Vozdaigrejajulho2014

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Mensagem do Administrador

Agenda Mensal dos Bispos

DOM RAFAEL BIERNASKI - Administrador Arquidiocesano

julho.2014

Sede Vacante e Administração Arquidiocesana No dia 26 de junho passado a Arquidiocese de Curitiba vive o acontecimento do falecimento repentino do Arcebispo Dom Moacyr José Vitti. Dom Moacyr depois de ter celebrado a Eucaristia na capela da residência episcopal e ter passado toda a manhã em reunião com os Presbíteros jovens da Arquidiocese na Casa do Clero, tendo almoçado com eles, retorna a sua residência e assentando-se na cadeira à mesa de refeição, na presença das pessoas de convivência diária, partiu para a plenitude pascal da mesa do Reino de Deus. Recebida a Unção dos Enfermos e velado na Catedral Metropolitana, os funerais aconteceram no sábado, dia 28 de junho. Com a solene Eucaristia celebrada, bispos, clero, familiares e comunidade cristã, viveram em comunhão com aquele que “dormiu no Senhor”, e seguida a encomendação a Deus, o seu corpo foi levado à sepultura onde repousa na cripta da Catedral. A partir do momento da vacância da sé episcopal, o governo da Arquidiocese foi confiado ao Bispo Auxiliar, o mais antigo por nomeação. No dia 1º de julho, convocado o Colégio dos Consultores, foi eleito Administrador Arquidiocesano o Bispo Auxiliar Dom Rafael Biernaski. O Administrador responde por todas as obrigações do Arcebispo diocesano, em particular a lei da residência na diocese e tem a obrigação de aplicar cada domingo e nos dias de preceito a Missa pelo povo. O Diretório dos Bispos orienta que “durante a vacância da sé o Administrador diocesano deve ater-se ao princípio de nada modificar”. Portanto, neste tempo de vacância até a nomeação do novo arcebispo, tudo prossegue como previsto durante o governo pastoral de Dom Moacyr. Segue-se o espírito da renovação paroquial, comunidade de comunidades, e, quanto orientado no XVII Plano da Ação Evangelizadora 2011-2015. Viva-se o ano vocacional e a preparação para o lançamento das missões com o lema “A alegria da missão”. O processo da nomeação do futuro arcebispo é conduzido pela Nunciatura Apostólica. Oportunamente o Núncio levantará a situação da Arquidiocese, sua necessidade e desafios, e consultará, pedindo indicação de candidatos. Será consultado o Colégios de Consultores e clero da Arquidiocese, os Bispos do Regional do Paraná, a Presidência Nacional da CNBB, Cardeais e alguns arcebispos do Brasil. O processo com as indicações sobre a Arquidiocese e uma terna de nomes será enviada ao Santo Padre Papa Francisco que decidirá e nomeará o novo arcebispo. Convido para que durante a sé vacante, os bispos, sacerdotes, as comunidades paroquiais e religiosas façam fervorosas preces pela nomeação do novo arcebispo e pelas necessidades da nossa Arquidiocese. Neste momento particular tudo é confiado aos cuidados maternais da nossa Padroeira Nossa Senhora da Luz.

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Dom Rafael Biernaski Administrador Arquidiocesano Região Episcopal Centro-Oeste

05 - Missa na Paróquia Santo Agostinho- Jubileu de Ouro de Ordenação Sacerdotal do Pe. Raimundo - Missa da Festa da Paróquia Santa Maria Goretti 06 - Missa na Paróquia Santa Edwiges - Crisma na Paróquia Santa Cecília 11 - Crisma na Paróquia São Rafael 12 - Crisma na Paróquia Profeta Elias 13 - Crisma na Paróquia Menino Jesus 16 - Missa no Carmelo 18 - Crisma na Paróquia São Rafael 19 - Missa na Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Campo Largo 20 - Ordenação Diaconal no Ginásio da PUCPR 25 - Abertura da novena na Paróquia Senhor Bom Jesus, na Ferraria 26 - Crisma na Paróquia Profeta Elias 27 - Missa na Paróquia Santa Edwiges

Dom José Mário Angonese Bispo da Arquidiocese de Curitiba Região Episcopal Norte

01 - Reunião da Pastoral Familiar 05 - Missa na Paróquia Santo Agostinho- Jubileu de Ouro de Ordenação Sacerdotal do Pe. Raimundo - Crisma na Paróquia São Miguel Arcanjo 06 - Missa da Festa na Paróquia São Paulo Apóstolo 08 - Reunião do Conselho dos Diáconos Permanentes, no Seminário Bom Pastor 09 - Expediente na Cúria 11 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Amparo 12 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Amparo 13 - Crisma na Paróquia São Pedro Apóstolo 15 - Reunião na Cúria com a Comissão BíblicoCatequética 16 - Missa na Comunidade Nossa Senhora do Carmo, na Paróquia Senhor Bom Jesus 18 - Reunião do Setor Almirante Tamandaré, na Paróquia Nossa Senhora das Graças 19 - Formação para as Catequistas na Paróquia São José Família 20 - Assembleia da Pastoral Familiar - Missa da Festa na Comunidade Colônia Rebouças - Ordenação Diaconal no Ginásio da PUCPR 26 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré 27 - Crisma na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Itaperuçu - Missa de Encerramento da Escola de Coordenadores de Catequese, na Casa de Retiros do Mossunguê 31 - Reunião da Pastoral Presbiteral

Expediente A REVISTA VOZ DA IGREJA É UMA PUBLICAÇÃO DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA SOB A ORIENTAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO CONSELHO EDITORIAL - Administrador Arquidiocesano: Dom Rafael Biernaski | Bispo da Arquidiocese de Curitiba: Dom José Mário Angonese. Vigário geral: Élio José Dall'Agnol Chanceler: Élio José Dall'Agnol | Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto. | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pa. Alexsander Cordeiro Lopes | Coordenador geral do clero: Pe. Marcos Honório da Silva | Assessora de Comunicação: Stephany Bravos | Jornalista responsável: Stephany Bravos | Revisão: Stephany Bravos - Zeni Fernandes |Colaboração voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral Projeto gráfico e diagramação: Editora Exceuni - Aldemir Batista exceuni@uol.com.br - 3657-2864. Impressão: Press Alternativa/Nova Gráfica - (41) 3047-4511 | 9751-5110 (comercial1@pressalternativa.com.br) - Tiragem: 10 mil exemplares.

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Ação Evangelizadora

Mestre em Teologia Pastoral pela PUC-PR E-mail: pe.riva@hotmail.com

PE. RIVAEL DE JESUS NACIMENTO

Comunidade de comunidades:

uma nova paróquia A Conversão Pastoral da Paróquia O texto oficial dos estudos 104 da CNBB chega agora em nossas mãos de maneira oficial, será de capa azul e será chamado de Documento 100. A abordagem de todo o documento é como situar a paróquia no processo de conversão pastoral. Como entender os sinais dos tempos e a conversão pastoral? O olhar, o ver, o marco da realidade, aquilo que já estamos planejando no Ano Missionário da Arquidiocese vem se estruturar nessa perspectiva, não podemos deixar de olhar metas e objetivos. O Documento 100 é um marco pós-conciliar, fruto de Gaudium et Spes e Evangelium Nuntiandi. Ainda estamos saboreando como uma criança que come uma iguaria muito boa, a exortação do Papa Francisco, “A Alegria do Evangelho”. Os bispos em seu texto oficial nos dão clareza do processo histórico que a paróquia atravessou nesses últimos séculos, a vida espiritual em Jesus que queremos que seja sempre nossa referência e toda ação pastoral brota Dele e se inspira Nele. Mas traz para nós todos os desejos de unidade, na força da Trindade, no desejo

de tornar nossa Arquidiocese mais unidade, mais santificada e evangelizada, como casa da Palavra, do Pão e da Caridade. Nessa mística em Cristo o dever de evangelizar é de todos que devem abrir as perspectivas para a Nova Evangelização: Bispos, padres, diáconos, família, mulheres, jovens, crianças e idosos... Todos como testemunhas do Reino! Nenhum movimento deve se isentar deste processo. Dom José Mario tem insistido muito nessa tarefa de sensibilizar os movimentos, e um movimento caminha bem, se contempla na vida pastoral, se tiver inserido na Arquidiocese, da mesma maneira que as comunidades de vida. É muito triste em uma paróquia, quando se têm projetos pessoais que se distanciam da vida diocesana, alheio às realidades do mundo contemporâneo. Todos nós sabemos a realidade de nossa igreja em Curitiba, as milhares de pessoas que chegam a cada ano em nossa Igreja, a pobreza que se alastra em toda a cidade e região metropolitana, as cidades-dormitórios que escondem a falta de emprego e moradia e outras fragilidades.

Reflexão

Mas vemos também uma força de líderes que mesmo na canseira trabalham com alegria, evangelizam com amor. Paróquias que já estão no projeto missionário desde 2007, são exemplos que saem das regiões episcopais que marcam nossa Igreja de Curitiba. O Documento 100 oferece pistas que nos marcam no Ano Missionário, uma revitalização da paróquia através de CPP e CAEP, da vida cristã no processo de iniciação, na liturgia e na espiritualidade. Com abertura para formação, no cuidado vocacional e no desafio de sair em missão. Que possamos saborear e ajudar na construção dessa renovação paroquial no serviço e na alegria e também no desejo de renovação. Aqui aproveito também para agradecer o apoio de todos os evangelizadores nesses quase cinco anos que fiquei em frente à Ação Evangelizadora da Arquidiocese. Obrigado: paróquias, movimentos e pastorais, aos amigos do Centro de Pastoral, na pessoa da Irmã Lourdinha, colaboradores da Mitra Arquidiocesana, ao clero e aos bispos. Agradeço a Dom Moacyr a confiança e incentivo de sempre. Que Nossa Senhora da Luz nos ajude e que eu possa sempre cumprir minha missão como sacerdote e fico à disposição sempre em minha comunidade paroquial no Campo Comprido, Santuário Nossa Senhora de Lourdes. Deus abençoe a todos nós construtores do Reino.

Arcebispo Emérito de Curitiba

DOM PEDRO ANTÔNIO MARCHETTI FEDALTO

Ano Vocacional

na Arquidiocese de Curitiba Agosto é o mês vocacional da CNBB, para despertar vocações sacerdotais, diaconais e religiosas. Foi Dom Moacyr José Vitti, Arcebispo Metropolitano de Curitiba, quem estabeleceu o Ano Vocacional na Arquidiocese de Curitiba. O Ano Vocacional visa à perseverança dos sacerdotes e dos seminaristas, com seu testemunho de profunda vivência de fé. O Concílio Vaticano II de 1962 a 1965 dedicou dois Decretos, um sobre o ministério e a vida dos presbíteros (Presbyterorum Ordinis), aprovado por 2390 Bispos, a 07 de dezembro de 1965 e outro sobre a formação dos seminaristas (Optatam Tolius), aprovado por 2318 Bispos, a 28 de outubro de 1965. Estes dois decretos foram longamente revistos e aprofundados em tantos cursos e escritos livros e revistas. A Igreja precisa de sacerdotes formados para a pastoral da evangelização, santificação do povo de Deus. Os Presbíteros são os colaboradores imediatos dos Bispos, sucessores dos Apóstolos, com a missão de ensinar o Evangelho a todos

os seres humanos. É uma missão sublime, mas árdua. A população mundial é de mais de 7 bilhões de pessoas, apenas um bilhão e duzentos milhões são católicos, e os sacerdotes apenas 400.000. Em toda a parte do mundo faltam sacerdotes. A população da Arquidiocese de Curitiba cresceu muito, mesmo depois da criação das Dioceses de Paranaguá, em 1962 e São José dos Pinhais, em 2006. O Seminário São José, fundado em 1896, o Seminário Rainha dos Apóstolos, em 1957, o Seminário Filosófico Bom Pastor, em 1998 e o Seminário Propedêutico São João Maria Vianey, em 2006, são mantidos para que a Arquidiocese de Curitiba tenha sacerdotes. No Ano Vocacional, é necessário que todos se empenhem para que os seminários tenham seminaristas e sejam bem formados. Mensalmente o Arcebispo Dom Moacyr visitava os seminários, celebrando a Eucaristia e se encontrando com os seminaristas para

uma reunião especial de formação. Também frequentemente o Arcebispo se encontrava com os Padres Formadores dos Seminários. Todos os meses, há uma reunião com os candidatos e com os Padres dos Seminários para conhecê-los, antes do ingresso. Também mensalmente são visitadas as paróquias por padres formadores e seminaristas do segundo grau do Seminário São José para despertar a vocação presbiteral e religiosa. Todos os sacerdotes diocesanos e religiosos devem empenhar-se em suas paróquias, rezando e despertando vocacionados. Nas paróquias, onde o pároco se interessa, há seminaristas. Os leigos também são convidados a orar pelas vocações e despertá-las. Merecem aplausos e agradecimentos o Movimento Serra (Frei Junípero Serra) e o das Capelinhas. Concluo este artigo, recordando as palavras de Cristo, depois de percorrer cidades e aldeias, pregando o Evangelho do Reino, compadecendo-se da multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. “Disse então aos discípulos, a messe é grande, mas poucos são os operários. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para a colheita” (Mt. 9, 36 - 38 e Lc. 10, 2). Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014 | 3


Comissão Litúrgica IONE BUYST

Padre deixe a Há alguns meses, participei de uma missa e fiquei agradavelmente surpresa com a maneira de o padre presidir, concentrandose em seu papel de presidência, sem interromper a toda hora a ação ritual com explicações ou introduções, ‘homiliazinhas’, brincadeiras ou reclamações, como tantas vezes se vê por aí, banalizando a liturgia, impedindo o mergulho no mistério celebrado. Depois da missa, fui agradecer pelo momento espiritual simples e profundo que nos havia proporcionado. E ele respondeu: “Aprendi com uma comunidade religiosa da qual fui capelão. Um certo dia, me chamaram e disseram: Padre, não fale. Deixe a liturgia falar!” Deixe a liturgia falar! Entre no seu ritmo ritual, dialogal! Não interrompa o diálogo da Aliança entre a comunidade e o seu Senhor. Sinta-se incorporado na assembleia, como parte dela, em toda simplicidade e autenticidade, objetivamente, tranquilamente, sem autoritarismo e sem se preocupar em ‘agradar’ ou ‘motivar’ a ‘plateia’ e ser aceita por ela. Assuma o papel da presidência de uma comunidade, orante, ouvinte, cantante..., celebrando com ela e não para a mesma. Deixe que a pessoa do Cristo transpareça por você, lembrando as palavras de João Batista: É necessário que ele cresça e que

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liturgia falar!

eu diminua... (Cf. Jo. 3-30). O momento é sagrado! A ação é decisiva para nossa vida. Estamos em contato com a seiva de nossas raízes, estamos sorvendo o sentido de nossa vida e de nossa morte, de nossos amores e desamores, de nossos empenhos, êxitos e fracassos... Estamos diante do Senhor, para sermos transformados/as ‘pascalmente’ por seu Espírito. Acredite profundamente naquilo que está realizando. Aprenda de cor os pequenos diálogos que fará com a assembleia, como a saudação inicial, a introdução ao evangelho, o diálogo inicial do prefácio, o convite à oração do Pai-nosso, a apresentação do pão e do vinho eucaristizados, a bênção final... Não leia orações; mas ore, de verdade, ainda que use as palavras prescritas no missal. Não copie sua homilia da internet ou de algum subsídio, mas tome seu tempo para debruçar-se sobre as leituras bíblicas, procurando qual a Palavra viva do Senhor hoje para esta comunidade (da qual você faz parte!); não faça da homilia um discurso, mas uma conversa familiar em tom pessoal. Não corra durante a oração eucarística, recitando-a de uma forma impessoal, numa corrida desenfreada a ‘cento e vinte por hora’, como se não tivesse valor nenhum, como se

não fosse um diálogo com o Pai! Não destaque de repente as palavras da narrativa da última ceia, mudando o ritmo e o tom de voz, como se somente estas palavras valessem a pena a serem proclamadas e ouvidas. E lembre-se de que não se trata de uma fala dirigida à assembleia, mas ao Pai, lembrando o que seu querido Filho nos mandou fazer! Não descuide dos preciosos silêncios previstos no decorrer da ação litúrgica, como um dos elementos essenciais para podermos descer até o fundo do coração e ouvir aí a voz do Pai. Deixe-se ‘contaminar’ pela fé e o fervor da comunidade. Sintonize com o Sopro de Deus, o Sopro de Jesus, o Espírito Santo, que ora e canta em você e em toda a comunidade. Ele nos une, a todos e todas, num só corpo e num só Espírito. Tudo o que foi dito até agora certamente vale também para os outros ministérios litúrgicos: por favor, não interrompam a ação litúrgica com comandos e explicações; deixem a liturgia falar por si.

COMISSÃO LITÚRGICA: mauricioanjos@hotmail.com / (41) 2105-6363. Bispo referencial: Dom Rafael Biernaski / Coordenação: Pe. Maurício Gomes dos Anjos.

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Animação Bíblico Catequética

Coordenador da Pastoral Catequética E-mail: catequese@arquidiocesecwb.org.br

PE. LUCIANO TOKARSKI

INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ E O ANO MISSIONÁRIO Elementos de missionariedade na preparação de pais e padrinhos Estamos com novos ventos na ação evangelizadora da Igreja! É temIgreja que po de avançarmos no sai caminho de uma “conpara versão missionária e servir pastoral, que não pode deixar as coisas como estão” (EG 25). Para isso, nossa Igreja local convoca todas as instâncias evangelizadoras a colocar-se profundamente em estado permanente de missão. A Comissão da Animação Bíblico-Catequética, inspirada pelas diretrizes arquidiocesanas do Ano Missionário, destaca a força missionária de todas as propostas para o itinerário da iniciação à vida cristã em estilo catecumenal, que constam do Diretório Arquidiocesano da Iniciação à Vida Cristã. Inicio falando da proposta para a preparação de pais e padrinhos para o batismo de crianças, destacando Igreja DOIS elementos de misque sai sionariedade: para --- Uma preparação anunciar de pais e padrinhos mais

personalizada, mais celebrativa e mais orante: uma Igreja missionária é uma Igreja que personaliza, ou seja, envolve-se, sai em busca, acompanha, semeia, é dócil, festeja e celebra cada nova geração. A preparação de pais e padrinhos para o batismo de crianças não deve limitar-se na exposição da teologia do batismo, mas deve contemplar elementos celebrativos, uma boa acolhida, uso de simbologia, partilhas de vida, momentos de oração e de experiência com Deus. O agente da Pastoral do Batismo é um missionário que visita, que personaliza, que acompanha, que fortalece, que celebra e que coloca os pais e padrinhos no caminho do Cristo Bom Pastor. --- Uma proposta ampla de acompanhamento dos pais e padrinhos: comumente nossas ações pastorais na preparação de pais de padrinhos são realizadas até o recebimento do sacramento. Hoje se exige uma mudança na postura da evangelização. É necessário um acompanhamento mais amplo, que vai desde a visita às ‘mães grávidas’ até ações concretas com as famílias e padrinhos após o recebimento do sacramento. Ações pastorais no tempo pré-na-

PASTORAL CATEQUÉTICA

CATEQUESE FAMILIAR A catequese familiar é uma urgência eclesial! Essa proposta da Comissão Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Curitiba, que consta do Diretório Arquidiocesano da Iniciação à Vida Cristã, tem como interlocutores os pais ou responsáveis pelos catequizandos que buscam a catequese para a iniciação cristã de seus filhos. A proposta compreende 8 encontros anuais com cada uma das 5 etapas da catequese, implantando inicialmente a primeira etapa. Uma vez por mês, pais ou responsáveis são chamados a vivenciar, celebrar, orar e partilhar a vida, refletindo sobre os diversos temas preparados. A coordenação arquidiocesana está visitando todos os setores pastorais de nossa arquidiocese, num encontro com as coordenações paroquiais de catequese, para esclarecer, conversar e especialmente motivar cada paróquia a implantar esse projeto tão importante. Momento singular para nossa Igreja que quer ir ao encontro e cuidar dessas famílias, evangelizando e anunciando Je sus Cristo com renovado ardor missionário!

Encontro com as coordenações paroquiais de catequese do setor Capão Raso, sobre a Catequese Familiar

Expediente

Encontro com as coordenações paroquiais de catequese do setor Pinhais, sobre a Catequese Familiar

tal, no tempo pré-batismal e no tempo pós-batismal devem favorecer Igreja que o envolvimento destas sai famílias na comunidade para paroquial e devem fordialogar mar verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo. O acompanhamento mais amplo dos pais e padrinhos sinaliza para uma Igreja em estado de saída, missionária e renovada, que forma pequenas comunidades, que investe no laicato, que favorece a pastoral orgânica e que acolhe os mais distantes e afastados, renovando as estruturas paroquiais. A alegria do Evangelho nos desperta para a missão e nos impulsiona a consolidar uma nova metodologia para a preparação de pais e padrinhos para o batismo de crianças em nossas comunidades. Façamos história, evangelizemos com arIgreja dor! Que Maria, Mãe que do Evangelho vivente, sai para ajude-nos a fazer restestemunhar soar a Boa Nova de Jecomunhão sus.

ITINERÁRIO PARA A PREPARAÇÃO DE PAIS E PADRINHOS - uma nova proposta O momento em que os pais procuram uma paróquia para batizar seus filhos deve ser aproveitado adequadamente, diante dos inúmeros desafios que a evangelização hoje enfrenta. É essencial que encontrem uma Igreja acolhedora e anunciadora da Boa-Nova. O objetivo principal deve ser a inserção na vida cristã a partir desse primeiro sacramento, vivendo vida de comunidade, celebrando e orando junto com a comunidade. Após longa reflexão por uma equipe específica constituída, após apresentação aos bispos e ao clero de nossa arquidiocese, após inúmeras contribuições vindas de diversas instâncias, uma nova proposta surgiu: A preparação de pais e padrinhos para o batismo de crianças deve acontecer de forma personalizada, ou seja, muito mais do que conteúdo doutrinal, há que se criar momentos de oração, conteúdos da fé, celebração e partilha de vida, apresentando uma Igreja que acolhe e conduz para experiências de fé. E como isso deve acontecer? Em cada edição do jornal Voz da Igreja, falaremos dos elementos essenciais dessa nova proposta e como ela tem surtido efeito extremamente positivo em inúmeras realidades paroquiais.

03 a 06 - Escola Catequética Emaús - 2ª etapa - promovida pelo Regional Sul. II de Catequese, com a participação de membros da Equipe de Reflexão da Comissão Bíblico-Catequética. 10 - Reunião com a coordenação de catequese da Comunidade Shalon, com a presença do Pe. Luciano Tokarski e Regina Menon. 15 - Reunião da Equipe de Reflexão sobre pós-crisma, com a presença de D. José Mario, a coordenação arquidiocesana e membros convidados. 25 a 27 - Escola de Coordenadores - 2ª etapa, na Casa de Retiros Nossa Senhora do Mossunguê.

COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: Pastoral Catequética, Pastoral do Batismo e Instituto Arquidiocesano de Formação na Fé (IAFFE) - catequese@arquidiocesecwb.org.br – fones: 2105-6318 / 2105-6356. Bispo Referencial: D. José Mário Angonese / Coordenação: Pe. Luciano Tokarski / Assessoria: Regina Fátima Menon / Design da página: Márcio Lima da Cruz. Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014 | 5


Bispos de Curitiba

Comunicação DOM RAFAEL BIERNASKI | DOM JOSÉ MÁRIO S. ANGONESE

“Um só coração” Este foi o lema escolhido por Dom Moacyr para orientar sua vida episcopal. Que sentimentos estariam no coração de nosso Arcebispo ao escolher este lema? Imagino que estivesse a citação do evangelho de João que diz: “e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10.16). É quando Jesus se identifica com o Bom Pastor e manifesta o desejo de reunir, em torno do Pai, todos os povos da terra. A unidade dos povos foi o sentimento de Dom Moacyr ao escolher este lema? Uma grande meta, ousada até. Certamente digna de um bispo: um grande bispo. Sim, porque o Bom Pastor expõe a sua vida pelas ovelhas, gasta a sua vida pela causa que acredita e, pela qual, vive e se consome. Faz disto um mandamento. Dom Moacyr adquiriu um diabetes porque trabalhou demais, acima do seu limite humano. Este pensar alia-se ao maior mandamento: o AMOR, a Deus e ao próximo. Quando este sentimento se transforma em meta, nos faz entender que viemos a este mundo para apender a amar e a treinar na vivência deste mandamento. A Pessoa faz da vida um dom radicalmente voltado para a causa que vive. Somente assim haverá “um só rebanho”. Os santos não foram, necessariamente, os mais perfeitos, mas os que muita força fizeram para atingir a per-

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feição. Treinar na vivência do amor para que haja um só rebanho e um só Pastor. “Um só coração”. Que meta nobre a de Dom Moacyr. E quem conviveu de perto, bem perto com ele, sabe o quanto ele buscou esta meta. Era visível o quanto ele tentou viver o seu lema. Muitas vezes usava a palavra coração. E, para completar, faleceu na véspera da festa do Sagrado Coração de Jesus e sepultado no dia do Sagrado Coração de Maria. Quem ousa ter na vida tal meta, partilha do sonho mais profundo de Deus, conforme a expressão de Teilhard de Chardin: a “Amorização do universo”. Dom Moacyr se deixava incomodar quando a teimosia humana insistia em se desviar deste horizonte. Tal era o seu desejo de atingí-lo. Mas, agora, já o contempla em plenitude, diante da face de Deus. A glória, a meta das metas de toda a criatura humana. Quando os olhos finalmente cerrados e o hálito extinguido docemente ouvir: “Vem servo bom e fiel (...) vem, entra na glória do teu Senhor” (Mt 25,21). E haverá um “um só coração”. Dom Moacyr (à esquerda do texto)Dom Moacyr José Vitti nasceu no dia 30 de novembro de 1940, no bairro Santana, Piracicaba/SP. Filho de João Vitti e Sophia Vitti, já falecidos em Americana. Engressou no Seminário Estigmati-

nos em 17 de janeiro de 1953. Estudou em Ribeirão Preto, fez o noviciado em 1960 e a primeira profissão religiosa no município Casa Branca/ SP. Cursou Filosofia e Teologia no Instituto Estigmatinos de Campinas. Fez sua profissão perpétua em 9 de dezembro de 1963 e foi ordenado sacerdote na Capela da Santíssima Trindade, em Campinas/ SP, em 16 de dezembro de 1967. Trabalhou por seis anos na Pastoral Vocacional e foi conselheiro provincial. Depois, por mais seis anos foi vice-geral da Congregação dos Estigmatinos em Roma e em seguida provincial da Província de Santa Cruz no Brasil. Doutorou-se em Teologia na Universidade Angelicum, de Roma. Sua nomeação como bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba ocorreu no dia 18 de novembro de 1987. A ordenação episcopal realizou-se em Americana/SP no dia 3 de janeiro de 1988. A nomeação de bispo diocesano de Piracicaba/SP ocorreu no dia 15 de maio de 2002, no ano Jubilar de Ouro da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Em 19 de maio de 2004, Dom Moacyr foi nomeado arcebispo de Curitiba, tomando posse no dia 18 de junho na Catedral Basílica Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Dom Moacyr José Vitti, faleceu em sua residência, no dia 26 de junho de 2014, vítima de um infarto.


Comunicação ALINE VONSOVICZ - Jornalista

“Sem comunicação não há vida, não há

cristianismo, não há evangelização” Elson Faxina aponta os desafios de se comunicar, disputando espaço entre tecnologia e comunidade

Durante os dias 24 a 27 de Julho, centenas de jovens comunicadores, profissionais da área ou interessados no tema, estarão juntos em Aparecida – SP para debater o atual cenário católico no 2º Seminário Nacional de Jovens Comunicadores, promovido pela CNBB. O evento acontece paralelamente ao 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e traz grandes ícones da comunicação católica no Brasil. O jornalista Elson Faxina ministra uma palestra sobre as mudanças socioculturais provocadas em comunidade com interferências da tecnologia, ora aliada da comunicação e outra, temida por muitos se não for utilizada na maneira correta – ou pelo menos, da forma ideal. Confira a entrevista abaixo com o profissional que dá dicas para um bom comportamento católico nas redes sociais e em outros veículos de comunicação.

1) Qual será o tema da palestra abordada no 2º Seminário Nacional de Jovens Comunicadores? Qual é a relação da palestra com o tema geral do encontro “Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura digital”? Eu vou trabalhar a partir do tema “Comunicação e mudanças socioculturais provocadas pelas tecnologias digitais”, que tem tudo a ver com o tema geral do encontro. Para mim e, creio, para todos que estudam e pesquisam comunicação hoje, trata-se de um desafio enorme entender, selecionar e apontar quais são, entre as muitas mudanças provocadas por essas tecnologias, àquelas que de fato merecem maior atenção nossa, enquanto cristãos, enquanto pessoas que são chamadas a vivenciar a fé nesse novo cenário sociocultural, de forma a contagiar outras pessoas com a nossa maneira de ser e viver para si e para o outro, em sociedade. Entre as mudanças que pretendo focar, uma é sobre as novas formas de constituir comunidade. Afinal, ser Igreja é viver em comunidade, mas essas novas tecnologias pluralizaram infinitamente as maneiras de se criar e viver comunidade. Essas novas comunidades, formadas por outras formas de convocação, são um dos maiores fenômenos potencializados por essas novas tecnologias. E nós precisamos entender essas novas “tribos” para nos inserirmos nelas, para contagiá-las com a mensagem evangélica. Outras mudanças trazidas por essas tecnologias se manifestam no volume de informações, não necessariamente críveis; na rapidez com que tudo acontece; desenvolvendo uma sociedade, especialmente a juventude, que busca pela felicidade imediata, ainda que passageira; uma sociedade pouco afeita ao aprofundamento dos temas, à reflexão, à contemplação; uma sociedade que cria vínculos pela paixão, mais do que pela obrigação. Isso significa dizer que devemos retomar a diferença entre temer a Deus e apaixonar-se por Deus. Aliás, precisamos compreender a diferença entre ser temente a Deus e ter medo de Deus. Ser temente é respeitar, ser devoto, ser dedicado. Devo trabalhar ainda sobre outra mudança provocada por essas tecnologias que muda, de alguma maneira, nossa relação com o conhecimento. Hoje, a sociedade, especialmente a juventude, entende o conhecimento quando construído no fazer mais do que no

Jornalista Elson Faxina

refletir. Somos uma sociedade que pensa com as mãos e com o corpo; uma sociedade que pensa mais com o coração do que com a cabeça. 2) Na sua opinião, qual é a importância de encontros como este? Esses encontros são fundamentais porque permitem algumas trocas essenciais de saberes. Um deles é sentir-se parte de algo muito grande, importante, necessário. Sentir que não está sozinho fazendo Pascom, mas que muita gente por esse país afora está “inventando” uma Pascom nova em cada lugar, porque ela deve responder às demandas do local onde se insere. Outro é conhecer novas práticas, novos modos de fazer Pascom, novas técnicas, conhecer quais as soluções que outros encontraram para coisas que são difíceis de se resolver na minha paróquia ou diocese. Outro ainda é aprender a partir da reflexão conjunta sobre os grandes temas que nos desafiam enquanto comunicadores cristãos, como é o tema deste ano. 3) Discutir comunicação deve ser uma prática constante do jovem católico, seja ele profissional da área ou não? Com certeza. Sem comunicação não há vida, não há cristianismo, não há evangelização. E comunicação não é um fenômeno dado,

fixo, imutável. Ao contrário, quanto mais se estuda comunicação mais a gente sente a necessidade de entendê-la melhor, para melhor praticá-la. Quem não discute, não estuda comunicação, envelhece, torna-se ultrapassado rapidamente. Entre as vertentes fundamentais da comunicação, destaco aqui duas: o domínio da técnica de se fazer comunicação e a compreensão do que queremos com a comunicação que fazemos. Nosso papel de comunicadores cristãos não é o de fazer boletins, produzir e veicular notícias e reportagens, dar uma boa palestra, fazer um belo programa de rádio ou de TV... nosso papel é construir sociedade. Por isso, devemos sempre nos perguntar: nossas reportagens, notícias, programas, nossos boletins, jornais, rádios e televisões estão ajudando a criar uma nova sociedade? Se sim, perfeito. Se não, que pena! Estamos perdendo tempo na vida; ou melhor, estamos perdendo a vida no tempo. 4) Diante do boom digital, como deve ser o comportamento católico perante as redes sociais? Há uma conduta a ser seguida? Enquanto conduta, creio sempre que a ética e a cidadania - que para mim são o mesmo que valores cristãos evangélicos - devem ser o eixo de nossa forma de agir na vida, portanto nas redes sociais. Devo usar essas redes com bom senso, com responsabilidade, de forma a respeitar o outro e garantir a integridade da informação que por ali se veicula. Por outro lado, devo aproveitar as redes sociais para agrupar as pessoas em torno de causas humanas, de compromissos sociais de cidadania, como nos ensinou Jesus Cristo. As redes sociais são o grande espaço que se abre hoje para a sociedade se comunicar. A qualidade dessa comunicação vai depender de nós. Aliás, as redes sociais são hoje o espaço de uma infinidade de novas comunidades que vão sendo criadas e recriadas. Nós precisamos estar nessas comunidades e fazer ali a diferença. Mas, provavelmente, a diferença ali não será estabelecida pelo verbo, pela palavra, pelo que eu digo; mas pela ação, pelo exemplo, pelo que eu faço. Nós vivemos uma sociedade em que o verbo passa pela carne; isto é, a palavra só se consolida se se tornar vida ou se for dita a partir da vida, da vivência. É uma sociedade que parece nos pedir: “não me diga, mostre-me”. Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014 | 7


Comunicação ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

São Cristóvão é o protetor dos motoristas e dos viajantes. Viveu provavelmente na Síria e sofreu o martírio no século III. Viveu em 251 DC, é um dos “Quatorze Santos Ajudantes” que apareceram para Santa Joana D’Arc. Um mártir, São Cristóvão chamado Kester morreu em Lycia, na Ásia Menor (atualmente Turquia). Resolveu servir apenas aos mais fortes e bravos. Em sua busca por tais indivíduos, ele acabou servindo a um rei poderoso e a um indivíduo que alegava ser o próprio Satanás, mas acabou por achar que faltava coragem a ambos, uma vez que o primeiro temia o nome do diabo e o último se assustara com a visão de uma cruz na estrada. Em seguida, ele encontra um eremita que lhe educou na fé cristã, batizando-o. Se recusou a jejuar e a rezar para Cristo, mas aceitou a tarefa de ajudar as pessoas a atravessar um rio perigoso, no qual muitos haviam morrido ao tentar fazer a travessia. Diz a tradição que ele era um homem muito forte. Certo dia um menino pediu para ajudá-lo e São Cristóvão colocou-o nos ombros e começou a atravessar o rio. A cada passo a criança ficava mais pesada e São Cristóvão se esforçava ao máximo para salvar o menino. São Cristóvão disse à criança que estava muito difícil e que parecia estar carregando o mundo! E a criança respondeu: “Tiveste às costas mais que o mundo inteiro. Transportaste o Criador de todas as coisas. Sou Jesus, aquele a quem serves”. Em seguida, a criança ordenou que fixasse seu bastão na terra. Na manhã seguinte, apareceu no mesmo local uma exuberante palmeira. Este milagre converteu a muitos, despertando a fúria do rei da região. Cristóvão foi preso e, depois de um martírio cruel, decapitado. Por isso São Cristóvão é invocado por todos antes de fazerem uma jornada. São Cristóvão (em latim: Christophorus). Christopher significa “carregador de Cristo” ou “porta-Cristo”. (Christo-phoros). As suas relíquias estão em Roma e Paris. Ele é invocado contra acidentes. Existe uma tradição antiga, que diz que quem olhasse a imagem de São Cristóvão passaria aquele dia sem qualquer dano. Daí a grande quantidade de imagens e pinturas de São Cristóvão nas Igrejas, lojas e residências. Sua festa é celebrada no dia 25 de julho.

Padre Silvio e Paroquianos da época

Igreja Antiga

Diz o “Livro Tombo” da Paróquia São Cristóvão: “Os iniciadores da vida religiosa em Vila Guaíra foram o Sr. Francisco Prochaska e sua esposa dona Bárbara. Tendo vindo residir em 1927 nesta localidade, em 1928 iniciaram o ensino do catecismo. Muitas turmas de crianças foram preparadas para a 1a Comunhão. Aos domingos o casal Prochaska conduzia as crianças à Igreja do Portão”. Em 1953 organizou-se um centro de catecismo, ao ar livre, e que em 1954 passou a ser dado na Sociedade Operária e Beneficente Guaíra, com o consentimento da Diretoria da mesma. Em 1955 voltou-se a dar catecismo ao ar livre, mas então já estava sendo construído o Centro Social, onde, a 13 de maio de 1956, Dom Manoel da Silveira D’Elboux, Arcebispo Metropolitano, celebrou a primeira missa. Neste ano se inicia também o Movimento das Capelinhas. Em meados de 1957 teve início o movimento para a construção da igreja. Em janeiro de 1958 deu-se início à celebração regular das missas dominicais, sendo muitas vezes o próprio Dom Manoel quem as celebrava. No dia 1o de junho deste ano fez-se a festa da cumieira, e no dia 8 foi celebrada a primeira missa dentro da igreja. No dia 27 de julho de 1958 foi lido durante a missa, pelo Arcebispo Dom Manoel da Silveira D’Elboux o decreto da criação da nova Paróquia de São Cristóvão. E, no dia 28 de setembro do mesmo ano, Dom Manoel nomeou e deu posse ao primeiro Vigário, o Padre Sílvio Sattler. Teve, assim, seu início a obra salesiana de Dom Bosco no Estado do Paraná.

Fonte: Paróquia São Cristóvão

Oração a São Cristóvão Ó glorioso mártir São Cristóvão, alma generosa que caminhaste como gigante nos caminhos da virtude, até o extremo de confessar o vosso Batismo misturando o vosso sangue ao precioso Sangue de Jesus Cristo, divino Redentor nosso. Confiados na eficácia de vossa intercessão, nós vos rogamos nos livreis de todos os perigos e acidentes nas viagens que empreenderemos durante esta vida e sobretudo na última jornada para a casa de nossa eternidade. Amém.

8 | Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014

PÁROCO: Padre Adriano Cemin (desde 2011) HORÁRIO DAS MISSAS: Terça a sábado – 19h

Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014 | 9


Comunicação ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

São Cristóvão é o protetor dos motoristas e dos viajantes. Viveu provavelmente na Síria e sofreu o martírio no século III. Viveu em 251 DC, é um dos “Quatorze Santos Ajudantes” que apareceram para Santa Joana D’Arc. Um mártir, São Cristóvão chamado Kester morreu em Lycia, na Ásia Menor (atualmente Turquia). Resolveu servir apenas aos mais fortes e bravos. Em sua busca por tais indivíduos, ele acabou servindo a um rei poderoso e a um indivíduo que alegava ser o próprio Satanás, mas acabou por achar que faltava coragem a ambos, uma vez que o primeiro temia o nome do diabo e o último se assustara com a visão de uma cruz na estrada. Em seguida, ele encontra um eremita que lhe educou na fé cristã, batizando-o. Se recusou a jejuar e a rezar para Cristo, mas aceitou a tarefa de ajudar as pessoas a atravessar um rio perigoso, no qual muitos haviam morrido ao tentar fazer a travessia. Diz a tradição que ele era um homem muito forte. Certo dia um menino pediu para ajudá-lo e São Cristóvão colocou-o nos ombros e começou a atravessar o rio. A cada passo a criança ficava mais pesada e São Cristóvão se esforçava ao máximo para salvar o menino. São Cristóvão disse à criança que estava muito difícil e que parecia estar carregando o mundo! E a criança respondeu: “Tiveste às costas mais que o mundo inteiro. Transportaste o Criador de todas as coisas. Sou Jesus, aquele a quem serves”. Em seguida, a criança ordenou que fixasse seu bastão na terra. Na manhã seguinte, apareceu no mesmo local uma exuberante palmeira. Este milagre converteu a muitos, despertando a fúria do rei da região. Cristóvão foi preso e, depois de um martírio cruel, decapitado. Por isso São Cristóvão é invocado por todos antes de fazerem uma jornada. São Cristóvão (em latim: Christophorus). Christopher significa “carregador de Cristo” ou “porta-Cristo”. (Christo-phoros). As suas relíquias estão em Roma e Paris. Ele é invocado contra acidentes. Existe uma tradição antiga, que diz que quem olhasse a imagem de São Cristóvão passaria aquele dia sem qualquer dano. Daí a grande quantidade de imagens e pinturas de São Cristóvão nas Igrejas, lojas e residências. Sua festa é celebrada no dia 25 de julho.

Padre Silvio e Paroquianos da época

Igreja Antiga

Diz o “Livro Tombo” da Paróquia São Cristóvão: “Os iniciadores da vida religiosa em Vila Guaíra foram o Sr. Francisco Prochaska e sua esposa dona Bárbara. Tendo vindo residir em 1927 nesta localidade, em 1928 iniciaram o ensino do catecismo. Muitas turmas de crianças foram preparadas para a 1a Comunhão. Aos domingos o casal Prochaska conduzia as crianças à Igreja do Portão”. Em 1953 organizou-se um centro de catecismo, ao ar livre, e que em 1954 passou a ser dado na Sociedade Operária e Beneficente Guaíra, com o consentimento da Diretoria da mesma. Em 1955 voltou-se a dar catecismo ao ar livre, mas então já estava sendo construído o Centro Social, onde, a 13 de maio de 1956, Dom Manoel da Silveira D’Elboux, Arcebispo Metropolitano, celebrou a primeira missa. Neste ano se inicia também o Movimento das Capelinhas. Em meados de 1957 teve início o movimento para a construção da igreja. Em janeiro de 1958 deu-se início à celebração regular das missas dominicais, sendo muitas vezes o próprio Dom Manoel quem as celebrava. No dia 1o de junho deste ano fez-se a festa da cumieira, e no dia 8 foi celebrada a primeira missa dentro da igreja. No dia 27 de julho de 1958 foi lido durante a missa, pelo Arcebispo Dom Manoel da Silveira D’Elboux o decreto da criação da nova Paróquia de São Cristóvão. E, no dia 28 de setembro do mesmo ano, Dom Manoel nomeou e deu posse ao primeiro Vigário, o Padre Sílvio Sattler. Teve, assim, seu início a obra salesiana de Dom Bosco no Estado do Paraná.

Fonte: Paróquia São Cristóvão

Oração a São Cristóvão Ó glorioso mártir São Cristóvão, alma generosa que caminhaste como gigante nos caminhos da virtude, até o extremo de confessar o vosso Batismo misturando o vosso sangue ao precioso Sangue de Jesus Cristo, divino Redentor nosso. Confiados na eficácia de vossa intercessão, nós vos rogamos nos livreis de todos os perigos e acidentes nas viagens que empreenderemos durante esta vida e sobretudo na última jornada para a casa de nossa eternidade. Amém.

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PÁROCO: Padre Adriano Cemin (desde 2011) HORÁRIO DAS MISSAS: Terça a sábado – 19h

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Dimensão Missionária

Ano

Missionário ou Igreja

Missionária? Não há, de fato, um mês missionário, um ano missionário, mas uma Igreja Missionária. É um tempo para despertar, incentivar e alimentar a mentalidade missionária que todos recebemos no dia do nosso Batismo. Muitos de nós tivemos a graça de nascer numa família cristã e fomos criados a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo. Nos últimos anos, com as mudanças aceleradas da sociedade, isso afetou diretamente a família e por consequência, a formação religiosa. A educação cristã hoje necessita urgentemente ser focada na fé sem desvincular da vida. Fé e Vida caminham juntas, daí, a urgência da Missão. A tarefa principal do missionário é levar a Palavra de Deus às pessoas, sobretudo, às que não frequentam nossas Igrejas, pastorais e movimentos. A missão é querigmática, anunciar Jesus e Sua Mensagem. Tornar Jesus conhecido e amado, fazer discípulos, seguidores de Jesus. Quem teve a experiência do Encontro com Jesus, adquire uma nova consciência: de que não pode ser discípulo de Jesus Cristo, quem não O segue, O vive e O anuncia. Precisamos de uma paróquia missionária, de uma Igreja em estado permanente de Missão, que pede a cada batizado, compromisso e dedicação, amor ao próximo, disponibilidade para servir. Missão na família, na escola, no traba-

Equipe de Articulação Missionária nas reuniões mensais

lho, visita aos nossos irmãos que sofrem! Doentes e idosos quase sempre recebem a visita das mesmas pessoas, não visitamos os mais pobres, aqueles que se mudaram há pouco tempo, é preciso deixar a comodidade de nossas estruturas para ir ao encontro daqueles que mais necessitam. Em resposta a esta realidade pessoal e comunitária, a Arquidiocese de Curitiba, já em seu XVII plano da Ação Evangelizadora, apontou em 2011 que precisamos de Missões Populares. Para dinamizar esta proposta, no ano passado, Dom Moacyr nomeou a Equipe de Articulação Missionária que iniciou com sete pessoas e hoje está assim consti-

tuída: Dom José Mario Angonese, bispo referencial das Missões; Pe. Waldir Zanon, coordenador da equipe; Pe. Alex Cordeiro, Pe. Rivael de Jesus Nacimento e Ir. Lourdinha da Ação Evangelizadora; Odaril José da Rosa, Ir. Patrícia Souza e Nadi Maria de Almeida do Conselho Missionário; Jadilson Mendonça, Pastoral da Educação; Diác. Antonio Carlos Bez e Salete Bez, da Dimensão Social; Pe. Dionysio Seibel SJ; Pe. Rafael López Villaseñor, MX; Pe. Miguel Taboada, MX; Pe. Eder Spak; Pe. Marcondes Martins Barbosa; Pe. Anderson Matias Bueno; Pe. Domingos Savio de Oliveira, MCCJ;.Pe. Osni Pavão dos Anjos e Pe. Anderson Matias Bueno.

Concurso Ano Missionário A equipe de Animação Missionária vem prestando assessoria aos Setores Pastorais e demais organizações da Arquidiocese. Para agendar a presença de alguém da equipe, favor entrar em contato com o Conselho Missionário Diocesano – COMIDI nos telefones: 2105-6375 e 2105-6377 falar com Ir. Patrícia ou Nadi. Veja também no site www.arquidiocesedecuritiba.org.br Informações sobre o concurso para escolha da Oração, Logo e Música das Missões de nossa Arquidiocese.

Expediente

COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: comidi@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6376. Coordenador: Odaril José da Rosa.

10 | Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014


Comunicação

Vocação e missão: dois lados da mesma moeda “Os onze discípulos foram para a Galileia, para a montanha que Jesus lhes tinha designado. Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns hesitavam ainda. Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a Ide, pois, e ensinai a todas as nações observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28, 16-20). Um autêntico serviço de animação vocacional é antes de tudo uma ação evangelizadora e genuinamente missionária. Nos evangelhos, aquele que chama é o mesmo que envia. Tal realidade confirma que vocação e missão são partes de um binômio inseparável e complementar. Ou, como diz a expressão popular: são dois lados de uma mesma moeda. Lados distintos, cada um com suas características próprias, mas partes de uma realidade inseparável, onde uma pressupõe a outra. Quando falamos em Missão o final do Evangelho de Mateus é muito significativo: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações” (Mt 28, 19). Quando Cristo dá aos discípulos o mandato de irem por todo o mundo e pregarem a Boa Nova é neste momento que se inicia a missão dos onze. O fato é que após a Ressurreição, Jesus irá voltar ao Pai e quem dará continuidade à sua missão são os discípulos. Os onze discípulos deste momento representam toda a Igreja, e quem dá continuidade hoje à missão de Cristo é a Igreja, ou seja, nós. Jesus quando chama os doze “Vinde após mim e vos farei pescadores de homens” (Mt 4, 19) já lhes afirma qual será sua missão, isto é, serem pescadores de homens, portanto, a vocação e a missão dos discípulos estão juntas. O Cristo chama (vocare) para um determinado papel, portanto, Deus sempre chama alguém com um propósito. É bem claro, que o propósito dos discípulos era “pescar homens”, anunciar o Evangelho, fazer discípulos de Jesus. O chamado de Jesus é uma vocação, um chamado irresistível e cria vínculos pessoais com o Mestre nos tornando discípulos permanentes d’Ele e compartilhando em tudo Sua Vida e Sua Missão. É a partir de um encontro pessoal que Cristo chama cada um pelo nome para participarmos da construção do Reino de Deus. Olhando atentamente para o final do Evangelho de Mateus temos ali o verbo “ir” no imperativo: “Ide”, é, portanto, um mandato divino, Cristo chamou seus discípulos e ao final de sua presença entre nós enviou-os como missionários para fazer discípulos anunciar o Evangelho a toda criatura. A reflexão que podemos fazer é que não temos a opção a partir de nosso chamado se queremos ou não ser missionários, a partir do momento que fazemos a experiência de encontro somos enviados em missão, assim como foram os onze no final do Evangelho. Também cada um de nós é chamado por Cristo e somos seus discípulos missionários como já nos lembra o Documento de Aparecida.

Não há cristianismo se não levarmos a Boa Nova de Cristo para torná-la conhecida, anunciada, vivida e testemunhada em nossas vidas. Nada melhor para ilustrar essa relação entre Missão e Vocação como o diaconato. Os diáconos participam de modo especial na missão e graça de Cristo. Toda vocação constitui um serviço; o chamado ao diaconato o é de forma especial, por ser o diácono, sinal sacramental de Cristo-Servo. A ESPIRITUALIDADE DIACONAL O diácono permanente, como consagrado aos mistérios de Cristo e da Igreja, deve sempre se esforçar para ser agradável a Deus, na prática da vida litúrgica, do amor, da oração e do serviço divino, bem como no exercício da obediência, da caridade e da castidade. É da caridade pastoral de Jesus que o diácono recebe a força e o modelo do seu agir. Esta é a espiritualidade do diácono, que deve integrar harmonicamente, em cada caso, com a espiritualidade ligada ao seu estado de vida, adquirindo assim conotações diversas conforme vivida por um diácono casado, viúvo ou celibatário (Documento 157, n.12). A espiritualidade do diácono permanente deve ser vivida na centralidade da Palavra de Deus e da Eucaristia, na vivência dos sacramentos

e de toda a liturgia, “a espiritualidade diaconal há de ser vivida também na leitura orante da Palavra de Deus, na Liturgia das Horas, na oração pessoal e familiar, na caridade pastoral, na orientação espiritual, na partilha comunitária e na comunhão eclesial” (Documento 96, n. 172). A vida espiritual integra o homem em sua globalidade e modela a vida a partir da própria situação pessoal, profissional e religiosa, conforme suas experiências e valores próprios. Na vivência do sacramento do Matrimônio e da Ordem, o diácono permanente construirá uma espiritualidade profunda, envolvendo a esposa e os filhos no serviço de Cristo, no anúncio e na construção do Reino (Documento 96, n. 169). Dado que o diácono permanente é simultaneamente pai e esposo, exerce uma profissão civil e se consagra à comunidade eclesial, mediante o sacramento do Batismo e da Ordem, sua vocação abrange vários aspectos, particularmente em três dimensões: familiar, profissional e eclesial. Embora com desafios próprios, tais dimensões contribuem para a realização vocacional; harmonizar tais desafios e colocá-los a serviço da missão constitui tarefa diária em busca do necessário equilíbrio.

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Educação

Professor de Filosofia. Diretor auxiliar do Colégio Estadual Padre Cláudio Morelli.(SEED)

LUCIANO EZEQUIEL KAMINSKI

Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia Santa Madre Maria Josefa Rossello: “O coração a Deus e as mãos ao trabalho” “Um garoto travesso que corria incansável pelas escadarias do colégio quando decorava a tabuada. Era um diabinho, como todo menino. Como poderíamos saber que se tornaria papa!” Assim descreve a irmã Martha Rabino, com quem Francisco Bergoglio sempre tomava chá com leite, no Colégio Nossa Senhora da Misericórdia, em Flores, bairro de Buenos Aires. Irmã Dolores Tortolo, catequista de Cristina Kirchner e de Francisco, passou com ele os seus últimos momentos de vida. Mas não é deste Francisco que teceremos a matéria. Quantos Franciscos, Cristinas, Zezinhos, Terezinhas... não passaram pelas mãos zelosas das amigas, cuidadoras, enfermeiras, professoras, Irmãs da Congregação das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia? Quantos meninos e meninas foram atendidos em suas escolas, abrigos de resgate da escravidão? Quantas meninas foram retiradas das condições sub-humanas da prostituição? Não façamos contas pela fria aritmética. O resultado da formação e resgate da dignidade humana que, hora ou outra, se perde pelas mazelas da sociedade afoita, não se mensura com números. É plano da graça divina. Devotas da Santa Virgem, do Crucifixo e da simplicidade, as Irmãs fizeramse presente em vários países de quatro continentes (América, Ásia, África e Europa). Santa Madre Maria Josefa Rossello é considerada padroeira dos necessitados. Segundo a saudosa Irmã Albina, a Santa Rossello divide, em algumas regiões da Europa, com as Santas Justa e Rufina, a popular proteção dos oleiros. Canonizada em 1943, tem seu cor-

Expediente

po ainda preservado na casa-mãe da Congregação em Savona, na Itália. Nascida em 27 de maio de 1811 na cidade de Albissola Marina, província de Savona, na Itália. Benedetta - nome de batismo, e mais nove irmãos, eram filhos de Bartolomeu e Maria Dedone, oleiros fabricantes de vasilhas. Além de ajudar nas tarefas de casa e cuidar dos irmãos era muita estudiosa. Aos 19 anos foi trabalhar na casa de um rico casal, que se apegou ao seu dedicado trabalho e lhe ofereceu a herança. Recusou. Sua intenção era mais nobre. Buscou o ingresso numa instituição religiosa que lhe negara a entrada por falta de dote. O bispo da cidade, Dom Agostinho De Mari, percebe sua vitalidade e coragem e a convida para iniciar um trabalho com crianças pobres, numa casa pobre, com um crucifixo, uma imagem de Nossa Senhora Mater Misericrodiae e cinco liras. A força de Deus confunde a fraqueza dos homens. O projeto ganha o apoio de três amigas: Angela e Domenica Pescio e Paolina Barla. Em 1837 recebe a veste religiosa e o nome de Irmã Maria Giuseppa. Em 1865 trabalha no resgate de escravizados africanos. No apelo às vocações, funda um seminário

Santa Madre Maria Josefa Rossello

PASTORAL DA EDUCAÇÃO: isabeljulio@ig.com.br / (41) 3029-0973. Bispo referencial: Dom José Mário Angonese/ Coordenador: Isabel Cristina Piccinelli Dissenha.

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para filhos de operários. Em 1876 envia missionárias para a Argentina. Em 1926 chega ao Brasil, no Rio de Janeiro. Em 1943, Osasco, São Paulo. Em Curitiba, temos graça de contarmos com o trabalho das Irmãs na Paróquia São Pedro, em Umbará, em diversas frentes de pastoral. Registra o Livro Tombo II, pág. 2: “Aos 18 de junho de 1953 chegaram as primeiras irmãs da congregação de Nossa Senhora da Misericórdia: acomodaram-se da forma que foi possível no Colégio, ainda em fase completiva. (...) Em 15 de novembro de 1953 foi inaugurado o Colégio Paroquial com a presença do Exmo. Arcebispo D. Manoel da Silveira D´Elbeaux.” As aulas se iniciam em 1954. Entre idas e vindas, cuidaram de um Lar para meninas. Dedicaram-se ao ensino na comunidade de Umbará. Hoje atuam nas pastorais da juventude, saúde, batismo, catequese, capelinhas, no auxílio aos necessitados, no acolhimento aos migrantes. Aportes silenciosas do Espírito Santo no trabalho em favor de quem precisa de pão, calor, ensino e espiritualidade, deixaram nos moradores mais antigos da comunidade, saudosas memórias da Irmã predileta, a que mais temiam, das orações na capela da escola, dos passeios, da horta. Inspiradas em São José, a quem Rosselo guardava devoção, promovem um belíssimo trabalho de resgate e de formação do ser humano em suas diversas capacidades. A quem convive com as Irmãs atualmente cabe o respeito, a admiração, a colaboração e a multiplicação nas orações para que novos Franciscos apareçam, a correr pelos corredores memorizando tabuadas.


Dimensão Social

Assinatura dos projetos

contemplados pelo FDS Arquidiocese realiza Cerimônia de Assinatura dos doze projetos contemplados pelo Fundo Diocesano de Solidariedade

No último dia 25, a Arquidiocese de Curitiba realizou a Cerimônia de Assinatura dos contratos dos projetos sociais contemplados pelo Conselho Gestor do Fundo Diocesano de Solidariedade - referente ao gesto concreto da Campanha da Fraternidade: "Fraternidade e tráfico humano". Estiveram presentes representantes das paróquias, pastorais e instituições contempladas e membros do Conselho Gestor. A cerimônia também contou com a ilustre presença de Dom Moacyr, arcebispo metropolitano e presidente do FDS, que fez uma benção de acolhida, uma das últimas atividades que fez um dia antes de partir. A Arquidiocese de Curitiba parabeniza pelas significativas iniciativas e celebra nesta ocasião importante, a considerável ação em combate ao tráfico humano, celebrando em conjunto o lema da Campanha da Fraternidade 2014: "É para a liberdade que Cristo nos libertou". Ao todo 12 projetos foram aprovados totalizando um investimento de R$ 84.257,00.

Um dos projetos contemplados foi a Sociedade Crescer, que através do seu trabalho social proporciona às famílias da comunidade de Colombo um lugar seguro para que seus filhos possam ficar no contra turno. Algumas crianças beneficiadas pelo projeto fizeram uma apresentação de capoeira e ginástica rítmica aos representantes dos projetos e colaboradores da Arquidiocese, estas que são uma das atividades desenvolvidas pela instituição.

Expediente COMISSÃO DIMENSÃO SOCIAL: dimensaosocial@arquidiocesecwb.org.br / (41) 2105-6326. Bispo responsável: Dom Rafael Biernaski / Coordenadores: Pe. Antônio Fabris, Diácono Gilberto Félix e Diácono Antônio Carlos Bez. Secretaria: Irmã Inês Zanin.

Comissão da Dimensão Econômica e Dízimo CLOVIS VENÂNCIO

Dízimo: um gesto de amor Embora, de fato, seja competência das equipes do dízimo desempenhar toda uma série de atividades de planejamento e de caráter organizacional e administrativo relacionadas à captação de recursos financeiros, sua principal atribuição como atividade pastoral, na verdade é contribuir, também, diretamente no processo de evangelização. Isto se dá, na medida em que orientam os fiéis sobre sua pertença à comunidade e o dever de pôr em prática no dia-a-dia a partilha de bens e dons pessoais. A conscientização e o preparo em primeiro lugar dos próprios membros das equipes do Dízimo é condição básica para o exercício de sua missão evangelizadora. Isto ocorre quando os mesmos adquirem uma clara noção de qual é a Mística e a Espiritualidade da Pastoral do Dízimo, e como isso funciona para motivar as pessoas a participar, a contribuir e, afinal, a doar-se por amor a Deus e ao próximo. A Mística e a Espiritualidade da Pastoral

do Dízimo decorre essencialmente do conhecimento profundo de quem é Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Doutrina, isto é, seus ensinamentos sobre qual é a vontade de Deus para conosco e sobre toda a Criação. Tem a ver, especialmente, com o relacionamento interpessoal dos seres humanos e na maneira como convivemos em comunidade e como administramos os bens materiais neste estágio de nossa existência terrestre. Com efeito, dentre os ensinamentos de Jesus, tanto por suas palavras, como por sua vivência, destaca-se o apelo insistente ao desapego dos bens materiais e das ambições e vaidades humanas, no sentido de vencermos o egoísmo e o orgulho, fatores que impedem nosso relacionamento fraternal com o outro e com o próprio Pai celestial. É fazendo as pessoas entenderem que

Membro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

"DÍZIMO" não é apenas uma contribuição puramente material, financeira, mas é o resultado de sua fé que, num gesto de amor a Deus e ao próximo, assume sua responsabilidade para com Seu Reino, devolvendo a parte que lhe cabe de seus dons e bens pessoais, para a manutenção do Culto ao Criador e de tudo o que é necessário para que a vontade Dele se realize entre nós. Como consequência, podemos afirmar que, sem fé e amor o dízimo como expressão de partilha e participação não existe, é apenas mais um pagamento. Portanto, partilhar significa não considerarmos como nosso nada do que temos, pois nada trouxemos quando viemos a este mundo e dele nada levaremos. Nesta perspectiva, o dízimo, não deve ser entendido como simples contribuição financeira, pois é algo sagrado e deve ser entendido como a devolução de uma pequena parte de tudo o que Deus nos dá e destina-se à manutenção e à expansão de Seu Reino que começa já neste mundo.

Expediente COMISSÃO DA DIMENSÃO ECONÔMICA E DÍZIMO: Coordenador da Comissão: João Coraiola Filho; Coordenador da Pastoral do Dízimo: William Michon. Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014 | 13


Ecumenismo e diálogo inter-religioso

Ecumenismo PE. VOLNEI CARLOS DE CAMPOS

Semana de Oração pela unidade dos Cristãos Acaso Cristo está dividido? 1 Cor. 1,1-17

1º Dia:

Igreja Presbiteriana do Brasil

A intenção da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, é que todos os cristãos, em todos os lugares, possam estar unidos em oração pela unidade. Em nossa Arquidiocese, esta semana foi promovida e organizada pelo MOVEC – Movimento Ecumênico de Curitiba e houve uma resposta muito positiva das várias Igrejas Cristãs. Todas as noites houve uma boa participação, tanto de pastores, bispos e de leigos das várias Igrejas. A Arquidiocese de Curitiba esteve muito bem representada em todas as celebrações por vários padres e leigos. Cada dia, o encontro celebrativo, se realizava em uma Igreja diferente, presidida por um dirigente local e o pregador de outra denominação cristã. Um dos encontros mais emocionantes foi o 4º. dia na Catedral São Tiago da Igreja Episcopal Anglicana. Nesta noite houve a apresentação de muitos corais de diferentes Igrejas. Cada qual apresentando hinos que são cantados em suas celebrações. No final, um coral luterano e católico emocionaram a assembleia cantando juntos sob a regência da Sra. Gisele. O pregador desta noite foi nosso arcebispo Dom Moacyr José Vitti, que destacou o tema da noite: “Juntos... Confessemos que Deus é fiel”, baseado no texto bíblico de Lucas 1, 65-75. Todos os encontros transcorreram em clima de muita cordialidade. Cada Igreja fez uma calorosa acolhida aos visitantes e ofereceu um verdadeiro banquete ao final da celebração. Como em todas as celebrações queremos continuar rezando para que a unidade seja uma realidade cotidiana: “Generoso Deus, enviaste a nós teu filho Jesus Cristo no poder do Espírito para redimir nosso povo. Unifica-nos em nossa diversidade para que conjuntamente possamos confessar e proclamar as boas novas da vida, morte e ressurreição de Cristo para um mundo necessitado desse evangelho, Amém”.

5º Dia:

Dia: Igreja Evangélica de Confissão Luterana

Expediente

2º Dia:

Igreja Ortodoxa Ucraniana

3º Dia:

Igreja Evangélica Reformada

4º Dia:

Igreja Episcopal Anglicana do Brasil

6º Dia:

Igreja Católica Romana

COMISSÃO DO ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO: Pe. Volnei Carlos de Campos/ Animação Ecumênica e MOVEC – (41) 3045-0432/ Bispo referencial – Dom Rafael Biernaski.

14 | Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014


MIC Superior Provincial

Comunicação PE. LEANDRO APARECIDO DA SILVA

Jubileu de Ouro da

Congregação dos Padres Marianos no Brasil No Brasil a Congregação dos Padres Marianos estão presentes desde 31 de Julho de 1964, atuando de forma direta na ação pastoral e evangelizadora em 13 paróquias, no Sul, Sudeste e Nordeste do país. Nestas paróquias, inspirados na espiritualidade do Padre Fundador e no lema do Padre Renovador: “Por Cristo e pela Igreja”, procuramos ser uma presença evangelizadora na obediência ao magistério eclesial e às necessidades do tempo atual. Muito cedo, nossa comunidade se preocupou em dar continuidade ao trabalho e à espiritualidade dos Marianos. Para tanto há 30 anos, foram aos poucos, sendo criadas as estruturas de educação e formação de novos marianos. Durante estes anos, foram formados mais de 20 sacerdotes, que estão atuando ou atuaram nos diversos campos da ação da comunidade Mariana no Brasil e em Portugal. A nossa estrutura de formação hoje, conta com 3 casas de formação que acolhem candidatos provenientes de várias partes do país. Um elemento presente na nossa ação pastoral e formativa é a colaboração com os leigos. Ao longo deste tempo de presença no Brasil, foram se ajudando à nossa comunidade numerosos colaboradores inicialmente chamados, “padrinhos e madrinhas”

das vocações. No momento atual, contamos com a participação de mais de 1500 colaboradores, coordenados pela Associação dos Auxiliares Marianos. Um elemento forte de ação Mariana no Brasil é a divulgação do culto à Misericórdia Divina, que realizamos através do Apostolado da Misericórdia e do Santuário da Misericórdia, sediados em Curitiba. O ApostoladoSantuário atinge praticamente todo o Brasil, através de diversas publicações de livros, livretos, folhetos devocionais e de um periódico. Além disso, está atuando através de outras for-

mas de comunicação como a internet, rádio e TV. O Santuário tem se tornado, para um grande número de pessoas, cada vez mais, um lugar de encontro com o mistério da Misericórdia de Deus. Em todos os lugares, procuramos introduzir o espírito e o carisma dos nossos Bem-Aventurados Padre Estanislau Papczynski e Bispo Jorge Matulaitis-Matulewicz. Não estamos sós. Desde os tempos do Pe. Estanislau e por seu estímulo, congregavamse em torno da Ordem dos Marianos, pessoas leigas, que, inspiradas pela nossa espiritualidade, moldavam a sua fé e – forma apropriada aos leigos – realizavam a missão Mariana. A mesma coisa acontece também hoje. Com certeza, o nosso trabalho não seria tão proveitoso e, em muitos lugares, seria até impossível, sem o apoio dos leigos. Eles nos apoiam generosamente pela oração e pela ajuda profissional, organizacional e material, bem como pelo concreto envolvimento evangélico e caritativo. Toda a nossa história, como as bênçãos de Deus que continuamente experimentamos levam-nos a uma convicção forte de que o nosso carisma é um dom para toda a Igreja. Como Provincial da Congregação dos Padres Marianos convido a todos para participarem conosco deste momento celebrativo e peço as vossas orações pela nossa Congregação. Que Maria Imaculada nossa Padroeira e os Bem-Aventurados intercedam por todos nós. Por isso, com o coração cheio de gratidão para com Deus, quermos celebrar esse momento.

Celebrações em Curitiba 31 de Julho de 2014, na Paróquia São Jorge, Rua Itacolomi, 1840, Portão: Santa Missa às 19h30min presidida pelo nosso Superior Geral, Revmo. Pe. André Pakula. 01 de Agosto, na Paróquia Sagrada Família, Rua João Stenzowski, 100, Novo

Mundo: Santa Missa às 19h30min presidida pelo Exmo. Dom Antônio Wagner da Silva, Bispo de Guarapuava-PR.

ta Missa às 19h presidida pelo Exmo. Dom João Alves dos Santos, Bispo de Paranaguá-PR.

02 de agosto, no Santuário da Divina Misericórdia, Estrada do Ganchinho, 570 – Jardim Futurama – Umbará: San-

03 de Agosto na Paróquia São Jorge, Rua Itacolomi, 1840, Portão: Santa Missa às 10h. Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014 | 15


Painel do Leitor

Corpus Corpus Christi 2014

Avenida Cândido de Abreu no centro de Curitiba ficou lotada de voluntários e fiéis que participaram da tradicional confecção, procissão e bênção do Santíssimo de Corpus Christi deste ano.

ADRIANE CORDONI SAVI Arquiteta, Especialista em Construções Sustentáveis e Apaixonada pelo Meio Ambiente

Fotos: Márcio de Lima Corcovado

Centenário da Congregação Mariana

No dia 21 de junho, foi celebrada na Catedral Basílica de Curitiba, Missa de Ação de Graças pelos 100 Anos da Congregação Mariana de Jovens da Catedral.

Fotos: Márcio de Lima Corcovado

Missa em homenagem a São Josemaria Escrivá

No último dia 26, a Igreja celebrou a festa de São Josemaría Escrivá, o fundador do Opus Dei. Para comemorar a data, Dom Moacyr José Vitti, celebrou no dia 21, na Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz, Missa em sua homenagem.

Escolhido o Administrador

Arquidiocesano de Curitiba O Colégio de Consultores da Arquidiocese de Curitiba esteve reunido na manhã de terçafeira (01), e elegeu Dom Rafael Biernaski como o Administrador Arquidiocesano. Ele tem a missão de governar a Arquidiocese até que seja nomeado e tome posse o futuro Arcebispo.

16 | Arquidiocese de Curitiba | Julho.2014

7ª Assembleia Arquidiocesana de

Leigos

Aconteceu no dia 24 de maio de 2014 a 7ª Assembleia Arquidiocesana do Conselho de Leigos, com o tema: "Leigos e Leigas em estado permanente de missão". Estiveram presentes 36 leigos de diversas paróquias da Arquidiocese de Curitiba. Um momento importante de reflexão e discussão sobre a missão do leigo na Igreja e na Sociedade, tendo em vista que 2015 será o Ano Missionário no Brasil. O objetivo da Assembleia foi de animar as forças vivas da Arquidiocese de Curitiba a se colocarem em estado permanente de missão, indo ao encontro de todos os que necessitam ser inflamados pela vida que brota do Evangelho, servindo, dialogando, anunciando a Boa-Nova que transforma e testemunhando a comunhão fraterna que nos sustenta, a fim de que sejamos uma Igreja de pequenas comunidades de fé reunidas ao redor da Palavra de Deus.


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