entrevista com o pai da freesurf - Glauber Pacheco
extremo sul 6
jornalismo com atitude
e r r !!! mo ! a sta es r o rfi d H e r u l a s a e m r ti um o d ito l Ú is l 5 ã ç o Ma fun ca n G. 1 em pes PÁ o de úch Ga
giovane mancuso - freemoments - raiana monteiro - fala shaper - campeonatos
NA BUSCA
SKATE
4 SURFISTAS DA NOVA GERACAO MAR / ABR 2005 USA $3.99 CAN $4.99 BRA DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
O SURF PELO SKATE 8
0 2 7 3 0
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JORNALEXTREMOSUL.COM.BR
Que Deus abençoe o movimento... Caso vocês não tenham reparado adoramos movimento, das marés, ventos, ondas, pranchas, gatas. Movimento de arte e do vai e volta atrás de tudo que a gente quer, e porque não dos surfistas para se mobilizarem outra vez por mais uma morte causada por uma rede de pesca, sendo que já foi constatada a triste estatística de 45 mortes no estado. O que nos deixa mais perplexos ainda é a informação bizarra do Salva-Surf Brasil de que morrem mais surfistas atingidos por rede de pesca no Rio Grande do Sul do que atacados por tubarões na África. Como gostaria de ter o poder para contrariar os números, pois é inacreditável que em pleno avanço tecnológico ainda tenhamos que nos deparar com certas fatalidades cruéis que nos fazem ficar ainda mais descrentes das autoridades. Sozinho não se consegue nada e a hora da mobilização é essa, mostrar que nós, praticantes do surf, segundo esporte mais praticado no Brasil, temos coragem e determinação para lutar por nossas causas. Ainda nesta edição: passamos um dia na vida de quatro surfistas da nova geração do surf gaúcho, garotos que não cansam de lutar por seus objetivos e que demonstram cada vez mais a sua evolução mesmo com a falta de campeonatos e patrocínios. Você confere também uma matéria pra instigar a galera do skate que pega onda, e da galera que pega onda e anda de skate, só vendo pra crer... Nosso “Staff” conta com mais dois colunistas de peso, Virgilio Matos, ex-presidente da Federação Gaúcha de Surf, que entrevista o proprietário da Free Surf, Glauber Pacheco, o qual conta um pouco da trajetória de sucesso de sua marca. Quem estréia também como nosso novo colunista é o surfista gaúcho César Hanke, radicado na Austrália, que vai nos enviar em todas edições matérias "quentinhas da Gold Cost”. Cada um tem um perfil, personalidade, mas estamos sempre andando, correndo, voando, para fazer e captar o melhor desse universo que nunca pára. Tudo isso nos leva a mudanças, e ainda bem que essa é a cara do Extremo Sul, sem medo de abrir novas trilhas. Jornalismo é coisa viva e tudo que é vivo não merece gaiola. A normalidade não nos serve, nem aos nossos leitores, resumindo: vamos nessa! Se mexer a gente atira. Não para matar. Só para mostrar. CLICK, CLICK!! Mauro Eduardo “Toco” Editor Geral
JORNAL
Extremo sul MAR/ABR 2005
ANO 01 N° 06
Expediente Editor Geral: Mauro Eduardo (Toco) (051) 81825562 Contato Comercial:(051) 4775146 Editor de Fotografia: Miguel Noronha (051) 99463637 (MTB/RS 11.927) Fone: 8182.5591 Web Site: Gigasul Informática Diagramação: Roberto Menti Jornalista Responsável: Luís Fernando Rodrigues Reis (MTB/RS 10209) Diretoria Executiva: Mauro Eduardo, Miguel Noronha e Roberto Menti Impressão: Jornal Pioneiro Periodicidade: Bimestral Colaboradores de Matérias: Giovanni Mancuso, Raiana Monteiro, Gil Pereira , Mário Brundo , Vírgilio Panzini de Matos, César Hanke. Assessorias de Imprensa: FGS, FGSKT, ASP, ASBG Colaboradores Foto: Jade de Chiara, Gabriel Pulso, Nilton Santos, Igor Lumertz, Bruno Lemos, Cristopher Arlington, Cristiano “Estrela”, Eduardo Garcia, Raul Sperafico, Caio Guedes, Pierre Tostee, Zé Roberto, Jean Andrade, Karen Wilson, Tatiane Bortoli e André Z. Agradecimentos: Ana Flávia, Henrique e Brisa (Ag. MEGA POA), Rochele Gloor, Studio Faces, Paulinho e Bayard do Scooba, Rest. Le Chalet, pessoal do Secret Spot, Dna. Ana e Sr. Mauro , Dna Ivone Menti, Sr. Remi Menti, Val Alla, Crivella, Franco, Galera da Casa do Skate, João Carvalho Assessoria de Imprensa ASP-South America/ABRASP, a todos que participaram para o desenvolvimento do jornal e principalmente a DEUS por iluminar o nosso caminho. Redação:(051) 4775146 As matérias veiculadas são de inteira responsabilidade dos seus autores, não representando a opinião do jornal jornalextremosul@terra.com.br www.jornalextremosul.com.br
Nesta Foto: À esquerda Rochele Groor e à direita Ana Flávia. Na capa: Jovem surfista em Cidreira RS Fotos: Noronha
a proposito até quando surfistas morrerao amarrados em redes de pesca no litoral do Rio Grande do Sul ?
campeonatos WCT
Extremo sul
WQS
Março/Abril, 2005
5
ranking
WCT 2 ETAPAS
CAIO GUEDES (FECASURF)
1 Mick Fanning (Aus) 2 Chris Ward (EUA) 3 Tom Whitaker (Aus) 3 Trent Munro (Aus) 5 Kelly Slater (EUA) 5 Andy Irons (Haw) 5 CJ Hobgood (EUA) 5 Mark Occhilupo (Aus) 17 Neco Padaratz (Bra) 17 Victor Ribas (Bra) 17 Marcelo Nunes (Bra) 33 Paulo Moura (Bra) 33 Peterson Rosa (Bra) 33 Raoni Monteiro (Bra) 33 Renan Rocha (Bra)
1 Trent Munro (Aus) 2 Andy Irons (Haw) 3 Daniel Wills (Aus) 3 Richard Lovett (Aus) 5 Cory Lopez (EUA) 5 Damien Hobgood (EUA) 5 Darren O'Rafferty (Aus) 5 Taj Burrow (Aus) 17 Marcelo Nunes (Bra) 17 Peterson Rosa (Bra) 17 Victor Ribas (Bra) 17 Neco Padaratz (Bra) 33 Paulo Moura (Bra) 33 Raoni Monteiro (Bra) 33 Renan Rocha (Bra)
1 Heitor Alves (Bra) 2 Andrew Gahan (EUA) 3 Travis Mellen (EUA) 4 Mike Losness (EUA) 5 André Fagundes (Bra) 5 Márcio Farney (Bra) 7 Austin Ware (EUA) 7 Jeremy Sherwin (EUA) 9 Jay Gordon (EUA) 9 Raphael Becker (Bra) 9 Ryan Helm (EUA) 9 Ernesto Nunes (Bra) 13 Andres Fernandez(Ecu) 13 Morgan Faulkner (EUA) 13 Carlos Gonçalves (Ecu)
AJ NESTE
Surfingaustralia.com
1 Mick Fanning (Aus) 2 Ben Dunn (Aus) 3 Nathan Hedge (Aus) 4 Renato Galvão (Bra) 5 Leigh Sedley (Aus) 5 Dustin Cuizon (Aus) 7 Shaun Gossmann (Aus) 7 Darren O’Rafferty (Aus) 9 Drew Courtney (Aus) 9 Shaun Cansdell (Aus) 9 Paul Parkes (Aus) 9 Adrian Buchan (Aus) 13 Chris Davidson (Aus) 13 Glenn Hall (Aus) 13 Ola Eleogram (Haw)
1 David Weare (Zaf) 2 Adrian Buchan (Aus) 3 Pat O’Connell (EUA) 4 Rob Machado (EUA) 5 Chris Ward (EUA) 5 Tim Curran (EUA) 7 Eneko Acero (Esp) 7 Leigh Sedley (Aus) 9 Marcelo Trekinho (Bra) 9 C.J. Hobgood (EUA) 9 Damien Hobgood (EUA) 9 Taylor Knox (EUA) 13 Pancho Sullivan (Haw) 13 Shaun Cansdell (Aus) 13 Asher Nolan (EUA)
1 Trent Munro (Aus) 2076 2 Mick Fanning (Aus) 1800 3 Andy Irons (Haw) 1764 4 Chris Ward (EUA) 1442 5 C.J. Hobgood (EUA) 1332 5 Damien Hobgood (EUA) 1332 5 Richard Lovett (Aus) 1332 8 Daniel Wills (Aus) 1286 8 Tom Whitaker (Aus) 1286 10 Joel Parkinson (Aus) 1200 10 Troy Brooks (Aus) 1200 12 Kelly Slater (EUA) 1142 12 Taj Burrow (Aus) 1142 12 Mark Occhilupo (Aus) 1142 12 Darren O'Rafferty (Aus) 1142 16 Cory Lopez (EUA) 1101 17 Luke Egan (Aus) 1010 17 Phillip MacDonald (Aus) 1010 17 Dean Morrison (Aus) 1010 17 Fredrick Patacchia Jr (Haw) 1010 17 Bede Durbidge (Aus) 1010 22 Nathan Hedge (Aus) 825 22 Jake Paterson (Aus) 825 22 Bruce Irons (Haw) 825 25 Sunny Garcia (Haw) 820 25 Michael Lowe (Aus) 820 25 Taylor Knox (EUA) 820 25 Neco Padaratz (Bra) 820 25 Marcelo Nunes (Bra) 820 25 Shane Beschen (EUA) 820 25 Victor Ribas (Bra) 820 32 Peterson Rosa (Bra) 635 32 Kalani Robb (Haw) 635 32 Greg Emslie (Afr) 635 32 Travis Logie (Afr) 635 36 Paulo Moura (Bra) 450 36 Tim Curran (EUA) 450 36 Lee Winkler (Aus) 450 36 Raoni Monteiro (Bra) 450 36 Toby Martin (Aus) 450 36 Shea Lopez (EUA) 450 36 Luke Stedman (Aus) 450 36 Tim Reyes (EUA) 450 36 Kirk Flintoff (Aus) 450 36 Renan Rocha (Bra) 450
MÁRCIO ARAUJO
Tanto o Mirim, quanto o Feminino competiram apenas no domingo, por possuir apenas uma bateria cada. No Feminino as meninas provaram que também tem skate no pé. A curitibana Larissa Carollo impressionou com várias manobras de switch stance. Mas não foi o suficiente para vencer sua conterrânea Juliana Moreira, que mandava em sua linha ollie e flip subindo a mesa do spine e fifty correndo todo caixote (reto e inclinado). No Amador 2, Diogo da Silva venceu com flip bs crooked no caixote reto e flip passando o spine caindo de nose slide no caixote inclinado. Em segundo lugar ficou Douglas Gabriel, que havia machucado o tornozelo no corrimão da frente do ginásio. Corrimão este, numa escada de 12 degraus, acabou sendo uma atração à parte deste evento, nos intervalos e após o término da competição. Transformou-se numa disputa saudável, onde os próprios skatistas davam incentivos aos “guerreiros” que se aventuravam a descer aquele autêntico corrimão de rua. Começaram casando moedas de R$ 0,50 e acabou com celulares, roupas, tênis, materiais de skate e mais dinheiro. Mas ainda faltava a principal categoria: Amador 1. Luan de Oliveira larga na frente e garante algumas “milhas” da tão cobiçada passagem. Com seu tradicional carisma, levantou a massa que lotou o ginásio, com nollie heel flip e nollie foot flip passando o spine, flip grind e flip nose grind no caixote com despenco, flip manual na mesa em cima do outro spine, entre outras. Essa foi apenas uma prévia do que ainda vai rolar esse ano. A próxima etapa será realizada nos dias 29, 30 e 31 de julho em Pelotas. Nunca esquecendo de parabenizar a FGSKT (Federação Gaúcha de Skate) pela iniciativa e organização. Quem acompanha de perto o skate sabe o quanto é difícil promover eventos desse nível.
Resultados AMADOR 1 1 - Luan de Oliveira (Porto Alegre/RS) 2 - Alexandre Massoti (Cascavel/PR) 3 - Jéferson Bill (Curitiba/PR) 4 - Thiago Pires “Pingo” (Camaquã/RS) 5 - Anderson Roberto “Didi” (Esteio/RS) 6 - Pablo Ribeiro “Chuchu” (Pelotas/RS) 7 - Guilherme da Luz (Esteio/RS) 8 - Daniel Gomes 9 - Diego Correa (Porto Alegre/RS) 10 - Paulo Correa “Galera” (Canoas/RS)
INICIANTE 1 - Thayron dos Santos “Popai” (Porto Alegre/RS) 2 - Jackson dos Santos “Batatinha” (Cachoeirinha/RS) 3 - Gustavo Rocha “Bokinha” (Passo Fundo/RS) 4 - Vinicius Rodeski “Maninho” (Cachoeirinha/RS) 5- Natã Concatto (Porto Alegre/RS) 6 - Cassio Kim (Sapucaia do Sul/RS) 7 - João Pedro Souza (Curitiba/PR) 8 - Guilherme Dias “Minhoca” (Curitiba/PR) 9 - Luis Fernando Marques “Luisinho” (Eldorado do Sul/RS) 10 - Lucas Berte “Kinha” (Cachoeirinha/RS)
AMADOR 2 1 -Diogo da Silva (Sapucaia do Sul/RS) 2 -Douglas Gabriel “Molocope” (Novo Hamburgo/RS) 3 - Vilson Pinho (Gravataí/RS 4 - Dueine Fagundes (Porto Alegre/RS) 5 - Luis Gaida “Polonês” (São José dos Pinhais/SC) 6-Guilherme da Silva “Trakinas” (Curitiba/PR) 7 - Cássio Rodrigues (Florianópolis/SC) 8- Itacir Júnior (Curitiba/PR) 9- Diego Reis (Cascavel/PR) 10 - Jean Pereira “Mala” (Pato Branco/PR)
MIRIM 1 - Yuri Facchin (Colombo/PR) 2 - Yohan Peter “Nenê” (Alvorada/RS 3 - Marcos Moreira “Maninho” (Curitiba/PR 4 - Juliano Dias “Toco” (Passo Fundo/RS) 5 - Marcelo Molle (Lagoa Vermelha/RS) 6 - Marcos Alex “Leco” (Alvorada/RS) 7 - Kim Souza (Porto Alegre/RS) 8 - Pedro Henrique Mezzomo “Rentai” (Lagoa Vermelha/RS) 9 - Tiales Rafael (Vacaria/RS) 10 - Alison Benevits “Bene” (Viamão/RS)
FEMININO 1 - Juliana Moreira (Curitiba/PR) 2 - Larissa Carollo (Curitiba/PR) 3 - Vanessa Marques (Eldorado do Sul/RS) 4 - Josiane Porque (Porto Alegre/RS)
À esquerda: Douglas Gabriel fs board slide. À direita em cima: Xuxu num nollienose grind. À direita em baixo: Pedro da Cruz switch fs noseblut slide.
Surfer: Giovane Mancuso
MICHELE / MORMAII
Surfer: Yuri
MICHELE / MORMAII
ELITE 1- Riomar 2- Roni Ronaldo 3- Marco Georgi 4- Alvaro OPEN 1- Tales Ruarx 2- Riomar 3- Leonardo Meira 4- Klauss JUNIOR 1- Marco Georgi 2- André Luizz 3- Tales 4- Gabriel Bacana SÊNIOR 1- Wagner Pacheco 2- Marco Fino 3- Evandro 4- Koff
MASTER 1- Giovane Mancuso 2- Gordo Coufal 3- Koff 4- Kyril MIRIM 1- Yuri 2- Jair Soares 3- Vitor Borges 4- Bruno LONGBOARD 1- Capitão Davi 2- José Luiz 3- Paulo Agriflogio 4- Chocolate FEMININO 1- Flaviana 2- Brenda 3- Nayalia 4- Cris Costa
CAIO GUEDES
cidade de Vacaria teve o privilégio de abrir a temporada 2005 do Circuito Gaúcho de Street Skate Amador, nos dias 29, 30 de abril e 1º de maio. Depois do sucesso da primeira edição, que premiou o vencedor com uma passagem para Tampa (EUA), esse ano tem como prêmio principal uma passagem para qualquer lugar do mundo! Isso mesmo, quem for o campeão do Circuito Gaúcho na categoria Amador 1 poderá escolher para onde quer viajar. Tudo isso despertou o interesse de skatistas de renome nacional, que garantem correr todo o circuito. Esta primeira etapa contou com a presença de vários atletas de outros estados, como Santa Catarina, Paraná e São Paulo, que junto com o Rio Grande do Sul formam a elite do skate nacional. A falta de pelo menos dois quarters (rampa que também serve para pegar impulso para outro obstáculo) na pista dificultou um pouco a vida dos competidores, que mesmo com essa deficiência manteram o alto nível de manobras. Na sexta-feira rolou os primeiros aquecimentos e reconhecimento de pista, finalizando com a eliminatória da categoria Iniciante. Sábado foi o dia das categorias amador 2 e Amador 1 tentarem uma preciosa vaga na final. A grande final de domingo começou logo pela manhã com as categorias Mirim e Iniciante. O paranaense Yuri Facchin, de apenas 9 anos, apavorou com manobras muito técnicas, com flip bs fifty na trave reta com despenco e switch fifty no caixote inclinado, vencendo essa etapa. Na cola dele veio o gaúcho Yohan Peter, que vem evoluindo a cada competição. Essa disputa promete! Outra que vai dar o que falar é entre Thairon dos Santos e Jackon dos Santos no Iniciante, que ficaram tecnicamente empatados. Mas Thairon acabou levando a melhor, com bs flip muito alto passando a pirâmide.
01 Gabe Kling (EUA) 4.481 02 Adrian Buchan (AUS) 4.248 03 Shaun Cansdell (AUS) 3.807 04 David Weare (AFR) 3.635 05 Jesse Merle-Jones (HAV) 3.603 06 Eneko Acero (ESP) 3.593 07 Roy Powers (HAV) 3.453 08 Russell Winter (ING) 3.381 09 Bobby Martinez (EUA) 3.345 10 Adam Robertson (AUS) 3.104 11 Pancho Sullivan (HAV) 3.048 12 Eric Rebiere (FRA) 2.984 13 Ben Dunn (AUS) 2.981 14 Leigh Sedley (AUS) 2.950 15 Neco Padaratz (BRA) 2.908 16 Jonathan Gonzalez (CNY) 2.898
Surfer Caio Huyer
A
11 ETAPAS
MÁRCIO ARAUJO
VACARIA ABRE À TEMPORADA 2005
WQS
Por Márcio Araujo
EDUARDO BOCÃO (ADESIVO COMUNICAÇÃO)
Circuito gaucho de skate
PETIZ 1- Henrique Gulea (Farroupilha) 2- João Pedro de Bortolli (Maria Auxiliadora)
COLEGIAL A 1- Kain Bernardo (Santa Teresa) 2- Olavo Kuhn (Farroupilha)
GROOMETS 1- Henrique Gulea (Farroupilha) 2- Luca Brunelli (Anchieta)
COLEGIAL B 1- Pedro Nedel (Vera Cruz) 2- Renan Osório (Farroupilha)
INICIANTES 1- Diego Alves (Farroupilha) 2- Eduardo Dapoian (Anchieta)
COLEGIAL C 1- Renan Osório (Farroupilha) 2- Pedro Nedel (Vera Cruz)
FEMININO 1- Renata Taufer (Pio XII) 2- Ana Paula Klein (Santa Catarina)
OPEN COLEGIAL 1- Renan Borba 2- Gabriel Ribeiro
Radar movel MERCADO Microshop abre loja nova A Microshop Skate Surf Shop está bombado também na zona norte de Porto Alegre, ali no Passo da Areia. Agora são seis lojas atendendo surfistas, skatistas e toda galera ligada em moda, esportes radicais e atitude em Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Esteio e Novo Hamburgo. O point inaugura também uma nova fase da Microshop com promoções pra lá de especiais: a feira de moletons casada com o show do O Rappa é só um exemplo do que está rolando. Venha conferir de perto o novo espaço na Assis Brasil, 2370, e descubra porque a Microshop é a mais completa skate surf shop da cidade.
Extremo sul
Março/Abril, 2005
6
Torres news
Freeday amplia estrutura A Freeday Skateboard Shoes, dentro de alguns meses, estará instalada na BR 116, próximo ao viaduto da RS 239, em Estância Velha RS. Este novo prédio é próprio da empresae terá, só de área construída, 5.000m². A proposta da mudança é oferecer melhor localização e estrutura. A idéia é proporcionar condições ideais de trabalho aos colaboradores, maior motivação e resultar, ainda mais, em um produto de qualidade e lucratividade. Além disso, outro grande desafio desta ampliação é a conquista de novos mercados-alvo; principalmente o mercado internacional. No segundo semestre de 2005, a Empresa estará lançando sua linha de confecção, outra grande novidade. O trade (cliente) também terá uma estrutura de atendimento diferenciada neste novo espaço. A sede foi muito bem arquitetada, oferecendo um moderno sistema de logística. A fábrica Eva Flex de solas e entre-solas, matéria-prima para a fabricação do tênis, também funcionará no mesmo local a fim de centralizar ações e agilizar processos. Mais uma vez a Freeday Skateboard e Shoes demostra radicalidade e atitude.
SuperSurf 2005: O Rio Grande do Sul será representado por cinco surfistas no SuperSurf deste ano. Daison Pereira e Rodrigo “Pedra” Dornelles conquistaram suas vagas através do SuperSurf 2004. Marcel Miranda , ao conquistar o título de Bi-Campeão Gaúcho Profissional, no final do ano passado, obteve sua vaga e passou a integrar a elite do surfe brasileiro pela primeira vez. As surfistas Gabriela Rangel e Sabrina Munhoz, que representarão os pampas na categoria feminino, completam o “time” gaúcho no principal campeonato de surfe do Brasil. H2O Surf Treino Pro: O circuito H2O Surf Treino Pro, que é realizado desde o final de 2004, numa iniciativa dos surfistas locais de Torres, vem movimentando e treinando os principais surfistas profissionais do Estado. O circuito possui o mesmo formato do WCT (World Championship Tour), primeira divisão do surf mundial, e conta com a participação de nomes já consagrados, como Rodrigo “Pedra” Dornelles, Daison Pereira, Marcel Miranda, Stéfano Dornelles e Filipe “Kita” Martins. Dez etapas e dois descartes definem os campeões deste circuito. Confira o resultado da terceira etapa: 1º FELIPE “KITA” MARTINS 2º STÉFANO DORNELLES 3º MARCEL MIRANDA 4º MARCEL DEROSE Renan Borba: O surfista, local de Torres, que já conquistou os títulos de bi-Campeão Gaúcho na categoria Iniciantes e de Campeão Gaúcho Mirim, competindo hoje na categoria Júnior, conta com os patrocínios da HB (Hot Buttered), Sunset, e das pranchas Gabriel Vicente e Glass Brothers para ano de 2005.
Pablo Paulino é capa da revista Surfing Life
Qixperience Tour Brasil São Paulo 2005 Out Storm, essa promete Chega ao mercado surfwear da região sul, a mais nova marca identificada com o style da tribo das ondas. Trata-se da Out Storm. Com uma linha que mostra qualidade em suas estampas iradas, ela vem trazer satisfação e modernidade a quem usa. Logo você poderá apreciar a coleção nas melhores surf shops do estado.
Campeão Gaúcho de Surf 2004 fecha patrocínio com a loja The Surf Board Shop Marcel Miranda, paulista radicado em Torres/RS, é um dos atletas mais respeitados do Estado. Na sua carreira, adquiriu títulos importantes, como o de bicampeão gaúcho open e bi-campeão gaúcho pro que considera uma vitória inesquecível. Para o Atleta, ser campeão gaúcho profissional dá uma “injeção de ânimo”. O atual campeão gaúcho profissional fechou patrocínio com a The Surf Board Shop, de Gravataí/RS, no final de abril. Afirma que esta nova parceria vai lhe trazer muitos resultados positivos: “a The Surf, hoje, é uma das principais surf shops do RS e, até mesmo, do Brasil. É disso que um atleta precisa uma marca forte, dando um bom apoio, para surfarmos tranqüilos”.
Tecnologia inovadora Em visita a redação do Extremo Sul o shaper Marcio Melo Guimarães falou que está com uma técnica avançanda de produzir suas pranchas com sistema epóxi onde a prancha fica 30% mais flutuante fazendo com que se torne mais rápida, a prancha se torna mais resistente pois tem 2 camadas de fibra em cima e embaixo tornando a prancha mais resistente e possibilitando mais agilidade nas manobras. Contatos com o Marcio pelo telefone:91834806 ou pelo E-mail: mmgtkm2@pop.com.br
Chegou a hora desta experiência alcançar o público de São Paulo e seguir viagem pelo interior do Estado durante 13 dias. Com todo o aparato das demos já realizadas em Garopaba e Florianópolis, a Qixperience leva adiante o conceito de integração entre skate-grafite-música. Depois do sucesso obtido nas duas primeiras edições, agora é a vez dos atletas profissionais Rodil de Araújo Jr., Allan Mesquita, Rafael Russo, Fábio Sleiman, Fabiano Lokinho, Willian Seco e Fábio Pen mostrarem suas habilidades, juntamente com, grafiteiros, djs e músicos. A tour paulista abre em festa no dia 15 de Abril, com o show do músico Chorão no Directv Music Hall. Na seqüência, partem com destino a sete cidades do interior e mais dois retornos à capital, encerrando no dia 27 em grande estilo, onde o DJ Homeless e MC's convidados animam a rapaziada; o grafiteiro Binho e artistas consagrados no grafite nacional fazem a arte e, no telão, os DVDs Qix Tour Europa 2004 e Champion preenchem essa confraternização. A tour ainda vai passar pelos estados do Rio Grande do Sul, do Paraná, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Distrito Federal e de Goiás. Relembrando que a Promoção Tênis Qix Chorão volta ao ar no início da tour. Acesse qix.com.br, cadastrese e concorra ao model do músico e skatista.
Imagem Impressionante Sob os olho de diversos representantes da elite do surf mundial, incluindo os irmãos Andy e Bruce Irons e o ex-top do WCT Shane Dorian e toda a mídia internacional, o consagrado local Raimana Van Bastolear chegou perto de perder a vida em uma das cenas mais incríveis da história do surf. Depois de ser rebocado em uma onda de cerca de 4 metros durante a session matinal, Raimana viu seu parceiro, o havaiano Reef Macintosh, ser pego pelo lip da onda e em poucos segundos o jet-ski despencou literalmente em cima de sua cabeça. Bastolear só teve tempo de perceber o risco e mergulhar, enquanto o jet explodiu contra o fundo.
A presente edição da Australia's Surfing Life, principal publicação australiana e uma das mais conceituadas revistas do mundo, traz na capa ninguém menos que o jovem cearense Pablo Paulino, atual campeão mundial Pro Junior da ASP. A foto mostra uma rasgada de Pablo em Left Hands, região de Margaret River, oeste australiano, aparentemente impossível de ter sido completada, "mas eu voltei, tem a seqüência da manobra em página dupla lá dentro para comprovar", garante o surfista de 17 anos. Ela ilustra a matéria intitulada "Futurama" e foi tirada durante uma expedição realizada no início de fevereiro com alguns dos principais nomes da nova geração mundial sub-21 e de representantes da mídia internacional. A Billabong Brasil comemorou a conquista do atleta na mídia australiana. Para Zé Paulo, chefe de equipe da marca, é uma conquista não só de Pablo, mas do surf brasileiro.
Começa a retirada dos Quisques em Tramandai
Emerson Peres: O surfista, local de Torres, ficou na 3ª colocação na categoria open da primeira etapa do Gaúcho Amador, realizado na praia de Cidreira, entre os dias 29 e 30 de janeiro. Emerson conta com os patrocínios das pranchas Toni Ferraz, Glass Brothers e dos tênis Axis, mas está sem nenhum patrocinador principal para correr o Circuito Gaúcho 2005. Iuri Silva: O surfista, local de Torres, que compete na categoria Júnior, possuindo apenas os patrocínios das pranchas Jonatan Grandini e da Natural Surfing, está sem nenhum patrocinador principal para correr o Circuito Gaúcho 2005. Interphone Conveniências Digitais: Na Interphone você encontra os serviços de Internet (banda larga), posto telefônico, fax, digitações de textos, impressões, xerox e loja de conveniências, com atendimento direto dos proprietários, no pico mais surfe da cidade. A Interphone fica no Itália Praia Shoping Rua Júlio de Castilhos, nº 477, Sala 03 - Telefone (51) 626.3700. J.C. Torres: O Jornal da Cidade de Torres é o único jornal com duas edições semanais. No J.C. Torres você encontra as notícias mais completas e atualizadas de tudo o que acontece em Torres e região. Nele você também encontra a coluna Info Wave, informativo que traz tudo o que acontece no surfe torrense, gaúcho, brasileiro e mundial. Acesse www.jctorres.com.br.
POR CARLOS FREITAS cdvtorrica@hotmail.com
Com o prazo expirando no dia 12 de abril, os quiosques da orla de Tramandaí já começaram a ser retirados. Os proprietários foram notificados pela Prefeitura que teriam de sair há 30 dias. Muitos ainda estão abrindo e tentam aproveitar o resto de tempo que têm. Os que já fecharam, tiveram os quiosques demolidos. A retirada é uma exigência da Secretaria de Patrimônio da União - SPU. A Prefeitura de Tramandaí conseguiu ampliar o prazo para essa medida, que estava prevista para o início de 2004. Agora, a Justiça determina que o município cumpra o acordo, feito através de um termo de ajustamento. “Estamos dando tempo para que os quiosqueiros possam encerrar suas atividades e fazer a retirada de seus pertences com calma, sabemos que é um momento de muita incerteza para dezenas de famílias”, disse o secretário de Meio Ambiente, Renildo Chagas. De acordo com o secretário, em breve o prefeito Rapaki estará convocando os quiosqueiros para uma reunião que vai definir a próxima temporada
Maicon Rosa fecha patrocínio com à Crivella O surfista paranaense Maicon Rosa, fechou patrocínio com a marca do shaper carioca Eduardo Crivella. O paranaese que já foi campeão paulista entre outros títulos, disse que está cheio de vontade para ser campeão do Super Surf, agora mais do que nunca. A confecção da marca que está irada e as pranchas você pode conferir nas melhores lojas do ramo. ou pelos contatos confecção representante Charles fone: 30285857 e pranchas Val Ala: 81224829
Lançada a 12ª ACTION-SSB Intitulada " Go to Bussines", a feira acontece de 17 a 21 de julho de 2005. Foi lançada na última quinta-feira, dia 05 de maio, a 12ª edição da feira comercial ACTION-SSB, focada nos pedidos das coleções primavera 2005 / verão 2006. Após um descontraído coquetel, Rodrigo Berta, gerente administrativo da CB Eventos, apresentou o novo formato da feira e debateu com os representantes e fabricantes presentes detalhes e ajustes para esta próxima edição. Com novo formato, a feira irá ocorrer durante os dias 17 a 21 de julho (domingo a quinta-feira), das 10 às 19 horas. A feira, totalmente focada em negócios, ocorrera num ambiente fechado para representantes / fabricantes e lojistas, visando o fechamento de pedidos das coleções que estão por vir. Entre as novidades haverá um desfile das empresas participantes, estadia para 50 lojistas do interior (100 km ou mais de Porto Alegre), sorteio de uma passagem para o Chile (a cada compra o lojista ganha um cupom) e cursos gerenciais. Os espaços já estão sendo comercializados pelo representante comercial da CB Eventos. Informações: Comerciais: (51) 8152.8273 - Artur Administrativas: (51) 3226.2001 - Rodrigo mkt@cbeventos.com.br
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Ligue, agende uma visita e ganhe uma aula gartuita. WINNER BERING / PETRÓPOLIS Av. Protásio Alves,3435 Fone: (51) 3338.1957 / 3338.3378
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Netuno Surf Boards O shaper Maicon Souza é uma figura a parte é o nosso Dadá Figueiredo dos pampas, com seu estilo totalmente hardcore, você encontra essa figura do surf gaúcho na plataforma de Tramandaí ou na praia do imbé, dentro d'água ensaindo seus aéreos. Chamado pelos amigos de Netuno, pois e o nome da marca de suas pranchas, ele continua desenvolvendo suas pranchas em tramandaí e quem quiser dar uma conferida nas suas pranchas que são feitas realmente por quem pega altas ondas e só entrar em contato com o Netuno pelo telefone: (51) 91610413 ou na Av. Rubem Berta, 719 centro lagoa de Tramandaí-RSe-mail:netunosurfboards@hotmail.com
A mais nova princesinha do surf aqui dos pampas Quem não conhece o Franco um dos mais irreverentes representantes aqui do estado, que representa as marcas Lost, MCD, South to South, ECHO, VANS, XXL...E que agora está bombando a sua nova marca a HUNTINGTON, acaba de ser pai de uma linda menina que se chama Nina, nome totalmente diferente e atitude como não poderia deixar de ser vindo de uma cara que nem ele. Parabéns Franco e Rita por essa linda filha e sucesso pra Nina! E o que deseja a equipe do jornal Extremo Sul!
Club Sandwich Agora a galera de Porto Alegre, pode contar com os serviços do CLUB DO SANDUICHE, os melhores sanduíches produzidos pela parceria das amigas Gabriela e Ester, que ficam ali na Rua: Quintino Bocaiúva, 433 no bairro Floresta. Aberto das 16h às 23h, de Segunda-feira até Sábado com serviço de teleentrega, Domingo só pela tele-entrega no fone 3330-9501, vale conferir.
Curso para formação de Shapers Agora a Choko Glass, está lançando no mercado o curso para formação de shapers. O curso é ministrado por Jack Chocolate, e o valor é de R$2.000,00, para maiores informações ligue para o fone: 33440882 ou 91785549
Restaurante Le Chalet A todos os surfistas que não abrem mão de uma boa refeição, o Tio Bopre nos pediu pra avisar que agora, o Lê Chalet o melhor restaurante de Tramandai, está abrindo somente aos finais de semana. O Lê Chalet, tem uma promoção especial de preços pra galera do surf, é só dizer que leu no Extremo Sul essa nota, e recebe um super desconto no almoço. O restaurante fica ali na Beira Mar, 1100 Tramandai RS, funciona das 11h às 15h.
Programa Surf About Video Drop Dead Produzido pela Maloca Vídeo, “Fé em Deus e Pé na Tábua” tem 30 minutos de duração com imagens de surf e skate da equipe de atletas - Marcelo Kosake, Ricardo Pingüim, os irmãos Wagner e Rodolfo Ramos, Léo Kakinho, Pedrinho Barros, Binho Nunes, Marcelo Trekinho, Jean da Silva e Leandro Moulin - em vários picos e retrata o cotidiano de quem vive neste dois universos com uma dose de muito bom humor e criatividade. Os protagonistas exibem um verdadeiro show de manobras tanto na água quanto no concreto que vão desde o clássico até o mais moderno, inovador. A fotografia, o talento dos atletas e uma trilha sonora que não deixa a desejar, chamaram atenção vale a pena conferir.
A equipe, do Jornal Extremo Sul, agradece ao nosso amigo Marcelo Silva do programa Surf About, pelo espaço em seu horário s e m p r e q u e lançamos o Jornal, SURF ABOUT vai ao ar todas as Sextasfeiras, a partir das 20h até às 22h noticiando tudo que acontece no mundo do surf, e parabéns também a Rádio Ipanema 94.9 fm que recentemente ganhou um prêmio na categoria melhor rádio por tocar musicas alternativas.
Vans de verde e amarelo A VANS, empresa com matriz na Califórnia, desde 1966 em plena atividade, é uma das líderes de vendas e produção de tênis, roupas e acessórios, presente em quase todos os países. A VANS está de volta no Brasil, agora sob nova direção e com representação aqui no sul pela HUNTINGTON (Fones: 3328.8961 / 3328.8775). A VANS tem um jeito próprio, único, sem igual que está presente em tudo que faz, aliando: matéria prima de qualidade, conforto, resistência com muito estilo acima de tudo, em seus produtos. Nenhuma outra marca apoia tanto quanto a VANS o skate, surf, snow, motocross e bmx. Patrocinando eventos e competidores, no “dream team”: Geoff Rowley, Dustin Dollin, Steve Caballero, Bucky Lasek, Shea Lopez, Jamie O'Brien, “Ratboy”, “Barney” e muitos outros. Mais informações no site oficial: www.vans.com. Já está disponível a coleção de inverno da VANS 2005 de roupas e acessórios nas melhores surf & skate shops do Estado. Aguardem, em breve a coleção completa de tênis.
Charles Representação Charles Surf representações agora de endereço novo, na Rua: Sinal Rapper, 375 conj. 201, bairro Navegantes. Nos módulos do DC Navegantes. Você indo pela Lauro Muller em direção ao DC Navegantes primeira rua à direita.
1º Quiver Surf Friends Realização ASNH, dias 4 e 5 de junho de 2005 em Imbé-RS. Categorias: - Open - Interna p/ atletas de NH e CB - Júnior - Mirim - Longboard - Sênior - Feminino Valor de inscrição: R$ 30,00 open e R$ 25,00 demais. Inscrição lojas Quiver: 3065-2710 ou 597-4119
www.ondasdosulrs.com.br Esta foto foi enviada ao site por Walter Buarque e é de propriedade de Marco Zorzanello, o qual também escontra-se na foto. Data 1978. Dos que ainda freqüentam o pier estão: Staut, Alemão Walter, Negão Luis, Ferrari, Caverna, Marco Zorzanello e eu Walter Buarque. Ainda temos contato com o Pateta e o Patetinha, Marcos Daudt, Ramon, Dedé, Marcelo Ferrari, Marcelo de São Leopoldo, Ivar Licks, Adrianão, Rafael Ott. Tem quatro que eu ainda não identifiquei. A Placa dizia: Por ordem da capitania dos portos fica proibido surfar a menos de 200 m da plataforma. Xandão / www.ondasdosulrs.com.br
Gil pereira Centro de Treinamento ! Uma solução viável. "Persistência e determinação são escolinha de surf de aprendidas!” Quando ouvi essas palavras Ubatuba teve no em um vídeo da Billabong de ninguém desenvolvimento menos que Mark Occhilupo, comecei a do seu surf. Também pensar porque não temos um melhor na mesma Fluir tem uma entrevista com o desenpenho no surf. Tudo bem, alguns atleta Guilherme Herdy, na qual ele vão dizer que faltam boas ondas. apresenta que uma das dificuldades Concordo! Faltam maiores investimentos encontradas pelos atletas no WCT é das empresas nos atletas. Também justamente a falta de um treinamento mais concordo! Mas será que é só isso? intenso. Trocando em miúdos um Tenho visto de forma assombrosa a forma personal training ou uma academia para como esportes até então considerados treinar. Morei a algum tempo atrás no sem tradição no país, serem elevados à Paraná e conheci o que eles categoria de paixão naciochamam de "Centro de nal. Quer um exemplo? Giexcelência do esporte". O que “Tenho visto nástica olímpica. o Brasil vem a ser isso? São centros muitas nunca foi um exemplo de c o m u m a e q u i p e grandes atletas na ginásmultidisciplinar que trabalha o revelações do tica olímpica. E no entanto desenvolvimento do atleta surf no RS temos uma atleta (Daiane como um todo. Tanto a parte dos Santos)que é a grande física, tática e psicológica. aparecerem e estrela do esporte mundial. Também recen-temente na E sem falar de outras grandepois de uma praia Mole em Santa Catarina, des atletas revelações. começou com o apoio da Quer outro exemplo? O tê- carreira vitoriosa Mormaii o Centro desportivo e nis! Depois da grande vitónas categorias cultural Arágua. Um centro ria do Guga em Roland com o objetivo de desenvolver Garros o tênis virou febre. grometz e mirim, esses aspectos e o que é Mas será que essas simplesmente melhor, se utiliza do próprio pessoas despontaram ambiente para os treinadesaparecerem” assim de barbada? Simmentos. Acredito que esse plesmente porque eram trabalho poderia e pode ser excepcionais? Ou será que existe um forte desenvolvido aqui no nosso litoral. Cada t r e i n a m e n t o p o r t r á s ? cidade pode apresentar um projeto ao seu Com certeza a maior virtude destes prefeito e reivindicando um local para a esportes é o forte ritmo de treinos impostos realização dos treinamentos e firmar por seus técnicos. E acredito que se não parcerias com empresas tanto locais for por isso dificilmente chegaremos a como de fora. Acredito que com um pouco algum lugar. Tenho visto muitas revelações mais de envolvimento e do surf no RS aparecerem e depois de uma comprometimento, podemos melhorar a carreira vitoriosa nas categorias grometz e qualidade do surf no nosso estado. E mirim, simplesmente desaparecerem. O quem sabe em alguns anos termos um que vem acontecendo? Porque esses campeão mundial de Tramandaí de Imbé talentos não são aproveitados? ou de Torres. Apesar de existirem vários fatores que Era isso... determinam a evolução desses atletas, Um abraço a todos. acredito ter um fator que poderia ser mudado. Gil Pereira. Na Fluir de Novembro em uma entrevista com o campeão brasileiro Renato Galvão, gilimbe@hotmail.com ele agradeçe a importância que a Gil tem o apoio da Netuno Surfboards
Jiu-jitsu
POR MIGUEL NORONHA
Extremo sul
Março/Abril, 2005
8
Diego luciano de oliveira ramires (laranjinha)
Gabriela Ullmann (Gabi) 22 anos Faixa Branca
14 anos Faixa Amarela “se eu for mal na escola não posso treinar”
“aumentou minha confiança e a minha auto-estima”
HUMILDADE, DETERMINAÇÃO, DISCIPLINA, PERSEVERANÇA, AMIZADE, RESPEITO E CONCENTRAÇÃO
Gabi - Com certeza, muita vontade. Fortinho-A minha categoria Master tem poucas competições e tenho me dedicado mais ao treinamento da equipe, tenho lutado de dois a três campeonatos por ano. As pessoas leigas confundem Jiu-jitsu com vale tudo, onde está a diferença? Laranjinha - O Jiu-jitsu como o vale tudo não tem uma imagem muito boa, o vale tudo é uma maneira de um atleta ganhar dinheiro e o jiu-jitsu não dá dinheiro, são diferentes pelos golpes e pelas regras. Gabi - A diferença é que um começa no tatame e a outra no ring, o Jiu-jitsu tem golpes de imobilizações e o vale tudo tem golpes traumáticos socos, chutes. Fortinho - A diferença que o vale tudo é uma serie de lutas marciais aplicadas ao mesmo tempo, o Jiu-jitsu da nossa academia se resumi a defesa pessoal e o Jiu-jitsu desportivo sempre com kimono, existe uma diferença grande que no jiu-jitsu não pode haver golpes traumáticos como socos e chutes existentes no vale tudo, no jiujitsu colocar o oponente no chão fazendo que o adversário desista da luta por meio de imobilização.
Alexandre de souza fortes (fortinho) 32 anos Faixa Preta
“a gente começa a ter uma vida mais saudável.”
e
ssas sete palavras, são levadas a risca por um grupo de atletas que praticam a "ARTE SUAVE", bem mais conhecida como Jiu-jitsu.
Para muitas pessoas, só no fato de você falar que pratica o Jiu-jitsu, já pode causar espanto, medo ou até mesmo preconceito. Nessa entrevista com três atletas de diferentes níveis e modalidades, procuramos mostrar aos nossos leitores que praticar o Jiu-jitsu é uma forma de aplicar conhecimentos de defesa pessoal, altamente eficazes e também esclarecer algumas curiosidades de quem está praticando já algum tempo e quem inicio agora. Maiores informações podem ser conseguidas no site da www.fllrs.com.br entre outros sites especializados.
Existem muitos atletas na tua modalidade e qual é a tua categoria no Jiu-jitsu? Laranjinha - Sim, o pessoal da Delarriva, Pro Faith, Marrinha de São Leopoldo entre tantos outros.Infanto Juvenil (13,14 e 15 anos) todas as faixas (juntas). Gabi-Tem bastante, minha categoria é a faixa branca, por enquanto.(risos) Fortinho - Aqui no estado deve ter uns 3.000 praticantes, sou faixa preta categoria máster desde 2002, estou no Jiu-jitsu há 10 anos e estou no começo da minha carreira.
Como o Jiu-jitsu despertou teu interesse em praticá-lo? Com quantos anos? Laranjinha - Seguinte, eu fazia judô antes na UFRGS, mesmo projeto que o prof. Márcio Corleta está fazendo aqui, para crianças carentes, um dia eu estava subindo a Av. ProtásioAlves e passando pela frente da academia resolvi entrar, e ver como era o Jiu-jitsu. O professor Márcio Corleta perguntou se eu estava a fim de fazer um treino. Comecei com os mais graduados fazendo um Judô básico, peguei de cara alunos de faixa roxa e amarela, me sai bem e o professor Marcio Corleta perguntou se eu gostaria de ser bolsista da academia. Gabi - Sempre gostei de esportes de lutas e artes marciais. Fortinho Em torno de 1994, no inicio do Jiu-jitsu aqui no estado comecei a treinar por influência dos meus amigos.
Alexandre Fortes pega as costas com os ganchos e finaliza com um estrangulamento de gola.
Quais são os teus ídolos, as pessoas que podem servir de referência no Jiu-jitsu na tua opinião? Laranjinha - Prof. Marcio Corleta, Fabrício Verdum, Ronaldo Jacaré, Fernando Terere e Roger Greice. Gabi - Eu tenho como minhas referencias meus professores Márcio Corleta e Alexandre Fortes, que desde o inicio e até hoje me acompanham e ajudam nos treinos, e outros dois parceiros de treino, que diariamente estão em aula comigo treinando me auxiliando e inovando meus conhecimentos no Jiu-jitsu, Marcelão e Rafael Azambuja. Fortinho - Prof. Márcio Corleta, Prof. Tonho, Prof. Silvio Behring, e Prof. Mauricio Behring.
NORONHA
Quantas vezes tu treinas o Jiu-jitsu? Praticas outros esportes? Laranjinha - Eu treino toda a semana de Segunda-feira a Sábado das 14h às 18h, na parte da manhã eu estudo, e se eu for mal na escola não posso treinar. Sim Pratico Judô. Gabi - To treinando cinco vezes na semana, quase todos os dias, sim musculação. Fortinho - Duas vezes por dia, dou quatro turnos de aula todo dia, mas treino mesmo pra competir só duas vezes por ano. Sim, tenho praticado o surf e musculação.
Além da defesa pessoal, o que o Jiu-jitsu acrescenta na tua vida? Laranjinha - Cara, antes no colégio eu era um aluno muito rebelde, hoje melhorei o meu comportamento, meu desempenho dentro da sala de aula, o Jiu-jitsu mudou a minha cabeça. Gabi - Me deixou bem mais ativa disposta, aumentou minha confiança e a minha auto-estima, além de ser um ótimo exercício. Fortinho - O Jiu-jitsu é uma filosofia de vida, quando a gente passa a treinar o Jiujitsu agente aprende com o longo dos anos, cada vez mais a ter responsabilidade a gente começa a ter uma vida mais saudável.
Abaixo: Laranjinha (Diego) atacando um triangulo da guarda em seu oponente.
Deixe um recado para galera que gostaria de conhecer a arte suave (Jiu-jitsu)? Laranjinha - O Jiu-jitsu é um esporte saudável ajuda no desempenho mental. Gabi - Meu recado para as meninas que querem praticar o Jiu-jitsu, é o seguinte: Hoje em dia o número de meninas que está praticando o jiu-jitsu está crescendo, o jiu-jitsu não é uma luta violenta e não existe preconceito dentro da academia, todos lá dentro formam uma família e existem sim outras meninas que treinam comigo, que além de serem minhas colegas de treino, se tornaram grandes amigas, o lance é perder a timidez e se dedicar aos treinos, a Winner está de portas abertas para as meninas que tiverem interesse para aprender o Jiu-jitsu.
Você já sofreu algum tipo de preconceito por praticar Jiu-jitsu? Laranjinha - Não, nunca. Gabi - Sim, quando a galera sabe que treino Jiu-jitsu logo vem a piadinha é perigosa tem que se cuidar! Fortinho - Não só sofri como sofro atualmente, o Jiu-jitsu foi marginalizado por brigas, mas é coisa da luta, com o trabalho serio que estamos desenvolvendo aqui no estado isso logo vai mudar. E como você reagiu com a situação? Laranjinha - * Gabi - Eu dou risada (risos) Fortinho - A mudança foi dada, trabalhos com as crianças e na parte feminina, queremos mostrar para as pessoas que o Jiu-jitsu tem a defesa pessoal, e isso crescera gradativamente, com a consciência das pessoas treinando e evoluindo suas mentes.
NORONHA
Há quanto tempo tu treinas o Jiu-jitsu e qual o teu golpe preferido? Laranjinha - Em Novembro vai fazer 6 meses, meu golpe é o Triangulo. Gabi - Desde final de Setembro de 2004, putz... os golpes de raspada. Fortinho - Treino há 10 anos, meu golpe é a pegada pelas costas. Temos vários exemplos de bons resultados big atletas que se dedicaram e hoje são referência mundial, vocês tem objetivos neste sentido?
Gabi: Raspada de guarda fechada desequilibrando o adversário com o peso da quadril no joelho.
NORONHA
Hoje em outros países o Jiu-jitsu é considerado um dos melhores métodos de defesa pessoal, o que falta na tua opinião pro Jiu-jitsu aqui no Brasil ampliar os praticantes? Laranjinha - No Brasil o Jiu-jitsu deve estar mais na mídia, jornais, tv. Gabi - Divulgar o esporte, fazer mais matérias sobre o Jiu-jitsu é isso. Fortinho - Um trabalho focado totalmente com as crianças na idade de 6 anos em diante, seria o nosso maior carro chefe, porque teríamos o apoio da família e daí aumentaria a busca pela defesa pessoal.
Consorcio Social da Juventude Governo Federal em parceria com instituições de ensino promovem cursos de formação profissional gratuito a jovens carentes de 16 a 24 anos.
social
Aluno corta estrutura de metal
Extremo sul
Por Jean Andrade - Assessoria FGSKT FOTOS: NORONHA
A
lém de aprenderem um ofício ganham uma bolsa auxilio de R$ 150,00. Em Porto Alegre uma das instituições que foram contempladas para realizar estes cursos foi a Fundação Pão dos Pobres que sabendo dos excelentes trabalhos de inclusão social feitos pela FGSKT convidara-na para montar curso na área, devido a grande necessidade de profissionais especializados e em pistas e shapes de skate foi estruturado o curso profissionalizante, “Marcenaria: Pistas e Shapes de Skate”, onde além de todo o conteúdo de um curso normal de marcenaria o jovem terá a oportunidade de aprender a fazer obstáculos e shapes de skate, além de informática e cidadania. O curso é inédito no Brasil e esta sendo ministrado por profissionais da FGSKT. Já foi realizada uma palestra que introduziu os alunos na história e no mercado do skate, contou com a presença de Marcus Cida, atleta profissional, Ricardo Menezes, skatista e presidente da FGSKT, Jean Andrade skatista e diretor esportivo da FGSKT, Régis, skatista e presidente da Associação Aberta dos Skatistas de São Leopoldo além dos instrutores do curso Fred (arquiteto), Gustavo “Gosma” (marceneiro) e Leonardo Alves “Léo”(shaper). Essa iniciativa mostra a preocupação em formar profissionais capacitados para o mercado cada vez mais crescente do skate gaúcho e brasileiro. O primeiro trabalho destes alunos é a construção da pista móvel da FGSKT que está sendo construída graças a parceria da Fundação Conesul de Desenvolvimento e Greenpeace (madeirasFSC). A previsão é de que até a 2ª etapa do Circuito Gaúcho Amador de Street Skate deverá estar toda pronta, esta pista é um sonho desde a fundação da FGSKT que vem desenvolvendo diversas ações pela promoção do esporte sempre preocupado com o lado social em tudo que faz.
Acima: A pirâmide pronta para receber os compensados.
Nesta Foto: Emerson, Luciano, Douglas, Fernando da pista Swell, Ricardo FGSKT, Jean imprensa FGSKT e o Gustavo Gosma. Acima: Ricardo acompanha de perto o desenvolvimento do projeto.
Emerson lapidando o ferro no esmiril, o capricho fundamental.
Estrutura Soldada.
FAIET
Março/Abril, 2005
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Free moments NORONHA
Extremo sul
NORONHA
Eduardo Scherolt rasga forte no Pier de Tramanda RS NORONHA
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NORONHA
Alemão Ico destaque no free surf de Tramandaí.
Decolagem com estilo, Gil Pereira, Tramandaí RS. NORONHA
NORONHA
“Filho de peixe” ... Ian Gouveia, filho de Fábio Gouveia, entocado na Praia do Rosa.
Surfista não identificado durante a Expression do Supersurf no Rosa. Grande vencedor do Supersurf no Rosa. Fábio Gouveia.
NORONHA
Março/Abril, 2005
NORONHA
A valinha do Rosa estava cheia de talentos da nova geração. Praia do Rosa SC palco da abertura do Circuito Brasileiro de Surf Profissional 2005.
Beto Fernandes de SP durante a final do Supersurf. NORONHA
NORONHA
NORONHA
NORONHA
SNI arrepiando no free surf durante o Supersurf.
Capa de nossa 5ª edição, Zezinho fazendo o que mais gosta, voar . Rosa.
NORONHA
NORONHA
O carioca Vitor Ribas marcou presença na abertura do Supersurf. Pier de Tramandaí. Esta é a melhor opção para fugir das redes no inverno gaúcho. Perfeição em Santa Catarina. Rosa.
NILTON SANTOS (FECASURF)
LEMOS
Silvana Lima campeã do Supersurf, Rosa. ARQUIVO PESSOAL
Eduardo Garcia, Avelhanas Costa Rica. Quem ja surfou em Pipeline sabe o quanto é difícil conseguir dropar uma onda lá. O gaúcho Diego “Capivara” também.
Paulada de Robson Gobato no Rosa.
ARQUIVO PESSOAL
Cristiano Fornari, grande nome do surf gaúcho, durante campeonato vencido por ele em Capão Novo RS.
NORONHA
A bodyboarding Roberta Pereira, estrela desta edição.
MÁRCIO ARAUJO
NORONHA
NORONHA
Free moments
As mulheres mais bonitas do Brasil estão aqui no sul. Graças a Deus.
Tayron dos Santos. Bs flip durante etapa do Circuito Gaúcho de Skate Amador em Vacaria.
Rafael Russo numa seção na Swell Skate Camp em Viamão RS. NORONHA
na busca
Extremo sul
Março/Abril, 2005
um dia na vida de 4 surfistas da nova geraçao
DIEISON BARBOSA
JONAS BROCCA
C
RUANA DRUMMOND
ZEZINHO
omo pensar no futuro sem olhar para o presente. Foi com esse objetivo que decidimos fazer essa matéria, pegamos 4 surfistas da nova geração, que estão se destacando nos campeonatos e no free surf, e passamos um dia na com esses talentos do surf gaúcho, que com certeza vão incomodar muito. Apesar da falta de campeonatos e patrocínios, eles não se cansam de correr atrás de seus ideais. Quem disse que o surf do Rio Grande do Sul não tem futuro? Será que daí poderia sair um novo Pedra ou um novo Daison? Façam suas apostas.
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NORONHA
dieison 15 anos Tramandai rs Começei a surfar com 11 anos. Aos 12 já começava a participar dos primeiros campeonatos. Meu principal título foi o de campeão gaúcho iniciante em 2003. Adoro competir. Meus ídolos no surf: kelly Slater e Rob Machado pelo backside. Objetivos no surf: Ir morar em Torres com o apoio da Swell e da TOOLS e evoluir cada vez mais.
Nome: Dieison Barbosa Idade: 15 anos Local de Nascimento: Tramadaí Onde surfa: Pier de Tramandaí Patrocínio: Swell Co- patrocínio: Index krown, TOOLS Shaper: Gilberto Nogueira
NORONHA
Nome: Jonas Uilian dos Santos Brocca Idade: 19 anos Local de Nascimento: Torres Onde surfa: Torres Patrocínio: Natural Surfing e Jonathan Grandini Surf Boards Co- patrocínio: Simões consertos Comecei a surfar com 11 anos, por incentivos de amigos e de meu irmão. No começo meu objetivo era surfar apenas por esporte, não pensava em competir, mas em 2000 quando tinha 14 anos as etapas do circuito gaúcho amador foram realizadas em Torres. Foi aí que comecei a competir. Não me dei bem nas primeiras etapas, mas logo fui aprendendo as “manhas” de competição e acabei o ano em 3º no ranking gaúcho iniciantes e campeão AST Iniciantes invicto. Com o passar do tempo fui adquirindo experiência e tendo alguns bons resultados. Meu objetivo no surf é quase o mesmo de todos os surfistas que competem, viver do surf. Mas é quase impossível porque são poucos os empresários que olham um surfista como um trabalhador que tem uma profissão e precisa de patrocínios para se manter. Eu não queria escrever isso mas a situação que se encontra os surfistas profissionais do nosso Estado são “bizarras”. Não teve ainda nenhuma etapa do profissional este ano no estado e para correr uma etapa fora é uma nota que sem um patrocinador “não tem” como correr as etapas que rolam longe. Isso para nós surfistas custa muito caro, mas para um empresário é pouquíssimo, acho eu uns 2% de sua fatura. Por isso estou dando um tempo para ver se consigo um patrocínio de BICO pra que possa virar profissional e correr todos os campeonatos. Hoje eu só vou competir porque gosto muito mesmo é irado competir. Ta lá com a galera na praia, dentro da água com aquele friozinho na barriga a cada série... Poh competir é muito bom mesmo!
jonas 16 anos torres rs
NORONHA
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Alguns surfam, outros decolam! Protótipos de naves TKM2, estão sendo desenvolvidas com alto grau de qualidade, e funcionamento preciso nos momentos críticos da manobra. Verifique os modelos no www.4surf.com.br/tkm2, e envie um e-mail para mmgtkm2@pop.com.br, e ao adquirir uma TKM2 você guanhará uma camiseta ou leash
na busca
Extremo sul Março/Abril, 2005
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Nome: José Luis de Mello Idade: 14 anos Local de Nascimento: Capão da Canoa Onde surfa: Píer de Atlântida Patrocínio: Crivella Co-patrocínio: Out Side Surf Shop Shaper: Eduardo Crivella
O Tuca foi quem me iniciou no surf, me dando a primeira prancha e os primeiros toques, depois foi o komarú, me dando prancha e me levando para os campeonatos. Depois de algum tempo através de amigos, conheci o Val alla da Crivella, que me da tudo que preciso, e o shaper Eduardo Crivella, faz os foguetes que estou surfando. Também conheci o Juliano da Out Side que também está me apoiando. Comecei a surfar através dos meus amigos com 12 anos. Este ano meus objetivos e competir o gaúcho e algumas etapas do catarinense e do brasileiro amador e no ano que vem treinar forte para correr todos eventos, para ver até onde posso ir. Meu sonho e ser top WCT. Meus principais resultados foram: Hiptronic 2º lugar júnior, Taça Trópico 3º lugar mirim, Surf Boys 4º lugar mirim, Asca Santa Catarina 1º lugar mirim e 2º júnior entre outros. Adoro competir, da aquele friozinho na barriga e me ajuda a evoluir bastante. Gostaria de agradecer ao Tuca, Komarú, Juliano e em especial ao Val alla , a minha família e a Deus.
zezinho atlantida rs NORONHA
Nome: Ruanã Medeiros Drummond Idade: 17 anos Local de Nascimento: Porto Alegre Onde surfa: Torres (Molhes) Patrocínio: Huntington , Wolv e Tools Co- patrocínio: Tools Shaper: André Torelly's (Pranchas Wolv) NORONHA
Meu pai me deu a minha primeira prancha com 10 anos, como morava em Porto Alegre só surfava nos finais de semana quando ia para casa da minha avó em Tramandaí. Cansei de vender minhas roupas pra poder ir pra praia. Com 14 anos ficava dois dias em Porto Alegre e cinco dias na casa da minha avó. Com 15 anos me mudei para Torres e comecei a levar o surf com mais seriedade fazendo treinamentos físicos e constantes trips para fora do estado, quando comecei tinha 10 anos em Nova Tramandaí, meus objetivos atualmente e ser campeão gaúcho amador, correr campeonatos profissionais e viajar para fora do pais e evoluir em ondas grandes. Meus principais resultados foram bi-campeão colegial, campeão do circuito ASIB, e ganhei a primeira etapa do circuito gaúcho de surf em 2005. gosto de competir pra mostrar pra si mesmo que se pode vencer.
ruana drummond torres rs NORONHA
Foto: Arquivo Pessoal - Feeling
Baiano/ Atleta Feeling Surfboards
Floripa Brasil (051)91458942 (051)33426191 Luciano
www.feelingsurfboards.hpg.com.br Fale com o shaper: maffa@hotmail.com Fábrica: (48) 269 8340 / com entrega a domicílio para todo o Brasil
Ultima hora
Extremo sul
Março/Abril, 2005
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FABIO GOUVEIA E SILVANA LIMA VENCEM O
NA PRAIA DO ROSA SC Beto Fernandes e Andréia Lopes começam 2005 como vice - campeões João Carvalho
O
paraibano Fábio “Fabuloso” Gouveia e a cearense
Silvana Lima começaram na frente na corrida pelos títulos brasileiros no SuperSurf 2005. Os dois
Fábio Gouveia quebrou tudo no Rosa.
NORONHA
RESULTADO MASCULINO
apresentação para derrotar a niteroiense Juliana Guimarães por 15,00 x 10,17 pontos. Em seguida, a carioca Andréa Lopes
venceram a etapa de abertura da temporada que foi realizada
pontuação: 8,96 x 6,90 pontos.
com grande sucesso na paradisíaca Praia do Rosa, em
Depois, entrou no mar a Havaianas Expression Session com
Imbituba (SC), com o prefeito Beto Martins já confirmando a
nove atletas surfando de sandálias para tentar a manobra mais
reedição do evento no ano que vem. Na grande final feminina,
radical e o vencedor foi o carioca Simão Romão. Nas
a defensora do título Silvana derrotou a ex-tricampeã brasileira
semifinais masculinas, primeiro Fábio Gouveia derrotou o
Andréa Lopes (RJ) e na masculina Fabinho bateu o paulista
baiano Flávio Costa por 13,50 x 9,40 pontos e na segunda Beto
Beto Fernandes por uma pequena diferença: 12,70 x 11,40
Fernandes despachou o carioca Yuri Sodré por 12,93 x 10,00
pontos. A vitória lhe valeu um prêmio de 22.000 Reais e
pontos. Os dois eliminados terminaram empatados em terceiro
Silvana levou 6.000 Reais pelo título nas ondas de meio metro
lugar, com cada um faturando 4.500 Reais e 730 pontos no
de altura na Praia do Rosa, com ambos marcando 1.000
ranking do SuperSurf 2005.
01: SILVANA LIMA (CE) - 1.000 PONTOS
02: BETO FERNANDES (SP) - 860
02: ANDRÉA LOPES (RJ) - 860
03: FLÁVIO COSTA (BA) - 730
03: JULIANA GUIMARÃES (RJ) - 730
03: YURI SODRÉ (RJ) - 730
derrotou a capixaba Yries Pereira com uma pequena
RESULTADO FEMININO
01: FÁBIO GOUVEIA (PB) - 1.000 PONTOS
03: YRIES PEREIRA (ES) - 730
05: RENATO GALVÃO (SP) - 610
05: SUELEN NARAISA (SP) - 610
05: MAICON ROSA (PR) - 610
05: TAÍS DE ALMEIDA (RJ) - 610
05: ADILTON MARIANO (CE) - 610
05: ALCIONE SILVA (RN) - 610
05: GUILHERME HERDY (RJ) - 610
05: LUANA PRADO (SP) - 610
09: WAGNER PUPO (SP) - 500 09: JOJÓ DE OLIVENÇA (BA) - 500 09: JIHAD KOHDR (PR) - 500 09: DAISON PEREIRA (RS) - 500 09: ERIK MIYAKAWA (SP) - 500 09: JANO BELO (PB) - 500 09: ANDRÉ SILVA (CE) - 500 09: ARMANDO DALTRO (BA) - 500
Praia do Rosa, show de surf na água e show de gatas na areia.
pontos no primeiro ranking brasileiro do SuperSurf 2005. O A decisão feminina foi a primeira a entrar no mar e com notas
junho em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.
5,33 e 5,40 Silvana Lima superou a carioca Andréa Lopes, que
Devido a um forte vento nordeste que entrou no meio da
só conseguiu notas 3,83 e 4,47 em suas duas melhores ondas
manhã, as finais acabaram sendo disputadas em ondas
surfadas nos 30 minutos da bateria. A atual campeã brasileira
pequenas, mas o pior era o grande intervalo entre as séries. O
começou o ano como em 2004, pois ela também venceu a
domingo decisivo foi inaugurado com as semifinais femininas,
etapa de abertura do SuperSurf realizada na Praia da
com Silvana Lima realizando uma grande
Joaquina, em Florianópolis (SC). NORONHA
próximo desafio será na Praia de Maresias, dias 22 a 26 de
POR MAURO EDUARDO “TOCO”
morte por redes O tempo passa e as coisas não mudam, 45 mortes de surfistas presos em redes de pesca. Quem será a próxima vítima? Será que um dia conseguiremos mudar essa triste estatística? Um assunto tratado à exaustão, mas urgente. O desleixo com que redes de pesca são lançadas ao mar acabou contribuindo para a morte de mais um surfista. Depois de um ano sem que ocorresse um caso de morte de surfista enrolado em equipamento de pesca, o Litoral Norte gaúcho voltou a registrar uma nova ocorrência desse tipo. Na tarde de sábado, houve a morte por afogamento de uma jovem que ficou presa num cabo enquanto praticava o esporte, em Cidreira. A universitária porto-alegrense Júlia Rosito, de 21 anos, surfava com o namorado próximo à guarita 177, quando ocorreu o acidente. Júlia ficou com o leche (corda que tem uma extremidade presa no tornozelo do surfista e outra na prancha) enrolado no cabo. Não havia rede no local. O namorado não teria conseguido soltá-la, pois o mar estava bastante agitado, e a corda acabou se rompendo. A estudante foi encontrada pela Brigada Militar já sem vida a menos de 500 metros do local, próximo ao calçadão, no Centro do município. (fonte: Zero Hora) Vou ser objetivo e sem muita história. Quantas vezes nós surfistas já ouvimos essa notícia... Nós mesmos aqui do extremo sul fizemos uma matéria especial sobre esse assunto na nossa segunda edição. E não e de hoje... Quantas vidas se foram pelo descaso das autoridades competentes. Chega de promessas vamos tomar atitude e propor soluções. Nossa equipe tem algumas sugestões e queremos coloca-las à tona para que providências sejam tomadas. Problema: Mortes em média de dois surfistas no litoral gaúcho, por redes de pesca. Estatística: 45 mortes nós últimos 20 anos. A 1º ocorrida em 1984, na praia de Cidreira, outras praias que também ocorreram mortes: Capão da Canoa, Rainha do Mar, Pinhal, Oásis, Nova Tramandaí etc... Soluções: Proibição das redes de pesca nas zonas urbanas do litoral, a exemplo de Torres (Mampituba até Itapeva) e Tramandaí (da Plataforma a Barra do Imbé). E aumentar as áreas pra prática de surf. Porque: Em 1988 quando foi sancionadas a lei 8.676 e 12.050, referente á demarcação das áreas de surf e pesca no litoral, do então deputado Sanchotene Felice, determinava que cada município litorâneo demarcasse a sua área, depois de mais uma morte de surfista em rede. Foi montada então uma comissão que contava com o atual presidente da FGS (Federação Gaúcha de Surf daquele ano), junto com o repórter da RBS Julio César Santos, e outros órgãos que percorreram as praias do litoral, procurando os donos das redes e indagando se os mesmos sobreviviam daquela pesca, foi comprovado que 80% dos pescadores tinha profissão paralela. O que poderia ser feito: montar uma comissão com os surfistas, imprensa e órgãos responsáveis para ver a real situação dessas redes no nosso litoral, se elas realmente servem como fonte de sobrevivência dessas famílias, e fazer uma emenda na lei para que seja proibida a pesca com esse tipo de rede, a exemplo de Torres e Tramandaí que e proibido esse tipo de pesca. (porque os filhos da elite podem surfar com segurança e os da classe média não?) Ou demarcar as áreas de surf e pesca, padronizar as placas, aumentar a área para prática de surf ao exemplo de Capão da Canoa que aumentou sua área para surf em 4 km. Abrir um diálogo com as autoridades que se dizem competentes e tomar uma decisão imediata. CONTRAPONTO: O que diz a comissão surf seguro organizada por alguns surfistas que conseguiram a liberação do surf ao lado das plataformas junto ao Ministério Público: Defendemos a proibição da pesca em todo o nosso litoral. Ao contrário de algumas argumentações, temos claro que os poucos pescadores que ainda utilizam esta técnica artesanal e ultrapassada, não o fazem para a subsistência. São zeladores, pintores, etc, que abandonam suas redes no mar
durante dias, como se fossem verdadeiras armadilhas humanas. Também defendemos a idéia de que as placas não resolverão o problema. Mas temos encontrado muitas dificuldades para manter o nosso trabalho andando. A principal delas é a falta de apoio, principalmente (pasmem!) dos colegas surfistas. Por esta razão, não aconselhamos a prática do surfe no litoral gaúcho no inverno, a menos que circunstâncias desfavoráveis sejam removidas (nos referimos não ao ambiente natural, mas às circunstâncias políticoculturais). Muitos gaúchos e a maioria dos nossos amigos estão abandonando o nosso litoral no inverno. E o número segue crescendo... Perdem os comerciantes do litoral. Ganham os de Santa Catarina. Às vezes, a retirada de uma proposta é a forma de salva-la. Em especial quando a sua defesa começa a ficar desconfortável não apenas a seus defensores como à própria causa. Os surfistas querem as placas e as terão. Até a próxima morte, em que, por sorte dos defensores dessa tese, as placas já terão caído e a culpa, novamente, será das placas caídas, sendo a solução sua recolocação. É um ciclo burro e trágico, mas próprio da nossa pobreza cultural. Nesse ambiente, inimigos das placas são identificados como inimigos dos surfistas e de seus interesses. Por isso, achamos natural o arrefecimento do nosso grupo. Estamos limitando os nossos encontros (que continuam acontecendo) a uma troca de idéias sobre este e outros assuntos, sem o compromisso de resolver um problema que, nos parece, os próprios surfistas não estão preocupados em resolver”. Virgilio Matos
Manifestação: Na próxima terça-feira dia 31 de maio, às 13 horas a Assembléia Legislativa, realizará audiência pública extraordinária na sala Sarmento Leite, 3º andar, para debater os projetos de lei 8.676 e 12.050 referentes à demarcação de áreas de surf e pesca no litoral. Essa é nossa oportunidade de mostramos união e lutarmos pelos nossos direitos! Vamos lotar a Assembléia na próxima terça-feira!
Secret Point ainda sem condição legal para à prática do surf no Sul do País. FOTO: ANDRÉ Z
Not dead, but gone before - Não morreram, partiram primeiro. (Ditado Inglês) Homenagem do Extremo Sul a todos aqueles que nos deixaram em consequência do absurdo das redes de pesca no Rio Grande do Sul.
Raiana monteiro Extremo sul
Março/Abril, 2005
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O SURF FEMININO NACIONAL APRESENTOU, E CONTINUA EM CRESCENTE ESCALA, UMA EVOLUÇÃO TÃO IMPRESSIONANTE QUE PODE SER VISTO FREQÜENTEMENTE EM VEÍCULOS ESPECIALIZADOS
o
que não era tão comum há alguns anos. Muitos fatores permitiram essa "volta por cima" das nossas meninas. Entretanto, um Circuito exclusivamente feminino, único com essa característica em todo o mundo, foi o grande responsável pela mutação do cenário feminino do Brasil. O Circuito Petrobrás de Surf Feminino - Troféu Deborah Farah.
Mas... De onde surgiu à idéia de colocar o nome de uma pessoa no título de um circuito? Para quem não conhece, e se for surfista acho pouco provável, Deborah Farah é uma figura muito especial. Uma das mais importantes surfistas do Brasil, foi a primeira e única big rider brasileira a fazer tow-in em ondas maiores que 15 pés no Hawaii. Achou impressionante? Ela era assim...
Laila em dois momentos acima e abaixo. Fotos Arquivo Pessoal.
Deborah fora a primeira Campeã Brasileira Profis-sional, além de jornalista e apresentadora do programa de TV "Elas Surfam" do canal SPORTV. Dispenso maiores comentários! Em outubro de 2001, essa grande atleta carioca sofrera um acidente que acabou por tirar-lhe à vida. Na Praia de Maresias, litoral de São Paulo, Deborah fora surpreendida por uma onda de apenas 1 metro, muito menor do que a maioria dos mares que surfou, causando sua morte, alegadamente, por afogamento. Uma surfista, competidora, Campeã Brasileira profissional morrer afogada? Parece ironia do destino. Pois bem, devido a toda sua determinação e esforços para que o cenário nacional desse maior apoio ao surf feminino, Laila Werneck, principal idealizadora e uma das organizadoras do CPS Feminino - caiu de cabeça nesse projeto!
Em contato por e-mail, fiz algumas perguntas pra Laila e tinha resolvido transpô-las de maneira corrida. No entanto, achei que uma pessoa como ela deveria ter, com toda a minha admiração, suas palavras retratadas na íntegra. Devido a isso, transcrevo a vocês exatamente como estava em nosso e-mail.
Laila Werneck Raiana - Laila, quando surgiu o interes-se em se envolver com o surf feminino? Laila - Acompanho o Circuito Mundial há alguns anos, pois meu marido é fotógrafo de surf e já viajei bastante pelo mundo. Sempre achei injusto as meninas caírem no mesmo mar que os homens, e terem premi-ação sempre menores, além de ter que cair na pior hora do mar. Há 4 anos, quando a Deborah morreu, tive vontade de homena-geá-la. Daí a idéia de fazer um Circuito ex-clusivamente feminino. Raiana - Como você vê o cenário feminino do Brasil hoje? Laila-Ainda bem fraco, pois do surf mesmo, só vivem 5 meninas. O resto, sobrevive. As marcas de surf ainda investem muito pouco em atletas e campeonatos. Raiana-Na sua opinião, quais foram as principais mudanças no surf das meninas? As manobras, o estilo, a forma com que elas estão encarando o surf hoje como profissão. Laila - As manobras com certeza. Já temos surfistas que dão aéreo, Silvana Lima, fenômeno sob qualquer suspeita, e Nathalie Martins. Além disso, o nível em geral, das meninas, melhorou muito em 4 anos. Falta mais portura fora d'água da parte de algumas. Mas elas chegam lá! Raiana - Desde quando existe o CPS Feminino? Laila - Desde 2002. Raiana - Qual foi o seu objetivo ao idealizá-lo? Laila -As surfistas brasileiras já haviam conquistado seus lugares nos pódios. Faltava conquistarem um espaço no calendário do país. Foi dado!
Pronto... as meninas conseguiram um espaço no calendário do país, mas o reconhecimento pra seus esforços ainda está muito distante do ideal. Para a Deborah, um Circuito com seu nome, e valendo pontos para o acesso ao Super Surf - já que o CPS Feminino é válido como Super Trials - só poderia estar sendo mais positivo se ela estivesse aqui entre nós. Na opinião de seu namorado antes do acidente, o big rider brasileiro Sylvio Mancusi, a Deborah estaria muito feliz. Como mencionei a Laila e nossa conversa por email, acho que o melhor a fazer é retratar, também de maneira integral, um comentário que o Sylvio me fez: "Eu fico muito feliz com esse Circuito. Com certeza a Deb lá do paraíso também. É o reconhecimento a uma pessoa que amava surfar e competir. Fazia o que gostava na vida e a Laila é outra pessoa abençoada, pois está sendo um sucesso enorme. A evolução do surf feminino no Brasil deve muito ao talento e amor dispersados por pessoas ímpares como as duas citadas acima. Que venha mais um ano abençoado com esse Circuito tão maneiro que mobiliza as meninas de todo o Brasil." Pois é, muito além do que somente mobilizar as meninas, o CPSFeminino também atua na conscientização das pessoas. Esse ano - cada ano o Circuito apresenta um tema para debates nas etapas - a luta contra a anorexia entre jovens é o problema social apresentado. Há também uma grande preocupação com o meio ambiente e o incentivo à cultura. Em cada etapa são realizadas palestras, distribuição de folhetos informativos, apresentações de grupos folclóricos regionais e muito mais. A primeira etapa de 2005 já aconteceu. Foi na Praia de Itamambuca - Ubatuba (SP) - nos dias 01,02 e 03 de abril. A etapa distribuiu R$15.000,00 em prêmios em dinheiro. As categorias são: Groomets (até 12 anos), Mirim (até 16 anos), Open (livre), Longboard e Profissional. Esse ano, ao todo, serão R$50.000,00 em premiação em dinheiro para a categoria Profissional e R$6.000,00 para a categoria Longboard. Tudo isso divididos em 3 etapas: uma em Ubatuba (SP) - que já rolou - , uma em Itacaré (BA) e uma na Barra da Tijuca (RJ). As meninas já estão autorizadas a entrar no mar... Início de bateria. Boa sorte e Boas ondas!!!!
Ranking Super Trials Após 1ª Etapa CPS Feminino 1 - Silvana Lima - CE - 1000 2 - Taís de Almeida - RJ - 860 3 - Suelen Naraísa - SP - 730 4 - Cláudia Gonçalves - SP - 670 5 - Andréa Lopes - RJ - 610 5 - Juliana Guimarães - RJ - 610 7 - Francisca Pereira - SP - 555 7 - Luana Prado - SP - 555 9 - Juliana Quint - SC - 500 9 - Marina Werneck - SC - 500 9 - Gabriela Rangel - RS - 500 9 - Gabriela Teixeira (Am) - RJ - 500 13 - Alessandra Vieira - RJ - 450 13 - Elisa Costa - SP - 450 13 - Jahia Bettero - SP - 450 13 - Nathalie Martins (Am) - PR - 450 17 - Yries Pereira - ES - 400 17 - Luiza Romann - SP - 400 17 - Fernanda Toscani - RS - 400 17 - Silvia Nabuco (Am) - SP - 400 21 - Alcione Silva - RN - 380 21 - Bruna Queiroz - SP - 380 21 - Bianca Lima - RJ - 380 21 - Luana Coutinho (Am) - SP - 380 25 - Brigitte Mayer - RJ - 360 25 - Sabrina Munhoz - RS - 360 25 - Viviane Maria - RN - 360 25 - Priscila Barsik - PR - 360 25 - Diana Cristina (Am) - PB - 360 25 - Monique Santos (Am) - PE - 360 25 - Susã Leal (Am) - SC - 360 25 - Juliana Lima (Am) - AL - 360 33 - Larissa Barbieri - SC - 320 33 - Flávia Soares - SP - 320 33 - Camila Storchi - RS - 320 33 - Lisa Monteleone (Am) - SP - 320 33 - Adine Pereira (Am) - SP - 320 33 - Veridiana Saldanha (Am) - SP - 320 33 - Aline Chaves (Am) - BA - 320
Extremo sul
Março/Abril, 2005
Perfil
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NORONHA
LUCAS
MENTI
Henrique gulea
Bruno santos da costa
Patrocínios: “Tricoast, Tools”.
Patrocínios: “Que Tanto”.
Apelido: “Ike”.
Apelido: “Tizio”.
Data de nascimento: “21/11/1994”.
Idade: “14 anos”.
Quando começou a surfar? “Aos 6 anos”.
Tempo de Skate: “3 anos e meio”.
Pico de Origem: “Atlântida”.
Categoria: “Iniciante”.
Ídolos: “Kelly Slater, Mick Fanning”.
Onde nasceu: “Porto Alegre RS”.
Série escolar: “4ª serie”.
Manobras: “Back side Fible e manobras técnicas”.
Local de treinos: “Ferrugem e Atlântida”.
Som: “Seguidores (Parceiro Nariga), Alianças (Parceiro Timão)”.
Parceiros de Surf: “Meu pai e meus amigos”.
Pico preferido: “Pista do IAPI, Câmara e Carlos Gomes”.
Pico Predileto: “Ferrugem e Atlântida”.
Perspectiva para o futuro: “Ser profissional”.
Time de Futebol: “Internacional”.
Atletas que admira: “Wanderlei Maninho, Diego Matos, Atos Porto, Danilo
Melhor Surfista Gaúcho: “Daison Pereira e Pedra”.
do Rosario, Guilherme Zolin e Rodrigo TX.”.
Melhor momento no surf: “Primeira vez que desci na parede”.
O que é ter atitude? “Ser humilde”.
Melhor mar surfado: “Neste verão na Ferrugem”.
Incentivadores: “Meus pais e meus amigos”.
Melhores resultados: “2º lugar Surf Boys Family, vice-campeão Gaúcho
Deixe um recado para os leitores do Extremo Sul: “Ande para você e não
2004 categoria Groomets e Petit”.
para os outros”.
Preparação física: “Natação e Skate”. Viagem (feita ou que gostaria de fazer): “Gostaria de ir para a Australia”. Deixe um recado para os leitores do Extremo Sul: “Boas ondas e
continuem sempre surfando”.
“Tudo para seu animal de estimação” “A Pet Shop mais surf do estado” * * * * * Rua: Dona Rafaela, 2501-Moinhos de Vento - Canoas/rs - Fone: 4769248 / 30321430
Banho e Tosa Veterinário Hotel Pet Shop Curso de Banho e Tosa
mancuso O exemplo de oscar Extremo sul
Março/Abril, 2005
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O
Agora convido o leitor a fazer um exercício: substitua no texto acima, scar, do basquete, "meteu os peitos". a Argentina por Santa Catarina. Os clubes por Associações e os O medalhista olímpico, recordista atletas de basquete por atletas do surfe. mundial de pontos, maior nome da Notou alguma semelhança com a situação do surfe gaúcho? história do basquete brasileiro e chorão de Só está nos faltando um Oscar para "meter os peitos". Não é mais carteirinha, cansou de reclamar. Resolveu dar possível aguentar a inércia em que o surfe gaúcho se encontra. Sou um basta na inércia e incompetência da FBB capaz de afirmar que não teremos mais nenhuma competição em Federação Brasileira de Basquete e criou a nível estadual até o final do ano. Liga Brasileira de Basquete. Alguém comentou comigo que a segunda etapa do Circuito Gaúcho A iniciativa está revolucionando o meio. 30 clubes já aderiram à liga AM está confirmada para o último final de semana de maio. Eu e agora, mais recentemente, as "peso-pesados" Hortência, Janete e pergunto: confirmada por quem cara-pálida? Nesta realidade de "Magic" Paula. incertezas eu acho muito complicado acreditar nisto. E mesmo que Oscar lembra que o basquete já foi o terceiro esporte mais praticado aconteça este evento, e depois? no Brasil e a seleção nacional, uma das principais potências mundiais. Quando teremos outro evento? Atualmente a realidade do basquete é O pior é que a bola (cortada) da vez é o triste. Deprimente na verdade. Nossa “Só está nos faltando um Longboard. Depois da bobagem que foi seleção não conseguiu a classificação para deixar os atletas da categoria open fora do as últimas duas olimpíadas e tem sido mera Oscar para "meter os peitos". circuito no ano passado, agora os figurante nas competições internacionais. O Não é mais possível aguentar longboarders foram "limados". Sem prévio calendário brasileiro do basquete, segundo aviso. Sem choro. A ironia é que fora a Oscar, deixa os clubes sem competições a inércia em que o surfe categoria profissional, com o Pedra e o durante 8 meses do ano. A solução para os gaúcho se encontra. Sou Daison e a universitário, com Luiz Correa, só atletas tem sido tentar uma chance na NBA, a categoria longboard andou dando título a milionária liga de basquete nortecapaz de afirmar que não para os gaúchos nos últimos tempos. É muita americana. teremos mais nenhuma falta de visão... Oscar comenta ainda, que o fato de O pior é que quanto mais a gente critica e ficarem tanto tempo parados, sem competição em nível estadual tenta mostrar o que está errado, mais ouve competições (consequentemente sem o até o final do ano” (das mesmas pessoas) que está tudo dinheiro do patrocínio e das bilheterias) maravilhoso e que estas críticas são somado às taxas exorbitantes que os "destrutivas". Destrutivo é continuar a clubes tem que pagar à FBB, acabam afundar o esporte no nosso estado deste canibalizando o esporte, pois os clubes jeito. É continuar a querer taxar as estão quebrando. Associações com valores que elas nem Oscar lembra também que não tem nada a sonham em conseguir. É continuar com a perder. Ganhou muito dinheiro com o cabeça enfiada dentro do buraco enquanto, basquete. Suficiente para poder se dedicar à de Santa Catarina para cima, o surfe está à causa de corpo e alma. E o mais importante: plena. não tem o rabo preso e frisa: não quer brigar Onde estão os atletas que não se unem? com ninguém, quer somar, quer acrescentar Onde estão os empresários que não tomam à FBB, mas se esta não quiser saber de papo uma atitude? O que está acontecendo com e resolver abrir guerra, ele "não está nem aí". esta gente? Será que pensam que tudo vai E pelas adesões que estão acontecendo, se resolver sozinho? Estão curiosos para sou capaz de afirmar que seria burrice da saber como é o fundo do poço? FBB entrar em confronto com a Liga recém formada. Se não bastasse isso, ainda temos que assistir a Argentina desfilar com um basquete digno de medalha de ouro. É dose: Onde está o nosso Oscar? o basquete brasileiro está no fundo do poço e ainda tem que agüentar os hermanos tirando Boas ondas. onda de campeões. Giovanni Mancuso giovanni.ez@terra.com.br (Giovanni usa pranchas Tricoast, parafina Sticky Iirada e acessórios 30 Pés)
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A MELHOR COMIDA CASEIRA DO LITORAL, COM A FAMOSA PAELLA, TODOS OS DOMINGOS Rua 3 de Outubro, com estacionamento pela Av. Beira Mar Tramandaí - RS
Fala shaper
Extremo sul
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FOTOS: AUQUIVO PESSOAL TONI FERRAZ.
Toni ferraz Toni no início da carreira
Aqui já com 20 anos de experiência.
Nome: Antônio Ferraz. Marca: Toni Ferraz. Tempo de Shape: 20 anos. Viagens: Litorais Catarinense, Paulista, Carioca, Uruguaio. Número de shapes: 3330. Experiência Internacional: Os shapes são exportados para diversos países, como Estados Unidos, Japão, Europa, etc. Atualmente aguardo confirmação para o próximo embarque. Equipe: Emerson Peres e Marcelo Rocha. Emerson Peres testando os foguetes de Toni Ferraz.
Emerson Peres invertendo a rabeta.
Marcelo Rocha quebrando em Torres.
Emerson Peres.
Início das atividades: A primeira experiência foi em Torres , julho de 1985. A partir daí não consegui parar mais, trabalhava lixando hot coat na Ituhik em Porto Alegre, mas não conseguia ficar longe do mar e mudei para praia em 1988 para melhorar o nível de surf e dos shapes, resolvi criar a Brazilian Waves e com ela vieram os primeiros atletas e o título gaúcho mirim de 91. Logo fui convidado para trabalhar no litoral paulista onde fiz um estágio na Current , na volta decidi morar em Floripa onde também fiz algumas pranchas na Spider . Só em 93 parei com a BW mudando o nome das pranchas para Toni Ferraz e em 1994 que comecei a trabalhar profissionalmente fazendo shapes para Index Krown em POA e na seqüência na EB, nesta fase meus shapes deram a volta ao mundo. Depois a galera (irmãos Palmeiro) que trabalhava na produção da EB, abrem sua própria Fábrica a Glass Brothers e me convidam para continuar com eles. Criações: Desenvolvimento e aperfeiçoamento dos designs , linhas de out-line, rabetas e técnicas de shape. Tendências: Elas vão e vem, mas quase nunca se encontram por completo. Estamos trabalhando constantemente para o refinamento do shape, pois mínimos detalhes podem alterar completamente a performance da prancha, dando maior ou menor velocidade e manobrabilidade. Para obter a performance desejada, tudo deve estar em perfeito equilíbrio. Tenho percebido, que com o passar dos anos, a prancha de surf têm ficado cada vez mais diversificada, cada vez mais individual, hoje é possível fazer uma prancha diferente para cada surfista. Dos anos 80 aos 90 só era conhecida a tradicional "pranchinha", hoje temos um leque de modelos e tamanhos, e o surfista está mais receptivo à eles. Outra tendência que tenho percebido é o crescente aumento de pais e filhos aprendendo a surfar, acredito que em breve teremos famílias inteiras de surfistas, do vovô até a filhinha mais nova.
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Foto: Gerson Lumertz
ENTREVISTA
ROBERTA LIMEIRA
CAMPEA GAUCHA AMADOR 2002 E 2003 21 ANOS
bodyboarding
Extremo sul Março/Abril, 2005
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Por Mario Brundo
- Quando você começou no esporte? Me apaixonei pelo esporte quando tinha 11 anos, pegava onda só no verão. Aos meus 14 anos, foi que começei a me dedicar mais ao esporte. Ia todos os finais de semana pra praia me divertir pegando onda e descansar do colégio. A partir daí não parei mais. - Quais foram as viajens que você já fez? Já fui para alguns lugares muito bons para surfar de bodyboard. As praias de Santa Catarina, Paraná (Guaratuba, Ilha do Mel, Matinhos), também fui em umas praias de São Paulo (Tombo, Maresias, Ubatuba) mas as melhores mesmo por enquanto, foram para a ilha de Fernado de Noronha, altos tubos cristalinos e alucinantes.
CHAGAS
ARQUIVO PESSOAL
- Por qual motivo você se afastou das competições no ano passado? Me afastei das competições pois precisei dar prioridade aos estudos. As vezes tinha aula nos finais de semana e não consegui
- Você pretende voltar a competir? Pretendo!!
- O que você prefere, freesurf ou competição? Pegar onda!Tanto faz se for no freesurf ou competição!
- Quais são seu objetivos para o ano de 2005, no esporte e fora dele? Dentro do esporte gostaria de fazer uma nova surf trip, continuar pegando onda sempre que possível, voltar as competições, conseguir um patrocínio,e fora do esporte que eu continue apaixonada pelo curso que estou fazendo, Odontologia, este tem supreendido as minhas expectativas.
- As meninas do Bodyboarding no RS sempre conseguiram bons resultados em competições nacionais e internacionais. Por qual motivo você acha que o número de meninas competindo está diminuindo nos últimos anos? Acredito que seja falta de incentivo. Sempre quando entro no mar vejo uma menina nova pegando onda,mostrando alto potencial de bodyboard, mas que não conhece quase nada sobre as competições. O estado vem encontrando muita dificuldade pela falta de atletas na categoria feminina, são sempre as mesmas, e algumas vão perdendo um pouco do interesse pela falta de união,deixando de competir, apesar de ja termos grandes atletas profissionais como a Joselaine Amorin. É maravilhoso estar entre amigas fazendo o que gosta. Meninas, vamos mostrar ao estado o nosso poder de bodyboard! Deixe uma mens. para as meninas bodyboarders do RS. "Se a mente pode imaginar e o coração acreditar, cada um de nós pode conseguir".
Acima: Alguns momentos de Roberta em ação.
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL
skate
Extremo sul
Março/Abril, 2005
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skate pelo surf Décadas atrás, poucos foram os que procuraram combinar mais de um esporte de prancha. A grande maioria ou era surfista ou era skatista.
C
om o passar dos anos essa mentalidade foi mudando e novos Boarder Boys foram surgindo. Na Califórnia do início dos anos 60, em um dia sem ondas “malucos surfistas” pregaram rodas e eixos de patins em uma tábua e saíram pelas ruas tentando amenizar a falta das ondas. Surgia então uma brincadeira inicialmente chamada de surfe de asfalto ou surfinho. Os primeiros praticantes encaravam como brinquedo, moda passageira.Foi então que durante a década de 70 alguns surfistas passaram a aplicar manobras do surfe em cima do skate. Ter estilo ao andar passa a ter grande valor e o skate passa a ser encarado como esporte. E foi numa
brincadeira um dia na “casa do skate” falando sobre manobras de surf e skate que nós intimamos o skatistas: Tiago Carrion e o surfista Leonardo Leiria “leo” se um não tinha a manhã do surf e o outro do skate só pra fazer algo diferente mesmo. Combinamos então de fazer uma session de surf e uma de skate num clima de muita descontração como não poderia deixar de ser, confiram as fotos da primeira parte desta matéria que continuará na edição que vem com os skatistas profissionais: Rafael Russo, Daniel Aguirre “febem” e Alan Mesquita, mostrando seus dotes no surf.
NORONHA
gabriel ribeiro Quando tu começaste a pega onda e porque? Comecei a pegar onda aos três anos de idade, meu pai sempre pegou onda desde pequeno. Por isso ele me botou cedo no surf e sempre fui muito fissurado. Quando tu começaste a andar de skate e porque? Comecei a andar de skate desde pequeno também, pelos quatro anos, mas ando direto no Marinha faz uns cinco anos. Comecei também por causa do meu pai, mas principalmente por causa de não ter praia em poa, a pista do Marinha parece uma onda, é perfeita para treinar manobras do surf e matar um pouco a fissura. É o lugar que mais gosto com certeza para andar de skate. Quais os seus patrocinadores? Estou com a auckland surfboards, trópico surf shop, mormaii e sticky iirada. Gabriel Ribeiro curte voar dentro e fora do mar, Parque Marinha.
Ribeiro colocando pressão na Silveira.
NORONHA
Que prancha você usa? A prancha do dia e uma swalon 5'9, mas tenho cinco pranchas no quiver, todas são auckland. Quais são seus objetivos para 2005? Meus objetivos para 2005 são correr air shows pelo Brasil e pela Austrália. Estou indo para Austrália final de julho para ficar no mínimo um ano. Espero me dar bem por lá. Vou trabalhar e surfar, morando na Gold Coast. Era isso...Valeu!
NORONHA
Aerial com estilo no campo de treino preferido de Léo, Tramandai
NORONHA
leo leiria Quando tu começou a pega onda e porque? Comecei a surfar com 11 anos graças a meu irmão mais velho, o Gilson, que sempre me incentvou e me deu minha primeira prancha. Que praia você costuma surfar? Sou de Oásis-RS, mas morei 6 anos no Moçambique, então surfei muito em todas as praias da ilha. Hoje estou de volta para investir no circuito gaúcho e to surfando muito na plataforma de Tramandaí onde tem uma bancada muito boa para treinar . Que prancha você usa? Tenho um quiver muito bom do alzair russo, gosto muito de pranchas pequenas, minha mágica é a 5'9 squash. Você acha que existe algum preconceito por você pegar onda e andar de skate? Desde os anos 70 o surfe e o skate sempre foram tratados como coisa de vagabundo, pois a galera na real leva a parada como uma filosofia de vida, não adianta ta na veia, galera ficava o dia todo na praia pegando onda curtindo e isto incomodava e ainda incomoda muita gente que na real tem é inveja. Mas hoje em dia a coisa ta mudando e o profissionalismo ta muito forte. Tem gente vivendo muito bem do surf e do skate.
NORONHA
Quais os seus patrocinadores? Esta parte e muito importante, pois sem eles os atletas não podem se dedicar ao máximo e conseqüentemente mostrar todo o seu potencial. Hoje surfo com patrocínio da escola QI, Tools acessórios, Xtreme-fins e pranchas Alzair Russo.
Léo treinando na pista do IAPI
Extremo sul
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Quais são seus objetivos para 2005? Gostaria de aproveitar para agradecer a Deus, meus pais que sempre me apoiaram, meus irmãos, a Katy e o Kalani que me apoiam muito, aos meus patrocinadores, o Silon, Duda e Simone do marketing da QI, Marcelo Cordeiro da Tools, Fábio Lessa da Xtreme fins, Alzair Russo, toda galera da skt house, meu grande amigo Tiago Carrion e ao Toco e Noronha do Extremo Sul que estão mandando muito bem no quesito jornal de surf e skt, como todos sabem, contrariando as estatísticas! muito obrigado a todos!
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tiago carrion Quando tu começou a pega onda e porque? Comecei a surfar por influência do meu tio, ele me deu uma prancha quando tinha 17 anos mas só surfava no verão e ficava louco quando não conseguia varar a arrebentação. Depois fiquei uns anos sem prancha e só andava de skate. Um dia fomos fazer uma demo, o Febem e eu, dai o Febem trocou alguns materiais de skate por uma prancha pra mim e uma pra ele, isso eu já tinha uns 17 anos, então começamos a surfar direto todos os finais de semana, depois morei em Floripa alguns anos, ai o surfe entrou de vez na minha vida. Hoje em dia não vivo sem surfar. Que praia você costuma surfar? Desde criança veraneio em Santa Terezinha perto de Imbé. Morei em Floripa e surfava na Joaquina e na Praia Mole e também surfo bastante no Rosa onde fico hospedado na Mansão do Chimbica. Sempre que posso vou pra esses picos fazer a cabeça. Que prancha você usa? Gosto muito de prancha 5.6, hoje estou surfando com uma prancha 5.10, prancha tem que ser rápida e solta. O Diego me ajuda com isso. Quais os seus patrocinadores? Heel Flip Shoes, QI Escola de Educação Profissional, Guetto skateboards e Feik. Quais são seus objetivos para 2005? Meu objetivo é correr o Circuito Profissional Brasileiro, trabalhar bem meu nome. Divulgar meus patrocinadores da melhor forma possível, quero crescer junto com as marcas estou muito bem comigo mesmo e esse ano vai ser dos bons! Boas vibrações para vocês do Extremo Sul: Toco, Betinho e Noronha e para todos os leitores valeu!
NORONHA
Tiaguinho decolando em Viamão.
NORONHA
Tiaguinho rasga forte esta direita em Tramnada
NORONHA
POR VÍRGILIO PANZINI DE MATOS - Designer, Surfista e Skatista de longboard Inicio este “inside” agradecendo aos editores, por participar deste jornal especializado, e fazer parte deste “Staff”, com companheiros de peso, Giovanni Mancuso, ex-Campeão Gaúcho do 3º Circuito Renner de Surf na década de 80, atualmente Campeão da categoria master, Mário, Campeão Gaúcho de Body Board e os irmãos “jogados Lumertz” nossos gaudérios de plantão (“winners” em todas as categorias), eles direto do “front” na Maracanã do surf, mandando as quentinhas e baixando uma das direitas mais temidas de “responsa” do planeta Waimea Bay (ver no Extremo Sul nº5), resgatando o espírito “go for it”, essência do surf, que já foi religião, e era praticado por sacerdotes neste distante arquipélago! Esta coluna “na remada” irá trazer fatos e momentos de surfistas, nas 1º surftrips, ao Hawaii, África do Sul, nos anos 70, e o primeiro gaúcho a competir em saquarema e arpoador, nos famosos internacionais do Rio, Waimea 5000, organizado pela IPS, Rand Rarick, hoje ASP World Tour. Também “cases” de sucesso, patrício gaúcho é claro, que tem no esporte surf sua fonte de inspiração, seu combustível para viver, trabalhar e estudar suas atividades, dentro da sociedade preconceituosa. (opinião formada sem ponderação, superstição) a nossa cultura praia. A entrevista “number one”, é com o surfista, que abriu seu QG, no seu
“ bureau”, regado a chimarrão, e nós clicando, os últimos ensaios fotográficos do Pato, no Note Book, direto do Tahiti nas sinistras esquerdas de Teahupoo, com um Lipe de arrepiar pela espessura/(consistência). Glauber, atleta do surf em todas as categorias, futuro profissional liberal da OAB, empresário, patrocinador, empregador, pai de família etc, etc..., Todos os adjetivos possíveis são poucos para este talento empreendedor do surf que ensaiou as 1º remadas de “Business” com apenas 18 anos rumo ao sucesso na cidade de Antonio Prado e, no balneário de Pinhal, seu 1º contato com o oceano vencendo a categoria júnior e decolando sua carreira de competidor/Winner. Hoje ele possui em Gravataí sua indústria a Free Surf, e a loja The Surf, assinando 70 carteiras de trabalho e envolvendo mais de 200 pessoas na sua folha de pagamento, entre equipes de surf (Patos, Daisons Pereiras & Cia.) representantes comerciais pelo Brasil, empresas terceirizadas etc, mais o Circuito Carioca de Surf Profissional, Paulista, Gaúcho, putz...E ai vai...Muito business e money! Mas sempre buscando o equilíbrio nas ondas, como declara o “Brou” Glauber! Boa Leitura e Paz a todos, Aloha!
na remada
À esquerda Vírgilio, Ricardo Bocão colunista da Fluir e Jerônimo filho de Vírgilio.
Extremo sul
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glauber pacheco TOCO
proprietario da Glauber, atleta do surf em todas as categorias, futuro profissional liberal da OAB, empresáario,patrocinador, empregador, pai de famíilia... Nome: Glauber Migliavacca Pacheco Data de Nascimento: 02/08/1970 Nascimento: Poa, mas natural de Gravataí Profissão: Surfista e Empresário Vamos atacar três pontos. Passado, presente e futuro. O que te motivou a surfar e a criar uma marca, como tudo começou? Tudo começou em 1983 na praia do Pinhal eu tinha 13 anos, meu pai alugou uma casa por um mês e tinha um pessoal uma turminha de surfe e eu consegui uma prancha emprestada uma 6'8 sem parafina com uma quilha de madeira bem borduda. Depois a minha mãe comprou aquela prancha pra mim. Esse foi teu primeiro contato com o mar? E anterior a isso? Cara eu tinha um cunhado, que namorava a minha irmã que ele surfava também então ali eu tive uma boa noção sobre surf. Tu sempre tiveste uma ligação com o mar antes de ter uma prancha e de surfar? Eu acompanhava o meu pai e o meu tio quando eles iam pescar e ficava correndo em volta. E tinha uns caras de “planonda” que me emprestavam pra eu dar uma bandinha, mas eu não tinha acesso aquela planonda grande a Guarujá, também no dia que eu consegui emprestado já sai surfando com ela na espuminha.
Depois passou aquilo ali eu sempre ficava um mês na praia os primeiros três anos eu ia só no verão, isso nos anos de 1984, 85, ficava na casa dos parentes e amigos e posterior a isso em 1986 eu tinha 16 anos ai tinha uns parceiros em Gravataí que pegavam onda. Em 1986 rolou o primeiro campeonato do pessoal de Gravataí o ASBG, ai fui campeão júnior daquele ano na praia de Atlântida Sul. De 1985 a 1988 foram três anos de surf favela o dinheiro que a mãe dava, minha mãe é professora, e meu pai tinha madeireira naquela época, mas meio devagar, nunca teve grana na real e a minha mãe, pra mensurar valores daquela época minha mãe me dava uns 50,00 reais pra passar o final de semana. Eu tinha uns parceiros de Gravataí naquela época o alemãozinho Claiton, o Mano que é um cara que já faleceu faz 11 anos, era um parceirão de surf nosso que ia de ônibus pra praia com a galera. A gente pegava, saía das festinhas aqui de Gravataí, virado, às 6h da manhã, pegava o ônibus pingapinga. As pranchas iam enroladas no cobertor, e roupa de borracha não existia. Dos 16 aos 18 anos eu trabalhava com o meu tio numa corretora de imóveis, aí ganhava uma mixa dela pra poder ter grana pra ir pra praia no final de semana e dos 18 aos 20 anos eu trabalhei na Bamerindus seguradora na Félix da Cunha. Em 1991 quando eu tinha 21 anos eu comecei a vender livro no interior. Ali eu tive uma noção boa do mercado gaúcho. No final de semana eu vinha, pegava a mulher e ia pra praia surfar. Fazia isso todo final de semana e
E nessa tua experiência o que tu acabou aprendendo? Eu sempre falo que foram duas coisas que eu acabei aprendendo, enfrentar as dificuldades e descobrir onde estão as oportunidades. Eu trabalhava com os gringos, e eles eram muito fechados, e eu ainda guri 19 anos, malandro, de Gravataí ( já rolava um preconceito)usava uma camisetinha mais social, sapatinho. Ali eu aprendi a lidar com os caras. Em 1990 eu conheci a Andréa ( minha atual esposa) comecei a namorar, ai eu comecei a vender umas camisetas femininas que eu trazia do Rio . E nessas idas pro Rio que eu descobri o canal dessas camisetas. Eu vendia numas lojinhas, dava uma graninha. Ai tinha uns guris em Gravataí que tinham uma marca de surf que eu não me lembro o nome agora e também tinha um outro cara que era sócio deles e eu cheguei pros caras e falei: vamos fazer umas roupas. Ai o cara falou: eu faço pra ti. Eu fui lá e comprei e disse: “faz ai que eu vou vender”. E o nome FREE SURF, da onde surgiu? Quem deu a idéia foi minha esposa a Andréia,, Por ser um nome bem comum no meio da galera, achei que já estava registrada, aí fiz uma pesquisa e já tinha uma marca registrada como free surf e skate, mas que já tava caindo, aí eu fui lá e registrei free surf, em novembro de 1991 eu botei uma lojinha no centro de Gravataí com o nome de FREE SURF.
Como tu classifica teu sucesso hoje? A questão e meio ingrata dentro do surf, pra mim o sucesso só será definitivo quando eu olhar para trás e ver a minha vida toda passar e sentir que Free Surf foi um case de sucesso. Mas estou muito feliz com este momento que estou passando, tanto pessoal com empresarial, mas se tiver que atribuir este momento a algo, com certeza será a nossa equipe de trabalho, a gente tem uma equipe muito boa dentro da fábrica, que eu confio muito. Temos um comitê estratégico que decide as atitudes e principais ações e a gente procura passar sempre uma transparência de se relacionar bem, não gosto de dizer a palavra humilde, parece que tu te posicionas até abaixo da pessoa, mas de ser sincero, buscamos uma sinceridade que praticamente a gente não perde cliente, a Free Surf quando abre um cliente e começa a trabalhar, temos o prazer de fidelizá-lo e tratálo como membro da família freesurf . O cliente liga cheio de problema e nós vamos lhe dar a solução em meia hora, não vou promete que vou resolver, eu vou resolver e pronto, nem que eu perca um monte de dinheiro.
ARQUIVO PESSOAL
Daison Pereira está com a Free surf à 11 anos.
Amani Valentin faz parte do time de atletas da Free surf. ARQUIVO PESSOAL
Como empresário tu acha que esse teu contato com o mar ele te coloca em sintonia com a tua marca e a tua empresa? Acredito que a gente acaba tendo uma percepção maior dentro do mercado de surf, dois, três minutos num contato mínimo tu já fazes todo o perfil do cara, se o cara é surf, se ele investe no sur, e principalmente se ele é um bom caráter, o que eu considero o fator mais importante de uma pessoa. No meio do surf quando eu olho pra qualquer empresa eu sinto mais latente, mais visível, se a empresa é responsável pelo meio ou não. O meu contato com a beira de praia aumenta meu feeling como empresário de surf. Tem várias empresas que patrocinam um atleta por um ou dois anos e esquecem, o Daison faz parte da equipe de atletas da Free Surf há onze anos o Pato há quatro anos e isso que ele ficou um ano com o joelho estourado e jamais a gente mexeu no salário dele por esse motivo, agora tem que ver o lado do cara também, quando ele tava com o joelho estourado ele ficou um tempo aqui na minha casa até fazer cirurgia, depois da cirurgia enquanto ele se recuperava viajou o Brasil pela Free Surf pra visitar lojista, participava das reuniões de marketing, não se tornou um cara ausente.
Glauber além de empresário é um ótimo surfista.
ARQUIVO PESSOAL
Tu achas que esse teu contato com a areia e com a água salgada e fundamental pra te manter equilibrado? Com certeza se eu ficar um tempo sem surfar eu sinto que o meu nível de stress acaba aumentando.
Complexo industrial da Free surf em Gravatai RS. ARQUIVO PESSOAL
No começo vendia só FREE SURF, e o tamanho da loja era o seguinte, devia ter uns 3m por 5m, não dava pra comprar uma grade de mercadoria porque não tinha espaço mesmo, a loja era muito pequena. Depois disso passou um meio ano e o Walmor ( representante atual da FreeSurf) chegou na loja atucanado olhando, naquela época ele representava uma marca feminina de jeans, aí ele veio oferecendo esses jeans dizendo que ia vender e botando a maior pilha, e eu dizendo: não posso, não é o meu perfil, não vai vender, isso em 1993. aí, comprei os jeans feminino dele botei na loja e vendi tudo. Aí ele falou: tu fabricas né? Faz o mostruário que eu vou vender pra ti. Ai eu falei: calma não e assim eu não tenho suporte. Daí passou um meio ano de novo e eu encontrei o Walmor numa feira da Fenac. Daí o Walmor falou: dá aqui o mostruário que eu vou vender. Tinha cinco, seis peças ele pegou e saiu pelo interior para vender . Umas três semanas de pois ele me ligou, dizendo: vendi meu. Vamos nos encontrar aqui em Porto. Vou te passar os pedidos. Ai a gente se encontrou no Lindóia Shopping, naquela época o Paulinho (Callohã) nem tinha loja ali, só lá na Assis Brasil, aí o Walmor chegou lá no Lindóia e puxou um “camalhaço'' de pedido. Aí eu pensei: e agora como eu vou produzir tudo isso? como é que eu vou cobrar tudo isso? como eu vou fazer com a questão do frete? nota fiscal? Todo o processo teria que ser feito por mim, só eu e dois funcionários. Nosso segundo passo foi montar firma na garagem da casa de meu pai, bem precário, mas com muita vontade de vencer, já ficou com cara de empresa mesmo, já tinha umas quatro pessoas trabalhando comigo. Eu já tinha um escritório mais separado, e sempre pegando onda direto todo final de semana, no máximo eu fico dois finais de semana sem pega onda, no mínimo de 8 a 10 dias por mês eu tenho que dar o banho. Eu sempre tiro duas semanas por ano só pra viajar e surfar uma no inverno e outra no verão. Agora que a gente ta numa fase de crescimento eu fiquei três semanas sem surfar, pois neste inverno a empresa cresceu muito, estamos numa fase critica de acertar o processo de mudança de programação do sistema. Eu me mantenho sempre surfando nunca acordo depois das sete horas da manhã pra surfar, posso tomar uma ceva, churrascada, outro dia sete da manhã já to em pé pra surfar.
Setor de criação.
TOCO
Glauber com seu filho e à esposa Andréia.
Quantos empregos a Free Surf gera direta e indiretamente? Hoje a gente tem 55 funcionários dentro da fábrica, e vários ateliês de costura, e empresas que trabalham 80% exclusivos pra Free Surf, fora daqui a gente gera indiretamente mais de 200 empregos que dependem da Free Surf pra sobreviver.
ARQUIVO PESSOAL
Tu já chegaste a imaginar, deslumbrar a tua situação hoje e a cinco, dez anos atrás. Foi uma questão de planejamento ou as coisas foram acontecendo? As coisas foram acontecendo ao natural, mas hoje nós temos um planejamento estratégico, e hoje a gente chegou num estágio que conseguimos planejar. Hoje nós temos tudo planejado, quanto pretendemos faturar até 2010. A Free Surf quer estar em 2008, entre as cinco maiores marcas de valor percebidas no mercado brasileiro da região sul e sudeste, esta é a visão da Free Surf, que ta na ponta da língua, e tem que estar no sentimento de todos que fazem parte da nossa equipe, da nossa família.
Tu já visaste uma marca e pensou: “um dia eu vou chegar lá?” Eu vejo Hang Loose como uma grande marca, quando não existia a Free Surf em 1986 e a Hang Loose já era uma puta marca. Hoje eu olho e vejo uma puta marca, com conceito uma marca que investe no surf, se eu não tivesse a Free surf, com certeza eu usaria Hang Loose e com orgulho, pois eles conseguiram uma longevidade com conceito.
Teu sonho como surfista, empresário? Como eu te falei, quando eu comecei eu nunca imaginava que ia ter a estrutura que temos hoje. Meu sonho, e hoje eu vejo muitas chances de ele se tornar realidade, com um trabalho que a gente vem desenvolvendo, é de ver a Free surf operando com resultado em vários países do mundo. Qual a tua fonte de inspiração hoje? Cara fonte de inspiração...Eu procuro analisar cada empresário e pegar os pontos fortes de cada um, por exemplo, o Alfio é um cara que em nível de relacionamento é um cara que eu admiro. E as empresas que chegam no mercado e só sugam, qual a tua opinião? Se for pensar cara naquela época eu mal tinha comprado um carro todo batidinho e já pagava salário pro Caribean, cansei de tirar o meu dinheiro do final de semana pra dar pros atletas correrem os campeonatos. E eu tinha aquela época uma equipe grande de atletas e hoje ainda tenho o Pato, Daison Pereira, Amani Valentim, Heitor Alves, etc... Sempre patrocinei atletas, fiz campeonatos e revistas, esta fórmula é básica, mas da maneira certa funciona muito bem.
Recado Final “surfamos porque temos um estilo de vida que envolve valores do esporte: bem-estar, desafio, superação e saúde!”. Dedico esta coluna a meu filho Jerônimo de quatro anos que está “na remada”, equilibrando-se, no meu funboard 7'2, no Píer de Tramandaí e no Imbé, também no skatelong em Poa, sucesso filhão! “Vírgilio”
Pra finalizar, quais teus objetivos e sonhos pessoais e o que a tua família representa pra ti? Eu amo muito meu filho e a minha esposa, to super feliz com a minha família. E meu objetivo pessoal, meu sonho, é viajar no mínimo duas vezes por ano com minha família quando meu filho estiver um pouco maior, pra pegar onda e percorrer vários lugares só de carro e uma barraca, pra conhecer mesmo. Acho que viagem e o único bem que não tiram da gente, qualquer outro bem material se um dia tu não estiver bem, tu perde. Hoje tenho minha casa, meu carro, minha família e surfo sempre, isso que me mantém em sintonia.
Extremo sul
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Rauigoinmait ? Extremo sul
Cesar hanke
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Conexao australia
O pico mais famoso da região é com certeza Margaret River, mas o que pouca gente sabe e que Margs é um complexo de ondas, tem o Main Break, pico que todo mundo vê nos campeonatos e filmes e The Box logo do outro lado da Baia. Mas a quantidade de reef-breaks na região e incontável, o que faz com que o fator crowd nesta parte da Austrália não incomode. Entretanto, um carro 4x4 é de extrema necessidade para se aproveitar tudo que esta costa oferece, já que a maioria dos picos são apenas acessíveis via '4WD tracks'. Recentemente tive a oportunidade de surfar um pico aqui chamado Guillotines, o nome já diz tudo!! E um lip que te arranca a cabeça! Este dia foi especial, swell de 3 metros e uma brisa de NE (off-shore). Cinco e meia da manhã já estávamos dentro do 4x4 do meu amigo Bowser, 56 anos, e o cara mais amarradão no surfe que eu conheço! Seis da manhã em ponto eu dei a primeira olhada no pico, 5 pessoas na água, direitas e esquerdas de 6' a 8' perfeitas! Sem uma gota for a do lugar. A esquerda era 3 vezes mais longa que a direita, e a direita já percorria uma boa distância.
Rauigoinmait? Entendeu algo? Eu também não entendi nada da primeira vez que ouvi isso aqui na Austrália. Isso quer dizer nada mais que Como vai? (How is going, mate?) Mas o sotaque australiano e algo que leva algum tempo pra se acostumar.
Março/Abril, 2005
E foi, eu e minha 6'0”! Mas o mar tava tão liso que a sincronia onda-prancha-surfista foi perfeita, foi minha primeira onda neste pico, e foi a melhor de todas! Voltei pro line up com um sorriso na cara e o crowd, na maior elegância, me cumprimentou dizendo “Nice wave mate!”, “Good take-off mate!” Era tudo que eu precisava! Me senti aceito no pico e fui peguando onda atrás de onda.
D
CÉSAR
eixa eu me apresentar, meu nome é César Hanke, ou somente Cecé. Morador de Bunbury, Western Australia, tentarei manter vocês informados sobre a Austrália, o surfe, skate, estudos, trabalho e dicas variadas sobre esse país que considero o 'Brasil que deu certo' ou apenas um 'Brasil organizado'. Sou sócio da Austrália Brasil Cursos na Austrália (www.australiabrasil.com.br), surfista e skatista ha mais de 18 anos e quando vim a primeira vez para Austrália, em 1997, encontrei o lugar que sempre procurei. Um lugar que fosse parecido com o Brasil pelo clima, pelas pessoas e pelas praias.A Austrália oferece uma qualidade de vida inigualável, um clima ótimo, muitas oportunidades de emprego e muita segurança. Falei algo sobre o surfe? Qualquer surfista sabe que a Austrália tem MUITA onda, mas vou falar um pouco sobre a costa Sudoeste.
Esquerda longa e perfeita
A manhã inteira surfamos neste pico, o vento ficou igual o tempo todo e o crowd maximo nesta session foram umas 15 pessoas. Bowser achou crowd, eu, acostumado com o crowdão do Brasa, achei que tava surfando sozinho!!
CÉSAR
Essa e a magia da costa oeste, muitos reef-breaks, pouco crowd e alguns tubarões (nas próximas edições vou contar sobre um dia de surfe em Lefties , essa esquerda perfeita, teve um ataque fatal ano passado).
Visual Classico do cliff em Guillotines Abaixo: Bowser, 56 anos e muita disposição pro surf
Quem quiser entrar em contato, fazer perguntas etc. Mande e-mail para cesar@australiabrasil.com.br , Forte abraco, See ya!
CÉSAR
Como qualquer onda nova (ainda mais com um reef afiado bem debaixo) se leva um tempo para se analisar e entender o comportamento da onda. Resolvi dropar uma direita logo de chegada pra já perder o medo do pico. Tudo certo…. Logo depois fui pro line up pegar a desejada esquerda. Eu ia esperar um pouco por uma onda menor, mas sabe quando a onda vem pra você? E o resto do pessoal ta fora de posição só te olhando? Não pode desistir de jeito nenhum, TEM QUE BOTAR PRABAIXO!
Fiquem ligado na próxima edição da coluna, um dia especial de surfe na Costa sul da Austrália e dicas de como estudar e trabalhar na Austrália.
A MELHOR ERVA MATE ENTRE UMA SÉRIE E OUTRA.
Representantes no litoral Gustavo (51- 99915186) Vale dos Sinos e Metropolitana André (51- 98313085)
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