conjunto habitacional santa rosália
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EM ÁREAS CENTRAIS
conjunto habitacional santa rosália
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL EM ÁREAS CENTRAIS
UNIVERSIDade paulista | arquitetura e urbanismo trabalho final de graduação | dezembro de 2018 everton amaranto orientadora: silvana dudonis
SUMÁRIO INTRODUÇÃO 01 introdução 02 a origem 03 o que é his? 04 his em áreas centrais 05 justificativa 06 a cidade
3 4 5 5 5 6 7
levantamentos 07 déficit habitacional EM SOROCABA 08 produção de HIS EM SOROCABA 09 público alvo 10 o bairro de santa rosália
8 9 9 10 11
análises 11 análise do bairro 12 mobilidade urbana 13 vias de acesso 14 Mapa do sistema viÁRIO 15 GABARITO DE ALTURAS 16 mapa de gabarito de alturas 17 USO DO SOLO 18 CHEIOS E VAZIOS 19 área de intervenção 20 caracterização da área e paisagem urbana
12 13 14 15 15 16 16 17 17 18 19
estudos de caso 21 estudo de caso 01 22 estudo de caso 02 23 estudo de caso 03
20 21 23 25
o programa 24 percepções locais 25 planos de massas 26 programa de necessidades
27 28 29 30
O PROJETO 27 conceito do projeto 28 partido arquitetônico 29 situação 30 planta do térreo 32 planta do apartamento tipo 33 plantas da escola e quadra poliesportiva 34 PLANTA CAMPO DE FUTEBOL 35 campo de futebol - detalhes 36 corte a
31 32 32 33 34 36 37 38 39 40
37 38 39 40 41 42 43
cortes b | c Cortes D | E elevaçoes 01 e 02 elevação 03 e 04 detalhe cobogó 01 detalhe cobogó 02 plantas de cobertura
PERSPECTIVAS
41 42 43 44 45 46 47 48
BIBLIOGRAFIA 59 LIVROS 60 Artigos 60 Mestrados 60 sites 60 vídeos 60
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INTRODUÇÃO
QUALIFICAÇÃO INCLUSÃO URBANIZAÇÃO infraestrutura HABITAÇÃO SOCIAL morar paradigma
mobilidade urbana
equipamento direito VAZIO público lar
01 introdução O processo de urbanização no Brasil tem íntima ligação com o seu desenvolvimento industrial posterior, aos países desenvolvidos, e também com o crescimento desordenado das cidades que passaram a ser ocupadas pelo homem do campo e imigrantes em busca de novas oportunidades de trabalho. Por anos as políticas governamentais direcionaram sua atenção ao setor industrial e trouxeram um olhar tardio a questão da habitação, tendo as suas primeiras ações observadas a partir da década de 30. A habitação de interesse social (HIS) está comumente relacionada em nossa mente com a visão de regiões periféricas da cidade e de locais sem infraestrutura de vias públicas, saneamento, lazer, equipamentos públicos e culturais. Mesmo com programas de incentivo a financiamentos de moradia (Minha Casa Minha Vida, CDHU), as especulações imobiliárias, na maioria das vezes, determinam quais espaços das cidades serão regiões de classe alta, média ou baixa, tornando restrito o acesso da população de baixa renda às regiões centrais da cidade. Um dos principais objetivos deste trabalho é trazer mais uma vez a discussão a respeito da habitação de interesse social em áreas centrais, as quais já possuem estrutura dos equipamentos citados acima, ocupação dos vazios urbanos, qualidade do morar e sobretudo a mobilidade urbana.
cidade
direito ÁREAS CENTRAIS
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02 a origem
03 o que é his?
O surgimento da habitação de interesse social (HIS) no Brasil acontece a partir do governo Vargas. Após a Revolução de 1930, o Brasil deixa de ser liberalista e o Estado passa a intervir em todos os aspectos da economia da nação. Sendo assim, o governo passa a atuar na produção e no mercado de locação habitacional, que antes era operado pelas “livres forças do mercado”. Neste momento o governo também passa a regulamentar as relações entre locadores e inquilinos, como também passa a produzir ele mesmo moradias para os trabalhadores. (BONDUKI, 2014).
Os programas gestores da habitação de interesse social (HIS) tem como principal objetivo promover, através do Poder Público, iniciativas de incentivo a aquisição de moradia, seja casas ou conjunto habitacionais para população que não consegue acesso a moradia através do setor privado.
Problema de difícil solução por simples iniciativa privada, porque num país onde o capital é escasso e caro e o poder aquisitivo médio tão baixo, não podemos esperar que a iniciativa privada venha em escala suficiente ao encontro das necessidades da grande massa proporcionando-lhe habitações econômicas [...]. O problemas das moradias das grandes massas nas cidades populosas passa a ser questão de urbanismo. Para sua integral solução torna indispensável a intervenção decisiva do Estado.1
Nossa sociedade atual vive numa busca por esconder as nossas desigualdades sociais, econômicas, culturais ou habitacionais, sendo a última o objeto de estudo deste trabalho. Curioso é percebermos que a desigualdade é observada, analisada e constatada, no entanto a impressão é que não estamos muito preocupados em resolve-la, mas sim, camufla-la para que não seja tão perceptível. Veremos de forma muito clara no decorrer deste estudo, que no caso da habitação, a melhor forma de escondê-la é inserindo estes conjuntos nas bordas das cidades. Desta forma, a população menos favorecida que habita estes conjuntos deixa de ser vistas, a periferia acaba se tornando um exílio.
04 his em áreas centrais
1. SIMONSEN, Roberto. Jornada de habitação econômica. Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, n. 82, 1972
Figura 01: Imagem do Conjunto Habitacional de Realengo, publicada no livro Brazil Buildings, editado pelo MAM de New Yok em 1943. O conjunto é o primeiro empreendimento habitacional de grandes proporções construído no país entre 1938 e 1943.
Precisamos entender que a igualdade urbana não depende apenas da distribuição de renda, mas também de uma distribuição de cidade. O problema é a localização na cidade, onde se escolhe viver, onde as divisões promovidas pelo mercado imobiliário nos permitem morar. Mora bem quem paga mais. Essas regiões “nobres” também estão abastecidas de investimento público e privado. Neste momento temos dois times, os que “sobrevivem na cidade” e os que “vivem da cidade”. No primeiro grupo temos aqueles que sofrem a falta de planejamento da mobilidade urbana e passam mais de uma hora e meia no transporte público, depois de longas horas de jornada de trabalho, enquanto que no segundo temos aqueles que lucram com a cidade e por vezes a dividem da maneira que trará mais benefícios. Toda vez que se implanta mais um HIS nas áreas periféricas da cidade, os custos não serão apenas para a construção do edifício, mas também de toda uma rede de infraestrutura que deverá ser criada para atender a população abrigada no conjunto. Rede de esgoto e energia, sistema viário, escolas, creche, unidade básica de saúde, todos estes equipamentos terão que ser instalados no novo conjunto. O problema é que na maioria dos casos estes equipamentos são instalados muito tempo depois, perecendo, assim, a população que ocupa estas habitações. Por isso a necessidade de discutirmos o uso das áreas centrais das cidades para a implantação de HIS, promovendo a oportunidade de igualdade habitacional para a população. Estas implantações podem ser feitas através da regularização de ocupações de prédios abandonados nas regiões centrais das cidades, assim como da construção de edifícios em grandes vazios urbanos, como é o caso deste trabalho.
Cidadão Zé Ramalho
Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução Duas pra ir, duas pra voltar Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto Mas me vem um cidadão E me diz, desconfiado Tu tá aí admirado Ou tá querendo roubar? Meu domingo tá perdido Vou pra casa entristecido Dá vontade de beber E pra aumentar meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer Tá vendo aquele colégio, moço? Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem pra mim toda contente Pai, vou me matricular Mas me diz um cidadão Criança de pé no chão Aqui não pode estudar.... Composta na década de 70 pelo poeta baiano Lúcio Barbosa e interpretada por Zé Ramalho, a canção “Cidadão”, narra a história do personagem que trabalha como pedreiro, mas por conta de sua humilde posição não pode frequentar as obras que constrói. A música aborda temas como: preconceito, discriminação e desigualdade social.
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05 justificativa Desde a revolução industrial ocorrida no século XVIII, ocasião em que ocorreu a transição do homem do campo para a cidade, a habitação sempre foi um desafio, pois o crescimento destas cidades aconteceu de forma desordenada e sem planejamento urbano. Grande parte desta população do campo não encontrou moradia nos centros urbanos e passou a ocupar as regiões periféricas, regiões estas que carecem de infraestrutura, saneamento, equipamentos e mobilidade. Centenas de anos depois o assunto continua sendo um problema da atualidade, pois as cidades crescem cada vez mais em escala, velocidade e escassez de recursos, o que podemos observar na fala do arquiteto Alejandro Aravena: Das 3 bilhões que vivem na cidade hoje, 1 bilhão estão abaixo da linha da pobreza. Em 2030, da 5 bilhões de pessoas, que estarão vivendo na cidade, 2 bilhões vão estar abaixo da linha da pobreza. Isso significa que vamos ter de construir uma cidade de 1 milhão de pessoas por semana, com 10 mil dólares por família durante os próximos 15 anos. Se não resolvermos essa equação as pessoas não irão parar de vir as cidades. Elas virão de qualquer maneira, mas elas viverão em favelas e assentos informais. 1
No entanto, focando em um recorte mais nacional, as referências desta pesquisa não estão ligadas ao padrão de habitação social comum no Brasil: projetos instalados em sua maioria nas periferias das cidades, sem qualidade arquitetônica e planejamento de implantação. O enfoque da pesquisa foi em projetos com representatividade e qualidade arquitetônicas que levam a assuntos ligados à mobilidade urbana, qualidade de vida, infraestrutura, qualificação dos espaços e usos, além da inclusão social, motivada através da arquitetura e ao sentimento de pertencimento local. Discutir sobre habitação de interesse social não é acreditar que os projetos são um conjunto de prédios que acomode o maior número de pessoas em uma espécie de empilhamento humano. Segundo o arquiteto Hector Viglieca: A qualidade da habitação social não é determinada por questões construtivas 1. ARAVENA, Alejandro. Alejandro Aravena: Minha filosofia arquitetural? Inclua a comunidade no processo. Youtube, 6 nov. 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=o0I0Poe3qlg> Acesso em Março de 2018.
nem de quantidade, e sim pela própria qualidade do espaço urbano. Conjuntos habitacionais bem projetados, mas construídos em locais sem infraestrutura, não serão bem-sucedidos, pois a questão da infraestrutura é a essência do pacto social do cidadão com o poder público. A infraestrutura é o reflexo direto da organização social, mas essa condição não é suficiente para o sucesso. Se não existe uma ideia de cidade, qualquer operação de habitação estará fadada ao fracasso.2
O tema abre discussões que demonstram que as pessoas não precisam apenas de um abrigo sem qualquer planejamento, mas sim de um “lar com alma” que proporcione experiências sentimentais e emocionais ao morador. Durante a palestra “Reflexões sobre políticas sociais, habitação de interesse social e mobilidade urbana”, promovida pela Unip (Bacelar), o arquiteto Nabil Bonduki destacou a importância de termos projetos de habitação social em regiões centrais e equipadas de mobilidade urbana. A localização dos empreendimentos poderá ser inadequada, em áreas carentes de emprego, infraestrutura e equipamentos, correndo o risco, ainda, de gerar impactos negativos como a elevação do preço da terra, que representaria a transferência do subsídio para a especulação imobiliária, desvirtuando os propósitos do programa.3
É de extrema importância entendermos que para que a população de baixa renda tenha acesso a moradia será necessário uma ampliação das áreas reservadas a habitação de interesse social (HIS), ampliação essa que deverá considerar o uso de vazios urbanos em áreas centrais da cidade ou edificações abandonadas e subutilizadas. A arquiteta Ermínia Maricato acredita que esta forma poderá vir a ser uma das ferramentas de promoção de justiça social em relação ao território urbano. Dotados de uma infraestrutura excepcional em relação às demais regiões da cidade, os centros metropolitanos estão passando por declínio urbano, acom-
panhado do esvaziamento da população moradora, ao mesmo tempo que as periferias crescem extensivamente, pesando sobre as redes de infraestrutura. [...] Essa tendência contraria uma orientação mais racional e adequada para o desenvolvimento urbano. Como se sabe, a extensão horizontal das redes de infraestrutura resulta mais caras nas grandes metrópoles.4
Maricato também ressalta que a população da periferia emprega boa parte do seu tempo diário e recursos financeiros nos transportes. Outro ponto a ser considerado é que as regiões centrais apresentam expressiva ociosidade na infraestrutura nos horários não comerciais, sem contar que a ausência de moradores resulta no abandono da área em períodos noturnos e nos finais de semana. Trazendo agora um recorte mais reduzido para a cidade de Sorocaba, através das pesquisas realizadas neste trabalho, podemos observar que a cidade possui déficit habitacional de aproximadamente 12.000 moradias, além de implantar seus programas de habitação social em regiões periféricas da cidade, sem ao menos considerar seus vazios urbanos. Outro fator que justifica este trabalho é a constatação de que a cidade voltou seus programas de habitação para a faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, no entanto somente 30% da população pode ser alcançada por esta faixa, deixando 70% da população refém de aluguéis e sem acesso a programas de incentivo do setor privado. Sendo assim, este trabalho pretende demonstrar a importância de projetos de habitação de interesse social em áreas estruturadas para seus moradores, além de ressaltar a importância de um projeto com qualidade projetual e arquitetônica. 4. MARICATO, Hermínia. Habitação Social em Áreas Centrais. Disponível em: <http://periodicos.puc-campinas.edu. br/seer/index.php/oculum/article/view/1744/1685> Acesso em Março de 2018
2. VIGLIECCA, Hector. A diferença entre o ocupar e o habitar. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/ br/885845/a-diferenca-entre-o-ocupar-e-o-habitar> Acesso em Março de 2018 3. BONDUKI, N. Do Projeto Moradia ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Teoria em Debate. Edição 82, p. 8-14, 01 mai. 2009. Disponível em: <http://www.teoriaedebate.org.br> Acesso em Março de 2018
Da esquerda para a direita, figura 02: Nabil Bonduki; figura 03: Alejandro Aravena; figura 04: Ermínia Maricato; figura 05: Hector Vigliecca.
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06 a cidade Localizada a cerca de 84 km da capital do estado, a cidade de Sorocaba é considerada a quarta cidade mais populosa do interior do estado, contando com aproximadamente 659.871 habitantes. A cidade é o principal polo da Região Metropolitana de Sorocaba que é composta por 26 municípios. Sorocaba se destaca pelo seu setor industrial, comercial e de serviços, alcançando um PIB acima dos R$ 32 bilhões, o décimo nono no ranking nacional. Conhecida como a Manchester Paulista, a cidade abrigou no século XIX um amplo parque de indústrias têxteis de origem inglesa. Outro fator de importante contribuição ao desenvolvimento industrial da cidade foi a Estrada de Ferro Sorocaba (EFS). Com o declínio da indústria têxtil a partir da década de 1970, houve uma diversificação no setor industrial que atualmente tem mais 1700 empresas, algumas delas com representatividade nacional. Além das zonas industriais, a cidade abriga um Parque Tecnológico com 1 milhão de metros². Segundo dados da empresa de consultoria Macroplan,1 considerando cidades com mais de 266 mil habitantes, Sorocaba está em 10º lugar das melhores cidades para se viver no Brasil. Na pesquisa foram considerados critérios de educação, saúde, saneamento, segurança, economia, gestão e transparência fiscal.
SOROCABA SÃO PAULO (Capital)
1. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/870676/as-100-melhores-cidades-do-brasil-para-viver > Acesso em Março de 2018
0
50
100
200 km
Mapa do estado de São Paulo com localização da cidade de Sorocaba. Elaborado pelo autor.
Figura 06: Imagem da cidade de Sorocaba. Foto: Zaqueu Proença Fonte:http://agencia.sorocaba.sp.gov.br/ sorocaba-esta-entre-as-melhores-cidades-do-brasil-para-se-empreender/>Acesso em Março de 2018.
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levantamentos
07 déficit habitacional EM SOROCABA De acordo os dados do IBGE e da Fundação João Pinheiro nos anos 2000 e 2005 respectivamente, se somadas todas as categorias de análise do déficit habitacional do município, obtemos o número de 18.998 domicílios. Outro levantamento apontado dentro da pesquisa é do Plano Local de Habitação de Interesse Social de Sorocaba no ano de 2010, onde temos o número de 9.105 domicílios, no entanto conforme tabela abaixo este números estão relacionados a sub-habitações em áreas públicas e particulares com demanda de remoção para remanejamento, assim como sub-habitações em áreas públicas, particulares e dominais com demanda de urbanização, pressupondo remoção apenas nos casos de risco social. DÉFICIT HABITACIONAL DA CIDADE DE SOROCABA¹ Déficit Habitacional Básico - FJP² Inadequação Fundiária Adenssamento Excessivo Inadequação Habitacional - FJP² Domícilios sem Banheiro Carência de Infraestrutura Sub-habitações em áreas públicas e particulares com demanad de remoção para remanejamento. Sub-habitações em áreas públicas, particulares e dominais com demanda de urbanização, pressupondo remoção apenas nos casos de risco social.
EMPRESAS 1992 CDHU COHAB - CHRIS 2000 MCMV (Faixa 1) -
HISTÓRICO DA PRODUÇÃO DE HIS EM SOROCABA5 1993 1994 1996 1997 1998 1997-2004 HABITETO 485 56 515 928 PROGRAMA 1506 0 0 0 0 DESFAVELAMENTO
2015 464
2016 416
2017 5200
5. Tabela desenvolvida a partir dos dados levantados em MEIRA, S.I.D. Planejamento e gestão urbanos em Sorocaba - SP: análise das políticas públicas de habitação
10.927 domicílios 983 domicílios 4.517 domicílios 679 domicílios 1892 domicílios
popular. Curitiba: [s.n.], 2005, pág. 96 e 98. Foram também utilizados dados dos seguintes sites: http://www.cdhu.sp.gov.br/producao-new/producao-habitacional.asp > http://agencia.sorocaba.sp.gov.br > http://www.crhis.com.br> Acesso em Abril de 2018.
1.349 sub-habitações³ 7.756 sub-habitações
1. Levantamentos sobre a demanda habitacional em Sorocaba. Fonte: Plano Local de Habitação de Interesse Social de Sorocaba, 2010. 2. Famílias com renda de até 3 salários mínimos (Fonte: IBGE, 2000 e Fundação João Pinheiro, 2005). 3. Parte deste quantitativo já foi atendido (916 famílias), prevalecendo como critério o risco físico (localização das habitações) e ou social. (Fonte: Secretária de Habiatção e Urbanismo - Prefeitura de Sorocaba).
08 produção de HIS EM SOROCABA Com base nos estudos de Meira (2005)4, o histórico aqui apresentado tem foco na política habitacional voltada a população de baixa renda promovida através de recursos do poder público municipal e federal a partir de programas de habitação popular. Entre os anos de 1992 e 1993 temos a instalação Conjunto Habitacional Júlio de Mesquita Filho, empreendido pela Companhia Regional de Habitação de Interesse Popular (CRHIS). O conjunto teve uma comercialização de 3.506 residências. Nos anos de 1994 a 1998 temos a produção de 1.984 unidades habitacionais promovidas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Na gestão do prefeito Renato Amary (1997-2004) temos a implantação do programa habitacional municipal chamado de “Programa Desfavelamento”. O projeto tinha como objetivo o remanejamento dos moradores de áreas irregulares e garantir a estes cidadãos os direitos instituídos pelo Estatuto da Cidade, o direito da Cidadania, assim como a inclusão social. (MEIRA, 2005)4. No entanto o projeto acabou sendo considerado uma manobra para a especulação imobiliária, pois a localização de sua implantação traziam benefícios de infraestrutura a regiões de expansão da cidade. No ano de 2013 temos a criação da SeHab (Secretaria da Habitação e Regularização FundiáriA) coordenando a elaboração dos projetos de conjuntos habitacionais, desenvolvidos em parceria com os Governos do Estado de São Paulo e Federal e da iniciativa privada. Com recursos vindos dos governos da União, através do programa Minha Casa Minha Vida, a construção e entrega das seguintes unidades residenciais: Parque da Mata (ano 2015 / 320 unidades), Bem Viver (ano 2015 / 144 unidades), Viver Melhor (ano 2016 / 416 unidades), Altos de Ipanema (ano 2017 / 480 unidades), Carandá (ano 2017 / 2.560 unidades), Altos de Ipanema II (ano 2017 / 2.160 unidades). Se considerarmos os números de habitações construídas a partir de 2015 e aplicando os dados do IBGE e da Fundação João Pinheiro, chegamos a um déficit habitacional atual de aproximadamente 12.918 domicílios na cidade de Sorocaba. 4. MEIRA, S.I.D. Planejamento e gestão urbanos em Sorocaba - SP: análise das políticas públicas de habitação popular. Curitiba: [s.n.], 2005.
0
COHAB - CHRIS
PROGRAMA DESFAVELAMENTO
CDHU
ÁREA CENTRAL
MINHA CASA MINHA VIDA
RODOVIA CASTELO BRANCO
2,5
5
10 km
Mapa da cidade de Sorocaba com a localização das habitações de interesse social a partir de 1992. Elaborado pelo autor.
9
09 público alvo Segundo os dados do IBGE em 2015, a população sorocabana ocupada em trabalhos formais é de 35%. Dentro desta porcentagem podemos observar que 68,3% da polução ganha em média 3,3 salários mínimos. Considerando que o programa de habitação de interesse social Minha Casa Minha Vida Faixa 1, atinge somente famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.800,00, o público alvo deste projeto sãos as famílias que tem renda familiar de 3 à 4 salários mínimos, que em muitos casos não conseguem ter acesso ao programas de habitação privados. SALÁRIO MÉDIO MENSAL DOS TRABALHADORES FORMAIS1 Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2015]
3,3 salários mínimos
Pessoal ocupado [2015]
225.962 pessoas
População ocupada [2015]
35,0 %
Percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até 1/2 salário mínimo [2010]
31,7 %
1. Fonte: IBGE, 2010. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sorocaba/panorama > Acesso em Março de 2018.
Outro fator importante para consideração do público é o custo de vida da cidade. Sorocaba aparece em 26º no ranking de cidades com o maior custo de vida do país, segundo o site colaborativo custodevida.com.br2, a pesquisa foi baseada em nos preços de produtos e serviços fornecidos pela população pesquisada. Os dados demonstram que Sorocaba tem o custo de vida superior ao de capitais como Fortaleza, Salvador, Manaus e Curitiba. Entre os itens de maior custo estão moradia, educação e alimentação. O valor do aluguel de um apartamento de 2 dormitórios em uma região não nobre da cidade está em média R$ 914,00, considerando o salário mínimo de R$ 937,00, uma família com renda de 3 salários mínimos, comprometerá mais de 30% de sua renda com o aluguel. Economistas recomendam que a porcentagem do salário destinada a moradia seja de até 30% dos rendimentos. Para o perfil de número de membros familiares considerou-se de 1 a 5 pessoas para um apartamento de aproximadamente 60 metros². Quanto a faixa etária estabeleceu-se de 0 a 85 anos. 2. Disponível em https://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/785201/sorocaba-tem-26-maior-custo-de-vida > Acesso em Março de 2018.
1 a 5 membros (por apartamento)
3 a 4 salários mínimos (renda Familiar)
idade
faixa etária entre 0 a 85 anos
10
10 o bairro de santa rosália O bairro de Santa Rosália em Sorocaba (SP), nasceu como uma vila operária da Fábrica de Tecidos Santa Rosália no ano de 1895. Idealizado pelos proprietários da fábrica Geoger Oetterer e Frank Speers, o nome da vila foi escolhido como homenagem à Rosália Oetterer Speers, filha e esposa dos fundadores da fábrica. A vila primitiva foi organizada em três ruas, sendo elas: rua São Francisco (principal), rua Santana (paralela) e rua do Zico (travessa). A vila começou com 250 casas, a praça Pio XII e a Igreja da Congregação Mariana. Posteriormente com a compra da fábrica pelo grupo CNE (Companhia Nacional de Estamparia), temos uma segunda fase de transformações que trouxeram novos equipamentos a vila como: escola, creche, consultório médico, comércios, iluminação elétrica e água encanada. Em 1940, a fábrica é comprada pelo Sr. Severino Pereira da Silva e neste período ocorrem as maiores transformações do bairro, sendo elas: implantação da rede de esgoto, a construção de 399 novas casas (1942), escola maternal (1942), ginásio (1942), Fortaleza Club e estádio (1942), Hospital São Severino (1943), Escola Senai (1943) e remodelação da Praça Pio XII. Entre os anos 1950-1970 surgem novas vias públicas, sendo elas: a Avenida Pereira da Silva, a Alameda Kenworthy, suas transversais e paralelas. Neste mesmo período temos a construção de 300 casas para venda próximas à Rua Aparecida, o loteamento Jardim Santa Rosália com 1000 lotes vendidos para interessados na construção de casas, a construção do cine-teatro, demolição da antiga igreja e construção da nova. Atualmente o bairro de classe média-alta sofre com as mudanças econômicas-sociais, onde temos a transição dos moradores para outas novas regiões consideradas nobres da cidade, além da queda populacional motivada pela maioria de moradores idosos. Pode-se observar mudanças do uso residencial para uso comerciais e de serviços como consultórios, comércios e escritórios; tais mudanças e esvaziamento da região promovem áreas de risco e suscetíveis a assaltos e violência. Situações como esta geram a subutilização dos recursos disponíveis nas áreas centrais, como infraestrutura, sistema de transporte público e estoque imobiliário. Em contrapartida temos o adensamento da população carente em regiões periféricas da cidade, desprovidas de todos equipamentos necessários e na maioria dos casos longe dos locais de trabalho, no nosso caso a região central e zona industrial da cidade de Sorocaba.
0
LIMITES DO BAIRRO DE SANTA ROSÁLIA LIMITES DA ÁREA CENTRAL
Figura 07:Fábrica de tecidos Santa Rosália - Vila Santa Rosália - Sorocaba-SP. Foto de Pedro Neves dos Santos - 1924. Fonte: FIOROTTO Filho, Antônio. A Aprazível Vila Santa Rosália 1890-2009. Do autor, 2018, p. 3.
2,5
5
10 km
Mapa da cidade de Sorocaba com a localização do bairro de Santa Rosália e os limites do centro da cidade. Elaborado pelo autor.
Figura 09: Imagem da Congregação Mariana e Igreja Santa Rosália- Vila Santa Rosália - Sorocaba-SP. Fonte: FIOROTTO Filho, Antônio. A Aprazível Vila Santa Rosália 1890-2009. Do autor, 2018, p. 15.
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anรกlises
11 análise do bairro . se
rod
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terreno escolhido
ocaba
• Nós de atividade: sendo considerados como locais de grande movimento de pedestres, podemos considerar que a maior parte dos nós de atividades são promovidos pelos equipamentos educacionais. • Limites: em relação a localização do terreno as maiores barreiras visuais são a alça de acesso a Rod. Senador Ermírio de Moraes e o Rio Sorocaba ao longo da marginal. • Marcos urbanos: o bairro conta com quatro marcos urbanos de destaque não só local, mas com importância e referência na paisagem da cidade, sendo eles: Estádio Municipal Walter Ribeiro, praça Pereira da Silva, Igreja Católica de Santa Rosália e praça PIO XII. • Principais eixos de circulação: a marginal Dom Aguirre, assim como as avenidas Pereira da Silva e Roberto Simonsen configuram os principais eixos de mobilidade viária do bairro. As avenidas são responsáveis pelo acesso do bairro das zona norte da cidade. A marginal tem acesso as zonas sul, leste e oeste da cidade.
Nós de atividades Limites Marcos urbanos Principais eixos de circulação (veículos)
m o de
rio sor
A escolha pelo bairro Santa Rosália e pelo terreno localizado entre as ruas Ângelo Elias e Aparecida, está relacionada a proposta de implantação de habitação de interesse social em área centrais ou áreas que já tenham seus equipamentos, infraestrutura e vias estruturados. Como pode ser visto no mapa lateral o terreno escolhido tem aproximadamente 26 mil metros quadrados é um grande vazio urbano do bairro. Outro fator importante e decisivo para a escolha da localização foi do levantamento de equipamentos públicos na sua maioria voltados para a população menos favorecida e sem acesso a serviços privados ou particulares como: E.E. Prof. Júlio Bierrenbach Lima, E.E. Prof. Ezequiel Machado Nascimento, CEI 07 Francisca Moura Pereira da Silva, Escola Técnica SENAI, Policlínica Municipal Dr. Edward Maluf. Entre outros equipamentos de importância dentro do bairro estão: Estádio Municipal Walter Ribeiro, Paróquia de Santa Rosália e Hipermercado Extra. O bairro conta com sistema viário estruturado e com acesso aos principais eixos de mobilidade da cidade, sendo eles feitos através do transporte público ou privado. Para a região central o deslocamento feito através do transporte público é de treze minutos e de carro cerca de sete minutos. O deslocamento para a zona industrial pode atingir o tempo de quinze minutos de carro e aproximadamente trinta minutos de ônibus. A proximidade com a marginal Dom Aguirre e fácil acesso à Rodovia Senador Ermírio de Moraes também permitem a locomoção facilitada a diferentes regiões da cidade. Análises:
legenda
e.e. prof. ezequiel machado nascimento
Policlínica municipal cei 07 francisca moura pereira da silva igreja santa rosália escola senai
ro av.
Da esquerda para a direita, figura 11: Estádio Municipal Walter Ribeiro; figura 12: Hipermercado Extra; figura 13: Praça PIO XII; figura 14: Paróquia Santa Rosália; figura 15: Policlínica Municipal Dr. Edward Maluf; figura 16: E.E. Prof. Ezequiel Machado Nascimento. Fonte: Do autor.
e.e. Prof. júlio bierrenbach lima
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estádio municipal walter ribeiro
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Fonte: Google Earth. Acesso em Março de 2018
praça pereira da silva 0
250 m
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12 mobilidade urbana 1,3km
2,6km
1,3km 1,2km 1,0km
500m
300m O mapa de mobilidade urbana tem o propósito de demonstrar a distância dos principais marcos urbanos e nós de atividades em relação ao terreno, assim como mensurar o tempo de percurso até estes pontos, seja através da caminhada, ciclismo ou transporte público. Também há a intenção de apresentar de forma clara que a proximidade do terreno em relação ao Terminal Santo Antônio (12), contribui para a mobilidade das pessoas que utilizam do transporte público e deste equipamento para se locomover ao trabalho que muitas vezes está na região central da cidade.
TERRENO
01 02 03 04
4 min.
1 min.
5 min.
1 min.
10 min.
4 min.
5 min.
12 min.
5 min.
13 min.
13 min.
6 min.
8 min.
05
06
07
09 08
11 12 10
Fonte: Google Earth. Acesso em Agosto de 2018
0
37 min.
15 min.
15 min.
32 min.
14 min.
300 m
Mapa elaborado pelo autor a partir de análise feita através do Google Maps. O tempo estimado de transporte público tem relação com o itinerário da empresa responsável. Acesso em Agosto de 2018.
14 min.
01
E.E. Prof. Ezequiel Machado Nascimento
04
Paróquia de Santa Rosália
07
E.E. Prof. Júlio Bierrenbach Lima
10
MACS
02
Policlínica Municipal Dr. Edward Maluf
05
Praça Pio XII
08
Estádio Municipal Walter Ribeiro
11
E. M. Matheus Maylasky
03
CEI 07 Francisca Moura Pereira da Silva
06
Escola Técnica SENAI
09
Hipermercado Extra
12
Terminal Santo Antônio 14
13 vias de acesso
14 Mapa do sistema viÁRIO
Em relação ao terreno localizado entre as ruas Ângelo Elias e Aparecida, podemos observar acesso facilitado as principais vias coletoras do bairro, sendo elas avenida Roberto Simonsen e avenida Pereira da Silva, estas vias coletoras permitem acesso a zona norte e a região do centro da cidade. De igual modo, temos o acesso rápido a via arterial Marginal Dom Aguirre que possibilita o acesso as zonas leste e sul, como também o acesso à rodovia Sen. José Ermírio de Moraes (Castelinho). O bairro conta com sistema de transporte público estrutura e pontos de embarque próximos ao terreno.
Figuras 17: Imagenm da marginal Dom Aguirre (via arterial). Fonte: do autor.
Figuras 18: Imagem do acesso para Rodovia Castelinho Fonte: do autor.
LEGENDA Fig. 23: Imagem da avenida Roberto Simonsen (via coletora). Fonte: do autor.
Terreno
Fig. 24: Imagem da avenida Roberto Simonsen (via coletora). Fonte: do autor.
Via Arterial Via Coletora Faixa de ciclovia Rio Sorocaba Acesso Rod. Castelinho Ponto de ônibus Via de sentido único Via de sentido duplo Figura 21: Imagem da avenida Pereira da Silva (via coletora). Fonte: do autor.
Figura 22: Imagem da avenida Pereira da Silva (via coletora). Fonte: do autor.
0
25
50
100 m
15
15 GABARITO DE ALTURAS
16 mapa de gabarito de alturas
O bairro conta com um gabarito de alturas relativamente baixo, pois a maioria das residências são construídas com apenas 1 pavimento, e alguns focos de residências com 2 pavimentos. As edificações de 3 a 7 pavimentos estão relacionadas a usos comercias e de serviço. De acordo com a área de estudo temos somente 3 edifícios com mais de 10 pavimentos. Segundo a análise, temos poucas áreas de lotes vazios, sendo a maior área o local escolhido como intervenção.
Figura 25: Imagem da alça de acesso a Rodovia Castelinho. Presença de edifício de 14 andares.
LEGENDA
Figura 26: Imagem da rua Assad Kalil. Residências de 1 a 2 pavimentos.
Terreno 1 pavimento 2 pavimentos 3 a 7 pavimentos Mais de 10 pavimentos Lotes baldios Rio Sorocaba Áreas verdes Figura 27: Imagem da rua Ana M. de Carvalho. Residências de 1 a 2 pavimentos.
0
25
50
100 m
16
17 USO DO SOLO
18 CHEIOS E VAZIOS
A partir da área do terreno podemos observar uma predominância de uso residencial, com algumas áreas de uso comercial e serviços. As áreas levantadas como uso institucionais estão relacionadas à instituições de ensino, saúde e delegacia de investigações. As praças Pio XII, Major Dimaro M Peixoto e as margens do rio Sorocaba compreendem nas áreas verdes. Somente na parte superior do mapa junto a marginal observamos um terreno de uso industrial.
De acordo com o recorte da área analisada temos à direita do mapa uma grande região de cheio correspondentes a marginal Dom Aguirre, o rio Sorocaba e suas margens; estas áreas são consideradas legalmente não edificantes. Dentro do bairro temos a praça Pio XII e todo sistema vário, também analisados como cheios. Concluímos desta forma que a maior parte do bairro tem áreas legalmente edificadas.
LEGENDA Terreno Residencial Comercial Serviço Institucional
0
25
50
100 mts
LEGENDA
Indústria
Terreno
Áreas verdes
Vazio urbano
Rio Sorocaba
Cheio 0
25
50
100 mts
17
19 área de intervenção legenda
A escolha pelo terreno para implantação do conjunto habitacional de interesse social reflete na qualificação da moradia e mudanças de paradigmas em relação a habitação social, que na maioria do casos acontece nas bordas das grandes cidades. Chamando a atenção para o entendimento de que a qualidade do morar está diretamente ligada as questões de inclusão social, democratização das regiões da cidade e finalmente a recuperação do caráter residencial do bairro. Além de promover uma qualidade de relação com a cidade e o sentimento de pertencimento gerado através da boa arquitetura e localização do conjunto.
Ponto de ônibus Curvas de nível Limite do terreno Área de intervenção
d. Ro
o
rre
ad
ô oC mir
rre
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ad
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ma
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ís de Vasco
Rua João Cordeiro
CARACTERÍSTICAS DO TERRENO
Wa
ldo
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a eC
Rua Prof. Lu
O terreno conta com a área de aproximadamente 45.000m², no entanto a área de intervenção se limita a 24.600m², não considerando a área já existente do campo de futebol, assim como um recuo de segurança da rodovia. A topografia é suave e quase plana, estando em sua maior parte nas curvas topográficas 549 e 550. Como podemos observar no mapa sua área pode ser caracterizada como um grande vazio urbano sem uso e subutilizado apenas por uma pequena praça pública (imagem 28), que conta com alguns equipamento para atividades de ginástica. Outro fator que chama a atenção no terreno é o acesso que temos para a parte inferior do viaduto (alça de acesso à rodovia); em visita ao local pode-se observar a utilização da área para atividades noturnas que trazem risco a segurança da população, assim como utilização da área para descarte de lixo (imagem 29).
549
Rua Nicolau Perrela
550
Vie
ira
A= 24.600 m² 545
ldo
549
551
as Eli
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aA
Ru
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Imagem 29: acesso inferior ao viaduto. Fonte do autor.
o
Imagem 28: praça pública. Fonte do autor.
Aguirre
M
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550
Ru
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Ru
Praça Pública 549
Margin
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550
550
lEGISLAÇÃO URBANA VIGENTE
do ire
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Ru
M
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E.
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rid
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RECUO FRONTAL RECUO LATERAL
alh
Jo
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2,0
20% para terrenos com área superior a 500mts²
sd
PERCENTUAL MÍNINO DE PERMEABILIDADE
uê
0,60
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
arq
Zona Residêncial 02 (ZR2)
TAXA DE OCUPAÇÃO MÁXIMA
aM
ZONA DE USO
Ru
I - estimular o uso residencial de média densidade; II - permitir usos não residenciais, desde que causem poucos incômodos para a população residente; III - fixar índices urbanísticos que permitam a adoção de padrões variados de edificações com soluções térreas ou verticalizadas.
na
aM
or
aA
va
Ru
nD
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Av
Art. 19 Nas Zonas Residências 2 - ZR2, que inclui em sua maior parte bairros já consolidados e utilizados preferêncialmente por uso residencial, as normas de parcelamento, uso e ocupação do solo devem:
Fig
en
ue
ida
ida
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Ru
en
se
n
O Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de Sorocaba (Lei 11.022), datado de 2014, considera através do zoneamento da cidade a área de intervenção como Zona Residencial 2 (ZR2). O artigo 19 faz seguintes considerações a respeito da ZR2.
Fonte: Google Earth. Acesso em Abril de 2018.
5,0 metros
1,5 metros
0
25
50
100 m
18
20 caracterização da área e paisagem urbana
C
G
D
H
A
E
I
B
F
J
A partir das imagens A e B podemos observar que atualmente parte do terreno é ocupado por uma pequena praça pública. Nas imagens C, D e E identificamos o gabarito baixo presente em quase todo bairro. As imagens F, G e J nos dão um panorama do terreno. Na imagem H aparece a alça de acesso da Rod. Waldomiro Côrrea de Camargo na chegada da cidade. A imagem I evidencia o acesso que pelo térreo a parte inferior do pontilhão e que pode ser considerada uma área de risco ao moradores do bairro. Fontes das imagens: do autor. G
H I
J
D C
E F
B A
19
estudos de caso
21 estudo de caso 01 CONJUNTO HABITACIONAL JARDIM EDITH Ficha Técnica: São Paulo / SP, 2010 / 2013 Área construída: 25,714 m² Cliente: SEHAB, Prefeitura de São Paulo, SP Projeto Arquitetônico: MMBB & H+ F (Marta Moreira, Milton Braga e Fernando de Mello Franco |Eduardo Ferroni e Pablo HereñU) Fonte: http://www.hf.arq.br/projeto/conjunto-jardim-edith/> Acesso: Maio de 2018 | http://www.mmbb.com.br/projects/view/74> Acesso: Maio de 2018 O PROJETO Situado em uma das localizações mais nobre de São Paulo, o conjunto Habitacional do Jardim Edite foi projetado para ocupar o lugar da favela de mesmo nome que se situava nesse que é um dos pontos mais significativos para o recente crescimento do setor financeiro e de serviços de São Paulo: o cruzamento das avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini e Jornalista Roberto Marinho, junto à ponte estaiada, novo cartão postal da cidade. Para garantir a integração do conjunto de habitação social a sua rica vizinhança, o projeto articulou a verticalização do programa de moradia a um embasamento constituído por três equipamentos públicos – restaurante escola, unidade básica de saúde e creche – orientados tanto para a comunidade moradora como para o público das grandes empresas próximas, inserindo o conjunto na economia e no cotidiano da região. O pavimento de cobertura desses equipamentos, como um térreo elevado do condomínio residencial, interliga todos os edifícios habitacionais em cada quadra, conferindo à convivência dos moradores uma adequada reserva em meio à escala metropolitana da área circundante. O conjunto atende 1.000 pessoas aproximadamente.
Figura 17: Conjunto Habitacional Jardim Edith | Foto: Nelson KON
JUSTICATIVA A escolha por este estudo de caso está relacionada a sua implantação em uma das áreas mais nobres de São Paulo e também por conta de sua relação com o entorno e sua arquitetura que se torna parte da paisagem urbana local, e não uma exclusão. Outro ponto deste projeto que será considerado na proposta deste trabalho é o edifício em lâmina com os corredores de acesso aos apartamentos na lateral do prédio, assim também como áreas de convívio em níveis intermediários.
Figura 16: Conjunto Habitacional Jardim Edith | Foto: Nelson KON
Figura 19: Quadra 1| Foto: Nelson KON
Figura 20: Conjunto Habitacional Jardim Edith | Foto: Nelson KON
Figura 18: Vista do Conjunto | Foto: Nelson KON
Figura 21: Conjunto Habitacional Jardim Edith | Foto: Nelson KON
21
A Praça Arlindo Rossi ao fundos do conjunto tem uma relação direta com a CEI presente no projeto, reforçando a ecolha deste estudo de caso, pois na proposta deste trabalho teremos uma praça que fará ligação com os esquipamentos do térreo, sendo um deles uma CEI.
7,20
2,40
7,20
29,00 2,00
7,20 7,20
Pavimento Tipo da Lâmina 01 0
Pavimento Tipo da Torre
2,50 m
0
2,50 m
Avenida Eng. Luís Carlos Berrini
Corte
Controle dos Acessos
Rua George Ohm
Controle dos acessos independente dos outros equipamentos do conjunto.
Figura 22: Situação | Fonte: http://www.hf.arq.br/projeto/conjunto-jardim-edith/> Acesso: Março 2018
Avenida Jornalista Roberto Marinho
Corte Transversal - Quadras 02
Planta doTérreo - Quadras 01 e 02
O eixo da rua George Ohn permite uma integração do conjunto habitacional com o bairro através do seu acesso, e podemos observar a preocupação de tornar o projeto parte do entorno.
TABELA DE ÁREAS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS CRECHE
1.400 m²
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
1.300 m²
RESTAURANTE ESCOLA
850 m² TORRES E LÂMINAS
TORRE 01 - 60 unidades
5.244 m²
TORRE 02 - 60 unidades
5.124 m²
TORRE 03 - 60 unidades
5.244 m²
LÂMINA 01 - 40 unidades
3.577 m²
LÂMINA 02 - 32 unidades
3.975 m²
Planta do Pavimento Condominial - Quadras 01 e 02
Torre 01
Lâmina 01
Torre 02
Torre 03
Lâmina 02
252 UNIDADES HABITACIONAIS (50 m²) ESTAR
17 m²
COZINHA
10 m²
LAVANDERIA
3 m²
DORMITÓRIO 01
10 m²
DORMITÓRIO 02
7 mts²
BANHEIRO CIRCULAÇÃO E CONVÍVIO
3 m² -
Planta do Pavimento Tipo
22
22 estudo de caso 02 PARQUE NOVO SANTO AMARO V Ficha Técnica: São Paulo / SP, 2009 / 2012 Área construída: 14.674,3 m² Cliente: Prefeitura de São Paulo / Consórcio Mananciais: Construbase + Engeform Projeto Arquitetônico:VIGLIECCA & ASSOCIADOS Héctor Vigliecca, Luciene Quel, Neli Shimizu, Ronald Werner Fiedler, Caroline Bertoldi, Bianca Riotto, Thaísa Fróes, Pedro Ichimaru, Kelly Bozzato, Aline Ollertz, Sérgio Faraulo, Paulo Serra, Luci Maie. Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/623191/residencial-parque-novo-santo-amaro-v-slash-vigliecca-and-associados> Acesso: Maio de 2018 O PROJETO O projeto está localizado na zona sul da cidade de São Paulo, na região dos mananciais da represa Guarapiranga. As famílias que ocupavam a área viviam em situação precária, sujeitas a enchentes e desabamentos. A proposta do projeto foi de criar moradias para famílias que já ocupavam a área, além de trazer melhoria urbana para a comunidade. O córrego que passava pelo local da intervenção e tinha esgoto despejado no mesmo, foi canalizado e uma rua foi projetada sobre ele. No intuito de preservar a identidade dos moradores que vivem em meio a grande riqueza hídrica, foram criados espelhos d’água ao longo do parque linear. Atualmente, a região é abastecida com água de várias nascentes, que foram recuperadas durante a intervenção. Ao invés de gerar uma proposta não condizente com a realidade do local, o projeto participa da paisagem urbana, valorizando seus recursos. A vegetação, que havia sido degradada devido às ocupações irregulares, foi recuperado através de um parque linear – espinha dorsal de todo o conjunto de intervenções. Ao longo do parque todos pontos de convivência e interação como: playground, pista de skate e campo de futebol. A presença do clube e da escola, promovem a circulação dos moradores e permitem o sentimento de identificação com o lugar. Para ter acesso à escola existente no bairro, as crianças eram obrigadas a atravessar um córrego poluído ou então caminhar bastante para contornar a quadra. Com a implantação do projeto criou-se passarelas de conexão que facilitaram esses acessos. Os prédios construídos tem de cinco a sete andares – que comportam 201 unidades habitacionais de 11 tipologias, como apartamentos duplex de dois a três dormitórios e opções adaptadas para deficientes físicos. O conjunto atende 800 pessoas aproximadamente. JUSTICATIVA O que motivou a escolha do Parque Novo Santo Amaro V como estudo de caso, foi sua a proposta de parque linear existente no projeto, além dos pontos de convivência não só para a população moradora dos edifícios, mas toda a população da região. Tomando como referência este projeto do arquiteto Héctor Vigliecca, existe dentro da proposta deste trabalho a inserção de um parque na parte térrea do projeto, contanto com áreas de convívio, equipamentos de lazer, campo de futebol e equipamentos voltados a atividades esportivas.
Figura 23: Parque Novo Santo Amaro V | Foto: Leonardo Finotti
Figura 26: Parque Novo Santo Amaro V | Foto: Leonardo Finotti
Figura 24: Parque Novo Santo Amaro V | Foto: Leonardo Finotti
Figura 27: Parque Novo Santo Amaro V | Foto: Leonardo Finotti
Figura 25: Parque Novo Santo Amaro V | Foto: Leonardo Finotti
Figura 28: Parque Novo Santo Amaro V | Foto: Leonardo Finotti
23
Bloco 3
Elevação 01 Corte
Croqui - Fachada (Rua Coelho Lousada)
Corte
Planta do Tipo 1 (Bloco 3)
Figura 29: Situação |Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/623191/residencial-parque-novo-santo-amaro-v-slash-vigliecca-and-associados
+8.00 Passarela
Elevação 01
Planta do Tipo 2 Inferior (Bloco 3) Corte
0.00
Croqui - Passarela Planta do Térreo
LEGENDA Blocos Habitacioanais Espelhos D`àgua Vegetação Eixo de circulação e lazer
Planta do Tipo 2 Superior (Bloco 3)
Na planta acima podemos observar que os eixos de circulação que cortam toda a implantação permitem uma integração total com o entorno do bairro e suas ruas. A passarela reforça essa preocupação com a mobilidade dos moradores, neste caso para que as crianças acessem a escola sem a necessidade de dar a volta em toda quadra.
TABELA DE ÁREAS Elevação 01 (Bloco 3)
UINIDADES HABITACIONAIS TIPO 1 - BLOCO 3 (44 m²) ESTAR
12 m²
COZINHA
8 m²
LAVANDERIA
5 m²
DORMITÓRIO 1
8 m²
DORMITÓRIO 2
8 m²
BANHEIRO
3mts²
CIRCULAÇÃO
Residências exisentes Espelho d’àgua
8.00
Córrego Canalizado
UNIDADES HABITACIONAIS TIPO 2 - BLOCO 3 (60 m²)
ESTAR / COZINHA
23 m²
LAVANDERIA
5 m²
DORMITÓRIO 01
8 m²
DORMITÓRIO 02
8 m²
DORMITÓRIO 03
12 m²
BANHEIRO CIRCULAÇÃO E CONVÍVIO
0.00
+0.72
4 m² -
Corte - Bloco 3
Croqui - Planta Unidade Tipo
24
23 estudo de caso 03 CONJUNTO HABITACIONAL HELIÓPOLIS - GLEBA G Ficha Técnica: São Paulo / SP, 2011 / 2014 Área construída: 31.330 m² Cliente: Programa de Reurbanização das Favelas da Prefeitura do Munnicípio de São Paulo - Secretária de Habitação Projeto Arquitetônico: Biselli Katchborian Arquitetos Associados Fonte: http://www.bkweb.com.br/projects/institutional/conjunto-habitacional-heliopolis/> Acesso: Março 2018 O PROJETO O projeto está localizado em Heliópolis, maior favela do estado de São Paulo. Diante de uma favela com proporções gigantesca, a área foi dividida em glebas e dividida entre vários escritórios de arquitetura, e cada um ficou com um lote. O escritório Biselli Katchborian Arquitetos recebeu a gleba G, localizada na entrada de Heliópolis. O conceito da implantação surge da ideia de criar uma quadra de modelo típico europeu. A implantação do projeto acontece com blocos habitacionais em toda área periférica do terreno e um grande pátio central interno e de acesso público, promovendo lazer aos moradores do conjunto. Desta forma o conjunto já se diferencia por uma nova solução de implantação. O programa foi desenvolvido a partir do censo levantado pela SEHAB e seria necessário abrigar no conjunto 420 famílias. O conjunto atende 1.680 pessoas aproximadamente. Um dos maiores desafios do projeto era abrigar o número de famílias exigido, sem a possibilidade de verticalizar com uso de elevador. A solução para tal problema foi aproveitar a topografia do terreno, com a intenção de potencializar a quantidade de apartamento. Segundo os arquitetos existe um artigo da lei que permite ao arquiteto decidir qual será o térreo, desde que este esteja contido na cota média entre a menor e a maior. Desta forma ficou determinado vários térreos, cada um com três andares acima e cinco abaixo; ou dois para baixo e cinco para cima. Tomando como partido dos desníveis naturais, o resultado foi a construção de até oito pavimentos sem a utilização de elevadores, com acessos em diversos níveis. O uso inédito de passarelas em estrutura metálica trazem ao conjunto uma identidade única e conectam os blocos nesses mesmos níveis de acesso. O projeto conta com modelos de planta tipo, sendo um deles projetado para portadores de necessidades especiais. O projeto tem sua identidade visual marcada pelos pórticos de entrada, fachadas e volumetrias das torres diferenciadas através da paginação das esquadrias e identidade visual criada no uso de cores. JUSTICATIVA O interesse por este projeto tem ligação com sua proposta de relação com o entorno criada através dos diferentes acessos, áreas de uso público e espaços destinados a usos de serviço e comércio. Outro fator que motivou a escolha foi o valor arquitetônico e projetual diferenciado do projeto que pode ser visto em sua implantação, volumetria e acabamentos.
Figura 30: Conj. Habitacional Heliópolis - Gleba G| Foto: Nelson Kon
Figura 33: Conj. Habitacional Heliópolis - Gleba G| Foto: Nelson Kon
Figura 31: Conj. Habitacional Heliópolis - Gleba G| Foto: Nelson Kon
Figura 34: Conj. Habitacional Heliópolis - Gleba G| Foto: Nelson Kon
Figura 32: Conj. Habitacional Heliópolis - Gleba G| Foto: Nelson Kon
Figura 35: Conj. Habitacional Heliópolis - Gleba G| Foto: Nelson Kon
25
Estação Rua do Grito
Viadutos
8,00 2,80
4,10
1,10
3,00
Controle de acessos
Implantação | Térreo
Figura 36: Situação|Fonte:http://www.bkweb.com.br/projects/institutional/conjunto-habitacional-heliopolis/> Acesso: Março de 2018
1 - Acessos 2 - Praça 3 - Pátios Internos 4 - Pórticos
3,50
Diagrama - Acesso e Fluxo
Diagrama - Espaços Comuns
A implantação do projeto foi pensado como quadra urbana e não somente nos edifícios, valorizando os espaços públicos e aecssos.
O projeto exalta os espaços públicos de interesse dos moradores, protegendo da ruas através do programa comercial e de serviços no nível térreo.
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
Planta Tipo A 0
1,00
2,00 m
Planta de Acesso Conjunto A 1 - Passarela de Acesso 2 - Passarela Metálica 3 - Circulações Verticais 4 - Pórticos 5 - Torre
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
10,00 2,60
1,40
6,00
2,40
Diagrama - Comércio e Serviços
5
Diagrama - Espaços Públicos
TABELA DE ÁREAS
4,00
UINIDADES HABITACIONAIS TIPO A (50m²) ESTAR / JANTAR
20 m²
COZINHA / LAVANDERIA
9 m²
SACADA
2 m²
DORMITÓRIO 1
9 m²
DORMITÓRIO 2
7 m²
BANHEIRO
3 m²
Planta de Acesso Conjunto B 1 - Passarela de Acesso 2 - Passarela Metálica 3 - Circulações Verticais 4 - Torre
Planta Tipo B
UNIDADES HABITACIONAIS TIPO B - (50 m²) ESTAR / JANTAR
18 m²
COZINHA / LAVANDERIA
9 m²
SACADA
2 m²
DORMITÓRIO 01
9 m²
DORMITÓRIO 02
9 m²
BANHEIRO
3 m²
+2.00 0.00 Corte Longitudinal
26
o programa
24 percepções locais O mapa de percepções sensoriais do local foi desenvolvido a partir das observações locais, como também através das análises dos mapas dos sistema viário, gabarito de alturas, uso do solo e cheios e vazios. As vias de fluxo intenso de automóveis são as vias arteriais e coletoras já apontadas no mapa do sistema viário. Na marginal Dom Aguirre, assim como na alça de acesso a Rodovia Castelinho podemos observar a produção de ruídos produzidas pelos veículos.
zr2
zr1 mapa de zoneamento de sorocaba (GERAL)
S/ Esc.
LEGENDA Terreno Zona Residêncial 2 Zona Residêncial 1
mapa de zoneamento (APROXIMADO)
Também na marginal Dom Aguirre aponta-se áreas com risco de inundação causadas pelo transbordar do Rio Sorocaba em dias de chuvas intensas. O bairro conta com poucas áreas de vegetação, sendo elas as bordas do Rio Sorocaba, a praça Pio XII e a praça Major Dimaro M Peixoto, o que reforça a ideia de inserir mais uma praça na área de intervenção.
escola
As maiores áreas de fluxo de pedestres estão localizada nas ruas onde estão localizadas a Policlínica Municipal, a Paróquia de Santa Rosália e a E.E. Prof. Ezequiel Machado Nascimento.
policlínica
sistema viário
gabarito de alturas
uso do solo
cheios e vazios
LEGENDA Terreno Vias de Fluxo Intenso igreja
Áreas de Vegetação Risco de Inundação Rio Sorocaba Fluxo Intenso de Pedestre Área de Ruídos
mapa de percepções
Eixo Comercial 0
25
50
100 mts
28
25 planos de massas ANÁLISE DOS PLANOS DE MASSAS Os três estudos de planos de massas foram desenvolvidos a partir da ideia de transformar todo o nível de acesso (térreo) do terreno em uma grande praça pública, aberta para o bairro de tal modo que o projeto se dilua na malha urbana e se mescle na paisagem de forma inclusiva e não segmentada.
A
Após análise dos três estudos desenvolvidos, o plano de massa escolhido foi o 01, onde temos o bloco da lâmina habitacional distante da alça de acesso à marginal Dom Aguirre, onde há concentração de ruído gerado pelos veículos, desta forma podendo garantir melhor conforto acústico aos moradores. A posição do mesmo bloco já citado tem relação direta com a insolação e também o campo visual que permitirá aos moradores uma vista ampla da cidade, assim como para aqueles que chegam na cidade pela rodovia Castelinho, uma agradável vista do prédio. Como podemos observar no Corte A, o volume habitacional tem relação direta com o volume do setor de oficinas e escola infantil, permitindo desta forma um acesso direto dos moradores do prédio aos equipamentos.
B
blica com equipamentos de recreação esportiva e lazer, oficina multiuso para o desenvolvimento de projetos culturais e sociais, comércio com atividades diversificadas, escola infantil e setor esportivo. Como atualmente parte do terreno é ocupado por um campo de futebol, na proposta temos este equipamento mantido, pois o mesmo já faz parte da referência e da memória afetiva do bairro. Também está dentro do estudo um setor esportivo com quadra poliesportiva e aparelhos de ginástica, estes destinados às atividades da escola infantil, dos moradores do conjunto e do bairro, promovendo desta forma Corte 1 a integração da comunidade e de todo o entorno da região. 1 : 2000 Na implantação estão sendo consideradas metragens muitos maiores de recuos frontais, laterais e percentual mínimo de permeabilidade, assim como uma taxa de ocupação menor da que é permitida, valorizando os acessos e circulação dos pedestres no nível térreo de forma mais livre.
A praça pública no nível térreo contará com equipamentos voltados tanto para aos moradores das unidades habitacionais, como para a população do bairro. Para estes equipamentos públicos estão previstos: praça pú-
550
B
A
545
550
Corte 2
corte a
corte B
1 : 2000
Corte 1
1 : 2000 LEGENDA
Fluxo de Pedestres Campo de Visão Terreno Lâmina Habitacional 550
550
Pontos Comerciais|Oficina Multi-uso|Escola Infantil 545
545
Área esportiva Campo de Futebol 550
550
Rio Sorocaba
plano de massas 01
0
25
50
plano de massas 02
100 mts
Sem Esc.
plano de massas 03
Sem Esc. 29
Corte 2
26 programa de necessidades O programa de necessidades nasceu a partir de uma análise da região de implantação, das potencialidades do local e da vocação do projeto tanto para os moradores das unidades, como também para a população que já mora no bairro. A setorização foi dividida em 4 partes distintas, mas não significando uma divisão espacial de isolamento de cada uma delas, exceto para a área de habitação propriamente dita. Existe na proposta a intenção de que os setores tenham uma relação aberta entre si, de acesso livre por parte dos moradores e da população local. Lâmina Habitacional: Com ambientes definidos a partir das análises dos estudos de caso anteriormente apresentados, a lâmina de apartamentos contará com 240 unidades habitacionais de 60m² com os seguintes ambientes: sala, cozinha, 02 dormitórios, banheiro e lavanderia. No pavimento térreo deste setor estão distribuídos os ambientes administrativos e técnicos do edifício. Também no pavimento térreo estarão distribuídos os apartamentos destinados a portadores de necessidades especiais. A previsão é de atendimento aproximado de 1.000 pessoas nas unidades.
SETOR
HABITACIONAL
LÂMINA HABITACIONAL AMBIENTES QUANTIDADE Unidade Habitacional: Sala, cozinha, 240 02 dormitórios, banheiro e lavanderia Áreas de Convivência 1 Salão Multi-uso (festas e eventos) 1 Adm. Condomínio 1 Depósito de Lixo 1 Abrigo de Energia 1 Depósito 2 D.M.L. 1 Portaria 2
ÁREA
ÁREA TOTAL
60m²
14.400m²
1.050 m² 250m² 25m² 60m² 30m² 30m² 6m² 25m² TOTAL
1.050 m² 250m² 25m² 60m² 30m² 60m² 6m² 50m² 15.931m²
SETOR ESPORTIVO
ÁREA 1.375m² 875m² 8.131m² TOTAL
ÁREA TOTAL 1.375m² 875m² 8.131m² 10.381m²
Pontos Comerciais: Esta área será destinada ao desenvolvimento de atividades comerciais que atendam tanto os moradores do conjunto, quanto aos moradores locais. O intuito deste setor é suprir a necessidade encontrada no entorno de pequenos comércios, como por exemplo: farmácia, papelaria, salão de beleza, mercearia, armarinhos e etc. Não está previsto do desenho arquitetônico das lojas comercias atividades ligadas ao preparo de alimentos ou que envolvam sistemas de cocção e necessitem de exaustão.
ÁREA 30m² TOTAL
ÁREA TOTAL 720m² 720m²
Oficina multiuso: Área destinada a promoção da socialização na comunidade local, promovendo atividades de valor social e educacional, podendo ser utilizada por ONG’s, poder público ou pela organização dos próprios moradores do conjunto. SETOR
OFICINAS
Área Esportiva: No nível do térreo que corresponde à praça de acesso público, o projeto contará com a distribuição de equipamentos que promovam atividades físicas, através da disponibilização de aparelhos de ginásticas ao longo dos percursos, quadra poliesportiva que atenda a escola infantil e a população local e campo de futebol de livre acesso para a comunidade. ÁREA ESPORTIVA AMBIENTES QUANTIDADE Quadra Poliesportiva 1 Aparelhos de Ginástica 1 Campo de Futebol 1
SETOR COMERCIAL
PONTOS COMERCIAIS AMBIENTES QUANTIDADE Sala com Sanitário 24
OFICINA MULTI-USO AMBIENTES QUANTIDADE Auditório Sala de Atividades 1 Sala de Atividades 2 Administrativo Sanitários (Fem. e Masc.)
1 4 2 1 1
ÁREA 245m² 36m² 60m² 36m² 36m² TOTAL
ÁREA TOTAL 245m² 144m² 120m² 36m² 36m² 581m²
Escola Infantil: Entendendo a grande preocupação do público alvo deste projeto em relação a educação infantil pela questão de mobilidade das crianças, a intenção deste setor é de uma escola de ensino infantil para crianças de 3 a 5 anos de idade. A unidade atenderá 90 alunos (15 alunos por sala), dando prioridade para moradores das unidades habitacionais. As vagas remanescentes serão destinadas à população local do bairro. SETOR
EDUCACIONAL
ESCOLA INFANTIL¹ AMBIENTES QUANTIDADE Salas de Aula 6 Direção 1 Secretaria 1 Almoxarifado 1 Coordenador 1 Sala dos Professores 1 Sanitários Adm. (Fem. e Masc.) 1 Sanitários Alunos (Fem. e Masc.) 1 Sala de Leitura 1 Sala Multimeios 1 Cozinha 1 Refeitório 1 Pátio 1 Área de Recreação 1 Depósito 1 D.M.L. 1
ÁREA 36m² 16m² 32m² 32m² 16m² 50m² 25m² 36m² 60m² 60m² 32m² 240m² 300m² 536m² 16m² 16m² TOTAL
ÁREA TOTAL 216m² 16m² 32m² 32m² 16m² 50m² 25m² 36m² 60m² 60m² 32m² 240m² 300m² 536m² 16m² 16m² 1.660m²
1. O dimensionamento das áreas foram desenvolvidas a partir do Módulo de Educação Infantil do FNDE. Fonte: FNDE. Disponível em: <http://www.fnde. gov.br/programas/proinfancia/eixos-de-atuacao/projetos-arquitetonicos-para-construcao/item/9267-m%C3%B3dulo-de-educa%C3%A7%C3%A3o-infantil> Acesso em Maio de 2018.
30
O PROJETO
27 conceito do projeto O conceito do projeto está apoiado em dois pilares: cheio e vazio. O projeto construído apodera-se do vazio urbano, preenchendo-o com vida e presença. Não se preenche com o todo, mas valoriza os vazios que sobram, para que posteriormente sejam ocupados. Que se ocupe com movimento, crianças correndo, idosos comtemplando a paisagem, esportistas torcendo pela vitória, com música, com feira ao livre, com arte, com risada, com barulho de bairro, com gente e mais gente. Também faz parte do conceito que as pessoas perguntem: “o que é lá? O que tem lá dentro? Quem mora lá?”. Não é desejo somente que a arquitetura seja vista, mas que as pessoas que estão “lá” sejam vistas, estejam sob o olhar da cidade, daqueles que chegam e daqueles que se vão. No entanto para aqueles que se apegam a arquitetura, há uma mensagem subliminar da história do bairro nos acabamentos de tijolo e uma referência fabril na forma da quadra poliesportiva, ainda uma declaração de que a arquitetura de qualidade é para todos; a cidade é para todos. Embora sempre houvesse um desejo de que a volumetria do projeto partisse das formas simples e puras, com acabamentos sem grandes presunções, em contraponto há uma busca para que o projeto se torne um grito aos ouvidos da cidade, um incômodo agradável ao olhar da população. Que fique explícita a intenção de que se digam uns aos outros: “olhe que diferente! Olhe que normal! Olhe que bonito! Olha quanta gente! Olha uma praça! Olha que imponente! Olha quanta árvore!”. Mas nunca: “olha lá, que feio, predinhos de habitação social!”.
28 partido arquitetônico
Falando sobre o bloco de educação infantil e de oficinas multiuso, sua implantação junto a lâmina habitacional acontece de forma proposital para a facilidade nos acessos dos usuários e um maior controle do acesso ao edifício. Embora visto de fora o bloco seja em sua maior parte fechado, na parte interna os alunos e usuários das oficinas desfrutam de espaços abertos, com jardins e arborização que promovem um espaço de agradável convívio, sem a sensação de confinamento. A abertura central no volume deste mesmo bloco permite que as atividades internas estejam sob o olhar dos moradores da lâmina. A proximidade entre a quadra poliesportiva e a escola tem a intenção de garantir o fácil acesso dos alunos sem precisarem percorrer grandes distâncias para o desenvolvimento das atividades ligadas a este equipamento. A quadra conta com programa simples e poderá ser utilizada pelos moradores da comunidade nos dias em que não houver funcionamento da escola. No programa do projeto preservou-se o campo de futebol que já fazia parte da área de intervenção e da memória afetiva do bairro, havendo, no entanto, uma busca para que ele interferisse de forma mínima na paisagem. A solução foi implantá-lo 3,00m abaixo da cota da praça, sem a necessidade dos gradis de proteção, que foram substituídos por muros de pouca interferência no campo de visual do entorno. A não ocupação de toda a área de intervenção demonstra o intento de que o térreo se torne uma grande praça de uso dos moradores locais, assim como da população já existente no bairro, população esta formada em grande parte por idosos, que ainda mantém o hábito de caminhar pelo bairro. A praça que faz a costura entre os programas de atividades comerciais, educacionais e esportivas no térreo, expressa a intenção de promover o convívio da nova e da antiga comunidade. Os usos e ocupações da praça poderão ser promovidos pelas atividades esportivas, comércio presente no térreo da lâmina habitacional e também pelos eventos realizados pela própria comunidade.
O projeto não pretende resolver o problema da habitação social local, mas demonstrar caminhos que podem ser diferentes das práticas atuais. Começando pela implantação em uma localização central da cidade, que é identificado como um vazio urbano, o projeto está implantado numa região com equipamentos de educação, saúde e mobilidade que atendem a população que irá ocupá-lo, além de trazer um novo vigor urbanístico ao bairro. Quanto a adoção da distribuição dos apartamentos em lâmina, o motivo é uma preocupação com a qualidade do morar, começando pela questão da insolação. Com o arranjo foi possível que todas as unidades tivessem a insolação da manhã nos quartos e na sala da fachada noroeste. Não se pode defender uma qualidade arquitetônica onde alguns são privilegiados com o sol da manhã e outros com o sol da tarde, isso seria contrário às premissas do projeto, que valorizam a igualdade e as mesmas oportunidades para todos. Ainda sobre a lâmina habitacional, o corredor de circulação na fachada sudoeste conta com fechamento de elementos vazados (cobogós) feitos em tijolo maciço, que promovem ventilação da cozinha e do banheiro dos apartamentos, e ao mesmo tempo trazem mais privacidade para a circulação dos moradores, além da função estética de desenho da fachada. A definição pelo elemento vazado de tijolo como único diferencial nos grandes blocos de pintura branca, az menção à presença do mesmo padrão na fábrica de tecidos Santa Rosália, esta por sua vez com arquitetura de estilo inglês industrial. Os elementos vazados de tijolo também reforçam o conceito de cheios e vazios, conceito este presente na fachada sudoeste, onde ora temos as paredes de cobogó, ora temos fechamentos em gradis.
32
29 situação
01 02
03
04 05
06
07
ZONEAMENTO Zona Residêncial 02
CORTE URBANO
CORTE URBANO
Área do terreno: 24.600m² CA (2)= 49.200 m² TO (0,60)= 14.760m² Recuos: 5,00 metros TO EM USO: 12.761 m² (86%) CA EM USO: 29.273 m² (60%)
PLANTA DE SITUAÇÃO ESC. 1:2000
LEGENDA 01 - Estacionamento 02 - Lâmina Habitacional 03 - Escola | Oficinas Multi-uso 04 - Quadra Poliesportiva 05 - Praça 06 - Campo de Futebol 07 - Aparelhos de Ginástica
CORTE URBANO ESC. 1:2000
33
30 planta do térreo
01 02
02
02
03
04
03
03
04
05
06 07 08
09
10
11 12 13 17
14 16 15
18
18
18
19
18
18
18
24
21 22
LEGENDA
20
01 - Depósi 02 - Estacio 03 - Conjun 04 - Portaria 05 - Secretá 06 - Sala do 07 - Sala do 08 - Sala do 09 - Banhei 10 - Almoxa 11 - Depósi 12 - Materia 13 - Cozinh 14 - Sala de 15 - Sala M 16 - Refeitó 17 - Área de 18 - Sala de 19 - Banhei 20 - Quadra 21 - Depósi 22 - Sala de 23 - Banhei 24 - Praça 25 - Pérgola 26 - Campo 27 - Vestiár 28 - Aparelh
25 23
26
28
27
PLANTA DO TÉRREO PLANTA ESC. 1:1000 Do térreo ESC. 1:1000
LEGENDA 01 - Depósito de Lixo 02 - Estacionamento (240 vagas) 03 - Conjunto de Lojas 04 - Portaria 05 - Secretária 06 - Sala do Diretor 07 - Sala do Coordenador
08 - Sala dos Professores 09 - Banheiro dos Funcionários 10 - Almoxarifado 11 - Depósito da Escola 12 - Material de Limpeza 13 - Cozinha 14 - Sala de Leitura
15 - Sala Multimídia 16 - Refeitório 17 - Área de Recreação 18 - Sala de Aula 19 - Banheiro dos Alunos 20 - Quadra Coberta 21 - Depósito da Quadra
22 - Sala de Equipamentos 23 - Banheiros da Quadra 24 - Praça 25 - Pérgola da Praça 26 - Campo de Futebol 27 - Vestiários 28 - Aparelhos de Ginástica 34
31 plantas dos pavimentos
01
02
02
02
02
02
02
02
01
02
02
02
02
02
02
02
02
02
02
03
02
02
02
02
02
02
02
03
PAVIMENTO TÉRREO ESC. 1:500
04
06
07
08
05
09 05
1º PAVIMENTO ESC. 1:500
11 12
PAVIMENTO TIPO (2º AO 17º) ESC. 1:500
LEGENDA 01 - Estacionamento 02 - Loja 03 - Portaria 04 - Abrigo de Energia
05 - Área de Convivência 06 - Depósito 07- Adminstração Condomínio 08 - Salão Multiuso
09 - Depósito 10 - Depósito de Material de Limpeza 11 - Apartamento Tipo 12 - Corredor de Circulação
situação s/esc.
35
32 planta do apartamento tipo
PLANTA APARTAMENTO TIPO (60M²)
PLANTA APARTAMENTO TIPO (CADEIRANTE)
PERSPECTIVA ESQUEMÁTICA DO APARTAMENTO TIPO
ESC. 1:100
ESC. 1:100
S/ ESC.
corte a (ampliado)
corte b (ampliado)
ESC. 1:100
ESC. 1:100
36
33 plantas da escola e quadra poliesportiva
01
02 03
04
05
06
07 08
09 26
21
27
10 12
13
11 25 22 20
14
14
14
15
14
14
22 23
14
23
24
23
23
planta da oficina multiuso ESC. 1:500
17 18 16
19
térreo - planta da escola e quadra poliesportiva
situação
ESC. 1:500
s/esc.
LEGENDA 01 - Secretária 02 - Sala do Diretor 03 - Sala do Coordenador 04 - Sala dos Professores
05 - Banheiro dos Funcionários 06 - Almoxarifado 07 - Depósito da Escola 08 - Material de Limpeza
09 - Cozinha 10 - Sala de Leitura 11 - Sala Multimídia 12 - Refeitório
13 - Área de Recreação 14 - Sala de Aula 15 - Banheiro dos Alunos 16 - Quadra Coberta
17 - Depósito da Quadra 18 - Sala de Equipamentos 19 - Banheiros da Qadra 20 - Praça
21 - Àrea de Convívio 22 - Sala de Atividades 01 23 - Sala de Atividades 02 24 - Sanitários
25 - Auditório 26 - Administrativo 27 - Depósito 37
34 PLANTA CAMPO DE FUTEBOL
situação s/esc.
PLANTA do campo de futebol ESC. 1:500
01
03
02
LEGENDA 04
PLANTA do campo de futebol (ampliação) ESC. 1:250
04
01 - Vestiário 01 02 - Vestiário 02 03 - Depósito 04 - Arquibancada 38
35 campo de futebol - detalhes
PLANTA do campo de futebol (drenagem) ESC. 1:500
detalhe do esquema de drenagem
perspectiva do esquema de drenagem
s/ ESC.
s/ ESC.
39
36 corte a
corte a ESC. 1:500
corte a (ampliado) ESC. 1:200
40
37 cortes b | c
corte Bb corte ESC. 1:250 ESC. 1:250
corte corteCc ESC. ESC.1:250 1:250
41
38 Cortes D | E
corte corteD d ESC. 1:250
ESC. 1:250
corte d ESC. 1:250
corte corteE e ESC. 1:250
ESC. 1:250
42
39 elevaçoes 01 e 02
elevação 01 ESC. 1:500
elevação 02 ESC. 1:500
43
40 elevação 03 e 04
elevação 03 ESC. 1:500
elevação 04 ESC. 1:500
44
41 detalhe cobogó 01
paginação do cobogó - corredor de circulação ESC. 1:50
detalhe do cobogó - corredor de circulação ESC. 1:15
paginação do cobogó - sacada do apartamento tipo
detalhe do cobogó - sacada do apartamento tipo
ESC. 1:25
ESC. 1:10
45
42 detalhe cobogó 02
paginação do cobogó - escola infantil ESC. 1:50
paginação do cobogó - quadra poliesportiva
detalhe do cobogó - escola infantil e quadra poliesportiva
ESC. 1:75
ESC. 1:10
46
43 plantas de cobertura
01
02
01
LEGENDA
PLANTA de cobertura - Caixa d’água (habitação)
01 - Casa de Máquinas 02 - Reservatório Superior
ESC. 1:500
PLANTA de cobertura (habitação) ESC. 1:500
memórial de cálculo do volume de água potável - lâmina habitacional cálculo de consumo diário Cd= Consumo diário Cp= Consumo percapto N= Número de pessoas
cálculo de tempo de reserva Ct= Consumo Total Cd= Consumo diário d= Dias de intervalo
Cd= Cp x N Cd= 200 x 1.000 Cd= 200.000 L / (200m³)
Ct= Cd x d Ct= 200 x 2 Ct= 400.000 L / (400m³)
cálculo de reserva de incêndio Rinc: Reserva de incêndio
RESERVATÓRIO INFERIOR 60% = 298.000 L / (298m³) RESERVATÍRO SUPERIOR 40% = 199.000 L / (199m³)
Rinc= 20% x Ct Rinc= 0,2 x 480.000 Rinc= 96.000 L
Obs: O edifício contém sistema de prevenção e combate ao incêndio e esta reserva estará distribuída nos reservatórios superiores.
Ct= Rinc + Ct Ct= 96.000 + 480.000 Ct= 496.000 L
PLANTA de cobertura (Quadra Poliesportiva)
PLANTA de cobertura (oficinas multiuso)
ESC. 1:500
ESC. 1:500
47
PERSPECTIVAS
perspectiva do acesso à lâmina habitacional
49
perspectiva do acesso à lâmina habitacional
50
perspectiva da praça e do acesso à lâmina habitacional
51
perspectiva da fachada de acesso Ă escola
52
perspectiva da fachada de acesso Ă quadra poliesportiva
53
perspectiva da fachada lateral da quadra poliesportiva
54
perspectiva da praça e a relação dos equipamentos com a Lâmina habitacional
55
perspectiva da praรงa e da รกrea dos equipamentos de ginรกstica
56
perspectiva da praça e sua relação com os edifícios
57
perspectiva da fachada posterior da Lâmina Habitacional
58
BIBLIOGRAFIA
LIVROS
sites
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vídeos
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