JULHO-2023
Haaland desiste de jogar no Goiás: Após dois jogos pelo campeonato goiano, norueguês desiste p.16
Real Madrid cai para série
Time merengue passa por crise após dívidas p.35
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A história da camisa da seleção, O Maracanaço, a ditatura, o penta, o impeachment e eleições : te contamos tudo.
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E o que a camisa significa para os brasileiros hoje?
COPA DO MUNDO FEMININA +
ANÁLISE, ENTREVISTAS, POSTÊR
Bola de ouro Conheça os favoritos a bola de ouro, temos brasileiros?
p.35
Ancelloti na seleção: Afinal o que muda com a chegada do italiano?
p.16
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Nos primeiros anos o futebol brasileiro era elitista e restrito, apesar disso com o passar do tempo, as demais camadas sociais começaram a ter interesse pelo esporte. Segundo Pereira ( 2000. p. 55), na época, um redator de notícia chegou a comparar o interesse dos jovens de camadas mais baixas pelo futebol, como de apreciadores de óperas elegantes que não podiam assistir de um lugar melhor. A elite estranhava todo aquele interesse pelo futebol. Em Maio de 1906, o jornal “Correio da Manhã”, publicou uma crônica em que explicitava todo o seu desconforto com a popularização do futebol. Até que em 1914, a seleção brasileira estreou com um uniforme branco, dois anos depois um novo modelo foi apresentado, o novo uniforme da seleção era verde e amarelo. A elite da época rechaçou as cores do uniforme, principalmente devido ao uso das cores da bandeira em um esporte tão marginalizado. O modelo foi abandonado e a seleção brasileira voltaria a utilizar a camisa branca.
Nos anos 30, Vargas começava a construir sua ideia de identidade nacional, e parte deste processo envolvia o futebol. Além disso, todo o processo que o país passava na época, o rádio, as indústrias nacionais, eram sentidos também no futebol. A copa de 50, realizada no Brasil, poderia refletir esse sonho dos brasileiros, o sonho de conquistar sua primeira copa estava nos anseios dos torcedores na época. Porém, a derrota para o Uruguai trouxe um enorme abatimento para os brasileiros no período. O maracanazo foi um episódio importante para a cultura brasileira. A imprensa que outrora criticava a popularização do esporte, agora clamava por uma renovação da seleção para exorcizar os fantasmas do maracanazo. E parte do processo da renovação foi um novo uniforme para a seleção.
A CBD então começa um concurso para decidir, então, o novo uniforme da seleção de futebol. Houve 301 participantes de toda a América do sul, a única regra do concurso era que o uniforme possuísse as cores da bandeira nacional. Apesar de que em um outro tempo a ideia seria rechaçada, todo o processo político entre os anos 30 e anos 50, havia fortalecido toda a questão da identidade nacional. O vencedor do concurso foi o gaúcho Alfyr Schlee, que trouxe a estética que está presente até hoje no uniforme da seleção. “Com relação à camiseta símbolo nacional, é inegável a sua representatividade cu-ja expressão coletiva perpassa diferentes gerações, como uma manifestação da cultura e da identidade brasileira traduzida com a força do esporte mais popular do país”. Silva ( 2023. p. 73).
“O Brasil entra nos anos 30 diante de um grande fenômeno de cultura de massas… E o futebol, que vinha se tornando mania nacional, poderia perfeitamente contribuir com isso também”.
Acamisa brasileira começou a ser associada à boa sorte. A conquista dos mundiais e o “futebolarte” eram associadas à camisa “canarinho”. A camisa amarela tornou-se mais icônica durante a copa de 70, a primeira copa do mundo em cores, em que houve a conquista do tricampeonato do Rei Pelé, na época o Brasil encarava a ditadura militar, a conquista do tricampeonato ocorria durante o governo de Médici.
O regime do período, utilizou a conquista da taça pela seleção, além da televisão em cores, como uma vitória do regime. Médici atrelou sua imagem à aquela vitoriosa seleção. Porém, após aquela seleção vitoriosa. O Brasil perdeu alguns jogadores importantes para disputar a copa de 74, entre eles Pelé, com uma delegação comandada por militares, a seleção foi amargamente derrotada. Foi o auge da militarização da seleção brasileira, os militares esforçaram-se bastante para se associarem à camisa “canarinho”. Na copa seguinte, realizada na Argentina, a seleção brasileira também seria derrotada. A Copa de 1982, apesar de ainda ocorrer no governo Figueiredo, refletiu o clima de esperança reinante no Brasil. (NASCIMENTO. MENDES. NAIFF. 2014. p. 151). A seleção de 1982, até os dias atuais, ainda é lembrada como uma das gerações mais fortes que já vestiu a camisa amarela. Apesar de ter sido derrotada, foi um momento de retorno de identificação social com a seleção.
Em 1970, em meio à Ditadura Militar brasileira, tivemos a consolidação ideológica implantada pela política de segurança nacional havendo novo resgate da vinculação do futebol à identidade brasileira, criando a sensação de uma nação unida e única”
elson Rodrigues disse que o brasileiro sofria de complexo de vira-lata, ou seja, os brasileiros se colocavam como inferiores diante do resto do mundo. Seu discurso foi antes do Brasil conquistar sua primeira copa do mundo. É importante dizer que durante o período da copa do mundo, o sentimento de pertencimento dos brasileiros é mais forte. Principalmente pelo orgulho da seleção brasileira, pentacampeã e única seleção a participar de todas as copas do mundo de futebol masculino. Durante o período da copa as ruas das cidades brasileiras são enfeitadas com as cores da bandeira, e principalmente os torcedores brasileiros vestem a camisa amarela da seleção. Em um país tão diverso como o Brasil, torna-se difícil trazer um símbolo que represente uma nação tão ricamente cultural. A camisa da seleção brasileira, é um dos poucos símbolos que consegue causar um sentimento de pertencimento à grande parte dos brasileiros. A seleção brasileira carrega um imenso capital simbólico para o país. “O capital simbólico, correspondente ao conjunto de rituais de reconhecimento social, e que compreende o prestígio, a honra etc”. ( THIRY-CHERQUES, 2006).
JUNHO-2023
Em 2013, o MPL ( Movimento Passe Livre), começava manifestações contra o aumento da tarifa no transporte público em São Paulo. As manifestações se ampliaram também para outras cidades e estados, diversos segmentos sociais começaram a se manifestar com outras demandas além da tarifa de ônibus. “Um aspecto que chamou a atenção dos analistas e lideranças políticas vinculadas aos movimentos sociais tradicionais foi a multiplicidade de sujeitos e reivindicações, assim como a ausência de liderança” ( CHEQUER, BUTTERFIELD, p. 2016).
Um dos grandes pontos levantados por essas manifestações com diversas vozes, foi a crítica à realização da Copa do Mundo no Brasil. Muitos manifestantes criticavam os gastos do governo com o evento em detrimento aos investimentos em saúde e educação.
Os jogos do Brasil na copa do mundo sempre foram celebrados, porém a realização do evento no país, começou a provocar confrontos. Até mesmo grandes jogadores de futebol, como Ronaldo “Fenômeno” e Pelé, sofreram críticas por suas falas em apoio a realização do evento. A seleção brasileira começava a sofrer uma ressignificação para o imaginário dos brasileiros. A ressignificação não ficou somente no campo político. Durante a semifinal da copa do mundo de 2014, a seleção brasileira perdia de 7 a 1 para a seleção alemã, no jogo seguinte a seleção perdeu para a Holanda de 3 a 0. A outrora vitoriosa seleção brasileira, levava 10 gols em apenas 2 jogos. A camisa canarinho “perdeu o peso” dentro de campo.
A popularização da camisa amarela por grupos pró-impeachment começava a sinalizar a ascensão da extrema-direita. Durante a realização da votação na câmara dos deputados, para o impeachment da presidente, os deputados que apoiaram o impeachment alegavam que estavam votando a favor do Brasil, um destes deputados na época, Jair Bolsonaro, homenageia um coronel da ditadura militar que torturou mulheres e até foi um dos torturadores de Dilma Rousseff. Jair Bolsonaro herdaria o uso da camisa que foi usada pelo movimento pró-impeachment, e agora seria usada pela extrema-direita.
Apesar da seleção de futebol ter perdido a simpatia dos torcedores, a camisa da seleção começava a ganhar outros usos simbólicos. A camisa começava a ser associada aos manifestantes que pediam impeachment da presidente da época, Dilma Rousseff, inclusive, muitos manifestantes consideravam os protestos apartidários e apenas protestavam em pró do país, a camisa da seleção simbolizava esse ideal apartidário.
Apesar desses desejos apartidários, as manifestações pró impeachment estavam associadas aos movimentos de direita, e muito representantes desses protestos apoiavam pautas conservadoras. Até mesmo, havia manifestantes que apoiavam uma intervenção militar.
JUNHO-2023
“Nesse contexto, há a apropriação do uso da camisa da seleção brasileira paraalémdavocação esportiva.Afamosa“amarelinha” tomoucontadasruasevirou referêncianomovimentopró impeachment…”
Achegada de Jair Bolsonaro à presidência, reforçou o novo significado da camisa da seleção brasileira. Os ideais de Bolsonaro e seus eleitores eram representados pelo uso da camisa da seleção, que agora foi apropriada pela extremadireita.
A campanha de Bolsonaro para a eleição presidencial de 2018, eleição em que ele foi o candidato mais votado, foram marcadas por discursos anticomunismo, antifeminismo, ataques a pautas identitárias, e também ele herdou umas pautas dos movimentos pró-impeachment, como anticorrupção, por exemplo. Seus apoiadores reproduziam seus discursos, e Bolsonaro foi consagrado como mito pelos bolsonaristas ( apoiadores de Jair Bolsonaro). Não apenas a camisa da seleção brasileira de futebol foi associada a Jair Bolsonaro, mas além disso as cores e símbolos nacionais começaram a ser associadas à extremadireita. Um dos lemas dos bolsonaristas era justamente o “Meu Partido é o Brasil”, a camisa do lema carrega a mesma lógica de cores da camisa da seleção.
Apesar disto, após o resultado do segundo turno da eleição, golpistas que não aceitaram o resultado das eleições foram até as rodovias, impedindo o tráfego, e também houve manifestações em frente aos quartéis, onde estes golpistas pediam intervenção militar. Os acampamentos dos golpistas duraram meses, até a invasão de Brasília. Durante o episódio da invasão, diversos desses golpistas usavam a camisa da seleção.
A camisa já havia deixado de representar todos os brasileiros, como a camisa canarinho estava associada a Jair Bolsonaro, torcedores contrários a Bolsonaro, rejeitavam usar a camisa.
lojasquevendemouniforme daSeleçãoBrasileira:o conjuntoazul,segundo lojistas,temfeitocadavez maissucessoentreos torcedores.Háquemesteja atribuindoissoauma situaçãopolítica—o tradicional"canarinho"foi bastanteusadapor manifestantesafavordo impeachmentdapresidente DilmaRousseff.
Com o tempo a associação da camisa canarinho com a extrema-direita foi ficando para trás. Apesar de o movimento de resgate da camisa da seleção ter vindo com mais força após a vitória de Lula, houve participação importante do meio artístico neste movimento, principalmente de Djonga e Ludmilla.
Overdeeamareloparece estarperdendoespaçonas
Em 2022, a Nike lançava a campanha “Veste a garra” para divulgar o modelo que a seleção brasileira ia usar na copa do mundo realizada no Catar. A camisa de 2022 ousava mais no design, o amarelo-ouro agora apresenta textura de onça, o verde usado na gola é mais claro que o verde habitual usado no uniforme, além disso, detalhes como o azul nas mangas, e uma gola padre fazem parte desta nova versão da clássica camisa canarinho. A campanha da seleção contou com atletas e artistas, como Djonga e Mc Hariel. A camisa e a campanha não refletiam o clima político do país, a eleição presidencial iria ocorrer menos de um mês antes da copa do mundo, além disso o Brasil foi um dos países que mais sofreu com a pandemia do novo coronavírus. A Nike e CBF ( Confederação Brasileira de Futebol), de fato, queriam que a camisa brasileira fosse desvinculada ao bolsonarismo.
Segundo o cientista político Rudá Ricci, "Nas pesquisas que vinham sendo feitas sobre a Seleção e a Copa, até o resultado da eleição, mostravam que havia a diminuição da identificação da população com a Seleção”. Os objetivos comerciais da campanha foram bem sucedidos. Leia a seguir um trecho da nota publicada pela Nike:
em comparação com 2018. E, com um mês de campanha atingimos um recorde 40% de aumento nas vendas"
A nota mostra que a nível de vendas, a camisa da seleção ia bem. A nota foi lançada antes do segundo turno das eleições presidenciais. Durante a campanha Bolsonaro reforçou a sua associação com a camisa “verde e amarela”. Em uma live, o ex-presidente, presidente na época disse a seus seguidores “vamos votar com a camisa verde e amarela. Participe. Deixe o resto com o lado de cá, deixa conosco”. Além disso, Neymar, principal jogador da seleção brasileira na época, publicou um vídeo em que mostrava apoio a Jair Bolsonaro. Lula foi o candidato mais votado daquela eleição, o candidato petista foi eleito pela terceira vez. Alguns dias antes da copa do mundo, Lula publicou em seu twitter que usaria a camisa da seleção, além de ter assistido a estréia da seleção na copa com a camisa do Brasil. Esta situação simples de um presidente usar a camisa da seleção nacional ganha repercussão nos jornais. Simbolizando o que poderia ser uma retomada de um símbolo comum.
"Mesmo com um planejamento acima do histórico das últimas competições, nos dois primeiros dias do lançamento dos uniformes, vendemos cerca de 10 vezes mais camisas
Apesar de artistas e políticos de esquerda se movimentarem para um resgate da camisa nacional. Um pouco distante de todas essas pautas, nas redes sociais, principalmente no tiktok, a estética do Brazilcore chega como uma nova tendência. O estilo consiste basicamente na valorização de coisas que eram de uso popular brasileiro, como o chinelo por exemplo ou até mesmo o copo americano,e principalmente a camisa da seleção brasileira.
Longe dos ideais da extremadireita e de associação a uma seleção vitoriosa, o estilo caiu no gosto dos adolescentes, principalmente devido ao período de copa do mundo. A estética Brazilcore, traz também uma novo significado para um símbolo nacional, não era mais “orgulho nacional” ou a noção de patriotismo, mas uma tendência do que está na moda. É importante ressaltar, que mesmo sem haver uma proposta política, a tendência conseguiu trazer para uma nova geração de brasileiros a camisa da seleção brasileira.
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