Ano II – nº 08, janeiro/2013
www . exibidor . com . br
Guia ajuda com orientações sobre atendimento, projeção, limpeza e acessórios
Entrevista
Fernando Meirelles discute a exibição
Marketing
Promova o cinema assim como o filme
Prêmio ED
Os grandes destaques de 2012
IMAX® 3D é m arc a re gist rada da IMAX Co rpo rat io n .
DISNEY.COM.BR /WaltDisneyStudios Para materiais de nossos filmes acesse: www.disneyexibidor.com.br
08 DE MAR ÇO EM
,
E
©2012 D isn e y
NOS CINEMAS
editorial
Crescendo graças a você E
chegamos ao fim de mais um ciclo anual da Revista Exibidor. Agora são 8 edições entregues ao exibidor com muito prazer, obrigado!
Chegar a esta pequena marca é uma grande conquista para toda a equipe Tonks, que desenvolveu esta ideia no final do ano de 2010, se tornou realidade e viu nestes dois últimos anos a revista tomar forma e ser respeitada e tão desejada por exibidores de todo o Brasil a cada três meses. Novas edições virão, mas não ficaremos nesta receita para sempre. E é por isso que anunciamos oficialmente nesta edição o lançamento do Portal Exibidor (www.exibidor.com.br), desenvolvido e criado para dar mais dinamismo a toda à equipe jornalística da revista. Após dois anos nesta área, percebemos o quão doloroso é abrir mão de muitas novidades e informações por motivos de espaço ou até mesmo de tempo. Também apresentamos nossos mais novos cola boradores do corpo jornalístico da revista: Cibele Gandolpho, Janaina Pereira e Paulo Fernando. Estes se juntam à Natalí Alencar, que junto comigo, desenvolvemos a ideia desta revista dois anos atrás. Posto isso, a edição de número 8 chega a suas mãos começando com uma entrevista exclusiva do diretor brasileiro Fernando Meirelles que comenta suas opiniões e pensamentos em relação ao exibidor. A matéria de capa apresenta 50 dicas para manter a qualidade do seu cinema em dia, principalmente se tratando de atendimento, limpeza, projeção e outros departamentos. Viajamos pelo mundo mais uma vez e agora chegamos à Itália. Como são os cinemas e os costumes dos italianos quando decidem assistir a um filme? Analisamos as bombonières brasileiras com os exibidores e procuramos a forma ideal para trabalhar com um mix de produtos suficiente que atenda ao cliente final de forma satisfatória. Por outro lado, o que os exibidores têm feito para promover o seu cinema e não só os filmes que passam ali dentro. Para completar, ainda temos a cobertura do Prêmio ED 2012. Em sua 5ª edição, o evento ficou marcado por fortes emoções e a surpresa de quatro prêmios serem dirigidos a distribuidoras independentes. Com tantas novidades, só temos a agradecer o apoio dos leitores e o suporte de todos os patrocinadores. Em abril, nos encontramos no Show de Inverno em Campos do Jordão. Porém, desta vez, podemos nos encontrar diariamente no Portal Exibidor. Um grande abraço,
Marcelo J. L. Lima diretor e editor chefe da revista exibidor
4 Exibidor, janeiro-2013
Expediente Edição e direção Marcelo J. L. Lima Redação Natalí Alencar (MTB 51480) natali@exibidor.com.br
Paulo Fernando Cibele Gandolpho Janaina Pereira Projeto Gráfico e Direção de Arte Raphael Grizilli raphael@exibidor.com.br
Assistente de arte Fernando Martinello
fernando.martinello@exibidor.com.br
Revisão Talita Garcez
talita@exibidor.com.br
Comercial e anúncios faleconosco@exibidor.com.br Tel.: (11) 4040 4712 Assinaturas www.exibidor.com.br/assine Tel.: (11) 4040 4712 de segunda a sexta das 8h30 às 17h30 Colaboradores Antonio Lima Neto, Igor Kupstas Espaço/Z e Omelete Impressão Vox Editora www.voxeditora.com.br Tiragem de 2000 exemplares Correspondência Rua Ênio Voss, 78 São Paulo (SP) | 02245-070 Tel: (11) 4040 4705 faleconosco@exibidor.com.br www.exibidor.com.br A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:
www.tonks.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Revista Exibidor. Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks. Este exemplar faz parte do Acervo da Cinemateca do Rio de Janeiro.
Espaço do Leitor Queremos saber a sua opinião. Envie seus comentários para:
faleconosco@exibidor.com.br. Recebemos pelo correio o exemplar da edição de outubro. Achamos a reportagem muito bacana e muito bem feita. Parabéns! Agradecemos e continuamos à disposição. Patrícia Regina Feix Mello (Kastrup) - Curitiba (PR)
Com muita alegria percebo que grandes exibidores estão valorizando a localização de antigos cinemas de São Paulo e modernizando-os. Uma matéria mostrando estes bons exemplos seria muito interessante, como o cine Marabá (Playarte), o Espaço Itaú Augusta (antigo cine Majestic), entre outros. Antonio Ricardo Soriano (São Paulo – SP)
Empresas e Instituições Citadas A
e
p
AES Eletropaulo // 39 ANCINE // 10, 11
Espaço Itaú de Cinemas // 47, 48, 54
Paramount // 47 Paris Filmes // 47, 48
B
Fischer Friends // 39 Four Midia // 39, 40 Fox Film // 48
q
g
Roxy Cinemas // 47, 48
Banco Nacional // 54 Barco // 10, 11 Benetton // 27 BNDES // 10
C California // 48 Centauro // 10 Centerplex // 43, 44, 47 Christie // 10 Cine 14 Bis // 39, 40, 42, 43, 44 Cinearte // 54 Cinedigm // 10 Cinemark // 12, 19, 39, 43, 47, 48 Cinépolis // 47, 48 Cinespaço // 19, 54 Cinesystem // 10, 39, 40, 43, 44 Claro // 39
d DC Comics // 15 Dim & Canzian // 39 Discovery Kids // 39 Disney // 12, 15 Doremi // 10 Dreamworks // 12
6 Exibidor, janeiro-2013
f
GDC // 10, 11 GNC // 44
i Itaú // 54
j
Quanta Cinema // 10
r s Santander // 39 Sony Pictures // 22, 48
t
JWT Thompson // 39
TELEM // 10, 11 The Space Cinema // 27
k
u
Kinoplex // 38, 39, 40, 42, 43, 47, 48
m Marvel // 12 Mavalério // 43, 44 Mediaset // 27 Medusa // 27 MTV // 15
n NEC // 10
o O2 Filmes // 19 Ogilvy // 39
UCI // 18 Unibanco // 54
v Vivo // 39
w Warner Bros. Pictures // 15 Warner Village // 27
x XPand // 10
y Young // 39
DIGITALIZAÇÃO. AGORA OU NUNCA!
O fim da distribuição de filmes no formato de 35 mm marcado para o final de 2013 certamente será um marco para a indústria cinematográfica brasileira. De um lado os distribuidores aguardam este momento ansiosos, pois além da economia gerada com as cópias digitais eles verão seus filmes sendo exibidos num maior número de salas.
Do outro lado, porém, os exibidores sem muita escolha são forçados a migrar para esta nova tecnologia, mas o desconhecimento técnico generalizado tem dificultado a tomada de decisão no tocante à escolha dos equipamentos disponíveis no mercado. Temos visto muitas salas de cinema equipadas com projetores demasiadamente grandes, que além de serem mais caros tem seu custo operacional elevado por conta de lâmpadas xenon mais potentes e da energia elétrica necessária para seu funcionamento. Em outros casos temos visto projetores demasiadamente pequenos, que apesar de terem um custo inicial mais atrativo tornam as projeções escuras (o que ainda piora com a utilização dos sistemas 3D) reduzindo assim as possibilidades de retorno deste alto investimento por conta da baixa frequência que a má qualidade trás para alguns cinemas. O que fazer então? Entendendo esta necessidade a equipe da Centauro Cinema vêm realizando um trabalho de conscientização junto aos exibidores – principalmente os de menor porte – explicando que nem sempre o menor valor de aquisição trará a melhor solução técnica para cada projeto. A Centauro Cinema tem sido eleita por muitos como a gestora técnica de suas empresas. Assim podemos explicar tecnicamente nossas propostas comerciais e com o devido conhecimento todos passam a entender as soluções e tecnologias disponíveis por nós apresentadas. Contamos ainda com a melhor equipe técnica da atualidade que suportada pelos fabricantes vem atendendo às expectativas dos exibidores que aderiram aos nossos planos de manutenção. Prestamos também serviços de monitoramento remoto (NOC) além de possuirmos bases técnicas localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife que visam um atendimento avançado de forma mais eficaz às demandas dos cinemas. Ainda confuso com as siglas IMB, HFR e IMS? Então agende uma visita com a equipe comercial da Centauro Cinema e traga o seu projeto que faremos um estudo técnico considerando as últimas tecnologias disponíveis além de elaboração de proposta comercial sem compromisso.
Integradora oficial
A Centauro leva o seu cinema para outra dimensão ®
rua dos gusmões, 123 | são paulo - sp | 01212-000 | fone: 11 3331 8055 | info@centauro-cinema.com.br | www.centauro-cinema.com.br
sumário
para
Salas de Cinema/30 Atitudes simples podem melhorar o cotidiano e trazer mais rentabilidade ao negócio
Notícias/10 Giro pelo mercado
Claquete.com/14 Novidades do cinema
Entrevista/18 Diretor Fernando Meirelles
Artigo Relacionamento/22 Uso do Celular no Cinema
Mundo Afora/25 Conheça os cinemas da Itália
Artigo RH/37 Como ser líder e treinador
38/Marketing Promover o cinema como negócio significa fidelizar o consumidor
42/Alimentação Mix diferenciado e regionalizado é atrativo para o cliente final
46/Prêmio ED 2012 Novidades entre os premiados marcaram a 5ª edição do prêmio
50/Agenda Próximos lançamentos
54/Trajetória Grupo Espaço. Alternativo, independente e economicamente viável
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notícias
XPAND 3D marca presença no Festival de San Sebastian A XPAND 3D participou do Festival de San Sebastian (Espanha) com sua tecnologia 3D em parceira regional com a Kelonik. Estavam no Festival os astros Dustin Hoffman, Tommy Lee Jones, Ewan McGregor, John Travolta Oliver Stone, Benicio del Toro, Ben Affleck e Catherine Deneuve, todos para receber os prêmios Donostia. O San Sebastian Film Festival também contou com a estreia mundial de The Art of Flight 3D e a estreia europeia de Storm Surfers 3D. Ambos os filmes foram exibidos no Velódromo, que possui uma tela de 25 x 11 metros e espaço para acomodar 3.500 pessoas. A Kelonik equipou o local com a solução XPAND 3D.
Cinesystem inova com conceito autosserviço ©Divulgação
©Divulgação
Chega ao mercado a Quanta Cinema A Quanta Cinema, que há três anos era uma unidade de negócios da Telem, agora passa a ter identidade própria.
A Cinesystem é a primeira exibidora do País a implantar o “autosserviço” . O piloto do projeto já funciona na unidade do Shopping Hortolândia (foto), mas oficialmente o primeiro cinema do Brasil com este conceito é o de Londrina, inaugurado em novembro último.
A empresa atuará em diversas frentes de negócios, tais como: conversão das salas digitais; sendo a Telem a VPF Holder cadastrada junto ao BNDES, ANCINE e estúdios; transmissão de conteúdo via satélite; exploração de mídia em tela (publicidade, conteúdo alternativo, etc.); entre outros.
No sistema, o cliente vai comprar seus ingressos em estações de vendas com monitores touch screen e também se servir sozinho dos produtos oferecidos na bombonière. Com isso, haverá um aumento na variedade de produtos e maior liberdade de escolha.
“Nossas negociações de VPF estão bem adiantadas e brevemente esperamos trazer boas novidades para o mercado exibidor”, afirma Luis Ciocler, da Centauro, que é uma das parceiras da Quanta, além da Barco, NEC, Christie, Doremi, GDC, Cinedigm.
“A Rede Cinesystem sempre investiu em ideias inovadoras e está constantemente em sintonia com as práticas mais modernas e com as tendências do mercado internacional”, conclui Sâmara Kurihara, gerente de marketing.
A Quanta Cinema também se prepara para atuar no programa “Cinema Perto de Você”.
10 Exibidor, janeiro-2013
Barco lança novo projetor para telas pequenas A Barco anunciou o lançamento do DP2K-10Sx, projetor de cinema digital compacto e desenvolvido especialmente para cinemas pequenos, cinemas independentes e casas de arte. Por ser de fácil instalação, é uma das opções ideais para diminuir custos operacionais com o padrão DCI. Segundo a fabricante, o novo DP2K-10Sx inclui: 0.69” DLP Cinema projetor, lentes de cinema High-grade, lâmpada Xenon 2.2 kW, Integrated Media Server com armazenamento redundante e 3D interno de fábrica (que pode ser opcional). ©Divulgação
A solução visa atender pequenos exibidores que não podem dispor de grandes investimentos para a projeção digital.
Definida Cota de Tela para 2013 A ANCINE divulgou a Cota de Tela estabelecida para 2013 durante reunião realizada com alguns agentes do mercado. Segundo a Agência, houve consenso entre os produtores, distribuidores, exibidores e cineastas presentes sobre manter o mesmo patamar de 2012. Ou seja, em 2013, dependendo do número de salas de exibição de cada complexo, os cinemas terão que cumprir entre 28 e 63 dias por sala e exibir, pelo menos, entre 3 e 14 filmes nacionais diferentes. Com base nas demandas dos exibidores, a ANCINE fez alterações na Instrução Normativa 88. O limite de 1/3 da transferência do total de dias de obrigatoriedade a que estiver sujeito cada complexo passou para 50%. O texto também deixa mais claro que o que se transfere são os dias de obrigatoriedade, e não os dias de exibição.
Novo Cineart Ponteio A partir de janeiro, a Cineart inaugura o Cineart Ponteio Lar Shopping. São quatro salas, sendo uma Premier e com tecnologia 3D. O cinema conta com poltrona reclinável automática em couro, mesa integrada, menu gourmet com carta de vinhos e lounge VIP. O complexo é 100% digital. Todas as salas e foyer possuem sistema de higienização do ambiente e do ar aplicado pela SuperSan, que impede a proliferação de Ácaros, Bactérias e Fungos (mofo) causadores de rinite, asma, bronquite, sinusite e outras reações alérgicas.
©Divulgação
GDC aumenta em 60% a instalação de servidores na Ásia A GDC aumentou sua presença no mercado asiático em 60% no ano de 2012, atingindo o patamar de 23 mil unidades de servidores instaladas. Atualmente, a participação de mercado é de 81% em Hong Kong, de 90% em Cingapura, perto de 60% na China e Taiwan, mais de 50% na Coréia do Sul e 40% no Japão. “A Ásia é um mercado de crescimento significativo para GDC. Atingir a cota de mercado dominante na região é uma grande conquista para a empresa”, disse o fundador e CEO da empresa, Sr. Homem-Nang Chong.
11 Exibidor, janeiro-2013
notícias
Cinemark inaugura sala VIP no Rio
Executivo da Disney receberá premiação na CinemaCon O vice-presidente de vendas interna-
cionais da Walt Disney Studios, David
Kornblum, será premiado em almoço realizado na CinemaCon. O 2013 CinemaCon Passepartout Award será entregue em
15 de abril durante um almoço especial. O prêmio é concedido anualmente a um executivo da indústria cuja dedicação e compromisso com o mercado internacional foi destaque. ©Divulgação
A Cinemark inaugurou em dezembro, no shopping VillageMall (Av. das Américas, 3700 – Barra da Tijuca/RJ), um complexo formado por quatro salas Prime, inteiramente digital, que totalizam 330 lugares. O projeto arquitetônico é assinado por Arthur Casas. Dentre os diferenciais do cinema, as poltronas elétricas permitem que o espectador determine a inclinação desejada da poltrona e do descanso para os pés. Além disso, são revestidas de couro e equipadas com um abajur instalado em seu braço, criando um clima mais acolhedor. As salas foram equipadas com o sistema de sonorização Bose. Nas salas, os projetores são todos digitais e podem exibir filmes em 2D e 3D.
David Kornblum trabalha para os Estúdios Walt Disney Motion Pictures na
equipe de distribuição internacional há
mais de 23 anos. Em sua função atual, ele supervisiona a distribuição dos estúdios
Disney, Marvel, Pixar, Walt Disney Fe-
ature Animation e títulos Dreamworks nos seguintes mercados: Japão, Austrá-
lia, Rússia, Coréia do Sul, Taiwan, Hong
Kong, Cingapura, Malásia, Tailândia, Filipinas, Vietnã, Indonésia, Nova Zelândia e Índia.
MasterImage 3D amplia portfólio de sistemas 3D Digital A MasterImage 3D ampliou seu portfólio de produtos e agora conta com novas soluções, cada uma projetada para tamanhos de tela exclusivos e necessidades diversas dos exibidores. Todas compatíveis com exibição em altas taxas de quadro por segundo. São eles: MI-CLARITY3D SA (Teatros standard), MI-CLARITY3D MX (Mezanino livre, teatros sem cabines de projeção) e MI-CLARITY3D RH (teatros com cabines de projeção em espaço limitado). Para soluções customizadas, aplicáveis a uma variedade de telas e orçamentos para grandes e pequenos exibidores há as soluções de automatização para 2 e 3D: MI-WAVE3D (cinemas com telas menores) e MI-DUAL3D (cinemas com projeção 2 e 3D).
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claquete.com
James Cameron rodará “Avatar 2” e “3” no final de 2013 ©Divulgação
Em entrevista à New Zealand Radio, James Cameron, que está morando na Nova Zelândia enquanto prepara a pré-produção das sequências de Avatar (Avatar), atualizou o seu cronograma. A ideia do cineasta é fechar os roteiros até fevereiro e começar a rodar Avatar 2 e 3 simultaneamente no final de 2013. Cameron explica que quer ter os textos fechados para não
precisar reescrever nada durante a fase de efeitos e montagem. “Quero ter esses roteiros prontos, não quero ter que ficar escrevendo depois. Isso aconteceu no primeiro filme, acabei jogando fora um monte de cenas, e não quero que isso aconteça de novo”, diz ele. Avatar 2 e 3 serão produzidos simultaneamente; a segunda parte tem previsão de lançamento para 2014 ou 2015.
Divulgada primeira imagem de “Guerra Mundial Z” O filme Guerra Mundial Z (World War Z) teve sua primeira foto divulgada. A previsão para lançamento é em junho de 2013. World War Z, do autor Max Brooks (Guia de Sobrevivência a Zumbis), é o relato de uma guerra contra uma legião de humanos contaminados, que morreram e ressuscitaram na forma de zumbis. A trama acompanha o autor desse relato, um oficial das Nações Unidas (Brad Pitt). ©Divulgação
14 Exibidor, janeiro-2013
Veja o trailer no Claquete.com.
Warner divulga novo trailer dublado de “O Homem de Aço” ©Divulgação
Comédia nacional “Os Penetras” já foi vista por 1,5 milhão de pessoas ©Divulgação
Foi divulgado o novo trailer dublado de O Homem de Aço (Man of Steel), longa dirigido por Zack Snyder. O vídeo mostra a dificuldade do menino Clark Kent para manter seus poderes em segredo e as aventuras do herói já crescido e vivido por Henry Cavill. O filme é produzido por Charles Roven, Emma Thomas, Christopher Nolan e Deborah Snyder. O roteiro foi escri-
to por David S. Goyer, a partir de uma história de Goyer e Nolan, baseado no personagem Superman criado por Jerry Siegel e Joe Shuster e publicado pela DC Comics. Thomas Tull e Lloyd Phillips estão como produtores executivos. Atualmente em produção, O Homem de Aço tem lançamento previsto para 12 de julho de 2013. Assista o trailer no Claquete.com.
“Alice no País das Maravilhas”, de Tim Burton, terá continuação ©Divulgação
Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland), versão de Tim Burton para o clássico de Lewis Carroll, terá continuação. Segundo a Variety, a roteirista Linda Woolverton retornará para escrever o novo filme. A fantasia estrelada por Mia Wasikowska e Johnny Depp é o maior sucesso da carreira do cineasta e foi o maior filme do Walt Disney Studios em 2010, com mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias do mundo todo.
O filme Os Penetras, de Andrucha Waddington, foi visto por mais de 1,5 milhão de pessoas. Estrelado pelos atores Marcelo Adnet, da MTV, Eduardo Sterblitch, do Pânico, e Mariana Ximenes (novela Guerra dos Sexos), o longa estreou em 30 de novembro, em 316 salas. A comédia registrou também a maior abertura entre os filmes nacionais em 2012, com renda de R$ 3,8 milhões e 336 mil espectadores (média de 1.060 espectadores por sala) no primeiro fim de semana de exibição. O filme conta a história do apaixonado Beto (Sterblitch), que chega ao Rio de Janeiro às vésperas do réveillon à procura de Laura. Desprezado, tenta o suicídio, mas é salvo pelo golpista Marco Polo (Adnet). Em busca de amor, dinheiro e aventura, eles vão participar das festas mais quentes da cidade.
15 Exibidor, janeiro-2013
O cinema nos ensinou a ter cuidado na hora de aceitar o que nos oferecem por aĂ...
...confie em quem conhece o exibidor além das telas.
www.tonks.com.br [ WEBSITES . HOTSITES . SISTEMAS . WEBMARKETING ] FACEBOOK.COM/BRTONKS . TWITTER.COM/BRTONKS
entrevista ©Divulgação
Relação entre cineastas e exibidores é ‘angustiante’ P or : P aulo F ernando
Cotas de exibição para as produções nacionais não quebraram cinemas brasileiros, ressalta diretor do aclamado Cidade de Deus Fernando Meireles
P
roduzir filmes no Brasil não é uma empreitada fácil. Por conta das leis de incentivo ao setor e do sucesso dos títulos nacionais nos últimos anos, as demandas relacionadas ao financiamento das obras foram solucionadas.
Entretanto, os profissionais de cinema enfrentam outros gargalos, como o baixo número de salas de exibição num país de dimensões continentais e quase 200 milhões de habitantes. “A lógica do exibidor não é um segredo para ninguém”, afirma o cineasta Fernando Meirelles, diretor do aclamado Cidade de Deus e outras produções de sucesso internacional, entre as quais O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener), que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para a britânica Rachel Weisz. Defensor das polêmicas Cotas de Tela para os produtos audiovisuais brasileiros, o mais proeminente diretor e produtor em atuação no país lembra que nenhuma empresa exibidora foi à falência em função dessa política. “A competição com o cinema estrangeiro é desleal. Só uma barreira deste tipo pode equilibrar um pouco o jogo”, avalia. “Um lançamento como o do último episódio da Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - The final), por exemplo, deveria pagar uma taxa por excesso de ocupação do mercado. Sei que a maioria dos exibidores pode não concordar
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com isso, mas é preciso lembrar que cinema é também cultura”, argumenta. Na entrevista concedida por e-mail à Revista Exibidor, Meirelles ainda salienta que o emergente nicho do vídeo sob demanda abre uma ampla janela de oportunidades para os produtores de filmes menores, que, agora, podem disponibilizar suas obras por um tempo mais longo. “Poucos exibidores fazem suas opções de programação tentando criar um perfil específico [de público]”, observa. “Mesmo quando vou ver James Bond, prefiro a sala onde há outros filmes que eu gosto”, acrescenta.
buído por nós mesmos, da O2 Filmes. O filme fez perto de 120 mil espectadores, um dos maiores público por cópia de que tenho notícia, muito acima de Cidade de Deus, que também não foi mal. Aliás, Cidade de Deus teve uma coisa bacana. Ele abriu com 80 salas e, a cada semana, foi ganhando novas cópias, até chegar a umas 210 salas. Foi uma boa surpresa. Exibidor – O cinema nacional cresceu nos últimos 10 anos, porém, o desempenho do setor voltou a cair em 2012. A que fatores você atribui esse fato?
abre-se uma grande oportunidade para os produtores de filmes menores, que, agora, já podem ter seus filmes em cartaz ou disponíveis por uns dois ou três anos. Exibidor – O que você pensa sobre a política de Cotas de Tela? Meirelles – A cota é fundamental para a manutenção de uma cinematografia nacional e já vimos que nenhum exibidor quebrou por causa dela. A competição com o cinema estrangeiro, que chega pago e com suas campanhas prontas, é desleal e, portanto, só uma barreira deste tipo pode equilibrar um pouco o jogo. Um grande passo seria taxar a ocupação de tela. Um lançamento como o último episódio da Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - The final), por exemplo, deveria pagar uma taxa por excesso de ocupação do mercado. Sei que a maioria dos exibidores pode não concordar com isso, mas é preciso lembrar que cinema é não é só um negócio, mas é também cultura, e, portanto, diz respeito à alma humana. Um executivo da exibição que trata seu negócio como se estivesse vendendo junta para carburador ou tinta antiferrugem está não só equivocado como também está perdendo uma incrível oportunidade para ser mais feliz. Ele deveria perceber que pode mexer com a sensibilidade do seu público, que pode contribuir para melhorar o mundo com as suas escolhas, mas reduz tudo a um resultado numa planilha. Muita pobreza de espírito, não?
Fernando Meirelles – A relação com os exibidores é muito angustiante, pois, nós, produtores, gastamos, em média, dois anos da nossa vida para colocar em pé um projeto e, às vezes, mesmo que ele seja bom, um executivo de uma cadeia de cinemas pode não gostar muito do gênero ou de alguma coisa do filme e, então, decide que, ao invés de 120 salas, vai dar apenas 30, e não há nada que possamos fazer.
Meirelles – Os filmes que fazem grande público no Brasil são os filmes mais populares, aqueles que agradam a nova classe média. Para quem quer contar histórias com outra pegada, é importante criar projetos que não sejam muito caros, para se viabilizarem com 200 ou 300 mil espectadores. A lógica do exibidor não é um segredo para ninguém, já que o objetivo desse negócio é levar mais gente ao cinema. Poucos exibidores fazem suas opções de programação tentando criar um perfil específico. Quem conseguiu manter uma identidade, como é o caso das salas do Adhemar de Oliveira, do Espaço do Cinema, garantiu sua fatia de mercado. Mesmo exibindo blockbusters, ele conquistou clientes fiéis. Eu moro na Granja Vianna e, por exemplo, tenho no meu navegador um botão para checar a programação do Cinespaço Granja Vianna, mas nunca mais olhei a programação do Cinemark do Shopping da Granja, pois já entendi que não é meu perfil. Mesmo quando vou ver James Bond, prefiro a sala onde há outros filmes que eu gosto.
Exibidor – Dada sua carreira interna-
Exibidor – Além dessas dificuldades,
direção com bons atores ou um nú-
cionalmente conhecida, que experiên-
que outros gargalos os produtores e
mero maior de salas de exibição em
cias interessantes você poderia citar
diretores brasileiros enfrentam?
seu lançamento?
Meirelles – O financiamento da produção no Brasil está equacionado, o gargalo é mesmo a distribuição. Com a explosão em curso do mercado de vídeo sob demanda,
Meirelles – Bom roteiro, bons atores e boa direção. Nesta ordem. Um bom lançamento não significa, necessariamente, muitas salas.
Segundo Meirelles, os filmes que atualmente fazem sucesso no país são aqueles voltados à nova classe média. “Para quem quer contar histórias com outra pegada, é importante criar projetos que não sejam muito caros, para se viabilizarem com 200 ou 300 mil espectadores”, aconselha. Revista Exibidor – Como se dão os negócios entre quem está no início da cadeia cinematográfica brasileira e quem está lá na ponta, exibindo as obras?
Exibidor – Para finalizar, o que é mais importante para o sucesso de um filme: a dobradinha entre bom roteiro e
nessa área? Meirelles – Minha experiência mais bem-sucedida foi com o Domésticas, lançado com seis cópias no Brasil e distri-
19 Exibidor, janeiro-2013
DE VOLTA AOS CINEMAS PELA PRIMEIRA VEZ EM 3D
DISNEY.COM.BR /WaltDisneyStudios Para materiais de nossos filmes acesse: www.disneyexibidor.com.br
08 DE FEVEREIRO NOS CINEMAS EM
E
©2012 Disney/Pixar
Relacionamento
O seu ingresso é com ou sem celular? P or : I gor K upstas Imax, 3D, Digital, som THX, ir ao cinema tem cada vez mais opções. E eu digo o seguinte: em breve, ao comprar o ticket, poderemos escolher uma sessão com ou sem o uso de celular liberado.
sas ao mesmo tempo. Segundo o IBGE, 67,5% das pessoas deste grupo etário tinham celular em 2011. Este foi o grupo em que o uso do celular mais cresceu, 15,7 pontos percentuais em 2 anos.
Desde o começo da proliferação dos celulares, se propõe ao público o seguinte: desligue-o. Ouvir conversas durante o filme já é chato, mas com alguém que nem na sala está não dá. Celular tocando, gente procurando o aparelho na bolsa no meio da sessão... Mas, uma vez que os celulares ficaram tão populares e passaram a ser multitarefa, os torpedos viraram cada vez mais comuns e checar o Facebook e o Twitter a cada meia hora, quase uma obrigação. A situação mudou.
Na CinemaCon, convenção de cinema de Las Vegas que ocorreu em abril de 2012, Jeff Blake, executivo da Sony, levantou esta preocupação, dizendo que há 20 anos os jovens costumavam ir toda semana aos cinemas. “Acho que cinema não é mais ambiente para os baby boomers”. Ele defendeu os cinemas permitirem que os clientes enviassem SMS nas sessões.
Preste atenção Interação é extremamente relevante para o público jovem. E isso não é senso comum, foi uma das conclusões da pesquisa de junho do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro sobre os hábitos de ver filmes e ir ao cinema. Outras conclusões: ir ao cinema aumentou de 48% para 54% de 2007 para 2012, mas novas formas de se assistir filmes também proliferaram: Na TV a Cabo subiu de 24% para 44%, na internet saiu de zero para 18%. Entre os adolescentes de 15 a 18 anos, falta paciência para só ver um filme. Eles querem fazer mais coi-
Nem todos concordam. Este ano o Prince Charles, cinema londrino famoso por realizar sessões alternativas e reunir cinéfilos, virou notícia no mundo todo ao oferecer roupas “ninja”, todas pretas, para espectadores que quisessem um ingresso gratuito e uma missão: no escurinho, se aproximar devagar e dar uma bronca em quem faz barulho e “texta” durante a sessão.
Novos rumos Particularmente, eu desligo o celular quando vou ao cinema. O que incomoda não é só o barulho, o vibra, mas a luz, que distrai, quebra o clima. Quando percebo que alguém não larga o aparelhinho, reclamo mesmo. Mas, o cinema por si só também está se reinventando. Em 2011, eu coordenei as redes sociais e fui um dos locutores no show transmitido ao vivo
para mais de 50 salas de cinema no Brasil pela MOBZ, o Red Hot Chili Peppers: I´m with you. Incentivamos o uso do celular e do Twitter. Literalmente, enquanto a transmissão ocorria, eu falava com os espectadores dentro da sala de cinema. Por meio do Twitter, eles davam feedback sobre a transmissão, pediam músicas e falavam entre si. Foi histórico e muito divertido. Alguns gerentes de cinemas não entenderam que a situação era mais show de Rock do que filme, ficaram com receio da pirataria (celulares também têm câmeras, lembra?) e exigiram que as pessoas os desligassem. Se a maneira de usar e curtir o cinema não se adaptarem às redes e mobiles, os cinemas vão perder o público jovem, maior consumidor de blockbusters, pipoca, refrigerante; alicerces da indústria. No entanto, cinema também tem filmes mais sérios que exigem concentração, que te absorvem, e aí o foco na telona faz parte da magia. Minhas sugestões: espertos dos cinemas que aos poucos segregarem o público, ofertando sessões mais cedo com uso liberado dos aparelhos e mais tarde com celulares desligados, por exemplo. Essa é só uma ideia. Fazer pesquisas com os espectadores, ousar e treinar a equipe para entender cada projeção e público de uma forma diferente. Mais e novas ideias surgirão, vamos buscar o melhor para o consumidor, sempre!
Igor Kupstas Janczukowicz | igorkupstas@gmail.com Jornalista formado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Marketing pelo Mackenzie. Entre 1999 e 2002 trabalhou no site de cinema e-Pipoca, posteriormente sendo contratado pelo Marketing da Europa Filmes, onde atuou no lançamento de mais de 100 títulos por seis anos. Atualmente é gerente de marketing digital da MOBZ.
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mundo a fora
O cinema vai onde o povo está P or : J anaina P ereira
Cinema ao ar livre, salas antigas e multiplex: conheça as diversas formas de exibição de filmes na Itália
B
erço de cineastas como Federico Fellini, Visconti e Ettore Scola, e atores como Sophia Loren e Marcello Mastroianni, a Itália é um dos maiores mercados de cinema na Europa. Além de lançar para o mundo atores e diretores, o país chama a atenção quando o assunto é a exibição dos filmes. Em uma viagem pelas principais cidades italianas, a Revista Exibidor descobriu algumas particularidades que só a Itália tem. Desde os anos 1940, quando o cinema começou a se popularizar na Europa, os italianos têm como hábito aproveitar as quentes noites de verão assistindo filmes ao ar livre. Ao contrário dos americanos, esse tipo de exibição não é feito em drive-ins, os locais onde as pessoas podem assistir aos filmes dentro do carro. Em diversas cidades, os habitantes se reúnem nas praças e até mesmo em castelos para acompanhar os filmes sentados em cadeiras simples, muitas vezes desconfortáveis, mas que permitem o contato com a telona e a natureza ao mesmo tempo. Parece cena de filme, e pode realmente ser vista em Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso), de Giuseppe Tornatore, que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1990 – e esta tradição é mantida até hoje. A ideia de levar o cinema para perto do povo é muito forte no País, mesmo nas maiores cidades. Todo ano, de junho a setembro, a capital Roma atrai multidões para a região da Trastevere, situada na margem ocidental do rio Tibre, a sul do Vaticano. O evento que move moradores e turistas é o L´Isola Del Festival de Cinema (Ilha do Festival de Cinema, em tradução livre). Às margens do Tibre são exibidos filmes novos e clássicos, com destaque para as comédias italianas e faroestes. A maioria é dublado em italiano, e o clima é de festa e celebração a sétima arte.
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mundo a fora
©Divulgação
Em Milão, cidade conhecida pela semana de moda e um dos pólos comerciais italianos, o cinema também tem seu espaço. Durante o verão a cidade oferece quatro locais ao ar livre para exibição de filmes, cada um com uma programação diferente. Um dos mais interessantes é o Castelo Sforzesco, que além de dedicar um espaço aos filmes infantis e animações, ainda recebe o Milano Film Festival, em setembro. No ano passado, um dos filmes mais esperados pelos italianos, o premiado Reality (Reality), de Matteo Garrone, premiado no Festival de Cannes, teve sua pré-estreia em Milão em uma sessão ao ar livre do Castelo Sforzesco. “Imagine assitir a um filme em um castelo! Foi algo especial e que vou lembrar para sempre”, comentou a turista espanhola Maria Perez, na ocasião. Os outros lugares em Milão que recebem o cinema ao ar livre no verão são o Palácio Real, o Conservatório e os quiosques de assistência humanitária. No Palácio Real, com 600 lugares, acontecem as principais estreias mundiais. No Conservatório são 500 lugares e uma programação que privilegia os musicais. Nos quiosques humanitários os filmes
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Milano Film Festival e Festival ao Ar Livre de Roma
europeus, especialmente de jovens cineastas, dominam a telona. Em todos os locais existem serviços de legendagem para estrangeiros, surdos e deficientes visuais.
um filme fora de um ambiente fechado é o que atrai os italianos e turistas. No Brasil existem iniciativas parecidas, porém nada que se compare à tradição da Itália.
Na região da Toscana, uma das mais procuradas pelos turistas no verão, o cinema é tão atrativo quanto às belas paisagens. Na cidade de Siena, o festival Cinema em Fortezza exibe em parques, nos meses de junho e julho, clássicos mundiais e filmes italianos. Em agosto é feito uma espécie de retrospectiva dos últimos lançamentos do cinema, com um filme diferente a cada noite. “Ver um filme sob as estrelas é algo que só a Itália faz por você”, diz o turista alemão Adrian Merkat.
No escurinho do cinema
Em qualquer uma das cidades italianas em que o cinema ao ar livre é a atração obrigatória do verão, há patrocinadores e apoio da Prefeitura. O negócio, à primeira vista, é simples. Escolhe-se um lugar bem localizado e, depois de conseguir a licença da Prefeitura, o ambiente ganha tela, projetor e cadeiras para o público. Vale ressaltar que esse tipo de exibição é paga, e muitas vezes os ingressos custam o mesmo que em uma sala de cinema tradicional. No entanto, a oportunidade de aproveitar o clima e ver
Saindo dos parques e castelos e entrando nas salas de cinema, os italianos se mostram tradicionais. Assim como os clássicos filmes dos anos 1950 e 1960 que colocaram a Itália na rota das grandes produções cinematográficas, as salas de cinema também são clássicas. É bem verdade que existem as grandes companhias que levam o cinema moderno para o público que gosta das inovações tecnológicas, mas o povo italiano ainda é muito conservador e mantém intactas algumas salas consideradas verdadeiras relíquias da sétima arte. O cineasta Nanni Moretti, diretor do consagrado O Quarto do Filho (La Stanza del Figlio), premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2001, é um dos maiores incentivadores de que a Itália mantenha em pé suas salas de cinema mais antigas. Moretti comprou e restaurou a sala de cinema Sacher, uma das mais famosas
de Roma, no fim dos anos 1980, e está no mesmo lugar até hoje, mantendo uma programação de filmes independentes.
cada 85 mil espectadores. A melhor média do mundo continua sendo dos EUA, com uma sala para cada sete mil pessoas.
A sala, chamada Nuovo Cinema, virou atração turística e é frequentada por cinéfilos de todo o mundo. Os mais sortudos ainda conseguem bater um papo com o diretor, que está sempre por lá e não se cansa em atender aos fãs. Curiosamente, ele explica que optou por uma programação de filmes independentes para alcançar êxito comercial.
Entre os exibidores operantes no País, um das maiores é o The Space Cinema, fundado em outubro de 2009 pela fusão entre a Warner Village e a Medusa. Na época o objetivo era gerenciar cadeias de cinemas em todo o território italiano. Com o passar do tempo, no entando, a empresa se tornou uma potência.
“A Itália tem festivais tradicionais de cinema que arrastam multidões e conquistam um público cada vez mais jovem. Isso é bom pela renovação da plateia, mas depois, quando os filmes são lançados, as salas comerciais ficam vazias. Meu objetivo é dar ao público uma opção de cinema diferente dos filmes comerciais, justamente para ele acompanhar aquilo que não costuma ver. Então o cinema independente acaba sendo uma proposta comercial interessante, do ponto de vista do negócio”, conta.
No começo, The Space Cinema tinha um total de 347 cinemas. Em 2010, o grupo começou um forte investimento no mercado de multiplex, e o primeiro a ser comprado foi o Cineplex, em Gênova. No mesmo ano, com a aquisição do Cinecity, uma das mais antigas e importantes cadeias de cinema do país, a empresa já aparecia como uma das maiores operadoras de cinema na Itália. O negócio, que na época foi avaliado em 100 milhões de euros, envolveu a empresa Mediaset (administradora do The Space Cinema), do então primeiro-ministro Silvio Berlusconni, e a empresa de moda Benetton. No ano passado foi inaugurado o 36º multiplex da rede, com sete salas e capacidade total de 1.300 lugares.
Apesar do ponto de vista pessimista de Moretti em relação às salas comerciais, os números mostram que a Itália está bem posicionada na relação salas por espectador. Hoje o país tem uma sala para cada 15 mil pessoas, enquanto o México tem uma para cada 18 mil, a Argentina uma para cada 35 mil e o Brasil uma sala para ©Janaina Pereira
O estilo da The Space Cinema é o mesmo de qualquer grande empresa de cinema: salas espaçosas, poltronas confortáveis, gu-
loseimas nas bombonieres, muitos filmes em 3D e blockbusters que garantam uma boa renda. No entanto, a empresa sempre buscou fazer ações diferenciadas para seus clientes. Em 2011 foi lançado o projeto Leia o filme em 10 cinemas da rede, onde estão disponíveis um aplicativo especial para que pessoas com deficiência auditiva possam ler as legendas do filme em um tablet disponível gratuitamente pela Samsung sob o patrocínio do Ministério do Trabalho e Política Social da Itália. A crise econômica italiana, porém, tem afetado o mercado de cinema e atingiu em cheio os planos da empresa. Com a saída de Berlusconi do poder, a rede The Space Cinema perdeu força e especula-se que grupos de cinema ingleses e americanos estejam de olho nessa fatia do mercado italiano. Mas é preciso acreditar num futuro promissor para vencer a crise. Em 2011 foram vendidos 108 milhões de ingressos na Itália, e a previsão para 2012 é que esse número seja 30% menor. Desse ponto de vista, a visão de Nanni Moretti talvez esteja certa: às vezes é melhor investir nas salas clássicas e exibições tradicionais para a cultura italiana, do que no moderno e tecnológico. Pelo menos por enquanto, na Itália, os campeões de bilheteria vêm de um cinema que vai onde o povo está.
©Divulgação
Milano Film Festival e L’Isola Del Festival de Cinema, encontros para aproximar o povo e o cinema
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capa
30 Exibidor, janeiro-2013
50 dicas para
Salas de Cinema P or : N atalí A lencar
O cinema é um universo complexo, mas com simples atitudes é possível cuidar melhor deste patrimônio. Confira algumas dicas selecionadas pela Revista Exibidor para melhorar o cotidiano dos exibidores e o relacionamento com o cliente final
C
uidar do cinema é cuidar do seu cliente. Quando um exibidor busca melhorar a qualidade nos serviços prestados, está, na verdade, cativando e fidelizando o consumidor. Por vezes, o exibidor dá mais atenção a determinados aspectos, deixando outros de lado.
Organização, atendimento e boa infraestrutura ajudam a compor um ambiente especial e nem precisa muito esforço, com poucas dicas é possível melhorar e acrescentar ao negócio cinema um “quê” de especial. A Revista Exibidor completa oito edições e ao longo desse período percebeu as necessidades do mercado e ao mesmo tempo se tornou porta voz não só dos exibidores, mas dos fornecedores preocupados em contribuir com o mercado. Ao fomentar o diálogo, o mercado se tornou mais informado e formado e todos saíram ganhando. Ao entrevistar os profissionais, o espaço das matérias era pouco para registrar a grandiosidade de tantos assuntos. Por isso, aqui neste guia você terá um compilado das dicas já publicadas e tantas outras que por falta de espaço não foram mencionadas. Além disso, outros profissionais foram consultados e novos temas surgiram. Confira:
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capa
Bilheteria 1
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4
5
Exponha os horários de todo o complexo em forma de fácil visualização. Os horários devem ser dispostos em dois formatos: em ordem de sala e em ordem de horários. A melhor solução custo/ benefício são os folhetos.
Quanto maior a fila, maior a de sordem em frente às bilheterias. Fique atento a isso e reserve um funcionário para organizar as filas e estar pronto para ajudar qualquer pessoa que esteja chegando.
ingressos, reserve um grupo de guichês exclusivo para este filme. Muitos clientes que gostariam de assistir outro filme – não muito concorrido - teriam acesso rápido e fácil às bilheterias. 6
7
Prefira trabalhar com guichês de bilheterias abertos – sem vidro. O atendimento se torna mais pessoal e a conversa cliente/atendente fica mais clara e humanizada.
Cliente não é gado. Chamá-lo de “próximo“ é irritante e pouco educado. Que tal um “Caixa Livre”ou “Senhor(a), é a sua vez“? Promova campanhas para evitar fi las. Em alguns cinemas da Ásia, o ingresso é mais barato se comprado com até 24 horas de antecedência.
8
Para os lançamentos onde se espera grande fluxo de venda de
A venda de ingresso numerado evita filas de acesso à sala de exibição. Além disso, o número de guichês diminui se as compras de ingresso pela internet aumentam. Resultado: mais espaço no saguão para os clientes.
9
Alguns exibidores já vendem
ingresso e os combos na pró-
pria bilheteria. Isso agiliza o atendimento. 10
O uso de ATM’s (caixa de autoatendimento) já é quase uma obrigação por parte do exibidor. Quanto mais ATM’s, mais opção o cliente tem de comprar o seu ingresso.
11
Negocie com o shopping center e espalhe pelos seus corredores os ATM’s. O espaço é ótimo
para divulgar os filmes em cartaz já que é uma área com grande fluxo de público. 12
Os guichês preferenciais de aten dimento na bilheteria já funcionam bem, então porque não ter guichês assim na bombonière? Evitaria confusões e o atendimento ficaria mais respeitoso.
Se algum ATM estiver em ma-
nutenção, sinalize para o cliente. Ele vai ficar irritado ao optar
pelo ATM e depois ter que en-
trar na fila da bilheteria quando
descobrir que o mesmo não está funcionando.
bombonière 13
Alguns cinemas disponibilizam pequenos “carros” que levam uma determinada quantidade de pipoca e refrigerante até a sala de exibição. Com isso, o cliente pode comprar mais e sem ter que sair da sala.
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Se a sala de cinema tiver uma bombonière interna no complexo, deixe pelo menos um atendente disponível. Imagine o cliente optar por comprar dentro do complexo e a bombonière estiver fechada.
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Bombonière, em muitos casos, arrecada mais que a bilheteria. Portanto, a quantidade de atendentes e guichês abertos deve ser no mínimo igual à área de bilheteria. No caso dos pontos de autoatendimento, a cada dois ATM’s, aconselha-se um guichê de bombonière aberto.
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Em situações que o filme é muito longo, seria interessante um intervalo. Assim, os clientes recarregam o estoque de pipoca e refrigerante e o exibidor lucra mais.
peça. Afinal, ele pode esquecer e na hora do filme ter que limpar a mão em outro local, como a poltrona. 18
Oriente os funcionários a sempre entregarem guardanapos na bombonière, ainda que o cliente não
Negocie sacos de lixo patrocinados e ofereça aos clientes. A quantidade de lixo jogado entre as poltronas da sala de exibição diminuirá bastante.
sala de exibição 19
20
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A saída de emergência e os extintores devem estar sinalizados adequadamente dentro das salas, facilitando a sua localização. Além disso, é uma norma regida por lei municipal ou até mesmo estadual. Já estão em funcionamento no Brasil salas de cinema com disposição variada de poltronas. Numa mesma sala há poltronas com namoradeiras para casais, convencionais e poltronas VIP. Ao comprar o ingresso, o cliente paga um preço diferenciado dependendo da poltrona que escolher.
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Muitos clientes gostam de chegar com antecedência à sala de exibição. Crie um ambiente próprio
para recepcioná-lo, uma música ambiente é ideal para já ir acostumando o cliente a se preparar para assistir o filme. Negociar a divulgação de clipes musicais em primeira mão também pode ser uma alternativa interessante.
24
Outra opção é criar uma “rádio própria” com uma programação exclusiva com música e propaganda antes dos trailers e propagandas na tela.
25
Verifique sempre a temperatura da sala. É importante que o cliente se sinta à vontade e não congelando ou ainda morrendo de calor. Se o ar estiver com problemas, feche a sala até que o mesmo seja consertado.
As crianças adoram um cineminha, mas a poltrona não foi feita para elas. É importante ter adaptadores e em fácil localização, com quantidade suficiente para todas as salas onde forem exibidos filmes para o público infantil. As poltronas que não estiverem em boas condições de uso, devem ser interditadas e sinalizadas dentro da sala. O uso de capas brancas com os dizeres “em manutenção“ para cobrir o encosto é uma ótima forma de informar sem denegrir a imagem do cinema.
salas 3d 26
A tecnologia 3D é um bom atrati-
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vo para a sala de cinema, mas pode
ser um grande estorvo operacional. Afinal, a distribuição dos óculos deve ser controlada. Para agilizar o atendimento, muitos exibido-
res entregam os óculos quando o cliente compra o ingresso.
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É importante deixar claro para o cliente, se possível num cartaz, que os efeitos 3D nem sempre são percebidos igualmente por todos. Alguns clientes podem sentir desconfortos e até passar mal. Hoje, já há no mercado opções de óculos 3D para crianças e para
quem já utiliza óculos de grau. Os modelos permitem que todos os clientes assistam aos filmes confortavelmente sem terem de ficar arrumando os óculos durante o filme.
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conteúdo e projeção 29
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Desenvolva uma espécie de manual para o projecionista, um check list para ele seguir passo a passo tudo o que pode eventualmente dar errado antes da exibição do filme. O enquadramento, o som, a iluminação. Muitos clientes reclamam que assistem a um filme inteiro com enquadramento errado, qualidade da imagem ou som ruim. Um treinamento adequado pode evitar isso. Principalmente com a transição do 35mm para o digital, é preciso treinar – e muito - os funcionários.
res digitais é recomendado que cada complexo tenha um jogo de peças para reposição. Os exibidores não estão muito habituados a investir em peças de reposição, pois buscam sempre o menor investimento por sala, porém a prática tem mostrado que o custo da sala parada é muitas vezes superior ao investimento que deveria ser feito nestes kits. 31
Para garantir um melhor desempenho no funcionamento dos projeto-
ram assistir de pé, logo a iluminação pode ser um pouco maior, para que o cliente enxergue o ambiente. 32
Hoje, muitas são as opções para uma sala de cinema: exibição de shows, jogos, etc. Tudo isso exige um comportamento e uma percepção diferenciada por parte do projecionista. Num show de rock pode ser que os expectadores quei-
O mesmo é válido para o uso do celular. Geralmente, seu uso não é aconselhado nas salas de cinema, mas se for um show ou um jogo, o exibidor pode até incentivar o uso desses aparelhos para motivar a interação com o público. (Leia o artigo de Igor Kupstas na página 22)
Hall e corredores de acesso 33
34
Antes de começar a sessão, organize filas entre 15 a 20 minutos de antecedência do início do filme. Para grandes lançamentos, triplique este tempo. Oriente o funcionário a direcionar o cliente corretamente e sem ser “mecânico”. Deseje uma boa sessão e um bom filme.
Para cinemas com saguão grande de acesso às salas, crie dois tipos de fila: os pagantes de inteira e os pagantes de meia. Isso facilita o processo de verificação de comprovação do pagamento de meia-entrada.
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37
Sinalize bem e coerentemente a localização das salas. O ideal é seguir uma ordem, qualquer que seja ela. É inadmissível, por exemplo, a sala 3 ao lado da 6 sem justificativa.
Por mais que as salas tenham nome de patrocínios, deve haver um número para cada uma delas. Isso ajuda ainda mais a dica anterior.
No processo de desenvolvimento de arquitetura de um cinema, construa sempre as salas maiores mais próximas da entrada e as
menores mais distantes. Assim, tanto a entrada, a saída e o acesso à bombonière são facilitados ao público. 38
Utilize bem o espaço do seu cinema, exponha os materiais dos distribuidores. Crie no seu clien-
te o desejo de voltar ao cinema para assistir o próximo lança-
mento. A moda atual são as TV’s de plasma que expõem os mate-
riais de forma animada e, em alguns casos, interativa.
Atendimento 39
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Já entraram em operação no Brasil algumas salas de exibição com autosserviço. Ou seja, o cliente compra o que deseja e já se serve, ao estilo do autosserviço das lojas de conveniência das estradas brasileiras utilizando uma comanda eletrônica. É uma opção que existe em outros países e que tem conquistado adeptos no país.
mento e campanhas motivacionais. Um funcionário valorizado atende melhor e encanta o cliente. Formar gerentes capacitados para monitorar a equipe é uma boa estratégia. 41
A rotatividade dos funcionários é um problema enfrentado por muitos exibidores. Portanto, é necessário investir em treina-
até o início do filme para não incomodar outras pessoas. 42
As salas VIP’s têm um diferencial muito bacana, o cliente conta com o atendimento de um garçom para trazer até a sala o pedido. No entanto, o entra e sai do garçom acaba atrapalhando o filme. Seria interessante sugerir ao cliente que fizesse seu pedido
Promova o seu cinema como negócio. Crie uma relação mais íntima com o cliente, faça campanhas de fidelidade e se aproxime dele, independentemente do filme que está sendo exibido. (Veja reportagem na página 38).
banheiros e limpeza 43
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45
A cada duas horas, efetue uma revisão nos banheiros dos cinemas. Desde a limpeza, desinfecção, até a recarga de papéis e sabonetes. Aposte também na ambientação, decore o ambiente e deixe-o aconchegante para o cliente.
limpeza melhor que você, oferecem o material e no final, o que parece ser mais caro, tem o mesmo custo. 46
Em época de grande fluxo – lançamentos comerciais e férias – contrate uma pessoa temporária para ficar nos banheiros integralmente. Para evitar problemas trabalhistas com a área de colaboradores de limpeza, contrate empresas terceirizadas. Eles entendem de
50
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Durante a limpeza das salas de exibição, utilize a lâmpada de luz negra nas poltronas – aquelas azuis para descobrir dinheiro falso. Com elas, é possível encontrar prováveis chicletes deixados por clientes de má fé. Ao limpar os espaços que antecedem a sala de exibição, bombonère, hall, sinalize com placas para evitar acidentes.
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É importante que as salas de exibição sejam limpas regularmente entre uma sessão e outra, não há nada mais incômodo do que entrar numa sala e ver pipoca no chão, guardanapos entre as poltronas e copos vazios de refrigerante. Isso sem falar nos insetos que podem ser atraídos por restos de alimentos. A limpeza e manutenção preventiva do ar condicionado devem ser feitas periodicamente para evitar odores, mal estar no cliente e até prejuízos para o próprio exibidor, como aumento na conta de energia elétrica.
E por fim, leia a Revista Exibidor. Não só leia, mas participe, envie suas sugestões, comentários. Aqui é o seu espaço, aproveite-o da melhor maneira.
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recursos humanos
O que é ser um Líder Treinador? P or : A ntonio L ima N eto
V
amos iniciar este artigo com uma pergunta, “onde você ad-
quiriu todo seu conhecimento e habilidade para execução de
suas tarefas?” Certamente a sua resposta
não foi sala de aula. Mas, chegou à conclusão que foi no dia-a-dia à medida que
colocava em prática os conceitos e teorias adquiridos principalmente quando se espelhava naquelas pessoas que assumiram
um importante papel em sua vida profissional – o de mentores, não é mesmo?
Um líder competente necessita de di-
versas habilidades como capacidade
de estabelecer uma boa comunicação,
de tomar decisões rápidas e coerentes, de ser persuasivo, gestor da mudança e motivação, ser empático, enfim, ter desenvolvido todos estes traços que são
indispensáveis ao perfil daquele que quer se destacar no comando de pesso-
as. Contudo, nos dias atuais, o líder terá que se preocupar com outro aspecto de
igual importância: a capacidade de ser o “treinador” de sua equipe.
Independente da chegada de novos
profissionais, o líder tem que se conscientizar de que ele é o “técnico da
equipe” e, como tal, deve assumir esta
missão. Mas isto não é tarefa fácil de ser exercida. Competências específicas devem ser desenvolvidas para alcançar
Considerando que “competência” é o
conjunto de conhecimento, habilidade e atitude e, dentre esses fatores o líder so-
mente pode interferir no conhecimento. Uma vez que habilidade está relacionada
com a repetição daquilo que foi “apren-
dido” e a atitude está relacionada com a personalidade do trabalhador.
Aqui fica claro o quanto a capacidade de
seus objetivos.
treinar a equipe é de fundamental impor-
No passado, o conhecimento das técnicas
que poderá a qualquer momento corrigir
de treinamento ou didática da aprendizagem era assunto para professor ou pro-
fissional da área de treinamento. Hoje as
tância para o sucesso da missão do líder, desvios ou melhorar ainda mais o potencial de trabalho de seus comandados.
coisas são diferentes.
Aproveito aqui para fazer menção a um
Quanto mais domínio das técnicas
sende conhecido pela maioria das pessoas
voltadas para o ensino ou treinamento, mais é possível ter o controle sobre o
potencial evolutivo da equipe. Além de conseguir detectar rapidamente quais competências essenciais que devem ser desenvolvidas.
grande líder, Sr. Bernardo Rocha de Re-
como Bernardinho, técnico da Seleção
masculina de Vôlei do Brasil. Ele mantém
um time tão bem treinado que pode subs-
tituir um ou mais jogadores sem reduzir
o desempenho da equipe. Esse é o papel do verdadeiro LÍDER TREINADOR.
Antonio Lima Neto | antonio@lidertreinador.com.br *Psicólogo/UNG (Universidade de Guarulhos) e graduando em MBA Executivo Marketing/INPG. Possui mais de 22 anos de experiência profissional na área de Recursos Humanos, Treinamento e Desenvolvimento de pessoas em empresas de grande porte e renome no Brasil. Sólida vivência com coordenação e gerenciamento de atividades de desenvolvimento organizacional, programas de trainees e estágios, processos de contratação, treinamento e avaliação de desempenho.
37 Exibidor, janeiro-2013
marketing
Um negócio chamado “Cinema” P or : N atalí A lencar
Promover os filmes, ainda que não seja da maneira ideal, é critério básico para os exibidores, mas e a promoção do próprio cinema? Como promovê-lo além da sazonalidade dos filmes?
A
s parcerias com os distribuidores na promoção dos filmes são estratégias que funcionam muito bem e devem continuar sendo feitas com maior empenho e dedicação de ambos os lados. No entanto, promover o cinema como negócio para fidelizar o cliente ainda é pouco utilizado pelos exibidores. Infelizmente, o mercado ainda se preocupa mais com os filmes e acaba se esquecendo do negócio principal que é o próprio cinema. A promoção da sala de exibição é a somatória da premissa básica de marketing, que diz que para se promover um negócio é preciso ter o produto certo, na praça adequada, com o preço correto, divulgando-o com promoções efetivas e adequada ao seu
38 Exibidor, janeiro-2013
target. É assim que define Patrícia Cotta, gerente de marketing da Kinoplex. Ela exemplifica dizendo que “o produto certo é o compromisso em ter um cinema confortável, sempre com o que há de mais avançado em tecnologia de projeção e som e um atendimento de excelência capaz de otimizar o tempo de nosso cliente e encantá-lo. A praça adequada é distribuir estrategicamente os cinemas por todo o Brasil, de maneira a levar cultura e lazer a toda a população, adaptando itens como programação e oferta de produtos de valor agregado de acordo com o perfil de cada local”. O desafio é fazer com que o cliente seja fiel ao seu cinema e é aí que o problema começa. Embora essa seja uma tarefa de
comunicação integrada com uma missão
Para promover o Cinema não é preciso
ações em vallets”, diz Meyer Nigri, diretor
tos da empresa, é o setor de marketing que
nos, estratégias e metas. Tudo é muito fácil
como as Agências Fischer Friends, Ogilvy,
em comum entre os diversos departamentem um papel decisivo, afinal é ele quem gerencia essas ações. “A área de marketing tem o papel fundamental dentro da em-
presa, ao gerenciar a qualidade dos serviços prestados nos cinemas, identificar
oportunidades e antecipar tendências”, explica Maricy Leal, gerente de marketing
da Cinemark. A executiva comenta que as estratégias incluem: oferecer tecnologia
de ponta nas salas, um bom atendimento,
promoções sazonais, programas temáticos, além de um programa de fidelidade.
muito, basta usar a criatividade e criar plana teoria, mas como funciona na prática?
A agência de ativação Four Midia orienta que o exibidor procure parcerias com em-
executivo da empresa que atende clientes
Young, JWT Thompson, Dim & Canzian, Discovery Kids, e os clientes Claro, Santander, Vivo e AES Eletropaulo.
presas e lojas do entorno para promover
Um dos focos estratégicos do marketing
um cartão fidelidade, em que os clientes
volvendo ações diferentes de bilheteria
descontos aos seus clientes, e também criar
poderão trocar os pontos acumulados por ingressos ou produtos, como pipoca, refrigerante, etc. “Devem investir em ações de ativação, como dispensers personalizados que podem ser instalados nos banhei-
ros dos bares de faculdades, restaurantes,
é investir na área promocional, desen-
e bombonière. “Além das promoções, a Rede Cinesystem investe em atendi-
mento ao cliente através do programa de fidelização Clube da Pipoca e dedicação
exclusiva de um setor do marketing para
relacionamento através das redes sociais”,
Ações que deram certo Investir em ações para cativar o cliente, independentemente do filme, pode ser feito por grandes, médios e pequenos exibidores. Conheça alguns exemplos:
“Nosso projeto de maior sucesso no que diz respeito a fidelização de clientes é o “Clube da Pipoca”, que possui aproximadamente 90 mil membros. Trata-se de um programa que cria um vínculo importante com o cliente. Os resultados e o sucesso da ação nos estimulam a continuar buscando a inovação no atendimento e, principalmente, a usar ainda mais a internet, em especial as redes sociais, para fazer essa aproximação com quem tem preferência pela Rede”.
“Uma ação de marketing que nos orgulha muito, por sermos o maior exibidor 100% brasileiro, é a promoção ‘Orgulho de ser brasileiro’, que tem como objetivo principal apoiar o cinema nacional. Todos os clientes que assistirem a um filme brasileiro em nossas salas até dezembro concorrem a prêmios, incluindo uma viagem a dois, com tudo pago, para um destino turístico de nosso país. Essa ação não é focada apenas em um filme, mas sim em todos os filmes produzidos pelo nosso cinema brasileiro”.
Patrícia Cotta - Kinoplex
“Dentre as várias promoções, destacam-se: a Mostra 14 Bis de Audiovisual, que viabiliza a produção de filmes regionais e sua exibição no Cine 14 Bis”.
Sâmara Kurihara Cinesystem
“Tivemos várias atividades bem sucedidas que se repetem ao longo dos anos. O Projeta Brasil, em comemoração ao cinema brasileiro, já está na sua 13ª edição. O Festival Internacional de Cinema Infantil chegou na 10ª edição. A sessão Cinematerna, que começou em poucos cinemas e hoje está em mais de 25 complexos, é outro exemplo. Também podemos citar as promoções de snackbar com brindes temáticos, que eram realizadas apenas nos meses de alta temporada, e atualmente acontecem durante todo o ano”.
Mauri Palos – Cine 14 Bis
Crie a sua receita
Maricy Leal – Cinemark
Nem sempre a receita de sucesso de determinado exibidor pode ser usada por todos, pois existem muitas variáveis que interferem. Os ingredientes são os mesmos, porém a forma como cada exibidor vai manipulá-los é que vai construir o seu perfil e a sua diferenciação no mercado.
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marketing ©Divulgação
conta a gerente de Marketing da Rede Cinesystem Cinemas, ` Kurihara. O Cine 14 Bis adotou como política de trabalho o reconhecimento de espaço multiuso. Ao avaliar o mercado regional, a estratégia foi fixar a marca Cine 14 Bis e apresentá-la como espaço cultural regional. “Foram realizados cursos, mostras de cinema, exposições de artes e eventos musicais, além da exibição de filmes. Assim, possibilitou que toda região conhecesse o Cine 14 Bis. Depois a estratégia foi promover o espaço com centro de convenções, reuniões e formaturas. Com isso, foi possível que boa parcela das cidades mineiras de Guaxupé, São Sebastião do Paraíso e região conhecessem o Cine 14 Bis, mesmo que ainda não tivessem visto filmes ali”, conta Mauri Palos. Criar oportunidades e possibilidades para todos os públicos pode ser uma boa alternativa, como exemplifica Patrícia, da Kinoplex: “O preço certo é desenhado de acordo com o perfil sócio econômico de cada cinema, e criando sempre promoções de preço que permitam o acesso ao cinema a todos os perfis. Hoje temos ingressos que chegam a R$ 3, o que permite o acesso a todas as classes sociais. E promoções efetivas são aquelas desenhadas de acordo com as necessidades identificadas através de um relacionamento próximo com os clientes e adaptadas a
Campanhas promocionais realizadas pela Cinesystem
necessidade de cada cinema, de acordo com o perfil de seu público”. O comércio local também pode ser fruto de ótimas parcerias. Lojistas, restaurantes e até colégios podem ser opções. Oferecer descontos, brindes e bônus aumentam a frequência dos clientes e conquistam novos adeptos ao cinema. Maricy Leal completa: “Além dos distribuidores, contamos também com parceiros de outros segmentos com poder de comunicação massivo para ajudar na divulgação das nossas salas, mantendo assim os complexos da rede sempre em evidência, independente do filme em cartaz”. Há ainda opções um pouco mais ousadas. Para a Agência Four Midia, os exibidores devem ser inovadores. “Como os cinemas
normalmente tem um bom espaço interno, eu criaria ações para entreter a família. Que tal pedalar as bicicletas para gerar energia
limpa e, por exemplo, carregar os celulares”, sugere o diretor executivo Meyer Nigri.
Para criar uma relação mais próxima com cliente e fazer com que ele seja mais fiel ao seu cinema, as campanhas de fidelidade são muito utilizadas.
No caso do Cine 14 Bis, há o programa “sócio”, que dá ao cliente uma carteirinha
e um valor mensal para utilizar em sessões. Há ainda o programa de “vales-ingressos”, no qual as empresas adquirem
vales-ingressos em valores promocionais para distribuir aos funcionários.
Como promover seu cinema
Por meio da utilização de cartões de fidelidade com brindes, prêmios e bônus pela utilização.
Programas de desconto estimulando a frequência, como por exemplo, a cada cinco idas ao cinema, a sexta é por conta do exibidor.
40 Exibidor, janeiro-2013
Valorização dos materiais de cinema: além da quantidade, a qualidade do material exposto, por meio de peças mais elaboradas e interativas. A experiência tem que começar desde o hall do cinema.
Buscar realizar eventos diferenciados no cinema para atrair um público que eventualmente não seja frequentador e possa perceber o cinema de forma diferenciada, conhecer a estrutura e os serviços, etc.
Alimentação
Muito além da pipoca P or : C ibele G andolpho
Mix diferenciado é alternativa para fugir do cardápio tradicional de combos e atender a clientes de várias regiões do Brasil
Q
ue a pipoca é o ícone das salas de cinema do mundo todo ninguém duvida. Mauri Palos, diretor do Cine 14 Bis, empresa com cinemas em Guaxupé e São Sebastião do Paraíso (MG), destaca que a relação do espectador com a pipoca está intimamente ligada ao glamour do cinema. “A paixão pela pipoca é tão grande que o mercado já está preparado para tanta demanda, com as pipoqueiras modernas que atendem ao alto consumo. A logística dos balcões das bombonières é voltada para as vendas de pipocas e refrigerantes e as poltronas são confeccionadas com porta-copos, na expectativa de incentivar o consumo do cliente”, afirma.
des. A regionalização também conta, onde o cardápio acompanha o gosto local. Mate, algodão doce, pão de queijo, cachorro quente, quentão, chocolate quente e até Guaraná Jesus são alguns dos produtos que podem ser encontrados em cinemas de cidades do Brasil.
No entanto, uma forte tendência tem ganhado espaço nos últimos anos com a modernização dos complexos. Com salas mais tecnológicas, a experiência de ver um filme na telona se tornou mais prazerosa depois que o exibidor começou a se preocupar em oferecer serviços agregados e mix variados de produtos nas bombonières.
Para Patricia Cotta, gerente de marketing do Kinoplex, a gama de opções já se expandiu do básico pipoca com refrigerante faz tempo. “Oferecemos pipoca salgada produzida na hora, pipoca doce industrializada, refrigerantes, amendoins, balas, chicletes e chocolates para a maioria das cidades porque realizamos grandes negociações com fornecedores que atendem todo o Brasil. Mas, também avaliamos o gosto regional e criamos alguns toques locais em nossa bombonière. Em São Paulo, por exemplo, dispomos de saches de pimenta para os clientes e, nas salas Platinum, há um cardápio sofisticado que inclui pipoca com azeite e sal saborizados, que não é uma regionalização, mas sim uma particularidade”, afirma.
Balas, chocolates, pastilhas, churros com doce de leite, pipoca doce e pipocas com azeite e com pimenta são alguns dos atrativos que permeiam hoje as tradicionais salas de cinemas das grandes cida-
Já no Rio de Janeiro, Patricia comenta que o chá mate é um item que faz muito sucesso nas salas do Kinoplex, especialmente na Zona Sul. “Por se tratar de um item muito comum na praia, o
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público também busca o mate nos cinemas
próximos ao mar. Sempre acompanhamos as solicitações de nossos clientes e atendemos às demandas por meio de canais de re-
lacionamento e pesquisa. Outra ferramenta que utilizamos é a análise dos resultados de vendas para que possamos mapear as pre-
ferências regionais, fazendo as adaptações necessárias”, conta a diretora.
A Mavalério, que fornece milho para os
cinemas, tem um cardápio amplo para os exibidores que querem diversificar. “Temos mistura para fritura sabor manteiga, sal mi-
cronizado amarelo, pipoca sabor caramelo em sachê, pipoca caramelada em pote e algodão doce sabores tutti frutti e uva”, afir-
ma Alexandre Petroni, gestor de negócios
da empresa. “Notamos que, na região Sul, a pipoca sabor caramelo tem uma venda
muito alta. Em algumas cidades, chega a se igualar à venda com a pipoca salgada.”
O importante é tentar, pois ainda que algu-
mas alternativas não sejam bem sucedidas, abrem espaço para outras que podem ser muito melhores. É sempre válido inovar.
Durante um período, o Cine 14 Bis incrementou ao cardápio, a pedido dos clientes, café, salgados e pão de queijo. No entanto, a ideia não prosperou devido à baixa procura e forma de atendimento que estes produtos exigem. “O público chega ao cinema, geralmente, quase na hora do início da sessão. A aglomeração de pessoas e o pouco tempo para atendimento obrigam que a bombonière ofereça produtos de entrega rápida e prática, como pipocas e refrigerantes. Portanto, se o exibidor quer oferecer essa diversidade, ele precisa ter uma estrutura bem maior. Mas, uma vez por ano, o Cine 14 Bis realiza uma pesquisa entre os clientes. Os dados são orientadores de decisões sobre as preferências”, destaca Palos. No lugar da regionalização, o Cine 14 Bis aderiu à sazonalidade para se diferenciar. No inverno, em algumas sessões noturnas é oferecido aos clientes quentão (bebida típica das festas juninas a base de água ardente e gengibre quente) em canecas. “Mas, respeitamos os limites do produto, que tem que ser feito na hora e em pouca quantidade, por se tratar de bebida alcoólica. O chocolate quente, na mesma época, também, é sucesso nas sessões.”
Na rede Cinesystem, além da tradicional pipoca e do refrigerante, outro produto bastante vendido pela rede em várias cidades é o algodão doce. “Sempre estamos atentos às novas tendências”, destaca Sâmara Kurihara da Cinesystem. O único produto vendido regionalmente pela rede é o Guaraná Jesus, em São Luís do Maranhão. “Lá, o refrigerante é muito consumido e compensa oferecermos a bebida na bombonière.” Já a exibidora Centerplex está trabalhando para que algumas cidades em regiões específicas possam oferecer ao cliente algum produto diferenciado e da região. “É uma tendência. Testamos a aceitação de produtos colocando-os por um tempo em algumas praças. Se o retorno for positivo, eles são inseridos como um produto fixo na bombonière”, conta Marcio Eli Leão de Lima, diretor executivo do Centerplex.
Influência internacional Desde o surgimento do cinema na França, em 1895, as salas de exibição se disseminaram pelo mundo e passaram por inúmeras modificações e modernizações. No quesito
Cardápios gourmet O Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, que possui salas da rede Cinemark em parceria com o Bradesco, oferece desde 2008 uma nova forma de vivenciar o ambiente da tela. No snack bar, o cliente pode escolher, por meio de tablets, petiscos e vinhos que são entregues diretamente nas poltronas de cada sala, antes do início da sessão. O cardápio é bem robusto e conta com quitutes compostos por ingredientes brasileiros com um toque internacional, como o canudinho de pato e o brigadeiro de colher feito com capim santo, além de receitas como roll de bacalhau, palmito pupunha ao azeite, macarron de goiabada e queijo, sanduíche de frango com mostarda, bolinho de castanhas do pará e chocolate, ciabatta de filé mignon, sorvetes e prosecco.
No Kinoplex Platinum de São Paulo, a bombonière capricha na pipoca, que leva azeite de pimenta, cardamomo e sal virgem temperado com especiarias. Ainda no cardápio, o cliente encontra opções sofisticadas e bebidas como chás aromatizados e vinhos. No Rio de Janeiro, a tendência também se confirma. No UCI do Shopping New York City Center há uma bombonière que também aposta em pipoca com azeites aromatizados e espumantes. Outras opções são bolinho de feijoada com molho suave de pimenta, cheesecake à moda de Nova York com calda de pimenta e sanduíche de parma com queijo de cabra e batatas prussianas.
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Alimentação gastronomia, apesar de os exibidores tentarem adequar o gosto nacional aos seus produtos, sempre há uma influência do mercado estrangeiro nas salas nacionais. Para Petroni, da Mavalério, atualmente, com a entrada de grandes redes internacionais no Brasil, existe a tendência estrangeira que deve influenciar a médio prazo o mercado nacional, fazendo com que as redes de cinemas nacionais acompanhem as internacionais. Para ele, existe uma preocupação em escolher uma linha de produtos que agrade aos brasileiros e ao mesmo tempo copie o modelo estrangeiro a fim de oferecer mais produtos, tais como nachos, cachorro-quente e sorvetes. “Essas redes também se adaptam aos brasileiros, incorporando produtos como pão de queijo e sucos nacionais. Um bom exemplo é o algodão doce em pote já pronto para o consumo que a Mavalério lançou. Este produto é muito comum nos
Estados Unidos, no México, no Canadá e em outros países”, ressalta. “Temos que ressaltar que as empresas multinacionais oferecem melhores condições e apoios. Então por que não adequar essa influência ao mercado local? O trabalho se torna mais fácil, principalmente com as distribuidoras de bebidas”, afirma Palos, do Cine 14 Bis. Lima, do Centerplex, diz que a rede tenta se diferenciar para criar variações contra a concorrência. “Mas, cada cinema responde de maneira diferente com cada produto específico. Tem cidades que aceitam um tipo de chocolate e outras que nem vendemos porque não é bem visto pelo cliente”, conta. Sâmara, da Cinesystem, por sua vez, afirma que a equipe constantemente visita cinemas e feiras no exterior para trazer sempre
o que há de mais novo para seus clientes. A Mavalério também faz pesquisas nacionais em cinemas e em outros mercados para lançar produtos inovadores e que tenham grande apelo para o consumidor, a fim de direcionar melhor suas vendas. No entanto, há quem vá na contramão das tendências internacionais para garantir a qualidade e consegue soluções que nem sempre dão certo para a maioria dos exibidores. O GNC (Grupo Nacional de Cinemas), por exemplo, deixou de vender os refrigerantes de máquina porque a qualidade da água estava interferindo no sabor da bebida. A rede passou a utilizar refrigerante em lata ou garrafa. Não importa o tamanho do cardápio. O fato é que a gastronomia diversificada, junto com a tradicional pipoca, definitivamente caiu no gosto dos brasileiros e continua fazendo a ida ao cinema uma experiência única.
Qualidade no atendimento A Revista Exibidor testou alguns atendimentos em São Paulo e constatou que a média de atendimento é de 10 minutos, podendo chegar a 20 minutos se houver muita fila. Na última sessão (22h) de um cinema da Zona Norte de São Paulo (SP), a bombonière possui dois lados de atendimento. Como não havia nenhuma fila, a opção escolhida foi o lado interno. A atendente disse que os caixas estavam fechados e era preciso dar a volta no balcão, para que o pedido fosse feito nos caixas externos, que também estavam vazios. A boa vontade aqui não contou. A distância era de apenas dois metros, no máximo, e seria mais simples para a atendente fazer o pedido do que o cliente dar a volta toda. Conclusão: o espectador desistiu do pedido pela má vontade da funcionária. Em outro cinema da cidade sem fila alguma, o pedido de uma pipoca grande e um suco
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levou 4 minutos e 55 segundos para ser atendido. Em uma sala da Vila Mariana, o atendimento foi pior, 7 minutos na fila e mais 5 minutos para ser atendido, muito tempo para entregar apenas um refrigerante. Em São Caetano, depois de 35 minutos para comprar um ingresso, a ida à bombonière compensou. Mesmo com uma fila razoável, foram gastos 5 minutos para chegar ao caixa e mais 1:30 minuto para conseguir comprar dois combos de pipoca salgada com refrigerante e uma pipoca doce. A atendente foi muito simpática e atenciosa. A pior experiência foi em uma sessão do filme A Saga Crepúsculo: Amanhecer 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn Part 2) na semana de estreia do filme em um cinema da região da Avenida Paulista. Foram gastos 30 minutos na fila e mais 10 minutos para o pedido de um combo de pipoca e refrigerante chegar. A justificativa é que a
pipoca havia acabado e precisava ser produzida mais. No entanto, as pipocas são feitas na hora. Além disso, a atendente não prestou atenção na solicitação: manteiga no meio e em cima da pipoca. A distância de tempo entre o pedido e a ação de ir buscar a pipoca foi de 30 segundos e mesmo assim ela esqueceu. Ao ser questionada, a funcionária não se interessou em oferecer outro saco de pipocas com a solicitação correta e ainda estava com um humor péssimo. Já a fila para recarregar pacotes de pipoca era pequena, com apenas um atendente, e os clientes levavam cerca de 5 minutos para receber o produto. Fica a dica para os exibidores: não adianta as salas serem ótimas, os produtos serem de boa qualidade, se o estresse gerado faz muita gente desistir de comprar uma simples pipoca.
prêmio ED
2 012
Parceria, alegria e união fizeram do Prêmio ED mais uma edição marcante P or : N atalí A lencar
As homenagens tiveram um tom especial e a emoção tomou conta de todos. Histórias marcantes e profissionais imbatíveis
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N
a abertura da 5ª Edição do Prêmio ED, realizado em 13 de dezembro, os números revelaram que foi um ano de recordes. O Brasil ultrapassou os números de 2011 e trouxe novo ânimo e fôlego. No total foram inauguradas 178 novas salas de cinema e os 141 milhões de expectadores registrados em 2011, já havia sido ultrapassado antes mesmo do término do ano. Ao som de Seu Jorge, com a música “Meu Parceiro” e imagens dos principais filmes lançados neste ano, o mercado celebrou o que passou, reviveu bons momentos e previu novas conquistas. Em mais um discurso bem humorado, o presidente do SEECESP (Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo) e da Centerplex Cinemas, Eli Jorge Lins de Lima, agradeceu a presença de todos e desejou um 2013 ainda melhor: “Que tenhamos bons filmes, principalmente nacionais para nos ajudar a cumprir as metas”. Ele não imaginava que uma das grandes emoções de sua vida ainda estava por vir. Quando os ganhadores começaram a ser anunciados, uma enorme festa já havia se formado. Mais do que ser premiado e lembrado, os executivos celebravam as vitórias dos colegas. Assim, os ganhadores iam se revelando, os colegas aplaudiam e a equipe vibrava. O primeiro prêmio anunciado foi o Destaque Equipe de Programação concedido ao Espaço Itaú de Cinema. Toninho Campos, da Roxy Cinemas, foi o Destaque Profissional de Programação e Patrícia Cotta, da Kinoplex, o Destaque Profissional de Marketing. Em seguida, Cinemark e Cinépolis receberam dois prêmios cada. (Veja a lista detalhada no final da reportagem). Antes de anunciar os destaques da Distribuição, foi a vez de prestar homenagens especiais às figuras ilustres do mercado. O produtor Augusto Casé (E aí Comeu, Cilada.com) recebeu de Márcio Fracarolli, da Paris Filmes, o Destaque Profissional Cinema Nacional. “O cinema precisa de
parceiros. Para se ter um bom produto é preciso pensar em todos os exibidores e acreditar no filme como um produto para entreter, fazendo o público rir e se emocionar. O que a gente não inventa, não existe”, discursou Casé. O Troféu Francisco Campos foi entregue a Adalberto Macedo. “Sinto-me honrado em receber este prêmio que tem o nome de uma figura exponencial. Creio que dediquei minha vida à exibição e sempre me considerei um apaixonado pelo cinema”, disse. Aristides Cruz, da Paramount, recebeu o Troféu Alexandre Adamiu e duas surpresas: um vídeo especial feito por sua equipe de trabalho e a presença da esposa, que o abraçou carinhosamente. E quando todos achavam que as grandes emoções já haviam terminado, eis que a tradicional apresentadora do Evento, Renata Boldrini, anunciou uma Homenagem Especial, concedida a Eli Jorge Lins de Lima. Com uma carreira toda dedicada ao mercado cinematográfico, não poderia ser diferente. Seu Eli, como assim é carinhosamente lembrado pelo mercado, foi aplaudido de pé por todos. Ele agradeceu a homenagem e discursou sobre a importância do mercado se reunir e celebrar. “A emoção sempre toma conta quando estou aqui. O Prêmio ED não é meu, é de todos, e a cada ano o evento está melhor. Quero agradecer a todos pelo carinho. Quem está nesse mercado precisa amar o que faz. Nunca me esquecerei deste dia”, encerrou emocionado. Na categoria Distribuição, a grande surpresa deste ano foi a Paris Filmes, vencedora em três categorias. Pela primeira vez em 5 edições do Prêmio ED, uma distribuidora independente recebe o Prêmio de Destaque de Distribuidora do Ano, que somou aos prêmios de Profissional de Programação ( Jorge Assumpção) e Equipe de Vendas. No encerramento, um cardápio cuidadosamente preparado fechou a tarde, deixando saudades. Mas, em abril tem mais, o Show de Inverno será realizado de 25 a 27 de abril.
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prêmio ED
Destaques 2012: Categoria Exibição: Destaque Cinema Inaugurado em Capital: Cinépolis JK Iguatemi (São Paulo-SP) Destaque Cinema Inaugurado no Interior: Cinemark Park Shopping (São Caetano-SP) Destaque Profissional de Programação: Toninho Campos (Roxy Cinemas) Destaque Equipe de Programação: Espaço Itaú de Cinema Destaque Profissional de Marketing: Patrícia Cotta (Kinoplex) Destaque Equipe de Marketing: Cinemark Destaque Grupo Exibidor: Cinépolis
Categoria Distribuição: Destaque Campanha de Lançamento em até 199 salas: Intocáveis (California) Destaque Campanha de Lançamento em 200 ou mais salas: A Era do Gelo 4 (Fox Film) Destaque Profissional de Programação: Jorge Assumpção (Paris Filmes) Destaque Equipe de Vendas: Paris Filmes Destaque Profissional de Marketing: Rodolfo Junior (Sony Pictures) Destaque Equipe de Marketing: Fox Film Destaque Equipe de Distribuição: Paris Filmes
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agenda de lançamentos
Filme
18/01/2013 01/02/2012
08/02/2013
Direção
22/02/2013
Iginio Straffi
Vozes de: Julianne Hough.
PlayArte
Caça aos Gângsteres (Gangster Squad)
Ruben Fleischer
Sean Penn, Josh Brolin, Ryan Gosling, Nick Nolte, Robert Patrick, Emma Stone
Warner
Dentro da Casa (Dans la Maison)
François Ozon
Fabrice Luchini, Kristin Scott Thomas, Emmanuelle Seigner
California
O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
David O. Russell
Bradley Cooper, Jennifer Lawrence e Robert De Niro
Paris
Os Miseráveis (Les Misérables)
Tom Hooper
Amanda Seyfried, Sacha Baron Cohen, Anne Hathaway, Hugh Jackman, Russell Crowe, Helena Bonham Carter, Eddie Redmayne, Samantha Barks, Aaron Tveit, George Blagden, Colm Wilkinson, Bertie Carvel
Universal
Meu Namorado é Um Zumbi (Warm Bodies)
Jonathan Levine
Teresa Palmer, Analeigh Tipton, John Malkovich, Nicholas Hoult, Dave Franco, Rob Corddry, Cory Hardrict, Ayisha Issa, Justin Bradley
Paris
Monstros S.A. (Monsters, Inc.)
Lee Unkrich, Pete Doctor, David Silverman
Vozes de: Billy Crystal, John Goodman, Steve Buscemi, James Coburn, Jennifer Tilly, Bonnie Hunt, Mary Gibbs
Disney
Tainá 3 - A Origem
Rosane Svartman
Guilherme Berenguer, Nuno Leal Maia, Gracindo Jr.
Sony
O Voo (Flight)
Robert Zemeckis
Denzel Washington, James Badge Dale, Don Cheadle, John Goodman, Kelly Reilly, Bruce Greenwood, Melissa Leo, Nadine Velazquez, Tamara Tunie, Garcelle Beauvais
Paramount
Hitchcock (Hitchcock)
Sacha Gervasi
Scarlett Johansson, Jessica Biel, Anthony Hopkins, Michael Stuhlbarg, Helen Mirren, Toni Collette, Ralph Macchio, Danny Huston
Fox
Dezesseis Luas (Beautiful Creatures)
Richard LaGravenese
Emma Thompson, Viola Davis, Emmy Rossum, J.D. Evermore, Jeremy Irons, Alden Ehrenreich, Alice Englert, Kyle Gallner, Lance E. Nichols, Rachel Brosnahan, Thomas Mann, Tiffany Boone
Paris
Anna Karenina (Anna Karenina)
Joe Wright
Keira Knightley, Jude Law, Michelle Dockery, Kelly Macdonald, Matthew Macfadyen, Aaron Johnson, Emily Watson, Olivia Williams, Holliday Grainger
Paramount
As Sessões (The Sessions)
Ben Lewin
John Hawkes, Helen Hunt, William H. Macy
Fox
Guilt Trip (Ainda Sem Título em Português)
Anne Fletcher
Seth Rogen, Barbra Streisand
Paramount
Cirque Du Soleil – Worlds Away (Ainda Sem Título em Português)
Andrew Adamson
Matt Gillanders, Jason Berrent, Dallas Berrent, Lutz Halbhubner
Paramount
Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer (A Good Day to Die Hard)
John Moore
Bruce Willis, Mary Elizabeth, Jai Courtney, Cole Hauser, Yuliya Snigir, Megalyn Echikunwoke, Amaury Nolasco, Anne Vyalitsyna, Sebastian Koch
Fox
Colegas (Colegas)
Marcelo Galvão
Lima Duarte, Ariel Goldenberg, Rita Pokk, Breno Viola, Leonardo Miggiorin, Marco Luque, Juliana Didone, Christiano Cochrane, Daniele Valente, Otavio Mesquita, Germano Pereira, Nill Marcondes
Europa
Dois Dias em Nova York (Two Days in New York)
Julie Delpy
Chris Rock, Kate Burton e Julie Delpy
California
01/03/2013
08/03/2013
50 Exibidor, janeiro-2013
Distribuidora
Um Gladiador em Apuros (Not Born to Be Gladiators)
13/02/2013
15/02/2012
Elenco
Filme
Direção
Elenco
Distribuidora
15/03/2013
Carrie, a Estranha (Carrie)
Kimberly Peirce
Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Judy Greer, Portia Doubleday, Gabriella Wilde, Alex Russell, Michelle Nolden, Max Topplin, Cynthia Preston, Connor Price
Sony
Uma História de Amor e Fúria
Luiz Bolognesi
Selton Mello, Camila Pitanga, Rodrigo Santoro, Bemvindo Sequeira, Sérgio Moreno e Marcos Cesana
Europa
Jack - O Matador de Gigantes (Jack - The Giant Slayer)
Bryan Singer
Nicholas Hoult, Eleanor Tomlinson, Ian McShane, Bill Nighy, Ewan McGregor
Warner
Segredos da Paixão (There Be Dragons: Secrets of Passion)
Roland Joffé
Charlie Cox, Wes Bentley, Dougray Scott, Rodrigo Santoro, Geraldine Chaplin, Derek Jacobi, Ana Torrent
Europa
G.I. Joe: Retaliação (G.I. Joe 2: Retaliation)
Jon M. Chu
Channing Tatum, Bruce Willis, Dwayne Johnson, Adrianne Palicki, Ray Stevenson, Ray Park, Elodie Yung, Walton Goggins, Byung-hun Lee, Joseph Mazzello
Paramount
Uma História de Amor e Lutas
Luiz Bolognesi
A Bela que Dorme (Dormant Beauty)
Marco Bellocchio
Isabelle Huppert, Alba Rohrwacher e Toni Servillo
California
Oblivion (Ainda Sem Título em Português)
Joseph Kosinski
Tom Cruise, Morgan Freeman, Olga Kurylenko, Andrea Riseborough, Nikolaj Coster-Waldau , Melissa Leo
Universal
42 (42)
Brian Helgeland
Harrison Ford, Alan Tudyk, Christopher Meloni, Kelley Jakle, John C. McGinley, Lucas Black, Hamish Linklater, Jud Tylor, Brett Cullen
Warner
A Morte do Demônio (Evil Dead)
Federico Alvarez
Jane Levy, Shiloh Fernandez, Jessica Lucas, Elizabeth Blackmore.
Sony
Eu e Você (Io e Te)
Bernardo Bertolucci
Tea Falco, Jacopo Olmo Antinori e Sonia Bergamasco
California
Homem de Ferro 3 (Iron Man 3)
Shane Black
Robert Downey Jr., Guy Pearce, Jon Favreau, Gwyneth Paltrow, Paul Bettany, Ben Kingsley, Rebecca Hall, Don Cheadle, William Sadler, James Badge Dale
Disney
Segredos de Sangue (Stoker)
Chan-wook Park
Mia Wasikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode
Fox
Vendo ou Alugo
Betse de Paula
Marcos Palmeira, Marieta Severo, Hugo Carvana, Nathalia Timberg, Silvia Buarque, André Mattos, Daisy Lucidi, Carmen Verônica, Ilka Soares, Pedro Monteiro, Maria Assunção, Nicola Lama, Beatriz Morgana, Juan Paiva, Anali Prestes, Antonio Pitanga
Europa
Reino Escondido (Epic)
Chris Wedge
Vozes de: Josh Hutcherson, Amanda Seyfried, Colin Farrell, Christoph Waltz, Jason Sudeikis, Blake Anderson, Aziz Ansari, Beyoncé Knowles, Steven Tyler, Judah Friedlander
Fox
Velozes e Furiosos 6 (Fast and Furious 6)
Justin Lin
Jason Statham, Vin Diesel, Dwayne Johnson, Paul Walker, Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Thom Barry
Universal
Faroeste Caboclo
Rene Sampaio
Fabrício Boliveira, Felipe Abib, Antônio Calloni, César Troncoso Ísis Valverde, Marcos Paulo
Europa
Se Beber, Não Case - Parte 3 (The Hangover Part III)
Dan Goldberg
Bradley Cooper, Ed Helms, Zack Galifianakis, Justin Bartha, Ken Jeong
Warner
22/03/2013
29/03/2013
Europa
05/04/2013
12/04/2013
19/04/2013
26/04/2013
03/05/2013 10/05/2013
17/05/2013
24/05/2013 30/05/2013 31/05/2013
* As datas de lançamento estão sujeitas à alteração
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A
o perceber um nicho diferenciado, Adhemar de Oliveira decidiu investir em salas de cinema voltadas à exibição de filmes independentes e nacionais. Assim, surgiu a primeira sala do Grupo Espaço, inaugurada em outubro de 1993, hoje chamada de Espaço Itaú Augusta. Na época, o projeto recebeu apoio do Banco Nacional e depois do Unibanco, que posteriormente foi integrado ao Banco Itaú, em 2008. Sua atividade de programação teve início no Cineclube Bexiga, em São Paulo, e no Cineclube Macunaíma, no Rio de Janeiro. Em 1985, com vários sócios, criou o Cineclube Estação Botafogo, onde desenvolveu vários projetos de exibição alternativa. O Grupo Espaço é formado pelo Espaço Itaú de Cinemas, Cinearte e Cinespaço. Ao todo são 21 complexos e 115 salas. O objetivo do grupo é privilegiar filmes nacionais e independentes como forma de incentivo à democratização da cultura no país. Grandes mostras, pré-estreias de filmes, retrospectivas e homenagens a cinematografias e diretores, fazem parte do dia a dia do circuito. Em 2001, foi inaugurado o primeiro complexo do Grupo dentro de um shopping, o
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Frei Caneca, em São Paulo (SP). Na ocasião, Adhemar apresentou ao mercado o conceito Arteplex, que mescla o conceito “multiplex” à diversidade dos filmes de arte, sendo este o principal atributo da empresa. O Grupo Espaço foi o primeiro a trazer a experiência IMAX para o Brasil em 2009 no Shopping Bourbon Pompéia (São Paulo - SP). A segunda sala do Grupo nesse formato recebeu o público em abril de 2012 no Cinespaço Granja Vianna (Cotia - SP). É também da empresa, a primeira sala com som THX do Rio de Janeiro. Brasília ganhou o primeiro cinema do Espaço Itaú, com oito salas, incluindo duas salas 3D, no final de 2011. É do Grupo Espaço projetos educativos como Clube do Professor, que exibe há oito anos filmes gratuitos para professores e Escola no Cinema, que já atendeu dois milhões de alunos em 15 anos. A empresa completa 20 anos e, por isso, iniciou em outubro deste ano alguns eventos comemorativos. Além disso, os cinemas do Espaço Itaú estão passando por reforma. Em março de 2012 foi a vez do Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca (São Paulo) e da unidade localizada no Shopping Crys-
tal (Curitiba). Em agosto último, foram entregues as salas localizadas no Bourbon Shopping Country (Porto Alegre) e Bourbon Shopping (São Paulo). Na sequência o Espaço Itaú de Cinema da Rua Augusta foi o sexto cinema do grupo a ser reinaugurado, após reforma. As unidades Glauber Rocha (Salvador) e Botafogo (Rio de Janeiro) também mudarão de layout entre dezembro/12 e janeiro/13. “Modernizamos, mas sem perder a tradição e qualidade, principais características do Espaço Itaú de Cinema. Acreditamos na cultura e na educação como alicerces de transformação social, o que nos faz, cada vez mais, promover e investir em projetos como este”, diz Fernando Chacon, diretor executivo de marketing do Banco Itaú, patrocinador de boa parte dos cinemas. “A característica do grupo é de inovar. Se você tem cinema de arte e cinema de blockbuster, nós inovamos fazendo uma mistura dos dois. Se o cinema fosse uma cozinha, nós seríamos o cozinheiro. Nossa principal conquista foi provar que você tem filmes que não são vistos porque não são apresentados”, comenta Adhemar de Oliveira.
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