XI SEMINÁRIO INTERNACIONAL DA COMUNICAÇÃO PPGCOM - FAMECOS/PUCRS
Porto Alegre, 2011
XI SEMINÁRIO INTERNACIONAL DA COMUNICAÇÃO PPGCOM - FAMECOS/PUCRS 16, 17 e 18 de novembro de 2011 Mídias Locativas e Transmídia: de que meios estamos falando?
Apresentação Além de trazer importantes pesquisadores do exterior e aproximá-los de seus colegas brasileiros, o Seminário Internacional da Comunicação também tem como objetivo fazer circular, entre estudantes e professores, informações sobre os trabalhos apresentados. Este livro de resumos lista as apresentações do Seminário e oferece um panorama abrangente do que foi discutido durante o evento. Mesmo nos tempos da Aldeia Global e da digitalização quase irrestrita dos conteúdos, uma pequena publicação como esta pode ser muito útil. Afinal, saber o que os outros pensam é o primeiro passo para pensar melhor e democratizar o conhecimento. Prof. Carlos Gerbase Coordenador do XI Seminário Internacional de Comunicação
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Comunicação Social
Coordenador Carlos Gerbase Comissão Coordenadora Cristiane Freitas Gutfreind Juliana Tonin Juremir Machado da Silva Coordenação Geral dos GTs Eduardo Campos Pellanda Revisão de Conteúdo do Livro de Resumos Bruna Rocha Silveira Dafne Pedroso Laura D’Angelo Vilso Junior Santi Projeto Gráfico e Diagramação do Livro de Resumos Eduardo Harry Luersen Mateus Dias Vilela Capa Luiz Alberto Fagundes Neto Raphael Cardoso Espaço Experiência – Famecos/PUCRS
Programação 16 de novembro A partir das 12h no Saguão do Prédio 7 Credenciamento - 1ª sessão 14h – 17h30min (salas FAMECOS – Prédio 7) Grupos de Trabalho A partir das 17h30min no Foyer do Prédio 40 Credenciamento - 2ª sessão 19h30min (Teatro PUCRS – Prédio 40) - Abertura Oficial Conferencistas Jean-Bruno Renard (Universidade Paul Valéry Montpellier III) Palestra: Imaginário, boatos e tecnologia. George Bertin (CNAM) Palestra: Anthropologie de I’Imaginaire et structures de la communication, approches croisées. Coordenador: Juremir Machado da Silva (PUCRS)
17 de novembro 9h (Teatro PUCRS – Prédio 40) Conferencistas Federico Casalegno (MIT) Palestra: O lugar experimental.
William Uricchio (MIT) Palestra: Contextualizing the broadcast era. Coordenador: Eduardo Pellanda (PUCRS) 11h (Foyer do Prédio 40) Sessão de Autógrafos: Sociologia do Imaginário - Jean-Bruno Renard Memória cotidiana: comunidades e comunicação na era das redes Federico Casalegno 14h – 17h30min (salas FAMECOS – Prédio 7) Grupos de Trabalho 18h30min (Foyer do Prédio 40) Sessão de Autógrafos: Estendendo McLuhan: da Aldeia à Teia Global – Vinícius Andrade Pereira O que pesquisar quer dizer: como fazer textos acadêmicos sem medo da ABNT e da Capes – Juremir Machado da Silva Práticas acadêmicas em relações públicas: processos, pesquisas, aplicações - Cláudia Peixoto de Moura e Nelson Costa Fossatti Caio Fernando Abreu e o Cinema: o eterno inquilino da sala escura Fabiano de Souza Cinema de Animação: um diálogo ético no mundo encantado das histórias infantis - Carolina Fossati 19h30min (Teatro PUCRS – Prédio 40) Conferencistas Irene Machado (USP) Palestra: Para compreender a cultura do entretenimento em suas dimensões perceptuais e cognitivas. Vinícius Andrade Pereira (UFRJ) Palestra: Leis das mídias e a nova ciência - McLuhan explorador das formas. Coordenador: Antonio Hohlfeldt (PUCRS)
18 de novembro 9h (Teatro PUCRS – Prédio 40) Conferencista Eric McLuhan (The Harris Institute for the Arts) Palestra: The message of Today’s Digital Media. Coordenador: Jacques Wainberg (PUCRS) 14h – 17h30min (salas FAMECOS – Prédio 7) Grupos de Trabalho
Festa de Encerramento A partir das 19h no Dhomba (Lima e Silva, 1037 - Cidade Baixa - Porto Alegre) 22h Show da Banda dos Professores da Famecos 24h Show da Banda Trouble no More Ingressos na sala 125, Prédio 7, Térreo
Sumário GT Estudos em Jornalismo ............................................................... 7 GT Mídias Sonoras ......................................................................... 27 GT Comunicação e Indústria Audiovisual .................................... 41 GT Publicidade e Propaganda ...................................................... 59 GT Comunicação Organizacional e Relações Públicas ................ 79 GT Comunicação e Cultura .......................................................... 99 GT Comunicação e Política ......................................................... 127 GT Manifestações Visuais Contemporâneas ............................ 147 GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura ............................ 167 GT Sociologia da Imagem e Imaginários ..................................... 201
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Estudos de Jornalismo
Coordenador Profa. Dra. Beatriz Dornelles Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - Formas de Produção da Notícia Prédio 7 Sala 209 Mediadora Beatriz Dornelles (PUCRS)
Os desafios do Jornalismo impresso no século XXI Geder Luis Parzianello gederparzianello@yahoo.com.br Doutor UNIPAMPA O jornalismo impresso enfrenta o desafio inadiável de formar vínculos de leitura com seus auditórios de forma ainda mais decisiva neste começo da segunda década do século XXI por conta da inserção de novas linguagens midiáticas em suportes móveis, da sincronia das formas digitais e da comunicação em redes. O potencial de novas gerações de leitores encontra-se no imperativo da gestão das empresas de comunicação e novas realidades sócio-comunicacionais vêm forçando a revisão do papel do jornalismo. Com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desenvolvemos uma pesquisa em 22 jornais gaúchos e identificamos estratégias retóricas promovidas por estes jornais como forma de sobrevida dos meios. A pesquisa, realizada durante dois anos, entre julho de 2009 e julho de 2011, ainda não foi levada ao conhecimento público e o XI Seminário Internacional de Comunicação da PUCRS pode ser o momento para esta socialização.
Mediação jornalística e crítica de mídia: a visão do Observatório da Imprensa no jornalismo líquido Anelise Rublescki anelise_sr@hotmail.com Doutoranda UFRGS O jornalismo líquido tem como um dos traços distintivos o protagonismo de leitores e fontes como instâncias co-produtoras de conteúdo de viés 7
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noticioso. O artigo evidencia que o Observatório da Imprensa pratica um metajornalismo normativo-prescritivo singularmente conservador, excluindo a possibilidade de que a mediação do dia a dia e a construção da atualidade propiciadas pelo jornalismo ocorram também em espaços que não são institucionalmente jornalísticos, mas que, em nossa visão, se inserem no circuito da notícia. Metodologicamente, trata-se de um estudo que alia teoria e estudo de caso, discutindo tanto as características do Observatório enquanto espaço mediador, como o ideário sobre a mediação que emerge de um corpus de 25 artigos recentes publicados no site.
Jornais do Interior em transição: do papel impresso ao mundo virtual Beatriz Corrêa Pires Dornelles biacpd@pucrs.br Doutora PUCRS Jeniffer Severo jeniffersevero@yahoo.com.br Graduanda PUCRS Este trabalho partiu da identificação de jornais que se encontram online em todo o Rio Grande do Sul, com acesso gratuito, chegando a um total de 115. Nos jornais impressos, a pesquisa analisou a data de fundação dos jornais, a cidade de origem, a população-alvo, a tiragem, a periodicidade e a área de abrangência da circulação. No site, verificou-se a versão digitalizada, o local de postagem, os recursos multimídia, os mecanismos de interatividade com os leitores, o design, a origem da notícia e a periodicidade da atualização dos sites jornalísticos. O estudo faz parte de um projeto que objetiva identificar se houve mudança nos critérios de noticiabilidade da imprensa do interior ao migrarem para o formato online.
Afropress: comunicação alternativa em rede e construção de visibilidade pública no ativismo pela igualdade racial Leslie Sedrez Chaves leslie_chaves@yahoo.com.br Doutoranda UNISINOS Sátira Pereira Machado satira.spm@gmail.com Doutoranda UNISINOS 8
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O presente artigo faz uma análise da atuação da Afropress – Agência Multiétnica de Informação (www.afropress.com) no ativismo em rede pela igualdade racial. Fundada em 2004, em São Paulo, é a primeira agência de notícias que trata exclusivamente de assuntos relacionados à diversidade étnica, principalmente no Brasil. O objetivo do trabalho é lançar um olhar a essa experiência à luz dos eixos teóricos da Comunicação Alternativa, Comunicação em Rede e da busca e construção de visibilidade pública para a cidadania dos afro-brasileiros. Relacionando esses pontos, procura entender a atuação do ativismo pela igualdade racial nesse momento em que a sociedade, em suas várias temporalidades, vive a midiatização, onde os meios ganham centralidade e múltiplos usos.
Jornalismo Ambiental na web: uma análise dos critérios de noticiabilidade Daniela de Seixas Grimberg dsgrimberg@gmail.com Graduada PUCRS Beatriz Dornelles biacpd@pucrs.br Doutora PUCRS Visto como uma tendência a partir da conscientização ambiental global, mas ainda preso ao viés alarmista e exótico com que trata os acontecimentos, o jornalismo ambiental constitui-se em uma prática complexa e multidisciplinar, que atua independentemente das divisões editoriais definidas pelas práticas jornalísticas (Bueno, 2007). Com a popularização da web, essa especialidade foi ampliada, facilitando o acesso à informação ambiental independentemente de interesses dos anunciantes e das próprias empresas jornalísticas. A partir da aplicação das técnicas de análise de conteúdo, este trabalho objetiva o estudo comparativo entre dois tipos de veículos virtuais de comunicação: um generalista (Folha.com) e outro especializado (Portal do Meio Ambiente). Assim, busca-se ilustrar a abordagem da temática ambiental por meio dos critérios de noticiabilidade criados por Galtung e Ruge (1965), das categorias de análise em jornalismo ambiental e dos recursos jornalísticos da web.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 2 - Estudos de Jornalismo em Televisão Prédio 7 Sala 214 Mediador Marco Antonio V. Villalobos (PUCRS)
O factual e a crise no telejornalismo Antônio Luiz Oliveira Heberlê antonio.heberle@bol.com.br Doutor UCPel Felipe Bonow Soares felipebsoares@hotmail.com Graduando UCPel As novas mídias nos trazem desafios no que tange à produção de informação, que se desprende dos suportes convencionais e passa a correr livre nas plataformas da internet. No jornalismo, papel, microfone, estúdio, ilhas de edição, são conceitos em mutação, mas também estão em ebulição e em crise os sistemas de produção, pois a sociedade está produzindo ou reproduzindo dinamicamente muita informação. O grande problema hoje é a seleção dos materiais, que precisam ser analisados a partir de vários critérios de notícia. Como as abordagens jornalísticas passaram a incluir os recursos das rede, o próprio conceito de jornalismo entra em crise, uma vez que os informes se desprendem da visão especialista.
Os jornais que não saem do ar: uma análise dos telejornais na internet Cínthia Soares Barbosa cinthiasb@terra.com.br Mestranda PUCRS A tecnologia digital influencia as rotinas de produção seja na televisão, no cinema, no rádio, na música, nas formas de participação social, enfim, na comunicação. Diferentes possibilidades produzem outras demandas. Em tempos em que se discute a implantação da televisão digital, transpor a fórmula de um meio para outro é não considerar as especificidades de cada um. Tecnologia digital não é sinônimo de internet. Dessa maneira esse trabalho propõe analisar como os telejornais interagem com os seus respectivos sites e tentar entender como a convergência pode ser útil na participação do público. Para 10
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ajudar a compreender esse fenômeno autores como Newton Cannito, Henry Jenkins, Valério Cruz Brittos e Artur Matuck.
O limiar entre espetáculo e informação no telejornalismo: um estudo dos telejornais de Belém-Pará Florentina das Neves Souza flora@uel.br Doutora UEL Anderson José da Costa Coelho andersoncoe@gmail.com Mestrando UEL O presente artigo é uma proposta de reflexão sobre o uso de elementos que extrapolam a informação em detrimento da espetacularização no telejornalismo de Belém, no Pará. O ensaio se ancora no trabalho de Guy Debord sobre a Sociedade do Espetáculo. Como recorte da análise foram utilizadas duas edições do telejornal policial Barra Pesada de TV RBA e o telejornal Balanço Geral de TV Record Belém. Ambas apresentam, na informação e na estética de produção, elementos de entretenimento para para atrair o público telespectador, com tom apelativo.
A construção do acontecimento jornalístico a partir dos processos interativos da Cibercultura Alciane Nolibos Baccin alcianebaccin@yahoo.com.br Mestranda UNISINOS O processo de comunicação transforma-se a partir do avanço do uso da internet e da interatividade dos dispositivos midiáticos. Os acontecimentos eram vistos e narrados ao público apenas pelo olhar das mídias tradicionais, atualmente são disseminados e discutidos, principalmente, através das mídias digitais, que se caracterizam pela colaboração de informações. As mídias/redes sociais têm papel importante no desenvolvimento destas interações, tornando possível a multiplicação instantânea de um acontecimento. A cobertura jornalística alimenta-se cada vez mais dessas intervenções. É nessa ambiência midiática que se situa a Cibercultura. O presente artigo parte da hipótese de que, com o avanço da utilização das mídias sociais pelos jornalistas, reconfigura-se o modo de construção dos acontecimentos jornalísticos. 11
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Da circulação à recirculação: considerações sobre jornalismo, redes sociais e economia da atenção Gabriela da Silva Zago gabrielaz@gmail.com Doutoranda UFRGS O trabalho discute a circulação jornalística no Twitter em um cenário de abundância de informações. Inúmeras mensagens, provenientes de diversos atores, disputam a atenção dos interagentes. Como consequência, pode-se ter uma leitura superficial, em que notícias que apelam para emoção ou humor se destacam. Para explorar essas questões, utilizou-se como técnicas de pesquisa observação, análise de conteúdo e questionário. A partir das respostas e da observação da repercussão de tweets postados por veículos na ferramenta, percebese que nem tudo o que circula é de fato consumido, podendo-se ir da circulação à recirculação sem antes passar pelo consumo. Além disso, em decorrência de apropriações, muitas vezes apenas a informação que circula no Twitter é insuficiente para compreender o contexto em que os acontecimentos jornalísticos se inserem.
CQC: o jornalismo gonzo televisivo Eduardo Ritter rittergaucho@hotmail.com Mestre UFPel O jornalista e escritor norte-americano Hunter S. Thompson (19372005) criou na década de 1960 o que ficaria conhecido como jornalismo gonzo, fazendo grandes reportagens para revistas como Rolling Stone, Playboy, Newsweek e National Observer. Entretanto, o quê é o jornalismo gonzo? É possível identificar diversas características desse tipo de jornalismo ao longo da obra de Thompson: o jornalista produz a matéria enquanto a notícia acontece, a participação do autor no evento que está cobrindo e o uso linguagem irônica, com humor e com o uso circunstancial de palavrões. Nesse sentido, o presente estudo aponta a permanência do jornalismo gonzo em outras plataformas, que não a impressa, como a televisão. Identificase a prática desse tipo de jornalismo no programa Custe o Que Custar (CQC) da Rede Bandeirantes de Televisão. Cria-se, dessa forma, novos questionamentos sobre a prática jornalística contemporânea. 12
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Dia 17/11 - 14h Mesa 3 - Processos de Produção no Jornalismo Prédio 7 Sala 209 Mediadora Beatriz Dornelles (PUCRS)
O rock brasileiro dos anos 70 e a crítica nas páginas da revista Música: desconfiança e ceticismo Cassiano Scherner cassianoscherner@uol.com.br Doutor FACCAT Quando chegou às bancas de jornal em junho de 1976, a revista Música não era apenas mais uma publicação voltada para o jornalismo musical. Era sim, diferente de outras publicações que ocupavam o mesmo nicho editorial como a revista POP e do jornal Rolling Stone. Enquanto estes tinham o rock e a cultura jovem como prioridade em termos de enfoque editorial, Música apresentava dois diferenciais inéditos até então para uma revista de música brasileira. O primeiro, o de ampliar seu enfoque musical, não ficando restrita a abordagem da cultura do rock e da cultura jovem. O segundo era o de realizar uma crítica musical voltada para os detalhes que agradassem a um público que se interessasse por temas como performance e quesitos técnicos (modelos de instrumentos musicais e de aparelhos de palco). A publicação abriu uma nova frente para a então convencional crítica que era publicada nas revistas musicais daquela época. E, especificamente, ao que diz respeito ao rock brasileiro setentista, demonstrava em suas críticas, um ar de desconfiança e de ceticismo.
As relações de poder no jornalismo infantil Thaís Helena Furtado thaisf@unisinos.br Doutoranda UFRGS Na área da Comunicação e, especialmente no jornalismo, as pesquisas sobre crianças são escassas, apesar da importância que esse grupo social tem adquirido na contemporaneidade. Este artigo propõe uma revisão teórica sobre a relação entre infância e mídia e mais especialmente entre infância e jornalismo. A partir de um levantamento histórico sobre o conceito de infância, chega-se às noções de dois autores. O 13
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primeiro é Michel Foucault , que vê a produção do sujeito infantil como resultado de uma relação de poder na qual o adulto está sempre tentando capturar as crianças com vistas a seu gerenciamento. O segundo é Gilles Deleuze, que propõe o conceito do devir-criança, ou o processo criativo pelo qual as minorias se metamorfoseiam para escapar do controle social. Tendo como base esses olhares, são propostas algumas questões sobre o jornalismo infantil.
Processo de produção no jornalismo Luis Fernando Assunção lufe@folha.com.br Doutorando UNISINOS Anotações ou registros são materiais preciosos para investigar o processo produtivo no jornalismo. Um dos caminhos possíveis de estudo do processo jornalístico, entre outros tantos já pesquisados, estão os manuscritos e anotações, através da Crítica Genética. Esse método possibilita estudos de manuscritos de qualquer forma de expressão, seja artísticas, literárias e, agora, jornalísticas. Através de suas anotações, os jornalistas deixam rastros capazes de identificar caminhos tomados na definição da pauta, da reportagem ou mesmo as modificações que ocorreram ao longo do processo de concepção do texto. A memória da reportagem – cujos índices são materializados nos documentos do processo – não pode ser vista de modo desvinculado da memória que faz o jornalista “ser aquilo que ele lembra”. Ao falarmos de percepção e memória, de um modo geral, e de filtros, seleções e recorrências, de modo mais específico, desenhamos parte do diagrama do espaço da subjetividade na construção da reportagem.
Impactos da Cibercultura Vânia dos Santos Mesquita vaniasantosmesquita@uol.com.br Doutoranda PUC-SP O objetivo desse trabalho é discutir os impactos socioculturais que contribuíram para alterar e influenciar as formas e maneiras de se produzir jornalismo na atualidade e que repercutiram no ensino dessa profissão nas últimas décadas. A pesquisa parte da reflexão sobre conceitos como visibilidade mediática, cibercultura e dromocracia cibercultural. O interesse aprofundar sobre os impactos socioculturais como aceleração tecnosimbólica da cultura dromocrática se deve 14
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a outro estudo mais abrangente que pretende verificar sobre as características provenientes do jornalismo impresso aproveitadas ou adaptadas para o jornalismo on-line e vice-versa. Não se pretende apenas conhecer as alterações ou técnicas de se produzir jornalismo, em um ou outro suporte, mas entender historicamente a evolução do processo de produção jornalística nesses meios e as mudanças necessárias que ocorreram do ponto de vista conceitual e sociocultural.
Contando histórias sobre o mundo: uma reflexão sobre o jornalismo internacional a partir das narrativas de Clóvis Rossi e Larry Rohter Ivan Elizeu Bomfim Pereira ivanbp17@yahoo.com.br Doutorando UFRGS Karine Moura Vieira karinemourav@terra.com.br Doutoranda UNISINOS O trabalho reflete sobre o jornalismo internacional a partir das obras Enviado Especial: 25 anos ao redor do mundo, de Clóvis Rossi e Deu no New York Times, de Larry Rohter. Busca-se compreender como esses profissionais constroem um conhecimento sobre os países onde estiveram baseados, em reportagens e reflexões autobiográficas. Observa-se a contextualização das narrativas, expondo o papel destes jornalistas como mediadores de esferas distintas de realidade (Berger, Luckmann, 1973), constituindo, assim, uma instância pedagógica (Traquina, 2000) fundamentada na mediação cultural, que incide na instituição e manutenção de representações acerca do outro.
No jornal e no “livro de repórter”: interesse jornalístico e importância histórica na crise Colômbia-Equador Angela Zamin angelazamin@gmail.com Doutoranda UNISINOS O texto traz um exercício de análise de um acontecimento de longa duração (Fontcuberta, 1993) ao observar a capacidade de suscitar comentários e a de provocar novos fatos (Gomis, 1991). Borrat (1989) nomeia estas características de interesse jornalístico e importância histórica, respectivamente. Examina a crise Colômbia-Equador, desencadeada em março de 2008, pela perspectiva do jornalismo 15
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equatoriano. A análise toma como corpus textos informativos do jornal de referência El Comercio e o livro El juego del camaleón, do jornalista Arturo Torres. Ao orientar-se por uma análise entre o que circulou no jornal e o que foi deslocado para o Livro de repórter (Marocco, 2011), discute processos jornalísticos ligados a um certo tipo de acontecimento, que repercute em um tempo alargado pelas consequências que gera.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 4 - Jornalismo e História Prédio 7 Sala 214 Mediador Jacques Alkalai Wainberg (PUCRS)
O estado morreu, viva o estado! Leani Budde leani8@yahoo.com.br Doutoranda UFSC Alexandre Fernandez Vaz alexfvaz@uol.com.br Doutor UFSC Após definhar por vários anos, chamado “o mais antigo” de Santa Catarina, o jornal O Estado foi à falência. Seu fim não pode ser atribuído unicamente à força das novas tecnologias, mas à crescente monopolização do mercado da comunicação e também ao modo de se conduzir um empreendimento jornalístico (Wisinger, 1997). O período de profissionalização jornalística resumiu-se a três das nove décadas de existencia do jornal, mas permanece como referência identitária para vários profissionais que nele atuaram e que se reúnem num fórum em rede social da internet denominado “Reencontro O Estado”. O compartilhar de experiências remete ao conceito de Lugar de memória (Nora, 1993). Abordaremos aqui como o jornal elaborou um discurso sobre si mesmo nos cadernos especiais de aniversário, vistos aqui a partir das noções de monumen/documento (Le Goff, 1992), e como alguns personagens envolvidos no processo o viveram.
A ficção do Novo Jornalismo nos livros-reportagem de Caco Barcellos e Fernando Morais Juan Domingues juan.domingues@pucrs.br Doutorando PUCRS Entre o fim dos anos 50 e início dos 60 do século XX, a narrativa jornalística literária ganhou impulso a partir do Novo Jornalismo, que alterou a construção textual da informação publicada por veículos impressos, especialmente jornais e revistas. Gay Talese, Tom Wolfe e Truman Capote são alguns ícones deste estilo. Este trabalho, que integra tese de doutorado em andamento, pretende refletir sobre os limites da 17
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apropriação pelo jornalismo de recursos da literatura e problematizar a ficcionalização nos livros-reportagem de Caco Barcellos e Fernando Morais. A partir disso, busco identificar esse gênero, que, influenciado pela ficção do Novo Jornalismo, trabalha com ferramentas típicas da história, como a exaustiva investigação de documentos sobre fatos reais, que estrutura sua narrativa com recursos da literatura, como a ficção, e que, ao mesmo tempo, se apresenta como produção textual erguida sobre os alicerces do jornalismo, que se anuncia como reflexo da realidade, da verdade.
Jornalismo e memória Jerusa de Oliveira Michel jerusa.michel@gmail.com Mestranda UFPel Margareth de Oliveira Michel margareth.michel@gmail.com Mestre UCPel Em um cenário onde os veículos de comunicação passam a operar na produção de memórias sociais este artigo objetiva apresentar uma discussão sobre a relação entre jornalismo e memória. A atividade jornalística tem como tarefa o registro do cotidiano que, muitas vezes, acaba por tornar-se a documentação dos fatos ocorridos em uma comunidade, e ainda que não seja seu objetivo, acaba por escrever a história do lugar. As notícias e os exemplares dos jornais, arquivados, constituem-se no viés condutor da memória local. Para entendermos melhor esta associação dividiremos este artigo em três partes. A primeira abordará a concepção de memória de acordo com diferentes autores, a segunda parte abordará o fazer jornalístico e a terceira parte tecerá uma relação entre ambos, usando como estudo de caso o jornal comunitário O Pescador elaborado pelos alunos da Escola de Comunicação Social da UCPEL e comunidade de pescadores Z3.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 5 - Estudos da Prática Jornalística em Jornais Prédio 7 Sala 209 Mediadora Beatriz Dornelles (PUCRS)
Página 10: conspiração ou submissão? Geórgia Pelissaro dos Santos georgia.santos@acad.pucrs.br Mestranda PUCRS A influência efetiva dos definidores primários na cobertura política da “Página 10”, do jornal Zero Hora – e do jornalismo político em geral – é sempre uma dúvida. Sob a ótica de Hall (1973), as “distorções” encontradas na produção jornalística não são fruto de uma conspiração, mas da subordinação dos jornalistas às fontes institucionalizadas. Como militantes de décadas desconfiam do posicionamento de neutralidade adotado pelo diário, se faz necessária uma abordagem científica que encontre ou vestígios de partidarismo no texto ou de simples difusão da ideologia dominante, da ideologia do momento. O texto tem o intuito de entender – e quem sabe desvendar – o “mistério” da posição política adotada por Zero Hora e, em específico, pela jornalista titular da principal coluna do jornal, Rosane de Oliveira.
David e Golias na era da informação globalizada: o jornalismo local em contraposição aos cadernos de bairro editados pela grande imprensa Fernando Biffignandi biffignandi@yahoo.com Mestrando PUCRS Beatriz Dornelles biacpd@pucrs.br Doutora PUCRS Este artigo aborda a relação existente entre a prática do jornalismo voltada ao local, em contraposição ao modelo atual, globalizado, exercido pela grande mídia. Buscamos, através da revisão de conceitos e experiências, subsidiar esta saudável discussão, respeitando as origens históricas e seus referenciais teóricos. Compreender as razões pelas quais os grandes jornais vêm ocupando os espaços do jornalismo comunitário, através de seus cadernos de bairro. Sabemos que esta 19
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dualidade é real, afinal, com o fenômeno mundial da informação, a cultura local vem sendo absorvida naturalmente neste processo. Porém as comunidades que habitam o planeta não são globalizadas, são quotidianas.
Características e limitações no jornalismo regional: estudo do jornal Bom Dia Roberto Reis de Oliveira rreisoliveira@uol.com.br Doutor UNIMAR As características, práticas e conteúdos do jornalismo cuja tônica é o regional constituem relevantes objetos de investigação. Nesta esteira, este estudo parte dos conceitos de região, território e mídia regional e focaliza a rede paulista de jornais Bom Dia, que atua em dez cidades do estado de São Paulo. Com procedimentos metodológicos utilizamse a pesquisa bibliográfica e documental além de observação e estudo dos conteúdos das edições impressas disponibilizadas no portal da rede, configurando uma investigação qualitativa do tipo estudo de caso incorporado. Observa-se, principalmente, que a operação em rede é fator que viabiliza as questões comerciais da empresa em detrimento do jornalismo, curvado à superficialidade, ao espaço publicitário e ao conteúdo compartilhado.
Dez anos de luta: a representação da reforma psiquiátrica após a lei antimanicomial no discurso do jornal Folha de S. Paulo Denise Cristina Ayres Gomes dayres2@terra.com.br Mestre UFMA O objetivo do artigo é analisar os efeitos de sentido associados à reforma psiquiátrica no discurso do jornal Folha de S. Paulo desde a aprovação da lei antimanicomial em 2001 até o ano de 2011. A partir da teoria da complexidade, o estudo utiliza a análise de discurso de linha francesa para delinear as formações discursivas que associam o movimento às dimensões: epistemológica, técnico-assistencial, jurídico-política e cultural. O corpus é composto por 18 matérias referentes à Semana Nacional da Luta Antimanicomial. A narrativa jornalística integra a esfera cultural ou simbólica que incorpora o paradigma emergente da complexidade na representação da loucura. 20
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Segurança para quem? O discurso midiático sobre as Unidades de Polícia Pacificadora Pedro Barreto Pereira ppbarreto@gmail.com Mestrando UFRJ Este trabalho analisa o discurso do jornal O Globo sobre as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na cidade do Rio de Janeiro. A pesquisa tem por objetivo compreender o processo de produção e seleção de notícias sobre o crime no Rio de Janeiro e a maneira como elas contribuem para a formulação e consolidação de políticas de Segurança Pública. Para tanto, o trabalho analisa as relações entre mídia, governo e público neste processo. O recorte teórico considera o contexto contemporâneo de fins do século XX e início do século XXI, de forma a compreender de que maneira o modo de produção capitalista e a política econômica neoliberal influenciam os comportamentos individuais e coletivos, assim como a formulação de políticas públicas na área de Segurança Pública.
O jornalismo para Paz na cobertura jornalística sobre refugiados em Zero Hora Anelise Zanoni Cardoso anezanoni@yahoo.com Doutoranda UFRGS Com a constante mudança no cenário jornalístico devido à inserção de novas mídias, o fazer jornalístico é lançado a reflexões. Para dar visibilidade aos fatos, a cobertura feita por jornais encontra desafios para destacar-se frente à instantaneidade da internet. Atributos da espetacularização ou o aprofundamento em histórias de vida são alguns artifícios utilizados para atrair o público. No encontro de alternativas, o Jornalismo para Paz surge como uma proposta inversa à espetacularização, na qual o profissional busca causas e soluções para conflitos e utiliza o discurso não-violento e criativo para melhorar representações da mídia, da construção da realidade e da consciência crítica. Este trabalho analisa as características do Jornalismo para Paz e suas possibilidades na cobertura jornalística sobre refugiados feita por Zero Hora. Ao longo do estudo, perceberam-se evoluções na abordagem do assunto e nas características dos textos produzidos pelo veículo em análise. 21
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Dia 18/11 - 14h Mesa 6 - Processos de Produção do Jornalismo Prédio 7 Sala 214 Mediadora Ivone Cassol (PUCRS)
Da Status a Men’s Health: uma trajetória das revistas masculinas no Brasil Gustavo Boaventura gustavo.boaventura@gmail.com Mestrando UERJ A imprensa brasileira do século XIX foi marcada por publicações gerais e periódicos femininos. As revistas ilustradas tomaram fôlego, combinando notícias, reflexão e entretenimento. Neste contexto, o homem ficou à margem dos interesses editoriais, pois a eles cabia a posição de leitores de notícias do Estado e dos negócios. As primeiras revistas masculinas seriam publicadas na segunda metade do século XX, com conteúdo classificado como pornográfico pela censura. Já no final do século XX, surgem revistas voltadas ao bem-estar e aos cuidados do homem com sua saúde e sua vida. Ao evidenciar a vaidade, as novas revistas masculinas traduzem discursos do que é ser homem na sociedade contemporânea. Dessa maneira, o artigo remonta a trajetória das revistas masculinas no Brasil e o caminho percorrido por elas na formação de seu público leitor.
A cena performática nas capas de jornal Élida Lima Ferreira lima.elida@gmail.com Mestre UNIJUÍ Antônio Luiz Oliveira Heberlê antonio.heberle@bol.com.br Doutor UCPel A mídia ocupa, no mundo contemporâneo, o espaço por excelência em que as informações adquirem forma, tomam curso. Há de se considerar, entretanto, que, mesmo com poder delegado e legitimado por outros campos, a mídia mostra os fatos a partir de seu próprio viés, encena uma forma de dizer, que podemos considerar discursiva e performática. Assim, o trabalho proposto tem como objetivo central
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discorrer sobre a produção jornalística, considerando diferentes dimensões que interferem na sua elaboração, com ênfase nos discursos que circulam nas capas dos jornais impressos, eis que esse espaço permite vislumbrar, mesmo que em parte, aspectos peculiares à performance discursiva encenada pela mídia. A investigação está sustentada nos pressupostos da teoria dialógica do discurso (Bakhtin, 1952-1953/2003) em interlocução com estudos sobre a mídia (Charaudeau, 2006; Traquina, 2005).
Rodando a baiana com McLuhan Eliane Meire Soares Raslan elianest2002@yahoo.com.br Doutoranda PUCRS O estudo utiliza do final da trajetória artística de Carmen Miranda, analisando duas reportagens de diferentes revistas no ano de sua morte. As revistas O Cruzeiro e Manchete trataram da morte de Carmen buscando um retrospecto de sua carreira. Ao mesmo tempo iremos buscar discutir ambas as reportagens sobre o prisma das teorias de McLuhan. O estudioso criticou os efeitos psicológicos das mídias tratando a rapidez das transformações tecnológicas enfrentadas. A relação com McLuhan é pensar nessas revistas tradicionais como expressões, discorrendo em Carmen como objeto para o meio da mensagem e teve forte impacto sensorial sobre a população. O estudo apresenta os meios que transmitiram a imagem de Carmen, baseado nas informações e influencias das reportagens de 1955 dessas duas revistas, trabalhando as ideias de McLuhan sobre a meio como mensagem.
Jornalismo online: a construção da notícia a partir do Twitter no caso da falsa morte de Amir Kahder Rafael Kondlatsch emailrafak@gmail.com Mestrando UNESP Diante do novo cenário que está sendo criado no jornalismo online e instantâneo, percebe-se que as mídias sociais, com destaque para o Twitter, estão se tornando ferramentas de pauta primordiais para os profissionais que atuam em portais e sites de notícias. Esse artigo
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é parte da dissertação do autor que busca avaliar essa nova prática do jornalismo na qual a apuração muitas vezes cede espaço para a pressa, uma herança dos tempos em que o furo era um troféu a ser comemorado dentro da redação. O trabalho tem como base a análise de caso da falsa morte do promoter Amir Kahder, noticiada em grandes veículos e desmentida horas depois. A origem da notícia foi a nota publicada no Twitter do amigo de Kahder, o também famoso David Brazil, que sequer foi investigada antes de ser lançada na rede.
A construção de sentidos sobre o consumo no discurso da revista Vida Simples Gisele Dotto Reginato giselereginato@gmail.com Mestre UFSM O objetivo deste artigo é problematizar a articulação entre simplicidade e consumo no discurso da revista Vida Simples (Editora Abril). Entendemos que a proposição da revista de divulgar um estilo de vida alternativo também passa pela temática do consumo e mais, articula as dimensões do individual e do coletivo num projeto que tem por base a reflexividade. Utilizando o aporte da Análise de Discurso de linha francesa, os recortes discursivos indicam que os discursos da Vida Simples estão tensionados entre a incitação a um consumo individual, a um consumo ambiental e a um consumo politizado. A partir do estudo dos aspectos socioculturais que atravessam o discurso jornalístico, entendemos haver uma formação ideológica hegemônica na revista, que se ancora numa ideologia dominante na nossa época: a de que o indivíduo é a medida de tudo.
O discurso jornalístico em ordem Carolina Pompeo Grando carolinapompeo@gmail.com Mestranda UFSC Este artigo se propõe a realizar uma breve reflexão a respeito desses procedimentos discursivos formulados por Foucault da perspectiva do discurso jornalístico – a ideia é empreender um esforço para pensar como tais procedimentos determinam ou influenciam a produção e o funcionamento do discurso jornalístico e quais são os efeitos posteriores desse discurso sobre os indivíduos que o consomem. 24
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Revista Realidade e a grande reportagem – abordagem hermenêutica Bruna Teixeira da Silveira silveira.bruna@gmail.com Mestranda PUCRS Desenvolvido para a cadeira de Comunicação e Teoria das Ideologias, esse ensaio objetiva compreender, a partir da técnica semiológica, de que maneira a grande reportagem, aqui representada pela Qual o seu mundo, Chico Xavier?, veiculada nas páginas da Revista Realidade, de 1971, contribuía para formação de conceitos sociais. Na narrativa, foram analisadas as categorias Estereótipo, Cultura, Mito, Poder e Socioletos, de Roland Barthes, levando em conta, também, a época de circulação desse veículo. Para tanto, foi adotada a Abordagem Hermenêutica, com base no método de John B. Thompson, que oportuniza a revisão sócio-histórica do período em que foi fundada e esteve em circulação a Revista Realidade.
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Mídias Sonoras
Coordenador Luciano Klöckner Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - História, Política e Ficção no Rádio Prédio 7 Sala 308 Mediador Luciano Klöckner (PUCRS)
Rádio e ficção na obra de Erico Verissimo: uma análise de Incidente em Antares. Doris Fagundes Haussen dorisfah@pucrs.br Doutora PUCRS Ao longo do século XX o rádio e a literatura foram responsáveis pelo registro e a divulgação do desenvolvimento das sociedades. Imaginários e identidades constitutivos destes dois meios circulavam e eram capturados e expostos tanto em criações literárias quanto em programações radiofônicas. Neste sentido, analisa-se no presente texto, a presença do veículo no romance Incidente em Antares, do escritor Érico Veríssimo, com o objetivo de verificar a importância do papel do rádio na ficção produzida pelo escritor. Busca-se, também, identificar as expectativas tecnológicas da sociedade em relação ao rádio, identificadas pelo autor em sua obra ficcional que abrange um período de mais de 50 anos do século passado. O referencial teórico apoia-se em autores como Morin, DaMatta, Cebrián Herreros, Meditsch, entre outros.
Papo ou História?! Um programa de rádio no Acre Francisco de M. Pinheiro fdandao@gmail.com Doutorando PUCSP Um programa de cerca de dois minutos, levado ao ar pela Rádio Aldeia FM, de Rio Branco, no Acre, tem causado mais interesse pela história do Estado do que as exposições tradicionais levadas a efeito 27
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nas salas de aula. Sob o título Papo ou História?!, os amigos Aarão Prado (locutor) e Marcos Vinícius Neves (historiador) encenam uma conversa descontraída sobre personagens e passagens importantes da vida acreana. Ao final de cada conversa, o locutor pergunta para o historiador: - Como é que você sabe disso, você estava lá? Ao que o historiador responde: - Não, eu não estava lá, mas eu me lembro! Tecer considerações sobre essa utilização do rádio para a dessacralização e disseminação de episódios praticamente esquecidos da historiografia (fatos e heróis) acreana é o principal objetivo desse artigo.
Rádio Cultura AM de Joinville e suas relações políticas e econômicas na década de 1960 Izani Pibernat Mustafa Doutoranda
izani@brturbo.com.br Faculdade Anhanguera
O artigo aborda parte da história da terceira emissora em Joinville, a Rádio Cultura AM, idealizada por um político do Partido Social Democrático (PSD), em 1º de julho de 1959. Jota Gonçalves destacouse na Rádio Difusora AM – fundada em 1º de fevereiro de 1941 – e, a partir de 1954, foi eleito vereador pela Aliança Social Trabalhista. Mais tarde foi deputado estadual e concorreu a prefeito, em 1956. Nesse ano, ele começou a estruturar a Rádio Cultura, com a ajuda do primeiro patrão, Wolfgang Brosig, e do PSD. A emissora, a exemplo das demais, estava sob forte influência política existente no estado e que se dividia entre as famílias Konder-Bornhausen e Ramos. Jota não se elegeu prefeito, não tinha dinheiro para manter a emissora e a vendeu para a família Schmidt, dona da Fundição Tupy. Nas mãos dessa empresa, a emissora foi reestruturada, recebeu melhorias na infraestrutura, investimentos em equipamentos de última tecnologia e teve uma equipe de jornalismo até 1984.
Roberto Landell de Moura: o pioneiro brasileiro das comunicações Luiz Artur Ferraretto Doutor
luiz.ferraretto@uol.com.br UFRGS
Reflexão historiográfica sobre o papel de Roberto Landell de Moura no desenvolvimento das tecnologias relacionadas à radiodifusão e às 28
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telecomunicações. Neste sentido, procura-se posicionar a contribuição do cientista brasileiro, cotejando-a com a de outros pioneiros como o italiano Guglielmo Marconi, os alemães Adolf Karl Richard Slaby e Karl Ferdinand Braun, os estadunidenses Edwin Howard Armstrong e Lee De Forest, o inglês Oliver Joseph Lodge e o canadense Reginald Aubrey Fessenden. Para tanto, parte-se dos dados coletados por biógrafos de Landell de Moura como Fornari (1960), Almeida (1983, 1984 e 2006) e Rodrigues (2004), questionando-se as diferenças entre os significados atribuídos à palavra rádio na época das pesquisas de Landell e a partir dos anos 1920, neste último caso já sob a vigência do meio de comunicação ponto-massa que leva tal denominação.
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GT Mídias Sonoras
Dia 16/11 - 15h30min Mesa 2 - Propostas Metodológicas e Análise Prédio 7 Sala 308 Mediador Luciano Klöckner (PUCRS)
Recepção radiofônica: a importância da pesquisa exploratória Graziela Bianchi grazielabianchi@yahoo.com.br Doutora IELUSC O artigo tem por objetivo refletir sobre questões que estão relacionadas ao processo de pesquisa exploratória desenvolvido durante o trabalho que originou a tese “Midiatização radiofônica nas memórias da recepção: marcas dos processos de escuta e dos sentidos configurados nas trajetórias de relações dos ouvintes com o rádio”. O movimento realizado nesta construção proporcionou o contato mais direto com a realidade concreta do objeto empírico. Tendo esta base, foi possível perceber direcionamentos e redirecionamentos necessários à investigação. A pesquisa exploratória foi realizada com o intuito de propiciar contato inicial e efetivo, especialmente com os sujeitos que participariam da investigação, obtendo pistas sobre seus modos de vida e configurações como radiouvintes. Nessa demarcação, o interesse em pesquisar idosos em diferentes cenários de Porto Alegre, âmbito escolhido para a investigação (ruas, comércios, grupos organizados e também instituições especializadas, como asilos).
A interatividade no rádio: uma proposta metodológica para o estudo do discurso radiofônico Suely Maciel Doutora
sulamaci@uol.com.br UNESP
Sandra Regina Picolo Doutora
spicolo@uol.com.br FAPAN
O trabalho apresenta uma proposta metodológica para o estudo do discurso radiofônico, a partir da interatividade entre os sujeitos da comunicação (no caso, apresentadores e ouvintes de programas). Toma-se como parâmetro a Análise Dialógica do Discurso (ADD), em 30
GT Mídias Sonoras
especial o fundamento dialógico da comunicação discursiva, realizada na interação entre sujeitos mutuamente ativos e responsivos. Além disso, compreende-se o rádio como mídia constituída na articulação dos códigos verbal, sonoro e musical, o que exige uma abordagem integral e concomitante de todos esses elementos na análise da mensagem. O método permite a identificação das estratégias enunciativas empregadas na interlocução interativa e os sentidos decorrentes dessa forma particular (bastante valorizada na atualidade) de diálogo midiático
Opinião e informação no radiojornalismo esportivo Bruna Atti Provenzano Mestranda
brunaprovenzano@gmail.com FEEVALE
Marcos Emílio Santuário santuario@feevale.br Doutor FEEVALE O trabalho realizará uma análise de conteúdo do radiojornalismo esportivo apresentado em programas que antecedem as transmissões de jogos de futebol. Para realizar tal estudo, são observados os discursos de repórteres das rádios ABC 900 AM (Novo Hamburgo), Guaíba e Gaúcha (Porto Alegre) durante a programação denominada pré-jornada. São localizadas, nestes discursos radiofônicos, categorias pré-estabelecidas, que dão forma à presente análise de conteúdo radiojornalístico. Entre as hipóteses desta pesquisa destacamse a divergência entre a importância informativa dos conteúdos apresentados em relação ao tempo de programação disponível. Nasce daí uma delicada relação entre opinião e informação que surgem no discurso do repórter. Tal análise tem também como referenciais teóricos estudos sobre gêneros no radiojornalismo, jornalismo esportivo e análise de discurso.
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Dia 16/11 - 16h45min Mesa 3 - Radiojornalismo e o Contexto Hipermidiático Prédio 7 Sala 308 Mediador Luciano Klöckner (PUCRS)
Radiojornalismo em emissoras de fronteira Vera Lucia Spacil Raddatz verar@unijui.edu.br Doutora UNIJUÍ Economia, política e segurança são os três temas mais evidentes nos programas de radiojornalismo das emissoras situadas na fronteira com a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia, compreendendo as regiões Sul e Centro Oeste do Brasil. A produção dessas emissoras insere-se num espaço bi-nacional, em que o local e o internacional se revestem da mesma importância, permeada pelo critério de uma vigilância permanente por parte dos produtores, quanto ao modo de documentar os fatos dessa realidade. A zona de localização das emissoras, por ser fronteira internacional, posiciona o local como um lugar de integração e um espaço de tensão ao mesmo tempo, qualidades estas que se reproduzem no radiojornalismo, por meio das falas dos locutores e repórteres e das pautas trabalhadas. O radiojornalismo de fronteira reflete o cotidiano característico dos povos e das nações ali representadas.
As transformações do radiojornalismo público na era digital Valci Regina M. Zuculoto valzuculoto@hotmail.com Doutora UFSC O artigo faz parte de pesquisa mais ampla sobre o Radiojornalismo público brasileiro: experiências contemporâneas de redes, sistemas e produções conjuntas. Destaca, entre reflexões desse estudo maior ainda em andamento, o impacto que transformações do jornalismo radiofônico na era digital vêm produzindo nas emissoras públicas, abordando e analisando suas conseqüências e adequações. A pesquisa está recortada no segmento das emissoras estatais, educativas, culturais e universitárias que se autoproclamam públicas e já contam mais de 70 anos de história na radio. 32
GT Mídias Sonoras
A tecnologia comunicacional Joel Felipe Guindani Doutorando
radiofônica
como
ambiência
j.educom@gmail.com UFRGS
Cristóvão D. de Almeida cristovaoalmeida@unipampa.edu.br Doutorando UNIPAMPA O texto apresenta a tecnologia radiofônica de modo complexo e demonstra que as afetações decorrentes da apropriação e do uso que os sujeitos fazem dela ultrapassam a dimensão do meio e da mensagem. Assim, compreende o rádio enquanto uma ambiência comunicacional derivada de processos, de interconexões em rede e de ações sócio-simbólicas. Fundamenta-se enquanto uma abordagem teórico-metodológica que é construída a partir de algumas obras de autores como: Muniz Sodré, Luiz Artur Ferraretto, Antonio Fausto Neto, Lilian Zaremba, Manuel Castells e Pierre Bourdieu. Resgata depoimentos de comunicadores da Rádio comunitária Terra Livre FM, os quais explicitam algumas especificidades sobre os usos, os modos de apropriação e as consequentes afetações que emergem desta referida ambiência comunicacional, demonstrando-a, assim, como um campo sócio-simbólico em constante processo de disputa e de interconexão com as demais práticas sociais que a constituem.
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GT Mídias Sonoras
Dia 17/11 - 14h Mesa 4 - Rádio, Educação e Cidadania Prédio 7 Sala 308 Mediador Luciano Klöckner (PUCRS)
Rádio e cidadania: uma proposta de apropriação do fazer midiático para Associações de Rádios Comunitárias Flavi Ferreira Lisboa Filho flavi-lisboa@hotmail.com Doutor UFSM Maria I. Trevisan Fossa Doutora
fossa@terra.com.br UFSM
Ada C. M. da Silveira Doutora
ada.machado@pq.cnpq.br UFSM
O estudo busca elucidar como se dá a relação entre rádios e cidadania nos veículos comunitários e públicos. Através da metodologia de pesquisa-ação e da multidisciplinariedade, objetiva-se assessorar as associações comunitárias e/ou fundações comunitárias, que tem como sede os municípios da Quarta Colônia de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul, na instalação e implementação de rádios comunitárias, bem como produção de conteúdos. Podemos observar que as rádios comunitárias, que integram este trabalho, são de grande importância nas suas respectivas localidades porque são a expressão das suas necessidades, acontecimentos e fatos, traduzindo a personalidade da população local.
Rádios comunitárias: instrumentos estratégicos de construções simbólicas e transformação social Fabiano Dalcim Mestrando
fabianodalcim@yahoo.com.br PUCRS
O ensaio tem por objetivo estudar, através do programa Espaço Livre, da Rádio Comunitária Apuaê FM de Sananduva, como as formas simbólicas produzidas pelas práticas alternativas de comunicação comunitária podem ajudar a desconstruir o poder dominante e contribuir na constituição de sociedades mais democráticas e cidadãs em comunidades do interior do Rio Grande do Sul. Como opção 34
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metodológica, toma por base a Hermenêutica de Profundidade de Thompson e utiliza-se de pesquisa qualitativa. Tem como técnica a análise das falas e ações, como modos de produção e sentido das formas simbólicas reproduzidas através da emissora, para a identificação da utilização de possíveis estratégias ideológicas. Percebeu-se, no entanto, que dentro do contexto e do processo específico e socialmente estruturado, como no caso em que está inserida a emissora em questão, ela pode estar por sua ação, estrategicamente, fragmentando, subvertendo e minando o poder dominante.
Rádio na Escola: educação, informação e cidadania Daniele J. L. dos Santos Graduanda
dd.danielesantos@hotmail.com UNIJUÍ
Vera Lucia S. Raddatz Doutora
verar@unijui.edu.br UNIJUÍ
A mídia na sociedade contemporânea ocupa um papel importante na formação dos sujeitos. O Projeto de Extensão Rádio na Escola, desenvolvido pelo Curso de Comunicação Social da Unijuí, visa discutir com os alunos do ensino fundamental e médio das escolas da rede pública o papel da mídia, a partir do rádio. A proposta amplia a visão em relação ao processo de produção da informação nos meios de comunicação, de forma a sentirem-se estimulados a utilizarem o contexto escolar como fonte de produção cultural e da informação. O Rádio na Escola iniciou em 2008, inaugurando nove emissoras internas em escolas de Ijuí. Participam alunos e professores voluntários que aprendem de forma dinâmica a exercitarem habilidades de comunicação, desenvolvendo o senso crítico, a iniciativa e a cidadania, por meio da prática do rádio na escola.
Programa Mídia em Foco no rádio Marcos Emílio Santuário santuario@feevale.br Doutor FEEVALE Cristine Foernges Graduanda
crisfoernges@feevale.br FEEVALE
O Mídia em Foco no Rádio é um espaço radiofônico de uma hora 35
GT Mídias Sonoras
semanal transmitido, ao vivo, pela Rádio ABC 900 - AM, do Grupo Editorial Sinos, e no site www.radioabc900.com.br. O objetivo do programa é analisar a forma como os assuntos são divulgados na mídia. Para isso, debate com profissionais do Jornalismo e pesquisadores de áreas afins, além das manifestações de pessoas de diversas profissões e classes sociais, afetadas pela cobertura midiática. Este programa é uma ação do projeto de pesquisa Mídia em Foco, inserido na Rede Nacional de Observatórios de Imprensa, a RENOI. Na equipe de produção do programa, acadêmicos da Universidade Feevale (dois bolsistas e um estagiário). Também participam dois jornalistas graduados, como voluntários, orientados pelo professor líder do projeto de pesquisa. A abrangência da Rádio ABC, emissora comercial, se dá em área de 50 municípios, um milhão de domicílios e população de 3.800.000 habitantes, responsáveis por 31,15% do potencial de consumo do estado.
Rádio comunitária e cidadania: a (re)democratização do espaço público Kalliandra Quevedo Conrad kalliandraconrad@yahoo.com.br Graduanda UFSM Maria Ivete Trevisan Fossá fossa@terra.com.br Doutor UFSM O artigo, de caráter bibliográfico, busca compreender o papel das rádios comunitárias na organização popular através do resgate de aspectos históricos e políticos das rádios comunitárias no Brasil. O objetivo deste trabalho é refletir sobre o papel das rádios comunitárias na organização popular, buscando identificar a maneira pela qual elas contribuem para a democratização da esfera pública ampliando discussões de interesse coletivo visando à construção da cidadania em contextos locais de comunicação. Posteriormente, refletiremos sobre a relação do conceito habermasiano de esfera pública com os meios de comunicação, com o intuito de refletir a respeito de como as rádios comunitárias podem servir de instrumento de democratização e construção da cidadania na configuração da esfera pública contemporânea.
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GT Mídias Sonoras
Dia 17/11 - 16h Mesa 5 - Música e Indústria Fonográfica Prédio 7 Sala 308 Mediador Luciano Klöckner (PUCRS)
Pirataria: é legal baixar músicas pela internet? Alberto Freire Raguenet Doutorando
araguenet@pucrs.br PUCRS
Este trabalho, orientado pela profa. Cristiane Finger Costa, mostra a atual situação do processo comunicacional promovido pela internet onde a troca de arquivos digitais de fonogramas gera uma discussão sobre o direito autoral e a validade dessa ação no mundo determinado cada vez mais pela rede mundial de computadores. Sob este viés tal embate leva à problematização entre dois lados, um preconizando o cerceamento da liberdade de acesso à informação e a conscientização de que um novo modelo de negócio pode ser estabelecido em uma lógica de mercado enquanto que o outro se estrutura em torno do status quo no que tange o atual sistema de comércio e que utiliza essas inovações tecnológicas como ferramenta coibindo qualquer uso que promova o descontrole e a alegada falência deste tipo de negócio. Assim, dentro deste espectro envolvendo usuários de internet, mercado e regulamentação jurídica, é imperativo trazer à luz a reflexão sobre o que está em debate e a real necessidade de mudanças.
Dos fonogramas às narrativas transmidiáticas: bens culturais e de consumo Eduardo Harry Luersen Mestrando
edluersen@gmail.com PUCRS
O objetivo do estudo é apresentar noções da narrativa transmidiática, desde sua utilização para a exploração continuada de narrativas de óperas rock até o apontamento de casos recentes da interação dos fãs com essas obras a partir de outras mídias. Relacionamos à cultura da convergência os fluxos narrativos em diferentes plataformas, a partir da circulação dos bens culturais através de meios tecnológicos variados, expandindo histórias, permitindo a exploração do conteúdo 37
GT Mídias Sonoras
de álbuns musicais para além da esfera sonora. Através da distribuição em diferentes meios, há a possibilidade de que ocorram experiências diferenciadas daquele produto original e que sejam atingidos novos públicos. A estes processos atrelamos a cultura dos fãs, que constitui uma forma de relação social estabelecida a partir da fruição de um mesmo bem cultural.
Reconfigurações musicais: os novos caminhos da música na Era Pós-MP3 Ticiano Paludo Mestre
ticiano.paludo@gmail.com PUCRS
O presente artigo apresenta o resultado da pesquisa de mestrado em comunicação social concluída pelo autor em 2010 na FAMECOS/ PUCRS sob orientação do prof. Dr. Carlos Gerbase. O referido trabalho investigou como os avanços tecnológicos vêm influenciando a criação, produção e circulação no campo musical sob o viés da comunicação social digital. O estudo tem como base uma análise desenvolvida através de resgates efetuados por meio de recortes históricos cronológicos do século XX e XXI no que se refere aos processos de produção musical que se utilizaram e se utilizam de instrumentos eletrônicos (principalmente o computador) e de que forma esses processos se relacionam com a comunicação social e a cibercultura. O trabalho foi desenvolvido sob o ponto de vista do pesquisador insider (Hodkinson, 2005).
A organização do setor independente de música na indústria fonográfica em rede: uma análise das estratégias de negócio e de comunicação dos músicos autônomos no entorno digital Leonardo De Marchi leonardodemarchi@gmail.com Doutor UniFOA O artigo apresenta-se um estudo de caso das estratégias de negócio no entorno digital dos artistas brasileiros independentes: O Teatro Mágico, Móveis Coloniais de Acajú, Forfun e Calcinha Preta. O objetivo é, por um lado, mapear as estratégias de negócio, buscando similaridades que apontem uma regularidade de ação no entorno digital e, por 38
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outro, analisar até que ponto tais práticas de comércio de música podem levar esses atores sociais sem a necessidade de mediação de outros grandes agentes da cadeia produtiva. A hipótese é que se desenvolve uma “institucionalização” de certas estratégias de negócio. Assim, o êxito destes artistas independentes norteia a adoção de estratégias semelhantes por parte de novos entrantes nesse mercado. No entanto, acredita-se que tais estratégias limitam às possibilidades de comunicação pela internet, o que constitui uma barreira aos artistas para acessar, de forma independente, outros meios de comunicação (telefones celulares, TV digital).
Jamendo, iTunes e o negócio da música: uma análise pelo ponto de vista da produção Vitor Ribeiro Peters Mestrando
petersvitor@yahoo.com FEEVALE
O presente artigo busca respostas à questão de como suportes de distribuição web afetam o negócio da música no século XXI pelo ângulo da produção e justifica-se por tratar de questões que afetam significativamente o negócio da música. Pretende-se relacionar a produção e divulgação de música digital com copyright e copyleft. Este estudo de caso se apropria da Teoria Fundada e tem como objetos de estudo as plataformas Jamendo e iTunes, analisadas a partir das categorias: modelo de negócios, tipos de licença e efeitos na realidade do músico. Dados preliminares confirmam em parte a hipótese de perda de espaço pelos intermediários no negócio da música graças às ferramentas alternativas de distribuição. Entretanto, no que tange a subsistência do artista, estas apresentam retorno ainda menor do que suas contrapartes tradicionais.
O consumo de música na internet por jovens da Grande Cruzeiro Deivison M. de Campos deivison_campos@hotmail.com Doutorando UNISINOS O estudo tem como objetivo apontar relações estabelecidas pelos jovens entre música e internet, buscando verificar como as informações sobre música são consumidas por jovens moradores da 39
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Grande Cruzeiro - conjunto de vilas - em Porto Alegre. Trata-se de uma pesquisa etnográfica, a partir de referenciais teóricos dos Estudos Culturais e da Geografia Social. Com a pesquisa foi possível observar que, ao navegar, os jovens buscam relacionar-se com os amigos, tendo as festas que freqüentam como o principal tema de conversa. Também buscam adquirir informações que possam ser utilizadas nas suas interações pessoais e para construir ou fortalecer um estilo, que encontra na música seu elemento mais visível. As informações obtidas na internet são vestidas simbolicamente. O uso desses bens simbólicos apropriados não se dá somente no ambiente específico da festa. São levados ao cotidiano, visando fortalecer a representação do estilo escolhido.
Rádios livres na linha do tempo: das FMs à rede mundial de computadores Sandra Sueli G. de Sousa sandra-garcia@uol.com.br Doutora UFU Mariana Goulart Hueb Graduanda
marianagoularth@hotmail.com UFU
As rádios livres constituíram a base de um movimento que lutou pela liberdade de expressão, principalmente nos anos 70, na Europa. No Brasil, as rádios livres estiveram ao lado da luta pela redemocratização brasileira nos anos 80. Atualmente, as rádios livres parecem ter migrado para o ambiente da web. Se as rádios livres em Frequência Modulada defendiam como ideal a liberdade de expressão em suas mais variadas formas, as rádios livres na web acabam por reencontrar esse intuito. A respeito disso ilustramos este artigo com o caso da rádio web livre do coletivo “Fora do Eixo”, que possui quatro canais de transmissão de rádios web e tem procurado abrir espaço para artistas que não encontram espaço na grande mídia.
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Comunicação e Indústria Audiovisual
Coordenador Prof. Dr. João Guilherme Barone Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - Convergências Midiáticas, Narrativas e Estéticas Prédio 7 Sala 207 Mediador João Guilherme Barone (PUCRS)
A comédia popular entre o cinema e a televisão: os casos A Grande Família e A Mulher Invisível Flávia Seligman Doutora
dropsfilmes@terra.com.br UNISINOS
O mercado brasileiro de cinema e audiovisual contemporâneo está composto por uma produção híbrida que transita entre o cinema e a televisão visando ampliar sua janela de atuação. A comédia de costumes, gênero de grande aceitação popular e constante nos diversos ciclos cinematográficos do país, transita hoje com a mesma fluência entre os dois meios. Filmes que se tornam seriados, seriados que geram filmes numa grande produção que busca ampliar cada vez mais o mercado. Nosso objetivo neste artigo é avaliar esta interação através de dois casos produzidos pela Rede Globo / Globo Filmes: A grande família e A mulher invisível, analisando a produção nos formatos filme e seriado.
A potência das personagens e do não acontecimento na Trilogia da Solidão, de Cao Guimarães Maria H. Creidy Satt Doutora
maria.satt@pucrs.br PUCRS
Esta comunicação procura se aproximar da trilogia da solidão, de Cao Guimarães, composta pelos filmes A alma do osso, Andarilho e Ex isto, cotejando o caráter nômade, frágil e indeterminado que atravessam 41
GT Comunicação e Indústria Audiovisual
as personagens desses filmes. Filiado à “terceira geração do vídeo” (Machado), Cao retoma o discurso sobre o outro, prática cara ao documentário, mas em um regime estético impuro e que propõe outra pedagogia do olhar, mais distanciada das estéticas realistas (Jaguaribe). Tão importante quanto essas personagens que ancoram as narrativas está o diálogo que o diretor estabelece não somente com as tradições do documentário, mas com as artes visuais, seu lugar de origem. É por esses caminhos que Cao ������������������������������������������������ Guimarães “insufla tempo” (Lins) no seu processo de captação e montagem, exacerbando um regime de duração e não-acontecimento narrativo.
Revelando os Brasis: os processos de produção de curtas-metragens em pequenos municípios gaúchos Dafne Reis P. da Silva Doutoranda
dafnepedroso@gmail.com PUCRS
Este trabalho tem como proposta compreender os processos de produção do projeto Revelando os Brasis e suas marcas nos curtas-metragens realizados no Rio Grande do Sul; e identificar os elementos das identidades culturais locais selecionados e como são narrados nos filmes. Para tal, foi elaborado um movimento de contexualização que situa o fenômeno no espaço audiovisual, e uma problematização teórica de modo a refletir sobre: o processo comunicacional, os modos de produção, o perfil dos selecionados e suas trajetórias midiáticas, as identidades culturais locais e suas relações com o cinema. O protocolo multimetodológico inclui diferentes procedimentos de coletas de dados, assim como elementos sobre a etapa exploratória empreendida.
A representação estética comunicacional dos filmes de terror norte americanos André Campos Silva Doutorando
emailbols@bol.com.br UNISINOS
Entende-se o fenômeno do terror cinematográfico como elemento estético comunicacional, sendo os filmes de terror um dos poucos gêneros que nascem do sentimento humano. O medo envolve crenças e pensamentos, situações sociais e perturbações fisiológicas. Desde os tempos mais remotos buscam-se explicações cientificas e/ou religiosas 42
GT Comunicação e Indústria Audiovisual
para lidar com as angustias frente ao desconhecido de nosso universo simbólico. O cinema é um espaço onde transbordam índices de nossas expressões emotivas e imaginativas. Considera-se que o medo decorre da ameaça causada pelas incertezas e a hipótese de que o cinema funciona em catarse, onde necessitamos ver a morte do antagonista nos filmes de terror para exorcizar simbolicamente a angústia causada pelas incertezas e o desconhecimento do mundo. Utilizando os conceitos de Clichê de McLuhan e Watson, arquétipo de Jung e Juízo Estético de Kant, pretendemos verificar como o antagonista construiu o clichê do medo, em intervalos de dez anos entre 1930 a 2000.
As Convergências entre “Triunfo da Vontade” e o teaser History (ou como Michael Jackson se inspirou em Adolf Hitler) Adriana Schryver Kurtz adrianakurtz@terra.com.br Doutor ESPM Laura Sparrenberger Griza lauragriza@gmail.com Graduada ESPM O trabalho busca investigar as semelhanças estéticas entre a propaganda utilizada no filme nazista “Triunfo da Vontade” (1935) e no teaser de lançamento do álbum History de Michael Jackson (1995), com o objetivo de entender mais profundamente como seus dois principais protagonistas – Adolf Hitler e Michael Jackson, em seus diferentes contextos –, buscaram afirmar sua posição de líderes e conquistar seus seguidores. Desta maneira optou-se por selecionar cenas convergentes entre as duas obras audiovisuais e analisar seus detalhes estéticos e conceituais, bem como suas implicações no âmbito da propaganda. Os resultados encontrados deixam claro que há uma real semelhança entre a comunicação realizada por Hitler e Michael Jackson nos filmes analisados, sugerindo a hipótese – bastante plausível - de que Michael Jackson tenha claramente buscado inspiração na propaganda nazista.
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GT Comunicação e Indústria Audiovisual
Dia 16/11 - 16h45min Mesa 2 - Vestígios, Memória e Representações Prédio 7 Sala 207 Mediadora Cristiane Freitas Gutfreind (PUCRS)
Vestígios de pré-cinema em Lobo da Costa Ivonete Pinto Doutora
ivonetepinto@portoweb.com.br UFPEL
A investigação em andamento procura uma vertente de pré-cinema no texto do poeta e romancista pelotense Lobo da Costa (1853-1888). O trabalho procura reconhecer uma atitude pré-fílmica por meio de uma “decupagem literária”. O método da investigação tem como base o trabalho de Paul Leglise (Une Oeuvre de Pré-Cinéma, 1958) em relação à Eneida, de Virgílio (19 a.C). Através da análise do texto de Lobo da Costa, são levantados aspectos da construção cinematográfica, fundamentalmente os da linguagem (elipses, ritmo, montagem, ponto de vista, narração in, off, over), que podem ser prenunciados, posto que a primeira exibição pública de um filme só acontece em 1895. O recorte na obra de Lobo da Costa concentra-se no romance Heloisa (1869) e no conto Angelina (1882), sendo que o critério para a escolha dos textos procura vestígios de visualidade, desespero e tragicidade, características marcantes no autor.
O testemunho sobre a Ditadura Militar Brasileira nos documentários contemporâneos Cristiane F. Gutfreind Doutora
cristianefreitas@pucrs.br PUCRS
Nathália Silveira Rech Graduanda
nathyrech@gmail.com PUCRS
Esse trabalho consiste em compreender e investigar a construção da memória sobre a Ditadura Militar no Brasil, através dos longasmetragens documentais realizados na contemporaneidade (2002 até os dias atuais). Esses filmes são considerados como um testemunho do que se passou no país no período da Ditadura Militar. O interesse dessa 44
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pesquisa é refletir como essa memória é construída, desconstruída e reconstruída através do testemunho fílmico. Parte-se do pressuposto que hoje, no país, houve um aumento quantitativo na produção de documentários, sobretudo, em filmes cuja temática diz respeito ao período ditatorial, além disso, podemos destacar a construção de um discurso histórico através dos filmes. O que pretendemos, sustentado pelas ideias de Kracauer, é mapear e compreender como são apresentadas as referências sobre a Ditadura Militar nos documentários e quais modificações produzem na memória coletiva contemporânea sobre esse período histórico.
A ditadura militar no cinema brasileiro Helena Maria A. Stigger Doutoranda
lenastigger@hotmail.com PUCRS
Este trabalho tem o objetivo de estudar a representação da ditadura militar no cinema brasileiro. Para o presente propósito, identificamos que os filmes sobre o governo militar produzidos após 1979 buscam ser didáticos, assim apresentam três elementos em comum: a tortura, o militante da esquerda armada e o militar. No entanto, identificamos que essa repetição acaba prejudicando a qualidade artística dos filmes ao torná-los previsíveis. Tendo isso em mente, buscamos estudar esteticamente como a ditadura militar tem sido representada atualmente em contraponto com os filmes do Cinema Novo, em especial, com três obras: O desafio (Paulo César Saraceni, 1965), Terra em transe (Glauber Rocha, 1967) e Os inconfidentes (Joaquim Pedro de Andrade, 1972).
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Dia 16/11 - 14h Mesa 3 - Mídias, Políticas e Tecnologias Prédio 7 Sala 208 Mediadora Angela Maria Meili (PUCRS)
Do vídeo popular às especificidades do padrão tecnoestético alternativo Valério Cruz Brittos Doutor
val.bri@terra.com.br UNISINOS
Eduardo S. de Menezes dudumenezes@gmail.com Mestrando UNISINOS Este artigo parte de um duplo esforço, ao tentar problematizar o universo das produções audiovisuais não-hegemônicas, procurandose pistas para caracterizar o conceito de comunicação alternativa, na medida em que se trabalha com a temática da democratização da comunicação. Toma-se como objeto de análise empírica o processo inicial de produção própria e distribuição de conteúdo provenientes da TV dos Trabalhadores (TVT), os quais também se evidenciam através do site da emissora. Assim, pretende-se analisar se as práticas midiáticas da TVT, originadas pela utilização do vídeo popular, estão sendo direcionadas a partir do modelo de democracia direta ou representativa. Nesse sentido, aponta-se para as possíveis derivações do padrão tecno-estético alternativo, o qual não pode ser classificado de forma uníssona, devido à complexidade resultante da complexidade deste fenômeno.
‘O maior espetáculo da Terra’: o recurso à ‘visita à fábrica’ e a despolitização da imagem televisiva Marcelo C. da Silva Doutorando
marcelocarvalho.0001@yahoo.com.br UFRJ
O filósofo Gilles Deleuze na Carta a Serge Daney esboça alguns aspectos da televisão comercial. Um destes aspectos é a “visita à fábrica”. Se a imagem do vídeo se constituiria pelo deslizamento das imagens umas sobre as outras, o espetáculo televisivo comercial atual 46
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se faria pelo “deslizamento” do espectador para dentro da imagem. Tais “deslizamentos” são múltiplos: da participação in loco dos espectadores nos programas de auditório à exposição dos bastidores de “como se faz” TV (o fundo com os técnicos que trabalham “na hora” para fazer o telejornal); da exibição das técnicas (programas de popularização da ciência, de culinária etc.) ao convite à interatividade limitada dos reality shows (as “fábricas de celebridades”). Esse fascínio pela técnica tenderia a neutralizar não apenas a “vontade de arte” vinda da vídeoarte e do cinema, como também a dimensão política da imagem, já que a “visita à fábrica” se daria de maneira controlada, longe das questões mais candentes da atualidade.
A distribuição não autorizada do cinema na internet: uma prática cultural? Angela Maria Meili Doutoranda
meili.prof@gmail.com PUCRS
O consumo não autorizado do cinema na internet pode ser observado como uma prática cultural que resulta da oferta das tecnologias de compartilhamento e da sua apropriação pela sociedade. Desde o VHS, a indústria cinematográfica já se preocupava com a possibilidade de redução dos seus lucros devido à facilidade de replicação de conteúdo, o que se intensifica com a digitalização e a banda larga. A chamada pirataria pode ser observada para além do crime, como sendo uma construção social (Yar, 2005), sendo considerada uma prática de consumo de cultura que é, em si mesma, uma prática cultural. Dessa forma, serão observadas, no presente trabalho, algumas comunidades de compartilhamento de conteúdo cinematográfico pela internet nos seus aspectos culturais, explorando suas motivações, dinâmicas, bem como as estratégias de autoproteção ante o policiamento da rede.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 4 - Reconfigurações Autorais e de Mercado Prédio 7 Sala 207 Mediador Fabiano Grendene de Souza (PUCRS)
Autoria compartilhada: uma tendência do cinema brasileiro contemporâneo Fabiano G. de Souza Doutor
fabianorainer@gmail.com PUCRS
O trabalho procura discutir diferentes formas de produzir filmes, a partir de três experiências contemporâneas que problematizam o conceito de autoria. Em Pacific (Marcelo Pedroso, 2010), o diretor concebe seu longa-metragem a partir de imagens captadas por turistas em um cruzeiro. Já Desassossego (coordenação de Felipe Bragança e Marina Meliande, 2010) foi realizado a partir de uma carta, enviada para diversos cineastas, que responderam a ela com imagens. Por fim Os Monstros (2011, Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógentes, Ricardo Pretti) é uma experiência de coletivo cearense Alumbramento, em que os quatro diretores também são atores e exercem outras funções. Nesse universo, o trabalho procura debater de que maneira a proposta de produção espelha o resultado estético das obras, bem como busca mapear as formas usadas para problematizar as noções tradicionais relativas à formação de uma equipe de cinema.
As malhas narrativas na mídia: “no princípio era o verbo...” Lúcia C. M. Moreira Doutora
marquesmiranda@uol.com.br Faculdade Estácio de Sá
O presente texto pretende apresentar uma reflexão acerca da herança narrativa – tradição oral e literária - verificável na mídia audiovisual, especificamente no que se refere à produção teleficcional da TV brasileira. O estudo aqui apresentado não apresenta conclusões, antes provocações acerca de como se (re)constroem sentidos do real através da criação teleficcional. Afinal, a prática da comunicação cria modelos de apreensão do real, bem como modelos para materializar 48
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essa apreensão. Ora, as histórias são exemplo disso, afinal o homem sempre inventou/criou histórias para alimentar os sentidos que atribuiu à sua existência. Parte-se sempre dessa necessidade milenar de contar, criar e ouvir histórias para o (re)contar, o (re)criar de “novas” histórias.
A grafia da imagem: o jogo da autografia e as narrativas audiovisuais Patrícia Cardoso D’Abreu patriciadabreu@gmail.com Doutoranda UFF Este artigo busca o entendimento sobre o estabelecimento de relações dialógicas que se dão a partir de determinados conteúdos audiovisuais. Embasado na concepção de Paul Ricouer sobre prefiguração, configuração e refiguração, analisa os textos dos filmes O Desprezo, de Jean-Luc Godard, e Todas as mulheres do mundo, de Domingos Oliveira, para apontar como o regime da visualidade demanda a noção de uma “dupla distância” criadora de um espaço de tessitura narrativa e promotora de fugas e escapes à ordem hegemônica do discurso midiático. Para isto, trabalha com as reflexões de Georges Didi-Huberman sobre “aderência” e “distanciamento” a partir de uma concepção secularizada das idéias de “aura” e “reprodutibilidade”, de Walter Benjamin, com o objetivo de colher exemplos do que Michel Foucault chama de “ínfimo infame” que caracterizem o engendramento de “autografias” de autores, em textos e de receptores.
Mercado comum de cinema-histórico dos acordos de cooperação internacionais Hadija Chalupe da Silva Doutoranda
hadija@gmail.com UFF
Este trabalho tem como objetivo realizar uma pesquisa histórica das relações internacionais que o Brasil firmou na tentativa de consolidar acordos de cooperação internacional. Utilizaremos como ponto de partida I Encontro sobre Comercialização de Filmes de Expressão Portuguesa e Espanhola. O Encontro, idealizado por Roberto Farias (EMBRAFILME), teve como proposta a concretização de um Sistema Recíproco de Garantia de Mercado como ferramenta de fortalecimento e estruturação das cinematografias dos países de língua latina. A 49
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ocupação do cinema brasileiro em seu mercado e sua real condição de realização sempre será tema de debate. Alguns podem afirmar que essa política não foi efetiva ou constante ao longo dos anos, mas não podemos deixar de afirmar que ela foi determinante para definir nossa atual situação. Dessa forma, nossa proposta consiste em realizar um resgate das políticas governamentais que foram realizadas com o desejo de formar um Mercado Comum de Cinema.
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Dia 17/11 - 16h45min Mesa 5 - Questões Audiovisuais Prédio 7 Sala 207 Mediador Fabiano Grendene de Souza (PUCRS)
O cinema digital: um “novo” tipo de cinema? Eduardo Pires Christofoli eddie_cristo@hotmail.com Mestre PUCRS As transformações tecnológicas que o cinema sofreu e vem sofrendo trazem hoje de volta a velha discussão sobre a morte do cinema. Com o avanço das tecnologias digitais e a possibilidade de registros e exibições de forma não tradicional, fazem os debates se aquecerem e perguntarmos o que é o cinema digital? Este texto pretende refletir a questão chave de o que, realmente, é esta nova forma de produção cinematográfica.
O arquivo trailerífico: autonomia estética e produtiva Patrícia de Oliveira Iuva Mestre
patiuva@yahoo.com.br UNIFRA
As marcas mais evidentes do trailer constituem, em parte, as discussões acerca do seu lugar entre o cinematográfico e o publicitário. Alinhandose ao pensamento de Deleuze, as questões deste trabalho, no entanto, partem para a problematização das virtualidades do trailer. Sendo assim, discutem-se os devires contidos no interior do próprio trailer, pois o mesmo enquanto uma virtualidade abriga as formas já atualizadas, por exemplo, a publicidade, bem como àquelas que estão por vir. Tal abordagem desconstrói a lógica hegemônica publicitária do trailer, e o caminho metodológico seguido desdobra imbricamentos analíticos da imagem de modo a explicitar movimentos de autonomização estética e produtiva do mesmo, no interior daquilo que Foucault chama de arquivo. Está-se pensando na formação discursiva dos trailers de onde surge um enunciado específico: um ser-trailer.
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O videoclipe em 360 graus: novas experiências na era digital Carlos H. Sabino Caldas sabinocaldas@hotmail.com Mestrando UNESP Desde o seu nascimento, sob fortes influências tecnológicas, mercadológicas e artísticas, o videoclipe tem caminhado em um processo evolutivo ao ponto de, hoje, perder seu status unicamente televisivo, evoluindo para as novas mídias num processo convergente. Nesse contexto, o videoclipe interativo surge como um dos formatos em que o receptor também se torna um participante com possibilidades de escolha e decisão em um ambiente colaborativo. Será analisado o aplicativo BEEP 360 da banda Black Eyed Peas. Neste sentido, nossa proposta será realizar vários apontamentos descritivos, atentos nas etapas de idealização, produção e consumo. A escolha da amostra se deu pela inserção, projeção e inovação que esse videoclipe obteve.
O cineasta errante: os caminhos da realização de um filme na contemporaneidade audiovisual Gustavo Spolidoro Mestrando
spolidoro.gustavo@gmail.com PUCRS
Num período onde o audiovisual é marcado pela ruptura formal e técnica, onde o cinema parte para uma aproximação individual de composição artística com a música, as artes visuais, a literatura e a fotografia e, diante da iminente transformação de qualquer cidadão em potencial cineasta, com suas câmeras de foto-vídeo, seus celulares e até canetas-câmera, pretendemos apresentar um trabalho que propõe a realização de um filme por uma única pessoa, sem roteiro, baseado nas conexões mentais que os lugares/pessoas/objetos sugerem (já filmado e em fase de montagem) e a análise desta realização à luz da contemporaneidade audiovisual e suas possibilidades, utilizandose de obras como A Imagem, de Jaques Aumont e Esculpir o Tempo, de Andrei Tarkovski, bem como do processo do filme Os Catadores e Eu, de Agnès Varda, com o intuito de compreender e estabelecer o local e o papel do autor, do artista audiovisual, na realização cinematográfica do início do século XXI.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 6 - Análise Fílmica e Política Prédio 7 Sala 207 Mediadora Helena Maria Antonine Stigger (PUCRS)
Vingança e romantismo na narrativa cinematográfica: reflexões sobre V de vingança (Mcteigue, 2006) Renata Correa Coutinho renatacorreacoutinho@gmail.com Mestre UNIPAMPA Tendo como referência os pressupostos da visão romântica apontados por Saliba (1991) e Löwy (1995), este trabalho buscará identificar, na análise fílmica de V for Vendetta (V de Vingança, 2006), traços representativos do romantismo como pensamento que estabelece uma crítica ao mundo moderno regido pelo capitalismo. O título cinematográfico escolhido permitirá uma reflexão a respeito de elementos característicos do movimento romântico, tais como o descontentamento com o mundo real e a tendência ao escapismo, a exaltação da figura do herói e a prevalência do individualismo como fator motivador da ação. Possibilitará ainda verificar a existência da vingança como temática
A encenação do corpo em A Bela Intrigante, de Jacques Rivette Milton do Prado F. Neto miltondoprado@yahoo.com.br Mestre UNISINOS Análise do filme A Bela Intrigante (1991), de Jacques Rivette, no que diz respeito à encenação do corpo dos atores/personagens. A análise parte dos diversos sentidos do termo “encenação”, no teatro e no cinema. São também levados em consideração outros aspectos estilísticos do filme, como movimentos de câmera e montagem, em breve comparação com trabalhos anteriores do diretor. A análise pretende ressaltar o diálogo que o filme promove entre cinema, teatro, pintura e literatura.
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A abordagem da temática ecológica no cinema de animação de Maurício de Souza Isabela Veiga Oliveira Mestranda
isa_veiga@yahoo.com.br UFG
Vivemos em uma época onde a preocupação ambiental está voltada para a temática do Aquecimento Global. Os meios de comunicação tem como foco a preocupação com a natureza e sua preservação, ajudando na construção de uma cultura ecológica. Dentro deste universo, festivais de cinema e leis de incentivo governamentais e privadas estimulam produções que trabalham essa temática. Nesse sentido, o cinema de animação é uma mídia bem recebida por investidores, por sua linguagem admitir a mistura do fantástico com o cotidiano, o que encanta o público infantil, estigmatizado como público-alvo desse cinema. Afinal, por carregar a simbologia de ser o futuro do mundo, as crianças devem ter uma educação ecológica melhor do que seus antecessores. Em vista disso, a intenção é discutir como essa consciência ecológica está sendo implantada nos filmes de animação brasileiros, em particular na obra de Maurício de Souza, em seu longa-metragem Turma da Mônica em uma Aventura no Tempo.
O monopólio de decisões no oligopólio midiático: a transmissão do Brasileirão reafirmando as barreiras do mercado brasileiro Anderson D. dos Santos Mestrando
andderson.santos@gmail.com UNISINOS
A negociação das edições de 2012 a 2014 dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de futebol tinha tudo para regularizar, concorrencialmente falando, a licitação de um produto que envolve duas das principais formas de entretenimento mundiais. Porém, reafirmou-se a dependência desse esporte com a Rede Globo, num episódio em que se abriu uma disputa efetiva no oligopólio midiático nacional, com divergências públicas entre a emissora carioca e a atual vice-líder do mercado, a Rede Record. Este trabalho analisa, sob o eixo teórico-metodológico da Economia Política da Comunicação, a disputa pelos direitos de transmissão do Brasileirão, que acabou por corroborar a força das barreiras da Rede Globo, num caso em que a emissora possui o monopólio de decisões sobre a transmissão e outros aspectos relacionados à organização do principal torneio esportivo do país. 54
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Dia 18/11 - 16h45min Mesa 7 - Convergências Tecnológicas e Mercado Prédio 7 Sala 207 Mediadora Helena Maria Antonine Stigger (PUCRS)
Convergência tecnológica e PluriTV: novos olhares e novos lugares da televisão Aléxon Gabriel João Mestre
alexon_gabriel@ig.com.br UNISINOS
O artigo busca compreender as transformações no campo do audiovisual, a partir da multiplicidade de opções trazida pelo processo de digitalização, inclusive da televisão aberta, o que acelera a convergência das mídias. Neste tempo, denominado de Fase da Multiplicidade da Oferta, é favorecida a entrada de novos agentes e investidores, provocando um rearranjo da cadeia de produção, distribuição e consumo de produtos audiovisuais. Nesse sentido, discute-se o termo PluriTV, que é, na essência, o cruzamento de meios e de inovações, no âmbito do audiovisual. Trata-se de uma TV altamente convergente, com conteúdo tendo múltiplos aproveitamentos, a partir das várias janelas de transmissão. A análise da PluriTV torna possível a revisão do cenário do audiovisual, o que implica modificações na sociedade, interferindo na disputa por audiência, na consolidação de novos mercados para a publicidade, no modelo de negócios para a indústria de equipamentos como para as produtoras de conteúdos audiovisuais.
Distribuição e cinema: uma análise de Tropa de Elite 2 Layne do Amaral Pereira layne_amaral@yahoo.com.br Mestre UERJ A distribuição é uma etapa de grande relevância na cadeia produtiva do audiovisual, sendo a fase onde efetivamente se concretiza o processo de produção da obra. Apesar da crescente penetração da tecnologia digital e das novas plataformas de distribuição de conteúdo, o cinema ainda é a janela mais valorizada e onde se consolida a estratégia de divulgação que irá pautar o sucesso nas janelas subsequentes. Nesse contexto, a presente comunicação tem por objetivo 55
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traçar um panorama dos últimos dez anos da produção nacional e de sua carreira nas salas de exibição, analisando a evolução do market share do filme nacional no período. Em uma segunda etapa serão analisados, especificamente, os dados do ano de 2010, culminando com uma análise aprofundada das estratégias de distribuição do filme Tropa de Elite 2 e das inovações apresentadas em relação às estratégias de distribuição usuais.
A distribuição cinematográfica: um paralelo entre longas e curtas-metragens Cíntia Langie Araujo Mestre
cintiacla@hotmail.com UFPEL
O presente artigo visa fazer uma reflexão a respeito da distribuição no cinema, entendendo esta como uma etapa crucial para que o filme cumpra seu papel: chegar com êxito até o espectador. Analisando o sistema de distribuição brasileiro, em conjunto com a importância de estratégias de divulgação, o texto vai relacionar a realidade de longas e curtas-metragens, utilizando como estudo de caso para curtametragem a obra de ficção Marcovaldo, de 15 minutos, dirigida por Cíntia Langie e Rafael Andreazza na cidade de Pelotas, em 2010. Apesar de nenhum caso específico de longa-metragem ser analisado, dados oficiais de sites especializados serão utilizados para refletir sobre a importância do papel do realizador na distribuição, traçando uma comparação entre a trajetória de um filme curto e um filme de longa-metragem.
O futebol na televisão e o futebol no campo: discussões sobre o telecampo Luciano Gallas Mestrando
lucgallas@yahoo.com UNISINOS
Marcio Telles da Silveira Mestrando
tellesdasilveira@gmail.com UFRGS
Anderson G. dos Santos Mestrando
andderson.santos@gmail.com UNISINOS
O bombardeamento imagético que sofremos desde a metade do sé56
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culo passado acabou por nos programar para pensarmos o futebol através de suas molduras televisivas. É como se já tivéssemos nos esquecido do futebol pré-televisivo, tamanha é a aderência que hoje verificamos entre o esporte e a estrutura midiática que é também a tessitura da vida social contemporânea. A questão a ser estudada, portanto, não é o atravessamento do futebol pela televisão, que recriaria ou reproduziria o jogo, mas o novo ethos futebolístico resultante desse encontro: o futebol-televisão, que talvez seja hoje o próprio futebol. Tendo como base a relevância da televisão enquanto instrumento técnico, este artigo pretende analisar as características da transmissão televisiva do futebol enquanto forma de entretenimento, de maneira a observar os tensionamentos que ocorrem entre futebol-campo e futebol-televisão, constituindo um novo espaço onde se dá o jogo, que denominamos telecampo.
A convergência e a TV Digital Mateus Dias Vilela Mestrando
mateusdvilela@gmail.com PUCRS
A TV Digital surge trazendo uma série de melhorias no som e na imagem, e inovações como a possibilidade de inclusão da interatividade e de uma programação cada vez mais personalizada. Dessa forma, a Televisão Digital se aproxima tecnologicamente dos atributos técnicos do cinema e da internet, além da capacidade de veiculação em aparelhos portáteis como os celulares. Dentre os impactos, especula-se a possibilidade dessa nova plataforma comunicacional mudar a forma como consumimos a televisão e, por conseguinte, o cinema e a internet. Questiona-se ainda as mudanças nos conceitos de produtores e receptores de conteúdos ante essa convergência. Essas mudanças que a TV Digital traz e a convergência com os outros meios de comunicação é o tema do artigo proposto.
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GT
Publicidade e Propaganda
Coordenador Profa. Dra. Cristiane Mafacioli Carvalho Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - Práticas Publicitárias e Representações Prédio 7 Sala 204 Mediadora Cristiane Mafacioli Carvalho (PUCRS)
O imaginário sobre o mercado publicitário e seus efeitos de sentido no ensino de criação publicitária Fabio Hansen fhansen@espm.br Doutor ESPM Este estudo apresenta uma reflexão sobre o ensino de criação publicitária na perspectiva teórica da análise de discurso. Examinamos como o mundo profissional se insere na prática docente e dinâmica de sala de aula, em disciplinas da área de criação publicitária. Diante disso, o objetivo deste artigo é investigar o modo como o mercado publicitário é imaginado e que efeitos de sentido produz nos procedimentos didático-pedagógicos. Para cumprir tal objetivo, recortamos sequências discursivas produzidas a partir da gravação de aulas das disciplinas de Criação, Direção de Arte e Redação Publicitária na ESPM-Sul. Assim, atestamos que a imagem que professor e aluno constroem do mercado publicitário ressoa no processo de ensino e aprendizagem de criação publicitária, tornando o imaginário constitutivo do discurso pedagógico.
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GT Publicidade e Propaganda
Refletindo sobre as práticas da publicidade no âmbito da academia: a campanha para a Feira do Livro de Santa Maria em 2011 Juliana Petermann jupetermann@yahoo.com.br Doutora UFSM Milena Freire de Oliveira-Cruz milena.freire@terra.com.br Mestre UFSM Janderle Rabaiolli rjanderle@hotmail.com Mestre UFSM Este artigo pretende refletir sobre as práticas publicitárias ainda no âmbito da academia. Assim, partimos de um objeto em específico: a campanha publicitária desenvolvida por estudantes do curso de Publicidade e Propaganda da UFSM para a Feira do Livro de Santa Maria, no ano de 2011. Este artigo está estruturado em quatro linhas reflexivas. A primeira constrói o cenário da campanha: a questão dos usos e formas de leitura na sociedade contemporânea. A segunda apresenta o processo de criação da campanha, descrevendo o conceito, que se materializou no slogan “Deixe a leitura entrar na sua história”, e as peças que o delineiam. A terceira trata da repercussão da campanha e a avalia a partir de uma pesquisa de opinião pública aplicada durante o evento divulgado. A quarta linha reflexiva apresenta o tensionamento existente na campanha como fruto do diálogo permanente entre publicidade e sociedade.
Gestão da comunicação mercadológica: a relação entre a organização e a agência de comunicação Mariângela Machado Toaldo mari_toaldo@hotmail.com Doutora ESPM O estudo aborda a problemática da gestão da comunicação estratégica para investigar como se estabelece a relação entre a gestão de marketing da organização e a concepção das ações de comunicação por parte da agência. Questiona-se até que ponto agência e organização-cliente conseguem desenvolver uma gestão sistêmica da comunicação, visando a co-criação de valor na prestação de serviços da agência para com seu cliente. Este artigo objetiva resgatar a visão de teóricos (Reynares y Calvo, 1999; Lupetti, 2000; Garcia in Diáz, 2004; Vargo 60
GT Publicidade e Propaganda
e Lusch, 2004; Edwards in Cooper, 2006 e Urdan e Urdan, 2006) a respeito da problemática a fim de constituir um lastro para análise empírica posterior.
Usabilidade, design da informação e remixagem de conteúdo: o case Zeca na rede Randy Rachwal Mestre
randy@comdpi.com.br UTP
João Maurício Grabowski Graduando
mauricio@jornalcentrocivico.com.br UTP
Graciela Johnsson C. Jokowiski gracicampos@gmail Graduanda UTP Fernanda Weisheimer Graduanda Elaine Prada Graduanda
fernandarcw@gmail.com UTP eprada094@gmail.com UTP
O presente artigo tem como finalidade estudar a web como nova plataforma dentro da publicidade, como ela atinge o seu público e como pode ser uma extensão dos meios de comunicação já tradicionais, instigando uma reflexão a respeito das novas atividades e campanhas publicitárias criadas com foco na internet e base nos pressupostos de Comunicação integrada. O recorte de observação é composto pela campanha intitulada “Zeca na Rede”, desenvolvida pela agencia Africa para a Ambev, a partir do seu desejo de trabalhar com seu consumidor na internet e explorar o engajamento e a participação de seus consumidores de forma colaborativa. A revisão bibliográfica e a análise do case compõem a metodologia de observação desse recorte.
Mídia, identidade e representação: uma análise da publicidade televisiva da cerveja Polar Export Leandro Stevens leandrostevens@yahoo.com.br Mestre UFSM A publicidade televisual apropria-se das características do meio, buscando promover, através de seus discursos, uma identificação com o público. O uso intensivo de recursos técnicos da linguagem 61
GT Publicidade e Propaganda
audiovisual busca converter os telespectadores em consumidores de seus produtos, lançando mão, muitas vezes, das culturas regionais. Este artigo é um recorte da dissertação homônima e pretende levantar quais são as competências discursivas do processo de identificação que vinculam a publicidade televisual da cerveja Polar ao público gaúcho. Os resultados revelam que a identidade gaúcha aparece como o elemento responsável pela identificação do público por representações cuidadosamente planejadas através de uma construção verbal e não-verbal da publicidade televisiva por meio de expressões, planos, falas e personagens, na qual se destaca: o regionalismo gaúcho, a masculinidade, o apego a terra e às tradições e a constante exaltação do que é próprio do Rio Grande do Sul.
Inovações tecnológicas nos celulares: um estudo baseado em atitudes dos consumidores da renda baixa de São Paulo, Brasil. Maria de Lourdes Bacha Doutora
mlbacha@gmail.com Universidade Presbiteriana Mackenzie
Ângela Schaun Doutora
angela.schaun@mackenzie.br Universidade Presbiteriana Mackenzie
Este trabalho analisou as atitudes dos consumidores da população de renda baixa frente às inovações tecnológicas dos celulares, baseadas em escala desenvolvida por Pádua Jr. e Prado (2005). Os resultados apontam que 71% dos entrevistados dizem não ter problemas em entender o funcionamento do celular. No entanto, para 59% os celulares da nova geração são mais difíceis de usar do que os modelos anteriores e 35% consideram difícil usar as funções mais avançadas de um telefone celular, tais como acesso à Internet, mensagens multimídia, câmera fotográfica, aplicações Java, já que novos atributos põem ser considerados complexos e podem dificultar a adoção. 65% acreditam que as funções disponíveis nos aparelhos de telefone celular da nova geração são mais interessantes do que os anteriores e 61% acham que os aparelhos da nova geração são melhores. Pode-se dizer que no caso dos celulares a velocidade de lançamento é alta, dificultando a difusão e aprendizado.
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GT Publicidade e Propaganda
Dia 16/11 - 14h Mesa 2 - Questões de Gênero e Interpretações Prédio 7 Sala 205 Mediadora Rosane Palacci dos Santos (PUCRS)
Um olhar discursivo sobre as questões de gênero na publicidade da cerveja Nova Schin Andrea Reginatto andrea.reginatto@gmail.com Doutoranda PUCRS O artigo em questão tem como objetivo apresentar algumas considerações teórico-metodológicas para a análise das estratégias discursivas utilizadas pelo comercial de cerveja Nova Schin. Trata-se de reflexões iniciais de uma pesquisa em andamento, cuja intenção é discutir a representação feminina no contexto de peças publicitárias de cerveja veiculadas pela mídia televisiva e impressa. As discussões têm como pressupostos teórico-metodológicos a Teoria Dialógica do Discurso (Bakhtin, 2003, Bakhtin/Volochinov, 2004) e os Estudos Culturais, especificamente as discussão em torno do gênero.
Beleza feminina, culto ao corpo e publicidade Marislei da Silveira Ribeiro marisleiribeiro@unipampa.edu.br Doutora UNIPAMPA Ao situar os debates sobre a beleza feminina e o culto ao corpo, relacionados à publicidade, o presente trabalho parte do entendimento de que a mulher, no mundo ocidental, vem ocupando um espaço social cada vez mais amplo. Ao tentarem seguir os padrões estéticos da contemporaneidade, muitas mulheres têm pago um alto preço, submetendo-se a procedimentos que, em nome da qualidade de vida, saúde, cuidados com o corpo, são capazes de tornar-se uma espécie de rito religioso.Ciente desse fato, a publicidade utiliza-se do ideal do corpo perfeito para indicar à mulher modos de estar no mundo e de viver, persuadindo-a, por meio dos anúncios, a consumir produtos embelezadores. Frente a essas explorações, a pesquisa discutiu e problematizou a evolução da beleza feminina e do culto ao corpo, relacionando ao estudo publicitário. 63
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Mulheres evoluídas: o discurso publicitário e sua ideologia Merli Leal Silva merlileal@gmail.com Doutora UNIPAMPA Juliana Zanini Salbego julianasalbego@unipampa.edu.br Mestre UNIPAMPA O presente trabalho tem como objetivo analisar o discurso publicitário da campanha da Bombril – mulheres evoluídas – como espaço ideológico de produção de sentido, a partir de reflexão teórica sobre a construção da identidade de gênero nas mídias. Para tanto, aplicou-se o método da Investigação Hermenêutica de profundidade ao estudo do anúncio veiculado na revista Isto é, de março de 2010, analisando: os modos típicos de apropriação dos produtos de comunicação de massa; as características sócio-históricas dos contextos de recepção; a natureza e significância das atividades de recepção; o significado das mensagens, como interpretado pelos receptores; e a elaboração discursiva das mensagens comunicativas. Observou-se que a campanha tem características de produção conectadas com uma ideologia de poder e submissão. As reflexões sobre o tema são fundamentais, uma vez que, a perspectiva de uma propaganda libertadora, emancipatória e dialógica, na perspectiva freireana, pode fazer muita diferença na formação de novos sujeitos e de novas e justas relações sociais.
Imagens infantis na propaganda: construção e disputa de sentidos nos discursos do Banco Itaú Pâmela Caroline Stocker pamelastocker@gmail.com Mestranda UFRGS O propósito deste artigo é refletir sobre o discurso organizacional do Banco Itaú, focando um conjunto de peças publicitárias que se referem ao serviço Itaú Private Bank, com circulação na mídia impressa nacional no ano de 2009. Interessa-nos discutir a presença de imagens infantis em todos os anúncios da campanha e investigar a construção e disputa de sentidos a partir do discurso publicitário. As relações entre discurso, mídia e cultura serão pensadas sob o enfoque metodológico da Análise do Discurso (escola francesa). O objetivo do estudo é analisar de que forma a associação entre imagem infantil e produtos/serviços oferecidos por essa organização bancária 64
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faz circular sentidos que contribuem tanto para a constituição da identidade organizacional como para reforçar a construção cultural de significados a respeito da infância.
Compreensão leitora: necessidade publicitária? Veridiana Caetano veri@vetorial.net Mestre FURG As propagandas talvez sejam uma das modalidades de discurso mais presentes na sociedade atual. O crescimento da imprensa popular, do rádio e da televisão coloca a propaganda à frente de um estilo coloquial de linguagem dirigida a grandes massas emprestando-lhe influência e evidenciando questões sociais e ideológicas. Assim, a mensagem a ser passada ao público-alvo é trabalhada de forma positiva e atrativa para, desse modo, metamorfosear a consciência do futuro cliente. Para isso, a mídia utiliza recursos da Língua Portuguesa, apropriandose de signos verbais em conjunto com visuais, para dar impacto a suas criações. Este trabalho tenciona refletir de que forma ocorrem as relações de leitura em determinada campanha publicitária, como é apresentada a linguagem e como, através da mesma, evidenciamse questões ideológicas. Serão utilizadas abordagens relacionadas à compreensão leitora, fundamentando-se na Psicolinguística, no que se refere ao conhecimento prévio do leitor.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 3 - Práticas Publicitárias e Representações Prédio 7 Sala 204 Mediadora Cristiane Mafacioli Carvalho (PUCRS)
Os discursos do profissional de atendimento Márcia Pillon Christofoli marciapillon@yahoo.com.br Mestranda PUCRS O presente artigo se propõe a realizar uma reflexão teórica, objetivando a construção dos aspectos metodológicos da dissertação de Mestrado da autora, que pretende analisar as relações de trabalho estabelecidas entre o profissional de atendimento de uma agência de publicidade e propaganda e seus diferentes públicos (cliente e agência). Ancorado nos estudos de Análise de Discurso, proposto por Charaudeau (2010), traz uma discussão sobre as condições de produção dos discursos do atendimento. Nesse sentido, busca uma compreensão do contexto em que este profissional está inserido, mapeando seus lugares de fala, a partir de suas práticas e rotinas organizacionais. Atuando ora como sujeito interpretante, ora como sujeito enunciador, o atendimento participa de um jogo de relações discursivas que dependem dos saberes dos outros sujeitos envolvidos no processo.
Branding competitivo para empresas de capital intelectual: o DNA de marca como elemento diferenciador Leonardo Minozzo Bassotto leonardo@cafundo.tv Mestrando UFSC Luis Salomão Ribas Gomez salodesigner@gmail.com Doutorado UFSC A competitividade empresarial vem fazendo as empresas e marcas partirem para um modelo de desenvolvimento mecanicista e que muitas vezes acaba gerando uma perda de sentido na real necessidade da produção de serviços e produtos. Em meio a esse caos de interpretações o design surge como um elemento gerador de significado, unindo marcas e pessoas na busca de um DNA que 66
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propicie um ambiente de convívio harmonioso e duradouro. Para estabelecer conexões de marcas com pessoas é preciso então, que estas desenvolvam um DNA autêntico, que seja o núcleo da sua verdadeira diferenciação.
Marketing infantil on line: discutindo a cultura do consumo Marta Oliveira dos Santos mosantos@feevale.br Mestranda FEEVALE O trabalho tem como objetivo principal discutir a relação da criança com as estratégicas publicitárias, tendo como foco as tecnologias da informação e comunicação. A proposta coloca em pauta questões como a presença da Internet no cotidiano do público infantil e suas formas de interação, analisando as estratégias utilizadas pelas marcas neste meio. O estudo terá como referência teórica os estudos de Primo (2000), Recuero (2009), Tapscott (1999), assim como as discussões de Bauman (2008), Postman (1999), Montigneaux (2003) e Linn (2006). A partir da análise de algumas estratégias utilizadas no mundo online, busca-se trazer elementos que possam potencializar a discussão sobre as práticas do marketing e o consumo infantil, considerando a publicidade como uma ferramenta importante na construção da cultura infantil contemporânea.
Corpos valiosos: as representações de Gisele Bündchen na publicidade Vanessa de Moraes Ribeiro ribeiro.vanessa@gmail.com Mestranda UERJ Considerando as narrativas e os discursos publicitários como uma das principais formas produtoras de sistemas simbólicos da sociedade contemporânea, percebemos o uso de celebridades de maneira cada vez mais expressiva na linguagem publicitária. Temos como premissa, que a estética corporal da modelo Gisele Bündchen - garota-propaganda da marca SKY - suscita representações de ideais de beleza, de poder, e de identificação com a imagem da mulher brasileira. O objetivo do trabalho é analisar as narrativas que constroem representações da modelo na campanha televisiva “Eu Voltei” da SKY. Adotaremos como técnica de pesquisa, a análise de imagem com ênfase bibliográfica em 67
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teorias do corpo por Richard Sennett e Mirian Goldenberg, narrativas da publicidade por Everardo Rocha, e representação social por Émile Durkheim.
A publicidade na cultura de consumo e a representação de estilos de vida Manoela Pagotto Martins manu_pagotto@yahoo.com.br Mestranda UFES Em uma sociedade caracterizada pelo consumo, a publicidade assume papel fundamental: passa a atribuir valor simbólico aos bens, incorporando-os a um imaginário mais frouxo, associado aos estilos de vida. Nesse contexto, o estudo visa identificar como a publicidade representa estilos de vida em seu discurso e discutir de que forma essas representações relacionam-se com as identidades de seu público-alvo. A pesquisa utilizou como fonte de dados duas revistas brasileiras voltadas ao público masculino - Men’s Health e Universo Masculino (UM) e optou-se pela análise de conteúdo de suas matérias e anúncios, de julho de 2008 a abril de 2010. Os resultados apontaram a representação de diferentes estilos de vida nas duas publicações, mostrando como a publicidade atribui valor aos bens associando-os a características que vão além de sua utilidade específica: poder, luxo, amor, etc.
A comunicação publicitária enquanto força de realização da vida em sociedade Fabiane da Silva Verissimo fabi@comnet.com.br Mestranda UNICRUZ Este estudo busca refletir sobre a configuração de fenômenos sociais que envolvem a comunicação, cultura e publicidade. Aqui a comunicação é concebida como uma força que leva o sujeito a entrar em relação com a alteridade, estabelecendo sua própria existência, o devir. A cultura é abordada na sua esfera humana, surgindo partir das relações comunicacionais que são institucionalizadas em um processo que perpassa quatro estágios: percepção, representação, relação e ajustamento. E a publicidade é analisada como um fenômeno cultural de solidariedade humana, propondo novos estilos de vida, já que o comportamento do ser humano, na sua trajetória de vida, tem 68
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provocado impactos irreversíveis a si próprios, ao meio ambiente, ao planeta. Portanto, a intenção é pensar o fenômeno da comunicação enquanto fenômeno vital, para a realização social, e assim compreender a função da publicidade na oferta de bens simbólicos, a saber, valores, atitudes e comportamentos, incentivados na sociedade.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 4 - Marca e Comportamento de Consumo Prédio 7 Sala 205 Mediadora Rosane Palacci dos Santos (PUCRS)
Novos arranjos familiares: o consumo dos casais com dupla renda sem filhos (DINC) Iara Silva da Silva sansilv@terra.com.br Doutora ESPM Liliane Rohde lrohde04@gmail.com Mestre ESPM Os novos arranjos familiares — tema contemporâneo — exigem atenção dos gestores de comunicação e marketing para identificar mudanças em seus estilos de vida e comportamento de consumo. Sob esse prisma, neste estudo analisam-se os casais DINC, gaúchos, das classes A e B, seu estilo de vida e sua relação com as marcas. Para tanto, utiliza-se a pesquisa exploratória de vertente qualitativa, mediante observação direta, e entrevistas em profundidade. A análise do conteúdo das entrevistas descortina uma realidade singular, permeada pela liberdade de escolha, típica da pós-modernidade, e pelo individualismo, valores que orientam as atividades, as opiniões e os gostos desses casais – profissionais liberais, empreendedores, que privilegiam o consumo cultural, as marcas reconhecidas e as viagens.
As marcas dos leões: análise da redução da incerteza dos anunciantes nos filmes vencedores do Cannes Lions International Advertising Festival 2010 André Zambam de Mattos zambam@gmail.br Mestrando UFRGS Miriam Rossini miriam.rossini@ufrgs.br Doutora UFRGS A memória seletiva dos consumidores garante que as ideias admiradas por seu processo criativo tenha maior chance de ser lembrada. Podese inferir de Epstein (1986) e da Teoria da Informação que também o acúmulo e repetição de referências à marca torna o anunciante 70
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memorável. Este artigo promove a busca comparativa e quantitativa de referências à marca nos ganhadores da categoria filmes no Cannes Lions International Advertising Festival 2010 visando aproximar se os filmes premiados são apenas criativos e vendem toda a categoria do produto, ou se têm foco no mercado e conversão em lembrança de marca.
Interatividade e sustentabilidade: fortalecimento da marca em mercado de nicho Lucina Reitenbach Viana lu@comdpi.com.br Mestre UTP Vivian Oliveira L. dos Santos vivian@conexaopet.com.br Graduanda UTP Nadine H. Baruki Schulmeister nadinebaruki@hotmail.com Graduanda UTP Daniele Kmiec de Moraes nihkmiec@gmail.com Graduanda UTP João Manoel M. de Siqueira Dias joaomanoeldias@hotmail.com Graduado UTP Bruno H. Marques de Mendonça obrunomendonca@gmail.com Graduado UTP Este artigo tem como finalidade a exposição e análise do case “Mês da Terra”, da rede de supermercados Walmart, realizado no mês de julho de 2010, com base na iniciativa anual em que a empresa exalta a importância do consumo consciente de produtos que contribuem com a preservação do meio ambiente. Inicialmente são trabalhadas as questões de segmentação de mercado, e sustentabilidade, visto que a campanha era voltada para um nicho bem específico de clientes, preocupados com o “consumo consciente”, conceito que cresce cada vez mais no Brasil. A análise é feita com base nas relações da campanha com o conceito de entretenimento publicitário interativo e sua função para o sucesso do case. O modelo metodológico utilizado para a produção desse artigo contempla a revisão bibliográfica e observação netnográfica do material lançado no site da campanha em questão, analisado em paralelo ao planejamento da campanha realizado pela agência Midiaweb, responsável pela ação descrita no case. 71
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As lovemarks nas mídias sociais: um olhar sob a perspectiva kantiana do sensus communis e da experiência estética Georgia Miroslau Galli Natal ggnatal@hotmail.com Doutoranda UTP Muito se discute sobre estratégias de marcas nas mídias sociais. Discussões que acontecem em congressos, seminários acadêmicos e mercadológicos e nas próprias mídias digitais como o twitter, blogs, etc. Conceitos como o de brand experience que para o marketing é basicamente uma máxima focada nas experiências vivenciadas pelos consumidores em contato com uma marca (Tybout e Calkins, 2006), por exemplo, são amplamente utilizados por vezes sem o entendimento de seus fundamentos sociais. Este trabalho busca promover a reflexão da experiência com Lovemarks na web, a partir do olhar kantiano do sensus communis que para o autor traduzia a sensação comum, o estar junto em comunhão, um coro comunitário a partir de alguma produção ou prática estética e experiências sensíveis.
Narrativas publicitárias: identidade, posicionamento e valorização de marca Damaris Strassburger damaris.strassburger@gmail.com Mestranda UFSM O trabalho objetiva entender as relações estabelecidas pela publicidade entre marcas e consumidores a partir dos valores de consumo oferecidos nas construções das narrativas das marcas. Considerando que a publicidade constrói seus textos visando relacionar essas duas instâncias do processo comunicativo, definiram-se duas etapas de análise que permitem compreender a articulação realizada pela publicidade: identificação dos valores atribuídos à marca, com base no Mapa Semiótico dos Valores de Consumo; identificação do Percurso Gerativo do Projeto, por meio das manifestações da marca. Além da relação entre marcas e consumidores, a análise permite compreender a identidade e o posicionamento dessas marcas, bem como suas trajetórias, com base nas valorizações apresentadas pela publicidade.
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Marketing à flor da pele: análise de três edições de oficina de estímulos aos sentidos Rosane Palacci dos Santos rosane.santos@pucrs.br Doutora PUCRS Este trabalho reflete sobre estratégias sensoriais que possam ser utilizadas pelas marcas em busca da atenção dos consumidores na atualidade. Sabendo-se da enorme quantidade de estímulos publicitários a que são expostos diariamente os consumidores, realizamos um experimento, no qual estudantes foram convidados a experienciar estímulos voltados aos seus cinco principais sentidos e após eram levados a preencher um protocolo com suas impressões e associações. O presente artigo correlaciona suas respostas com a teoria de marketing sensorial de Martin Lindstrom, evidenciando que, mesmo um estímulo recebido separado dos demais, tem como consequência a associação com sentimentos relacionados a marcas e suas estratégias. Percebe-se assim que a utilização do conjunto dos sentidos tem sobre os receptores de mensagens de branding.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 5 - Discursos e Narrativas Publicitárias Prédio 7 Sala 204 Mediadora Cristiane Mafacioli Carvalho (PUCRS)
O discurso emocional utilizado pela publicidade: do contrato persuasivo à estratégia visada Luciana Pletsch Galhardi luciana.galhardi@acad.pucrs.br Mestranda PUCRS A pesquisa objetiva delinear algumas características as quais se configura a publicidade emocional na divulgação de produtos. Como recorte de análise, selecionamos a campanha Amó, da Natura Cosméticos, no intuito de exemplificar nossa proposta. A campanha, lançada em 2010, é composta por teaser televisivo, comercial televisivo, e anúncios impressos, que apresentam duas novas fragrâncias. Assim, mediante a análise do ato linguageiro, a pesquisa identifica o público predominante ao qual a mensagem se destina, o tipo de contrato de leitura que se supõe ter sido estabelecido, e a estratégia visada, mediante auxilio dos pressupostos teóricos de Charaudeau, para assim, apresentar algumas reflexões a respeito da prática da publicidade emocional na divulgação de produtos. A carência de estudos acadêmicos no setor emocional da publicidade justifica nossa proposta de estudo.
Comunicação e complexidade: o discurso mítico do SBT Fernanda Lopes de Freitas docalopes@yahoo.com.br Mestranda PUCRS Esta pesquisa está sendo desenvolvida com base nas análises dos discursos organizacionais do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), dispostos em suas Propagandas Institucionais. Nossa proposta é abordar o Mito, que constitui estas discursividades e que podem ser considerados como agentes influenciadores da opinião e da legitimação do público quanto à Marca. Teremos como suporte teórico deste trabalho, as categorias a priori: Comunicação, de Morin, com a subcategoria Estereótipo de Barthes; Relações Públicas, de Simões, viabilizada por: Marca, de Semprini; Posicionamento de Ries; Públicos, de Rabaça e Organização, de Morin; Carisma, de Weber; Mito, Poder 74
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e Socioleto, ancoradas por Barthes. Utilizaremos a Complexidade, como método, de Morin, bem como a Semiologia enquanto técnica, de Barthes, a fim de viabilizar nossa pesquisa, objetivando responder as questões norteadoras deste projeto.
O processo de construção da identidade, projeção da imagem e representação: análise das estratégias da marca RBS TV na veiculação da campanha “Crack, nem pensar” Fernanda Sagrilo Andres fersagrilo@gmail.com Mestranda UFSM Maria Lilia Dias de Castro mlilia@terra.com.br Doutora UFSM O texto televisual é constituído de uma grandeza capaz de ser analisável em níveis e em classes, possibilitando examinar articulações existentes no produto midiático. Os processos comunicacionais não são inocentes, há sempre intencionalidades, convocam públicos e desencadeiam movimentos para obter êxito. Campanhas de responsabilidade social funcionam como estratégia para interpelar determinado público, e falar de si. O presente estudo tem como objetivo buscar o entendimento das articulações e funções mais pontuais presentes no espaço de responsabilidade social “Crack, nem pensar”, bem como refletir sobre as estratégias comunicativas e discursivas empregadas na peça publicitária no reconhecimento da identidade da emissora RBS TV. Para tal, utiliza-se de alguns conceitos operacionais implicados no processo identitário e promocional para examinar o produto televisual e reconhecer esses movimentos, seguindo as instâncias de análise de Duarte e Castro (2007).
Análise dialógica de um anúncio de classificados de serviços sexuais: a imagem do locutor e do interlocutor construindo sentidos no discurso Kelli da Rosa Ribeiro ribeirokelli@yahoo.com.br Mestranda PUCRS Apresentamos a análise de um anúncio de classificados de serviços sexuais. Levando em consideração a importância do gênero anúncio 75
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de classificados de serviços sexuais, no que diz respeito às diversas formas de interações verbais postas em circulação na mídia, este trabalho realiza uma reflexão enunciativo-discursiva, sob o ponto de vista dialógico da linguagem, sobre a imagem do locutor e do interlocutor construída no discurso do anúncio. Este trabalho recorre às ideias linguísticas, desenvolvidas por Mikhail Bakhtin e seu Círculo. O anúncio analisado neste trabalho foi selecionado do jornal Agora da cidade de Rio Grande – RS. A análise do anúncio, levará em conta cinco critérios de análise: autonomeação do locutor, características físicas, características de atividade sexual, endereçamento do anúncio e as vozes sociais evocadas, por meio dos signos ideológicos utilizados pelo locutor. Assim, mostraremos como o corpo e a sexualidade é representada pelos locutores no discurso midiático.
A produção de efeitos da realidade na narrativa do filme publicitário “Maria Chuteira” da Topper/ Confederação Brasileira de Rugby Marta Regina Garcia Cafeo martacafeo@grafitti.com.br Mestranda UNESP Este artigo analisa a estratégia de comunicação do filme publicitário da Topper e da Confederação Brasileira de Rugby, intitulado “Maria Chuteira”, veiculado em TV aberta no Brasil em 2011. O rúgbi no país é um esporte ainda desconhecido para a maioria da população, sem grandes conquistas relevantes. A campanha publicitária tem como objetivo popularizar o esporte e levar o país à elite do rúgbi, através da divulgação da modalidade esportiva nos meios de comunicação. A partir do filme discutiremos a intenção do texto publicitário audiovisual, descobrindo e analisando as estratégias que o enunciador utiliza e a criação dos efeitos de sentido de realidade. Para tanto é utilizado como referencial teórico os conceitos da propaganda e da semiologia do discurso.
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Análise dos discursos do vídeo publicitário “Eu, Porto Alegre, a Cidade do Futuro - Projeto Cais do Porto”: uma abordagem semiológica Nancy Verónica Bazán Vianna nancy.vianna@hotmail.com Mestranda PUCRS O estudo apresenta a análise da produção de sentido dos discursos do vídeo publicitário da campanha pró-revitalização do Cais Mauá de Porto Alegre/RS, que tem a finalidade de promover turisticamente a cidade frente à movimentação da Copa do Mundo, no Brasil. No filme, contemplamos as formas simbólicas, destacando a interpretação do uso das categorias a priori Estereótipo, Mito, Poder, Cultura, Globalização e Socioleto, e, a posteriori, Repetição. Para tanto, o método usado é o da Hermenêutica de Profundidade, de John B. Thompson, e, por meio da técnica semiológica, de Roland Barthes, com uma abordagem qualitativa, analisamos a significação das imagens, narrações e testemunhais.
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Comunicação Organizacional e Relações Públicas
Coordenador Prof. Dra. Cleusa Scrofernecker Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - Comunicação Organizacional e Relações Públicas: Tendências e Possibilidades Prédio 7 Sala 310 Mediadora Cleusa Maria Andrade Scroferneker (PUCRS)
Comunicação organizacional: tensões entre interesses privados tornados públicos e interesses públicos Rudimar Baldissera rudimar.baldissera@ufrgs.br Doutor UFRGS Sob a perspectiva da comunicação organizacional e com as lentes do Paradigma da Complexidade (conforme Morin), neste trabalho, estudam-se as tensões que se estabelecem entre interesses públicos e interesses privados. Vinculado à pesquisa Comunicação, cultura e poder: a triangulação iniciativa privada – poder público – comunidade, em desenvolvimento na UFRGS, também se realiza reflexão sobre como os interesses privados tendem a ser tornados públicos e, muitas vezes, apresentados como de interesse público. Em direção semelhante, procura-se evidenciar os processos estratégicos mediante os quais questões/temas identificados como de interesse público são assumidos pelas organizações em seus discursos e/ou ações de modo a gerar algum tipo de espelhamento para produzir simpatia – identificação – junto aos públicos.
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Comunicação pública e capital social nos movimentos sociais: a contribuição do “Agir Comunicativo” de Habermas Celsi Brönstrup Silvestrin celsi@matrix.com.br Doutora UFPR O trabalho tem como base a vinculação entre comunicação pública e capital social no contexto dos movimentos sociais. A criação do capital social precisa da comunicação e das redes sociais para viabilizar as interações entre os agentes sociais, bem como, a cooperação, o engajamento cívico e a confiança recíproca entre os indivíduos que fazem parte de um movimento. Especificamente, o estudo se propõe a examinar a possível contribuição da teoria do agir comunicativo concebida por Habermas, por estimular nos sujeitos a vontade de se entenderem reciprocamente, num sentido abrangente, não restritivo. Assim, supomos que o agir comunicativo ao favorecer a integração, as conversações e a participação dos sujeitos, colabora para o desenvolvimento do capital social.
A emergência da organização a partir de conversações e textos em mídias sociais Alex Fernando Teixeira Primo alex.primo@me.com Doutor UFRGS Este trabalho analisa como as conversações e textos em mídias sociais (blogs, Twitter, Facebook, Chatter, etc.) participam da constituição da organização. Além disso, discute também como contribuem para a gestão do conhecimento em learning organizations. Tal estudo baseiase principalmente na perspectiva da Escola de Montreal, que defende que a organização emerge na comunicação (e não o oposto). Em vez de abordar a organização a partir de uma lógica operacional, normativa ou de um sistemismo simplificado, a Escola de Montreal, que se organiza em torno da obra de Taylor, defende um encaminhamento epistemológico diferenciado. Em vez de abordar diretamente a organização, busca primeiro observar a comunicação, a partir da qual a organização toma forma e se transforma a todo momento. É a partir da tensão entre a imprevisibilidade das conversações e da estrutura mais permanente do texto que a organização pode ser conceituada. 80
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Relações públicas e comunicação organizacional: uma análise de práticas acadêmicas de um grupo de pesquisa focado em tecnologia Cláudia Peixoto de Moura cpmoura@pucrs.br Doutora PUCRS O trabalho apresenta uma análise de práticas acadêmicas de um grupo de pesquisa com o foco em tecnologia, registrado no CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, nas áreas de Relações Públicas e de Comunicação Organizacional. Está baseado em uma proposta metodológica construída para a investigação em grupos de pesquisa certificados por instituições de ensino superior. As referidas práticas contribuem para uma formação acadêmica com inserção da pesquisa científica e para a constituição de um capital cultural, produzido nas relações existentes entre cursos de graduação e de pós-graduação. É uma investigação qualitativa e faz parte de um estudo em andamento. Envolveu pesquisa bibliográfica e documental, realizada no portal do CNPq, em uma base de dados com grupos de pesquisa brasileiros.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 2 - Relações Públicas: Tendências e Possibilidades Prédio 7 Sala 309 Mediadora Claudia Peixoto de Moura (PUCRS)
O ensino de relações públicas com ênfase: o caso da Unipampa com foco na produção cultural Valmor Rhoden vrhoden6@gmail.com Doutorando PUCRS Elisa Lübeck Terra elisaterra@unipampa.edu.br Mestre UNIPAMPA O texto tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a ênfase em produção cultural na área de Relações Públicas no Brasil além de apresentar as perspectivas e a proposta inovadora da criação do Curso de Relações Públicas - Ênfase em Produção Cultural na Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Campus São Borja–RS. Tendo em vista que o mercado cultural da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, ainda é pouco desenvolvido, apresentando, nesse aspecto, grande potencial e mercado de trabalho para os discentes do curso.
Relações públicas e as redes sociais Marcia Formentini marciaf@unijui.edu.br Mestre UNIJUI O profissional de relações públicas tem sido desafiado continuamente a repensar as formas de relacionamento das organizações com seus públicos, seja através da comunicação tradicional ou da comunicação digital. Neste sentido, as redes sociais têm se colocado como uma das principais ferramentas inovadoras na relação organização-público, por ser algo ainda novo, mas com um desenvolvimento crescente, que requer atenção e responsabilidade dos profissionais que propõem e monitoram a comunicação digital, aumentando as possibilidades de a organização interagir de forma mais efetiva com seus públicos. Para Barichello (2009), é preciso aproveitar a comunicação digital enquanto “potencialização da interatividade com os públicos”, e, 82
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neste contexto, o Relações Públicas é convidado a inovar e planejar a comunicação organizacional de modo a trazer resultados eficazes para as empresas.
Proposta de dimensões de relacionamento em relações públicas com stakeholders internos Marley de Almeida T. Rodrigues marley@faccat.br Doutora FACCAT O termo relacionamento tem sido estudado por autores da área de Relações Públicas, mas, diferentemente do marketing de relacionamento, ainda não tem dimensões estabelecidas. Neste estudo, objetivou-se investigar as dimensões de relacionamento nos aspectos teóricos de Relações Públicas, nas obras de Andrade (1993, 2003); Kunsch (2003); Fortes (2003); França (2004, 2001) e Simões (1995, 2006). Em seguida foram realizadas entrevistas de profundidade com profissionais da área onde foi possível identificar as dimensões de relacionamento em Relações Públicas que podem lhes dar suporte a esta atividade. Foi utilizado como referência metodológica Moraes e Galiazzi (2007) ao trabalhar a Análise Textual Discursiva.
As relações públicas e os programas de memória institucional do doce de Pelotas Cristina Russo G. da Porciúncula cmatendimento@yahoo.com.br Mestre UCPel Margareth Michel margareth.michel@gmail.com Mestre UCPel As Relações Públicas estão preocupadas em buscar alternativas para consolidar, cada vez mais, os relacionamentos entre organização e públicos, por isso buscam atuar na formação da Memória Institucional. Esta pesquisa busca verificar como se estabelecem programas de Memória Institucional do Doce de Pelotas, patrimônio da cidade, com base em instrumentos de Relações Públicas. Assim a finalidade do trabalho é saber se foram utilizados (e como), instrumentos de Relações Públicas, na formação de identidade e memória, no processo histórico de produção do doce e sua manutenção como tradição. Para tanto, foi realizado um estudo de caso exploratório junto a Associação de 83
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Produtores de Doces de Pelotas, que atualmente recebeu do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), o selo de Identificação Geográfica aos Doces de Pelotas. A investigação orientou-se com base em procedimentos metodológicos como: pesquisa bibliográfica, análise documental, história oral e observação participante.
A contribuição das relações públicas na difusão do bacharelado em educação nas organizações Gustavo Eugênio Hasse Becker gustavohb@terra.com.br Mestre ULBRA O relato é de uma ação iniciada em 2004, quando o curso de Pedagogia da Ulbra buscou, junto ao curso de Relações Públicas, um docente que ministrasse a disciplina Planejamento e Organização de Eventos, como optativa, para a habilitação Empresarial. A disciplina se tornou obrigatória para todas as habilitações do curso, até que suas diretrizes curriculares foram modificadas, desaparecendo as habilitações. Surge o bacharelado em Educação nas Organizações, sendo a disciplina obrigatória em sua matriz. O know how para o desenvolvimento da disciplina emana das Relações Públicas, que têm no evento um instrumento estratégico. Assim, além de instrumentalizar os futuros educadores organizacionais, os 21 eventos já realizados pela disciplina a tornaram um elemento difusor do curso e de reforço da sua imagem.
Quando a comunicação toma forma nas organizações: as relações públicas como postura administrativa Manoella Neves manoellaneves@hotmail.com Mestre UFAL Parte-se da compreensão de que, para se trabalhar essencialmente a comunicação nas organizações, ela precisa ser constitutiva de uma administração (pública ou privada), de modo que as relações públicas evidenciam-se como concepção gerencial, apresentando-se para além de executora da comunicação organizacional, mas como gestora estratégica. Nesta perspectiva, para além da compreensão mútua e de evitar ruídos, relações públicas são um ponto de vista, uma postura institucional. O processo comunicacional das relações
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públicas é um jogo de forças, o que nos leva a pensar sobre este processo, requerendo a participação dos sujeitos influenciando mais diretamente o fazer administrativo (ou político) a fim de torná-lo mais polifônico e democrático, com instrumentos que forcem a prestação de contas.
International public relations: an experiment on a virtual model of learning Ana Maria Walker Roig Steffen ana.steffen@pucrs.br Doutora PUCRS In a global economy, where social and cultural mores affect the practice of public relations (PR) differently in different regions, there is a need for an increased focus on contextual and environmental sensitivity if graduates are to emerge as effective operators on an international stage. Meeting this need, since 2008, University College Falmouth in the UK and PUCRS in Brazil have been deploying a virtual model of teaching and learning project (VMOL) in the PR area using virtual tools. This project enables the planning of international PR campaigns for Brazilian and British NGOs, preparing students to gain expertise to deal with different cultural and communication systems on a global level. This study provides an overview of the experiment, demonstrating how it can meet the UNESCO recommendations to the Higher Education Institutions (HE) in terms of Social Responsibility, Internationalization and Innovation, that were gathered at the 2009 World conference on HE.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 3 - Comunicação Organizacional: Tendências e Possibilidades Prédio 7 Sala 310 Mediadora Myriam Dutra (PUCRS)
A história e a memória na comunicação organizacional: um estudo da narrativa da experiência para atratividade dos públicos Rodrigo Silveira Cogo rodrigocogo@usp.br Mestrando USP Paulo Nassar paulonassar@uol.com.br Doutor USP O reflexo de uma vontade de ressignificação da existência vem sendo imenso no mundo da comunicação organizacional, exigindo novos formatos de construção e difusão de mensagens e de estabelecimento de diálogo e de relações de troca. Múltiplos protagonistas estão pulverizados no tecido social, não mais dependentes de estruturas institucionais pré-avalizadas. A narrativa como expressão da gestão tradicional esgotou-se na contemporaneidade como discurso único, voltado para o aumento da produtividade e da competitividade. Postula-se aqui uma narrativa genuína como discurso aberto, que prescinde de explicação imediata e onde a “moral da história” estaria para ser construída em cada um e o afloramento da emoção é bemvindo.
Memória institucional no ambiente virtual: possibilidade de comunicação organizacional na era do instante Andreia Arruda Barbosa andreia.arruda@gmail.com Doutoranda PUCRS As Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação instituíram uma nova lógica no modo de sentir, pensar e se relacionar, gerando inúmeras implicações no contexto organizacional e motivando um (re) pensar sobre possibilidades de comunicação que propiciem o senso de pertencimento aos sujeitos. O presente artigo tem por objetivo 86
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refletir sobre a Memória Institucional no ambiente virtual, utilizando como referência o site “Conversando com a Reserva”, produzido pelo Exército Brasileiro. Buscamos evidenciar a memória como um lugar onde os indivíduos podem encontrar sentido nas práticas organizacionais, face à perda de referências da atualidade.
Memória empresarial agendamento
como
um
processo
de
Renata Andreoni andreoni.renata@gmail.com Mestranda PUCRS Por meio de um estudo de caso – Centro de Memória Gema Gazzola da empresa Puras do Brasil –, pretende-se compreender as potencialidades e a forma como a Memória Empresarial pode ser trabalhada nas instituições. Para tanto, são elucidados, brevemente, os conceitos de memória, história e identidade com a finalidade de compreender como eles dialogam dentro de um processo comunicacional, desenvolvido através da hipótese do agenda-setting. Entre as múltiplas possibilidades de análises sobre como as histórias e as memórias atuam sobre a comunicação organizacional, busca-se analisar como a empresa Puras do Brasil aspira fortalecer sua marca através da constituição de um centro de memória, na comemoração dos seus 30 anos de atuação.
A (não)lugarização organizacional
da
comunicação
no
espaço
Lidiane Ramirez de Amorim lidyamorim@gmail.com Doutoranda PUCRS Inúmeras pesquisas têm demonstrado o quanto a compreensão da comunicação organizacional como processo complexo e sistêmico tem superado a visão instrumental e linear que preponderou até meados dos anos 80. Contudo, até que ponto esse olhar contemporâneo encontra lugar no dia a dia das organizações? A intenção deste artigo é problematizar os níveis de lugarização da comunicação, a partir dos lugares discursivo e institucional que ela ocupa no ambiente corporativo, com o objetivo de descobrir que compreensão de comunicação se tem nas organizações contemporâneas. Um convite para sairmos do lugar de comunicar rumo ao pensar a comunicação 87
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a partir da compreensão que as organizações possuem da área, o quanto se tem clareza sobre os seus papeis e as suas possibilidades de atuação. As reflexões estão embasadas nas dimensões de lugar/nãolugar/entre-lugar (Augé, 1994; Castrogiovanni, 2004; Bhabha, 1998) e se tecem a partir do Paradigma da Complexidade.
Comunicação e Informação: outros olhares - a espetacularização e os processos de não-lugarização das organizações nas redes sociais Diego Wander Santos da Silva diego.wander@acad.pucrs.br Mestrando PUCRS Como o título indica, o artigo explora uma possibilidade de análise, dentre tantas outras. Trate-se de outro olhar acerca da ascendente presença das organizações nas redes sociais. Especificamente, duas dimensões são envolvidas, sendo a primeira a espetacularização, a partir das concepções de Wood Jr. (2001), que a entende como um aparente distanciamento entre a essência das organizações e a imagem que buscam transmitir aos segmentos de públicos com os quais se relacionam, em um movimento denominado manipulação da impressão. Questiona-se, também, o lugar ou o não-lugar que esse estar nas redes sociais caracteriza, enquanto processo identitário, ou não, com base em Augé (1994). É objetivo do artigo, a partir dessas considerações e do Paradigma da Complexidade (Morin, 2000a), analisar se as referidas práticas podem ser identificadas como comunicacionais, ou se suprem unicamente uma lacuna informacional (Wolton, 2010).
Novas tecnologias e diálogo na comunicação interna Juliana Aparecida Ramos julianapramos@ibest.com.br Mestranda UMESP Este estudo busca discutir a utilização das mídias sociais e novas tecnologias na comunicação interna das empresas, que têm como desafio o relacionamento com os seus públicos internos como diferencial competitivo em um mercado global e com um grande fluxo de informações sem restrição de tempo e espaço. As novas ferramentas podem facilitar o diálogo entre organização e funcionários que neste contexto passam a ser vistos como interlocutores e não somente como 88
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receptores de mensagens. Portanto, propõem-se uma comunicação interna mais dialógica e menos mecanicistas nas organizações. O trabalho foi construído a partir de pesquisa bibliográfica em livros, artigos e exemplos de empresas que adotaram mídias sociais em sua comunicação interna.
Comunicação interna, processo e prática da estratégia: um olhar a partir da sociologia compreensiva Victor Márcio Laus Reis Gomes victorlaus@gmail.com Doutorando PUCRS A partir dos pressupostos da sociologia compreensiva, analisamos o jornal interno de uma grande organização financeira do sistema cooperativo. Com este trabalho, buscamos compreender como a comunicação, através do conteúdo/discurso do jornal interno, pode ser relacionada com o processo e a prática da estratégia. A investigação revelou que os esforços de comunicação interna podem ser compreendidos como parte do processo estratégico e do discurso da prática da estratégia nas organizações. O estudo indica que a compreensão da comunicação na prática cotidiana da estratégia envolve dimensões subjetivas como ideologia, cultura e imaginário.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 4 - Comunicação Organizacional: Tendências e Possibilidades Prédio 7 Sala 309 Mediadora Neka Machado (PUCRS)
Organizações que comunicam a solidariedade Caroline Delevati Colpo carolinecolpo@gmail.com Doutoranda PUCRS O Paradigma da Complexidade proposto por Morin é o método utilizado para esta reflexão, pois é capaz de questionar o fechamento ideológico e paradigmático utilizado pelas ciências científicas e mostrase como multidimensional e solidário possibilitando a compreensão das partes e do todo sem distingui-los. Com isto, aborda-se a economia solidária, como uma alternativa econômica de geração de trabalho e renda, integrada ao processo capitalista contemporâneo apoiando-se no contexto da economia social. Assume-se as cooperativas de economia solidária como organizações capazes de realizar a sua autogestão. Os grupos que compõem as cooperativas efetivam um processo de comunicação entre si (sujeito/sujeito), e com outros sistemas organizacionais que os rodeiam. Este processo de comunicação é compreendido pelos laços sociais, na qual comunicarse consiste em compartilhar com o outro elementos simbólicos da organização, podendo ou não, comunicar e/ou compartilhar o principio da solidariedade.
A gestão e a comunicação para e na atividade de trabalho associado Vera Regina Schmitz verasc@unisinos.br Doutora UNISINOS Discute as possibilidades da gestão singular da atividade de trabalho associado e as implicações desta para a autogestão coletiva a partir dos processos de comunicação. As reflexões resultam de um estudo de caso realizado na Cooperativa de Produção Cristo Rei Ltda, de São Leopoldo/RS, lugar de partilha de saberes e conhecimentos 90
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socialmente construídos, e que necessitam da comunicação para se tornarem efetivos e darem sentido à organização. Fundamentou-se na perspectiva ergológica, entendida como algo sempre em movimento, com implicação dos sujeitos envolvidos. Para coleta e análise de dados utilizou-se a observação direta, entrevistas semi-estruturadas e análise de conteúdo. A pesquisa realizada confirma a pertinência do referencial teórico da ergologia nos estudos da comunicação e da linguagem.
A comunicação e a responsabilidade socioambiental da Gerdau e da Vale nos portais corporativos: possibilidades de legitimação da identidade, imagem e reputação Lisiane Vasconcellos da Silva lisianevsilva@gmail.com Doutora UNISINOS O artigo apresentado aborda as questões relacionadas à comunicação e à responsabilidade socioambiental presentes nos discursos de portais corporativos da Gerdau e da Vale, como uma das possibilidades de legitimação da identidade, imagem e reputação destas organizações. Quanto ao método e à condução da análise, optamos pelo Paradigma da Complexidade e seus princípios dialógico, recursivo e hologramático, de Edgar Morin, e pela Análise do Discurso, de Charaudeau (2007; 2008).
Focus Group como base de informação para a comunicação organizacional: o caso Identidade do Aluno Tassiara Baldissera Camatti tbcamatt@ucs.br Mestre UCS A proposta do presente trabalho é verificar como a pesquisa qualitativa, desenvolvida com base na metodologia focus group, contribui na melhoria da comunicação organizacional, alimentando, com informações, o plano de ação. Nesta perspectiva, o trabalho é embasado nos subsídios teóricos sobre comunicação, identidade, pesquisa de opinião qualitativa - focus group e contempla o estudo de caso “Identidade do Aluno” do Centro de Ciências Comunicação da Universidade de Caxias do Sul. Enfatiza-se que não é intenção 91
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encontrar uma resposta, mas sim, analisar um percurso para análise da questão, visando contribuir na construção de alternativas de comunicação nas organizações.
Comunicação e liderança: uma relação entre lideres e liderados Josefina Maria F. Coutinho jcoutinh@terra.com.br Doutora UNISINOS A comunicação é considerada, uma condição essencial para que ocorra a gestão e as relações pessoais no âmbito das organizações, cabendo aos líderes o papel principal da comunicação clara, motivadora e contínua com seus funcionários, pois, são eles os responsáveis pelo alcance dos resultados empresariais. Ressalta-se que o aspecto mais preponderante não é o papel que o líder exerce na comunicação interna, mas sim sua importância no ato de liderar. Não há como mobilizar os funcionários para o alcance das metas, nem mesmo criar novas estratégias empresariais e inovações, sem diálogo, portanto, cabe aos líderes a criação de espaços comunicacionais para que todos os envolvidos possam falar, ouvir e debater. Considerando tais posicionamentos, é recomendável que as empresas invistam na qualidade da comunicação entre líderes e liderados, pois, ela pode influenciar no comprometimento dos funcionários com os objetivos organizacionais.
Igreja online e offline: estudo do processo comunicacional em sites institucionais católicos Paulo Vitor Giraldi Pires pvgiraldi@hotmail.com Mestrando UNESP Com a expansão do mundo virtual e as múltiplas formas de comunicação no ciberespaço, têm crescido o número de sites institucionais de cunho religioso, principalmente, da Igreja Católica. São websites de diferentes organizações, como Arquidioceses, Dioceses, associações, movimentos e comunidades religiosas vinculadas ao catolicismo. A proposta desta pesquisa é analisar o processo de comunicação e gestão da informação nos sites das sete maiores (Arqui)dioceses do Brasil, na tentativa de compreender quais são os pressupostos definidos pela 92
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Igreja Católica para fazer-se presente na web e como essas ações tem sido norteada pela instituição em nível nacional (CNBB). Este é um estudo sobre as políticas de comunicação organizacional, definidas pela Igreja no uso da internet para a evangelização. Utilizaremos a teoria geral dos sistemas de Ludwing Von Bertalanffy (1977) e das contribuições posteriores de Niklas Luhmann (1990) e, como metodologia, a análise quantitativa e fenomenológica.
Comunicação e cultura organizacional no contexto da complexidade: uma interface possível e necessária Aline Benso aline.benso@gmail.com Mestranda UNIJUÍ Este estudo explora o conceito de complexidade (Morin,2006), compreendendo a organização enquanto fenômeno cultural (Schein, 2004; Morgan,1996), estabelecendo as interfaces com a comunicação (Marchiori, 2010; Strofernecker, 2008). Considera-se nesta abordagem que, o entendimento de organização vista como cultura, pressupõe que os processos de comunicação são constitutivos, de modo que as experiências pessoais e as identidades contribuem para a contínua (re) invenção da organização ao se estabelecer um processo interativo.
Da cultura organizacional à cibercultura: um caminho possível Augusto Rodrigues Parada aparada@unisinos.br Doutorando UNISINOS Por meio de uma revisão bibliográfica, este artigo propõe um apanhado de conceitos que mostrem como a cultura, e suas especificidades são entendidas e percebidas por autores das respectivas áreas. Por meio de uma analise comparativa, similitudes e disparidades surgem e a cultura organizacional e a cibercultura protagonizam estes paralelos. Por fim, emergem três pressupostos - o pressuposto dos rituais cotidianos, o pressuposto das narrativas e dos simbolismos e o pressuposto do compartilhamento- que justificam uma pesquisa mais aprofundada sobre os impactos das singularidades dos indivíduos nos processos de construção ou fundamentação cultural das organizações.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 5 - Comunicação Organizacional: Tendências e Possibilidades Prédio 7 Sala 310 Mediadora Rosângela Florczak (PUCRS)
A comunicação institucional digital no turismo: um estudo sobre os portais turísticos de Brasil e Espanha Ana Isaia Barretto anabarretto@via-rs.com.br Mestre PUCRS No turismo, os portais qualificam e possibilitam outras formas de divulgação e contato das organizações e/ou destinos, rompendo barreiras, criando expectativas e despertando desejos nos usuários. Dessa forma, os portais turísticos podem ser considerados como relevantes fontes de divulgação da atividade. Neste sentido, analisando as diretrizes da Usabilidade (Nielsen e Tahir, 2002) e os critérios da WEBRP (Stasiak, 2009) nos portais do Ministério do Turismo (Brasil) e do Ministerio de Industria, Turismo y Comercio (Espanha), reinterpretase as principais considerações e apresenta-se uma metodologia de análise, a CIDTUR - Comunicação Institucional Digital Turística englobando 15 dimensões estratégicas para a construção e avaliação de portais turísticos.
O aspecto lúdico e o aspecto bélico na estratégia de comunicação da comissão organizadora dos Jogos Mundiais Militares - Os Jogos da Paz Elis Angela dos Anjos elisanjos@yahoo.com.br Mestranda UNESP Este trabalho analisa o aspecto lúdico e o aspecto bélico na estratégia de comunicação dos Jogos Mundiais Militares, que em sua 5ª Edição foi sediado na cidade do Rio de Janeiro, em julho de 2011. O principal canal de comunicação dos organizadores dos Jogos foi o sítio oficial (www.rio2011.mil.br), que apresentava as informações necessárias aos diversos interessados, como programação, cadastro da imprensa e solicitações de ingresso. Por meio da análise da produção 94
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de sentido, analisamos a identidade institucional do evento, que concentra uma estratégia com apelo à cidadania, ao esforço dos atletas e principalmente ao objetivo desta edição: a Paz. A presença da mascote Arion, que se comunica de forma lúdica com o público infantil e adulto, é um destaque na estratégia de comunicação, que contrasta com outras imagens que nitidamente apontam para a força, a vitória e o poderio bélico, atributos necessários aos atletas de alto rendimento e fundamentais às Forças Armadas.
Nem tudo está previsto: estratégias emergentes na comunicação organizacional da Air France Patrícia Milano Pérsigo patriciapersigo@gmail.com Mestre UFSM Maria Ivete Trevisan Fossá fossa@terra.com.br Doutora UFSM Este artigo reflete sobre as estratégias organizacionais na ocorrência de eventos críticos. Acontecimentos que rompem com a normalidade cotidiana encerram em si valores notícia e assim são apropriados e desdobrados pela mídia, promovendo uma exposição constante da organização. Nessas situações são praticadas diversas estratégias podendo ser planejadas, deliberadas ou emergentes (Mintzberg, 1973; 2003). Com uma análise de conteúdo da Folha de São Paulo, observamos que a Air France combinou diferentes estratégias na comunicação organizacional do ocorrido com o Voo AF447.
A comunicação organizacional no processo hospitalidade nos meios de hospedagem
de
Carla Lemos da Silva carla.l.s@terra.com.br Doutoranda PUCRS Este estudo tem o propósito de refletir sobre o papel que a comunicação organizacional exerce no processo de hospitalidade nos meios de hospedagem, analisando a comunicação organizacional enquanto estratégia no relacionamento entre hóspedes e administradores do setor hoteleiro. Considerando que o segredo para a hospitalidade bem-sucedida está ligado ao conhecimento daquilo que agrada ao hóspede e ao atendimento dos desejos deste, a metodologia utilizada 95
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foi a pesquisa qualitativa, sendo desenvolvido um estudo de caso em uma rede hoteleira. Neste sentido, busca-se verificar de que forma esta se comunica com seus hóspedes para conhecer o que lhes agrada, bem como se este conhecimento é colocado em prática. Para tanto, será utilizado como instrumento um roteiro de entrevista estruturado aplicado à Gerente de Marketing da Rede em estudo.
As estratégias ativistas do Greenpeace para suscitar o debate sobre meio ambiente na esfera pública Rafaela Caetano Pinto rafarpufsm@yahoo.com.br Mestranda UFSM Maria Ivete Trevisan Fossá fossa@terra.com.br Doutora UFSM Esta pesquisa analisa o papel do Greenpeace como produtor social e como suas ações ativistas buscam sustentar o debate sobre o meio ambiente na esfera pública. O corpus de pesquisa foi composto pelas notícias referentes às ações ativistas relacionadas aos escopos de trabalho do Greenpeace realizados no Brasil, no primeiro semestre do ano de 2011. As notícias escolhidas foram aquelas veiculadas nos três jornais de maior circulação no Brasil e no site institucional do Greenpeace. A metodologia foi a análise de conteúdo que permitiu discutir de que forma as ações ativistas realizadas pelo Greenpeace, ao serem veiculadas nos meios de comunicação, ampliam e sustentam o debate sobre meio ambiente na esfera pública.
Uso de blogs internos para colaboração e gestão do conhecimento em ambientes organizacionais Rodrigo de Oliveira guigorp@gmail.com Mestrando UFRGS A complexidade das tecnologias da informação e comunicação e sua rápida aceitação/adaptação por parte dos indivíduos, demonstra que as organizações devem acompanhar estes avanços para desenvolver suas estratégias de comunicação junto ao público interno. Profissionais de Relações Públicas devem estar preparados para mediar os relacionamentos, por meio de novos sistemas/aplicativos. Diante da crescente possibilidade de uso das mídias sociais no contexto 96
GT Comunicação Organizacional e Relações Públicas
organizacional, como o blog corporativo interno pode ser aplicado para potencializar a colaboração e gestão do conhecimento? No âmbito desta análise, a tensão de forças entre sujeito e organização geram outra questão: quais as motivações que estimulam o sujeito, enquanto parte da organização, a colaborar com seu conhecimento nos blogs organizacionais internos?
Comunicação, informação e conhecimento: uma (re) leitura dos weblogs educacionais do Portal do Professor Candice Campos Habeyche candiceh@gmail.com Mestre PUCRS Este resumo apresenta a investigação realizadas em weblogs disponibilizados no Portal do Professor do MEC/MCT. Tem como objetivos: evidenciar as “marcas” que qualificam os posts como weblogs educacionais/profissionais, discutir se o weblog educacional/profissional é um canal de informação ou um canal de comunicação e relacionar as especificidades, no que se refere ao conhecimento científico ou senso comum nesses blogs. Os procedimentos metodológicos para a realização da pesquisa envolveram levantamento bibliográfico, estudo de múltiplos casos, estudo dos posts como documentos e envio por e-mail de questionários com questões abertas para três blogueiros, à luz do Paradigma da Complexidade (Morin, 2005).
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GT
Comunicação e Cultura
Coordenadora Prof. Dra. Ana Carolina Escosteguy Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - Mídia e Identidades Prédio 7 Sala 313 Mediadora Jamile Gamba Dalpiaz (PUCRS)
Representações da identidade brasileira no Financial Times Jamile Gamba Dalpiaz Doutoranda
jamile.dalpiaz@acad.pucrs.br PUCRS
Este estudo busca identificar as marcas da identidade brasileira representadas pelo jornal Financial Times (FT). Os elementos de representação são explorados na análise dos textos, enquanto que o contexto histórico, presente nas obras dos autores que refletem sobre o processo de elaboração do caráter nacional, auxilia na compreensão desta construção simbólica coletiva. Os aportes teóricos estão situados no campo dos Estudos Culturais britânicos (Hall, 1997; 1999) e na História (Graham, 2001; Maciel, 2007). O corpus é composto por matérias do caderno especial publicado pelo FT sobre o Brasil - Investing in Brazil, no qual se encontram temáticas e testemunhos brasileiros. São os depoimentos (fontes jornalísticas) e os fatos abordados que fornecem as pistas de interpretação do objeto. Contudo, verifica-se que as matérias do FT evidenciam aspectos históricos, sociopolíticos e econômicos constitutivos do Estado-nação moderno, mas também apresentam características geográficas e culturais.
A revista O Globo: a leitura do comportamento por meio do jornalismo cultural Debora Elman Mestre
debelman@gmail.com SENAC-RS 99
GT Comunicação e Cultura
Carolina W. Chaves Mestranda
carolinawchaves@gmail.com PUCRS
O objetivo deste trabalho é investigar o primeiro ano da revista O Globo criando um paralelo comparativo entre o jornalismo cultural (nos textos, imagens e entrevistas) e o comportamento da época. O método utilizado foi a análise de discurso francesa. A construção do referencial teórico baseou-se em comportamento, contexto histórico no Brasil e mundo, bem como a representatividade nas entrevistas e reportagens no jornalismo cultural. Na análise observou-se que a comunicação cultural retratada em fotos e nos artigos pesquisados está intimamente ligada a cultura européia, não possuindo muitos traços de identidade nacional brasileira.
Mídia virtual e a diáspora brasileira: a identidade nacional retratada em sites para expatriados Carolina W. Chaves Mestranda
carolinawchaves@gmail.com PUCRS
O presente estudo tem como objetivo identificar os marcadores de identidade que animam o imaginário do expatriado brasileiro. O corpus de análise foi construído a partir de uma seleção dos sites de comunidades brasileiras apresentados pelo Ministério das Relações Exteriores. O referencial teórico traz conceitos de identidade, e suas subdivisões a cultural e nacional, imaginário, globalização, expatriação, brasileiros no mundo e comunicação virtual. Para tanto se utilizou a análise de discurso para o levantamento e entendimento dos itens que constituem a identificação do brasileiro que vive no exterior. Como pontos de perpetuação e identificação da identidade nacional, foram observadas questões como: a utilização das cores verde e amarela; a presença da música (como cantigas de roda, samba, axé, forró, batucada, entre outras); o ensino do idioma nacional.
Relações raciais, comunicação e diversidade cultural: Brasil e Argentina Zilda Martins Barbosa Doutoranda
zildamarti@yahoo.com.br UFRJ
Este trabalho aborda as relações raciais no Brasil e na Argentina, a 100
GT Comunicação e Cultura
naturalização do outro e o papel da comunicação no jogo de causa e efeito. Serão analisados o modo como os dois países construíram um projeto de nação e a crença na inexistência de negros/as na Argentina. A questão central é saber como se (des)constroem as relações étnicoculturais na América Latina, e os objetivos são compreender de que modo as singularidades ficam visíveis ou invisíveis, inventadas ou apagadas; qual a forma do racismo no passado e no presente; e o pertencimento mnemônico do/a negro/a. Para tanto, serão problematizados a identidade nacional, a mídia, cultura, diversidade e o desejo de verdade. O texto tem amparo teórico em Martín-Barbero, Sodré, Caggiano e outros.
Redes sociais, cidade e memória: lembranças compartilhadas de Teresina no Twitter Gustavo Fortes Said gsaid@uol.com.br Doutor UFPI Tabata M. S. Magalhães Graduanda
tabatamagalhaes@gmail.com UFPI
Em abril de 2011, foi lançada no Twitter a campanha Grifes Vivas THE, que pretendia relacionar as marcas identitárias de Teresina, situada no nordeste do Brasil. Foram postadas quase nove mil mensagens, que faziam referência a acontecimentos, personagens e cenários relacionados ao cotidiano e à história da cidade. As mensagens se multiplicaram de forma interativa e produziram um contexto de construção de identidades e memória coletiva, como propôs Hallbwachs. A partir das técnicas de análise de conteúdo categorial e análise textual, o artigo relaciona as categorias temáticas utilizadas e discute o processo de construção de identidades a partir da rememoração e releitura de cenas e acontecimentos da vida individual e coletiva, num jogo mnemônico de matriz fenomenológica.
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GT Comunicação e Cultura
Dia 16/11 - 14h Mesa 2 - Teorias, Conceitos e Definições Prédio 7 Sala 314 Mediador Vilso Junior Santi (PUCRS)
De Jesús à Antônio: rastros da peregrinação teórica da comunicação na América Latina Vilso Junior Santi Doutorando
vjrsanti@yahoo.com.br PUCRS
O presente trabalho pretende emprestar concretude à “zona de contato” constituída por duas grandes ultrapassagens paradigmáticas (a nosso ver) experimentadas pela teoria da comunicação da América Latina – dos meios às mediações; e, das mediações à midiatização. Partindo dos rastros e seguindo as pegadas da peregrinação dos escritos de Jesús Martín-Barbero e de Antônio Fausto Neto, procuramos desenvolver os primeiros traços de uma abordagem capaz de dar conta da problematização da globalidade do processo comunicacional, mas, que, além disso, permita refletir acerca da própria produção teórica latino-americana no campo da comunicação. Nesses termos, para fins de ilustração, cremos ser possível sintetizar a proposta da presente pesquisa na assertiva analógica que intitula a proposta.
Mutações visíveis nas transformações da “sociedade dos meios” à “sociedade em vias de midiatização” Daniel Silva Pedroso Doutorando
dspedroso@gmail.com UNISINOS
Antes do advento da Internet, tínhamos uma sociedade demarcada por campos sociais, em que os meios de comunicação, integrantes do campo midiático, detinham posição central e a competência de mediação e representação das várias relações, desenhando um cenário de “sociedade dos meios” ou “sociedade midiática”. Observamos hoje, entretanto, a expansão das tecnologias, que são transformadas em mídias pelos usos, possibilitando que todos possam interagir através de dispositivos midiáticos – o que compõe uma “sociedade em vias 102
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de midiatização”. Com esta pesquisa objetivamos debater o cenário que caracteriza as mutações dos processos comunicacionais de uma conjuntura de “sociedade dos meios” uma “sociedade em vias de midiatização”, observando e analisando suas recursões sociais, tendo como base as perspectiva de Braga, Fausto Neto, Ferreira e Gomes – pesquisadores da Linha de pesquisa “Midiatização e Processos Sociais”.
Retórica e comunicação: uma revisão crítica Regiane M. Nakagawa Doutora
regianemo@uol.com.br USP
Entendida como metalinguagem, a prática retórica deve ser apreendida como uma linguagem que mantém um diálogo intenso com a sua linguagem objeto. Quando colocada em correlação com o campo da comunicação, a retórica quase sempre foi discutida com o objetivo de estudar os recursos utilizados pelos meios e pelas mensagens com o intuito de persuadir, a partir de uma sistematização conceitual elaborada com base no discurso verbal. Porém, como metalinguagem, uma possível retórica dos meios deve, necessariamente, pautar-se por outros parâmetros, uma vez que seu objeto não se circunscreve ao verbal, mas sim a ambientes caracterizados por uma intensa heterogeneidade semiótica. Assim, este artigo visa apresentar uma breve revisão crítica da relação entre a retórica e o campo científico da comunicação, tendo por base a ação metalinguística que a retórica exerce na cultura.
O consumo e os usos dos referenciais midiáticos de beleza feminina: para pensar as práticas das adolescentes e suas famílias Daniela Maria Schmitz Doutoranda
venuss@terra.com.br UFRGS
A proposta é discutir desde a problemática da tese de doutorado os conceitos de consumo e usos, muitas vezes utilizados como sinônimos em pesquisas de recepção. Intento focalizar o consumo e a recepção dos referenciais midiáticos de beleza feminina entre famílias com adolescentes que sonham seguir a carreira de modelo 103
GT Comunicação e Cultura
profissional. Para tanto, inicio a discussão com as argumentações de Garcia Canclini, de Certeau e também a gênese e significação dessas duas palavras a partir de dicionários de filosofia. Trago em alguns momentos as especificidades dos estudos de recepção para instaurar um contraponto de suas convergências e particularidades em relação ao consumo cultural. Por fim, defendo aqui que a noção de uso passa muito mais pelas práticas de produção de sentido do que pelo ato de consumir em si.
A cultura sai das “brincadeiras” Sen Ni Mestrando
nisen888@hotmail.com PUCRS
Hoje em dia, a China é conhecida por ser um país muito desenvolvido, uma grande nação da Ásia e a mais populosa da Terra. Contudo, apesar de possuir uma história que remonta a milhares de anos, a China também é um país desconhecido para grande parte do mundo. Porém, com a realização dos Jogos Olímpicos de 2008 a China passou a ser mais conhecida. Nesse trabalho, portanto, propomos discutir a origem dos jogos – o que significa a palavra jogo? – e qual é a sua definição. Para tanto, lançamos mão de autores como Huizinga, que fala no seu livro Homo Ludens que “o jogo é uma função da vida, mas não é passível de definição exata em termos lógicos, biológicos ou estéticos.” Como sabemos na antiguidade, na maioria dos jogos, a competição era desprovida de “objetivo”, mas na medida em que ocorreu o desenvolvimento do jogo e de sua “cultura de disputa”, o seu “objetivo” ficou cada vez mais forte. Por conta dessas características e do surgimento dos Jogos Olímpicos que achamos pertinente estudar então a cultura que emerge das “brincadeiras”.
A arquitetura de uma nova era: a transcendência Diego Gib Azevedo Mestrando
diego.azevedo@acad.pucrs.br PUCRS
O sociólogo francês Dominique Wolton, no livro Internet e Depois?, afirma que o sentido de seu trabalho é tentar explicar porque em um sistema de comunicação o essencial não é a tecnologia. Para o pesquisador o desafio da comunicação não é técnico: é antropológico, 104
GT Comunicação e Cultura
social e cultural. Este artigo, intitulado A Arquitetura de Uma Nova Era: A Transcendência, fez parte de um estudo realizado para disciplina de Sociologia da Comunicação, cujo interesse partiu em função dos estudos dos impactos culturais e cognitivos aliados a explosão das novas tecnologias em comunicação na medida em que uma nova Era emerge em escala mundial: a Era da Transcendência. As questões pertinentes neste novo e atual momento da humanidade seriam: é a hora de um mundo interdependente? Um mundo totalmente novo? Estamos impulsionando a humanidade a um desenvolvimento cultural de alto nível? Ou será que a necessidade material ainda supera o valor do pensar?
A “simulação tecnológica da espiritualidade”: uma análise de rituais católicos online a partir das contribuições de Marshall McLuhan Moisés Sbardelotto Mestre
msbardelotto@yahoo.com.br UNISINOS
A partir de um fenômeno de apropriação da internet por instituições religiosas, este texto busca analisar a manifestação de interações entre fiel-Igreja-Deus para a experiência da fé em rituais católicos online, a partir das contribuições de Marshall McLuhan. Analisa-se, em diálogo com o pensamento sistêmico-complexo, como se dão as práticas religiosas em sites católicos brasileiros. Descrevem-se, então, estratégias de oferta de sagrado do sistema comunicacional católico online e de apropriação pelo internauta, a saber: interface interacional; interações discursivas; e interações rituais. Por fim, aponta-se que, por meio dessas estratégias comunicacionais, a religião se manifesta em um “ambiente totalmente novo”, marcado pela “simulação tecnológica da consciência”, segundo McLuhan. Isso se dá, cremos, a partir dos protocolos da internet, gerando microalterações da fé católica contemporânea.
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GT Comunicação e Cultura
Dia 16/11 - 14h Mesa 3 - Mídia e Diferença Prédio 7 Sala 315 Mediadora Bruna Rocha Silveira (PUCRS)
“Nosso cabelo é Bleck”: narrativas resistentes da juventude periférica Daniela Matos Doutoranda
d.abreu.matos@gmail.com UFMG
O objetivo desse trabalho é empreender uma análise cultural de material narrativo produzido pelo coletivo juvenil Art’periférica, da comunidade de Pernambués (Salvador/BA). A análise focaliza o produto Diário Criativo e busca identificar posições-de-sujeito propostas pelo grupo, entendidas como materializações dos lugares sociais e modo pelos quais jovens de bairros periféricos querem ser reconhecidos e participar das interações comunicativas. O olhar voltado para grupos, que afirmam pertencimento as periferias das cidades, e para as ações culturais-comunicativas que realizam, reconhece o potencial resistente de suas narrativas identitárias, em forma de textos/produtos culturais, e seu funcionamento enquanto tática de luta política e ação de resistência, numa sociedade contemporânea caracterizada pela centralidade de cultura e da comunicação midiática.
A favela no horário nobre Adriana Androvandi aandrovandi@terra.com.br Mestre PUCRS A favela é um dos mais graves problemas sociais das grandes cidades. O presente artigo busca analisar como ela vem sendo representada na mídia no Brasil ao longo da década de 2000, tendo como ponto principal o fato de a favela ter se tornado o cenário de uma novela das 21h da Rede Globo. É o caso da novela Duas caras, de Aguinaldo Silva, exibida do dia 1º de outubro de 2007 até 31 de maio de 2008. Um modelo interpretativo para esta análise é baseado no autor Douglas Kellner e em autores da linha de pesquisa dos Estudos Culturais, para os quais a cultura é um terreno de disputa de poder. E observamos 106
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que programas televisivos passaram a usar de sua pedagogia cultural para inserir mensagens de apaziguamento social em relação a essas comunidades pobres.
A comunicação como promotora de cidadania na comunidade quilombola Cristovão D. de Almeida Doutorando
cristovaoalmeida@gmail.com UFRGS
Joel Felipe Guindani Doutorando
j.educom@gmail.com UFRGS
O artigo parte da contextualização do ingresso dos meios de comunicação na comunidade rural negra Campina de Pedra, localizada no município de Poconé - MT, para discutir de que forma a comunicação se torna fundamental na luta por direitos. A comunicação na comunidade promove mudanças nas relações interpessoais dos remanescentes e serve também como fortalecedora dos debates de resistência cultural, política e social. O trabalho se fundamenta em entrevista e observação participativa, realizada em 2010 junto aos membros e aos líderes da comunidade. Com isso, constata-se que, após a inserção dos meios de comunicação na comunidade, os remanescentes de quilombo atuam como sujeitos críticos, fortalecendo os discursos e as mobilizações em prol das práticas cidadãs.
Jovens e internet: interações e usos na constituição de sociabilidades juvenis femininas Márcia Bernardes Mestranda
ma-bernardes@hotmail.com UNISINOS
O artigo é parte do desenvolvimento da pesquisa de Mestrado em Comunicação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. O objetivo desse trabalho é investigar os usos da internet realizados por jovens em situação de vulnerabilidade social, especialmente adolescentes acolhidas em um abrigo, buscando encontrar os sentidos que elas atribuem à internet. A partir disso, pensar a forma de construção da cidadania a partir desses usos e das identidades por ele (re)configuradas. O viés do trabalho afasta-se de uma visão tecnicista e busca enxergar os sujeitos como interlocutores e participantes ativos 107
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do processo comunicativo, onde passam a desempenhar papéis sociais e produzir e interpretar sentidos. Para isso, são relevantes os aportes de vários autores como Certeau e Martín-Barbero, Castells, Castro e Abramovay, Aquino e Cogo.
Disability Studies e a representação da pessoa com deficiência na mídia Bruna Rocha Silveira Mestranda
bruna.rochasilveira@gmail.com PUCRS
Muitos são os estudos sobre Pessoas Com Deficiência (PCD) no Brasil ligados às áreas de educação e saúde, mas não encontramos pesquisas sobre o tema na área da comunicação. Levando em consideração que vivemos na era da visibilidade midiática, na qual a representação midiática torna-se importante na constituição da identidade dos sujeitos, entendemos que estudar a representação das PCD na mídia é de essencial importância num país com 25 milhões de PCD. Neste artigo refletimos sobre as representações das PCD a partir dos Disability Studies, campo de estudos que examina como os efeitos da história cultural, forças estruturais, instituições, formas de acesso a bens e oportunidades afetam as PCD. Tais estudos se valem dos Estudos Culturais quando estes estudam a importância da hierárquica e antagonística divisão social de gênero, idade, raça e gerações e pretendem entender e contribuir para o entendimento do mundo e oferecer perspectivas de melhoramento da vida das pessoas com deficiência.
O novo idoso brasileiro: a ressignificação da velhice e sua representação midiática Viviane C. M. Gomes Mestranda
vivimaia@gmail.com UFG
Este trabalho tem por objetivo compreender a ressignificação da velhice e a mudança de paradigma com relação à representação do idoso pela mídia brasileira. O crescimento significativo desta parcela da população no país e o novo status que é outorgado ao velho, apresentando-o como um consumidor potencial de produtos e serviços, têm atraído a atenção de diversos nichos de mercado. 108
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Observa-se aqui como a mídia age ativamente na construção desta nova imagem do idoso e incide na formação de novas identidades. Porém, vale lembrar que a discussão sobre velhice e envelhecimento ainda é tímida nos mass media e que só começou após os anos 1970. Prova disso é que o produto midiático aqui analisado, a revista Isto É, dedicou apenas uma capa ao assunto, de janeiro a junho de 2011.
Os personagens homossexuais na telenovela brasileira: contextos, identidades e representações Wesley Pereira Grijó Doutorando
wgrijo@yahoo.com.br UFRGS
Adam H. Freire Sousa adamorigina_l@hotmail.com Graduado UFG O trabalho tem como objetivo analisar a representação dos personagens homossexuais nas telenovelas da TV Globo. Após levantar o estado da arte dessa questão ao longo dos anos da produção de telenovelas brasileiras, faz-se um panorama dessa representação nas telenovelas na década de 2000 e, depois, uma análise mais específica da representação das telenovelas produzidas pela emissora no ano de 2011, buscando observar contextos e identidades representadas nesses produtos televisivos. Com a análise das representações das identidades homossexuais nas produções contemporâneas, percebe-se que tais produtos mesmo indicando vários tipos de identidades homossexuais e inclusão de questões de âmbito social (união estável e homofobia), mantêm uma representação majoritária baseada em estereótipos alicerçados no senso comum relacionadas ao humor e à caricatura, praticamente retirando os dramas subjetivos desses personagens como é comum com os heterossexuais dentro das narrativas televisivas.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 4 - Telenovela Prédio 7 Sala 314 Mediadora Dafne Reis Pedroso da Silva (PUCRS)
Telenovela: questão política Lírian Sifuentes Doutoranda
lisifuentes@yahoo.com.br PUCRS
Estudar telenovela é pensá-la como questão política. O senso comum, contudo, localiza-a no âmbito do “meramente entretenimento” e, assim, daquilo que nada diz além de banalidades que servem ao divertimento dos espectadores. Esse mundo “sub-político”, entretanto, “é o terreno central de todo o processo de legitimação da dominação social em todas as dimensões” (Souza, 2009, p. 13). O que se nota nesse modo de “intervir socialmente” da telenovela brasileira é uma pedagogia acerca de temáticas específicas; é a TV assumindo o papel de informar sobre questões de “utilidade pública”. No entanto, temas como a injustiça social ou a dominação masculina são, muitas vezes, silenciados. Como argumenta Tufte (2005), hoje a carência de informação não é o único, nem mesmo o principal, problema das pessoas. Apesar de obras ficcionais, é importante que as telenovelas ampliem seu leque de representações e problemáticas, favorecendo uma sociedade mais justa e igualitária.
A reconfiguração da recepção de telenovela no contexto da convergência midiática Mônica Pieniz Doutoranda
moni.poscom@gmail.com UFRGS
Ao pretender colaborar com os estudos de audiência, esta pesquisa objetiva compreender a reconfiguração da recepção de telenovela no cenário da convergência midiática, onde receptores tornamse emissores ao compartilharem suas percepções sobre o produto televisivo na web. O recorte empírico é nos comentários sobre “Insensato Coração” e ”Fina Estampa”, da Globo, no Twitter. Resultados prévios apontam que, além de ser o que aqui se denomina “recepção 110
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compartilhada na web”, como esta é uma prática de indivíduos que, ao mesmo tempo em que são parte de uma audiência, visam atender a sua própria (possível) audiência , na lógica da midiatização. E ainda, percebe-se uma afetação mútua entre produção e recepção, onde a apropriação tecnológica dos receptores se reconfigura na mesma medida que as estratégias cross e transmidiáticas por parte da produção.
Etnografias da audiência de telenovela brasileira: potencialidades, desafios e limites Danubia Andrade Doutoranda
danubiajfmg@gmail.com UFRJ
Traçar uma cartografia crítica de estudos que utilizam métodos etnográficos para analisar recepção da telenovela brasileira. Mais que recapitular histórica e quantitativamente todos os trabalhos desta natureza, promovendo julgamentos ou construindo resumos, o texto busca apresentar pesquisas expoentes, dos anos 1980 até os dias atuais, destacando as potencialidades, os desafios e os limites deste método que se desenha sobre o nome de Etnografia da Audiência. Por oferecer bases para uma análise densa das relações entre o telespectador e os textos midiáticos, esclarecendo elementos antes escondidos nos índices de audiência e na aplicação de questionários, a Etnografia da Audiência tornou-se um método-pensamento bastante útil aos Estudos da Comunicação Social e muito requisitado para pesquisas cujo corpus seja ficções seriadas.
Bandeira arco-íris na novela Insensato Coração: limites do merchandising social na disputa de espectadores Denise Avancini Alves Doutoranda
deniseavancinialves@yahoo.com.br UFRGS
O estudo examina como a novela Insensato Coração representou na TV o universo do homossexualismo e um espaço de manifestação de resoluções de cunho civil, recentemente aprovadas em nosso âmbito jurídico. A TV, pensada como instituição social e agente mediador entre sociedade e receptor, pressupõe interação, logo, com tensões de disputa e visibilidade constantes, manifestadas através do 111
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merchandising social. Sob prisma de representação, o roteiro dessa novela apropriou-se do repertório trazido não só pela mídia, mas pela pauta jurídica voltada para o reconhecimento dos direitos de união junto aos homoafetivos. Por outro lado, linguagem e conteúdo articulados no roteiro manifestam reação social de determinados grupos frente aos homossexuais através de práticas de agressões, ampliando ecos da discussão.
Envelhecer com Passione: a recepção da telenovela na construção dos sentidos da velhice Laura H. Wottrich Mestre
lwottrich@gmail.com UFSM
Este estudo de recepção objetiva compreender as relações entre as representações da velhice veiculadas pela novela Passione e suas apropriações por mulheres idosas das classes populares na conformação de suas identidades. Metodologicamente, articula as teorizações do modelo “Codificação/Decodificação” proposto por Stuart Hall e o modelo das Mediações Comunicativas da Cultura de Martín-Barbero. Uma etnografia crítica da recepção foi realizada com seis mulheres idosas, entre 63 e 76 anos, de classes populares residentes em Santa Maria- RS. Os resultados apontam a importância da telenovela na construção das velhices das receptoras, assim como a existência de uma ritualidade específica de assistência da telenovela, que define seus usos e apropriações das representações da trama.
Telenovela e agenda pública: homossexualidade em pauta Melina de la B. Ayres Doutoranda
melina.ayres@yahoo.com UFSC
Como produto ficcional e de entretenimento, a telenovela é um dos programas de maior audiência no Brasil, o que indica a sua importância comercial e sua significação cultural e social. A telenovela é essencialmente um produto de ficção, porém, também transmite uma quantidade de mensagens sobre atitudes e valores podendo promover mudanças na forma de pensar e de agir dos telespectadores. Partindo deste entendimento, o objetivo deste trabalho é analisar 112
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as representações da homossexualidade presentes nas telenovelas, observado o seu potencial de criar agenda, gerar discussões na sociedade. A análise se centrará nas representações propostas por Mulheres Apaixonadas (Manoel Carlos, 2003), que aborda a homossexualidade feminina, trazendo o primeiro casal de meninas e o primeiro beijo gay da TV brasileira; e Insensato Coração (Ricardo Linhares e Gilberto Braga, 2011), que trata a homossexualidade masculina, além de abordar a homofobia, tema muito debatido atualmente.
Diferentes mas iguais: um estudo comparativo da recepção da desigualdade na telenovela Veneza Mayora Ronsini venezar@gmail.com Doutora UFSM Juliano Florczak Almeida juliano-florczak@hotmail.com Graduação UFSM Bianca Riet Villanova Graduação
biancariet@gmail.com UFSM
A fim de entender os embates entre representações televisivas e juvenis da pobreza e da desigualdade, apresenta-se uma análise comparativa da recepção de telenovela por 48 jovens de classes popular, média e alta, objetivando verificar o papel da novela na reprodução da ideologia do mérito e naturalização da desigualdade. Busca-se também avaliar a importância da classe social para a construção das visões juvenis, captadas por meio de estudo de caso e etnografia. Nas três classes, notou-se apenas decodificações negociadas ou dominantes da ideologia meritocrática. Entretanto, na leitura das representações da pobreza e da desigualdade, a classe popular revela-se mais crítica, com maior percentual de leituras opositivas. A mediação da escola atua no sentido de proporcionar ao jovem, em geral, explicações estruturais para o fenômeno da pobreza. Já a família integra a mídia ao cotidiano juvenil e fornece exemplos de pessoas que “venceram na vida”, ratificando o discurso da TV.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 5 - Mídia e Representações Prédio 7 Sala 315 Mediadora Lúcia Loner Coutinho (PUCRS)
O jornalismo cultural na cobertura da experiência musical contemporânea Luiz Henrique Barbosa Doutor
barbosaluiz2006@ig.com.br FUMEC
Este artigo analisa a cobertura feita pela imprensa internacional de novas produções musicais com características interculturais. Interessou-nos perceber como o jornalismo cultural vem divulgando uma nova produção musical que se caracteriza pela não circunscrição a uma cultura nacional específica e pela resistência em se adequar aos tradicionais gêneros musicais. Foram analisadas as matérias sobre os músicos Kevin Johansen, Amon Tobin e Jorge Drexler. Conclui-se que os jornalistas culturais não têm consciência do surgimento de um novo paradigma cultural, uma vez que ainda continuam adotando o discurso tradicional de vincular a uma nação um músico que se apresenta como transnacional. Há, por parte dos jornalistas, uma dificuldade de perceber que a diluição das linhas demarcatórias da identidade virá acompanhada de uma mudança na cartografia sonora que não pode ser plenamente conhecida com a prática de aproximar o novo ritmo a outros universalmente conhecidos.
Representações sociais em Veja: um olhar semiológico interligado Larissa Lauffer Reinhardt larissalauffer@gmail.com Mestranda PUCRS Veja é o magazine mais lido do país. Os números da revista semanal de informação refletem seu prestígio. Desta forma, ela se coloca como espaço autorizado a narrar e interpretar um real credível. Mas esse real não está livre das influências humanas. Como não é possível um acesso direto à realidade, a revista empreende, através da Cultura, construções de mundo, ou melhor, de representações sociais. Estas, 114
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enquanto edificações sócio-históricas, muitas vezes, sofrem distorções, o que dá origem aos estereótipos: formas simplificadoras de pessoas, objetos e acontecimentos. O que temos no fim dessa cadeia de significação é a tradução do complexo em simples para o leitor da publicação. Compreender semiologicamente as relações entre estas categorias – cultura e estereótipo de Roland Barthes e representações sociais, de Serge Moscovici – em Veja, é o objetivo deste estudo.
Texto e contexto em Antônia: uma aplicação de Kellner na cultura midiática brasileira Lúcia Loner Coutinho Mestre
lucialoner@gmail.com PUCRS
A série Antônia, apresentada na Rede Globo em 2006 e 2007, aborda diversos elementos pertinentes a cultura negra e gênero na atualidade. Seguindo as lições dos Estudos Culturais e tendo como base as teorias de Kellner (2001), que propõe que um texto cultural deve ser analisado em relação a seu contexto, nos propomos a observar Antônia em suas correlações com importantes questões a respeito da representação da mulher negra. Questões estas que tiveram espaço na série, tais como a forte relação com a musicalidade, a expressão cultural através do estilo, a tendência atual de tematização das periferias, bem como a luta por espaço travada pelas mulheres ainda hoje. Complementarmente a Kellner, utilizamos também autores como Hall (2008) e Gilroy (2001).
As redes e o Rei Felipe Berger Faraco Mestrando
faraco.felipe@gmail.com PUCRS
Roberto Carlos é um fenômeno da música popular nacional, com mais de 50 anos de carreira e cerca de 120 milhões de discos vendidos. Neste trabalho, iremos transitar pelos anos de formação de seu percurso. Este processo significa mais do que uma revisão da história particular de um artista de sucesso. Os anos 1960 representam a confluência de dois elementos cruciais para o surgimento da indústria cultural nacional: o estabelecimento de um mercado segmentado, no qual o consumidor jovem passa a ser um alvo de persuasão publicitária e a constituição das redes de comunicação que interligaram o território nacional. A criação da carreira de Roberto Carlos, entendida no contexto de 115
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ambos os fatores, ajuda a compreender como foi alavancado o seu produto. Dentro desta perspectiva, levando em conta certas estruturas da manufatura cultural no nível de mercadoria, repassamos parte da trajetória deste artista.
Fã-mília #happyrock: “recomeço” em cores Camila Franco Monteiro camilafrancomonteiro@gmail.com Mestranda UNISINOS Desde vestimentas coloridas a gritos e declarações de amor, os fãs da banda de “happy rock” Restart não só transformaram o grupo de quatro garotos em um fenômeno nacional – e internacional – como movimentam as redes sociais, em especial o twitter. Objetivando mostrar a trajetória da banda, suas “cores” e seus fandoms, o presente trabalho visa discutir a valorização da estética da banda, com consequente discussão sobre identidade, estilo (Hall, 1998 e 2005) e cena musical (Freire Filho, 2006). Como as relações entre esses fandoms ocorrem principalmente na internet, os processos interacionais online (Primo, 2006, Recuero, 2009) entre fã/fã, fã/banda serão abordados, bem como a manifestação dos anti-fãs (Gray, 2003) do grupo.
Se critiquei sou crítica? Helena Maria Mello Mestre
helena@webeditoria.com.br UFRGS
A mais famosa crítica do país, Bárbara Heliodora, formou-se em Artes nos Estados Unidos e em Letras no Rio de Janeiro. Tradutora, diretora, premiada, afirma que para ser crítico é preciso ver muito teatro. Antônio Hohlfeldt é formado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre e doutor em Linguística e Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, pós-doutorado em Portugal e crítico do Jornal do Comércio. Afirma que é preciso certa formação para ir além da impressão quando se escreve sobre teatro. Entretanto, poucas são as ofertas de cursos para quem deseja ser crítico e o espaço deste tipo de texto é cada vez menor. Todavia, a internet permite que mais pessoas possam expor suas opiniões, comentários e críticas. Isso os torna críticos? A opinião de quem o público respeita? Quando os artistas as aceitam? 116
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Dia 18/11 - 14h Mesa 6 - Mídias e Relações de Gênero Prédio 7 Sala 313 Mediadora Lírian Sifuentes (PUCRS)
Mulheres do Brasil: representações do feminino em 40 anos da revista Veja Valquiria Michela John Doutoranda
vmichela@gmail.com UFRGS
Veja é a revista de maior circulação no Brasil e a quarta do mundo, portanto, desempenha um importante papel na construção de representações quanto aos assuntos e temáticas que aborda. Em setembro de 2008, a revista completou 40 anos. As últimas quatro décadas representam também um período de intensas transformações em nossa sociedade. A principal delas, sem dúvida, a mudança nos chamados papéis de gênero. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais atribuídas à identidade feminina pela Revista Veja ao longo dos 40 anos de sua existência. A investigação teve como base a Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, sendo utilizada, para coleta e análise dos dados, a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo, proposta por Lefévre e Lefévre (2003).
Representação do corpo e quotidiano na revista Boa Forma Gisele Flor Mestranda
giseleflor@gmail.com UMESP
Este artigo busca analisar por meio da Análise do Discurso, da linha francesa, especificamente nos conceitos de interdiscurso e paráfrase de que maneira o discurso da revista Boa Forma legitima e constrói o cotidiano das mulheres do século XXI em relação aos cuidados com o corpo. Pretendemos investigar se a revista divulga que há um padrão estético corporal, verificando ainda como o magazine retrata o corpo feminino. Para a análise escolhemos como corpus as matérias com chamadas de capa que tratam da temática boa forma, 117
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dieta e exercícios físicos das edições de janeiro e fevereiro de 2011. A análise discursiva é fundamentada em Orlandi (2005), as questões do cotidiano em Heller (2000) e Pereira (2007) e a relação corpo, mídia e cotidiano por Goldenberg (2010), Siqueira e Faria (2007) e Castro (2009).
Narrativas femininas na pós-modernidade Helen Garcez Braun Mestranda
braun.helen@gmail.com PUCRS
Este trabalho tem como objetivo analisar três narrativas de mulheres distintas que foram veiculadas pela Rádio Guaíba. Esta análise irá ocorrer com base nas matérias veiculadas e no texto e contexto integral da entrevista. A ideia é observar representações de gênero nos discursos femininos e, em que medida, estas representações estão ligadas a conceitos de gênero e pós-modernidade/hipermoderinidade presente em autores como Michel Maffesoli, Jean Baudrillard e Gilles Lipovetsky. Acreditamos que a cultura não significa simplesmente sabedoria recebida ou experiência passiva, mas, um grande número de intervenções ativas – expressas mais notavelmente através do discurso e da representação. Por isso, cremos que é importante buscar no social o discurso que este produz/veicula sobre si.
Mídia e homossexualidade: a relação lésbica na revista TPM Bruna Mariano Rodrigues brunamensagens@gmail.com Mestranda UERJ Relações homoafetivas ganham cada vez maior visibilidade na mídia, que se constitui como um rico acervo de costumes e valores, documentando e construindo a realidade social. Apesar disso, as revistas femininas não tratam do tema com frequência. Dessa maneira, o presente artigo tem como objetivo analisar de que maneira são apresentadas as relações lésbicas na revista TPM, única publicação brasileira que conta com uma coluna permanente escrita por uma jornalista assumidamente homossexual. Por meio de técnicas de análise de discurso, investigamos se a chamada Coluna do Meio, assinada por Milly Lacombe, apresenta um modelo tradicional de 118
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relacionamento amoroso, que pressupõe estabilidade e monogamia, o que pode tornar o assunto mais bem aceito pelas leitoras da citada revista.
A mídia e as mulheres destituídas: cartografia de pesquisa Janaina Cruz de Oliveira janaina.cruzdeoliveira@gmail.com Mestranda PUCRS Bruna Rocha Silveira Mestranda
bruna.rochasilveira@gmail.com PUCRS
Helen Garcez Braun Mestranda
braun.helen@gmail.com PUCRS
Lírian Sifuentes Doutoranda
lisifuentes@yahoo.com.br PUCRS
Lúcia Loner Coutinho Mestre
lucialoner@gmail.com PUCRS
Este trabalho apresenta brevemente os princípios do projeto A visibilidade da vida ordinária de mulheres destituídas na mídia, em desenvolvimento por um grupo de pesquisadoras da PUCRS. O objeto de estudo é composto por duas frentes de trabalho: uma que analisa textos midiáticos e a outra que vai a campo em busca de mulheres destituídas e suas histórias de vida. A principal questão é: o que a visibilidade da vida ordinária de mulheres de posições sociais destituídas, na mídia, está produzindo em termos de identidade feminina na mesma classe social? Fica evidente a preocupação do grupo com questões como a problemática da cultura e da mídia, das relações de gênero e das classes sociais.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 7 - Dinâmicas Culturais Prédio 7 Sala 314 Mediador Guilherme Carvalho da Rosa (UFPel)
Comunicação, mediações e práticas culturais: uma proposta de estudo do design vernacular em estabelecimentos comerciais populares Guilherme C. da Rosa Mestre
guilhermecarvalhodarosa@gmail.com UFPEL
Esta pesquisa parte dos estudos culturais e da contribuição de Néstor García Canclini e Jesús Martín-Barbero sobre o popular. O recorte é o design vernacular que, na especificidade do design gráfico, pode ser compreendido como a comunicação gráfica realizada a partir do conhecimento não-acadêmico, por exemplo, presente em cartazes, fachadas e panfletos. O olhar específico será sobre os estabelecimentos comerciais populares: mercados de bairro, barbearias, lancherias e o uso que fazem da comunicação gráfica. A investigação, em estágio inicial, aponta para a relação destas práticas com as competências de recepção e consumo e as relações de socialidade e ritualidade (Martin-Barbero, 2006 p.16).
Cidade partida ou cidade integrada? Olimpíadas 2016 e a (re)construção midiática das periferias do Rio de Janeiro Camila Calado Lima Mestranda
camilacaladolima@uol.com.br UFRJ
O artigo reflete sobre as estratégias comunicacionais de construção da imagem do Rio de Janeiro como cidade ideal para sediar as Olimpíadas de 2016. Diante da hipervisibilidade do Rio como urbe do temor, tornava-se necessária a construção de novas narrativas simbólicas, em consonância com a repaginação das favelas, a fim de que a cidade pudesse ser reinserida no circuito de turismo e de investimentos globais. A campanha Rio 2016 construiu representações sobre a cidade, a partir de elementos simbólicos já consolidados, e a ressignificou po120
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sitivamente através do código de dupla significação (produção cultural x violência) internacional: Brasil da favela. Tais significações, aliadas ao atual processo de branding urbano do Rio, que inclui distintas políticas públicas, parecem propor a ideia de uma cidade integrada.
Jogos mortais: visibilidade midiática e informação jornalística sobre o Brasil da Copa e das Olimpíadas Andressa dos S. Pesce Mestranda
adepesce@hotmail.com UFRGS
O texto levanta alguns pontos na discussão sobre visibilidade de grandes eventos esportivos na mídia internacional. O Brasil está em evidência devido à realização futura da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016. O enfoque será a preparação brasileira para os Jogos. Em análise, a construção do discurso jornalístico e as representações utilizadas, tendo como recorte matéria publicada no site esportivo norte-americano ESPN, intitulada Deadly Games (Jogos Mortais, tradução livre do inglês). Através da análise de conteúdo, conclui-se que a notícia associa a cidade do Rio a episódios de violência, com juízos de valor e itens desfavoráveis, contribuindo para imagem negativa do país.
Na sombra do Capitão América: os heróis dos quadrinhos da segunda grande guerra esquecidos pela história Artur Rodrigo I. L. Filho artursan@gmail.com Doutorando PUCRS O presente trabalho pretende expor o levantamento de um conjunto de heróis das HQ’s da já conhecida era de ouro que, junto com o Capitão América, igualmente combateram o nazismo na década de 40. Estes heróis, por adventos econômicos, políticos, assim como do acaso, vieram a ficar a margem da história das HQ’s; esquecidos e, muitos deles, abandonados. Igualmente, o presente trabalho visa promover a divulgação das origens de heróis como Captain Wonder, American Eagle, Major Victory e outros com o objetivo de promover uma leitura crítica dos valores ideológicos carregado pelos mesmos, teoricamente, reflexo do espírito de uma nação diante do terror da guerra. 121
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O imaginário mítico-cultural amazônico em reportagens publicadas no portal Globo Amazônia Carlos B. da Silva Junior borges-junior@hotmail.com Mestrando UFSC O artigo discute o imaginário mítico-cultural amazônico em reportagens publicadas no portal Globo Amazônia. Nas notícias, verifica-se que o acontecimento vem permeado por aspectos ligados a elementos culturais míticos, tão comuns e peculiares da cultura amazônica. No estudo, o caráter mítico é associado a algo misterioso e enigmático. Ele desperta o imaginário sobre a região através da reportagem e esta reinscreve, permeia e associa tantas outras narrativas inscritas no cenário cultural da Amazônia, desde os discursos dos viajantes, as narrativas literárias e as estórias da cultura popular dos habitantes da região. O imaginário mítico-cultural identificado nas reportagens se hibridiza ao texto jornalístico e enreda a particularidade do acontecimento, inscrevendo traços identitários para a região.
Culture Jamming e visualidades: reflexões sobre subversão e subjetividade na antipublicidade Luciana H. S. Nomura Mestre
lucianahidemi@gmail.com UFG
Partindo da premissa de que a publicidade influencia de forma direta na formação de valores do mundo social, o presente artigo visa investigar estratégias e práticas subversivas de antipublicidade utilizadas pela corrente política/artística conhecida como Culture Jamming, inserida no contexto da Cultura Visual. Especialmente dentro do mundo publicitário comercial, tal movimento surge para propor reflexões críticas acerca da sociedade de consumo, além de permitir a percepção da subjetividade individual e coletiva na construção/ inversão dos valores propostos por esse tipo de publicidade. Para isso podem se utilizar de práticas que demonstrem não apenas resistência a esses valores, mas que sobretudo evidenciem a inovação na criação de seus próprios valores; ou ainda, ironicamente, a apropriação de anúncios publicitários e suas estéticas como forma de contestação da lógica mercadológica.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 8 - Interfaces Tecnológicas Prédio 7 Sala 315 Mediador Alexandre Rossato Augusti (PUCRS)
A fama além do clique: celebridades da internet no cinema Íris de Araújo Jatene Mestranda
irisjatene@gmail.com UFJF
Igor Silva Oliveira Mestrando
oliveira.internet@gmail.com UFJF
Cinebiografias geralmente retratam personalidades que marcaram a história e/ou se notabilizaram pela indústria cultural. Os olimpianos (Morin, 1977) atuais, porém, estão perdendo o status mítico. Quando a televisão era o principal meio de comunicação, McLuhan (1964; 1968) previu o surgimento de uma aldeia global, com redução das distâncias pela instantaneidade dos acontecimentos. É a internet que propicia tais fenômenos. Com isso, antigos olimpianos precisaram se adequar à nova realidade. Imaginário, talento e cargos sacramentados não são mais as únicas garantias de glória. A fama pode vir em um clique. Como exemplos, serão analisadas duas cinebiografias de personalidades desse cenário tecnocultural: A Rede Social (EUA, 2010) e Bruna Surfistinha (Brasil, 2011). Ambos mostram personagens reais que, em diferentes contextos, tornaram-se famosos graças à internet. Assim, espera-se ilustrar como identificação e imaginário social se configuram na Rede a ponto de migrar para outras mídias.
Bem vindo ao labirinto da convergência no machinema: “A gruta” – o cinema interativo de Felipe Gontijo Sílvia Regina S. Orrú Mestranda
silvia.orru@uol.com.br Universidade Anhembi Morumbi
Tendo como base o filme interativo A Gruta, este estudo se propõe analisar um novo gênero cinematográfico: o Machinema, que em uma definição ampliada refere-se à essência híbrida da produção de filmes 123
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de ficção com personagens live action, onde um mesmo personagem possui diversas trajetórias e, portanto, a produção de inúmeros roteiros desdobrados a partir de uma trama central; que se utilizando de técnicas cinematográficas associadas à tecnologia de plataformas de múltiplas escolhas, os personagens e os eventos podem ser controlados pelo espectador. Ao mesmo tempo o Machinema é uma nova forma de arte, refletida através de sua construção narrativa, estética e estilística, frente à uma sociedade pautada no consumo e dirigida pela convergência inerente à era digital.
[C] – Representação cyberpunk do Zeitgeist de uma sociedade de controle distópica Francisco Beltrame Trento francisco.trento@gmail.com Mestrando UFSCar André Emilio Sanches Graduado
asanches@ufscar.br UFSCar
Este artigo pretende realizar uma demonstração, através da série animada japonesa [C] (2011) características da estética audiovisual e as representações de realidades virtuais cyberpunk - vindas desde o lançamento de Blade Runner (1982), passando pela trilogia Matrix (1999, 2003). Também tem a pretensão de mostrar como o produto é uma alegoria do espírito do tempo de sociedades distópicas como a qual podemos estar nos dirigindo: a instabilidade financeira, social e psicológica descrita por Zygmunt Bauman e a constante vigilância e controle de Gilles Deleuze.
Ironia, cinismo e pragmatismo nos circuitos de arte: os documentários de Orson Welles, Banksy e Vik Muniz Pablo G. de C. Martins Doutorando
pablogoncalo@gmail.com UFRJ
A apresentação analisará três documentários que retratam circuitos de arte. Os filmes F for fake, de Orson Welles, Banksy: exit through the gift shop e Lixo extraodrinário, de Lucy Walker, revelam posicionamentos éticos e escolhas estilísticas como a ironia, o cinismo e o pragmatismo que seriam sintomáticos da cultura contemporânea. Esses recursos estilísticos sugerem tanto uma forma de entrada em cada um desses 124
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filmes quanto uma chave para retratar posicionamentos éticos dos artistas frente aos impasses que eles mesmos se propõem. Questões centrais nesse debate, tais como autoria, autenticidade, ironia e cinismo serão detalhadas ao longo da análise dos filmes de Orson Welles e Banksy. Um filme como Lixo extraordinário nos oferece uma série de questionamentos sobre o papel político do artista contemporâneo tão bem representado pela conduta de Vik Muniz. Trata-se de uma obra que não opta em realmente criticar esse circuito mas de se inserir de modo pragmático - quer obter resultados.
O Cordel Encantado: versos e imagens que unem o popular ao massivo e o massivo ao transmidiático Poliana Lopes Mestranda
poli.lopess@gmail.com FEEVALE
Paula Regina Puhl Doutora
paulapuhl@feevale.br FEEVALE
O artigo discute a apropriação da literatura pelas novelas brasileiras, tendo como objeto a obra Cordel Encantado, cujo enredo busca inspiração na literatura de cordel. A análise da abertura e do primeiro capítulo identifica aproximações entre os conteúdos e destaca a sintonia e o respeito entre os gêneros, o que qualifica os produtos televisivos e gera maior visibilidade para manifestações populares. Cordel Encantado também se diferencia pelo apelo transmidiático, a partir de aplicativo no site da novela, que aproxima público e produto e caracteriza convergência de mídias, pois opera com a rede social Facebook e permite que o usuário crie e divulgue um cordel em sua rede social virtual, reforçando a identificação com a novela. Será usado Lopes (2003) e Fernandes (1997) para falar sobre a apropriação literária na novela e Jenkins (2009) para embasar a análise da narrativa transmidiática e as novas mídias na televisão.
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O compartilhamento e a produção de conteúdo entre os usuários, a partir da evolução dos suportes Camilla da Silva Corval Mestranda
millacruzal@yahoo.com.br UERJ
O artigo tem como objetivo destacar algumas semelhanças na produção e compartilhamento de conteúdo entre os sujeitos de hoje, os do século V a.C, e os do século XVI d.C e mostrar que muitas técnicas aplicadas para a sedimentação do aprendizado e conhecimento estão presentes em diversas épocas. Também, buscou-se traçar um paralelo entre o advento da prensa tipográfica e o surgimento e amadurecimento da Internet, com o objetivo de mostrar o hoje através do passado, de forma que nenhum suporte tecnológico é substituído e sim modificado e que as trocas simbólicas ocorridas nesses meios são adaptadas e desenvolvidas a partir do surgimento de novos artefatos. Sendo assim, o que se pretende estudar é a tríade: usuário, conteúdo e suporte, três elementos que se mostraram presentes em todas as etapas da escrita ao longo da história da comunicação.
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GT
Comunicação e Política
Coordenador Prof. Dr. Antonio Hohlfeldt Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - O Governo Dilma e seus Reflexos Prédio 7 Sala 311 Mediador Antonio Hohlfeldt (PUCRS)
A humanização de Dilma Rousseff no Jornal Nacional Débora Lapa Gadret deboralapa@hotmail.com Mestre UFRGS Apresenta-se a construção de frames de Dilma Rousseff nas notícias do Jornal Nacional relacionadas ao diagnóstico, tratamento e cura do linfoma anunciado em 2009 pela então ministra da Casa Civil. Através da perspectiva teórica do enquadramento como ideia organizadora central do texto – construída por jornalistas enquanto comunidade interpretativa que se baseia em mapas culturais supostamente compartilhados – observa-se que a presença de significados de força, fragilidade e franqueza configuram um frame de humanização. Nele, cria-se um efeito de aproximação à Dilma Rousseff, não mais representada como ator político, mas sim como pessoa comum, suscetível a situações pessoais desafiadoras. O frame centra-se no valor-notícia de personalização, na qual ela é apresentada como “gente como a gente”.
Comunicação no governo federal: análise da Instrução Normativa nº 05/2011 da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Tássia V. Viana Arouche Patrício tassia.arouche@gmail.com Mestranda UFPR A Instrução Normativa nº 05/2011 conceitua as ações de comunicação do Poder Executivo Federal, definidas no Decreto nº 6.555/2008. 127
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Tendo como objeto tal Instrução Normativa, este artigo objetiva verificar qual proposta de comunicação, considerando a teoria de Dominique Wolton, está identificada com este documento legal e se ele é orientado pela perspectiva da comunicação pública. Para isso, são apresentadas algumas discussões sobre comunicação levantadas por Wolton e, também, a definição e a proposta da comunicação pública com as quais se está trabalhando aqui. Em seguida, é realizada uma comparação entre estas ideias e os conceitos trazidos pela Instrução Normativa. Como conclusão, foi verificado que a visão humanista da comunicação de Wolton e a comunicação pública orientam, como regra geral, a Instrução Normativa.
Crises, escândalos e “faxinas” no imaginário político: uma análise da primeira crise no Governo Dilma a partir dos editoriais da Folha de S. Paulo e O Estado S. Paulo Merilyn Escobar Oliveira merilynescobar@yahoo.com.br Mestre PUCSP Lilian Carla Muneiro lilianmuneiro@gmail.com Doutora UFRN Não é de hoje que o comportamento político da mídia se destaca, na denúncia e cobertura dos casos de crises e escândalos na democracia moderna. Tornou-se corriqueiro e até mesmo sinônimo de cobertura do cenário político, dar espaço e ênfase aos fatos que relacionam política e corrupção. A investigação sobre a relação entre mídia e escândalos políticos auxilia na compreensão do papel e posicionamento dos veículos de comunicação na constituição destes fenômenos, assim como, busca trazer elementos para reflexão sobre o funcionamento da esfera pública midiática na construção de imaginários políticos. Elegeu-se como objeto de análise os editoriais de dois grandes veículos, a Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo, sobre a primeira crise política que eclodiu no Ministério do Transportes no Governo Dilma Rousseff nos meses de julho e agosto de 2011.
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Este silêncio todo atordoa: reflexão sobre as abordagens nos artigos do portal da Fundação Perseu Abramo da crise ministerial do governo Dilma Rousseff Álvaro Nunes Larangeira larangeira@terra.com.br Doutor UTP Nunca antes na história deste país ocorreu algo assim: em apenas oito meses de mandato a presidente Dilma Rousseff destituiu quatro ministros, três por acusações de corrupção e malversação da função pública – como Antonio Palocci, da Casa Civil, em 7/6; Alfredo Nascimento, dos Transportes, em 6/7; e Wagner Rossi, da Agricultura, em 17/8 – e um por discordância das diretrizes do governo – caso de Nelson Jobim, da pasta da Defesa, em 4/8. O artigo propõe-se a esquadrinhar os enfoques, enquadramentos e interpretações dados a esse episódio inédito em governos eleitos pelo voto direto no período republicano nos artigos do portal da Fundação Perseu Abramo, um espaço concebido por intelectuais do Partido dos Trabalhadores, “fora das instâncias partidárias, para desenvolvimento de atividades como as de reflexão política e ideológica, de promoção de debates, estudos e pesquisas, com a abrangência, a pluralidade de opiniões e a isenção de idéias pré-concebidas que, dificilmente, podem ser encontradas nos embates do dia-a-dia de um partido político”.
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Dia 16/11 - 14h Mesa 2 - Análise de Processos Comunicacionais Políticos Prédio 7 Sala 312 Mediador Sérgio Roberto Trein (UNISINOS)
Tão perto e de mim distante: a comunicação política da Prefeitura de Porto Alegre através das placas de obras Sérgio Roberto Trein sergiotrein@uol.com.br Doutor UNISINOS O objetivo desta pesquisa é o de compreender a estrutura das mensagens verbais e visuais das placas de obras e de que forma uma administração pública municipal utiliza este tipo de publicidade como um instrumento de comunicação política e persuasiva. O estudo foi aplicado junto à Prefeitura de Porto Alegre, em especial, em relação às placas de obras do Projeto Integrado Socioambiental (PISA), programa de maior investimento da atual gestão porto-alegrense. Analisamos um corpus formado por três placas de obras do PISA. Comparando-as com o Manual de Confecção de Placas, produzido pela Prefeitura de Porto Alegre, procuramos interpretar as tipologias visuais encontradas nas publicidades, com base nos estudos de Georges Pèninou, e a estrutura linguageira das mensagens, a partir da proposta de Análise de Discurso desenvolvida por Patrick Charaudeau. As duas etapas de análise permitiram identificar se existe ou não uma função propagandística e persuasiva nas placas.
“Presidentes de Latinoamérica”: construindo abordagens teóricas e metodológicas para investigar a recepção da série de documentários Rafael Foletto rafoletto@gmail.com Doutorando UNISINOS Observamos na série de documentários “Presidentes de Latinoamérica”, exibida em televisões públicas argentinas e brasileiras, um interessante parâmetro para compreender o cenário hodierno da América Latina, a partir das entrevistas, declarações e falas dos chefes de Estado da região, apresentando as suas construções e visões sobre a 130
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época, as possibilidades de mudança e, inclusive, suas vidas privadas e trajetórias pessoais. Assim, visando ampliar a compreensão dos arranjos teóricos e metodológicos da investigação, buscamos problematizar as características políticas, culturais, ideológicas e estéticas da série, assim como os sentidos sobre América Latina que são ofertados em suas mensagens. Igualmente, procuramos investigar os públicos desse produto midiático, visando compreende que significações produzem sobre o contexto político regional a partir do produto, bem como das demais mediações presentes em seus relatos.
Poder, mídia e imagem: a enfermidade do presidente Hugo Chávez na TeleSUR Tabita Strassburger tabita.strassburger@gmail.com Mestranda UNISINOS A investigação busca refletir sobre o modo como a imagem de um governante é construída midiaticamente em situações de enfermidades, considerando especialmente o exercício do poder e as relações que estabelece. Para tanto, desenvolve problematizações referentes à personificação do poder, aos espaços midiáticos, à comunicação e sua interdependência com a esfera política. Ainda, ilustra as teorizações através do episódio com o presidente venezuelano Hugo Chávez, que teve o diagnóstico de câncer tornado público no dia 30 de junho de 2011. Os exemplos dizem respeito a notícias divulgadas no portal do sistema comunicativo TeleSUR, objeto de referência da pesquisa de mestrado.
Jornal online e novas modalidades de participação cidadã Norberto Kuhn Junior nkjunior@feevale.br Doutor FEEVALE O projeto estuda os processos de gestão das cidades e sua relação com as transformações sócio-midiáticas. Analisa as formas de participação cidadã na composição das políticas públicas através do seu emolduramento em ambientes midiático-digitais; empiricamente nos referimos aos sites das prefeituras de Novo Hamburgo e São Leopoldo, e dos jornais online dessas cidades. A metodologia adotada é a observação sistemática, semanal, dos ambientes virtuais citados, 131
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tratando, com apoio de software de análise qualitativa, as molduras que enquadram usos fundados no sentido de participação e interação dos usuários-leitores. Desde uma aproximação empírica junto aos Jornais online, identificamos uma única moldura de interação cujo acionamento depende exclusivamente dos usuários-leitores cadastrados nos jornais. Diante disso, recolocamos nossa questão de pesquisa em torno da noção de participação: como o jornal opera sua relação com o usuário-leitor a ideia de participação na vida da cidade?
Pelos olhos de terceiros: poder, imaginário e cobertura jornalística de periferias Ada Cristina Machado Silveira adac.machadosilveira@gmail.com Doutora UFSM O projeto de pesquisa dá continuidade a uma investigação anterior sobre a questão da ambivalência na cobertura jornalística das periferias nacionais (fronteiras internacionais) e metropolitanas (favelas), agora incorporando a necessária especificidade exigida pela cobertura da Amazônia brasileira. A perspectiva eleita é a da crítica cultural do jornalismo em sua ação de colonização do imaginário social no que respeita à relação dos brasileiros com sua nação e dos nacionais com seus vizinhos na América do Sul. A dimensão de projeção de poder surge como hipótese para explicar a cobrança de presença do Estado por parte da mídia, gerando um paradoxo entre as dimensões de segurança pública e de segurança nacional. O paradoxo responde pela adoção de uma estrutura mimética de cobertura jornalística, expressa no uso de enquadramentos próprios do Jornalismo Internacional para tratar de acontecimentos ocorridos nas periferias nacionais.
Os movimentos sociais e a cultura da mídia em tempos de globalização neoliberal: um estudo das abordagens de jornais brasileiros e espanhóis sobre o MST e os Direitos Humanos Fábio Souza da Cruz fabiosouzadacruz@gmail.com Doutor UCPel Neste artigo, traçamos uma discussão em torno de dois elementos que se conectam sobremaneira no cenário da globalização neoliberal: a mídia tradicional e os movimentos sociais. Mais especificamente, 132
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o que propomos nesta investigação é a realização de um estudo comparativo das versões on line dos jornais Folha de São Paulo (Brasil) e El Mundo (Espanha). Analisaremos a cobertura destes veículos no ano de 2010, período de eleições para presidente no Brasil, sobre o Movimento dos Sem Terra (MST) contemplando, como questão de fundo, a temática dos direitos humanos (DH). Adotando uma postura crítica, histórica e dialética, utilizamos os pressupostos desenvolvidos por Douglas Kellner, Helio Gallardo, Joaquín Herrera Flores e David Sánchez Rubio. Salientamos que não pretendemos generalizar resultados a partir de uma pesquisa bibliográfica, mas, sim, detectar tendências e vislumbrar possibilidades com base em uma amostra significativa de dados.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 3 - Comunicação e Teoria Política Prédio 7 Sala 311 Mediador Antonio Hohlfeldt (PUCRS)
Pensamento autoritário e liberalismo na grande imprensa carioca dos anos 50 Luis Carlos dos Passos Martins luismart86@terra.com.br Doutor PUCRS Essa comunicação analisa a percepção que os principais jornais classificados como liberais do RJ - Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo e O Jornal – apresentaram do funcionamento da democracia brasileira durante o Segundo Governo Vargas. Nosso objetivo será demonstrar que, mesmo buscando se identificar discursivamente com o liberalismo, a forma como essa imprensa compreendia e criticava o funcionamento do regime democrático nos anos 50 (carência de cidadania, artificialismo dos partidos, ausência de elites, etc.) apresentava fortes traços da tradição de pensamento autoritário brasileiro (Oliveira Viana). O que nos permite compreender melhor o seu compromisso apenas parcial com a manutenção do sistema democrático e o seu apoio ao Golpe de 1964.
Imprensa alternativa no AI-5 Thiago Araujo Vaucher thiagoav84@hotmail.com Mestrando UPF Este trabalho tem como finalidade analisar o papel da Imprensa Alternativa durante o Regime Militar, entre os anos de 1968 a 1979. A imprensa alternativa é nosso objeto de análise, mas não podemos deixar de lado o papel que teve a censura e o governo militar para a sua perpetuação, e a importância que este tipo de imprensa teve na história do país. A capacidade da imprensa em influenciar a projeção dos acontecimentos confirma o importante papel dela na sociedade. Através de uma forma nada formal de fazer jornalismo, a imprensa alternativa criou um espaço para informar e denunciar de forma criativa e bem humorada, ultrapassando os limites impostos pela censura e repressão. 134
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Ciberativismo e o agir comunicativo da sociedade civil em redes sociais: um olhar sobre o uso do Twitter e a “Primavera Árabe” Fred Izumi Utsunomiya fred@nacl.com.br Mestre Universidade Mackenzie Mariza de Fátima Reis marizareis@mackenzie.br Doutora Universidade Mackenzie O advento de uma sociedade em rede em torno da internet, com nós interligados a dezenas, centenas, milhares e até milhões de outros nós, possibilitou uma nova forma de comunicação de massa a partir de uma pessoa apenas. Novas mídias sociais como o Facebook, o Twitter e o YouTube foram intensamente usados em movimentos políticos no mundo islâmico chamados de “Primavera Árabe”. O uso dessas novas tecnologias de comunicação e informação pela sociedade civil abriu diversas discussões sobre o uso dessas mídias digitais nas manifestações políticas. Este trabalho procura fazer uma reflexão sobre o uso dessas ferramentas a partir da teoria dos atos de fala descritos pelo filósofo da linguagem John Austin.
Tribuna da Luta Operária e Voz da Unidade: Dois jornais comunistas a serviço do MDB-PMDB César Alessandro Sagrillo Figueiredo cesarpolitika@gmail.com Doutorando UFRGS O processo de transição democrática no Brasil foi um processo longo, que começou com a vitória do MDB nas eleições de 1974. A partir deste evento o MDB tornou-se o estuário política das diversas organizações de esquerda clandestina, funcionando como se fosse um biombo político para estas agremiações poderem apoiar candidatos democratas mais progressistas, ou até mesmo, elegerem candidatos comunistas como se fossem candidatos “naturais” do MDB e, posteriormente, com o advento do multipartidarismo no seu sucedâneo o PMDB. Era a época da dupla militância: a legal MDBPMDB e a ilegal no PCB e PCdoB. O objetivo principal deste paper é examinar as publicações da Tribuna da Luta Operária e da Voz da Unidade, respectivamente jornais do PCdoB e do PCB, porta-vozes da estratégia política de redemocratização do MDB-PMDB. Enfoque 135
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dar-se-á principalmente nas eleições de 1982, o último pleito que estas três agremiações participaram com esta bricolage partidária, sob o slogan do voto útil.
Os discursos que ganharam uma guerra: Winston Churchill e a construção da comunicação do líder em tempos de guerra Ricardo Sondermann ricardo.sondermann@acad.pucrs.br Mestrando PUCRS A segunda guerra mundial representa um divisor de águas entre a luta entre o fascismo e o liberalismo. Este trabalho visa compreender a dimensão histórica de um de seus maiores protagonistas e líderes, Winston Churchill. Antes da guerra e ao longo desta, Churchill tratou de motivar os ingleses e às populações sob o domínio de Hitler para que mantivessem suas esperanças na vitória da liberdade sobre as forças fascistas, racistas e assassinas dos nazistas. Através de força de um discurso coerente e forte sua mensagem foi transmitida para toda a Europa e re-transmitida em todo o mundo pelas ondas do rádio. Churchill escrevia e treinava a oratória de suas palavras por muitas horas a fim de fazer com que sua mensagem fosse corretamente entendida e gerasse uma onda de confiança na vitória. Ele logrou isto com sucesso e maestria. Trataremos de relacionar que a força do discursos tem relação com a estatura moral de um líder coerente e democrático.
Advergames em uso no marketing eleitoral: o jogo Um Mundo, um estudo de caso Douglas Studzinski de Souza dstudzinski@gmail.com Graduando UNISC César Steffen cesarsteffen@gmail.com Doutor UNISC Este trabalho refletiu sobre o uso da ferramenta advergame, que é bastante utilizada pela publicidade, mas neste caso especifico, o seu uso se deu de uma forma inédita, pois esta foi utilizada a serviço do objeto político com objetivos eleitorais. Assim, buscou-se compreender o uso do advergame Um Mundo como parte da estratégia de campanha da 136
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candidata Marina Silva na eleição presidencial de 2010. Amparados no referencial teórico sobre o marketing digital e o marketing eleitoral, em uma coleta de dados sobre o game e a partir de uma entrevista realizada com a idealizadora do jogo, realizou-se a análise deste. Chegou-se a conclusão que o advergame é uma ferramenta válida nesse contexto, pois inverte a lógica invasiva e pouco interessante da propaganda política tradicional.
De acusador a acusado: o Valerioduto e a utilização de recursos da publicidade para caixa dois de partidos Rafael Cavalcanti Barreto Graduando
butigahn@hotmail.com Faculdade Integrada Tiradentes
Bruno Lima Rocha Beaklini blimarocha@gmail.com Doutor UNISINOS Anderson David G. dos Santos andderson.santos@gmail.com Mestrando UNISINOS Estudo da repercussão midiática do relatório da Polícia Federal sobre as denúncias de desvio de dinheiro público e formação de “caixa dois” nos governos FHC e Lula a partir de reportagens das revistas Época e Carta Capital e da agência de notícias Rede Brasil Atual. Com base no eixo teórico-metodológico da Economia Política da Comunicação, o artigo analisa o caso que ficou conhecido como Valerioduto e a participação do banqueiro Daniel Dantas em esquemas de corrupção sistêmica, sob o prisma das relações estabelecidas entre grupos midiáticos e grupos político-econômicos. Recursos identificados para campanhas publicitárias teriam sido utilizados para mascarar o esquema, o que trouxe a presença de empresas midiáticas importantes, mesmo que indiretamente, envolvidas no caso.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 4 - Campanhas e Propaganda Política Prédio 7 Sala 312 Mediador Flavi Ferreira Lisboa Filho (UFSM)
Análise discursiva dos jingles eleitorais com destaque às marcas regionais e às intencionalidades dos candidatos ao governo do estado do Rio Grande do Sul nas eleições 2010 Luísa Ferreira de Souza luisasouza20@hotmail.com Graduanda UNIPAMPA Flavi Ferreira Lisboa Filho flavi-lisboa@hotmail.com Doutor UFSM Vinicius Mota da Silva mota.vinicius_@hotmail.com Graduando UFSM A pesquisa foi realizada acerca dos jingles eleitorais da última campanha para governador do estado do RS e o recorte chama a atenção pela explosão de informações voltadas às eleições, ocorridas desde julho até outubro de 2010, aproveitando os indicativos das pesquisas prévias e dos resultados nas urnas. A fim de aproveitar os ânimos eleitorais, realizou-se o trabalho proposto voltado ao problema central de definir quais os efeitos de sentido presente no discurso ao que se refere às experiências de identidade gaúcha presente nos jingles eleitorais dos três principais candidatos ao governo do RS. A pesquisa de caráter exploratório a partir de decupagens realizadas e levantamentos de dados, qualitativo quanto a abordagem – obtidas pelo desmembramento da letra dos jingles, recorrendo-se à análises do discurso. Busca-se ressaltar pontos divergentes entre cada um dos áudios e, convergentes, destacando o jingle como uma peça fundamental à campanha, pelo seu poder de fixação.
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Similaridades editoriais da imprensa com a propaganda política: uma análise comparativa das reportagens do Diário Catarinense com os programas eleitorais veiculados pela candidatura de Raimundo Colombo ao governo de Santa Catarina em 2010 Paulo Fernando Liedtke paulofer@reitoria.ufsc.br Doutor UFSC O artigo apresenta um estudo comparativo de uma série de reportagens publicadas pelo jornal Diário Catarinense com os programas políticos veiculados pela candidatura Raimundo Colombo ao governo de Santa Catarina em 2010. As notícias, relatando problemas do Governo Federal na execução das obras de duplicação da BR 101, bem como as dívidas financeiras com os municípios afetados pelas enchentes, serviram para ilustrar o slogan “Santa Catarina tem pressa”, utilizado pela coligação DEM, PMDB, PSDB. A análise comparativa das reportagens do DC com os programas eleitorais de Colombo mostram afinidades editoriais entre a cobertura da imprensa e a propaganda política vitoriosa nas urnas. A pesquisa é fundamentada nas teorias da agenda (McCombs, 2004/2009) e enquadramento (Goffman, 1974), hipóteses utilizadas para ilustrar possíveis efeitos da mídia sobre a opinião pública.
A política dos piratas: uma análise dos efeitos e impactos do plano de governo do Partido Pirata na sociedade da informação Rodrigo Saturnino rodrigo.saturnino@gmail.com Doutorando ICS-UL Esta comunicação pretende introduzir o debate sobre os desconexos e idiossincrasias produzidas pela abertura excessiva dos fluxos globais de comunicação e informação tendo como ponto de partida a experiência sueca que deu origem ao movimento internacional denominado Partido Pirata. Pretende-se refletir, a partir de uma análise conceitual, acerca dos principais elementos constituintes da proposta de governo deste movimento em alternativa ao sistema legislativo global vigente e as respectivas interferências políticas de regulação, restrição e vigilância. O objetivo é perceber se a proposta delimita uma linha de separação entre a prática alternativa das práticas sociais vigentes a ponto de ser diferenciável destas. 139
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Hospitalidade nos processos eleitorais Maria Claudia S. de G. Franco claudia@gouveafranco.com.br Doutoranda UMESP O presente texto busca demonstrar a aderência dos fundamentos teóricos de Hospitalidade na construção do valor gozo na superindústria do imaginário nas ações de comunicação política, viabilizando e confirmando uma nova forma de olhar crítico da comunicação, a partir de uma análise comparativa dos conceitos de hospitalidade, comunicação, imaginário e gozo, incorporados, mesmo que inconscientemente, nessas ações. As referencias teóricas desses conceitos possibilitam identificar a influência e definir os ritos necessários para que a Hospitalidade, enquanto ação mediadora cumpra seu papel de instrumento na fabricação de valor de gozo no imaginário da imagem no contexto das co-relações políticas.
De que se alimentam as revistas: análise da cobertura do segundo turno das Eleições 2010 Felipe de Oliveira felipecomunica@gmail.com Mestrando UNISINOS Este trabalho propõe uma reflexão acerca dos temas pautados pelas revistas brasileiras Veja e Época durante a campanha do segundo turno das Eleições 2010 para a Presidência da República. Inspira-se nas inferências proporcionadas pela Crítica das Práticas Jornalísticas para entender os critérios que direcionam a decisão sobre quais temas mereceriam capa das quatro edições que antecederam o pleito. Avança, ainda, na direção da análise do cenário que as revistas constroem a partir do conceito de semiose de C. S. Peirce. Assim, pretende-se fornecer subsídios consistentes à conclusão de que as revistas, ao aplicar, à sua forma, critérios para a representação das eleições, restringem a possibilidade de interpretação do leitor/eleitor. Daí, espera-se, emergiria a compreensão da necessidade da regulação social da imprensa. Trata-se de um exercício eminentemente ensaístico, mas que, por outro lado, não deixa de pautar-se pelos dados empíricos que descreve.
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Eleições 2010 e a convergência midiática: um estudo de caso entre jornalismo offline e online Luísa Onófrio Kalil luonofrio@hotmail.com Mestranda PUCRS O presente estudo busca compreender de que maneira a convergência midiática entre jornalismo offline e online vem transformando a rotina dos profissionais desta área em termos de produção noticiosa. Com a crescente presença da internet na rotina de trabalho, qual a influência da plataforma digital no que diz respeito à elaboração de pautas no meio impresso? Por outro lado, de que forma este tradicional meio de informação contribui para os jornalistas que alimentam sites e redes sociais de forma cada vez mais instantânea na web? E mais: como isso acontece em uma redação durante eleições como a presidencial de 2010, um dos principais acontecimentos do ano passado? Sendo a editoria de Política importante braço de um jornal, este estudo busca um maior aprofundamento, não apenas com relação à convergência midiática, mas no que concerne às tendências de cobertura política no jornalismo atual. Como estudo de caso, a redação do diário gaúcho Zero Hora será a base para realizar a análise.
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GT Comunicação e Política
Dia 18/11 - 14h Mesa 5 - Democracia e Comunicação Prédio 7 Sala 311 Mediador Antonio Hohlfeldt (PUCRS)
Das definições de Tarde ao protagonismo do Twitter: opinião, conversação e visibilidade aplicadas em tempos de internet na disputa eleitoral Sandra Bitencourt contato@sandrabitencourt.com.br Doutoranda UFRGS Este trabalho opera uma análise de cunho reflexivo a respeito das novas dinâmicas de conversação, opinião e visibilidade na Internet tendo por base as definições de público, massa e conversação feitas por Gabriel Tarde (1901) e o papel do Twitter como meio de propagação e influência da opinião no processo eleitoral. A caracterização dos públicos descrita por Tarde, destaca aspectos fáceis de identificar na sociabilidade digital em curso: redes de interdependências-sociais, que dispensam laços físicos e presença direta entre seus membros, com forte caráter simbólico. Tais noções ajudam a compreender fenômenos que a internet amplifica, redimensiona e acelera, sem, no entanto, significarem novidade absoluta, ainda que os novos dispositivos tecnológicos abram possibilidades inéditas, sobretudo, na produção e circulação da informação. Um tipo de informação desprovida do estatuto jornalístico, mas com potencial de agendamento do debate público em diferentes esferas, inclusive a midiática.
A cobertura política e o twitter: uma alternativa ao espaço e ao tempo Geórgia Pelissaro dos Santos georgia.santos@acad.pucrs.br Mestranda PUCRS Na última década o jornalismo deparou com o reforço de dois fenômenos: a crise dos jornais foi acentuada e o mundo todo presenciou a explosão das redes sociais. No Brasil não foi diferente. Enquanto a circulação dos principais jornais cai, o país é responsável pela maior parte do tráfego no Twitter, o filho caçula do jornalismo na web. Diante de tal crescente, cada vez mais jornalistas se apropriam 142
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da ferramenta para colher e divulgar informações – em especial os setoristas de política, que encontram no site linha direta com políticos, leitores e, claro, eleitores. Com o aporte teórico do newsmaking, o trabalho que segue contém uma análise da interferência do twitter na produção e divulgação de conteúdo da Página 10, coluna de política do jornal gaúcho Zero Hora.
A interação do debate político com as redes sociais Lucina Reitenbach Viana lu@comdpi.com.br Doutoranda UTP Alessandra Alves da Costa gali79@ig.com.br Especialista UTP Samia Calixto Terassiuk samia.calixto@hotmail.com Graduanda UTP Amanda Cristina Gonçalves amanda@redemassa.com.br Graduada UTP Randy Rachwal randy@comdpi.com.br Mestre UTP O presente artigo tem como finalidade apresentar o case da Rede Massa e a cobertura das eleições no Twitter, com base no projeto do debate político entre candidatos ao governo do Estado do Paraná, promovido e televisionado pela emissora no ano de 2010. Inicialmente, apresenta-se a história da emissora conjuntamente ao cenário em que se situa, a fim de entender o panorama em que o case se desenvolve. São apresentados no referencial teórico conceitos de rede social e sua importância na sociedade da informação, sendo apresentadas algumas considerações sobre a plataforma de mídia social, Twitter e sua aplicabilidade em campanhas políticas. Finalmente, na conclusão, realiza-se a análise sobre o case e o valor da utilização da rede social no debate político.
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A igualdade racial na esfera pública (virtual): o papel da comunicação do governo brasileiro Alicianne Gonçalves de Oliveira alicianneg@gmail.com Mestranda UFC O presente artigo analisa a ação do governo brasileiro na esfera pública virtual quando o tema é a realidade racial no País. O estudo se concentra na comunicação desenvolvida pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), especificamente o site desse órgão. Neste trabalho, procuro apresentar como a secretaria se comporta nessa esfera de visibilidade e de debates no meio virtual e quais as contribuições que ela dá para a construção e a manutenção dessa esfera pública. A hipótese central é que a comunicação da SEPPIR não se preocupa em dar grandes contribuições à esfera pública discursiva, na qual prima-se pelo debate, mas contribui, em maior medida, com a formação de uma esfera de visibilidade pública política.
Comunicação pública: accountability e mobilização social nas esferas de reconhecimento e decisão Rafael Marroquim rafael_marroquim@yahoo.com.br Mestrando UFPE Ricardo Mello ricomello@uol.com.br Mestre UFPE O texto dispõe-se a refletir sobre o potencial da comunicação pública no aprofundamento do diálogo entre instâncias da sociedade civil e do campo político. Aponta para a necessidade do reconhecimento no idioma público da mídia e rediscute espaços de interlocução no campo do jornalismo a partir de critérios de transparência, prestação de serviços e abertura à comunidade política. Entende a informação de interesse público como fator de mobilização social que vai além da participação restrita ao sustentáculo liberal do voto.
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GT Comunicação e Política
Redes sociais e política: um caminho para a construção e afirmação da e-democracia? César Steffen cesarsteffen@gmail.com Doutor UNISC Pesquisa recente com jovens Brasileiros, O Sonho Brasileiro, mostra que os estes não se identificam com a política contemporânea nem se sentem atendidos pelos atores políticos, mas veem na Internet um espaço e troca e interação que pode promover mudanças nesse cenário. Assim, neste trabalho buscamos observar o impacto que as redes sociais podem ter no debate e na formação política da sociedade, observando novos formatos e narrativas que surgem nestas e destas interações para, assim, problematizar o conceito e a aplicação da chamada e-democracia.
TV Brasil e desafios à democratização da comunicação Ivonete da Silva Lopes ivonetesilvalopes@gmail.com Doutoranda UFF A implantação de uma rede pública de televisão pode assumir um papel importante para a valorização regional e a diversidade informativa, principalmente em um país com a característica do Brasil, no qual a televisão aberta é hegemônica como meio de comunicação e a sua propriedade concentrada em poucos grupos empresariais/familiares. Diante deste cenário, este artigo discute a atuação da TV Brasil e seu reflexo na democratização da comunicação. São considerados os seguintes aspectos na análise: 1) a universalidade geográfica da rede pública no canal aberto; 2) a participação social- que envolve a elaboração da política, seu acompanhamento e gestão no âmbito nacional e regional; e 3) o conteúdo – sua pluralidade e inserção nas geradoras estaduais.
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GT
Manifestações Visuais Contemporâneas
Coordenadora Profa. Dra. Maria Beatriz Rahde Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - Visualidades e Contemporaneidades Prédio 7 Sala 206.11 Mediadora Letícia Gomes da Rosa (PUCRS)
O herói a seu tempo: suas transformações iconográficas da modernidade para a pós-modernidade Maria Beatriz Furtado Rahde maria.rahde@pucrs.br Doutora PUCRS Rogério Turelly Peixoto Júnior rogerioturelly@gmail.com Graduando PUCRS Este trabalho é parte do projeto de pesquisa Comunicação e imaginário no cinema contemporâneo de ficção científica: a transitoriedade estética e reflete sobre as transformações iconográficas do herói da modernidade e da pós-modernidade. A produção visual de ambos os períodos, seja impressa ou eletrônica, retrata os personagens conforme a idealização do pensamento de cada época. Na modernidade seguiam-se padrões da Antiguidade, o bem em primeiro lugar, a honra, a lealdade, a beleza de corpo e de espírito; na pós-modernidade estes conceitos se modificam, o bem-estar individual, a flexibilidade ética, a vulnerabilidade, sua aparência pode ser grotesca, entre outras características. O herói deixa de ser uma deidade para se tornar um ser humano passível de sofrimentos mais condizentes com a realidade do que com a fábula. Constatando estas alterações no âmago do herói é possível identificar que tais mudanças configuram sua nova iconografia e refletem na sua visualidade contemporânea.
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GT Manifestações Visuais Contemporâneas
O coração das trevas da pós-modernidade Levy Henrique Bittencourt Neto nikolai.streisky@gmail.com Mestrando PUC-SP O objetivo desse artigo é entender como a visualidade - e a própria leitura da realidade contemporânea – são influenciadas de maneira decisiva pelas mídias digitais. Parte-se do pressuposto, teorizado por Marshall McLuhan, que cada mídia conforma e modela a percepção do mundo e dela própria. Optou-se por um percurso que vai das mídias reprodutíveis tecnicamente, focando-se na fotografia, até as mídias digitais. Com isso demonstra-se que todas as mídias sempre influenciaram umas as outras, e que as novas mídias são profundamente influenciadas pelas mídias que a antecederam. Percebe-se que tal processo adquiriu forças sem precedentes na era digital, e que a construção de sentido do mundo se passa através de algum aparelho capaz de decodificar as onipresentes informações binárias. Tal aparelho é o computador, o centro nervoso do complexo mundo pós-moderno.
A imagem publicitária contemporânea, o consumidor e as novas tecnologias Letícia Gomes da Rosa leticiagrosa@gmail.com Doutoranda PUCRS Existe no meio publicitário atual uma competição entre os profissionais que vai além das premiações recebidas ou das peças veiculadas. É um tipo de disputa em que ouvimos falar menos das ideias dos anúncios publicitários e mais a respeito da forma com estas são colocadas em prática. Com isso, quem ganha mais destaque são as ações e as produções que fazem uso das novas tecnologias. E dessa forma, passam a ser vistas como processos interessantes e criativos, surgindo uma imagem da publicidade vinculada a imaginários tecnológicos. Percebendo esta nova realidade, este trabalho pretende compreender o imaginário da propaganda contemporânea, através do cruzamento dos olhares de sociabilidade de Simmel, da cultura da convergência de Jenkins e da pós-modernidade. Partindo da premissa de que o consumidor mudou, buscamos apontar quais foram estas mudanças e quais os caminhos que a imagem publicitária, associada à tecnologia, está tomando diante deste usuário/consumidor. 148
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Arte contemporânea e cultura globalizada: contrastes e contaminações Beatriz Regina Dorfman bdorfman@pucrs.br Doutora PUCRS Os contrastes entre a velocidade da comunicação e o tempo da fruição estética dos objetos de arte são discutidos a partir de abordagens teóricas de autores como Dominique Wolton e Marc Jimenez. A obra de arte exige que o observador pare para pensar, fora do imediatismo tecnológico inerente à cultura contemporânea. A arte contemporânea não constitui estilo ou linguagem próprios, o aspecto que unifica tais manifestações vai além da visualidade, é a desconstrução, ou a fragmentação. A sucessão de rupturas com as linguagens tradicionais, iniciada pelos movimentos modernos, aboliu os critérios de validação da obra de arte e a dificuldade de compreensão dos objetos artísticos tornam-se visíveis das mostras de Arte Contemporânea. A Bienal do Mercosul colocou Porto Alegre no mapa da cultura contemporânea e constitui uma rica oportunidade para desenvolver estas reflexões com as representações artísticas que invadem o espaço da cidade.
O espaço e o lugar no cinema brasileiro da virada do século Angélica Coutinho angelicacoutinho@oi.com.br Doutora PUC-RJ No final dos anos 90 e início do século XXI, o cinema brasileiro vivia um momento particular. Depois de passar por uma abrupta queda na produção de filmes com o fechamento da Embrafilme e a ruptura do sistema de financiamento estatal aos filmes, vivia-se a primeira fase da chamada Retomada do Cinema Brasileiro. Dos muitos gêneros que ressurgiam, um certo fragmento da produção se voltava para filmes de baixo orçamento – os chamados B.O. – com grande vigor narrativo e dialogando com a experiência do cinema moderno cujos protocolos já se encontram incorporados à linguagem. Nossa comunicação pretende discutir como, sob as perspectivas enunciadas, o papel diferenciado entre espaço e lugar desempenha uma função específica na estrutura narrativa. Analisaremos três filmes: Um copo de cólera (Aluizio Abranches, 1999), Latitude Zero (Toni Venturi, 2001 e O invasor (Beto Brant, 2002). 149
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Construção das imagens híbridas por meio da realidade aumentada Randy Rachwal randy@comdpi.com.br Mestre UTP O presente estudo investiga as interferências dos sistemas que se utilizam da realidade aumentada para reconstruir as representações do real em dispositivos móveis dotados de câmara digital (vídeo/fotográfica), construindo assim, instantaneamente, na tela destes uma imagem híbrida do agora visível acrescido de dados previamente cadastrados, que retornam ao dispositivo de acordo com seu posicionamento geográfico. O problema de pesquisa é a modificação da imagem do ambiente real pela inserção de dados geolocalizados na visualização ‘atual’ do posicionamento do observador. Como corpus empírico foi tomado do aplicativo Banco Itaú desenvolvido para o dispositivo iPhone, especificamente a função Buscar subdividida em Agências, Caixas eletrônicos e Dispensadores de cheques. A observação se deu apenas no item Agências já que o processo é idêntico nos três casos, que consiste em inserir o logotipo do banco nos locais onde o serviço está disponível.
Transformações no olhar do sujeito contemporâneo: uma análise sobre a forma de observar “espetáculos” Fernando Souto Dias Neto fsdneto@hotmail.com Mestrando UNISINOS O seguinte trabalho busca através de fontes de autores que em sua obra trabalham com meios, dispositivos, experiências, entre outras questões, situar o fato das modificações, transformações, por alguns dita como evolução, de forma a extrair o máximo de proveito de determinados espetáculos como, obras fílmicas, independentemente de seu formato, fazendo um paralelo com espetáculos de palco, aí temos como exemplo shows musicas. Logo, seguindo nesta lógica, tendo de um lado o audiovisual e as transições nos tipos e maneiras na qual passou-se a consumi-lo, colocando-o como objeto principal de análise desta pesquisa, e de outro e em segundo plano as transformações das maneiras de assistir a apresentações de grupos musicais. Busca-se assim traçar a construção destes meios, dispositivos e experiências, de maneira cada vez mais fragmentada e de forma não previsível, onde os mais diversos tipos coexistem, colaborando na construção e na formação do olhar do consumidor na contemporaneidade. 150
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Dia 16/11 - 14h Mesa 2 - Pensar a Imagem Prédio 7 Sala 206.02 Mediador Roberto Tietzmann (PUCRS)
Realização de vinhetas para televisão universitária em uma condição pós-moderna da imagem: um olhar sobre as últimas temporadas do TV Foca Roberto Tietzmann rtietz@gmail.com Doutor PUCRS O TV FOCA foi uma revista eletrônica de televisão semanal realizado como estágio pelos alunos de jornalismo da FAMECOS/PUCRS a partir de meados dos anos 2000 até o primeiro semestre de 2011. A partir de um redesenho de suas vinhetas e identidade visual realizado na sua penúltima temporada em 2010, foram incorporados a estes segmentos diversas características de imagens vinculadas à condição pós-moderna a partir da classificação proposta por Cauduro & Rahde (2005a, 2005b). Esta comunicação busca recuperar a trajetória de realização destes segmentos que unem comunicação gráfica às necessidades do telejornalismo, fazendo uma discussão da aplicação de tais conceitos a este objeto.
Duplos clássicos e contemporâneos: de Hitchcock a Lynch Matheus de Melo Bonez matheus.bonez@gmail.com Mestrando PUCRS O trabalho busca mostrar, a partir das diferenças entre os cinemas clássico e contemporâneo, como os personagens duplos são apresentados em narrativas audiovisuais. A pesquisa é feita a partir dos filmes Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock, e Cidade dos Sonhos, de David Lynch. No primeiro, conta-se a história de personagens que antagonizam a partir das noções clássicas da jornada do herói contra o vilão. Já o segundo representa a narrativa contemporânea por apresentar duplos que não são bons ou ruins, mas sim assemelhamse à realidade e que espelham uns nos outros suas personalidades. O presente artigo busca contribuir para a discussão da construção 151
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dos personagens nos diferentes tipos de cinemas e como eles são representados.
Design, mídias digitais e estética vernacular Vera Lúcia Dones veradones@feevale.br Doutoranda PUCRS Este artigo pretende fazer uma reflexão sobre os processos tecnológicos no design gráfico e a inserção no campo da chamada “cultura colaborativa”. O encontro das instalações com o design sugere uma nova ordem perceptiva e participativa, são ambientes imaginativos que oferecem narrativas abertas às suas audiências. O texto apresenta algumas ideias de Nicolas Bourriaud (2009), como a “lei de deslocalização”, que defende a superação da sedução oferecida pelos recursos tecnológicos, de forma a potencializar os processos de experimentação. A partir deste conceito, discute-se o uso da tecnologia digital, quando o interesse é produzir experiência direta com o “real” – material. A problematização é especialmente importante, pois coloca em relevo a estética vernacular no contexto do design gráfico.
As imagens técnicas do Cinema de Animação Carla Schneider carlabr@gmail.com Doutoranda UFRGS Para Vilém Flusser, todas as imagens originadas de aparelhos são imagens técnicas. Embora sejam bidimensionais, elas possuem uma densidade constitutiva ao sobrepor camadas de abstração em dois níveis (imaginação e conceituação), uma vez que representam textos que descrevem imagens que imaginam o mundo. As imagens do cinema de animação, desde os seus primórdios, são imagens técnicas, necessitam do uso de aparelhos ópticos-mecânicos para simular a ilusão do movimento. Neste artigo, não se estuda a animação na tradição do cinema (este identificado com o paradigma fotográfico), mas na perspectiva das imagens digitais, que dispensam a presença de um referente concreto e afirmam as potências da simulação (própria do paradigma pós-fotográfico). É sob tal aspecto que se reconhece aqui o cinema de animação como o mais auto grau de realização da imagem técnica. 152
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A poética do arquivo: um olhar sobre o uso de imagens documentais como matéria-prima do cinema ficcional Jamer Guterres de Mello jamermello@gmail.com Mestre UFRGS Este trabalho propõe uma discussão sobre a manipulação de imagens de arquivo no filme Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes (Brasil, 2009), a partir das contribuições sobre representação, realismo e materialidade da imagem de autores como Philippe Dubois, André Bazin, Arlindo Machado e André Parente. Busca-se aqui colocar em questão o modo como a manipulação de imagens fotográficas, videográficas e cinematográficas de natureza originalmente documental pode operar um deslocamento na percepção da indicialidade e da referencialidade, quando o contexto destas imagens é alterado no momento em que elas são “transpostas” à composição de uma trama ficcional poética que intencionalmente se afasta da representação realista.
Miguel Rio Branco e o tempo que se estende Luciana Guimarães Dantas lucianagdantas@hotmail.com Mestranda UFRJ O trabalho do artista Miguel Rio Branco se insere em um campo da produção artística atual que explora as hibridações entre tecnologias (Dubois, 2009). A intensa experimentação realizada por Rio Branco em diversos meios (fotografia, pintura, cinema e instalações) dá corpo a uma poética que explora a vida em seus extremos. Na instalação Entre os olhos, o deserto, uma projeção simultânea em três telas compõe um fluxo de imagens que remete a uma atmosfera melancólica. Abordaremos de que modo o trabalho articula processos de montagem cinematográfica a procedimentos de mixagem próprios à videoarte, além de incorporar elementos escultóricos, interferindo no espaço expositivo. A dinâmica que resulta de todos esses processos produz uma experiência temporal de desaceleração, que problematiza a temporalidade própria à atual cultura do consumo, definida por autores como Bauman (2008), como uma cultura da pressa.
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A manipulação e a fotografia ficcional de Joan Fontcuberta Anna Letícia Pereira de Carvalho annaleticia@gmail.com Mestranda FACASPER Esse artigo pretende analisar fotografias de Joan Fontcuberta que desafiam a crença dos espectadores diante de imagens que carregam a objetividade científica e documental. O estudo versará sob as perspectivas teóricas de Z. Bauman sobre a verdade na pósmodernidade; de Philippe Dubois e Boris Kossoy onde a discussão está relacionada com a credibilidade das fotografias; e Josép Català que traz o aprofundamento da retórica visual e da formação do imaginário. Desse modo, na busca por entender como as fotografias de Fontcuberta são vistas e interpretadas, procuraremos demonstrar como essas imagens estão inseridas na contemporaneidade, sob a noção de uma cultura visual que legitima a esfera da representação e chega à formação de uma retórica imagética, onde o imaginário se confunde com a realidade.
Exposições do Flickr e a estetização da fotografia comum Jane Cleide Maciel janmaciel@hotmail.com Mestranda UFRJ Este artigo discutirá a partir da ferramenta das “Exposições” (galleries) do site Flickr questões acerca da estetização da fotografia do homem comum. Resumidamente, as “exposições” são conjuntos de até 18 imagens reunidas ao redor de um tema, postadas por um usuário que recebe, dentro do vocabulário do site o título de “curador”. Este “expõe” sua rede de referências visuais, recorrendo a seus perfis favoritos ou a busca em outras ferramentas. Levantaremos assim questões sobre os elementos discursivos empregados, que se utilizam de verbetes do universo artístico (exposição, galeria, curadoria) na formulação deste uso social da fotografia. Pensaremos sobre o valor da estética no dispositivo contemporâneo da fotografia, compreendendo-a enquanto fator de socialização nesta mídia que dá visibilidade a produção fotográfica ordinária.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 3 - Imaginários Prédio 7 Sala 206.11 Mediadora Vera Lúcia Dones (PUCRS)
Imagem e persuasão – entre o céu e o inferno Cátia Schuh Weizenmann catia.schuh@terra.com.br Doutora ESPM O objetivo deste artigo é fazer uma relação entre diversos autores da contemporaneidade, que versam sobre a persuasão, a comunicação, a publicidade e especialmente a imagem. Para ancorar o estudo, buscamos a peça publicitária premiada no Festival de Publicidade de Cannes, intitulada Heaven and Hell (Samsonite). A peça é composta apenas de imagem, sem argumentação verbal. Por isto, em torno dela passeiam as teorias de Michel Maffesoli, que fala de uma sociedade movida por imagens e por um imaginário. Imagens que podem ser lidas, segundo Alberto Manguel (2001), e o seu conteúdo terá significados implícitos e explícitos, e por isto podemos falar em persuasão, ao menos se seguirmos a linha de Régis Debray (1992) em suas reflexões. Mas para melhor localizar esta persuasão no campo da comunicação, trazemos a leitura de Miguel Roiz (2002) e Jordi Berrio (1983).
Imagem e imaginário do mal em Coraline: a “outra mãe” como vilã Mônica Lima de Faria monica.faria@acad.pucrs.br Doutoranda PUCRS O presente trabalho discute a visualidade da animação Coraline e o Mundo Secreto e como se nela é representado o imaginário do mal e do vilão, através da personagem “outra mãe”. Coraline e o Mundo Secreto é um filme de animação stop-motion de 2009 dirigido por Henry Selick. A animação é baseada no livro homônimo de Neil Gaiman, escrito em 2002. Segundo Malrieu (1996), o onírico e suas imagens são partes construtoras do imaginário, assim, nas imagens de Coraline, o mal representado no sonho, por virar pesadelo, possui visualidades próprias da contemporaneidade. A noção visual de sonho 155
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e mal apresentadas na animação ainda são reforçadas pela figura da personagem vilã, a “outra mãe” uma projeção do imaginário da personagem Coraline em seu pesadelo.
A riqueza imagística da comunicação do varejo popular sob o olhar da sociologia compreensiva Luciana Braun Reis lubraun@maizbrand.com.br Doutoranda PUCRS O artigo objetiva investigar a riqueza imagística da comunicação do varejo popular em lojas de rua em Porto Alegre sob o olhar da sociologia compreensiva utilizando Michel Maffesoli (2007). Investigar as classes populares no Brasil tem sido missão da comunicação, visto a importância econômica e a mutação de perfil. O varejo, o ato comunicacional comprador/atendente explica mais que a transação econômica, revela a importância que a vida emprega ao transacionado. As imagens, mesmo que não pictóricas são tão importantes quanto as imagens tradicionais e o público que a frequenta. Pretende-se enfatizar o formismo, termo cunhado pelo autor para a revelação dos fatos do cotidiano sem o julgamento dos valores ou recriação do que deveria ser.
A Imagem-recordação Alex Ferreira Damasceno damasceno-alex@ig.com.br Mestre UNISINOS O presente trabalho é uma cartografia das imagens audiovisuais do fenômeno da memória. Notamos que essas imagens seguem uma modelização naturalista, que reflete o dualismo entre mundo interior e exterior próprio da experiência, como está expresso no conceito de imagem-lembrança de Henri Bergson. Esse dualismo é construído no audiovisual principalmente por dois procedimentos: a narrativa oral (com o presente em signos visuais e o passado em signos sonoros) ou o flashback (com o presente em imagens naturais e o passado agenciado por símbolos – cores, distorções, letreiros). Em oposição, encontramos um tipo de imagem audiovisual que foge a essa modelização, que denominamos de Imagem-recordação. Com o termo “recordação”, retirado da filosofia de Sören Kierkegaard, definimos um outro fenômeno de memória, fundado em sentimentos. A partir dessa 156
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outra definição, buscamos compreender uma representação poética da memória, em imagens expressivas que superam a dualidade do mundo.
Meios, imaginário, sociedade de consumo e olhar desencantado para o mundo Sylvestre Luiz T. G. Netto sylnetto@ig.com.br Mestre Universidade Anhembi-Morumbi Maria do S. M. F. de Carvalho socorromagalhaes@uol.com.br Doutoranda PUC-SP Considerando autores que se preocupam com a diluição do universo mítico acentuada pela sociedade industrial capitalista, discutiremos as implicações disso para o homem contemporâneo. Para tanto, neste artigo, evidenciaremos, os estudos feitos por Malena Contrera, em seu livro Mediosfera – Meios, imaginário e desencantamento do mundo. Assim, ressaltaremos a maneira como o fenômeno do consumismo tem contribuído para que os elementos do imaginário cultural coletivo percam sentido, reduzindo-se, muitas vezes, a uma mercadoria. Para atingir tal finalidade, faremos um pequeno contraponto com as sociedades anteriores ao estabelecimento do capitalismo, como a civilização grega antiga, em que o pensamento mítico era a forma de explicação do mundo.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 4 - Linguagens Visuais Prédio 7 Sala 206.02 Mediador Roberto Tietzmann (PUCRS)
Noir e neonoir: a atualização do gênero cinematográfico sob a perspectiva da morte e do hedonismo Alexandre Rossato Augusti alexandre.augusti@acad.pucrs.br Doutorando PUCRS O presente trabalho tem como objetivo primordial compreender a contextualização do cinema noir, considerando a possibilidade de atualização do gênero e tendo por base sua constituição, por um lado amparada pela morte, a violência e o crime e, por outro, pelo hedonismo e a figura da femme fatale. A partir desse recorte, busca-se especificamente: a) analisar como as abordagens relacionadas à morte, à violência e o crime, além daquelas concernentes ao hedonismo e a femme fatale se apresentam no noir clássico e no noir contemporâneo; b) verificar como se contextualiza o cinema chamado neonoir; c) apontar as possibilidades de se considerar o cinema neonoir como continuidade do cinema noir clássico, propondo-se proximidades e disparidades entre eles.
Espelhos e janelas: a fotografia entre a modernidade e a pós-modernidade. Renata Domingues Stoduto renata@renatastoduto.com.br Mestranda PUCRS O presente trabalho se propõe a uma reflexão sobre a produção fotográfica na modernidade e na pós-modernidade e busca compreender as características visuais e estéticas dessas produções em cada um dos momentos, relativizando as diferenças nas suas formas de visualidade e nos contextos nos quais são produzidas essas imagens fotográficas. A partir da apropriação dos termos espelhos e janelas, propostos por John Szarkowski em Mirros and Windows: American Photography since 1960, entende-se a produção fotográfica na modernidade como espelhos, por sua forte relação com o real, e a produção fotográfica na pós-modernidade como janelas, a partir 158
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da tentativa de criação de novas realidades e novos imaginários, inserida em um momento de grandes mudanças sociais, culturais e tecnológicas.
Neobarrocos e líquidos: a nova configuração estética do cinema ocidental Ana Paula Cruz Penkala Dias penkala@gmail.com Doutora UFRGS Há uma recorrência estética e visual nos filmes produzidos desde os anos 80. Esse conjunto de “clichês” reúne marcas muito particulares de uma produção ocidental configurada a partir de um novo paradigma cultural, construindo aquilo que se pode chamar de “cinema pósmoderno”. Em minha tese, busquei compreender de que natureza eram essas marcas e que sentidos produziam dentro do contexto histórico a que damos o nome de Modernidade Líquida, como nos indica Zygmunt Bauman; ou Idade Neobarroca, como estabelece Omar Calabrese. Minha pesquisa organizou esse conjunto de “clichês visuais” em quatro estéticas. Assim, o presente trabalho tem como objetivo principal trabalhar alguns pontos específicos de duas dessas estéticas: os registros por memória e os materiais brutos.
Ensaio em vídeo e efeito de fluxo de pensamento Gabriela M. Ramos de Almeida gabriela.mralmeida@gmail.com Doutoranda UFRGS Este trabalho se propõe a analisar uma das série de ensaios em vídeo produzidos por Jean-Luc Godard, Ici et ailleurs (1974), Numéro deux (1975) e Comment ça va (1976), com o objetivo de observar um efeito comum a diferentes ensaios audiovisuais: a impressão de fluxo de pensamento exposto na tela. A análise se dará a partir das contribuições sobre a estética do vídeo de autores como Philippe Dubois, Arlindo Machado e Christine Mello, que vêm pensando o vídeo como um mecanismo relacional entre diferentes artes, produtor de um metadiscurso sobre o cinema e cuja potência se situa sobretudo neste efeito de “pensamento ao vivo”. Tal perspectiva nos ajuda a refletir sobre certa produção audiovisual – aqui chamada de ensaio em que o vídeo aparece como ambiente privilegiado de desconstrução, compartilhamento e contaminação entre diversas formas artísticas. 159
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A imagem não narrativa em Hélio Oiticica Beatriz Morgado de Queiroz biamorgado@gmail.com Mestranda UFRJ Ao experimentar novas formas de pensar e fazer a imagem cinematográfica, Hélio Oiticica, situado na linha orgânica entre o moderno e o contemporâneo na arte, levantou questões que continuam atuais para a investigação da imagem contemporânea produzida em interseção com as artes plásticas, o cinema, a fotografia e as novas tecnologias. Visto que este campo ampliado da arte cada vez mais se interessa em produzir imagens como acontecimentos, debruçaremos nossa investigação sobre o conceito de “não narração” formulado e experimentado por Oiticica, na década de 1970, durante o desenvolvimento de seus “quasi-cinemas” (que não se constituem nem como fotografia nem como cinema) a fim de pesquisar a produção de imagens que não representam.
Linguagens visuais híbridas nos cartazes do Festival Amazonas de Ópera Rosemara Staub de Barros Zago rosemarastaub@hotmail.com Doutora UFAM Márcio A. dos Santos Silva alexandre395@gmail.com Especialista FUCAPI Este trabalho relata o desenvolvimento do projeto de pesquisa “Linguagens Visuais Híbridas nos Cartazes do Festival Amazonas de Ópera (FAO)”, como trabalho de conclusão da Pós-Graduação Lato Senso em Design, Comunicação e Multimídia da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica, sob orientação da Profa. Dra. Rosemara Staub de Barros Zago, no transcorrer de 2011. A partir das concepções de Pós-Modernismo de David Harvey (1989), de Processo de Hibridização de Lúcia Santaella (2003) e Bricolagem de Omar Calabrese (1999), reconhecemos que os cartazes do FAO se compõem de linguagens que se misturam, se mesclam e se interconectam em sistemas de signos, formando sintaxes visuais contemporâneas.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 5 - Imagem e Comunicação Prédio 7 Sala 206.11 Mediadora Roberta Coelho de Barros (PUCRS)
A influência do design gráfico psicodélico nos anúncios contemporâneos Simone Koff Barbosa tbdesign@uol.com.br Doutora PUCRS O artigo tem o objetivo de analisar de forma sucinta o contexto sóciohistórico e cultural do estilo psicodélico nos Estados Unidos e no Brasil. A pesquisa também visa entender de que forma a identidade visual do estilo psicodélico têm sido utilizada nos anúncios publicitários da contemporaneidade. Para tanto, serão analisadas as características de identidade visual - uso de tipografia, cores e diagramação - mais evidentes do estilo nas seguintes amostras: os anúncios das marcas Lucy in the Sky e da cachaça Sagatiba, ambos de 2006. Ritmo e tribalismo do estilo psicodélico também serão discutidos. Heller & Chwast (1988), Cauduro (2000), Harvey (2002), Meggs (2009) e Maffesoli (1997) são os principais autores abordados no trabalho.
Rostos e telas, rostos e técnicas: o retrato na pintura e o close no cinema Ivana Almeida da Silva asivana@gmail.com Doutoranda PUCRS Na construção do imaginário contemporâneo o rosto vai imprimindo sua marca nos mais variados suportes, unidades criadas para registros imagéticos. A pintura, enquanto imagem construída no tempo, pode ser percebida como palco significativo e constante de manifestações do rosto dentro de uma unidade criada para tal: o retrato. Esta é uma forma de expressão plástica em que predomina o rosto, cumprindo diferentes funções dentro de uma sociedade. No cinema, ao enquadrar-se a realidade, e especialmente o rosto, há uma confrontação entre câmera e corpos, em um espaço ocupado. Assim, buscamos pensar em como se constrói e se ocupa o espaço 161
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cinematográfico, especialmente com o uso da técnica do close - que destaca o rosto, e de que forma é possível se estabelecer relações com a arte do retrato, na pintura. Neste caso, pintor e cineasta criam pontos de vista que serão visualizados em uma tela, mas com o uso de técnicas significativamente distintas.
A expressão poética pós-moderna: o ser e a subjetividade em Ruy Guerra Eduardo Portanova Barros eduardoportanova@hotmail.com Doutor UNISINOS Um modo de ser da subjetividade: assim é que Mikel Dufrenne define o poético. Com Ruy Guerra, este diretor-autor luso-afro-brasileiro, aquela manifestação poética se faz. O fazer cinematográfico dele, que vive a transição dos anos 1960 para o século XXI, é a de um Dionísio embriagado: festeja as bacantes orgíacas da manifestação audiovisual. Festeja filmando. Assim como o poético em Dufrenne, Guerra não dá contornos definitivos sobre o ato de filmar, mas desloca o eixo de visão: um filme não é uma evidência ou um conceito. O poético, assim, só faz sentido a partir de um olhar, um jeito próprio de ver as coisas. É isso que denominamos vista lateral (para usar uma denominação de Teixeira Coelho em relação ao imaginário). O que motiva, enfim, o gesto cinematográfico de um cineasta como Ruy Guerra, um dos precursores do Cinema Novo?
A fronteira no espaço fílmico de O banheiro do Papa Karla Maria Müller kmmuller@orion.ufrgs.br Doutora UFRGS Ana Maria Acker ana_acker@yahoo.com.br Mestre UFRGS Em uma observação de pesquisas a respeito das fronteiras entre Brasil e Uruguai, o presente trabalho analisa a maneira como o espaço de fronteira é construído no filme uruguaio O Banheiro do Papa (2007), de César Charlone e Enrique Fernández. O objetivo é perceber a imagem da região no campo fílmico e como essa opção dos diretores se aproxima, dialoga com as investigações atuais em torno do tema. A análise se estabelece com uma reflexão inicial a partir de autores que 162
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problematizam questões culturais das zonas fronteiriças (Sandra Jatahy Pesavento, Maria Helena Martins, Karla Müller, Alejandro Grimson e Néstor García Canclini) e segue com a discussão sobre o modo como o espaço de divisas é criado no campo fílmico, tendo como base abordagens de Jacques Aumont e Noël Burch.
Comunicação visual e propaganda: as imagens pósmodernas de Jonathan Barnbrook Roberta Coelho Barros robertabarros@gmail.com Doutoranda PUCRS Este estudo parte do princípio que publicidade e propaganda não são sinônimos. Essa diferenciação entre os termos pressupõe também uma diferença em sua construção visual. Assim, o presente trabalho estuda a comunicação visual como ferramenta da propaganda na sociedade contemporânea. A partir dos preceitos da pós-modernidade, apresenta o trabalho de Jonathan Barnbrook como uma alternativa de uso da imagem enquanto veículo de mensagem pública. Para tanto, identifica suas características, semelhanças e diferenças em relação à publicidade, segundo Gomes (2001) e Bigal (1999), e com base no contexto da pós-modernidade de Michel Maffesoli (2003) e Rahde e Cauduro (2005), tendo em vista o Manifesto First Things First e o papel da comunicação visual como veículo de mensagens sociais.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 6 - Imagens Gráficas Contemporâneas Prédio 7 Sala 206.02 Mediador Roberto Tietzmann (PUCRS)
A direção de fotografia no cinema e nos quadrinhos: uma análise da série de histórias em quadrinhos Scott Pilgrim e do filme Scott Pilgrim Vs. The World Roberto Tietzmann rtietz@gmail.com Doutor PUCRS Liana Gross Furini lianagrossfurini@gmail.com Graduada PUCRS A necessidade das pessoas de se comunicar através da imagem sempre existiu. O presente trabalho explica como a imagem é tratada nas histórias em quadrinhos (HQs) e, posteriormente, no cinema. A partir daí, após analisar a importância que a direção de fotografia tem para o cinema e a forma como ela é utilizada nas HQs, é feita uma comparação entre a direção de fotografia da série de quadrinhos Scott Pilgrim e do filme Scott Pilgrim vs. the World. O trabalho se preocupa em mostrar o comportamento da imagem nessas duas mídias, além de apontar a maneira com que o autor, em parceria com o diretor de fotografia, conseguiu manter as características principais da imagem de uma obra que foi criada exclusivamente para uma mídia ao passála para outra, cujas premissas são tão diferentes da original.
O imaginário nas imagens de Sandman James Machado dos Santos james.machado@ig.com.br Mestre PUCRS O presente artigo tem por objetivo estudar o imaginário de uma história em quadrinhos específica: Sandman. Para classificar os motivos que fazem tal gibi tão singular no meio quadrinhístico, investigamos as características intrínsecas presentes nas imagens da obra. Para tanto, a pesquisa norteia-se pela Hermenêutica de Profundidade de John B. Thompson (1995). Segundo essa metodologia, é possível chegar a uma re-interpretação através da análise do contexto sócio-histórico 164
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e da estrutura discursiva das formas simbólicas estudadas. Destarte, verifica-se que a pós-modernidade permite um imaginário plural e híbrido, na qual técnicas como a colagem, bem como discursos irônicos, compõem as formas simbólicas, ou seja, Sandman.
Imagem simbólica e iconoclasmo na fotografia Ana Taís M. Portanova Barros anataismartins@hotmail.com Doutora UFRGS Se pensarmos com Bachelard (1993), a imagem fotográfica não é verdadeiramente uma imagem, mas antes um ícone ou um símbolo, no sentido estabelecido por Peirce (1984). A verdadeira imagem fotográfica se situa ao mesmo tempo na base e além da fotografia como objeto sensível. Ou seja, a imagem, constituindo produto da imaginação, não se fixa sobre um apoio material ou digital, mas, ao contrário, está sempre em movimento: quando cremos tê-la aprisionado, ela não está mais lá. A noção bachelardiana de imaginação material é cruzada, neste texto, com especulações sobre a imaginação do fotógrafo enquanto autor de gestos do corpo reveladores da origem das imagens motivadoras do ato fotográfico.
Os dispositivos de Rosângela Rennó: l’image dans tous ses états Danusa Depes Portas danusadepes@yahoo.com.br Doutoranda UFRJ O meio expressivo usado por Rennó em seus trabalhos é a fotografia, embora se valha, por várias vezes, de texto ou vídeo. Raramente, porém, a artista fotografa. Prefere ater-se ao vasto inventário de imagens já existentes e encontráveis em qualquer parte, investigando, de modos os mais diversos, os seus possíveis e instáveis significados na organização da vida em comum, quer no campo do conflito, quer no do afeto. Há pressuposto nesse procedimento não apenas o fato de que fotografias são arquivadas, mas também o intento de desvelar a ética que comanda a produção e o uso dessas tantas imagens. Sem a pretensão de certeza que o discurso cientifico reivindica, elabora uma arqueologia e uma genealogia da fotografia, situando-a como parte integrante de um sistema de saberes e valores que ancora formas de poder em sociedade. Talvez a principal estratégia utilizada para tanto 165
GT Manifestações Visuais Contemporâneas
seja apresentar as fotografias que coleta em lugares distintos de uma maneira que cause estranhamento a quem as olhe, ainda que sejam conhecidas ou banais: é quando tornadas opacas por esse deslocamento que essas imagens podem, afinal, ter seus sentidos renovados. Tendo se valido no início de sua trajetória das fotografias que mais lhe estavam disponíveis, lança-se à pesquisa do corpo extenso de imagens produzidas por outros – instituições ou indivíduos –, o que concede ao seu projeto maior potência e foco.
Vida em passagem, estranho e a lógica das vacas: uma leitura de Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas Adriano Bier Fagundes adriano_bier@uol.com.br Mestrando UFRGS O que se apresenta aqui é uma leitura do filme Tio Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas, a partir de determinados dados de análise estabelecidos por uma via compreensiva. A obra, tida como de difícil entendimento, tanto por parte do público quanto da crítica, recebeu aclamação artística quando premiada com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 2010. Entende-se que autores que se ocupam do tema da expressão, como Freud, Adorno e Deleuze, auxiliam, por meio de dados conceitos, a elucidar alguns pontos obscuros do filme tailandês. Relevante expressão estética de nosso tempo em sentidos temático, estético e político, Tio Boonmee apresenta temas da maior relevância para o campo das artes na atualidade, destacando-se o estranhamento diante de uma obra complexa e a discussão sobre a vida em passagem, tanto na ordem da ficção como representação da realidade quanto do cinema como mosaico de técnicas e estéticas.
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GT
Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
Coordenador Prof. Dr. Eduardo Campos Pellanda Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 Prédio 7 Sala Arena Mediadora Andréia Denise Mallmann (PUCRS)
A mensagem dos media é os media: a natureza substitutiva do transmedia e a emergência do Ge-stell Fernando Ilharco Doutor
ilharco@gmail.com UCP
Estendendo os homens física e psiquicamente, as ondas electrónicas cercam-nos como o ar que respiramos. Assente no trabalho de McLuhan, juntando argumentos de Heidegger (1889-1976), Baudrillard (1929-2007) e Luhmann (1927-1998), defendemos que o transmedia é uma emergência do Ge-stell heideggeriano, a monumental “composição” que enquadra a experiência humana, qual consciência coletiva global. Movendo-se na linguagem, a nova tecnologia atinge toda a ação humana, substituindo a realidade agrária, industrial e literária. O transmedia é a natureza substituída, o ambiente humano do século XXI. O ecrã é “o mapa feito território”, é “a junção do que posiciona o homem, desafiando-o a desvendar o real sob o modo de ordenação” (Heidegger 1977), localizando e tornando acessível – do site ao telefone celular, o nome é o local. O real é a orderabilidade: um local aespacial de acesso permanente. A ecranização da experiência humana, que localiza e torna acessível, é assim a essência da contemporaneidade.
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GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
Por que 1+0+1+1+0+1 não é igual a 4? Uma fórmula diferente para pensar a mídia Andréia D. Mallmann Doutora
amallmann@pucrs.br PUCRS
Houve um tempo em que a expressão “dois mais dois é igual a quatro” resumia toda a lógica de precisão, exatidão que uma sociedade necessitava. Tempo esse, e não por coincidência, onde vimos surgir grandes inovações ferroviárias, arquitetônicas, tecnológicas. No entanto, e ainda com a ajuda da matemática, criou-se a Era digital, onde tudo poderia ser representado por zero e um, os chamados dígitos binários. O paradigma da cibercultura está intimamente ligado à lógica binária e, não diferente, a compreensão da mídia, a qual hoje tem como maior catalisador o próprio interagente. Sendo assim, esse estudo visa apresentar e analisar as mudanças, potencialidades e perspectivas no campo da comunicação digital.
Resgatando e acompanhando interfaces web: procedimentos e conceitos para caracterizar a watchpage do YouTube Gustavo Daudt Fischer Doutor
gfischer@unisinos.br UNISINOS
O trabalho constitui parte de uma pesquisa mais ampla sobre as características midiáticas que tensionam as interfaces web. Aqui, focamos na apresentação de determinadas lógicas operativas da chamada watchpage (página de visualização de vídeos), uma interface web típica do website de compartilhamento de vídeos YouTube.O referencial teórico apóia-se nos conceitos de interface cultural (1999) e software cultural (2008) de Manovich, e de remediação, de Bolter e Grusin (1999); pensando a web dentro de uma visão de genealogia mcluhniana dos meios, articulado a um agir arqueológico sobre as materialidades ao resgatar e acompanhar algumas watchpages entre 2005 e 2010 em combinação com um uso instrumental das metodologias das molduras de Kilpp (2004), para identificar tendências que duram (na perspectiva de Bergson) na web.
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O medium-ambiência das mídias sociais digitais: reflexões sobre a contribuição de McLuhan para o estudo do Twitter Eugenia da R. Barichello Doutora
eugeniabarichello@gmail.com UFSM
Luciana M. Carvalho Mestre
lucianamenezescarvalho@gmail.com UFSM
A proposta do trabalho é trazer algumas reflexões sobre a possibilidade de análise das mídias sociais digitais a partir do conceito mcluhiano de medium-ambiência. Parte-se do pressuposto de que todo meio é condicionado pelo seu contexto sócio-histórico, assim como sua apropriação irá depender do ambiente cultural. Com as mídias sociais digitais, este contexto é o da midiatização, marcada principalmente pelo papel central do usuário. Nesta reflexão, inicialmente discorre-se sobre o conceito de medium em MCLuhan, relacionando-o à noção de midiatização. Em seguida, analisam-se algumas das principais apropriações do site de micromensagens Twitter que permitem configurá-lo como mídia social digital.
Política e redes sociais: um caminho para a construção e afirmação da e-democracia? César Steffen Doutor
cesarsteffen@gmail.com UNISC
Pesquisa recente com jovens Brasileiros, “O Sonho Brasileiro”, mostra que os jovens não se identificam com a política contemporânea nem se sentem atendidos pelos atores políticos, mas vêem na Internet um espaço e troca e interação que pode promover mudanças nesse cenário. Assim, neste trabalho buscamos observar o impacto que as redes sociais podem ter no debate e na formação política da sociedade, observando novos formatos e narrativas que surgem nestas e destas interações para, assim, problematizar o conceito e a aplicação da chamada e-democracia.
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Dia 16/11 - 14h Mesa 2 Prédio 7 Sala 305 Mediador Marcelo Träsel (PUCRS)
TV Brasil e redes sociais: breve discussão do canal de televisão no YouTube e no Twitter Sônia Elisa Caregnato Doutora
sonia.caregnato@ufrgs.br UFRGS
Rochele T. Zago Corrêa Mestranda
rochelezago@gmail.com UFRGS
Zuleika de Souza Branco zu_branco@yahoo.com.br Mestranda UFRGS Aborda redes sociais e a importância para a rede pública de televisão, em especial a TV Brasil, focando o uso da rede de compartilhamento de vídeos YouTube e a rede social de notícias Twitter. Contextualiza brevemente a história da televisão brasileira e a criação da TV Brasil, como o conceito de convergência das mídias, cultura participativa, comunidades virtuais e redes sociais. Discute como funciona o canal da TV Brasil no YouTube e no Twitter e as relações estabelecidas nestes ambientes com seus usuários. Conclui que a TV Brasil está inserida em redes sociais, que possibilitam a interação com outros usuários da mesma rede, disseminando informação e conteúdo.
Consumo e convergência no Foursquare: Badges como mecanismo de recompensa por comportamentos estimulados Maria Clara Aquino Doutoranda
aquino.mariaclara@gmail.com UFRGS
O slogan do Foursquare, “Search places, people and tips”, estampado em sua página inicial, não faz jus à repercussão que o serviço baseado em localização (SBL) tem obtido: mais de 10 milhões de usuários legitimam seu relacionamento para com o sistema, aderindo a modos comportamentais propostos pelo contexto estabelecido. Ao aliar lu170
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gares, pessoas e conteúdo gerado pelos usuários, sistemas como esse têm se tornado cada vez mais comuns, relacionando informação, mobilidade e espaço urbano – provocando mudanças nas formas de consumo, produção e distribuição da informação. Este trabalho assume o sistema de badges como modo de recompensa pelo comportamentos estimulados pelo SBL: a proposta é construir uma tipologia que visa mapear padrões de sociabilidade com base nos elementos advindos da convergência. Buscamos nos questionar acerca da relação entre consumo e convergência, segundo a hipótese de que há uma sociabilidade fabricada a partir da imbricação entre mercado e público no sistema.
A linguagem dos internautas à luz de Occam e McLuhan Leandro R. Comassetto Doutor
leandrocomas@hotmail.com UNIPAMPA
A arquitetura da internet e a forma como favorece a comunicação em fluxo rápido e contínuo de conversação aceleram a simplificação da linguagem. As novas formas textuais que, para os puristas, agridem a gramática normativa, estão, na verdade, de acordo com a proposta pragmática instaurada na rede e que atende à necessidade dos novos tempos. A simplificação informal da escrita, todavia, não é processo novo na história da humanidade, mas decorre desde os tempos do império romano, quando da invenção da taquigrafia. Ao mesmo tempo em que discute essa evolução histórica, este trabalho recorre a conceitos como o da Navalha de Occam para justificar a simplificação e o dinamismo da linguagem usada pelos internautas nas ferramentas de conversação e termina com uma reflexão mcluhiana acerca das mudanças cognitivas nos processos de ler, escrever e pensar.
Narrativas transmídias geolocalizadas João Carlos Massarolo Doutor
massarolo@terra.com.br UFSCAR
Os projetos de mídias locativas que envolvem aplicativos de geolocalização para dispositivos móveis são disponibilizados normalmente nas telas e plataformas usadas para a distribuição de narrativas transmidiáticas. Posicionada estrategicamente no interior da cultura da 171
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
mobilidade, as mídias locativas permitem uma maior conectividade e imediaticidade na esfera cotidiana, possibilitando o compartilhamento de conteúdos no contexto de uma localidade. Nesses espaços intersticiais, a vida cotidiana é intensificada e a dispersão textual característica da narrativa transmídia desdobra-se para além do mundo de histórias, criando extensões que transportam os usuários de uma plataforma para outra em busca de novas informações. A proposta deste trabalho é de avaliar o potencial das novas redes móveis de telecomunicações de conectar as formas de contar história (Transmedia storytelling), às condições materiais do espaço público urbano, proporcionando experiências intensificadas da vida cotidiana.
De Videodrome a eXistenZ: o cinema mcluhaniano de David Cronenberg Rosângela F. de Medeiros rosangelafachel@gmail.com Doutora UFRGS Este trabalho propõem a leitura dos filmes Videodrome e eXistenZ, de David Cronenberg, enquanto adaptação fílmica das teorias de Marshall McLuhan. Partindo da intertextualidade entre os filmes e as teorias tecnicistas de McLuhan a respeito dos meios de comunicação, é analisada a forma como Cronenberg experimenta as possibilidades apontadas pelo teórico e transforma seus axiomas em imagens. Demonstra-se então como Cronenberg se apropria do discurso teórico mcluhaniano e assume sua autoria, o reconfigurando a partir das infinitas possibilidades dos adventos tecnológicos, evidenciando que na paisagem tecnológica contemporânea as percepções de McLuhan referentes às possibilidades de inter-relacionamento de corpo e tecnologia estão a cada dia mais atuais.
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GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
Dia 16/11 - 14h Mesa 3 Prédio 7 Sala 306 Mediadora Silvana Sandini (PUCRS)
Metareciclagem: experiência da formação de uma rede livre a campo produtor de sentidos Dalton Lopes Martins Doutorando
dmartins@gmail.com USP
A rede Metareciclagem foi criada em 2002 com o objetivo de agregar técnicos, jornalistas, poetas, ativistas e interessados na experimentação das tecnologias digitais em novas formas de relacionamento, novos meios de ativismo e promoção de redes livres. De rede com mais de 500 participantes no Brasil e exterior, se tornou conceito, objeto de relação e agregação de sentidos, nomeando novas maneiras de pensar o uso do digital em mais de 110 publicações acadêmicas sobre o tema. Metareciclagem se tornou em seus 10 anos de existência várias metareciclagens, sendo apropriada de diferentes maneiras por projetos governamentais e da sociedade civil de inclusão digital, cultura digital, movimento ambientalista, aprendizagem informal, entre outros. Discutir essa trajetória é o objetivo deste trabalho.
O desinibido uso do telefone celular nos ônibus e metrôs de São Paulo durante os apagões de mobilidade urbana Elaine Souza R. Sklorz Doutoranda
elaineresende@terra.com.br PUC-SP
Este artigo apresenta dados parciais de um projeto de pesquisa que analisa o uso de telefonia móvel em espaços públicos e partilhados da cidade de São Paulo, em situações de crise de mobilidade urbana. No recorte estão usuários de transporte público urbano, como ônibus, trem e metrô de superfície, em deslocamento nos horários de pico de congestionamento, ou seja, das 7h às 10h e das 17h às 20h. Tal diagnóstico objetivou identificar como os indivíduos, de posse de tecnologias móveis, utilizam o tempo envolvido nos deslocamentos. Se 173
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
essa potencial imobilidade urbana é ou não canalizada para o trabalho e de como se dá a relação da cultura local dos espaços urbanos com as novas mídias móveis.
Colecionismo virtual em Social Games e a identidade Rebeca Recuero Rebs Doutoranda
rrebs@gmail.com UNISINOS
O trabalho parte de uma investigação do ato de colecionar bens virtuais em social games a fim de associar esta ação com a manifestação identitária do jogador. As coleções analisadas não se vinculam a exigências do jogo, mas sim a apropriações dos usos de bens virtuais pelos usuários, caracterizando a presença de novas dinâmicas no jogo. Além da observação participante por 6 meses, desenvolveu-se um questionário com perguntas abertas em 50 jogadores. A migração de práticas sociais do universo concreto do colecionismo para dentro do ambiente virtual dos social games, implica na perda da materialidade dos objetos, mas na permanência de simbolismos e valores sociais produzidos pela coleção. Assim, verificou-se que coleções virtuais integram não apenas os atributos de prazer, status e reputação ao seu proprietário, como fornecem bases para o entendimento da identidade do colecionador.
Guardar troll na mochila: regras e subversão nas narrativas interativas Ana Flávia M. Lesnovski Doutoranda
ana.lesnovski@gmail.com PUCRS
Partindo do comportamento do usuário e sua inscrição nas regras que sustentam a navegação em jogos e narrativas interativas, propõe-se refletir sobre a forma com que diferentes produtos lidam com desvios de comportamento do jogador, e de que forma o engajam através de sistemas de recompensa e punição. A reflexão se baseia no conceito de regras como elementos centrais na definição de jogo (Juul, 2005; Salen e Zimmerman, 2003), no aspecto ergódico da leitura (Aarseth, 1997) e na relação entre jogador e aparato de jogo como uma caixa-preta (Flüsser, 1983), e tem como foco a concorrência entre a liberda174
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
de presumida como base da ilusão de interatividade e o cerceamento das ações do usuário como moldagem da experiência narrativa.
Das pistas para a internet: uma análise das promoções online feitas na plataforma Twitter pela empresa Liqüe Lucina Reitenbach Viana lu@comdpi.com.br Doutoranda UTP Randy Rachwal randy@comdpi.com.br Mestre UTP Karin Eduardo Kair santaklauss@gmail.com Graduado PUC-PR Sandro R. dos Santos mega@teraport.com.br Especialista UTFPR Nicole Trovato nicoletrovato@gmail.com Graduada PUC-PR Pedro Orilio pedro_orilio@hotmail.com Graduado UTP A partir das possibilidades de utilização de ferramentas de interação online um novo desafio é apresentado para empresas que desejam se manter conectadas a seus clientes. O presente artigo reúne informações para estudos de promoção utilizando a rede social Twitter, através da análise de uma ação promocional realizada pela casa noturna Liqüe, de Curitiba. Estabelecemos o cenário de observação comparada, ao inserir o recorte observado entre outros casos semelhantes, com o critério de variação de localização geográfica, observando também os perfis das casas noturnas Warung Beach Club, Disco Factory, Finland Trend House e Club Vibe. A abordagem de análise de dados coletados é qualitativa, tendo como base pontos como a linguagem mais apropriada para a plataforma e as demonstrações de satisfação ou insatisfação dos usuários e clientes perante as ações promocionais. A revisão bibliográfica é utilizada para embasar e fundamentar as definições teóricas e métodos utilizados durante o estudo.
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GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
Dia 16/11 - 14h Mesa 4 Prédio 7 Sala 307 Mediadora Sandra Bordini Mazzocato (PUCRS)
A tatilidade das imagens audiovisuais na web Sonia Estela M. La Cruz Doutoranda
soniamontano@gmail.com UNISINOS
Assistimos hoje a uma produção antes impensada de imagens audiovisuais. Desde as diversas áreas de pesquisa científica e da medicina nuclear às videoconferências domésticas, passando pela quantidade de imagens produzidas diariamente pelos celulares, câmeras de vigilância, etc. Os sites de compartilhamento de vídeos, principalmente o YouTube, se tornam espaços onde essas imagens transitam de um modo próprio a essas plataformas. Elas são, copiadas, parodiadas, sampleadas. Há intervenções infinitas, subversão de valores cromáticos, inversão das relações figura e fundo, transformação de sons e gestos em música. As leis da mídia ou tétrade criada por McLuhan para fazer uma ecologia de qualquer artefato ou tecnologia levam a explorar estas práticas audiovisuais pensando a tatilidade das imagens na web como extensão predominante do meio que transforma o espectador em gamer e o audiovisual em banco de dados.
William, Kate, a cobertura do Casamento Real e a piada pronta: apropriações e remediações na velocidade do humor e da internet Susan Liesernberg Mestranda
sliesenberg@yahoo.com.br UFRGS
Camila Cornutti Barbosa camilacor@gmail.com Doutoranda UFRGS A partir de um estudo de caso sobre a cobertura midiática online do Casamento Real do Príncipe William e de Kate Middleton, o presente artigo pretende discutir como as informações formais da cerimônia real foram subvertidas a conteúdos humorísticos apropriados e 176
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remediados em perfis do twitter, em blogs, sites e no tumblr, quase em simultaneidade com o acontecimento. Além da cola social que a força do humor detém, pode-se fazer inferências sobre como a construção hipertextual do conteúdo cybertrash (Fontanella) e as remediações destes conteúdos (Bolter; Grusin) correspondem às características de velocidade criativa que o escárnio requer para o timing e a agilidade de apropriação, remediação, publicação, compartilhamento e repercussão na web - contribuindo para a eletrização do humor no ciberespaço.
Convergência e dispersão no Observatório da Imprensa: quantidade ou qualidade? Adriana D. Garcia Mestranda
adrigarcia_sm@hotmail.com UNISINOS
O trabalho apresenta análises e inferências sobre os processos comunicativos engendrados pelas convergências de tecnologias e dispersão de usos que colocam em interação os sujeitos no site Observatório da Imprensa (OI). O corpus analisado é formado por dois artigos com o invariante referencial Governo de Dilma Rousseff, porém, em contextualizações distintas, uma antes e outra depois da renovação do site, em junho de 2011. Constata-se que as transformações tecno-tecnológicas de integração às redes sociais Twitter e Facebook contribuíram para o surgimento de novas configurações na formação crítica deste espaço midiatizado. Portanto, a problemática do estudo está centrada em descobrir se essas transformações implicam em níveis superiores de interações, nos seus aspectos qualitativos de linguagem, tensionamentos e discursividades.
O processo representativo do sujeito na Web e o compartilhamento de conteúdos Sandra Bordini Mazzocato sandrabordini@gmail.com Doutoranda PUCRS A presente pesquisa tem como objetivo mapear os tipos de conteúdo que os sujeitos compartilham nas plataformas de mídias sociais Facebook , Twitter e Foursquare . Os conteúdos serão analisados com base em critérios de gênero (jornalístico, de entretenimento 177
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ou pessoal), fonte (móvel ou fixa) e autoria (autoria própria ou compartilhada). O artigo é um fragmento do projeto de tese da autora em que busca-se investigar os processos representativos do sujeito através de sua relação com o conteúdo postado e consumido na rede. Esse levantamento serve para um alinhamento do objeto de pesquisa a ser analisado. Pressupõe-se que através da compreensão dos tipos de conteúdos compartilhados é possível ampliar a reflexão quanto a identidade constituída pelo sujeito na web. Apresenta-se primeiro referências quanto a relação sujeito conteúdo na web (Sibilia, 2008; Turkle, 2011), posteriormente os dados coletados, seguindo de uma análise.
Cultura do software e mídias locativas em experiências com telas móveis Tiago R. Correa Lopes tiagorclopes@gmail.com Doutorando UNISINOS Nos últimos anos, observamos o acelerado processo em que tecnologias informacionais baseadas em mobilidade – como os telefones celulares e os navegadores GPS – se tornam cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Dessa maneira, não só as possibilidades de trânsito e conectividade aumentam, mas sobretudo multiplicam-se os modos como novas formas de apropriação e uso destas tecnologias comparecem no cenário da tecnocultura contemporânea. Assim, estabelecemos como objetivo geral deste artigo examinar os processos de transformação do campo audiovisual na medida em que este passa a assimilar as lógicas e as estéticas tecnológicas das experiências com mídias móveis e portáteis. Para tanto, tomamos como objetos de nossas análises um conjunto de projetos audiovisuais que demandam o uso de tecnologias móveis para serem acessados e discorremos sobre eles a partir de um referencial teórico que tem como base os estudos sobre a presença dos softwares na esfera de criação de produtos culturais.
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GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
Dia 17/11 - 14h Mesa 5 Prédio 7 Sala Arena Mediadora Andréia Denise Mallmann (PUCRS)
Registro e recuperação de memórias através da Internet: o caso 11 de setembro Ana Lúcia M. da Silva Mestranda
anamigo@gmail.com UFRGS
O dia 11 de setembro de 2001 marcou a entrada do século XXI. A explosão das torres gêmeas do World Trade Center, em NY, não só abalou a ordem política, econômica e bélica do mundo, mas também desencadeou mudanças no fazer jornalístico através da Internet. Este estudo busca, assim, identificar como o registro do acontecimento, assim como o resgate de sua memória, se estabelece a partir da comunicação digital. Evocaremos o trabalho de pesquisadores (Casadei, 2009; Huyssen, 2000; Palacios, 2010; Malini, 2006, etc.) que se dedicam a compreender a relação da comunicação com a narrativa de acontecimentos e produtos memorialísticos. Observaremos que o evento em questão introduziu novos paradigmas em relação ao modo como a Internet é vista enquanto plataforma de produção de conteúdos, fonte de informações e lugar para a construção de memórias.
Um tema e muitos caminhos: transmidiática no jornalismo
a
comunicação
Ana Cecília Bisso Nunes nunes.anacecilia@gmail.com Mestranda PUCRS André Fagundes Pase Doutor
afpase@pucrs.br PUCRS
Marcelo C. da Fontoura Graduando
fontoura.com@gmail.com PUCRS
A comunicação transmidiática, com um grande tema ou trama distribuído por diferentes caminhos com distintos enfoques, é utilizada 179
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sobretudo na ficção, mas também no jornalismo. Este artigo discute o termo de Jenkins (2005) e cross-media, estabelecendo diferenças de conceitos às vezes tratados como sinônimos, mas que não o são. Os postulados são resgatados através de revisão bibliográfica e verificados em suas aplicações no caso Inside Disaster, que oferece notícias através de jogo, hipertexto e vídeos.
Mobilidade socializante blogueira: trajetória evolutiva dos blogs Alberto Marques Silva Mestrando
alberto.marques@gmail.com UFBA
Passados 14 anos do surgimento do termo weblog (Orihuela, 2005; Cervera, 2006), as apropriações feitas nos blogs têm evoluído e passado por diversas mutações. Durante esses anos, os blogs passaram por cinco fases: filtro (Blood, 2000, Granieri, 2005), diário (Lemos, 2002), informativa (Waichert e Malini, 2008), profissional (Waichert e Malini, 2008) e móvel. Propomos, nesse trabalho, uma tipologia evolutiva dos weblogs. Nesse contexto, mostramos que a atual fase, momento em que a morte dos blogs é anunciada, os blogueiros utilizam os sites formadores de redes sociais como estratégia de divulgação. É o estágio da mobilidade, no qual os dispositivos móveis são utilizados para atualização e acesso. Durante esse percurso evolutivo, defendemos que os blogs são iniciadores dos princípios que regem a web 2.0 (O’Reilly, 2005).
O uso da convergência midiática no jornalismo Aline Streck Donato Mestrando
alline.donato@hotmail.com FEEVALE
Paula Regina Puhl Doutora
ppuhl@feevale.br FEEVALE
O artigo tem como objetivo investigar as características jornalísticas da convergência midiática entre a televisão e internet. Também aborda as possibilidades de interação e colaborativismo que se dão a partir desse processo. Foi selecionado para análise o canal telejornalístico CNN veiculado na internet pela TV do Portal Terra. Esse objeto serve 180
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
para refletir sobre a relação entre telejornalismo e telespectador por intermédio do uso da convergência. Para tanto, são utilizados os autores que tratam desse tema em específico, como Henry Jenkins (2009) e Maria Clara Aquino (2010), assim como Cannito (2010) e Tourinho (2009), estudiosos do campo da inovação na televisão, e autores cujo campo de investigação é a internet, entre eles Primo (2003) e Pinho (2003). Acredita-se que ao agregar peculiaridades de mídias distintas, a convergência midiática pode vir a potencializar a recepção da informação por parte do usuário, possibilitando ao receptor participar do processo de construção da notícia.
As telas cintilantes do futuro Aline Farias M. Oliveira Mestranda
aline_fmo@hotmail.com UMESP
Este texto focaliza as tendências de uso e aplicações do antigo aparelho de televisão, tendo em vista que os equipamentos audiovisuais digitais e móveis vêm, gradativamente, substituindo as caixas em uso até o início do século XXI. Após resgate histórico que aborda as transformações do aparelho televisor, enquanto tela de materialização da comunicação audiovisual, pretende-se discutir o anacronismo da terminologia “televisão” no cenário de tecnologia digital onipresente. Para tanto, partindo da premissa que o objeto tecnológico em pauta está em franca substituição, objetiva-se discutir esse meio de comunicação como uma tecnologia em processo de reinvenção. A realidade mostra que a TV e o computador se encontraram, convergiram e, hoje, se confundem. Por isso, com o advento da era digital, as mensagens audiovisuais desse suporte e aquelas das mídias que caracterizam o ciberespaço tornam-se cada vez mais indissociáveis, complementares e perenes.
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GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
Dia 17/11 - 14h Mesa 6 Prédio 7 Sala 305 Mediador Marcelo Träsel (PUCRS)
Jogos pervasivos em redes sociais e a gameficação do cotidiano: elementos culturais da contemporaneidade Breno Maciel Souza Reis brenomaciel@gmail.com Mestrando PUCRS O presente trabalho propõe uma análise das funções socializantes que os jogos exercem na contemporaneidade, em redes sociais no ciberespaço, entendendo-os como extensões na rede dos indivíduos e de suas interações. O fenômeno do jogo é abordado como elemento cultural, ou seja, como prática fundamental ao processo comunicacional, à transmissão de formas simbólicas entre os sujeitos e à formação de sociedades como um todo. Assim, sob a perspectiva da convergência entre as redes informacionais e suas possibilidades de interação social, esses processos parecem diluir os limites definidos entre o espaço do jogo e o do cotidiano, permitindo o surgimento dos jogos pervasivos e do fenômeno da gameficação.
A linguagem social e ideológica: a subjetividade e as possíveis interpretações da notícia jornalística Christiê Duarte Linhares chrisdlinhares@hotmail.com Mestranda PUCRS O presente trabalho corresponde a uma análise de duas notícias, uma política e outra policial, vistas e relatadas por três diferentes sites que enfocam e postam notícias jornalísticas atuais, com base em conceitos criados e discutidos pelo círculo de Bakhtin. Tendo como objetivo verificar as múltiplas interpretações linguísticas dadas ao mesmo caso, optamos por observar os conceitos de relação, alteridade, relação entre locutor e interlocutor no discurso, valorização da palavra no discurso e refração de vozes, visando analisar os aspectos ideológicos e sociais da linguagem instantânea utilizada na internet. 182
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Novas tecnologias e estratégias de incitamento à conexão digital Camila Mozzini Mestranda
camila.mozzini@gmail.com UFRGS
Segundo McLuhan (2005), a introdução de novas tecnologias, desde o fogo ao computador, implica tanto em reconfigurações sociais quanto mentais. Entretanto, o autor aponta que tais modificações não são frutos das tecnologias em si, mas sim do complexo ambiente que movimentam ao seu redor. Partindo da atual ‘ambiência tecnológica’, o presente estudo busca fazer uma análise do entrelaçamento entre a naturalização das tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) em nosso cotidiano e as estratégias de incitamento à conexão digital que viabilizam tal processo. Estratégia é aqui concebida como um conjunto dos meios operados para fazer funcionar ou manter um dispositivo de poder (Foucault, 1984). Assim, serão destacados alguns materiais – reportagens, capas de revistas, publicidades, editais de concursos – que possibilitam refletir sobre as formas como o ser humano, além de produtor, está sendo produzido tecnologicamente.
Corpo, capoeira e games: traduções de materialidades e tecnologias Bruno Soares Ferreira Mestrando
brunobarata@yahoo.com UFRJ
Analisaremos como os sujeitos acessam a capoeira utilizando o sistema sensório-motor através de diferentes materialidades a partir tanto do corpo que se apresenta organicamente quanto em sua forma virtual, que aqui será representado pelo game Capoeira Legends. Faremos considerações acerca dessa interface maquínica em relação às características da capoeira expressas pelo corpo através da luta, da dança e do jogo. Para isso, analisamos alguns agenciamentos na relação do corpo com a capoeira entendendo o corpo como uma mídia, como uma interface entre o cérebro e o mundo. Nossa hipótese é que este corpo orgânico consegue realizar desdobramentos na corporalidade por meio da tecnologia para agir virtualmente. Isto nos permite entender como acessar a capoeira com o game para além desse corpo orgânico, mantendo algumas de suas características. 183
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Dia 17/11 - 14h Mesa 7 Prédio 7 Sala 306 Mediadora Silvana Sandini (PUCRS)
Comunicação e música no ciberespaço: a visibilidade do usuário de redes sociais através do compartilhamento de músicas alheias Daniel Pala Abeche Mestrando
danielpala@gmail.com PUC-SP
O presente trabalho tem por objetivo investigar a estrutura de redes sociais e plataformas de compartilhamento de música, assim como a relação destes usuários com as obras ali compartilhadas com lastro em análise das características da cibercultura, da comunicação digital e da mídia livre. A crítica do trabalho foca nos modos de apropriação e os objetivos dos usuários na utilização de músicas de terceiros para obtenção de visibilidade própria nestes ambientes interativos, de ampla visibilidade mediática, propícios para a superexposição, bem como as consequências aí operadas para os utilizadores, para os produtores das músicas e para os usuários em geral.
Democracia na era das redes: a multidão e os paradoxos de uma revolução contemporânea Clarissa Corrêa Henning clarissahenning@yahoo.com.br Mestrando UFRJ Este trabalho dialoga com autores que discutem os efeitos de poder inerentes ao pós-fordismo e à cibercultura, e as possibilidades de luta contra o assujeitamento. A exigência da cooperação produtiva e a quebra da emissão una são dois aspectos de uma mesma história. Por um lado, conceitos como flexibilidade e colaboração podem e são utilizados como uma forma aprimorada de exploração das relações sociais. Por outro lado, a era das redes sinaliza a falência da representação e permite uma multiplicidade de potências de vida, movimentos de resistência que traçam nos indivíduos regiões irredutíveis. 184
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
São utilizados autores como Foucault, Deleuze, Hardt, Negri e Virno, e conceitos como Império, Sociedade do Controle, Multidão e Resistência.
Narrativas da mobilidade: relatos e práticas em movimento Camila M. C. Mantovani camilamm@gmail.com Mestre UFMG Maria Aparecida Moura cidamoura@gmail.com Doutora UFMG Ao analisar a mobilidade por fluxos informacionais, buscamos compreender como a informação e as tecnologias móveis auxiliam na articulação do padrão de mobilidade atual. Tendo por base os movimentos contemporâneos, bem como os perfis de usos e usuários de tecnologias móveis, selecionamos alguns sujeitos cuja mobilidade é parte de seu estilo de vida e os entrevistamos. Neste trabalho, apresentaremos as principais discussões desse estudo que teve por objetivo não apenas descrever e caracterizar o movimento desses sujeitos, mas também perceber como as tecnologias móveis se interrelacionam com a mobilidade em termos do acesso a informações e às interações pessoais e profissionais. Interessa-nos mostrar que, apesar de os sujeitos serem distintos e terem uma mobilidade peculiar, há regularidades nesses comportamentos e na própria percepção da mobilidade. O sujeito é móvel porque mobiliza a si próprio na forma de informação. Seus processos sociais e culturais tornam-se fluxos informacionais.
Reflexões na rede e o projeto Espelho Meu Fernanda M. de Souza Mestranda
fernandamsouza@gmail.com UFG
O presente estudo tem como objetivo discutir algumas das questões que cercam as manifestações artísticas advindas de hibridações entre arte tradicional e novas mídias, manifestações essas que tornam o ciberespaço um ambiente fértil para experimentações e trazem o usuário como colaborador e constituidor de conteúdo. Para tanto, 185
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apresenta os conceitos e o processo de criação do projeto de web arte Espelho Meu – Espanando pó de sua imagem, desenvolvido pela autora sob orientação do professor Edgar Franco, online desde junho de 2011. O projeto lida com questionamentos que tangem a colaboração nas redes telemáticas e a construção do eu-virtual através de um confronto irônico entre o indivíduo e a imagem que ele projeta de si próprio nas redes sociais – mais especificamente no twitter.
Narrativas colaborativas: um paralelo inicial entre ARGs e narrativas míticas Gabriel Costa Correia Mestrando
bielsued@gmail.com UFSCAR
Dario de Souza M. Júnior dario.mirg@gmail.com Mestrando UFSCAR Narrativas colaborativas são comumente associadas ao ambiente online, mais especificamente à ideia de web 2.0 que prevê a elaboração de conteúdos colaborativos, e às práticas transmídia, que interligam público e universo ficcional para construção de novas estórias. Em meio às atuais possibilidades colaborativas midiáticas, os alternate reality games (ARGs), despontam como um novo meio de construção coletiva de estórias, pautando experiências lúdicas que perpassam mídias online com a participação direta do público para seu desenvolvimento. Nesse processo de escrita colaborativa, é possível traçar um paralelo com as narrativas míticas na medida em que um mesmo relato é passível de interpretações diferentes, modificados de acordo com as crenças e necessidades locais. O presente estudo, por fim, pretende estabelecer uma relação entre ARGs e narrativas míticas, tomando como estudo de caso o Zona Incerta.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 8 Prédio 7 Sala 307 Mediadora Sandra Bordini Mazzocato (PUCRS)
Foursquare e as dinâmicas de comunicação a partir dos lugares: um estudo sobre o ��������������������������� Moinhos Shopping, em Porto Alegre Priscilla G. de Oliveira Mestranda
guimacity@gmail.com PUCRS
Este artigo apresenta as dinâmicas de comunicação promovidas a partir de lugares, em Porto Alegre (RS), registradas na plataforma Foursquare - rede social baseada em geolocalização. O presente trabalho é parte de uma dissertação de mestrado em curso e, em primeiro momento, compreende tais dinâmicas no Shopping Moinhos - bairro Moinhos de Vento. As diretrizes teóricas estão centradas nos autores André Lemos, Lucia Santaella, Willian Mitchel, Marc Augé, Paul Virilio, Gilles Lipovetsky, Alain Bourdain, Harward Rheingold, Mary Douglas e Raquel Recuero. A visão metodológica aborda Netnografia com Etnografia com o intuito de cobrir de forma consistente as dinâmicas de comunicação que acontecem em espaços híbridos (físico e virtual). As primeiras análises desta pesquisa sistematizam as dinâmicas de comunicação a partir dos lugares, registradas em Foursquare, e apontam tipos de assuntos gerados pelos usuários e popularidade dos mesmos.
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Imagens na parede, uma brincadeira na rede Renato Cirino Mestrando
renatimpirei@gmail.com UFG
O artigo traz uma reflexão sobre possibilidades de articulação de diálogos a partir das projeções e representações do imaginário dos usuários das redes telemáticas. A discussão se inicia pelo envolvimento desses sujeitos com as imagens técnicas e pela proximidade dos aparatos tecnológicos. Existem processos possibilitadores de encantamentos e de deslumbramentos no universo zerodimensional dos pixels, que se comportam em projeções dimensionais na intenção de representar e simular o mundo natural por meio de superfícies imaginadas. Neste jogo os participantes atuam de forma programada pelos algoritmos desses ambientes. Para observar essas relações foi realizada a análise da performance Casa_Comigo. O ato artístico consistiu em um site e projeções de imagens na casa do autor. A análise levou à questão: as imagens possuem participação na relação dialógica efetiva entre as pessoas?
Jornalismo e espalhamento: como a audiência pode interferir no acesso às notícias diante da lógica transmídia Maurício Dias Souza Mestrando
mauricio.jornal@gmail.com UFSM
Diante da Cultura da Convergência e da lógica transmídia, surgem novas formas de circulação do conteúdo. O espalhamento é o termo utilizado por Jenkins para explicar o envolvimento ativo e intencional do público nesse processo. Além da recomendação e da republicação, o espalhamento considera a transformação do conteúdo. Esse fenômeno pode ser observado no jornalismo em duas situações bem distintas: estimulada ou independente das organizações jornalísticas. O primeiro caso ocorre a partir de aplicativos de recomendação e de compartilhamento disponíveis nos sites e blogs, bem como nas redes sociais. O segundo caso acontece sem qualquer interferência das organizações, podendo ser tanto favorável quanto desfavorável, incluindo, assim, apresentação de outras versões dos fatos e até paródias. O objetivo desse trabalho é fazer um levantamento inicial sobre as duas formas de espalhamento a partir do estudo de caso como ilustração – metodologia apresentada por Machado e Palacios. 188
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Além do Orkut e do Facebook, o portal Viva Favela: um estudo sobre comunidades virtuais e redes sociais na internet Patrícia Franck Pichler Mestranda
patricia.pichler@gmail.com UFSM
Maria Ivete T. Fossá Doutora
fossa@terra.com.br UFSM
Sob a perspectiva da Era da Informação e da Sociedade em Rede, organizam-se as comunidades virtuais e as redes sociais. Nesse contexto, situa-se esta proposta, cujo argumento que se deseja construir é de que existem mais redes sociais na Internet a serem estudadas pela comunicação, além das convencionais Orkut e Facebook; assim como comunidades virtuais reunidas por diferentes objetivos. A pesquisa é do tipo exploratória, a coleta de dados é feita através da observação sistemática do portal Viva Favela e da análise de conteúdo, com categorias elencadas através da revisão bibliográfica. A partir da teoria e da observação empírica, percebe-se o objeto como um espaço de encontro de uma comunidade virtual e, exemplo de uma rede social na Internet, ao disponibilizar ferramentas de discussão, expressão e interação entre seus membros.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 9 Prédio 7 Sala Arena Mediadora Andréia Denise Mallmann (PUCRS)
Os imaginários de Vargas em comunidade virtuais Tauana M. W. Jeffman Mestranda
tauanamwj@hotmail.com PUCRS
O referido trabalho se propôs a realizar uma análise das comunidades virtuais do Orkut, que possuem relação direta e indireta com Getúlio Vargas, para que, através deste levantamento, pudéssemos compreender quais são os imaginários que se instauram nas referidas comunidade e são compartilhadas por seus usuários. Realizou-se então uma pesquisa quanti e qualitativa, pois calculamos os números de usuários e de comunidades, para que pudéssemos realizar um percentual de visões positivas, negativas, neutras ou irônicas acerca do mito Getúlio Vargas, além da realização de uma análise do que significam esses números, o que podemos compreender através das descrições de tais comunidades, e assim perceber seus imaginários compartilhados.
Ativismo digital: o uso das mídias digitais como ferramenta de cidadania Rodrigo Marçolla Tappi Mestrando
ro_mark2@hotmail.com UMESP
As mídias sociais têm se configurado como eficientes canais de comunicação no processo de produção e difusão de mensagens em anos recentes. E por meios dessas novas ferramentas é possível observar movimentos sociais gerados, divulgados e exercidos pelos usuários. O objetivo deste trabalho é discutir as funções das mídias sociais no fortalecimento da cidadania, através do seu cenário de espaço aberto para comunicação, usando como exemplo a mobilização ocorrida no Twitter sobre o caso #ForaSarney, avaliando o seu desempenho nesse processo através dos limites e possibilidades das mídias sociais, e como o mundo online e off-line devem interagir e trabalhar para que 190
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as mais diversas mobilizações que já aconteceram nas mídias sociais, com suas variadas hashtags, alcancem seus objetivos, o que vai além de estar nos trending topics do Twitter.
YouTube: o software e a caixa preta William Mayer Mestrando
mayer.william@gmail.com UNISINOS
Este artigo busca analisar qual a função do software na contemporaneidade, especificamente, a importância do YouTube, enquanto software. Percebendo como a ferramenta influencia nas mídias digitais como um todo. Para isto, iremos nos engendrar pelos estudos de software propostos por Lev Manovich, e também pelos conceitos de virtualidade e Caixa Preta, propostos por Vilém Flusser. Levando em consideração as proposições de McLuhan, na construção do YouTube (software), enquanto “meio” capaz de realizar mudanças na maneira como as pessoas se comunicam, em especial no ambiente em que as pessoas interagem.
Supernatural na web: remediação e transmidiação Sarah Moralejo da Costa sarahmoralejo@yahoo.com.br Mestranda UNESP A diversidade de suportes, telas e novas mídias que povoam o mercado tecnológico desperta preocupações por parte dos produtores de conteúdo cultural massivo devido principalmente à necessidade de veicular conteúdos interligados em mais de uma mídia. A web, com suas ferramentas de interatividade e construção coletiva de conhecimento, surge como suporte dentro do processo de remediação de conteúdo e, ao mesmo tempo, um meio onde se dá o desenvolvimento de narrativas transmidiáticas. Este artigo se debruça sobre um produto audiovisual, a série de TV Supernatural, buscando observar quais os processos de remediação e transmidiação envolvidos entre televisão e internet na produção da série, com embasamento teórico em McLuhan e Jenkins.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 10 Prédio 7 Sala 305 Mediador Marcelo Träsel (PUCRS)
Comunicação locativa em zonas bluetooth: o caso do projeto “Totem Educacional” Macello S. de Medeiros macellomedeiros@gmail.com Doutor UFBA Este trabalho tem como objetivo apresentar o projeto “Totem Educacional”, que foi implantado em março de 2011, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, Bahia. O projeto consiste em fornecer informações históricas e culturais sobre cinco pontos turísticos do Centro Histórico por meio de arquivos de áudio, que podem ser baixados do totem touch screen diretamente para artefatos móveis digitais, como celulares e tablets, através de três formas: via USB, conexão Bluetooth ou QR Code,. A principal discussão por trás desse projeto é a relação entre dois conceitos: a comunicação e o lugar. Neste tipo de prática que ocorrem nas zonas bluetooth, conteúdos específicos de um determinado lugar são enviados para esses dispositivos, nos levando a pensar em uma forma de comunicação diferenciada, a Comunicação Locativa. Essa forma de comunicação tem características peculiares como o aumento o grau de relevância do lugar, passando a ter sentido e significado, outrora “perdido” (Meyrowitz, 1984).
A cultura da convergência e os fãs: comportamento participativo redefinindo o consumo Stefanie C. da Silveira fanics@gmail.com Mestre UFRGS A cultura da convergência abarca a questão tecnológica do fluxo de conteúdos feito em múltiplos suportes midiáticos, mas vai além, e diz respeito às mudanças no comportamento do público, que se apropria das redes digitais para buscar diferentes experiências de consumo midiático. Em 1992, Henry Jenkins já apontava para a importância 192
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
dos fãs como precursores de uma cultura participativa, afirmando que estes interferem ativamente no conteúdo distribuído pela mídia de massa e modificam-no a partir de seus interesses. No momento atual, eles se tornam personagens ainda mais centrais da mudança no consumo de mídia. Os fãs são pioneiros na adaptação às tecnologias de comunicação e às mutações nos processos de produção e consumo, estimulados pelos universos ficcionais e pela ampliação de ferramentas de participação que abrem espaço para maior visibilidade do público. Apresenta-se aqui, um olhar sobre as transformações no consumo de mídia partindo de um comportamento participativo dos fãs.
Ubiquidade tecnológica: transdisciplinar Pedro Henrique B. Reis Doutorando
uma
perspectiva
oxyghene@gmail.com PUCRS
Sandra M. G. Henriques sandra.henriques@ig.com.br Mestre PUCRS Este trabalho objetiva relatar os diálogos, conclusões e questões suscitadas pelo I Encontro de Ubiquidade Tecnológica: Uma perspectiva transdisciplinar, levado a cabo pelos alunos do grupo UBITEC – Ubiquidade Tecnológica com orientação acadêmica do Prof. Dr. Eduardo Pellanda e com a participação de diversos professores, pesquisadores e pensadores de áreas diversas. Pretendeu-se a reflexão sobre esse fenômeno e as suas características na sociedade contemporânea, partindo-se da ideia de que é impulsionado pelos meios de comunicação, nos quais o acesso à informação pode se dar a qualquer tempo e em qualquer espaço por meio das tecnologias móveis da comunicação. Essas considerações foram arranjadas através de quatro mesas temáticas: Ativismo Digital, redes sociais e ubiquidade do sujeito; Processos culturais e ubiquidade comunicacional; Ideologia, imaginário e ubiquidade comunicacional e Mercado e Mobilidade: consumo, interações e processos ubíquos.
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GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
Dia 18/11 - 14h Mesa 11 Prédio 7 Sala 306 Mediadora Silvana Sandini (PUCRS)
Identidade visual nos suportes impresso e digital: Unimed Noroeste/RS, um estudo de caso Leila Gisele Krüger Mestre
legkruger@hotmail.com PUCRS
Este trabalho aborda a identidade visual nos suportes impresso e digital no cenário de tecnocracia, consumismo e predomínio da imagem na sociedade da Era Digital. Trata-se de um estudo de caso da Unimed Noroeste/RS que busca analisar a linguagem e a imagem na identidade visual, focalizando o impacto de cada suporte na comunicação gráfica. O método é de retórica visual aliada a noções de semiologia de Roland Barthes e teorias de leitura de formas. Percebe-se que os suportes impresso e digital influenciam-se mutuamente em organização e estrutura de informações, compartilhando códigos culturais, porém o ciberespaço organiza as informações hierarquicamente e a partir de menus de escolha, dando à identidade visual novas possibilidades de apresentação a partir de maior interatividade com o leitor e de recursos visuais que não são possíveis no suporte impresso.
Performances e controle de interações: práticas estratégicas em blogs pessoais auto-reflexivos Erika Oikawa Mestre
erikaoikawa@gmail.com UFRGS
Este artigo é voltado para a análise das práticas de blogging no gênero pessoal auto-reflexivo, aquele divulgado pela mídia como “diário virtual”. A partir da observação de três blogs desse gênero e entrevista com suas autoras, busca-se analisar como ferramentas como o Google Analytics e o RSS podem influenciar na atuação dos blogueiros. Para isso, apoia-se nos trabalhos de Alex Primo sobre gêneros de blog; Erving Goffman e Maria Elisa Máximo sobre performance; e Jan Schmidt e Nardi, Schiano e Grumbrecht sobre práticas de blogging. Os resulta194
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dos mostram que esses blogs não estão isentos de ações estratégicas, ainda que sejam dedicados para desabafar e extravasar emoções, sendo espaços para práticas como monitoramento da audiência e escrita de posts para públicos específicos, em uma tentativa de manter o controle das interações.
O latifúndio virtual e os latifundiários da informação: uma análise da disputa da hierarquia em grupo com poder consolidado Ana Paula Rabelo e Silva Mestre
anarabelo.p@gmail.com Faculdade 7 de Setembro
Dilson de Mendonça Bruno Mestre
dilsonalexandre@gmail.com Faculdade 7 de Setembro
A presente pesquisa analisou a disputa de poder dos portais de um mesmo grupo no processo de reterritorialização do espaço virtual, quando o portal G1 investe na expansão da regionalização da informação mantendo a página nacional e redações especiais para os portais de cada estado, mesmo reconhecendo que a informação regional pode, tecnicamente, ser oferecida pela emissora local. Para a descrição de cada portal e a análise da relação estabelecida entre eles como um processo de disputa pela manutenção hierárquica já estabelecida fora do espaço virtual foram analisados os portais G1 Ceará, verdesmares.com.br, diariodonordeste.com.br no período de visitação da Presidente Dilma Roussef ao Ceará, em agosto de 2011. Foram selecionadas todas as matérias postadas nos três portais sobre o assunto e listados todas as relações de links entre matérias relacionadas, mapeando as redes; além de descrito o lugar da produção dos textos (com identificação dos jornalistas que escreveram as matérias).
Telefones celulares no Brasil e ao redor do mundo: apropriações e reapropriações Ana G. M. F. da Fonseca ana_gcos@hotmail.com Mestre UFMT O Brasil terminou o mês de julho/2011 com 220,4 milhões de telefones celulares, superior ao número de habitantes. Atualmente são 5,3 bilhões disseminados no mundo. Os dados demonstram o salto no 195
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
consumo de telefones celulares e denotam a sua popularidade entre os brasileiros, fato não diferente em outros países, como comprovou Plant (2002), em pesquisa realizada ao redor do globo. Entretanto o que difere é a maneira como se apropriam dele. Souza e Silva (2004) também apontam para as diferentes formas de utilização do celular assinalando usos que vão do contato via voz (Brasil) à conexão com a internet (Japão), passando por aspectos além dos funcionais. Em suma, pesquisas apontam para o fato de que as modalidades do uso de celulares são determinadas pelo ambiente social e cultural, ocorrem apropriações e reapropriações dessa tecnologia global a partir de especificidades locais.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 12 Prédio 7 Sala 307 Mediadora Sandra Bordini Mazzocato (PUCRS)
Convergência midiática: a relação do público-leitor do Diário Gaúcho com os meios online e impresso Karen Sica da Cunha Mestranda
karenpoa@gmail.com PUCRS
Os meios de comunicação sofreram mudanças devido ao surgimento de novas tecnologias. Hoje, vivencia-se o que Henry Jenkins (2008) chama de cultura da convergência. Há um grande fluxo de conteúdos que pode ser acessado através de múltiplos suportes. Diante disso, este trabalho estuda a forma pela qual o jornal e a internet estão conectados. Além disso, independentemente da classe social, percebe-se a necessidade que as pessoas sentem em interagir com o meio online. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a conectividade do público-leitor do site do jornal Diário Gaúcho com o meio online e sua relação com o jornal impresso, visto que a publicação é vendida apenas em bancas de revistas e com jornaleiros, sem a existência de uma central de assinatura. Vale salientar que o Diário Gaúcho foi escolhido devido ao fato de se tratar de um dos jornais populares de maior circulação no Brasil e o principal veículo para a classe “B”, “C” e “D” no Rio Grande do Sul.
McLuhan e a New Criticism: o estético e o criativo no estudo das mídias Leon Rabelo Mestrando
leon.rabelo@gmail.com UFG
Em nosso trabalho, buscaremos primeiro uma explicação para a atenção cambiante que McLuhan tem recebido ao longo das décadas, resultado das divergências entre o seu pensamento e as formulações das escolas sociológicas, de tradição centro-europeia e francesa, que ao menos em nosso mundo acadêmico, tem constituído o cânone. Seguindo, dar-se-á atenção à formação intelectual de McLuhan, nos 197
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
estudos literários ingleses dos anos 30 e no New Criticism. A peculiaridade dessa formação é mais do que um aspecto anedótico, pois explica a importância que McLuhan dava aos elementos estéticos, poéticos e criativos dos fenômenos midiáticos de nosso tempo. Isso torna suas ideias excelentes para a análise dos fenômenos contemporâneos, onde as fronteiras entre criação e recepção, real e virtualidade, se diluem.
Saúde nas RSIs: uma análise das redes do Ministério da Saúde, Twitter e Formspring.me Luciele Copetti Mestranda
lucielecopetti@gmail.com PUCRS
Este estudo tem como desígnio a tríade: comunicação para saúde, cidadania e Redes Sociais na Internet (RSIs). Analisando as perspectivas informacionais no contexto das redes do Ministério da Saúde: Twitter e Formspring.me. A comunicação para saúde tornou-se onipresente, adaptando-se aos diferentes públicos na internet e às tecnologias móveis. Estas ferramentas contribuíram para um novo espaço de trocas e compartilhamentos de assuntos sobre saúde. Portanto, esta análise busca identificar e analisar os aspectos referentes às esferas da comunicação para saúde nas RSIs para uma cidadania ativa na sociedade. Partindo de conceitos de autores como Isaac Epstein, Lucia Santaella, Steven Johnson e Howard Rheingold.
A recepção feminina nos games digitais: como as personagens são vistas pelas jogadoras Lívia Lenz Fonseca Mestranda
livialenzf@gmail.com UNISINOS
Diante das tecnologias de comunicação e informação presentes na sociedade contemporânea, o presente trabalho estuda os jogos digitais. Estes são entendidos como uma mescla de aparatos tecnológicos, elementos comunicacionais e métodos de interação, causando a necessidade uma nova abordagem em seus métodos narrativos. Apesar de ser uma ferramenta comunicativa relativamente nova, os jogos digitais possuem relações com características midiáticas visuais e tendências potencializadas pela globalização. O trabalho visa estudar 198
GT Tecnologias do Imaginário e Cibercultura
a representação feminina nestes jogos e sua repercussão no público feminino, cada dia mais crescente. Esse estudo é feito a partir de entrevistas com jogadoras, com o objetivo de relacionar a recepção destas com questões de identidade e representação de gênero em games Hardcore, um estilo bastante difundido atualmente.
Uma cultura digital, móvel e afirmadora da subjetividade Maria Stella G. Santos Mestre
stellagalvao@unp.br UNP
A produção de conteúdos e a promoção de interações comunicacionais em meios digitais constituem mudanças radicais e irreversíveis na condição do sujeito e na relação dos indivíduos com o outro e seu entorno. Um golpe desferido na crença tradicional de objetividade do universo e da realidade. As práticas ligadas às tecnologias da cibercultura têm configurado a cultura contemporânea como uma cultura da mobilidade. As últimas décadas do século XX e seu formidável aparato tecnológico abalaram uma das mais impactantes condicionantes da ação do homem – o espaço. As novas tecnologias não são simples ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos. Usuários e criadores podem tornar-se a mesma coisa. Usuários podem, então, assumir o controle da tecnologia, redefinindo e reformulando processos enquanto exercitam um modelo de subjetividade digitalmente conformada.
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GT
Sociologia da Imagem e Imaginários
Coordenador Profa. Dra. Juliana Tonin Dia 16/11 - 14h
Mesa 1 - Imagem, Visibilidade e Identificação Prédio 7 Sala 309 Mediador Vitor Necchi (PUCRS)
Indivíduo, sociedade e representação: percursos históricos da construção da auto-imagem por meio da fotografia Marcelo Eduardo Leite Doutor
marceloeduardoleite@gmail.com UFC
A presente comunicação tem como objetivo discutir os processos de representação dos indivíduos e suas formas de projeção por meio da fotografia. Tendo como percurso os variados processos fotográficos gerados com este fim, pretendemos traçar um perfil do uso desta importante mídia neste processo extremamente determinante e caracteriza a nossa sociedade. Desde seus primeiros suportes, a fotografia serve a este tipo de demanda, no bojo deste processo os ateliês fotográficos serviram a este desejo de se projetar no espaço coletivo, transformando-se em um lugar privilegiado para esta construção. Com a popularização da fotografia no século XX, o surgimento outras formas de uso, esse processo tornou-se mais abrangente, chegando hoje a uma aceleração deste fluxo por meio das novas mídias. Analisaremos este processo, apontando as similaridades e diferenças contidas nos usos e funções do referido suporte imagético.
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GT Sociologia da Imagem e Imaginários
A teoria do medalhão, de Machado de Assis, revisitada pelo espetáculo de Debord: “personalidade da mídia” enquanto status de profissão Heloisa J. Preis Moraes Doutora
heloisapreis@hotmail.com UNISUL
O presente artigo visa a analisar de que maneira os discursos televisivos, permeados pelo sensacionalismo, espetáculo e simulacros, formam o imaginário social sobre determinadas pessoas que passam a ser referências sociais, ou, no mínimo, entram em pauta nas rodas sociais. A pesquisa tem caráter qualitativo e propõe uma discussão teórica sobre o status “Personalidade da mídia” de uma participante do reality show A Fazenda da Rede Record de Televisão. Além do estudo teórico dos principais conceitos, a pesquisa relaciona o case com a Teoria do Medalhão, de Machado de Assis, fazendo uma aproximação entre a cultura popular midiática e a literatura clássica de nosso país, mas que ainda assim, tem um discurso atual que serve para analisar os MCM da pós-modernidade.
Caras em profusão – o que nos dizem as imagens do rosto? Gabriela Reinaldo Doutora
gabriela.reinaldo@gmail.com UFC
Parte essencial do corpo humano em seus processos comunicativos, o rosto é simbolicamente compreendido como percepção de si e sensibilidade ao outro, afirma Jean-Jacques Courtine. Na obra de Oliver Sacks, abundam a quantidade de pacientes que, embora possuam boa visão, não conseguem enxergar rostos. Resultado de algumas pesquisas que desenvolvo atualmente sobre o que Hans Belting chama de imagens endógenas – que seriam as imagens produzidas pelo corpo, como as imagens dos sonhos e as que compõem o imaginário – e as imagens exógenas, este artigo reflete sobre uma série de autorretratos de pintores como Caravaggio e Van Gogh e questiona a atual superabundância de rostos na mídia de massa, que, sintomaticamente, vende revista cujo título é Caras.
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GT Sociologia da Imagem e Imaginários
A fotografia como reconhecimento social Carlos L. C. Recuero Doutorando
crecuerok@gmail.com UCPel
O trabalho tenta compreender a fotografia como objeto produtor de reconhecimento social (tanto do sujeito quanto de seus grupos de pertença) e ainda busca entender suas ressignificações por meio do discurso produzido pelo fotografado. Para isso, realizou-se um estudo fotoetnográfico na comunidade da Ilha dos Marinheiros (RS) por quatro finais de semana, coletando informações por meio de imagens e descrições. Após, uma exposição com as fotos foram realizadas na comunidade e, novamente, os sujeitos foram fotografados e, ainda, entrevistados a fim de captar o momento do contato com as suas imagens. Verificou-se que a fotografia é capaz de ressignificar a consciência identitária tanto do indivíduo como de sua comunidade, partindo do sujeito enquanto espectador de si, pois ela atua como forma de discurso não-verbal capaz de reeducar, recomunicar e reconstruir a identidade social.
Imagens turísticas do Brasil no YouTube Cynthia H. W. Correa Doutora
cynthiacorrea@usp.br USP
O setor turístico se beneficiou com a visibilidade promovida pela internet para atrair viajantes. A promoção online de destinos turísticos é estratégica para se destacar entre tantos destinos ao alcance do público via rede. Sendo assim, a pesquisa analisa as imagens turísticas do país divulgadas no YouTube. O estudo exploratório baseou-se em revisão teórica e análise do canal oficial do Brasil no YouTube, visando identificar as imagens e temas adotados para mobilizar os turistas. O Visit Brasil enfatiza a diversidade cultural e a beleza natural, além do lado moderno das cidades. Ele mostra um Brasil rico em opções para o viajante, que pode experimentar do rústico ao mais sofisticado em um único país, explorando cores, sabores, sonoridades e odores para despertar sensações e instigar o imaginário do turista para conhecer o Brasil.
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GT Sociologia da Imagem e Imaginários
Design autoral e compreensivo Lúcia B. Costa Weymar Doutora
luciaweymar@gmail.com UFPel
Este artigo objetiva: (1) apresentar as principais referências teóricas da tese Design entre aspas: indícios de autoria nas marcas da comunicação gráfica por nós publicada em 2010; (2) recuperar etimologias e conceitualizações pertinentes à autoria, neutralidade, estilo, criação e expressão; (3) cruzar tais definições com o segundo e com o quinto pressuposto da teoria e da sensibilidade presentes na reflexão sobre Sociologia Compreensiva, em Michel Maffesoli e, enfim, (4) construir novas definições acerca de design autoral porque pressentimos que esse design autoral e compreensivo sobre o qual dedicamos nossa atenção sabe que o imaginário contemporâneo – formante, não formal e não identitário – é correlato de um pensamento libertário.
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GT Sociologia da Imagem e Imaginários
Dia 17/11 - 14h Mesa 2 - Narrativas das Tecnologias do Imaginário e Representação Prédio 7 Sala 321 Mediadora Luciana Fagundes Haussen (PUCRS)
Redes e topologias Marina Pantoja Boechat Doutoranda
marina.boechat@gmail.com UFRJ
As tecnologias de comunicação tem progressivamente acumulado funções e atividades ligadas à cognição, memória e mapeamento do mundo que eram anteriormente vividas de forma mais individual ou reflexiva, e amparadas por registros estáticos como o papel. Com as mídias interativas, tais funções se desenvolvem no mundo visível e coletivo, sendo acompanhadas cada vez mais de perto e em processo. A imagem digital nas mídias interativas se torna rebatimento, extensão, projeção e reinvenção espaços de troca, tomando a função de interface agregadora destes fluxos. Vemos o emprego de termos como topologia ou ciberespaço como parte do esforço de entender sua arquitetura de uma maneira totalizante e ao mesmo tempo não reducionista. Pretendemos discutir este esforço estruturante, que é parte tanto do estudo quanto da construção dessas interfaces, por meio de uma comparação com a ideia clássica de cosmologia.
O estatuto ontológico de vídeos anônimos de acontecimentos Felipe da Silva Polydoro Mestre
felipepolydoro@gmail.com PUCRS
Neste trabalho, analisamos vídeos anônimos de fatos envolvendo a tragédia climática na Região Serrana do Rio de Janeiro, no verão de 2011, tendo como foco o de lançar pistas rumo a elaboração de uma ontologia das imagens de acontecimentos realizadas por leigos, objeto cada vez mais relevante no cenário midiático e ainda pouco estudado. O objetivo da pesquisa, ainda em nível inicial, é responder às questões que seguem: Que imagem é esta e o que a diferencia, 205
GT Sociologia da Imagem e Imaginários
enquanto objeto, de outros tipos de imagens? Que real e que verdade são essas que esses vídeos apresentam, representam, reproduzem e/ou revelam? Qual o contexto cultural-histórico-tecnológico que propicia a emergência desse tipo de vídeo? Como se dá, na prática, a produção, distribuição, armazenamento e recepção dessas imagens?
O vídeo no Youtube dentro da lógica das leis do discurso de Maingueneau Carlos A. O. Gonçalves Mestrando
lapisazul2984@yahoo.com.br UFSM
O presente artigo pretende entender as lógicas de valorização, constituição, apropriação dos vídeos inseridos na plataforma Youtube apresentados dentro do campo jornalístico, precisamente no dispositivo Jornal Nacional, da Rede Globo. Tomamos por metodologia as leis do discurso apresentados por Maingueneau e a necessidade do vídeo perfazer um roteiro para instrumentalizar de ferramentas que o tornariam mais apto às necessidades discursivas. Na perspectiva pós-moderna poderíamos admitir que os vídeos poderiam ser estratégias individuais/corporativas de tentar envolver a realidade, a experiência e os objetos cotidianos num invólucro que foi retirado durante a modernidade. Acima de tudo, negociar com a lógica pósmoderna um ambiente perceptivo na qual o lógico, o racional, o padrão desenvolvidos pela experiência moderna poderia dar lugar a uma percepção menos racional do objeto artístico e talvez desse lugar até a uma nova ordem mítica.
As charges na Primeira República: imaginário e contramediação Lilian Carla Muneiro Doutora
lilianmuneiro@gmail.com UFRN
No período de implementação da República no Brasil as charges, publicadas em jornais alternativos, semi-oficiais atuaram como mediação subterrânea ao discurso oficial. Os cartunistas, muitos simpatizantes do Regime republicano, utilizaram sua arte e a figura da mulher para fomentar oposição à Monarquia. Entretanto, as charges 206
GT Sociologia da Imagem e Imaginários
passaram a denunciar a inoperância do governo instaurado. Este artigo objetiva demonstrar a contra-mediação propalada em meio a mediação oficial sustentada pelo Estado. As charges selecionadas apresentam intertextos que remetem ao imaginário social, a outros de natureza pictórica - ao retrato de homens públicos, sobretudo da República, como figuras femininas. Encontramos, nas tiras, sátira e ironia, esta última entendida como forma de contestação da autoridade política e governamental, de subversão dos valores e elementos simbólicos difundidos pelas instâncias de Poder oficial.
Figurino, moda e luxo no filme Zuzu Angel Luciana F. Haussen Doutoranda
dudahauss@hotmail.com PUCRS
O artigo analisa o figurino de cinema a partir do filme Zuzu Angel (Brasil, 2006), e discute como é representada a obra desta designer brasileira de moda das décadas de 60 e 70, a partir da relação do seu trabalho com as idéias de moda e luxo em uma sociedade governada por um regime militar. Destaca, ainda, a atividade do figurinista e a repercussão das suas escolhas em cenas-chave desta produção audiovisual. Para tanto, trabalha com a contextualização histórica, a narrativa cinematográfica e com os conceitos de figurino de cinema, moda e luxo no Brasil. Como suporte teórico recorre às obras dos franceses Michel Pastoureau, para as análises dos tecidos, de JeanJacques Roubine e Marcel Martin, sobre o papel do figurino na dramaturgia e no cinema, e Gilles Lipovetsky sobre os conceitos de moda e luxo.
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Dia 17/11 - 14h Mesa 3 - Audiovisual, Identificação e Imaginário Prédio 7 Sala 322 Mediadora Helena Maria Antonine Stigger (PUCRS)
Categorias de narratividade no cinema de animação: atualização dos valores éticos de Aristóteles segundo Edgar Morin Carolina Lanner Fossatti Doutoranda
carolina_fossatti@yahoo.com.br PUCRS
A pesquisa apoia-se nas contribuições de Vladimir Propp acerca da estrutura do conto, identificando o discurso ético presente nas produções de animações norte-americanas e brasileiras recentes, considerando os conceitos desenvolvidos por Aristóteles e Edgar Morin. Dialogando ambas as perspectivas, submete-se o corpus formado por um conjunto de obras à análise, buscando verificar como tais valores morais e éticos são transmitidos através das narrativas. Elementos particulares às produções nacionais e norte-americanas ganham visibilidade, permitindo a identificação de contrastes e aproximações que incidem na repercussão das animações perante suas platéias. A partir da fragmentação e análise das narrativas em funções, apresenta-se valores morais para cada produção animada, associando-as a sua formação discursiva. Sob um cenário enriquecido pelo simbólico, o cinema de animação apresenta personagens com trajetórias particulares, capazes de dar visibilidade a temáticas emergentes no social.
A irrepresentabilidade do medo na modernidade líquida a partir de Código Desconhecido, de Michael Haneke Moreno Cruz Osório Mestrando
mosorio@gmail.com PUCRS
Este ensaio pretende demonstrar como o filme Código Desconhecido, do diretor austríaco Michael Haneke, pode fazer “aparecer” para quem o assiste uma espécie de desconforto em relação à condição 208
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social do indivíduo nos últimos 30 anos, assunto abordado pelo historiador britânico Tony Judt no livro O mal ronda a Terra e pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em Modernidade Líquida, entre outros. Para isso utiliza-se dos conceitos desenvolvidos por Jean-Paul Sartre sobre o imaginário, e de como ele funciona ao “materializar” objetos irreais, e também da ideia de Jean-François Lyotard sobre o irrepresentável cinematográfico como o responsável pela transferência da “movimentação” dos filmes da tela para a emoção do espectador.
O fotodocumentarismo da National Geographic: a análise de um fotojornalismo sem notícias Marcelo Salcedo Gomes salcedogomes@gmail.com Mestrando UNISINOS O presente artigo objetiva analisar as fotografias da revista National Geographic na perspectiva de um fotojornalismo cuja lógica de produção não se estabelece pelos critérios de noticiabilidade dominantes da atual fotografia de imprensa. Através da recuperação de alguns fatos históricos importantes para o fotodocumentarismo, busca-se contextualizar o cenário no qual a publicação se insere. Alguns conceitos seminais sobre fotografia são tencionados para dar conta da dicotomia entre documental e ficcional, deixando claro que um complementa o outro. Por fim, apresentamos a síntese de um fotodocumentarismo fundamentado em bases positivistas e que se serve de um “hiperrealismo” que lhe constitui como marca capaz de subsistir alheia às práticas mais comuns do jornalismo factual.
Luz e sombra e elementos ontogenéticos na produção de sentido de fotografias da Magnum In Motion Erica C. de S. Franzon Mestranda
e_franzon@hotmail.com UNESP
Este artigo investiga a presença de luz e sombra e de outros elementos ontogenéticos no texto imagético. Estes elementos são um tipo de material familiar adquirido nas primeiras experiências que o recémnascido tem com o mundo a sua volta. Tratam-se das especificações claro-escuro (luz e sombra), vertical-horizontal, longe-perto, acima209
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abaixo os quais, configurados em eixos de produção de sentido da imagem, podem encaminhar o olhar do leitor para aquilo que o produtor deseja apresentar. Tendo como base teórica a Semiótica da Cultura e Teoria da Mídia, escolheu-se analisar fotografias do site da Agência Magnum, seção In Motion, com série Access to Life (2008), realizada por oito fotojornalistas, que entrevistaram 30 soropositivos em nove países, quatro meses antes e depois de iniciarem o tratamento com o antiretroviral para a Aids.
Marshall McLuhan e Roland Barthes diante da fotografia e do haikai, um encontro possível? Rodrigo Fontanari Doutorando
rodrigo-fontanari@hotmail.com USP
Partindo do instigante pensamento de dois pesquisadores contemporâneos Marshall Mcluhan e do linguista de linha francesa Roland Barthes. Especificamente, buscaremos convergir as reflexões estabelecidas por esses dois teóricos a respeito da fotografia e da arte oriental sobretudo a vertente poética do haikai. Trata-se de fornecer subsídios para um entendimento do punctum - tal como o é definido por Barthes um não-sei quê que vem do quadro da foto interpelar o seu contemplador - à luz das reflexões barthesianas sobre a poesia, notadamente o haicai japonês, uma das obsessões deste semiólogo. A partir do paradigma de classificação mcluhiano que considera que os meios de comunicação e as artes possam ser tomados como meios quentes e meios frios.
Televisão e imaginário: entre os limites da ficção e da realidade Poliana Dorneles Pasa Mestranda
polianapasa@yahoo.com.br PUCRS
Este artigo trata das coincidências entre a ficção e a realidade histórica a partir do exemplo da série de televisão 24 Horas. O impacto das imagens televisivas na formação do imaginário social passa pela relação cada vez mais entrelaçada entre a mídia e vida cotidiana. Na medida em que o veículo se torna onipresente na contemporaneidade, é 210
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preciso seu poder em instituir um espaço social e, portanto, difundir discursos e estéticas. Ainda que a produção simbólica de uma série televisiva encontre a barreira entre “ficção” e “realidade”, cabe pensar na televisão enquanto um meio capaz de dissolver e instaurar mundos a despeito da relação entre “verdade” e “verossímil”. Assim, direcionar a atenção para séries de cunho político ou social permite detectar tendências na criação de imagens, estereótipos e discursos que podem reger a sociedade no futuro.
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Dia 18/11 - 14h Mesa 4 - Imaginário, Cultura e Cotidiano Prédio 7 Sala 321 Mediadora Polianne Merie Espindola (PUCRS)
A imagem na construção da memória de cidades gaúchas: a história através do olhar do programa Paralelo Sul Rochele T. Zago Corrêa Mestranda
rochelezago@gmail.com UFRGS
Helen B. Frota Rozados Doutora
hrozados@gmail.com UFRGS
Adriano Dias de Souza Mestrando
adrianodiass@gmail.com UFRGS
Aborda a questão da imagem como elemento importante na construção da memória de cidades, focando o programa Paralelo Sul, da Fundação Cultural Piratini (TVERS). Relata como o programa cria uma narrativa, baseada em imagens, para contar a história dos municípios gaúchos, a partir de sua colonização. Contextualiza, de forma breve, o que é imagem e a sua relação com memória, história, cidade e televisão. Descreve a TVERS, a FM Cultura, bem como o formato do programa Paralelo Sul. Conclui que o produto televisivo em questão propicia a representação do mundo, através de imagens técnicas, que ajudam a narrar a história do Rio Grande do Sul.
Uma análise do comportamento contemporâneo em relação ao imaginário sobre terrorismo retratado pelo documentário Obsession Polianne M. Espindola Doutoranda
poliannespindola@gmail.com PUCRS
Esta pesquisa reflete sobre o imaginário do terrorismo islâmico a partir da análise do documentário Obsession: Radical Islam’s War Against the West. A construção de preconceito, estereótipo, racismo e xenofobia no imaginário das pessoas e como este meio de 212
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comunicação retrata tal comportamento. Para tanto, abordaremos o indivíduo contemporâneo e suas relações cotidianas, como forma de exemplificar como este sujeito vivencia suas experiências e suas interações com as experiências que constroem o cotidiano destes indivíduos e discorreremos sobre terrorismo. Utilizaremos autores das áreas de sociologia, comunicação, antropologia, psicologia e áreas afins para aporte teórico.
Cultura, cidade e imaginário urbano: um ensaio etnográfico na bola do produtor, zona leste de Manaus Marcos Afonso Dutra Mestrando
dutra.marcos@hotmail.com UFAM
A cidade de Manaus tem assumido destaque no processo de crescimento das grandes capitais do território nacional, sobretudo pela sua densidade populacional. O censo 2010/IBGE aponta para o crescimento da população: 1.802,525. Com base nesses números Manaus está entre os dez municípios mais populosos do Brasil, logrando 7º lugar. Este é apenas um dos aspectos pelo qual os institutos de pesquisa passam a classificar a cidade como “grande centro urbano”. Este artigo é resultado de uma abordagem etnográfica realizada na “bola do produtor”, espaço público localizado na zona leste da cidade de Manaus. O enfoque do referido artigo se assenta sobre a hipótese de que a população local encontrou uma forma alternativa ao eleger o espaço urbano como modo de ocupação diária e periódica para “fazer caminhadas” e outras práticas corporais.
Comunicação entre Vida e Morte: expressões culturais nos túmulos alemães Thiago Nicolau de Araújo thiago@novaformacultural.com Doutorando EST A comunicação propõe analisar e identificar o cemitério como fonte histórica de preservação da identidade cultural no período de 1824 a 1942 de regiões de colonização teuta no Rio Grande do Sul, demonstrando as fontes de informação artísticas, sociais, culturais e ideológicas contidas nos cemitérios, de forma a analisar a construção 213
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de uma ou mais identidades culturais preservadas nos cemitérios teuto-brasileiros do RS, através da identificação de características específicas dos túmulos. Também analisamos a preservação da identidade cultural expressa nos símbolos e nos epitáfios, buscando identificar os imaginários sociais, expressos através do sentimento religioso de profissão Luterana e Católica. Nesse sentido os túmulos comunicam a forma como a comunidade teuta expressam nos túmulos a preocupação em manter traços culturais do país de origem.
Representações da corrupção na charge: estratégias de significação Fabiano Maggioni Mestre
fabianomaggioni@yahoo.com.br UFSM
A temática da corrupção na política brasileira tem permeado os enunciados chargísticos na atualidade. As conexões interdiscursivas e polifônicas, condicionadas por elementos da gramática visual, potencializam valores colocados em circulação e consumo por este enunciado. Este trabalho propõe-se a analisar as estratégias discursivas da charge em duas dimensões de significação: semântica e plástica, valendo-se de pressupostos da Teoria da Imagem e Análise do Discurso. Mostra-se assim, que sua construção complexa se dá de modo colaborativo e indissociável por duas dimensões significantes, tornando-á persuasiva.
A (re)construção social da realidade pelo jornal Correio do Povo sobre o bullying Daniela Maria Medeiros danielamariam@gmail.com Mestranda PUCRS A violência escolar está cada vez mais próxima das salas de aula. Suas causas e consequências atualmente recebem a denominação de bullying. A representação acerca deste tema proporciona para a área da comunicação infinitas possibilidades de estudo. Este artigo abordará a (re)construção social da realidade oportunizada pelo jornal Correio do Povo, ao retratar o episódio ocorrido na periferia do Rio de Janeiro, Escola Municipal Tasso da Silveira, no qual um ex-aluno, 214
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irrompeu os portões da escola e atirou contra crianças e adolescentes, ocasionando 13 mortes. Através da hipótese da Agenda Setting de McCombs(2009), Agendamento de Atributos e Enquadramentos de Entmann (1993) e a Sociologia do Conhecimento de Berger e Luckhmann (1985), buscamos orientação teórica para a produção deste artigo.
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