Revista Santa Casa de Maceió - Nº 13

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Aprendiz Legal premia instituição alagoana Iniciativa da CIEE tem apoio da Fundação Roberto Marinho Página 22

     




Sumário 5

ARTIGO

6

QUESTÃO NACIONAL

9

ARTIGO

Nascer com dignidade

IV Fórum de Ética Médica debate avalanche de ações na Justiça

Teoria da perda de uma chance na atividade médica

18

HOSPITAL N. S. DA GUIA "Com uma boa gestão e apoio do governo é possível fazer um SUS com excelência"

21 BOA NOVA

Iniciativa reduz efeito do jejum pré-cirúrgico em pacientes

22

MERCADO DE TRABALHO Santa Casa recebe homenagem por adesão ao Aprendiz Legal

Dr. Humberto Gomes de Melo Provedor

Dr. Artur Gomes Neto Diretor-médico

11

RECONHECIMENTO

12

GESTÃO

Milton Hênio e Neilton Serafim são homenageados em AL

"Hospitais devem investir em qualidade e planejamento"

23

ENDOSCOPIA 24H

Dr. Paulo de Lira

Novo equipamento realiza exames em alta definição

Diretor administrativo/financeiro

24

SOCIAL Projetos ajudam mulheres com câncer e idosos a viver melhor

Duílio Marsiglia Euclides Ferreira de Lima Francisco de Assis Gonçalves Giovani A. C. Albuquerque

13

TREINAMENTO Time de Resposta Rápida simula parada cardiorrespiratória

25

DICA FUNDAMENTAL Informação ajuda a envelhecer com qualidade

Ivone dos Santos João Augusto Sobrinho José Peixoto dos Santos Marcos Davi Lemos de Melo Milton Hênio de Gouveia Neto Cônego João José de Santana Neto Mesa Administrativa

Antonio Noya Assessor de comunicação 44 MTE/AL

14

DO SETOR PRIVADO Santa Casa forma a maior brigada de incêndio de AL

26

ABYNADÁ LIRO

28

PRESENTE DUPLO

Especialista relembra como era a neurocirurgia há 40 anos

Theodomiro Jr. Jornalista 535 MTE/AL

Sílvio Romero Fotografia e arquivo

Jovem doa rins e salva vidas de adolescentes no Dia da Criança

Revista produzida pela

16 

CAMPANHA Protocolo clínico reduz risco de morte por sepse em hospital

30

EM DEZ ANOS

Assessoria de Comunicação da

Cacon atendeu a 2.236 casos novos de câncer de mama

Maceió Santa Casa de Misericórdia de Maceió

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Tiragem: 10 mil exemplares


ARTIGO

Nascer com dignidade James Magalhães de Medeiros* Desembargador e corregedor do Tribunal de Justiça de Alagoas

N

ão é de agora que a saúde pública no Brasil agoniza por conta da falta de leitos e recursos, princi-

palmente para atender aqueles que se utilizam do Sistema Único de Saúde (SUS). Nem mesmo os massivos investimentos feitos pelo governo federal são suficientes para suprir a grande demanda. Em Alagoas, um dos grandes problemas enfrentados pelos gestores da saúde é a quan-

Desembargador James Magalhães (E) conversa com parturientes do Hospital Nossa Senhora da Guia ao lado do provedor Humberto Gomes de Melo

tidade insuficiente de leitos oferecidos a Encontrar gestantes e bebês receben-

A Maternidade Nossa Senhora da Guia

do atendimento adequado, de forma res-

retomou os atendimentos pelo SUS, no mês

As futuras mães, oriundas de vários

ponsável, é algo imensurável diante das

de setembro, inclusive as cirurgias pediá-

municípios do Estado, precisam vir à capi-

contradições sociais que vivemos. No local,

tricas. Desejo que, por diversas vezes, cons-

um novo brasileiro e alagoano.

tal para receber atendimento, que nem sempre é digno diante da situação fática apresentada. Muitas ficam nos corredores de maternidades superlotadas. Mas, graças às reuniões do Fórum Permanente da Saúde, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça, inicialmente, para evitar casos de judicialização, do qual participam desde secretários de Saúde (estadual e municipal) a membros do Ministério Público e da Defensoria Pública,

     

gestantes, visto que, a todo momento, nasce

tou na pauta do fórum que coordeno, com satisfação e cada vez mais orgulhoso dos resultados, seja por meio do fornecimento de remédios e autorização de procedimentos cirúrgicos, seja pela criação de Câmaras Técnicas para auxiliar os magistrados nas decisões judiciais no âmbito da saúde. Além de evitar a judicialização, o fórum tem a missão de humanizar o atendimento hospitalar no Estado. É a partir daí que vemos a importância de o Poder Judiciário participar,

além de outros gestores e servidores, tive-

havia mulheres vindas de bairros da peri-

de forma efetiva e afetiva, das transformações

mos uma grata surpresa durante visita rea-

feria de Maceió e de diversos municípios

sociais. Agora, sim, é possível nascer em

lizada no início deste mês, com as novas

de Alagoas. Questionadas sobre o porquê

Alagoas com mais dignidade. Bom exemplo

instalações da Maternidade Nossa Senhora

de estarem ali, elas foram unânimes: “Onde

aos demais gestores do sistema.

da Guia, mantida pela Santa Casa de

eu moro não existe maternidade”. Esse é

Misericórdia.

um dos motivos da superlotação.

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(*) ARTIGO PUBLICADO NA GAZETA DE ALAGOAS DO DIA 24 DE OUTUBRO DE 2012

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Provedor Humberto Gomes de Melo (C) ao lado dos médicos Hélvio Ferro, Artur Gomes e Alfredo Marinho, presidente do Conselho de Ética da Santa Casa de Maceió

QUESTÃO NACIONAL

IV Fórum de Ética Médica debate avalanche de ações na Justiça Evento reúne médicos e operadores do Direito para discutir as causas e soluções para reduzir a judicialização da saúde

A

judicialização da saúde já ganhou

falhas da assistência médica prestada à

Direção Médica e o Conselho de Ética da

as manchetes dos jornais. É cres-

população pelo poder público e pela iniciativa

Santa Casa de Maceió promoveram, no

cente o número de ações na Jus-

privada.

Maceió Atlantic Suítes, na capital alagoana,

tiça para garantir o acesso a medicamen-

Se, por um lado, a judicialização da

o IV Fórum de Ética Médica da instituição.

tos e tratamentos não cobertos pelo SUS

saúde é um direito do cidadão; por outro,

A iniciativa contou com o apoio e a parti-

ou por operadoras de saúde. O tema tem

vem se mostrando nociva para os cofres públi-

cipação da SantaCoop e dos conselhos Fe-

preocupado magistrados, secretários de

cos em virtude dos excessos, seja pela ava-

deral e Regional de Medicina de Alagoas.

Saúde, procuradores do Ministério Público,

lanche de ações que começam a travar as

A ideia do provedor Humberto Gomes

defensores públicos, médicos, executivos

Varas da Justiça, seja pelos gastos com tra-

de Melo e do diretor-médico da Santa Casa

hospitalares, dirigentes de planos de saúde,

tamentos não atendidos pelo Sistema Ú-

de Maceió, Artur Gomes Neto, foi abrir

advogados e toda uma cadeia de profissio-

nico de Saúde ou muito dispendiosos, bem

espaço para que todas as partes envolvi-

nais que lidam com o assunto.

acima dos valores de mercado.

das apresentassem suas visões e propostas

O fenômeno tem origem em eventuais

Para discutir esse espinhoso tema, a

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de solução para o problema.


Coletividade versus cidadão

A maior parte das ações que abarrotam os tribunais brasileiros põe em lados opostos os gestores públicos da saúde e os órgãos de defesa do cidadão (como a Defensoria Pública) e de defesa da coletividade (como o Ministério Público). Os gestores públicos da Saúde, tanto do Estado como do município de Maceió, afirmam que os recursos da saúde são limitados e que as deman-

Médico Alfredo Marinho

Advogado Eduardo Dantas

Antônio de Pádua (Sesau)

das individuais, muitas vezes, retiram recursos que seriam utilizados em prol da coletividade. “É justo que o poder público beneficie um único usuário em detrimento de toda uma comunidade?”, perguntou o médico Antonio de Pádua, superintendente de Regulação, Avaliação, Controle e Auditoria do Estado.

Otoniel Pinheiro (DP)

Antiógenes Marques (MP)

Des. José Carlos Malta (TJ)

Segundo Pádua, em 2010, foram gastos R$ 15,3 milhões com ações judiciais, saltando em 2011 para R$ 29,3 milhões. Ou seja, quase o dobro. Este ano, o valor superará facilmente os R$ 30 milhões. Outro número também surpreende: em 2009, as despesas com medicamentos via decisão judicial repre-

Fernando Pedrosa (Cremal)

Wellington Galvão (Sinmed)

Oswaldo Liberal(Santacoop)

sentavam apenas 14,7% do total gasto com toda a população. Até dezembro deste ano, esse patamar deverá chegar a 100% do total. “O conceito de integralidade definido pela Constituição, onde todos têm direito a todo tipo de medicamento e de tratamento, terá de ser revisto pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de levar o sistema de

Adeilson Loureiro (Sec. de Saúde de Maceió)

Advogado Gustavo Uchôa

Juiz Jerônimo Roberto

saúde à falência”, alertou Antônio de Pádua.

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Programação do Fórum de Ética Médica recebeu elogios dos participantes que compareceram ao Centro de Convenções do Maceió Atlantic Suítes

Judicialização: comitê técnico ajudaria juízes a agilizar ações

e os gestores estão apreensivos com

S

da com o diagnóstico, mas vai um pouco

maior efetividade na assistência à saúde da

os números, os magistrados, defenso-

mais além.“A judicialização da saúde ocorre

população por parte do poder público; outra,

res e procuradores públicos estão pre-

porque o serviço regular de atendimento ao

a criação de assessorias especializadas para

ocupados com a assistência à saúde da

cidadão apresenta muitas falhas, sendo a

subsidiar as decisões dos juízes”. A implan-

população. Ou seja, com o acesso do cida-

única ferramenta que o cidadão possui para

tação de um comitê para consulta dos ma-

dão aos medicamentos e tratamentos

garantir os direitos garantidos pela Cons-

gistrados ou de varas especializadas foi apoia-

indisponíveis na rede do SUS, mas indicados

tituição”. Por outro lado, os magistrados pre-

da pelo juiz Jerônimo Roberto; pelos advo-

pelos médicos.

cisam estar atentos à real necessidade da de-

gados Gustavo Uchôa (Unimed) e Eduardo

O defensor público Otoniel Pinheiro frisou

manda e se há alternativas disponíveis no SUS.

Dantas (Associação Brasileira de Direito da

que o problema da judicialização não é

É senso comum que interessa à indústria far-

Saúde); pelo presidente do CRM, Fernando de

provocado pela Defensoria Pública ou pelo

macêutica forçar o SUS a incluir novos e

Araújo Pedrosa; e pelo médico Alfredo

Judiciário. “O que falta é investimento no

caros medicamentos nas compras governa-

Marinho Rosa. Ao final do evento, o secre-

setor saúde”, disse o defensor público, reve-

mentais, e a melhor forma para isso é esti-

tário de Saúde de Maceió,Adeilson Loureiro,

lando que o Brasil investe apenas 5,9% do

mular as ações judiciais via receita médica.

anunciou a criação de uma câmara técnica

orçamento da União em saúde, quando a mé-

“A saída para o problema passa essen-

especializada em saúde para assessorar à

dia internacional chega a 14,3%. Já o pro-

cialmente por duas providências”, disse o

Justiça estadual e a atuação de um comitê

motor público Antiógenes Marques concor-

desembargador José Carlos Malta. “Uma,

que já funciona na Justiça Federal.

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ARTIGO

Teoria da perda de uma chance na atividade médica Uma forma de indenizar uma provável vantagem frustrada Jerônimo Roberto F. dos Santos Juiz de Direito

C

no direito brasileiro como um novo padrão para permitir a indenização em circunstâncias que tais.

aríssimos Médicos! Nestas aligeiradas con-

Em nosso país, a referida teoria vem sendo nor-

siderações sobre a teoria da perda de uma

teada pela doutrina e pela jurisprudência à falta de

chance (perte d'une chance) não se pre-

legislação específica e sua aplicação justifica-se quan-

tende minudenciar o tema em todos os seus qua-

do a análise dos elementos da responsabilidade civil

drantes, mas, tão e tão somente esboçar, em tra-

enseja significativa dificuldade para que ocorra uma

ços rápidos, o sentido prático e a importância do

objetivação. Neste caso, consegue-se visualizar o

instituto.

prejuízo da vítima, porém, não se consegue vislum-

Pois bem. O proficiente jurista belga Edmond Picard,

brar o dano certo e determinado, e assim, inviabili-

na sua célebre obra "O Direito Puro", asseverou

zando qualquer tipo de ressarcimento dessa viola-

que o Direito é um fenômeno histórico evolutivo e,

ção de interesse juridicamente protegido.

mais ainda, que é uma realidade cultural porque é

Numa síntese, pode-se dizer que na teoria da

o resultado da experiência do homem, esta, deven-

perda de uma chance o que se pretende não é a van-

do ser entendida como sendo a sabedoria, adquiri-

tagem não obtida, mas sim a perda da oportunida-

da de maneira espontânea durante a existência.

de de obter um benefício (a vantagem).

Especificamente no que informa com a ativida-

Confira-se, por todos e no que interessa, com

de médica, temos que não rara vez, diga-se de pas-

este precedente do TJ-RS: "(...) a parte autora desin-

sagem, ocorre um prejuízo para o paciente por conta

cumbiu-se do ônus de demonstrar que a falecida bus-

de uma atuação deficiente do profissional, que se

cou atendimento no hospital/réu em várias oportu-

caracteriza como a perda de uma legítima expecta-

nidades. Evidência de que os profissionais que aten-

tiva que ele, paciente, possuía em obter uma situa-

deram a paciente, tendo em vista os sintomas apre-

ção favorável. Veja-se apenas ad exemplo, as situa-

sentados, não procederam à correta investigação

ções em que o médico, pela demora em diagnosti-

clínica. Hipótese em que o erro da equipe médica

car um câncer ou prescrever um tratamento, deter-

do réu está na falta do correto diagnóstico. Fosse

mina no paciente a perda ou mesmo diminuição da

realizado um exame de sangue ou mesmo uma eco-

expectativa de cura.

grafia abdominal na paciente, quando dos primei-

Surgida na França e comum em países como

ros atendimentos, eventuais cálculos na vesícula

Estados Unidos e Itália, a teoria da perda da chan-

poderiam ter sido retirados, evitando-se, desta forma,

ce (perte d'une chance), adotada em matéria de

a oclusão do canal pancreático e a conseqüente

responsabilidade civil, vem despertando interesse

pancreatite aguda necro-hemorrágica que levou a

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paciente à morte. A falta de diagnóstico permitiu o

TO Á APELAÇÃO. UNÂNIME." (Apelação Cível Nº

agravamento do quadro, sendo que o tratamento ade-

70032019275, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal

quado poderia ter evitado a fatalidade, conforme con-

de Justiça do RS, Relator: Ergio Roque Menine,

clusão do laudo pericial. Comprovação do dano e

Julgado em 17/12/2009)

causalidade abordada a partir da Teoria da Perda de

Desse modo, pode-se afirmar que a regra fun-

uma Chance. (...)" [Apelação Cível Nº 70047542477,

damental a ser atendida em casos de responsabili-

Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,

dade pela perda de uma chance, indica que a repa-

Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em

ração sempre deverá ser inferior ao valor da vanta-

26/09/2012]

gem esperada e definitivamente perdida pela víti-

Quanto ao acertamento da verba indenizató-

ma. Mesmo nas espécies de dano moral, tal regra

ria, segundo iterativos precedentes, não pode ser

deve ser observada. Caso o agente tenha retirado

fixado da mesma forma que o seria em razão de

as chances da vítima de não perder uma mão, as

uma lesão delineada de plano. Nesse sentido bas-

chances perdidas representarão apenas uma percen-

tante elucidativo vem a ser o seguinte preceden-

tagem do valor que seria concedido se houvesse

te: "(...) TEORIA DA PERDA DE CHANCE É UTILI-

nexo causal entre a ação do agente e a efetiva perda

ZADA PARA CALCULAR INDENIZAÇÃO QUANDO

da mão.

INCERTO, DITO "DANO HIPOTÉTICO. O QUE SE ANALISA É A POTENCIALIDADE DE UMA PERDA, NÃO O QUE A "VÍTIMA REALMENTE PERDEU (DANO EMERGENTE) OU EFETIVAMENTE DEIXOU DE GANHAR (LUCRO

CESSANTE).

(...)

OCORRENDO A PERDA DA CHANCE, NISSO JÁ RESIDE O



De outro vértice de abordagem, importa anotar que a res-

     

HÁ UM DANO ATUAL, PORÉM

ponsabilidade em face da "chance perdida" ainda não se encontra plenamente sistematizada e tal fato, convenhamos, impede a sua segura aplicação, e assim, corre-se o risco de que eventuais equívocos venham a comprometer os valores a serem fixados a título de inde-

PREJUÍZO. PRECEDENTE JURISPRUDENCIAL DESTA

nização. Por outro lado, quando corretamente apli-

CORTE. QUANTUM CONDENATÓRIO. CRITÉRIOS

cada, a perda de uma chance se torna instrumen-

PARA A MENSURAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PARÂ-

to eficaz para atingir os objetivos da nova res-

METROS LEGAIS, SENDO DEIXADA AO PRUDEN-

ponsabilidade civil, quais sejam, a reparação inte-

TE ARBÍTRIO DO JULGADOR. DEVE ATENTAR ESTE

gral do dano e a satisfação da vítima.

PARA A FUNÇÃO REPARADORA DA INDENIZA-

Finalizando, é de se trazer à colação o que disse

ÇÃO, QUE, ANTES DE TUDO, DEMANDA A APLICA-

a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de

ÇÃO DO PRINCÍPIO DA EQÜIDADE, A FIM DE QUE

Justiça (STJ). Veja-se: "a adoção da teoria da perda

A PARTE SOFREDORA DO ABALO MORAL NÃO

da chance exige que o Poder Judiciário bem saiba

VENHA A LOCUPLETAR-SE COM ENRIQUECIMEN-

diferenciar o 'improvável' do 'quase certo', bem

TO INDEVIDO. APURAÇÃO EM PECÚNIA DA FRUS-

como a 'probabilidade de perda' da 'chance de

TRAÇÃO SOFRIDA PELA PARTE OFENDIDA.

lucro', para atribuir a tais fatos as consequências ade-

SUCUMBÊNCIA INVERTIDA. DEARAM PROVIMEN-

quadas".

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Pediatra Milton Hênio na unidade pediátrica do Hospital Nossa Senhora da Guia

Obstetra Neilton Serafim descerra placa na unidade materna

RECONHECIMENTO

Milton Hênio e Neilton Serafim são homenageados em AL Unidades do Hospital Nossa Senhora da Guia receberam o nome desses dois ícones da Medicina alagoana

A

Santa Casa de Misericórdia de

amigos dos homenageados.

que se faz”, poetisou Milton Hênio.

Maceió prestou uma merecida

O provedor Humberto Gomes de Melo

Os elogios ao pediatra partiram tam-

homenagem ao pediatra Milton

justificou a homenagem aos dois mestres

bém de vários amigos presentes à solenida-

Hênio Netto de Gouvea e ao obstetra

da Medicina alagoana, elencando duas

de, entre eles, o procurador Sérgio Jucá e

Neilton Serafim de Souza. Os dois reno-

qualidades comuns aos dois: o conhecimento

o presidente do Conselho Estratégico da

mados médicos emprestaram seus nomes

da praxis médica e o senso humanístico

Organização Arnon de Melo, Carlos

às unidades pediátrica e materna do Hos-

no atendimento aos pacientes.

Mendonça. “É um exemplo para as novas

pital Nossa Senhora da Guia, respec-

“Meu pai não fazia distinção. Ele

gerações”, frisou Mendonça.

atendia com a mesma atenção tanto ricos

Já o presidente do Sindicato dos Mé-

A solenidade de aposição de pla-

como pobres”, disse uma das filhas de

dicos, Wellington Galvão, frisou que a cor-

cas contou com a presença do prove-

Neilton Serafim, falando em nome de seu

reta aplicação de recursos públicos no

dor da Santa Casa de Maceió, Humberto

pai e da família.

Hospital Nossa Senhora da Guia honra, por

tivamente.

si só, o nome dos dois homenageados.

Gomes de Melo; do diretor-médico,

Já o pediatra Milton Hênio afirmou

Artur Gomes de Melo; de gerentes,

ter atendido mais de 200 mil crianças em

Ao comentar sobre Neilton Serafim,

assessores, líderes, membros da Mesa

seu consultório; número esse que equi-

Galvão citou que o caráter do obstetra

Administrativa e da Irmandade da Santa

vale ao de uma cidade como Arapiraca. “Mas

está em sintonia com os princípios éticos

Casa de Maceió, além de familiares e

nada disso vale se não tiver amor pelo

do hospital.

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GESTÃO

"Hospitais devem investir em qualidade e planejamento"

P

ara enfrentar o competitivo mercado

goana é a rede de comércio e a área de pres-

privado de saúde, as empresas pre-

tação de serviços privados e públicos.

cisam implantar uma gestão voltada

Juntos, formam o principal bloco econômi-

para a qualidade. O alerta foi dado pelo

co urbano e representam 72% da riqueza

renomado economista, pesquisador e pro-

local, sendo 55% na área de serviços e

fessor Cícero Péricles em palestra ministra-

17% nas várias formas de comércio. O setor

da na reunião mensal dos membros da Mesa

sucroalcooleiro - agricultura e indústria jun-

Administrativa da Santa Casa de Maceió.

tos -, produz menos de 20%", disse Cícero

O encontro teve como objetivo prepa-

Péricles.

rar o corpo executivo e as lideranças da instituição alagoana para o encontro do planejamento estratégico, que ocorrerá em

Para se ter uma ideia, foram criados, em Economista Cícero Péricles: alguns setores arrecadam pouco ICMS

janeiro de 2013.

empresas até este ano, correspondendo a 86% das empresas formalizadas. Por sua vez, o

Ao citar os desafios no segmento da

da Mesa Administrativa da Santa Casa de

Bolsa Família atende 1,4 milhão de alagoa-

saúde privada, o especialista se referiu a

Maceió foi aberto às lideranças da institui-

nos, injetando na economia estadual R$ 30

cidades como Recife,Aracaju e Salvador, que

ção e aos representantes de outros centros

milhões/mês. Do outro lado, os cerca de 60

já investem nesse segmento, incluindo a par-

hospitalares alagoanos, como Emílio Silva,

mil trabalhadores que atuam no corte da

ticipação do setor público com isenção de

do Hospital Santa Rita (Palmeira dos Índios);

cana revelam-se um contigente considerá-

impostos e estímulos para o setor.

e José Lídio Lira, do Hospital Memorial Arthur

vel, porém mal remunerado, percebendo

Ramos, em Maceió.

cinco reais por tonelada de cana.

Questionado sobre como as empresas devem se preparar para enfrentar tais desa-

"No tocante ao ICMS, o comércio vare-

fios, Cícero Péricles respondeu com uma só

NÚMEROS

jista arrecada mais impostos que a Braskem

palavra: planejamento.

Em sua palestra, rica em números e aná-

e as usinas de açúcar e álcool. Por isso, o

No encontro, o provedor Humberto

lises sobre a economia alagoana, Cícero

imposto que o Estado arrecada mal dá para

Gomes de Melo ressaltou o planejamento estra-

Péricles desfez o mito de que o segmento

cobrir a folha salarial. Segundo Cícero Pé-

tégico anual realizado pela instituição e a con-

sucroalcooleiro e a indústria química são os

ricles, essa distorção na economia de Alagoas

quista do primeiro nível da Acreditação

setores que mais movimentam a economia

deve-se à legislação conhecida como Lei

perante à Organização Nacional da Acre-

alagoana. O Bolsa Família, a Previdência

Kandir, que isenta de impostos estaduais e

ditação (ONA). O certificado da ONA reco-

Social e as micro e pequenas empresas são

municipais os insumos e produtos voltados

nhece que a instituição possui rotinas e pro-

mais importantes para a formação do mer-

à exportação, justamente o principal foco

cedimentos que visam à segurança e à qua-

cado consumidor e a arrecadação de impos-

desses dois setores no Estado. "É por isso

lidade na assistência aos pacientes.

tos do que o açúcar, o álcool e o plástico.

que esses segmentos contribuem pouco com

Pela primeira vez, inclusive, o encontro



Alagoas, mais de 70 mil micro e pequenas

"O principal setor da economia ala-

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impostos", diz Péricles.


TREINAMENTO

Time de Resposta Rápida simula parada cardiorrespiratória A Gerência de Risco e Assistência Hospitalar iniciou na Unidade João Fireman, no complexo hospitalar da Santa Casa de Maceió, uma série de treinamentos com o Time de Resposta Rápida da Emergência 24 Horas.A instrução simulando uma parada cardiorrespiratória foi comandada pelo coordenador do Time de Resposta Rápida, o médico Fábio Jorge de Lima, e pelo enfermeiro Eduardo Jorge Acioly. A gerente de Risco e Assistência Hospitalar, Tereza Tenório, destacou a importâcia da iniciativa. "Esse trabalho contribui de forma significativa para o gerenciamento do risco de parada cardiorrespiratória em nossa instituição, visando salvar vidas", disse a gerente após a conclusão do trabalho.



13


DO SETOR PRIVADO

Santa Casa forma a maior brigada de incêndio de AL Mais de 300 colaboradores receberam treinamento teórico e prático

U

m grupo de 302 colaboradores

Preparou cada um de nós para reagir da forma

das áreas assistencial e adminis-

correta em situações de emergência",

trativa da Santa Casa de Maceió

acrescentou Jonnathan, relatando um epi-

passou os últimos seis meses por uma série

sódio ocorrido recentemente, em viagem a

de situações que fogem, de longe, de sua

Recife, quando teve a oportunidade de apli-

rotina diária. Técnicos de enfermagem, por

car os conhecimentos do curso numa jovem

exemplo, trocaram as injeções por man-

com crise de epilepsia no meio da rua.

gueiras de incêndio. Os experts em tecno-

Nos exercícios práticos foi possível

logia da informação, por sua vez, deixa-

observar os limites individuais de cada cola-

ram de lado os teclados para se familiari-

borador por meio da simulação de ocorrên-

zarem com os extintores de incêndio. Já o

cias reais, que podem acontecer em qual-

pessoal administrativo, que circula pelo

quer complexo hospitalar. Desta forma, ao

hospital percorrendo corredores e escadas

final do curso cada participante ganhou

diariamente, fizeram um exercício de rapel,

uma função específica a ser assumida em

descendo com o auxílio de cordas um dos

caso de catástrofe.

viadutos mais movimentados e altos da capital alagoana.

de Pessoas, durante os exercícios práticos

"Foi emocionante. Repeti o rapel umas

o grupo aprendeu a superar diversos desa-

dez vezes, mas o grande desafio, em minha

fios, entre eles o medo de altura, de luga-

opinião, foi o exercício de confinamento

res escuros e esfumaçados, de espaços

em ambiente fechado, com fumaça e pouco

apertados com grande aglomeração de pes-

oxigênio", relembra Jonnathan Braz, super-

soas, de enfrentar botijões de gás em cha-

visor da área de Internação da Santa Casa

mas, entre outros. Nas aulas teóricas e prá-

de Maceió e um dos participantes do 1º Curso

ticas, os brigadistas aprenderam também

de Brigadista da instituição.

a utilizar ferramentas de combate a incên-

"O curso foi uma experiência única.



Segundo Sílvio Melo, gerente de Gestão

dio e de resgate a vítimas.

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Colaboradores realizaram diversos exercícios práticos como rapel, controle de fogo em botijões de gás e transporte de vítimas


Considerada pelo Corpo de Bombeiros

duzida pelo Setor de Treinamento e Desen-

como a maior brigada de Alagoas no âmbi-

volvimento, com apoio do Setor de Segu-

to corporativo, a equipe da Santa Casa de

rança do Trabalho. "Já a etapa de implan-

Maceió foi dividida em dez turmas pela

tação ocorrerá a partir de janeiro", finali-

empresa RP Consultoria, contratada para

zou Sílvio Melo.

realizar o curso. Com investimento superior

A solenidade de formatura do curso

R$ 80 mil, o treinamento abordou temas

ocorreu na festa natalina da Santa Casa de

como a psicologia do pânico, combate a incên-

Maceió, realizada em dezembro no Espaço

dio, ambiente confinado e salvamento de

Multieventos do Sesi. Vestidos de verme-

vítimas em altura.

lho, os egressos do curso foram saudados

A etapa de capacitação da brigada de incêndio da Santa Casa de Maceió foi con-

pelo provedor Humberto Gomes de Melo e por todos os colaboradores presentes.

Benefícios ao colaborador O provedor Humberto Gomes de Melo

plo, o depósito na conta dos colaborado-

agradeceu o empenho de todos no curso,

res ocorreu no dia 28/12, portanto, antes

destacando em seu discurso na formatura

de findo o mês.

que foram investidos em 2012 mais de R$ 1,8 milhão em benefícios diretos e indire-

CRECHE

tos ao colaborador. Ele citou iniciativas

O papai Noel foi um dos convidados espe-

como o subsídio de 80% no plano de

ciais na formatura do Jardim II, da creche

saúde, a creche, a entrega de cestas bási-

da Santa Casa de Maceió. Além da entre-

cas, a liberação da segunda parcela do 13º

ga de presentes, adquiridos pelos pais das

salário, ocorrida no início de dezembro, e,

crianças, e de um lanche superespecial, a

ao longo do ano, o pagamento da folha sala-

festa contou com a apresentação da Turma

rial todos os meses sempre antes do dia 1º

do Sítio do Picapau Amarelo, encenada

do mês. Agora em dezembro, por exem-

pelas próprias crianças da creche.

15


CAMPANHA

Protocolo clínico reduz risco de morte por sepse em hospital Instituição alagoana integra rede de 40 hospitais vinculados ao Ilas

A

ntes de você, leitor, terminar de

fungos, vírus, etc. Essa tentativa exarce-

reverter esse quadro, envolvendo toda a

ler esta reportagem, alguém

bada de combater o agente invasor

população e, evidentemente, melhoran-

morrerá de sepse em algum

acaba provocando inflamação generali-

do a qualificação dos nossos profissio-

lugar do mundo. Cerca de 20 a 30 mi-

zada em todo o organismo, danificando

nais de saúde", disse o médico Fábio Lima,

lhões de pacientes são acometidos de

órgãos e, por mais contraditório que

coordenador do Comitê Gestor da Sepse

sepse a cada ano, no Planeta, com mais

pareça, facilitando a ação do agente

da Santa Casa de Maceió.

de seis milhões de casos da doença na

invasor.

A instituição alagoana, inclusive, é um

primeira infância e fase neonatal, além

Atualmente, a sepse é a principal

dos 40 centros hospitalares brasileiros

de mais de seis mil casos de sepse

causa de mortes em Unidades de Terapia

associados ao Instituto Latino Americano

materna.

Intensiva (UTI), matando mais do que o

de Sepse (Ilas), entidade que, juntamente

A sepse é uma resposta desordena-

infarto do coração e alguns tipos de cân-

com a Associação de Medicina Intensiva

da e desproporcional do organismo con-

cer. "O Brasil tem uma das taxas mais altas

Brasileira e o Ministério da Saúde, busca

tra infecções provocadas por bactérias,

de morte do mundo, e nós precisamos

reduzir a incidência da sepse no País.



Revista da Santa Casa de Maceió



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Em Alagoas, a Santa Casa de Misericórdia de Maceió participa da Campanha Mundial da Sepse desde 2008, mas foi em 2011, com a implementação do Protocolo Institucional de Sepse, que os números do combate ao problema ganharam maior visibilidade. No último trimestre de 2011, a Santa Casa de Maceió registrava 47,46% de óbitos em pacientes com sepse. No primeiro trimestre de 2012, esse percentual caiu para 43,05% e, entre abril e junho, para 42,1%. Já entre julho e agosto, o índice sofreu sua maior redução, cravan-



do em 29,72%; patamar que superou a

da Gerência de Risco e Assistência

instituição registrou 45,83%, o que tam-

meta estabelecida pelo Comitê Gestor

Hospitalar da Santa Casa de Maceió, a

bém superou a meta definida pelo

cinco pontos percentuais ao ano. Outros números confirmam os bons resultados obtidos com a implementação do Protocolo Institucional de Sepse. Segundo dados do Ilas, em hospitais públicos (vinculados à rede), a sepse grave e o choque séptico levam a óbito 61,5% dos pacientes acometidos pelo problema. Já nos hospitais privados, esse percentual é menor; gira em torno de 40,3%, ficando a média nacional em 51,9%. Nesse contexto, conforme dados

       

da Sepse, que era reduzir o índice em

Comitê Gestor da Sepse. Para alcançar esse objetivo, a Gerência de Risco e Assistência Hospitalar e o Comitê Gestor promoveram diversos treinamentos com os colaboradores do hospital e com o corpo clínico institucional. "Além disso, assumimos a responsabilidade de acompanhar os casos da enfermidade, garantindo sua execução, gerenciando indicadores, devolvendo dados e intervindo quando necessário junto às diversas equipes e unidades da nossa instituição", acrescentou Fábio Lima.

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17


HOSPITAL NOSSA SENHORA DA GUIA

"Com uma boa gestão e apoio do governo é possível fazer um SUS com excelência" Magistrado elogia maternidade em visita do Comitê da Saúde

O

Comitê da Saúde de Alagoas, insti-

tuído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), iniciou pelo Hospital

Nossa Senhora da Guia uma série de visitas que realizará a partir de agora às maternidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. Com a superlotação verificada na rede de assistência materna e a reabertura da unidade da Santa Casa de Maceió, o comitê decidiu avaliar de perto a estrutura dos estabelecimentos e a opinião das pacientes sobre o atendimento. O depoimento do presidente do Comitê



da Saúde, o corregedor-geral da Justiça, James Magalhães, resumiu a impressão dos



a defensora pública Tarcila Maia.

ajudou a reduzir a superlotação em mater-

demais membros do colegiado presentes à

Após percorrer as enfermarias e os cen-

nidades como a Santa Mônica, já que, além

visita. "Aqui temos a certeza de que o din-

tros cirúrgicos obstétrico e pediátrico do

de gestantes de baixo e médio riscos da

heiro dos impostos, recolhido por cada

Hospital Nossa Senhora da Guia, o prove-

capital e do interior alagoano, o hospital

cidadão, está sendo bem empregado, retor-

dor Humberto Gomes de Melo apresentou

recebe gestantes de alto risco, de acordo

nando à sociedade por meio de um atendi-

os primeiros números do atendimento após

com a avaliação clínica.

mento com qualidade", disse o magistrado.

o reinício das atividades.

O secretário Adeilson Loureiro aproveitou

Ao lado do provedor da Santa Casa de

"Em setembro, o Hospital Nossa Senhora

a visita para anunciar que o Hospital Nossa

Maceió, Humberto Gomes de Melo, e do

da Guia realizou 408 atos obstétricos, o que

Senhora da Guia será a primeira mater-

próprio desembargador James Magalhães,

torna a maternidade a unidade que mais

nidade de Maceió a receber o novo sistema

visitaram o Hospital Nossa Senhora da Guia

realizou atendimentos pelo SUS em Alagoas

de identificação biométrica de gestantes,

a vereadora Heloísa Helena; o secretário da

no período", disse Humberto Gomes de

que permitirá identificar em tempo real cada

Saúde de Maceió, Adeilson Loureiro; e a re-

Melo. O executivo revelou ainda aos mem-

uma das mulheres internadas na rede do

presentante do Ministério Público da União,

bros do comitê que a reabertura da unidade

SUS na capital alagoana.

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”Impostos se convertem em qualidade aqui“ "Devo dizer que não era positiva a visão que eu tinha, em geral, de uma maternidade do SUS. Hoje, após essa visita ao Hospital Nossa Senhora da Guia, mudei de opinião. Nessa maternidade pude comprovar que, se houver uma boa gestão e apoio do governo, é possível oferecer um atendimento com qualidade à população", resumiu o desembargador James Magalhães, presidente do Comitê da Saúde de Alagoas em visita à unidade.



O magistrado ressaltou que o provedor da Santa Casa de Maceió, Humberto Gomes

reconhecimento dos gestores públicos.

que "os impostos e recursos públicos repas-

de Melo, está conseguindo provar que é

"Uma casa bem administrada e uma

sados à unidade estão sendo revertidos

possível fazer saúde com excelência no SUS

equipe empenhada fazem a diferença",

num atendimento de qualidade ao

tendo o necessário apoio financeiro e o

acrescentou James Magalhães, ressaltando

cidadão".

"Exemplo deve ser replicado na rede do SUS" A vereadora Heloísa Helena elogiou a estruturação do Hospital Nossa Senhora da Guia, unidade mantida pela Santa Casa de Maceió no bairro do Poço, em Maceió, que atende exclusivamente pelo SUS. "Não são todos os hospitais que conseguem manter uma estrutura e uma escala de profissionais de saúde com a qualidade técnica existente no Hospital Nossa Senhora da Guia", avaliou Heloísa Helena. E acrescentou: "A gente fica feliz em constatar esse bom exemplo após ouvir as parturientes internadas aqui e conversan-



do com os profissionais de saúde. Agora, precisamos lutar para que esse padrão de

Alagoas e seja adotado pelas demais

Para Heloísa Helena, a qualidade na

assistência às gestantes, parturientes e

maternidades credenciadas pelo Sistema

assistência é um direito do cidadão, que pre-

recém-nascidos se torne referência em toda

Único de Saúde".

cisa ser replicado em todo o País.

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19


Gestor destaca estímulo ao parto normal Além de ser a maternidade com maior volume de atos obstétricos e com melhor qualidade na assistência às pacientes, o Hospital Nossa Senhora da Guia possui um diferencial importante, que sempre foi defendido pelo secretário da Saúde de Maceió,Adeilson Loureiro: o estímulo ao parto normal. "É visível o trabalho contínuo dos profissionais de saúde no incentivo às mães para que escolham o parto normal. Esse é um diferencial importante na humanização da assistência", destacou o gestor da

Secretário Adeilson Loureiro (D) elogia diferencial de unidade

saúde na capital alagoana. fórmulas infantis, bicos, mamadeiras e chu-

às sessões de Fisioterapia; enfermarias

Iniciativas

petas; presença de acompanhante antes,

climatizadas; projeto redinha, onde a cri-

No encontro foram destacadas outras

durante e após o parto; criação de aloja-

ança permanece numa rede hipoalergêni-

iniciativas exclusivas, como estímulo à ama-

mento para mães que precisam aguardar

ca na unidade de cuidados intermediários,

mentação exclusiva; restrição ao uso de

a alta médica do filho; acompanhamento

entre outros.

Membro do MPU elogia estrutura de maternidade A defensora pública Tarcila Maia,

leitos, rouparia e equipamentos novos,

representante do Ministério Público da

à limpeza dos ambientes e à receptivi-

União no Comite da Saúde, mostrou-se

dade dos profissionais.

impressionada com a estrutura e a orga-

"Além da estrutura, a maternidade

nização do Hospital Nossa Senhora da

possui capacidade para atender a popu-

Guia.

lação e evitar a superlotação das mater-

"Pelo que venho acompanhando à

nidades de referência", completou.

distância, já esperava encontrar um esta-

Tarcila Amaral frisou que o Comitê da Sa-

belecimento organizado, mas, ver de

úde é uma iniciativa do Conselho

perto a estrutura que o hospital possui

Nacional de Justiça para reduzir a judi-

foi muito gratificante", disse Tarcila

cialização da saúde, opção encontrada

Maia, referindo-se ao ambiente aco-

por muitos cidadãos para verem atendidas

lhedor das enfermarias climatizadas, aos





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demandas pessoais sobre o tema.


BOA NOVA

Iniciativa reduz efeito do jejum pré-cirúrgico em pacientes Conheça as rotinas nutricionais implantadas na Santa Casa de Maceió

O

Projeto de Jejum Abreviado, ado-

tado pela Santa Casa de Maceió, pôs fim ao principal problema

enfrentado por pacientes cirúrgicos eletivos: os efeitos negativos do jejum prolongado sobre o organismo. A iniciativa busca evitar um quadro bastante comum em unidades de internação de todo o País: crianças e adultos em jejum por períodos que variam de 8h a 22h. Em linhas gerais, o Projeto Jejum



Abreviado formatou três rotinas nutricionais. Para cirurgias programadas no perío-

composto é um carboidrato formado por

to gástrico retardado. Nesses casos, aplica-

do da manhã, o paciente internado ingere

polímeros de glicose de fácil absorção pelo

se o protocolo convencional, com o jejum

uma solução de maltodextrina às 5 horas

organismo, que permite manter o equilí-

mínimo de 8 horas.

da manhã, podendo realizar a cirurgia duas

brio nutricional do paciente ao mesmo

Tanto a nutricionista Silvya Souza como

horas depois.

tempo em que mantém o indivíduo em con-

o anestesista Sílvio Lima fazem um alerta

dição similar à tradicional dieta zero.

importante. “Os pacientes não podem ado-

Nos procedimentos previstos para a

tar dietas em casa, por conta própria, an-

tarde, ou seja, após as 13 horas, o paciente pode tomar um café da manhã leve e de

EXCLUÍDOS

tes de se dirigirem ao hospital. Muito me-

fácil absorção e, às 11 horas, a solução de

Em princípio, todos os pacientes podem-

nos deixar de cumprir a dieta nos horários

maltodextrina. Para intervenções noturnas,

fazer o jejum pré-operatório abreviado,

prescritos no pré-operatório”, reforçaram.

a serem realizadas a partir das 18 horas, um

inclusive diabéticos, crianças e idosos.As ges-

Nos primórdios da anestesiologia, por

café da manhã normal, no horário do almo-

tantes também podem receber a solução de

volta do século XIX, o jejum pré-operatório

ço uma refeição leve e a solução de mal-

maltodextrina, mas a dieta é diferenciada.

era de apenas duas horas. Mas, devido as

todextrina às 16 horas. Havendo a transfe-

Alguns casos específicos, entretanto,

complicações em pacientes, esse prazo foi

rência de horário, o paciente passa a seguir

estão excluídos da lista: portadores de doen-

ampliado até chegar às atuais oito horas de

a rotina específica daquele turno.

ça de refluxo gastroesofágico, obesos mór-

jejum. Hoje, baseado em estudos científicos,

No Projeto Jejum Abreviado, os pacien-

bidos (com Índice de Massa Corpórea acima

instituições como a Santa Casa de Maceió

tes ingerem 200 ml de maltodextrina duas

de 40kg/m2) ou pessoas com obstrução

adotam o jejum abreviado, aliando seguran-

horas antes da intervenção cirúrgica. Esse

intestinal, além de doenças com esvaziamen-

ça assistencial e bem-estar do paciente.

21


MERCADO DE TRABALHO

Santa Casa recebe homenagem por adesão ao Aprendiz Legal Aprendizes poderão participar de seleções internas para contratação

A

Santa Casa de Maceió foi homenageada, na noite do dia 7 de novembro, às 19h30, na formatu-

ra da 19ª turma do programa Aprendiz Legal. Realizada pelo Centro de Integração Escola-Empresa (CIEE), com o apoio da Fundação Roberto Marinho, a solenidade reuniu 135 jovens capacitados em 39 empresas alagoanas. Conforme as regras do programa, a formatura encerra o período de dois anos de aprendizado nas empresas participantes. No caso da Santa Casa de Maceió, Candidatos receberam capacitação em funções como auxiliar de logística, auxiliar de alimentação e auxiliar administrativo

agraciada no evento pela "Excelência no Programa Aprendiz Legal", a primeira turma concluirá o período de aprendizado em 2013. Prestigiaram o evento, no auditório

de estágio poderão participar dos proces-

cedido pelo Tribunal de Contas do Estado

sos seletivos externos da instituição e, de

de Alagoas, o fiscal do Trabalho José

acordo com o desempenho, serem contra-

Gomes; a representante da Fundação Roberto Marinho, Isabela Maciel; a conselheira do Tribunal de Contas do Estado de

Salvotare, gerente regional do CIEE, entrega placa a Humberto Gomes de Melo

Os 53 candidatos da primeira turma do Programa Aprendiz Legal da Santa Casa de Maceió e do Hospital Nossa Senhora

Alagoas, Maria Cleide Costa Bezerra; o



tados pela Santa Casa de Maceió.

superintendente de Atendimento Regional

Casa de Maceió foram agraciados o Serviço

da Guia recebem capacitação em funções

Brasil do CIEE, Marcelo Miqueleti Gallo; o

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

como auxiliar de logística, auxiliar de ali-

superintendente da Secretaria de Relações

(Sebrae-AL) e a Socôco.

mentação e auxiliar administrativo. O empe-

do Trabalho, Israel Wanderley Maux Lessa,

Ao agradecer a homenagem, o prove-

nho em não apenas atender a lei, mas em

além de representantes das empresas

dor da Santa Casa de Maceió, Humberto

exercê-la como política de responsabilida-

homenageadas, autoridades e familiares

Gomes de Melo, foi bastante aplaudido ao

de social, conferiu a homenagem à insti-

dos aprendizes. Juntamente com a Santa

anunciar que os aprendizes com 18 meses

tuição.

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ENDOSCOPIA 24H

Novo equipamento realiza exames em alta definição Tecnologia permite visualizar pólipos e lesões em estadiamento inicial

A

Endoscopia 24 Horas da Santa Casa de Maceió conta com a mais recente tecnologia para realização

de exames endoscópicos em alta definição.

“Trata-se do Exera 2, o mais moderno equipamento da empresa japonesa Olympus para esse tipo de procedimento. É o topo de linha da Olympus, empresa que produz equipamentos médicos endoscópicos com tecno-

Carlos Cabús, Ricardo Tavares, Daniel Veras, Carlos Amaral e Josenilton Rodrigues

logia de ponta", explicou o coordenador do Serviço de Endoscopia da Santa Casa de

res e apresentam detalhes antes imperceptí-

mento traz uma nova tecnologia,conhecida pela

Maceió, Ricardo Tavares. Ele enfatizou a qua-

veis. O mesmo acontece na área de equipa-

sigla NBI, que permite realizar o contraste entre

lidade e a tecnologia adotadas a partir de

mentos médicos. Com a tecnologia HD (alta

pequenos vasos e diversas estruturas minúscu-

agora na Santa Casa de Maceió.

definição), as imagens são muito mais nítidas,

las (como os pólipos) em relação ao tecido nor-

Já o proctologista Carlos Cabús fez um com-

permitindo visualizar pólipos e pequenas

mal das camadas superiores da mucosa.

parativo simples: "Na velha televisão analó-

lesões que poderiam passar despercebidas

"Com o Exera 2, não é mais necessário

gica, uma boa antena externa garantia ima-

nos exames convencionais", afirmou Cabús.

injetar no paciente uma substância corante,

gens muito boas na telinha. Com a atual TV

Nesse sentido, Ricardo Tavares destacou

que hoje tem a função de realizar o contras-

digital, as imagens são infinitamente superio-

uma das novidades do novo Exera 2. O equipa-

te dessas estruturas", acrescentou Cabús.

Números



Realizando entre 100 e 120 colonos-

A Endoscopia 24 Horas possui equi-

copias e cerca de 300 endoscopias diges-

pe multidisciplinar capacitada, com espe-

tivas por mês, a Endoscopia 24 Horas é refe-

cialistas em procedimentos endoscópi-

rência em Alagoas em procedimentos

cos, anestesistas e enfermeiros expe-

endoscópicos, com ênfase em interven-

rientes, além da retaguarda da UTI; tudo

ções cirúrgicas avançadas para a retirada

de acordo com as normas de segurança

de pólipos grandes (4 cm) e lesões planas

assistencial descritas pela Organização

de difícil extração. Nesses casos mais com-

Nacional de Acreditação (ONA) e ado-

plexos, as clínicas optam por encaminhar

tadas pela Santa Casa de Maceió, único

o paciente para a Santa Casa de Maceió.

hospital Acreditado em Alagoas.

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Integrantes do grupo Mulheres Vencedoras, do projeto Mama, se confraternizam com as voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer





RESPONSABILIDADE SOCIAL

Projetos ajudam mulheres com câncer e idosos a viver melhor

A



Santa Casa de Maceió investiu, em

participar dos encontros familiares de

e contam com a presença voluntária de

2012, em dois projetos de res-

pacientes ou pessoas que se interessem

diversos profissionais da Santa Casa de

ponsabilidade social voltados à

pelo tema. O segundo reúne homens e

Maceió, entre eles, médicos especialistas

comunidade: o projeto Mama e o Enve-

mulheres com idade acima dos 60 anos

de diversas áreas, nutricionistas, assisten-

lhecimento Ativo. O primeiro destina-se a

que buscam informação e qualidade de vida.

tes sociais, psicólogos, fisioterapeutas,

mulheres em tratamento ou que já se cura-

As duas iniciativas realizam palestras

enfermeiras, terapeutas ocupacionais,

ram do câncer de mama. Também podem

e encontros de informação durante o ano

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entre outros.


Câncer: mulheres compartilham experiências Criado em 2008, o projeto Mama realiza encontros psicoeducativos com mulheres que receberam o diagnóstico de câncer de mama ou se interessem pelo tema. Nos encontros, as psicólogas Anamarina



Soares e Fabiana Pouza realizam o acompanhamento psicológico em grupo e abrem espaço também para palestras educativas

DICA FUNDAMENTAL

com especialistas como radiologistas, onco-

Informação ajuda a envelhecer com qualidade

logistas, nutricionistas, odontoncologistas, enfermeiras, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, cirurgiões, fisioterapeutas etc. "O grupo não é apenas receptor de informação. As participantes atuam como multiplicadoras de informação na comunidade em que vivem", disse Anamarina Soares. Na opinião de Fabiana Pouza, a melhor forma de enfrentar o diagnóstico de câncer de mama e o seu tratamento é conhecer a doença e compartilhar esse momento com outras mulheres com o mesmo problema. Vale destacar o exemplo da gaúcha Carolina Gotacki que, mesmo curada do câncer de mama diagnosticado há mais de 24 anos,ainda hoje faz questão de ajudar as "colegas" que vivenciam essa mesma realidade. Outro exemplo é o de Maria do Socorro Duarte, que em cinco anos passou pelo centro cirúrgico nada menos que dez vezes. Exatendente do oncologista Renato Resende, Maria do Socorro já enfrentou um câncer de mama, depois outro na cabeça e uma trombose, mas continua firme, com a perseverança de vencer sua luta pessoal contra o câncer e ajudar suas "companheiras". O grupo voltará a se encontrar em 28 de janeiro.

P

or iniciativa da geriatra Helen

ais, entre outros profissionais, se revezam

Arruda, em 2008, a Santa Casa

em palestras informativas que abrangem

de Maceió lançou um projeto que

orientações sobre saúde e alimentação,

visa congregar e preparar homens e mu-

sexualidade, tecnologia, direitos sociais,

lheres para viver com qualidade de vida

entre outros.

a chamada terceira idade.

Presente à solenidade, o presidente

Organizado como curso de formação,

do Centro de Estudos da Santa Casa de

o Grupo de Envelhecimento Ativo é tam-

Maceió, Duílio Marsíglia, destacou a prin-

bém um ponto de encontro e de con-

cipal qualidade do projeto: "Mesmo após

vivência entre homens e mulheres que

os 60 anos, ainda há muito o que apren-

desejam compartilhar suas experiências,

der. Agora precisamos aprender a con-

dons e vivências.

viver com a velhice", disse o médico de-

As reuniões ocorrem semanalmente,

cano da instituição. "Informação é a

no Centro de Estudos da Santa Casa de

palavra-chave", concorda o professor Ge-

Maceió, e mobilizam diversos profissio-

raldo Liberal, que participou da primeira

nais durante todo o ano. Médicos de

turma. Já a contadora Dagmar Romeiro

várias especialidades, além de psicólo-

e Paulina Farias foram unânimes: "Não

gas, fisioterapeutas, terapeutas ocupa-

podemos ficar paradas senão o cérebro

cionais, nutricionistas, assistentes soci-

enferruja".

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25


Gilvan Dourado, Cláudio Naylor, Alberto Antunes, José Wanderley, Ronaldo Mendonça, Luna, Pedro Bernardo e Eduardo Jorge

Pedro Bernardo, Eduardo Jorge, Abílio Antunes e Euclides Ferreira em seminário reunindo cirurgiões cardiovasculares

ABYNADÁ LYRO

Especialista relembra como era a neurocirurgia há 40 anos

A

Medicina alagoana celebra, este

convidado para lecionar na então Escola de

ano, os 40 anos da Neurologia e

Ciências Médicas, hoje Uncisal (do Estado)

da Neurocirurgia em Alagoas. Para

e na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

tanto, o Conselho Regional de Medicina

Bastante avançadas nos grandes centros,

de Alagoas prestou um tributo ao profes-

as duas especialidades careciam de profis-

sor e médico da Santa Casa de Maceió

sionais em Alagoas. Na época, conforme lem-

Abynadá de Siqueira Lyro no 1º Curso de

bra Abynadá, os pacientes com problemas

Neurologia e Neurocirurgia promovido pela

neurais eram atendidos por médicos como

entidade.

o clínico Mário Mafra e o psiquiatra Mário Morcerf.

Decano da especialidade em Alagoas, Abynadá de Siqueira Lyro foi um dos res-

O convite para atuar na Santa Casa de

ponsáveis pela formação profissional de

Maceió aconteceu no mesmo ano em que

várias gerações de neurologistas e neuro-

Neurocirurgião Abynadá Lyro

O provedor Sizenando Nabuco e o diretor-

cirurgiões que atuam hoje no Estado. HISTÓRIA

médico João Fireman convidaram o espe-

Casa, Abynadá Lyro falou sobre como era

Em 1968, ao retornar de sua especia-

cialista não apenas para trabalhar na ins-

exercer as duas especialidades em uma

lização na Pontifícia Universidade Católica

tituição, mas para implantar uma área espe-

cidade e em um período com poucos recur-

do Rio de Janeiro (PUC-RJ), o jovem neu-

cializada em Neurologia.

sos tecnológicos.

logista e neurocirurgião Abynadá Lyro foi

Em entrevista exclusiva à revista Santa



Abynadá Liro chegou à capital alagoana.

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Passados 40 anos, a Santa Casa de


Primeira Reunião de Neurologia e Neurocirurgia de Alagoas, em 1979

Maceió tornou-se referência na área ao

paciente quando submetido à angiografia.

para diversos hotéis de Recife até conse-

estruturar o centro cirúrgico e qualificar

Na época, os pacientes com problemas

guir falar comigo. "O caso era grave, por

sua equipe de profissionais para atender

neurológicos, como os casos de traumatis-

pacientes com problemas neurológicos.

mo craniano, por exemplo, eram cuidados

Além disso, criou uma Unidade de Terapia

por profissionais de outras áreas da Medi-

DEPOIMENTOS

Intensiva específica para atender a esses

cina.

Para os neurologistas Josias Inácio da

isso, decidi retornar a Maceió", recorda.

Como haviam poucos neurocirurgiões

Silva, Aldo Calaça e Ronald Mendonça, o

"Naquele tempo era preciso ser criati-

no Estado, a demanda era grande. "Quando

trabalho realizado por Abynadá Lyro serve

vo para adequar os equipamentos existen-

o cansaço físico chegava a um nível extre-

de exemplo para as novas gerações de

tes, reduzir os riscos e salvar os pacien-

mo, uma das alternativas era deixar a cida-

médicos, uma vez que era possível salvar

tes", recorda Abynadá Lyro, lembrando sua

de para dormir num hotel", lembra Abyna-

vidas sem o apoio de modernos recursos

parceria com o radiologista Eduardo Jorge

dá Lyro. Ele relata que, numa dessas oca-

tecnológicos. "Mesmo com a tecnologia

Silva. Os dois desenvolveram em Alagoas

siões, viajou até Recife com a esposa para

atual, a complexidade da região cerebral exige

a chamada neuroradiologia, inclusive cria-

poder dormir uma boa noite de sono. "O

um amplo conhecimento do profissional. Esse

ram um equipamento que permitiu reduzir

detalhe é que houve um caso emergencial

conhecimento foi transmitido por Abynadá

o número de injeções de contraste no

em Maceió, e a família do paciente ligou

Lyro", frisou Ronald Mendonça.

casos.

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PRESENTE DUPLO

Jovem doa rins e salva vida de adolescentes no Dia da Criança Médicos e pacientes fazem apelo para que famílias autorizem transplantes

A

s adolescentes A.A.N. e J.R.S., de 15 e 16 anos, respectivamente,

SADG

receberam no Dia da Criança um

presente único: ter uma vida normal graças à doação de rim de outra adolescente, que sofreu morte cerebral no Hospital do Açúcar. A família de K.C.C., de 17 anos, tornou possível esse presente ao decidir pela doação dos rins da jovem assim que os médicos comprovaram sua morte clínica. A paciente se tratava há anos de uma doença chamada febre reumática e veio a óbito após um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Já as adolescentes A.A.N., morado-



ra de Palmeira dos Índios, município situado a 134 km da capital alagoana, e J.R.S.,

Já em casa, recuperando-se da inter-

bom funcionamento mesmo depois de que-

residente no bairro do Farol, em Maceió,

venção cirúrgica, J.R.S. demonstrou conhe-

brar. Mas com uma condição. Quando uma

esperavam há anos na lista de espera de

cer bem o que é um transplante e também

pessoa morre, os médicos precisam deter-

transplantes. Para as duas, a espera acabou,

lançou um pedido à população. "Uma

minar se houve parada cardíaca. Caso o cora-

mas centenas de pessoas ainda continuam

pessoa pode salvar ou mudar a vida de sete

ção tenha deixado de funcionar, os órgãos

aguardando a sua vez e morrendo antes que

pessoas de uma só vez por meio da doa-

ficam comprometidos pela falta de oxige-

esse mesmo "presente" seja ofertado.

ção de órgãos. Por isso é importante que

nação. Nesse caso, só é possível retirar para

"Esperamos que a decisão dos pais e

as pessoas autorizem a doação de

doação tecidos como a córnea, trechos de

responsáveis dessa adolescente sensibilize

órgãos", disse J.R.S., elencando as cór-

pele, cartilagens etc.

as demais famílias alagoanas a fazerem o

neas, o coração, o rim, o fígado, o pulmão,

Se o paciente estiver no estágio de

mesmo", disse o urologista Mário Ronalsa,

a medula óssea e o pâncreas. Além deles,

morte encefálica - quando o cérebro deixa

um dos articuladores do programa de trans-

é possível a doação de tecidos como a

de funcionar de modo irreversível, mas o

plantes da Santa Casa de Maceió, ao lado

pele, os vasos sanguíneos e alguns ossos

resto do corpo ainda permanece em ativi-

do cirurgião vascular Jubrant Petruceli e do

e cartilagens.

dade -, é possível manter o coração funcio-

médico residente em Cirurgia Geral Léo Gomes, que realizaram o procedimento.



O corpo humano pode ser comparado a uma máquina, cujas peças se mantêm em

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nando por algumas horas até a retirada dos órgãos.


  

Transplantados passam a viver com três rins O transplante renal é uma cirurgia

espera aguardando por um rim têm êxito.

realizada para a substituição de um rim que

Todo paciente que apresenta insufi-

não exerce mais as funções que o corpo

ciência renal crônica pode se submeter ao

exige. Para substituí-lo, pode ser colocado

processo de transplante do rim. Entretanto,

um rim saudável de um doador vivo ou de um doador que veio a óbito. A eficácia desse processo se deve ao fato de que é o único método que cura, de fato, em casos de insuficiência renal. Outros métodos,

     

lógicos e suportar uma cirurgia com quatro a seis horas de duração. Conforme explica o urologista Mário Ronalsa, após a realização da cirurgia de transplante renal, o paciente levará uma vida normal, devendo seguir apenas alguns cuidados que perdurarão durante toda a vida. Durante os primeiros 20 dias, devem ser realizados exames laboratoriais e clínicos

insuficiência renal realizam tratamentos de

diariamente, ainda no período de inter-

o indivíduo precisa contar com algumas

romper a medicação ou qualquer orien-

diálise e hemodiálise no Brasil. Apenas três

condições clínicas: não ter lesões em ou-

tação fornecida pelo médico. Como é pos-

mil ao ano conseguem a doação de um

tros órgãos (cirrose, câncer, etc.), não ter

sível observar na ilustração acima, o indi-

rim para realizar o transplante e apenas

infecção urinária, não ter fungos ou tuber-

víduo passa a conviver com três rins, já que

10% dos pacientes que estão na lista de

culose, não apresentar problemas imuno-

o rim defeituoso não é retirado.

como a hemodiálise e a diálise, são tratamentos que realizam a função do rim através de aparelhos, entretanto, deixam o paciente dependente dos equipamentos por toda a vida. Hoje, cerca de 35 mil pacientes com

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nação, visando diagnosticar e prevenir uma possível rejeição do organismo. Conforme o tempo for passando, a frequência dos exames diminui, mas em nenhum momento o indivíduo deve modificar ou inter-

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EM DEZ ANOS

Cacon atendeu a 2.236 novos casos de câncer de mama Ministério quer dobrar mamografias só na faixa entre 50 e 69 anos Ministério da Saúde anunciou que,

O

Com uma expectativa de surgimento de

até 2014, pretende dobrar o núme-

52 mil novos casos de câncer de mama

ro de mamografias no Brasil por

somente este ano, especialistas como Marcos

meio de campanhas destinadas às mulheres

Davi estão temerosos quanto à decisão do

na faixa etária dos 50 aos 69 anos. O obje-

Ministério da Saúde. “A questão é que 20%

tivo é nobre, já que em Alagoas esse públi-

dos diagnósticos confirmados de câncer de

co representa 47% das mulheres atendidas

mama ocorrem quando a doença está em seu

pelo Serviço de Oncologia da Santa Casa de

início (fases 1 e 2), momento em que a pro-

Maceió entre os anos de 2000 e 2010.

babilidade de cura chega aos 95%.

O problema, segundo avalia o oncologis-

Oncologista Marcos Davi Melo

ta Marcos Davi Melo, responsável pelo Centro

res (80%) procura ajuda médica muito tarde,

de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon),

gia de Alagoas reconhecido pelo Inca e pelo

quando o tumor está em estágio avançado

da Santa Casa de Maceió, é que as mulhe-

Ministério da Saúde.

(fases 3 e 4), ou seja, quando o sucesso de

res “não cobertas” pelo Ministério da Saúde,

O erro de estratégia do Ministério da

cura cai para 30%”, alerta o oncologista,

ou seja, aquelas com idade até 49 anos e

Saúde ao restringir suas atenções para ape-

reforçando a mamografia como a melhor fer-

acima dos 70 anos representam 53% das

nas uma faixa etária preocupa os especialis-

ramenta de diagnóstico para identificação

de 40% dessas pacientes estão no extrato dos 30 aos 49 anos. “O foco das campanhas e a meta do Ministério da Saúde deveriam abranger todas as faixas etárias, e não ser restrita apenas a uma parcela do público-alvo”, alertou Marcos Davi, que representa a Santa Casa de Maceió junto ao Instituto Nacional do Câncer (Inca), uma vez que a instituição é credenciada no Ministério da Saúde como

      

mulheres atendidas no Cacon no período. Cerca



O problema é que a maioria das mulhe-

precoce do câncer de mama. MEDO DA MAMOGRAFIA Pesquisa realizada pelo Instituto Avon com 1.700 mulheres de 50 cidades brasileiras revela que metade delas não faz a mamografia porque tem medo do exame. Outras 60% associam o diagnóstico à dor e ao sofrimento devido à possibilidade de terem um resultado positivo. “Ignorar a doença é o principal erro das mulheres.Vale lembrar que

Cacon. Marcos Davi Melo também coorde-

tas porque o câncer de mama vem crescen-

90% dos diagnósticos ocorrem em pacien-

na e foi responsável pela implantação do

do entre as mulheres mais jovens e econo-

tes que nunca tiveram casos de câncer de mama

Registro Hospitalar de Câncer (RHC), único

micamente mais ativas, particularmente na faixa

na família, sendo de origem hereditária algo

banco de dados especializado em Oncolo-

etária dos 30 aos 49 anos.

entre 5% e 10% dos casos”, finalizou.

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