Ano II – nº 05, abril/2012 – Edição
de Aniversário
www . exibidor . com . br
Cinema Nacional Diálogo entre os principais agentes do mercado é fundamental para o sucesso da cinematografia
VPF
Tudo sobre as negociações
Identidade Visual Como e quando mudar
Hospedagem de sites Fique de olho no mercado
EdiçÃo Especial de aniversário • Também Distribuída no 5º show de Inverno de Campos do Jordão
Editorial
Nem parece, mas já faz 1 ano
H
á pouco mais de 18 meses, a Tonks – naquele momento reconhecida nacionalmente pelo mercado cinematográfico como desenvolvedora de soluções em TI – queria retribuir ao mercado este prestígio e sucesso comercial. Seis meses depois, surgiu esta retribuição: a Revista Exibidor. E agora, festejamos a edição comemorativa de 1 ano. O que era apenas um plano piloto começa a decolar com o apoio dos mais respeitados executivos e empresas do mercado. A equipe da Revista Exibidor só tem a agradecer tamanho carinho dos seus colaboradores, dos exibidores brasileiros, distribuidores e um grande número de profissionais espalhados ao redor do mundo durante o primeiro ano de sua publicação. E a Tonks, responsável por esta revista e por grandes soluções em TI para o mercado exibidor nestes últimos anos, também está muito agradecida em ter uma equipe de ponta e reconhecida pelos seus clientes. Como já virou tradição e nossa obrigação, apresentamos, mais uma vez, reportagens e artigos de interesse de toda a comunidade exibidora. Para começar, a matéria de capa apresenta os grandes obstáculos do relacionamento entre os produtores nacionais e os exibidores. O objetivo principal da reportagem é encontrar soluções para que esta barreira invisível entre os dois extremos da cadeia comercial de uma obra audiovisual desapareça de vez. Além da entrevista com o novo presidente da FENEEC (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas), Paulo Lui, temos mais um artigo jurídico do renomado advogado especializado em entretenimento Marcos Bitelli e outro de Carla Sobrosa, agente da ANCINE, acerca do relacionamento público x cinema em nosso país. O VPF tem um espaço especial nesta edição e irá esclarecer as principais dúvidas deste modo de financiamento da transição digital para o território brasileiro. Em tecnologia, discutiremos a qualidade dos servidores de hospedagem de sites que muitas vezes deixam os exibidores desamparados, principalmente em grandes lançamentos quando há picos de visitação. No segmento de marketing, a identidade visual é o foco de uma reportagem sobre o melhor momento para se alterar um logotipo ou até mesmo repaginar o visual de uma marca já consolidada. Deixo aqui, um agradecimento especial à Agência Espaço/Z, que autorizou a distribuição desta edição durante o 5º Show de Inverno, em Campos do Jordão (SP), e às inúmeras manifestações de apoio e congratulações pelo nosso primeiro ano. E é assim que começamos um novo ciclo para a Revista Exibidor. Tenha uma ótima leitura e nos vemos na próxima edição!
Marcelo J. L. Lima marcelo@exibidor.com.br
4 | Exibidor, abril/2012
Expediente Edição e direção Marcelo J. L. Lima Redação Natalí Alencar (MTB 51480) natali@exibidor.com.br Arte Raphael Grizilli raphael@exibidor.com.br Revisão Talita Garcez talita@exibidor.com.br Comercial e anúncios faleconosco@exibidor.com.br Tel.: (11) 2099 0308 Colaboradores Marcos Bitelli, Carla Sobrosa, Omelete e Espaço/Z Agradecimentos Warner Bros. e Fabio Lima (Mobz) Impressão Vox Editora www.voxeditora.com.br Tiragem de 2000 exemplares com distribuição dirigida e gratuita. Correspondência Rua Ênio Voss, 78 São Paulo (SP) | 02245-070 Tel: (11) 2099 0308 faleconosco@exibidor.com.br www.exibidor.com.br A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:
www.tonks.com.br Os artigos assinados não refletem neces-
sariamente a opinião da Revista Exibidor. Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks.
Este exemplar faz parte do Acervo da Cinemateca do Rio de Janeiro.
Espaço do Leitor
izontes revista que oferece novos hor ente a um giu sur , 11 0 2 de rticularm Em Abril A EXIBIDOR! Eu pa aos exibidores: A REVISTnovembro, quando em visita ao escritório tive conhecimento somente em estava na mesa do diretor César Barata. da Warner no Rio. Ali elação e ganhei do amigo César. Passei a No fim de tudo, pedi a edi ie de coisas que nos ajudam a crescer e ter conhecimento de uma sér . A Revista Exibidor exerce um papel melhorar nosso funcionamentodaqueles que respira cinema e que faz do fundamental para cada um Gostaria de parabenizar e incentivar seu dia-a-dia uma película.compõem este triunfo. Desejo tudo de bom, e cada um dos membros que possamos comemorar o 2º ano da Revista. que em Abril de 2013
Gostaria de deveres do opersuadgeorrir uma matéria sobre os direitos e dos colegas não sabe cinematográfico, porque a maior m nada sobre seus di ia parte trabalh reito deveres para osista,exibquanto ao uso de equipamens.tosDe esde a seus cursos direcion idores. Também se possíve manutenção do adeqosui aos operadores, da operaçãol faatlaé r de pamento. a // Fernando Costa
- Irati - PR
s. edição da Revista Recebi a últimRa e achei fantásticas as mcoat:éria O fi cí ID pe es IB EX o z por uma em Fiquei muitoilãofeliou Vítima”. Adorei! Eadspaervez V C te . en ão li iç “C inha contribu que tenha dadovocêms uma equipe campeã. mais vejo em P - São Paulo - S s to an S s do . T // Lázaro
á -AP
// Jack Silva - Macap
Queremos saber também a sua opinião. Envie seus comentários para: faleconosco@exibidor.com.br.
Empresas e Instituições Citadas A
F
P
ANCINE / 19, 28, 33, 38, 41
FAAP / 45
Playarte / 19
Arts Alliance / 38
FENEEC / 16, 17, 18, 19, 39
Apple / 11, 43, 44
B Barco / 08, 39
Filme B / 27, 41 Fox Film / 50
G
Paramount / 11 Paris Filmes / 13
S
GDC / 09
SEECESP / 17
Grupo Severiano Ribeiro / 44, 45
Sony / 39
H
Sony Pictures / 12
Harman / 08
T
Centerplex / 44, 45
I
Telem / 08, 38
Cineart / 45
K
Beyond All / 38, 39
Bitelli Advogados / 09, 33
C Centauro / 38, 39 Christie / 39
Imagem Filmes / 11
Cinemark / 50
Kelonik / 38
Cinesystem / 09, 39
L
Cinemeccanica / 39 Cinevise / 08, 38
D DesenhoLógico / 45 Disney / 08
Doremi / 08
Downtown Filmes / 28, 30
E Embrafilme / 41
6 | Exibidor, abril/2012
Kinoton / 39 Locaweb / 23, 24
Tonks / 08, 23, 24, 29 Tonks Host / 24
U Universal / 13 UOL Host / 23, 24
Lui Cinematográfica / 16
W
M
Warner Bros. / 12
Mobz / 38
MPAA / 37
N NEC / 39
Nossa Distribuidora / 29, 31
X XPand / 08
Z Zogby Interactive / 22
Sumário
Cinema Nacional/26
Bom momento do mercado pode ser aproveitado se todos (produtor, exibidor e distribuidor) colaborarem
notícias/08
Giro pelo mercado
claquete.com/11 Novidades do cinema
entrevista/16
Paulo Lui, presidente da FENEEC
tecnologia/22
Hospedagem de sites para exibidores
artigo legislação/33 MP 545 é aprovada
projeção digital/36 VPF em pauta
artigo panorama/41 Relação público x cinema
marketing/42
Criação e mudança da Identidade visual
agenda/48
Próximos lançamentos
trajetória/50
15 anos de Cinemark no Brasil
7 | Exibidor, abril/2012
Notícias
Doremi realiza evento com novas tecnologias A norte-americana Doremi realizou em São Paulo (SP), nos dias 6 e 7 de março, o “Doremi Technology Summit”. O evento abordou tecnologias de áudio e vídeo disponíveis para cinema digital. O local escolhido para o evento foi o WTC Convention Center, na zona sul da cidade, que foi transformado em um cinema com toda uma infraestrutura de som e imagem. Também participaram do evento: Barco, Harman, Telem, XPand e Cinevise. Todas com apresentações sobre as respectivas empresas e seus produtos.
@divulgação
Disney lança o portal “Disney Exibidor”, um contato direto com o exibidor Já está disponível o website Disney Exibidor, um canal exclusivo de relacionamento online entre a divisão de cinema da Disney e o exibidor brasileiro. Desenvolvido pela agência de soluções em TI Tonks, o sistema permite ao exibidor conferir os lançamentos, as novidades, as portarias de classificação indicativa, as ações promocionais e todos os materiais digitais dos filmes, como fotos, vídeos e press books. Ao acessar www.disneyexibidor.com.br, o exibidor preenche o login e senha e terá acesso exclusivo ao conteúdo. A solicitação de cadastro é feita no mesmo website.
Barco apresenta Auro-3D Durante evento realizado em São Paulo (SP) pela Doremi, a Barco apresentou – pela primeira vez na América Latina – um novo conceito em sistema de áudio para o cinema digital: o Auro-3D. Desenvolvido pela Galaxy Studios e equipado pela Barco, o Auro-3D transforma o áudio do cinema convencional em uma experiência de som 3D totalmente imersiva, com sons vindos de duas linhas laterais de caixa de som (alta e baixa), do teto e um conjunto de caixas atrás da tela formando 11.1 canais. O sistema é 100% compatível com os atuais padrões de áudio e pode ser instalado em cinemas novos @divulgação ou já existentes. Durante a apresentação, um trecho do filme Transformers – O Lado Oculto da Lua (Transformers: Dark of the Moon) foi exibido como demonstração. Segundo a Barco, cinco filmes serão lançados durante o ano de 2012 já com a edição sonora do Auro-3D.
8 | Exibidor, abril/2012
GDC apresenta o Bloco de Mídia SX-3000 A GDC Tech anunciou o lançamento do GDC Standalone Integrated Media Block (IMB), modelo SX-3000. Seu principal diferencial é o acesso remoto completo e streaming do conteúdo DCP (Digital Cinema Package) a um projetor com IMB, sem a necessidade de um SMS (Screen Management System) e / ou servidor de arquivos.
@divulgação
A compatibilidade expandida suporta entrada HDMI, entrada 3G HD-SDI, 2D e 3D e transmissão ao vivo. Seu custo é baixo, pois dispensa a necessidade de arquivo externo.
Escritório de Advocacia recebe prêmio de Mídia e Entretenimento O escritório de advocacia Bitelli Advogados, bem como seu sócio majoritário, Marcos Bitelli, colaborador da Revista Exibidor, foram condecorados como a firma de advocacia número um pelo Top Ranked Law Firm, em Mídia e Entretenimento pela Chambers & Partners Global 2012. A pesquisa é feita desde 1999 e já passou por mais de 180 países, identificando líderes mundiais no segmento da advocacia. Marcos Bitelli possui sólida formação na área e acumula experiência dedicada especialmente a assuntos relacionados aos exibidores. @divulgação
Cinesystem anuncia expansão A Rede Cinesystem anunciou um arrojado plano de expansão para os próximos dois anos. A pretensão é inaugurar até o final deste ano mais 25 novas salas e outras 35 em 2013. Está previsto um investimento de cerca de R$ 80 milhões.
CinemaCon 2012 Em virtude do fechamento da revista ter acontecido anterior ao evento, preparamos uma cobertura especial sobre a CinemaCon que pode ser conferida em:
Em setembro, a Cinesystem chegará à cidade de Imperatriz, no Maranhão. “Este é outro importante município para levarmos nossa marca, pois ele ocupa a posição de segundo maior centro econômico, cultural e populacional do Estado, além de ser a principal cidade da região que aglutina o sudoeste do Maranhão, o norte do Tocantins e sul do Pará”, afirma Marcos Barros, CEO da empresa. Rio Grande (RS), Vila Velha (ES), Araguaína (TO), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ) são alguns dos locais que também terão investimentos da empresa.
www.exibidor.com.br/especiais/cinemacon
9 | Exibidor, abril/2012
PP disney
20 DE JULHO NOS CINEMAS TAMBÉM EM 3D W W W.DISNEY.COM.BR ©2012 Disney/Pixar
10 | Exibidor, abril/2012
Claquete.com
Atividade Paranormal terá versão latina A Paramount e os produtores de Atividade Paranormal (Paranormal Activity), Jason Blum e Oren Peli, planejam um novo filme da franquia, que não seria uma sequência, um reboot ou spinoff, mas um “primo latino” do original, de acordo com o Hollywood Reporter. Com roteiro e direção de Christopher Landon (Atividade Paranormal 2 e 3), o longa seguirá a estética da franquia, terá um elenco de origem latina e será baseado na mitologia católica. Os diálogos e a gritaria, contudo, serão em inglês. A meta é filmar a produção de micro orçamento nos próximos meses, com uma possível estreia marcada para janeiro de 2013 (aproveitando a janela utilizada por A Filha do Mal no início deste ano). Já a continuação da franquia propriamente dita, Atividade Paranormal 4, tem lançamento previsto para outubro.
@divulgação
Miley Cyrus e Demi Moore juntas na comédia “Lola” @divulgação
A nova comédia Lola (Lol), distribuída pela Imagem Filmes, reúne Miley Cyrus e Demi Moore. No filme, é em um mundo cada vez mais conectado pelas redes sociais, que Lola (Miley Cyrus) e seus amigos navegam entre romances e amizades no colégio, enquanto lidam com a dificuldade de manter uma comunicação saudável com os pais. Lol é uma autêntica e divertida comédia que retrata com bom humor e naturalidade a realidade dos jovens de hoje em dia.
para 25 de maio.
Ashton Kutcher vai viver Steve Jobs no cinema
O filme foi escrito e dirigido pela francesa Lisa Azuelos e tem estreia prevista
O pôster e o trailer podem ser conferidos no portal Claquete.com.
@divulgação
Segundo a revista americana Variety, Ashton Kutcher (foto) está prestes a assinar contrato para interpretar Steve Jobs na cinebiografia roteirizada por Matt Whiteley e que terá direção de Joshua Michael Stern (Promessas de um Cara de Pau). O filme independente vai mostrar a trajetória de Jobs desde os seus dias de hippie até tornar-se uma das figuras mais icônicas da sociedade atual, com a fundação da Apple. O projeto será financiado pela Five Star Institute e deve começar a ser rodado em maio, quando acabam as gravações da atual temporada do seriado Two and a Half Men.
11 | Exibidor, abril/2012
Claquete.com
“Sombras da Noite” ganha pôster nacional A Warner Bros. Pictures divulgou o pôster nacional de Sombras da Noite (Dark Shadows), comédia gótica baseada na clássica série cult homônima. Sob direção de Tim Burton e com um elenco liderado por Johnny Depp, Michelle Pfeiffer e Helena Bonham Carter, o longa tem estreia prevista no Brasil em 22 de junho. Em 1752, Joshua e Naomi Collins, com seu filhinho Barnabas, saem de Liverpool, Inglaterra, para começar uma vida nova nos EUA. Duas décadas depois, Barnabas ( Johnny Depp) tem o mundo aos seus pés, ou pelo menos a cidade de Collinsport, Maine. Dono da Mansão Collinwood, Barnabas é rico, poderoso e um playboy @divulgação inveterado... Até que ele comete o grave erro de partir o coração de Angelique Bouchard (Eva Green). Angelique, uma bruxa em todos os sentidos, o condena a um destino pior do que a morte: o transforma em um vampiro e depois o enterra vivo. Dois séculos depois, Barnabas é libertado por engano de seu túmulo e entra no mundo bastante diferente de 1972. Ele volta à Mansão Collinwood para descobrir que a sua propriedade, outrora grandiosa, está em ruínas. Os integrantes problemáticos da família Collins que restaram se saíram um pouco melhor, cada um guardando seus próprios segredos sombrios.
Framboesa de Ouro 2012 A edição 32 do Prêmio Framboesa de Ouro, que premia os piores filmes de
Hollywood, foi entregue na noite de 1º de abril. É a primeira vez desde a criação
do prêmio que a data não coincide com o Oscar, o que tirou um pouco da força do prêmio sarcástico na mídia.
Cinco filmes destacavam-se em quase todas as categorias: Bucky Larson: Dotado
para Brilhar (Bucky Larson: Born to Be a Star), Cada um Tem a Gêmea que Me-
rece (Jack and Jill), Noite de Ano Novo
(New Year’s Eve), Transformers: O Lado Oculto da Lua (Transformers - Dark of the Moon) e A Saga Crepúsculo: Amanhe-
cer - Parte 1 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1), mas foi mesmo o novo fil-
me de Adam Sandler que dominou toda a
premiação, levando para casa dez dos 11 a que concorria. Só não levou todos porque
ele concorria com outro de seus filmes na categoria Pior Dupla.
Novas imagens de “Hotel Transilvânia” @divulgação
Com estreia prevista para 05 de novembro deste ano, a animação Hotel Transilvânia (Hotel Transylvania) teve suas primeiras imagens divulgadas pela Sony Pictures. No elenco de dubladores estão os atores Adam Sandler, Steve Buscemi, Selena Gomez, Andy Samberg, Kevin James, David Spade, Molly Shannon, Cee-Lo Green e Fran Drescher. Confira a sinopse do filme: Bem-vindo ao Hotel Transilvânia, o resort cinco-estrelas de Drácula (Adam Sandler), onde os monstros e suas famílias podem viver livres sem os humanos para importunar. Em um final de semana especial, Drácula convida algumas das mais famosas criaturas – Frankestein e sua noiva, a Múmia, o Homem Invisível, uma família de lobisomens, e mais – para celebrar o aniversário de 118 anos de sua filha Mavi. Para Drácula, não há problema em juntar todos esses monstros lendários – mas seu mundo fica prestes a acabar quando um cara normal chega ao hotel e se interessa por Mavis.
12 | Exibidor, abril/2012
“Jurassic Park” convertido em 3D tem estreia marcada nos cinemas @divulgação
A conversão do sucesso Jurassic Park para o formato 3D vai mesmo acontecer. A Universal agendou o relançamento do filme nos cinemas para 19 de julho de 2013 - ano em que o longa completa duas décadas de seu lançamento. Steven Spielberg falou à MTV sobre a conversão em dezembro. “Eu sempre disse que Jurassic Park, o primeiro filme, seria um bom material para a conversão em 3D. Acho que James Cameron fez o melhor filme em 3D da história do cinema com Avatar. Acredito que James vai nos ensinar uma lição [com a conversão de Titanic para 3D]. Se seguirmos seus passos, mais filmes serão convertidos, mas o único filme que tenho interesse em converter é o primeiro Jurassic Park”. O longa de 1993 arrecadou mundialmente US$ 915 milhões. Caso o relançamento em 3D seja bem sucedido, Jurassic Park pode se tornar o primeiro filme do cineasta a quebrar a barreira de US$ 1 bilhão em bilheteria.
“Jogos Vorazes” teve a quarta maior abertura do ano no Brasil O filme Jogos Vorazes (Hunger Games), distribuído pela Paris Filmes, estreou com renda R$ 5,3 milhões e 481 mil ingressos vendidos. É a quarta maior abertura do ano em renda e a terceira em público, segundo a distribuidora. Baseado no best-seller de Suzanne Collins, que apenas no Brasil já vendeu mais de 200 mil cópias, o filme conta com elenco de novatos e vetereanos, como Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Woody Harrelson, Stanley Tucci, Donald Sutherland, Amandla Stenberg e Willow Shields. O filme estreou em 21 de março. @divulgação
13 | Exibidor, abril/2012
14 | Exibidor, abril/2012
Deixe a preocupação para os heróis do cinema. Fora da tela nós cuidamos de tudo!
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Entrevista @divulgação
Paulo Lui // Presidente da FENEEC
Herança Cinematográfica Por: Natalí Alencar
Tradição, experiência e visão de mercado compõem o perfil do atual presidente da FENEEC, Paulo Lui. Conheça suas propostas e metas para o próximo mandato na entidade
P
aulo Lui assumiu um negócio que passou de pai para filho e já faz
parte da terceira geração que está à frente da Lui Cinematográfica, rede com cinemas nas cidades paulistas de Campinas, Indaiatuba e
Valinhos. Desde muito jovem ele trabalhou nos negócios da família e
hoje dá continuidade ao trabalho que o avô Guerino Lui iniciou.
16 | Exibidor, abril/2012
Em 2012 foi eleito presidente da FE-
Já fiz de tudo um pouco: vendi ingres-
área do cinema, trabalhar pelo aprimo-
presas Exibidoras Cinematográficas),
trabalhei na portaria e na confecção de
como presidente da FENEEC. Não foi
NEEC (Federação Nacional das Em-
uma entidade Sindical Patronal de 2º grau, de âmbito nacional, que representa todas as Empresas Exibidoras
no país, seja diretamente ou através de seus Sindicatos filiados. Por se tra-
tar de uma Federação, também exerce uma função primordial como entidade representativa dos empresários do setor de exibição nas diversas esferas políticas da sociedade e nos temas que afe-
sos, pipocas, ajudei na limpeza das salas, cartazes publicitários. Também atuei na projeção e na parte administrativa. Hoje cuido da programação e coordeno a par-
te de publicidade. Financeiro/adminis-
trativo e operações ficam a cargo de meu pai e de meu irmão, respectivamente.
Nos últimos anos tenho participado
mais intensamente das atividades cor-
porativas, como vice-presidente da FE-
tam diretamente o segmento.
Revista Exibidor como pre-
tende escrever os próximos ca-
pítulos da história da entidade e do mercado.
Revista Exibidor Comente um pouco da
Sempre procuro aprender com o trabalho e o exemplo dos mais experientes. Paulo Lui // Presidente da FENEEC
com paixão e afinco ao meu trabalho.
Exibidor - Como você está vendo o mercado de exibição no Brasil? Qual a sua evolução ao longo dos últimos quinze anos, principalmente quando o conceito
Multiplex chegou te ao país?
definitivamen-
cinematografia no ano de 1978, nos cinemas de minha família na cidade de
Indaiatuba, interior de São Paulo. A empresa, fundada em 1962 pelo meu avô Guerino Lui e meu pai Paulo Antonio, é atualmente gerida por este último, juntamente comigo e meu irmão
mais novo, Guerino Neto. Contamos
no momento com 16 salas em quatro conjuntos, sendo dois em Indaiatuba
(quatro salas no Shopping Jaraguá e cinco salas no Polo Shopping), um em
Campinas (quatro salas no Shopping
Parque Prado) e um em Valinhos (três
multiplex, o mercado de exibição do Brasil sofreu uma re-
viravolta total. Vínhamos num período de fechamento de sa-
las, causadas pela concorrência
de novas mídias, novas formas
de entretenimento e lazer. Po-
fatores, boa parte do público
nal na cinematografia.
Paulo Lui - Comecei a trabalhar na
com a chegada do conceito
rém, acredito que além desses
sua trajetória profissio-
salas no Shopping Valinhos).
nada premeditado, apenas me dediquei
Lui - Não há como negar que
Em entrevista concedida por email, Paulo Lui conta para a
ramento do mesmo, até chegar agora
deixou mesmo de ir ao cine-
NEEC e como atual vice-presidente do
SEECESP (Sindicato das Empresas
Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo).
Exibidor - Qual a sua trajetória na área, podemos dizer política, da cinematografia? Lui - Sempre procuro aprender com o trabalho e o exemplo dos mais experientes. Respeitei, e respeito, as pessoas
e, sobretudo suas opiniões. Assim fui fazendo amigos e amadurecendo pessoal e profissionalmente, podendo daí também expressar minhas ideias, deba-
ter os mais variados assuntos dentro da
ma entre início dos anos 80 até final
da década de 90 por encontrarem salas
mal cuidadas, projeções e sons ruins, atendimento precário, enfim, cinemas decadentes. Era um círculo vicioso ne-
gativo: menos público, menos investimentos; menos investimentos, menos
público. Com a chegada do multiplex, com suas salas modernas, extremamente confortáveis, com som e projeção
de primeiríssima qualidade, aliadas a uma maior oferta de títulos, horários e
maior agressividade na divulgação dos filmes, esse círculo é quebrado e uma
nova maneira de consumir cinema passou a fazer parte do cotidiano do espectador.
17 | Exibidor, abril/2012
Entrevista
A partir daí, o que se viu foram inúme-
Impensável há tempos atrás, a entidade
dade, a atuação da entidade depende, e
pequeno porte, tendo de se mexer frente
exibidores dos mais diferentes tama-
exibidores.
ras empresas brasileiras, inclusive as de
a isso, causando uma espécie de “onda” positiva que resgatou as boas salas e,
melhor ainda, o público frequentador, que vem aumentando gradativamente.
Mais que isso, fez com que até os distribuidores começassem a enxergar
novos horizontes de negócios, lançando seus filmes em cidades onde jamais
conseguiu, nos últimos anos, reunir os nhos e ideologias, para tratar e trabalhar seriamente em temas e assuntos
que interferem diretamente no negó-
cio - e que muitas vezes atravancam e atrapalham sua expansão. Assuntos que interessam a todos, sejam grandes, mé-
dios ou pequenos. Eu, particularmente, nunca havia presenciado isso.
muito, da participação desses próprios
Exibidor - Agora que você assumiu a presidência da FENEEC, como você avalia a gestão anterior? Vocês estão no caminho certo? Lui - Com certeza. Não podemos mais
pensar no ramo da exibição voltado
para o próprio “umbigo”. Temos muitos
havia entrado um lançamento sequer,
Hoje temos uma salutar e agradável
desafios pela frente e só conseguiremos
dos mesmos, propiciando um incre-
mos soluções juntos: um problema que
coesos, buscando o melhor para o ne-
investindo mais pesado na divulgação mento importante de público.
convivência, e o que é melhor, busca-
enfrentá-los se estivermos unidos e
aflige um grande exibidor de SP ou RJ,
gócio como um todo. Precisamos estar
Sem dúvida, o cinema entrou
em um novo patamar, passando
finalmente a ser tratado como negócio.
Exibidor - Em sua opinião, como a FENEEC tem contribuído para a expansão do mercado exibidor?
Lui - A FENEEC tem contri-
de que tenha interlocução em
Na verdade, a atuação da entidade depende, e muito, da participação dos próprios exibidores. Paulo Lui // Presidente da FENEEC
buído, e muito, com o setor de
exibição, participando ativa-
mente em todos os temas rele-
vantes ao mesmo. O Projeto de Lei que
também é o que aflige o exibidor de
reformula e disciplina a meia-entrada
uma pequena cidade.
ra dos Deputados, o novo projeto de lei
Exibidor - Como os exibidores têm visto a atuação da FENEEC?
CPI do ECAD e novas linhas de finan-
Lui - Pelo que percebo a grande maio-
para estudantes, tramitando na Câma-
em formatação sobre Direitos Autorais, ciamento para o setor de exibição, como o Procult e a recente aprovação da Medida Provisória 545 com a criação do
Programa Cinema Perto de Você e RECINE, são alguns importantes exemplos de temas que contaram e contam com uma participação ativa da FENEEC.
18 | Exibidor, abril/2012
representados por uma entida-
todas as esferas, sejam públicas ou privadas. A gestão anterior
iniciou esse processo e foi
muito eficiente nele. Não podemos deixar isso esmorecer.
Exibidor - Haverá mudança de rumos ou somente
“troca de bastão”? Lui - Claro que cada um tem seu modo particular de conduzir os assuntos, de lidar com as pessoas, porém, visto toda conquista feita, todo o trabalho realizado - e o muito a ser realizado ainda - seguiremos na mesma direção. Não vejo por que tomarmos um rumo diferente. Não haverá mudanças drásticas.
ria dos exibidores, pelo menos aqueles
Como são apenas sete Sindicatos fi-
sas reuniões - ou que, impossibilitados
rior optou por desenvolver uma ges-
que participam regularmente das nos-
de participar, acompanham de perto o trabalho - estão satisfeitos com a atuação da FENEEC, embora nem sempre os resultados sejam imediatos. Na ver-
liados à FENEEC, a diretoria ante-
tão participativa e direta com todas as empresas exibidoras interessadas em participar dos assuntos relevantes do setor. Encontros dos Exibidores em
@divulgação
Gramado, durante o Festival de Ci-
jamento de todos – e suas respectivas
inúmeras reuniões em São Paulo, se-
Também tenho a expectativa de ter
nema, Show Búzios, FICAV, além de
diadas na maioria das vezes nos escritório da Playarte (gentilmente cedidos
por D. Elda, Otelo e família), foram organizadas pela FENEEC nos últimos anos.
Exibidor - Quais
são as suas ex-
pectativas ao assumir a presidência da
Federação?
Lui - Primeiramente fica a enorme
expectativa em continuar com o excelente trabalho feito até aqui. Além
dessa, espero conseguir trazer para a
federação e os sindicatos, um número ainda maior e mais diversificado de
exibidores, obtendo um amplo enga-
expertises - na discussão dos assuntos. uma interlocução mais próxima com
os demais agentes do mercado de ci-
nema, visto que sempre bati na tecla de que o barco em que estamos é o mesmo, e que juntos fica muito mais
fácil tentar resolver os entraves e de-
safios que atrapalham a todos. Mas a maior de todas é, sem dúvida, parti-
cipar e contribuir, dentro do possível, na digitalização do parque exibidor nacional que se avizinha.
Exibidor - O
que os exibidores
podem esperar da sua gestão?
Lui - Um trabalho sério, honesto e dedicado. Podem ter certeza que não
medirei esforços para defender e unir ainda mais a classe, para incrementar o diálogo com nossos parceiros de negócios e para buscar fomentos que permitam aos exibidores continuarem abrindo novas salas e trazendo mais público às mesmas. Gostaria de aproveitar a oportunidade
e agradecer a todos os amigos exibidores que me confiaram essa importante tarefa. Espero contar sempre com
esse apoio na condução da FENEEC. Também dizer aos parceiros de nosso
negócio – distribuidores, produtores, ANCINE e todos os demais - que
estou à disposição de todos na busca de um mercado mais profissional e eficiente.
19 | Exibidor, abril/2012
PP centauro
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A constante evolução da tecnologia do cinema digital exige updates e acompanhamento real time. A Centauro Cinema, Integradora Oficial Barco, oferece aos seus clientes o CineCare®, um pacote de serviços que inclui o atendimento NOC – Network Operation Center Barco, garantindo aos exibidores o monitoramento online de seus sistemas digitais compatíveis com a tecnologia D-Cinema.
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Integradora oficial
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Tecnologia
Hospedagem de sites para exibidores Por: Marcelo J. L. Lima
Serviços de péssima qualidade podem comprometer o acesso aos sites
Q
uando o assunto é divulgação de um cinema, a obrigação principal de um exibidor é promover a programação de salas e horários de sua cine-
-semana para seus clientes. Seja uma grande rede de cinemas ou uma exibidora de apenas uma única sala, a receita é quase a mesma: distri-
buir a programação para a imprensa, montar flyers, preparar os funcionários, decorar o cinema e, para finalizar, preparar a divulgação desta programação para seu website.
Segundo a agência norte-americana de pesquisas Zogby Interactive, a internet foi
selecionada como a mais confiável das fontes de informação de cinema por 58% dos
adultos, ante 17% que optaram pela televisão e 16% que ficaram com jornais e revistas. Eis que a Internet vem aumentando ainda mais sua liderança na preferência pela busca de informações dos clientes.
22 | Exibidor, abril/2012
O problema é que quanto maior for a
E como suportar uma quantidade de
maior será a quantidade de visitas ao
internet? Hoje, para um exibidor de
procura por informações pela internet, website. Segundo a Tonks – agência
digital que atende exibidores em todo o Brasil e responsável pelo conteúdo da
Revista Exibidor – em seus seis anos de atendimento aos websites exibido-
res, as visitas a estes aumentaram mais de 2.100%. Antes a média de visitas era 850 a um site de uma exibidora de
médio porte e hoje pode chegar a picos de 30 mil visitas em um único dia. No
lançamento do filme A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1 (The Twilight
Saga: Breaking Dawn - Part 1), todos os exibidores clientes da agência somaram mais de 250 mil visitas na sexta-feira de
lançamento. E a cada grande estreia, os números só aumentam.
visitas deste porte em servidores de
médio porte não há mais condições em manter seu website em uma hospeda-
gem compartilhada e pagar somente R$ 60,00/mês. Empresas como Loca-
web e UOL Host, líderes do mercado nacional em hospedagem web, já estão
cortando websites com alto número
de visitas ou, até mesmo, diminuindo a velocidade de acesso. Os cortes não
são apenas com exibidores, mas com o excesso de visitas nos mais diver-
sos assuntos. No caso dos exibidores, qualquer que seja seu tamanho, o nú-
mero de visitas diárias ao seu website foge bastante da média nacional. Por fim, quem sofre é o próprio cliente que
pode encontrar linhas telefônicas con-
gestionadas, um site fora do ar e desistir de ir ao cinema.
As dificuldades se completam com a péssima qualidade de infraestrutura de
comunicação brasileira que só encarece o serviço final. O que com R$ 60,00/ mês uma empresa contrata um servi-
ço compartilhado no Brasil, fora dele, pode contratar um serviço semi-dedi-
cado. E com um pequeno valor a mais, um servidor totalmente dedicado a ele.
O que o exibidor deve ter em mente, é que boa parte de seus clientes já possui internet em casa, no trabalho e até mesmo no celular. Um website bonito
e bem elaborado não é a única receita para o sucesso de sua divulgação. A qualidade da hospedagem de internet
influencia, e muito, o trabalho final.
23 | Exibidor, abril/2012
Tecnologia
Não adianta ter um belo site em uma
ridos no mercado de tecnologia e de
porativismo burocrático de passar em
dão no acesso e erros de conexão. Por
de qualidade, poucos se destacam nesta
problemas simples podem demorar 72
hospedagem falha que só causa lenti-
falar nisso, as duas pontas (computador e servidor) devem ter uma boa cone-
xão. Quanto mais acessos, mais lento o website fica.
Depois de sofrer com serviços de má qualidade, a própria Agência Tonks
iniciou um serviço exclusivo para exibidores em termos de hospedagem, a Tonks Host, para agregar sua expertise
pior atendimento. Porém, em termos briga. E os que se destacam, não cus-
tam barato e não são famosos. As duas
líderes do mercado e as mais conhecidas, Locaweb e UOL Host, são as líderes em reclamação de prestação de
serviços de TI. Além disso, a cada dia
os problemas aumentam com a falta de equipe técnica especializada e o péssimo atendimento.
na criação e desenvolvimento do we-
Para quem entende e trabalha no ser-
hospedá-lo.
dos problemas podem ter soluções
bsite com um espaço adequado para Os serviços de hospedagem em internet no Brasil são um dos mais concor-
24 | Exibidor, abril/2012
viço de hospedagem de internet, 95% imediatas e demandam minutos para
serem resolvidas. Mas, devido ao cor-
um atendimento de telemarketing, horas para serem resolvidos.
Cabe ao exibidor pesquisar para ter
uma escolha mais assertiva. Portan-
to, deve analisar a qualidade dos servidores, a infraestrutura de conexão e
energia e a capacidade da maneira mais
rápida e que melhor atenda às suas
demandas. Deve procurar também o histórico das empresas de hospedagem e buscar indicações de clientes. Com
estas poucas dicas, o exibidor pode en-
contrar uma prestação de serviços mais
adequada na área de hospedagem e evitar os problemas relatados.
Capa
Investir no
Cinema Nacional pode ser o
grande diferencial Por: NatalĂ Alencar
26 | Exibidor, abril/2012
De carona no ótimo momento vivido pelo mercado cinematográfico, o exibidor tem muitas vantagens ao promover os filmes brasileiros. Para isso, deve embarcar fundo no relacionamento com o produtor e o distribuidor
E
m 2011 o lançamento de produções nacionais teve um crescimento de 30% em relação a 2010, dos 333 filmes lançados, 98 eram brasileiros. Esses números, revelados pelo Filme B, indicam ainda que a quantidade dos filmes nacionais lançados por distribuidoras independentes também aumentou, foram 82 títulos contra dez das majors.
27 | Exibidor, abril/2012
Capa
Como se pode ver, o Cinema Nacional passa por um ótimo momento. Ainda é cedo para afirmar se é apenas mais um ciclo ou uma retomada definitiva de ascensão. Mas, o exibidor pode e deve aproveitar esse crescimento para atrair mais público e aumentar a sua renda.
“A indústria é composta de um tripé: produtor, distribuidor e exibidor. Para que um filme dê certo, primeiro tem que ser um bom produto, ser bem distribuído e, terceiro, ser bem exibido. Essa parceria é essencial”, argumenta a produtora Walkíria Barbosa.
Durante o último grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado em maio de 2011, o presidente da ANCINE (Agência Nacional do Cinema), Manuel Rangel já anunciava esse crescimento e previa ótimos frutos para a cinematografia. “A última década representou um período de afirmação do cinema nacional, na sua dimensão cultural e na sua dimensão econômica. A evolução do mercado aponta para um desenvolvimento sustentado da indústria, com filmes de todos os tamanhos e gêneros, feitos para todos os públicos”, disse na ocasião.
Como Promover
Os filmes nacionais representam um grande negócio para a expansão do circuito exibidor brasileiro, mas para que isso aconteça é preciso que os seus principais agentes estejam em sintonia. Em uma analogia bastante simplória, poderíamos comparar o mercado como uma gangorra, no qual o exibidor está de um lado e o produtor de outro, mas quem faz a ligação entre esses dois pontos é o distribuidor. Nesse mesmo esquema, todos devem interagir com “pesos” iguais para manter o equilíbrio e o sucesso do mercado como um todo.
A divulgação de um filme exige estratégia e empenho, não só da produtora e da distribuidora, mas também do exibidor. As produções nacionais já sofreram muito preconceito, mas agora são mais plurais e conversam com todas as classes sociais. O exibidor deve valorizar e acreditar nos produtos, investir na divulgação e na promoção dos filmes. “Com certeza o papel do exibidor é fundamental e ele deve participar ativamente com a exposição de materiais: trailers, banners, cartazes, inclusive abrindo as datas nobres para os filmes que demonstram ter bom potencial de bilheteria”, indica Mariza Leão.
Cada filme tem as suas especificidades, portanto deve ter uma estratégia própria. O exibidor precisa sair do “ponto zero”, deve inventar e testar. A dica é de Bruno Wainer, da Downtown Filmes. “Um filme estrangeiro já foi testado no seu país de origem e o exibidor já tem uma noção do seu potencial, já o filme nacional vai ser testado em seu território pela primeira vez e isso dá mais trabalho, mas em compensação pode ser bem mais gratificante”, afirma. “Quando você exibe um filme nacional, tem mais condições de promovê-lo, pode fazer a pré-estreia, convidar os atores, se aproximar do público e consequentemente dar mais retorno aos seus parceiros”, complementa Walkíria Barbosa. Os exibidores estão fazendo a lição de casa, mas podem ir um pouco mais adiante. Devem apostar em novas possibilidades. É papel do exibidor divulgar os materiais em condições de igualdade com os filmes estrangeiros. Wainer explica que muitas vezes as produções nacionais superam os orçamentos dos blockbusters, mas é função do exibidor promover igualmente os filmes. “Cabe ao distribuidor vender com honestidade seu produto ao exibidor para que este faça sua parte, expondo os materiais destinados nos seus espaços de promoção e divulgação, no mínimo em condições de igualdade com os produtos internacionais”. Marco Aurélio, da distribuidora Nossa, sugere que para um circuito se diferenciar de outro, deve ter seu próprio branding. “Tem que estar nas redes sociais e ter todo um
Todo esse cenário positivo pode ser apenas uma pequena amostra do verdadeiro potencial que o cinema nacional tem. Walkíria Barbosa
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@divulgação
trabalho de comunicação independente do filme, ou seja, deve investir no marketing”, ressalta. Outra possibilidade para o exibidor, segundo Mariza Leão, é abrir antecipadamente espaço para exibir o trailer. “Se eu tenho um produto com potencial, posso até tentar convencer o exibidor a ceder espaço para o trailer antes mesmo do previsto”. Algumas exibidoras já estão nesse caminho, mas se deparam com a má qualidade dos materiais divulgados e até mesmo despreparo da assessoria de imprensa e do departamento de marketing. Fabio Peres, da agência digital Tonks, que atende diversos exibidores, explica que muitas vezes os materiais de divulgação, especialmente dos filmes
@divulgação
Mariza Leão
nacionais, deixam a desejar. “Grandes produções estrangeiras costumam ter materiais mais elaborados, que permitem ao exibidor mais liberdade para divulgar o filme e criar diversos formatos de banners, promoções, etc. Por outro lado, sabemos que a falta de verba também influencia”.
Vantagens para o exibidor
O lançamento é o momento em que
produtores, distribuidores e exibidores se unem para promover um filme, todos
Cotas de tela Aliado tudo a isso há ainda as polêmicas cotas de tela, que alguns consideram errado, mas outros ponderam que é importante para conscientizar o exibidor de que a promoção do cinema nacional é nada mais do que uma contribuição ao crescimento da cinematografia no País como um todo. “A cota de tela, apesar de ser um instrumento coercitivo, funciona como um colchão mínimo de programação. Claro que cabe ao Exibidor escolher e programar os produtos com mais possibilidades de retorno para ambos, Produtor e Exibidor. A experiência histórica evidencia que nenhuma regulamentação implicaria em nenhuma produção. Em paralelo, promover os filmes nacionais não depende de um nacionalismo tacanho, mas de uma estratégia de crescimento do Cinema no Brasil como um todo”, defende Alain Fresnot. “Sempre fui contra a lei de obrigatoriedade, acho ruim porque acredito em produto, se eu tiver um produto bom, se acreditar no seu potencial, estarei ajudando o exibidor”, rebate Marco Aurélio, da Nossa Distribuidora.
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Capa @divulgação
focados em potencializar ao máximo o
“Quando o exibidor tem um bom produ-
muito, infelizmente ainda há certo dis-
também”, fala Walkíria Barbosa.
seu resultado. Embora tenha diminuído tanciamento do exibidor em relação ao produto, ou seja, ao filme. Talvez por desconhecer as vantagens que pode ter.
Reduzir esse suposto “distanciamento” en-
tre o exibidor e o filme seria um bom começo. “Com certeza, o Cinema Nacional
poderia dobrar de importância no mercado, e todos cresceriam com isto. Esperamos
que isto ocorra nos próximos anos a partir de um maior volume de investimentos em produção”, afirma Alain Fresnot.
A principal vantagem, e até a mais óbvia, Alain Fresnot
é aumentar o rendimento da bilheteria.
to e o promove, vai ganhar mais dinheiro Outro ponto positivo é que o público
tende a estabelecer uma relação profunda
com os filmes nacionais bem sucedidos. “É uma questão de identificação cultu-
ral. O exibidor que aposta e promove os filmes nacionais com chances de sucesso também acaba por criar um elo mais
profundo com o seu público”, argumenta Bruno Wainer, da Downtown.
Para Mariza Leão a maior vantagem para o exibidor é que ele estará mais fortale-
cido e ligado à indústria nacional, tendo assim mais fôlego para crescer.
O que já é bom pode ser melhor Os números não deixam dúvidas, houve um crescimento na produção nacional, mas nem sempre a bilheteria acompanha essa evolução. A pergunta que não quer calar é: Se as produções estão aumentando e a qualidade também, o que falta para convencer o público a prestigiar mais o cinema nacional? Como esta reportagem diz, parte da resposta pode estar no envolvimento do próprio exibidor com as produções e com a divulgação dos filmes. Outro fator é a produção de longas. Segundo o produtor Diler Trindade, a cada 100 filmes produzidos anualmente, somente 10 são de fato competitivos. “A nossa produção ainda não tem a sistematicidade industrial que desejamos. Os ajustes no Fundo Setorial do Audiovisual e a nova Lei 12.485 devem atender a esta necessidade, pois a falta de recursos em fluxo contínuo é a responsável direta pelo problema”, explica. Alain Fresnot aponta que isso acontece porque o Cinema Brasileiro tem um “market share” muito pequeno ainda, tornando o lançamento nacional uma exceção no line up das distribuidoras, com algumas ressalvas, é claro. O último filme nacional produzido por ele foi o documentário “Raul: O Início, o Fim e o Meio”. Para Bruno Wainer, da Downtown, não há falta de bons projetos, mas sim políticas e mecanismos de financiamento que precisam urgentemente de aperfeiçoamento e atualização.
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Além de valorizar o produto nacional, o exibidor também passa a ter mais uma opção na programação e auxilia a geração de empregos locais e crescimento do setor cinematográfico no País. Os filmes brasileiros representam para o exibidor menor dependência em relação à indústria internacional.
Distribuidoras
Ao perceber que a cinematografia precisava urgentemente de uma distribuidora local, Bruno Wainer decidiu apostar nesse caminho e criou a Downtown Filmes, dedicada 100% ao cinema nacional. Hoje, com sete anos de vida, ela já lançou mais de 40 filmes nacionais. “Talvez alguns exibidores ainda tenham dificuldade em nos classificar, pois a Downtown é uma empresa de perfil diferente, é uma distribuidora pequena que lança filmes nacionais grandes”, conta seu fundador. Outra distribuidora independente nacional é a Nossa Distribuidora, que opera como uma prestadora de serviços, ou seja, não cobra comissão de distribuição, mas é remunerada por meio de um valor fixo por filme, variando de acordo com os serviços contratados e o tamanho do lançamento. Os seus sócios consideram que a empresa será mais uma player a contribuir para a participação de mercado dos filmes brasileiros. “Estamos apostando num modelo diferente do usual, mas que já é muito conhecido fora do Brasil”, conta um dos sócios, Marco Aurélio. O primeiro título nacional da Nossa será “Paraísos Artificiais”. (veja data de estreia na Agenda, pg. 48)
Como melhorar este tripé?
O produtor, o distribuidor e o exibidor devem procurar uma aproximação cons-
tante, caminhar juntos e ter a mesma linguagem, em benefício do cinema nacional e de todos os seus agentes.
@divulgação
De acordo com Mariza Leão, da Morena Filmes, não há uma estratégia já definida para incentivar o exibidor, mas há muito trabalho e envolvimento. “Hoje trabalhamos com pesquisas que antecipam o target do filme, qual faixa etária e social ele atinge melhor e etc. É assim que desenvolvemos o marketing do filme com mais precisão”. Por outro lado, por vezes este relacionamento fica comprometido por conta do próprio produtor, que procura o exibidor apenas quando há os lançamentos e em outros períodos se distancia. “Talvez os produtores sempre tenham deixado esse trabalho de aproximação somente na mão das distribuidoras”, posiciona Diler Trindade. “Depende do exibidor, tem alguns que são muito envolvidos com o produto em si e outros menos, tudo isso é uma questão de tempo, de cultura. Depende do produtor criar essa parceria”, comenta Walkíria Barbosa. A escolha da distribuidora é outro fator decisivo para obter sucesso no filme. Embora as majors tenham maior poder de negociação, as independentes, muitas vezes, encontram caminhos mais assertivos. O importante é encontrar a distribuidora mais apropriada ao filme pensado. Para as produtoras é interessante colaborar neste esforço, é o que diz Fresnot.
Diler Trindade “As produtoras precisam conhecer bem o circuito para poder contribuir na estratégia de lançamento dos filmes, tendo um diálogo construtivo com os exibidores. Mas esta é uma via de mão dupla e os exibidores tem sua contribuição a dar em benefício de uma maior exposição de nossos filmes”. A parceria e a relação entre produção, distribuição e exibição estão longe de acabar. Cada qual deve se empenhar ao máximo para fazer dessa parceria, algo duradouro que preze sempre pelo sucesso do setor como um todo. “Eu acho que nós vivemos um bom momento na indústria, mas para evoluir é necessário que o tripé caminhe sempre junto. Nós não somos inimigos, ao contrário, somos sócios e parceiros e como tal nós precisamos lutar juntos pelos nossos interesses”, encerra Walkíria Barbosa.
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Legislação
Lei “do bem” para o Cinema é aprovada Por: Marcos Alberto Sant Anna Bitelli
A nova lei que visa incentivar salas de cinema brasileiras é aprovada com um provável aumento de cota de tela para filmes brasileiros
O
Congresso Nacional finalmente aprovou a Medida Provisória nº 545-A de 2011 (MPV 545), objeto do Projeto
O PCPV compreende: I – linhas de crédito e
novamente, de carona numa norma que trata
Cidade. A novidade surgida no Congresso foi a
de Lei de Conversão nº 3 de 2012, que trouxe de diversos assuntos, o “Programa Cinema
Perto de Você” (PCPV ), destinado à ampliação, diversificação e descentralização do mer-
cado de salas de exibição cinematográfica no Brasil, com objetivos declarados de: fortale-
cer o segmento de exibição cinematográfica, apoiando a expansão do parque exibidor, suas empresas e sua atualização tecnológica; faci-
investimento para implantação de complexos de
exibição; II – medidas tributárias de estímulo
à expansão e à modernização do parque exi-
bidor de cinema; e III – o Projeto Cinema da inserção de um novo parágrafo único ao artigo 10 que não existia na MPV 545 que diz: “Nas
salas cinematográficas atendidas pelo Programa
Cinema Perto de Você, deverá ser priorizada a exibição de filmes nacionais.” É sabido que as sa-
las de cinema já tem cota de tela para exibição da produção de obras audiovisuais cinematográficas
brasileiros adicionais, se assim for deliberado em regulamentação da nova Lei.
É ainda criado dentro do PCPV o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica – RECINE, bem como as isenções e reduções
de alíquotas previstas para o caso de venda no mercado interno ou de importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos
novos para incorporação no ativo imobilizado e utilização em complexos de exibição ou cinemas itinerantes.
independentes. Com esse novo parágrafo, tendo
Também contam materiais para sua construção,
cinemas que fizerem uso do PCPV tenham de
tribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição
em vista a existência de cotas, é provável que os
com a suspensa da exigência de: I – da Con-
priorizar os filmes brasileiros.
para o Financiamento da Seguridade Social
frequentadores de salas de cinema, com aten-
A Lei, contudo, não diz o que é “priorizar”
soa jurídica vendedora, quando a aquisição for
ingressos; e descentralizar o parque exibidor,
como sendo apenas obra brasileira indepen-
tros regionais consumidores de cinema.
uma revisão ou de uma regulamentação. Re-
Esta é a segunda criação do PCPV. Da pri-
dencial. Não há delegação na norma para que
litar o acesso da população às obras audiovisuais por meio da abertura de salas em cidades de porte médio e bairros populares das
grandes cidades; ampliar o estrato social dos ção para políticas de redução de pre-ços dos
e também não identifica o “filme nacional”
procurando induzir a formação de novos cen-
dente. É razoável dizer que a lei necessita de
meira, a MPV original não foi votada e caducou em 2010. Agora é para valer e a regra
entrará em vigor com a sanção da Presidente da República. A MPV 545 na parte que interessa ao cinema sofreu pequenas alterações
na votação no Congresso. A primeira delas foi a remoção de uma parte inconveniente que
ampliava novamente os poderes da ANCI-
gulamentação teria que ser por Decreto presia ANCINE regule esses conceitos do progra-
ma. Qual será o significado do termo “priorizar”? Seria uma cota adicional? Quem fixará
essa cota? Note-se que a cota regular é fixada anualmente por Decreto presidencial, no final do ano que antecede o seguinte a exercício no qual a cota será exigida.
NE. Foi excluído o inciso XXII que permitia à
Mais grave ainda quando se vê que o parágra-
das obras audiovisuais, regulando as relações
as vertentes do PCPV, inclusive aos cinemas
ANCINE “zelar pela distribuição equilibrada de comercialização entre os agentes econômicos e combatendo as práticas comerciais
abusivas;”. Tratava-se de uma competência regulatória absurda que permitia à agência se
imiscuir nos acordos contratuais privados do setor do audiovisual.
fo único do artigo 10 pode se aplicar a todas
– COFINS incidentes sobre a receita da pesefetuada por pessoa jurídica beneficiária do Recine; II – da Contribuição para o PIS/Pasep-
-Importação e da Cofins–Importação, quando a importação for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do Recine; III – do Imposto sobre
Produtos Industrializados – IPI incidente na saída do estabelecimento industrial ou equipa-
rado, quando a aquisição no mercado interno for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do
Recine; IV – do IPI incidente no desembaraço aduaneiro, quando a importação for efetua-
da por pessoa jurídica beneficiária do Recine; e V – do Imposto de Importação, quando os
referidos bens ou materiais de construção, sem similar nacional, forem importados por pessoa jurídica beneficiária do Recine.
que apenas se utilizarem do benefício fiscal de
A conclusão que se tem é que continua muito
pamentos para a digitalização. Deste modo,
do Estado para o crescimento orgânico do par-
redução do imposto para importação de equidigitalizar com o uso do benefício da redução
do imposto, pode significar um ônus para o exibidor, que terá que carregar cotas de filmes
difícil para o exibidor contar com o incentivo que de exibição, sem alguns percalços e comple-
xidades. A mão que balança o berço é a mesma que bate, e, neste caso, mais nos pequenos.
Marcos Alberto Sant Anna Bitelli | marcos.bitelli@bitelli.com.br Mestre em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entretenimento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.
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Projeção Digital
36 | Exibidor, abril/2012
VPF: Rumo à
digitalização do parque exibidor Por: Natalí Alencar
Reuniões realizadas e caminhos traçados. Agora só falta sair do papel
U
m relatório divulgado recentemente pela MPAA (Motion Picture Association of America) divulgou que apenas 21% das salas de cinema na América Latina são digitais, uma desvantagem absurda em relação aos EUA e Canadá, que já contam com 65% das salas neste formato.
Segundo pesquisa da Revista Exibidor junto às distribuidoras, apenas 25% das salas de cinema brasileiras operam com projetores digitais. Destas, 95% passou pelo processo de modernização devido à exibição tridimensional. Diante de um cenário bem promissor com o 3D e outros eventos que podem ser realizados com a conversão digital, os exibidores se veem em uma situação complicada. O mercado exige a modernização, mas os custos são altos, principalmente devido aos impostos de importação e o retorno do valor investido é lento. Todo esse contexto aparentemente negativo pode ser positivado nos próximos anos com a chegada do VPF (Virtual Print Fee). Uma modalidade de financiamento que irá transferir boa parte do custo da digitalização para os distribuidores, principais beneficiados, já que os custos com cópias, logística e transporte serão reduzidos drasticamente. O mecanismo prevê a amortização em função da bilheteria.
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Projeção Digital
Duas empresas se destacam ao oferecer possibilidades de acordo para facilitar o financiamento e permitir o acesso do exibidor ao crédito de maneira menos burocrática. São elas a Arts Alliance e a Beyond All. Elas são denominadas agentes integradoras, ou seja, responsáveis por fazer a negociação entre distribuidores, exibidores e instituições financeiras. De acordo com a ANCINE (Agência Nacional do Cinema), esses agentes terão acesso a uma nova linha de crédito do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), que será aberta ainda neste primeiro semestre de 2012 e prevê em uma primeira etapa a conversão de até 750 salas. Em 23 de março último, os exibidores tiveram mais uma conquista com a sanção, pela presidente Dilma Roussef, da Lei 12.599/2012 que institui o Programa Cinema Perto de Você e o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica – RECINE. Com isto, está previsto a suspensão da cobrança dos tributos federais sobre os investimentos na modernização das salas de cinema. A ANCINE afirmou que o RECINE pode reduzir em 30% estes custos.
“Com o cenário atual eu diria que estamos caminhando para um desfecho positivo, pois recentemente um importante passo foi dado com a aprovação pelo Senado da redução de impostos federais que possibilitará a digitalização do parque exibidor e o próprio VPF. Esta redução ajudará os exibidores também nas futuras expansões que teoricamente estariam fora do modelo de VPF”, enfatiza o CEO da integradora de serviços Centauro, Luis Ciocler. Os incentivos por parte do governo serão importantíssimos para a cinematografia, mas somente eles não dão conta de digitalizar todos os cinemas, por isso que os acordos de VPF são tão importantes para o setor e o exibidor deve acompanhar de perto esta discussão. “O VPF é um contrato de acordo de recebível futuro garantido. Ou seja, é um recebível que o estúdio concorda em pagar desde que se use o projetor digital”, afirma Fábio Lima, da Mobz, especialista no assunto e representante da Arts Alliance no Brasil. Ciocler, da Centauro, explica que a gestão do VPF será feita pelo agente integrador que será a figura central deste modelo de negócios. Ele será responsável pelo acolhimento dos créditos oriundos dos estúdios,
pelos pagamentos que deverão ser feitos ao banco credor e aos fornecedores. Além disto, também terá um papel fiscalizador, já que terá que monitorar as salas convertidas de forma a assegurar que elas estejam operacionais e em caso de parada que um plano de ação tenha sido deflagrado pelas empresas responsáveis pela manutenção. Vale ressaltar que o agente integrador se diferencia das empresas integradoras de equipamentos como a Centauro, Cinevise, Kelonik e Telem. Lima comenta que o mais difícil não é o acordo de VPF, mas sim as condições do financiamento e as suas regras. E é isso que o exibidor deve ponderar no momento de optar pelo agente integrador. “O que determina o sucesso da negociação são os contratos que fazem sentido para o banco, ou seja, ter o financiamento, a implantação dentro do prazo determinado pelo contrato, gestão do funcionamento da rede e o pagamento da divida aos bancos dentro do que prevê o contrato” acrescenta ele. O VPF é baseado no pagamento de um valor pré-acordado, toda vez que um filme é programado para ser lançado e consequentemente exibido. “Vale lem-
O que o exibidor precisa saber •
Duas empresas se destacam na corrida pela assinatura dos acordos de VPF: Arts Alliance e Beyond All.
•
O acordo de VPF não é uma carta-branca ou uma garantia, é apenas um recebível futuro que dará ao exibidor credibilidade para quitar o custo da digitalização que será repassado às distribuidoras.
•
Tudo o que for referente a digitalização das salas é financiável, menos os serviços de manutenção e monitoramento.
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brar que um acordo de VPF não é uma ‘receita de bolo’ que pode ser replicada ipisis litteris. Serão sempre levadas em consideração as peculiaridades de cada mercado, e desta forma valores, prazos e outras condições variam de país para país, de contrato para contrato”, explica Tieres Tavares, CEO da Beyound All. Estão inclusos no acordo todos os equipamentos necessários para a digitalização da sala, excluindo apenas custos de manutenção e monitoramento dos equipamentos instalados. As vantagens do VPF para o exibidor são muitas, além de poder digitalizar suas salas e aproveitar todo o diferencial que elas oferecem em termos de possibilidades de utilização da sala de cinema, ele terá a conta paga por esse investimento dividida com os distribuidores. Outro ponto positivo é que o acordo inclui não só a digitalização das próximas salas, mas também as salas que já foram digitalizadas, ou seja quem já investiu poderá ter algum retorno. Com o acordo aprovado, a marca dos equipamentos será escolhida em conjunto, exibidor e integrador. Tavares, da Beyond All, diz que quanto à escolha das marcas de projetores disponíveis no mercado, às mesmas podem ser divididas em duas tecnologias: as que usam a patente do DLP da Texas Instruments - Barco, Cinemeccanica, Christie, Kinoton e NEC - e a que usa patente própria SXRD – Sony. “O exibidor no Brasil poderá escolher qualquer uma das tecnologias ou marcas quando participante de um acordo de VPF. A preferência por uma determinada marca e/ou tecnologia dar-se-á basicamente em função de: custo, modelo de negócio e suporte do fabricante”, afirma o executivo. Alguns exibidores estão otimistas e esperam bons frutos das negociações, independente de quem seja a empresa escolhida
como agente. “Acreditamos que até o meio do ano estaremos assinando os contratos, e que ainda este ano comece o rollout dos projetores. Acredito que em médio prazo o volume de títulos tende a aumentar, o que beneficiará todo o mercado. E também os conteúdos alternativos passam efetivamente a ser uma nova fonte de receitas”, prevê Marcos Barros, diretor da exibidora Cinesystem.
operacionais as salas já convertidas, e isto
Um dos pontos que também chama a atenção e deve ser levado em consideração é a velocidade com que as salas precisam ser convertidas e como as empresas integradoras de equipamentos estarão preparadas para atender a demanda. “O que muitos não estão levando em conta é o fato de termos que fazer a conversão para o digital de uma forma extremamente rápida e ao mesmo tempo manter
sas Exibidoras) sobre a assinatura de uma
se traduz na necessidade de um maior número de técnicos capacitados a realizar procedimentos de manutenção preventiva obrigatórios e corretivos”, orienta Luis Ciocler, da Centauro.
Recentemente foi enviada para a imprensa, inclusive até foi publicada na última edição da Revista Exibidor, uma notícia da FENEEC (Federação Nacional das Empre-
carta de intenções entre 17 exibidores e a Beyond All. Para muitos a divulgação foi
condenada, pois sugeria que um parceiro já havia sido encontrado. No entanto, a negociação com os exibidores continua.
Em breve os acordos serão apresentados na íntegra e o exibidor poderá optar pelo modelo que julgar mais conveniente.
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Panorama
Cinema e Público Por: Carla Sobrosa
C
omo um empresário que oferece serviços no mercado, cobra um valor por eles e disto depende para sua sobrevivência, o exibidor precisa estar atento a todas as práticas que podem maximizar seu lucro. Pode, por exemplo, aumentar o preço nos horários de maior procura, buscar descontos com fornecedores da bombonière ou negociar uma melhor renda na divisão com o distribuidor, entre outras estratégias que servem para qualquer empreendimento. Entre elas, pode buscar aumentar seu público. Isto, na teoria, é simples e óbvio. Mas enquanto uns fazem publicidade, buscam parcerias e procuram utilizar ferramentas de marketing, outros acreditam que com um lançamento na programação ou a ausência de concorrentes conseguirão alcançar os espectadores possíveis.
de ingressos vendidos, de acordo com dados da Embrafilme divulgados pelo Filme B, foi de 138 milhões.
milhões de ingressos, menor do que o
Cifras excelentes, e a prova de que cinema continua sendo um bom negócio é o número de aberturas a cada ano, normalmente atreladas à inauguração dos shopping-centers, onde já se localizam 85% das salas existentes ao final de 2011, ainda segundo a ANCINE. Será que já podemos falar num limite? Estamos próximos de alcançá-lo? Se for possível aumentar o número de espectadores, como isto deve ser feito? Como atrair o consumidor que já não vai mais ao cinema e aquele que nunca foi? E como estimular quem já vai, a ir com mais frequência? Estas são questões com as quais os exibidores deveriam debater todos os dias.
Em 2010 tivemos uma única semana em
É fato que o público, hoje, é menor do que nos áureos tempos da década de 70. No entanto, depois de uma década e meia de queda vertiginosa no número de salas (de 2244 em 1981 para 1075 em 1997), vivemos uma recuperação que não dá mostras de arrefecer. Encerramos o ano de 2011, de acordo com dados da ANCINE, com 2352 salas comerciais. Estes cinemas venderam mais de 143 milhões de ingressos para os mais de 550 filmes exibidos, e renderam R$1,4 bilhão em bilheteria bruta. Um recorde de mais de 30 anos: em 1981, o maior público dos últimos 30 anos, o número
O público semanal no Brasil, desde que passou a ser divulgado pela ANCINE (setembro de 2008), tem variado entre 1 milhão e meio a 2 milhões, em semanas ‘normais’, e 4 milhões, em casos excepcionais, como em períodos de férias com grandes lançamentos. Se estes 4 milhões fossem ao cinema todas as semanas, teríamos ao longo de um ano inteiro 208 milhões de ingressos. Mas se os 4 milhões são atingidos apenas durante as férias, não dá para fazer esta conta, certo? Estaríamos falando de 40 milhões em dez semanas, e mais 2 milhões nas outras 42. Chegaríamos ao teto de 124
Neste sentido, esta é uma das estratégias
alcançado nos últimos anos. O que indica que a conta não é esta.
que o público superou os 5 milhões de ingressos. Talvez o leitor se lembre. Foi a segunda semana do mês de outubro, e
o responsável por mais da metade deste
público foi o nacional Tropa de Elite 2, em sua semana de lançamento. O que demonstra que alcançar um público alto fora das férias é possível.
A experiência de Tropa 2 pode ser
muito útil especialmente para outros filmes nacionais, que não precisam se enquadrar dentro das rígidas datas de
lançamento mundiais de filmes norte-americanos, e podem encontrar outras
fórmulas para alcançar espectadores. que o exibidor pode seguir: auxiliar, com
sua experiência, o produtor e o distribuidor de filme brasileiro.
Na próxima edição, vamos apresentar
alguns conceitos e ideias que pesquisadores de marketing e consumo cultural
trazem e podem ser bastante úteis para o exibidor, bem como ferramentas que
ele pode utilizar para aumentar o seu público. E você, quais estratégias uti-
liza para aumentar seu público? Como chegou até elas? Envie suas experiências para a Revista.
Carla Sobrosa | csobrosa@yahoo.com.br Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual, coordenadora de acompanhamento dos mercados de cinema e vídeo doméstico da ANCINE, mestre em Comunicação pela UFF-RJ e professora. Sua dissertação de mestrado teve como tema o consumo de cinema no Brasil após a entrada dos multiplexes estrangeiros, na década de 90. O artigo é uma dissertação pessoal e não representa a opinião da ANCINE.
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Marketing
Sua
marca é você Por Raphael Grizilli
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Projeto, logotipo e identidade visual. Tudo se descomplica quando o objetivo é apenas se comunicar com o cliente
A
importância em se ter uma marca forte e expressiva no mercado, aliada a uma identidade visual coerente, é reconhecida entre os setores de marketing de qualquer empresa. Para tal, um design gráfico bem desenvolvido é essencial. O Brasil possui empresas e profissionais especializados em branding (processo de criação e manutenção de marca e sua identidade visual). Sendo esses os responsáveis por criar, aplicar e, em alguns casos, gerir a marca de seus clientes. Atualmente, o consumidor é bombardeado por milhares de impactos visuais em nosso dia a dia, isso reflete diretamente em como cada símbolo gráfico é transmitido para seu cliente (target). Um logotipo pensado e elaborado a partir de um projeto rigoroso e objetivo, geralmente resulta em uma marca simples na sua forma, porém assertiva aos seus propósitos. Temos como um exemplo em evidência a famosa maçã da americana Apple. Criado pelo designer Rob Janoff, sua forma simples e minimalista é resultado de um projeto altamente complexo baseado em um estudo de proporções matemáticas chamado Proporção Áurea (a mesma utilizada pelos egípcios para a construção das pirâmides) que, podemos dizer, chega próximo à perfeição.
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Marketing 8
8 13 8 8 13
2
3
2
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1
5
8
1
Na ponta da língua
5
5 8
famosa maçã da Apple criada pelo designer Rob Janoff
Uma empresa preocupada com sua imagem procura aplicar seus ideais em tudo que envolva seu nome. A identidade vi-
sual, como o próprio nome já diz, traduz a identidade e conceitos como visão e valores da marca e seus responsáveis para além de um timbre ou de um cartão de visita. É vista desde a assinatura de e-
-mail a placas de sinalização e arquite-
tura de seus prédios. No caso das salas
de cinema, podemos encontrar sua iden-
tidade visual em embalagens de pipoca, uniformes dos funcionários e até nos
carpetes de seus complexos. Isso pode ser percebido pelo seu público de forma consciente ou inconsciente.
Em resumo, temos os seguintes elemen-
tos básicos que compõem uma marca e o
que conhecemos por identidade visual: o
processo da marca, que envolve conceito, análise, projeto, aplicação e gerenciamen-
to; e também a identidade corporativa
que engloba logotipo, símbolo gráfico, grafismos, paleta de cores, tipografia, si-
nalização, comunicação ambiental, uniforme, entre outros. A participação da empresa na elaboração da marca e identidade é vital. Mas, para isso, é necessário que os gostos pessoais sejam deixados de lado e a ciência por traz do processo seja entendida. Para tanto, saber ouvir o profissional contratado para o serviço é de extrema importância. Isso não significa que, por exemplo, se você discorda totalmente de que a cor azul é a mais adequada, ele irá aplicá-la em seu logotipo. É importante ter em mente argumentos sólidos que sustentem sua opção pelo vermelho e não o azul. O papel da empresa é, e sempre será, passar da maneira mais clara para quê a empresa veio e para onde pretende projetá-la. Por outro lado, o papel do profissional de design é aplicar seus conhecimentos para atender os objetivos da empresa. Não menos importante do que a criação de uma marca, é saber a hora de mudá-la. Conceitos e filosofias podem facilmen-
antes
depois
Comparativo do antes e depois da mudança nos logotipos das exibidoras Centerplex e Kinoplex respectivamente
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te mudar dependendo dos rumos que a empresa toma. Casos onde a mudança da marca é amplamente ligada à mudança de gestão da empresa são comuns. Porém, não sustentam e, algumas vezes, colocam em risco a imagem criada ao longo das gestões anteriores.
@divulgação
A Centerplex Cinemas, por exemplo, mudou sua identidade visual em razão da comemoração de seus 30 anos, porém não foi só este motivo que culminou na mudança. A expansão da empresa e o crescimento e amadurecimento dos seus profissionais contribuíram decisivamente para que a mudança fosse feita. Todo o processo de criação da nova marca teve participação do fundador da empresa, Sr. Eli Jorge Lins de Lima, do diretor geral, Marcio Eli, junto ao departamento de marketing e a agência de propaganda que os atende há quase dois anos. Todos os elementos foram discutidos, a manutenção das cores, a nova tipografia, o formato e a aplicação. “Quando a marca não reflete o momento, o posicionamento e a cultura da empresa, ela fica sem credibilidade, com uma oposição de identidade x marca que não traz benefício algum. Atualizar a identidade não é algo necessário, ou que precise ser feita de tempo em tempo, mas vai do caminho que a empresa está seguindo”, comenta Anna Elisa Comninos, coordenadora de marketing da exibidora Centerplex Cinemas. No caso do Grupo Severiano Ribeiro, a alteração da identidade visual foi consequência de uma mudança muito maior que está sendo realizada nos cinemas, com complexos mais modernos e “clean”. “Até 2017, ano de nosso centenário, todos os nossos cinemas estarão 100% dentro do conceito Kinoplex, que contempla tecnologia de última geração, mais conforto para nossos clientes, atendimento de excelência e maior oferta de serviços.
@divulgação
Cineart: Manteve o logotipo, porém modernizou a identidade visual de seus ambientes Todos os cinemas Severiano Ribeiro estão migrando para esse conceito, o que prevê também uma mudança na programação visual, que precisa traduzir esse upgrade na qualidade de nossos cinemas como um todo”, acrescenta Patricia Cotta, Gerente de Marketing do Grupo. Como se pode ver, essa mudança não é rápida. No caso da Centerplex, a previsão para substituição total da identidade antiga pela nova começou antes do aniversário de 30 anos e segue até o final deste ano. A identidade visual é decisiva para tudo o que vai entrar em comunicação com o cliente. A Cineart, por exemplo, embora não tenha tido uma mudança no logo ou na marca, teve uma reformulação de seus complexos, bombonières e comunicação interna. “Aproveitamos o lançamento de novos complexos em 2011 e 2012, para iniciar um estudo da nova identidade visual Cineart. Para isso fizemos uma pesquisa de campo para entender o que o cliente gostaria de ver e sentir quando entrasse no cinema. Além disso, estudamos materiais de impacto que fossem também resistentes para o grande fluxo no cinema e a partir deste estudo definimos os principais retornos que gostaríamos de ter com a nova identidade visual e formatamos o novo projeto em cima dos itens levantados”, conta Marina Rossi, gerente de marketing da exibidora. É preciso ficar atento antes e depois da mudança, se trouxe bons resultados e benefícios e se está refletindo o novo posicionamento da empresa. “Estamos inseridos em um ambiente globalizado, no qual novas ideias e produtos surgem a cada segundo e devemos entender para aplicá-las com fundamento ao nosso negócio. Partimos da ideia de que tudo é uma constante evolução, e por isso temos que propor novas soluções, produtos e serviços full time, adequando inovação x investimento x criatividade”, finaliza Marina, da Cineart.
12 razões para mudar sua marca Carlos Perrone, coordenador dos cursos de pós-graduação em design gráfico e design de interiores da FAAP e sócio-diretor da empresa de branding DesenhoLógico, recomenda a mudança no design de uma marca e/ou em sua identidade como um todo para os seguintes casos: 1. Quando acontece uma modificação na estrutura da empresa ou da holding à qual ela é ligada. 2. Na ampliação ou restrição de seu campo de atuação. 3. No reposicionamento no mercado ou na busca de novos mercados. 4. No enfrentamento de novos concorrentes ou de antigos concorrentes que estão renovando suas imagens. 5. Quando a marca perde visibilidade. 6. Se estão enfrentando problemas de aplicação devido à diversidade de uso ou a existência de novos produtos. 7. Quando se faz necessário adaptá-la a novas mídias. 8. Se não funciona bem em comunicação visual ambiental. 9. Caso não resiste quando da convivência com outras marcas. 10. Aparenta ser datada. 11. Quando a própria empresa começa a restringir seu uso. 12. Quando a marca ficou menor que a empresa.
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Leia também a revista Exibidor no seu iPad®. Basta o sistema operacional de seu aparelho ser iOS 4.2 ou superior. Veja abaixo o passo a passo de como baixar a revista gratuitamente. Acessando o site www.exibidor.com.br através de seu iPad®, basta clicar na capa da revista ou nos links das edições anteriores no menu, ao visualizar a revista, no canto superior direito da tela irá aparecer automaticamente “Abrir no iBooks” ou em inglês “Open in iBooks”. O iBooks abrirá e conseguirá visualizar a edição selecionada da revista. Ao utilizar o iBooks para abrir a revista, será armazenado automaticamente uma cópia da revista Exibidor em sua prateleira de livros.
É muito simples e prático. Saiba mais em: www.exibidor.com.br/ipad
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Agenda de Lançamentos
Filme
04/05/2012
Phil Lord, Chris Miller
Jonah Hill, Channing Tatum, Johnny Depp, Brie Larson, Dave Franco, Rob Riggle, DeRay Davis, Ice Cube, Dax Flame, Chris Parnell, Ellie Kemper
SONY
Paraísos Artificiais
Marcos Prado
Luca Bianchi, Nathália Dill, Livia de Bueno, Bernardo Mello, César Cardadeiro, Divana Brandão, Cadu Fávero, Eron Cordeiro, Sacha Bali, Roney Villela, Juliana Guimarães
NOSSA
Scott Hicks
Zac Efron, Taylor Schilling, Blythe Danner, Jay R. Ferguson, Riley Thomas Stewart, Joe Chrest, Adam LeFevre, Jillian Batherson
WARNER
Massy Tadjedin
Sam Worthington, Keira Knightley, Eva Mendes, Guillaume Canet, Griffin Dunne, Daniel Eric Gold, Scott Adsit
VINNY
Peter Berg
Alexander Skarsgård, Liam Neeson, Brooklyn Decker, Taylor Kitsch, Josh Pence, Rihanna, Jesse Plemons, Peter MacNicol
UNIVERSAL
John Madden
Bill Nighy, Maggie Smith, Tom Wilkinson, Judi Dench, Dev Patel
FOX
Peter Lord
Vozes de: Hugh Grant, Adewale AkinnuoyeAgbaje, Martin Freeman, Salma Hayek, Jeremy Piven, Brendan Gleeson, Russell Tovey
SONY
Kirk Jones
Anna Kendrick, Cameron Diaz, Elizabeth Banks, Jennifer Lopez, Dennis Quaid, Brooklyn Decker, Chace Crawford, Joe Manganiello, Megan Mullally
David Foenkinos, Stéphane Foenkinos
Audrey Tautou, Audrey Fleurot, François Damiens
CALIFORNIA
Lisa Azuelos
Miley Cyrus, Ashley Greene, Demi Moore, Adam G. Sevani, Douglas Booth, Gina Gershon, Austin Nichols, Thomas Jane, Fisher Stevens, Jay Hernandez, Jean-Luc Bilodeau
IMAGEM
Barry Sonnenfeld
Will Smith, Tommy Lee Jones, Jemaine Clement, Josh Brolin, Sacha Baron Cohen
SONY
Gregg Araki
Thomas Dekker, Haley Bennett, Chris Zylka
VINNY
Woody Allen
Jesse Eisenberg, Ellen Page, Woody Allen, Penélope Cruz, Alec Baldwin, Alison Pill, Greta Gerwig, Roberto Benigni
PARIS
Friends With Kids
Jennifer Westfeldt
Kristen Wiig, Megan Fox, Maya Rudolph, Edward Burns, Chris O´Dowd, Jon Hamm, Adam Scott, Jennifer Westfeldt
PARIS
Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman)
Rupert Sanders
Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Ian McShane, Nick Frost, Toby Jones, Ray Winstone, Dave Legeno
UNIVERSAL
Madagascar 3: Os Procurados
Eric Darnell
Vozes de: Ben Stiller, David Schwimmer, Frances McDormand, Sherri Shepherd, Chris Rock, Jada Pinkett Smith, Martin Short
PARAMOUNT
Michael Sucsy
Rachel McAdams, Channing Tatum, Jessica Lange, Scott Speedman, Sam Neil, Lucas Bryant, Tatiana Maslany, Dillon Casey, Kristina Pesic, Rachel Skarsten
SONY
Takashi Miike
Kôji Yakusho, Takayuki Yamada, Yûsuke Iseva
VINNY
Apenas uma Noite (The Last Night)
Battleship: A Batalha dos Mares (Battleship)
O Exótico Hotel Marigold (Best Exotic Marigold Hote)
Piratas Pirados!
(The Pirates! Band of Misfits)
O que Esperar Quando Você Está Esperando (What to Expect When You´re Expecting)
25/05/2012
A Delicateza do amor (La Delicatesse)
Lola (Lol)
Homens de Preto 3 (Men in Black 3)
01/06/2012
Kaboom
(Ainda Sem Título em Português)
Nero Fiddled
(Ainda Sem Título em Português)
(Ainda Sem Título em Português)
07/06/2012
(Madagascar 3)
Para Sempre (The Vow)
15/06/2012
13 Assassinos
(Thirteen Assassins)
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Distribuidora
(21 Jump Street)
(The Lucky One)
18/05/2012
Elenco
Anjos da Lei
Um Homem de Sorte
11/05/2012
Direção
UNIVERSAL
Filme
Prometheus
Direção
Elenco
Distribuidora
Ridley Scott
Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron, Sean Harris
FOX
Felipe Joffily
Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira, Emílio Orciollo Netto
PARIS
Tim Burton
Johnny Depp, Eva Green, Michelle Pfeiffer, Jonny Lee Miller, Chloë Grace Moretz, Gulliver McGrath, Helena Bonham Carter, Jackie Earle Haley, Bella Heathcote
WARNER
Steve Martino, Mike Thurmeier
Vozes de: Ray Romano, Karen Disher, Queen Latifah, Jennette McCurdy, John Leguizamo, Denis Leary, Chris Wedge
FOX
Paolo Sorrentino
Sean Penn, Frances McDormand, Judd Hirsch, Eve Hewson
IMAGEM
Ruba Nadda
Patricia Clarkson, Alexander Siddig, Elena Anaya
VINNY
Marc Webb
Andrew Garfield, Emma Stone, Martin Sheen, Rhys Ifans, Sally Field, C. Thomas Howell, Irrfan Khan, Denis Leary, Julianne Nicholson, Campbell Scott, Chris Zylka, Annie Parisse, Miles Elliot, Charlie DePew, Leif Gantvoort
SONY
Larry Charles
Megan Fox, Anna Faris, Sacha Baron Cohen, John C. Reilly, Ben Kingsley, B.J. Novak, Kevin Corrigan, J.B. Smoove, Aasif Mandvi
PARAMOUNT
Conspiração Americana
Robert Redford
Robin Wright, James McAvoy, Evan Rachel Wood, Alexis Bledel, Justin Long, Tom Wilkinson, Norman Reedus, Kevin Kline, Toby Kebbell, Danny Huston
IMAGEM
Valente
Brenda Chapman
Vozes de: Kelly Macdonald, Emma Thompson, Kevin McKidd, Robbie Coltrane, Julie Walters, Craig Ferguson, Billy Connolly
DISNEY
Christopher Nolan
Christian Bale, Anne Hathaway, Tom Hardy, Gary Oldman, Liam Neeson, Joseph GordonLevitt, Marion Cotillard, Juno Temple
WARNER
Timur Bekmambetov
Benjamin Walker, Dominic Cooper, Anthony Mackie, Mary Elizabeth Winstead
FOX
Len Wiseman
Kate Beckinsale, Colin Farrel, Jessica Biel, Ethan Hawke
SONY
Rosane Svartman
Laila Zaid, Nuno Leal Maia, Guilherme Berenguer
DOWNTOWN
Jon M. Chu
Channing Tatum, Bruce Willis, Dwayne Johnson
PARAMOUNT
Adam Shankman
Tom Cruise, Bryan Cranston, Julianne Hough, Malin Akerman, Alec Baldwin, Catherine Zeta-Jones, Paul Giamatti, Russell Brand, Will Forte
WARNER
Bobby Farrelly, Peter Farrelly
Chris Diamantopoulos, Sean Hayes, Sofía Vergara, Will Sasso, Jane Lynch, Jenni Farley
FOX
Tony Gilroy
Edward Norton, Jeremy Renner, Rachel Weisz, Oscar Isaac, Joan Allen, Scott Glenn, Corey Stoll, Albert Finney
UNIVERSAL
Simon West
Sylvester Stallone, Jason Statham, Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Bruce Willis, Randy Couture
IMAGEM
(Prometheus)
E aí, Comeu?
Sombras da Noite (Dark Shadows)
A Era do Gelo 4
(Ice Age: Continental Drift)
Aqui é o Lugar
(This Must Be the Place)
Meus Dias no Cairo (Cairo Time)
O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man)
O Ditador
(The Dictator)
(The Conspirator)
(Brave)
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises)
Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros (Abraham Lincoln: Vampire Hunter)
O Vingador do futuro (Total Recall)
Tainá 3 – A origem G.I. Joe 2: Retaliação (G.I. Joe 2: Retaliation)
Rock of Ages: O filme (Rock of Ages)
Os Três Patetas (The Three Stooges)
O Legado Bourne (The Bourne Legacy)
Os Mercenários 2 (The Expendables 2)
22/06/2012
29/06/2012
03/07/2012 06/07/2012
13/07/2012
20/07/2012
27/07/2012
03/08/2012
10/08/2012 17/08/2012
24/08/2012
31/08/2012
* As datas previstas de lançamento estão sujeitas à alteração
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Trajetória
Precursora do conceito Multiplex no Brasil, Cinemark completa 15 anos no país
@divulgação
O
mercado cinematográfico brasileiro pode, sem sombra de dúvida, ser dividido em AC e DC, onde “C” é Cinemark. No início dos anos 1990, a produção nacional vivia o início tímido da retomada, a distribuição estava acanhada devido a pouca oferta de salas de cinema – o maior de todos os lançamentos foi Independence Day (1995), da Fox Film, com 256 cópias – e a exibição vivia tempos difíceis, com cinemas ineficientes, em estado deplorável e de administração suicida. Foi neste cenário que a exibidora norte-americana Cinemark chegou ao Brasil. A primeira ordem era formar uma equipe com integrantes que não tinham a menor ligação com o mercado cinematográfico. Entre eles, os atuais conhecidos do mercado como Patricia Kamitsuji, Caio Meira, David Turkie e Valmir Fernandes.
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Após um ano e meio de estudos do país e treinamento da equipe, a Cinemark inaugurou seu primeiro cinema em 1997, em São José dos Campos (SP). Um complexo com 12 salas, um quadro de funcionário bastante elevado para os padrões brasileiros daquela época e todo um novo conceito de cinema para o país, o até então desconhecido termo “Multiplex”. O que se viu depois desta inauguração foi uma revolução em todas as áreas do mercado cinematográfico. Mais filmes foram lançados – hoje uma sexta-feira com três lançamentos é pouca – mais filmes nacionais foram produzidos, as distribuidoras majors aumentaram seu investimento no país e um grande número de distribuidoras independentes foi criado. Do lado técnico, som digital, salas stadium, telas gigantes, poltronas reclináveis e até mesmo ar-condicionado, tornaram-se padrão para qualquer cinema brasileiro.
Em dezembro de 2006 a rede inaugurou a primeira sala de cinema em 3D da América do Sul no padrão DCI. A tecnologia foi instalada no Shopping Eldorado, em São Paulo (SP). O conceito VIP também foi trazido pela empresa dois anos depois no complexo do Shopping Cidade Jardim, também na capital paulista. Hoje, 15 anos depois, ninguém do mercado se assusta ao ver um complexo de oito salas, som e projeção digitais, bilheterias e entradas unificadas, um lançamento em mais de 700 salas ou um filme nacional vender mais de um milhão de ingressos. Com 469 salas em 58 complexos distribuídos em 31 cidades brasileiras, a Cinemark prevê continuar esse processo de expansão. Somente em 2011, passaram pelas suas salas cerca de 40 milhões de espectadores. “Pretendemos oferecer para mais pessoas a oportunidade de assistir a filmes com mais conforto e qualidade”, conclui o presidente da rede, Marcelo Bertini.
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CONDIÇÕES
ESPECIAIS PARA O MERCADO CINEMATOGRÁFICO