Ano III – nº 09, abril/2013
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21 de junho NOS CINEMAS
©2013 Disney/Pixar
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12 de Julho NOS cINEMaS
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Ano III – nº 09, abril/2013– Edição
de Aniversário
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Como estão os acordos e o que é necessário por parte de cada envolvido no processo
Negócios
Novas Distribuidoras independentes no mercado
Marketing
Importância da assessoria de imprensa
Segurança
Itens para prevenção e combate de incêndio
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editorial
Muito conteúdo e dois aninhos para comemorar Pois é, chegamos a dois anos de existência. O que parecia ser uma brincadeira ou aventura para os olhos de alguns, hoje é uma marca reconhecida e respeitada mundialmente por entender das necessidades do exibidor brasileiro. São dois anos, nove edições (contando com esta em sua mão), um portal de internet e milhares de leitores. Milhares estes, que incluem o bilheteiro, porteiro, gerente e também todos os executivos dos escritórios centrais de exibição. A Tonks, idealizadora e fundadora deste projeto, tem muito orgulho do que conquistou nestes últimos dois anos e só tem a agradecer a seus colaboradores, patrocinadores e parceiros. E para comemorar estes dois anos de vida, nesta edição decidimos produzir um conteúdo mais encorpado e com um número de matérias e artigos maior em relação às demais edições. A edição é encabeçada pela matéria VPF. Já discutimos sobre o assunto algumas vezes. Mas desta vez, iremos explicar ao exibidor o passo-a-passo de todo o processo de aquisição do plano de financiamento mais acessível a todos os portes de exibidores. Iremos responder aos principais questionamentos como quem paga e quais são as responsabilidades dos integradores, distribuidores de filmes, fornecedores de equipamentos e, claro, do próprio exibidor. Ainda chocada e impressionada com a tragédia ocorrida em Santa Maria (RS) no início deste ano, a Revista Exibidor conversou com especialistas e apresenta uma matéria exclusiva explicando os itens de segurança e prevenção contra incêndio que o cinema deve ter. Quando falamos em marketing, muitas vezes marginalizamos um braço importantíssimo desta área: a assessoria de imprensa. Preparamos uma matéria que aborda os detalhes desta área e o relacionamento com o exibidor. Também temos um especial contando os dois anos da Revista Exibidor e ainda três artigos escritos pelos nossos queridos Dr. Marcos Bitelli, Igor Kupstas e Carla Sobrosa. A edição que está em suas mãos é especial, por si só, pelo seu aniversário. Mas, se torna mais especial pela qualidade das publicidades e por ser distribuída em primeira-mão no Show de Inverno (em Campos do Jordão-SP). Por isso, não podemos deixar de agradecer a duas pessoas que mais apoiaram e respeitaram a iniciativa da revista nestes dois anos: José Maria de Oliveira e Mariana Marcondes, ambos da Espaço/Z. Tenham uma ótima leitura e nos vemos em julho, com a 10ª edição.
Marcelo J. L. Lima diretor e editor chefe da revista exibidor
6 Exibidor, abril-2013
Expediente Edição e direção Marcelo J. L. Lima Redação Natalí Alencar (MTB 51480) natali@exibidor.com.br
Paulo Fernando Cibele Gandolpho Janaina Pereira Projeto Gráfico e Direção de Arte Raphael Grizilli raphael@exibidor.com.br
Assistente de arte Fernando Martinello fernando.martinello@exibidor.com.br
Revisão Talita Garcez talita@exibidor.com.br
Comercial e anúncios www.exibidor.com.br/anuncie Tel.: (11) 4040 4712 Assinaturas www.exibidor.com.br/assine Tel.: (11) 4040 4712 de segunda a sexta das 8h30 às 17h30 Colaboradores Carla Sabrosa, Igor Kupstas, Marcos Bitelli Espaço/Z e Omelete Impressão Vox Editora www.voxeditora.com.br Tiragem de 2000 exemplares Correspondência Rua Ênio Voss, 78 São Paulo (SP) | 02245-070 Tel: (11) 4040 4705 www.exibidor.com.br A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:
www.tonks.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Revista Exibidor. Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks. Este exemplar faz parte do Acervo da Cinemateca do Rio de Janeiro.
Espaço do Leitor
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Li na edição de outubro que alguns exibidores em Londres estão adotando “pessoas com vestimenta Ninja” para monitorar barulhos nas salas de cinemas. Que tal alguns exibidores copiarem essa ideia? Não precisa ser exatamente um Ninja, mas que tenha alguém para cuidar e solicitar que alguns clientes falem menos ou não falem durante a exibição. Não existe coisa mais desagradável do que assistir um filme com alguém falando do seu lado.
!
Você pode ter a coleção completa da Revista Exibidor.
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Ronaldo Silva (Fox) – São Paulo (SP)
Parabéns por mais uma edição, Revista Exibidor! Cine São Paulo – SP
Empresas e Instituições Citadas A Agência Febre // 60 AMC Cinemas // 26 ANCINE // 13, 21, 47, 48, 49, 55, 67, 68 Apple // 26 Arts Alliance // 48, 49
B Barco // 51 Box Cinemas // 13
c
Folha de S.Paulo // 59 Fox Film // 50, 56 FSB Comunicações // 60
Playstation // 56 Procultura // 59
g
Quanta // 48, 49
GDC // 13, 49 Globo Filmes // 62
h HarperCollins // 17 Hollywood Reporter // 16
Centauro // 49 Centerplex // 67 Cine 14 Bis // 60 Cine Ritz // 13 Cineart // 60 Cinemark // 13, 20, 21, 59, 60, 68 Cinematografia Araújo // 68 Cinépolis // 13, 20, 21, 56 Cinesystem // 59 Conteúdo Empresarial // 59
i
d
m
Datafolha // 64 DCI // 12 Deadline // 17 DGT // 48, 49, 51 Diamond Films Brasil // 54, 55, 56 Disney // 17, 50 Dolby // 66
e Europa Filmes // 16, 56 Europa Games // 56
f Filme B // 17, 48, 69 FocoBr // 13
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q r RealD // 20, 21, 22, 66 Rede Globo // 26 Reserva Cultural // 59
s
Jonathan Cape // 17
SEDCMRJ // 68 Sigma // 14 Sony // 12 Sony Pictures // 50
k
t
Imax // 18, 68, 72
j
Kinoplex // 13, 60
l Licentec // 29 MGM // 17 Ministério da Cultura // 48 MHD // 60 Mobz // 48, 49 Moviecom // 13
n NEC // 51 NOSSA Distribuidora // 55 Nickelodeon // 18
p Paramount Pictures // 14, 18, 50 Platinum Dunes // 18 Playarte // 59
TCSA // 29 TELEM // 48, 49
u UCI // 12, 13, 20, 21, 72 Universal // 50 Universidade de Keio // 12
v Variety // 17 Vinny Filmes // 56
w Warner Bros. Pictures // 18, 50, 56, 68
x Xbox // 56
Z Zeta Films // 54, 55, 56
A Arts Alliance Media já está no Brasil • Acordos de VPF já ativado para o Brasil • Obtenha até 100% de reembolso do equipamento digital e TMS para o seu cinema • A AAM trabalha com cinema digital desde 2003, mantendo relações sólidas com estúdios, integradores e fabricantes – e trabalhando com todos eles • Temos experiência – mais de 3.800 salas com VPF assinadas em todo o mundo • Quase 15.000 salas com TMS instalado
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sumário
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Entenda melhor o financiamento que vai acelerar a digitalização dos cinemas no Brasil Notícias/12 Giro pelo mercado
Claquete.com/16 Novidades do cinema
Entrevista/20 Marlene Songin, vice-presidente da RealD
Artigo Mercado/26 As janelas e o mercado
Segurança/29 Itens necessários para prevenção e combate à incêndios
Negócios/54 Novas distribuidoras na indústria: Diamond e Zeta Filmes
Marketing/58 Papel e importância da assessoria de imprensa
Artigo Legislação/62 Os conflitos das políticas de incentivos
Artigo Panorama/64 Influências na ida ao cinema 2
Retrospectiva/66 Dois anos de Revista Exibidor
Agenda/70 Próximos lançamentos
Trajetória/72 UCI Cinemas no Brasil
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notícias
Sony tem sistema de projeção digital 4K aprovado pelo padrão DCI A Sony anunciou recentemente no Japão que seu novo sistema de projeção de cinema digital 4K passou em todos os testes requeridos pela DCI (Digital Cinema Initiatives). O sistema integrado SRX-R515P inclui projetor e bloco multimídia. Segundo a Sony, a aprovação foi feita com base na capacidade do projetor, que possui imagens de ultra alta resolução (8,85 milhões pixels, o quádruplo que 2K) e um Bloco de Mídia Integrado (IMB) para o gerenciamento seguro do conteúdo do cinema digital. O sistema também oferece uma proporção de contraste 8000:1, e é desenhado para salas com tamanhos menores de tela. Os testes da DCI para os sistemas da Sony foram realizados pelo Research Institute for Digital Media and Content, Universidade de Keio, no Japão, autorizado pela DCI a realizar tais testes. ©Divulgação
Park Shopping Campo Grande ganha cinema Em março, a rede UCI inaugurou sete novas salas digitais com poltronas numeradas, sendo quatro com tecnologia 3D - no Park Shopping Campo Grande, novo empreendimento na zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ). Segundo a diretora de marketing da rede, Monica Portella, esse complexo de cinemas atingirá um novo público consumidor para a Rede. “Com essas novas salas, poderemos atender os espectadores de Campo Grande, cada vez mais exigentes, com a melhor qualidade e tecnologia permitindo que o cliente UCI tenha uma experiência única e inesquecível, perto de casa”, destaca Monica. Outros serviços oferecidos são o Destino Café e o Espaço Festa. No primeiro, os clientes poderão degustar um saboroso café expresso ou até mesmo uma soda italiana ou um delicioso
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smoothie, além de folhados, croissants e tortinhas doces. Já no Espaço Festa, os clientes poderão alugar o ambiente para realizar uma festa particular. ©Divulgação
Complexo 100% digital no Centro-Oeste ©Divulgação
A Cinemark inaugurou em março o complexo do shopping Goiabeiras, em Cuiabá (Av. José Monteiro de Figueiredo, 500 – Duque de Caxias). A 61ª unidade da Rede é a primeira, na região Centro-Oeste, com 100% das salas digitais. O local conta com sete salas, incluindo uma com tecnologia Extreme Digital Cinema - XD e quatro salas 3D, totalizando 1.750 lugares. “Cuiabá terá agora um cinema totalmente digital e tecnologia avançada na sala XD, oferecendo ao público lazer e entretenimento de qualidade”, afirma Bettina Boklis, diretora de marketing da Rede Cinemark. O novo complexo terá também quatro salas com tecnologia 3D.
Novo Centro de Treinamento para a indústria audiovisual A cidade de São Paulo ganhou um novo
Serão oferecidos os cursos: Assistên-
FocoBr, com alvo no treinamento de
Animação (Motion), Atuação para
centro de treinamento profissional: a
mão de obra para a indústria brasileira do audiovisual. Serão oferecidos cur-
sos divididos em 3 níveis – Iniciação, Especialização
e
Aperfeiçoamento,
ministrados por profissionais atuantes no mercado.
cia de Câmera, Assistência de Direção, Audiovisual, Captação de Som, Ceno-
grafia, Correção de Cor (Apple Color), Direção de Arte, Direção de Cinema e Televisão, Direção de Fotografia, Edição de Imagem (Final Cut, Premiere e
Avid Media Composer), Edição de Som
(Pro-Tools), Iluminação e Elétrica, Logagem de imagem e som, Maquiagem e Efeitos Especiais, Maquinaria, Montagem, Operação de Câmera, Produção Audiovisual, Produção entre outros. Instalada em 1.700 m2 no bairro paulistano da Mooca, próximo à estação Belém do Metrô e também do centro da cidade, a FocoBr pretende atender cerca de 200 pessoas.
Projetos credenciados no RECINE Em março, foi divulgado pela ANCINE, quatro projetos de exibidoras que foram credenciadas no RECINE (Regime Especial de Tributação para o Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica). No total, foram beneficiadas 16 salas: 12 no Kinoplex Dom Pedro, em Campinas (SP); uma no Moviecom Taubaté (SP); uma no Moviecom Jundiaí (SP); e duas no Cine Ritz, em Goiânia (GO).
Foram aprovados em fevereiro 11 projetos envolvendo um total de 240 salas de cinema, em todas as cinco regiões do país. Foram contempladas as seguintes empresas: Box Cinemas (digitalização de 26 salas, em 3 complexos); Cinemark Brasil (construção de dois novos complexos com 13 salas e a modernização de 20 complexos existentes com um total de 159 salas); Cinépolis (implantação de 34 salas, dividi-
das em 5 complexos) e UCI Ribeiro Ltda (construção do complexo UCI Kinoplex Shopping da Ilha, em São Luiz, MA, com 8 salas). Neste primeiro trimestre do ano, os projetos envolvendo a construção, instalação, modernização e digitalização, já totalizam 256 salas de cinema.
Errata: Diferentemente do que foi publicado na edição anterior, o nome do CEO da GDC é Dr. Chong Man Nang.
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portal exibidor www.
.com.br
CinemaCon 2013 Um dos maiores eventos da área cinematográfica, a CinemaCon 2013, teve cobertura internacional do Portal Exibidor. Realizado em Las Vegas (EUA), de 15 a 18 de abril, o encontro reuniu os principais agentes do mercado cinematográfico: exibidores, distribuidores, produtores, fabricantes, dentre outros. Homenagens, novos produtos e tendências. Veja as fotos e reveja os principais acontecimentos em: exibidor.com.br/cinemacon.
Homenagem O Gerente de Programação Gilson Cataldo comemorou 50 anos de serviços prestados à Distribuidora Paramount Pictures. Ele é considerado o funcionário mais antigo da empresa em todo o mundo e está recebendo muitas homenagens neste ano. Conheça a carreira do profissional e as mudanças que ele acompanhou no mercado. Acesse: tonk.es/gilson.
Dublagem O mercado de dublagem cresce entre 10% a 20% por ano. Segundo banco de dados do portal Claquete.com, a quantidade de cópias dubladas aumentou quase 40% entre 2008 e 2012. Com 45 anos de experiência, Jorge Barcellos pode não ser muito conhecido pelo nome, mas certamente você já ouviu a voz dele em alguma produção cinematográfica. Radialista, ator, locutor e dublador, ele é o diretor da Sigma, principal empresa de dublagem do mercado brasileiro conhecida por seu trabalho em grandes filmes e séries de TV. Em entrevista concedida ao Portal Exibidor, ele comentou um pouco sobre a sua carreira e sobre suas perspectivas para o mercado de dublagem no Brasil. Leia a entrevista completa em: tonk.es/barcellos.
fb.com/RevistaExibidor Não deixe de curtir também a página da Revista Exibidor no facebook.
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claquete.com
Europa Filmes distribuirá “O Reboot de Massacre da Serra Elétrica 3D” “Quarteto A Europa Filmes fará o lançamento nacional da nova versão do terror O Massacre da Serra Elétrica 3D - A Lenda Continua (Texas Chainsaw 3D), que chegará nos cinemas de todo o Brasil no dia 17 de maio de 2013, com cópias 3D e cópias 2D. O filme é dirigido por John Luessenhop (Ladrões - Takers). Para esta versão, a sinopse oficial é a seguinte: “Em 1974, uma tragédia atingiu um grupo de cinco jovens, numa pequena cidade do Texas. Eles nunca imaginaram vivenciar algo tão macabro e doentio. Apenas uma garota conseguiu escapar para contar a história, e os acontecimentos que se seguiram pareciam ter colocado um fim naquele horror. O que poucas pessoas sabiam é que uma criança foi escondida daquela loucura e cresceu sem saber sobre sua verdadeira família”.
Fantástico” contrata novo roteirista ©Divulgação
“O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” atinge bilheteria de US$ 1 bilhão
©Divulgação
De acordo com o semanário Hollywood Reporter, Seth Grahame-Smith (Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros - Abraham Lincoln: Vampire Hunter) vai revisar o roteiro do reboot de Quarteto Fantástico.
O primeiro capítulo da trilogia de filmes baseados na popular obra-prima O Hobbit, de J.R.R. Tolkien, O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey) já ultrapassou a marca de um bilhão de dólares em bilheteria mundial. Até meados de abril, o filme totalizou renda de US$ 301,4 milhões só nos Estados Unidos.
Jeremy Slater escreveu a primeira versão, que deve explorar o lado sci-fi da mitologia do Quarteto. Josh Trank (Poder Sem Limites - Chronicle) dirige o filme, que terá produção Matthew Vaughn (X-Men - Primeira Classe / X-Men: First Class).
Com o lançamento na China, onde o faturamento foi de US$ 37,3 milhões em 10 dias, a estimativa da bilheteria internacional, sem considerar os EUA, é de US$ 700 milhões, chegando a um faturamento global de US$ 1 bilhão. O longa se tornou o 15º filme na história a ultrapassar o faturamento de um bilhão de dólares no mundo.
Ainda sem elenco definido, o novo Quarteto Fantástico estreia em 6 de março de 2015. As filmagens devem começar na segunda metade de 2013.
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“Oz - Mágico e Poderoso” pode ter sequência ©Divulgação
Segundo informações divulgadas pela Variety, a Disney já planeja
uma sequência para Oz - Mágico e Poderoso (Oz the Great and Powerful), de Sam Raimi. De acordo com a publicação, o ótimo
resultado do lançamento indica que o estúdio dará continuidade
ao projeto. Uma nota divulgada no boletim Filme B informou que a Disney já encomendou o roteiro da sequência a Mitchell Kapner, corroteirista de Oz.
O filme estreou nos EUA com renda de US$ 80,2 milhões, a maior abertura desde O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (US$ 84,6 milhões), lançado em novembro de 2012.
No Brasil, Oz estreou com público de mais de 600 mil e arrecadou R$ 8,5 milhões.
Remake de “Poltergeist” será dirigido por Gil Kenan O remake de Poltergeist, que a MGM
oficializou em novembro de 2006 e
está sendo produzido por Sam Raimi, será dirigido por Gil Kenan, de Cidade
das Sombras (City of Ember) e A Casa Monstro (Monster House). As informações são do Deadline.
O dramaturgo David Lindsay-Abaire será responsável pelo roteiro da refilmagem. Sua ideia, diz ele, é prestar um
tributo ao original de 1982, ignorando todos os outros roteiros que circulavam por Hollywood.
Novo livro de James Bond sai em setembro O novo livro da série 007 chegará às livrarias do Reino Unido no dia 26 de setembro. A data foi confirmada pelo site oficial de Ian Fleming, criador do personagem, e marca os 60 anos da publicação de Cassino Royale (primeiro livro de 007) em 1953. Ainda sem título, a nova aventura do agente James Bond foi escrita por William Boyd e será publicada no Reino Unido pela editora Jonathan Cape e nos Estados Unidos e Canadá pela HarperCollins. Como esperado, o enredo do novo livro é mantido em segredo. Sabe-se apenas que Bond terá 45 anos e que a trama se passa em 1969.
©Divulgação
A promessa é levar os leitores de volta ao Bond clássico, ao contrário de Carte Blanche, livro anterior da coleção escrito por Jeffery Deaver, que transformou o agente em um veterano da guerra no Afeganistão.
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claquete.com
“Homem de Ferro 3” tem Filme das cena inspirada no funeral Tartarugas Ninja ganha de Ayrton Senna ©Divulgação
data de lançamento
O reboot de As Tartarugas Ninja, que Michael Bay produz, ganhou uma data de estreia definitiva. O filme chegará aos cinemas em 6 de junho de 2014. A data mostra a importância que a Paramount está creditando ao projeto, já que o coloca na lucrativa temporada de lançamentos de verão. Drew Pearce, um dos roteiristas de Homem de Ferro 3 (Iron Man 3), revelou em sua conta no Twitter que a cena em que Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) segura o capacete do Homem de Ferro foi inspirada em uma cena do documentário Senna. O momento parece com o que Viviane Senna, irmã de Ayrton Senna, aperta a cabeça contra o capacete verde-amarelo durante o funeral do piloto, morto em 1994. Confira o trailer do filme no Claquete.com.
Jonathan Liebesman - Fúria de Titãs 2 (Warth of the Titans) - é o responsável pela direção. A Platinum Dunes de Bay cuida do filme para a Paramount Pictures e a Nickelodeon. Até aqui, a única contratada é Megan Fox, que viverá a jornalista aliada das tartarugas, April O’Neil.
“Interstellar” será coproduzido e distribuído pela Paramount e Warner A Paramount Pictures e a Warner Bros. Pictures anunciaram que o filme do escritor e diretor Christopher Nolan, Interstellar
(ainda sem título em português), será coproduzido e distribuído pelos dois estúdios, com a Paramount cuidando da distribuição
doméstica e a Warner Bros. distribuindo o filme internacionalmente. O longa tem estreia prevista para 7 de novembro de 2014 nos cinemas americanos, também na versão IMAX.
Baseado em roteiro original de Jonathan Nolan, o filme será
produzido por Emma Thomas e Christopher Nolan. Kip Thor-
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ne será o produtor-executivo. O filme vai retratar uma viagem heroica interestelar muito além do conhecimento científico. “Como cineasta e contador de histórias, Chris tem entretido continuamente o mundo com seus talentos extraordinários e incomparáveis”, comentou Brad Grey, presidente e CEO da Paramount Pictures. Para Jeff Robinov, presidente do grupo Warner Bros. Pictures, “Christopher Nolan é realmente um dos grandes autores trabalhando com filmes hoje em dia”.
A CinemArk Chegou A 500 sAlAs no BrAsil.
VENHA
COMEMORAR
COM
A
gENtE.
Desde a sua primeira sala, a Cinemark sempre trouxe inovação e conforto para o seu público. e foi assim que trabalhamos para fazer cada uma das nossas 500 salas. Tudo para mudar o jeito de o brasileiro se divertir e ver filmes.
cinemark.com.br 19 cinemarkoficial Exibidor, abril-2013
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entrevista
Marlene Songin // RealD
RealD abre escritório no Brasil P or : N atalí A lencar
Objetivo é se aproximar dos parceiros e conquistar novos clientes
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íder mundial em tecnologia 3D, a RealD já tem um bom percentual do mercado brasileiro ao trabalhar com três grandes empresas exibidoras estrangeiras que atuam por aqui: Cinemark, Cinépolis e UCI. No entanto, a empresa não pensa em parar, ao contrário, quer fortalecer sua marca no País, estar mais presente ao lado dos seus atuais clientes e conquistar novos exibidores. Para tornar isso real, a RealD abriu um escritório local no Brasil. “Isso inclui assistência técnica para os exibidores”, explica a vice-presidente da companhia, Marlene Songin. A experiência bem sucedida em outros países reforça essa estratégia.
20 Exibidor, abril-2013
“Nós temos parcerias assim na Europa, China e Rússia e temos observado crescimento nestes mercados depois da abertura dos escritórios locais. Entendemos que todos os mercados são diferentes e ao abrir uma “filial”, trabalhamos com a experiência local para promover o cinema num nível maior”, completa Marlene. Outra estratégia para atingir o crescimento da marca em território nacional é a participação nos principais eventos dedicados à área cinematográfica, como o Show de Búzios, realizado em novembro último. “Uma vez que mais exibidores tenham contato com a tecnologia da RealD 3D e entenda os seus benefícios, eles vão querer que seus clientes tenham essa experiência visual e diferenciada”, comentou a executiva em entrevista exclusiva concedida à Revista Exibidor durante uma visita ao Brasil. Revista Exibidor – Como a RealD é vista no mercado? Marlene Songin - A RealD é a tecnologia de projeção 3D mais utilizada em todo o mundo. Há mais de 22 mil telas equipadas com RealD 3D em 68 países. A empresa é líder na América do Norte, no oeste da Europa e na Austrália. Atualmente, o foco é expandir nossa presença em mercados em ascensão como o Brasil, China e Rússia. Similarmente, vemos este País como um mercado em potencial e estamos trabalhando com os exibidores locais para que possam sentir a diferença da experiência RealD. Nosso sucesso é devido às vantagens tecnológicas em relação aos outros fornecedores de 3D. O sistema RealD 3D tem o dobro de luminosidade na tela quando
comparado a outras tecnologias similares. Isso permite aos cinemas exibirem filmes em telas gigantes e ainda obter vantagens na projeção, como por exemplo, mais luminosidade e uma experiência visual mais imersiva, o que os clientes finais adoram. Exibidor – No Brasil, vocês são praticamente exclusivos da Cinemark, Cinépolis e UCI, que são empresas estrangeiras e provavelmente o contrato com elas envolve outros territórios onde vocês estão presentes. Como vocês pretendem entrar no mercado brasileiro com as exibidoras locais? Vocês já estão em negociação com empresários de pequeno porte? Marlene - Nós tivemos várias conversas produtivas com muitos exibidores no Brasil. Alguns ainda não tiveram contato com a RealD 3D e quando eles têm, imediatamente veem as imagens mais brilhantes na tela e percebem a imersão visual que a nossa tecnologia proporciona. É essa a chave do sucesso da RealD e é o que tem acontecido no mundo todo. Nós procuramos fornecer tecnologia de ponta para os cinemas, só assim os clientes finais poderão ter uma experiência diferenciada. Nos preparamos há meses e acabamos de abrir um escritório no Brasil, inclusive com assistência técnica. Nós temos parcerias assim na Europa, China e Rússia e temos observado crescimento nestes mercados depois da abertura dos escritórios locais. Entendemos que todos os mercados são diferentes e assim, trabalhamos com a experiência local para promover o cinema num nível maior.
Exibidor – E por que essa decisão agora? Marlene – A RealD tem uma base instalada já algum tempo no Brasil com a Cinemark, Cinépolis e UCI e nós queremos desenvolver um relacionamento mais próximo com nossos parceiros. Parceria é um elemento importante para a nossa estrutura de negócio e desenvolvimento. Nós somos o segundo maior provedor da tecnologia 3D no País, então temos uma grande parte do mercado. Para reforçar essa base, vamos abrir um escritório local para nos engajarmos mais com os exibidores. Acreditamos que uma vez que mais exibidores tenham contato com a experiência do RealD 3D e entenda os benefícios da nossa tecnologia, eles vão oferecer essa experiência visual e diferenciada para os seus clientes finais. Exibidor – E quais são as estratégias para conquistar o mercado nacional? Marlene - O objetivo é aumentar nossa presença. Além de abrir um escritório local com assistência para os exibidores no Brasil, o governo recentemente aprovou o programa “Cinema Mais Perto de Você”, que ajudará o crescimento do cinema digital no País. A RealD está discutindo com as Agências do governo, inclusive a ANCINE, algum benefício do programa para facilitar a aquisição do sistema e dos óculos RealD, o que fará com que seja uma opção mais rentável e com melhor custo benefício. Estamos intensificando também nossa presença em feiras, estreias de filmes, cabines para imprensa e outros eventos da indústria. A RealD foi a empresa responsável por fornecer a tecnologia 3D para
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entrevista o Festival de Búzios, realizado em novembro último, e pretendemos continuar com essa participação nos próximos anos. Ultimamente, procuramos oportunidades para mostrar a experiência RealD 3D para os exibidores que não são nossos clientes. Assim, pode-se provar que a tecnologia é superior e os exibidores podem comprovar a diferença na luminosidade. Os exibidores que já são parceiros ajudam novos clientes a entender os benefícios de nosso negócio.
pagas pela utilização do equipa-
É possível que os óculos sejam ma-
mento. No Brasil, a RealD continua-
nufaturados aqui no Brasil para di-
rá trabalhando com licenças ou tem
minuir o seu custo?
outros modelos que poderão ser
Marlene - Os óculos 3D da RealD são manufaturados em muitas partes do mundo. Procuramos constantemente olhar para os mercados que utilizam nossa tecnologia e consideramos todas as opções de óculos manufaturados para otimizar o preço e avaliar para nossos parceiros exibidores.
aplicados? Marlene - A RealD tem múltiplos modelos de acordos com as diferentes necessidades e condições dos exibidores ao redor do mundo. Mas em todo caso, o acordo que oferecemos tem benefícios para os exibidores, incluindo equipamentos futuros de 3D que passarem por upgrade e garantia completa sem custo adicional. Ao contrá-
Na RealD nós trabalhamos com os exiExibidor – Em sua opinião, por que albidores parceiros promovendo nosso neguns exibidores brasileiros preferem gócio. Ao fornecer a tecoutros modelos 3D? nologia 3D nas estreias, E como vocês pretencabines e outros eventos, dem mudar isso? estamos coordenando com Marlene - Nós temos os estúdios o lançamento O foco é expandir nossa presença em muito trabalho a fazer dos filmes e promovendo mercados em ascensão como o Brasil, no Brasil e estamos muinossa tecnologia. a China e a Rússia. to animados em mostrar a RealD para aqueles Exibidor – Quais são Marlene Songin // RealD que não tiveram contaas expectativas com o to ainda e apreciamos sucesso destas estraa lealdade e o suporte tégias? que temos com nossos Marlene - Estamos otiparceiros. Entendemos e mistas com nosso crescimento no País. rio de outros provedores de 3D, que admiramos que o mercado brasileiro é É um período dinâmico com a econoos exibidores têm tecnologias antigas diferente de outros mercados no munmia crescendo, as iniciativas do governo e não têm suporte para a evolução do do, mas o que nós conhecemos é que os que ajudam na digitalização, os con3D no cinema – como o HFR (High exibidores também querem oferecer aos tratos de VPF (Virtual Print Fee) em Frame Rate). A tecnologia RealD 3D seus clientes, e tem demanda para isso, processo e a bilheteria forte. Acreditaestá em constante desenvolvimento uma experiência visual 3D diferenciada. mos que a tecnologia RealD 3D é uma pelos seus engenheiros e cientistas. A RealD está apta a oferecer o dobro oportunidade para o mercado brasileiro Procuramos garantir que nossos parde luminosidade do que qualquer outra oferecer uma projeção com mais lumiceiros exibidores estarão sempre à tecnologia 3D e isto é uma das razões nosidade e que seja flexível para telas de frente da projeção 3D. de ser a líder global em 3D. Abrir um qualquer tamanho. escritório no Brasil e trabalhar com os Exibidor – Os óculos da RealD são exibidores locais, participando mais dos Exibidor – Alguns exibidores critidescartáveis, mas alguns exibidores eventos da indústria, conseguiremos facam o modelo de negócio da Rereutilizam por conta do preço, espezer com que os exibidores reconheçam o alD, como por exemplo as licenças cialmente por causa da importação. valor da RealD.
22 Exibidor, abril-2013
O VPF do exibidor em boas mãos TELEM, principal integradora para infraestrutura de entretenimento na América Latina, DGT, líder na implantação de cinema digital em salas independentes da América do Sul, e Centauro, referência técnica com mais de 75 anos de tradição em cinema, uniram forças para formar a Quanta DGT. A nova empresa tem a solução completa para a digitalização de cinemas na América do Sul e oferece ao exibidor a liberdade de escolher o que lhe convém: • Salas digitais completas • Instalação • Equipamentos • Ferramentas de gerenciamento (TMS) • Controle técnico on-line (NOC) • Distribuição via satélite • Assistência técnica • Manutenção • Treinamento • Financiamento pelo BNDES
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DIGITALIZAÇÃO. AGORA OU NUNCA!
O fim da distribuição de filmes no formato de 35 mm marcado para o final de 2013 certamente será um marco para a indústria cinematográfica brasileira. De um lado os distribuidores aguardam este momento ansiosos, pois além da economia gerada com as cópias digitais eles verão seus filmes sendo exibidos num maior número de salas.
Do outro lado, porém, os exibidores sem muita escolha são forçados a migrar para esta nova tecnologia, mas o desconhecimento técnico generalizado tem dificultado a tomada de decisão no tocante à escolha dos equipamentos disponíveis no mercado. Temos visto muitas salas de cinema equipadas com projetores demasiadamente grandes, que além de serem mais caros tem seu custo operacional elevado por conta de lâmpadas xenon mais potentes e da energia elétrica necessária para seu funcionamento. Em outros casos temos visto projetores demasiadamente pequenos, que apesar de terem um custo inicial mais atrativo tornam as projeções escuras (o que ainda piora com a utilização dos sistemas 3D) reduzindo assim as possibilidades de retorno deste alto investimento por conta da baixa frequência que a má qualidade trás para alguns cinemas. O que fazer então? Entendendo esta necessidade a equipe da Centauro Cinema vêm realizando um trabalho de conscientização junto aos exibidores – principalmente os de menor porte – explicando que nem sempre o menor valor de aquisição trará a melhor solução técnica para cada projeto. A Centauro Cinema tem sido eleita por muitos como a gestora técnica de suas empresas. Assim podemos explicar tecnicamente nossas propostas comerciais e com o devido conhecimento todos passam a entender as soluções e tecnologias disponíveis por nós apresentadas. Contamos ainda com a melhor equipe técnica da atualidade que suportada pelos fabricantes vem atendendo às expectativas dos exibidores que aderiram aos nossos planos de manutenção. Prestamos também serviços de monitoramento remoto (NOC) além de possuirmos bases técnicas localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife que visam um atendimento avançado de forma mais eficaz às demandas dos cinemas. Ainda confuso com as siglas IMB, HFR e IMS? Então agende uma visita com a equipe comercial da Centauro Cinema e traga o seu projeto que faremos um estudo técnico considerando as últimas tecnologias disponíveis além de elaboração de proposta comercial sem compromisso.
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mercado
Janelas indiscretas: podemos todos ser amigos?
“J
anela” é como o mercado chama o espaço de tempo entre o lançamento de um filme em cinema, DVD, TV paga, aberta, etc. A existência das janelas, o tempo de cada uma e como distribuidores, exibidores e produtores lidam com elas formam uma discussão antiga e polêmica.
E fez-se a luz Vale lembrar que houve uma época em que cinema era a ÚNICA janela, a primeira, a mágica, a da sala escura, do lanterninha, da pipoca, do encontro do casal, dos amigos. Minha avó contava que ia ao cinema só de roupa nova, com meu avô usando terno. Meu pai não perdia uma oportunidade de ir ao cinema para ver algum grande clássico de Hitchcock, Truffaut, o novo do Scorsese, aliás, ele não saía do cinema porque não existia outra forma de ver filmes. Talvez no corujão da Rede Globo, com “reza braba”. Comigo foi diferente. Eu nasci com o VHS. Com oito anos vi Indiana Jones e o Templo da Maldição (Indiana Jones And The Temple Of Doom), Os Goonies (The Goonies), Comando para Matar (Commando) e tudo isso... em casa. O meu playground, o arroz com feijão da minha geração era a locadora. E isso não impediu que eu me apaixonasse pelo cinema, quando, aos nove anos, assisti à terceira parte da série Indiana Jones na telona. Eu passei a comprar o jornal toda sexta-feira só para acompanhar as estreias e as críticas do caderno de cultura.
P or : I gor K upstas Com o DVD o salto foi em qualidade, diversidade e como nunca a relação mudou também para o varejo, na aquisição e coleção das mídias. Até que veio a internet.
Contatos imediatos em todos os graus A digitalização e transmissão de filmes via IP (Internet Protocol), seja através de streaming ou download, legal ou pirata, o upload de vídeos, caseiros ou profissionais, e a capacidade de acompanhar novidades em todo o mundo em uma velocidade nunca antes vista (Gangnam Style!) formam o recreio desta geração. Falei um pouco na edição anterior da Revista Exibidor sobre o consumo de mídia entre os adolescentes de 15 a 18 e como eles têm pouca paciência. Para essa galera não existe necessariamente o certo ou errado no consumo de filmes, só existe a velocidade. Eles já consideram outros modelos, como o VOD (Video on Demand), algo natural. Nos Estados Unidos, alguns distribuidores têm lançado filmes independentes simultaneamente nos cinemas e no iTunes, a loja virtual da Apple. Alguns chegam a lançar os filmes primeiro no iTunes, no modelo chamado “pre-theatrical”, uma janela “zero” por assim dizer. Depois, com os números de venda por município, realizam um lançamento mais acertado nos cinemas. Para o distribuidor, as janelas se cruzam e se ajudam. Para os exibidores, a ideia é a de um circuito menor, porém mais eficiente. O público pode escolher a janela que preferir na hora que lhe for mais cômoda, e, se o consumidor morar em um local que não tenha cinemas, pode assis-
tir no lançamento, pagando, sem partir para uma alternativa ilegal, que todos sabemos existir e desrespeitar todo e qualquer acordo.
A saga continua De modo geral os exibidores não gostam desta conversa, temem que janelas múltiplas e menores diluam a venda de ingressos e tirem o impacto do filme que exibem. Dos grandes exibidores dos EUA, somente a AMC exibe filmes que sejam lançados Day and Date no VOD. Porém, é inevitável que as janelas mudem com as gerações e cada vez mais rápido. Hoje eu posso assistir a um filme no cinema, no computador, no celular, na TV... A TV não matou o cinema, o VHS não matou o cinema, o DVD não matou o cinema, o VOD não matará o cinema. O que afetará não só o cinema, mas a indústria como um todo, é se as pessoas perderem a vontade de ver filmes. Quanto mais ofertado e próximo da nova realidade do público, mais relevante a categoria filme se torna. E o melhor lugar para se ver um filme é no cinema. Essa experiência continua mágica e sendo passada de geração para geração. O cinema é exclusivo, temporário, um evento. Noto um orgulho em cinéfilos de todas as idades quando comentam “esse filme eu vi no cinema!”. Há uma nobreza no cinema que permanece inalterada mais de 100 anos depois de sua invenção. Qualquer um que é fã de cinema sabe disso. Seja um fã que começou a ver filmes na TV, no VHS, no DVD... em qualquer janela.
Igor Kupstas Janczukowicz | igorkupstas@gmail.com Jornalista formado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Marketing pelo Mackenzie. Entre 1999 e 2002 trabalhou no site de cinema e-Pipoca, posteriormente sendo contratado pelo Marketing da Europa Filmes, onde atuou no lançamento de mais de 100 títulos por seis anos. Atualmente é gerente de marketing digital da MOBZ.
26 Exibidor, abril-2013
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segurança
Prevenção é o melhor remédio P or : N atalí A lencar
Exigências em segurança contra incêndio não são meros caprichos dos órgãos públicos, são necessidades básicas para que o cinema seja considerado um local seguro
D
epois da tragédia ocorrida em Santa Maria (RS), com mais de 240 vítimas fatais, as autoridades intensificaram as vistorias em diversos estabelecimentos de grande fluxo de pessoas, como os cinemas e teatros. Logo, algumas salas foram interditadas e muitos exibidores ficaram na dúvida se estavam agindo corretamente e se tinham os equipamentos necessários quanto à segurança contra incêndio. Além disso, os próprios consumidores estão mais atentos e passaram a vigiar as condições destes locais. Aquele famoso pensamento: “Comigo não vai acontecer” deve ser extinto. Afinal, a prevenção é o melhor remédio e zelar pela segurança do cliente não tem preço. Para o Sargento do Corpo de Bombeiros, Alexandre Sanchis, cuidar do cinema é um dever do proprietário, sem que haja a obrigatoriedade dos órgãos públicos. “O primeiro a se preocupar com o cinema tem que ser o proprietário, que antes de construir ou reformar, deve analisar e estudar tudo o que é preciso para que o local seja seguro. Por isso, deve sempre consultar pessoas especializadas no assunto para verificar se todas as exigências
estão sendo cumpridas. Afinal, o objetivo é zelar pela saúde e integridade do próximo, sempre, independente se é ou não uma obrigação da prefeitura ou dos órgãos competentes”, salienta. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, de empresas de arquitetura e engenharia, como a TCSA e Licentec, consultadas pela Revista Exibidor, tanto a quantidade de itens de segurança contra incêndio como a disposição dos mesmos devem obedecer ao projeto do cinema, que varia de acordo com o tamanho físico do local (altura, largura e capacidade), localização (rua, shopping, mercado) e construção (um ou mais pavimentos). Aqui, serão citados apenas os itens de uma forma genérica somente para ressaltar a importância e a necessidade de cada um dentro do cinema. Vale lembrar que numa vistoria, o bombeiro já vai direcionado a avaliar os riscos do local, que inclui, como mencionado acima, diversas variáveis. As informações a seguir são parte das Instruções Técnicas do Decreto do Estado de S. Paulo 56.819/11.
29 Exibidor, abril-2013
segurança
Iluminação de emergência*
1
Sprinklers**
As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial em nível suficiente. Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente diurno, é indispensável a iluminação artificial noturna.
Também chamados como “chuveiros automáticos”, são instalados em diversos pontos estratégicos para dispersão de água, de modo que seja suficiente e homogênea para conter o início de um incêndio. O dimensionamento do sistema é feito de acordo com a severidade do incêndio que se espera.
2
Brigadas de incêndio* Imprescindível quando a lotação do local é superior a 100 pessoas. A brigada de incêndio ajuda a enfrentar situações de emergência, por isso as equipes são orientadas a abandonar o local de forma segura e a combater os princípios de incêndio, além de prestar os primeiros socorros. Deve-se levar em conta a quantidade de pessoas que circulam, o grau de risco do incêndio e os grupos ou divisões de pessoas que estarão no espaço, tanto os clientes, quanto os próprios brigadistas.
5 2
Extintores*
3
10
Destinado ao combate de pequenos focos de incêndio. No caso dos cinemas, há três tipos: água, pó químico e gás carbônico, que variam dependendo da sua utilização (cabine de projeção, área da tela ou plateia). Podem ser portáteis ou sobrerrodas. A quantidade de extintores deve ser analisada de acordo com a área a ser protegida, a distância a ser percorrida até o extintor e os possíveis riscos decorrentes de incêndio local. Devem possuir selo de conformidade de acordo com órgão competente e submetido a inspeções e manutenções frequentes.
7
Alarmes de incêndio**
4
Deve ter duas fontes de alimentação: sistema elétrico e outra constituída por baterias, nobreaks ou gerador. Deve ser audível em toda a edificação. Se houver acionador manual, a distância percorrida não pode ultrapassar 30 metros. Preferencialmente os acionadores devem ser localizados junto aos hidrantes.
Detectores e Controle de Fumaça**
5
Os detectores acionam o sistema de alarme quando há presença de fumaça. Em seguida, o sistema de extração e controle, geralmente colocado nas rotas de fuga, impede a propagação da fumaça e intoxicação das pessoas. Após a exaustão é introduzido ar limpo no local.
*Itens necessários para qualquer cinema **Itens necessários conforme estrutura e área do cinema, quantidade de salas, lotação de pessoas, etc.
30 Exibidor, abril-2013
Sinalização*
Hidrantes**
6
A quantidade de hidrantes deve ser calculada mediante a área do cinema e a distância entre as salas, bombonière e bilheteria. Os componentes do hidrante incluem: reservatório de água, que pode ser subterrâneo e sistema de pressurização, peças hidráulicas, tubulação. A distância mínima percorrida até o hidrante deve ser de 30 metros. As mangueiras devem estar acondicionadas de maneira a facilitar o seu uso.
7
Serve para informar e guiar as pessoas tanto em situações de risco como para evitar incêndios. É dividida em cinco categorias: alerta (indica materiais e áreas com potencial risco); comandos (comandos que dê as condições de fuga); proibição (proibir ações que iniciem incêndio); orientação e salvamento (rotas de saída e ações necessárias para seu uso); equipamentos (localização e tipos de equipamentos de combate). A sinalização deve ser inspecionada periodicamente e substituída, caso suas propriedades físicas deixem de produzir o efeito visual para o qual foram destinadas. Por isso, as placas devem ser de materiais que resistam à água e agentes químicos e não devem propagar chamas.
Portas corta-fogo e à prova de fumaça**
1
8
6
As portas devem conter dispositivos mecânicos e automáticos, de modo a permanecerem fechadas, mas destrancadas no sentido do fluxo de saída, sendo admissível que se mantenham abertas desde que disponham de dispositivo de fechamento, quando necessário.
9
4
Saídas de emergência*
Imprescindíveis quando a lotação do local é superior a 50 pessoas ou quando há mais de dois pavimentos. As larguras mínimas das saídas de emergência, em qualquer caso, devem ser de 1,20 m, para as ocupações em geral. A distância máxima a ser percorrida para atingir um local com segurança deve observar se a fuga é possível em apenas um sentido, se há na rota proteção de chuveiros ou detectores de fumaça. Se houver escada, é preciso ter corrimão. As portas das saídas devem ter barra antipânico e abrir no sentido do trânsito.
8/9
Controle de Materiais de Acabamento*
10 3
Atenção especial aos materiais utilizados no acabamento e revestimento, que não devem propagar o fogo ou desenvolver fumaça. Fazem parte deste item: piso, paredes, teto, cobertura, materiais de isolamento térmico e acústico. Em relação à infraestrutura do local, avalie os materiais utilizados na fabricação de carpetes, cortinas e poltronas.
Os estabelecimentos irregulares podem ser interditados. Após a vistoria, os mesmos têm o prazo de 15 dias para se adequarem, caso contrário, estão sujeitos à multa e à continuidade da interdição, por parte das prefeituras.
31 Exibidor, abril-2013
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capa
46 Exibidor, abril-2013
VPF na prática P or : M arcelo J. L. L ima
e
N atalí A lencar
Entenda
como funciona o financiamento que vai acelerar a digitalização do parque exibidor brasileiro
D
esde que o VPF (Virtual Print Fee) entrou na vida dos exibidores, as dúvidas são muitas e nem sempre as respostas são simples e de fácil entendimento. As notícias informam apenas o que é e o que significa, mas não traduzem como será na prática e o que será necessário por parte de cada segmento envolvido.
As empresas integradoras estão, cada vez mais, progredindo com os detalhes dos acordos de VPF no Brasil e agora os exibidores precisam escolher com quem vão trabalhar ou pelo menos começar a pensar no assunto. Ao redor do mundo, a digitalização das salas já está em estágio avançado. Na América Latina, a mobilização foi um pouco tardia. Logo o Brasil sofreu as consequências e está bem atrasado em relação a outros países. Atualmente, segundo a ANCINE, 30% do mercado brasileiro está digitalizado, ou seja, ainda há bastante trabalho pela frente, muito em breve, não haverá mais a distribuição em 35 mm. Dos países que ainda não completaram 100% da conversão das salas para o digital, grande parte já está com prazo determinando para extinguir a película.
47 Exibidor, abril-2013
capa Com a aprovação do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual) pela ANCINE e Ministério da Cultura, anunciado no final de janeiro, o cenário tornou-se mais promissor. Afinal, serão disponibilizados R$ 140 milhões, além de um apoio não reembolsável de até R$ 6 milhões destinados aos pequenos exibidores. Tudo isso para acelerar a digitalização dos cinemas no País. Esse financiamento prevê a utilização do VPF. Segundo a ANCINE, cabe ao integrador de VPF receber os recursos, importar equipamentos, instalar os equipamentos, negociar com os distribuidores os contratos referentes ao VPF e receber os pagamentos de exibidores e distribuidores para a cobertura do financiamento. Tarefa esta, que pode ser conduzida por um agente externo ou até mesmo por um grupo exibidor. Com a aprovação do FSA, a meta da ANCINE é digitalizar 1,4 mil salas em 18 meses.
Apenas a linha de crédito concedida pelo governo não será suficiente para todo o parque exibidor. Logo, serão necessários outros esforços por parte do integrador para conseguir fontes complementares, que pode ser com os próprios fabricantes, bancos privados e outras linhas de crédito e benefícios concedidos pelo governo. “Os recursos do BNDES estarão disponíveis para todos os exibidores brasileiros, mas alguns destes preferirão recursos oferecidos via fabricante, em função de desejarem fazer a conversão rapidamente e o BNDES levar algum tempo para ter a liberação. Nossa expectativa é que de 50% a 70% das salas receberão recursos via BNDES e os demais 30% a 50% lançarão mão de linhas oferecidas por alguns fabricantes”, explica Luiz Fernando Morau, da TELEM. Ele afirma que existe outra possibilidade que está sendo desenvolvida com os
fabricantes, de que estes ofereçam uma carência, viabilizando a imediata conversão e possibilitando a posterior utilização do BNDES. “O mais difícil não é ter o acordo de VPF, é ter o financiamento. O dinheiro do BNDES não é suficiente, deve pagar no máximo até 55% do financiamento necessário, isso significa que os outros 45% precisarão vir de fonte privada de financiamento, onde os juros são mais altos e é este o maior problema que os integradores vão enfrentar”, comentou Fábio Lima, da MOBZ em entrevista realizada na 5ª edição da Revista Exibidor.
Agentes Integradores No Brasil, temos atualmente três empresas disponíveis como integradoras de VPF: a Arts Alliance, a DGT e a Quanta. A Arts Alliance, segundo o diretor comercial Eric Stevens, já assinou com 250
Salas digitalizadas Apesar de seu crescimento econômico e posicionamento no contexto global, o Brasil ainda precisa avançar muito em relação à conversão das salas de cinema. Em relação a outros países, a diferença é gritante. Veja o percentual da digitalização em algumas regiões.
100%
60% 70% 100%
EUA – 70% Europa – 60%
30%
Hong Kong e Noruega – 100% Brasil – 30%
Fontes: Filme B e ANCINE
48 Exibidor, abril-2013
Como funciona
salas no Brasil e prevê dobrar essa quantidade nos próximos meses. Por enquanto, as negociações são confidenciais, mas em breve os detalhes serão informados. Na Europa, a empresa está com acordos de VPF com todas as majors a partir de 2013. Até o final de 2012, a empresa havia fechado com cinco distribuidoras para a América Latina. No Brasil, a Arts Alliance é representada pela MOBZ. “Temos trabalhado com exibidores, fabricantes e integradores de equipamentos, além de outros parceiros, para garantir que estamos trazendo os componentes necessários para os exibidores brasileiros”, comenta Stevens. Sediada em Belo Horizonte (MG), a DGT é comandada por seu CEO Tieres Tavares e COO Daniel Benitez, que também é CEO da Bardan International, empresa de distribuição de equipamento para cinema digital em toda América
Latina. Em novembro de 2012, a empresa divulgou a assinatura de contratos de VPF com as seis majors de Hollywood. “A DGT, mesmo antes de sua incorporação, vem negociando com um grupo de 15 exibidores e tem centralizado toda comunicação com os representantes deste grupo”, conta Tieres Tavares.
Morau, diretor de marketing e vendas
Resultante da parceria entre TELEM e Centauro, a Quanta decidiu unir a expertise e infraestrutura de ambas as empresas para oferecer aos exibidores o serviço de gestão do VPF.
Visto o panorama geral, é hora de ir para
“Possuímos os acordos firmados com os estúdios de Hollywood, restando apenas um, ainda em fase de negociação. Nossos entendimentos com ANCINE e BNDES estão avançados e entrando na fase da constituição da SPE (Sociedade de Propósito Específico) para viabilizar o repasse do financiamento aos Exibidores”, comenta Luiz Fernando
conveniente. O exibidor pode continuar tra-
da TELEM.
Outra empresa que tem demonstrado interesse em ser agente integradora de VPF
é a GDC, fornecedora de servidores, se-
diada em Hong Kong. Provavelmente a
empresa divulgará informações em breve. a prática.
Uma vez que o exibidor assine o contrato de VPF com o integrador, precisa definir qual o fabricante de projetor e servidor lhes é mais balhando com os mesmos fornecedores.
O fabricante escolhido deverá fornecer ao exibidor uma proposta orçamentária
que além do custo do equipamento, deverá incluir os custos de garantia esten-
dida pelo período do VPF. Estes valores
deverão estar cobertos. O que exceder,
49 Exibidor, abril-2013
capa Passo a passo
01
O Exibidor deverá se certificar que o integrador possua os acordos firmados com as majors (Disney, Fox, Warner, Paramount, Universal e Sony); com as distribuidoras nacionais e com as independentes. Embora a maior parte do VPF seja subsidiado pelos distribuidores norte-americanos, tendo em vista a quantidade de lançamentos, as distribuidoras nacionais e independentes também entrarão nos acordos firmados na administração do VPF. E os integradores estão negociando os contratos em conformidade com os mesmos termos dos contratos com as majors.
02 03 05 08
A opção sobre o fabricante do projetor e do servidor que serão instalados na conversão das salas é uma decisão do exibidor. O agente integrador pode sugerir e orientar, se o exibidor precisar e solicitar. Após isso, o fabricante deve fornecer uma proposta com o custo do equipamento escolhido. Neste orçamento, deve-se considerar os custos da garantia estendida por todo o período do VPF. Com base nos orçamentos, então, o exibidor poderá escolher os equipamentos que melhor atenderem suas necessidades.
Os itens não cobertos pelo VPF serão pagos pelo exibidor, havendo a possibilidade de que sejam incluídos no financiamento do BNDES, tais como 3D (para exibidores com até 10 salas), áudio, hardware dos serviços de satélite, instalação e treinamento.
04
Para selar o acordo e suas condições, um contrato deverá ser assinado entre o integrador e o exibidor. Pois será através deste instrumento que as distribuidoras envolvidas repassarão os montantes referentes ao acordo VPF e, também, o BNDES homologará o processo de financiamento.
Se o Exibidor desejar manter a empresa de instalação de sua preferência, isso será possível, mas sem o financiamento desta despesa pelo BNDES. O mesmo raciocínio se aplicará sobre o contrato de manutenção dos equipamentos pelo período do VPF.
06
O canal de fiscalização de exibição e conteúdo entre o integrador e os exibidores será viabilizado por sistemas de monitoramento à distância - LMS/TMS – (Library Management System / Theatre Management System), além do NOC (Network Operations Center) que será o canal de comunicação entre os complexos participantes.
07
Cumprida as etapas anteriores, pode-se afirmar que o exibidor está apto a participar do VPF.
O integrador é responsável por receber o VPF devido em nome de cada exibidor participante no contrato. Ele repassará ao exibidor ou ao BNDES, quando houver financiamento, os montantes do VPF. Isso se sucederá pelo período de seis anos.
50 Exibidor, abril-2013
09
O exibidor continua com o processo de negociações com os distribuidores da mesma forma que vem fazendo até então. Este relacionamento continua sendo direto entre o exibidor e o distribuidor e não sofre nenhuma interferência do integrador.
será pago pelo exibidor (a título de exemplo, equipamento 3D ou tela não devem ser incluídos neste cálculo).
Papel do Integrador de VPF
O exibidor deve então definir qual será a empresa responsável pela instalação dos equipamentos. Muitos exibidores já trabalham com empresas prestadoras de serviços que irão, além de instalar, prover ao exibidor serviços de manutenção dos equipamentos pelo período do VPF. Estas negociações se darão diretamente entre o exibidor e o prestador de serviços.
• Contratar com os exibidores os equipamentos;
• Pactuar o VPF com os distribuidores;
• Contratar o crédito no BNDES; • Estudar outras fontes de crédito junto a outros bancos, caso necessário. • Adquirir os equipamentos junto aos fabricantes; • Auxiliar na instalação dos equipamentos nas salas de cinema; • Manter centro de operações para o controle do funcionamento dos projetores; • Receber os pagamentos do VPF e amortizar o financiamento;
“Uma vez que o complexo do exibidor esteja pronto e 100% conectado, poderemos considerar tal complexo apto a participar do VPF”, comenta Tieres, da DGT.
Outra empresa do setor que está anima-
Veja na página 50 um passo a passo mais detalhado.
exibidores. Por isso, a companhia investe
da com o VPF é a Barco, principalmente
pelas vantagens da digitalização para os no aprimoramento profissional. “A em-
A redução nos custos de importação dos equipamentos é da ordem de 25%. Para as 1.800 salas que precisam ser digitalizadas (exibidores brasileiros e estrangeiros), isso significará uma renúncia fiscal de R$60 milhões. O RECINE está em funcionamento desde setembro de 2012.
Fabricantes
presa, que já possui uma grande base ins-
Os fabricantes estão vendo com bons olhos os acordos do VPF. A NEC, empresa de serviços e equipamentos para cinema, tem acompanhando todo o processo no Brasil e vê nesse modelo de financiamento, um subsídio essencial para todo e qualquer exibidor que deseja digitalizar suas salas.
ainda nos estoques de material de manu-
O acordo
forma rápida e eficiente, além do Centro
Escolher um agente integrador, nada mais é que contar com o apoio e disponibilidade do mesmo para resolver e agilizar a negociação do VPF, tendo em vista as limitações dos próprios exibidores e as exigências do financiamento.
“A NEC possui um bom relacionamento com os exibidores e integradores de VPF e tem investido fortemente no Brasil para poder dar um suporte diferenciado no processo de digitalização do segmento cinematográfico. Entendemos que o custo total necessário para digitalizar o parque exibidor brasileiro é bastante elevado e que será necessário trabalhar junto aos exibidores, integradores de VPF, distribuidores, outros fabricantes, órgão federais, reguladores e todos os demais players, para que seja possível atingir o objetivo de digitalizar todo o parque exibidor brasileiro num curtíssimo espaço de tempo”, comenta Jorge Dantas, da NEC.
talada, tem investido na equipe técnica e
tenção para atender aos seus clientes de de Treinamento para Cinema Digital, que capacita profissionais técnicos do
mercado”, reforça Ricardo Ferrari, gerente de vendas da divisão Entertainment da Barco na América Latina.
RECINE Outro reforço importante do governo que contribuirá com a digitalização das
salas de cinema, é o RECINE. Instituído pela Lei 12.599, de 2012, o proje-
to prevê a desoneração tributária por meio do Programa Cinema Perto de
Você. Ou seja, suspende a exigência de todos os tributos federais incidentes na importação ou no comércio interno de
equipamentos e materiais de construção para implantação ou modernização de salas de cinema. A base de cálculo do ICMS também fica reduzida.
Portanto, antes de assinar o acordo, procure esclarecer todas as dúvidas com cada integrador. Questione os benefícios e o envolvimento, expertise e disponibilidade de cada agente no tratamento do assunto com os exibidores, distribuidores e demais envolvidos. Estude o comportamento das empresas no fechamento dos acordos em outras regiões e o seu progresso no Brasil. Os agentes integradores estão aproveitando os principais eventos do mercado para explicar aos exibidores o que estão dispostos a oferecer, então aproveite também e faça o mesmo para sanar as dúvidas.
51 Exibidor, abril-2013
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Novas distribuidoras chegam ao mercado P or : J anaina P ereira
Diamond Films Brasil e Zeta Filmes apostam no cinema independente e autoral
54 Exibidor, abril-2013
Maggie Smith em “O Quarteto”
Channing Tatum e Rooney Mara em “Terapia de Risco”
O
ano de 2012 foi positivo para o cinema brasileiro, e o resultado disso já pode ser visto em 2013. Segundo balanço divulgado em janeiro pela Agência Nacional de Cinema (ANCINE), a arrecadação das salas de exibição no ano passado foi de R$ 1,6 bilhão, uma marca histórica. Isso representa alta de 12,13% em relação a 2011, com público acumulado de 146,4 milhões. Com um cenário tão favorável, o anúncio de duas novas distribuidoras no mercado não chega a ser surpresa. Diamond Films Brasil e Zeta Filmes chegaram para conquistar espaço no setor. A Revista Exibidor conversou com representantes das duas empresas para saber suas metas, estratégias e expectativas. A Diamond Films Brasil chegou ao País no início do ano para distribuir títulos da indústria cinematográfica independente. A empresa é constituída pela Telefilms (de Tomás Darcyl, Ricardo Costianovsky e Diego Halabi), que tem mais de 50 anos de mercado e é a principal companhia na aquisição de direitos de produções internacionais para o território da América Latina. Entre os filmes lançados pela Telefilms nos últimos anos estão produções como Menina de Ouro (Million Dollar Baby), O Artista (The Artist) e O Discurso do Rei (The King’s Speech). O grupo, a partir de 2010, fundou a Diamond Films, optando por distribuir diretamente seus filmes em todas as mídias nos principais mercados da América Latina.
©Divulgação
Iniciou o trabalho pela Argentina, seguido pelo Chile, e agora marca presença no Brasil e no Peru. À frente da Diamond Films Brasil está Marco Aurélio Marcondes, sócio da NOSSA Distribuidora. “Estamos em total sintonia, e a tendência é lançarmos praticamente na mesma data nossos filmes em toda América Latina. Como sempre digo: não queremos abafar ninguém, só queremos mostrar que fazemos samba também. Neste primeiro ano teremos entre 12 e 14 títulos, para 2014 este número deve dobrar e seremos um player importante no mercado”, revela Marcondes, que na Diamond assume o cargo de Diretor Geral. Em relação à estratégia de marketing, ele explica que a empresa pretende trabalhar filme a filme de forma customizada, utilizando os recursos de forma otimizada e em estreita relação com exibidores e produtores. Já sobre a NOSSA Distribuidora, Marcondes confirma que permanece como sócio, e que a Diamond negocia um acordo com a distribuidora brasileira. “O objetivo é que Diamond e NOSSA firmem um acordo visando apoiar os produtores brasileiros nos seus lançamentos”. Após o lançamento, em março, do primeiro filme da distribuidora no Brasil, O Quarteto (Quartet), estão programados para o segundo e terceiro trimestres os filmes: Chamada de Emergência (The Call), com a atriz Halle Berry como protagonista; e Terapia de Risco (Side Effects), novo filme de Steven Soderbergh, exibido recentemente no Festival de Berlim e estrelado por Jude
Law e Catherine Zeta Jones. Outros títulos já confirmados pela distribuidora, mas que ainda não possuem tradução para o português, são a animação Escape from Planet Earth; Before Midnight - sequência dos sucessos Antes do Amanhecer (Before Sunrise), de 1995 e Antes do Pôr-do-Sol (Before sunset) de 2004 - e The Bling Ring, novo filme da diretora Sofia Coppola, previsto para ser exibido pela primeira vez durante o Festival de Cannes, em maio.
Dos festivais para a distribuição Realizadora dos festivais Indie e Fluxus, a Zeta Filmes é uma produtora cultural que atua em Belo Horizonte e começou suas atividades em 1998 com a realização de festivais, mostras, curadorias e exposições audiovisuais. Desde o começo deste ano a empresa iniciou carreira como distribuidora de filmes para cinema. A estreia aconteceu com o lançamento do documentário em 3D do cineasta alemão Werner Herzog, Caverna dos Sonhos Esquecidos (Cave Of Forgotten Dreams). Desde 2001, a Zeta Filmes é a realizadora do Indie - Mostra de Cinema Mundial, que incentiva a formação de público para o cinema independente e autoral, e também estimula a exibição de filmes inéditos, sem distribuição no Brasil. Muitas dessas produções são de novos diretores que não conseguem espaço para exibição no circuito de cinemas brasileiros. Entre os diretores independentes que já ganharam retrospectivas na mostra estão Apichatpong Weerasethakul, Brillante Mendoza, Claire Denis, Charles Burnett, Naomi Kawase, Philippe Grandrieux, Koji
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negócios Wakamatsu e Hong Sang-Soo. A partir de 2007, o Indie passou a ser realizado também em São Paulo, e nos últimos anos foram mais de 240 mil espectadores no total. Alguns desses diretores, agora, poderão
chegar ao Brasil por meio da distribuidora Zeta. É o caso do premiado cineasta tailan-
dês Apichatpong Weerasethakul, vencedor da Palma de Ouro em Cannes 2010 com Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas
Vidas Passadas (Loong Boonmee raleuk
chat). O diretor já tem a distribuição de seu último filme, Hotel Mekong (Mekong
Hotel), garantida também pela Zeta Filmes. “A Zeta é uma produtora cultural que
tem 15 anos, fez festivais, exposições e projetos de curadoria. Nosso primeiro
filme foi lançado no dia 25 de janeiro. Temos o perfil independente”, informa a
representante da empresa, Daniella Azzi.
Outros filmes da Zeta que chegarão aos cinemas brasileiros são Deixe a Luz Acesa (Keep The Lights On), do americano Ira Sachs; e o drama húngaro Apenas o Vento (Csak A Szél), dirigido por Benedek Fliegauf e que ganhou o Grande Prêmio do Júri Urso de Prata – do Festival de Berlim 2012. Os exibidores acenam positivamente quanto a entrada de novas distribuidoras. Uma prova de que quanto mais diversificado o mercado for, mais possibilidades terão as salas de cinema para os seus clientes. Para Paulo Pereira, gerente de marketing do Cinépolis, a entrada das duas empresas no mercado de distribuição de filmes vem em boa hora. “Com o crescimento do mercado brasileiro e a maior oferta de número de salas, é positivo o fato de ter a entrada de mais distribuidores e, consequentemente, de mais filmes. Além, é claro, de explorar mais segmentos de filmes para o público”, conclui.
Contatos Diamond Films Brasil CEO – Marco Aurélio Marcondes mam@diamondfilmsbrasil.com.br
Gerente de Operações – Mariana Lopes mariana.lopes@diamondfilmsbrasil.com.br
Gerente de Marketing – Paula Lima paula.lima@diamondfilmsbrasil.com.br
Gerente de Marketing online – Tainá Saramago taina.saramago@diamondfilmsbrasil.com.br
Telefone geral: (21) 2283-6080 Zeta Filmes (31) 3296-8042 www.zetafilmes.com.br/contato.php
Mudanças no mercado de distribuição Desde o anúncio da fusão da Fox Film e a Warner Bros. no Brasil, em junho do ano passado, o mercado de distribuição vem colecionando novidades. Hoje a Fox-Warner continua fazendo suas operações de forma conjunta, mas lançando os filmes separadamente. O principal lançamento da Fox no ano passado foi o filme As Aventuras de Pi (Life of Pi), de Ang Lee, e da Warner foi Batman : O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises), de Christopher Nolan – ambos aconteceram após a fusão.
56 Exibidor, abril-2013
Ainda em 2012, outra novidade: a volta da Europa Filmes. A empresa, que estava fora do mercado desde 2010, retomou a marca oficialmente em 1 de janeiro de 2013. A volta da distribuidora fez com que a Vinny Filmes se tornasse um selo da Europa Filmes para o mercado de vídeo. Hoje a Europa Filmes vem investindo fortemente no cinema nacional, tendo algumas das principais estreias de 2013, como os filmes Colegas, de Marcelo Galvão, Uma História de Amor e Fúria, de Luiz Bolognesi e Faroeste Caboclo, de René Sampaio. A distribuidora também anunciou que ainda este ano vai lançar um novo selo, a Europa Games, voltado para os fãs de Playstation e Xbox.
marketing
Diálogo com a imprensa P or : C ibele G andolpho
Contratar uma assessoria permite ao exibidor manter uma boa relação com jornais e revistas, gerenciar crises e ter sempre sua marca citada de forma positiva na mídia
V
isibilidade e credibilidade são fatores indispensáveis no mercado cinematográfico. Para os exibidores que pretendem ter uma imagem positiva perante a imprensa, possuir uma comunicação institucional eficiente pode se transformar em uma verdadeira ferramenta para alcançar esse objetivo. Nesse processo, a assessoria de imprensa executa o papel de facilitador de relacionamento entre a empresa e a mídia. Surgido no Brasil nos anos 70, o trabalho de assessoria de imprensa conquistou espaço nas décadas seguintes com seus avanços tecnológicos e a globalização. E para os cinemas, a história é a mesma válida para as empresas de outros segmentos. Para se chegar aos veículos de comunicação, a assessoria de imprensa administra todas as informações que possam se tornar atraentes e divulgadas. Também orienta sobre o tratamento que se deve dispensar à mídia em geral e no relacionamento com os jornalistas.
Fazer assessoria de imprensa não é a mesma coisa que fazer publicidade. Essa confusão paira muito sobre as empresas. Os objetivos, métodos e resultados são bem diferentes. A empresa não escolhe onde e quando quer aparecer, como em um anúncio. Um serviço de divulgação bem feito de um exibidor e sua programação agrega credibilidade à marca. A matéria escrita por um jornalista passa muito mais confiança para o leitor do que um anúncio porque, no caso da propaganda, trata-se da empresa falando de si mesma. “O papel do assessor de imprensa atualmente já passou para um nível de consultor de comunicação, onde é necessário ter estratégia e planejamento. Continua sendo importante como era antes, mas as novas tecnologias e os meios de comunicação tornaram o trabalho algo mais complexo, principalmente depois do advento das mídias sociais. Não basta ser criativo: é preciso saber abordar, conduzir, ser sociável, ter contatos, ser ágil
e ter ética a fim de noticiar acontecimentos importantes para sua empresa”, afirma a assessora de imprensa Glaucia Muniz, que trabalha em uma grande agência paulista há 15 anos e também atuou em comunicação interna em duas multinacionais. Outro fator que deve ser levado em consideração é o momento de crise. No caso dos exibidores, pode ser um incêndio, defeitos nas exibições ou até tiroteio dentro da sala, como ocorreu em 1999, em São Paulo. É comum ver notícias negativas veiculadas na mídia em que uma empresa precisa responder a alguma acusação ou esclarecer um caso que envolva o seu nome ou de seus funcionários. “Neste caso, o assessor de imprensa é peça fundamental para orientar o cliente e intermediar a conversa, a fim de chegar a um retorno positivo da questão. Quando uma empresa não se preocupa com sua reputação, os erros de comunicação só tendem a crescer”, comenta Glaucia.
Os grandes exibidores já entenderam a importância da assessoria de imprensa e a maioria já tem agências terceirizadas ou equipes internas de comunicação. Para Érica Amores, diretora de comunicação e imprensa da agência Conteúdo Empresarial, que atende à rede Cinesystem, um dos principais diferenciais que uma assessoria de imprensa de cinema pode oferecer é agilidade. “Quanto mais próximos estamos do nosso cliente e mais rapidamente conseguimos levar informação em primeira mão para a imprensa, melhor o resultado. Tivemos esta experiência quando a Rede Cinesystem foi a primeira a noticiar nacionalmente, na Folha de S.Paulo, o início da pré-venda do último filme da sequência de Harry Potter. Entender e acompanhar o mercado cinematográfico também é essencial. No caso da Rede Cinesystem, que tem várias unidades em diferentes estados do país, a assessoria de imprensa também atua como
Programação A principal ferramenta de divulgação das assessorias de imprensa para os cinemas é a programação, realizada semanalmente. É importante que as informações sejam passadas de forma clara para os jornalistas, já que são muitas as redes e cada uma tabula os dados do seu jeito. Para a jornalista Ana Paula Campos, que edita os roteiros de cinema em um jornal de grande circulação de São Paulo, no início, pode demorar um pouco para se acostumar com as tabelas, mas depois que se compreende como cada rede se comunica, fica mais fácil. Para ela, as programações mais difíceis de formatar são aquelas em Excel ou em PDF, porque não é possível editar os horários de uma só vez, tem que ser manualmente.
manual, eu preciso arrumar um por um. Se vem no Word, é só usar a ferramenta ‘substituir’ que ele arruma todos os horários de uma vez. Particularmente, eu gosto das programações da Cinemark, da Procultura e da Reserva Cultural. A Playarte vem em Excel, mas não chega a ser difícil porque eles colocam todos os horários em uma só coluna”, explica Ana Paula.
são os feriados, quando há quebra de programação, cada exibidor cria o seu próprio período, o que também dificulta a digitação da programação. As constantes alterações de última hora também são um problema, afinal muitos veículos de imprensa, por conta de sua periodicidade, não conseguem realizar as mudanças.
Segundo o Portal Claquete.com, alguns cinemas enviam a programação em arquivos com diferentes formatos. Outro problema
“Para as tabelas que vêm em PDF, eu até consigo copiar e colar direto no roteiro, mas para deixar o horário no formato do nosso
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marketing
10 dicas para ter um bom relacionamento com a mídia 1. Matéria jornalística não é anúncio, portanto, nunca peça para aprovar o texto ou ler a matéria do jornalista.
6. Atualizar-se sobre as novidades do mercado cinematográfico para não ser surpreendido com informações novas em uma entrevista.
2. Sempre peça para a assessoria de imprensa fazer um briefing antes de cada entrevista, a fim de ganhar segurança e alinhar os pontos a serem passados.
7. Evite comentários pessoais ou maldosos sobre concorrentes.
3. Jornalista não é um adversário e muito menos um amigo, então é importante ficar atento à linguagem utilizada. 4. Nunca deixe um jornalista sem resposta para não “queimar” o relacionamento. Mesmo que não possa participar da matéria, é importante agradecer o contato e ficar disponível para uma próxima oportunidade. 5. Procurar ser simpático e claro nas respostas.
parceira local, colaborando com o marketing da rede de forma a fornecer informações estratégicas e peculiares a cada cidade ou região onde estão as salas”, conta Érica. Bettina Boklis, diretora de marketing da Rede Cinemark, destaca que a principal vantagem de ter uma assessoria terceirizada é contar com a expertise em divulgação, relacionamento com a imprensa e compreensão dos valores e objetivos da empresa e dos veículos de comunicação. “A assessoria oferece à rede uma equipe completa e toda a estrutura da agência, com ferramentas específicas para a realização do trabalho. A Cinemark conta com uma assessoria especializada no mercado de cultura e entretenimento, o que diferencia ainda mais o trabalho realizado”, diz. A Cinemark é atendida pela Agência Febre desde 2005. A Kinoplex também segue o modelo e sempre manteve o trabalho de divulgação feito por uma assessoria externa, atualmente liderada pela FSB Comunicações. “Sempre trabalhamos com uma agência, pois acreditamos na importância desse trabalho, que deve ser realizado por uma equipe
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8. Esteja disponível para entrevistas. De nada vale contratar uma assessoria de imprensa se a fonte não tem tempo para atender às solicitações. 9. Entender que, apesar de o jornalista ter feito muitas perguntas durante a entrevista, a matéria pode virar uma pequena nota. Cabe a ele decidir o que será publicado. 10. Seja pontual ao enviar a programação. É inconveniente ficar pedindo alterações constantes, pois atrapalha o andamento do fechamento dos veículos de imprensa.
qualificada e especializada”, explica Patrícia Cotta, gerente de marketing da Kinoplex.
profissionalizar ainda mais o relacionamento com os jornalistas”, diz Marina.
A rede Cineart também terceirizou a uma assessoria de imprensa suas divulgações para a MHD Comunicação, com sede em Belo Horizonte. “Na Cineart, a assessoria de imprensa é muito importante. No mix de comunicação, identificamos a assessoria como uma forma de informar ao público, por meio de reportagens interessantes e de qualidade, as novidades, expansão da rede, ações sustentáveis, lançamentos de novos complexos, curiosidades, entre outras atividades que a empresa está desenvolvendo com a mesma linguagem, dados e acompanhamento”, explica Marina Rossi, gerente de marketing da exibidora.
Se a rede optar em formar uma assessoria terceirizada, é importante trazer profissionais do mercado com experiência no segmento e que tenham em mente que assessoria não é apenas atender às demandas dos jornalistas, mas sim saber planejar, ter estratégias e gerar crises. No entanto, quando a opção é não ter sequer uma assessoria terceirizada, o trabalho com a imprensa precisa ser acompanhado de perto pela diretoria para que não haja informações cruzadas e divulgadas erroneamente. É o caso do Cine 14 Bis, cujas demandas de imprensa são atendidas diretamente pelo diretor, Mauri Palos. “Não dispomos de uma assessoria de imprensa devido ao porte das cidades de nossas salas. As demandas são quase sempre locais e eu mesmo faço essa ponte, atendendo aos jornalistas”, ressalta Palos.
Ela destaca ainda o trabalho em conjunto da assessoria com a agência de publicidade. “É importante termos a assessoria de imprensa como um grande reforço na divulgação das campanhas criadas pela agência de publicidade, para que elas falem a mesma língua. Com o trabalho conjunto, o marketing da rede consegue
Ao contratar uma assessoria de imprensa, o exibidor deve levar em consideração a reputação da agência, clientes já atendidos, se existe uma preparação para gerenciamento de crise, equipe e principalmente, relacionamento com a imprensa.
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legislação
Os
conflitos das políticas de incentivos ao cinema brasileiro
O
modelo fomento à presença do cinema brasileiro das telas parte das premissas regulatórias fundadas em incentivos públicos à produção audiovisual e em cotas compulsórias nas telas dos cinemas e programadoras de TV por Assinatura. Dentro deste contexto, é triste constatar que o embate entre cinema autoral e cinema comercial surja novamente de forma tão veemente, com críticas injustificadas a quem produz, distribui e exibe filmes de sucesso de público. Críticas absurdas são concentradas em produtores brasileiros que fazem conteúdos comerciais, às distribuidoras, notadamente ao papel contributivo relevante da Globo Filmes nestes projetos. No Brasil parece que as economias de mercado são perniciosas. São diárias as investidas contra quem trabalha, põe dinheiro e capital (e o próprio pescoço) a risco, com o pedido de socorro à intervenção do Estado (muitas vezes atendido). Resultado disso na economia macrobrasileira é o “pibinho” de 2013, fruto da insegurança do investimento privado nas atividades produtivas, notadamente pelo excesso de intervenção do Estado nos negócios, no modo como as empresas devem atuar, o que as tornam, de certa forma, vítimas dependentes do próprio Estado que muitas vezes os sufoca.
P or : M arcos A lberto S ant A nna B itelli Há uma enorme confusão entre produção audiovisual comercial e produção audiovisual cultural (autoral, não totalizante, independente, de experimentação, laboratorial ou qualquer nome que se queira dar). Ambos os “tipos” de produção de conteúdos merecem incentivos e proteção. E, uma modalidade não é melhor nem pior, mais ou menos importante. O fato é que deveriam valer os aforismas: cada um no seu quadrado, uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa. Mas o óbvio não acontece. Como escrevi certa vez, a ética na produção audiovisual está na adaptação da proposta e do orçamento dos filmes ao seu propósito e ao seu público. Como o dinheiro público ou incentivado disponível não é “carimbado” gera essa disputa – muitas vezes por capricho ou ciúmes – entre o “cult” e o “business”, porque ambos bebem da mesma fonte de recursos legais. A lógica dos negócios do audiovisual é a mesma em qualquer parte do mundo. No final alguém tem que pagar a conta. Notadamente é o público, dono do dinheiro que tem o direito de decidir. Para isso, quando o público quer fazer a “compra do mês” vai a um hipermercado, quando procura uma iguaria, uma trufa branca ou uma especiaria rara, vai a uma mercearia especializada. Assim, a lei ou regulação não pode culpar ou obrigar o hipermercado a reservar pra-
teleiras para trufas brancas ou obrigar mercearias a venderem sabão em pó de cinco quilos. É simples assim. E nem se diga que a produção de sabão em pó brasileiro não deva ser fomentada tanto quanto as trufas brancas. Os dois merecem o mesmo incentivo, até porque um fabricante de sabão em pó se estiver bem sustentável economicamente, poderá às vezes produzir trufas brancas no seu sítio e presentear o público com iguarias produzidas por quem entende de produção industrial e, ao mesmo tempo, tem a tranquilidade material para produzir objetos raros cuja produção muitas vezes é prejudicada pela insegurança (instabilidade) financeira de quem produz. Por isso, seria bom que as cornetas parassem de tocar e que os agentes do mercado do cinema pudessem atuar em conformidade com as propostas objetivas de seus projetos, pois há lugar para todos. Não é apenas criando telas que se resolve isso, pois o público não vai ao cinema somente porque ele está aberto, ele vai à busca do que está na tela. Que se criem mais mercearias onde o público possa experimentar alternativas à produção comercial, sem que haja preconceitos a essa necessária, útil e irrenunciável produção sucesso de bilheteria; sem que se obriguem salas comerciais a carregarem mais obrigações do que aquelas já impostas pelas dificuldades naturais de ser empresário no Brasil.
Marcos Alberto Sant Anna Bitelli | marcos.bitelli@bitelli.com.br Mestre em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entretenimento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.
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panorama
O que influencia a ida ao Cinema? 2
N
o artigo anterior, abordei alguns dos fatores que, conforme a literatura de comportamento do consumidor, influenciam na escolha de produtos e serviços, como os econômicos (renda, preço) ou demográficos (gênero, idade), entre outros. Vimos que de acordo com cada indivíduo, os fatores tem pesos diferentes. Nesta edição, vou trazer mais um pouco de teoria e uma breve análise de alguns dados apontados pela 2ª pesquisa sobre “hábitos de consumo no mercado de entretenimento”, encomendada pelo Sindicato das Empresas Distribuidoras do Rio de Janeiro ao Datafolha. Quando se trata de um produto cultural, como um filme, ou um serviço cultural, como a exibição cinematográfica, parece lógico pensar que as motivações e as variáveis envolvidas neste tipo de consumo são diferentes das que estão presentes no consumo de outros bens. O pesquisador Manuel Cuadrado acrescentou, a partir de vários estudos sobre este tipo de produto/serviço, alguns objetivos do consumidor destes bens: 1) alcançar prestígio social; 2) apreciar a atividade artística; 3) buscar novas experiências; 4) combater o tédio; 5) entreter-se; 6) obter valores ou enriquecer-se; entre outros. Os pesquisadores Fabio Sá Earp e Helena Sroulevich acrescentam que a ida ao cinema é normalmente uma atividade que não se realiza sozinho, e a necessidade de se optar por uma alternativa que agrade a todos do grupo faz com que muitas vezes as pessoas assistam a filmes de gêneros ou temas que não escolheriam se fossem sozinhos.
P or : C arla S obrosa A ideia de que um grupo de pessoas escolhe um filme a partir da expectativa de que satisfaça a média dos gostos de todos os envolvidos é algo que pode ser verificado pela experiência individual: quem não se lembra de ter negociado com o (a) namorado (a) o que o casal vai assistir na sexta-feira, a partir das opções disponíveis? Sá Earp e Sroulevich lembram outra variável incluída na escolha, a partir do momento em que os grupos (casal, famílias, amigos) provavelmente farão outros programas antes ou depois do filme (70% dos frequentadores de cinema, de acordo com a pesquisa do Datafolha, fazem): a existência de outros espaços de lazer e entretenimento próximos ao cinema. A preferência pela sala localizada em shopping center e a existência de livrarias e cafés dentro de alguns cinemas de rua confirmam esta percepção. Das pesquisas empreendidas por Cuadrado, ele conclui que não é possível falar de um público de produtos e serviços culturais, mas sim de vários “perfis” de consumidores, o que podemos imediatamente associar ao cinema: temos o público que gosta de filmes, de maneira geral (e o assiste em uma das diversas mídias disponíveis atualmente); temos o público das salas de exibição (aquele que, no Brasil, adquiriu os 146 milhões de ingressos vendidos em 2012); temos o público específico de determinado gênero de filme no cinema. Só para dizer alguns. A pesquisa encomendada pelos distribuidores descobriu que o público que gosta de filmes, de maneira geral, é de quase a totalidade de pessoas entrevistadas (quase 95% do universo pesquisado), enquanto o
público das salas de exibição é de aproximadamente metade da amostra (aumentou de 48 para 54% de 2007 para 2012). A pesquisa também levantou que 37% dos entrevistados preferem ação/aventura. O documento de 287 páginas traz dados muito relevantes para o setor, indicando, por exemplo, que entre os entrevistados que não vão nem uma vez por ano ao cinema (considerados “não frequentadores” pela pesquisa), metade gostaria de ir mais, e que o principal motivo pelo qual não o fazem é por não ter tempo disponível. Parece uma resposta fácil, para despistar o entrevistador, pois dificilmente existe outro tipo de entretenimento fora de casa disponível durante tanto tempo quanto o cinema (nas capitais, pelo menos, todos os dias da semana, todos os dias do ano). Pesquisas mais profundas sobre o uso do tempo livre podem indicar que, de fato, o que falta é interesse, devido à ausência de um hábito que muitas vezes vem da infância (ainda de acordo com a pesquisa do Datafolha, 31% dos frequentadores costumavam ir ao cinema com os pais). A pesquisa dos distribuidores/Datafolha é muito interessante, e deixa várias questões ainda no ar, perguntas que podem ser aprofundadas, respostas que podem ser investigadas. Os públicos de cinema, como vimos, são vários. O seu é único, especial. Que tal conhecê-lo melhor? No seu site pode haver um pequeno questionário para o cliente. E você pode também olhar nos olhos dele. Qual foi a última vez em que você parou alguém na fila de um cinema para saber mais sobre o motivo dele ter ido exatamente ali, naquele dia?
Carla Sobrosa | csobrosa@yahoo.com.br Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual, coordenadora de acompanhamento dos mercados de cinema e vídeo doméstico da ANCINE, mestre em Comunicação pela UFF-RJ e professora. Sua dissertação de mestrado teve como tema o consumo de cinema no Brasil após a entrada dos multiplexes estrangeiros, na década de 90. O artigo é uma dissertação pessoal e não representa a opinião da ANCINE.
64 Exibidor, abril-2013
retrospectiva
No túnel do tempo P or : M arcelo J. L. L ima
D
ebater temas importantes, melhorar a relação do exibidor com o cliente final e instruí-lo a conhecer melhor o seu negócio. Dentre tantas outras facetas, a Revista Exibidor contribuiu e acompanhou o crescimento do mercado, celebrou conquistas e partilhou angústias. Tudo isso em apenas dois anos. Relembre os principais assuntos abordados em cada exemplar:
Edição
– Num ano em que o mercado celebraria crescimento nas bilheterias, surgiu a Revista Exibidor com sua primeira edição disponível em abril de 2011 para exibidores e profissionais do mercado. Naquele período, o 3D vivia seu auge e os exibidores estavam numa corrida desenfreada para tê-lo em seus cinemas. A transição do 35mm para o digital já se fazia presente, muito mais por conta do 3D do que por qualquer outro motivo. Por isso, a matéria de capa trouxe um panorama das duas principais tecnologias 3D presentes no Brasil: Dolby e RealD, apresentando ao leitor os benefícios e diferenciais de cada uma delas. Outra reportagem de grande interesse foi sobre as Pipoqueiras, que orientou o exibidor a escolher a melhor máquina e os produtos ideais (milho, óleo e sal) para o seu cinema. Sempre preocupada com quem está no operacional, a publicação fez um alerta sobre a utilização das Lâmpadas Xenon.
66 Exibidor, abril-2013
Edição – De olho nas tendências, a Revista Exibidor fez uma reportagem sobre
as Salas VIP. Atendimento, cardápio e estrutura foram alguns dos pontos abordados para mostrar ao exibidor a diferença entre um cinema convencional e outro VIP. A entrevista do mês contou com a participação do presidente da ANCINE, Manoel Rangel, que discursou sobre o relacionamento da Agência com o mercado. Em alimentação, a matéria sobre a Distribuição de Bebidas relatou os problemas enfrentados pelos exibidores e a reportagem sobre a Carga Tributária trouxe ao empresário uma visão exemplificada dos altos impostos aplicados no valor do ingresso. Além do conteúdo jornalístico, a Revista contou com conceituados articulistas que publicaram reflexões sobre temas variados. O advogado especialista na área de cinema, Dr. Marcos Bitelli, discutiu a questão do ECAD e suas disputas judiciais. Notas breves sobre produtos, empresas e negócios - uma espécie de giro pelo mercado - foram incorporadas ao projeto por meio da seção: “Notícias”.
Edição
– Janela para o futuro. O assunto principal foi a Transmissão de Conteúdo Alternativo Ao Vivo, como shows e eventos. A Revista explicou o funcionamento e os equipamentos necessários para a transmissão via satélite e a distribuição do conteúdo live streamming. Mais uma nova seção foi inaugurada: Trajetória. Um espaço importante dedicado às empresas e profissionais do mercado. Quem inaugurou o espaço foi a Centerplex, que tem sua história entrelaçada a um dos profissionais mais emblemáticos do mercado exibidor: Sr. Eli Jorge Lins de Lima. A higienização dos óculos 3D (máquinas e produtos para limpeza) e os Seguros de Responsabilidade Civil (importância, necessidade e benefícios) ajudaram a dar forma a mais uma edição.
Edição
– Ao completar quatro publicações, a Revista Exibidor já se consolidava como porta-voz dos exibidores e para comemorar com o setor, publicou um Guia Especial com 50 Dicas para Bombonières. Houve grande repercussão e elogios dos profissionais do mercado. Na editoria de Tecnologia, a Revista dedicou atenção especial aos Servidores de Projeção Digital. O foco da pauta foi conscientizar o mercado sobre a necessidade de ter bons servidores. A primeira matéria internacional trouxe aos leitores uma visão dos cinemas da Nova Zelândia, mostrando possíveis tendências. O Prêmio ED, sempre presente em quase todas as edições, seja com breve menção ao evento ou com retrospectiva e curiosidades, desta vez, teve cobertura completa com fotos e detalhes da cerimônia. Antonio Lima Neto, articulista da área de RH comentou sobre a importância do planejamento das empresas, que devem se preocupar não só com a aquisição de equipamentos, mas com o desenvolvimento dos profissionais, que estão no contato direto com o consumidor final.
67 Exibidor, abril-2013
retrospectiva Edição
– A edição do primeiro aniversário da Revista Exibidor foi coroada com a sua distribuição, em primeira mão, num dos eventos mais importantes do setor: O Show de Inverno. O Cinema Nacional foi o assunto da vez, mencionando como é primordial o envolvimento de todos os agentes do mercado para o sucesso consolidado dos filmes brasileiros. A reportagem comentou as vantagens de o exibidor investir no Cinema Nacional. Para isso, ouviu grandes produtores atuantes no mercado como Alain Fresnot, Diler Trindade, Walkíria Barbosa e Mariza Leão. O VPF (Virtual Print Fee) foi melhor explicado ao exibidor e em marketing, Dicas de Como e Quando Mudar sua Marca, Logotipo e Identidade Visual. A edição foi fechada com uma homenagem especial da Warner Bros. Pictures: “Um aninho de vida com conteúdo de gente grande”.
Edição
– As “Telonas” tiveram destaque merecido. O exibidor conheceu melhor as telas gigantes Imax, a experiência XD da Cinemark e a Max Screen da Cinematografia Araújo. Ainda perpassando pelo mundo da tecnologia, os ATM’s – autoatendimento - e os seus benefícios foram abordados: diminuição das filas, agilidade, maior visibilidade e venda 24hs são alguns dos muitos pontos positivos. Mas nem só de inovações tecnológicas vive o exibidor. A especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual, Carla Sobrosa, contribuiu com um artigo sobre a Relação do Cinema com o seu Público. Em RH, o exibidor conferiu como elaborar um Plano de Carreira para os funcionários. O cuidado com cliente passa por vários caminhos, inclusive o da saúde. Limpeza e Manutenção Preventiva dos Aparelhos de Ar Condicionado foi outro tema de destaque nesta edição.
Edição
– Timidamente o tema das Cotas de Telas apareceu na edição de nº 05, mas o assunto renderia muito mais nesta edição. Diante da preocupação de alguns exibidores em não conseguir cumprir o estabelecido pela ANCINE, a Revista Exibidor decidiu tocar no assunto e mostrar o que os exibidores questionavam e quais eram as suas sugestões. Felizmente, bons lançamentos fecharam o ano de 2012 e os exibidores cumpriram as Cotas, mas a matéria foi decisiva para dar voz aos exibidores e mostrar como eles se posicionavam sobre essa questão. Uma pesquisa encomendada pelo SEDCMRJ (Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro) revelou que a Internet era o principal meio de informação dos clientes para obter a programação dos cinemas. Essa estatística serviu de base para a pauta sobre os Meios Digitais e o Consumidor Final. A Evolução das Poltronas também teve seu espaço. E mais um profissional veio somar à equipe de articulistas: Igor Kupstas.
68 Exibidor, abril-2013
Edição
– Já virou tradição. Um guia completo com 50 dicas para Salas de Cinema trouxe orientações sobre atendimento, projeção, limpeza e acessórios. E assim é muito provável que na 12ª edição, a primeira de 2014, os leitores sejam presenteados com mais um super guia com 50 dicas sobre algum assunto. Após quase dois anos, a Revista Exibidor se solidificou, mas não parou de inovar. O calendário lançado na última página é prova do quanto o exibidor é valorizado pela publicação. Feito especialmente para quem trabalha diariamente com Cinema, o calendário destacou a sexta-feira, período em que a programação de todos os cinemas é divulgada oficialmente. O diretor Fernando Meirelles foi o entrevistado desta edição e contou por que considera angustiante a relação entre exibidores e cineastas. A entrevista teve grande repercussão. Uma visita aos cinemas da Itália fez o exibidor conhecer um modo diferenciado de exibição: ao ar livre, uma alternativa para aproximar o povo e o cinema. Extremamente elogiada, a edição foi citada no boletim Filme B com menção às principais matérias.
Edição
– Em mais uma edição de aniversário, muitas surpresas e novamente a Revista foi distribuída no Show de Inverno. Uma matéria especial sobre o VPF na prática (página 46), outra sobre as Novas Distribuidoras que estão chegando no mercado (página 54) e uma terceira sobre a importância da Assessoria de Imprensa (página 58). Desfrute e até a próxima!
Portal www.Exibidor.com.br Agora, além da Revista, os exibidores têm o Portal Exibidor, uma amostra da Revista na Internet. Atualizações diárias com notícias curtas, diretas e relevantes compõem a estrutura do Portal. A ideia foi reunir em um único local tudo que o exibidor precisa saber para estar sempre bem informado. Acesse e confira: www.exibidor.com.br.
69 Exibidor, abril-2013
agenda de lançamentos
Filme
03/05/2013
Direção
A INOCÊNCIA TERMINA AQUI. FOX SEARCHLIGHT PICTURES apresenta em associação com INDIAN PAINTBRUSH uma produção SCOTT FREE‘Segredos de sangue’ MIA WASIKOWSKA MATTHEW GOODE DERMOT MULRONEY JACKI WEAVER NICOLE KIDMAN figurino KURT SWANSON BART MUELLER músicade CLINT MANSELL desenhista de diretor de coprodutores WENTWORTH MILLER BERGEN SWANSON editor NICOLAS DE TOTH produção THÉRèSE DEPREZ fotografia CHUNG-HOON CHUNG dirigido produzido produtores escrito por RIDLEY SCOTT TONY SCOTT MICHAEL COSTIGAN por WENTWORTH MILLER por PARK CHAN-WOOK executivos STEVEN RALES MARK ROYBAL
24/05/2013
PROPRIEDADE DA FOX. SOMENTE PARA USO PROMOCIONAL. VENDA, DUPLICAÇÃO OU QUALQUER OUTRO USO DESTE MATERIAL É ESTRITAMENTE PROIBIDO. VERIFIQUE A CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA.
Nos Cinemas Selecionados
DO ACLAMADO DIRETOR DE OLDBOY
TRILHA SONORA
WWW.SEGREDOSDESANGUE.COM.BR
30/05/2013 31/05/2013
07/06/2013
14/06/2013
21/06/2013
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Distribuidora
Ferrugem e Osso (De Rouille et d’os)
Jacques Audiard
Marion Cotillard, Matthias Schoenaerts, Armand Verdure, Céline Sallette, Corinne Masiero, Bouli Lanners, JeanMichel Correia
Sony
Somos tão Jovens
Antonio Carlos Fontoura
Thiago Mendonça, Conrado Godoy, Nicolau Villa-Lobos, Sandra Corveloni, Marcos Breda, Laila Zaid, Bruno Torres, André de Carvalho
Imagem
Uma Ladra sem Limites (Identity Thief)
Seth Gordon
Jason Bateman, Melissa McCarthy, Jon Favreau, Amanda Peet, T.I., Genesis Rodriguez, Morris Chestnut, John Cho, Robert Patrick, Eric Stonestreet
Universal
Vendo ou Alugo
Betse de Paula
Marieta Severo, Marcos Palmeira, Nathalia Timberg, Silvia Buarque, Antonio Pitanga.
Europa
O Último Exorcismo - Parte 2 (The Last Exorcism 2: The Beginning of the End)
Ed Gass-Donnelly
Ashley Bell, Julia Garner, Spencer Treat Clark, David Jensen, Tarra Riggs, Louis Herthum, Muse Watson, Erica Michelle, Sharice A. Williams, Boyana Balta, Joe Chrest
PlayArte
Terapia de Risco (Side Effects)
Steven Soderbergh
Channing Tatum, Rooney Mara, Jude Law, Catherine Zeta-Jones, Mamie Gummer, Vinessa Shaw, David Costabile, Greg Paul, Laila Robins
Diamond
Confia em Mim
Michel Tikhomiroff
Bruno Giordano, Fernanda Machado, Mateus Solano
Paris
Reino Escondido (Epic)
Chris Wedge
Vozes de: Josh Hutcherson, Amanda Seyfried, Colin Farrell, Christoph Waltz, Beyoncé Knowles, Steven Tyler
Fox
Velozes e Furiosos 6 (Fast & Furious 6)
Justin Lin
Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Michelle Rodriguez
Universal
Faroeste Caboclo
Rene Sampaio
Fabrício Oliveira, Ísis Valverde, Felipe Abib
Europa
Se Beber, Não Case - Parte III (The Hangover - Part III)
Dan Goldberg
Bradley Cooper, Ed Helms, Zack Galifianakis, Justin Bartha, Ken Jeong
Warner
Truque de Mestre (Now You See Me)
Louis Leterrier
Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Woody Harrelson, Mélane Laurent, Isla Fisher, Dave Franco, Common, José Garcia
Paris
Depois da Terra (After Earth)
M. Night Shyamalan
Will Smith, Jaden Smith, Isabelle Fuhrman, Zoë Kravitz
Sony
Odeio o Dia dos Namorados
Roberto Santucci
Heloísa Pérrissé, Daniel Boaventura, Marcelo Saback, Daniela Valente, Danielle Winits, Toni Tornado, Fernando Caruso
Disney
Segredos de Sangue (Stoker)
Chan-wook Park
Mia Wasikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode
Fox
Singularity (Ainda Sem Título em Português)
Roland Emmerich
Josh Hartnett, Alice Englert, Tamsin Egerton
Europa
O Grande Gatsby (The Great Gatsby)
Baz Luhrmann
Leonardo DiCaprio, Isla Fisher, Carey Mulligan, Jason Clarke, Joel Edgerton, Tobey Maguire, Adelaide Clemens, Callan McAuliffe, Amitabh Bachchan, Gemma Ward
Warner
Star Trek: Além da Escuridão (Star Trek: Into Darkness)
J.J Abrams
Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana
Paramount
The Place Beyond the Pines (Ainda Sem Título em Português)
Derek Cianfrance
Ryan Gosling, Bradley Cooper, Eva Mendes
Paris
Minha Mãe é uma Peça
André Pellenz
Paulo Gustavo, Ingrid Guimarães, Fábio Porchat, Gregório Duvivier
Paris
10/05/2013
17/05/2013
Elenco
Filme
Direção
Elenco
Distribuidora
Universidade Monstros (Monsters University)
Pete Docter
Vozes de: Billy Crystal, Steve Buscemi, John Goodman, Jennifer Tilly
Disney
Guerra Mundial Z (World War Z)
Marc Forster
Brad Pitt, Eric West, Matthew Fox, David Morse, James Badge Dale, Mireille Enos, David Andrews, Elyes Gabel, Trevor White, Katrina Vasilieva
Paramount
Meu Malvado Favorito 2 (Despicable Me 2)
Pierre Coffin, Chris Renaud
Vozes de: : Al Pacino, Jason Segel, Steve Carell, Miranda Cosgrove, Moises Arias, Elsie Kate Fisher, Dana Gaier
Universal
O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger)
Gore Verbinski
Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Armie Hammer, William Fichtner, Tom Wilkinson, Barry Pepper, Ruth Wilson, James Badge Dale, James Frain, Landall Goolsby, Matt O`Leary, Tait Fletcher
Disney
O Homem de Aço (Man of Steel)
Zack Snyder
Henry Cavill, Amy Adams, Russell Crowe, Kevin Costner, Diane Lane
Warner
Um Gladiador em Apuros (Gladiators of Rome)
Iginio Straffi
Luca Argentero, Laura Chiatti, Julianne Hough
PlayArte
Concurso Público
Pedro Vasconcelos
Fábio Porchat, Sabrina Sato, Danton Mello
Paris
Turbo 3D (Turbo 3D)
David Soren
Vozes de: Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson, Maya Rudolph, Michelle Rodriguez, Paul Giamatti, Ken Jeong, Bill Hader, Luis Guzmán, Richard Jenkins, Michael Peña
Fox
Wolverine: Imortal (The Wolverine)
James Mangold
Hugh Jackman, Will Yun Lee, Tao Okamoto
Fox
R.I.P.D. (Ainda Sem Título em Português)
Robert Schwentke
Ryan Reynolds, Jeff Bridges, Kevin Bacon, Mary-Louise Parker, Robert Knepper
Paramount
Os Smurfs 2 (The Smurfs 2)
Raja Gosnell
Neil Patrick Harris, Hank Azaria, Christina Ricci, Jayma Mays, Sofía Vergara, Tim Gunn, Alan Cumming
Sony
RED 2 - Aposentados e Ainda Mais Perigosos (RED 2)
Dean Parisot
Bruce Willis, John Malcovich, Mary-Louise Parker, Helen Mirren, Catherine Zeta-Jones
Paris
Círculo de Fogo (Pacific Rim)
Guillermo del Toro
Charlie Hunnam, Idris Elba, Charlie Day, Rinko Kikuchi, Maximillian Martini, Ron Pearlman
Warner
Suor e Glória (Pain & Gain)
Michael Bay
Dwayne Johnson, Mark Wahlberg, Rebel Wilson, Rob Corddry, Ed Harris, Anthony Mackie, Ken Jeong, Tony Shalhoub, Vivi Pineda, Yolanthe Cabau, Emily Rutherfurd
Paramount
Percy Jackson: Sea of Monsters (Ainda Sem Título em Português)
Thor Freudenthal
Logan Lerman, Alexandra Daddario, Douglas Smith, Mark Birdsong
Fox
300: Rise of an Empire (Ainda Sem Título em Português)
Noam Murro
Sullivan Stapleton, Evan Green, Lena Headey, Hans Matheson, Rodrigo Santoro, David Wenham, Igal Naor
Warner
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos (The Mortal Instruments: City of Bones)
Harald Zwart
Lena Headey, Aidan Turner, Lily Collins, Jonathan Rhys Meyers, Jamie Campbell Bower, Jared Harris, Robert Sheehan, Kevin Durand, Kevin Zegers
Paris
The Internship (Ainda Sem Título em Português)
Shawn Levy
Owen Wilson, Vince Vaughn, Will Ferrell
Fox
Se Puder...Dirija!
Paulo Fontenelle
Luiz Fernando Guimarães, Leandro Hassum, Lavínia Vlasak, Bárbara Paz, Reynaldo Gianecchini, Sandro Rocha, Eri Johnson
Disney
28/06/2013
05/07/2013 12/07/2013
19/07/2013
26/07/2013 02/08/2013
09/08/2013
16/08/2013 23/08/2013
30/08/2013
71 Exibidor, abril-2013
trajetória
UCI aposta em qualidade e tecnologia ©Divulgação
A
United Cinemas International (UCI) decidiu investir no Brasil em 1995, época na qual o mercado europeu começava a demonstrar sinais de saturação e as empresas do setor estavam altamente capitalizadas. Nos primórdios da estabilização da economia brasileira, o país possuía, obviamente, menos salas do que nos dias de hoje, fato que atiçava ainda mais o interesse das grandes companhias de entretenimento. Em 1997 foi o momento para inaugurar o primeiro complexo no Shopping Estação, em Curitiba (PR). No Rio de Janeiro e em São Paulo, a rede chegou em 1999, respectivamente com as inaugurações na Barra da Tijuca e no Shopping Jardim Sul. Em 2000, foi a vez do Shopping Anália Franco, em São Paulo (SP). Além de reforçar o conceito “multiplex” no Brasil, a rede de origem inglesa, que desde 2005 é controlada pela National Amusements, chegou às terras tupiniquins introduzindo outras inovações, como telas maiores, salas stadium, poltronas largas e confortáveis, ofertas inovadoras de alimentos e bebidas e sofisticações nos sistemas acústicos, de imagem e som.
72 Exibidor, abril-2013
UCI Campo Grande, o último complexo inaugurado pela rede
P or : P aulo F ernando “O Plano Real estava se mostrando bem-sucedido, o que dava uma certa segurança às empresas para realizarem projetos de longo prazo”, recorda a diretora de marketing da exibidora no país, Monica Portella. As principais dificuldades encontradas no início da operação brasileira da UCI foram a diferença cultural e o alto nível de burocracia, conforme explica a executiva, ressaltando que esses obstáculos foram superados ao longo do tempo pelo aprendizado adquirido na maneira de fazer negócios no Brasil. “É por isso que as expectativas em relação ao mercado brasileiro continuam sendo boas”, afirma. Devido à melhor distribuição de renda, a multinacional espera continuar abrindo salas em diversas regiões e modernizando as instalações dos cinemas já existentes, com a introdução de novos serviços. “O Brasil está dentro do cenário das novas tendências tecnológicas”, justifica. Ao longo de sua trajetória no país, a UCI Cinemas inaugurou 18 complexos, apostando em qualidade e tecnologia. Hoje, a rede tem 160 salas espalhadas por Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP), Curitiba (PR), Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Juiz de Fora (MG).
Segundo o ranking da Rentrak, instituto verificador para empresas de entretenimento, o líder absoluto de público nacional em 2012 foi o cinema UCI New York City Center, com um total de mais de 1,9 milhão de espectadores, número 5% maior que o atingido no ano de 2011. Juntamente com o UCI Norte Shopping, UCI Orient Iguatemi Salvador e UCI Kinoplex Iguatemi Fortaleza, os cinemas da rede ocuparam os quatro primeiros lugares neste ranking de público em 2012, com a marca de 6.365.103 espectadores alcançados. No UCI New York City Center, o maior complexo de cinemas do Brasil, a rede oferece dois grandes diferenciais: o UCI De Lux, um espaço premium com duas salas VIP, bar, elevador e bilheteria exclusivos; e a sala IMAX. A exibidora também possui uma segunda sala IMAX em São Paulo, no UCI Anália Franco. O último complexo inaugurado pela UCI foi no Park Shopping Campo Grande, na zona Oeste do Rio de Janeiro, com sete salas, todas no formato digital e com poltronas numeradas. Por enquanto, a rede não tem previsão de novas inaugurações.
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