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Ano III – nº 10, julho/2013
Projeção Digital P esquisa avalia projetores disponíveis no mercado
Entrevista
Fernanda Farah, do BNDES, explica linhas de financiamento
Marketing
Novas oportunidades com a comercialização de mídia em tela
Digitalização
Panorama mundial da conversão digital do parque exibidor
DO MUNDO ACIMA DE
VOANDO PARA OS CINEMAS DIA 13 DE SETEMBRO 2013 DISNEY.COM.BR/FILMES DISNEYEXIBIDOR.COM.BR
©2013 Disney
editorial
Revolução Digital Já estamos na segunda década do século XXI. O século do futuro, o século onde o modo de trabalhar, viver e se divertir depende da tecnologia. Para os maiores de 30 anos, acompanhamos toda a evolução da tecnologia digital. Desde o primeiro computador pessoal até os grandes sistemas e aparelhos como smartphones e tablets. Então, por que somente agora a tecnologia digital chegou à projeção cinematográfica? Por que as produções cinematográficas com efeitos especiais digitais são feitos há mais de 20 anos, mas a projeção em um cinema ainda utiliza películas? Temos várias respostas para estas perguntas. Mas, de qualquer forma, chegou a nossa hora, principalmente dos profissionais de distribuição e exibição latino americanos. E o fio condutor da 10ª edição da Revista Exibidor segue esta revolução. A Revista Exibidor conseguiu juntar dados técnicos das três maiores empresas de tecnologia de projeção cinematográfica, entrevistar representantes de vendas e também exibidores e gerar um relatório inédito de quais são as qualidades da tecnologia e atendimento de cada uma das empresas. O resultado é surpreendente. Temos todas as três empresas em uma disputa acirrada em termos tecnológicos. Porém, uma aparente diferença em se tratando do atendimento. Seguindo a onda digital, ainda temos uma entrevista com Fernanda Farah, gerente do departamento de cultura, entretenimento e turismo do BNDES, que ultimamente tem liberado ótimas linhas de crédito para acelerar o processo de digitalização do parque exibidor nacional. Marcos Bitelli comenta também sobre o caminho “tão perto, tão longe“ de conseguir o apoio do governo federal em digitalizar o seu cinema. A comercialização de mídia em tela é discutida em uma matéria que prova que à medida que a digitalização avança, este mercado cresce e se democratiza cada vez mais junto aos anunciantes. E para finalizar, apresentamos um relatório discutido durante a última CinemaCon de como anda a digitalização pelo mundo e onde o nosso Brasil se posiciona nesta corrida. Também temos espaço para assuntos “não digitais“. Aproveitando o projeto de uma nova lei para legislar a meia-entrada, levantamos a opinião de representantes do mercado de exibição e advogados acerca do tema. Nossa articulista Carla Sobrosa coloca o exibidor literalmente no divã e na seção Trajetória, conhecemos um pouco mais do Roxy Cinemas, um exemplo de que cinema de rua dá certo. Mais uma vez, em nome da revista, agradeço o eterno apoio dos patrocinadores e que desfrutem das matérias que preparamos para você leitor exibidor. Um grande abraço e até a próxima edição.
Marcelo J. L. Lima diretor e editor chefe da revista exibidor
6 Exibidor, julho-2013
Expediente Edição e direção Marcelo J. L. Lima Redação Natalí Alencar (MTB 51480) natali@exibidor.com.br
Paulo Fernando Cibele Gandolpho Janaina Pereira Projeto Gráfico e Direção de Arte Raphael Grizilli raphael@exibidor.com.br
Assistente de arte Fernando Martinello fernando.martinello@exibidor.com.br
Revisão Talita Garcez talita@exibidor.com.br
Comercial e anúncios www.exibidor.com.br/anuncie Tel.: (11) 4040 4712 Assinaturas www.exibidor.com.br/assine Tel.: (11) 4040 4712 de segunda a sexta das 8h30 às 17h30 Colaboradores Carla Sabrosa, Marcos Bitelli Espaço/Z e Omelete Impressão Vox Editora www.voxeditora.com.br Tiragem de 2000 exemplares Correspondência Rua Ênio Voss, 78 São Paulo (SP) | 02245-070 Tel: (11) 4040 4705 www.exibidor.com.br A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:
www.tonks.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Revista Exibidor. Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks. Este exemplar faz parte do Acervo da Cinemateca do Rio de Janeiro.
Espaço do Leitor
Queremos saber a sua opinião. Envie seus comentários para:
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Uma publicação essencialmente necessária ao mercado brasileiro de exibição cinematográfica. Votos de sucesso e vida longa a todos que fazem deste projeto uma realidade. Parabéns!
Sensacional as “CAPAS” da edição de aniversário da Revista Exibidor! Marcio Eli (Centerplex)
Eder Delatore (São Paulo – SP)
Parabéns, tanto o conteúdo como o visual da revista ficou bárbaro! Maricy Leal (Cinemark Brasil)
Recebi a belíssima edição de aniversário de 2 anos da Revista Exibidor, com uma segunda capa especial de fundo metalizado, calendário para monitor e envelope personalizado com o pôster do filme “O Homem de Aço”. Edição caprichada com conteúdo maior e cada vez melhor. Parabéns ao pessoal da Tonks e Revista Exibidor Antonio Ricardo Soriano (São Paulo – SP)
Empresas e Instituições Citadas A
d
ANCINE // 13, 22, 23, 24, 26, 28 Arco Íris // 29 Arcoplex // 29 Arts Alliance // 14 Auwe // 30
Downtown Filmes // 18 DreamWorks // 18
e
B
Film Journ // 51 Fit Media // 30 FLIX Media // 28, 29, 30 Fox Film // 18
Barco // 16, 39, 40, 41, 42, 43, 44 BNDES // 22, 23, 24
c Centerplex // 12, 29, 48, 49 Centauro // 14 Christie // 39, 40, 41, 42, 43, 44 Cine 14 Bis // 48, 49 Cineart // 29 Cineflix // 13 Cinemagic // 29 Cinemais // 29 Cinemark // 13, 28, 30 Cinematográfica Araújo // 30 Cineplex // 13, 29 Cinépolis // 13, 29 Cinespaço // 30 Cinesystem // 12, 29, 30 Citroen // 30
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Espaço Itaú de Cinema // 30
f
g
M
Moviecom // 13
N
NEC // 13,16, 39, 40, 41, 42, 43, 44
O
Oral-B // 30 Orient // 29
P
Paramount Pictures // 20 Paris Filmes // 18
GNC Cinemas // 48, 49 Globo // 18 Grantland // 18
Q
H
Roxy // 29, 60
Hollywood Reporter // 20
I
IHS Screen Digest // 51, 52, 53, 54
K
Kinomaxx // 28, 29, 30 Kinoplex // 12, 13, 28, 29, 30, 48, 49
L
Lionsgate // 20 Lucasfilm // 20
Quanta DGT // 14
R S
Sony // 44
T
TELEM // 14
u
UCI // 12, 13, 29
W Warner Bros. Pictures // 20
O pacote de vantagens ideal para a digitalização • Financiamento integral de projetor, servidor e programa de TMS com taxas de juros de 0% para exibidores com até 10 salas e 3% ao ano para os demais casos; • Apoio financeiro não reembolsável de R$ 15.000,00 por sala para exibidores que administrem até quatro salas; • Financiamento dos outros itens da conversão para o digital: instalação, processador de áudio, quadro elétrico, climatizador de ar e intranet. E o exibidor pode escolher as marcas de equipamento e a empresa que fará a instalação e a manutenção, desde que seja devidamente capacitada pelo fabricante; • Software de TMS da Arts Alliance Media, utilizado em mais de 15.000 salas em todo o mundo; • Gerenciamento e coleta de VPF pela Arts Alliance Media, presente em 4.000 salas de 10 países; • Preparação e apresentação de projetos para a ANCINE e para a Receita Federal e acompanhamento junto aos órgãos até a aprovação.
A digitalização da sua sala por quem realmente entende
MKT20130505
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sumário
Pesquisa avalia qualidade dos projetores digitais /38
Notícias/12 Giro pelo mercado
Claquete.com/18 Novidades do cinema
Entrevista/22 Fernanda Farah, gerente do departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo do BNDES
Artigo Legislação/26 Desafios da digitalização
Marketing/28 Comercialização de mídia em tela é mercado promissor
Artigo Mercado/35 Porque você tem um cinema?
Legislação/47 Mudanças com a aprovação do projeto de lei da meia-entrada
Digitalização/51 Status e crescimento da conversão digital no mundo
Agenda/58 Próximos lançamentos
Trajetória/60 Roxy e a paixão pelos cinemas de rua
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notícias ©Divulgação
Cinesystem inaugura dois multiplex 100% digital Em maio, a Rede Cinesystem inaugurou um multiplex 100% digital e com sistema autosserviço no Imperial Shopping, em Imperatriz (MA). Esta foi a segunda unidade que entrou em funcionamento no mês de maio. Junto com o multiplex de Vila Velha (ES), inaugurado no início deste mês, a Cinesystem soma 2.580 novos lugares e amplia para 90 seu número de salas em operação no país. A segunda unidade da Rede no Maranhão, que já possui um multiplex na capital São Luís, terá capacidade para 1.044 lugares, distribuídos em duas salas com tecnologia 3D e três salas com 2D, todas digitais. Até o final do ano, a Rede prevê ampliar suas atividades com novos complexos em Maceió e Arapiraca (AL).
Novo “UCI Kinoplex” no Maranhão Com a marca UCI Kinoplex, o Shopping da Ilha, em São Luís (MA) ganhou novo complexo com oito salas de cinema. Além da tecnologia 3D em três salas, o local abrigará a segunda sala XPlus no Brasil, também com projeção 3D e capacidade para 2.155 pessoas.
©Divulgação ©Divulgação
Segundo a UCI, a XPlus tem projeção com definição 4K de tela e som Dolby Atmos, que proporciona imersão do espectador devido à distribuição de canais independentes e ao posicionamento das caixas acústicas em 360º. Este complexo contou com investimento de R$ 10 milhões. “Inaugurar o novo complexo em São Luís, e ainda com uma sala XPlus, atinge os nossos objetivos de fornecer uma novíssima opção de lazer à região”, destaca a diretora de Marketing, Monica Portella.
Centerplex inicia obras em Mogi das Cruzes A Centerplex Cinemas iniciou as obras no Mogi Shopping (Mogi das Cruzes SP) para construção de um novo comple-
xo 100% digital que contará com seis salas convencionais (sendo duas no formato 3D, uma com tela gigante e som Auro
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3D) e uma no formato VIP. No total, o cinema terá capacidade para 1700 pessoas. O Mogi Shopping já está em obras há mais de um ano e agora acabou de finalizar o que era de sua responsabilidade. A previsão para inauguração do complexo, segundo a
Centerplex, é dezembro deste ano. “Estamos nos preparando para lançar ao mercado o melhor complexo de cinema da empresa. O potencial de Mogi das Cruzes é gigante e se provará com esta inauguração”, prevê o diretor da empresa, Marcio Lima.
NEC fecha parceria com Moviecom e Cineflix A NEC fechou parceria com duas exibidoras na área de projeção digital: Moviecom e Cineflix. O contrato com as exibidoras prevê o fornecimento equipamentos e projetores necessários para a digitalização das salas de cinema.
ANCINE divulga balanços do mercado cinematográfico em 2012
Com a Cineflix, a parceria inclui equipamentos para os próximos cinco anos, já o contrato com a Moviecom, prevê o fornecimento de equipamentos para 72 salas. A Cineflix conta atualmente com salas de exibição em diversas regiões do país, como as cidades de Campinas, Valinhos, São José dos Campos, Maringá e Porto Alegre. Já a Moviecom tem 85 salas de exibição distribuídas entre os seguintes estados: Amapá, Pará, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Cineplex abre cinema em Santa Bárbara d’Oeste ©Divulgação
A rede Cineplex, bandeira de cinemas da distribuidora Paris Filmes, inaugurou no último dia 24 em Santa Bárbara d’Oeste, mais uma unidade de cinema. A cidade é considerada um dos polos têxteis mais importantes do Brasil e fica a 130 km de São Paulo.
A Superintendência de Acompanhamento de Mercado da ANCINE publicou no Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual (OCA) os informes anuais atualizados de Distribuição em Salas, Exibição e Vídeo Doméstico. As análises trazem os números finais do mercado audiovisual brasileiro em 2012.
O cinema tem quatro salas, sendo duas destas no formato 3D. O local tem capacidade para 800 pessoas e as poltronas são reclináveis e de couro ecológico.
O Informe de Exibição apresenta números sobre o parque exibidor brasileiro, que, no final de 2012, contava com 2.517 salas, um crescimento de 19,3% em relação a 2009. Com população de 193,9 milhões em 2012, o Brasil atingiu a média de 77 mil habitantes por sala de cinema. Em 2009, eram 90 mil habitantes para cada sala. Do total de salas monitoradas, 784 contam com equipamentos de projeção digital no padrão DCI, o que corresponde a 31% do parque exibidor brasileiro.
O novo Cineplex fica no Shopping VIC Center (R. do Ósmio, 975, Jardim Fernando Mollon).
Há ainda o Informe de Distribuição e de Vídeo Doméstico, que também trazem números inéditos.
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notícias
Quanta DGT e Arts Alliance se unem na corrida do VPF Durante as apresentações técnicas realizadas no último Show de Inverno, em abril na cidade de Campos do Jordão (SP), a Quanta, que já somava forças com a DGT, divulgou parceria com a Arts Alliance para fechamento dos acordos de VPF no Brasil. A marca Quanta DGT surgiu da união TELEM com a DGT e respaldo técnico da Centauro. As empresas, que antes trabalhavam sozinhas, uniram os melhores pontos de cada uma, as respectivas expertises e agora, ao invés de três, são apenas uma opção para o exibidor. E a parceria não se restringe somente ao Brasil, as empresas concentrarão esforços para digitalizar salas de cinema na América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e Peru).
Como Funciona As distribuidoras repassam os VPFs à Quanta DGT, agente integrador e econômico que faz a intermediação entre exibidores, distribuidores, fabricantes de equipamentos e instituições financeiras, sendo a figura central. A Arts Alliance será responsável pela ferramenta de gerenciamento das salas (TMS), que é utilizada em mais de 15 mil salas em todo o mundo e pelo controle do VPF a ser pago pelas distribuidoras. “Há tantos integradores atuando na América do Sul que não é de se estranhar que muitos ficaram confusos com todas as alternativas”, afirma Luiz Fernando Morau, diretor de marketing e vendas da TELEM. “Em vez de ter uma série de competidores causando confusão e lutando pelo mercado, esta parceria significa uma oportunidade muito mais sólida para todos, especialmente os proprietários de cinema”, completa. Além dos acordos firmados com os seis principais estúdios de Hollywood, a parceria inclui as distribuidoras nacionais e internacionais independentes. Os exibidores continuam com total liberdade para definir o pacote de produtos e serviços que melhor lhe atender.
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portal exibidor www.
.com.br
Boletim online Exibidor Após o lançamento do Portal Exibidor com notícias fresquinhas e tudo sobre o mercado cinematográfico que realmente interessa aos profissionais e em especial, o exibidor, a Revista Exibidor agora lança seu boletim online, que será enviado toda segunda, quarta e sexta-feira. Se você ainda não está cadastrado, acesse a página de contato do Portal (exibidor. com.br/contato/) e peça para incluir o seu e-mail.
Serviços da Barco no Brasil Nesta edição da Revista Exibidor você confere uma pesquisa especial feita com exibidores e com as revendas sobre o atendimento e relacionamento com as fabricantes de projetores (página 38). Num dos pontos abordados na reportagem, a Barco ressaltou todos os serviços que disponibiliza aos clientes e integradores para que não haja demora no atendimento e na reposição de peças. Todos esses serviços e contatos você confere no link: tonk.es/servicosbarco.
©Divulgação
Dicas para minimizar perda de luminosidade Na mesma reportagem citada acima, a NEC sugeriu alguns procedimentos para minimizar o efeito de perda de luminosidade nos projetores digitais, também um problema relatado pelos entrevistados. Para ler as dicas na íntegra, acesse o link: tonk.es/dicasnec. ©Divulgação
fb.com/RevistaExibidor Não deixe de curtir também a página da Revista Exibidor no facebook.
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claquete.com
Começam as filmagens de “Tim Ísis Valverde e Bruno Garcia Maia” no Rio de Janeiro dublam “Turbo” ©Divulgação
©Divulgação
Começaram em junho as filmagens do longa Tim Maia no Rio de Janeiro. Dirigido por Mauro Lima (Meu nome não é Johnny), o filme atravessa várias décadas para contar a vida deste ícone da música brasileira, desde a adolescência, onde conviveu com Roberto Carlos e Erasmo Carlos, sua passagem por Nova York aonde chegou sem falar uma palavra em inglês, até introduzir o soul no repertório nacional. A produção é assinada por Rodrigo Teixeira (O Cheiro do Ralo) e a distribuição será da Downtown Filmes e Paris Filmes. No longa, Babu Santana (foto) será Tim Maia na fase adulta, contracenando com Alinne Moraes, que interpreta Janete, uma grande paixão do cantor, e Cauã Reymond, que dá vida a Fabio, músico e amigo de Tim. O ator Robson Nunes, que já havia interpretado Tim Maia no especial Por Toda a Minha Vida, da TV Globo, viverá o cantor na fase jovem. O filme será rodado no Rio de Janeiro e terá locações na Zona Norte, Centro e Alto da Boa Vista.
A animação Turbo 3D, da Fox Film do Brasil, conta com dublagem de Ísis Valverde e Bruno Garcia na versão brasileira, que pela primeira vez, emprestam suas vozes para uma animação. Com produção da DreamWorks e direção de David Soren, o filme estreia em 19 de julho no Brasil. A atriz Ísis Valverde será Brasa, a única integrante feminina da equipe de corrida, e Bruno Garcia será Chet, irmão do caracol Turbo. Dos criadores de Madagascar e Kung Fu Panda, Turbo conta a história de um caracol que sofre um acidente e ganha poderes que pode tornar o seu sonho realidade.
Roteirista comenta detalhes de “Tomorrowland” Damon Lindelof, roteirista da série Lost e do longa Prometheus, concedeu uma longa entrevista ao site Grantland, na qual, pela primeira vez, comenta publicamente alguns detalhes de Tomorrowland.
Clooney como protagonista e Hugh Laurie no papel do vilão. O escritor confirma a conexão com a área temática homônima imaginada por Walt Disney, porém, revela que o parque não servirá de cenário para o filme.
O projeto, do qual Lindelof também é produtor, será dirigido por Brad Bird (Os Incríveis - The Incredibles) e tem George
“Sempre fui fascinado pela Disneyland e Disney World, e minha parte favorita sempre foi Tomorrowland. Mas não há nenhuma
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história lá. Em Fantasyland, há uma história acontecendo por todos os lados, quer seja uma conexão com algum filme conhecido ou um conto de fadas também conhecido,” revela. A estreia de Tomorrowland está agendada para 19 de Dezembro de 2014 nos Estados Unidos, e chegará ao Brasil em 02 de Janeiro de 2015.
Jennifer Lopez vai estrelar filme sobre os mineiros chilenos ©Divulgação
Jennifer Lopez se juntou ao elenco de The 33 (ainda sem título em português), filme sobre os 33 mineiros que em 2010 permaneceram 70 dias sob a terra em uma jazida do norte do Chile.
toro será Florencio, o primeiro mineiro resgatado, e Antonio Banderas será Mario Sepulveda, um carismático mineiro conhecido como “Super Mario”. Os papéis de Lopez e Martin Sheen não foram detalhados.
A trama deve incluir detalhes nunca antes relatados sobre os primeiros 17 dias sob a terra, antes que os mineiros conseguissem fazer contato com o exterior. Rodrigo San-
José Rivera assina o roteiro, escrito em colaboração com os próprios mineiros. Mikko Alanne também trabalhou no script. Patricia Riggen assina a direção.
Animação brasileira “Uma História de Amor e Fúria” ganha prêmio no Festival de Annecy ©Divulgação
desde 1960. Neste ano, mais de 2500 desenhos animados foram inscritos no evento; apenas 13 foram selecionados para a mostra paralela e nove na competitiva. Uma História de Amor e Fúria narra o amor entre Janaína e um guerreiro indígena que, ao morrer, assume a forma de um pássaro. Durante seis séculos, a história do casal sobrevive, atravessando quatro fases da história do Brasil: a colonização, a escravidão, o regime militar e o futuro, em 2096, quando haverá uma guerra pela água. Em todos estes períodos, os dois lutam contra a opressão.
Dirigido por Luiz Bolognesi, o filme Uma História de Amor e Fúria foi premiado como “melhor filme de animação” na competição oficial do Festival de Annecy, na França. Esta foi a primeira vez em que um longa brasilei-
ro foi selecionado na mostra competitiva, em 53 anos de festival.
Com traço e linguagem de HQ, o filme
Conhecido como o “Festival de Cannes da animação”, Annecy é o mais importante evento do gênero no mundo e acontece
Selton Mello e Rodrigo Santoro interpre-
conta com participação de Camila Pitanga, tando os personagens principais e é destinado a jovens e adultos.
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claquete.com “Os Mercenários 3” ganha data de estreia ©Divulgação
A continuação Os Mercenários 3 (The Expendables 3), já tem data para chegar aos cinemas: 22 de agosto de 2014. Jackie Chan,Wesley Snipes, Nicolas Cage e Milla Jovovich estariam em negociações avançadas para reforçar o elenco do filme, segundo o CEO do estúdio Lionsgate, Jon Feltheimer. Desses nomes, apenas o de Milla Jovovich é novidade. Chan, inclusive, já confirmou recentemente as suas condições para aparecer na continuação. O australiano Patick Hughes, do faroeste Busca Sangrenta (Red Hill), lançado em DVD no Brasil em 2011, dirigirá Os Mercenários 3. Não há uma data definida para o início das filmagens.
Ex-executivo de “Star Wars” vai produzir sci-fi espacial sem humanos Rick McCallum, o ex-diretor da Lu-
ameaça. Kaleb Lechowski dirigirá o
Wars quando a empresa foi vendida
gem homônimo que ele realizou de
casfilm que deixou a franquia Star para a Disney, está com um projeto de ficção científica próprio, intitulado
R’há (ainda sem título em português). Segundo o Hollywood Reporter, o filme é curioso porque é uma trama espacial que não envolve humanos.
Segundo a premissa, os R’Ha do título
são uma raça alienígena que defende um grupo de sistemas solares de uma
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longa, com base em um curta-metraforma independente.
A ideia de McCallum e da IAM Entertainment (que já trabalha no longa) é que a produção seja feita na Europa, aproveitando os incentivos fiscais e o custo menor dos estúdios de efeitos visuais no Leste Europeu e na Ásia. “Queremos fazer por um preço que permita a Kaleb ter controle total de sua obra”, diz o produtor.
Warner abre mão de “Sexta-Feira 13” e “South Park” por Christopher Nolan A Warner Bros. e Paramount estão bancando juntas o longa Interstellar (ainda sem título em português) , o novo filme de Christopher Nolan. Logo, a Warner precisou abrir mão de dois direitos de cinema: Sexta-Feira 13 e South Park. Meses depois de ser definido, em janeiro, o acordo veio a público no Hollywood Reporter. Um eventual novo filme com o maníaco Jason Vorhees, assim como um novo longa-metragem baseado em South Park, devem ser produzidos nos próximos cinco anos caso a Paramount queira aproveitar a exclusividade. Passados esses cinco anos, voltam a vigorar as condições contratuais anteriores, em que a Paramount cuida da distribuição nos EUA e a Warner no resto do mundo. Foi sob esse arranjo, com divisão de lucros, que chegaram às telonas, respectivamente em 1999 e 2009, South Park: Maior, Melhor & Sem Cortes (South Park: Bigger, Longer & Uncut) e Sexta-Feira 13 (Friday the 13th). Interstellar estreia em 7 de novembro de 2014.
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D iv ul g
aç ão
entrevista
Fernanda Farah // BNDES
BNDES
aproxima diálogo com o exibidor P or : N atalí A lencar
Fernanda Farah explica as linhas de financiamento disponíveis e como devem prosseguir os proponentes
D
urante o 6º Show de Inverno, Fernanda Farah, gerente do departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo do BNDES, fez uma breve apresentação e iniciou o primeiro contato com os exibidores sobre as linhas de financiamento disponibilizadas em parceria com a ANCINE para acelerar a digitalização das salas de cinema no Brasil. Desde então, o assunto aguçou a curiosidade dos empresários e muitas dúvidas surgiram.
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A Revista Exibidor realizou uma entrevista com a profissional para esclarecer estes questionamentos, principalmente no que diz respeito às regras e diferenciais de cada linha. “Esperamos promover o aumento do número de salas no território nacional, expandindo o parque exibidor, instalando salas em regiões com carência, buscando também a inclusão de consumidores pela oferta de cinema para a ‘nova classe C’“, justifica Fernanda ao citar o objetivo principal da instituição com a oferta destas linhas de crédito. Se houver mais dúvidas, Fernanda Farah se coloca à disposição para contato por meio do email: cinema@bndes.gov.br. Em breve, um site com todas as informações será lançado pelo BNDES (www. bndes.gov.br/digitaliza). Revista Exibidor – Para muitos pequenos empresários, o acesso a linhas do BNDES sempre foi mais um sonho do que realidade, coisa de grandes empresas e indústrias. Essa sempre foi a cara do BNDES e vocês estão querendo mudar agora ou havia uma miopia por parte dos microempreendedores? Fernanda Farah - O BNDES tem fortalecido sua atuação junto aos microempreendedores, de modo a prover capilaridade às suas linhas de fomento. Para tanto, conta com a parceria dos agentes financeiros credenciados, o que inclui praticamente toda a rede bancária
do País. Ainda nesse contexto, o Banco lançou, em 2002, o Cartão BNDES, produto exclusivo para micro, pequenos e médios empresários que opera através do portal www.cartaobndes.gov.br. No ano passado, R$ 9,5 bilhões foram desembolsados via cartão BNDES, representando cerca de 60% do número de operações do banco. O Cartão já realizou mais de 1,7 milhão de operações, com um tíquete médio de R$ 14,5 mil, e está presente em 95,8% dos municípios brasileiros. Também em 2012, o volume de recursos liberados para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) foi o maior da história do Banco, atingindo R$ 50,1 bilhões. Este ano, até abril, os desembolsos para as empresas de menor porte foram de R$ 21,3 bilhões ou 39% do total neste primeiro quadrimestre. Exibidor – Por que somente agora há linhas de crédito fartas para o mercado de exibição brasileiro? Fernanda – O BNDES criou em 2006 o Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (BNDES Procult) e, desde então, tem suportado os pleitos de apoio aos exibidores. O programa tornou-se mais atrativo para os exibidores em 2010, quando foi associado ao Programa Cinema Perto de Você, uma parceria com a ANCINE e o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Exibidor – Quais são as principais características da linha disponibilizada pelo BNDES para este mercado e como funcionam?
Fernanda – As linhas disponíveis são: BNDES Procult, com recursos do BNDES, e o Programa Cinema Perto de Você (PCPV), que opera com recursos do FSA e incentiva a digitalização e expansão de salas de cinema através das modalidades Financiamento e Investimento. Exibidor – Quais são as principais regras? Fernanda – BNDES Procult: Linha de financiamento com recursos do BNDES. Para operações diretas (sem agente financeiro), o valor mínimo do pleito deverá ser superior a R$ 1 milhão. O prazo da linha pode chegar a 10 anos (incluindo carência e amortização) e o custo é composto de TJLP (atualmente em 5% a.a) + 1% (para pequenas e médias empresas). Os encargos financeiros variam de acordo com o porte do exibidor, entre 0% a 4% ao ano. PROGRAMA CINEMA PERTO DE VOCÊ – DIGITALIZAÇÃO: É uma linha de financiamento com recursos 100% do FSA, com o objetivo de promover a atualização tecnológica do parque exibidor brasileiro. Somente um integrador poderá pleitear o financiamento, garantindo um mínimo de 250 salas de pequenos exibidores. O integrador precisa ter controle nacional, acesso aos contratos de VPF (Virtual Print Fee) junto aos Estúdios Cinematográficos e estar apto ao RECINE. Os pequenos exibidores, além do financiamento que será concedido via Integrador, terão um apoio não reembolsável
23 Exibidor, julho-2013
entrevista
de R$ 15 mil por sala, compondo o financiamento dos novos projetores. A linha terá um prazo máximo de 7 anos. O conteúdo integral da linha de financiamento está disponível no link tonk.es/financiamento).
menos, o valor investido corrigido, durante o prazo previsto. Exibidor – Em relação às empresas estrangeiras com cinemas no Brasil, elas terão direito a essa linha de crédito?
fortalecimento da cadeia produtiva da economia da cultura no País. A geração de empregos é uma consequência positiva e esperada diante do ciclo virtuoso da cadeia. O PCPV foi criado para ampliar o mercado interno de cinema e acelerar a implantação de salas no País, estimulando a atualização tecnológica, facilitando o acesso da população às obras audiovisuais, contribuindo, assim, para o fortalecimento da indústria cinematográfica nacional.
PROGRAMA CINEMA PERTO Fernanda – No PCPV, para expanDE VOCÊ – EXPANSÃO DE SAsão de salas de cinema, está previsto LAS DE CINEMA: É concedido em o apoio a empresas estrangeiras, com associação com o BNDES Procult, e a condições diferenciadas, entre elas a sua participação varia conforme a claslimitação da participação de até 60% sificação de prioridade Exibidor – Quais são do projeto. (Veja no as perspectivas do link tonk.es/pcpv). As BNDES ao disponibipropostas deverão conlizar essa linha? O BNDES tem fortalecido sua atuação templar, no mínimo, três junto aos microempreendedores, de salas, que deverão estar Fernanda – Esperamos modo a prover capilaridade às suas promover o aumenenquadradas no progralinhas de fomento. to do número de salas ma da ANCINE. São no território nacional, financiáveis todos os expandindo o parque itens necessários, com Fernanda Farah // BNDES exibidor, instalando exceção de despesas de salas em regiões com custeio e aquisição de carência, buscando imóveis. Na modalidade também a inclusão de “Financiamento”, como do valor total do projeto. Já, a linha de consumidores pela oferta de cinema garantia do empréstimo será aceita a Digitalização é voltada exclusivamente para a ”nova classe C”, cerca de mevinculação de recebíveis (receitas de bipara integradores sediados no território tade da população brasileira. Simultalheteria e bonbonniére). A participação nacional e de controle brasileiro. Nesse neamente, o programa de expansão de máxima do financiamento pode chegar caso, para atender empresas de capital salas de cinema tem como perspectiva a 90% do projeto, no caso de empresas estrangeiro, o BNDES dispõe de linhas minimizar outros desequilíbrios, como brasileiras. Os encargos financeiros vae condições próprias. a concentração geográfica das salas de riam conforme a prioridade do enquacinema. Já a linha de Digitalização dramento da sala de cinema, variando tem o objetivo de atender uma nova Exibidor – Qual o objetivo principal entre 0% a 4% ao ano. realidade do mercado e garantir que o da disponibilização dessa linha? FoNa modalidade “Investimento”, o retorno parque exibidor brasileiro tenha conmento à cultura do País ou geração do FSA será uma fração do lucro opedições de se atualizar tecnicamente e de emprego? racional ajustado da sala apoiada, e será manter-se competitivo, atendendo ao Fernanda – O objetivo do BNDES é devido por 15 anos. O projeto deverá novo padrão tecnológico exigido pelos viabilizar o apoio ao desenvolvimento e comprovar capacidade de retorno de, ao grandes estúdios cinematográficos.
24 Exibidor, julho-2013
legislação
Os desafios da infraestrutura, digitalização e a burocracia
C
ertamente, um dos maiores desafios para o país em todos os setores da economia é aperfeiçoar a infraestrutura para permitir o tão esperado crescimento econômico com sustentabilidade. O Brasil já foi a bola da vez muito recentemente, e o que se ouve agora é que a bola está passando (ou passou) pela frente do gol e ninguém colocou o pé para balançar as redes. Trazendo esta constatação para o campo da exibição, enxergamos o mesmo cenário. A digitalização dos cinemas e a construção de novos complexos cinematográficos são fatos desejados por todos. E, neste ponto, até mesmo há apoio mais que explícito da ANCINE. Contudo, esse movimento no sentido de se fomentar o aumento e modernização da infraestrutura cinematográfica já entra praticamente no seu 4º ano calendário, sem grandes avanços. O programa Cinema Perto de Você foi pensado a partir de 2010, sendo efetivamente criado pela Medida Provisória 545 de 29 de setembro de 2011. Essa MP foi convertida em Lei em março de 2012. Sucedendo à Lei 12.599/2012, houve a necessidade de um Decreto (7.729 de maio de 2012) regulamentador e, em seguida, Portarias da ANCINE e da Receita Federal. Em junho de 2012, a ANCINE publicou a Instrução Normativa 103 regulando os procedimentos de análise e credenciamento dos projetos visando à habilitação para o Recine, perna essencial para os investimentos na infraestrutura, o que inclui a importação de equipamentos. Em setembro de 2012, a Receita Federal editou a Instrução Normativa RFB 1294
P or : M arcos A lberto S ant A nna B itelli
que estabelece os procedimentos para habilitação ao Recine. Deste modo, o interessado na desoneração fiscal deverá passar por dois crivos. O primeiro da ANCINE, demonstrando que “cumpre com as suas obrigações perante a agência”. Como a norma não é clara, e, portanto, bastante ampla, levou algum tempo para que se pudesse afinar e fazer as aprovações com a ANCINE. Todavia, se a empresa estiver com todos os detalhes regulatórios cumpridos, a aprovação não é das mais demoradas, considerando outros órgãos das administrações públicas. A aprovação da Receita Federal, segundo a INRFB para a obtenção do Ato Declaratório Executivo (ADE) é de competência do Delegado da Receita Federal ou do Derat (Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária) verificar a regularidade fiscal da pessoa jurídica requerente em relação aos impostos e às contribuições administrados pela RFB. Estas informações, na Receita Federal são as mais básicas, ou seja, basta a autoridade fiscal tirar o extrato de eventuais débitos do interessado, e, se nada constar, expedir o ato. A competência para análise pela Receita Federal dessa segunda fase do processo é territorial, o que significa que cada empresa deverá fazer a solicitação do Ato Declaratório no local da sede da empresa. Contudo, percebe-se que pese todos os esforços, a máquina é bastante emperrada e as empresas não estão conseguindo sequer ter resposta dos processos administrativos perante a Receita Federal, ou, excepcionalmente após longa espera.
Toda essa burocracia atrasa sobremaneira os esforços para a construção de novos cinemas e para a digitalização do parque existente, o que além de ser uma medida ecológica, permitirá uma expansão ilimitada do acesso de cópias para as salas em todo o território. Além disso, permitirá a redução do custo de lançamento de filmes, beneficiando essencialmente os filmes brasileiros, em particular aqueles de menor apelo comercial. Enquanto o mundo todo digitaliza seu parque, o Brasil perde seu momento. Empreendedores imobiliários que ofertam espaços para salas de cinema não podem perder as datas de inauguração. O exibidor tem compromissos nos contratos de novos negócios, com datas certas, pesadas multas e obrigações. O apoio de distribuidores internacionais à digitalização não será eterno e cada dia que passa é um dia a menos. Em conclusão, esse pequeno exemplo para o país e grande problema para a exibição, confirma porque os prognósticos sobre o sucesso econômico do Brasil estão caindo rapidamente. O excesso de regulação e a pesada burocracia do Estado desestimulam investimentos. Os elevados custos tributários exigem políticas de desoneração setorial, sob pena de nada acontecer sem essa equalização de custos tributários. Os processos de desoneração são penosos, lentos e quando se efetivam, o momento passou. O exemplo dos percalços da aprovação do Recine mostra que nem mesmo quando o Estado quer ajudar, as coisas funcionam. Da ideia para o papel e do papel para a prática, perde-se a chance. A perda da chance é algo, às vezes, irrecuperável.
Marcos Alberto Sant Anna Bitelli | marcos.bitelli@bitelli.com.br Mestre em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entretenimento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.
26 Exibidor, julho-2013
marketing
Mais que um minuto para o comercial P or : J anaina P ereira
Comercialização de mídia no cinema é mercado promissor, que também sabe inovar ao apresentar outros formatos de publicidade
“C
inema é a maior diversão”, já dizia uma antiga propaganda da sétima arte. Mas, antes de um filme, sempre há espaço para os comerciais. Sem a preocupação de ter o espectador mudando de canal – como acontece na TV – a mídia no cinema é precisa: assim que apagam as luzes, o público já embarca no que vem da telona. Então há espaço para trailers e, porque não, publicidade, que ainda pode aparecer além da tela de cinema. Para conhecer as novidades da comercialização de mídia para o meio cinema, a Revista Exibidor
28 Exibidor, julho-2013
conversou com representantes das duas maiores empresas do segmento, a FLIX Media e a Kinomaxx. A liderança do setor é da FLIX Media, que vende espaços publicitários para Cinemark e Kinoplex, os dois maiores exibidores do país que, juntos, somam mais de 55 milhões de público/ano. A parceria com o Cinemark vem desde 2012, e a partir de 1 de abril deste ano, a empresa passou a trabalhar também com o Kinoplex. “Entramos no mercado apresentando novas oportunidades, soluções criativas e serviços completos para viabilizar
e otimizar o investimento em cinema com foco no resultado do anunciante. Nosso objetivo é aumentar o investimento publicitário no cinema e acompanhar a expansão de público, que cresce a cada ano”, explica a diretora geral da FLIX Media, Adriana Cacace, acrescentando que a proposta da empresa é ir além do formato da cine-semana. “Oferecemos ao anunciante soluções multiplataforma, abrangendo exibição em tela, sampling, personalização de salas, internet, digital signane e outros formatos. Temos clientes de diversos segmentos e portes anuncian-
do em cinema: varejo, automobilístico, financeiro, farmacêutico, serviços, tecnologia, telecomunicações, bens de consumo, entretenimento, etc”. Responsável por 40% do valor do investimento publicitário no meio cinema, a Kinomaxx venceu três vezes o Prêmio Veículos de Comunicação (Mídia Cinema), e atualmente tem como exibidores-parceiros Cinépolis, UCI, Cinesystem, Orient e Cineplex, e outros seis exibidores conquistados este ano: Centerplex, Cinemagic, Cineart, Cinemais, Rede Arco Íris e Arcoplex, e Roxy. Segundo o presidente da Kinomaxx, Carlos Rocha, inovação e comprometimento são os principais valores da empresa. ”São 16 anos no mercado, onde o trabalho e o bom relacionamento com clientes e parceiros fizeram da Kinomaxx a líder em vendas e relacionamento com as agências e clientes. Nossa proposta é priorizar nossos clientes, criando soluções de branding, relacionamento, ativação e experimentação para atingir o target desejado e reverter as campanhas em resultados. São ideias e ações multiplataformas que fazem com que as marcas apareçam muito além da tela do cinema”, comenta Rocha.
Relação com exibidor A importância do relacionamento com os exibidores é ressaltada pelas empresas. Para Adriana Cacace, da FLIX Media, como as ações dos anunciantes acontecem nos complexos, é necessário uma comunicação bem alinhada com as equipes dos cinemas. “Dessa forma podemos assegurar a qualidade no processo da entrega de mídia comercializada”, informa. Já Carlos Rocha, da Kinomaxx, define o relacionamento com os exibidores como parceria, o que significa trabalhar mui-
to próximo a todos eles. “Da elaboração dos projetos passando pelas permutas até os negócios diferenciados, tudo é trabalhado a quatro mãos, para irmos além da mídia em tela e chegarmos ao nosso objetivo: gerar parcerias sólidas, baseadas em comprometimento e satisfação de parceiros e clientes”. Os exibidores também apontam a proximidade da relação com as empresas comercializadoras de mídia como um ponto fundamental do trabalho. Patricia Cotta, gerente de marketing da Kinoplex, um dos exibidores que trabalha com a FLIX Media, destaca ainda os resultados obtidos com a comercialização de mídia. “Os resultados são promissores. A empresa entende o imenso poder da mídia cinema e tem todas as ferramentas necessárias para desenvolver o mercado. Com esse trabalho, a mídia já cresceu e vai crescer muito mais”.
©Divulgação
Adriana Cacace - diretora FLIX Media
negócio, não dá para ficar de fora”.
Publicitária de formação, Patricia acredita no potencial gigantesco que o cinema possui. “Numa sala de cinema, a dispersão é praticamente nula, o espectador está 100% focado na tela. Não tem como “mudar de canal”. O ambiente da sala também é propício para isso, silencioso, escuro, com luz vindo somente da tela onde está sendo projetada a imagem da sua empresa e produto”.
A gerente de marketing da Rede Cinesystem Cinemas, Sâmara Kurihara, comenta que o grande diferencial da parceria com a Kinomaxx é a proatividade, característica decisiva para a Cinesystem. “Isso faz com que a agência desenvolva e proponha projetos diferentes e atrativos para que as marcas voltem seus investimentos em mídia para o cinema. São essas oportunidades que viabilizam novas parcerias e são vantajosas tanto para o anunciante, quanto para o cinema”.
Ela também aponta o perfil bem definido de público como uma vantagem para os anunciantes apostarem na mídia cinema. “Sabemos o fluxo de espectadores de cada uma das salas, ou seja, é possível fazer um plano bastante assertivo e totalmente aderente ao perfil do público que deseja alcançar, com métricas sérias e transparentes. Eu jamais deixaria o cinema fora do meu plano de mídia. Só pela Kinoplex, em 2012, passaram mais de 21 milhões de espectadores. É um grande
Para Sâmara, o mercado de mídia em cinema ainda tem muito a ser explorado. “Os dados consolidados de investimento publicitário em 2012, apresentados pelo Projeto Inter-Meios, apontam que a mídia de cinema representa 0,35% da participação no bolo publicitário. Mas, ao mesmo tempo, o investimento em cinema cresceu 22,34% no último ano. Isso mostra que é um nicho promissor, mesmo que ainda pouco explorado. É preciso sair do convencional, como o anúncio em
29 Exibidor, julho-2013
marketing ©Divulgação
na sala XD Cinemark pela projeção de imagens no teto da sala de cinema. Outro case de destaque é a campanha para a linha 3D White. A FLIX Media também viabilizou um formato de mídia inédito: uma vinheta produzida em 3D veiculada com exclusividade nas salas da Cinemark com o slogan “Oral-B 3D White traz agora os lançamentos de filmes na Cinemark”.
Carlos Rocha, presidente da Kinomaxx
mídia de tela, e explorar novos espaços, como a bombonière. Temos um mix de produtos que atraem milhares de consumidores neste setor e que poderia render um bom retorno à empresa anunciante”. Sâmara aponta também outro fator atrativo no cinema: a digitalização das salas. “Isso reduz os custos e facilita a logística, já que agiliza todo o processo de produção e finalização. Esta é uma característica decisiva para os anunciantes, principalmente os regionais, que querem investir, mas com custo e retorno calculados. Quanto mais os cinemas se digitalizarem, e esta é uma vantagem da Rede Cinesystem Cinemas, mais oportunidades terão os anunciantes e os exibidores”.
Cases de sucesso Entre os cases de sucesso da FLIX Media está o lançamento do Citroen C3 DS. Para transmitir a sensação de dirigir o carro, a empresa desenvolveu algo inédito no Brasil, explorando o principal diferencial do carro, o teto Zenith. O conceito desenvolvido teve como principal característica promover uma experiência diferenciada
30 Exibidor, abril-2013 julho-2013
A diretora geral da empresa, Adriana Cacace cita o FLIX Channel, novo canal de entretenimento exibido antes dos comerciais e dos trailers de filmes, como outra mídia inovadora lançada pela FLIX Media. “O conteúdo é exibido ao público com a atmosfera já propícia para a recepção da mensagem proposta pelo anunciante. O patrocinador tem a oportunidade de associar a sua marca a um conteúdo relevante para o espectador que deseja impactar, enquanto o mesmo espera pelo início do filme. São conteúdos em torno de três minutos que interessam ao público, como bastidores de produções de shows, making off de filmes, esportes, música, notícias e curiosidades”. Acompanhando a evolução do mercado, a Kinomaxx está estruturando sua área
tecnológica para que, com a conversão digital, esteja preparada para exibir ou enviar toda a mídia via web ou satélite. “Temos a certeza de que com essa agilidade aumentaremos o market share do meio cinema e, consequentemente, a rentabilidade dos exibidores. Sempre buscamos o crescimento, não só nosso, mas também de nossos parceiros. A ampliação do leque de exibidores em nosso portfólio é sem dúvida uma busca constante e sempre estaremos prospectando novos parceiros de negócio”, informa Rocha.
©Divulgação
Patricia Cotta, gerente de marketing da Kinoplex
Olhar para o interior Com 28 escritórios de venda em todo o país, a Fit Media trabalha em parceria com Espaço Itaú de Cinema, Auwe, Cinespaço e Cinematográfica Araújo, atingindo um total de 790 salas de Manaus a Porto Alegre. “Somos uma empresa de cobertura de mídia abrangente”, explica o diretor comercial da empresa Hercílio Pereira, ressaltando que a Fit Media tem representantes locais nas cidades e isso é um diferencial.
“Saindo de São Paulo e Rio a realidade é outra. No interior o cinema é comparado ao rádio e mídia local. Por isso temos um olhar direcionado e pensado para quem nunca pensou em cinema como mídia. Olhamos para o Brasil como um todo, é um olhar macro, mas vendo que o dinheiro que sai do interior faz diferença. Nós queremos ajudar o exibidor do interior a viver da mídia de cinema também”.
mercado
Por que você tem um cinema? P or : C arla S obrosa
U
ma música da cantora Adriana Calcanhotto baseada em uma entrevista do cineasta Joaquim Pedro de Andrade responde à pergunta “por que você faz cinema?” A letra apresenta várias justificativas, algumas bem espirituosas, como “para ser lesado em meus direitos autorais”, outras mais poéticas, como “para mostrar o bem e o mal, o feio e o bonito”. O exibidor, provavelmente, não considera que “faz” cinema, mas peguei o mote da música e adaptei a pergunta: por que você tem um cinema? (ou administra um, mais provavelmente). Quais as suas respostas? Muitos vão dizer, poeticamente, que está no sangue, e será verdadeiro. A atividade de exibição no Brasil é ainda familiar por excelência. Se você está lendo isto e “tem um cinema”, talvez ele esteja aí há gerações. Ou seja um cinema novo, depois que outros tiveram que fechar ao longo das últimas décadas. O fato é que cinema é patrimônio cultural da sua cidade ou do seu bairro e tem seu sobrenome nele! É possível que você tenha entrado neste ramo mais recentemente. Que tenha percebido que pode ser um bom negócio, em tempo de moeda forte, estável, disponibilizar filmes na tela grande, com alta qualidade, 3D e tudo o que tem direito.
Ou talvez você já possua outro empreendimento e o cinema foi uma oportunidade percebida. Quem sabe o que te moveu foi o interesse puro e simples, de quem foi cinéfilo e quer agora levar a uma população sem tela a experiência marcante que viveu. Não importa o motivo, uma coisa todos tem em comum: a vontade de agradar e encantar o público. Desde aquele que conhece o espectador pelo nome, até aquele outro que avalia números e tabelas e quase não tem tempo de ir até uma das salas em seus cinemas espalhados por várias cidades, todos de alguma forma apenas “sabem” o que o “seu” público deseja. Depois de alguns artigos mencionando pesquisas, autores e teorias, neste aqui gostaria de fazer uma homenagem ao feeling do empreendedor. Afinal, intuição e observação são às vezes o melhor par de consultores e especialistas que se pode ter. Na dúvida sobre qual filme exibir, se faz ou não aquela reforma, se acrescenta aquela promoção ou muda aquele item da bombonière, se o exibidor estiver com olhos e ouvidos abertos para o que pode encantar o(s) público(s), está no caminho certo. Pois é ele que manda, afinal. E você, por que tem um cinema? E o que você fez para encantar seu público esta semana?
Por que você faz cinema? (Adriana Calcanhotto, Joaquim Pedro de Andrade)
Para chatear os imbecis, Para não ser aplaudido depois de sequências dó de peito, Para viver a beira do abismo, Para correr o risco de ser desmascarado pelo grande público, Para que conhecidos e desconhecidos se deliciem, Para que os justos e os bons ganhem dinheiro, sobretudo eu mesmo, porque de outro jeito a vida não vale a pena, Para ver e mostrar o nunca visto, o bem e o mal, o feio e o bonito, Porque vi “Simão no deserto”, Para insultar os arrogantes e poderosos quando ficam como “cachorros dentro d’água” no escuro do cinema, Para ser lesado em meus direitos autorais. A música está no álbum “A Fábrica do Poema”.
Carla Sobrosa | csobrosa@yahoo.com.br Especialista em regulação da atividade cinematográfica e audiovisual, coordenadora de acompanhamento dos mercados de cinema e vídeo doméstico da ANCINE, mestre em Comunicação pela UFF-RJ e professora. Sua dissertação de mestrado teve como tema o consumo de cinema no Brasil após a entrada dos multiplexes estrangeiros, na década de 90. O artigo é uma dissertação pessoal e não representa a opinião da ANCINE.
35 Exibidor, julho-2013
O CINEMA ENSINOU QUE PARA PERCEBER A ‘FORÇA’ A NOSSA VOLTA, ‘USAR AS SENSAÇÕES DEVEMOS NÓS’.
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capa
Pesquisa avalia qualidade dos projetores digitais P or : N atalí A lencar
e
M arcelo J. L. L ima
Com a crescente conversão digital do parque exibidor, as fabricantes de projetores têm intensificado sua divulgação e presença no mercado brasileiro, mas como será que os exibidores e as revendas avaliam a qualidade dos produtos e a prestação de serviços?
T
endo em vista a revolução digital cada vez mais presente e a preocupação de todos (exibidores, distribuidores, fornecedores e governo) em cumprir o que é preciso para consolidar a digitalização dos cinemas, a Revista Exibidor realizou uma pesquisa inédita para comparar e avaliar as fabricantes de projetores digitais que atuam no mercado brasileiro. Como todos sabem, o projetor é o principal componente – e o mais caro – na conversão digital. E agora, com incentivos da ANCINE e as linhas de crédito do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), as fabricantes de projetores intensificaram sua presença e divulgação no mercado. A pesquisa foi feita com boa parte do mercado exibidor e procurou ouvir desde o pequeno até o grande empresário, levando em consideração seus mercados de atuação e peculiaridades. Além disso, as revendas – distribuidoras destes equipamentos, também foram ouvidas. Foram entrevistados 10 exibidores e cinco empresas que comercializam os equipamentos digitais, também chamadas de revendas ou integradoras.
38 Exibidor, julho-2013
Em números, a proporção entrevistada do mercado exibidor foi de aproximadamente 40%. Para evitar qualquer constrangimento, a pesquisa foi anônima, preservando assim os nomes dos entrevistados, exibidoras e revendas. A equipe responsável pela pesquisa foi totalmente imparcial e desenvolveu uma metodologia específica para evitar manipulação dos dados. O estudo foi feito apenas para uso da publicação editorial. A pesquisa ouviu opiniões sobre as três marcas que atualmente detêm a maior fatia do mercado brasileiro: Barco, Christie e NEC. A Barco está estabelecida no Brasil desde o início dos anos 90 e sua base inclui mais de 600 projetores instalados no País. A empresa aposta em treinamento técnico e já credenciou mais de 200 profissionais, entre engenheiros e técnicos em Cinema Digital. Com escritório recentemente aberto em São Paulo (SP), a norte-americana Christie é líder mundial em tecnologias de projeção digital e sempre participa de grandes eventos e exibições, como por exemplo, a demonstração da projeção a laser do filme G.I Joe: Retaliação (G.I Joe: Retaliation) no cinema Burbank 16, da AMC Theatres em março último. Na América Latina, a NEC oferece soluções de telecomunicações e TI para operadoras, empresas e governo. A empresa também desenvolve na região projetos para arenas multiuso e segurança integrada. Com mais de 40 anos de experiência nesta região, é subsidiária da NEC Corporation. Vale ressaltar que o objetivo da pesquisa é melhorar o relacionamento das empresas fabricantes com os exibidores e revendas
de equipamentos. Com mais diálogo e melhor relacionamento, todos ganham.
Metodologia utilizada A pesquisa pontuou três temas: análise técnica dos produtos, análise do relacionamento das fabricantes com o exibidor e análise do relacionamento das fabricantes com as revendas. O primeiro item, análise técnica, comparou dados fornecidos pelas próprias fabricantes sobre três modelos de projetores (tela pequena, tela média e tela grande). Estes sugeridos pelas próprias empresas. Nas tabelas das páginas 41 e 42, você terá acesso a estes dados técnicos. Os itens comparados foram: brilho, uniformidade de brilho, vida útil da lâmpada, terminais de entrada, consumo de energia, nível de ruído, dimensões, peso, garantia e treinamento. Em relação aos itens brilho, uniformidade de brilho, vida útil da lâmpada, terminais de entrada, consumo de energia, nível de ruído, garantia e treinamento, receberam pontuação o produto com o melhor desempenho em comparação ao seu concorrente. Já em peso e dimensões, pontuou a marca com a menor medida. Respostas não informadas ou sem exatidão nos dados passados não foram pontuadas. Em caso de empate ou resposta semelhante, as marcas igualadas receberam a mesma pontuação. O segundo tópico analisado foi o relacionamento com os exibidores. Cada exibidor entrevistado respondeu nove questões. As respostas preestabelecidas variavam entre um e cinco pontos. Foram feitas perguntas sobre: problemas com o projetor, facilidade de uso, suporte técni-
co, suporte para atualizações, qualidade de projeção, qualidade do treinamento, atendimento, facilidade para contato e avaliação geral. Já as revendas responderam seis perguntas sobre os seguintes assuntos: parceria, disponibilidade de peças para reposição, negociação de preços, atendimento, treinamento e avaliação geral. As respostas, também predeterminadas foram pontuadas entre um e cinco, sendo o menor número, a pior avaliação e o maior número a melhor avaliação. No encerramento de cada entrevista, exibidores e revendas ficaram à vontade para comentar, sugerir ou criticar. Esses apontamentos não foram pontuados, visto que não havia parâmetro de comparação devido à subjetividade de cada resposta, mas ajudaram a compor a reportagem. Ao final, foram somados todos os pontos e feita a média aritmética das respostas. A pontuação de cada item analisado e o resultado final você confere nas próximas páginas.
Análise dos dados O interessante da pesquisa é perceber que em nenhum momento houve consenso absoluto sobre os itens apurados. Cada marca recebeu destaque em determinado assunto e falhas em outros. Como a pontuação mínima é um e a máxima é cinco, pode-se notar que nenhuma das empresas obteve a pior nota e em alguns tópicos, praticamente empataram. Isso demonstra que as empresas buscam aprimoramento, mantendo-se pelo menos na média da avaliação tanto de exibidores, como das revendas.
39 Exibidor, julho-2013
capa Na análise técnica, o melhor projetor para uma tela pequena foi o da NEC. Já para telas médias ganharam os projetores da Barco e Christie e para telas grandes, o vencedor foi o da Barco. A Barco pontuou muito bem no item treinamento. Em relação à satisfação com o projetor, a NEC apresentou uma boa pontuação. Já a Christie recebeu boa nota em facilidade do uso do projetor. Em relação à Barco, alguns entrevistados sugeriram maior atenção com o suporte e com o atendimento ao exibidor, citaram alguns problemas técnicos e demora na resolução do problema. Em contrapartida, elogiaram muito o equipamento, pois com pequenas adaptações, é possível implantar novos recursos tecnológicos (como o HFR – High Frame Rate) e ressaltaram a qualidade dos treinamentos e a preocupação com a certificação dos profissionais que a empresa tem. “A Barco possui no Brasil a melhor estrutura de suporte técnico para o mercado de cinema digital, tanto para os integradores como para os clientes finais. Temos a certeza que, com maior informação dos serviços ofertados, bem como com a parceria com o integrador mais próximo do cliente não haverá demora no atendimento”, justificou o executivo de vendas da empresa, Ricardo Ferrari. Ele destacou ainda uma série de serviços que tem disponibilizado no País, mas que ainda são desconhecidos pelos exibidores, como helpdesk, coberturas e assistência autorizada. (Consulte o link tonk.es/servicosbarco para acessar todos estes serviços). Sobre a Christie, os entrevistados reclamaram do treinamento, algumas vezes feito em inglês e sugeriram que a empresa invista mais no suporte local e na reposição de peças mais ágil. No entanto, elo-
40 Exibidor, julho-2013
giaram a qualidade de projeção do equipamento e a disposição da empresa em se aproximar dos exibidores brasileiros. “Sobre as reclamações, gostaríamos de informar que com o escritório da Christie em São Paulo iremos ministrar treinamentos em português muito em breve, já possuímos estoque de peças para que sejam entregues com agilidade para nossos clientes e já estamos contratando pessoal especializado para prover o suporte técnico necessário a técnicos e operadores”, respondeu a coordenadora administrativa, Adriana Sanchez. Já para a NEC, os entrevistados sugeriram melhorar o atendimento no Brasil e mais agilidade na reposição de peças. Comentaram sobre a perda de luminosidade em comparação com outras marcas, mas enfatizaram que a empresa tem competitividade de preços. “Com relação à luminosidade, existe a questão da utilização do Dolby 3D. Sendo o Dolby o sistema que mais consome luminosidade, a definição do equipamento correto de acordo com as dimensões da sala evitando subdimensionamento, ou mesmo a utilização de tela sem o ganho correto pode afetar a luminosidade da projeção. Ou seja, esta perda não reside na lâmpada ou no projetor em si, e podem acontecer com todos os outros projetores do mercado que funcionam sob estas condições. Por outro lado, entendemos também que perda de luminosidade ocorre com a perda de lúmens durante o tempo de vida útil da lâmpada, que ocorre com os projetores para cinema digital de todos os fabricantes”, explicou o diretor Jorge Dantas. (Veja as dicas que o profissional sugere em tonk.es/dicasnec).
Responsabilidade do Exibidor O exibidor precisa se adaptar à nova realidade dos projetores digitais. Aquele famoso “jeitinho” que o projecionista ou
o técnico costumava dar com o projetor 35mm, não cabe mais aos projetores digitais. A transformação passou de uma máquina movida a engrenagens para um computador altamente sofisticado que requer cuidados permanentes e conhecimentos em tecnologia. Outro fator apontado pelos entrevistados foi a falta de cuidado com o projetor. Todos os projetores têm um manual técnico que deve ser seguido à risca, observando-se diversas variáveis, como a temperatura e condições da cabine. Tudo isso influencia a quantidade de problemas e o tempo de vida útil do projetor. Após a venda, o problema não é só da fabricante, é também do exibidor que deve se preocupar sempre com a complexidade desse novo sistema e principalmente com a atualização permanente dos profissionais. Além disso, as revendas comentaram que o exibidor precisa escolher cuidadosamente o projetor que melhor vai atender sua sala de cinema. Não basta apenas comparar valores, mas sim é preciso avaliar o suporte da empresa, tentar “prever” problemas que podem acontecer e questionar se a empresa tem respaldo e preparo para atender às demandas. O monitoramento remoto também é uma tendência já vislumbrada pelas revendas. Com ele é possível diagnosticar previamente problemas e até mesmo resolvê-los à distância, economizando tempo e dinheiro do exibidor.
Dossiê A Revista Exibidor montou um dossiê completo com os detalhes da pesquisa. Havendo interesse, entre em contato com o departamento comercial da publicação e verifique. A identificação das fontes continuará em sigilo.
avaliação técnica Tela Pequena
dados fornecidos pelas respectivas fabricantes
Marca
Fotos Divulgação
Barco
Christie
NEC
DP2K-10Sx
Solaria One+
NC900C
9.000
9.000
7.500
88
80
não informado
Vida últil da Lâmpada (horas)
3.000
3.500
3.000
Terminais de entrada
HDMI 1.4a (3D/4K), HD-SDI/3GSDI SMPTE 292M e SMPTE 424M
2 x DVI/HDMI, Christie IMB-S2 (integrado)
2 x HDSDI 3G, HDMI 1.4a , eSATA , 2 x DVI (HDCP)
2.900
3.200
1.023
62
não informado
52
62,5 x 91,0 x 32,5
68,8 x 69,7 x 39,5
62,1 x 79,8 x 31,4
Modelo Brilho (lúmens) Uniformidade de Brilho (%)
Consumo de Energia (W) Nível de Ruído (dB) Dimensões (L x P x A em cm) Peso (kg)
67
56
43
24 meses. Extensivos até 120 meses
24 meses
24 meses. Extensão de garantia disponível
Possui treinamento
Sim
Sim
Sim
Nota
2,5
1,5
3,5
Período de Garantia (meses)
Tela média
dados fornecidos pelas respectivas fabricantes
Marca
Fotos Divulgação
Barco
Christie
NEC
DP2K-20C
CP 2220
NC2000C
18.500
22.000
18.300
88
80
não informado
Vida últil da Lâmpada (horas)
3.000
4.000
1.500
Terminais de entrada
HD-SDI/3GSDI SMPTE 292M e SMPTE 424M, Dual DVI, e HDMI 1.4a (opcional com IMS)
2 x DVI/HDMI, 2 x HD-SDI BNC, IMB slot
2 x HDSDI 3G, HDMI 1.4a , eSATA , 2 x DVI (HDCP)
5.000
4.500
5.500
59
não informado
62
69,4 x 103,4 x 55,8
63,5 x 106,8 x 48,3
70,0 x 99,0 x 50,3
Modelo Brilho (lúmens) Uniformidade de Brilho (%)
Consumo de Energia (W) Nível de Ruído (dB) Dimensões (L x P x A em cm) Peso (kg)
102
116
99
24 meses. Extensivos até 120 meses
24 meses
24 meses. Extensão de garantia disponível
Possui treinamento
Sim
Sim
Sim
Nota
2,5
2,5
1,5
Período de Garantia (meses)
41 Exibidor, julho-2013
capa
avaliação técnica
dados fornecidos pelas respectivas fabricantes
Tela grande
Fotos Divulgação
Marca
Barco
Christie
NEC
Modelo
DP4K-32B
CP 4230
NC3240S
33.000
34.000
33.000
Brilho (lúmens) Uniformidade de Brilho (%)
88
80
não informado
Vida últil da Lâmpada (horas)
1.900
4.000
500
Terminais de entrada
HD-SDI/3GSDI, QUAD HD-SDI (opcional), Dual DVI
2 x DVI/HDMI, 2 x HD-SDI BNC, IMB slot
2 x HDSDI 3G, HDMI 1.4a , eSATA , 2 x DVI (HDCP)
7.900
8.800
10.500
63
não informado
66
75,4 x 112,9 x 60,4
65,0 x 136,9 x 48,3
70,0 x 112,4 x 50,3
140
181
150
Consumo de Energia (W) Nível de Ruído (dB) Dimensões (L x P x A em cm) Peso (kg) Período de Garantia (meses)
24 meses. Extensivos até 120 meses
24 meses
24 meses. Extensão de garantia disponível
Possui treinamento
Sim
Sim
Sim
Nota
3,0
1,5
2,0
resultado / por fabricante Barco
Christie
NEC
Tela Pequena
2,50
1,50
3,50
Tela Média
2,50
2,50
1,50
Tela Grande
3,00
1,50
2,00
Média Final
2,67
1,83
2,33
42 Exibidor, julho-2013
Análise de Relacionamento com o Exibidor Barco
Christie
NEC
Satisfação com o projetor
3,56
3,33
3,80
Facilidade de Uso
4,22
4,00
3,40
Suporte Técnico
3,56
2,00
2,50
Suporte para atualizações
3,71
3,00
2,67
Qualidade de Projeção
4,56
3,80
3,25
Qualidade do Treinamento
4,00
2,60
3,80
Atendimento
3,33
2,20
2,50
Facilidade para contato
3,44
2,00
2,25
Avaliação Geral
3,56
3,17
2,80
Média
3,77
2,90
3,00
com a revenda Barco
Christie
NEC
Parceria
4,50
3,50
3,00
Peças para reposição
4,67
1,33
1,50
Negociação de Preços
3,00
3,67
4,00
Atendimento
4,25
3,50
4,00
Qualidade do Treinamento
4,75
3,50
4,25
Avaliação Geral
4,80
3,40
3,50
Média
4,33
3,15
3,38
43 Exibidor, julho-2013
capa
avaliação final
Análise Técnica
2,67
1,83
2,33
Análise de Relacionamento com o Exibidor
3,77
2,90
3,00
Análise de Relacionamento com a Revenda
4,33
3,15
3,38
Resultado Final
3,59
2,63
2,90
E a Sony? Recentemente, a Sony anunciou que seu novo sistema de projeção de cinema digital 4K passou em todos os testes requeridos pela Digital Cinema Initiatives (DCI). Segundo a empresa, o processo foi feito com base na capacidade do projetor integrado SRX-R515P, que inclui imagens de ultra alta resolução (8,85 milhões pixels, o quádruplo que os 2K) e um Bloco de Mídia Integrado (IMB) para o gerenciamento seguro do conteúdo do cinema digital. O sistema também oferece uma proporção de contraste 8000:1, e é desenhado para exibidores com telas menores.
©Divulgação
44 Exibidor, julho-2013
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legislação
Meia-entrada: o que pode mudar P or : C ibele G andolpho
Projeto de lei quer limitar em 40% os ingressos para quem tem carteirinha a fim de baratear o preço do valor integral em até 15%
H
á quem defenda e há quem discorde. O fato é que a limitação em 40% da meia-entrada, proposta pelo projeto de lei
4.571/08, ainda divide opiniões. A lei da
meia-entrada no Brasil foi instituída na década de 40, no entanto, até o início dos
anos 90 ela não afetava em demasia os exibidores pela facilidade de repor os preços
mensalmente e pela grande oferta de lugares nos cinemas de rua. Os efeitos nefastos
surgiram com os cinemas em shoppings, que nasceram com capacidade de lugares reduzidos e com custos de construção e manutenção cada vez maiores.
Na justificativa da proposta, o argumento é que a cota para concessão da meia-entrada é importante para que os exibidores e os empresários responsáveis pelos eventos de lazer e desportivos possam ter uma estimativa mais precisa da receita com entrada inteira e com meia-entrada. Os cálculos de preços de ingresso são baseados, dentre outros fatores, no PMI (Preço Médio do Ingresso), que é a média obtida pela somatória de toda a receita de bilheteria dividida pelo número total de ingressos vendidos. Assim, na medida em que a receita de entradas inteiras seja fixada em 60% da rentabilidade, os exibidores podem reduzir o preço do ingresso comum.
Eles estimam que essa redução possa ficar entre 10% e 15%. Na contramão, alguns parlamentares que se opõem à proposta dizem que os idosos, incluídos na lei, serão prejudicados, já que, atualmente, maiores de 60 anos não têm limite para a compra de ingressos pela metade do preço, de acordo com o Estatuto do Idoso.
Opinião Entre os exibidores, a opinião é que algo precisa ser feito e revisto sobre o assunto, porque atualmente o volume de ingressos de meia-entrada é alto e representa até 80% das vendas.
47 Exibidor, julho-2013
legislação “A lei é uma cortesia com chapéu alheio”, afirma Mauri Palos, diretor da rede Cine 14 Bis. “Se qualquer governo quer intervir em favor dos estudantes, promovendo cultura e acessibilidade, então, que se priorize o investimento em educação, na formação de professores, na ampliação de bibliotecas e na melhoria na qualidade das universidades públicas. Não se deve discutir benefícios de meia-entrada para eventos culturais promovidos com recursos privados”, destaca. Ele acredita que os benefícios criados em lei para meia-entrada devem ser reembolsados pelo governo por meio de desoneração tributária ou de complemento de renda. “Senão, é uso de recursos privados para sanar a incompetência educacional dos governos.” Ricardo Difini Leite, diretor de operações da GNC Cinemas, destaca que é oneroso para o exibidor ser obrigado a oferecer um desconto legalizado de 50% nos preços dos seus serviços para a maior parte de seus clientes, em um país com economia estável e com inflação anual média de 6,5%. “Imagine uma empresa de varejo de roupas ser obrigada a dar 50% de desconto para a grande parcela de seus clientes. É isto que os empresários do setor cultural e de entretenimento são obrigados a fazer”, diz. “A meia-entrada é uma lei injusta porque privilegia um segmento da sociedade em detrimento de setores realmente carentes economicamente, que são obrigados a pagar mais caro pelo ingresso do cinema, subsidiando os beneficiários desta lei. Atrás do direito à meia-entrada, esconde-se um milionário comércio de venda de carteiras estudantis, arrecadado por diversas entidades estudantis que também patrocinam os partidos políticos que representam”, acrescente Leite. O índice de meia-entrada é realmente bastante significativo na Kinoplex, segundo Patrícia Cotta, gerente de marketing. “É
48 Exibidor, julho-2013
importante que o exibidor possa manter uma rentabilidade que o mantenha economicamente saudável. A própria unificação das carteiras é um grande passo para levar a meia-entrada a um nível mais justo. A partir disso, será gerado um aumento do PMI, o que nos permitirá ter mais promoções e ingressos mais atrativos”, diz. Ricardo Leite, da GNC, concorda. Segundo ele, quanto maior for a utilização adequada da meia-entrada, menor será o PMI e, consequentemente, a majoração dos preços se faz necessária para compensar a perda no valor do PMI. “Não existe lanche de graça. Infelizmente, a caridade com chapéu alheio se faz, obrigando os segmentos da sociedade não privilegiados com o desconto de 50% a pagar um valor maior do ingresso para subsidiar os beneficiados pelo desconto”, conclui. Marcio Eli Leão de Lima, diretor geral da rede Centerplex, também apoia integralmente a lei. “Não por simplesmente criar uma cota de 40% de meia-entrada, mas principalmente por delegar à Casa da Moeda a confecção da carteira estudantil. Acredito que, com isso, a falsificação deve cair consideravelmente. Se conseguirmos equilibrar em 50% de pessoas que pagam meia-entrada poderemos ter uma redução de 10% a 15% do valor do ingresso inteiro com o tempo”, avalia. Segundo ele, por conta da quantidade de leis existentes para meia-entrada, o cinema fica taxado como um programa caro, ou seja, é preciso aumentar os preços dos ingressos para poder trabalhar com um ticket médio de acordo com a quantidade de meias que entram no cinema. “Atualmente, um vereador de qualquer cidade cria uma lei para permitir a meia-entrada sem critério algum. Mas, eles esquecem que, apesar de o cinema ser um programa de nível cultural, existe uma empresa
comercial que depende da venda dos seus tickets para se manter no mercado. Antes de se criar uma lei que incentiva a meia-entrada, o cinema deveria ter um incentivo fiscal, pois mexe diretamente no resultado final do complexo”, conclui Lima.
Enquanto isso As carteiras de desconto em locais de lazer, show e eventos desportivos vão mudar fisicamente já a partir de 2013 para seguir um único padrão de configuração. Elas passarão a ter um dispositivo tecnológico de segurança aprovado pelo Decreto Presidencial nº 7.783 e somente poderão ser emitidas pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pelos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) das instituições de ensino superior, pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e pelas uniões estaduais e municipais de estudantes universitários e secundaristas. Brasileiros que estudam no exterior não serão beneficiados. As três entidades deverão definir um modelo padronizado para o documento, que terá validade de um ano (renovável). As carteirinhas estudantis deverão ter certificação digital, implementadas pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). Esse decreto foi aprovado especialmente para os eventos das Copas das Confederações e Copa do Mundo 2014, mas também ajudará os exibidores a prevenirem fraudes nos cinemas. Já o projeto de Lei 4.571/08 define que as carteirinhas tenham um modelo único de apresentação, mas sejam produzidas pela Casa da Moeda. A proposta foi aprovada no dia 24 de abril de 2013, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Se
houver pedido com assinatura de 10% dos
513 deputados, terá que passar por votação
no plenário da Câmara antes de ir para o Senado. A proposta já tinha sido votada pelos senadores, mas foi alterada na Câmara. Por
esse motivo, terá que retornar ao Senado, para análise do plenário da Casa.
“Certamente, esse projeto será um grande avanço, pois além de criar um limi-
tador máximo de 40% na utilização da meia-entrada, vai disciplinar a confecção
e controle das carteiras de identificação estudantil, com a participação da Casa da
Moeda neste processo. Nos locais onde o índice de meia-entrada é elevado, estimo redução aproximada de 20% no valor dos
ingressos”, explica o exibidor Ricardo Leite, da GNC.
Entidades flagradas vendendo carteira estudantil de forma irregular, para quem não é estudante, serão penalizadas com
multa, suspensão temporária da autori-
zação ou revogação definitiva da autorização para a emissão dos documentos.
O diretor de operações da GNC Cinemas acredita que a única maneira de coibir as fraudes é por meio de um controle rigoroso das carteiras estudantis. “Só aceitamos CIE’s emitidas por entidades estudantis, vigentes apenas para este ano e com validade não superior a março de 2014. Quando a validade é maior, solicitamos comprovante de matrícula ou mensalidade. A confecção pela Casa da Moeda é uma importante alternativa para reduzir drasticamente a fraude, pois cria-se um documento com fé pública, como a carteira de identidade e se padroniza um modelo de documento, emitido em um único lugar”, diz. Para Patrícia Cotta, gerente de marketing da Kinoplex, apesar de todas as ferramentas utilizadas, é muito difícil para a equipe de atendimento definir se uma carteira de estudante é válida ou não, pois são centenas de modelos e formatos diferentes. “A unificação do modelo e emissão por um órgão de grande confiabilidade como a Casa da Moeda é
essencial nesse processo, pois criará um documento oficial de fácil identificação e validação nos cinemas”, afirma. “É complicado existir uma prevenção contra a falsificação da meia-entrada. Tentamos ao máximo cobrar algum documento que prove que o estudante esteja realmente estudando naquele ano letivo, mas as escolas públicas, por exemplo, estão demorando quase um semestre inteiro para conseguir entregar a carteira do aluno, complicando por completo este tipo de controle nas bilheterias”, destaca Marcio Eli Leão de Lima, diretor geral da rede Centerplex. Para incentivar a formação de público e beneficiar seus clientes, o Cine 14 Bis criou algumas promoções. “Nossa meia-entrada é democrática: participam estudantes, professores, trabalhadores, advogados, contadores, entre outros. Independentemente de leis, buscamos parceiros e oferecemos o desconto de 50% para vários públicos”, diz o diretor da rede, Mauri Palos.
Com a aprovação do projeto de lei C omo
é
» Sem limite de venda, mais de 80% dos ingressos são vendidos como meia-entrada. » Custo do ingresso é mais caro, para compensar as vendas da meiaentrada. » Sem a padronização das carteirinhas a fiscalização se torna difícil e o exibidor fica mais sujeito a fraudes.
Como
pode ficar
» Até 40% dos ingressos serão reservados para idosos e estudantes. » Custo do ingresso pode cair entre 10% e 15%. » As fraudes tendem a diminuir com a emissão da carteirinha unificada pela Casa da Moeda.
49 Exibidor, julho-2013
digitalização
Panorama da conversão digital P or : N atalí A lencar
Em escala global, 73% das telas de cinema já foram convertidas para o modelo digital. Boa parte influenciada ainda pelo 3D. Na corrida, América Latina e África são as regiões mais atrasadas
U
m dos seminários apresentados no primeiro dia da CinemaCon 2013, realizada em meados de abril, (Global Digital Cinema Update) mostrou o quanto o Cinema Digital está crescendo e qual o “status” da conversão das salas no mundo inteiro. A apresentação foi conduzida por David Hancock, diretor de cinema e vídeo da IHS Screen Digest, empresa de análise de dados na área de entretenimento. Segundo ele, a evolução mundial da conversão de telas atingiu o percentual de 73% (55% a mais do que em 2011). O Brasil converteu apenas 35% do seu parque, fato preocupante ao analisar que entre 2015 e 2016 a projeção em 35mm chegará ao fim, inclusive nas regiões “retardatárias” da África e da própria América Latina.
Em artigo exclusivo escrito ao Film Journ (Veja o artigo completo no link tonk.es/ hancock), o executivo ilustrou ainda outros dados. Desde que o 35mm tornou-se minoria em janeiro de 2012, 25.500 novas telas foram convertidas. O ano terminou com cerca de 90 mil telas digitalizadas, sendo a maioria na América do Norte, região relativamente avançada neste assunto.
telas 3D superou 30 mil no final de 2012, um aumento anual de 36%.
Na América Latina, o México lidera a corrida com 2.633 telas convertidas em 2012. Nos outros países latinos, o governo e o mercado já perceberam a necessidade de acelerar o processo, principalmente com os acordos de VPF (Virtual Print Fee) em negociação.
Durante a apresentação na CinemaCon, Hancock finalizou afirmando que esse cenário representa apenas o começo. Com a digitalização das salas em todo o mundo, surgem outros desafios, como a distribuição de conteúdo via satélite e a profissionalização dos projecionistas em TI. Ponto de vista este também reafirmado no artigo mencionado ao lado. Ele encerra alegando que o mercado se aproxima da conversão digital plena, mas que esse processo é apenas o início de uma nova era no cinema, alavancada por novas possibilidades na produção dos filmes e na qualidade da exibição.
O 3D ainda é responsável pela maior parte da mudança no mercado, mas apenas com 51% das conversões. O total de
Os dados aqui mencionados estão nos gráficos e tabelas reproduzidos a seguir. (Todos eles apresentados na última CinemaCon).
51 Exibidor, julho-2013
mercado
Progresso Global Copyright © 2013 IHS Inc. Todos os direitos reservados
61,2%
76,8%
86,5%
79,1%
44,2%
49,2%
Infraestrutura regional Copyright © 2013 IHS Inc. Todos os direitos reservados
1º Quadrimestre de 2013
100 %
100 %
80
80
60
60
40
40
20
20
0
0 Europa (ocidental)
Leste Europeu
2D
América do Norte
3D
52 Exibidor, julho-2013
América Latina
35mm
África
Ásia
México
Argentina
2D
Brasil
Chile
3D
35mm
Colombia
Venezuela
Cinema Digital já é realidade - Em escala global, 73% das telas já foram convertidas Copyright © 2013 IHS Inc. Todos os direitos reservados
Crescimento do cinema digital por região 100 mil 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2004
2005 Europa
2006
2007
2008
América do Norte
2009
2010
Asia
2011
2012
2013
(1º Quadrimestre)
Outros
A corrida para finalizar a conversão digital Copyright © 2013 IHS Inc. Todos os direitos reservados
96
30
94
20
92
10
90
0 lo Es
m xe Lu
H
Países mais adiantados
vá
40
Es
98
bu rg o ol an N da or ue Em g ira Ca a do na d s Ár a In abe do s C or nes éi ia a do S Si ng ul ap ur a Ta iw an Su íç Bé a Di lgi na ca m ar ca H Ch on in g a Ko n F g Re ran ça in o U n Fi ido nl an di a Ja pã Áu o st ria
50%
qu ia pa M nha ar ro co s C hi p Le re tô Ta nia ilâ nd i Es a tô ni a Br as il C h Li ile tu â Ar nia ge nt in G a ré Es cia lo vê ni a Ve Egi ne to zu Áf el ric a a do Su Tu l rq ui a
1º Quadrimestre de 2013
100%
Países mais atrasados
53 Exibidor, julho-2013
mercado
Telas 35mm que faltam ser convertidas Copyright © 2013 IHS Inc. Todos os direitos reservados
1º Quadrimestre de 2013
2.500 2.000 1.500 1.000 500
ic Tu o rq ui a Br as Ru il ss Al em ia a Áf ric nha a do Su Ar ge l nt Ta ina ilâ nd ia Re Ch p. ina C h Ve ec ne a z C uel ol ôm a b M ia al ás Fi ia lip in Au as st rá lia Ja pã o
lia
éx
Itá
M
Es
pa
nh
a
0
Exceto EUA e Índia
Prazo para o fim do 35 mm Copyright © 2013 IHS Inc. Todos os direitos reservados
China tem parque exibidor 100% digitalizado e finaliza distribuição em 35mm Fox finaliza distribuição em 35mm (Hong Kong/Macau)
França completa conversão digital e finaliza distribuição em 35mm Europa Ocidental prevê fim do 35mm
EUA prevê fim do 35 mm
2012
2013
Noruega tem parque exibidor 100% digitalizado e finaliza distribuição em 35mm
2014
2015
Reino Unido tem parque exibidor 100% digitalizado e finaliza distribuição em 35mm Belenux tem parque exibidor 100% digitalizado e finaliza distribuição em 35mm
54 Exibidor, julho-2013
Oriente Médio prevê fim do 35mm
África e América Latina prevêem fim do 35mm
2016 Asia prevê fim do 35mm
Europa Central/Leste prevê fim do 35mm
2017
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Filme
Direção
02/08/2013
09/08/2013
16/08/2013
Elenco
Distribuidora
R.I.P.D. (R.I.P.D.)
Robert Schwentke
Ryan Reynolds, Jeff Bridges, Kevin Bacon, MaryLouise Parker, Robert Knepper, James Hong, Mike O´Malley, Stephanie Szostak, Devin Ratray, Marisa Miller, Lance Greene, Carrie Ann Quinn
Paramount
Cine Holliúdy
Halder Gomes
Edmilson Filho, Miriam Freeland, Roberto Bontempo, Falcão, Marcio Greyck
Paris
Os Smurfs 2 (The Smurfs 2)
Raja Gosnell
Neil Patrick Harris, Hank Azaria, Christina Ricci, Jayma Mays, Sofía Vergara, Tim Gunn, Alan Cumming, Katy Perry, Jonathan Winters, Fred Armisen, George Lopez, Anton Yelchin
Sony
RED 2 - Aposentados e Ainda Mais Perigosos (RED 2)
Dean Parisot
Bruce Willis, Anthony Hopkins, Lee Asquith-Coe, Catherine Zeta-Jones, Mary-Louise Parker, John Malkovich, Helen Mirren, David Thewlis, Neal McDonough, Byung-hun Lee
Paris
Círculo de Fogo (Pacific Rim)
Guillermo del Toro
Charlie Hunnam, Idris Elba, Charlie Day, Rinko Kikuchi, Maximillian Martini, Ron Pearlman
Warner
Confia em Mim
Michel Tikhomiroff
Fernanda Machado, Mateus Solano
Paris
Sem Dor, Sem Ganho (Pain & Gain)
Michael Bay
Dwayne Johnson, Mark Wahlberg, Rebel Wilson, Rob Corddry, Ed Harris, Anthony Mackie, Ken Jeong, Tony Shalhoub, Vivi Pineda, Yolanthe Cabau, Emily Rutherfurd
Paramount
Vendo ou Alugo
Betse de Paula
Marieta Severo, Marcos Palmeira
Europa
Flores Raras
Bruno Barreto
Gloria Pires, Miranda Otto, Tracy Middendorf, Treat Williams, Marcello Airoldi, Lola Kirke
Imagem
Gente Grande 2 (Grown-Ups 2)
Dennis Dugan
Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, Salma Hayek, David Spade, Maya Rudolph, Maria Bello, Nick Swardson, Steve Buscemi
Sony
Percy Jackson e o Mar de Monstros (Percy Jackson: Sea of Monsters)
Thor Freudenthal
Logan Lerman, Sean Bean, Nathan Fillion, Alexandra Daddario, Stanley Tucci, Missi Pyle, Daniel Cudmore, Jake Abel, Leven Rambin
Fox
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos (The Mortal Instruments: City of Bones)
Harald Zwart
Lena Headey, Aidan Turner, Lily Collins, Jonathan Rhys Meyers, Jamie Campbell Bower, Jared Harris, Robert Sheehan, Kevin Durand, Kevin Zegers
Paris
Casa da Mãe Joana 2
Hugo Carvana
José Wilker, Paulo Betti, Antônio Pedro Borges, Betty Faria, Leona Cavalli, Fabiana Karla, Caike Luna, Anselmo Vasconcellos, Carmem Verônica, Xuxa Lopes, Lucia Bronstein, Felipe Kannenberg, Juliana Paes
Imagem
Jurassic Park 3D (Jurassic Park)
Steven Spielberg
Sam Neill, Laura Dern, Jeff Goldblum, Richard Attenborough, Bob Peck, Martin Ferrero, B.D. Wong, Joseph Mazzello, Ariana Richards, Samuel L. Jackson, Wayne Knight, Gerald R. Molen, Miguel Sandoval, Cameron Thor, Christopher John Fields
Universal
Os Estagiários (The Internship)
Shawn Levy
Vince Vaughn, Owen Wilson, Rose Byrne, Aasif Mandvi, Max Minghella, Josh Brener, Dylan O´Brien, Tiya Sircar, Tobit Raphael, Josh Gad
Fox
Se Puder...Dirija!
Paulo Fontenelle
Luiz Fernando Guimarães, Leandro Hassum, Lavínia Vlasak, Bárbara Paz, Reynaldo Gianecchini, Sandro Rocha, Eri Johnson, Antonio Pedro, Lívia de Bueno, Creo Kellab, Alcemar Vieira, Renata Castro Barbosa, Cristina Flores, Gabriel Palhares
Disney
Um Time Show de Bola (Foosball)
Juan José Campanella
Vozes de: Pablo Rago, Miguel Angel Rodriguez, Fabian Gianola, Horacio Fontova, David Masajnik
Universal
23/08/2013
30/08/2013
Eles não têm link com a nova geração.
OS ESTAGIARIDIROETORSDE ´
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APRESENTAM UMA PRODUÇÃO PRODUTORES EXECUTIVOS
FOTOGRAFIA PRODUZIDO POR NOS CINEMAS SELECIONADOS
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MUSICA DE ´
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SOMENTE NOS CINEMAS
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58 Exibidor, julho-2013
Filme
Direção
Elenco
Distribuidora
06/09/2013
Roland Emmerich
Channing Tatum, Joey King, Jason Clarke, Jamie Foxx, Maggie Gyllenhaal, James Woods, Rachelle Lefevre, Richard Jenkins, Jimmi Simpson, Lance Reddick, Jake Weber, Simon Northwood
Sony
Aviões (Planes)
Klay Hall
Vozes de Val Kilmer, Julia Louis-Dreyfus, Teri Hatcher, Anthony Edwards, Brad Garrett, John Cleese, Dane Cook, Priyanka Chopra, Stacy Keach, Roger Craig Smith
Disney
Invocação do Mal (The Conjuring)
James Wan
Vera Farmiga, Patrick Wilson, Ron Livingston, Lili Taylor, Joey King, Shanley Caswell, Haley McFarland, Mackenzie Foy, Kyla Deaver, Sterling Jerins
Warner
Meus Dois Amores
Luiz Henrique Rios
Caio Blat, Maria Flor, Alexandre Borges, Julio Adrião, Lima Duarte, Vera Holtz, Fabiana Karla, Milton Gonçalves
Paris
Rush - No Limite da Emoção (Rush)
Ron Howard
Chris Hemsworth, Daniel Brühl, Alexandra Maria Lara
California
Prisoners (Ainda Sem Título em Português)
Denis Villeneuve
Hugh Jackman, Jake Gyllenhall, Viola Davis, Melissa Leo, Paul Dano
Paris
As Bem-Armadas (The Heat)
Paul Feig
Sandra Bullock, Melissa McCarthy, Taran Killam
Fox
Elysium (Elysium)
Neill Blomkamp
Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Alice Braga, Wagner Moura, Diego Luna, William Fichtner
Sony
O Tempo e o Vento
Jayme Monjardim
Marjorie Estiano, Janaína Kremer, Fernanda Montenegro
Paris
Escape Plan (Ainda Sem Título em Português)
Mikael Håfström
Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jim Caviezel, 50 Cent, Vincent D´Onofrio
Paris
We´re The Millers (Ainda Sem Título em Português)
Rawson Marshall Thurber
Jennifer Aniston, Emma Roberts, Jason Sudeikis
Paris
The Delivery Man (Ainda Sem Título em Português)
Ken Scott
Cobie Smulders, Vince Vaughn, Chris Pratt
Disney
Aposta Máxima (Runner, Runner)
Brad Furman
Ben Affleck, Gemma Arterton, Justin Timberlake
Fox
Tá Chovendo Hambúrguer 2 (Cloudy 2: Revenge of The Leftovers)
Cody Cameron, Kris Pearn
Vozes de: Bill Hader, Anna Faris, Andy Samberg, Neil Patrick Harris, James Caan, Will Forte, Kristen Schaal, Terry Crews
Sony
Haunt (Ainda Sem Título em Português)
Mac Carter
Jacki Weaver, Liana Liberato, Harrison Gilbertson
Fox
As Aventuras do Avião Vermelho
Frederico Pinto, José Maria
Vozes de: Milton Gonçalves, Lázaro Ramos, Zezeh Barbosa, Fernando Alves Pinto
Imagem
Gravidade (Gravity)
Alfonso Cuarón
Sandra Bullock, George Clooney
Warner
Meu Passado Me Condena
Julia Rezende
Fábio Porchat
Paris
Malavita (Ainda Sem Título em Português)
Luc Besson
Robert De Niro, Michelle Pfeiffer
Paris
Serra Pelada
Heitor Dhalia
Juliano Cazarré, Sophie Charlotte, Julio Andrade, Matheus Nachtergaele, Wagner Moura
Warner
O Ataque (White House Down)
13/09/2013
20/09/2013
27/09/2013
04/10/2013
11/10/2013
18/10/2013
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trajetória
Paixão pela sétima arte
©Divulgação
P or : P aulo F ernando
E
pode contribuir bastante para fortalecer essa relação entre o público e os exibidores”, avalia Campos.
m março de 2014, o Cine Roxy completará 80 anos de atuação. E motivos não faltarão para comemorar essa data especial. Nessas quase oito décadas de história, o exibidor se tornou uma das marcas de referência do setor na Baixada Santista, detendo mais de 50% do mercado regional.
apoiados por nós, superam ou igualam aos promovidos nas capitais”, diz.
Ao todo, a rede possui 17 salas no estado de São Paulo divididas em quatro conjuntos multiplex: Gonzaga 5 e Iporanga 4 (Santos); Brisamar 6 (São Vicente); Parque Anilinas 3 (Cubatão). Entre elas, existe ainda um charmoso cinema de rua, atualmente uma raridade no Brasil. Nestes espaços, a empresa exibe desde os blockbusters até produções premiadas e independentes, bem como espetáculos musicais e teatrais.
A cada estreia, o Cine Roxy coloca em prática um plano de divulgação na mídia regional, mediante ações de marketing e assessoria de imprensa, para disseminar informações dos filmes que serão lançados. “Após o debute do longa, segue-se um novo trabalho, que visa mantê-lo na lembrança das pessoas”, revela.
No último shopping center construído em Santos, as salas do Cine Roxy estão entre as mais procuradas da região. “Nossa programação inclui grandes produções, mas é especialmente voltada aos longas de caráter artístico, premiados, favoritos em festivais e oriundos de países fora do eixo EUA-Inglaterra”, salienta.
E as previsões para o futuro dos negócios no mundo da sétima arte são de prosperidade, já que Santos e São Vicente estão entre as cidades com maior média de público por sala do país. A região ainda recebe mostras e festivais itinerantes de âmbito nacional, como o Varilux de Cinema Francês, Sesc Melhores Filmes e Mostra Internacional de São Paulo. Possui ainda um festival – o Curta Santos, com mais de dez anos, e cursos voltados ao mercado de cinema.
Com a inauguração de seu multiplex em um shopping de São Vicente, o exibidor contribuiu para que a cidade se tornasse a quinta do país na média de público de cinema em comparação com o número da população local.
“Temos procurado acompanhar a evolução do mercado, sem abrir mão da paixão pelo cinema, de acreditar no gosto do público pelos filmes”, ressalta o empresário Toninho Campos. De perfil empreendedor, o Cine Roxy também atua no fomento cultural e artístico, por meio de parcerias com festivais, projetos, produtores culturais, cineastas e artistas. Por isso, o cinema costuma ser a escolha das distribuidoras e produtoras para realização de avant-premières em Santos. “Os resultados desses eventos,
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“Hoje, exibidores e distribuidores enxergam que estão todos juntos e precisam atuar como parceiros, para que o cinema, como um todo, cresça e supere os obstáculos que surgem eventualmente”, acrescenta ele.
“Há uma vocação regional. Por isso, a expectativa é sempre positiva, principalmente agora, com o Vale Cultura, que
Na era da digitalização, o cinema do litoral paulista também promove exibições em alta definição de óperas, balés e jogos de futebol, a fim de ampliar e diversificar seu público.
Já as mais recentes salas do circuito estão em um complexo de entretenimento de Cubatão, o Parque Anilinas. São duas salas em funcionamento e um cineteatro que deverá ser inaugurado em breve. “Foi dessa forma que, além de marcar presença em shoppings e contar com um cinema de rua, passamos a receber o público dentro de um parque”, finaliza o empresário.
Calendário auto-adesivo
Calendário Exibidor
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