Exibidor #2

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Ano I - nº 02, julho/2011

www.exibidor.com.br

Salas de Luxo despontam como forte tendência no Brasil

Alimentação

Distribuidores de bebidas não atendem às demandas dos exibidores

Finanças

Carga tributária impede crescimento e investimentos no setor

Tecnologia

Tematização de homepages é nova estratégia de marketing


Leia também a revista Exibidor no seu iPad®. Basta o sistema operacional de seu aparelho ser iOS 4.2 ou superior. Veja abaixo o passo a passo de como baixar a revista gratuitamente. Acessando o site www.exibidor.com.br através de seu iPad®, basta clicar na capa da revista ou nos links das edições anteriores no menu, ao visualizar a revista, no canto superior direito da tela irá aparecer automaticamente “Abrir no iBooks” ou em inglês “Open in iBooks”. O iBooks abrirá e conseguirá visualizar a edição selecionada da revista. Ao utilizar o iBooks para abrir a revista, será armazenado automaticamente uma cópia da revista Exibidor em sua prateleira de livros.

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Editorial

O Exibidor, agora compreendido

H

á seis meses foi criado o projeto da primeira revista dedicada ao mercado operacional exibidor. Três meses atrás, o que era um projeto se tornou realidade e foi distribuído para mais de 1400 endereços espalhados por todo o Brasil, com matérias que tratavam de diversos pontos da área operacional de exibição cinematográfica. O que não esperávamos era o sucesso alcançado por esta revista logo em sua primeira edição. Tivemos mais de 500 downloads via formato Tablet, dezenas de pedidos pela versão impressa e elogios que vieram de todas as direções: distribuidores, produtores, prestadores de serviço e, principalmente, do exibidor que agora se sente compreendido pelas dificuldades que convive desde bem antes de abrir as portas de seu cinema. Enfim, o primeiro objetivo da Revista Exibidor foi alcançado. Agora a próxima etapa é mais árdua e bem mais desafiante: manter a qualidade das reportagens, consolidar-se como um periódico trimestral e bem suportado pelos seus patrocinadores e, acima de tudo, continuar sendo distribuída gratuitamente. A segunda edição está aqui. Não da forma que queríamos, mas garantimos sem modéstia alguma que o conteúdo está bem superior e mais agradável de se ler. E à medida que amadurecemos, disponibilizamos melhores reportagens. Para esta edição, presenteamos o exibidor com uma entrevista exclusiva com o presidente da Agência Nacional de Cinema (ANCINE), Manoel Rangel, que acredito, irá tirar muitas dúvidas da maioria dos exibidores sobre a real importância desta Agência. Das reportagens, destacamos a matéria de capa: Cinemas VIP. O leitor exibidor irá compreender que esse negócio de luxo tem muito espaço para o Brasil e a ideia não é tão nova quanto parece. Também vamos nos revoltar juntos com a má qualidade da distribuição de bebidas para os cinemas e o impensável cálculo tributário de um ingresso. Temos ainda os artigos de Legislação e Recursos Humanos tão bem escritos por Dr. Marcos Bitelli e Antonio Lima Neto respectivamente, além das novas seções como Espaço do Leitor e Notícias. A cada edição temos novas ideias e essas inovações vêm de você leitor. Portanto, esteja à vontade em sugerir novas seções ou a cobertura de algum assunto específico. Somos todos “ouvidos”. Agradeço, em nome da Tonks e da equipe gestora da Revista Exibidor, a todas as manifestações de apoio e também a todos os anunciantes. E adiantamos que a terceira publicação já está no forno. Nos vemos em Outubro!

Expediente Edição e direção

Marcelo J. L. Lima Redação

Natalí Alencar (MTB 51480) natali@exibidor.com.br Arte

Raphael Grizilli

raphael@exibidor.com.br Comercial e anúncios

faleconosco@exibidor.com.br Tel.: 11 2099 0308 Colaboradores

João Ono, Marcos Bitelli, Antonio Lima Neto e Espaço/Z Impressão

Poligraf ABC Gráfica e Editora

(11) 4991 4243 - (11) 4991 4388 orcamento@poligrafabc.com.br www. poligrafabc.com.br Correspondência

Rua Voluntários da Pátria, 3744 – Cj 76 São Paulo (SP) | 02402-400 Tel: 11 2099 0308

faleconosco@exibidor.com.br www.exibidor.com.br

A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:

www.tonks.com.br Quantidade

1500 exemplares. Os artigos assinados não refletem neces-

sariamente a opinião da Revista Exibidor.

Marcelo J. L. Lima marcelo@exibidor.com.br

4 | Exibidor, julho/2011

Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks.



Espaço do Leitor A primeira edição da Revista Exibidor foi um sucesso! Recebemos muitos elogios, críticas e sugestões. Agradecemos a todos pelas mensagens de apoio. Abaixo você confere alguns destes depoimentos. A partir desta edição, teremos a seção “Espaço do Leitor”, na qual você poderá manifestar sua opinião sobre o conteúdo da Revista.

elo novo Parabéns p to. As empreendimen o muito estã reportagens . interessantes

Gostaria de parabenizar a iniciativa da Tonks em prod uzir esta Revista . As matéria s estão muito bem el aboradas.

o ton Brandã // Welling ção a Grupo Est

Envie seus comentários para o email: faleconosco@exibidor.com.br.

va no or era o que falta A Revista Exibid em qu m co idor não tinha mercado. O exib ue o Q . ar am cl re ormar ou conversar, se inf inerentes r todos esses atos foco seja pratica s. re emos colaborado á atividade. Ser

Recebi o 1° exemplar de Exibidor e achei muito interessante o seu conteúdo. Contem comigo para o que precisarem e sorte nessa nova empreitada.

Gostaria de parabenizá-l os pela ótima in iciativa! // Rosa Ma ria Vicente Box Cinema s do Brasil

rães Rosa Ribeiro // Rafael Guima es Rosa Ribeiro e Víctor Guimarã Artecine

// Mariana Rêzny Cinépolis

// Ênio Louvison Centerplex Cinemas

Empresas e Instituições Citadas A

E

P

ANCINE / 14, 15, 16, 17, 41 ABERT / 30 ABRA / 30 ABTA / 30 Ambev / 32,33 APEX /16 Artecine / 06

ECAD / 30, 40, 41

Paris Filmes / 20, 21

F

R

Facebook / 21

RedeTV / 30

B Barco / 08 BNDES / 15 Box Cinemas do Brasil / 06

C CADE / 30 California Filmes / 11 Canto Claro Produções Artísticas / 11 Centerplex Cinemas / 06, 08, 21 Cen tro Nacional de Cinematografia da França / 16 Cine 3 / 21 Cineart / 21 Cinema CGV / 27 Cinema Charlotte / 27 Cinemark / 09, 23, 24, 25, 26, 27 Cinematografia Araújo / 09, 23 Cinépolis / 06,08, 09, 21, 23, 24, 25 Cinesystem / 08, 09 Circuito Cinemas / 21 Coca-Cola / 32, 33

D Dolby / 08, 46

6 | Exibidor, julho/2011

Espaço de Cinema Unibanco / 23

FENEEC / 30 Filme B / 34

Parkshopping / 24

S

Grupo Severiano Ribeiro / 23, 24, 25, 26

SKY / 30 Shopping Center Lapa / 8 Shopping Cidade Jardim / 24,26 Shopping Iguatemi Alphaville / 8 Shopping Praia de Belas / 9 Shopping Tamboré / 24 Shopping Vila Olímpia / 24

I

T

Ideal Poltronas / 25

JK Iguatemi / 24

Telefonica / 30 Tonks / 06, 20 TV Bandeirantes / 30 TVA / 30 Twitter / 21

M

U

Fox Film do Brasil / 11, 40

G GNC Cinemas / 09 Golden Class / 27

Grupo Estação / 06

Imagem Filmes / 11

J

Marvel / 12

N NET / 30

O OI / 30

Ono Consultoria / 40 Orient Cinemas / 21

USP / 14

V Via Brasil Shopping Center / 8

W Walt Disney Studios / 13, 20 Warner Bros. Pictures / 12, 13, 20 Weta Digital / 13


Sumário

notícias/08

Giro pelo mercado

claquete.com/11

Novidades do cinema

entrevista/14

Manoel Rangel, da ANCINE

tecnologia/19

Tematizações de websites em alta

Cinemas VIP/22

Luxo, tecnologia e conforto ditam tendência

atigo legislação/30

Ecad sob investigação

alimentação/32

Como anda a distribuição de bebidas

finanças/38

Lucro do exibidor é prejudicado perante a teia de impostos

agenda/44

Próximos lançamentos

artigo rh/46

Megaeventos prometem movimentar país

7 | Exibidor, julho/2011


Notícias

Barueri e Blumenau ganham novas salas de cinema

© Divulgação

Multiplex brasileiro totalmente digital

Cinépolis Shopping Iguatemi Alphaville

© Divulgação

Projetores Barco® DP2K-23B

Duas unidades inauguradas recentemente pela Cinépolis já estão em pleno funcionamento. Uma é a unidade do Shopping Iguatemi Alphaville (Barueri – SP), a 6ª da rede no país, que possui nove salas (sendo três com projeção 3D) em formato stadium com quase 1300 lugares. A grande novidade deste complexo são as primeiras salas CinépolisVIP® no Brasil. (Endereço: Alameda Rio Negro, 111). A segunda inauguração foi em Blumenau. O local conta com sete salas, destas, três com projeção em 3D. São 1.187 poltronas numeradas. (Endereço: Rodovia BR 470, S/N).

A exibidora Cinesystem inaugurou em maio o primeiro Multiplex totalmente digital do país, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ), dentro do Via Brasil Shopping Center. O local conta com seis unidades dos projetores digitais da marca Barco® ultra-bright, modelo DP2K-23B. Sendo dois deles equipados com adaptadores Dolby 3D. Em estilo stadium, o Multiplex tem capacidade para 1160 lugares. (Endereço: Rua Itapera, 500, 3º Piso).

Nova cara ao complexo da Lapa

Centerplex Lapa repaginado

© Divulgação

Dando continuidade ao processo de padronização e modernização de sua rede, o Centerplex Cinemas reformou e reinaugurou em junho seu complexo no Shopping Center Lapa (São Paulo-SP). Entre as mudanças, o local agora possui poltronas de couro ecológico, lugares numerados e sala de espera totalmente repaginada. Além de oferecer vendas por totem de auto-atendimento e online. (Endereço: Rua Catão, 72).

8 | Exibidor, julho/2011


Falta de acessibilidade obriga Governo Paulista determina cinema a indenizar cliente obrigatoriedade de higienização em óculos 3D

Uma nova lei sancionada pelo governador Geraldo Alckmim obriga as empresas exibidoras a higienizarem os óculos 3D. O projeto foi proposto pelo deputado estadual João Camarez.

A limpeza deve obedecer às recomendações dos fabricantes e os óculos deA GNC Cinemas foi condenada pela 3ª Turma Recursal Cível da Justiça Especial a indenizar um casal que não conseguiu assistir um filme na sala do Shopping Praia de

Belas (Porto Alegre) por falta de condições adequadas de acessibilidade para cadeirantes. Na ação, a empresa foi sentenciada a pagar R$ 6 mil por danos morais.

A Lei Federal 10.098/00 prevê que “a construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executados de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”.

verão ser embalados individualmente

em plástico estéril e fechados a vácuo. A norma ainda determina que as em-

presas não poderão cobrar nenhuma taxa a mais dos clientes devido ao novo procedimento.

O não cumprimento da lei sujeitará as

exibidoras a multas, apreensão do produto e cassação do registro do produto junto ao órgão competente.

A sentença é de 30 de junho e cabe recurso.

Inaugurações 2ºtrimestre Nome

Cidade

Exibidora

Inauguração

Capacidade

Cinépolis Iguatemi Alphaville

Barueri-SP

Cinépolis

29/04/2011

1291 lugares

Multiplex Boulevard Shopping

Campos dos Goytacazes-RJ

Araújo

06/05/2011

não informado

Cinesystem Via Brasil

Rio de Janeiro-RJ

Cinesystem

06/05/2011

1160 lugares

Circuito Parauapebas

Parauapebas-PA

Circuito Cinemas

20/05/2011

504 lugares

Cinépolis Blumenau Norte Shopping

Blumenau-SC

Cinépolis

17/06/2011

1187 lugares

Cinemark Capim Dourado

Palmas-TO

Cinemark

23/06/2011

1541 lugares

*Dador fornecidos pelo banco de dados Claquete.com

9 | Exibidor, julho/2011


Lava Óculos 3D Rapidez na hora de inserir produtos na máquina. Com a Lava Óculos 3D Tecno Machine você pode colocar até 48 óculos em uma única lavagem. Além disso, o ciclo de higienização é de apenas 120 segundos. Vantagens Orçamentos rápidos Grande estoque de peças de reposição para todo o país Reparos rápidos e com garantia Atendimento com profissionais autorizados em todo o Brasil Capacidade de lavagem de 1.400 óculos por hora Detergentes e secantes desenvolvidos exclusivamente para higienização e esterilização de óculos

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Claquete.com

Lançamento de “Conan” é aguardado com grande expectativa Após a divulgação de diversos materiais de Conan, o Bárbaro, a

O destemido guerreiro encara uma vingança pessoal, que logo

visto para 16 de setembro no Brasil.

e outras criaturas estranhas. Logo, ele percebe que é a única es-

California Filmes aguarda ansiosa o lançamento do filme, preDepois de oito décadas inspirando gerações de todo o universo da ficção (quadrinhos, vídeo games, animações, filmes para o cinema

e para a TV), o bárbaro retorna em mais uma aventura épica. Desta

perança de salvação para as nações de Hibória contra um reino de maldade sobrenatural.

Confira alguns pôsteres divulgados recentemente pela Califórnia:

© Divulgação

vez, a história ganhará mais vida com as exibições também em 3D.

se torna uma batalha contra os rivais hulking, monstros terríveis

Começa as filmagens de “Somos Tão Jovens” em Paulínia Depois de quatro semanas em Brasília, a produção de Somos tão Jovens desembarcou no Pólo Cinematográfico de Paulínia, interior de São Paulo, para outra seção de filmagens. O longa, uma parceria inédita entre a Fox

Film do Brasil e a Imagem Filmes, contará a história de Renato Russo. Com produção da Canto Claro Produções Artísticas, Somos tão Jovens é dirigido e produzido por Antonio Carlos da Fontoura e assinado por Marcos Bernstein.

Thiago Mendonça interpretará Renato Russo, criador e líder da banda Legião Urbana. O elenco conta ainda com Sandra Corveloni, Marcos Breda, Laila Zaid, Bianca Comparato e Olívia Torres.

11 | Exibidor, julho/2011


Claquete.com

Warner divulga materiais de “Sherlock Holmes 2” Dando sequência na divulgação de um

Dr. Watson ( Jude Law), quando eles

Warner Bros. lançou o primeiro trailer de

crime Professor Moriarty ( Jared Harris).

de seus grandes próximos lançamentos, a Sherlock Holmes: A Game of Shadows (Ainda sem título em português), segun-

do filme da série estrelado por Robert Downey Jr., Jude Law e Jared Harris.

Guy Ritchie participou de uma nova

© Divulgação

aventura cheia de ação, seguindo os pas-

sos do detetive mais famoso de todos os tempos, Sherlock Holmes (Robert Do-

wney Jr.), e seu companheiro confiável,

confrontam seu arquiinimigo, o gênio do

Com roteiro de Kieren Mulroney e Mi-

chele Mulroney e produção de Joel Sil-

ver, Lionel Wigram, Susan Downey e Dan Lin, Sherlock Holmes 2 tem estreia prevista para 13 de janeiro de 2012 no Brasil.

Além do pôster (ao lado), assista o trailer em: http://bit.ly/sherlock2

© Divulgação

Sequência de “Thor” somente em 2013

De acordo com informações divulgadas pelo Blog Deadline, o próximo Thor chegará às salas de cinema dos Estados Unidos somente no segundo semestre de 2013 e sem o britânico Kenneth Branagh como diretor. A sequência é fruto do sucesso do primeiro Thor nos cinemas de todo o mundo, responsável pela arrecadação de mais US$ 430 milhões.

12 | Exibidor, julho/2011

O site conta ainda que o australiano

heróis no qual Hemsworth viverá

deus nórdico como protagonista do fil-

Chris Evans, Scarlett Johansson e Sa-

Chris Hemsworth repetirá o papel do me, cuja primeira parte contou também

com Anthony Hopkins e Natalie Portman no elenco.

A Marvel está produzindo atualmente Os Vingadores, outro filme de super-

Thor ao lado de Robert Downey Jr., muel L. Jackson .

O Deadline revelou que a saída de Branagh foi amigável e de comum acordo

com a Marvel. Agora, o estúdio procura um novo diretor.


Livro ilustrado da produção de “Aventuras de Tintim”

Muppets reunidos num único pôster

© Divulgação

Walt Disney Studios lançou um novo cartaz para Os Muppets (The Muppets), desta vez com grande parte dos bonecos reunidos, com o Sapo Caco, Piggy e Gonzo.

A Weta Digital, responsável pela pós-produção de As Aventuras de Tintim (The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn), divulgou um livro de arte ilustrada do filme. O longa usou a mesma técnica de filmagem de Avatar, onde as filmagens acontecem em fundo verde, e depois são inseridos os cenários.

O filme narra a tentativa de Gonzo em dirigir um filme, cuja realização corre perigo quando ele gasta todo o orçamento da produção logo no início das filmagens. Para terminá-lo e não sofrer com o prejuízo, Gonzo precisará contar com a ajuda de seus amigos. Mas não sem antes ter de se livrar do vilão vivido por Chris Cooper, que quer acabar com o estúdio para se apoderar do petróleo que existe debaixo dele. Os Muppets tem previsão de estreia no Brasil marcada para 13 de Janeiro de 2012.

A publicação já está em pré-venda e será lançado em outubro. O primeiro filme da trilogia As Aventuras de Tintim chegará aos cinemas brasileiros em 11 de novembro.

No filme, o aventureiro repórter Tintim, seu desengonçado e leal Milu e o rude Capitão Haddock devem encontrar um navio perdido, o Unicórnio, que detém o segredo de um antigo tesouro e a solução para o enigma de uma velha maldição.

este e Peter Jackson o segundo filme da franquia. Ambos vão dirigir o terceiro filme. Assista o teaser: http://bit.ly/livrotintim

© Divulgação

Steven Spielberg vai produzir três filmes com o personagem Tintim. Spielberg dirige

“Amor a Toda Prova” tem novo cartaz divulgado

© Divulgação

A Warner Bros. Pictures divulgou o pôster oficial de Amor a Toda Prova (Crazy, Stupid, Love), longa dirigido e estrelado Steve Carell. Os indicados ao Oscar® Ryan Gosling e Julianne Moore; Emma Stone e Kevin Bacon, fazem parte do elenco principal do filme. No longa, o careta Cal Weaver (Steve Carell) tem quarenta e poucos anos e uma vida perfeita – um bom emprego, uma casa legal, filhos ideais e um casa-

mento com sua namorada do colégio. Mas quando Cal descobre que sua esposa Emily ( Julianne Moore) está o traindo, ele quer o divórcio. Sua vida “perfeita” desaba rapidamente. E para piorar, faz décadas que Cal não tem um encontro amoroso e ele é justamente a definição de alguém sem charme. Amor a Toda Prova tem estreia prevista para 26 de agosto nos cinemas brasileiros.

13 | Exibidor, julho/2011


©Isaac Amorim

Entrevista Manoel Rangel // ANCINE

O mercado exibidor na visão da ANCINE Diretor da agência comenta projetos, metas e expectativas para a cinematografia nacional Por: Natalí Alencar

C

om uma década de atuação, a ANCINE (Agência Nacional do Cinema) é o órgão do governo responsável por fomentar, regular e fiscalizar o mercado do cinema e do audiovisual no Brasil.

Manoel Rangel, atual representante da Agência, está em seu segundo mandato que irá até 2013. Nascido em Brasília, Rangel acumula extensa experiência cinematográfica. É cineasta, formado pela Universidade de São Paulo (USP), onde cursou o mestrado em Comunicação e Estética do Audiovisual. Foi presidente da Comissão Estadual de Cinema da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2001-2002); Assessor Especial do Ministro da Cultura Gilberto Gil (2004/2005) e Secretário do Audiovisual substituto (2004/2005); foi nomeado membro da Diretoria Colegiada da Agência Nacional do Cinema (ANCINE) em 2005. Em entrevista por email à Revista Exibidor, ele comentou a atuação da ANCINE junto aos exibidores e falou sobre o andamento do Projeto Cinema Perto de Você e das polêmicas cotas de exibição.

14 | Exibidor, julho/2011


Revista Exibidor - Como foi a relação da ANCINE com o exibidor de cinema ao longo destes 10 anos da agência?

Revista Exibidor – Já tou sobre o Projeto,

que você comen-

Manoel Rangel: Desde a sua criação, a ANCINE se dedica a um projeto de desenvolvimento articulado do cinema nacional, com ações de fomento e regulação que contemplam todos os elos da cadeia econômica do setor: a produção, a distribuição e a exibição. Isso porque não adianta estimular somente a produção de filmes nacionais, se não existem canais para o seu escoamento. No caso específico da exibição, a atuação da ANCINE seguiu esse princípio, com um diálogo permanente com os agentes do setor. Nos primeiros anos houve um estranhamento por parte dos exibidores, porque era o retorno do Estado depois de dez anos de ausência. Mas construíram-se pontes e o diálogo, somado a um maior acúmulo de experiência pela agência, culminou com o lançamento, em 2010, do Cinema Perto de Você, um programa de expansão do parque exibidor que prevê a abertura de 600 novas salas de cinema no país num período de quatro anos. A meta é descentralizar o parque exibidor nacional, estimulando a abertura de salas em bairros populares dos grandes centros e em municípios de médio porte, como forma de ampliar as opções de cultura e lazer da população e fortalecer o mercado do cinema no país.

Rangel - Os exibidores aderiram com entusiasmo ao programa. Muitos estão preparando projetos e outros já os submetem ao BNDES. Segundo dados fornecidos pelo exibidor, nos primeiros cinco meses de operação mais de 150 mil ingressos foram vendidos nas seis salas do Cine 10, no bairro carioca Jardim Sulacap, o primeiro complexo apoiado pelo programa, uma taxa de ocupação similar à de um cinema da Zona Sul. Outro fator de sucesso é que a produção nacional está voltando a atrair para os cinemas os segmentos mais populares da sociedade, tanto que o maior sucesso do Cine 10 foi um filme brasileiro, Tropa de Elite 2. O segundo empreendimento apoiado pelo programa, um complexo de seis salas no

como está o en-

volvimento do exibidor?

um mapeamento completo das regiões carentes de salas de cinema em todo o país, es-

tabelecendo diferentes faixas de prioridades. Hoje apenas 8% dos municípios brasileiros têm salas de cinema, e essa realidade precisa

mudar. O programa atende a cidades com

mais de 100 mil habitantes sem nenhuma sala de cinema; cidades entre 100 mil e 500

mil moradores com forte demanda reprimida; e regiões mais carentes das cidades com

mais de 500 mil moradores. Dependendo da localização do empreendimento, ele pode

ter uma taxa de juros de 1,5% ao ano, uma condição excepcional de financiamento.

Exibidor - Muitos

exibidores reclamam

da carga tributária e da falta de incentivos por parte do governo, o que impede o crescimento do

Toda vez que as produções nacionais vão bem, o mercado de salas de cinema cresce.

Na elaboração do programa, a ANCINE fez

entendem cada vez mais que o Brasil não é formado apenas pelas classes A e B. Precisamos ter 200 milhões de incluídos culturais, e o audiovisual é uma ferramenta fundamental nesse processo. É preciso, portanto, que os empresários do setor aproveitem as linhas de crédito oferecidas pelo programa Cinema Perto de Você para dedicarem-se tenazmente a aproveitar o bom momento da economia brasileira e construírem mais salas de cinema por todo o país. Penso que é preciso também aprofundar o compromisso com o cinema brasileiro, exibindo e divulgando mais os nossos filmes. Toda vez que as produções nacionais vão bem, o mercado de salas de cinema cresce. São razões mais do que suficientes para que se firme uma aliança duradoura.

bairro de Irajá, no Rio, também apresenta resultados muito positivos. Já estão em análise no BNDES projetos que somam 50 a 60 novas salas. Exibidor - Como

você avalia a atuação

dos exibidores desde a fundação da

AN-

CINE? Rangel - A geografia do cinema mudou. Mudanças tecnológicas e a baixa capitalização do setor de exibição levaram a uma concentração sócio-econômica do parque exibidor, mas há um fato novo: o crescimento da classe C, que quer consumir bens culturais. E os 80 filmes de longa-metragem nacionais que são produzidos a cada ano precisam ir ao encontro desse público. Felizmente, os exibidores, da mesma forma que os programadores de TV e as empresas distribuidoras,

setor como um todo.

ANCINE

Como

a

avalia a atual carga

tributária e quais projetos há nesse sentido para alavancar o crescimento do cinema no país?

Rangel – Atendendo a uma mobilização do empresariado exibidor, a desoneração fiscal é justamente um dos pilares do programa Cinema Perto de Você. Essa desoneração chegou a ser determinada pelo Governo Federal com a Medida Provisória 491 e ficou em vigor por cinco meses. A MP não foi votada a tempo, no final de 2010, por causa das eleições, mas existe o compromisso do Governo de retomá-la. Uma vez aprovada a MP, o custo de construção de uma sala de cinema será reduzido em cerca de 30%, por meio da desoneração de impostos federais e do efeito cascata sobre os impostos estaduais e municipais. Além disso, uma linha de financiamento para empresas exibidoras já é ofertada pelo BNDES, com taxas de juros abaixo das praticadas pelo mercado, e já atende a todos os exibidores que nos procuram. Temos ainda nesse espírito a desoneração de ICMS sobre a importação de equipamentos no estado do Rio de Janeiro.

15 | Exibidor, julho/2011


Entrevista Exibidor - O

ministério da cul-

Exibidor - Como vocês avaliam o crescimento do 3D e o surgimento das salas de Luxo no Brasil?

tura francês divulgou o fim do

Fonds Sud,

fundo do governo

francês voltado às produções cinematográficas

da

Latina, África

Ásia

e

América para a

criação de um fundo universal que poderia contemplar qualquer país.

Isso

pode afetar de

alguma maneira o mercado nacional cinematográfico?

© Divulgação/ ANCINE

Rangel - Criado em 1984, o Fonds Sud é um mecanismo de apoio seletivo que já beneficiou mais de 340 filmes de longametragem dos chamados países em desenvolvimento, em ficção, animação e documentário. Muitos desses filmes – incluindo algumas produções brasileiras, como Mutum – foram selecionados para renomados festivais internacionais. Estive presente na apresentação do balanço anual do Centro Nacional de Cinematografia da França durante o último Festival de Cannes e lá Eric Garandeau, o atual presidente, e o Ministro da Cultura, Frédèric Miterrand, foram enfáticos em dizer que o novo fundo manterá a política de apoio à coprodução entre os países da América Latina e a França. É preciso analisar com cautela os critérios de seleção do novo fundo a ser criado, se essa notícia se confirmar. Mas não creio que haverá um impacto significativo no nosso mercado. Exibidor - Há outros projetos da ANCINE em parceria com outros países? Quais? Rangel - Uma das competências da ANCINE é promover o cinema brasileiro no exterior, com apoio da Divisão do Audiovisual do Ministério das Relações Exteriores, da APEX e do Ministério da Cultura. Várias ações vêm sendo desenvolvidas neste sentido, e a cada ano se nota uma presença mais marcante e qualificada de nossas produções no cenário internacional. Isso se deve à atuação do Governo e da ANCINE em três frentes: a revisão dos acordos de co-

16 | Exibidor, julho/2011

produção multilaterais e bilaterais; o apoio à participação de filmes nacionais em festivais e mostras estrangeiras; e o lançamento e atualização dos editais bilaterais de fomento. Atualmente, o Brasil possui acordos bilaterais com Argentina, Alemanha, Canadá, Chile, Espanha, França, Itália, Portugal, Venezuela, Índia e em aprovação Israel. Temos ainda um acordo multilateral que agrupa a maior parte dos países iberoamericanos. Além dos acordos, a ANCINE estabelece editais de coprodução em parceria com instituições internacionais, como o Instituto de Cinema e do Audiovisual de Portugal, o Consórcio Audiovisual da Galícia, o Instituto Nacional do Cinema da Argentina e o Instituto do Cinema do Uruguai. O Brasil também participa da RECAM, instrumento orgânico da atividade audiovisual no Mercosur; da CAACI, fórum das autoridades audiovisuais ibero-americanas; e do Programa IBERMEDIA, que tem por finalidade promover a integração da cinematografia ibero latino-americana.

Rangel - O 3D vem apresentando um crescimento consistente nos últimos anos. No início de 2011 já estavam em operação 277 salas equipadas com tecnologia 3D no Brasil, que respondiam por 13% do público pagante. Ou seja, já se trata de um segmento relevante do ponto de vista da economia do setor, com impacto direto na composição da bilheteria, já que o preço médio por ingresso (pmi) das salas 3D é mais alto. Por sua vez, as salas de luxo, concentradas em poucas metrópoles, ainda que não tenham um impacto maior na economia do setor, representam uma maneira de estimular, em um nicho de espectadores de classe A, a retomada do hábito de ir ao cinema, de forma que esse fenômeno também pode ser entendido como positivo. O que se espera, é que em momento algum, esses investimentos se ponham em concorrência com o investimento na abertura de mais salas de cinema em áreas desprovidas de cinema. Exibidor - Em relação ao cinema digital, em matéria divulgada na edição anterior da Revista Exibidor, os exibidores e distribuidores de equipamentos cinematográficos reclamaram do alto custo para implantação deste formato numa sala de cinema e da falta de apoio do governo.

algum projeto em relação

à digitalização das salas no país?

Rangel - Sim. A desoneração prevista pela reedição da Medida Provisória do Programa Cinema Perto de Você reduz o custo da digitalização das salas de cinemas. A linha de financiamento do programa estimula a abertura de salas digitais. Entendemos que a disponibilidade de cópias dos filmes de lançamento é condição essencial para uma sala de cinema ter rentabilidade, porque


Exibidores - Muitos

exibidores discor-

dam da política de cota de exibição de filmes nacionais.

Por

que ter este tipo

de cota uma vez que as produções nacionais nos últimos anos estão melhorando de qualidade, de conteúdo e de público?

Rangel - No Brasil, a Cota de Tela é objeto todos os anos de uma análise técnica, feita com base em consultas com os agentes do mercado: produtores, distribuidores e exibidores. Em seguida apontamos uma sugestão de decreto que fixa os dias mínimos de exibição de filmes brasileiros por complexo cinematográfico e sua diversidade. Atualmente, a Cota de Tela está fixada em 63 dias para os complexos cinematográficos de seis e sete salas, que estão localizados em grandes centros, e de 28 dias por

ano para salas isoladas. Desse modo, nós procuramos construir um equilíbrio entre a necessidade de exibir filmes brasileiros e a capacidade dessas empresas exibidoras de obterem cópias desses filmes e de mantêlos em cartaz. O mecanismo existe no Brasil há 80 anos. Existe na Argentina, França, Espanha, Alemanha, Portugal, Itália e outros países também há décadas. Entre os países que têm cinema relevante e com participação de mercado significativa, apenas EUA e Índia não lançam mão do mecanismo, e agem assim porque têm controle econômico e cultural absoluto do mercado para os seus filmes nacionais. Exibidor - Sabemos

© Divulgação/ ANCINE

geralmente ocorre uma concentração dos investimentos em publicidade e cópias na semana do lançamento, e com isso muitas salas tendem a perder receita ao não receberem os filmes mais rentáveis no primeiro fim-de-semana de exibição. A digitalização da projeção cinematográfica representa uma possibilidade de alteração significativa dessa dinâmica: parte das despesas de distribuição cai substancialmente, permitindo a integração de mais salas ao circuito de lançamentos. Vários distribuidores já assumiram um compromisso com a ampla disponibilização de seus filmes para as salas com projeção digital. A digitalização é um fator fundamental para uma política de inclusão no mercado audiovisual, que promova a diversidade de conteúdos, reduza os desequilíbrios na distribuição e contribua para uma expansão sustentável do parque exibidor. Por isso ela é um dos eixos de estruturação do Programa Cinema Perto de Você. Trabalhamos também com a convicção de que a digitalização não pode levar ao fechamento de nenhuma sala de cinema, de modo que o governo só contribuirá com esse processo em uma fórmula que garanta tratamento igual para os pequenos e os grandes exibidores, e que leve a divisão de custos com os distribuidores por meio do pagamento de VPF (Virtual Print Fee).

que as cotas estão

sendo alcançadas pelos exibidores nos últimos anos devido à melhoria de qualidade das produções nacionais.

não

seria a hora de abolir esta política?

Rangel - Não, porque a Cota de Tela tem sido bem-sucedida na promoção do cinema brasileiro, e a sociedade tem respondido positivamente aos esforços feitos por produtores e realizadores e pela forte política pública de incentivo ao cinema e ao audiovisual. Os exibidores que a cumprem não perdem seu tempo discutindo o mecanismo, os que não a cumprem perdem a autoridade para apresentar argumentos assim. Exibidor - A política de cota de exibição não seria uma forma de intervir na gestão administrativa do cinema? Rangel - De forma alguma. A Cota de Tela é um mecanismo adotado em diversos países do mundo como forma de assegurar uma presença mínima das produções nacionais nas salas de cinema e de fortalecer a indústria audiovisual nacional. Exibidor - Quais são os projetos da ANCINE para o exibidor neste ano e no futuro? Rangel - Basicamente cumprir as metas do Programa Cinema Perto de Você, promovendo a ampliação do nosso mercado interno de cinema. Também levaremos

Rangel durante abertura do escritório da ANCINE em São Paulo adiante ações regulatórias e de estímulo à digitalização do parque exibidor, visando à ampliação das receitas e à modernização dos negócios de exibição e distribui-

ção de cinema. A ANCINE tem como meta a implantação de um sistema de

controle de bilheteria unificado: consis-

tência, confiabilidade e publicidade das informações são exigências para um ambiente de negócios arejado e sustentável

no mercado do cinema, para a atração de investimentos privados e para a formulação de políticas públicas adequadas para

o setor. Por fim, a ANCINE também continuará estimulando os agentes do setor a apostarem nos filmes nacionais, por

meio, por exemplo, do Prêmio Adicional de Renda, que injeta recursos no merca-

do de forma a induzir a sua ocupação por conteúdos nacionais. Exibidor - Alguma dores brasileiros?

mensagem aos exibi-

Rangel - Que sigam empreendendo,

modernizando e construindo novas salas. Que continuem acreditando e apostando no cinema brasileiro.

17 | Exibidor, julho/2011


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Tecnologia

Tematização de

websites exibidores Tematizar a homepage de um website é hoje um dos melhores meios de impactar o consumidor com o que o exibidor tem de melhor a oferecer Por: Marcelo J. L. Lima

J

á é de conhecimento de toda comunidade mundial publicitária que a Internet, hoje, é o melhor canal de contato com o consumidor. Ousamos dizer que é o melhor recurso criado nos últimos séculos para qualquer tipo de

campanha publicitária. Porém, a Internet é muito grande e genérica, por isso

é um veículo tão difícil de se trabalhar quanto os meios convencionais.

Redes Sociais, banners patrocinados por sites de busca, veiculação de mídia em portais, apoio em blogs, etc., são algumas das artimanhas das agências de publicidade para fisgar

consumidores pela internet afora e apresentar bons resultados aos seus clientes anunciantes.

19 | Exibidor, julho/2011


Tecnologia

meio caminho andado para que ele quei-

midores para seus cinemas e filmes.

chegam a passar por situações de falta de data para tematizar os websites. A solução nestes casos é a tematização da ficha técnica do filme (veja na próxima página).

zadas na internet é a tematização das

Alcançado o objetivo de forçar o consumidor a visualizar o seu produto, já é

website dependem do exibidor e não da

No mercado cinematográfico nada

muda e exibidores e distribuidores lutam para conquistar novos consuAtualmente, uma das ações mais utili-

homepages dos websites exibidores com

ra saber mais sobre o filme, comprar o

ingresso e ir ao cinema. Mas aí, a qualidade de usabilidade e acessibilidade do identidade visual do filme.

o principal lançamento do mês ou, se a

concorrência entre filmes é grande, da semana. A simples prática de colocar

imagens e a marca de um filme ao redor

de um website dá mais vida ao website do exibidor e o consumidor que o visu-

aliza é exatamente quem o cinema e a distribuidora querem impactar.

Nos sete websites administrados pela

Tonks – agência web especializada em websites exibidores, cada inserção de um filme como tematização chega a

alcançar mais de 600 mil visualizações em uma única semana, em época de fe-

riado ou férias escolares. Quem visita

um website de um circuito de exibição, já está interessado em filmes, e quando

se depara com uma marca em toda uma tela, o objetivo de “fisgar” o consumidor é consumado.

Porém, nem tudo é tão simples de se desenvolver. O material a ser exposto precisa de uma aprovação prévia da

distribuidora e algumas regras devem ser seguidas para manter a identidade

visual da marca do filme. Alguns exibidores simplesmente não seguem estas regras e o resultado é um desastre. Um

filme de terror parece mais um filme de conto de fadas e a força de impacto de quem o visita é quase nula.

Warner Bros, Walt Disney Pictures e a independente Paris Filmes são as que mais se preocupam com este tipo de ação. Em períodos de alta concorrência, os distribuidores

20 | Exibidor, julho/2011

Tematizações produzidas pela Tonks para os filmes: “Se Beber Não Case 2” e “Carros 2”


Tematização de ficha técnica Fugindo um pouco da febre de tematizar o website com um filme, alguns exibidores passaram também a tematizar e a oferecer conteúdos

diferenciados

para

grandes lançamentos. A Cinépolis, por exemplo, aproveitou a febre das transmissões de shows e óperas e tematizou as fichas técnicas das apresentações “U23D” e “Carmen em 3D”. Ambos os filmes ganharam um visual totalmente diferente da identidade visual do site e o logotipo da Cinépolis, juntamente com o menu de acesso ficaram perfeitamente integrados com a identidade do filme. Além do conteúdo usual e interativo, a página ganhou os botões de curtir (Facebook) e tweet (Twitter). A Paris Filmes, com o lançamento “Santuário”, no primeiro trimestre deste ano, também investiu na tematização das fichas técnicas dos websites da Cinemais, Cinépolis, Centerplex Cinemas, Cine 3, Orient Cinemas, Circuito Cinemas e Cineart. O resultado foi de 250 mil visualizações na semana do lançamento e mais de 5 mil curtições.

21 | Exibidor, julho/2011


Capa

22 | Exibidor, julho/2011


Salas de Luxo ganham espaço no mercado exibidor Poltronas altamente confortáveis, cardápio diferenciado e ambiente privativo. Esta é a receita de sucesso dos cinemas VIP por:

Natalí Alencar

U

ma grande tendência no mercado exibidor tem ganhado destaque e recebido cada vez mais adeptos: os cinemas de luxo, VIP, platinum, prime

ou premier têm como grande diferencial proporcionar ao cliente um espaço extremamente sofisticado e diferenciado.

Atualmente no Brasil, poucos exibidores contam com salas nesse estilo. Fazem parte

deste seleto grupo algumas as empresas como Cinemark, Cinematográfica Araújo, Cinépolis, Espaço de Cinema Unibanco e Grupo Severiano Ribeiro.

Cada uma delas oferece um verdadeiro arsenal de cuidados “top” que vão desde a compra do ingresso até a exibição do filme.

23 | Exibidor, julho/2011


Capa

CinépolisVIP®, inaugurado em abril, surpreendeu pelo alto padrão de qualidade e por inovar com poltronas reguladas eletronicamente (foto abaixo)

© Divulgação

O shopping Cidade Jardim, na capital

para os pés. Há ainda o serviço de bar

receber uma sala com este conceito em

pode ser realizado no lounge e servido na

paulistana, foi um dos primeiros locais a 2008 trazida pela Cinemark. No local, já

na entrada, os clientes são recebidos em um lounge exclusivo. Na sala, os lugares são numerados, as poltronas em couro

possuem conforto que supera o da classe executiva de vôos internacionais e são instaladas em duplas. Em formato love seat (o apoio para o braço pode ser levan-

sala até o início da sessão.

Já o Cinépolis Iguatemi Alphaville, em Barueri, surpreendeu a todos com

a sua inauguração em abril último por

ser o primeiro a apresentar poltronas com regulagem elétrica no encosto e no apoio para os pés, além de um

dispositivo eletrônico para chamar os atendentes quando desejar fazer pedi-

© Divulgação

tado), elas são reclináveis e com descanso

com uma comodidade extra: o pedido

dos de alimentos ou bebidas. São três salas com o conceito VIP, sendo uma com exibição de filmes em 3D. Além das salas que foram consideradas referência pelo alto padrão de qualidade, há um lobby e bomboniere esclusivas e um cine-Bar. No cardápio, há uma grande variedade de produtos: escondidinhos de camarão e carne seca, salgados fritos, brownies, bolos e tortas. Além disso, o cliente pode saborear diferentes coquetéis, vinhos, cervejas e uísques. O grupo Severiano Ribeiro tem quatro salas de luxo, duas no ParkShopping (Brasília-DF) e duas no Shopping Vila Olímpia (São Paulo-SP). Seguindo o padrão VIP tradicional, as salas são em formato stadium e possuem cadeiras numeradas. O cardápio do Kinoplex Vila Olímpia é assinado pelo chef David Eleutério e disponibiliza pipocas com molhos especiais, além de chocolates e sorvetes de marcas conceituadas. Para oferecerem todo esse conforto, as empresas pensaram em tudo: investimento, poltronas, cardápio, localização e uma maneira toda especial de tratar o cliente. E é justamente estes detalhes que o exibidor deve analisar antes de optar por uma sala VIP.

24 | Exibidor, julho/2011


Em média, por oferecerem poltronas mais confortáveis e logo, mais espaçosas, as salas VIP têm entre 50 e 100 lugares. As poltronas são especiais, reclináveis e com descanso de pés, o que reduz a capacidade da sala pela metade, se comparada com as convencionais.

De onde surgiu a ideia...

Salas maiores podem até ser viáveis, desde que exista um estudo de mercado que aponte esta necessidade e um espaço compatível no local onde a sala será construída. O preço de uma sala VIP depende do seu tamanho, localização e do nível de equipamentos e mobiliários utilizados, uma vez que os custos com projeção e som são os mesmos de uma sala tradicional. Por ser uma informação estratégica, a maioria dos exibidores que possuem salas deste segmento optaram por não revelar os investimentos feitos. Mas, para que você tenha uma breve noção, “uma sala com cerca de 100 poltronas VIP em couro 100% natural tem um valor de aproximadamente US$ 150.000,00”, informa o vice-diretor comercial Rafael López, da Ideal Poltronas, empresa conhecida no mercado por oferecer artigos de acamento para cinemas e teatros. Segundo as empresas exibidoras, esse investimento é necessário para garantir um serviço compatível com o cliente VIP. “Nos esforçamos para trazer ao Brasil tudo da melhor qualidade e num modelo que melhor atendesse ao gosto e necessidade do público brasileiro”, explica a diretora de marketing da Rede Cinemark no Brasil, Bettina Boklis. A localização também é fator decisivo para obter sucesso com as salas VIP. Esse tipo de local deve ser ofertado a clientes que buscam exclusividade. “Como a operação de uma sala dessas é bem difícil e tem um custo altíssimo, tanto de construção como manutenção, não é em

Exibidores contam porque optaram pelas salas de luxo: Estamos constantemente avaliando as necessidades do mercado, as expectativas de nosso público e adequando nossa operação de forma a estar sempre em consonância com as mesmas. Havia uma demanda por um serviço que oferecesse maior conforto e uma oferta mais ampla de facilidades aos nossos clientes. Logo, investimos nisso e obtivemos grande sucesso.” (Miguel Fontanet - Diretor de Expansão - e Patrícia Cotta - Gerente de Marketing e Programação - do Grupo Severiano Ribeiro). Tínhamos a ideia de trazer o conceito Premier ao Brasil e então fizemos uma pesquisa de mercado, que nos comprovou haver esse nicho no país. Além das pesquisas, também tínhamos o pedido de clientes, que já conheciam o conceito de fora – em viagens internacionais ou mesmo por verem na internet, lerem em revistas etc. Então, em 2008, decidimos que era a hora de abrir nossa primeira sala VIP por aqui. Com isso, a Cinemark foi pioneira no lançamento das salas nesse formato no Brasil. Utilizamos um modelo já de sucesso em outros mercados, mas o adaptamos às necessidades do público brasileiro.” (Bettina Boklis, diretora de marketing da Rede Cinemark no Brasil). A Cinépolis abriu a 1ª sala VIP do mundo há mais de 12 anos atrás e hoje possui mais de 150 salas neste formato. Trouxemos para o Brasil este know-how e, além disso, o primeiro cinema do Brasil com poltronas elétricas.” (Eduardo Acuña – predisente da Cinépolis).

25 | Exibidor, julho/2011


Capa

todo lugar que há este potencial”, afirma

Eduardo Acuña, presidente da Cinépolis. O Grupo Severiano Ribeiro também

concorda que é importante analisar o local onde se pretende instalar uma sala

VIP. “Fizemos uma avaliação criteriosa

O cardápio da bomboniere deve ser

Um ambiente privativo também faz par-

cinema normal. Em alguns casos, o

biente aconchegante em que o cliente se

muito mais elaborado do que a de um cardápio é assinado por um chef renomado. Pipocas são regadas a azei-

te e ingredientes especiais. Sorvetes

do perfil sócio-econômico do público

de marcas de primeira linha e outros

mam Miguel Fontanet (Diretor de Ex-

clusos. As bebidas merecem destaque

Marketing e Programação), ambos da

qualidade e outras bebidas alcoólicas

para escolher o local adequado”, infor-

produtos exclusivos também estão in-

pansão) e Patrícia Cotta (Gerente de

especial: são oferecidos vinhos de alta

Kinoplex.

como drinques, uísques e coquetéis.

te da receita. O ideal é oferecer um amsinta confortável para aguardar o início da sessão.

Com todos esses itens, o investimento

para oferecer uma sala VIP se torna extremamente alto, mas as exibidoras garantem que vale a pena oferecer esse

diferencial ao cliente. “Nossas expectativas foram superadas. Inauguramos

duas salas Premier no shopping Cidade Jardim. No entanto, devido ao

grande número de espectadores, tive-

mos que construir outras duas salas no

mesmo local”, afirma Bettina Boklis, diretora de marketing do Cinemark.

Diante do sucesso das empresas que já

optaram por esse segmento, há previsões

para novas salas VIP no Brasil até o final do ano. “Estamos estudando diversos locais onde já temos operação e novos onde

acreditamos que há uma demanda por

esse serviço, que serão estrategicamente

escolhidos de acordo com as necessidades dos públicos locais”, prevê Miguel Fontanet, diretor de expansão do Grupo © Divulgação

Salas de espera do Kinoplex Platinum, do Grupo Severiano Ribeiro

Severiano Ribeiro.

Segundo a diretora de marketing do

Cinemark, a mais recente inauguração foi em junho. “Inauguramos uma

sala Premier no Shopping Tamboré, em Barueri”, informou Bettina Boklis. A Cinépolis não ficará atrás e também

vai ampliar sua atuação nesse segmento. “Teremos salas VIP no JK Iguatemi, em

SP”, disse Eduardo Acuña, presidente da Cinépolis.

Os atuais exibidores que possuem salas de luxo no Brasil, entrevistados pela Revista Exibidor, informaram que por enquanto

não há pretensões em terem complexos totalmente VIP, mas que se perceberem essa necessidade, assim o farão.

26 | Exibidor, julho/2011


© Divulgação

Cinemark Cidade Jardim: luxo e conforto para o cliente VIP

Cinemas de luxo no exterior Assistir a um filme com uma criança chorando ao lado ou com “guerra de pipocas entre adolescentes” não é nada agradável para quem quer apreciar um bom filme. Parte da estratégia das salas VIP é atender esse cliente que só quer assistir tranquilamente seu filme e está disposto a pagar por esse conforto. As salas de cinema de primeira classe é uma tendência que surgiu na Austrália e já conquistou diversos exibidores pelo mundo.

Além das empresas estrangeiras instaladas no Brasil que possuem complexos VIP em outros países, há outros exibidores que também embarcaram nessa moda.

clientes por sessão. As cadeiras são amplas e confortáveis, e o preço: US$ 25,00 durante a semana e US$ 30,00 nos finais de semana.

As salas de luxo da empresa Golden Class, por exemplo, com sede em Beverly Hills, oferecem cobertores e travesseiros. No cardápio há mais de 40 tipos de vinhos e dezenas de drinques. O ingresso custa US$ 29,00.

Para quem quer total privacidade, o cinema CGV, também na capital da Coréia, adotou um estilo diferenciado e atende apenas oito pessoas por sessão. O grupo pode escolher o que quer assistir e ainda tem direito a aperitivos e bebidas durante a sessão. A reserva da sala custa US$ 240,00.

Já o cinema Charlotte, que fica numa área nobre de Seul (Coréia do Sul), atende a no máximo 34

27 | Exibidor, julho/2011


Capa

Deve-se escolher uma local com demanda e com potencial para uma sala de luxo. Não adianta inaugurar uma Sala VIP em locais onde a renda per capita é abaixo dos R$ 1.000,00.

Tem que ser o mais requintado e diferenciado possível. Os itens tradicionais (pipoca e bebidas) devem ter um toque especial e não apenas sal, manteira e copo de plástico com canudo.

Escolha as mais espaçosas, confortáveis e tecnológicas.

Pense em tudo, desde quando o cliente compra o ingresso até o momento em que sai da sala, ele deve se sentir especial. Afinal, aquele serviço foi pensado exclusivamente para atendê-lo.

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Legislação

ECAD sob investigação da SDE Por: Marcos Alberto Sant Anna Bitelli

O

escritório central de arrecadação de direitos autorais (ECAD), que há muitos anos patrocina uma tormentosa disputa com diversos setores de comunicação e, em particular, com os exibidores cinematográficos, está tendo em enfrentar uma investigação da Secretaria de Direito Econômico (SDE), órgão do Ministério da Justiça, vinculado ao CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. As disputas judiciais mais recentes, notadamente a dos exibidores, já traziam como fundamento de defesa as práticas alegadamente abusivas de cobrança monopolista, visando abocanhar parte significativa da receita dos cinemas. Desta vez a investigação ganha corpo, após a representação colocada na SDE pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura – ABTA, que representa empresas como a NET, TVA, SKY, OI, Telefonica entre outras tantas. O problema deles é o mesmo dos exibidores. O processo investigatório foi instaurado e está por ser, em breve, concluído. Entidades como a ABERT que representa as empresas de televisão e rádio, a ABRA, que representa a TV Bandeirantes e RedeTV, bem como a FENEEC, Federação que representa todos os exibidores do Brasil foram chamadas a prestar informações sobre as práticas do ECAD, pela SDE. Na instauração do processo a SDE disse que não se questiona a validade do sistema

de gestão coletiva instituído na Lei de Direito Autoral que conferiu monopólio legal ao ECAD no exercício das funções de arrecadação e distribuição de valores. Tampouco se discute a legitimidade do ECAD de agir na qualidade de substituto processual dos autores para a propositura de ação de cobrança visando o recebimento dos valores referentes a direitos relativos à execução pública das obras musicais e lítero-musicais e de fonogramas. Em verdade, investiga a SDE inexistência de previsão legal a autorizar a estipulação conjunta pelas associações e pelo ECAD dos valores referentes aos direitos da execução pública das obras musicais e lítero-musicais e dos fonogramas, estes valores têm sido fixados uniformemente pelas Associações efetivas e pelo próprio ECAD. Assim, entendeu a SDE que há fortes indícios nos autos de que as Associações, juntamente com o ECAD, discutiram e fixaram conjuntamente o valor a ser cobrado a título de retribuição de direito autoral. Se comprovada, essa prática é passível de provocar grandes danos, na forma da cobrança de valores indiscriminados e abusivos, aos consumidores que pagam pela execução pública das obras (operadoras de televisão aberta e por assinatura, emissoras de rádios, consumidores que fazem festas de casamento etc.). Na medida em que os valores dos direitos são estipulados conjuntamente pelas Asso-

ciações e não num regime de livre concorrência via preços, há amplo espaço para a prática de preços abusivos. É sob esse prisma que a denúncia de ocorrência de preços abusivos formulada pela ABTA será analisada. Daí o porquê, em razão da existência de fortes indícios de infração à ordem econômica consistente na fixação conjunta dos valores referentes aos direitos de execução pública de obras musicais, lítero-musicas e fonogramas e na criação de barreiras à entrada para impedir/dificultar a constituição de novas associações, a SDE recomendou a instauração de processo administrativo em desfavor de Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, União Brasileira de Compositores, Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais, Associação Brasileira de Música e Artes, Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes, Sociedade Brasileira de Autores Compositores e Escritores de Música e Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais a fim de ser investigada conduta passível de enquadramento no art. 20, I a IV, c/c art. 21, I, II, IV, V e XXIV, ambos da Lei nº 8.884/94. Nesta iniciativa, repousa mais uma esperança que o sistema de gestão coletiva de comunicação ao público de obras musicais inseridas em obras audiovisuais, inclusive em relação às salas de cinema, passe a ter algum controle efetivo do Estado frente aos abusos históricos praticados.

Marcos Alberto Sant Anna Bitelli | marcos.bitelli@bitelli.com.br Mestre em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entretenimento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.

30 | Exibidor, julho/2011



Alimentação

Distribuição de Bebidas, o eterno calvário Exibidores comentam como está o serviço oferecido pelas empresas de bebidas por:

Natalí Alencar

G

erenciar um cinema exige muito mais do que organização e planejamento. É necessário ter muita paciência para lidar com as empresas terceirizadas e prestadoras de serviços.

No caso da Distribuição de bebidas, por exemplo, duas empresas são praticamente as únicas que oferecem esse serviço: a Coca-Cola (com as bebidas Coca-Cola, Fanta, Guaraná Kuat e Sprite) e a Ambev (que distribui Guaraná Antarctica, Pepsi, Soda e Sukita). Além do contrato de exclusividade, que nem sempre agrada o consumidor final, o exibidor tem enfrentado sérios problemas de atendimento e distribuição. A equipe da Revista Exibidor ouviu 45% do mercado e levantou como está o atendimento no setor e as principais dificuldades que as empresas exibidoras têm. Para evitar qualquer tipo de constrangimento entre exibidores e fornecedores, o conselho editorial da Revista optou por não revelar a identidade específica de cada empresa e dos seus respectivos representantes. O intuito desta matéria é relatar os problemas ocorridos a fim de melhorar a distribuição de bebidas no setor e não criar qualquer tipo de embate entre as empresas atendidas e as prestadoras de serviço.

32 | Exibidor, julho/2011


Todos os exibidores avaliaram o atendimento como bom ou regular. Nenhum classificou os serviços prestados como ruim ou péssimo, mas todos identificaram algumas falhas e sugeriram modificações tanto no atendimento quanto na solução dos problemas.

de bags”, devolvendo-as assim que a re-

Problemas identificados

margem de lucro do empresário de ci-

Alguns exibidores, mesmo aqueles que avaliaram como bom o atendimento, informaram que há problemas com horário e prazo nas entregas, principalmente nos períodos em que o consumo de bebidas é maior, como por exemplo, o verão, férias de julho, Natal e final de ano. Há situações em que o exibidor ficou sem mercadorias e teve que recorrer a ações emergenciais. As empresas relataram que em alguns momentos foi necessário ir ao supermercado para comprar e repor os produtos, pois a entrega não foi feita dentro do prazo estabelecido e acordado com a exibidora, o que lhe gerou transtornos no atendimento final. Além disso, no caso das bombonieres, que possuem as máquinas mix com cilindro de gás e bags de xarope, já houve situações em que o gerente ou os funcionários tiveram de ir às lanchonetes vizinhas para pedir uma espécie de “empréstimo

posição chegou ao cinema.

Em ambas as situações, além do cons-

trangimento, há diversas perdas para o exibidor: tempo, combustível e preço

maior para adquirir os produtos. Tudo isso acarreta numa redução drástica na

nema, que como todos sabem já é relativamente baixo considerando todos os

impostos pagos ao governo (Veja a reportagem sobre tributos na página 38).

Erros nos pedidos também são fre-

quentes, um dos empresários ouvidos relatou que “às vezes pede uma coisa e

recebe outra. A troca demora muito e isso atrapalha”.

Algumas exibidoras já mudaram de Co-

ca-Cola para Ambev e vice-versa, mas

ainda assim continuaram tendo os mesmos problemas. Se comparado ao consumidor comum, é como se as empresas

de bebidas fossem empresas de telefonia móvel, mesmo que você mude de opera-

dora, a qualidade da prestação de serviço continua a mesma.

Como alternativa para parte do problema, um dos diretores entrevistados sugeriu “o aumento da produção e estoque de mer-

cadoria nas altas temporadas, pois como

todos sabem, o volume de vendas chega a triplicar no fim de ano. Portanto uma melhor estratégia na produção e estocagem dos produtos faria com que todos ganhassem”. Outra reclamação recebida foi a falta de retorno e retratações quando há algum problema. Não há explicações e o exibidor fica sem respostas se não cobrar por elas. A Coca-Cola e a Ambev não quiseram se pronunciar oficialmente sobre as reclamações feitas nesta reportagem. Porém, segundo a assessoria de imprensa da Ambev, não há reclamações formais em relação aos problemas apresentados. Segundo ela, em casos de atraso na entrega, o exibidor deve avaliar se não houve nenhum acidente de percurso ou problema com as estradas. Como a reclamação referente aos atrasos foi unânime entre os executivos entrevistados, será que o problema está nas estradas ou na logística de produção e entrega às empresas? Afinal, pressupõe-se que problemas em estradas brasileiras já fazem parte do cotidiano

33 | Exibidor, julho/2011


Alimentação

de qualquer empresa de entregas. Segundo um dos exibidores entrevistados, “quase sempre há atrasos”. Infelizmente, o exibidor está sem alternativas. Basicamente os problemas relatados são os mesmos independentemente da empresa que presta o serviço. Pela percepção da revista Exibidor diante do que foi informado pelos próprios entrevistados, a distribuidora de bebidas que começar a oferecer um serviço de acordo com o tamanho e a importância do mercado cinematográfico, fatalmente irá se destacar e crescer num ritmo acelerado perante a sua concorrente. “Em toda parceria, há pontos positivos e negativos, mas seria bom se as empresas distribuidoras de bebidas começassem a valorizar mais o segmento dos cinemas”

disse um exibidor concluindo que em algumas cidades, eles só não vendem mais refrigerantes do que os próprios supermercados. Logo, um setor desse porte merece um pouco mais de atenção. Talvez seja o momento de as empresas distribuidoras de bebidas avaliarem a necessidade de criarem um departamento exclusivo para atender o segmento de exibição cinematográfica, tendo em vista o seu market share na venda desses produtos e o seu crescimento contínuo.

determinado período, a Revista Exibidor utilizou um cálculo aproximado e hipotético para demonstrar o quanto o cinema vende e o quanto a distribuidora de bebidas pode deixar de arrecadar, caso não reveja a política de atendimento e logística.

Consumo de bebidas dentro dos cinemas

Em média, pressupõe-se que são consumidos pelo menos 175 ml (meia lata) de bebida a cada ingresso vendido. Em 2010, segundo estatísticas do periódico Filme B, foram vendidos mais de 134 milhões de ingressos, ou seja, utilizando o cálculo acima, quase 23,5 milhões de litros de bebidas foram consumidos dentro dos cinemas.

Como geralmente os cinemas não têm dados concretos sobre a quantidade em litros de refrigerantes vendidos em um

Veja abaixo a suposição do consumo de bebidas nos últimos 5 anos, acompanhado pela evolução da venda de ingresso.

Evolução do consumo de bebidas baseado nas vendas de ingressos* milhões de litros

25

20

23,6

15

19,7

10

5

15,6

15,6

13,5 anos

0

2006

2007

2008

2009

2010

* Cada ingresso vendido representa 150 ml. Dados da venda de ingressos: Filme B.

Nem tudo é o inferno Apesar dos problemas com distribuição e atendimento, como visto nesta reportagem, as distribuidoras de bebidas mantém e praticam diversas parcerias com as exibidoras, como por exemplo, apoio para compra de TV’s de plasma, reembolso de campanhas publicitárias e ações de marketing, bem como outras tantos exemplos já do conhecimento do exibidor.

34 | Exibidor, julho/2011



Centauro Cinema é

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Finanรงas

38 | Exibidor, julho/2011


Alta carga tributária reduz lucros e investimentos Tributos e impostos, um dinheiro que vai e não volta, nem para o cidadão, muito menos para o empresariado Por: Marcelo J. L. Lima e Natalí Alencar

O

consumidor brasileiro paga taxas exorbitantes de impostos e trabalha boa parte do ano apenas para quitar débitos com o governo. O impostômetro, ferramenta que soma a quantidade de tributos pagos já passou dos 700 bilhões no primeiro semestre desse ano.

Se o consumidor sofre com a alta carga tributária, a classe empresarial sofre praticamente o dobro. A arrecadação sempre cresce e o lucro das empresas diminui cada vez mais. No caso das empresas de exibição cinematográfica, por exemplo, boa parte do faturamento é gasto com obrigações tributárias. São diversas taxas que acabam reduzindo drasticamente o lucro do empreendedor e consequentemente diminuem os investimentos que poderiam ser executados no setor. O consumidor final, que cobra com razão por melhorias no atendimento, na infra estrutura e nas condições que os cinemas oferecem para os clientes, nem sequer têm idéia de que tais benfeitorias não são feitas por conta da burocracia tributária e da má gestão do governo. Portanto, ampliar os complexos, melhorar os serviços e investir em tecnologia 3D e na digitalização das salas fica cada vez mais complicado. E o pior, repassar o custo ao cliente final é impossível, infelizmente o ingresso já não está num preço acessível e aumentá-lo significa reduzir ainda mais a clientela.

39 | Exibidor, julho/2011


Finanças A indignação que você sente quando alguém rouba uma pessoa honesta e tira o pouco que ela tem é o sentimento que os exibidores brasileiros têm cotidianamente ao lutarem por seu espaço no mercado, se manterem competitivos e com prospecção de crescimento diante de tantas dificuldades. Mesmo com planejamento tributário, é difícil aceitar que uma cifra gigante do seu negócio é destinada ao estado, incluindo todas as suas esferas (municipal, estadual e federal), e que o mesmo não é utilizado corretamente como prevê o seu fim social (veja na página ao lado). Ainda tem a polêmica “meia-entrada” para estudantes, em que o governo concede um benefício que simplesmente não é dele. Segundo declaração de Patricia Kamitsuji, diretora geral da Fox Film do Brasil, feita durante sua apresentação sobre tributação no festival do Rio em 2009, o imposto recolhido (considerando uma média do faturamento anual do cinema nacional) daria para comprar 345 projetores 3D e fazer 155 novas salas de alto padrão. Um investimento importante e necessário para alavancar o setor no Brasil.

Durante o mesmo evento, os profissionais do setor já comentavam que de todo o montante recebido nas bilheterias, somente 3% ficava para o exibidor, ou seja, uma quantia mínima para um setor de tamanha grandeza e importância cultural para o País, como o segmento de exibição cinematográfica. Logo abaixo, você acompanhará um cálculo aproximado que vai ajudar a entender para onde vai o lucro do exibidor. Vale ressaltar que esta matéria é focada apenas nos impostos pagos em relação aos serviços prestados pelo cinema, descartando, portanto outras contribuições relativas à bomboniere e encargos trabalhistas, por exemplo. Infelizmente, a situação é revoltante.

Montante pago Para que o exibidor tenha uma ideia do valor que paga em impostos, ou melhor, do lucro que perde, a Revista Exibidor ouviu o Sr. João Ono, contador especialista na área cinematográfica que já trabalha para o setor há mais de 20 anos. Ele é fundador da Ono Consultoria, empresa de assessoria administrativa e financeira.

Grosso modo, tendo como base o Lucro Presumido, supõe-se que a empresa tem um lucro de 32%, em relação aos tributos federais, paga-se 0,65% de PIS (Programa de Integração Social); 3% de COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social); 4,8% de IRPJ (Imposto de Renda para Pessoa Jurídica) e 2,88% de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Além disso é pago entre 2 e 5% de ISS (Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza). Todas estas porcentagens são calculadas sobre a receita bruta. Em relação aos tributos federais, paga-se 0,65% de PIS (Programa de Integração Social); 3% de COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social); 4,8% de IRPJ (Imposto de Renda para Pessoa Jurídica) e 2,88% de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Todas estas porcentagens são calculadas sobre a receita bruta. Do restante, algo entre 45 e 55% é destinado às empresas distribuidoras. Ainda há a contribuição do ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), responsável pelo recolhimento e distri-

Destino do faturamento do Exibidor

50% | Divisão com as Distribuidoras 15% | Aluguel repassado aos shoppings

2,5% | ECAD 2,88% | CSLL 4,8% | IRPJ

3% | COFINS 0,65% | PIS 3,5% | ISS (média entre menor e maior valor cobrado)

14% | Outras despesas

3,67% | Lucro

40 | Exibidor, julho/2011


R$ 20,00

Distribuidoras: R$ 10,00 Aluguel repassado aos shoppings: R$ 3,00

Lucro R$ 0,73

Impostos: R$ 2,97 ECAD: R$ 0,50 Outas despesas: R$ 2,80

Destino do valor pago por cada ingresso em valores absolutos baseado em um ingresso de R$ 20,00 buição dos direitos autorais no Brasil, que cobra 2,5% sobre a renda.

A locação dos shoppings também co-

bra um percentual sobre o lucro, algo em torno de 15%.

pesas com infra estrutura, manutenção, água,

como por exemplo, os que são conce-

nários (incluindo os encargos trabalhistas),

Perto de Você, que prevê desoneração

luz, material de consumo, limpeza e funcioalgo em torno de 14%. Ou seja, na melhor das hipóteses, seu lucro final é de apenas 3%.

Somando todas essas porcentagens, o exibi-

Benefícios Fiscais

Dos 20% restante, ele ainda deve calcular des-

também há alguns benefícios fiscais,

dor já utilizou quase 80% do seu faturamento.

Apesar de todos os impostos cobrados,

didos por meio do Programa Cinema fiscal e oferta de capital para empresas

que investirem no aumento das salas

de exibição em regiões periféricas. (Saiba mais na entrevista com o diri-

gente da ANCINE, Manoel Rangel, na página 14).

Finalidade social dos impostos Segundo a legislação brasileira, os impos-

para despesas trabalhistas, seguro

tos cobrados têm uma finalidade social.

desemprego, aposentaria e demais

No caso do ISS, por ser um tributo municipal, fica a cargo do próprio município decidir como o valor arrecado será distribuído entre as suas finanças e prioridades. (LEI COMPLEMENTAR Nº 116, DE 31 DE JULHO DE 2003).

benefícios para amparar e assistir o cidadão e a sua família. (LEI COMPLEMENTAR nº 07, de 07 de setembro de 1970 / LEI COMPLEMENTAR Nº 70 DE 30.12.1991 / LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996 / LEI No 7.689, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1988).

Já o PIS, COFINS, IRPJ e CSLL constituem um fundo destinado a promover a

Todos os brasileiros sabem a situação

integração do empregado na vida e no

e a precariedade dos serviços citados

desenvolvimento das empresas e a sua

acima. Será que o valor arrecado está

seguridade social, ou seja é reservado

sendo devidamente empregado?

41 | Exibidor, julho/2011


42 | Exibidor, julho/2011


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Agenda de Lançamentos

Filme

05/08/2011

Direção

Elenco

Distribuidora

Não se Preocupe, Nada vai dar Certo

Hugo Carvana

Tarcísio Meira, Flávia Alessandra, Antonio Pedro, Ângela Vieira, Gregório Duvivier, Herson Capri, Mariana Rios, Antonio Pedro Borges

IMAGEM

Os Smurfs (The Smurfs)

Raja Gosnell

Neil Patrick Harris, Jayma Mays, Sofía Vergara, Hank Azaria, Vozes de: Anton Yelchin, Katy Perry, Alan Cumming, Paul Reubens, B.J. Novak, George Lopez, Fred Armisen

SONY

Planeta dos Macacos: A Origem

Rupert Wyatt

James Franco, Tom Felton, Brian Cox, Freida Pinto, Andy Serkis, John Lithgow, David Hewlett, Tyler Labine

FOX

Quero Matar Meu Chefe

Seth Gordon

Jennifer Aniston, Colin Farrell, Jamie Foxx, Kevin Spacey, Jason Bateman, Charlie Day, Jason Sudeikis, Donald Sutherland, Julie Bowen

WARNER

A Árvore da Vida

Terrence Malick

Brad Pitt, Sean Penn, Jessica Chastain, Dalip Singh, Joanna Going, Fiona Shaw, Kari Matchett, Jackson Hurst

IMAGEM

A Fera

Daniel Barnz

Neil Patrick Harris, Vanessa Hudgens, Mary-Kate Olsen, Alex Pettyfer, Peter Krause, Lisa Gay Hamilton, Erik Knudsen

IMAGEM

Super 8

J.J. Abrams

Elle Fanning, Amanda Michalka, Kyle Chandler, Ron Eldard, Noah Emmerich, Joel Courtney, Gabriel Basso

PARAMOUNT

Lanterna Verde

Martin Campbell

Ryan Reynolds, Mark Strong, Peter Sarsgaard, Blake Lively, Tim Robbins, Angela Bassett, Temuera Morrison, Taika Cohen

WARNER

Professora Sem Classe

Jake Kasdan

Cameron Diaz, Eric Stonestreet, Jason Segel, Lucy Punch, Justin Timberlake, Thomas Lennon, Molly Shannon

SONY

Xingu

(Xingu)

Cao Hamburger

João Miguel, Felipe Camargo, Caio Blat

DOWNTOWN

Larry Crowne - O Amor está de Volta

Tom Hanks

Tom Hanks, Julia Roberts, Bryan Cranston, Wilmer Valderrama, Taraji P. Henson, Pam Grier, Rami Malek, Nia Vardalos, Rob Riggle

PARIS

O Rei Leão 3D

Roger Allers, Rob Minkoff

Vozes de: Jonathan Taylor Thomas, Matthew Broderick, James Earl Jones, Jeremy Irons, Moira Kelly, Niketa Calame, Ernie Sabella

DISNEY

A Missão Proibida - Apollo 18

Gonzalo López-Gallego

(Não se Preocupe, Nada vai dar Certo)

(Rise of the Planet of the Apes)

(Horrible Bosses)

12/08/2011

(The Tree of Life)

(Beastly)

(Super 8)

19/08/2011

(Green Lantern)

(Bad Teacher)

26/08/2011

(Larry Crowne)

(The Lion King)

02/09/2011

(Apollo 18)

Cláudio Torres

Wagner Moura, Alinne Moraes, Maria Luisa Mendonça, Gabriel Braga Nunes, Fernando Ceylão, Rodolfo Bottino, Gregório Duvivier, Jean Pierre, Rogério Fróes, Lívia de Bueno

PARAMOUNT

Pequenos Espiões 4

Robert Rodriguez

Jessica Alba, Alexa Vega, Antonio Banderas, Danny Trejo, Jeremy Piven, Daryl Sabara, Joel McHale, Tiger Darrow

IMAGEM

Premonição 5

Steven Quale

Emma Bell, Nicholas D´Agosto, Miles Fisher, Arlen Escarpeta, Jacqueline MacInnes-Wood, P.J. Byrne, Ellen Wroe, David Koechner, Courtney B. Vance, Tony Todd

WARNER

Cowboys & Aliens

Jon Favreau

Daniel Craig, Harrison Ford, Olivia Wilde, Sam Rockwell, Adam Beach, Paul Dano, Noah Ringer, Ana de la Reguera, Clancy Brown

PARAMOUNT

O Homem do Futuro (O Homem do Futuro)

(Spy Kids 4: All the Time in the World)

(Final Destination)

09/09/2011

(Cowboys & Aliens)

44 | Exibidor, julho/2011

PLAYARTE


Direção

Elenco

Distribuidora

Missão Madrinha de Casamento

Filme

Paul Feig

Kristen Wiig, Terry Crews, Jessica St. Clair, Maya Rudolph, Tom Yi, Elaine Kao, Michael Hitchcock, Kali Hawk

UNIVERSAL

Glee Live! 3D!

Kevin Tancharoen

Dianna Agron, Lea Michele, Chris Colfer

FOX

Conan, o Bárbaro

Marcus Nispel

Jason Momoa, Rachel Nichols, Stephen Lang, Ron Perlman, Rose McGowan, Leo Howard, Saïd Taghmaoui, Bob Sapp

CALIFORNIA

Manda-Chuva - O Filme

Alberto Mar

Sem Saída

John Singleton

Taylor Lautner, Lily Collins, Alfred Molina, Jason Isaacs, Maria Bello, Sigourney Weaver, Ken Arnold

PARIS

Família Vende Tudo

Alain Fresnot

Caco Ciocler, Luana Piovani, Marissol Ribeiro, Lima Duarte, Vera Holtz, Ailton Graça

PLAYARTE

A Hora do Espanto

Craig Gillespie

Colin Farrell, David Tennant, Christopher Mintz-Plasse, Anton Yelchin, Imogen Poots, Toni Collette, Dave Franco Reid Ewing, Will Denton

DISNEY

Deu a Louca na Chapeuzinho 2

Miek Disa

Vozes de: Hayden Panettiere, Joan Cusack, Bill Hader, Amy Poehler, Patrick Warburton, Glenn Close, Brad Garrett, Cheech Marin

IMAGEM

O Retorno de Johnny English

Oliver Parker

Rowan Atkinson, Dominic West, Gillian Anderson, Rosamund Pike, Daniel Kaluuya, Richard Schiff, Ben Miller, Burn Gorman, Tim McInnerny, Tasha de Vasconcelos

UNIVERSAL

O Zelador de Animal

Frank Coraci

Kevin James, Leslie Bibb, Rosario Dawson, Vozes de: Adam Sandler, Sylvester Stallone, Judd Apatow, Jon Favreau

SONY

Uma Professora Muito Maluquinha

André Pinto, Cesar Rodrigues

Paola Oliveira, Chico Anysio, Suely Franco, Joaquim Lopes

DOWNTOWN

Winter - O Golfinho

Charles Martin Smith

Morgan Freeman, Harry Connick Jr., Ashley Judd, Kris Kristofferson, Nathan Gamble, Ray McKinnon, Nathan Gamble, Frances Sternhagen, Rus Blackwell, Marc Macaulay

WARNER

The Big Year

David Frankel

Steve Martin, Jack Black, Owen Wilson, Angelica Huston

FOX

Footloose

Craig Brewer

PARAMOUNT

Atividade Paranormal 3

Kenny Wormald, Julianne Hough, Dennis Quaid, Ziah Colon, Ray McKinnon, Miles Teller, Ser´Darius William Blain, Patrick John Flueger, Andie MacDowell

Tod Williams

Katie Featherston

PARAMOUNT

Gigantes de Aço

Shawn Levy

Hugh Jackman, Kevin Durand, Evangeline Lilly, Anthony Mackie, Hope Davis, Phil LaMarr, James Rebhorn

DISNEY

Os Três Mosqueteiros

Paul W.S. Anderson

Ray Stevenson, Logan Lerman, Alex Litvak

PLAYARTE

Qual seu Número?

Mark Mylod

Chris Evans, Anna Faris, Matthew Bomer, Zachary Quinto, Chris Pratt, Andy Samberg, Thomas Lennon, Ari Graynor, Ivana Milicevic, Joel McHale

FOX

Intruders

Juan Carlos Fresnadillo

Clive Owen, Kerry Fox, Carice Van Houten

UNIVERSAL

Contágio

Steven Soderbergh

Marion Cotillard, Matt Damon, Laurence Fishburne, Jude Law, Gwyneth Paltrow, Kate Winslet

WARNER

Corações Sujos

Vicente Amorim

Du Moscovis, Takako Tokiwa, Eiji Okuda, Tsuyoshi Lhara

DOWNTOWN

(Bridesmaids)

(Ainda Sem Título em Português)

(Conan)

(Top Cat)

(Abduction)

(Família Vende Tudo)

(Fright Night)

(Hoodwinked 2: Hood vs. Evil)

( Johnny English Reborn)

(Zookeeper)

(Uma Professora Muito Maluquinha)

(Dolphin Tale)

(Ainda Sem Título em Português)

(Footloose)

(Paranormal Activity 3) (Real Steel)

(The Three Musketeers)

(What´s your Number?)

(Ainda Sem Título em Português) (Contagion)

(Corações Sujos)

PLAYARTE

16/09/2011

23/09/2011

30/09/2011 07/10/2011

12/10/2011

14/10/2011

21/10/2011

28/10/2011

* As datas previstas de lançamentos estão sujeitas à alteração

45 | Exibidor, julho/2011


Recursos Humanos

Brasil, a bola da vez Por: Antonio Lima Neto

H

á muito tempo se ouvia dizer que o Brasil era um país jovem e estava bem

distante dos países de-

senvolvidos. Como num estalar de dedos

as mudanças estão diante de nossos olhos. Quem diria que teríamos os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, ambas sediadas em nosso país? Ouço comentários de amigos e colegas que viajam para o

exterior e quando voltam ficam deslum-

brados de como o mundo está com os holofotes em direção ao Brasil.

diferentes na qualidade da prestação de

recem ser bem tratados, estendendo a

Creio que você já leu ou assistiu algumas

Como você está capacitando a sua equipe?

ções aeroportuárias, sem infraestrutu-

vos serviços, seja diferente, pesquise o seu

nossos serviços.

análises jornalísticas acerca das condira para receber esses Mega Eventos e a demanda de estrangeiros. Os estádios de futebol, ginásios esportivos e centro de treinamentos ainda não saíram dos

projetos para a execução. Mas tudo isso é de responsabilidade dos comitês de cada evento e dos governos municipais, estaduais e federal.

Temos como prova os filmes lançados

O que de fato eu sei é que, após estes

nossa cultura e a beleza tropical, desmis-

gostamos e vamos continuar apreciando o

recentemente, como “Rio” que revela a

tificando a visão da pobreza e violência. É claro que não vamos esconder o sol com a peneira, temos muitas coisas a fazer ou melhorar.

Frente a este compromisso assumido, as

eventos, a vida continua e nós brasileiros escurinho do cinema. Logo, estaremos sentado em uma poltrona aconchegante, fren-

te a uma tela gigante com projeção 3D, se deliciando com uma pipoca e envolvido ao som Dolby Digital 5.1 ou superior.

ações estratégicas incluem mudanças nos

O exercício da prestação de serviço

larias, restaurantes e em toda a gama de

desde já. Ou seja, temos o dever de

transportes aéreos e terrestres, em hoteentretenimento a ser oferecido.

Quem disse que você exibidor estará de

fora desta oportunidade? Muitas coisas

ainda estão por fazer, temos o dever de

mostrar o quanto nós brasileiros somos

diferenciada pode e deve ser treinado oferecer a melhor qualidade de atendimento para nós brasileiros em primeiro

lugar. Os gringos virão e depois retor-

narão aos seus países de origem e quem de fato vai dar sustentabilidade ao seu

negócio é o nosso povo. Por isso me-

eles o “tapete vermelho”.

Faça do seu negócio algo rentável, crie no-

cliente direto e indireto para saber como encantá-lo para fidelizar o seu cinema.

Existe uma técnica no Brasil desenvolvida por uma consultoria chamada “Arqui-

tetura de Processos de Atendimento”, aprovada por mim, que utiliza uma ferramenta chamada “Tracer”. Ela mapeia to-

dos os caminhos do cliente tendo como

objetivo o desenvolvimento de todas as

áreas envolvidas com uma única missão: prestar um atendimento diferenciado focado em resultados.

Todo empresário gosta de ouvir a palavra “rentabilidade”, e o melhor é quando este resultado vem de uma equipe de colabo-

radores altamente competente e treinada. Não perca tempo, agora a bola da vez é

sua. Invista na capacitação da sua equipe.

Pense nisso: Só pode cobrar quem ensina. Só Ensina quem sabe. Só Sabe quem faz.

Antonio Lima Neto | antonio@lidertreinador.com.br *Psicólogo/UNG (Universidade de Guarulhos) e graduando em MBA Executivo Marketing/INPG. Possui mais de 22 anos de experiência profissional na área de Recursos Humanos, Treinamento e Desenvolvimento de pessoas em empresas de grande porte e renome no Brasil. Sólida vivência com coordenação e gerenciamento de atividades de desenvolvimento organizacional, programas de trainees e estágios, processos de contratação, treinamento e avaliação de desempenho.

46 | Exibidor, julho/2011


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