Cabosesoldados outubro2014

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Edição n º 11

Distribuição Gratuita

- Agosto/Setembro/2014

A Polícia Militar do Paraná realizou quinta-feira (09) a solenidade de formatura de 107 profissionais, que fizeram concurso interno da corporação, passaram por formação e foram promovidos de soldados para cabos. O secretário da Segurança Pública, Leon Grupenmacher, e o chefe de Estado-Maior da Polícia Militar, coronel Maurício Tortato, participaram do evento, realizado na Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana. O secretário incentivou os formandos a continuarem na corporação. "Espero que se inspirem em seus superiores e sirvam de exemplo para os

Fotos: Osvaldo Ribeiro/SESP

Polícia Militar do Paraná realiza formatura de 107 cabos da PM "Reconhecemos a importância que eles têm para a instituição, o trabalho que tiveram ao longo da carreira policial e os méritos que tiveram durante o curso", disse ele.

que estão vindo, mas, principalmente, que deem continuidade à carreira, pois são um orgulho para o Paraná", afirmou Grupenmacher.

FORMAÇÃO Os novos cabos passaram por três meses de formação, contabilizando 280 horas/ aula. O subcomandante da

Polícia Militar, coronel Péricles de Mattos, disse que a solenidade é uma forma de reconhecer o trabalho dos policiais.

HOMENAGEM A nova turma foi denominada "soldado Robson Edgar Santos", em homenagem ao policial que perdeu a vida em 2007, em um acidente automobilístico em Araucária, enquanto estava em serviço. O recém-formado cabo Miranda, irmão do soldado, recebeu a homenagem. Participaram do evento o diretor-geral da Secretaria da Segurança Pública, Lanes Randal Prates Marques; o diretor de Ensino e Pesquisa da corporação, coronel Douglas Sabatini Dabul; o comandante do 22º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Mauro Celso Monteiro, e o comandante da Academia Policial Militar do Guatupê, tenentecoronel Vanderley Rothemburg. Matéria: www.pr.gov.br

Leia ainda nesta edição BPFron capacita tropa com técnicas de controle de distúrbios civis Página 4

Bombeiros comemoram 102 anos e lança programa PrevFogo Página 6

No Dia das Crianças Batalhão realiza festa para filhos de militares Página 7

Basílio Soika, conta como foram os meses em que esteve no conflito Páginas 8 e 9


2 EXPEDIENTE Associação Beneficente dos Cabos, Soldados e Bombeiros da PMBM - PR. Fundada em 30/05/1979, e oficializada por registro no 2874 no Cartório de Títulos e Documentos, com base em todo território paranaense, Decreto de Utilidade Pública Estadual no 7402 de 26/11/80, Decreto de Utilidade Pública Municipal no 6321 e 12/07/82. e-mail: abcspmbm@yahoo.com.br Sede Própria R. Luiz Xavier, 68 - Conj. 812 Centro - 80020-020 Curitiba - PR Fone: (41) 3324-9024 Diretoria Executiva: Elpídio Alves Maciel Sgt PM Presidente da ABCS Conselho Fiscal: Pedro Pinheiro CB -PM Comissão Editorial: Diretor: Renato Soika Jorn. DRT - 9172 Gilberto Costa - DR 3951 - PR Diretor Cultural e Social: Renato Soika Jorn. Editora: Destaque Policial Militar Ltda. CNPJ 07.619.111/0001-20 jornalcabosesoldados01@gmail.com

Diretor Administrativo Marcio Roberto de Oliveira Cel.: 41 9877-5372 R. 24 de Maio, 262 - Sala 404 Centro - Curitiba - PR 41 3501-9725 Diagramação e Arte: Editora Exceuni Ltda. 3657-2864 / 9983-3933 Impressão: Press Alternativa Tiragem: 5 mil exemplares

EDITORIAL Hoje, eu tenho amigo, que não é somente meu, mas sim de toda a população Paranaense, sobretudo, de nossos companheiros Policiais e Bombeiros Militares da PMPR, que desejam mudanças no atual cenário político do Paraná. trata-se do Senhor Jesus, o único homem que

pode mudar esse quadro político atual onde campeã é a corrupção, a criminalidade, desmandos e toda essa "sanha" que permeia a vida pública nacional. Já dizia o sábio Salomão, quando escreveu o compêndio de Provérbios, que é um grande legado para a humani-

dade até os dias atuais, com conceitos epistemológicos profundos e concretos, constituindo-se um conjunto de lâmpadas, que nos orientam nas encruzilhadas escuras da nossa vida. Dentro do epigramas sapienciais do texto de provérbios, podemos contatar as atribuições do escritor em

referência aos amigos. Uma delas é a seguinte: Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão. Provérbios 17 v17. Tenham certeza que ele vai governar o Paraná com a Fé, a Esperança e a Virtude Divina que é a Justiça, a Ética e a Honestidade.

PALAVRA DO PRESIDENTE

Atribuições desenvolvidas pelo Sargento PM - Elpídio Alves Maciel - Nascido em Sengés-PR em 6 de agosto de 1941, divorciado, veio para Curitiba em 3 de setembro de 1958, e instalou-se na casa de sua prima, no bairro, trabalhou em restaurante como Garçon. Completou 18 anos e apresentou-se para o Serviço Militar Obrigatório em 1959 no 20º Regimento de Infanria e foi dispensado por excesso de contingente. - Em novembro de 1959, fez exame de seleção para inclusão na Polícia Militar do Estado do Paraná e foi aprovado e incluído nas fileiras da Polícia Militar em 05 de janeiro de 1960 com a assinatura no Livro do ComandoGeral. - Neste período, iniciou o Curso de Formação de Soldado (CFS) e passou pronto em 1 ano e após estar pronto, foi designado para prestar serviços na CCS-CG e lá permaneceu pelo período de 8 anos, após foi designado para prestar serviços na DAL (Diretoria de Aprovisionamento de Serviços Logísticos, pelo pelo período de 6 anos após, foi designado para prestar serviços no Corpo da Tropa e pres-

tou serviços em diversas operações as quais eram designadas pelo Comando. Foi designado para prestar serviços no Comando Geral e neste período passou pelos Comandos da Contra-Revolução com os Comandantes que foram designados pelo Exército. - Em fevereiro de 1982 foi aprovado na Seleção para prestar o Curso de Formação de Cabo e foi aprovado e promovido a Cabo em 14 de maio de 1982. - Em julho de 1986, foi indicado para seleção para prestar o Curso de Formação de Sargento e em21 de novembro do mesmo ano foi aprovado e promovido a sargento. - Em 17 de outubro de 1988 foi público em Boletim Geral da PMPR e Diário Oficial do Estado a pedido sua reserva remunerada, tendo em vista ter completado 31 anos de serviços com os respectivos acervos e licençasprêmio, a que tinha direito regulamentarmente. - Cursos realizados - 2º Grau no Colégio Metropolitano de Curitiba em 30 de novembro de 1980; - Cursou Teologia Básica

no Concílio de Pastores Anciões, do Rio de Janeiro nos anos de 1996 a 1997, tendo sido ordenado a Bispo. Durante o período passou por todos os graus hierárquicos da Igreja. - Em 1998 foi designado pela Ordem de Missionários Evangélicos Mundial para presidir a Ordem em Curitiba; - Em 29 de abril de 2003 foi reconhecido Bispo pela Assembléia Legislativa do Paraná com o Mérito de Personalidade do Paraná; - Em 2009 participou do Fórum das Entidades Associativas de Segurança Público e recebou o Diploma de Participação; - Em 2009 foi aclamado Presidente Interino da Associação Beneficente dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Paraná, com a vacância pelo falecimento do anterior Presidente Sr. Sebastião Félix de Souza e ainda continua na Presidência Interina; - Em 2010, foi agraciado com o Diploma de Personalidade Empreendedora do Paraná pela Assembléia Legislativa do Paraná e UNAECIC, juntamente com Gover-

Elpídio Alves Maciel

nador Orlando Pessuti, Sra. Fernanda Richa entre outras personalidades que também foram agraciadas; - Em 2013 foi outorgada a Comenda Eclesiástica no Grau de Comendador pela Ordem Internacional dos Pastores do Brasil da sede Curitiba, por estar apto a exercer as funções eclesiásticas em todo o Território Nacional de acordo com a Lei 9.394 sancionada pelo Senhor Presidente da República em dezembro de 1996, conforme os artigo 33 e parágrafos 1º e 2º da referida Lei; outorgada pelo Comendador João Sampaio de Araújo - Grande Oficial Gran Cruz - Chanceler - Desenvolve atividades de colaborador do Programa Momentos de Adoração das 08:30 às 09:00 horas nos canais NET 5 TVA 72 com o Sr. João Sampaio de Araújo- Diretor do Programa e seu Assessor Pastor Costa e Silva.


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A desmilitarização das PMs Cumpre, à sociedade, identificar a inversão de valores em curso na Segurança Pública e que em transformando a imagem da Polícia Militar, mostrando-a como sendo uma organização violenta, atrabiliária e, em análise, criminosa. Trata-se de um enfoque totalmente distorcido, alimentado por parte dos meios de comunicação, claramente insuflados por políticos de esquerda, notadamente os extremados, aí englobadas as organizações anarquistas. Assim, enquanto os policiais são criticados quanto à sua atuação no cumprimento da missão de manutenção da lei e da ordem, aqueles que agridem a sociedade com a destruição de bens públicos e particulares, em geral usando de violência sem medida, são pou-

pados de críticas e, não poucas vezes, apontados como "heróis" em luta contra a "dominação burguesa". As pressões para a extinção das Polícias Militares, foram e são feitas sob alegações as mais diversas, sendo preponderantes aquelas referentes à defesa dos direitos humanos. Em geral, são acusações indevidas, posto tomarem casos pontuais como regra. De toda sorte, em 2013 elas tomaram corpo pois, durante as agitações iniciadas em junho, foram levantadas acusações de abusos por parte dos policiais militares. No entanto, é público e notório que a PM apenas reagiu a ataques levados a cabo pelos Black Blocs, anarquistas violentos e provocadores, industriados por grupelhos de esquerda.

Os detratores da ação policial esquecem que ninguém, fardado ou não, enfrenta sem reação, além de insultos, ataques com paus, pedras e coquetéis Molotov. Na raiz mesma das críticas, o objetivo: desmilitarizar as PMs. No entanto, apenas as pessoas de má fé defendem tal ideia, pois em verdade, se elas têm uma gestão militarizada, isso não determina que a sua forma de agir seja militar. Na França, na Itália e no Chile, por exemplo, existem organizações que, como as nossas PMs, com estrutura e treinamento militares, são exemplos de instituições democráticas. A Polícia Militar não é mais nem menos violenta que a Polícia Civil ,mas, certamente, é menos sujeita à corrupção e a ser levada à ação

por interesses políticos subalternos. Desmilitarizar as Polícias Militares significa, no entender de muitos, destruir os princípios de disciplina e hierarquia que as regem e permitem sua ação coordenada e eficaz. É, nada mais nada menos, que o enfraquecimento do Estado, pela drástica redução do seu poder de coerção. A Segurança Pública é dever do Estado e cabe a ele provê-la. Supor que a desmilitarização das Polícias Militares trará como consequência uma sociedade pacífica, é pura e inconsequente ilusão. Julgar a ação da PM apenas com base em teorias sobre Direitos Humanos é ignorar que ela é, por sua destinação, obrigada a lidar tanto com o entulho social

*Coronel Osmar José de Barros Ribeiro

quanto com aqueles que desejam a destruição do Estado. Os que acreditam possível uma sociedade na qual, conforme dizem os petistas, a Polícia seja indutora de "desenvolvimento social, econômico e cultural baseado no respeito e na paz", só podem estar brincando. A Polícia, em especial a Polícia Militar é apenas, e tão somente, mantenedora da Segurança Pública. Fonte: Jornal Inconfidência

Ser Polícia "Na noite de ontem, foi assassinado o Capitão Mata, que por muito tempo comandou a PM na região em que eu exerço minha função de Delegado de Polícia, o Bairro dos Pimentas em Guarulhos. Eu conhecia o cara, apesar de não sermos grandes amigos, nos encontramos algumas vezes, oportunidades em que ele era sempre polido, aprazível e respeitador. Era o típico "gente boa". As vezes, estrelas (Oficiais) e majuras (Delegados) não se dão tão bem, afinal, existem algumas divergências entre as Polícias estaduais, mas não era nosso caso. Capitão Mata era policial como eu, era natural do RJ como eu e se mudou para outro Estado como eu. Capitão Mata não tinha algumas características que fizessem sua

morte merecer a devida atenção. Mata era branco e sua morte não interessou a movimentos que lutam por igualdade racial. Mata era heterossexual e sua morte não interessou a movimentos que lutam por direitos de homossexuais. Mata não era bandido e sua morte não recebeu interesse algum de qualquer representante de grupos que lutam por direitos humanos. Mata não morava em favela ou periferia e sua morte não recebeu interesse de qualquer sociólogo, artistas oportunistas ou 'Reginas Cazés' da vida. Mata não pertencia a qualquer minoria, portanto, não mereceu interesse de ninguém que não fossem seus próximos. Como se isso não se bastasse, ainda era policial (e seus colegas de caserna não atearam fogo em ônibus). Policial, mais um motivo para

ninguém lamentar sua morte, afinal de contas, a policial militar Fabiana Aparecida, morta covardemente em uma UPP no RJ, era mulher e sua morte não interessou a grupos feministas, era negra e sua morte não interessou a grupos de defesa da igualdade racial, e tinha vida humilde, mas não mereceu atenção de qualquer sociólogo que luta pelo fim de classes sociais. Fabiana, assim como Mata, também era humana, e assim como no caso de Mata, sua morte não mereceu, novamente, qualquer interesse de grupos de defesa de direitos humanos. O mesmo aconteceu com o perito de Osasco, Nicolau Constantini, e meus queridos amigos e colegas de Academia de Polícia, Dr. Leonardo Mendonça e Dra. Denise Quiroga, ambos mortos em serviço. O

que se vê é que mesmo para grupos que militam em defesa dos direitos humanos, uns humanos valem mais que outros. E o pior é a escolha dos critérios que determinam o valor de cada um. No caso de policiais, percebe-se claramente que, muitas vezes, sua morte merece valor menor que a morte de um integrante de minorias, ou até mesmo de um criminoso e, outras vezes, não merece valor algum. Ninguém merece ser assassinado, nem negros nem brancos; nem ricos, nem pobres; nem homossexuais, nem heterossexuais; e, finalmente, nem bandidos nem policiais. Mas por que a morte de DGs e Amarildos merecem mais atenção que a morte de um policial? Fala-se pouco que as chances de um policial ser morto, segundo estatísti-

cas, é três vezes maior que a de outras pessoas, mas falase muito que as chances de um jovem de periferia ser morto é maior que a de outros jovens. Capitão Mata é mais um nome em lápide esquecido. É mais uma pessoa que escolhe o duro ofício de proteger a sociedade de criminosos e paga com a vida o preço dessa escolha, sem merecer atenção à altura da morte daqueles que ele combateu. Capitão Mata deixa mulher, três filhos e um enteado. Todos igualmente esquecidos por aqueles que estão fora do meio do Capitão." Pois é. Neste Brasil que inverteu as coisas, ser ou não ser "polícia" determina quanto vale a morte do indivíduo. E isso é uma vergonha. Delegado Fernando Santiago


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Ação orquestrada contra a PM Está em andamento, no Rio de Janeiro, uma orquestrada ação para desacreditar a Polícia Militar junto à opinião pública, apontando-a como corrupta, incompetente e exigindo sua desmobilização. A centenária entidade, que tantos e oportunos serviços prestou e presta à Sociedade é ainda rotulada como organismo policial que não se modernizou e que segue métodos arcaicos de combate à marginalidade. Os setores de inteligência militares detectaram ainda que a ação é mais intensa nas regiões de maior pobreza e de menos cultura, fácies de arregimentar para passeatas, protestos e manifestações que, via de regra, terminam e confusão, agressões e baderna. Nas favelas dominadas pelo tráfico, milicianos ou criminosos de vários naipes, maioria entre as áreas classificadas de extrema pobreza, a massa é, em princípio, contra a lei que condena e a polícia que impede, que reprime e que é chamada a cada demonstração de desordem coletiva, queima de veículos, depredação do patrimônio público e privado, quebraquebra para impedir, pelo dialogo ou pela força, o andamento do esquema delituoso. Comunistas, terroristas, subversivos, predadores, alguns hoje legalizados, têm em seus manuais de ação urbana que é fundamental jogar a população

ordeira, a imprensa e até o clero contra a Polícia Militar e Civil visando um relaxamento das ações de repressão, tornando assim mais fácil o manejo das multidões com o escopo de, finalmente instalar uma ditadura do proletariado que desconhecerá a propriedade privada, a democracia como regime e até a religião considerados perniciosos e incompatíveis com um Estado totalitá rio nos moldes do comunismo marxista. O quadro parece fantasioso e cinematográfico mas está em andamento e tem respaldo em altos escalões do atual modelo de gestão política. No Rio de Janeiro, só este ano, 26 PMs já perderam a vida nas mãos de bandidos e nos vários protestos realizados pelas ruas da cidade ninguém citou o nome dos militares sacrificados, nenhuma ONG de Direitos Humanos mencionou a bravura e o patriotismo dos que, fardados, deram a vida no cumprimento do dever. Elementos discordantes, com desvios de conduta, prevaricadores existem em todas as profissões e fora delas. Uma coisa é certa. O lado positivo, bom e identificado com sua missão, dentro da Polícia Militar, continuará a deter os projetos de transformar o Estado em modelo de subversão, de anarquia que contamine o país mergulhandoo em regime que já foi abolido no mundo. Reis de Souza - Jornalista Agência de Notícias ABEPL

BPFron capacita tropa com técnicas de controle de distúrbios civis O Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) capacitou parte da tropa com técnicas de Controle de Distúrbios Civis (CDC), no município de Marechal Cândido Rondon, região oeste do Paraná, neste último dia 29. O treinamento em técnicas de CDC faz parte do Plano Anual de Instrução do BPFron, que tem como objetivo o aprimoramento de toda a tropa da unidade com instruções teóricas e práticas, necessárias ao bom desempenho das funções inerentes à atividade policial militar.

Imprensa participa de confraternização de comemoração aos 160 anos da PMPR em Assis Vários órgãos de Imprensa de Assis Chateaubriand e região participaram por volta das 14h00 desta segunda-feira (04), no estande de tiros do Tiro de Guerra 05-015, de uma confraternização em comemoração aos 160 anos da Polícia Militar do Paraná. No evento além da Imprensa, parceiros e empresários da PM estiveram no local, onde participaram de um treino de tiro ao alvo, sendo utilizados revolveres e carabina calibre 38. O evento foi organizado pelo Capitão Nilson Rodrigues comandante da 3ª CIA, bem como o apoio dos sargen-

tos comandantes de destacamentos da região, tenente Aparecido de Palotina e a participação do Major Leonel José Bezerra comandante do 19º Batalhão com sede em Toledo. Após os tiros os

convidados foram recebidos com um banquete de café da tarde, fechando com chave de ouro o evento realizado em Assis Chateaubriand. Fonte: Rádio Jornal - Reportagem: Léo Silva e Germano Borges


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Orientações sobre como evitar incêndios, sobre cuidados com o botijão de gás e noções de primeiros socorros são algumas das lições que os soldados do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros, que atende a região Norte de Curitiba, passam em treinamentos realizados para moradores de conjuntos habitacionais da capital. Neste sábado (11), eles estarão com moradores do Residencial Aroeira IV, da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab). A ação é uma parceria do 7º Grupamento do CB com a Cohab-Curitiba e tem o objetivo de prevenir acidentes e demonstrar como proceder em situações de emergência. Desde o início de setembro, já aconteceram encontros nos empreendimentos Aroeira e Imbuia, no bairro Santa Cândida, que abrigam pessoas transferidos de áreas de risco e inscritos na Cohab. A copeira Lucilene de Bastos Assis, moradora do Residencial Imbuia II, que recebeu o treinamento no último sábado (04), destacou a importância destes conhecimentos ao recordar uma situação que viveu há 12 anos. "Meu filho tinha 15 dias e acabou se engasgando com refluxo depois de mamar. Quando eu vi ele esta-

Foto: Rafael Silva

Bombeiros orientam moradores sobre prevenção e primeiros socorros

va todo roxo, sem conseguir respirar. Em pânico, fiquei sem saber o que fazer e, no desespero, levei ele para minha vizinha. Se não fosse por ela, que conhecia os procedimentos, hoje ele não estaria entre nós", conta. PRIMEIROS MINUTOS Para o capitão do Corpo de Bombeiros, Alexandre Zem, as orientações são essenciais para evitar riscos maiores. "Em casos de emergência, os primeiros minutos são preciosos pra definir uma situação. Enquanto os bombeiros se deslocam até o local, quem está próximo já pode se adiantar na intervenção, evitando um desastre", afirma. O capitão explica que os treinamentos são realizados quando solicitados por empresas, condomínios e locais públicos, como asilos e hospitais. "Nosso objetivo é promover uma mudança cultural nas pessoas, mostrando ações básicas de segurança

e prevenção que podem salvar vidas", ressaltou. PROCEDIMENTOS Os bombeiros orientam que a primeira atitude a ser tomada em casos de emergência é ligar para o órgão responsável. "É preciso conhecimento de qual órgão é o mais indicado para cada situação. Isso agiliza o atendimento e o ganho de tempo é fundamental em emergências", explica Zem. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por exemplo, que atende pelo número 192, atua em situações que envolvam a área da saúde, como dores no peito, que podem ser sintomas de problemas no coração, ou desmaio, hemorragias, convulsões e intoxicação. Já o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) deve ser acionado quando acontecem traumas e ferimentos, em casos de acidentes de trân-

sito com feridos, vítimas de arma branca ou de fogo, quedas com fraturas, ataques de animais e choques elétricos graves. O telefone do Siate é 193. Na ocorrência de incêndios, a primeira ação recomendada pelos bombeiros é o desligamento da chave geral de energia, que evita que o sinistro tome maiores proporções. Também é importante o conhecimento de cada tipo de extintor: o de água é utilizado em materiais como madeira, papel e tecido; e o de pó químico é indicado para materiais elétricos que possam causa curto-circuito. CUIDADOS Após ligar para o órgão responsável, é necessário agir até a chegada do socorro. Na palestra dos bombeiros, os moradores aprendem alguns procedimentos a serem tomados em determinadas situações como engasgamento, crises convulsivas e queimaduras. Em situações de engasgamento, como a que Lucilene passou, os bombeiros orientam a virar o bebê de barriga para baixo e bater levemente nas costas para desobstruir as vias respiratórias. No caso de queimaduras, os profissionais esclarecem alguns mitos, como o de passar pasta de dente ou

pó de café, e explicam que o melhor é colocar somente água fria para refrescar. Nas crises convulsivas o certo é afastar os móveis e cuidar para a pessoa não bater a cabeça. NAS EMPRESAS Outra ação de prevenção do Corpo de Bombeiros é a atuação em conjunto com as empresas. Para atender polos industriais, como na Cidade Industrial de Curitiba e nos municípios de Araucária e São José dos Pinhais, foi criado o Plano de Auxílio Mútuo, uma ação de Defesa Civil no qual as indústrias se organizam para o atendimento de emergência. As ações de segurança, que incluem treinamentos preventivos mensais, são realizadas pelas empresas, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil municipal. "Os Planos de Auxílio Mútuo trazem uma resposta rápida em situações emergenciais, já que as indústrias têm condições de gerenciar, analisar o risco e dimensionar as ações a serem realizadas", explica o capitão Dimas Mengatti. "Cada empresa está preparada para agir se tiver um incêndio num empreendimento vizinho, por exemplo. Com isso, grandes tragédias foram evitadas nos últimos anos", completa.


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Corpo de Bombeiros comemora 102 anos e lança programa PrevFogo O Corpo de Bombeiros do Paraná realizou, nesta quartafeira (08/10), no Quartel do Corpo de Bombeiros, em Curitiba, a solenidade de comemoração dos 102 anos da instituição. Durante o evento foi lançado o programa PrevFogo, desenvolvido em parceria com a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), que vai permitir que o contribuinte possa fazer solicitação e acompanhar o passo a passo de vistorias, tramitação e emissão do certificados de liberação pela internet. O programa estará disponível a partir dos próximos dias no site da corporação. O vice-governador do Paraná, Flávio Arns, destacou, durante o evento, que as ações do Corpo de Bombeiros do Estado são referência para o País. “O Corpo de Bombeiros, junto com a Secretaria da Educação, vem investindo muito no projeto Brigada Escolar nas escolas, que é conhecido e elogiado nacionalmente. Durante os últimos anos também foram feitas reformas, ampliações e construções nos locais em que o Corpo de Bombeiros atua. E começa hoje o programa PrevFogo, para que pessoas de entidades que queiram ter o alvará, documentos e liberação por parte do Corpo de Bombeiros possam fazer tudo via internet. Tudo isso foram avanços importantes para o Paraná”, disse ele. O diretor-geral da Secreta-

ria da Segurança Pública, Lanes Randal Prates Marques, no evento representando o Secretário da Segurança Pública, Leon Grupenmacher, comentou sobre a importância da corporação. “É uma instituição de alta credibilidade, que honra a população do Paraná e garante um serviço valioso. Todos os bombeiros estão de parabéns, pois esta instituição abrilhanta e tem a plena confiança da população para todos os seus trabalhos. É um orgulho para o Paraná e para o Brasil o nosso Corpo de Bombeiros”. Ele também ressaltou que o Governo do Estado tem direcionado diversos investimentos para a corporação. “Os investimentos para o Corpo de Bombeiros são pesados. tanto em viaturas quanto em formação e tecnologia, permitindo que a instituição possa estar apta para enfrentar os desafios do futuro”, afirmou. Para o Chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coro-

nel Maurício Tortato, que representou o Comando-Geral na solenidade, é um orgulho ter o Corpo de Bombeiros como parte integrante da estrutura da Polícia Militar. “A PM é composta por grandes comandos, dentre os quais o Corpo de Bombeiros, que é um segmento de grande importância social e possui uma credibilidade muito grande. É uma satisfação participar de uma solenidade que é a valorização do bombeiro militar, que desempenha este papel importantíssimo de segurança para toda a sociedade paranaense”. O comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Juceli Simiano Junior, comentou que é uma honra estar à frente da unidade no aniversário de 102 anos da instituição. “É uma alegria e uma responsabilidade muito grande. O Corpo de Bombeiros tem um grande respeito da população do Paraná e do Brasil e a gente, por conta disso, tem um nível de responsabilidade alto

para manter a qualidade deste serviço”, apontou. Ele também falou sobre o lançamento do novo serviço da corporação, o programa PrevFogo, que já está funcionando internamente e que, nos próximos dias, será liberado para acesso do público. “Hoje fizemos o lançamento do serviço PrevFogo, que é um reconhecimento e um sinal de respeito às pessoas do Paraná, que em breve poderão realizar todo o processo de vistoria e análises de projetos fazendo o acompanhamento pela internet. Esta ferramenta permite maior eficiência e agilidade no processo de concessão da liberação do Corpo de Bombeiros para o funcionamento de empresas em nosso Estado. Isto demonstra respeito ao contribuinte, que merece um serviço ágil e de qualidade”. INVESTIMENTOS Simiano ressaltou, durante a solenidade, o apoio que o Corpo de Bombeiros tem recebido do Governo do Estado.

“Tivemos investimentos significativos em equipamentos de combate a incêndio, de busca de salvamentos, a aquisição de 30 caminhões de combate a incêndios e de 126 veículos leves, reformas e ampliações de construção de aquartelamentos, aumento no efetivo, enfim, é um esforço enorme do governo para dar as condições necessárias para a gente poder desenvolver um serviço adequado para a comunidade”, completou. HOMENAGEM Durante a cerimônia foi entregue a medalha Presidente Carlos Cavalcanti de Albuquerque, maior honraria do Corpo de Bombeiros do Paraná, cedida a pessoas que mais se destacaram em prol da segurança pública do Estado. A homenagem foi entregue ao tenente-coronel José Schirlo Mayer; ao major Ercules Alves de Carvalho; e ao major Fernando Luiz Grummt, todos do Corpo de Bombeiros. Matéria: SESP


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Em comemoração ao Dia das Crianças batalhão realiza festa para filhos de policiais militares

Para proporcionar um dia de alegria aos filhos de todos os policiais militares integrantes da unidade, o 13º Batalhão de Polícia Militar (13º BPM), pertencente ao 1º Comando Regional da PM (1º CRPM), realizou uma festa em comemoração ao Dia das Crianças. O evento ocorreu na tarde deste sábado (11/10), na sede do batalhão, no bairro Novo Mundo, em Curitiba (PR), capital do estado. "Considero que a família traz o suporte necessário para que a pessoa seja equilibrada. Um policial equilibrado presta um serviço melhor para a sociedade, então

se na casa dele as coisas vão bem, com certeza no serviço as coisas irão melhor. O objetivo é investir no que nós temos de melhor no 13º BPM, que é o capital humano. Acreditamos que seja importante que o policial goste da sua unidade e tenha orgulho em fazer parte dela", afirma o Comandante do 13º BPM, tenente-coronel Carlos Eduardo Rodrigues Assunção. As crianças puderam comer pipoca, algodão doce, refrigerante, cachorro quente, além de se divertirem nos brinquedos infláveis, na piscina de bolinha e na cama elástica. O Regimento de Polícia Montada (RPMOn)

também participou do evento com dois cavalos disponíveis para passeio. "Nunca tinha participado de uma festa dentro de um batalhão e brinquei em um monte de brinquedo, gostei de todos e me diverti muito. É legal conhecer o trabalho do meu pai e ver o que ele faz", conta Anderson de Lima Ramalho. "É a primeira vez que participo do evento, aproveitei para trazer minha família e achei super interessante, pois é importante para nós termos um momento de interação como este", ressalta o soldado Luiz Carlos Magalhães Júnior. O Corpo de

Bombeiros disponibilizou alguns de seus integrantes para interagirem com as crianças, sendo montado um equipamento da unidade para mostrar um pouco das atividades desenvolvidas. Os presentes também puderam andar em uma viatura do 13º BPM e conhecer um pouco o trabalho dos policiais militares. "Achei o evento muito bem organizado, com muitas opções de brincadeiras e atividades para as crianças. É a primeira vez que participo e me surpreendi, pois para nós é muito importante poder estar em momentos como este com nossos fami-

liares", disse o soldado Elcano Elias. Durante o evento um microônibus do 13º BPM foi até uma comunidade próxima para buscar algumas crianças. "Todas as ações que desenvolvemos pela unidade procuramos que tenham uma parcela de responsabilidade social, então é importante investir na família dos nossos policiais militares, mas sem esquecer daquelas pessoas que não tem a oportunidade e assim darmos para estas crianças um dia feliz", completa o tenente-coronel Assunção. Matéria: Márcia Santos jornalista PMPR


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“As balas passavam por cima das nossas cabeças, e o som lembrava o de um enxame de abelhas” Basílio Soika, sobrevivente da Segunda Guerra Mundial, conta como foram os meses em que esteve no conflito Em setembro de 1939, O líder da Alemanha, Adolf Hitler, ordenou que suas tropas invadissem a vizinha Polônia. O mundo assistia então aos primeiros passos de um dos momentos mais marcantes da história: a Segunda Guerra Mundial. Pelo menos 60 milhões de pessoas perderam a vida em seis anos de combates. Além do saldo de mortes, a guerra que dividiu o século 20 deixou heranças tristes para a humanidade, como o Holocausto e a criação das primeiras armas de destruição em massa. O Brasil esteve entre os países que lutaram contra as forças do eixo de nações liderado pela Alemanha nazista. A partir de 1944, mais de 25 mil soldados brasileiros desembarcaram na Itália para lutar ao lado do exército americano contra as forças de ocupação de Hitler. Uma testemunha viva dos horrores da segunda grande guerra reside em uma comunidade do interior de Pato Branco, no Sudoeste do Paraná. Hoje com mais de 90 anos, o agricultor Basílio Soika, mora com a esposa, Michelina Soika, com quem se correspondia na época em que estava entrincheirado nos campos de batalha. Da guerra, Soika guarda fotografias, documentos e a medalha que ganhou por ter participado da Força Expedicionária Brasileira (FEB). No

tempo nesse lugar. Quando nós ganhávamos terreno na batalha, avançávamos mais pra frente.

entanto, sua memória, já comprometida pela idade, não lembra facilmente dos seus tempos de pracinha e de outros momentos de sua vida. Com a ajuda da filha de Basílio, Ana Soika, o Diário do Sudoeste compôs o relato de um dos sobreviventes da segunda grande guerra. Como o senhor entrou para o exército? Basílio Soika - Nasci em Rio Claro do Sul, Paraná. Morei em São Paulo também. Minha mãe morreu quando eu tinha 15 anos, e foi meu pai que avisou que eu fui chamado para servir o exército, no 5º batalhão de Engenharia em Porto União, Santa Catarina. Naquela época, o Brasil ainda não estava na guerra. Depois de dois, três meses depois que entrei no exército, o governo declarou a Guerra aos países do eixo. Lembro que o capitão disse: “Não pensem em gurias, não pensem em mais nada, só pensem em guerra, vocês vão todos pra guerra”. Eu tinha 20 anos. Como foi o treinamento para a guerra? Ficamos quase dois anos treinando (O Brasil declarou guerra aos países do eixo em 1942, mas a primeiras tropas só foram enviadas a Europa em 1944). Os soldados foram escolhidos pelos médicos. Quem era bom era enviado, e

O pracinha e sua placa de identificação no campo de batalha

quem não estava preparado para o combate ficava de fora. Eu fui um dos primeiros a serem escolhidos. A viagem de ida para a Europa foi difícil? Fomos de navio, saímos do Rio de Janeiro. A viagem durou 14 dias. Dentro do navio era muito quente. Apesar disso a gente comia bem, passava bem. O único lugar que podia ficar era no convés, onde a gente ia olhar o mar. Desembarcamos em Nápoles. O navio ficou próximo do porto, então pegamos uma barcaça pequena, porque navios grandes não podiam atracar no porto. Tinham colegas que ficavam marejados, vomitavam, o barco balançava muito. Quando nós estávamos em terra, vieram os caminhões dos americanos, caminhões grandes. E aí fomos para os acampamentos. Ficávamos em barraquinhas, para dois soldados. Ficamos um bom

Como era a rotina na frente de batalha? Era preciso cuidar da linha de frente, e atirar quando enxergasse o inimigo. Trabalhamos na água também (Aqui, Basílio citou frases desconexas sobre a defesa de um porto e de uma ponte) sempre defendendo a linha de frente. Foi muito difícil, era preciso ficar atento, se cuidando o tempo todo. Sempre rastejando, devagar, sempre procurando um buraco, um lugar mais baixo pra se esconder, e de lá atirar no inimigo. Tinham as trincheiras, de 1,2 metros, e os foxholes (buracos), que os tanques conseguiam passar por cima. Eu vi muitos soldados alemães de perto, mas nunca tive medo, era preciso ter coragem sempre, e pensar só em avançar. Vi companheiros morrendo e chamando pela mãe, pelo pai. Para um deles eu ofereci água. Ele me pediu assim: “Me dê um pouco, que eu vou morrer”. Ele tomou e lá ficou. Eu não fiz nada, a gente não podia mexer, precisava cuidar a frente de batalha. Depois, quando o fogo cessava, os corpos eram retirados por outros soldados. E a comida? A comida era guardada em

pacotinhos quadrados. Tinha chocolate, bolachinha, carne seca, bem seca, a gente levava tudo na mochila. Água nós levávamos no cantil. Como era a relação entre os soldados? Todos eram amigos, não havia desavença. A maioria dos meus companheiros eram mineiros e baianos. Quando o fogo parava, nós conversávamos no front, fumávamos escondido (risos), não podia ser em qualquer lugar porque o inimigo podia ver o cigarro acesso e identificar nossa posição. Nós enterrávamos as bitucas para o inimigo não saber que tínhamos passado por ali. Quando parava o tiroteio parava tudo, não podia atirar. A gente conversava um com o outro nesse período. Havia trocas também, depois de um tempo na linha, mais ou menos três horas, vinham outros substituir. De que forma você lidava com a saudade? No campo de batalha nós procurávamos não pensar em mais nada além de avançar, era uma forma de não sofrer tanto. Sentia saudades do meu pai, escrevi algumas cartas pra ele e recebi algumas também. Mas muita coisa não podia ser dita, pra evitar que informações importantes pudessem cair na mão do inimigo. Nas cartas tinham os trechos que eram cortados.

Sim, fui ferido. Escutei um estrondo e desmaiei, não vi nada. Os médicos disseram que fui atingido na perna esquerda por um estilhaço de granada, A explosão arrancou a bota, fiquei com o osso exposto, mas me recuperei rápido. Tenho a cicatriz. Fui tratado no hospital, em Pistoia, e depois não fui mais para a linha de frente, fiquei atrás fazendo outros serviços, ajudando a fazer outras coisas. Lembranças da guerra. Medalha, placa de identificação e insígnia da Força Expedicionária Brasileira (FEB)

Era comum ver gente chorando. Vários eram casados, era muito triste. Sabe dizer quantas pessoas feriu ou matou em combate? Você pensava sobre isso? Eu carregava um fuzil e uma metralhadora grande. Combatia ao lado de um companheiro, que carregava a munição da metralhadora. Não vi nenhum dos alemães que eu alvejei. Quando sabíamos onde o inimigo estava mirávamos e atirávamos, não dava pra saber se ele caiu morto ou deitou, eram muitos. Também não cheguei a brigar corpo a corpo com ninguém. Quando nos abaixávamos, as balas passavam por cima das nossas cabeças, o som parecia o de um enxame de abelhas. O senhor se feriu na batalha?

Quais eram as principais dificuldades? Era muito frio. Mas eu estava acostumado, por causa do frio do Paraná, então não sofri muito com isso. Os mineiros e baianos sofreram bastante, eles tremiam que nem peixe na água (risos). Lidar com a morte também era difícil, ela estava sempre por perto. Como era a relação dos

brasileiros com o povo italiano? Com a maioria deles era uma relação de amizade. Chamavam a gente de soldado “paizano”. Os alemães eram chamados de “tedescos”, (Basílio falou algumas frases em italiano, que eram ditas pelos civis, cuja entonação transmite a ideia de descontentamento com presença do exército alemão no país). Quando nós almoçávamos no campo apareciam muitas crianças e mulheres. Eles pediam comida, chorando, e nós dávamos nossa refeição a eles.

ra. Eu estava no acampamento também quando soube que Mussolini estava morto. Pouco tempo depois a guerra acabou. Ficamos ainda alguns meses na Itália, antes de voltarmos para o Brasil.

Pato Branco) e falavam bem da vila. Eu tinha algum dinheiro guardado e comprei terras aqui. Moramos no interior de Bom Sucesso do Sul por muitos anos antes de virmos para Pato Branco.

E qual foi a sensação de voltar para o Brasil? Voltamos de navio também, descemos no Rio de Janeiro e vim de trem para o Paraná, direto para a casa do meu pai. O reencontro foi muito bom. Quase desmaiei (risos). Minha vida depois disso foi trabalhando na lavoura. Eu sempre trabalhei como agricultor.

O senhor participou da conquista de Monte Castelo? Não. Quando o monte foi conquistado eu estava na retaguarda, me recuperando da perna machucada. Isso aconteceu quase no fim da guer-

Como o senhor se mudou para o Sudoeste do Paraná? Quando estava servindo em Porto União eu vinha para a região buscar madeira em Palmas e Clevelândia. Conheci muitos carroceiros que vinham para Vila Nova (hoje

O senhor ainda tem ou manteve contato com os companheiros que conheceu na guerra? Não. Depois nunca mais vi ninguém. Eu apenas uma vez por ano a Francisco Beltrão. (De acordo com informações do Setor de Relações Públicas do 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, em Francisco Beltrão, os pracinhas visitam o quartel para a atualização de um cadastro e o recebimento de uma pensão). Texto e fotos: Nelson Junior (Entrevista publicada originalmente em março de 2011, no jornal Diário do Sudoeste, de Pato Branco)

Soika na Itália com colegas brasileiros. Ele é o primeiro a direita em ambas as fotos. (Crédito: Arquivo pessoal)


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Paraná conquista primeiro lugar geral no 31º Jogos Acadêmicos das Polícias e Bombeiros Militares do Brasil A Academia Policial Militar do Guatupê (APMG) homenageou no último dia 9 , os policiais paranaenses que participaram e conquistaram o primeiro lugar geral no 31º Jogos Acadêmicos das Policias e Bombeiros Militares do Brasil, realizado no mês passado em Cuiabá (MT). Também foram entregues troféus para os policiais que obtiveram boa classificação durante os jogos. Para o secretário da Segurança Pública, Leon Grupenmacher, o desempenho dos policiais na competição leva em conta o trabalho que o Governo do Estado tem feito para aperfeiçoar a corporação. “Isso é resultado de um investimento contínuo na qualidade dos policiais militares que adentram naquela que hoje é considerada uma das melhores, se não a melhor, Academia Policial Militar do Brasil, aqui no Paraná. Os resultados demonstram o preparo não só dos policiais, mas também de todos que os qualificam”,

aponta. O subcomandantegeral da Polícia Militar, coronel Péricles de Mattos, agradeceu aos policiais que se dedicaram para obter bons resultados nos jogos. “Vejo dois níveis de mérito: o mérito do atleta que procurou dar o seu melhor, sacrificando o tempo de lazer para poder se aprimorar e aperfeiçoar, e também vejo toda uma questão logística de suporte de técnicos, oficiais e praças que foram técnicos dos cadetes. Além disso, a coordenação dos comandantes da academia ajudou no efeito sinérgico para que nós fossemos campeões absolutos”, comenta.

Mattos também afirmou que o resultado demonstrou a boa qualidade do policial militar do Paraná. “A Academia do Guatupê é uma síntese da segurança pública. Nossos cadetes são os mais bem preparados porque possuem os melhores instrutores e as melhores condições para desenvolver. Isso os fortalece para que no futuro possam conduzir o destino da nossa organização e da segurança pública”, ressalta. O diretor de Ensino e Pesquisa da Polícia Militar, coronel Douglas Sabatini Dabul, explicou que a entrega

de troféus é um reconhecimento aos policiais que se esforçaram durante os jogos. “Este momento vem coroar todo o trabalho desenvolvido pelas equipes nos treinamentos fora do horário de trabalho. Nós sabíamos que o resultado não seria diferente, pois eles são bons no que fazem, não só no esporte, mas também nas atividades policiais que desenvolvem. O número de medalhas que trouxeram representa o empenho de todo o grupo”, avalia. HOMENAGEM Os grupos policiais que

conquistaram o pódio na categoria e receberam troféu durante o evento foram, com o primeiro lugar, as equipes: masculina de vôlei, masculina de orientação, masculina e feminina de atletismo, feminina de futsal, masculina e feminina de judô, tiro e basquete. A equipe de xadrez, que conquistou o segundo lugar e as equipes de futebol masculino, técnica policial militar e natação feminino, que ficaram em terceiro lugar, também foram homenageadas. Estavam presentes no evento o chefe da Casa Militar, coronel Adilson Castilho Casitas; o diretor-geral da Secretaria da Segurança Pública, Lanes Randal Prates Marques; o chefe de EstadoMaior da Polícia Militar, coronel Maurício Tortato; o diretor de Pessoal, coronel Antonio Carlos do Carmo; e o comandante da Academia Policial Militar do Guatupê, tenente-coronel Vanderley Rothemburg.


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Socorristas do Siate aprendem bandido ao atender acidente

Ao atender um acidente, os socorristas seguraram o ladrão até a chegada da Polícia Militar, que levou o marginal ao 3º Distrito Policial. Dois socorristas do Siate fizeram trabalho de polícia na manhã desta segunda-feira (13) e prenderam um ladrão de celulares, logo após ele atacar duas vítimas, na região do bairro São Francisco, em Curitiba. O cabo Damásio e o soldado Sava saíram do quartel dos Bombei-

ros no Pilarzinho, por volta das 9h30, para atender um motociclista que tinha se ferido após bater contra um carro. O acidente aconteceu perto do Shopping Mueller, mas quando a ambulância se aproximava do local, pela Rua Duque de Caxias, foi parada por duas garotas, que estavam bastante nervosas. Elas tinham acabado de ser assaltadas por um marginal,

que estava fugindo com os celulares. Os socorristas perceberam que o motociclista acidentado estava bem e resolveram perseguir o ladrão. "Vimos que ele estava perto ainda. Paramos a ambulância e corremos atrás até alcançá-lo, quase na Rua Mateus Leme. Na correria, ele jogou a faca que carregava perto de uma farmácia, então conseguimos dominálo facilmente", contou Sava. Os socorristas seguraram

o ladrão até a chegada da Polícia Militar, que o levou ao 3º Distrito Policial, no bairro Mercês. O rapaz, aparentando entre 20 e 25 anos, passou um nome aos policiais que não constava no sistema, por isso, os investigadores tiveram que chamar uma equipe do Instituto de Identificação. Ele será autuado por roubo, segundo os policiais. matéria: Jadson André Aliocha Maurício Colaboração/Cabo Damásio

NOTA Parabéns ao exemplo de determinação, superação sobre as adversidades da vida, enfrentadas com fé, garra e muita persistência, pelo 2º Sgt da Polícia Militar de Minas Gerais, especificamente da cidade de CordisburgoMG, que juntamente de sua esposa Telma e a Sra. Hayde e outros companheiros que constituiram uma Ong que faz a inclusão social dos jovens desamparados por suas famílias e que estão pelas ruas perambulando e sendo arregimentados pelo crime organizado e esquecidos pela sociedade. Congratulamo-nos com essa grandiosa iniciativa do Sgt. Leonardo, que serve de exemplo a todos nós, sobretudo, aos políticos, homens públicos e a sociedade em geral.

NOTA DE ESCLARECIMENTO A Associação Beneficente dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Paraná. esclarece a toda à Classe Empresarial, Industrial, Comercial, setor de Serviços, Bancos, Profissionais Liberais, Clínicas Médicas e Dentárias, que a entidade não auto-

riza e nem possui representante para estabele cer Convênios Corporativos e/ou Comerciais, nem para solicitar patrocínios em nome da entidade. Esclarecemos, que todo e qualquer tipo de convênio, deve ser realizado na entidade perante a Diretoria,

que analisará as propostas e submeterá à apreciação do Conselho Deliberativo para as devidas formalizações. Neste caso, se alguma pessoa que não da Diretoria da entidade vier aoferecer proposições, por favor ligue-nos através do Tel.: (41) 3324-

9025 ou envie e-mail para: abcspmbm@yahoo.com.br, Finalmente, esclarecemos, que contratamos a empresa JORNAL DESTAQUE POLICIAL MILITAR LTDA ME, CNPJ SOB Nº 07. 619.111/0001-20, estabelecidade à Rua 24 de maio, 262

Conjunto 404 Centro - Curitiba, PR e Telefone: (41) 3501-97-47, a qual está autorizada à angariar anúncios comerciais, para serem veiculados em nosso Jornal Cabos, Soldados e Bombeiros, órgão oficial de divulgação da entidade ABCS/PMPR.


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Polícia Militar de Tamandaré ganha destacamento e base móvel A Polícia Militar de Almirante Tamandaré ganhou novos equipamentos do Governo do Estado do Paraná, para manter a ordem pública no município. Nesta semana, o município com aproximadamente 120 mil habitantes viveu um dia histórico com a inauguração do Destacamento na região da Tranqueira e uma Base Comunitária Móvel, que atuará em pontos estratégicos durante 24h, além de duas motos para patrulhamento e a contratação de mais policiais. Os novos recursos visam suprir a necessidade dos cidadãos de Almirante Tamandaré, tendo em vista que o município é grande e existem bairros com acessos distantes um dos outros. O posto da polícia ficará a disposição da comunidade da Tranqueira durante o dia todo, com 12 policiais e uma viatura. A implantação do

Os novos equipamentos auxiliarão nas ações desenvolvidas pela Polícia Militar. Além disso, o Destacamento e a Base Móvel vão aproximar a polícia das comunidades

destacamento visa manter a ordem pública na região, que é distante do Centro de Almirante Tamandaré. O tenente coronel Monteiro explicou como funcionará o destacamento. "Terá pelo menos um policial aqui no posto de plantão para atender situações, fazendo boletim de ocorrência e passando chamados para os polici-

ais que estiverem em ronda. A localidade não tem altos índices de violência, mas registra índices de furtos e roubos e isso nós pretendemos zerar", disse. Os moradores da Tranqueira já estão se sentindo mais seguros com a implantação do Destacamento da Polícia Militar. A moradora Evanda Maria da Silva, disse que os comércios da re-

gião sofrem com assaltos, mas está confiante que isso vai acabar. "Já estamos nos sentindo mais seguros com a presença da polícia. Tendo policiamento, possíveis investimentos virão para trazer mais conforto para nós", disse a moradora. "A integração da polícia com estruturas sociais e órgãos públicos permitem um

desenvolvimento mais rápido para as regiões. Tenho certeza, que com os novos equipamentos da Polícia Militar os índices de violência em nosso município vão diminuir ainda mais, deixando a sociedade mais tranquila e em paz. O Destacamento da Tranqueira e a Base Móvel são grandes conquistas para toda a comunidade", concluiu o prefeito Aldnei Siqueira. Estiveram presentes: Coronel Rosa Neto, Comandante do 6º Comando Regional; Coronel Lanes Randal Prates, Diretor Geral da Secretaria de Segurança Pública do Paraná; Coronel Péricles de Matos, Subcomandante Geral da Polícia Militar do Paraná. O Presidente da Câmara, Amauri Lovato; vereador Abel, vereador Polaco. Além dos secretários municipais Marcos Souza, Leonel Siqueira, Eduardo Teixeira e Mailon Vaz.


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Polícia Militar - 2° Pelotão Campo Magro

Mais uma parceria do Governo Estadual com a Prefeitura Municipal, propiciará a população campomagrense mais segurança. O pelotão funcionará no prédio onde era a Secretaria de Educação, que foi transferida para o antigo prédio da Prefeitura. Os novos policiais estarão

à disposição do 22° Batalhão já a partir da próxima semana após a conclusão das obras necessárias para a implantação da infraestrutura necessária para o início dos trabalhos. O prefeito Louvanir Menegusso, juntamente com o comandante Ten. Cel Monteiro não mediram esforços

para esta grande conquista. Moradores e comerciantes da região também esperam mais tranquilidade no seu dia-a-dia, pois à presença da Polícia Militar com certeza inibirá ações de contraventores e o conforto de cada cidadão será preservado. Matéria via assessoria com fotos de Marcos S. Neto

Polícia Militar Ambiental do Paraná O Batalhão de Polícia Militar Ambiental é uma Organização Policial Militar (OPM) da Polícia Militar do Paraná (PMPR), especializada em policiamento ambiental; tendo sido a segunda unidade policial militar especializada nesse tipo de policiamento a ser criada no Brasil. A missão primordial da Polícia Militar Ambiental é zelar pelo cumprimento da legislação ambiental de defesa da flora e fauna silvestres em todo o Estado do Paraná; atuando preventivamente no sentido de orientar e dissuadir as transgressões. Desenvolver programas de educação ambiental junto à comunidade; realizando palestras em estabe-

lecimentos de ensino, e exposições técnicas a entidades públicas e privadas com participação popular; Realizar a prisão de infratores no cometimento de crimes ambientais; os encaminhando para a lavratura do flagrante e inquérito policial; Suas atividades são exercidas em estreita harmonia e cooperação com órgãos de proteção ambiental, tais como: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), dentre outros.


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Estados do Codesul discutem parceria para prevenir consequências do El Nino. Na mesa da esquerda para a direita: Ten.Cel.Edmilson Barros, Defesa Civil Paraná: Eduardo Alvim Leite, diretor do SIMEPAR e Fabiano de Souza, da Defesa Civil de Santa Catarina, durante workshop realizado na sede do Simepar, em Curitiba. Curitiba,14/10/2014. Foto - Antonio Costa/ANPr O Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, estados que compõem o Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul (Codesul), poderão atuar de forma conjunta para monitorar grandes eventos naturais e realizar ações de apoio à população. O assunto foi discutido durante workshop realizado na sede do Simepar, em Curitiba. O foco das ações conjuntas é o impacto do El Nino. A previsão é que neste ano a manifestação do fenômeno seja mais branda, mas os estados envolvidos continuarão as discussões para consolidar parceria de informações e ações. Este é o segundo encontro dos estados do Codesul para trata r d o tema. O primeiro foi em Florianópolis, há cerca de dois meses, quando se discutiu de que forma o El Nino pode atingir o país e quais consequências ele pode gerar. Em Curitiba, o tema é a integração entre os estados para prevenir as consequências, por meio do monitoramento feito pelos institutos

Foto: Arnaldo Alves / ANPr

Estados do Codesul discutem parceria para prevenir consequências do El Nino

Enchente na região de União da Vitória.União da Vitória

de meteorologia e para ações de resposta. “A integração terá retorno direto para a comunidade. O objetivo é que ela receba alerta e possa agir de forma correta, evitando danos maiores às famílias”, disse o coordenador executivo da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Paraná, tenente-coronel Edemilson de Barros. PARANÁ Barros explicou que o Paraná se beneficiará com a integração de informações. “Como as frentes frias vêm do Sul do Brasil, as informações do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, aliadas aos dois radares meteorológicos que o Paraná possui, nos dá condições de alerta antecipado”, afirmou. Em abril de 2013 foi inaugurado o radar do Simepar instalado em Cascavel. Com tecnologia de ponta, o equipamento representou um

salto de qualidade na previsão de chuvas e vento, bem como na detecção de eventos severos como granizo, tempestades e vendavais para a região Oeste do Paraná. Outro radar meteorológico está instalado em Teixeira Soares, no centro-sul do Paraná. Ambos funcionam de forma integrada, possibilitando o monitoramento meteorológico contínuo e sistemático de todo o Estado, além das regiões Oeste de Santa Catarina e Leste do Paraguai. O tenente-coronel Edemilson de Barros destacou, ainda, os programas estaduais que já apresentam resultados, como o modelo de alerta e alarme para o Litoral paranaense, que agora está sendo utilizado, também, em Francisco Beltrão, no Sudoeste, que sofre com a cheia do Rio Marrecas. “Em junho deste ano, 16 alertas foram emitidos antes

do desastre provocado pelas fortes chuvas, que deixou 152 municípios paranaenses em situação de emergência”, afirmou o coordenador executivo da Defesa Civil. Outro exemplo citado por ele foi a forte chuva em Guaraqueçaba, no início deste ano. “Com as informações do Simepar, foi possível alertar a população da cidade com 48 horas de antecedência. Isso possibilitou salvar vidas e evitar maiores danos materiais.” INTEGRAÇÃO De acordo com os institutos meteorológicos dos estados do Sul, o fenômeno El Nino, caso se configure no país, deverá vir de forma mais branda neste ano. Segundo o diretor de Prevenção da Secretaria Estadual de Defesa Civil de Santa Catarina, Fabiano de Souza, mesmo que as consequências do fenômeno não sejam fortes, os estados envolvidos conti-

nuarão as discussões para firmar uma parceria de informações. De acordo com ele, com a integração de informações, todos os estados são beneficiados tanto na parte de monitoramento quanto na parte de ações de respostas. “Verificamos o grande ganho que cada estado ao socializar a informação e trabalhar em conjunto”, disse Fabiano. Santa Catarina adquiriu, há cerca de dois meses, um radar meteorológico. “Podemos nos beneficiar do conhecimento que o Paraná tem para operar o equipamento”, afirmou Fabiano. Em caso de desastres naturais, um estado pode auxiliar o outro. Por exemplo, se Santa Catarina tiver material de ajuda humanitária em estoque, socorre o Paraná, e vice-versa. MONITORAMENTO Os Estados do Codesul possuem institutos meteorológicos que auxiliam o monitoramento, alerta e alarme. De acordo com César Duquia, responsável pela área operacional do Simepar, mesmo que o El Nino venha de forma mais branda, existe uma perspectiva de aumento de chuvas e de eventos severos para o Sul do Brasil. “Estamos fazendo um monitoramento com muito cuidado para que tenhamos a noção da abrangência do El Nino para o Paraná e para o Brasil”, disse Duquia. “É preciso ter informações dos estados vizinhos e também de países vizinhos”, afirmou.


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Câncer de Pele O câncer de pele configura como o tumor mais freqüente em nosso meio, correspondendo a cerca de 30% de todas as neoplasias malignas. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Combate ao Câncer) foram estimados 113.850 novos casos de câncer de pele para o ano de 2010. Os cânceres de pele se apresentam em duas variantes: melanoma (pinta) e nãomelanoma (lesão mais avermelhada). Sendo que o primeiro corresponde a 4% dos casos de câncer e os não melanoma a 94% dos casos. A exposição excessiva à luz solar é o principal fator de risco do câncer de pele. Pessoas de pele clara que vivem em locais com alta incidência de luz solar são mais propensas a apresentar a doença, o que justifica a elevada ocorrência de câncer de pele no país. É mais freqüente ao redor dos 40 anos e acredita-se que é a exposição precoce, prolongada e sem proteção nos primeiros 20 e 30 anos de idade, como o principal fator de risco para sua ocorrência. A região da cabeça e pescoço é a mais freqüentemente

acometida, pois são justamente os locais de exposição direta aos raios solares. A classificação de Fitzpatrick diferencia os tipos de pele em seis tipos a saber: I - pele muito clara, sempre se queima e jamais se brônzea, II - pele clara, sempre se queima, às vezes se bronzeia, III - pele menos clara, algumas vezes se queima, às vezes se bronzeia, IV - pele pouco escura, às vezes se queima, sempre se bronzeia, V - pele muito escura, jamais de queima, às vezes se bronzeia e VI - pele negra, jamais se queima e sempre se bronzeia. Esta classificação é importante uma vez que permite identificar os pacientes portadores de pele clara e de maior risco para a ocorrência do câncer de pele, vista que acima de 85% dos cân-

ceres ocorrem nos tipos I, II e III. Em relação aos demais tipos de câncer, o câncer de pele não melanoma têm às mais elevadas taxas de cura, principalmente através de cirurgia, apresentando algumas vezes, resultados estéticos e funcionais adversos em decorrência do tamanho da lesão ao diagnóstico. PREVENÇÃO Apresenta fatores de risco bem estabelecidos o que permite elaborar métodos de prevenção e assim reduzir sua incidência. O autoexame da pele é uma forma simples de detectar alterações da pele e que podem abrigar o câncer. O paciente deve procurar as lesões de pele que coçam, descamam, sangram ou que alteraram a forma e/

ou tamanho. Deverá seguir a regra do ABCD - A:assimetria, B:bordos, C:cor e D:diâmetro (> 6mm). Um exame importante para o diagnóstico e prevenção do câncer de pele é a dermatoscopia, que permite a ampliação da lesão em até 15 vezes ao gerar uma imagem ampliada no computador. A precisão diagnóstica é superior a 90% auxiliando na indicação ou contra-indicação de procedimentos cirúrgicos. Deve-se evitar a exposição á luz solar no período das 10h às 16h, quando a incidência da luz solar é mais intensa. Outras formas de proteção como chapéu e filtro solar são importantes para a prevenção. Óculos escuros com fator de proteção aos raios UVB e UVA,

não somente protegem contra o câncer de pele, mas também a outras patologias benignas como a catarata. Os filtros solares devem proteger contra os raios UVB e raios UVA, indicando-se os filtros com fator mínimo de proteção de número 15, renovando-o a cada 2 horas. O filtro de proteção solar (FPS) indica a relação entre o tempo que a pessoa pode se expor à luz solar antes de se queimar e o tempo que ela pode ficar exposta ao sol sem se queimar. Exemplo: uma pessoa que costuma se queimar após 10 minutos de exposição solar e usar um filtro solar de numero 15, terá 150 minutos de proteção, a menos que não ocorra transpiração excessiva ou ocorra exposição à piscina ou água do mar. Nestes casos o FPS deve ser renovado mais precocemente. Atualmente o HPMPR dispõem do Serviço de Cancerologia Cirúrgica, estando apto a fornecer orientações sobre a prevenção do câncer de pele, como também o diagnóstico e tratamento desta neoplasia tão freqüente em nosso meio. 1° Tenente PM Médico Eurico Cleto Ribeiro de Campos, Oncologista


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