelo Bucci A casa de cultura da Rua Nestor Pestana está inserida em uma região consolidada no âmbito das práticas culturais. Afim de fazer uso dessa qualidade, a casa possui um térreo totalmente aberto para o espaço público. O edifício dialoga com a praça Roosevelt, ora sendo seu palco, em seu térreo rebaixado, ora sendo sua platéia, instalada principalmente na passarela localizada no primeiro pavimento.
Um pórtico de concreto armado é o principal elemento estrutural do edifício - é ele que une os seus três blocos. As oficinas não possuem um ponto de contato direta com o solo, estando, assim, atirantadas nesse grande pórtico.
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Sendo espaço simultâneo de apresentação e produção, a casa de cultura divide-se em três blocos principais: o bloco servidor, o bloco aberto ao público em geral e o bloco das oficinas, que pairam no vazio delimitado pelo palco e pela platéia.
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Ana Carolina Batista
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Prof. Dr. Angelo Bucci
Próximo à Praça Roosevelt, em local de grande movimentação artística e cultural da cidade, a casa de cultura insere-se como elemento de destaque. O caráter cultural do edifício somado aos generosos espaços livres constituem-se como continuidade vertical à praça. Vizinho à pesada empena de concreto, o projeto busca uma transição suave entre este volume vertical e o teatro Cultura Artística. Ao mesmo tempo que propõe a manutenção do gabarito, os volumes intercalados por terraços-mirante impedem a criação de fachada cega para o teatro. O programa principal, divido em quatro grandes blocos – apresentações, leitura, exposições e música – distribui-se em volumes soltos que flutuam sobre o térreo. O térreo livre, onde está presente o café, rebaixa-se, formando uma praça no subsolo com entrada de luz natural, reforçando a ideia de continuidade da Roosevelt.
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Ana Carolina Mello Prof. Dr. Angelo Bucci
No que diz respeito a ordenação dos espaços da Casa de Cultura, tomou-se como princípio, a ideia de um equipamento verticalizado, a partir de onde se estruturou a distribuição dos quatro elementos chave do programa : Museu, Teatro, Oficinas, Biblioteca, priorizando as atividades com maior abrangência de público mais próximas ao nível da rua. Destaca-se como espaço criado, a cobertura do edifício, que funcionaria como um “auditório” ao ar livre a partir do uso da empena cega como base de projeções de filmes e vídeos.
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Destacam-se como elementos principais do entorno e fatores condicionantes para a tomada do partido de projeto : o Teatro Cultura Artística, a Praça Roosevelt e o edifícios da rua Martinho Prado. A elaboração do projeto teve como partido a integração do equipamento com a Praça, por meio de elementos como a escada principal e a praça do edifício que evidenciam essa relação.
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Anderson Pires Stefano Prof. Dr. Angelo Bucci
A síntese do programa da casa de cultura se dá por quatro grandes salões e suas salas de apoio. Portanto, o partido do projeto desde o início foi a construção dos quatro salões de forma que, junto aos seus anexos, fossem claramente independentes.
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Houve primeiro uma tentativa de sobrepor os salões espaçados verticalmente e deslocados. Contudo, o deslocamento trouxe problemas estruturais e vazios de pouco interesse. O alinhamento dos salões trouxe mais possibilidades estruturais. Suas salas de apoio encaixadas criam uma variação no pé direito que aumenta as possibilidades e variedades no uso. Além de independentes, o projeto também é pensado para que cada salão seja claramente identificável, mesmo da praça Roosevelt. O subsolo cria um pátio de recepção em um fosso que permite uma ambientação mais interessante que o nível da rua, já que a se pessoa afasta ainda mais do primeiro pavimento.
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Anna Ayumy Inoue Pompeia Prof. Dr. Angelo Bucci
O projeto foi todo norteado pela projeção de um círculo imaginário – o maior círculo que coubesse no terreno, onde a maior roda de pessoas pudesse se reunir. Tendo isso sempre em vista, buscou-se criar espaços flexíveis e aconchegantes, atendendo sempre à diversidade de demandas dos muitos possíveis frequentadores da casa de cultura. Propõe-se, assim, quatro salões com uma grande área circular livre que é organizada de acordo com a necessidade e através da disposição dos móveis. Cada salão conta com um mezanino onde há um setor administrativo, um setor técnico e um grande depósito.
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Situado em local de intensa efervescência cultural, o projeto procura dialogar com o entorno e sua dinâmica, sem deixar de ser um espaço acolhedor. Buscou-se valorizar as preexistências, de modo a se estabelecer uma relação de complementaridade - e não competitividade - com os equipamentos já existentes.
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Augusto Longarine Prof. Dr. Angelo Bucci
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O projeto desenha-se a partir de três partidos principais: Generosidade, Visuais Urbanas e Verticalidade. A proposta busca a integração harmoniosa com o projeto de reconstrução do Teatro Cultura Artística. A desintegração do conjunto em dois volumes permite uma conexão visual e física do foyer do Teatro com a Praça Roosevelt, além de carregar consigo benefícios naturais (melhor aproveitamento da ventilação e insolação) e benefícios humanos. A verticalização busca o máximo aproveitamento da infraestrutura urbana do entorno, sendo possibilitada pela união de núcleos rígidos de concreto e lajes treliçadas com balanços máximos de 10 metros. O programa é formado por três núcleos principais (Experimentação, Apresentação e Administração), cuja distribuição levou em consideração o fluxo diário de pessoas e seus respectivos graus de intimidade.
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Bruna Teixeira
Prof. Dr. Angelo Bucci
O mezanino da Casa de Cultura divide-se em dois patamares integrados por uma escada arquibancada que dialoga com as escadarias. O acolhimento ao equipamento se da pelo subsolo, onde localizam-se recepção e a livraria. O edifício da Casa de Cultura é dividido em quatro blocos assimétricos, alternados por vazios de pés direitos variados que pretendem funcionar como terraços, cafés e foyers abertos. Os três primeiros blocos se destinam aos salões de atividade e o último a administração. Os blocos possuem vedação de painéis de vidro protegidos por painéis metálicos em alguns patamares.
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O projeto da Casa de Cultura integra-se com a Praça Roosevelt, procurando complementar o uso do seu espaço, como também ser um mirante de observação a vida urbana. A escadaria da praça foi norteadora ao projeto, pelo fluxo de pessoas que transitam das escadarias para os bares e cafés da Martinho Prado.
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Carolina Menegon Nossig Prof. Dr. Angelo Bucci
O projeto se localiza em um terreno delimitado por um “paredão” de prédios em frente à Praça Roosevelt e pelo Teatro Cultura Artística. Essas construções definem o partido do projeto, o qual busca a continuidade da ‘fachada de prédios’, sem perder a compatibilidade com as alturas do entorno.
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A Casa de Cultura é constituída por “dois prédios”, um servidor - onde se encontram os serviços- e um servido - onde se encontram as atividades principais. O prédio servidor foi posicionado junto a “grande fachada” e o prédio servido foi posicionado na esquina, voltando-se para a praça e para as duas ruas, a fim de atrair possíveis usuários. O projeto foi pensado para abrigar 4 grandes salões, cada um pensado para uma atividade, ligadas a AÇÃO, PRODUÇÃO,EXPOSIÇÃO E O PENSAR. Esses salões se organizam criando pequenas varandas utilizadas tanto para descanso como para as atividades realizadas no local
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Caroline Yamashita Caleguer Prof. Dr. Angelo Bucci
Quanto a relação com a praça, além de a casa ter varandas voltadas para ela, o ângulo formado pelo próprio lote foi usado para direcionar o olhar para a praça em alguns pavimento; em outros, a pare-de nessa fachada é paralela à edificação ao lado, criando uma vista frontal para a praça. Por isso a fachada oeste é tomada por janelões e, consequentemente, por painéis móveis que fazem o controle da iluminação conforme a necessidade. O edifício também invade o subsolo numa praça rebaixada em dois níveis, contrapondo-se em relação à praça Roosevelt, que é elevada.
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Buscou-se relacionar o projeto da Casa de Cultura com o conjunto de prédios, que fazem divisa com o lote, por meio do gabarito alto e da volumetria; que em certos momentos encosta no prédio ao lado e em outros se descola dele, gerando movimento na fachada. Essa característica nasceu de estudos com maquete e define o partido do projeto.
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Catarina Polonio
Prof. Dr. Angelo Bucci Partindo da busca pela integração visual entre os edifícios que conformam a esquina da Praça Roosevelt e a tentativa de amenizar a empena cega do terreno vizinho, o projeto revela a constante existência de dois edifícios que se complementam, sendo um deles suspenso, formando uma praça coberta sob si e o outro contendo a circulação vertical e os espaços de apoio.
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Outros elementos que também estão presentes no projeto são a diferença de altura entre os dois edifícios e a existência de uma ampliação do programa, com um salão de exibição subterrâneo. O programa da casa de cultura está organizado por edifício e, em cada edifício, por atividade. Dessa forma, o edifício dos salões divide-se em cada salão e seu respectivo mezanino, sendo: exibição, exposição, apresentação, biblioteca (leitura), oficina e terraço.
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Clara Chahin Werneck A implantação da casa de cultura confere uma característica particular ao projeto, comportando diferentes níveis: a cota da rua (764.8) dá acesso ao edifício permitindo o fluxo pela esquina. De lá sai a escada que leva ao 1o subsolo (760.3), por onde se acessam os demais níveis da casa de cultura. O acesso ao 2o subsolo (755.8) é feito por meio de uma arquibancada, usada como teatro, cinema ou praça. Da arquibancada do café vê-se uma grande janela envidraçada, como um túnel. No fundo, os carros e ônibus passando pela radial leste. O movimento dos veículos adquire uma característica de paisagem, transformados paradoxalmente em elementos de fruição e contemplação. Nos andares superiores, a casa de cultura conta com quatro grandes centros de produção, cada um com um mezanino. A estrutura do edifício consiste em três empenas levemente destacadas das vedações por vãos e desencontros.
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Prof. Dr. Angelo Bucci
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Gabriela Quadros Matsuzaki Prof. Dr. Angelo Bucci
Implantada nas proximidades da Praça Roosevelt, a casa de cultura Nestor Pestana se integra ao cenário cultural do centro de São Paulo, e sobretudo à efervescência da rua Martinho Prado, que além de abrigar outros equipamentos culturais, tem uma dinâmica especial.
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Uma das premissas do projeto era abrigar a dinâmica da rua, não ao substituí-la, mas sim ao se aliar a ela, de forma que o térreo se abre como um convite a quem se aproxima. Então, o espaço do térreo configura um espaço livre público de dois níveis onde também é possível haver variadas atividades. O edifício é organizado por 2 volumes que formam cubos e um volume que faz a conexão vertical entre eles, e que dispõe de elementos básicos do projeto, banheiros e em alguns casos um café e no caso das oficinas o apoio técnico. Todos andares tem pé direito duplo e contam com um mezanino de apoio.
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Henrique Salva Geddo Prof. Dr. Angelo Bucci
A Roosevelt já basta de espaço amplo, aberto e livre de programa. a casa de cultura pre-cisa ser um lugar de acolhimento, imersão e inspiração. Soma-se à função de incubar grupos artísticos o atributo de proteção do edifício. Precisa ser um casulo pois é para grupos embrionários.
O pavimento administrativo (primeiro pavimento) configura a ocupação perimetral do lote para que esse seja resguardado, porém não fechado. Todo o pavimento trabalha com vi-gas vierendeel paralelas, garantindo a transição dos esforços dos pilares dos salões para a periferia to terreno, tornando o térreo convidativo pelos grandes vãos. A torre da esquerda comporta a circulação vertical e os sanitários, repetindo-se em todos os pavimentos. Se sustenta pelas paredes de concreto armado e lajes também de concre-to.
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O edifício possúi uma área pública e aberta separada de seu interior, que fecha após o expediente.
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Mariana de Paola
Prof. Dr. Angelo Bucci A Casa de Cultura é um complexo de apoio aos equipamentos culturais, pensada para pessoas interessadas em estudar teatro, música, literatura, artes ou quaisquer outros assuntos em um ambiente agradável e bastante versátil.
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O desenho do edifício explicita a preocupação em relacioná-lo com seu entorno: o bloco administrativo dois níveis mais alto permite que seja feito um diálogo com as diferente alturas que circundam a praça Roosevelt, enquanto a altura máxima dos blocos principal e de apoio é a mesma do edifício Cultura Artística. O programa é dividido em: salão de apresentações no subsolo, salão de exposições no 1º andar, seguido por um andar de estudos, um com o salão de leitura, um de salas de oficinas e por último o andar do café, todos conectados ou pelos elevadores do bloco administrativo ou pelas escadas do bloco de apoio.
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Murilo Romeu V da Silva Prof. Dr. Angelo Bucci
O programa consiste em uma sala de exposições, envidraçada e coberta de brises, virada para a praça Roosevelt, uma sala de apresentações escura, uma biblioteca e 4 salas de oficinas gerais, duas claras e duas escuras. Os blocos foram divididos no projeto em vermelho para usos comuns abertos ao público em geral e amarelo para as áreas dedicadas ao ensino.
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O edifício consiste em uma estrutura tubular de aço que abrange quase todo o perímetro do terreno unida a um bloco de concreto com paredes estruturais, gerando a volumetria virtual que remete ao chapado da parede de prédios da Martinho Prado, como se fosse um conjunto de andaimes. Ao mesmo tempo, possibilita a liberdade estrutural para inserir os blocos que compõe o edifício. Na composição, o vazio é necessário para atingir a altura do edifício, além de enfatizar a relação escultórica entre os volumes.
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Natalia Elizondo Lozada Prof. Dr. Angelo Bucci
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O projeto foi pensado a partir de dois eixos principais. Eixos que foram tomados do limite do predio do lado e a Av. Praca Franklin Roosevelt. Esses dois eixos permitiram dirigir a entrada do predio ao ponto central do espaço projetado, a partir de onde se cria um vazio nos seis niveis que permitem a entrada de luz na ultima lage, desde onde entra e se filtra por todo o predio até chegar no terreo. Essa culminaçao da entrada á parte principal do predio que é o ponto central do terreo. O conceito do projeto é ter uma vista desde todos os andares ao ponto central do predio, onde se realizam as atividades principais. É a iluminação que cai do último andar, e a entrada dirigida por os eixos principais os que conduzem diretamente até esse ponto. No meio do predio, no terceiro andar se encontra o terraço, espaço que funciona como divisão entre as atividades públicas e as atividades semi-públicas, além de ser um espaço intermedio que une todas as atividades e um espaço de lazer. É então o projeto feito para dirigir desde todos lados até o foco central.
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Rafael Migliatti
Prof. Dr. Angelo Bucci
Portanto, tratando a cultura como a confluência das minúcias que conformam o cotidiano, o projeto busca desenhar as relações fisicas e visuais do espaço, de forma que o edifício se torne, assim, o mediador entre a produção cultural e a cidade.
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Localizada em um dos espaços de maior eferverscência cultural de São Paulo, a Casa de Cultura Pestana tem como premissa básica promover uma ação dialética entre o ser social e a cidade. Dessa forma, o projeto foi dividido em quatro momentos, onde o edifício atua como mediador e o fomentador desse movimento dialético: biblioteca (introspecção), salas de oficina (imaginação), auditório (representação) e museu (exposição). Sintetizadas em formato de blocos, a relação entre tais partes é garantida por um percurso com princípio no piso térreo, e culminando no museu, elevado a uma altura de 39m em relação à rua.
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Sofia Lopes
Prof. Dr. Angelo Bucci
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Buscou-se no projeto uma integração entre o edifício e o entorno e também entre as atividades realizadas, através da criação de mezaninos e aberturas envidraçadas nas duas principais fachadas, as quais permitem a admiração do entorno tanto no percurso vertical dentro da Casa de Cultura, como durante a realização das atividades. Além disso, o café e a loja, localizados pouco acima da praça, permitem visualização direta da dinâmica da cidade. O programa principal foi dividido verticalmente de forma que cada atividade - museu, oficina, teatro e biblioteca - possui um pavimento único que possibilita o uso global do espaço. As aberturas envidraçadas das duas fachadas principais são do tipo Structural Glazing e percorrem todo o edifício. O encontro entre as placas de vidro e paredes ocorre por meio de chumbamento das colunas da caixilharia no concreto.
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Taís Galvão Rosa
Prof. Dr. Angelo Bucci Contexto Localizado no centro da cidade de São Paulo, o projeto se estabelece como um lugar de reunião, atividades culturais e diversão. Com altura de 45 metros, o edifício não entra em conflito com os do entorno, agindo como um meio termo entre o Teatro Cultura Artística e os edifícios residenciais.
Programa Em seus primeiros níveis, os salões de música e dança, com fachadas de vidro, convidam as pessoas que passam na rua a participarem. O terraço, no andar intermediário, interage com a praça, agindo como uma extensão dela. A oficina, a exposição e o piso de leitura, nos andares superiores, protegem-se do movimento da cidade, voltando-se para dentro do edifício.
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Geometria O edifício se projeta em direção à praça, com diferentes formas em seus níveis, alternando entre triângulos, trapézios e losangos. Assim, de forma cinética, interage com a cidade.
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Victor M Félix
Prof. Dr. Angelo Bucci
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A Casa de Cultura configura o arremate do Copan espontâneo e possui uma intensa relação com a Praça Roosevelt. Seu térreo é totalmente aberto e possui pé-direito de 14,2 m, um espaço convidativo para o público por não apresentar barreiras visuais. Por uma escada central se acessa o subsolo, com função de acolhimento e de acesso aos salões da Casa de Cultura: museu, biblioteca, música, oficinas e teatro. Devido à altura de 72m do edifício, o principal partido tornou-se a clareza visual dos blocos do programa, diferentes entre si pois correspondeu-se o espaço à atividade realizada no local, promovendo um edifício fácil de ser compreendido e que parece flutuar. Cada salão possui um espaço livre correspondente, fazendo as atividades se espalharem pelo edifício e permitindo que sua utilização seja assistida por quem está na praça.
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Victor Maitino
Prof. Dr. Angelo Bucci A casa de cultura da rua Nestor Pestana, entendida a partir de um programa público de apoio a coletivos e atividades autônomas, se insere no contexto de agitação cultural da praça roosevelt.
Com área construída total de 3750m², o programa se distribui verticalmente e horizontalmente: na vertical, as atividades se alteram (exposição, teatro, biblioteca e oficinas); e na horizontal, a fachada oeste, virada para a praça, abriga os salões de uso, de disposições variadas, mas com, em geral, 225m² cada, enquanto a fachada sul, voltada à rua, configura o apoio para esses salões, com 28m² cada. Estruturalmente, o prédio se organiza a partir de vigas apoiadas em duas grandes paredes estruturais, nos limites do lote, uma caixa de circulação vertical central e três pilares.
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A implantação do edifício segue linhas paralelas às divisórias do lote, gerando uma forma de asa, com duas fachadas principais.
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Ana Hirasawa
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
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Situado entre a Praça Roosevelt e a Rua Nestor Pestana, a intenção é abrir visuais e privilegiar o teatro Cultura Artística com permeabilidade visual e física. Assim, abre a sua esquina para conectar estes dois pontos, bem como uma varanda conformada como negativo do painel do teatro e integra os três primeiros pavimentos com o teatro abrindo o foyer. O programa do edifício é pensado com a distribuição das atividades mais públicas no térreo, como café e loja, tornando-se mais reservado à medida que sobe, com salões, biblioteca e administração. Pode-se pensar o edifício em duas partes e a materialidade traduz essa organização, sendo os primeiros pavimentos mais transparentes e os superiores mais opacos onde necessita luz controlada.
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Ananda Viana
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
O projeto buscou a verticalização para completar a situação pré-existente na Rua Nestor Pestana: um conjunto de prédios bastante altos e sem recuos frontais ou laterais. A conexão com a praça Roosevelt é feita através da circulação: as passarelas que ligam o bloco de serviço aos salões são abertas, e permitem, simultaneamente, a visão do interior da casa de cultura e da praça; as escadas que circulam os salões estabelecem essa mesma relação, além de permitir diferentes visuais em cada pavimento.
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O projeto constitui-se a partir da relação com três elementos vizinhos: o teatro cultura artística, a empena de 74m do prédio ao lado e a praça rooselvelt. Nos primeiros pavimentos, o programa é distribuído no perímetro do terreno, de forma a integrar ao prédio a janela do teatro, e de criar um espaço livre, que articula os programas da casa de cultura e permite os mais diversos usos.
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Anna Carolina P. M. de Marco Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
O projeto tem como premissa a proposição de uma casa de cultura versátil e acessível, que dialogue com as demandas por abrigos culturais dos mais diversos grupos e coletivos.
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Se propõe como um ponto de encontro e desencontro, como um meio de troca entre os grupos que o frequentam, mas também de devaneios estimulados pela paisagem da sua emblemática localização. Com a adoção de esquadrias de piso a piso para a fachada SE o programa da Casa se faz ver, ao mesmo tempo em que a paisagem invade os espaços internos. Por outro lado, a empena cega da fachada SO separa contraditoriamente a Casa de Cultura da Praça Roosevelt, contato esse que só é reestabelecido com as estreitas aberturas que rasgam a fachada, incitando curiosidade em quem está fora, e convidan do quem está dentro a imergir no espaço. Estimula-se o olhar para dentro e para fora, num jogo constante de ir e vir.
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Azarai Hernandez
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
Terraço-Café Biblioteca Escritorios Oficinas Exposições
A ideia do projeto surgiu a partir de criar uma continuidade espacial entre a Praça Roosevelt e o térreo do predio. Assim se desenvolve a casa de cultura, que com os vazios e as pontes possibilita viver um “dentro-fora” nela. Os vazios foram feitos com a ideia de que ao entrar no predio permite-se olhar até o terceiro andar, o que faz a casa de cultura ser dinamica. Também as areas mais publicas est ão na parte de cima para ajudar nesse movimento de todos os andares.
Oficinas Teatro
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Térreo-Exp
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Beatriz Gomes Ferreira
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu Equipamento socio-cultural público vertical que visa oferecer suporte para coletivos em suas mais diversas atividades de produção e exibição, promovendo seu encontro com a cidade.
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Tem como premissa noções de sistema, autonomia e integração, sendo o edifício configurado em um empilhamento de blocos quadrados fechados que abrigam salas de ensaio, cuja geometria que possibilita uma maior área é valorizada ao serem intercalados por salões definidos por vazios - local de encontro entre os coletivos. Os pavimentos são acessados pelas torres independentes e sua conexão com os outros volumes edificados se dá por meio de varandas.
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Beatriz Nobumoto
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
Buscando-se relações com o contexto atual da área, o projeto propõe uma permeabilidade visual com a praça Roosevelt. Em relação a conformação interna ao equipamento cultural, prezou-se como elemento estruturante o projeto dos salões de teatro, oficinas, leitura e exposição. A configuração dos espaços internos priorizam seus respectivos usos, assim como os encontros de usuários. Considerou-se fundamental a flexibilidade dos ambientes propostos; a casa de cultura possui locais que permitem o multiuso de ambientes.
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Localizado na esquina da rua Martinho Prado com a rua Nestor Pestana, estabelece-se o equipamento de casa de cultura. Tendo em vista o teatro Cultura Artística e outras companhias de teatro, assim como a praça Roosevelt e outros equipamentos próximos, o projeto de casa de cultura foi elaborado considerando diversos públicos, atentando-se aos coletivos.
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Bruna Martins
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu O projeto entende a casa de cultura como um local de encontro e atuação de coletivos, e tem como premissa a conformação de espaços amplos, flexíveis e multifuncionais. A área programática se concentra em uma torre principal, na esquina, que contém os quatro salões e os mezaninos.
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O térreo é livre e sombreado, com a intenção de promover a esquina cultural como um espaço de encontro e extensão da praça roosevelt. O café, o setor administrativo e os salões de exposições e oficinas artísticas não ocupam todo o piso, formando um átrio que permite conexões visuais internas. A relação com a praça também se dá pela circulação vertical aberta, triangular, contínua ao paredão de prédios da martinho prado. A escada-mirante se liga aos salões por varandas, ligadas também à torre intermediária, que contém a circulação de emergência e, em pisos alternados, os sanitários e as salas de apoio dos salões.
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Carolina Herrera
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
O embasamento, em concreto, concentra os programas de caráter mais público (salão de entrada do térreo, biblioteca no subsolo, café e oficinas) e estabelece a relação com o entorno: transparência no térreo a partir da Rua Martinho Prado, varanda no mesmo nível da Praça Roosevelt, e a janela que continua o painel do Teatro Cultura Artística. Já o bloco superior, em estrutura metálica, abriga o teatro, a exposição e a administração. As torres, também em concreto, concentram a circulação vertical, banheiros e vestiários. Todo o edifício é cortado por vazios verticais: internos, no embasamento; externos, no bloco superior. O terraço multiuso constitui-se no rasgo horizontal que une os dois blocos programáticos e marca a mudança de sistemas construtivos.
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O projeto é composto de uma volumetria básica de dois blocos e duas torres.
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Celina Imamura
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
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O projeto foi conceituado a partir de sua estrutura de fachada, contrastando com os outros edifícios da praça roosevelt que “escondem” a própria estrutura. Dessa forma, ela que define o ritmo visual na casa de cultura. O projeto manteve a circulação vertical principal no lado norte do terreno. Dessa forma, possibilitou-se a abertura de salões nos pavimentos para a distribuição das atividades. Tanto para as exposições, a biblioteca e as oficinas foram deixados dois pavimentos para tais atividades. O segundo andar da biblioteca tem uma abertura para o pavimento inferior, permitindo que os usuários da biblioteca observem o movimento do primeiro andar. Os salões de oficinas apresentam uma ideia de flexibildade, podendo apresentar diversas configurações dependendo da necessidade de seus usuários.
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Cristina Villanueva Díaz
A ideia do projeto surgiu a partir de criar uma O projeto é concebido com o desejo de absorver os fluxos da vida cultural do lugar e propor um percurso rico até espaços versáteis de diferentes qualidades. É para provocar o cidadão com arte e novas sensações cada vez que visitar o predio; isso é feito através de circulações externas transversais e espaços públicos, mutantes e contrastantes. O predio vertical de façada opaca a praça Roosevelt, té acesso por ambas as extremidades de encontro da praça com a rua Nestor Pestana e o imerge no atmosfera tranquila de contemplacão do pátio central. O pátio é um espaço aberto com vegetação que funciona como união entre todos os espaços ocupados pelo programa. Também é o conector público entre o teatro Cultura Artística e a nova Casa Cultural, a troca de olhares entre as pessoas que circulam os dois equipamentos. O cheio que abraza o vácuo, segue as trazas das preexistencias do solar.
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Jayne Nunes
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu A área do projeto localiza-se na Rua Nestor Pestana, em frente à Praça Roosevelt e ao lado do Teatro Cultura Artística. O edifício é uma estrutura mista de concreto armado e aço, tendo duas paredes estruturais e um pilar.
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O acesso se dá tanto pela Nestor Pestana quanto pela Martinho Prado e os andares podem ser acessados pela escada principal, que dá vista para a praça, e pelos elevadores próximos a escada. No térreo se encontra o acesso ao edifício, a loja e uma área de exposição; no mezzanino se abriga o café, que está na mesma altura que a Praça Roosevelt; o segundo andar mantém as oficinas, que não são salas fixas, podendo haver várias configurações; a área de exposição é um salão aberto, com vários usos possíveis, com vista para a praça; no quarto andar se encontra a sala de leitura; no quinto, a sala de apresentações e no sexto, as salas de administração e serviços.
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Jenny Rodriguez
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu O projeto começa a partir do reconhecimento do ambiente físico e cultural do bairro.
Também, o projeto deve a sua composição física a lógica formal ao bloco. Na planta, continua as lineas diretivas dos prédios adjacentes para terminar o canto e a elevação, também fecha o bloco através do ritmo das alturas de construção dos edificios.
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A propiedade está voltada para a praça Roosvelt de um lado, e para o Teatro de Cultura Artística por outro, deixando claro permitir uma conexão entre eles. Por conseguinte, o desejo de fazer um piso térreo permeável. Este espaço livre ativado, além de atuar como conector, é uma grande praça coberta que pode transformar o palco do teatro, cinema, exposições para todo público. Imerso em um ambiente cultural ativo, ele procura diferenciar-se oferecendo um novo espaço inovador.
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Letícia Chaves
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu O projeto foi concebido a partir de grandes caixas sobrepostas e deslocadas. Há uma aparente intersecção dos volumes gerada pelo prolongamento das empenas dos pavimentos inferiores, a fim de funcionarem como parapeitos para as varandas dos andares superiores.
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Cada uma dessas caixas abriga um programa diferente da Casa de Cultura, em três diferentes níveis de permeabilidade: transparente (café, loja, oficinas, sala dos monitores e biblioteca), brises (administração) e opaco (exposições, depósitos, teatro e salão multiusos). O projeto não possui pavimento tipo, à exceção do bloco de circulação, sanitários e vestiários. O térreo conta com programas flexíveis como oficinas e exposições que convidam os pedestres a se aproximar e participar de suas atividades, além do café e da loja como programas permanentes. A estrutura das caixas é formada por pilares e vigas metálicos e laje de concreto.
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Luiz Felipe Sakata
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
A circulação externa torna a fachada mais movimentada, proporcionando um percurso interessante para o usuário e para os observadores. O fechamento do bloco inferior é através de brises em sanfona, que quando abertos permitem maior dinamismo junto às escadas externas, e quando fechados permitem a projeção de filmes e audiovisual na fachada. Já a estrutura treliçada no bloco superior, com fechamento em policarbonato, permite a permeabilidade visual durante o dia e a noite transforma o edifício em uma “lanterna” urbana.
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A ideia do projeto da Casa de Cultura consiste em uma volumetria que se adapta a curvatura do painel de Di Cavalcanti, abrindo e permitindo a continuidade e integração visual da casa de cultura com o teatro ao lado. Dois blocos, superior e inferior, separam-se criando um grande piso livre elevado, térreo suspenso, com vistas para a praça e igreja.
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Marta Meléndez
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu O projeto quer, em primeiro lugar, criar um espaço livre interior, onde desenvolver atividades diferentes as da praça Roosevelt.O pátio interior permite ter esta praça central além de proporcionar ventilação e iluminação naturais.
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A praça se eleva 1,5m para se igualar o nível da Roosevelt e criar visuais com ela, permitindo situar no andar -1 o salão mais grande, o auditório, iluminado através de dois pátios. Os três níveis (auditório, aceso e praça) som visíveis da rua devido ao uso de vidro dos revestimentos. A circulação vertical e concentrada no pátio e nos andares superiores som abertos espaços livres maiores de estar com relação na Roosevelt, permitindo ver, desde o exterior, o pátio interior e dando luz natural nas salas. Do exterior, o prédio é entendido como um solido esvaziado e do interior, como um espaço livre aberto devido ao uso de vidro e concreto em determinados espaços.
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Mônica Bertoldi André
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
Além disso, a organização programática se coaduna com a estrutura geral do edifício, configurando dois blocos: um, de estrutura mais arrojada, onde estão situados os salões de atividades, e outro, de estrutura mais simples, onde se localizam os ambientes administrativos e de serviços. Dessa forma, são consideradas as características particulares de uma casa de cultura, como a flexibilidade e diversidade de usos ou sua apropriação por coletivos autônomos, de arte, cultura, política, entre tantos outros.
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A escolha do partido que enfatiza os cheios e vazios e enfatiza os jogos de luzes e sombras busca dialogar com o âmbito artístico-cultural do equipamento, criando espaços cênicos e fluidos. Além disso, a conexão com a Praça Roosevelt foi definidora da concepção projetual, orientando as principais aberturas do edifício e o posicionamento dos salões de atividades.
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Sariana Fernández
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
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O projeto consiste em três blocos: dois verticais, separados por um eixo longitudinal - que direciona o olhar para a paisagem atrás do projeto, e um horizontal, no topo do edifício. A biblioteca encontra-se no subsolo, o café e a loja estão no térreo. As menores salas – localizadas no bloco de frente pra Roosevelt, abrigam as oficinas, e as salas maiores, no bloco superior, abrigam as exposições e as apresentações. Todas as salas têm pé direito duplo e mezanino. A fachada principal do projeto virada para a Praça Roosevelt, tem orientação sudoeste. Como recebe diretamente o sol da tarde, são necessários recursos para garantir o conforto do ambiente interno. A solução adotada foram brises verticais rotacionados. Assim, o brise garante variadas iluminações naturais: nos andares inferiores e superiores há pouca entrada de luz natural e nos andares intermediários há uma maior iluminação.
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Tatiana Kuchar
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu
A volumetria destaca a esquina e o programa se distribui ao longo do térreo, subsolo e 4 pavimentos duplos, mais um último pavimento para administração. A intenção de compor espaços de convivência e permanência relacionados ao entorno é resolvida em planta através de amplos salões livres entre o bloco de circulação (que abriga escada de emergência, depósito, elevadores e sanitários) e os salões de uso cultural (exposição, ensaios, oficinas e leitura). Os pavimentos duplos apresentam pé direito livre de 7 metros e associado aos salões culturais se divide em 2 pavimentos: um terraço multiuso coberto e no superior a sala de coordenação das atividades do salão. Nas faces voltadas a praça e a Nestor Pestana, o edifício apresenta fachada dupla com circulação horizontal externa: um fechamento interno de vidro associado a estrutura metálica de treliça e passarela metálica com brises móveis.
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Para o térreo, propõe-se um espaço livre de fruição pública com acesso ao Teatro Cultura Artística, de modo a compor um pátio conjunto de lazer e estímulo à cultura.
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Tim Stein
Prof. Dr. César Shundi Iwamizu O conceito criado foi construído a partir da simplicidade do projeto. Apresentando dois blocos, a direita com 4 salões bem amplos, a esquerda coordenação, banheiros e circulação e no meio dos blocos observa se a escada aberta com foyer.
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O térreo é completamente aberto às pessoas como uma praça, com informações, loja e café. As paredes mostram às pessoas o caminho dentro do prédio. Terraço cobertura está localizado em dois pavimentos. Inicia se no pavimento da administração e termina no topo na casa de maquinas. A pérgola está colocada como se fosse a moldura de um quadro, protegendo a vista da cobertura. A construção dos dois blocos foi feita utilizando concreto e a escada com foyer e a pérgola em metal preto.
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Mariana Dugo Guimarães Prof. Dr. Orestes Bortolli
A disciplina propõe a realização de uma casa de cultural próximo à praça Roosvelt em São Paulo.
A presença de dois terraços em pavimentos intermediários tem como objetivo proporcionar uma relação dos usuários com o entorno, podendo-se observar a cidade em dois níveis diferentes, além de contribuir para a circulação de ar no edifício. Esses espaços se tornam espaços de permanência dos usuários e também podem ter usos específicos temporários, como exposições e apresentações. As empenas cegas dos edifícios vizinhos foram usadas para acomodar a circulação vertical, elevadores e caixa de escadas, usadas como blocos estruturais contribuindo para a estabilidade da estrutura de concreto pré-moldado.
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O projeto tem como diretrizes grandes espaços abertos, de modo que cada pavimento possui um uso específico. Se tratando de um terreno com pequenas proporções foi proposto um edifício verticalizado.
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Ricardo Sakurai
Prof. Dr. Oreste Bortolli
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Devida a sua inserção em um ponto central da cidade e a presença de uma vida vibrante, tanto diurna quanto noturna, a relação entre o terreno na Nestor Pestana com a Praça Roosevelt se fez de extrema importância para a tomada de partido projetual. O diálogo com os edifícios no entorno foi feito buscando aproximar o gabarito do projeto. Além disso, extendeu-se a calçada para o interior do terreno, continuando a cidade dentro do edifício. Entendendo a importância que o Teatro Cultura Artística representa para a região, quis-se manter a relação de proximidade que o antigo prédio assumia com a praça. Optou-se, desta forma, por criar uma transparência no projeto, através de brises para que o início do painel do Di Cavalcanti pudesse ser visto a partir da praça Roosevelt e de sua escadaria em frente ao terreno.
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Vitória Luppi
Prof. Dr. Oreste Bortolli
A ideia é que a circulação vertical seja exposta na fachada e seja também um espaço de estadia, e não só de passagem. Dessa forma, os usuários podem apreciar o entorno. Os espaços são flexíveis e podem servir para os mais diversos usos, contudo destaca-se as arquibancadas para o andar de apresentações, uma forma diferente de encarar a perspectiva do palco e plateia. A circulação vertical de emergência, banheiro e salas de apoio se localizam no bloco adjacente, separando assim os serviços/apoios dos salões.
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O projeto foi desenvolvido com intencionalidade de apreciação do entorno. Temos a praça Roosevelt, o teatro de cultura artÌstica e outros elementos da arquitetura e da cidade de São Paulo que se destacam e podem ser apreciados por meio desse edifício. A ventilação é cruzada e controlada por meio de portas de correr de vidro e o edifício é bem iluminado.
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Benjamim Gonçalves Prof. Dr. Rodrigo Queiróz
O partido do projeto estrutura-se na criação o de volumes puros que comportam os salões previstos pelo programa e constituem diferentes espacialidades e usos, respeitando a saída existente para o teatro cultura artística e expandindo o lote em direção à rua.
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As passarelas integram os sólidos ao bloco prismático de circulação vertical, configurando-se tanto como locais de passagem, quanto de permanência e convívio. O térreo dialoga o café com áreas gramadas abertas ou cobertas, e proporciona visualidades de áreas internas e de parte do salão de exposições. A adoção do vidro e do concreto como os únicos materiais aplicados possui dois conceitos essenciais: a expressão da permeabilidade visual e da intersecção de diversos usos, conferidas pelo vidro, e a concepção da materialidade volumétrica, ressaltando sua relação com a luz e com o entorno a partir do concreto.
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Débora Piacente
Prof. Dr. Rodrigo Queiróz
O programa se divide entre exposição, artes visuais, dança e musica. Há grandes salões que não se preocupam com divisões o que permite que sejam modelados de acordo com o uso. O programa deu prioridade principalmente à produção em relação à exposições e apresentações, nesse sentido a casa de cultura é sobretudo uma oficina.
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O projeto parte de uma analise formal da arquitetura. O desenho é o resultado de planos independes, ou completamente transparentes ou completamente opacos e a sua relação com um único volume enigmático que não oferece abertura para o exterior. O principal elemento estrutural do prédio é empena cega na fachada para a praça Rooselvet, o que pressupõe o caráter do projeto de se voltar para dentro, mas que não deixa de ser convidativo com grandes aberturas no térreo, um pé direito de 7,6m e uma circulação vertical aberta.
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Erika Alves Kubo
Prof. Dr. Rodrigo Queiróz Situado na Rua Nestor Pestana, em frente à Praça Roosevelt, a Casa de Cultura teve sua concepção norteada pelo olhar do usuário, tanto na questão da funcionalidade, como em relação a sua sensibilidade à luz natural, desenhada pelas aberturas do edifício.
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Com uma planta simples, o projeto consegue englobar todas as demandas propostas, bem como oferecer espaços flexíveis e multiuso; que, ora se projetam para o exterior, ora se retraem para dentro de si, criando uma composição de cheios e vazios observada tanto na escala de quem ocupa a edificação, como de quem a enxerga de fora. De forma sintética, o prédio é organizado em: um subsolo, mezanino acima do andar térreo, auditório, espaço para oficinas, espaço para exposições, biblioteca, terraço para os estudantes, setor administrativo e terraço para os funcionários (na cobertura).
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Gabriel Corrêa
Os primeiros traços deste projeto ansiavam pela captação de luz natural. Os esboços iniciais revelam algumas tentativas frustradas de grandes blocos de vidro, numa mimese turva da Casa de Vidro de Lina Bo Bardi. Com os desenhos aprimorados (separação e mesclagem de alguns ambientes definidos pelo programa, dissolução do térreo e caracterização das esquadrias), percebi que toda aquela luz precisaria ser domada. De maneira oposta a definição do conceito, pensei em adicionar um sistema de brises ou algum outro tipo de fechamento especial (talvez cobogós, ou muxarabis, ou até mesmo uma grande empena cega). Mas, uma vez que isso era um desvio violento da primeira ideia, todas essas opções não foram desenvolvidas. Num último movimento, orientado pelo professor, assumi a transparência do edifício, reconfortando-me em quatro pontos de cor que bloqueiam parcialmente a entrada de luz.
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Prof. Dr. Rodrigo Queiróz
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Carolina Daniel
Prof. Dr. Alexandre Delijaicov
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A Casa de Cultura Nestor Pestana é um espaço físico de encontros culturais no contexto na cidade. Localizado na esquina com a rua Nestor Pestana com a Praça Roosenvelt, ela tem uma posição de destaque no espaço urbano. Com 9 pavimentos, o térreo sendo o ponto de encontro da comunidade, disponibilizando pequenas lojas, sanitários públicos e o balcão de informações e secretaria. Os salões culturais ocupam os 4 pavimentos subsequentes, com amplos espaços projetados para diversos usos para múltiplos coletivos. O 5º pavimento é um amplo terraço aberto, fora um amplo vestiário de uso público dos coletivos. Os próximos dois pavimentos, de menores projeções, são os de uso administrativo e de serviços, respectivamente. O edifício foi, portanto, pensado de modo a integrar-se a paisagem local.
térreo
dança/teatro palco livre entre pavimentos
1:500
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Maria Alice Peregrina Prof. Dr. Angelo Bucci administração
Esse projeto de casa de cultura contempla o desafio de se inserir em um contexto urbano já consolidado e de forte centralidade que é a região da Consolação.
exposições
dança / teatro
oficinas
Além disso, a implantação e disposição das escadas de passeio convida os usuários a explorarem o edifício verticalmente ao mesmo tempo que vivenciam o que acontece nos salões de cada atividade.
biblioteca
café recepção depósito
corte longitudinal 1:1000
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No caso do terreno escolhido, isso significou se propor a intermediar o volume contínuo de altos prédios que fazem vista para a Praça Roosevelt e o baixo gabatiro do Teatro Cultura artística. Para ganhar altura sem perder a beleza da forma, o edifício se vale de blocos soltos de programas (biblioteca, oficinas, dança/teatro, exposições, administração) dispostos ao longo de um núcleo rígido de circulação vertical e paredes estruturais, conformando vazios que se repetem.
TEATRO CULTURA ARTISTÍCA
A
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PLANTA TIPO 4-6º ANDAR Andréia Feitoza Oliveira Prof. Dr. Oreste Bortolli
O partido arquitetônico trabalha com quatro blocos sendo o 1º composto pelo Térreo, o qual se configura como uma continuidade da rua formando uma praça coberta, marcada por escultura e loja e café.
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O 2º é composto pela circulação vertical e sanitários para formar a fachada com graffiti. O 3º bloco garante a visualização do painel de na fachada do Teatro Cultura Artística, por meio de recuo nas fachadas voltadas para a Rua Nestor Pestana e para Praça Roosevelt, e também cria a relação com a praça por possibilitar a vista das atividades realizadas nos três pisos (dança/teatro/música) olhando da praça. O último bloco substitui, para quem utiliza o edifício, a vista da praça pela vista do espaço entre blocos, que possibilita a visualização da igreja localizada atrás do terreno, tanto no acesso aos andares desse bloco quanto do terraço formado pela sua cobertura.
RUA TOR NES
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professores Prof. Dr. Alexandre Delijaicov Prof. Dr. Angelo Bucci Prof. Dr. Cesar Shundi Prof. Dra. Oreste Bortolli Prof. Dr. Rodrigo Queiroz
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estagiários PAE Luísa Gonçalves Gustavo Kerr monitores de graudação
estúdio pestana: casa de cultura Impressão: LPG FAU USP Tipologia: Helvética Neue Número de páginas: 76 Tiragem: 260 Formato: 22 x 27 cm
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Luiza Nadalutti Natália Resegue
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alexandre delijaicov angelo bucci cesar shundi oreste bortolli rodrigo queiroz estudantes aup 162
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publicação da disciplina aup 162 fauusp 2017