Ano no III – n nº 12, janeiro janeiro/2014
Marketing
O poder do Facebook
Tecnologia
Som Imersivo e suas vantagens
Jurídico
O que pode ou não nos concursos culturais
www . exibidor . com . br
editorial
De olho em 2014
C
hegamos, enfim, à 2014. O ano da Copa do Mundo no Brasil e o ano das eleições. Se do lado esportivo e político será o maior ano de todos, nós, profissionais do mercado cinematográfico, precisamos pensar em como competir com estes assuntos.
Hollywood e produtoras nacionais já estão preparando bons produtos no decorrer do ano. Mas será que apenas os filmes darão conta desta concorrência? Esta edição da Revista Exibidor vai lhe ajudar nesta resposta. Começamos com a tradição do número 50. Após “50 dicas de bombonière” (2012) e “50 dicas para salas de cinema” (2013), chegou a hora de apresentarmos os “50 cinemas inspiradores”. Após uma pesquisa de cinco meses, encontramos mais de 80 soluções pelo mundo interessantes e, às vezes, curiosas do mercado exibidor. Infelizmente fomos obrigados a chegar ao número 50 e tivemos que sacrificar algumas dezenas de ideias bastante legais. O resultado final foram as 7 páginas da matéria de capa desta edição. E para rechear ainda mais a primeira edição de 2014, fomos até Miami (EUA) conhecer de perto as tecnologias de som imersivo mais influentes no mercado atual: Dolby ATMOS e Barco Auro 3D. Abordamos alguns advogados e especialistas da área jurídica para nos explicar se ainda há uma saída para a prática de promoções e concursos culturais. Na área de marketing, o Facebook é a bola da vez. Conversamos com os exibidores de maior sucesso na rede social mais conhecida do mundo para saber suas estratégias na conquista de novos seguidores. Na seção Entrevista, o diretor Paolo Conti, da animação brasileira Minhocas, comenta o seu ponto de vista quanto à produção de animações no país e o mercado de exibição. Também contamos com os artigos do advogado Marcos Bitelli sobre ECAD e de Igor Kupstas sobre o termo High Concept, muito utilizado para criar novas franquias “caça-níqueis”. E para finalizar, a cobertura completa da 6ª edição do Prêmio ED e a trajetória dos 50 anos da Cinematográfica Lui, exibidora familiar de Indaiatuba (SP). Assim terminamos mais uma edição. É a 12ª e o fim de mais um ciclo anual. Esta edição é dedicada a todos os leitores que acompanham o sucesso da revista desde sua primeira edição. Obrigado! Em abril estamos de volta com a nossa já tradicional edição especial de aniversário. Até lá, estamos diariamente lhe esperando em nosso portal www.exibidor.com.br Um grande abraço,
Marcelo J. L. Lima diretor e editor chefe da revista exibidor
6 Exibidor, janeiro-2014
Expediente Edição e direção Marcelo J. L. Lima Redação Natalí Alencar (MTB 51480) natali@exibidor.com.br
Fábio Gomes fabio.gomes@exibidor.com.br
Projeto Gráfico e Direção de Arte Raphael Grizilli raphael@exibidor.com.br
Assistente de arte Fernando Martinello
fernando.martinello@exibidor.com.br
Revisão Talita Garcez
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Comercial e anúncios www.exibidor.com.br/anuncie Tel.: (11) 4040 4712 Assinaturas www.exibidor.com.br/assine Tel.: (11) 4040 4712 Colaboradores Igor Kupstas, Marcos Bitelli, Espaço/Z e Cine Brasil Fotos Prêmio ED: Claudio Bonesso e Fotos Carrega Impressão Vox Editora www.voxeditora.com.br Tiragem de 1500 exemplares Correspondência Rua Ênio Voss, 78 São Paulo (SP) | 02245-070 Tel: (11) 4040 4705 www.exibidor.com.br A Revista Exibidor é uma publicação trimestral da:
www.tonks.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Revista Exibidor. Proibida a reprodução parcial ou total do conteúdo sem autorização da Tonks. Este exemplar faz parte do Acervo da Cinemateca do Rio de Janeiro.
Espaço do Leitor
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Tive o imenso prazer de conhecer essa revista! Trabalho em um cinema e recebi a edição 11. A revista é ótima, é o tipo de revista que eu leio inteira sem nem perceber. Fala sobre tudo relacionado a cinema! A matéria sobre a Bombonière esta muito boa. Sério, excelente revista.
O site da Revista Exibidor, especializado em cinema, também repercute a chegada das salas 100% digitais no Mais Shopping, localizado no bairro de Santo Amaro, em São Paulo. Thiago Paes (Santos – SP)
Rafael Farias (Cinemas Lumière)
Empresas e Instituições Citadas A
F
O
Air New Zeland // 20 ANCINE // 55 Animaking // 22, 23, 24 APADI // 51
Facebook // 19, 29, 50, 51, 52 FINEP // 23 Foursquare // 52 Fox Film // 18, 22
O2 Play // 16
B
G
Barco // 12, 14, 46, 47, 48 Bitelli Advogados // 29 Blue Sky // 23 BRR // 29
Galaxy Studios // 47 Gatacine // 19 GDC // 14 Glaz Cinema // 22 Globo Filmes // 22 GNC // 42 Grupo PlayArte // 30, 35
C Caixa Econômica Federal // 28, 29 Centerplex // 14, 29, 51, 52, 54 Christie // 47 Cine Brasil // 14 Cine Imperator // 14 Cinemark // 12, 14, 42, 51, 52, 54, 55 Cinemex // 14, 43 Cinépolis // 13, 14, 51, 54, 55 Cinesesc // 27 Cinesystem // 12, 30, 42, 52, 54, 55
P Paramount // 20, 40, 55 Paris Filmes // 19, 54, 55 Pinterest // 52 Pixar // 23
Q Quanta DGT // 16
S
Hollywood Reporter // 19
SEECESP // 54 Sindicato dos Distribuidores do Rio de Janeiro // 55
I
T
IMAX // 41, 44 Instagram // 52
Total Film // 20 Twitter // 52 Technicolor // 14
H
K Kinoplex // 50, 51, 52, 54, 55
U
D
L
UCI // 14, 51
Disney // 13, 20, 46, 54, 55 Dolby // 12, 46, 47, 48 Doremi // 14, 16 Downtown Filmes // 54, 55
Lui Cinematográfica // 64
E Espaço Itaú de Cinemas // 41, 54, 55
8 Exibidor, janeiro-2014
M Media Logue // 50 Ministério da Fazenda // 29, 30 Moviecom // 55 MPAA // 43
V Vine // 52 Volfoni // 12, 13
W Warner Bros. // 55
sumário
Complexos criam novas maneiras para atrair o espectador
Notícias/12 Giro pelo mercado
Portal Exibidor/16 Destaques do portal exibidor.com.br
Claquete.com/18 Novidades do cinema
Entrevista/22 Paolo Conti, diretor do filme “Minhocas”
Artigo Relacionamento/26 A transformação de uma franquia cinematográfica em conceito
Jurídico/28 Entenda como funciona a portaria que limita a realização de concursos culturais
Artigo Legislação/37 ECAD e Direitos autorais
Tecnologia/46 Som Imersivo. Conheça as tecnologias Dolby Atmos ou Auro 11.1
Marketing/50 Especialistas explicam como ter uma fanpage do Facebook de sucesso
Prêmio ED/54 Surpresas e descontração na cerimônia dos destaques de 2013
Agenda/62 Próximos lançamentos
Trajetória/64 Lui Cinematográfica celebra 50 anos
11 Exibidor, janeiro-2014
notícias
Rede Cinesystem Cinemas expande e inaugura dois complexos em Alagoas ©Divulgação
Cinemark abre complexo em Goiânia ©Divulgação
Em dezembro último, a inauguração do 18º multiplex da Rede Cinesystem Cinemas no Parque Shopping Maceió marcou a chegada da exibidora ao estado de Alagoas. Em breve, Arapiraca (interior alagoano) receberá também um cinema. “O mercado consumidor do Nordeste tem se qualificado e exigido mais opções de entretenimento e serviços. Em Maceió, o projeto reflete essa tendência
e nesta primeira fase serão abertas nove salas, com capacidade para 1.591 lugares marcados e um Espaço VIP”, destaca Marcos Barros, CEO da Cinesystem. Dentre as primeiras nove salas do Shopping Maceió (de um total de 14), uma tem som imersivo Dolby Atmos. Com projeção 100% digital, o complexo terá projetores da Barco e sistemas de projeção 3D da Volfoni em todas as salas.
SPCine é sancionada pelo prefeito O projeto de lei que cria a SPCine, agência voltada para a produção, distribuição e exibição de filmes, foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em 3 de dezembro. Essa foi a segunda votação e a proposta foi sancionada pelo prefeito Fernando Haddad. A SPCine terá um incentivo inicial de R$ 25 milhões da prefeitura e mais R$ 25 mi-
12 Exibidor, janeiro-2014
lhões do governo do Estado. O modelo de gestão será semelhante à Rio Filme.
“A ideia é que a SPCine possa ganhar sustentabilidade ao longo do tempo, sem
necessidade de apoio do Estado”, afir-
mou o vereador Nabil Bonduki (PT), ao site da Câmara.
(veja mais em: tonk.es/spcine)
A Rede Cinemark inaugurou seu 65º complexo no País em novembro, no Passeio das Águas Shopping, zona norte de Goiânia (GO). Com a inauguração, a exibidora tem o seu segundo complexo de cinema na cidade de Goiânia. “A Cinemark tem orgulho de trazer para o público goianiense mais uma opção em lazer e cultura. As salas, todas digitais, vão exibir os últimos lançamentos do cinema mundial com o selo de qualidade da Rede”, afirma Maricy Leal, gerente de marketing da empresa. O primeiro complexo Cinemark na capital goiana fica no Flamboyant Shopping e foi inaugurado em 2007.
Volfoni apresenta solução Cinépolis está 100% digital 3D na CineAsia Na CineAsia, em Hong Kong, a Volfoni apresentou o Smart Crystal Diamond, que promete mudar os equipamentos de cinema 3D. Segundo a fabricante, alimentado pela Triple Beam, o brilho atingido pela tecnologia Diamond ultrapassa todos os outros sistemas 3D passivos do mer-
cado, com uma eficiência de luz acima da média.
no Brasil
©Divulgação
“Nosso foco sempre foi construir o mais perfeito sistema 3D possível – permitindo que os exibidores tenham a sua
‘própria luz’”, explica Thierry Henkinet, fundador e CEO da Volfoni.
Disney quebra a barreira dos US$ 4 bilhões de bilheteria mundial em 2013 ©Divulgação
A rede mexicana Cinépolis, anunciou
a conclusão da digitalização total das
suas salas no Brasil. Segundo a exibidora, o objetivo é ser 100% digital na América Latina, depois de um investimento superior a US$ 300 milhões.
Atualmente, existem 3.215 salas da
Cinépolis no mundo que já estão diPela primeira na sua história, a Disney ultrapassou a barreira de US$ 4 bilhões em bilheteria mundial no período de um ano. O máximo que o estúdio havia conseguido, até então, era US$ 3,79 bilhões em 2010. Em julho último, a produtora já havia se tornado a primeira a atingir a marca de US$ 1 bilhão em bilheteria nos EUA, e em agosto chegou aos US$ 2 bilhões mundialmente antes de qualquer rival pelo quarto ano seguido.
Em 2013, a produtora teve sucessos como Homem de Ferro 3 (Iron Man 3) - US$ 1,21 bilhão, Universidade Monstros (Monsters University) US$ 744 milhões; Oz: Mágico e Poderoso (Oz the Great and Poweful) US$ 493 milhões; e Thor: O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World), que fez até o fechamento desta edição US$ 559 milhões.
gitalizadas. A última etapa foi a de
completar a digitalização nas 136 sa-
las no Brasil. Isto representa 100% da digitalização de suas telas na América
Latina, um processo que começou em 2009, no México.
A Cinépolis informou que o investi-
mento na digitalização é significativo, mas é uma iniciativa fundamental para
toda empresa exibidora que queira atuar no setor.
13 Exibidor, janeiro-2014
notícias
Cine Imperator está habilitado para exibir filme em HFR
Cinemex faz parceria com a GDC para converter 1.500 salas no México
©Divulgação
A GDC Technology anunciou parceria fechada com a Cinemex para fornecer os servidores de bloco de mídia integrado IMB (Integrated Media Blocks). Com essa implantação, 1.500 cinemas dos 223 que a Cinemex tem no México serão convertidos para o digital. A GDC está providenciando suporte técnico, peças de reposição e treinamento em seus escritórios na Cidade do México. O Cine Imperator, que fica em Macapá
(AP), está habilitado para exibir conteúdo em HFR (High Frame Rate).
Após duas semanas de testes, o cinema conseguiu junto a equipe da Doremi e Cine Brasil, concluir as instalações necessárias.
“Hoje o Cine Imperator , está confir-
mado como capaz de exibir conteúdo
HFR junto a Technicolor Internacional, e já exibiu O Hobbit: A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug) em HFR 3D”, disse Jack Silva, proprietário do cinema. Fazem parte deste seleto grupo de exibidores que possuem certificação internacional para exibir conteúdo neste formato: Cinemark, Cinépolis e UCI.
“Estamos honrados em construir esta bela parceria com a Cinemex, por quem nós temos o maior respeito como um dos líderes exibidores da América Latina”, afirmou Dr. Man-Nang Chong, fundador e CEO da GDC Technology. Recentemente, a Cinemex fechou parceria com a Barco, que fornecerá 1800 projetores para suas salas.
Centerplex Mogi tem abertura prevista para abril de 2014 ©Divulgação / Imagem meramente ilustrativa
O complexo Centerplex Mogi, em Mogi das Cruzes (SP), previsto para finalizar as obras em dezembro de 2013, continuará em reforma e tem nova data de abertura: abril de 2014. A informação foi divulgada em comunicado oficial assinado pelo diretor da empresa, Marcio Eli, no website da exibidora. Serão sete novas salas, sendo uma com tela gigante e som imersivo Auro da Barco, e outra no formato VIP. Ambas são exclusivas na região.
14 Exibidor, janeiro-2014
portal exibidor www.
.com.br
Daniel Filho comenta lançamento de “Confissões de Adolescente” ©Divulgação
Em entrevista ao Portal Exibidor, o diretor Daniel Filho comentou o lançamento de
seu mais recente trabalho cinematográfico: Confissões de Adolescente. “O filme não
conta a história de quem matou, quem morreu, quem vai ficar junto ou não vai, ele não
tem esse objetivo de dramaturgia de ‘qual é o gol do final?’. Contamos diversas historinhas”, disse. Veja a matéria especial em: tonk.es/danielfilho.
Doremi e Quanta DGT realizam o primeiro treinamento gratuito de servidores em São Paulo A Doremi e a Quanta DGT/AAM realizaram em São Paulo (SP) o primeiro treinamento aberto e gratuito de servidores para integradores e exibidores. Em formato de workshop, o treinamento técnico abordou instalação, configuração, operação, manutenção e soluções de problemas. Leia a cobertura do evento em:
©Divulgação
tonk.es/treinamentoservidores.
©Divulgação
Exibidor Entrevista: Igor Kupstas, diretor da O2 Play O Portal Exibidor bateu um papo exclusivo com Igor Kupstas, diretor da nova distribuidora do Brasil: a O2 Play, braço da produtora O2. Kupstas explicou como nasceu a ideia, como será o relacionamento com os exibidores, como pretende usar o VOD (Video On Demand) e os planos da empresa. Confira em: tonk.es/igorkupstas.
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claquete.com
Fox confirma “X-Men: Apocalypse” para 2016
Scorsese indica que aposentadoria está próxima ©Divulgação
Um dos maiores diretores de todos os tempos, Martin Scorsese anunciou que sua carreira pode ter um ponto final em breve. Em entrevista concedida durante o Festival de Cinema de Marrakech, onde participou como presidente e júri, ele afirmou que a aposentadoria está próxima.
O próximo filme da saga X-Men teve seu lançamento confirmado para 2016. A Fox Film anunciou que o longa X-Men: Apocalypse chegará aos cinemas em 27 de maio de 2016.
Em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido os X-Men precisam viajar no tempo para mudar um grande evento histórico que terá impacto global no homem e na natureza mutante.
“Sinto falta da época em que tinha o desejo de experimentar e tentar fazer diferentes tipos de filmes, mas isso passou. Existe uma obrigação quando você fica velho, pois você tem uma família”, afirmou Scorsese, que está com 71 anos. Ele dirigiu clássicos como Taxi Driver (Taxi Driver), Touro Indomável (Raging Bull), Os Infiltrados (The Departed) e seu mais novo filme, O Lobo de Wall Street (The wolf of Wall Street), em cartaz nos cinemas a partir de 24/01.
Atualmente a distribuidora se prepara para X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (X-Men: Days of Future Past), que tem estreia dois anos antes: 23 de maio de 2014.
Já em X-Men: Apocalypse, o que se sabe é que terá a participação do vilão Apocalipse, um mutante imortal que apareceu na edição de 1986 dos quadrinhos Fator X.
Scorsese disse também que, com a idade, dirigir está mais difícil. “À medida que você vai envelhecendo, tudo fica complicado fisicamente. Você se torna responsável por muito dinheiro, é uma pressão pesada”.
Começam as gravações de “50 Tons de Cinza” ©Reprodução/JustJared
O filme 50 Tons de Cinza começou a ser filmado em dezembro, em Vancouver, no Canadá. As fotos divulgadas pelo site Just Jared mostram a inocente estudante Anastasia Steele (Dakota Johnson) tomando chá em um pequeno café com Christian Grey ( Jamie Dornan). Recentemente, o filme escalou Rita Ora como Mia, a irmã mais nova e adotiva de Christian Grey. Ora é mais conhecida por sua carreira musical na Inglaterra e estourou no país com o single Hot Right Now. O filme, dirigido por Sam Taylor-Wood, é baseado no livro de E. L. James sobre o relacionamento sexual do casal.
18 Exibidor, janeiro-2014
Diretor de “Colegas”, revela próximas produções para cinema ©Divulgação
“Jogos Vorazes: A Esperança” terá première no Brasil ©Divulgação
Em 2014, Marcelo Galvão, diretor e roteirista do filme Colegas, estará em processo de captação para filmar O Matador, um faroeste ambientado na década de 40, no interior de Pernambuco. O western deverá ser rodado em 2015. A Gatacine iniciou a pré-produção de seu próximo filme A Despedida, também dirigido por Marcelo Galvão e protagonizado pela atriz Juliana Paes e pelo ator Nelson Xavier. As filmagens estão previstas para este mês (janeiro), em São Paulo (SP).
O novo longa-metragem de Marcelo Galvão, que também assina o roteiro, é uma reflexão sobre a terceira idade e o fim da vida. O filme mostrará os dilemas enfrentados durante a velhice, quando o corpo sofre o efeito do tempo e precisa ser carregado para acompanhar seus desejos. No filme, o ator Nelson Xavier passará por uma caracterização para parecer um homem de 92 anos, enquanto a atriz Juliana Paes interpretará uma mulher da periferia.
Ben Stiller pensa em ser apenas diretor Ben Stiller acredita que, em breve, se dedicará apenas à direção. O ator está recebendo vários elogios por A Vida Secreta de Walter Mitty (The Secret Life of Walter Mitty), que estrela e dirige. Segundo ele, seu momento mais gratificante é quando está por trás das câmeras. “Como diretor eu me sinto mais livre. Existem diferentes tipos de filmes que eu
Depois do sucesso de Jogos Vorazes: Em Chamas (The Hunger Games: Catching Fire) no Brasil e no exterior, a Paris Filmes já divulgou que a première da próxima sequência Jogos Vorazes: A Esperança será no Brasil. Na página do filme no facebook foi aberta uma votação para escolher um dos atores que virá ao País. São eles: Liam Hemsworth, Josh Hutcherson e Sam Claflin.
posso fazer que não são limitados a quem eu sou como ator”, afirmou à revista The Hollywood Reporter. “Eu com certeza me vejo apenas dirigindo”.
O longa será dividido em duas partes: A Esperança – parte 1 (The Hunger Games: Mockinjay Part 1), previsto para estrear em novembro de 2014 e A Esperança – parte 2 (Part 2), com lançamento em novembro de 2015.
Este é o quinto longa que Stiller senta na cadeira de diretor. Ele também dirigiu: Caindo na Real (Reality Bites), O Pentelho (The Cable Guy), Zoolander (Zoolander) e Trovão Tropical (Tropic Thunder).
A personagem principal Katniss Everdeen ( Jennifer Lawrence) tenta se encontrar no papel de símbolo de uma revolução, enquanto luta para proteger sua mãe e sua irmã no meio de uma guerra.
19 Exibidor, janeiro-2014
claquete.com
Disney irá distribuir futuros filmes da franquia “Indiana Jones” ©Divulgação
A Disney chegou a um acordo com a
– Os Caçadores da Arca Perdida (Rai-
futuros filmes da franquia Indiana Jones.
Templo da Perdição (Indiana Jones And
Paramount Pictures para distribuir os A Paramount manteve os direitos dos
quatro primeiros longas e terá participação nos lucros dos futuros projetos que venham a ser produzidos e lançados, divulgaram os estúdios.
Apesar de não haver nenhuma notí-
20 Exibidor, janeiro-2014
Last Crusade) e Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull) – foram
dirigidos por Steven Spielberg e distribuídos pela Paramount.
devem aparecer. As quatro primeiras
se passam antes do primeiro podem ser
Ator revela dificuldades com armadura de “Robocop”
Contudo, ao invés de usar as limitações da vestimenta como desculpa, ele utili-
Última Cruzada (Indiana Jones and the
Ford já afirmou que gostaria de reviver
aventuras estreladas por Harrison Ford
“É muito desconfortável. Por baixo, não estou usando quase nada... me sentia praticamente pelado. Além disso, quando as gravações começavam eu me sentia desengonçado e com vergonha”, explica o sueco ao Total Film.
The Temple Of Doom), Indiana Jones e a
cia sobre o quinto filme da franquia, o acordo indica que em breve novidades
Em entrevista ao site Total Film, Joel Kinnaman afirmou que sentiu muita dificuldade em interpretar Robocop (Robocop) por conta da armadura criada pela figurinista April Ferry.
ders of the Lost Ark), Indiana Jones e O
zou seus problemas para compor o papel.
o personagem. Remakes ou filmes que uma opção.
Dragão Smaug estampa avião da Air New Zeland
“Era difícil mexer a cabeça e minhas cos-
tas doíam muito. Aproveitei esses senti-
mentos para o personagem, pois acredito
que seria assim que Murphy se sentiria, mas mil vezes pior”, finalizou.
Com lançamento em 21 de fevereiro, o filme se passa em Detroit de 2028 e conta a história de Alex Murphy ( Joel
Kinnaman), um policial que após um
sério acidente só é salvo quando é transformado em um robô. Ele se transforma
em Robocop e passa lutar contra o crime.
Os neozelandeses foram os primeiros a ter “contato” com o dragão Smaug do longa O Hobbit: A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug), que estreou nos cinemas em 13 de dezembro. O personagem estampou o avião da companhia Air New Zeland, que voou de Auckland (Nova Zelândia) até Los Angeles, para a première do longa. Confira o vídeo: tonk.es/smaug.
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entrevista
P aolo C onti
Diretor do filme “Minhocas” comenta as dificuldades do mercado cinematográfico P or : N atalí A lencar
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aç ão
Muito mais do que o primeiro filme em stop motion. Assim, Paulo Conti define a animação. Ele conta o desenvolvimento do projeto e os desafios que enfrentou na produção e no lançamento
L
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ançado em 22 de dezembro, o filme Minhocas tem a direção de Paolo Conti e Arthur Nunes e é considerado o primeiro longa metragem em stop motion brasileiro. Mas o filme esconde uma trajetória muito mais produtiva para o mercado exibidor. É o que revela um dos diretores, Conti, em entrevista especial realizada à Revista Exibidor. A animação foi produzida pela Animaking, em coprodução com a Globo Filmes, Glaz Cinema e Fox Film do Brasil, também responsável pela distribuição.
22 Exibidor, janeiro-2014
Revista Exibidor - Comente um pouco sobre o projeto do filme. Paolo Conti – O projeto todo nasceu da vontade de colocar o Brasil no cenário mundial como produtores de animação. Há mais ou menos uns oito anos, tivemos a ideia de fazer um longa de animação que pudesse ser todo feito no Brasil, mas para isso, teria que ter muita qualidade e ser muito competitivo. Era 2007, estava começando o longa Minhocas. Na nossa cabeça o filme ficaria pronto em 2010. E ficaria, se não tivesse problemas com financiamento. Mas, durante esses anos, haveria um avanço de qualidade de imagem que teríamos de acompanhar, se não, o filme ficaria velho. Entregaríamos um filme que não acompanharia visualmente os outros já lançados. A computação gráfica, que é hoje o que mais se produz de animação no mundo todo, não servia. As empresas de ponta, Pixar, Blue Sky, que fazem animação assim, têm os seus próprios softwares, são quase como empresas de TI. Então, buscamos no mercado uma técnica que não fosse mudar e que garantisse a qualidade de imagem. Encontramos a solução no stop motion, porque ele é uma sequência de fotos que são tiradas de objetos reais. Na nossa visão, nenhuma tecnologia supera uma imagem real. Nosso desafio foi transformar o quadro a quadro, que é tido como uma técnica “durinha”, numa técnica fluída de animação. E foi aí que desenvolvemos todo o processo da Animaking. Quem assistir Minhocas, mal vai notar que é quadro a quadro. Definhamos ao máximo o processo de produção do filme para atingir uma qualidade incrível. Exibidor – Além da tecnologia, quais outras dificuldades vocês tiveram? Conti – Para produzir, teríamos que nos apropriar de diversas novas tecnologias e de alguma forma, andar lado a lado com essa questão da inovação. Então, trabalhamos dois lados, a questão da produção e do lançamento.
Na produção, incluímos robôs que faziam o movimento da câmera de forma automatizada e prototipagem industrial. Técnicas que não são novas, mas nunca haviam sido usadas antes no quadro a quadro. Do ponto de vista dos lançamentos, sabíamos que os filmes brasileiros têm muita dificuldade. É nosso primeiro filme. Temos que levar as pessoas para a sala de cinema, simplesmente pela qualidade do filme e teríamos que comunicar isso às pessoas. Foi então que inscrevemos um projeto na FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). Desenvolvemos uma ferramenta para ajudar a lançar filmes em salas de cinema, batizada de “Minhocas Experience”, que é um tablet gigante colocado no formato de mesas interativas instaladas dentro dos halls dos cinemas. O usuário pode conferir materiais e interagir. É possível mensurar os conteúdos mais acessados e o perfil do público. Submetemos o projeto à FINEP e recebemos o recurso para desenvolver. Isso foi em 2009 e durante dois anos desenvolvemos a plataforma que ficou pronta agora. Fizemos um piloto no Anima Mundi, ficou 20 dias e as pessoas puderam ter contato com o conteúdo do filme antes de divulgarmos oficialmente. Na mesa tem jogo, making of, entrevista com os diretores, com os artistas, trailers exclusivos e perfil dos personagens. A pessoa chega ali e consome o que ela quiser. No lançamento do Minhocas, tivemos três dessas mesas instaladas em salas de cinema (São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis). Queremos de alguma forma fidelizar. Isso pode ser no futuro um banco de informação para o lançamento. Dependendo do sucesso das mesas o filme pode ter o número de cópias ampliado ou não. Nossa ideia foi criar uma ferramenta para ajudar não só o filme, mas conseguir que outros filmes brasileiros possam se bene-
ficiar. O projeto Minhocas é muito mais do que o primeiro filme de stop motion do Brasil. Ele carrega uma série de conceitos novos para o cinema. Exibidor - Porque as comédias têm maior bilheteria no Brasil do que outros gêneros, como a animação, por exemplo? Conti – A Animação brasileira é quase inexistente. Todo ano saem duas, três, quatro comédias. Na medida em que você produz mais, você melhora a qualidade. As comédias estão numa fase boa e vão continuar, até mesmo por uma certa associação com a dramaturgia das novelas. Sem falar que para o Brasil, do ponto de vista do produtor, uma comédia nacional não vai conseguir sair do país e ir para outros locais. É um tipo de comédia de situação local e não internacional. O Minhocas originalmente foi feito em inglês e dublado em português. E ele é preparado para distribuir no mundo todo. É um atrativo que os produtores de animação no Brasil não conseguiam enxergar. Até porque o mercado internacional é muito competitivo. Não vai ser fácil, mas alguém tinha que tentar. Exibidor - Falta incentivo ou estímulo para os exibidores promoverem outros gêneros de filmes nacionais? Conti – Eu acho que falta segurança. O Minhocas custou R$ 10 milhões, pouco menos de US$ 5 milhões e entramos na sala de cinema competindo com filmes que custaram US$ 100 milhões. Os filmes de animação são muito caros. Se a gente conseguir estabelecer no mercado, de forma competitiva com esses filmes - e o filme tem capacidade técnica para isso, a gente fez uma grande coisa. Os exibidores têm receio, é lógico que eles preferem colocar nas salas deles os filmes que vão dar bilheteria ou os filmes com maior valor de produção e investimento de lançamento.
23 Exibidor, janeiro-2014
entrevista Não se pode colocar a culpa no Exibidor dizendo que ele não apoia a produção nacional, na verdade, a única maneira dela entrar nas salas de cinema, é se for rentável. O que o mercado quer é que o parque cresça. Para isso acontecer, o exibidor tem que ter segurança de que os filmes que vão entrar depois vão pagar a conta dessa nova estrutura. Porque todo mundo que chegar numa sala de cinema, pagar um bilhete barato, sentar numa poltrona confortável, com uma tela de primeira e com som maravilhoso.
concretos, se dirigidos por bons diretores, conseguem as duas coisas: peso artístico e público.
Exibidor - Os exibidores também re-
Conti – As ferramentas sociais hoje são extremamente poderosas. Antigamente, o primeiro final de semana do filme decidia se ele ia ou não prosseguir na próxima semana. Hoje, diria, que a primeira hora, após a primeira sessão, já passa a ser decisiva, porque as pessoas já postam nas redes sociais. (Leia mais na página 50).
clamam da falta de apelo comercial dos filmes e que por esse motivo não agradam tanto quanto as comédias. O que falta nas produções nacionais para atingir bons números de bilheteria?
Exibidor - Outro fator que interfere no sucesso das produções nacionais, segundo os exibidores, é um marketing menos “agressivo” do que é feito nos filmes dos grandes estúdios de Hollywood. Como promover bem um filme a ponto de que ele tenha força suficiente para concorrer com os “blockbusters”?
indo. É igual ir ao teatro. O ser humano
precisa viver experiências, ele aprende vivendo experiências.
A tecnologia e a inovação não derrubam o que estava antes. O que eu acho que
vai acontecer é que as salas de cinema vão ficar mais confortáveis, as telas vão ficar com mais qualidade de imagem e os sistemas de áudio vão ficar melhores.
Exibidor - A escolha de uma distribuidora influencia no resultado final do filme? Conti - Eles contribuem muito, não atrapalham. Eles têm muita experiência e sa-
bem o que funciona e o que não funciona. Seria uma irresponsabilidade não aceitar a opinião dos distribuidores. O que eu
tento fazer é entender. Acho que o objetivo de todo mundo é que o filme seja um sucesso, e cada um dá a sua opinião
Conti – Quando começamos o Minhocas, iniciamos o roteiro pensando num filme que conversasse com as crianças e fomos num condomínio e projetamos o curta do Minhocas, que tem cerca de 15 minutos e recebeu 12 prêmios no Brasil e um no Japão. Projetamos esse curta para 60 crianças de várias idades e ali dentro, depois da projeção fizemos uma dinâmica, uma pesquisa e construímos a história do filme baseada nisso. Quando o filme ficou pronto, refizemos a pesquisa e a resposta foi idêntica.
Naturalmente, isso é um viral. O viral é uma causa. As mesas interativas no cinema é uma forma da pessoa não ver um spot de TV, com as melhores cenas, não ver uma música bacana, não ver um pôster em algum lugar, que é uma mídia passiva. Tentamos colocar uma mídia interativa.
Exibidor – Você acha que o VOD
Exibidor - Você já tem outro projeto
Eu, como diretor, não queria fazer um filme para mim, queria fazer um filme para o público, então tenho que fazer o que o público quer ver, assim é que se faz cinema para o grande público.
(Video On Demand) é uma ameaça
em vista?
aos exibidores?
Conti – Por enquanto não. Aproveitan-
Existem diretores geniais, mas são raras exceções. Os filmes baseados em dados
24 Exibidor, janeiro-2014
Além disso, não se pode desconsiderar a potência de uma rede social. É muito forte.
Conti – Não é uma ameaça. As pessoas vão ao cinema por dois motivos: assistir a um filme e viver a experiência de uma tela imensa com pipoca. Ir ao cinema é uma experiência que você só pode ter
quando acha que cabe.
Exibidor – E o lançamento do filme “Minhocas”? Conti – Eu tentei não criar nenhuma expectativa, acho que a execução do filme por si só, pela técnica, pela forma, pelo visual, estética, a produção, isso já é uma
grande realização. Agora, o resultado em bilhete é uma consequência.
do, gostaria de dizer aos exibidores que
nós, da Animaking, estamos de fato preocupados com a questão da produção na-
cional e das salas de cinema. Queremos colaborar com esse processo.
mercado
A vida eterna de um bom conceito
E
screvo esta coluna sob a chuva de posts, comentários e notícias em portais sobre a morte de Paul Walker, o astro da franquia Velozes e Furiosos que faleceu aos 40 anos em um acidente de carro em Los Angeles. Além do choque pelo fim abrupto e trágico, muitos comentaram a infeliz semelhança da vida real e da ficção. Estou triste, como todos, mas respeitosamente, aproveito o momento para refletir sobre a franquia em si. Velozes e Furiosos conseguiu nos últimos anos virar um conceito de filme de ação de carros, um tema maior do que seus astros e que muito provavelmente será explorado por muito tempo em Hollywood ainda. Os produtores já confirmaram que Velozes 7 (Fast & Furious 7) será terminado sem o astro. É fácil entender o por quê.
É dada a largada Velozes e Furiosos (The Fas and The Furious), o primeiro filme, estrelado por Walker e Vin Diesel, de 2001, faturou pouco mais de US$ 200 milhões nas bilheterias mundiais. Um grande faturamento pro longa, que custou US$ 38 milhões. Diesel se recusou a participar da sequência, Mais Velozes, Mais Furiosos (2 Fast 2 Furious), de 2003. Sem problemas. O ator Tyrese Gibson, interpretando outro personagem, foi colocado em seu lugar como o comparsa de Walker. US$ 236 milhões no mundo todo, um sucesso novamente.
P or : I gor K upstas O terceiro longa, Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio (The Fast and the Furious: Tokyo Drift), de 2006, não tem Walker no elenco nem Diesel como protagonista. Superficialmente, a série parecia aos poucos esfriar para cair no segmento de filmes direto para home vídeo. Mas o ótimo resultado no mundo todo, de quase US$ 160 milhões, deixou claro que mesmo sem seus astros o mundo de carros luxuosos, mulheres bonitas e cenas de ação de alta velocidade funcionam com o público. O terceiro longa da série, ambientado em Tóquio, acrescentou novas culturas e sabores. A franquia Velozes foi esperta em somar raças, estilos, músicas e colocar tudo no mesmo caldeirão. Muito se deve a Justin Lin, taiwanês que desde Tóquio dirige a franquia
Novos modelos, peças originais Em 2009 veio o grande reboot, Velozes e Furiosos 4 (Fast and Furious), que reuniu a equipe original, com Walker e Diesel. O filme, que nos EUA suprimiu o número 4 do título, fez estratosféricos US$ 363 milhões nas bilheterias do mundo todo. A fórmula voltou renovada e abriu caminho para uma lógica de quanto mais melhor. Velozes e Furiosos 5 (Fast Five), de 2011, trouxe o astro Dwayne Johnson “The Rock” no elenco, além de Tyrese Gibson e outros coadjuvantes de filmes anteriores. Filmado no Brasil, quase dobrou a bilheteria, com US$ 626 milhões. O mais recente título, Velozes e Furiosos 6 (Fast & Furious 6), conseguiu ir além, com
elenco e bilheteria maiores, US$ 788 milhões no mundo todo. Nos EUA, é até o momento a sétima maior bilheteria do ano!
Temas “Duro de Matar” High Concept é uma expressão em Hollywood para filmes que podem ser descritos em poucas palavras, que tem um grande conceito temático rápido e que giram em torno disso. Muitas franquias exploram ou buscam explorar estes conceitos, como Jurassic Park, por exemplo, (“e se dinossauros existissem hoje?”). Duro de Matar fez tanto sucesso no conceito “policial sozinho contra bandidos” que é uma referência eterna na hora de apresentar projetos, “este filme é como Duro de Matar, mas em um avião”. Velozes e Furiosos faz parte desta lista de High Concepts bem-sucedidos. Need For Speed (ainda sem título em português), filme de carros baseado num popular vídeo game que estreia em 2014, por exemplo, quer parte deste sucesso. Estes filmes têm um lado previsível, mas cinema tem disso: o fã muitas vezes quer aquele mais do mesmo, revisitar um tema, uma mesma emoção. Subimos na mesma montanha-russa diversas vezes, mesmo antecipando as quedas. Pouco previsível, infelizmente, foi a morte de Walker. A franquia Velozes, acredito, está longe de acabar. Mas perdeu um talento e, curiosidade, um grande entusiasta: Walker era um amante de carros na vida real, colecionador e piloto.
Igor Kupstas Janczukowicz | igorkupstas@gmail.com Jornalista formado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Marketing pelo Mackenzie. Trabalhou no site de cinema e-Pipoca, no departamento de marketing da Europa Filmes e foi gerente de marketing digital da MOBZ. Atualmente assume o cargo de diretor da distribuidora O2 Play.
26 Exibidor, janeiro-2014
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jurídico
Novas regras para
“Concursos Culturais” P or : F ábio G omes
Agora, todo e qualquer concurso que for utilizado para divulgação da marca deve ser registrado na Caixa Econômica Federal e governo promete punição severa para quem não cumprir
28 Exibidor, janeiro-2014
“C
urta a página e concorra a determinado prêmio”. Essa frase foi muito comum no Facebook, mas hoje foi praticamente abolida. Desde o dia 18 de julho de 2013, uma nova portaria do Ministério da Fazenda entrou em vigor em relação aos chamados “Concursos Culturais”. Ela regulamenta a Lei n° 5.768 (de 1971), que fala sobre distribuição gratuita de prêmios por sorteios, concursos a título de propaganda e vale-brindes, e afeta, especialmente, promoções realizadas nas redes sociais. A lei é antiga e a nova portaria não criou nenhuma inovação - algo que não poderia fazer, pois o ato seria considerado ilegal. Sua real função é esclarecer alguns pontos que foram deixados de lado ao decorrer dos anos. Até então, qualquer ação chamada de “Concurso Cultural” poderia ser realizada sem o consentimento da Caixa Econômica Federal (CEF), pois somente esta forma de distribuição de prêmios gratuitos não necessitava registro. Mesmo não permitindo qualquer premiação em dinheiro e exigir detalhes do regulamento, muitas empresas usavam essa “brecha” na legislação para realizar promoções e divulgar sua marca. Agora, a portaria pede o registro de toda e qualquer promoção que for utilizada para divulgar uma marca, sendo necessário um registro na CEF com um detalhamento maior da empresa, além de como será realizada a ação. “A legislação foi sendo interpretada de forma tão deturpada ao longo dos anos pelo mercado publicitário - que na maioria das vezes não consultava um profissional especializado na área - que chegou o momento do órgão maior de fiscaliza-
ção no governo dar o seu recado” explica Igor Reichow, advogado, CEO e sócio do escritório BRR - Business and Rights Resolutions, especializado em Direito Digital e Direito Publicitário. Entram na modalidade de distribuição gratuita de prêmios o sorteio, vale brindes e concursos em geral. Sendo assim, não são mais permitidos “concursos culturais” sem o registro na CEF com propaganda da marca; que atrelem o concurso às datas comemorativas com forte apelo comercial, como Dias das Mães; e “concursos culturais” veiculados em redes sociais, uma das parcelas mais atingidas. Grande parte do mercado já não realizava concursos e sorteios no Facebook, pois os Termos de Uso da rede social não permitiam - regras do próprio Facebook, vigentes para todos os países, incluindo o Brasil. Porém, justamente quando houve a permissão da rede para a realização de promoções, aconteceu a portaria. “Há pouco tempo atrás o Facebook liberou o uso de suas funcionalidades (curtir, comentar, compartilhar) para realização de sorteios e concursos em fan pages, mas a regra vigente é a da Constituição brasileira, que é soberana”, explica a consultora em marketing digital Camila Renaux. “Caso seja um concurso promocional, a marca deve pedir essa autorização junto à CEF para realizá-lo em redes sociais e claro, fazer o pagamento das taxas relativas à distribuição gratuita de prêmios”, completa Renaux. As taxas variam de acordo com o valor dos prêmios oferecidos. Por exemplo: até R$ 1000, o valor é de R$ 27,00. Caso o valor seja acima de R$ 1.667.000,01 a taxa de fiscalização será de R$ 66.667,00 (Veja a tabela completa na página 30).
A promoção deve ser informada à CEF com, no mínimo, 40 dias de antecedência e no máximo 120 antes da data de início da promoção. “Estamos tendo uma média de prazo de aprovação no nosso escritório de 20-30 dias a contar da data do protocolo perante a CEPCO/CEF e alguns casos em menos tempo ainda”, afirma o advogado Igor Reichow.
Punição e Concursos fora do ar Caso a empresa exibidora não cumpra as determinações da CEF, a punição pode ser severa e causar muita dor de cabeça. “Na hipótese da realização de um concurso sem a prévia obtenção da autorização da CEF, estará sujeita à pena de multa equivalente a até 100% do valor total dos prêmios distribuídos, além de proibição da realização de outros concursos que envolvam distribuição gratuita de prêmios, por até 2 anos”, afirma o advogado Marcos Bitelli, especialista na área de entretenimento, do escritório Bitelli Advogados. A portaria imediatamente afetou diversas empresas exibidoras e distribuidoras, que tiveram de cancelar alguns concursos para não correrem o risco de receber alguma multa. “Tivemos que tirar do ar um concurso do filme Se Puder, Dirija. Na hora teve que cancelar. E agora não temos nada, nem no site tem mais. Ficou muito mais caro fazer uma promoção e as distribuidoras já cortaram. Atualmente estamos sem nenhuma promoção”, explica Camila Curaçá, relações públicas digital do Centerplex. Por conta de todas essas limitações, algumas empresas ainda estão estudando se irão realizar novas promoções. “Até o momento, após a definição da nova portaria,
29 Exibidor, janeiro-2014
jurídico optamos por não realizar nenhum outro concurso cultural. Estamos avaliando as alternativas”, afirma Gustavo Vergili, da área de relacionamento com o cliente do departamento de marketing da Rede Cinesystem Cinemas. Guilherme Mendes, social media do Grupo PlayArte, acredita que as promoções servem para expor o produto, marca e
estratégia da empresa e diz que o grupo
só as libera após a aprovação do departa-
mento jurídico e digital. “Só colocamos
uma ação promocional quando ela está aprovada pelos órgãos governamentais”.
Olho aberto fora da rede social As restrições para os “Concursos Cul-
turais” não existem apenas na internet.
tabela de fiscalização para realização de concursos culturais Valor dos prêmios oferecidos
Valor da taxa de fiscalização
até R$ 1.000,00
R$ 27,00
de R$ 1.000,01 a R$ 5.000,00
R$ 133,00
de R$ 5.000,01 a R$ 10.000,00
R$ 267,00
de R$ 10.000,01 a R$ 50.000,00
R$ 1.333,00
de R$ 50.000,01 a R$ 100.000,00
R$ 3.333,00
de R$ 100.000,0 a R$ 500.000,00
R$ 10.667,00
de R$ 500.00 a R$ 1.667.000,00
R$ 33.333,00
acima de R$ 1.667.000,01
R$ 66.667,00
Dentro de todas essas limitações, contudo, os concursos culturais que não fazem propaganda da marca de nenhuma maneira ainda podem ser realizados e até divulgado nas redes sociais, uma vez que não exponham a empresa. Porém, estes não podem depender de sorte, publicidade, nem obrigar o consumidor a adquirir ou utilizar o serviço ou bem da empresa que realiza o concurso. “Devem ser de apoio à cultura, arte ou recreação. Qualquer modalidade de propaganda de marcas, produtos ou serviços poderá sofrer a fiscalização e arcar com as penas administrativas cabíveis”, diz Reichow. Sendo assim, se a empresa lançar um projeto que tenha em algum momento um concurso cultural, ela deve tomar todos os cuidados que este seja realmente cultural e não somente uma publicidade. “Com a nova portaria do Ministério da Fazenda, o mercado não poderia - como nunca pode - dizer que desconhecia tais regras”, explica Reichow.
fonte:
30 Exibidor, janeiro-2014
Qualquer tipo de ação fora dela que distribua prêmios gratuitos e tenha como finalidade divulgar a marca, também precisa ser registrada na CEF.
CEF
As promoções ainda são permitidas, porém a burocracia para realizá-las é maior do que no passado e, agora, é necessário uma estratégia bem definida para que ela aconteça. “No início, parecia que não seria mais possível realizar qualquer concurso ou sorteio em redes sociais, mas hoje já está mais claro que as regras aplicam-se aos concursos culturais, que eram usados de maneira generalista e indiscriminada, devido às brechas que a lei possuía. A regra geral é: planejamento!”, finaliza a consultora em marketing, Camila Renaux.
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MONTAGEM EM 2014 ASSISTA EM 2D E 3D
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legislação
O novo ECAD e os direitos autorais para o exibidor P or : M arcos A lberto S ant A nna B itelli
N
o dia 13 de dezembro de 2013 entrou em vigor a Lei 12.853 que dispõe sobre a gestão coletiva de direitos autorais, altera, revoga e acrescenta dispositivos à Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 que trata de direitos autorais. A nova Lei é resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI do ECAD) e do julgamento do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica em desfavor do ECAD por práticas abusivas e cartel. Tem aspectos relevantes no sentido de dar transparência, eficiência, controle e parâmetros para a gestão coletiva de direitos autorais de obras musicais a ser efetuada pelas Associações. Fica clara a função do ECAD de ser exclusivamente prestador de serviços de cobrança em favor das Associações.
zes as próprias distribuidoras não têm acesso à
Como a nova redação da Lei autoral determina
tros territórios, a produtora de conteúdo audio-
ECAD, de um lado, e, de outro, que a cobrança
Para a exibição, é relevante notar é que as salas de cinema, assim como os demais agentes econômicos que comunicam ao público conteúdos audiovisuais que contém obras musicais sincronizadas serão enquadrados no sistema jurídico brasileiro como “usuários” de música. Portanto, deverão, segundo a nova redação do parágrafo sexto do artigo 68 da Lei 9.610, entregar a lista das obras e fonogramas executados juntamente com os filmes, nas suas salas. Os cinemas e demais usuários devem tornar disponíveis no seu site ou na sua sede (ou estabelecimento), a lista de obras e fonogramas executados na comunicação ao público (a exibição cinematográfica).
§ 1º O exercício da atividade de cobrança citada
As exibidoras terão que gerar bancos de dados das músicas associadas a cada um dos programas que estão embarcados nas obras audiovisuais ofertada aos espectadores e haverá a necessidade de obtenção destas informações junto aos fornecedores. Por enquanto é o que diz a lei que será regulamentada em breve. O fato é que as exibidoras não têm acesso à informação das obras musicais inseridas pelos produtores. Muitas ve-
de utilização das obras e fonogramas pelos usuários,
lista das obras inseridas. Como acontece em ou-
visual é quem fornece às sociedades de autores a lista da vinculação entre uma obra audiovisual produzida e a trilha sonora. Esse desafio das lis-
tas está para ser enfrentado pela classe exibidora. O mais importante, contudo, é a nova redação do artigo 98 da Lei de Direito Autoral, especialmente seu parágrafo quarto, que diz:
“Art. 98. Com o ato de filiação, as associações de que trata o art. 97 tornam-se mandatárias de seus associados para a prática de todos os atos necessários à defesa judi-
cial ou extrajudicial de seus direitos autorais, bem como
para o exercício da atividade de cobrança desses direitos. no caput somente será lícito para as associações que obtiverem habilitação em órgão da Administração Pública Federal, nos termos do art. 98-A.
que as Associações fixem o preço e não mais o das Associações seja sempre proporcional ao grau de utilização das obras e fonogramas pelos usuários. Isso, considerando a importância da execu-
ção pública no exercício de suas atividades, e as particularidades de cada segmento. Conforme
disposto no regulamento desta Lei, parece-nos
que a Tabela do ECAD que visava cobrar sobre a
receita de bilheteria dos cinemas perde a validade. O critério de cobrança por receita bruta não é nem proporcional ao grau de utilização da música de um filme. Ao mesmo tempo também
considera o grau de importância da música do filme na atividade do exibidor, que nos parece praticamente bem diminuto porque ninguém vai ao cinema sabendo a música que vai ouvir no filme. É fato, portanto, que a trilha sonora não é
o motivo que leva o espectador ao cinema. E, finalmente, o critério atual do ECAD não leva em
§ 2º As associações deverão adotar os princípios da
conta as particularidades da atividade cinema-
utilização de qualquer obra ou fonograma.
proporcionalmente, quando se pensa o quanto se
isonomia, eficiência e transparência na cobrança pela § 3º Caberá às associações, no interesse dos seus
tográfica, que é a que mais paga direito autoral remunera o produtor no peso do film rental.
associados, estabelecerem os preços pela utilização
Em conclusão, há uma mudança na ordem
a boa-fé e os usos do local de utilização das obras.
rem as Associações de autores e titulares para
§ 4º A cobrança será sempre proporcional ao grau
pagamento desses direitos autorais, objeto de
de seus repertórios, considerando a razoabilidade,
considerando a importância da execução pública no
exercício de suas atividades, e as particularidades de cada segmento, conforme disposto no regulamento desta Lei.
§ 5º As associações deverão tratar seus associados de forma equitativa, sendo vedado o tratamento desigual.
jurídica que autoriza os Exibidores a procurarevisitar essa questão do “preço” e da forma de tantas celeumas até aqui.
Espera-se que a Lei venha a propiciar um ga-
nho para aqueles que pagam, como os exibidores e para aqueles que têm para receber, os au-
tores, colocando os intermediários no devido
lugar de coadjuvantes no interesse do sucesso do sistema e não como atores principais desse velho filme que aterroriza o setor há anos.
Marcos Alberto Sant Anna Bitelli | marcos.bitelli@bitelli.com.br Mestre em Direito pela PUC-SP, Coordenador do Curso Comunicação e Direito do Instituto Internacional de Ciências Sociais, Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito do COGEAE-PUC, Escola Superior da Advocacia da OAB-SP, especialista em Direito do Entretenimento, Autor de vários livros, consultor jurídico do Sindicato das Empresas Exibidoras do Estado de São Paulo, sócio de Bitelli Advogados.
37 Exibidor, janeiro-2014
capa
Por: NatalĂ Alencar
38 Exibidor, janeiro-2014
A
experiência de ir ao cinema é encantadora apenas pelas emoções que causa, mas muitos exibidores dão um toque ainda mais especial às salas e conseguem apresentar diferenciais que podem ser estímulo para a inspiração de outros complexos. Nestes quase três anos, a Revista Exibidor teve contato com diferentes salas de cinema e por isso decidiu reunir aqui 50 iniciativas inspiradoras, ou no mínimo curiosas, de salas de cinema espalhadas pelo mundo. Tem cinema pequeno, grande, colorido, clean e inusitado. Um cinema inspirador não é só um local belo, moderno ou estiloso, é um espaço diferenciado que apostou em determinada ação para cativar o cliente.
Tela, poltrona e pipoca... o cinema pode ir muito além disso
A matéria não acaba aqui. No Portal Exibidor você confere outros 30 cinemas inspiradores (http://tonk.es/cinemasinspiradores) que não entraram na revista, além de detalhes e uma galeria de fotos com todos os complexos aqui citados.
39 Exibidor, janeiro-2014
capa
©SFHandyman
De volta ao passado Muitos cinemas de rua foram literalmente engolidos pela TV e depois pela chegada dos Multiplex. Alguns resistiram à crise e se mantiveram vivos. Estar nestes lugares é como voltar ao tempo e sentir novamente um pouco do romantismo da época em que as salas de cinema eram gigantes e comportavam mais de 1000 pessoas.
01|
The Castro Theatre (São Francisco, Califórnia / EUA) Ir a este cinema é voltar ao passado, na era em que os cinemas eram teatros grandiosos com arquibancada. Isso sem falar na fachada que apesar de antiga é muito charmosa. Construído em 1922, é um dos poucos em seu estilo que permanece em operação.
02| AFI Silver (Silver Spring, Maryland / EUA) O Cinema foi construído em 1938 e mantém até hoje as mesmas características originais da obra. Os assentos são de madeira, mas ainda assim o local não perde a majestade. Na época em que foi construído ditou moda. 03|
Paramount Theatre (Oakland, Califórnia / EUA) Inaugurado em 1931 e restaurado em 1973. Está registrado como um dos lugares de importância histórica nacional. É um dos cinemas que ainda se mantém com a arquitetura antiga e atrai público por isso.
04| The Ziegfeld (Nova York, Nova York / EUA) Foi construído em 1969 em tributo ao original Ziegfeld Brodway Theatre. É o maior cinema de Nova York. Uma única sala com 1100 lugares. 05| La Cinémathèque Française (Paris, França) É um dos locais mais conhecidos da França. Já exibiu mais de 40 mil filmes. Tem um museu com uma
40 Exibidor, janeiro-2014
exposição permanente sobre a evolução do cinema e uma biblioteca de pôsteres, fotografias e livros.
©AFP
06| l’Eden Théâtre (La Ciotat, França) É o cinema mais antigo do mundo e foi reaberto recentemente. O local sediou a exibição dos primeiros filmes dos irmãos Lumière. A reforma custou cerca de R$ 19,1 milhões. O local estava fechado desde 1995.
Curiosos e inusitados O menor, o maior, na água, na terra e da maneira mais diferente. Tudo é possível quando o assunto é sala de cinema.
07| Raj Mandir Theatre ( Jaipur,
Rajastão / Índia) Você certamente já ouviu falar em Bollywood e este cinema é o local certo para assistir filmes desta indústria. Localizado no coração da Índia, foi inaugurado em 1976 e o ingresso tem o preço mais em conta. Quando a estrela principal do filme aparece, a plateia não resiste e aplaude.
08| Kino International (Berlim,
Alemanha) Um remanescente da Guerra Fria. Foi construído quando a Alemanha ainda era dividida, mas seu projeto não foi alterado. É um dos símbolos da região e palco de estreias grandiosas.
09| Archipelago Cinema (Tailândia) Feito para durar apenas um dia, o
10| Matadero Cineteca (Madrid, Espanha) O local era um matadouro e agora é um cinema. O projeto é do escritório espanhol Churtichaga + Quadra-Salcedo. Tem duas salas, um estúdio de cinema e um terraço para exibições ao ar livre. Mangueiras iluminadas decoram a estrutura do prédio. 11|
Hot Tub Cinema (Londres, Inglaterra) Assistir a um filme dentro de uma banheira de hidromassagem. Sonho perfeito? Que nada, é uma realidade possível neste projeto. As salas de exibição são montadas nas lajes e coberturas de prédios e no local, várias banheiras são espalhadas. Cada uma acomoda até oito pessoas. A ideia do projeto é fazer uma turnê internacional em breve, mas, por enquanto, está apenas circulando em Londres.
©Sixtysix Visual
©Divulgação
14|
‘Centipede’ Cinema (Gui-
marães, Portugal) é um cinema
“centopéia”. Completamente inverso
à lógica original – sentar e assistir um
filme. Nele, você fica em pé e coloca a
cabeça dentro de uma espécie de “caixa”, junto com outras pessoas.
12| Sol Cinema (Nova Gales do Sul, Austrália) Tem o formato de um trailer. É considerado o menor cinema do mundo, mas tem tudo: bilheteria, pipoqueira, tela e assentos. É movido à energia solar e acomoda até oito pessoas. 13|
Lexi (Londres, Inglaterra) Cinema sem fins lucrativos, apenas para os amantes e admiradores da sétima arte. Toda a renda é revertida para um projeto social na África do Sul. Todos os funcionários são voluntários.
15|
Uplink X (Tóquio, Japão) É o
menor cinema do Japão. Tem apenas 40
lugares. Os assentos não são parafusados na sala e é possível mudá-los de lugar e deixar o ambiente mais descontraído.
16| AMC Empire (Nova York,
Nova York / EUA) Num local que
parece não ter mais espaço para nada,
esse cinema se mantém com 25 salas no meio da Times Square. O cinema conta com duas salas IMAX.
Programação Nem sempre a diferença está no visual, mas sim no conteúdo.
17|
Espaço Itaú Augusta (São Paulo, São Paulo / Brasil) O cinema de rua tem 20 anos de história e faz a diferença ao apostar no conteúdo nacional, em filmes de arte e em festivais. A programação alternativa é um dos seus pontos fortes. O cinema passou por reforma com projeto assinado pelo escritório METRO Arquitetos associados.
18| Le Champo (Paris, França) Este cinema é o preferido dos alunos da Universidade Sorbonne, fica há apenas um quarteirão de distância. É conhecido pela programação e retrospectivas memoráveis que já realizou, como homenagens a Woody Allen, Tim Burton e Claude Chabrol.
©Andrew Woodyatt
cinema flutuante tem a tela situada entre as rochas e os assentos numa balsa. A tranquilidade de uma lagoa foi o cenário escolhido. Madeira e materiais recicláveis foram usados para construir a estrutura. O projeto é da Büro Ole Scheeren e fazia parte do Gran Finale do Rocks Yao Noi Festival. A empresa já realizou projeto similar em Veneza (Itália).
41 Exibidor, janeiro-2014
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Atendimento diferenciado Todo cliente gosta de ser mimado.
19| Cinesystem Shopping
Hortolândia (Campinas, São Paulo – Brasil) O cinema foi o primeiro a testar o conceito autosserviço no Brasil. Localizado na região Metropolitana de Campinas, o local recebeu investimento de R$ 5 milhões. Neste novo formato de atendimento, o cliente compra ingresso, comida e se serve sozinho.
20|
GNC Praia de Belas (Porto Alegre, Rio Grande do Sul – Brasil) A rede apostou no cuidado com o consumidor e nos detalhes, criando um ambiente aconchegante, receptivo, onde o cliente não se sente mais um e sim único. A rede também investe na regionalização das bebidas e comidas.
21| Cinemark Cidade Jardim (São Paulo, São Paulo / Brasil) O primeiro cinema no Brasil com o conceito VIP. O que antes era considerado “exagero” pela imprensa local, agora é um diferencial adotado também por outras redes em todo o país. 22|
Alamo Drafthouse (Houston, Texas / EUA) Aborrecimento zero. Assim o Alamo é conhecido por ter uma política severa de não permitir que os clientes entrem com o celular e nem com crianças menores de 6 anos. O cinema também conta com uma pequena ©Divulgação
bancada em frente às poltronas para que os clientes degustem comidas e bebidas. O local é conhecido pelos eventos temáticos que realiza.
para fazer pedidos e uma mesa de apoio. Os lugares são 100% reservados e o tempo que o cliente ficaria na fila, fica no lobby, conversando com os amigos ou a família.
23| State Theatre (Traverse City
26| Nitehawk Cinema (Nova York, Nova York / EUA) O forte é o seu cardápio. Além da pipoca, lanches e demais guloseimas, o cinema serve pratos temáticos inspirados em filmes de destaque. Também tem uma seleção de coquetéis e o bar é bastante movimentado. As sessões começam 30 minutos antes da exibição do filme, assim os clientes podem fazer seus pedidos sem atrapalhar os outros.
– Michigan / EUA) Cinema clássico construído em 1918. Conta com o apoio do governo. Durante o verão, se a temperatura ultrapassar 37ºC, o ingresso sai de graça. A programação mescla filmes de arte, matinês e eventos especiais.
24| ArcLight Hollywood (Los
Angeles, Califórnia / EUA) Este multiplex é tão conhecido na região que além de você ver as estrelas na tela, pode até sentar ao lado de uma delas. São 14 salas e os totens de autoatendimento estão dispostos na parte externa do cinema. O local também abriga exposições com figurinos dos filmes.
25| Studio Movie Grill (Wheaton, Illinóis / EUA) Não é um cinema VIP, mas foi feito para que os clientes possam jantar nele. Todas as mesas têm um botão
Sustentável e social Pensar no meio ambiente e nos menos favorecidos economicamente deixou de ser projeto e virou o objetivo principal.
28| Cinesolar (Brasil) É a primeira
apresentações: cadeiras, tela de cinema,
itinerante que utiliza a energia solar para
29| Cine Tela Brasil (Brasil) Primeira
iniciativa no Brasil de uma estação
exibições de filmes. Equipado com placas
solares no teto capazes de captar a energia solar e transformá-la em energia elétrica, e uma bateria de armazenamento que
captura até 20 horas de carga de energia. Comporta dentro de um furgão toda a
estrutura para montagem de exibições e
42 Exibidor, janeiro-2014
27| Cinesesc (São Paulo, São Paulo / Brasil) A ideia de ter que levantar no meio da sessão para comprar pipoca ou refrigerante e perder parte do filme faz com que os clientes desistam de consumir alimentos e bebidas. Isso não acontece no Cinesesc. No fundo da sala há um bar com um vidro. Do lado do bar é possível continuar assistindo ao filme.
sistema de projeção, som e cabine de DJ. sala itinerante que viaja o Brasil todo,
levando às cidades mais remotas cinema de graça. Segundo os organizadores do
Projeto, nas sessões, grande parte do público vê o cinema pela primeira vez. O Cine Tela Brasil já percorreu 300 cidades e promoveu mais de 3 mil sessões.
Arquitetonicamente estilosos Um dos aspectos que é praticamente o cartão de visita de um cinema é a arquitetura. Traços marcantes, sinuosos, mistura de cores e formatos que “enchem os olhos”.
30|
Cineco City Centre (Manama, Bahrein) Cores fortes, vibrantes, espelhos no teto e muita luminosidade. Esse cinema chama a atenção pela arquitetura pomposa e detalhes na decoração. É realmente um colírio aos olhos. Além disso, o lobby funciona quase como uma praça de alimentação interna.
©Divulgação
31|
Cinemex WTC (Cidade do México, México) Lounge espaçoso, aconchegante e chamativo. Os tons de azul deixam o ambiente harmonioso e as placas de aço inoxidável que envolvem as colunas dão um ar moderno ao local, são como “bobinas” que se repetem. O acabamento em “neon” fecha com chave de ouro. O mesmo azul é usado na parte interna das salas, nas paredes e poltronas.
32| Ciné 32 (Auch, França) Cinema revestido de madeira. Localizado ao lado de uma antiga base militar. Tem cinco salas e cada uma delas fica numa espécie de galpão. A ideia do arquiteto Encore Heureux foi criar a imagem de um conjunto de pequenos cinemas de rua. ©Divulgação
33|
Metro Park (Baku, Azerbaijão) Decorado em vermelho e prata e com placas que parecem se mover, o cinema ganhou uma cara futurista. Faixas contínuas de iluminação no teto completam a estética diferenciada.
34| Tampa Theatre (Tampa, Flórida / EUA) Aberto em 1926 tem uma arquitetura medieval. Recentemente entrou na nova era com a projeção digital. A MPAA (Motion Picture Association of America) elegeu o local como um dos melhores cinemas do mundo. 35| Busan Cinema Center (Busan, Coreia do Sul) Você olha para a fachada e jamais imagina que é um cinema. Uma prova de que a arquitetura pode ser aproveitada dentro e fora dos complexos. 36|
Film Society Lincoln Center (Nova York, Nova York / EUA) Nem sempre o luxo é o que chama a atenção, às vezes a simplicidade
conquista o espectador. Muitos cinemas apostam nesta tendência, mas com algum diferencial.
37| Kino Pionier (Estetino, Polônia) Começou suas atividades em 1909, sobreviveu a duas guerras mundiais. Além da sala convencional, tem uma tela no bar do cinema, assim os cinéfilos podem assistir aos filmes, mesmo num ambiente descontraído. 38| Santikos Palladium AVX (Houston, Texas / EUA) Aberto em 2013, é um prédio com arquitetura grega. São 22 salas de cinema, além de locais para comer, comprar e se divertir. Praticamente um “shopping cinema”. 39| Orion Cinema and Mickey’s Pub (Yakima, Washington / USA) É um cinema pub. No hall há um bar com mesas e cadeiras. O happy hour pode começar ali. Há ainda uma lareira que deixa o ambiente bem aconchegante. 43 Exibidor, janeiro-2014
capa
©Adam Gibson
Ao Ar livre O cinema não é sinônimo de sala. Em diversos lugares, muitas iniciativas bem sucedidas são realizadas ao ar livre.
40| Cine Thisio (Atenas – Grécia) É o cinema a céu aberto mais antigo deste país. Foi construído em 1935 e é um dos locais mais requisitados durante o verão. Tem vista para a Acrópole e o Partenon. A vista à noite é de tirar o fôlego.
41| Sun Pictures Cinema (Broome - Austrália) - Estilo rústico, construído em 1916. É o cinema a céu aberto mais antigo do mundo. A arquitetura lembra filmes de faroeste. cobertor, uma cadeira e um lanchinho
Austrália) Cinema ao ar livre em cima de um prédio com vista de 360 graus da cidade. As poltronas são espreguiçadeiras listradas, o que confere ao local um estilo “retrô”. É considerado o cinema mais alto do mundo, está a sete andares acima do nível da rua.
para fazer um piquenique. Você assiste
43|
(Sidney, Austrália) Com uma paisagem
Cinespia Cemetery Screenings (Hollywood, Los Angeles / EUA) Um cemitério parece um lugar pouco provável para a exibição de filmes, mas não em Hollywood. Basta levar um
a filmes ao lado dos túmulos de Jayne
Mansfield, Fay Wray, Tyrone Power, John Huston, Rudolph Valentino e outros. As produções são projetadas no muro do Mausoléu da Catedral.
44|
St. George Open Air Cinema
botânicos reais, é quase impossível se
concentrar no filme. O local realiza uma série de premières.
Ah, o luxo, ah, o conforto.... Quando unidos são a combinação perfeita.
Coreia do Sul) As poltronas são divididas em duplas e é conhecido pelos pratos da
cozinha francesa e italiana que oferece aos
clientes. Dentro, há um restaurante onde é possível jantar e acompanhar o filme.
47|
Prasads (Hyderabad, Índia)
Possui a maior tela IMAX do mundo,
que mede 21 x 28 metros. Exibe filmes
desde 2003. Dentro tem fast food, games e lojas para compras.
48|
Electric Cinema (Londres,
Inglaterra) As poltronas posicionadas
44 Exibidor, janeiro-2014
Espanha) A exibição acontece à sombra de uma fortaleza do século 17, durante a temporada de verão. O local fica em cima de uma colina e há uma vista deslumbrante da cidade. Na última temporada de exibições, os filmes eram precedidos por um concerto todas às noites.
encantadora, ao lado dos jardins
Luxo e conforto 46| CGV Cinè de Chef (Seul,
45| Sala Montjuïc (Barcelona,
próximas à tela parecem camas e têm ingresso mais barato. São seis no formato de “cama” e três com dois lugares. Ideal para casais e até para a família. Os abajures dão um ar clássico. As poltronas “convencionais” têm um puf à frente que permite descansar a perna. O cinema tem mais de 100 anos e mantém a mesma arquitetura desde sua inauguração.
49|
GSC (Golden Screen Cinemas) Gold Class (Utama, Malásia) Cinema no estilo VIP, mas com um detalhe importante: cobertores. Isso
©Divulgação
42| Rooftop Cinema (Melbourne,
mesmo. É a primeira rede da Malásia a oferecer cinemas neste formato.
50|
TLC Chinese Theatre, (Hollywood, Califórnia / EUA) Não é apenas um cinema, é uma “experiência Hollywoodiana”. O local foi inaugurado em 1927 e ficou conhecido por realizar três cerimônias do Oscar. Antes de assistir ao filme, você passa pela “Calçada da Fama”, que tem as pegadas e mãos das celebridades, e depois, ao lado, pode visitar o Kodak Theatre, onde atualmente são realizadas as cerimônias do Oscar.
Tecnologia
Som Imersivo chega ao Brasil P or : N atalí A lencar
Conheça o Auro 11.1 e o Dolby Atmos. Duas novas tecnologias que prometem mudar o conceito de Som nos cinemas
P
elícula, projeção digital e agora a laser, com toda essa inovação nas telonas, sobrou pouco para o som. Era realmente o que se pensava, mas agora o som imersivo chegou para diminuir esse espaço entre as inovações na imagem e no áudio. Imagine esta cena: Um avião decolando ou um pássaro voando, agora pense se você estivesse numa sala de cinema e conseguisse identificar todos esses movimentos pelo som. Como se você percebesse a movimentação dos objetos, se está passando em cima, ao lado, na frente ou atrás. É assim o som imersivo. Não é segredo que o cinema começou mudo e permaneceu assim por décadas. Com o som em disco reproduzido pelas vitrolas a partir de 1910, o cinema também se apoderou. Seguindo por esse caminho, o Vitaphone era um sistema que acompanha o filme com um disco de 16 polegadas. O sincronismo com o
46 Exibidor, janeiro-2014
projetor era feito mecanicamente. O ano 1927 é considerado o marco do som no cinema com o filme O Cantor de Jazz (The Jazz Singer). Na década de 30, mais de 99% dos filmes tinham som sincronizado. Foi em 1941 que a Disney desenvolveu o Fantasound, que tinha três faixas e o som se distribuía entre as caixas. Depois veio o Dolby Stereo, que foi possível reduzir o ruído, aumentar a resposta de frequência e introduzir o som multicanal.
“Voltando um pouco no tempo, o som era mono, uma faixa acústica, depois passou para estéreo, que continua sendo uma camada só, depois digital, seis canais (5.1) – cinco caixas e um subwoofer e depois 7.1, mas continuava sendo uma camada única de som. Um plano de som. Com a introdução do áudio imersivo, no caso do Auro 11.1, introduzimos a segunda e a terceira camadas de som, o terceiro layer”, explica Aurelio Neto, especialista no assunto, da Barco.
Som imersivo
Ele esclarece que é um sistema 7.1 duplicado, ou seja, tem o second layer (segundo nível de caixas) e o terceiro nível, denominado “Voz de Deus” (voice of god). Esse canal de áudio, pode ter duas, quatro ou seis caixas de som no teto, que completa o ciclo das três camadas de som.
Nos últimos eventos realizados pela indústria cinematográfica muito se falou sobre o som imersivo. No Brasil, duas empresas oferecem a solução, são elas: Barco, com o Auro 11.1 e a Dolby, com o Dolby Atmos.
Segundo a Dolby, com o Dolby Atmos, os produtores de cinema não precisam se preocupar com alto-falantes ou canais (embora ainda possam integrar som multicanal quando necessário). Em vez disso,
Depois do THX, padrão de qualidade tanto para cinemas como para estúdios, foi a vez do Dolby Digital em 1991, com seis canais. Logo viriam oito canais e hoje chegamos ao som imersivo.
eles atribuem direções específicas por objeto para cada som, definindo onde o som deve ser posicionado ou para onde deve ser deslocado. Enquanto os produtores de cinema e designers de som apreciam a forma como o Dolby Atmos envolve os sentidos dos frequentadores de cinema, os executivos de estúdios e casas de pós-produção estão animados porque o método baseado em objeto simplifica drasticamente os fluxos de trabalho. Uma mixagem do Dolby Atmos pode ser usada para criar versões de canal 5.1, 7.1 ou até 11.1. Tim Schafbuch, diretor de vendas da Dolby, explica que o Dolby Atmos libera o potencial do som em narrativas tornando mais fácil para os produtores de cinema posicionar ou deslocar sons específicos para qualquer local da sala de cinema. “O resultado é descrito pelos frequentadores de cinema como uma realidade virtual de som e a experiência de cinema mais envolvente e próxima da realidade que eles já tiveram”, completa. Segundo a Barco, a Galaxy Studios, que particiou do desenvolvimento do Auro realizou uma pesquisa onde descobriu que o cérebro humano só identifica a separação do som em até 13 canais. “O Auro é 11.1, mas tem capacidade para chegar até 13.1, num futuro próximo”, disse Neto.
de amplificadores, caixa de som, espaçamento das caixas e o processador de som”, conta Aurelio Neto, da Barco. O profissional explica ainda que o exibidor tem a opção de contratar a própria empresa ou integradores para realizar a instalação. Uma das vantagens é que o sistema não está atrelado apenas ao Auro, ele exibe filmes em 5.1 ou 7.1. O sistema detecta esses canais e exibe o filme, sem forçar o conteúdo para 11.1. A Dolby informa que para a instalação do seu sistema é necessário: ter um Dolby Atmos Cinema Processor CP850; Alto-falantes suspensos (conjuntos duplos suspensos conforme a documentação de planejamento do Dolby Atmos); som surround de alcance total (subwoofers para suportar alto-falantes surround padrão ou surround de alcance total); análise de projeto da configuração do alto-falante e da lista de equipamentos.; EQ inicial da sala realizada por profissional autorizado da Dolby. “Para um exibidor que já tem um cinema com processador digital ou análogo, o
único investimento que ele tem que fazer é a infraestrutura dos segundos níveis. Deve fazer a infraestrutura de cabeamento do segundo sistema e instalar. Na parte da cabine, terá que duplicar a quantidade de amplificadores desses novos canais e o processador de som que ele já tem hoje, pode remover para colocar o processador do Auro, ou se quiser, pode usar o seu processador de som original para cinco ou sete canais, e paralelamente usar ao processador da Auro”, diz Neto. Em termos de prazo, tanto o projeto quanto a instalação dura poucos dias. “As instalações podem ocorrer em poucos dias, depois que o projeto for aprovado. As empresas de exibição devem trabalhar com nossos distribuidores de equipamentos autorizados que, por sua vez, entrarão em contato com a equipe da Dolby para criar uma configuração apropriada, além de fornecer alto-falantes, amplificadores e uma equipe de instalação”, afirma Schafbuch. “Acredito que num prazo de quatro, cinco dias, uma empresa que tenha know
Mais potência Compatível com os principais forma-
Instalação
tos de áudio imersivos, o Christie Vive
Para instalar o sistema, o primeiro passo é solicitar o projeto junto às fabricantes. “Solicitamos a planta do cinema e mandamos para a Galaxy Studios. Fazemos o desenho técnico da separação desses canais e de onde estarão essas caixas. Cada sala tem as suas peculiaridades. Tem sala que é mais baixa ou mais larga. Esse desenho todo é feito com angulação, para ter essa imersão bem definida. Depois do projeto feito, a Barco especifica o número
Audio™ são caixas de áudio e amplificadores capazes de aumentar a potência dessas tecnologias. É composto por alto-falantes frontais e surround, subwoofers, amplificadores Classe D e um processador de áudio/vídeo. Pode ser configurado em qualquer tamanho de sala, atendendo às necessidades de qualquer exibidor.
©Divulgação
47 Exibidor, janeiro-2014
Tecnologia
how de som, que conhece e sabe o que está fazendo consegue instalar as caixas, os amplificadores e fazer o teste no sistema dentro desse prazo”, diz o profissional da Barco.
Custo A Dolby informou que o preço varia muito. Instalações em locais recém-construídos são mais em conta do que em outros que precisam ser modernizados. “Estamos trabalhando de modo diligente com nossos parceiros fabricantes de equipamentos e outros do segmento para tentarmos reduzir o custo geral para empresas de exibição, já que grande parte das despesas está nos alto-falantes e na instalação”, disse Tim. De acordo com a Dolby, esse custo depende de diversas variáveis, como a es-
colha dos equipamentos e a instalação, conforme também explica a Barco, que não informou o preço total, porque o exibidor tem a flexibilidade de escolher a marca da caixa, amplificadores, se vai trocar o processador ou não. Ou seja, são várias opções que podem encarecer ou baratear. “O Auro é um sistema simples, não de vários componentes. Se trata de uma caixa, um processador de som com uma tela de toque de cinco polegadas, com acesso remoto, pode usar via Ipad, Iphone”, exemplifica Aurelio e Ricardo Ferrari. Mundialmente, a Barco tem 85 instalações concluídas e contratos assinados para mais de 250 salas. Na América Latina, o Cine Colômbia, localizado no maior shopping deste país, foi a primeiro a apostar no Auro.
Lançamentos confirmados para as duas tecnologias em 2014:
Auro 11.1
Dolby Atmos
As Aventuras de Peabody e Sherman
As Aventuras de Peabody e Sherman
Como treinar Seu Dragão 2 D-day - Normandy 1944 Happy Smekday Home Oculus
Frankenstein: Entre Anjos e Demônios Planeta dos Macacos: O Confronto Rio 2 X-Men: Dias de um Futuro Esquecido 300: A Ascensão do Império Godzilla
48 Exibidor, janeiro-2014
“Estamos bem forte em todas as regiões, mas no Brasil, temos um grupo muito grande. Somos 35 funcionários e mais da metade é um grupo de engenharia, ou seja, um grupo técnico. Temos estoque de peças para reposição e um sistema muito bom de suporte” destaca Neto ao comentar as vantagens da empresa. A Dolby tem mais de 400 salas equipadas com Dolby Atmos ou em processo de instalação e mais de 40 estúdios de mixagem no mundo já usam o sistema. “Esperamos um crescimento extraordinário no mercado latino-americano para os próximos anos, semelhante ao índice de adesão na América do Norte. Instalamos 125 telas em 18 meses nesta região – o mais rápido índice de adesão de qualquer tecnologia de cinema da Dolby”, disse Tim.
Projetando
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Facebook:
Uma “arma” poderosa P or : F ábio G omes
Rede Social hoje é uma ferramenta importante na divulgação de uma marca e pode fazer a diferença no relacionamento com o consumidor final
N
o começo, as redes sociais eram usadas para diversão. O Orkut foi criado em 2004 e, em pouco tempo, tinha mais de 30 milhões de usuários somente no Brasil. Comunidades divertiam o internauta, assim como fóruns para discussão dos mais variados assuntos. Contudo, em 2011, a ferramenta foi ultra-
passada pela primeira vez no país pela que, hoje, é a maior rede social do mundo: o Facebook. Antes mesmo dessa mudança, as
empresas entenderam o potencial do novo canal na divulgação de sua marca e usar a
rede social deixou oficialmente de ser apenas uma brincadeira e virou um trabalho sério.
O Facebook, atualmente, pode fazer a
diferença na relação do exibidor com o
50 Exibidor, janeiro-2014
consumidor final. A rede social virou uma forma de conversar com o espectador, entender o que ele espera e pensa do cinema de uma maneira rápida e dinâmica. Mas não é só isso que a ferramenta colabora. Uma página bem estruturada pode atrair novos consumidores e, quanto mais curtidas tiver, mais divulgação terá a rede. “É um canal extremamente importante para manter a proximidade no relacionamento com os nossos clientes, entendendo cada vez mais a necessidade de cada grupo e oferecendo um serviço mais eficiente e customizado”, explica Patricia Cotta, gerente de Marketing do Kinoplex que, hoje, já ultrapassou a marca dos 500 mil seguidores. Uma das primeiras recomendações dos especialistas para fazer sucesso na rede é
a criação de uma página que disponibilize o botão curtir, chamada de fan page. Ao contrário do perfil, que tem um limite para o número de amigos, a fan page permite a reunião de inúmeras pessoas com o mesmo interesse, além de ser uma maneira simples e rápida de interação. “Como instituição isso é muito importante, pois com uma fan page você não vai simplesmente inserir conteúdo. Você tem como verificar quem está acessando, de onde vêm esses acessos, se você está ganhando ou perdendo fãs. É uma página viva, não é só um boletim que está no papel. Você entende melhor sua relação com o público-alvo. Além dos comentários, você tem como entender a recepção da sua marca”, afirma Arthur Lopez, editor executivo da agência Media Logue, uma das principais agências
10 Dicas para fazer sucesso na rede
digitais do país e membro da APADi (Associação Paulista das Agências Digitais). Entender o que o público espera em termos de informação, entretenimento e conhecimento sobre o cinema é uma das grandes dificuldades no começo. Para isso, o Facebook disponibiliza uma ferramenta chamada Facebook Insights. Com ela, é possível descobrir em qual horário o público-alvo mais acessa a página e qual o tipo de conteúdo é o mais assertivo para que, assim, posts semelhantes possam ser produzidos. Além de mostrar a faixa-etária do internauta, sexo entre outros. Com a ferramenta, é possível a criação de uma estratégia para trabalhar melhor com a página. Maricy Leal, gerente de marketing do Cinemark, explica que criar um conteúdo alinhado com a proposta do cinema foi fundamental para o sucesso da rede. “Com mais de 1 milhão de fãs, a página destaca as estreias na programação, apresenta informações sobre eventos, como o Projeta Brasil, além de novidades do meio cinematográfico e promoções em geral”, afirmou. A personalização da página é algo fundamental. A foto de capa, de perfil e a inserção da marca nas imagens postadas fazem com que o público sempre identifique o material. Ou seja, quando um novo seguidor curte a página ou compartilha uma foto, ela irá aparecer na timeline desta pessoa e, consequentemente, seus amigos poderão ver. Ao ter um conteúdo próprio e uma identidade visual forte, isso poderá atrair novos fãs.
1. Crie uma fan page, não tenha apenas um perfil para o seu cinema. 2. Estude o seu público. Entenda o que seu público espera da sua página 3. Estude o horário de maior acesso a sua fan page. 4. Crie conteúdos diferenciados que destaquem sua página da concorrência. 5. Insira a sua identidade visual nas imagens postadas. 6. Crie anúncios que ajudem na divulgação. 7. Impulsione posts para que eles cheguem em outras timelines. 8. Interaja com o espectador. 9. Utilize reclamações dos fãs para melhorar o seu cinema. 10. Lembre-se de usar outras redes sociais.
“Um ponto muito importante da presença de uma marca nas redes sociais é sua identidade, sua personalidade. Assim como o tom da comunicação, a percepção visual da marca deve remeter à mesma medida que é visualizada. Além disso, a medida que uma publicação é compartilhada, as pessoas já identificam a Cinemark, relacionando o conteúdo à marca, criando assim, uma relação de amizade e confiança”, explica Maricy Leal.
Anúncios na Rede Social Com um conteúdo dinâmico para o público-alvo, interação e visual característico, a tendência natural é que a página comece a ter um crescimento orgânico. Quer
Top 5 até 18/12
Cinemark . . . . . 1 milhão curtidas
Kinoplex . . . . . 535 mil curtidas
UCI Cinemas . . . . . 343 mil curtidas
Cinépolis . . . . . 286 mil curtidas
Centerplex . . . . . 242 mil de curtidas
dizer, com o tempo, ela ganhará um número constante de seguidores por semana. Porém, é possível crescer ainda mais a base de fãs ao criar anúncios no próprio Facebook. A rede social possui uma alta capacidade de segmentação. Sendo assim, há a possibilidade de direcionar um anúncio para o público-alvo e, até mesmo, para pessoas em determinada cidade ou região. “Nossos anúncios são, hoje, direcionados às cidades. Percebemos que o mundo do cinema é um interesse comum entre os fãs, mas focamos em informações para as cidades onde temos complexo”, explica Camila Curaçá, relações públicas digital da rede Centerplex, que hoje conta com mais de 230 mil curtidas. Outro tipo de anúncio que a rede social disponibiliza para aumentar as curtidas é relacionado ao post. Existem conteúdos de maior relevância e que causam engajamento em pessoas que não são fãs da página, então o Facebook fornece a ferramenta “impulsionar”. Assim como o anúncio tradicional (que fica na coluna da direita do
51 Exibidor, janeiro-2014
marketing
Facebook), há a possibilidade de segmentação e, assim, ele aparecerá na timeline de pessoas que não curtem a fan page.
“Foram feitos investimentos em posts que
precisavam de impulsão. A conquista de
novos likes tem sido feita através de postagens relevantes e atrativas”, explica Gustavo Vergili, da área de relacionamento com
o cliente do departamento de marketing da Rede Cinesystem Cinemas, que hoje tem mais de 38 mil curtidas.
Diferentemente de um anúncio em
uma mídia tradicional (como televisão, outdoor, entre outros) a internet não fornece apenas uma estimativa do re-
sultado. Há uma maneira de descobrir exatamente quantas pessoas um anúncio atingiu graças à ferramenta Ad Ma-
nager, que também é disponibilizada pelo Facebook.
A ferramenta conta o número de impressões (quantas vezes o anúncio apareceu
no Facebook), cliques (quantas pessoas
clicaram), custo (quanto cada clique no anúncio custou), entre outras utilidades.
Cuidado com o atendimento Como o Facebook é um canal direto com a audiência, muitas vezes o internauta irá procurar a fan page para elogios, dúvidas e, também, reclamações. Como a rede social é algo dinâmico, é nesta hora que é necessário um atendimento rápido e eficiente.
diferença na maneira que ele enxerga o exibidor. Agregar ideias dadas pelo espectador é visto como um fator importante pelos especialistas, pois muitas vezes o público tem uma visão melhor do que está acontecendo em determinado complexo. “Havia uma unidade em que a bombonière
Atualmente, o Fale Conosco está praticamente aposentado e o Facebook virou um SAC 2.0 (Serviço de Atendimento ao Cliente). Por isso, a atenção ao mural tem de ser dobrada, pois sempre que houver uma crítica é necessário uma resposta imediata e o assunto, se possível, deve ser levado para o privado. Assim, uma crise maior pode ser evitada.
e a venda de ingressos acontecia no mesmo
“Desde o começo de 2013, o número de contatos de clientes via fan page aumentou substancialmente e segue aumentando. Certamente muitos clientes preferem solicitar informações e esclarecimentos via mensagem do Facebook e elogiam a prática e a agilidade do retorno”, diz Gustavo Vergili, da Cinesystem.
sumidor final. “O contato com o público
O cliente também irá usar a rede social para sugestões e isso poderá fazer uma grande
lugar. Porém, naquela cidade, estava com problemas. Então, a gente separou, e houve
agradecimento. O mais legal é que eles retornam pra falar: ‘olha, que legal. Agora dá certo’”, diz Camila Curaçá, da Centerplex.
No fim das contas, o crescimento da fan page está diretamente ligado com o estrei-
tamento do relacionamento com o convia Internet, principalmente por meio das
redes sociais, é realmente diferenciado. Um canal que permite uma proximidade
que antes não era possível. Devemos, claro, tomar os cuidados necessários, já que
as pessoas não esperam um contato mais personalizado e informal, tornando essa relação mais leve e apaixonante”, finalizou Maricy Leal, do Cinemark.
Não se esqueça das outras redes sociais O Facebook é a rede social mais “poderosa” hoje,
conta do Facebook, muitos fãs ainda procuram a
mas existem outros canais em que o exibidor pode
rede social para interagir com sua empresa exibi-
se relacionar com o público. O Instagram é uma das
dora favorita.
ferramentas que mais crescem e é uma maneira de divulgar horários e curiosidades do circuito.
“Possuímos mais de 60 mil seguidores e nosso conteúdo e interação com os fãs acontecem de
“Hoje, o Instagram tem crescido a olhos vistos e já
forma rápida e eficiente. Já entramos nos Tren-
estamos trabalhando essa ferramenta com a mesma
ding Topics mais de 15 vezes, provando como
seriedade e profissionalismo como o que fazemos com
nossa base é engajada”, explica Maricy Leal, do
o Facebook.”, explica Patricia Cotta, da rede Kinoplex.
Cinemark.
O Twitter é outra ferramenta que não pode ser dei-
Ainda existem redes como o Foursquare, o Vine, o
xada de lado. Apesar dela ter caído em desuso por
Pinterest, entre outras.
52 Exibidor, janeiro-2014
53 Exibidor, janeiro-2014
prêmio ed
6ª Edição do Prêmio ED conta com surpresas e festa da Disney
2 013
P or : F ábio G omes
Distribuidora conquista quatro troféus. Kinoplex e Cinépolis são os destaques na categoria exibição
C
omo sempre, a 6ª edição do já tradicional Prêmio ED foi repleta de descontração e muitas surpresas.
delas no mercado. As primeiras por terem vendido 15 milhões de ingressos em 2013 no mercado nacional e a segunda pela marca de 500 salas inauguradas no ano.
A começar pelos números da votação. Dos 186 votantes, 149 participaram da escolha dos destaques do ano, sendo 78 exibidores e 71 distribuidores. Foram 128 profissionais, empresas, cinemas e filmes que concorreram ao Prêmio ED, o que mostra sua força a cada ano.
Na categoria Exibição, o Cinépolis venceu pelo terceiro ano como Destaque Grupo Exibidor. A empresa levou o troféu nos últimos dois anos, 2011 e 2012. Nesta edição, o grupo recebeu também o prêmio Destaque Cinema Inaugurado no Interior ao lado da Cinesystem Imperatriz (Imperatriz - MA) com o complexo Cinépolis Jundiaí Shopping ( Jundiaí - SP).
A festa começou com uma homenagem surpresa de Eli Jorge Lins de Lima, presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo (SEECESP) e da Centerplex Cinemas, à Paris Filmes/Downtown e à rede Cinemark. Ele presenteou cada empresa com uma placa e destacou a importância
54 Exibidor, janeiro-2014
O Espaço Itaú de Cinema conquistou seu segundo Prêmio ED de Destaque Equipe de Programação, também de maneira consecutiva. O Kinoplex foi um dos grandes nomes da tarde e teve outras duas conquistas: Profissional de Progra-
mação para Flávio Carvalho e Destaque Equipe de Marketing. Na categoria Distribuição a grande vencedora da noite foi a Disney. A distribuidora saiu com nada menos que quatro prêmios dos oito distribuídos: Destaque Profissional de Programação (Walter Caretta), Destaque Equipe de Vendas, Destaque Equipe de Marketing e Destaque Empresa de Distribuição. Já em Destaque Surpresa do Ano – que estreou nesta edição - o prêmio ficou com um filme brasileiro. Cine Holliúdy, distribuído pela Downtown Filmes, conquistou a honraria. A comédia surpreendeu o país quando abriu em apenas nove salas no Ceará e conseguiu uma média impressionante de aproximadamente 2.700 pessoas nas primeiras semanas.
Atualmente, o público total já passa dos 450 mil em todo o país. A Paris Filmes, que havia recebido três prêmios no ano passado, mostrou que 2012 não foi um mero acaso. Em 2013, a distribuidora independente levou o prêmio de Campanha de Lançamento em 200 ou mais salas com A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2). A tarde também foi marcada pelas homenagens. Roberto Santucci, diretor de longas como De Pernas para o Ar 1 e 2 e Até Que A Sorte Nos Separe 1 e 2, recebeu o troféu especial do Cinema Nacional. Somados, esses três filmes fizeram mais de R$ 100 milhões de bilheteria e levaram mais de 12 milhões de espectadores aos cinemas. “Vejo cinema como entretenimento e muita gente não entende minha visão.
Minha missão é fazer filmes que atraiam pessoas, é expandir além da comédia e realizar filmes de outros gêneros, mas sempre pensando no público”, discursou Santucci. Além dele, Gilson Cataldo foi homenageado com o Troféu Alexandre Adamiu. Funcionário da Paramount desde 1963, Cataldo recebeu o prêmio de quatro gerações de funcionários da empresa. “Estou muito feliz em estar aqui hoje. Muito obrigado e agradeço a todos que me ajudaram a escrever essa história. Torço pelo sucesso de todos os presentes”, afirmou. Elda Coltro, presidente do Grupo Playarte, foi homenageada com o Troféu Francisco Campos. Sempre elegante, ela contou a história da empresa e lembrou da campanha que foi realizada para a divulgação de filmes como Quatro Casamentos e Um Funeral (Four Weddings and a Funeral).
“Pegamos a lista de espera de uma igreja e realizamos um belo casamento em um cinema. Escolhemos um casal simples e fornecemos roupas para os padrinhos, para os noivos e fizemos lindos arranjos. Espero que eles ainda estejam casados”, brincou. Porém, as lágrimas de emoção logo tomaram conta. “São coisas assim que nos fazem sentir a responsabilidade do trabalho duro e orgulho do que fizemos”, afirmou. Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine, recebeu uma homenagem especial. Desde 2006 à frente da agência, Rangel se juntou a nomes como José Padilha (diretor de Tropa de Elite 1 e 2) e Jorge Peregrino (Presidente do Sindicato dos Distribuidores do Rio de Janeiro), que ganharam a homenagem especial no passado. Porém, ele não pode comparecer por conta de um compromisso em Cuba.
Premiados Categoria Exibição
Categoria Distribuição
Destaque Cinema Inaugurado em Capital e Região Metropolitana Cinemark Riomar Recife (Recife-PE)
Destaque Campanha de Lançamento
Destaque Equipe de Marketing
em até 199 Salas
Walt Disney Studios
Destaque Cinema Inaugurado no Interior Cinesystem Imperatriz (Imperatriz-MA) e Cinépolis Jundiaí Shopping (Jundiaí-SP) Destaque Profissional de Programação Flávio Carvalho (Kinoplex) Destaque Equipe de Programação Espaço Itaú de Cinema
O Grande Gatsby (Warner Bros.) Destaque Empresa de Distribuição Destaque Campanha de Lançamento em 200 ou mais Salas A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2 (Paris Filmes)
Destaque Equipe de Marketing Kinoplex Destaque Grupo Exibidor Cinépolis
Homenagens Profissional do Cinema Nacional -
Destaque Surpresa do Ano Cine Holliúdy (Downtown Filmes) Destaque Profissional de Programação
Destaque Profissional de Marketing Gustavo Ballarin (Moviecom)
Walt Disney Studios
Walter Caretta (Walt Disney Studios) Destaque Equipe de Vendas
Direção Roberto Santucci Troféu Alexandre Adamiu Gilson Cataldo (Paramount) Troféu Francisco Campos
Walt Disney Studios
Elda Coltro (PlayArte)
Profissional de Marketing
Homenagem Especial
Denise Novais (Warner Bros.)
Manoel Rangel (ANCINE)
55 Exibidor, janeiro-2014
56 Exibidor, janeiro-2014
57 Exibidor, janeiro-2014
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agenda de lançamentos
17/01/2014
Filme
Direção
Elenco
Tarzan 3D (Stranded)
Roger Christian
Vozes de: Kellan Lutz, Spencer Locke
Imagem
Caminhando com Dinossauros – Filme (Walking With Dinossaurs)
Pierre De Lespinois
Charlie Rowe, Angourie Rice
Fox
Muita Calma Nessa Hora 2
Felipe Joffily
GianeAlbertoni, Fernanda Souza, Andrea Horta, Débora Lamm Bruno Mazzeo, Marcelo Adnet
Paris
O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street)
Martin Scorsese
Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Matthew McConaughey, Kyle Chandler, Jon Bernthal, Jon Favreau, Shea Whigham, Jean Dujardin, Ethan Suplee, Spike Jonze, Rob Reiner, Joanna Lumley
Paris
Trapaça (American Hustle)
David O. Russell
Jennifer Lawrence, Rosalyn Rosenfeld, Amy Adams, Sydney Prosser, Christian Bale, Irving Rosenfeld, Robert De Niro, Victor Tellegio, Bradley Cooper, Richie DiMaso, Jeremy Renner, Carmine Polito, Jack Huston, Pete Musane
Sony
Foxcatcher (Ainda Sem Título em Português)
Bennett Miller
Steve Carell, Channing Tatum, Mark Ruffalo, Sienna Miller, Anthony Michael Hall
Sony
O Herdeiro do Diabo (Devil’ Due)
Matt BettinelliOlpin e Tyler Gillett
Zach Gilford, Allison Miller, Robert Belushi, Steffie Grote.
Fox
O Sétimo Filho (SeventhSon)
Sergey Bodrov
Jeff Bridges, Julianne Moore, Ben Barnes, Alicia Vikander, Kit Harrington
Warner
A Menina que Roubava Livros (The Book Thief)
Brian Percival
Sophie Nélisse, Roger Allam, Heike Makatsch, Julian Lehmann, Gotthard Lange
Fox
47 Ronins (47 Ronins)
Carl Rinsch
Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, KôShibasaki, TadanobuAsano, RinkoKikuchi, Jin Akanishi, Yorick van Wageningen, Cary-HiroyukiTagawa, Togo Igawa, Haruka Abe
Universal
Nebraska (Nebraska)
Alexander Payne
Bruce Dern, Will Forte, June Squibb, Stacy Keach, Bob Odenkirk
Paramount
Uma Aventura Lego (TheLego Movie)
Phil Lord, Christopher Miller
Vozes de: Christ Pratt, Will Arnett, Elizabeth Banks, Morgan Freeman, Will Ferrell, Liam Neeson
Warner
Ela (Her)
Spike Jonze
Joaquin Phoenix, Amy Adams, Scarlett Johansson, Olivia Wilde, Rooney Mara, Chris Pratt, Portia Doubleday, Cassandra Starr, Sam Jaeger
Sony
Philomena (Ainda sem título em português)
Stephen Frears
Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark, Mare Winningham, Barbara Jefford, Ruth McCabe, Peter Hermann, Sean Mahon, Anna Maxwell Martin, Michelle Fairley
Paris
Caçadores de Obras-Primas (The Monument Men)
George Clooney
George Clooney, Cate Blanchett, Matt Damon
Fox
Tudo por um Furo (Anchorman 2: The Legend Continues)
Adam McKay
Will Ferrell, Nicole Kidman, Kristen Wiig, Jim Carrey, Harrison Ford, James Marsden, Paul Rudd, Kirsten Dunst, Liam Neeson, Sacha Baron Cohen, Steve Carell
Paramount
Ligados pelo Amor (Stuck in Love)
Josh Boone
Greg Kinnear, Jennifer Connelly, Lily Collins, Kristen Bell, Logan Lerman, Nat Wolff, Liana Liberato, Michael Goodwin, Stephen King, Rusty Joiner
California
Memórias de Salinger (The Private War of JD Salinger)
Shane Salerno
Philip Seymour Hoffman, Edward Norton, John Cusak
Paris
24/01/2014
31/01/2014
07/02/2014
14/02/2014
62 Exibidor, janeiro-2014
Distribuidora
Filme
Direção
Elenco
Distribuidora
21/02/2014
Robocop (Robocop)
José Padilha
Gary Oldman, Michael Keaton, Abbie Cornish, Jay Baruchel, Joel Kinnaman, Samuel L. Jackson, Aimee Garcia, Jennifer Ehle, Jackie Earle Haley, Michael K. Williams
Sony
Kill Your Darlings: Versos de um Crime (Kill Your Darlings)
John Krokidas
Daniel Radcliffe, Elizabeth Olsen, Michael C. Hall, BenFoster
Paris
Pompeia (Pompeii)
Paul W.S. Anderson
Kiefer Sutherland, Carrie-Anne Moss, Kit Harington, Emily Browning
Imagem
Trinta
Paulo Machline
Mateus Nachtergaele, Paulo Tiefenthaler, Milhem Cortaz, Paola Oliveira, Ernani Moraes, Fabricio Boliveira, Mariana Nunes
Fox
As Aventuras de Peabody e Sherman
Rob Minkoff
Vozes de: Ariel Winter, Ellie Kemper, Ty Burrell
Fox
Sem Escalas (Non-Stop)
Jaume Collet-Serra
Liam Neeson, Juliane Moore, Anson Mount, Bar Paly
Paris
Um Gladiador em Apuros 3D (Gladiators of Rome)
Iginio Straffi
Luca Argentero, Laura Chiatti, Julianne Hough
PlayArte
300: A Ascensão do Império (300: Rise of an Empire)
Noam Murro
Sullivan Stapleton, Evan Green, Lena Headey, Hans Matheson, Rodrigo Santoro, David Wenham, Igal Naor, Callan Mulvey, Andrew Tiernam
Warner
Tudo por Justiça (Out Of The Furnace)
Scott Cooper
Christian Bale, Zoe Saldana, Woody Harrelson, Forest Whitaker, Casey Affleck, Willem Dafoe, Sam Shepard, Boyd Holbrook, Dendrie Taylor
Imagem
All is Lost (Ainda Sem Título em Português)
J. C. Chandor
Robert Redford
Paris
Tim Maia
Mauro Lima
Babu Santana, Robson Nunes, Alinne Morais, Cauã Reymond, Laila Zaid, Valdinéia Soriano, Paulo Carvalho, Bryan Ruffo, Luis Lobianco, George Sauma, Tito Naville, Renata Guida
Paris
Inatividade Paranormal 2 (A Haunted House 2)
Michael Tiddes
Marlon Wayans
PlayArte
Filho de Deus (Son of God)
Christopher Spencer
Roma Downey, Diogo Morgado, Amber Rose Revah
Fox
About Last Night (Ainda Sem Título em Português)
Steve Pink
Kevin Hart, Michael Ealy, Regina Hall, Joy Bryant, Paula Patton, Christopher McDonald
Sony
Os Muppets 2: Procurados e Amados (The Muppets Most Wanted)
James Bobin
Vozes de: Tom Hiddleston, Danny Trejo, Salma Hayek, Christoph Waltz, Debby Ryan, Ty Burrell, Tina Fey, Ray Liotta
Disney
Sin City 2: A Dame to Kill For (Ainda Sem Título em Português)
Robert Rodriguez, Frank Miller
Clive Owen, Mickey Rourke, Jessica Alba, Josh Brolin, Joseph Gordon-Levitt
Imagem
Entre Nós
Paulo Morelli
Caio Blat, Carolina Dieckmann, Maria Ribeiro, Paulo Vilhena, Martha Nowill, Julio Andrade, Lee Taylor
Paris
O Físico (The Physician)
Philip Stolzl
Stellan Skarsgard, Ben Kingsley, Oliver Martinez
Imagem
Serena (Ainda Sem Título em Português)
Susanne Bier
Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Rhys Ifans
Paris
Confia em Mim
Michel Tikhomiroff
Fernanda Machado, Mateus Solano, Bruno Giordano, Fernando D´Umbra
Paris
Rio 2
Carlos Saldanha
Vozes de: Anne Hathaway, Jamie Foxx, Leslie Mann, Jesse Eisenberg, Rodrigo Santoro, Jemaine Clement, Andy Garcia, Kristin Chenoweth, Jake T. Austin
Fox
28/02/2014
07/03/2014
14/03/2014
21/03/2014
28/03/2014
* As datas de lançamento estão sujeitas à alteração
63 Exibidor, janeiro-2014
trajetória
Lui Cinematográfica: 50 anos de Cinema
U
ma exibidora que sobreviveu as marcas do tempo. Assim pode ser conhecida a Lui Cinematográfica, que comemorou 50 anos de muitos filmes no final de 2013. Administradora dos cinemas Topázio em Campinas e Indaiatuba, essa história começa antes mesmo do primeiro complexo do grupo, em 1962, com o projeto do Cine Alvorada. Construído no antigo campo do Esporte Clube Primavera, em Indaiatuba, o Cine Alvorada foi um projeto da empresa de cinemas Indaiatuba LTDA., de Guerino Lui, Henrique Schulz e Christiano Magnusson. O complexo foi inaugurado em 1963 com 1.100 lugares e sua estreia foi com o filme Suave É a Noite (Tender Is the Night). Porém, poucos anos depois, uma tragédia aconteceu. Em 24 de agosto de 1966, um incêndio causado por uma falha em um motor que movimentava a cortina do palco destruiu praticamente todo o cinema. A programação foi transferida para o Cine Rex, outro cinema da cidade que também fazia parte do grupo. “Foi uma tristeza enorme, pois era um cinema grande para a época, muito bem montado. Era o que nós tínhamos de mais bonito na cidade”, afirmou Humberto Panzetti, frequentador do Cine Alvorada na época.
64 Exibidor, janeiro-2014
©Divulgação
P or : F ábio G omes Oito meses após a destruição, o Cine Alvorada retomou suas atividades normalmente. “Acompanhamos de perto o reerguimento com ansiedade, pois sem ele não tínhamos o filme de domingo à noite” afirma Francisco de Paulo de Vasconcelos, padre da cidade no documentário 50 anos de Lui Cinemas, feito especialmente em comemoração ao aniversário da empresa. “Participamos da reinauguração e benzemos o local”, lembra o padre. O Cine Alvorada criou diversas inovações no seu auge e, entre elas, o primeiro cartaz sonoro do Brasil. Nele eram expostas fotos e o pôster do filme que seria exibido e, na parte inferior, ficavam dois autofalantes que tocavam a música tema do filme graças a uma fita cassete que rodava ininterruptamente. Após 25 anos de funcionamento, o Cine Alvorada conheceu o seu fim em 1989. O Cine Rex já havia fechado dez anos antes, em 1979. Sendo assim, a cidade de Indaiatuba ficou sem uma casa para a sétima arte. Contudo, quatro anos depois essa história mudou. Em 1993 iniciou a construção do primeiro shopping center de Indaiatuba e, nele, havia a possibilidade da criação de uma sala de cinema. No dia 29 de setembro, o cinema Topázio foi inaugura-
do com 160 lugares, aos cuidados da Lui Cinematográfica. No ano de 2001, aproveitando a onda dos multiplex, a Lui Cinematográfica inaugurou mais quatro salas no piso superior do shopping e, desde então, elas nunca deixaram de receber inovações. “É importante que a empresa se mantenha atualizada. Nosso cinema não deixa em nada a desejar em comparação aos complexos das grandes capitais”, afirma Guerino Lui Neto, sócio-proprietário da empresa. Já em abril de 2011, o Polo Shopping, também em Indaiatuba, começa suas atividades e a Lui Cinematográfica adquire os direitos de concessão para montagem de cinco salas, que são inauguradas em julho do mesmo ano. Buscando sempre a inovação, o complexo se tornou um dos primeiros do Brasil totalmente digitalizado. A Lui Cinematográfica cuidou de diversos cinemas de rua e em shoppings pelo estado de São Paulo. Atualmente, a empresa conta com salas em Araraquara, Campinas e, especialmente, em Indaiatuba. A empresa marcou época na cidade com o Cine Alvorada, cresceu junto com Indaiatuba e, hoje, continua colaborando com o desenvolvimento local, sempre divulgando a sétima arte.
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