Moto Portugal 261

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jan./fev. 2017 nº 261

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www.fmp-live.pt / fmp-geral@netcabo.pt

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MOTOTURISMO

FEDERAÇÃO DE MOTOCICLISMO DE PORTUGAL, Largo Vitorino Damásio, 3 C - Pavilhão 1 - 1200 - 872 Lisboa Tel: 213936030/Fax: 213971457


Noticiario Nacional de Velocidade 2017 Manuel Marinheiro Presidente da FMP

Editorial O crescimento do número de clubes, pilotos e provas verificado nos últimos anos (de que vos damos conta nesta Moto Portugal), faz aumentar a nossa expectativa no início de cada ano. Janeiro e Fevereiro foram meses de regresso às competições e, mais uma vez, pudemos confirmar a vitalidade do motociclismo em Portugal. Iniciámos o Campeonato Nacional de Enduro, com uma excelente corrida em Góis, e o Troféu Todo o Terreno de Navegação, também com uma agradável jornada em Santiago da Cacém. Venham os restantes campeonatos e troféus nacionais e regionais, eventos internacionais, concentrações, motoralis, Lés-a-Lés, Dia do Motociclista, e, claro, muitos quilómetros de moto, com todos os amigos motociclistas! Em Fevereiro a nossa participação nas reuniões das várias comissões da FIM, em Genebra, permitiu, nomeadamente, confirmar e preparar os vários eventos do calendário mundial FIM que iremos ter em Portugal em 2017, e concretizar a candidatura de mais um representante FMP na FIM: o Eng. Nuno Trepa Leite, que integra agora a Comissão de Mototurismo da FIM e a quem desejo o maior sucesso. Nas eleições dos Delegados à Assembleia Geral da FMP foram eleitos 28 representantes dos Associados e 12 representantes dos Pilotos. Realço a participação de 137 votantes e parabenizo os eleitos. As opiniões, propostas e deliberações dos 40 Delegados agora eleitos são muito importantes para a nossa FMP e por isso apelo à participação ativa de todos, nomeadamente já nas duas próximas Assembleias Gerais: a Ordinária de 18 de Março, em Vila Pouca de Aguiar, para aprovação das Contas de 2016 e retificação dos Estatutos e a Extraordinária Eleitoral de 8 de Abril, em Lisboa, para eleição dos titulares dos órgãos da FMP para o quadriénio 2017-2020.

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MXGP em Águeda já mexe!

oportunidade de competir lado a lado pela primeira vez neste novo ano desportivo. Quanto à Copa Motoval, que vai para a sua segunda edição, este ano não se ficará apenas pelo Autódromo do Estoril, percorrendo as mesmas rondas do Campeonato e, desta forma, visitando pela primeira vez os circuitos de Braga e Portimão. A nível internacional, estava já confirmado o regresso do Campeonato do Mundo de Superbike ao traçado do Autódromo Internacional do Algarve, entre os dias 15 e 17 de Setembro, sendo que no inicio do mesmo mês, a 2 e 3 de setembro, a pista do Estoril irá receber uma das provas do FIM CEV Repsol, campeonato onde está integrado o mundial Júnior Moto3. CALENDÁRIO 19 e 20 de Maio 17 e 18 de Junho 08 e 09 de Julho 23 e 24 de Setembro 14 e 15 de Outubro 28 e 29 de Outubro Extra campeonato 14 e 15 de Abril

Challenge Polisport no MX e Enduro Com o arranque do Campeonato Nacional de Enduro começou igualmente o Challenge Polisport 2017. Este prémio promovido pela conhecida empresa de Vale de Cambra - uma das líderes a nível mundial em produtos off-road - tem um valor de 1.750 euros destinados aos três primeiros classificados em absoluto da categoria Elite no final do campeonato. O primeiro prémio tem um valor de 1.000 euros, o segundo 500 euros e o terceiro 250 euros, prémios monetários que serão atribuídos no final das oito provas do campeonato de acordo com a classificação absoluta da classe Elite. Entretanto, também no Campeonato Nacional de Motocross, que arranca em março, a Polisport vai promover e apoiar o seu Challenge Polisport. Com regras idênticas às do Enduro, esta iniciativa irá igualmente premiar os três primeiros classificados na classe Elite do Campeonato Nacional de MX nesta época de 2017 com a criação de um prémio monetário no valor de 1.750 euros a dividir pelos três primeiros da classe nas contas finais do ano, com a distribuição do valor no Motocross a processar-se de idêntico modo à referida acima para o Nacional de Enduro

Portimão Estoril I Braga I Estoril II Braga II Estoril III Resistência Estoril

Já há bilhetes à venda para o G.P. de Portugal de MXGP, com um novo traçado na pista do Casarão. A realizar nos próximos dias 1 e 2 de julho, a ronda portuguesa do Campeonato do Mundo de Motocross MXGP vai trazer de novo até ao fantástico traçado do Crossódromo do Casarão, em Águeda, os melhores pilotos da modalidade, tanto do Mundial como do Europeu da especialidade. Com um vasto programa a ser cumprido ao longo do fim de semana, serão dez as corridas a realizar entre os dois dias de competição, com o clube organizador, o aguedense ACTIB, a preparar ao pormenor este regresso do campeonato à pista bairradina. Os bilhetes estão já em venda com um preço de 25 euros para os dois dias ou de 20 euros para o domingo, quando se realizam as principais corridas do programa que marca o regresso do MXGP a Portugal depois da ausência nos últimos três anos. Uma das grandes novidades da prova lusa do mundial de MX 2017 será exatamente o traçado, que será percorrido em sentido inverso ao anteriormente utilizado, resultando assim numa pista totalmente nova para toda a caravana, no que será um desafio totalmente novo mesmo para os pilotos que anteriormente competiram na pista bairradina. "Queremos que este regresso do Mundial a Águeda seja muito especial, e nada melhor que ter uma nova pista à semelhança do clube organizador,

que é igualmente novo." refere Jorge Silva, um dos elementos do Actib e responsável pela pista do Crossódromo do Casarão. "O Rui Gonçalves ajudounos a encontrar as melhores soluções para que essa inversão de percurso fosse uma realidade e temos já tudo preparado com o promotor do campeonato para que o responsável pelas pistas do Campeonato do Mundo acompanhe as alterações necessárias para que a pista seja alterada." PREÇOS - Fim-de-semana: 25 euros - Domingo: 20 euros - MXGP VIP: 200 euros - Bilhete MXGP (12 aos 16 anos): 50% desconto Crianças até aos 12 anos não pagam desde que acompanhadas por um adulto. Se adquiridos em quantidade, os bilhetes podem ainda sofrer descontos entre os 5 e os 20%. Mais informações em info@portugalmxgp.com Apostado em levar a cabo uma prova memorável o Águeda Action Club continua a trabalhar de forma intensa ao redor da prova do mundial de motocross agendada para o Crossódromo do Casarão nos próximos dias 1 e 2 de Julho.

FICHA TÉCNICA Revista MotoPortugal Editor: Federação de Motociclismo de Portugal Edição: nº 261, jan./fev. 2017; Produção: F.M.P.

Impressão: Lidergraf Sustainable Printing, Depósito Legal nº 375670/14 Nota: Isento de registo na ERC (Entidade reguladora para a Comunicação Social), ao abrigo do Decreto Regulamento 8/99 de 09/06 - Artigo 12º- Nº1 - A. 2 MOTO

Já está definido o calendário das provas do Campeonato Nacional de Velocidade para 2017, contando com seis provas e oito pontuações, para além de uma prova de Resistência extracampeonato. Com paragens em Braga, Estoril e Portimão, a época terá seis rondas com oito corridas para cada classe - serão em breve anunciadas quais as jornadas duplas para cada categoria – e, além das provas que irão decidir os títulos e os troféus em discussão, será ainda realizada uma jornada de testes no circuito de Braga com data a anunciar. O circuito minhoto irá sofrer melhorias - nomeadamente ao nível do asfalto - para responder aos desejos dos pilotos e da Comissão de Velocidade da Federação de Motociclismo de Portugal, e será palco de duas rondas de uma época que começará em maio em Portimão e terá o seu final em outubro no circuito do Estoril. O Circuito do Estoril irá igualmente acolher a primeira prova do ano, com cariz de extracampeonato e em formato de Resistência. Agendada para os dias 14 e 15 de abril a mesma marcará o regresso às pistas para pilotos e equipas, que terão também aqui a

Portugueses no Africa Race Realizada entre os dias 2 e 14 de janeiro, enquanto na América do Sul decorria o “Dakar”, o Africa Race 2017 rumou à capital senegalesa propriamente dita, e na sua nona edição com a presença de quatro pilotos portugueses: Alexandre Azinhais, Didier Frederico, João Pós de Mina e Sérgio Castro. Um quarteto de pilotos em que apenas Sérgio Castro tinha experiência de participação na prova, enfrentando duas semanas de competição com etapas desenhadas em Marrocos e na Mauritânia, com a derradeira especial a realizar-se nas margens do Lago Rosa, no Senegal. Entre os quatro lusos, apenas Alexandre Azinhais não chegou ao final da prova, depois de, na segunda semana, problemas de motor o terem afastado da corrida. O piloto de Albufeira ainda regressou à corrida penalizado pela organização, mas o motor de substituição voltou a não permitir que atingisse o final da prova. O seu colega de equipa, Didier Frederico, foi o melhor dos lusos ao terminar na 8ª posição, com João Pós de Mina a ser o 17º e Sérgio Castro o 18º colocado.

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Noticiario Enduro 2017 já está nos trilhos o mesmo em todas as corridas”, ele que vencia igualmente a Classe Elite 2 ao mesmo tempo que passa a liderar o Troféu Polisport Challenge de Enduro 2017. O mais sério opositor de Ventura seria Gonçalo Reis (KTM), ainda em fase de recuperação do Rally Dakar e das mazelas sofridas na prova sul americana, mas que utilizou toda a sua experiência para ultrapassar as dificuldades da prova de abertura do Nacional de Enduro 2017, sendo 2º da geral e da classe Elite 2. Lorenzo Santolino fechava o pódio da Elite, com o piloto da Sherco a pouco mais de 21s de diferença de Gonçalo Reis, enquanto vencia a classe Elite 1 na frente de Daniel Carracedo (Honda) e André Martins (Suzuki). Na Open, o duelo entre Manuel Teixeira e Tomás Clemente foi bastante animado, com os dois jovens pilotos a terminarem separados por apenas 10s no final dia, o que revela o bom equilíbrio de andamentos entre estas duas promessas do Enduro Nacional. Na Classe Verdes 1 Renato Silva (também vencedor da Verdes Absoluto e da classificação da Youth Cup)) impôs a sua TM

à KTM de Vasco Salema, enquanto que, na Verdes 2, Márcio Antunes seria o piloto mais consistente. Na Verdes 3 Ricardo Wilson e sua TM a levaram a melhor sobre a concorrência. Na Classe Veteranos o animado duelo entre Nuno Freitas, António Oliveira e Albano Mouta marcou o dia, com Freitas a mostrar-se mais forte perante os seus mais diretos adversários, que terminaram pela ordem referida. Nos Super Veteranos, foi Alcides Calçada o vencedor. Na classe de Senhoras foram seis concorrentes que estiveram à partida em Góis mas Rita Vieira impunha a sua técnica e agressividade para deixar Flávia Rolo a mais de seis minutos de diferença. Finalmente, entre os mais jovens, na Enduro Cup, foi Frederico de Jesus que bateu Nuno Barradas e João Pedro Silva.

Texto: M.P. / Suzuki Portugal Fotos: Suzuki Portugal

O arranque do Campeonato Nacional de Enduro CFL 2017 teve como palco a localidade de Góis, onde uma vez mais o Clube local montou uma excelente prova com um grau de dureza assinalável, em parte devido à chuva intensa que se fez sentir na região durante todo o dia. Tal como é habitual, o Góis Moto Clube idealizou um evento de grande nível, que agradou à caravana de praticamente duzentos concorrentes que estiveram à partida da prova beirã e que voltou a utilizar Parque do Cerejal como centro nevrálgico. A classe Elite e Open percorreram o traçado de 39 quilómetros em três voltas e meia, com Diogo Ventura, a jogar em casa e a mostrar que a transição para a Honda foi feita sem sobressaltos dominando a seu belo prazer a prova. Ventura referia no final que “a jornada aqui em casa correu-me bastante bem. O público de Góis esteve fantástico e as especiais, embora exigentes, devido à muita lama, eram bastante completas. Apesar da mudança de marca, a habituação foi bastante fácil…encaixei bem, diverti-me e irei tentar

Oliveira regressa ao trabalho No regresso às pistas e aos testes depois da habitual paragem de invenro, Miguel Oliveira fechou da melhor forma dois dias de trabalho no circuito valenciano Ricardo Tormo. Aos comandos da sua KTM o piloto da Charneca mostrou o bom nível de desenvolvimento da nova moto austríaca, que faz a sua estreia na classe intermédia do campeonato neste ano de 2017. Assumindo o protagonismo desde o primeiro dia de testes o Vice-campeão do Mundo de Moto3 2015 fechou o dia com a marca de 1m37.162s após 49 voltas realizadas, uma jornada durante a qual as condições atmosféricas menos favoráveis acabaram por condicionar a ordem de trabalhos. “No primeiro dia tivemos condições desfavoráveis, com muito vento e frio, mas não foi de todo um dia desperdiçado. Aproveitei para me voltar adaptar, com quase nada para experimentar, e voltar a ter as sensações de guiar esta moto, até porque com estas condições é difícil fazer tempos muito rápidos. No entanto, considero que as 50 voltas

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conseguidas foram produtivas e o tempo alcançado com estas condições foi bastante bom.” Já no segundo dia, o piloto de Almada voltou a encabeçar a tabela de tempos, e desta feita, com melhores condições, conseguiu experimentar muitas coisas. O balanço dos dois dias é bastante positivo, atestado pelo facto de Oliveira ter mesmo sido o único piloto a rodar no segundo 35 no traçado espanhol, assinado na melhor das suas 67 voltas. "Foram dois dias de muito trabalho, com muitas voltas, sobretudo hoje (2º dia) em que a temperatura estava boa para rodar e com muito menos vento que ontem, o que nos permitiu experimentar muitas coisas. Centrámo-nos mais parte traseira da moto, sem nos concentrarmos no que seria uma volta rápida, e experimentar tudo simulando as condições de corrida com pneus bastante usados. Comparativamente à moto com que rodei aqui da última vez nos testes de novembro, é a mesma, mas o que mudou bastante foram as afinações e a forma de trabalho das suspensões. O próximo teste é em Jerez, uma pista bastante diferente desta e onde teremos, inclusivamente, pneus mais macios para usar, mas temos ainda que melhorar a parte traseira para chegarmos aí mais tranquilos. O positivo é que temos muitas ideias e por isso estou confiante.” Antes dos primeiros testes oficiais IRTA que decorrerão a partir de 8 março em Jerez de la Frontera, Miguel Oliveira terá mais uma jornada de testes privados no traçado espanhol e com o mesmo objetivo, continuar a levar no melhor sentido o desenvolvimento da KTM Moto2.

REGRESSO AO MX Luís Correia está de regresso a Portugal e ao Campeonato Nacional de Motocross, após ter disputado o Mundial de Enduro nas últimas épocas.

Lisboa Moto Show Nos dias 5 a 9 de abril – quarta-feira a domingo-, o maior salão nacional de motos regressa aos Pavilhões da Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações. Trata-se do certame bienal Lisboa Moto Show, que dois anos depois volta a mostrar as grandes novidades do mercado motociclístico, muitas delas em primeira mão a nível nacional, e com diversos outros motivos para não perder este grande evento das motos. Este ano em particular teremos uma verdadeira “chuva de novidades”, pois, com a entrada em ação das normas Euro 4, os novos modelos dados a conhecer nos salões de Colónia e Milão multiplicam-se, rumando agora aos pavilhões da FIL.

Depois de algumas bem sucedidas temporadas como piloto oficial da marca italiana Beta no Campeonato do Mundo de Enduro na classe E3, o ribatejano Luís Correia operou uma notória reviravolta na sua carreira desportiva, e em 2017 estará de regresso a Portugal e ao Motocross, para disputar o Campeonato Nacional da modalidade, e com outros objetivos mais ambiciosos no horizonte. Por vezes, é sabido que é preciso dar um passo atrás para dar dois em frente, e Luís Correia parece ter adotado essa estratégia, numa época de mudança completa, em que troca também as Beta pelas Suzuki do importador nacional da marca japonesa, a Moteo Portugal, inserido na estrutura GugaMX. Trata-se do regresso a uma marca que já representou no passado e, segundo o próprio nos conta, “o abraçar de um projeto novo, muito ambicioso, e que marca também o meu regresso ao motocross e a Portugal a tempo inteiro. Em causa está a discussão dos títulos de MX1 e Elite, uma tarefa difícil mas também um desafio acrescido

pelo facto de estarem na posse da mesma pessoa desde há algum tempo. Destronar quem está no topo é sempre muito complicado e, apesar de haver bastante experiência da minha parte, não será fácil, pois não estou nesta modalidade há quatro anos, mas vamos fazer todos os possíveis para que isso se concretize. Em paralelo, iremos também iniciar um projecto nos ralis e, se bem que este esteja ainda numa fase embrionária, tentaremos representar a Suzuki da melhor maneira também nesta modalidade. A participação no Nacional de Motocross acaba por ser também uma boa forma de preparar esta segunda vertente do envolvimento desportivo com a marca. É algo que tenho vindo a alimentar desde há algum tempo e não escondo que é um ‘bichinho’ que tem crescido. Para mim, o regresso à Suzuki é como que um ‘déjà vu’, pois corri com esta marca em 2008 e tive uma excelente experiência no Mundial. É uma moto bastante equilibrada, com uma ciclística que trans-

mite boas sensações e onde ‘encaixo’ muito bem. A moto é estável e possui um motor bastante interessante em baixos e médios regimes. Naturalmente, será necessário proceder a algumas afinações para a adaptar ao meu estilo de pilotagem, mas estou muito satisfeito com a base de trabalho.” Para o representante nacional da marca, “o regresso de um piloto com o palmarés, experiência e credenciais de Luís Correia à Suzuki permite à Moteo Portugal antecipar a próxima época de Motocross com elevadas expetativas, mas também antecipar um ambicioso e interessante projeto de desenvolvimento de uma máquina de rali, que terá como objetivo inicial a participação na emblemática Baja de Portalegre. A presença do piloto ribatejano no MX virá trazer mais competitividade e espetáculo a esta modalidade, permitindo reforçar a notoriedade de uma marca que tem um envolvimento histórico importante e elevados pergaminhos a defender, dando continuidade ao excelente trabalho desenvolvido pela Equipa GugaMX nos últimos anos.” P

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Mototurismo

Texto e fotos: Comissão de Mototurismo F.M.P.

10ª CONCENTRAÇÃO INVERNAL “ESKIMÓS” Nos dias 3 a 5 de fevereiro de 2017 realizou-se a 10ª Concentração dos “Eskimós” abrindo assim oficialmente a época Mototuristica Nacional.

19º PORTUGAL DE LÉS-A-LÉS:

O MAIOR DE SEMPRE Está desvendado o percurso do 19º Lés-a-Lés, e as inscrições para a reformulada maratona já abriram.

APRESENTADO OFICIALMENTE no Grande Hotel do Luso, onde foi desvendado novo formato e alguns dos locais de passagem, já se iniciaram as inscrições para o 19.º Portugal de Lés-a-Lés, a maratona mototurística organizada pela Federação de Motociclismo de Portugal. Limitadas a 1500 participantes – número que promete ser atingido muito antes da data limite, a 30 de abril – as inscrições só poderão ser feitas online através da página www.les-a-les.pt e custam 150 euros, exclusivamente para detentores do Cartão de Motociclista da FMP. A edição 2017 do Portugal de Lés-a-Lés será a mais extensa de sempre, ligando Vila Pouca de Aguiar a Faro ao longo de 1100 quilómetros, percorrendo, de 14 a 17 de junho, algumas das mais pitorescas estradas nacionais, regionais e municipais. E até uns quantos caminhos não pavimentados, em fáceis estradões de terra para chegar aos locais mais inóspitos e surpreendentes, sempre longe das autoestradas, Itinerários Principais, Secundários e outros sinais de modernidade rodoviária. Pelo caminho, paragens no Fundão e Elvas, em figurino que, pela primeira vez, contempla três etapas e um Passeio de Abertura, espécie de prólogo no concelho aguiarense. Etapas mais curtas, em aventura de acrescida intensidade mototurística à descoberta de um país realmente singular, apresentada no Grande Hotel do Luso e onde foram realizadas as primeiras 250 inscrições. Depois das 24 horas consecutivas na travessia entre extremos do mapa nacional nos quatro primeiros anos, a quinta edição passou a contar com duas etapas que permitiram descobrir o centro do País, até então sempre atravessado durante a noite. Em 2007, a grande passeata pelo concelho de Arcos de Valdevez. prevista para a primeira etapa, acabou por transformar-se numa espécie de prólogo, cujo sucesso ditou continuidade deste formato até 2016. Agora, e para que o Lés-a-Lés não seja vítima do próprio sucesso, aumentando também a própria qualidade do passeio, foi adotada nova configuração - que evitará partidas tão madrugadoras como em 2016 no evento patrocinado pela BMW, BP e Dunlop, quando o enorme pelotão 1500 motos e 1650 motociclistas começou a sair de Albufeira às 5h30, com muitas equipas a chegarem ao Luso, no final da primeira etapa, bem depois do pôr-do-sol. 6 MOTO

DEVIDO À PREVISÃO das condições climatéricas serem adversas e muito agrestes para este ano, com o consequente risco de se ficar isolado no meio da Serra da Estrela, para prevenir qualquer incidente a organização do Moto Clube de Vila do Conde decidiu organizar a 10ª Concentração dos “Eskimós” no Parque de Campismo de Valhelhas. Este é um bom parque, situado na margem do Rio Zêzere, a poucos quilómetros de Manteigas e com boas condições para acampar – e onde até já foram realizadas três edições dos “Eskimós”. Durante todo o fim de semana o céu apresentou-se nublado, chegando às vezes o sol a espreitar, mas durante as noites agravou-se o tempo e houve muita chuva e ventos fortes. Mesmo assim, a participação de motociclistas foi positiva, sendo de salientar - além da presença de muitos dos nossos “hermanos” espanhóis - o aumento de participações de motociclistas vindos de países longínquos, tais como a Noruega, Irlanda. Eram amigos de motociclistas ingleses que, já tendo participado, os desafiaram e vieram todos conhecer os “Eskimós”, e, como é óbvio, adoraram tudo o que envolve a Concentração, o espírito desta e o nosso bem receber. O ambiente que se viveu nesta concentração voltou a ser excecional e espetacular, com muitos motociclistas à volta das fogueiras, divertindo-se e convivendo, não faltando petiscos típicos da região da Serra da Estrela: vários tipos de queijos, presunto, chouriços, pão, vinho e zimbro, entre outras bebidas para “aquecer a alma”, criando-se assim um verdadeiro ambiente de camaradagem e calor humano. As saborosas e quentes refeições foram servidas numa tenda adequada. Na tenda de convívio a noite

foi animada com a excelente banda Lokapala, que fez questão de se juntar ao “Eskimós” nesta 10º edição para comemorar os seus 20 anos de existência, realizando também um vídeo promocional e animando todos os presentes. Mais uma vez o Moto Clube de Vila do Conde está de parabéns pelo sucesso dos “Eskimós” e o desafio foi superado. Obrigado por todo o esforço e sacrifício, pela excelente capacidade de organização e pela dedicação ao motociclismo português. O Moto Clube de Vila do Conde agradece aos seus sócios, amigos, Paulo Ferrão Produções, Restaurante

Amigos do Canastra, Florêncio & Silva, Parque de Campismo de Valhelhas, População de Valhelhas e aos apoios oficiais, em especial à Junta Freguesia de Valhelhas, Bombeiros Voluntários e GNR de São Gonçalo, pois a sua colaboração e apoio foram valiosos e essenciais para que tudo decorresse com êxito. A todos os que colaboraram, apoiaram e participaram, um muito obrigado. Do Moto Clube de Vila do Conde, ficou a promessa de que, logo se encontre um local que reúna condições de segurança, voltar novamente a realizar os “Eskimós” no meio da Serra da Estrela. Até lá, boas curvas!

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Dakar 2017

Texto: M.P. Fotos: Equipas

NOVE À CHEGADA

Na edição 2017 do Dakar estiveram à partida 11 pilotos portugueses nas motos, um novo recorde, com nove à chegada a Buenos Aires.

Hélder Rodrigues (9º), Paulo Gonçalves (6º) e Joaquim Rodrigues (12º, após ter perdido duas posições na secretaria) foram os três melhores portugueses na edição 2017 do Dakar

NEM MESMO NAS DUAS EDIÇÕES que saíram de Lisboa, em 2006 e 2007, se viu este número recorde de pilotos portugueses de moto à partida para o Dakar: nada menos que 11 pilotos compuseram a armada lusa que partiu de Asunción, capital do Paraguai país que integrou pela primeira vez o percurso do maior rali do Mundo – para tomar de assalto a 39ª edição do Dakar. No final, estiveram nove motociclistas portugueses à chegada a Buenos Aires, dois dos quais no top 10 (bom, inicialmente eram três, mas isso veremos mais à frente…), sendo que tivemos também vários portugueses a representarem equipas de fábrica. Se, inicialmente, os “oficiais” seriam somente Paulo Gonçalves (Honda), Hélder Rodrigues 8 MOTO

(Yamaha) e Joaquim Rodrigues (Hero Speedbrain), a eles juntaram-se Pedro Bianchi Prata (Honda) e Mário Patrão (KTM). Bianchi Prata viu chegar-lhe esta oportunidade imperdível quando já tinha a participação na prova fora de questão, por não ter reunido os apoios necessários, e à última hora foi convidado pela equipa oficial HRC para, com uma moto oficial e as cores da Honda América do Sul, dar o seu contributo à equipa em substituição do lesionado Kevin Benavides. Quanto a Mário Patrão, foi já na América do Sul que o piloto de Seia foi convidado para integrar a formação de fábrica da KTM, pois Ivan Ramirez, o piloto mexicano que iria substituir Antoine Meo, também se viu impossibilitado de participar.

Desta forma, tínhamos à partida, por ordem dos números de prova, Hélder Rodrigues, com a Yamaha WR450F Rally oficial, Paulo Gonçalves (Honda HRC), Joaquim Rodrigues (Hero Speedbrain), Mário Patrão (KTM), Gonçalo Reis (KTM), Bianchi Prata (Honda), Rui Oliveira (Yamaha), Luís Portela de Morais (KTM), Fausto Mota (Yamaha), David Megre (KTM) e Fernando Sousa Jr. (KTM). Destes, nada menos que cinco eram estreantes absolutos na prova (Quim Rodrigues, Gonçalo Reis, Portela de Morais, Megre e Sousa Jr.). A primeira etapa contou apenas com 39 km de especial ainda em solo paraguaio, aos quais se juntaram 415 km de ligação numa etapa que levou a caravana até Resistencia, já na Argentina. O melhor português foi Paulo Gonçalves, com o 5º tempo,

que acabaria por lhe dar o 3º lugar do dia graças às penalizações de Xavier de Soultrait e Michael Metge. Toda a restante armada lusa chegou sem problemas ao final, com destaque para o 16º tempo do estreante Joaquim Rodrigues. O segundo dia já foi mais “a sério”, com 275 km de especial até San Miguel de Tucumán, com Paulo Gonçalves a destacar-se novamente, sendo 2º (após penalização de Walkner) numa tirada ganha pelo vencedor de 2016, Toby Price. Entre os restantes portugueses, Hélder Rodrigues continuava sem atacar, perdendo terreno, Quim Rodrigues voltava a ser o 2º mais rápido e os restantes também terminaram a etapa, com David Megre bastante atrasado, perdendo 2h30 devido a problemas mecânicos. P

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Dakar 2017 CLASSIFICAÇÃO DAKAR 2017 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 12. 20. 26. 42. 49. 53. 57.

Sam Sunderland (GBR) Matthias Walkner (AUT) Gerard Farrés (ESP) Adrien Van Beveren (FRA) Joan Barreda (ESP) Paulo Gonçalves (POR) Pierre A. Renet (FRA) Franco Caimi (ARG) Hélder Rodrigues (POR) Juan C. Salvatierra (BOL) Joaquim Rodrigues (POR) Mário Patrão (POR) Gonçalo Reis (POR) Fernando Sousa Jr. (POR) Fausto Mota (POR) Rui Oliveira (POR) Pedro Bianchi Prata (POR)

KTM KTM KTM Yamaha Honda Honda Husqvarna Honda Yamaha KTM Hero Speedbrain KTM KTM KTM Yamaha Yamaha Honda

32h06m22s a 32m00s a 35m40s a 36m28s a 43m08s a 52m29s a 57m35s a 1h42m18s a 2h03m06s a 2h22m53s a 2h24m24s a 4h04m30s a 5h25m11s a 8h57m02s a 10h38m41s a 11h11m14s a 12h31m59s

Em cima, David Megre e Luís Portela de Morais foram as duas únicas baixas da esquadra lusa neste Dakar. Em baixo, Fausto Mota

Mário Patrão (em cima), Bianchi Prata (em baixo) e, ao lado, Rui Oliveira, Gonçalo Reis e Fernando Sousa Jr.

Na terceira etapa Paulo Gonçalves foi 5º da tirada e passou de 2º para 3º na geral, enquanto Quim Rodrigues continuava a ser o segundo melhor luso e 18º da geral, mas, no dia seguinte, o contingente nacional sofria a primeira baixa, David Megre. O piloto ribatejano, procurando recuperar o terreno perdido, caiu e fraturou um braço, terminando assim de forma inglória a sua estreia na prova da ASO. Na quinta tirada, encurtada devido às condições climatéricas, Paulo Gonçalves voltaria a ser o mais rápidos dos “tugas” (2º), mas então já a acumular a penalização de uma hora, averbada a todos os pilotos oficiais Honda devido a abastecimento num local não permitido, com o piloto de Esposende a descer para 10º da geral. Neste dia o azar voltaria a bater à porta dos pilotos lusos, com o abandono, também por queda, de Luís Portela de Morais, um dos nossos “rookies” que estava a efetuar uma estreia promissora na prova. Na segunda semana de prova, com duas etapas canceladas devido aos verdadeiros dilúvios que se abateram sobre a região e deixaram o terreno impraticável, bem como várias partes do percurso alteradas e encurtadas, os pilotos portugueses foram subindo paulatinamente na tabela, não se verificando mais abandonos para as nossas cores, numa prova que o inglês da KTM, Sam Sunderland, liderava, controlando os adversários e “escoltado” por companheiros de equipa, uma vez que os rivais da Honda, Barreda e Gonçalves, somavam a referida hora de penalização. Ao final da sétima etapa Gonçalves era 8º, Quim Rodrigues 11º e Hélder Rodrigues 13º, com grandes prestações de Mário Patrão, que seguia em 10 MOTO

20º, mesmo com o papel de aguadeiro na equipa KTM, e Gonçalo Reis, em 29º numa estreia difícil devido a dificuldades físicas e à dureza das rondas em altitude. Após a anulação da 9ª etapa, na 10ª tirada foi Hélder Rodrigues o melhor português, com o 5º tempo, subindo para o 11º lugar da geral, enquanto “J-Rod” caía para 14º e Paulo Gonçalves era já o sétimo. No dia seguinte todos melhoravam e entrariam no top 10, com Gonçalves a subir para o 6º posto, Hélder para o 9º e Quim para o 10º, posições em que terminariam a prova após a etapa seguinte, a 12ª da prova. Mário Patrão foi 20º e Gonçalo Reis acabou o seu ano de estreia num excelente 26º, com Fernando Sousa Jr a terminar num meritório 42º lugar, seguido de Fuasto Mota (49º), Rui Oliveira (53º) e Pedro Bianchi Prata, 57º, uma posição pouco de acordo com o valor do piloto portuense, pois este tinha de cumprir a sua missão de “pronto-socorro” dentro da equipa Honda, papel que desempenhou na perfeição. Dois dias após o final, desilusão nas hostes lusas quando foi comunicado um “reajuste” da classificação final, que levou Joaquim Rodrigues a perder o seu fabuloso 10º posto do ano de estreia com a Hero Speedbrain. O piloto de Barcelos foi relegado para o 12º posto, pois a organização diz ter recalculado o tempo devolvido a Rodrigues após este ter parado durante uma especial para ajudar um piloto acidentado. Um final imerecido para a prestação de J-Rod. As boas notícias são que, para a maior parte da caravana lusa, para o ano há mais, e a experiência acumulada traz-nos cada vez mais hipóteses de ver os portugueses a brilhar. P

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Licencas desportivas 2016

Texto e fotos: M.P./Arquivo

A maioria das modalidades registou crescimento em 2016, conforme se pode verificar nos gráficos publicados na página seguinte, referentes às cinco últimas épocas

O CRESCIMENTO EM NÚMEROS

Na temporada de 2016, os números de licenças desportivas emitidas, clubes filiados e provas realizadas sob a égide da FMP comprova o momento de crescimento do motociclismo nacional. O ANO DE 2016 não foi só de crescimento para o mercado de motociclos em Portugal, que manteve a tendência positiva dos anos anteriores, mas também espelhou uma subida em quase todos os parâmetros se analisarmos as licenças desportivas emitidas na passada temporada pela Federação de Motociclismo de Portugal, bem como o número de clubes filiados na F.M.P. e o número de provas organizadas sob a égide da Federação, válidas para Campeonatos e Troféus de âmbito nacional e regional. Nestas páginas, recordamos apenas os números relativos às cinco últimas épocas, com referências a marcos significativos de anos anteriores. Relativamente ao número de provas nacionais, registou-se mesmo um notável incremento, conforme se pode verificar, com um total de 120 eventos, sendo que, para encontrar um número superior, em todos os anos desde a fundação da 12 MOTO

F.M.P. em 1990, temos de recuar até às 123 provas realizadas em 2010. No que respeita ao número de clubes filiados, depois de vários anos de subida constante, atingiu-se o recorde de 217 clubes em 2004. No entanto, desde então e nos anos seguintes, a tendência foi decrescente até 2013, ano em que se somavam somente 126 clubes filiados. Desde então, os últimos três anos foram de crescimento, lento mas sustentado. No total das licenças desportivas emitidas pela Federação de Motociclismo de Portugal, 2016 também foi ano de recuperação, assinalando-se um total de 1114 licenças, o número mais elevado dos últimos cinco anos, sensivelmente em linha com o que se verificou em diversas temporadas, exceção feita aos recordistas anos de 200 e 2001, respetivamente com 1428 e 1359 licenças. Em termos de modalidades, o Todo-o-Terreno

sobe de 200 para 265 licenças e passa a ser a modalidade com maior número de emissões específicas, ultrapassando o Motocross, modalidade em que o aumento de licenças no Mini Motocross não compensou a descidas das emissões de MX/SX. Enduro, Trial e Velocidade (esta última modalidade com o melhor valor dos últimos seis anos, e quase o dobro de 2015) foram mais três disciplinas que registaram subidas no número de licenças desportivas este ano, o mesmo sucedendo com as licenças internacionais (FIM e FIM Europa) e com as licenças gerais, que permitem a participação em mais que uma modalidade e tiveram, em 2016, o segundo melhor valor em todas as 27 temporadas de atividade da F.M.P., apenas superadas pelas 155 licenças gerais emitidas em 2010. Finalmente, registe-se o regresso do Supermoto ao panorama nacional, que trouxe 25 licenças em 2016. P

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Licencas desportivas 2016 OS NÚMEROS RECENTES 2012/2016

MODALIDADES GERAL

150 125

126

100 75

139

104 83

50

73

25 0

2012 2013 2014 2015 2016 120

120

100 80 60

80

80

87

99

100 80 40 20

20

0

0

80 9

6

9 7

7

8

20

2

0

0

126

128

137

138

160 120

75

80 40

25

0

0

1200 890

600

1059 884

1114 949

200

50 0

0

263

254

274

265 200

2012 2013 2014 2015 2016

2012 2013 2014 2015 2016

TRIAL

30

FISCAIS, OFICIAIS E CONCORRENTES

150

25 144

125 100 88

130

123

95

20 15 5

25

0

0

15

17

VELOCIDADE

120

INTERNACIONAIS FIM / FIM EUROPA

23

20

2012 2013 2014 2015 2016

2012 2013 2014 2015 2016 60

20

10

50

120

100

50

80

40

45

39

38

20

45

60

74

69

78

40

26

66

20

10

0

0

2012 2013 2014 2015 2016

2012 2013 2014 2015 2016 1200

50 40

800

946 764

744

889

780

30 20

400

10

200

0

0

2012 2013 2014 2015 2016 14 motoportugal

OUTRAS*

60

NACIONAIS - PILOTOS

1000 600

TODO-O-TERRENO

150

200

30

190

100

400

75

214

159

300 250

1000

203 174

2012 2013 2014 2015 2016

2012 2013 2014 2015 2016 LICENÇAS DESPORTIVAS FMP - TOTAL

72

MOTOCROSS / SUPERCROSS

200 133

62

50

240

CLUBES FILIADOS

50

800

47

2012 2013 2014 2015 2016

2012 2013 2014 2015 2016 150

81

60 40

4

100

MINI MOTOCROSS

100

10

125

49

120

PROVAS INTERNACIONAIS

84 70

67

2012 2013 2014 2015 2016

2012 2013 2014 2015 2016

8

95

60

40

12

ENDURO

120

PROVAS NACIONAIS

54

53

52 39 25

2012 2013 2014 2015 2016 (*) SUPERMOTO, MINI GP, CROSS COUNTRY, QUAD CROSS, URBAN FREESTYLE, PIT BIKES



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