Exibidor #01

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Ano I - nº 01, abril/2011

www.exibidor.com.br

Benefícios e diferenciais das marcas mais tradicionais em 3D Tecnologia

A importância de um bom website

Alimentação

Guia para escolher a melhor pipoqueira e seus suprimentos

Serviço

Principais itens de segurança das lâmpadas Xenon


Leia também a revista Exibidor no seu iPad®. Basta o sistema operacional de seu aparelho ser iOS 4.2 ou superior. Veja abaixo o passo a passo de como baixar a revista gratuitamente. Acessando o site www.exibidor.com.br através de seu iPad®, basta clicar na capa da revista ou nos links das edições anteriores no menu, ao visualizar a revista, no canto superior direito da tela irá aparecer automaticamente “Abrir no iBooks” ou em inglês “Open in iBooks”. O iBooks abrirá e conseguirá visualizar a edição selecionada da revista. Ao utilizar o iBooks para abrir a revista, será armazenado automaticamente uma cópia da revista Exibidor em sua prateleira de livros.

É muito simples e prático. Saiba mais em: www.exibidor.com.br/ipad



Editorial

A exibição além dos números

A

Expediente

expansão do cinema no Brasil já é fato. No ano de 2010 – segundo dados do semanário Filme B – 134,8 milhões de ingressos foram vendidos gerando uma renda de quase R$ 1,3 bilhão. Se olharmos para 10 anos atrás, percebemos um crescimento de mais de 87% em ingressos e espantosos 217% de renda, salvo algumas correções de inflação. Sem contar a quantidade de salas de cinema que crescem na mesma ferocidade que os números das vendas de ingresso.

Edição e direção

Como o leitor exibidor pode perceber, todos nós temos hoje fácil acesso aos números do cinema, e ficamos orgulhosos em analisá-los e comentá-los. Mas é assustador saber que a grande maioria sabe muito pouco do seu próprio negócio. Com praticamente 20 anos de experiência em exibição (cinco deles atendendo os mais diferentes exibidores em consultorias), ainda encontro exibidores perdidos em certos aspectos do seu próprio negócio. Diversas vezes passo horas com um exibidor orientando ou dando dicas sobre algum assunto.

Arte

E é para atender este grupo de profissionais que ingressa no mundo da exibição cinematográfica e para os que já estão nela que esta revista é dedicada. A Tonks, empresa de soluções em Tecnologia da Informação especializada no mercado de exibição e distribuição cinematográfica, na qual sou um dos fundadores, lança com muito orgulho e prazer a sua primeira edição da Revista Exibidor. A ideia surgiu quando estava voando pela ponte aérea em janeiro/2011 após prestigiar a inauguração do cinema de um de nossos clientes, conversar com muitos exibidores e distribuidores e perceber que o mercado cinematográfico não vive apenas de análises de números, mas também de casos de operação do negócio.

Marcelo J. L. Lima Redação Natalí Alencar (MTB 51480) natali@exibidor.com.br

Raphael Grizilli raphael@exibidor.com.br Comercial faleconosco@exibidor.com.br Colaboradores Alexandre Petroni, Marcos Bitelli e Antonio Lima Neto Impressão Poligraf ABC Gráfica e Editora (11) 4991 4243 - (11) 4991 4388 orcamento@poligrafabc.com.br www. poligrafabc.com.br

O foco desta revista é ajudar os exibidores nos mais complexos assuntos que o mercado lhe apresenta. É claro que esta primeira edição não está tão perfeita quanto queríamos, muita coisa tem de ser melhorada, mas é um primeiro grande passo para uma revista periódica de ajuda e reflexão das operações de cinema.

Correspondência

Nesta edição o ajudaremos a escolher a tecnologia 3D que melhor se compatibiliza ao seu negócio. Além de incríveis reportagens acerca de pipoqueiras, lâmpadas xenon, websites e dois artigos sobre legislação e recursos humanos escritos por dois grandes profissionais respeitados.

faleconosco@exibidor.com.br

Que esta seja a primeira de muitas edições. Já estamos ansiosos com os temas escolhidos para a segunda publicação. Agradeço a todos os anunciantes que acreditaram em algo que até então não existia e ajudaram a torná-lo realidade. Tenha uma prazerosa leitura!

Rua Voluntários da Pátria, 3744 – Cj 76 São Paulo (SP) | 02402-400 Tel: 11 2099 0308 www.exibidor.com.br A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da Tonks. Quantidade: 1500 exemplares. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Revista Exibidor.

Marcelo J. L. Lima marcelo@exibidor.com.br

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Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks.


Sumário

CAPA/22

claquete.com/06

Lançamentos e novidades do cinema

entrevista/12

Marcio Fraccaroli da Paris Filmes

tecnologia/16

O poder dos websites

artigo Rh/18

Como atender bem seu cliente

Dolby x RealD/22 alimentação/30

Tudo sobre Pipoqueiras

serviço/34

Dicas de segurança para as Lâmpadas Xenon

prêmio ED/38

Retrospectiva de todas as edições

Dolby x RealD

Benefícios e diferenciais de cada tecnologia

agenda/40

Próximos lançamentos

artigo legislação/42 A importância do ingresso

Empresas e Instituições Citadas A Ampas págs.: 08 Ancine págs.: 26 Apple págs.: 17

E Editora iD págs.: 09

Paris Filmes págs.: 12, 13, 14, 15, 40, 41 Philips págs.: 35

F Fox Film págs.: 38, 39, 40, 41

R RealD págs.: 23, 24, 25, 26, 27

C California Filmes págs.: 39, 40 Cartoon Network págs.: 09 Christie págs.: 35 Cine 10 Sulacap págs.: 39 Cinecolor do Brasil págs.: 27 CinemaCon págs.: 24 Cinemark págs.: 14, 24, 38, 39 Cinépolis págs.: 24, 39 Cinesystem Cinemas págs.: 39 Companhia Cinematográfica Serrador págs.: 12

G GNC Cinemas págs.: 39 Google págs.: 17

S Severiano Ribeiro págs.: 14, 39 Sony Pictures págs.: 13, 38, 39, 40 Summit Entertainment págs.: 13

D DC Comics págs.: 07 Dolby Laboratories págs.: 23, 24,

25, 26, 27

DreamWorks Animation págs.: 06

I Imagem Filmes págs.: 39, 40, 41 K Kinoplex págs.: 39 M Marvel Studios págs.: 06, 09 MasterImage págs.: 27 Mavalério págs.: 30 Mozilla págs.: 17 O Osram págs.: 35, 36 P Panavision págs.: 27

T Technicolor págs.: 27 Telem págs.: 25, 26 Tonks págs.: 16 U Unibanco Arteplex págs.: 38, 39 W Walt Disney Studios págs.: 06, 38,

39, 40, 41

Warner Bros. Pictures págs.: 06, 07,

09, 13, 40, 41

X Xpand págs.: 27

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Claquete.com A animação “O Gato de Botas” ganha primeiro teaser, pôster e imagem

Começam as filmagens de “O Hobbit”

Peter Jackson dentro da casa de Bilbo Bolseiro

© Divulgação

A DreamWorks Animation divulgou o primeiro teaser, pôster e imagem para a próxima aventura O Gato de Botas (Puss in Boots), dirigido por Chris Miller.

Após muitas incertezas e imprevistos que rondavam O Hobbit, finalmente os fãs podem ficar aliviados, pois começou em 21/03 as filmagens da superprodução na Nova Zelândia, segundo anúncio oficial da Warner Bros. E para esta ótima notícia foram liberadas novas fotos que mostram o diretor Peter Jackson dentro da casa de Bilbo Bolseiro, convidando-nos a entrar novamente nesta aventura. Jackson, que dirigiu os três filmes da saga O Senhor dos Anéis, vai conduzir os dois filmes ao mesmo tempo, adaptando a história de O Hobbit a partir de roteiro dele mesmo com Fran Walsh, Philippa Boyens e Guillermo del Toro. O diretor vai usar técnicas inovadoras de efeitos visuais e sua incomparável narrativa para levar a obra de Tolkien para a tela grande. Ambos os filmes serão gravados em 3D Digital, usando as mais recentes tecnologias de som e imagem para criar uma experiência de alto nível.

Neste primeiro video já podemos ver a típica personalidade do bichano em ação: galanteador e ousado, ao som de I Know You Want Me (Eu Sei Que Você Me Quer). O Gato personagem da série de animação Shrek e que agora recebe seu próprio filme, ganha novamente a voz de Antônio Banderas na versão original, além do elenco composto por Salma Hayek, Walt Dohrn, Zeus Mendoza, Zach Galifianakis, Billy Bob Thornton e Amy Sedaris. O Gato de Botas vai mostrar a história de um dos personagens mais amados do universo de Shrek. O conto do hilariante Gato (voz de Antonio Banderas) mostra suas ousadas, corajosas e valentes aventuras ao lado de Humpty Dumpty (Zach Galifianakis) e da gata de rua (Salma Hayek) para roubar o famoso ganso dos ovos de ouro. O Gato de Botas chega aos cinemas americanos em 4 de novembro de 2011 e no Brasil a previsão de estreia fica para 9 de dezembro.

A primeira parte de O Hobbit chega aos cinemas em novembro de 2012 e a segunda parte em novembro de 2013.

Novo diretor para “Homem de Ferro 3” A Marvel Studios confirmou Shane Black para dirigir Homem de Ferro 3, com data de lançamento marcada para 03 de maio de 2013.

A ausência do diretor Jon Favreau que comandou os dois primeiros filmes da franquia, deve-se pelo compromisso com o projeto Magic Kingdom da Disney. Este será um filme da Disney que leva aos cinemas o parque de diversões. Em relação ao início da produção de Homem de Ferro 3, ainda não foi firmada nenhuma data.

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© Divulgação

Shane Black é conhecido principalmente como roteirista e um dos seus principais trabalhos foi com a série Máquina Mortífera e Beijos e Tiros, de 2005. Black não confirmou se também assinará o roteiro da nova sequência do herói.


© Divulgação

“Lanterna Verde” tem nova data de estreia no Brasil

O longa adaptado dos quadrinhos da DC Comics, Lanterna Verde, será lançado em uma nova data nos cinemas brasileiros. O filme do super herói estrelado por Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard, Mark Strong, Jay O. Sanders, Temuera Morrison, Taika Waititi, Jon Tenney, Angela Bassett e Tim Robbins, estreia no dia 19 de agosto. Martin Campbell é o diretor do filme com roteiro de Greg Berlanti & Mi-

Ryan Reynolds como Hal Jordan: o Lanterna Verde

chael Green & Marc Guggenheim e Michael Goldenberg. Distribuído mundialmente pela Warner Bros., Lanterna Verde está previsto para estrear também na versão 3D. Sinopse: Em um universo tão vasto quanto misterioso, uma pequena mas poderosa força existe há séculos. Protetora da paz e da justiça, ela é conhecida como a Tropa dos Lanternas Verdes.

Uma irmandade de guerreiros designada a manter a ordem intergaláctica, na qual cada Lanterna Verde possui um anel que lhe garante superpoderes. Porém, um novo inimigo chamado Parallax ameaça destruir o equilíbrio das forças do Universo e o destino dos guerreiros e do planeta Terra estará nas mãos do seu mais novo recruta, o primeiro humano a ser selecionado para a Tropa: Hal Jordan (Ryan Reynolds).

Lope, de Andrucha Waddington, recebe dois prêmios Goya 2011 Lope, do diretor Andrucha Waddington (Eu, Tu, Eles e Casa de Areia), recebeu dois Prêmios Goya 2011, considerado o Oscar® do cinema espanhol. Além da categoria Melhor Figurino, o filme arrebatou o prêmio de Melhor Canção Original, com o tema “Que el soneto nos tome por sorpresa”. A canção é composta pelo uruguaio Jorge Drexler, o mesmo vencedor do Oscar 2005 por “Al otro lado del río”,

tema do filme Diários de Motocicleta, que foi a primeira música em espanhol a vencer o Oscar de melhor canção. Para a figurinista Tatiana Hernández, a sintonia entre a equipe foi fundamental para a realização do trabalho. “Desde a primeira reunião, os produtores, o diretor de arte e o Andrucha estavam muito seguros sobre o que queriam. Transmitir estas ideias foi fundamental para a execução do projeto”, explica Tatiana.

Lope também foi indicado ao Prêmio Goya 2011 em mais cinco categorias: melhor atriz coadjuvante (Pilar López de Ayala), melhor direção de arte (César Macarrón), melhor maquiagem (Martín Macías, Karmele Soler e Paco Rodríguez), melhores efeitos especiais (Raúl Romanillos e Marcelo Siqueira) e melhor diretor de produção (Edmon Roch e Toni Novella).

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Claquete.com

Vencedores da 83ª edição do Oscar

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) anunciou na noite de 27 de março os vencedores da 83ª edição do Oscar.

Confira abaixo os vencedores:

© Divulgação

A cerimônia de entrega das estatuetas foi realizada no Kodak Theatre, em Los Angeles, com os atores James Franco (127 Horas, Comer, Rezar, Amar, Homem-Aranha 3) e Anne Hathaway (Amor e Outras Drogas, Alice no País das Maravilhas, O Diabo Veste Prada) no comando da festa.

James Franco e Anne Hathaway, apresentadores da edição 2011

Melhor Direção de Arte - Alice no País das Maravilhas

Melhor Figurino - Alice no País das Maravilhas

Melhor Fotografia - A Origem

Melhor Documentário (curta-metragem) - Strangers no More

Melhor Atriz coadjuvante - Melissa Leo - O Vencedor Melhor Curta-Metragem de Animação - The Lost Thing

Melhor Curta-Metragem - God of Love Melhor Documentário (longa-metragem) - Trabalho Interno

Melhor Longa-Metragem de Animação - Toy Story 3 Melhor Roteiro Adaptado - A Rede Social Melhor Roteiro Original - O Discurso do Rei Melhor Filme Estrangeiro - Em um Mundo Melhor (Dinamarca), de Susanne Bier

Melhor Efeitos Visuais - A Origem Melhor Montagem - A Origem Melhor Edição - A Rede Social Melhor Canção Original - We Belong Together, de Toy Story 3

Melhor Ator Coadjuvante - Christian Bale (O Vencedor) Melhor Trilha Sonora Original - A Rede Social Melhor Mixagem de Som - A Origem

Melhor Diretor - Tom Hooper (O Discurso do Rei) Melhor Atriz - Natalie Portman (Cisne Negro)

Melhor Edição de Som - A Origem

Melhor Ator - Colin Firth (O Discurso do Rei)

Melhor Maquiagem - O Lobisomem

Melhor Filme - O Discurso do Rei

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Chega aos cinemas, no final de abril, uma nova versão, sombria e cativante, do clássico conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, entitulado A Garota da Capa Vermelha (Red Riding Hood).

A escritora Sarah Blakley-Cartwright acompanhou a produção do filme diariamente e do ponto de vista da diretora Catherine Hardwicke, a autora conseguiu costurar os detalhes da ambientação criada pelos cineastas e elenco. Capturando o suspense e o romance da história, ela criou uma experiência de leitura que se sustenta sozinha.

O longa dirigido por Catherine Hardwicke é baseado na obra escrita por Sarah Blakley-Cartwright. O livro A Garota da Capa Vermelha já foi lançado nos EUA e, logo na primeira semana, alcançou o primeiro lugar na lista infanto-juvenil do New York Times.

Após 24 horas do lançamento do filme, o leitor poderá conhecer mais uma parte desta história, que estará disponível para download no site www.editoraid.com.br/agarotadacapavermelha.

No Brasil, chegou em 28 de fevereiro, pela Editora iD. O sucesso imediato no mercado americano demonstra a ansiedade do público jovem pela estreia do novo filme da diretora Catherine Hardwicke, que também escreveu a introdução do livro.

Catherine Hardwicke dirigiu o filme A Garota da Capa Vermelha a partir do roteiro de David Leslie Johnson. Jennifer Davisson Killoran, Leonardo DiCaprio e Julie Yorn produziram o filme, com Jim Rowe, Michael Ireland e Hardwicke como produtores executivos. A Garota da Capa Vermelha será distribuido mundialmente pela Warner Bros. Pictures. No Brasil foi lançada oficialmente em 22 de abril.

“Homem-Aranha 4” ganha título e nova imagem A Sony Pictures anunciou o título do quarto Homem-Aranha, filme baseado nos quadrinhos da Marvel de Stan Lee e Steve Ditko, que será chamado The Amazing Spider-Man. Juntamente com o título, o estúdio também revelou uma nova imagem de Andrew Garfield como Spider-Man, na realidade, a primeira imagem do herói com o traje completo. © Divulgação

© Divulgação

Livro “A Garota da Capa Vermelha” chega ao Brasil

Produzido todo em 3D, Homem-Aranha 4 chega aos cinemas brasileiros no dia 03 de julho de 2012.

The Amazing Spider-Man tem seu elenco estrelado por Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Denis Leary, Campbell Scott, Irrfan Khan, Martin Sheen e Sally Field. O longa que está em fase de produção, será dirigido por Marc Webb com roteiro de James Vanderbilt, Alvin Sargent e Steve Kloves.

Thundercats: Nova série para tv e possível vídeo do novo filme A Warner Bros. definiu ainda para este ano, uma nova série do clássico desenho dos anos 80, Thundercats, para ser exibida no Cartoon Network, no qual já está disponível o primeiro trailer com Lion-O, Panthro, Tygra, Cheetara, Wilikat, Wilikit. Mas antes desta nova série televisiva, caiu na rede o vídeo de um provável teste para o filme Thundercats em CGI. Este projeto de adaptação em computação gráfica, criada para ser lançado nos cinemas em 2012, havia sido arquivado. O vídeo não foi definido como oficial, mas a ação mostrada tem a ver com a arte conceito que foi publicada a mais de dois anos atrás, na época em que Jerry O’Flaherty foi definido para dirigir o projeto. No vídeo não oficial, Lion-O aparece com a Espada Justiceira até o momento em que é surpreendido por Escamoso.

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PREPARE-SE PARA RECEBER O FILME MAIS AGUARDADO DO ANO. LANTERNA VERDE VAI INVADIR OS CINEMAS.

em 2D em tamb ƒ emtamb em ƒ m 3D em 3D em e2D e2Dtamb ƒm 3D em VERIFIQUE A CLASSIFICAÇÃO VERIFIQUE A INDICATIVA CLASSIFICAÇÃO DO FILME INDICATIVA DO FILME VERIFIQUE A CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA DO FILME

RESERVE OS MELHORES ESPAÇOS EM SEU CINEMA. EM BREVE VOCÊ RECEBERÁ NOVOS TRAILERS E MATERIAIS. 10 | Exibidor, abril/2011 AGUARDE!


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© Raphael Grizilli

Entrevista

Marcio Fraccaroli // Paris Filmes

Exibidor deve aproveitar o bom momento do mercado

Por: Natalí Alencar

Com mais de 32 anos de experiência dedicados ao cinema, grande parte deles na trajetória de sucesso da Paris Filmes, Marcio Fraccaroli se orgulha de possuir o cinema no seu DNA

D

esde os 13 anos ele trabalha com cinema e aos 19 passou a integrar a equipe da Paris Filmes como gerente de marketing. Hoje, como principal liderança desta empresa, conta para a Revista Exibidor como conquistou posição de destaque no mercado cinematográfico. Dedicação, visão empreendedora e escolhas assertivas têm feito da trajetória de Marcio Fraccaroli um caminho sólido que resultou na consagração da Paris Filmes como uma das mais respeitadas e tradicionais distribuidoras independentes do país. Formado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e pós-graduado pela Fundação Getúlio Vargas, Fraccaroli passou apenas por duas empresas: a Companhia Cinematográfica Serrador e a Paris Filmes, que desde 2009 vem se destacando por ter trazido grandes sucessos mundiais como “A Saga Crepúsculo”, “P.S. Eu Te Amo”, “RED - Aposentados e Perigosos”, além dos mais recentes “O Discurso do Rei”, “Santuário” e as produções nacionais “De Pernas pro ar” e “As mães de Chico Xavier”.

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Revista Exibidor - Comente mais um pouco da sua trajetória no mercado cinematográfico. Marcio Fraccaroli - Comecei aos 13 anos como auxiliar de publicidade. Também levava curta e trailer para cinema e programação para o jornal. Conheço desde a programação de cinema até um pouco de exibição. Acompanhei quando a Paris Filmes tinha quase 170 salas de cinema, portanto tenho experiência de exibidor e distribuidor. Exibidor - Como tem percebido o mercado exibidor ao longo desses últimos anos? Fraccaroli - O mercado de exibição tinha parado há dez anos por falta de investimento e de visão de negócio. Com a nova tecnologia 3D, o exibidor tomou uma postura de crescimento e começou a se desenvolver de uma forma maior. Ele passou a enxergar o 3D como oportunidade para as pessoas frequentarem mais o cinema. Além disso, tivemos a felicidade da volta do cinema nacional, que ajudou muito a indústria. Isso sem falar na economia, que continua crescendo. Com mais dinheiro no bolso, as pessoas vão mais ao cinema. Houve uma mudança nos últimos 15 anos. Grandes exibidores entraram no mercado e isso movimentou o setor. Com uma nova safra de pessoas que dirigem a indústria, tanto de exibição, como de distribuição, surgiram também novas ideias. Essa transição foi importante e contribuiu muito. Exibidor – Qual a importância do mercado Exibidor para a Paris Filmes? Fraccaroli – A Paris Filmes é uma companhia independente que distribui filmes para a América Latina. Basi-

camente, nosso negócio é distribuição para cinema, vídeo e televisão. Porém, nossa principal janela é o cinema, que hoje representa 40% do faturamento. O vídeo representa 20%, a TV aberta abrange 30% e a TV fechada, 10%. O cinema é muito importante para a nossa estrutura de negócio. A cada dia, nos preocupamos mais em contratar conteúdo que faça sentido para o nosso mercado. Tentamos nos antecipar às decisões, porque nossos concorrentes não são só as empresas independentes, mas os estúdios americanos que também compram.

© Divulgação/ Paris Filmes

Em entrevista exclusiva, ele falou sobre mercado, tendências e perspectivas. Confira:

Fraccaroli e seu sócio Sandi Adamiu com placa comemorativa da bilheteria do filme “Lua Nova”

A Paris Filmes está na vanguarda das empresas independentes e me sinto confortável em falar isso, porque tenho no meu DNA o cinema. Algumas empresas independentes têm como principal nicho outros mercados de atuação. Mas eu, como representante da Paris Filmes e até mesmo pela minha formação, tenho no meu DNA o mercado cinematográfico. Eu nasci no cinema. Exibidor - Como você avalia o crescimento da Paris Filmes? Quais fatores contribuíram e continuam contribuindo para o seu crescimento? Fraccaroli – Filmes são feitos por escolhas. Distribuições são feitas por oportunidades e decisões. A Paris Filmes tem tido um pouco de sorte ao escolher os melhores filmes. Somos líderes de mercado há três anos. Como não somos estúdio, é muito complicado competir com empresas como Sony e Warner, que pro-

duzem seus próprios conteúdos. No mercado independente, nossas escolhas foram muito felizes. Acertamos com “A Saga Crepúsculo”, mas em 2005, quando optamos pela compra, foi uma decisão de risco. Hoje, falamos muito sobre “O Discurso do Rei”, mas há 1 ano e meio atrás, talvez estivéssemos comprando um filme de arte que não agradasse. Enfim, são escolhas, decisões. A Paris Filmes se associou a Summit, um estúdio que produz no exterior e que tem uma distribuidora de vídeo e cinema nos Estados Unidos. É a maior empresa de entretenimento neste país. Inclusive, foi favorecida pela “Saga Crepúsculo”. Isso, estrategicamente, foi muito bom para nós. A Paris Filmes está presente em toda a América Latina e isso nos ajuda a ter acesso aos filmes. Hoje, somos uma empresa estruturada, temos um escritório em Los Angeles, que representa 17 países e outro, que trabalha para nós há 20 anos, e re-

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Entrevista presenta o maior comprador de filmes independentes da França, Japão, Itália e Rússia. Isso dá acesso a conteúdos. Eu acabei de tomar a decisão de comprar um filme hoje, se vai dar certo daqui dois anos, não sei. Mas contei com essa estrutura para escolher. O que eu acho que a Paris tem de bom, é que ela se associa e é mais plural. Temos uma tradição na área de exibição, por exemplo, somos os únicos sócios da Cinemark, temos dois complexos de cinema em Belo Horizonte e somos sócios do Severiano Ribeiro. Eu conheço muitos exibidores. Eles me conhecem. Me relaciono com as pessoas. Fomos um dos grandes exibidores na década de 80 e 90, embora hoje não administremos nenhuma sala de cinema. Logo, temos uma relação com o mercado que começou há muitos anos. Exibidor - Qual a sua percepção sobre o futuro da empresa no País? Fraccaroli - Eu sentia, há dois anos, que a empresa precisava entrar com conteúdo nacional. Tomamos uma decisão gerencial e estratégica de estar próximo dos grandes filmes nacionais. O futuro vai dar para nós grandes produções não faladas e faladas em português.

Fraccaroli – O 3D não é fundamental para a indústria crescer, mas sim bons filmes e boas histórias em qualquer língua. Precisamos ter uma indústria de grandes filmes brasileiros, sadios e vencedores. Fazemos alguns investimentos em 3D, mas só isso não adianta. O que faz a diferença são boas salas de cinema, ótima prestação de serviços, atendimento adequado ao público e grandes filmes. Exibidor - Gostaria que você comentasse um pouco sobre o sucesso da “Saga Crepúsculo”. Fraccaroli – Foi uma história individual nossa. Escolhemos “Crepúsculo” porque era uma história de amor. O

O cinema é muito importante para a nossa estrutura de negócio. A cada dia, nos preocupamos mais em contratar conteúdo que faça sentido para o nosso mercado.

Exibidor - Por que não estavam no Brasil antes? Fraccaroli - Por uma decisão estratégica. Estávamos no mercado de vídeo e não entendíamos muito bem. Tínhamos uma certa distância. Então, tivemos que nos preparar para depois entrar no cinema nacional. Também, entendemos que a produção está melhor. Agora vale a pena, antes talvez não. Exibidor – Além do 3D, quais tendências têm observado no mercado e como a Paris Filmes

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tem aproveitado essas tendências no seu market share?

Marcio Fraccaroli // Paris Filmes

primeiro fez 2 milhões, o segundo fez 6 milhões e o terceiro fez 6,5 milhões. Este último com crescimento principalmente no Brasil. Nós estamos na iminência de lançar o quarto esse ano, vamos fazer uma pré-estreia mundial e uma campanha com ideias inovadoras. A Paris sempre inova, tem como diferencial lançar o filme de maneira diferente e trabalhar por ele. Santuário, por exemplo, ficou em primeiro lugar durante dois finais de semana. Então, somos uma companhia muito envolvida com o marketing. O exibidor, que está lendo a matéria nesse momento, sabe que nos entre-

gamos para o marketing. O filme dos vampiros foi uma evolução do nosso trabalho. Vamos completar esse sucesso com o quarto, que está maravilhoso para o Brasil. A primeira cena de amor foi rodada aqui. Logo, o filme tem um valor de tela muito grande para o brasileiro. Nosso País está na vanguarda dos vampiros. Com “Crepúsculo”, a Paris adquiriu respeito junto aos exibidores e concorrentes, porque fez um trabalho especial. Exibidor – Aproveitando, o que realmente ocorreu com a distribuição das cópias de “Lua Nova”? Fraccaroli – Houve um erro gerencial meu. Aproveito a oportunidade para pedir desculpas aos exibidores. Foi uma decisão que acarretou um erro. Optei por aumentar o número de cópias de uma hora para outra e não existia capacidade suficiente no laboratório para fazer isso. Logo não tínhamos como entregar as cópias. Foi um erro meu, assumo publicamente isso. Exibidor - Que plano de “solução de crise” vocês adotaram naquele momento? Fraccaroli – Percebemos que o laboratório no Brasil tem um limite físico para produção de cópias e nos preparamos para fazer o número certo no terceiro filme da série. No quarto episódio, isso também é pouco provável. Na verdade, o Brasil não tem laboratório para processar as cópias com rapidez. Na ocasião entregamos porta a porta para todos os exibidores. Não é que faltou. Imagina que um exibidor ia usar duas cópias num cinema, eu entreguei uma até as 12h e a outra até


© Divulgação/ Paris Filmes

as 18h. Nenhum cinema deixou de ser aberto por falta do filme, mas os exibidores não receberam o número de cópias contratadas na mesma hora. Exibidor – Qual é a projeção de crescimento da Paris? Fraccaroli – Ano passado vendemos quase 10 milhões de ingressos. Para este ano, entre cinema brasileiro e estrangeiro, temos a meta de 17 milhões. É arrojado, difícil, mas eu já tenho mais de 4,5 milhões e ainda estamos no início do ano. Temos muito trabalho, mas muitos bons filmes. Exibidor - Quantos títulos de grande porte Paris distribuiu em 2010 e qual a sua previsão para 2011? Fraccaroli – Em média a Paris Filmes distribui de 17 a 20 filmes por ano entre filmes comerciais e não comerciais. Ela contrata, por ano, uma média de

Recepção dos convidados da pré-estreia de “O Concerto”

25 títulos. Acredito que esses números se repetirão em 2011 e 2012.

cia e aproveitar esse bom momento do mercado.

Exibidor - Quais são as perspectivas da Paris Filmes para este ano?

Exibidor – Que mensagem você gostaria de deixar aos Exibidores?

Fraccaroli – Vai ser muito difícil que o mercado cresça o mesmo que no ano passado. Mas temos chance de crescer de 5 a 10%. Vamos ter um ano fantástico, da franquia americana. Os americanos vão trazer várias grandes marcas nessa temporada. Sem falar no cinema nacional que vai ser um pouco menor, mas linear. Não com tantos picos como “Tropa de Elite”, por exemplo. Teremos um ano fantástico, o exibidor não pode reclamar.

Fraccaroli – Eu desejo que o Exibidor continue acreditando na Paris Filmes, porque nós estamos, inclusive eu, particularmente, empenhados em encontrar o melhor filme para o mercado. Nós vamos continuar investindo em marketing e peço que eles continuem acreditando e exibindo nossos filmes e trailers. Como empresa independente que somos vamos continuar tentando fazer o melhor.

O exibidor está crescendo e o importante é continuar o que está fazendo: investindo e melhorando as salas. Procurar um bom ponto comercial, prestar o melhor serviço possível ao seu usuário, prestar atenção na concorrên-

Tem 32 anos da minha vida que estou acostumado a competir com gente muito maior que eu, que são os grandes estúdios administrados por pessoas eficientes, muito capazes. A cada dia preciso me superar. Tentamos fazer o melhor para que para o exibidor tenha o melhor filme na sua tela. Seja feliz, exiba Paris.

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Tecnologia

Website Exibidor:

Pesquise primeiro, Desenvolva depois A maioria dos exibidores desenvolve um website pensando em seus desejos e esquece as prioridades de quem realmente o acessa, seus clientes Por: Marcelo Lima

A

internet que conhecemos hoje, com páginas espalhadas pela World Wid Web (www) e que são acessadas através de navegadores de internet – os famosos browsers – completará 20 anos em 2012. São duas décadas de evoluções e hoje quem reina são as Redes Sociais.

Mas, antes de ter uma coleção de redes sociais, o website é ainda a ferramenta mais importante para uma empresa. É o “porto seguro” dos próprios sites de relacionamento e de qualquer outra ferramenta de marketing que exista na internet. Para quê ter uma rede social se você não pode promover links ao seu website? Existe vergonha maior que entregar um cartão de visita e o e-mail ser de outro domínio que não seja o da sua empresa, ou que ela nem mesmo tenha registrado um domínio na internet? Atualmente, o website é a fachada virtual de qualquer empresa. Nele, qualquer usuário que tenha acesso à internet conseguirá acessar todas as suas informações, produtos disponíveis, contato, etc. Portanto, o website é a empresa em si. Quanto mais organizadas estiverem dispostas todas as informações, mais respeitado ele será pelo usuário que acessa. E mais chances terá em transformar o interesse do internauta em vendas. No ramo de entretenimento, o website deixa de ser apenas um espaço institucional e se transforma no melhor e maior meio de comunicação e informação da empresa com o cliente. É neste nicho que os exibidores se encaixam. A agência Tonks, há cinco anos no mercado de desenvolvimento e manutenção de websites para exibidores, gerenciou uma pesquisa inédita entre os visitantes dos websites que administra e detectou que 90% das visitas são de interesse nas salas e horários dos filmes em cartaz. Somente 10% está interessado nos produtos que a exibidora oferece ou até mesmo nas informações institucionais da empresa. Estes números provam explicitamente a importância de um site exibidor ser mais informativo do que institucional.

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Mesmo sendo o melhor canal de comunicação entre cliente e exibidora, é perceptível que muitas exibidoras ainda não deram a devida importância ao assunto. É muito fácil encontrar sites de exibidoras mal desenhados e de difícil acesso, inclusive de grandes exibidoras. O acesso à programação de salas e horários torna-se tarefa quase impossível e gera a frustração do usuário, ocasionando sua desistência à ida ao cinema ou até mesmo estimulando a ida ao concorrente. Um bom website exibidor se preocupa primeiramente com os desejos de quem o acessa – no caso, o cliente – e não com os anseios da própria exibidora. Produtos e promoções devem ser colocados de forma secundária. Já os destaques aos lançamentos e o fácil acesso às salas e horários devem ser informações primárias. Uma vez que o usuário conseguiu acessar o que queria, com certeza irá procurar mais sobre a exibidora e os seus produtos. Não adianta tentar imaginar o que o cliente deseja. Somente as pesquisas e estatísticas irão oferecer o Raio-X completo de quem acessa o espaço e este precisa ser desenvolvido sob medida. Pesquisas estas que envolvem tipo de browser, velocidade da internet, dimensões do monitor e até mesmo dispositivos que são acessados (veja quadro ao lado). E para que as pesquisas sejam confrontadas com o desenvolvimento de um novo website, somente empresas profissionais e capacitadas terão a facilidade de criar uma solução completa e aprovada pelo cliente. O desenvolvimento de um bom website não sai barato, mas é o canal de comunicação de maior acesso do cliente e é quem mais fornece informações estatísticas concretas para futuras pesquisas de costumes do próprio cliente que o acessa. Logo, o investimento se transforma em números e gráficos que renderão soluções certeiras de marketing, comercial e operacional.

Quem manda é o cliente

Antes do início de qualquer desenvolvimento de um website, o exibidor precisa estar atento a diversos detalhes técnicos atrelados à região onde atua. Abaixo seguem alguns:

Browser – O Internet Explorer, da Microsoft, já reinou na internet com mais de 90% do mercado mundial de browsers. Atualmente, não passa dos 60%. Por isso, de nada adianta desenvolver um website somente pensando neste navegador. O exibidor deve ficar atento no crescente número de adeptos dos concorrentes Safari (Apple), Firefox (Mozilla) e Chrome (Google)

Velocidade da internet – Sua exibidora está baseada em São Paulo, mas seus cinemas estão em outra localidade com difícil acesso à banda larga. De nada adianta desenvolver um website completo com altos gráficos, se a população não conseguir acessar. É muito importante pesquisar sobre a velocidade da internet onde a exibidora atua. Assim, o website será desenhado para ser rápido em qualquer lugar que seja acessado.

Dimensões do monitor – O presidente da Exibidora tem um monitor de 29 polegadas em sua sala. Só que 80% de seus clientes ainda possui monitor de 17 polegadas. Ao desenvolver um website, deve-se estar atento com as dimensões (principalmente de largura) das páginas da internet para saber se irão se encaixar perfeitamente aos monitores da maioria dos usuários que o acessam.

Dispositivos de acesso – Já se foi o tempo em que um website poderia ser acessado exclusivamente por um computador. Hoje, o exibidor precisa também se atentar nos websites para browsers de celulares, tablets ou outros dispositivos eletrônicos móveis.

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RH

Você está no céu ou no inferno? Por: Antonio Lima Neto*

P

arece estranho começar um artigo focado em atendimento com este questionamento, “você esta no céu o no inferno”? Antes de atendermos qualquer pessoa, é interessante saber que também vivenciamos o outro lado cotidianamente, você é cliente do seu padeiro, da linha de ônibus que você pega, da sua farmácia, do seu açougue, da loja de roupas, calçados, eletromóveis etc... A busca da prestação de serviços ou aquisição de bens duráveis emana de uma motivação, isto é, um desejo interno que o motiva a buscar uma solução para saciar esta necessidade, ninguém sai pensando em algo drástico, sua expectativa é sempre ser bem atendido na ânsia de encontrar alguém que traga soluções e não problemas. Quando nos deparamos com alguém capacitado ou preparado, nos sentimos num verdadeiro céu, pois encontramos

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alguém que foge da regra do senso comum, superando as nossas expectativas. Porém, quando nos deparamos com alguém não comprometido com a empresa, infeliz consigo, pessimista e sobre tudo que não gosta de pessoas, encontramos um forte potencial para transformar o nosso céu em um verdadeiro inferno. Já aconteceu isso com você?

imprescindível para assumir esta função é gostar de pessoas.

O pior de tudo é que quando estamos em um treinamento ou palestra e somos questionados sobre o tema “A Qualidade no Atendimento”, até mesmo estes que transformam o nosso dia em um inferno, conseguem verbalizar todo o passo a passo de como encantar o cliente. A pergunta que faço a você é: se eles sabem, porque não praticam?

Temos um mercado totalmente competitivo, cada vez mais o mercado investe milhões em recursos tecnológicos para atrair a atenção do cliente. Produtos como iPod, Celulares modernos, iPad, carros luxuosos, eletromóveis e eletrônicos são lançados todos os dias. Na verdade, existem produtos que auto se vendem. Quantos milhões de pessoas fazem suas compras via internet, compram ingressos para shows, cinemas e teatros através de sites super elaborados para chamar sua atenção? A própria indústria cinematográfica explora seus próprios sites exibindo trailers de filmes para aguçar o desejo de ir ao cinema.

Você tem o direito de discordar de mim, no meu ponto de vista é falta de empatia, por não se colocarem na condição do cliente ou até mesmo estarem exercendo uma função não compatível com o seu perfil, um fator

Se focarmos em nosso negócio que está inserido no segmento do entretenimento, precisamos ficar atentos a vários detalhes. Eu nunca vi ninguém querer se descontrair sozinho ou até mesmo acompanhado no inferno.


As pessoas querem ser impactadas pelo filme e sobretudo pelo atendimento, de nada vai adiantar um belo sistema 3D se não houver pessoas competentes e capacitadas em gerar ao cliente a sensação de plenitude de um verdadeiro céu. A perpetuação do seu cinema e o aumento da sua receita vai depender do atendimento praticado, do encantamento do seu cliente. Tendo cuidado em todos os detalhes desde a limpeza do banheiro, a organização da bomboniere e a entrega da pipoca. Todos os envolvidos deverão estar focados na receita maior da empresa, chamada cliente. Saiba que o maior patrimônio da empresa chama-se colaboradores, estes quando selecionados de forma correta, ocupando postos, cargos e funções que fazem jus ao seu perfil e competências (habilidades) em desenvolver as suas responsabilidades, transmitem confiança, credibilidade e satisfação ao cliente. Mas, para que isso aconteça precisamos de pessoas altamente capacitadas. Você tem investido na sua equipe de trabalho, capacitando e desenvolvendo seu potencial? Funcionários capacitados e motivados significam colaboradores mais felizes, que de forma direta ou indireta irão contagiar o seu cliente. Os clientes por sua vez irão gerar um senso crítico a todas as atitudes e comportamentos que seus colaboradores possuem. Ou seja, o cliente percebe quando os funcionários de uma empresa estão comprometidos e felizes com o trabalho que fazem, percebem isso pelo modo como são atendidos. E quando isso acontece, algo é inevitável, um cliente satisfeito indica o estabelecimento aos seus amigos e familiares e os clientes insatisfeitos comentam o quanto foram mal atendidos. Vale ressaltar que notícias ruins circulam de forma muito mais rápida do que as boas, fragilizando sua empresa e dando força para a con-

corrência. Portanto, ficar atentos aos comportamentos de nossos colaboradores e clientes é fundamental, pois se estão satisfeitos teremos um marketing boca a boca positivo e se ficarem insatisfeitos, o marketing boca a boca será completamente negativo. O rumo para o sucesso da nossa organização quem dá é o cliente. Se não estivemos atentos a isso, em curto espaço de tempo seremos sucumbidos pelos nossos concorrentes. Você acabou de avaliar ou de acompanhar as últimas pesquisas de satisfação dos indicadores relativos aos aspectos tecnológicos, conforto e atendimento veiculado no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO? Analisando estes indicadores com certeza você terá de forma clara e objetiva a resposta para a pergunta, “De que lado você está, céu ou inferno?” Independente da nota ou quem foi o responsável pelo resultado? Quando se trata de conforto e aspectos tecnológicos, nada melhor do que adquirir equipamentos de última geração ou um profissional de ponta que fará todo um trabalho voltado para o conforto, aparência e apresentação da sua sala de cinema. Porém, surge aqui uma dúvida: como é que fica a questão do atendimento? Não compramos pessoas prontas. Elas precisam e necessitam ser capacitadas e desenvolvidas para provocar atendimentos diferenciados que encante o seu cliente e o faça voltar. Na verdade estamos falando de um momento ímpar, onde o seu cliente paga pelo seu momento de lazer e entretenimento. Esse diferencial só pode ser provocado por colaboradores altamente motivados e focados no atendimento classe A. Veja que os indicadores bombonière e bilheteria obtiveram a pior nota em todos os cinemas avaliados. Quem é o responsável por esses dois setores?

Pessoas desprovidas do entendimento de como encantar o cliente. Agora você pode perguntar: “quem poderia treinar, capacitar e desenvolver habilidades e competências para atender melhor nossos clientes? A solução está dentro da sua empresa e você ainda não se deu conta. Esta pessoa chama-se gerente. Somente ele sabe das características e necessidades de desenvolvimento da sua equipe, mas para isso, é necessário avaliar as suas competências e gerar um programa focado em resultados. Podendo ser estes quantitativos (dinheiro) ou qualitativos (satisfação do cliente) para a sua empresa. Hoje, já existe no mercado empresas especializadas na formação e capacitação de todo o corpo gerencial em líderes treinadores, cabe ao gestor refletir e buscar o apoio destas empresas para que sua equipe esteja cada vez mais desenvolvida.

Antonio Lima Neto *Psicólogo/UNG (Universidade de Guarulhos) e graduando em MBA Executivo Marketing/INPG. Possui mais de 22 anos de experiência profissional na área de Recursos Humanos, Treinamento e Desenvolvimento de pessoas em empresas de grande porte e renome no Brasil. Sólida vivência com coordenação e gerenciamento de atividades de desenvolvimento organizacional, programas de trainees e estágios, processos de contratação, treinamento e avaliação de desempenho.

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Dolby x RealD

Duas tecnologias brigam pela liderança do cinema tridimensional no Brasil. Conheça como funciona cada uma delas Por: Marcelo Lima e Natalí Alencar

Q

uem imaginou que o cinema 3D se tornaria um sucesso duradouro? Pois é, hoje, ele já é realidade consolidada para muitos exibidores e outros já estão procurando informações no mercado para oferecer mais esse serviço.

Mas, o que poucos sabem é que antes de chegar à telona, o 3D já foi utilizado em diversas áreas: na indústria petrolífera, na medicina e na arquitetura. Já no final do século XIX foram feitos experimentos com fotos em 3D e as primeiras experiências cinematográficas puderam ser vistas a partir de 1910. Entre a década de 50 e 60, muitos filmes foram produzidos com essa tecnologia. Na época, os óculos com papelão e celofane e a precariedade da técnica empregada não trouxeram grande êxito.

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O fator decisivo para seu sucesso no cinema foi a experiência polarizada e os óculos da pioneira RealD no lançamento do filme “O galinho Chicken Little” em 2005. Na época, o know how adquirido em outros setores pela empresa, como na perfuração de poços de petróleo e na visualização de plantas e mapas com relevo, foi determinante para garantir o sucesso do filme e do 3D. Foi assim que a RealD se tornou líder no mercado mundial. A Dolby, ainda que iniciando tardiamente, conseguiu abocanhar uma fatia expressiva. Muitos esperavam que a revolução digital alavancaria o 3D, mas na verdade, foi justamente o oposto. Com a força que o 3D tomou, os exibidores se viram forçados a evoluir para a convergência digital. Na CinemaCon, realizada em Las Vegas em março deste ano, o assunto do momento foi a digitalização do

cinema. Segundo o mercado é um caminho sem volta e já há indícios de extinção da película. De todos os projetores expostos na feira, apenas um era de 35 mm.

uma diferença sutil entre as duas imagens. Os olhos não conseguem perceber esta diferença, mas o sistema de filtro na projeção e nos óculos leva a imagem certa a cada olho.

Embora tenha crescido muito, o 3D é mais uma opção e não a única para garantir o sucesso de um bom filme e por isso não roubará a cena das projeções 2D. A opção do cinema tridimensional será uma espécie de upgrade em entretenimento para os exibidores.

Existem dois tipos de óculos: Passivos e Ativos. Os passivos contêm lentes anáglifas com duas cores geralmente vermelho e azul ou verde, que forçam cada olho a enxergar uma seção de cor. Por causa das diferenças entre as duas visões, o cérebro as interpreta como uma imagem de três dimensões.

Hoje, mais de 250 salas de cinema no Brasil já contam com a exibição em 3D e a previsão para este ano é atingir 35 mil salas no mundo. Essa tecnologia utiliza um método de separação espectral das cores das imagens utilizando filtros muito sofisticados dentro do projetor e dos óculos. Todas as cores são reproduzidas fielmente em cada olho, no entanto há

Outro tipo de lentes passivas são as polarizadas, que filtram as ondas de luz projetadas, alinhando-as na mesma direção. Assim, cada olho vê um conjunto de imagens na tela. Já os ativos contam com pequenas telas de LCD (liquid crystal display) na frente dos olhos que controlam as imagens que cada olho deve ver. Atualmente, duas tecnologias para projeção tridimensional são as mais utilizadas no Brasil: a Dolby e RealD. Ambos os sistemas contam com boa qualidade, o que os difere é o modelo de negociação proposto e as condições de utilização.

© Divulgação // RealD

No Brasil, a Dolby é a marca mais conhecida e é a opção da maioria dos exibidores. Já a RealD é utilizada quase que exclusivamente pelas estrangeiras Cinemark e Cinépolis.

Modelos RealD para adultos e crianças

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Por contar com sistema de filtragem espectral, o sistema Dolby dispensa a troca da tela de projeção, ou seja, pode ser utilizada a mesma tela convencional (Branca). A perda de luz, comum aos sistemas 3D, pode ser resolvida com o aumento da potência da lâmpada e em casos extremos, a troca da tela por outra perolizada com ganho.


© Divulgação // Dolby Laboratories

Os óculos podem ser reutilizados centenas de vezes mediante limpeza e esterilização, o que ajuda a diluir seu custo. Os mesmos são passivos, não contém partes eletrônicas ou baterias e possuem sensor antifurto embutido para evitar que o cliente os leve para fora do cinema. “Para evitar furtos, basta o exibidor instalar antenas na saída, caso um usuário mal-intencionado ou distraído passe pelo local, um aviso será disparado, assim como nas lojas de roupas ou produtos convencionais”, esclarece o executivo de vendas da Telem, Mauro U. de Andrade. Em princípio, ao optar pela tecnologia Dolby é preciso instalar a roda especial de cores dentro do projetor digital. Se este for novo, deve ser solicitado que a mesma seja instalada na fábrica. Em caso de atualização é importante mencionar que as rodas são fabricadas com um kit específico para cada projetor. Embora a instalação seja relativamente rápida, exige mão de obra qualificada.

Óculos produzidos pela Dolby Laboratories

Além da roda, é preciso um controlador, normalmente colocado no rack. O servidor não precisa de mudanças. No caso da RealD, os exibidores precisam pagar uma licença anual pelo uso da tecnologia. Além disso, a empresa cobra uma participação na bilheteria e exige o uso da tela prateada, o que encarece ainda mais seu sistema. A tela prateada é uma tela reflexiva com um plástico recoberto por uma fina aplicação de tinta prateada. Ela reflete a luz recebida em dobro. Além do inconveniente do seu custo, causa problemas de falta de uniformidade na reflexão, o que por sua vez gera áreas mais e menos privilegiadas na platéia. Naturalmente, deve ser reconhecido que telas perolizadas também podem ter este problema. Embora haja necessidade de troca de tela, os custos de instalação do RealD são menores e os óculos, por serem descartáveis, oferecem custo bem mais baixo.

“Para o mercado brasileiro, sugiro o sistema 3D da Dolby com os óculos passivos e divisão de espectro de cores via ‘Color Wheel’. Este sistema tem uma relação custo-benefício atraente porque utiliza óculos reutilizáveis, não requer telas especiais para salas de pequenas proporções e, principalmente, não cobra licenciamento e taxa anual para o direito do uso”, aconselha Mauro, da Telem. Dentre os principais entraves para aquisição da tecnologia 3D, o preço continua sendo o fator mais decisivo. No entanto, alguns especialistas dizem que é possível recuperar o valor investido com bons filmes e patrocínio. O licenciamento do sistema RealD tem valores iniciais em torno de US$ 25 mil, incluindo softwares e adaptações. A renovação anual sai por US$ 10 mil. Os óculos da Dolby custam cerca de US$ 33 e a licença está em torno de US$ 20 mil. Todos estes valores são de dezembro de 2009, portanto pode ter ocorrido algum reajuste. Algumas em-

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presas que comercializam os sistemas foram procuradas, mas por questões comerciais, preferiram não divulgar o valor para adesão. “O investimento em um cinema 3D requer novos equipamentos, óculos, etc. Contudo, os filmes projetados com esta tecnologia atraem muitos espectadores, mesmo com um preço médio de ingresso mais elevado. Isso acaba tornando esta transição um bom negócio. Os custos vêm caindo com a expansão do mercado mundial e o aumento da produção em escala”, comenta Mauro. Além do custo, há falta de apoio do governo, principalmente para financiar os pequenos empreendedores e diminuir a carga tributária.

“O principal entrave é a absurda carga impositiva do Brasil. O exibidor paga praticamente o dobro do custo dos equipamentos por causa disto. Há alguns pequenos avanços, como a isenção do ICMS no Estado do Rio, mas ainda não são suficientes. O exibidor brasileiro se encontra seriamente prejudicado em relação aos outros países da América Latina”, avalia o consultor da Dolby, Carlos Klachquim. “De fato, ainda existem entraves. Vejo principalmente para a obtenção de linhas de crédito aos pequenos exibidores. Mesmo com dificuldades, as grandes redes conseguem mais financiamento”, argumenta Mauro, da Telem.

O cinema 3D no Brasil está em franca expansão. Há por parte do mercado grande expectativa em mais um ano de forte crescimento, principalmente por conta do programa “Cinema Perto de Você” da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e da competição de grandes redes exibidoras instaladas no país. Alguns exibidores já estão no seu segundo ou terceiro projetor 3D em cada complexo, o que provavelmente ajudará a alavancar o segmento no país. Isso, sem falar na expansão da tecnologia para outros produtos e setores, Tvs, celulares, etc. Hoje, o conceito 3D está mais popularizado e as empresas estão aproveitando este potencial.

No Ringue

Dolby • Não há necessidade de se instalar uma tela reflexiva. • Óculos reutilizáveis e mais caros, resistem a lavagens em equipamentos especiais. Podem chegar a 500 utilizações. • Investimento: Custo da aquisição dos equipamentos e softwares. Não é cobrada taxa anual ou o percentual sobre a venda dos ingressos. • Por ser uma empresa tradicionalmente ligada a som, possui sistema de sonorização digital de ótima qualidade.

RealD • Aconselha-se adaptação da tela de projeção para uma reflexiva. • Óculos descartáveis, por isso com baixo custo. Permite-se a inclusão de patrocinadores em suas hastes. • Investimento: paga-se uma taxa anual e percentual sobre a bilheteria. • A diferenciação das imagens se dá por meio de um filtro LCD (liquid crystal display) instalado no projetor.

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Embora muito se especule quanto ao futuro da projeção em 3D, ainda é incerto afirmar quais caminhos ela pode percorrer. “É tentador pensar em óculos próprios que funcionem na TV e também no cinema, mas há muitas dificuldades práticas. Por exemplo, cada sistema precisa de óculos diferentes, o que dificulta o uso, já que a pessoa seria obrigada a comprar um para cada sistema e saber antecipadamente que tecnologia utiliza a sala que escolheu para assistir o filme. Em geral, sou bastante cético”, afirma Klachquim, da Dolby. Outras possibilidades Além da Dolby e RealD, existem outros sistemas de projeção 3D. Uns mais conhecidos e outros menos, porém nenhum está na briga pela liderança como a Dolby e RealD. Segundo informações do livro “A Hora do Cinema Digital”, de Luiz Gonzaga de Lucca, no caso da tecnologia 3D Xpand, “...a imagem é exposta na mesma velocidade de seus concorrentes, a 144 quadros por segundo, em tripla exposição da imagem (triple-flash), porém a observação alternada é efetivada pelos óculos cujo cristal líquido em seu interior fecha ou abre alternadamente a captação de luz em cada olho. Desta forma, não há grandes esforços na formação da imagem, assim como não ocorrem deformações decorrentes do processamento digital da imagem”.

Devido ao sistema sofisticado, o custo é mais alto. Os óculos são mais pesados, mais frágeis e não apresentam boa ergonometria. Há relatos de espectadores que sentiram desconforto ao utilizá-los. Este sistema é conhecido por perder menos luz que os demais e por não exigir telas especiais. Há também a coreana MasterImage, utilizada em poucos cinemas, quase todos na Ásia. Mas, a empresa prevê expandir sua atuação em outos países, inclusive no Brasil. Recentemente, o Grupo Cinecolor fechou um acordo para representar em toda America Latina a nova tecnologia “3D fílmico” das empresas Panavision e Technicolor. Estas duas empresas americanas criaram em parceria um sistema de projeção estereoscópica (3D) em película 35mm, que basicamente consiste em instalar uma lente especial (chamada 3D Over/Under) nos atuais projetores de 35mm. Em cada fotograma são impressas duas imagens completas do filme, uma fica na parte debaixo e outra em cima. Deste forma, o sistema 3D fílmico gera uma imagem dupla da mesma cena, permitindo que o espectador consiga ver uma projeção 3D na mesma qualidade que uma projeção digital.

lação desta tecnologia não e necessário a troca do projetor. Em termos percentuais a implementação de um sistema 3D fílmico chega próximo de 25% do custo de um sistema 3D digital. O sistema já está instalado em 27 salas brasileiras. Embora se apresente como uma solução intermediária para os exibidores, já há rumores de que a revolução digital implicará na adequação dos cinemas mais cedo ou mais tarde, ou seja, adequar a projeção da película para 3D sem a convergência digital talvez não seja tão promissor. Como se pode perceber, todos os sistemas disponíveis no mercado possuem vantagens e desvantagens. Em relação à qualidade da projeção, as diferenças são poucas. Portanto o exibidor deve avaliar outros fatores: instalação, manutenção, facilidades operacionais, capacidade de atualização dos softwares, suporte técnico, desgaste e financiamento dos equipamentos. Só assim poderá fazer a melhor escolha.

Para o mercado exibidor significa ter acesso a um novo sistema de projeção 3D com uma qualidade equivalente ao sistema 3D digital, porem com um investimento muito inferior, pois para a insta-

© Divulgação // MasterImage

© Divulgação // Xpand

Óculos Xpand e MasterImage

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Alimentação

Guia das Pipoqueiras

O que você deve saber sobre a máquina nº 1 das bombonieres Por: Natalí Alencar Com a colaboração de Alexandre Petroni, da Mavalério

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A

pipoca é um item essencial em todo cinema. É praticamente impossível não se render àquele cheirinho gostoso que toma conta das salas de exibição. Logo, ela é responsável por abocanhar uma fatia expressiva no faturamento das bombonieres. E para garantir que a pipoca esteja sempre saborosa é preciso investir numa boa pipoqueira, mantendo-a em ótimas condições de uso e limpeza. Veja algumas dicas úteis para escolher a melhor pipoqueira, os melhores produtos e a maneira correta de conservá-la, garantindo maior durabilidade. Parâmetros para escolher a melhor Tamanho. Deve ser de acordo com a demanda que o exibidor espera ter. Há modelos que variam de 8 a 32 oz (leia-se onças) de capacidade. Os menores podem ser usados para preparação de pipoca doce (caramelo) ou em locais com público menor. Já as de maior capacidade são utilizadas para o preparo de pipoca salgada em locais com grande demanda. Peças. Ao fazer a escolha, deve-se verificar se a fabricante ou o importador possui uma grande variedade de peças para reposição. Isso pode impactar futuramente no fluxo de produção da pipoca. A peça pode demorar a ser substituída e o exibidor pode ficar sem a máquina ou com uma a menos por um período maior que o desejado. Panela. Verifique a qualidade, resistência e durabilidade. Com muito tempo de uso, a panela pode “furar” se não for de boa qualidade. Olhe se ela é removível com facilidade. Em alguns modelos disponíveis no mercado não é possível retirar a panela ou ela sai com certa dificuldade, com isso a limpeza demora muito mais do que deveria. Capacidade de produção. O ideal é que a pipoca estoure num tempo cur-

to. Boas pipoqueiras são as que garantem maior quantidade de pipocas em menor tempo. Em média esse tempo não deve ultrapassar 4 minutos por estouro.

© Divulgação // Mavalério

Manual. Deve conter a descrição detalhadas das peças, bem como conter instruções claras e completas sobre o funcionamento da Pipoqueira. Verifique também se há dicas de limpeza e conservação que ajudarão a prolongar a vida útil dela. Atendimento. A empresa deve oferecer fácil acesso ao cliente e agilidade nas informações. Qualquer cliente deve ter prioridade para falar com o técnico em qualquer eventualidade. Empresa. Pesquise entre os exibidores o histórico da empresa e a credibilidade da marca. Através deste “boca-a-boca”, as chances de erro na escolha serão menores. Os ingredientes Depois de escolher a melhor pipoqueira, os ingredientes utilizados para o preparo também devem ser selecionados com bastante cuidado. O milho deve ser de boa qualidade, garantindo alta expansão e padronização do tamanho da pipoca durante todo o ano. Assim, independente da colheita, não haverá oscilação. Tem que ter milho bom o ano inteiro. Além disso, deve haver o maior aproveitamento possível dos grãos para evitar perdas e consequentemente prejuízo ao exibidor. No caso do óleo, como sua função é apenas estourar a pipoca, não há um modelo ideal. Alguns são mais baratos, como o de soja e canôla. Outros

possuem sabor e aroma de manteiga, que aguça o paladar dos consumidores e são misturas próprias para fritura de milho. A opção é do exibidor. Já o sal, o adequado é o micronizado, um subproduto do sal refinado em forma de pó. Por ser ultrafino, ele gruda por igual na pipoca e dá uma coloração amarelada. Diferentemente do sal comum, não oxida a pipoqueira e não deixa resíduos na mão do consumidor. Para todos os itens acima, sempre analise a prestação de serviços, o atendimento e a clareza nas informações passadas pela empresa. Ela deve garantir a segurança alimentar do produto. Outra possibilidade, já disponível no mercado, são os produtos divididos em porções, que já vêm com a quantidade padronizada dos itens utilizados no preparo da pipoca, cabendo ao operador apenas repor os ingredientes.

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Alimentação

Sua pipoqueira sempre em dia

Antes x Depois (manutenção)

Agora que já escolheu a pipoqueira e os ingredientes, é hora de cuidar bem dela. A limpeza e a manutenção preventivas são fatores decisivos para prolongar sua vida útil, que pode chegar a 10 anos. Todos os dias, a máquina deve ser limpa internamente com pano para limpeza multiuso e algumas gotas de detergente neutro. Essa tarefa, se feita diariamente não leva mais que 10 minutos. Uma vez por semana, o filtro do exaustor deve ser retirado e colocado de molho durante a noite num recipiente com água e detergente neutro. No início da manhã, retire e deixe-o secando. Geralmente o filtro é trocado uma vez por ano ou quando fica entupido. Para verificar, olhe-o contra a luz, se perceber que os “furinhos” estão entupidos, é hora de trocar. Se o filtro não for limpo, toda aquela fumaça com gordura vai acumular nas partes eletrônicas. Isso, somado à poeira, pode danificar as peças e até estragar o motor. Em alguns casos, a sujeira é tanta que não é possível recuperar as peças. A ventoinha, responsável por resfriar as peças eletrônicas também pode ficar comprometida. Ela pode emperrar e deixar de cumprir sua função, com isso, a parte elétrica pode queimar e parar de funcionar. Além desses cuidados com a limpeza, nunca coloque peças secundárias ou adaptações com parafusos inadequados ou fitas adesivas. Se houver qualquer problema, procure a manutenção autorizada pela fabricante ou importadora. Se você não tomar os devidos cuidados, veja ao lado como sua pipoqueira pode ficar.

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© Divulgação

Embora não represente riscos à saúde, já que estas partes não têm contato com o alimento, a gordura acumulada prejudica e compromete o funcionamento da máquina, o que certamente trará prejuízos em longo prazo.

Esteja sempre atento a tudo o que envolve o seu negócio, principalmente quando pequenos detalhes são extremamente decisivos. A Pipoqueira é a grande responsável por uma combinação muito bem sucedida: cinema e pipoca. Ela merece um cuidado especial.


Informe Publicitário

Projetores de cinema digital O dilema da escolha

E

ste ano a indústria recebeu a chegada de uma nova geração de projetores de cinema digital, que oferece maior brilho, melhor desempenho 3D, total conformidade com as especificações DCI e menor custo de operação. As possibilidades são inúmeras e, sem dúvida, há uma escolha perfeita para cada tela. Mas que critérios são determinantes quando se muda para o digital? Bob Lambermont apresenta a perspectiva da Barco.

Os filmes em 3D (ou melhor, a “experiência 3D”) são um bom atrativo para que o espectador vá ao cinema. Ver um filme em 3D ainda é algo relativamente novo e não se pode desfrutar dessa experiência em casa, então isso faz com que as pessoas sintam curiosidade e tenham a disposição para pagar um pouco mais pelo ingresso de cinema. Como ilustrado no exemplo de Avatar, o 3D digital gera uma importante receita para a indústria cinematográfica.

Qualidade de imagen digna de “noite de estréia”

Esta evolução é um motivo mais que suficiente para que alguns fabricantes de projetores de cinema se concentrem em obter melhores projeções em 3D com projetores especiais de alto desempenho e compatíveis com as principais tecnologias estereoscópicas. Para os exibidores de cinema, investir nestes projetores ultraluminosos de primeiríssima qualidade é uma medida certeira. Com esses projetores, começarão a se distanciar dos demais e transformarão essa vantagem tecnológica, em vantagem para a bilheteria e o marketing do filme.

Uma das coisas que os diretores e cinéfilos adoram do cinema digital é que ele fornece uma experiência digna de “estréia” em cada projeção, sem as imperfeições de 35 m/m, que tendem a aparecer na imagem depois de repetidas execuções. A escolha da tecnologia do projetor é muito importante neste sentido. Afinal de contas, o público de hoje espera uma boa relação qualidade x preço, ou seja, o público espera uma experiência de “noite de estréia”, com brilho de imagem superior, cores brilhantes e excelente contraste. Por exemplo, a tecnologia DLP Cinema®, usada pelos principais fabricantes de projetores de cinema digital como a Barco, provou ser superior nestas áreas e garantir a mesma qualidade de imagem sem causar quaisquer danos ou perdas ao longo do tempo. “Quanto mais, melhor” se aplica também para o brilho. Para este fim, os fabricantes estão focados em otimizar a ótica e as lâmpadas do projetor. Com esse propósito, a Barco desenvolveu uma isolação hermetica em torno do motor para proteger o chip DLP Cinema® contra poeira e sujeira, o que proporciona níveis de brilho e contraste ideal ao longo dos anos, evitando o aparecimento de manchas, oriundas das particulas de poeira. O último em 3D Nas vésperas de 2010, o filme Avatar de James Cameron monopolizou a atenção da indústria, oferecendo ao público uma inovadora experiência em 3D. O resultado foi um sucesso de bilheteria avassaladora em todo o mundo: o filme já arrecadou mais de 2.000 milhões de dólares até agora, “afundando” o recorde mundial anterior, do filme Titanic.

Custo total de operação Além de alcançar uma qualidade de imagem insuperável em 2D e 3D, um dos principais fatores considerados pelos proprietários de salas de cinema antes de mudar para o formato digital, é que os custos totais associados para utilizar esses equipamentos sejam reduzidos. E com razão. A concorrência atual do mercado obriga os exibidores de cinema a manter no mínimo os custos de projeção para aumentar a lucratividade e a competitividade. É verdade que os projetores são apenas uma parte do custo da projeção, mas ainda assim, é uma parte que precisa ser considerada. Então, antes de decidir sobre um projetor é importante fazer a lição de casa. Os consumíveis tem grande relevância em tudo isso. Muitos fabricantes de projetores utilizam lâmpadas exclusivas para oferecer a máxima luminosidade possível. Estas lâmpadas são geralmente mais caras e têm uma vida útil mais curta. Escolher um projetor que funcione com lâmpadas padrão tipo Xenon de arco curto, como a nova família de projetores Barco DP2K, resulta em uma alternativa muito mais rentável. Se pode reduzir o custo operacional de funcionamento de uma lâmpada em até 30% sem

comprometer a luminosidade. Outros consumíveis, tais como filtros de ar, também devem ser cuidadosamente considerados. Pode parecer insignificante, mas optar por um projetor com filtros metálicos reutilizáveis pode influenciar significativamente no resultado do custo total de operação. Os custos de manutenção são outro aspecto importante a ser considerado quando se muda para o digital. Provavelmente a melhor maneira de otimizar os custos do serviço é escolher uma família de projetores que seja totalmente modular e que facilite a manutenção. Os principais fabricantes, como a Barco entendem bem essa idéia. Os novos projetores da Barco compartilham um projeto modular em que cada componente principal pode ser substituído através de um acesso lateral. Esta característica única, garante maior tempo de atividade e melhora os tempos de resposta para o serviço técnico. Além disso, torna possível armazenar estoques de peças menores e acelerar o processo de aprendizagem dos técnicos. E mais... A lista acima está longe de terminar. O proprietário de uma sala de cinema também pode atender a critérios como aumentar a resolução do projetor para 4K, incrementar o pacote de serviço de atendimento ao cliente, etc. Seguir esses “principios básicos” ajudará a se destacar entre a multidão de projetores que serão lançados nos próximos anos. A Barco no Brasil A Barco está presente no Brasil desde 1995 e possui uma estrutura completa para vendas e atendimento ao cliente. Um dos quatro centros regionais de treinamento para cinema digital da Barco no mundo foi montado e totalmente equipado na cidade de São Paulo. Engenheiros especializados em ministrar treinamentos em português, inglês e espanhol, atendem às demandas de treinamento básico, instalação e manutençao avançada. Os engenheiros de helpdesk também atendem em português, inglês e espanhol e a Barco é a pioneira com os serviços de NOC instalados no pais.


Serviço

Lâmpadas Xenon: um perigo não evidente Conheça um pouco mais sobre um acessório fundamental do seu cinema Por: Natalí Alencar

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© Divulgação // Osram

U

m filme de qualidade precisa ter um bom roteiro, elenco excepcional e direção impecável, certo? Errado, a projeção de uma obra cinematográfica é tão importante quanto as etapas e a maneira como foi produzida. Afinal a qualidade da imagem é fator decisivo para cativar o cliente.

Elas possuem descarga de alta pressão e o arco funciona em uma atmosfera de gás xenônio puro. Operam em corrente contínua e alcançam uma potência de corrente superior a 200 amperes.

A mesma fonte de luz artificial pela qual a projeção dos filmes se torna possível também pode ser fonte de perigo para os exibidores. Se não for instalada e manuseada corretamente, as lâmpadas Xenon podem trazer prejuízos e riscos à saúde. Com certeza você ou algum conhecido seu já sofreu algum tipo de acidente.

Por isso, é necessário conhecer o tipo adequado de lâmpada para o projetor instalado. A capacidade da lâmpada deve ser compatível ao projetor e aos tamanhos da sala e da tela. Na maioria das vezes, esse cálculo não é feito, logo a instalação e o funcionamento podem ficar comprometidos. Deve-se também conhecer bem o fabricante e verificar se há suporte e assistência técnica local para resolução de problemas e garantia para trocas.

Basicamente as lâmpadas se dividem em dois tipos: lâmpadas para projeção de filmes de 35 milímetros e filmes digitais, de 2.000W até 7.000 W, dependendo de sua utilização.

Os grandes líderes do mercado mundial de lâmpadas Xenon são: Osram, Christie e Philips. As duas primeiras são as mais comercializadas no Brasil, embora tenham chegado

35 | Exibidor, abril/2011


Serviço

algumas cargas dos outros modelos, porém sem o mesmo êxito comercial. Desde a aquisição do produto, o exibidor deve se preocupar com os itens de segurança. Nesta hora, preço não conta. Geralmente as lâmpadas dessa categoria custam entre R$ 1.300,00 e R$ 5.000,00. “Em geral, os consumidores avaliam o custo inicial de um produto, sem considerar a sua durabilidade e os benefícios decorrentes desta vida maior, como, por exemplo, os custos de manutenção, transporte e armazenagem”, explica a gerente de vendas da Osram, Helena Santo Soares Caramurú ao relatar a dificuldade em convencer os clientes da relação custo-benefício. No momento de instalar e utilizar, os cuidados não param. E daí por diante, tudo deve ser analisado.

© Divulgação // Osram

O problema pode começar já no transporte e pode se estender ao armazenamento e manuseio. As lâmpadas são de descarga com elevada pressão interior, o que pode provocar sua explosão, mesmo fora de operação. Por isso, elas devem ter embalagens especialmente desenvolvidas para que o transporte, o armazenamento e o manuseio estejam dentro dos parâmetros adequados de segurança.

36 | Exibidor, abril/2011

“Jamais coloque a mão no bulbo da lâmpada. Deixe-a sempre numa ventilação adequada”, complementa o técnico em som e projeção e diretor da JD Cine, João Dimas Alves Rodrigues. Outro fator importante é o treinamento dos funcionários que vão, de alguma maneira, ter contato com o acessório. As lâmpadas só devem ser manuseadas por pessoas treinadas devidamente paramentadas com luvas, máscara de proteção total do pescoço e vestuário de proteção no tórax. Geralmente essas vestimentas são de couro. Por emitir radiação ultravioleta muito intensa durante a operação, a lâmpada é extremamente perigosa para os olhos e a pele, portanto, só podem ser acesas quando já estiverem totalmente instaladas no interior do projetor, que deve estar devidamente fechado. Mesmo que os Manuais estejam em inglês ou outra língua que não seja o português, procure sempre ajuda para interpretar e entender as instruções de utilização que acompanham os produtos. Elas sempre têm informações importantes que muitas vezes são desconsideradas. Quanto à durabilidade do produto, verifique sempre no catálogo e em documentos técnicos. Eles informam a vida

útil que deverá ser respeitada pelo exibidor para que as lâmpadas mantenham seu desempenho dentro dos parâmetros exigidos para sua aplicação, sem causar prejuízos na qualidade da projeção ou riscos de queima e explosão. “Em média, a vida útil das lâmpadas é de 3.500 horas. Se instalada corretamente e mantida em boas condições de uso, a mesma pode atingir 5.000 horas”, acrescenta Dimas Rodrigues. De olho na vida útil das lâmpadas, algumas marcas estão desenvolvendo produtos mais eficientes com menor custo. É o caso da Osram. As últimas gerações das lâmpadas XBO®, por exemplo, possuem a extensão XL em suas nomenclaturas, o que significa “Xtreme Life”, ou seja, contam com uma durabilidade até 50% maior que as versões tradicionais. São com estes pequenos cuidados que muitos acidentes podem ser evitados, embora o mercado como um todo já esteja mais atento do que há alguns anos. “O mercado exibidor tem se mostrado atento e preocupado, tanto com a segurança como na qualidade e a rentabilidade de seus negócios, onde a lâmpada também tem sua participação”, finaliza Helena, da Osram.


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Prêmio ED

Prêmio ED contempla grandes nomes do setor

U

Evento se consolida como a principal confraternização dos exibidores e distribuidores

ma relação de parceria merece uma premiação a sua altura. Afinal como não homenagear os responsáveis pelo sucesso do cinema no Brasil. É dos bastidores que os exibidores e distribuidores trabalham em conjunto para fazer da projeção de filmes um segmento bem sucedido. Já há algum tempo, estes profissionais se reuniam para comemorar o final de mais um ano. Antes, era apenas um almoço informal, mas com o passar do tempo, o evento ganhou tamanho e forma, cresceu junto com o mercado, e desde 2008 tornou-se uma grande festa: o Prêmio ED.

e os indicados escolhidos é só começar a fazer campanha para os destaques do ano. Atualmente, o Prêmio ED contempla as seguintes categorias: Exibição: Destaque Complexo Inaugurado na Capital, Destaque Complexo Inaugurado no Interior, Destaque Profissional de Marketing, Destaque Equipe de Marketing, Destaque Profissional de Programação, Destaque Equipe de Programação e Destaque Grupo Exibidor.

O objetivo desse encontro anual, além de promover a confraternização no setor, é criar uma competição saudável para estimular o crescimento do mercado cinematográfico, bem como homenagear quem se destacou ao longo do ano.

Distribuição: Destaque Campanha de Lançamento em até 200 salas, Destaque Campanha de Lançamento em mais de 200 salas, Destaque Equipe de Marketing, Destaque Profissional de Marketing, Destaque Profissional de Programação, Destaque Equipe de Vendas, e Destaque Distribuidor.

Sua dinâmica é muito simples: cada empresa indica um grupo de profissionais para votar e receber votos. Com o júri

Sem falar nas homenagens, que literalmente são um capítulo parte.

Retrospectiva Relembre os contemplados e os melhores momentos de cada edição:

© Arquivo // Prêmio ED

2008

A primeira edição foi realizada em 03 de dezembro de 2008. A cerimônia foi conduzida pela apresentadora Renata Boldrini. A atriz Luana Piovani foi um dos destaques da festa e recebeu o Prêmio Aposta do Cinema Nacional.

Premiados

Distribuição

Homenagens

Exibição

Destaque Equipe de Vendas - Sony/Disney

Destaque Equipe de Programação - Unibanco Arteplex

Destaque Programador - Marco Carmo (Fox Film)

Aposta do Cinema Nacional - Rafael Ribas e Luana Piovani

Destaque Equipe de Marketing - Cinemark

Destaque Equipe de Marketing - Fox Film

Destaque Exibidor - Unibanco Arteplex

Destaque Distribuidor - Sony/Disney

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Prêmio Alexandre Adamiu - Antônio Gublielmo e Ronaldo Silva Prêmio Francisco Campos - Magalhães Rodrigues Lucas


2009 © Arquivo // Prêmio ED

Novamente sob o comando de Renata Boldrini, a cerimônia foi realizada excepcionalmente em Janeiro. As categorias “Destaque Campanha de Lançamento” e “Destaque Complexo de Cinema Inaugurado” foram acrescentadas ao evento. Também foi feita uma modificação na homenagem “Aposta do cinema nacional”, que passou a se chamar “Profissional do cinema nacional”, possibilitando dessa forma premiar tanto promessas futuras quanto trajetórias já bem sucedidas.

Premiados

Destaque Exibidor - Unibanco Arteplex

Destaque Distribuidor - Sony/Disney

Exibição

Distribuição

Homenagens

Destaque Equipe de Programação - Unibanco Arteplex

Destaque Equipe de Vendas - Sony/Disney

Profissional do Cinema Nacional - Daniel Filho

Destaque Equipe de Marketing - Cinemark

Destaque Equipe de Marketing - Fox Film Destaque Campanha de Lançamento - A Era do Gelo 3 (Fox Film)

© Arquivo // Prêmio ED

Destaque Complexo Inaugurado - GNC Iguatemi em Porto Alegre-RS (GNC Cinemas) e Cine Marabá em São Paulo-SP (PlayArte Cinemas)

Destaque Programador - James Souza (Imagem Filmes)

Prêmio Alexandre Adamiu - Dante Zuliane Prêmio Francisco Campos - Valmir Fernandes

2010

Seguindo a tradição, Renata Boldrini apresentou o prêmio. Com o objetivo de melhorar a disputa houve divisão das categorias “Destaque Campanha de Lançamento” e “Destaque Complexo de Cinema Inaugurado”. Foi incorporado também ao prêmio: Profissional de Marketing nas áreas de Exibição e Distribuição e Programação no segmento de Exibição.

Premiados

Destaque Exibidor - Cinesystem Cinemas

Destaque Distribuidor - Sony/Disney

Exibição

Distribuição

Homenagens

Destaque Equipe de Programação - Cinemark

Destaque Equipe de Vendas - Fox Film

Destaque Profissional de Programação Claudia Tavares (Severiano Ribeiro)

Destaque Profissional de Programação Walter Caretta (PlayArte)

Profissional do Cinema Nacional - Walkiria Barbosa

Destaque Equipe de Marketing - Cinemark

Destaque Equipe de Marketing - Fox Film

Destaque Profissional de Marketing - Maricy Leal (Cinemark)

Destaque Profissional de Marketing - Ricardo Bollier (Fox Film)

Destaque Cinema Inaugurado no Interior Cinépolis Santa Úrsula (Ribeirão Preto-SP)

Destaque Campanha de Lançamento até 199 Salas - Os Mercenários (California Filmes)

Destaque Cinema Inaugurado em Capital - Kinoplex Vila Olímpia (São Paulo-SP) & Cine 10 Sulacap (Rio de Janeiro-SP)

Destaque Campanha de Lançamento em 200 ou mais salas- Avatar (Fox Film)

Troféu Alexandre Adamiu - Jorge Corrêa Troféu Francisco Campos - Francisco Pinto (Kiko) - Homenagem Póstuma Homenagem Especial - José Padilha pelo sucesso de “Tropa de Elite 2”

Os preparativos para a edição 2011 terão início em maio. Aguarde as novidades e fique atento à programação e principalmente às datas de inscrições para fazer parte das votações e do evento.

39 | Exibidor, abril/2011


Agenda

Filme

15/04/2011

21/04/2011

29/04/2011

06/05/2011

13/05/2011

20/05/2011

27/05/2011

40 | Exibidor, abril/2011

Direção

Elenco

Distribuidora

Eu sou o Número Quatro (I am Number Four)

D.J. Caruso

Alex Pettyfer, Timothy Olyphant, Teresa Palmer, Dianna Agron, Kevin Durand, Callan McAuliffe, Jake Abel, Judith Hoag, Beau Mirchoff

Walt Disney Studios

Pânico 4 (Scream 4)

Wes Craven

David Arquette, Neve Campbell, Courteney Cox, Emma Roberts, Hayden Panettiere, Rory Culkin, Nico Tortorella

Imagem Filmes

Sobrenatural (Insidious)

James Wan

Barbara Hershey, Rose Byrne, Patrick Wilson

Playarte Filmes

Bróder (Bróder)

Jeferson De

Caio Blat, Jonathan Haagensen, Silvio Guindane, Cássia Kiss, Ailton Graça

Sony Pictures

Hop - Rebelde sem Páscoa (Hop)

Tim Hill

Kaley Cuoco, James Marsden, Russell Brand, Elizabeth Perkins, Tiffany Espensen, Veronica Alicino, Tucker Albrizzi

Universal Pictures

A Garota da Capa Vermelha (Red Riding Hood)

Catherine Hardwicke

Burke, Julie Christie, Virginia Madsen, Max Irons, Cainan Wiebe

Warner Bros.

A Minha Versão do Amor (Barney´s Version)

Richard J. Lewis

Dustin Hoffman, Jake Hoffman, Paul Giamatti, Rosamund Pike, Minnie Driver, Scott Speedman, Mark Addy

California Filmes

O Casamento do meu Ex (The Romantics)

Galt Niederhoffer

Katie Holmes, Anna Paquin, Elijah Wood, Josh Duhamel, Malin Åkerman, Jeremy Strong, Candice Bergen, Adam Brody

Paris Filmes

Água para Elefantes (Water for Elephants)

Francis Lawrence

Robert Pattinson, Reese Witherspoon, Christoph Waltz, James Frain, Hal Holbrook, Paul Schneider, Dan Lauria

Fox Film

Thor (Thor)

Kenneth Branagh

Chris Hemsworth, Natalie Portman, Kat Dennings, Anthony Hopkins, Idris Elba, Stellan Skarsgård, Ray Stevenson

Paramount Pictures

Reencontrando a Felicidade (Rabbit Hole)

John Cameron Mitchell

Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Dianne Wiest, Sandra Oh, Tammy Blanchard, Jon Tenney, Patricia Kalember, Giancarlo Esposito

Paris Filmes

Velozes & Furiosos 5 (Fast Five)

Justin Lin

Dwayne Johnson, Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Elsa Pataky, Ludacris, Gal Gadot, Matt Schulze, Sung Kang

Paramount Pictures

Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau)

George Nolfi

Matt Damon, Emily Blunt, Daniel Dae Kim, Anthony Mackie, Terence Stamp, Michael Kelly, Liam Ferguson, Anthony Ruivivar, Anna Kuchma

Universal Pictures

Os Olhos de Julia (Los Ojos de Julia)

Guillem Morales

Belén Rueda, Lluís Homar, Clara Segura, Julia Gutiérrez Caba, Hèctor Claramunt, Daniel Grao, Francesc Orella, Joan Dalmau

Paramount Pictures

Caminho da Liberdade (The Way Back)

Peter Weir

Colin Farrell, Dejan Angelov, Yordan Bikov, Dragos Bucur, Sattar Dikambayev, Sally Edwards, Valentin Ganev, Igor Gnezdilov, Mariy Grigorov, Ed Harris

California Filmes

Padre (Priest)

Scott Charles Stewart

Paul Bettany, Cam Gigandet, Maggie Q, Karl Urban, Lily Collins, Stephen Moyer, Mädchen Amick, Christopher Plummer

Sony Pictures

Mamonas pra Sempre! (Mamonas pra Sempre!)

Claudio Khans

Piratas do Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean 4: On Stranger Tides)

Rob Marshall

Johnny Depp, Geoffrey Rush, Penélope Cruz, Ian McShane, Gemma Ward, Stephen Graham, Kevin McNally, Óscar Jaenada, Sam Claflin

Walt Disney Studios

O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer)

Brad Furman

Matthew McConaughey, Marisa Tomei, John Leguizamo, Ryan Phillippe, Josh Lucas, Michaela Conlin, William H. Macy, Shea Whigham

Imagem Filmes

Hanna (Hanna)

Joe Wright

Cate Blanchett, Eric Bana, Saoirse Ronan, Olivia Williams, Tom Hollander, Michelle Dockery, Jessica Barden

Sony Pictures

Europa Filmes


Filme

Direção

Elenco

Distribuidora

Se Beber, Não Case! Parte 2 (The Hangover Part II)

Todd Phillips

Zach Galifianakis, Bradley Cooper, Justin Bartha, Heather Graham, Ken Jeong, Ed Helms, Jeffrey Tambor

Warner Bros.

Meia-noite em Paris (Midnight in Paris)

Woody Allen

Michael Sheen, Rachel McAdams, Marion Cotillard, Owen Wilson, Alison Pill, Adrien Brody, Tom Hiddleston, Kathy Bates

Paris Filmes

A Árvore da Vida (The Tree of Life)

Terrence Malick

Brad Pitt, Sean Penn, Jessica Chastain, Dalip Singh, Joanna Going, Fiona Shaw, Kari Matchett, Jackson Hurst

Imagem Filmes

X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class)

Matthew Vaughn

Jennifer Lawrence, January Jones, James McAvoy, Rose Byrne, Nicholas Hoult, Michael Fassbender, Kevin Bacon, Zoë Kravitz, Jason Flemyng

Fox Film

Estamos Juntos (Estamos Juntos)

Toni Venturi

Cauã Reymond, Leandra Leal

Imagem Filmes

Kung Fu Panda 2 (Kung Fu Panda: The Kaboom of Doom)

Jennifer Yuh

Vozes de: Jack Black, Angelina Jolie, Gary Oldman, Seth Rogen, Jackie Chan, Jean-Claude Van Damme, Michelle Yeoh, Dustin Hoffman, Lucy Liu

Paramount Pictures

Namorados para Sempre (Blue Valentine, 2010)

Derek Cianfrance

Michelle Williams, Ryan Gosling, Mike Vogel, Faith Wladyka, John Doman, Marshall Johnson, Jen Jones, Maryann Plunkett, James Benatti, Barbara Troy

Imagem Filmes

Qualquer Gato Vira-Lata (Qualquer Gato ViraLata)

Tomas Portella

Malvino Salvador, Cléo Pires

Walt Disney Studios

Arthur – O Milionário Irresistível (Arthur)

Jason Winer

Russell Brand, Jennifer Garner, Greta Gerwig, Helen Mirren, Nick Nolte, Luis Guzmán

Warner Bros.

Carros 2 (Cars 2)

John Lasseter

Vozes de: Owen Wilson, Jason Isaacs, Michael Caine, Michael Keaton, Emily Mortimer, Bonnie Hunt, Joe Mantegna

Walt Disney Studios

Família Vende Tudo (Família Vende Tudo)

Alain Fresnot

Luana Piovani, Caco Ciocler, Lima Duarte, Vera Holtz, Marissol Ribeiro, Ailton Graça

Playarte Filmes

Transformers: O Lado Oculto da Lua (Transformers: Dark of the Moon)

Michael Bay

Shia LaBeouf

Paramount Pictures

A melhor festa do ano (Prom)

Joe Nussbaum

Nicholas Braun, Aimee Teegarden, Danielle Campbell

Walt Disney Studios

Cilada.com (Cilada.com)

José Alvarenga Jr.

Bruno Mazzeo, Fernanda Paes Leme, Mauro Mendonça

Paris Filmes

Harry Potter e as relíquias da morte – Parte 2 (Harry Potter and The Deathly Hallows – Part 2)

David Yates

Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint

Warner Bros.

Assalto ao Banco Central (Assalto ao Banco Central)

Marcos Paulo

Milhem Cortaz, Lima Duarte, Giulia Gam

Fox Film

Larry Crowne (Ainda sem título em Português)

Tom Hanks

Tom Hanks, Julia Roberts, Nia Vardalos

Paris Filmes

Capitão América: O primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger)

Joe Johnston

Chris Evans, Samuel L. Jackson, Hugo Weaving

Paramount Pictures

O ursinho Pooh (Winnie the Pooh)

Stephen J. Anderson e Don Hall

Vozes de: Craig Ferguson, Gilbert Gottfried, John Cleese, Jim Cummings, Tom Kenny, Bud Luckey, Travis Oates, Jack Boulter, Kristen Anderson-Lopez

Walt Disney Studios

03/06/2011

10/06/2011

17/06/2011 24/06/2011

01/07/2011

08/07/2011

15/07/2011

22/07/2011

29/07/2011

* As datas previstas de lançamento estão sujeitas a alteração.

41 | Exibidor, abril/2011


Legislação

O que é um ingresso de cinema?

A

s salas de cinema são movidas a público e esse movimento depende de um papelzinho impresso conhecido como “ingresso” ou “entrada”. Esse elemento integrante e emblemático da vida da exibição tem múltiplos significados e conseqüências. O ingresso é, antes de mais nada, uma licença autoral. Essa licença é regida pela Lei 9610/1998, no Brasil, quando o espectador adquire o direito de assistir a um filme na sala de exibição. Os direitos autorais são direitos que se interpretam restritivamente. Por este motivo o espectador ao adquirir um ingresso, compra o direito exclusivo, limitado e restrito de visualização da obra cinematográfica, naquele local e data combinados. É posto um contrato autoral. Como decorrência dessa relação jurídica o espectador não pode (e não deve) realizar nenhuma outra ação (copiar, fixar, reproduzir, filmar, fotografar ou qualquer outra ação por qualquer meio ou processo) a obra exibida nas telas, sob pena de infração ao contrato autoral que lhe foi concedido pelo exibidor (que adquire este direito do produtor por mediação da distribuidora). A infração a esse contrato de direito de visualizar pelo espectador pode fazer surgir os direitos de sanções penais e civis. Contudo, além de um contrato autoral o ingresso também é o “recibo” da prestação de um serviço. Ainda que seja uma licença autoral, o fornecimento do direito de assistir um filme de cinema foi eleito como sendo uma “prestação de serviços” pela Lei Complementar 116 que trata das ativi-

42 | Exibidor, abril/2011

dades que se submetem ao regime da tributação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Compete ao Município onde o cinema esta instalado arrecadar e fixar a alíquota e base de calculo desse tributo. Além de ser o recibo de pagamento, por haver um tributo envolvido, há a obrigação de emissão de nota fiscal. Portanto, em diversos Municípios onde a lei autoriza, o ingresso emitido pelo exibidor pode ser o substituto da Nota Fiscal de Prestação de Serviços. Há casos em que são admitidos regimes especiais e outros que surge a questão da necessidade de emissão de notas fiscais eletrônicas, onde o ingresso precisa fazer parte de um sistema mais complexo. Não fossem suficientes essas conseqüências a aquisição de um ingresso implica numa relação jurídica de consumo entre o exibidor e o espectador, submetendo este papelzinho não apenas à Lei Autoral, mas também ao Código de Defesa do Consumidor – CDC - (Lei 8078/1990), que traz uma série de conseqüências (inclusive a obrigação de deixar uma via deste Código impressa na bilheteria a disposição do espectador). O CDC é uma lei que visa a harmonizar a relação entre fornecedor e consumidor, que diz que são direitos básicos do consumidor: a proteção da vida, saúde e segurança; a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coerciti-

vos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. Por tudo isso, percebe-se que um ato cotidiano da exibição envolve complexas relações jurídicas, nem todas explicitadas nestas poucas linhas, que pelo hábito muitas vezes sequer nos damos conta. Um ingresso a mais, um contrato a mais e vários direitos adicionados.

Marcos Alberto Sant Anna Bitelli Marcos Alberto Sant Anna Bitelli Mestre em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entretenimento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.


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