Motoportugal 244 Junho 2015

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junho 2015 nº 244

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www.fmotoportugal.pt / fmp-geral@netcabo.pt

17º LÉS-A-LÉS G

MOTOTURISMO G

ALEX LARANJEIRA

FEDERAÇÃO DE MOTOCICLISMO DE PORTUGAL, Largo Vitorino Damásio, 3 C - Pavilhão 1 - 1200 - 872 Lisboa Tel: 213936030/Fax: 213971457


Noticiario

Vem aí o Lés-a-Lés Off Road Está desenhado o percurso do 1º Portugal de Lés-a-Lés Off Road.

Manuel Marinheiro Presidente da FMP

Editorial O 17º Lés-a-Lés decorreu de 7 a 9 de Junho, com mais de 1.300 mototuristas nacionais e estrangeiros a percorrerem Portugal por estradas e caminhos espetaculares, e proporcionou mais uma vez inesquecíveis momentos de condução e convívio. O percurso Sabrosa Castelo Branco - Albufeira, meticulosamente traçado pela Comissão de Mototurismo da FMP, foi realizado em dois dias e contou com várias inovações muito elogiadas como, por exemplo, o aumento do número e da qualidade dos “Oásis”. Inédita foi também a participação dos Presidentes das Câmaras da partida e da chegada do Lés-a-Lés, o Dr. José Marques de Sabrosa e o Dr. Carlos Sousa de Albufeira, dois amigos do motociclismo e dois Municípios que tão bem souberam receber o nosso evento. A FMP iniciou já a preparação do 18º Lés-a-Lés, que todos aguardamos ansiosamente! Entretanto, para os aficionados do Lés-a-Lés, em particular aqueles que todos os anos nos pedem mais “terra”, iremos realizar de 23 a 26 de Setembro o 1º Lés-a-Lés Off Road. No primeiro dia, em Bragança, decorrerá a recepção aos participantes, que inclui uma homenagem a atuais e antigos pilotos do “Dakar” presentes no evento, no segundo dia iremos de Bragança a Monfortinho, no terceiro até Moura e no quarto terminaremos em Lagos. Visitem o novo site da FMP em www.fmp-live.pt

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Agendada para os dias 23 a 26 de setembro, a primeira edição do Portugal de Lés-a-Lés OffRoad já tem o seu traçado definido. Esta maratona de descoberta e aventura vai ligar Bragança ao Barlavento algarvio ao longo de três dias, com etapas a terminarem nas Termas de Monfortinho, em Moura e, finalmente, em Lagos, e é a grande novidade da FMP no seu calendário de atividades de 2015. Trata-se de um evento sem fins competitivos ou classificação mas que, pela sua exigência ao nível de condução, física e mental, será um verdadeiro desafio de superação pessoal. As etapas têm uma extensão considerável, na ordem dos 300 quilómetros diários, maioritariamente em percursos de todo-o-terreno. Pelo menos um terço desta distância, ou seja, mais de 200 km por dia, serão cumpridos em estradões de terra batida, em caminhos de grau de dificuldade reduzido e médio, sendo as vias asfaltadas utilizadas apenas como troços de ligação, e nunca pisando Itinerários Principais ou Complementares, mantendo assim o mais puro espírito de aventura. Cada etapa será dividida em três setores, com início assinalado por um posto de controlo onde será indicado o número do track de GPS a seguir pelas participantes. As inscrições estão abertas até 31 de agosto no site da Federação de Motociclismo de Portugal (www.fmotoportugal.pt), sendo que até 30 de

julho terão o preço de 250 €, subindo para 275 € após essa data, obrigando à posse do Cartão de Motociclista da FMP que, entre outras vantagens, confere direito a descontos em combustível BP ao longo de um ano e seguro de acidentes pessoais. As inscrições admitem todos os tipos de motos aptas à prática do todo-o-terreno, em equipas de dois ou três participantes, desde as mais puras enduristas às imponentes maxi-trail, passando pelas trail de pequena ou média cilindrada e até máquinas com preparação para rally-raid. Isto, para além de motociclos ou mesmo scooters transformados para a prática da aventura nos mais inóspitos caminhos de terra batida, desde que, como todas as outras, equipadas com pneus adequados para utilização em pisos de terra, não sendo obrigatórios mas recomendados os pneus de perfil TT. O trajeto será fornecido aos concorrentes em ficheiro para utilização em equipamento GPS/ Garmin e inclui enormes promessas de animação e aventura, de paisagens soberbas e vistas deslumbrantes, de largos estradões e de passagens mais técnicas. E que, por questões de segurança e comodidade, está limitada aos condutores, não sendo permitida a inscrição/participação de passageiros. Por outro lado, para facilitar a logística dos participantes, a Organização disponibilizará transporte de saco ou mochila até 50 litros, entre o início e final de cada etapa, em veículo específico.

FICHA TÉCNICA

Revista MotoPortugal Editor: Federação de Motociclismo de Portugal Edição: nº 244, Junho 2015; Produção: F.M.P. Nota: Isento de registo na ERC (Entidade reguladora para a Comunicação Social), ao abrigo do Decreto Regulamento 8/99 de 09/06 - Artigo 12º- Nº1 - A. 2 MOTO

Tudo verde em Portimão O Campeonato do Mundo de Superbike visitou o Autódromo Internacional do Algarve pelo oitavo ano consecutivo, desta feita no início de junho, para mais um grande fim de semana de corridas. Em termos desportivos, e tal como se tem verificado ao longo de toda a presente temporada, Jonathan Rea e a Kawasaki dominaram amplamente, como piloto da Irlanda do Norte a vencer ambas as mangas e a ampliar a sua vantagem no campeonato para números muito difíceis de alcançar pelos seus rivais. Na 1º manga, Rea terminou à frente do seu companheiro de equipa Tom Sykes e da Ducati de Chaz Davies,

ARRANCOU O SUPER ENDURO

enquanto, na segunda corrida, foram Davide Giugliano (Ducati) e Leon Haslam (Aprilia) a acompanharem Jonathan Rea ao pódio. Em Supersport, Jules Cluzel (MV Agusta) bateu Kenan Sofuoglu (Kawasaki) após grande batalha, numa corrida em que se assistiu à despedida internacional de Miguel Praia. O piloto português, que há anos não compete na categoria, fez um regresso pontual em que conseguiu um meritório 15º posto. O outro português presente foi Pedro Nuno, convidado a alinhar na corrida da European Junior Cup, troféu disputado com as Honda CBF650F, terminando num brilhante 3º lugar, numa classe e moto que desconhecia por completo.

A LOCALIDADE DE ALPENDURADA, perto de Marco de Canavezes, foi anfitriã da estreia absoluta do Campeonato Nacional de Super Enduro Multimoto, ronda inaugural de uma competição que tem cinco rondas agendadas, e irá passar também por Parceiros (Leiria), Vila Nova de Stº André, Vilarandelo e Castanheira de Pêra. Num percurso artificial – com zonas técnicas e espectaculares - com cerca de 500 metros de extensão, compareceram a este primeiro evento da especialidade um total de 33 pilotos, divididos pelas duas categorias em competição, Prestige e Hobby. Depois de treinos livres e cronometrados, os pilotos enfrentaram as qualificações e repescagens antes de partirem para as três finais de cada uma das categorias, cada uma com seis minutos mais uma volta de duração e que definiram a classificação final da prova. A jogar em casa, Fernando Ferreira (Yamaha) venceu a primeira corrida da classe principal, Prestige, com João Vivas (Beta) a ganhar as duas finais seguintes e João Lourenço (Kawasaki) a conseguir o segundo lugar nas três ocasiões. Na classe Hobby, Norberto Teixeira venceu as duas primeiras finais, com Márcio Barbosa a levar melhor na derradeira.

Moto3 Holanda: e eis a segunda!

Vitória magistral no piloto português no Grande Prémio da Holanda. Depois da histórica vitória em Mugello no final de maio, e passando por um G.P. da Catalunha onde esteve sempre na luta pela vitória, terminando em quinto face às dificuldades da KTM frente às Honda, Miguel Oliveira voltou a subir ao degrau mais alto do pódio, na sequência de mais uma corrida magistral no G.P. da Holanda, em Assen.

O piloto português conseguiu em Assen um lugar na segunda fila da grelha, com o 6º tempo, mas na partida fez o “holeshot” e manteve-se à frente toda essa volta inaugural ao circuito holandês. Miguel Oliveira passou então a integrar um grupo de sete pilotos que rodou junto durante toda a corrida, composto ainda pelas KTM de Romano Fenati e Brad Binder e pelas Honda de Danny Kent, Jorge Navarro, Fabio Quartararo e Enea Bastianini. Apesar das constantes trocas de posições, foi

o português da KTM que esteve mais vezes na frente e de forma mais autoritária, mostrando claramente que tinha ritmo para ganhar, o que veio a acontecer de modo inteiramente merecido, após superar na última volta o francês Quartararo. Com este resultado, Miguel Oliveira, terceiro do Mundial, recuperou 9 pontos para Danny Kent, que ainda mantém o comando do campeonato confortavelmente, e ganhou 15 pontos a Bastianini que é o segundo da tabela. P

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Mototurismo

Texto e fotos: João Serra / Com. Mototurismo FMP

VIANA "SEMPRE A CURTIR"! VINTE ANOS DE PAIXÃO PELAS MOTOS, aventura, convívio, quilómetros percorridos, conquistando muitas amizades e interagindo com associações e organismos de integração na sociedade civil, ajudando nas iniciativas de caráter solidário, traçando objetivos da promoção e divulgação do motociclismo português e da sua terra, sempre com grande orgulho: com o slogan “Viana Sempre a Curtir”, realizou-se a 20ª Concentração do Moto Clube Foz do Lima, no primeiro fim de semana de junho. O recinto escolhido para a realização da concentração foi o Parque da Cidade de Viana do Castelo, situado junto à praia fluvial do rio Lima, onde muitos motociclistas deram uns mergulhos, num clima de sol abrasador que se aliou um cartaz de diversos espetáculos, um programa bem preenchido de várias animações e espetaculares bandas. Durante os dois dias atuaram os Amigos do Raiz do Norte, The Oafs, Camarones, Orquestra do Brasil, DJ’s Hugo e Nuno Forte, Rosamat e a Five Strings Band, de Espanha, para além de diversos shows eróticos e dos bailarinos Mega Zumba, bem como um Bike Wash e um Bike Show, que acabaram por resultar num divertido e inesquecível fim de semana, como já nos habituou o Moto Clube Foz do Lima. No domingo realizou-se o passeio - este ano com bastante aderência, cerca de 250 motos -, pelas aldeias circundantes de Viana do Castelo, não podendo faltar a visita a Santa Luzia, passando pela praia Norte e parando para um lanche volante oferecido pela Comissão de Festas das Neves. De regresso ao recinto, serviu-se o almoço de despedida com um “até para o ano”, pois quem participou prometeu voltar. Está assim de parabéns o Moto Clube Foz do Lima. Pela nossa parte, desejamos que continuem a animar com a sua festa e muita alegria o panorama mototuristico português, e que a união e amizade continuem a ser o seu lema. O moto clube agradece a todos os sócios, amigos e apoiantes, nomeadamente aos apoios oficiais do Município de Viana do Castelo, Freguesias de Viana, Monserrate e Vila Franca e Cruz Vermelha Portuguesa (delegação V. C.), pois o seu contributo e colaboração foram valiosos para que esta concentração decorresse com sucesso.

NAS MARGENS DO TUA Está de parabéns o Moto Clube Foz do Lima, que em junho realizou em Viana do Castelo a sua 20ª concentração

BARREIRO AO RUBRO

O Moto Clube do Barreiro voltou a encher de animação a sua cidade

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RIACHOS EM FESTA DE MOTOS

HÁ CATORZE ANOS ATRÁS, o Moto Clube do Barreiro decidiu organizar um convívio e convidar todos os motociclistas amigos, originando assim a sua primeira Concentração de Motos. E, graças às excelentes relações criadas ao longo dos anos, o número de motociclistas que partilham o mesmo espirito é cada vez mais elevado, pelo que, mesmo com a crise, a sua concentração foi um sucesso. O Moto Clube do Barreiro tem feito um bom trabalho de promoção das motos e da sua terra, presentes em grande número em muitos eventos motociclistas, participando com muita animação, sempre alegres e bemdispostos, contagiando assim todos os que os rodeiam. E, quando chega o dia da sua festa, são recompensados com a adesão de muitos motociclistas amigos representando vários clubes. Com tempo muito quente, tal como sucedeu em todos os fins de semana deste mês, foi nos dias 26 a 28 de junho que se realizou a 14ª concentração do M.C.B. A organização aposta sempre nos espetáculos de palco, duas noites esplêndidas de excelentes bandas que levaram ao rubro todos as presentes até altas horas da madrugada. Na sexta-feira atuaram as bandas Rockets e Neim, enquanto no sábado a animação foi de arrasar, com a atuação da espetacular MCB Band e dos One Vision (tributo aos Queen). Nos intervalos das bandas não faltaram os vários shows de strip feminino e masculino. Um clima espetacular aliado a uma organização cheia de animação e divertimento, que deu origem a um fim de semana bastante agradável. Está, assim, de parabéns o M.C.B., e desejamos que continuem a organizar eventos como este, a divertir e a contagiar com a sua alegria todos os motociclistas que os rodeiam. O M.C.B. agradece a todos os sócios, amigos, patrocinadores e apoios oficiais: Câmara Municipal do Barreiro, União de Freguesias do Barreiro e Lavradio, Bombeiros Sul e Sueste do Barreiro e P.S.P. do Barreiro, pois a sua colaboração foi essencial para que a realização da Concentração se saldasse por um sucesso.

MIRANDELA FICA SITUADA NO NORDESTE TRANSMONTANO, considerada a Princesa do Tua ou a “Cidade Jardim”, famosa igualmente graças às saborosas alheiras. Esta é, também, uma das cidades portuguesas onde as motos são rainhas, e ano após ano têm marcado a sua presença de forma muito positiva, tudo isto fruto do trabalho desenvolvido pelo Moto Clube de Mirandela, em parceria e com o apoio precioso do seu município. E foi debaixo de um forte calor, num recinto esplêndido dentro da cidade nas margens do rio Tua - um espaço totalmente relvado com praia fluvial ali mesmo à beira do acampamento -, que se realizou a 19ª edição da Concentração do Moto Clube de Mirandela, nos dias 19, 20 e 21 de junho de 2015. Uma concentração de nível “cinco estrelas”, rica em várias vertentes, desde a sua hospitalidade ao excelente recinto e à saborosa gastronomia. Este ano o clube optou por contratar um serviço de cattering para confecionar as refeições, uma excelente opção que todos aplaudiram, pois estas foram saborosas e fartas. Na sexta-feira a festa começou com uma demonstração de Karaté e, durante a noite, subiu ao palco a Tuna In’Vinus Tuna e depois as bandas Band’Alheira e Hug A Fly, excelentes espetáculos que animaram as hostes até de madrugada. O sábado foi de adrenalina total, houve muita animação e entretenimento, desde as motos presentes no Bike Show ao Bike Wash e aos diversos de shows de Freestyle, protagonizado pelo famoso “Arrepiado”, que entusiasmou todos os presentes com as suas manobras em duas e quatro rodas. Uma vez mais, um dos pontos altos da Concentração foi o passeio noturno com cerca de 500 motos, sendo que também a população local marcou uma forte presença pelas ruas onde este passou. No palco atuaram as bandas FullSteam e The Bentley, não faltando os famosos shows eróticos, numa fantástica noite de som e luzes que contagiou todos os participantes. No domingo realizou-se o passeio matinal à Freguesia de Vale de Salgueiro, com pequeno-almoço reforçado, encerrando assim a 19ª Concentração do Moto Clube de Mirandela. São concentrações como esta que valorizam o mundo das motos. Obrigado ao M.C.M. pelo esforço e dedicação, pela excelente festa de motos que proporcionaram a todos os que ali se deslocaram e se divertiram em grande escala, parabéns pelo trabalho, que ano após ano, vêm executando na divulgação e promoção do motociclismo nacional. O Moto Clube de Mirandela agradece a todos os sócios, amigos e patrocinadores, bem como o valioso apoio da Câmara Municipal de Mirandela, Freguesias de Mirandela, PSP e Bombeiros Voluntários de Mirandela, imprescindível para o sucesso deste evento.

O Moto Clube de Mirandela já vai na sua 19ª concentração. Para o ano há festa grande!

FOI COM GRANDE ALEGRIA, ORGULHO E SATISFAÇÃO que o Moto Clube “Os Tesos Do Ribatejo” realizou a sua 19ª Concentração de Motos, nos dias 26, 27 e 28 de junho de 2015 em Riachos. A Concentração decorreu no já habitual espaço do Parque 25 de Abril, um recinto acolhedor com condições adequadas para este tipo de evento. E todos os anos a população local aguarda com grande expectativa a visita dos motociclistas, pois não é só uma festa de motards, é uma festa de todos os riachenses. A Vila de Riachos adere com grande entusiasmo, a população adora receber e conviver com os muitos motociclistas que ali se deslocam, deixando-se envolver num ambiente de grande animação e divertimento. Neste moto clube a tradição manteve-se, uma organização que nunca esqueceu as suas raízes, cultivando essa herança com prioridades bem definidas, a de receber bem, proporcionando grandiosos e constantes momentos de animação e, principalmente, servindo refeições sempre fartas e apetitosas. No entretenimento, o clube presenteou todos os participantes com um programa completo e diversificado, desde a excelente atuação do famoso Rancho Folclórico Os Camponeses de Riachos, com as suas danças e cantares tradicionais, às atuações das espetaculares dandas TDT Covers Band, Nuggyland, Ultra Rock e Declinius, intercaladas com diversos shows eróticos de Strip Tease. Não faltaram os jogos tradicionais e o Bike Wash, uma brincadeira bem animada de moças, motos e motards, que serviu para se refrescarem e borrifarem os presentes, atenuando assim o sol abrasador que se fez sentir este fim de semana. Ficou provado, mais uma vez, que esta é uma concentração fantástica, e quem participa volta sempre no ano seguinte. Está de parabéns o Moto Clube “Os Tesos Do Ribatejo” pela excelente festa de motos que proporcionou a todos os que ali se deslocaram e à população, com diversão até altas horas da madrugada. O Moto Clube “Os Tesos Do Ribatejo” agradece a todos os sócios, amigos e patrocinadores pelo seu valioso contributo e colaboração. Um agradecimento especial ao Sr. Paulo Pereira, da Empresa Breve Circuito, pelo apoio e dedicação ao clube. Apoios Oficiais: Câmara Municipal de Torres Novas, Junta de Freguesia de Riachos, PSP e GNR. A todos, um muito obrigado.

CONCENTRAÇÕES EM AGOSTO E SETEMBRO 7,8,9 de agosto 7,8,9 de agosto 13,14,15,16 de agosto 21,22,23 de agosto 21,22,23 de agosto 28,29,30 de agosto 28,29,30 de agosto 4,5,6 de setembro 4,5,6 de setembro 4,5,6 de setembro 11,12,13 de setembro 18,19,20 de setembro 18,19,20 de setembro

Moto Cruzeiro Bragança Moto Clube Baionense Góis Moto Clube Moto Clube Vilar de Mouros Moto Clube Viseu Clube Automóvel de Lamego Clube Motard da Vidigueira Moto Clube Conquistadores Guimarães Moto Clube de Castelo Branco Moto Clube de Lagoa Moto Clube de Mafra Moto Clube Fenómenos Entroncamento Moto Clube Xupa Kabras

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Les-a-Les

Texto: Delfina Brochado Fotos: Gabinete de Imprensa Portugal de Lés-a-Lés

PASSEIO PELA HISTÓRIA DE PORTUGAL

O 17º Portugal de Lés-a-Lés foi união fantástica entre cultura e gastronomia, recheado de fabulosas paisagens e riquíssimo património.

De Sabrosa a Albufeira, com pernoita em Castelo Branco, foram quase 1000 km de aventura e convívio

DE MIGUEL TORGA AO CENTUM CELLAS, de Fernão de Magalhães ao abandonado complexo mineiro de S. Domingos, de Provesende ao Núcleo Museológico de Alcaria de Javazes, com passagem pelo Museu do Queijo, em Peraboa, ou por monumentais vilas e aldeias, esta foi uma das mais ricas edições do Portugal de Lés-a-Lés. Cocktail de luxo servido com acompanhamento de fabulosas paisagens, da imponência granítica das serranias transmontanas aos engenhosos socalcos xistosos do Douro Vinhateiro, das intermináveis planícies alentejanas às refrescantes praias algarvias. Tudo condimentado com estradas entusiasmantes em evento que, pela 17.ª vez, cumpriu o propósito de desvendar um País diferente e ímpar. De Sabrosa a Albufeira com passagem por 6 MOTO

Castelo Branco, uma longa caravana de 1400 motociclistas,entre participantes, convidados e organização, cumpriu quase 1000 quilómetros por estradas nacionais, municipais e uns quantos caminhos de terra batida. E foi da Terra de Magalhães, que já é Património Mundial da Unesco, bem perto da casa onde nasceu o navegador de nome Fernão, que partiu a aventura para pequeno prólogo de 72 km pelas concelhias estradas sabrosenses, com alguns pingos de chuva que não chegaram para arrefecer o asfalto, tão pouco enorme entusiasmo dos participantes. Introdução com continuidade no início da primeira etapa, curta de 351 km mas repleta de motivos de interesse, como Tabuaço, descendo

depois rumo a Armamar com destino a Moimenta da Beira, não sem antes encontrar os Moto Galos de Barcelos que controlavam a ponte sobre o rio Tedo. Vestidos a rigor com o fausto dos tempos de reis e rainhas, marcavam o segundo furo dos 18 que atestavam o cumprimento integral do percurso. Outro dos prémios foi, sem sombra de dúvida, o oferecido pelos patrocinadores do evento sob a forma de Oásis onde um cafezinho, água fresca ou sumos, pastéis ou gelados ajudavam a recuperar o fôlego. Nas margens do rio Távora estava o espaço Antero, concessionário BMW e Yamaha nos Carvalhos, o primeiro dos vários Oásis que marcaram, de forma muito positiva, o 17.º Lés-a-Lés. Seguiu-se Fonte Arcada, Sernancelhe e Trancoso, antes de um saltinho aos... Açores, pequena aldeia

no concelho de Celorico da Beira que deu toque insular ao evento continental. Até lá, tempo para recordar a visita, pela primeira vez no Lés-a-Lés, ao enigmático Centum Cellas, monumento que nunca gerou consenso quando à data de origem ou verdadeira função que nem os romanos do Moto Clube do Porto, vestidos a rigor para mais um controlo, conseguiram esclarecer. O castelo de Belmonte forneceu palco de eleição para improvisado restaurante para acolher todos os motociclistas, que, logo a seguir, tiveram tempo para fazer a digestão em passeio e visita ao Museu Judaico, Museu à Descoberta do Novo Mundo e Museu do Azeite. Com a História sempre presente, deixou-se para trás a terra onde nasceu Pedro Álvares Cabral e viajou-se até Caria, com as P

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Les-a-Les Lés-a-Lés para todos! Atores, desportistas, políticos... o Lésa-Lés atrai motociclistas de todas as áreas, mais ou menos conhecidos, unidos por essa paixão comum que são as motos e o mototurismo. Um deles, habituado a ritmos bem mais acelerados, foi Armindo Araújo, o campeão do Mundo de Ralis de Produção em 2009 e 2010, rendido aos encantos do que considera “uma forma única de relaxar, de estar com os amigos e descobrir um País realmente fantástico. Queria experimentar mas nunca se tinha proporcionado e este ano, desafiado por alguns amigos, juntámos um grupo de 26 motos e apresentamo-nos em Sabrosa para as verificações técnicas e documentais mais descontraídas de toda a vida. Repetente no evento é Paulo Marques, um dos nomes maiores na história do TT e Enduro nacional e que não falta à chamada desde 2008, fazendo equipa com a esposa Elisa, pelo 2º ano a conduzir a sua Honda CB 650F depois de dois anos à pendura do marido. Também os atores Vítor Norte e Alexandre Silva, motociclistas convictos e repetentes nesta maratona, bem como o coreógrafo e igualmente ator João Hydalgo, marcaram presença no 17º Lés-aLés, tal como o conhecido ciclista Cândido Barbosa, que alinhou pela quarta vez no evento. “A motivação para regressar a cada ano passa por conhecer melhor Portugal, e pelo incrível convívio que acontece ao longo de mais de 1000 quilómetros de grande festa motociclística, referiu Cândido Barbosa. Foram 1400 motociclistas, e certamente outras tantas histórias de vida e experiências vividas no Lés-a-Lés que seriam dignas de aqui contar. Mas, como disse alguém certa vez: quem lá foi, sabe do que estamos a falar. A quem nunca esteve no LaL, não vale a pena explicar... mas podem sempre aparecer em 2016!

Ainda mal terminou o 17º Portugal de Lés-aLés e já se trabalha na 18ª edição que, sabese já, terá um prólogo com partida em Albufeira, que foi meta de chegada este ano

suas duas pontes medievais, não sem antes poder dar uma escapada, opcional, às ruínas romanas da Fórnea. Com o dia longe de estar terminado, o lanche foi servido no Museu do Queijo e no restaurante Casa dos Mestres, onde se come muito bem graças ao entusiasmo e aptidões culinárias de motociclistas do MC Covilhã – Lobos da Neve. A digerir o bom queijo da serra passou a caravana em Penamacor, mas também por Bemposta e na belíssima Idanhaa-Velha, onde os elementos da Escuderia de Castelo Branco assinalaram mais um controlo mesmo antes da passagem a vau do rio (seco) Pônsul. Travessia bastante facilitada para as motos dos nossos dias mas que valorizou a paragem no Oásis Lusitânia, nas margens da albufeira da Barragem Marechal Carmona, rumo a Castelo Branco e ao palanque instalado mesmo junto à Câmara Municipal, em final desta jornada de excelência mototurística. Ainda era noite em Castelo Branco quando as mais pequenas cinquentinhas e 125 cc, Vespa e algumas das motos mais antigas se fizeram à

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estrada para jornada de 480 km até Albufeira. Mais comprida que a da véspera, é certo, mas mais relaxada nas longas retas alentejanas. Um dia que, porém, começou com boa dose de curvas, em jeito de pequeno-almoço de animação extra, na descida a Vila Velha do Ródão e subida a Nisa, com passagem pelas impressionantes Portas do Ródão, em entrada no Alentejo marcada pelas primeiras casas de branco caiadas, e paragem em Flor da Rosa, local de eleição para um café no Oásis montado pela BP. Crato e a espetacular Varanda do Grão Prior, a Coudelaria de Alter e o centro de Alter do Chão seguiram-se em road-book recheado de notas, informações e curiosidades. E que alertava para a presença dos elementos dos Motards do Ocidente, em ação de controlo da caravana, e do Oásis Lusitânia, na praia fluvial nas margens da Ribeira Grande. Sempre com enorme serenidade, o pelotão entrou em Sousel através da formosa Porta de Évora, acompanhando as muralhas até ao Oásis Bomcar onde era possível ver a Serra da Ossa, preparando com o olhar os quilómetros seguintes.

Boas curvas para desenjoar das longas retas como as que haveriam de levar ao abandonado Castelo de Valongo ou a Reguengos de Monsaraz. Albufeira ainda estava longe mas, para habituar os olhos a longas extensões de água, nada como a visita à Marina de Amieira, onde o petisqueiro almoço reabasteceu o corpo para uma tarde que prometia ser longa. E que começou com paragem na barragem do Alqueva, obra imponente cuja observação podia ser acompanhada por uma maçã de Alcobaça, água ou uma bebida energética da Monster oferecidas no Oásis Yamaha. Voltando a estrada rumo às Minas de S. Domingos, tempo para descontrair nas passagens por Moura, Pias ou pela pitoresca Serpa, antes da chegada às paisagens do outro mundo daquela mina a céu aberto, onde o oásis esteve a cargo da SW Motech. Mértola e o seu centro histórico de inspiração árabe foram ponto de visita rápida, antes da paragem no Núcleo Museológico de Alcaria de Javazes, onde a Honda fazia as honras da casa, com Oásis que antecedia a porção mais aventureira da edição deste ano. Um troço em terra, bastante degradado

pelos rigores do inverno, onde todas as motos poderiam passar mas que oferecia alternativa por estrada asfaltada até Clarines, ponto de entrada no Algarve. E que marcou o regresso das estradas cheias de curvas, da N124 de Alcoutim a Barranco do Velho, à N396 até Loulé. Momentos de puro prazer de condução antecedendo o rebuliço do Algarve mais turístico rumo ao palanque final, com o último dos 18 controlos instalado pelos divertidos elementos e excelentes anfitriões do Moto Clube de Albufeira mesmo sobre a Praia dos Pescadores. Verdadeira sala de visitas colocada ao dispor pelo entusiasmo do presidente da edilidade, Carlos Eduardo da Silva e Sousa, que aqui retribuiu a simpatia do presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, José Marques, servindo de cicerone nos derradeiros momentos de uma aventura de 1000 km em rota de inesquecíveis descobertas paisagísticas, patrimoniais, históricas e gastronómicas. O local onde, já se sabe, será dada a partida para o prólogo do 18.º Portugal de Lés-a-Lés, no dia 10 de junho de 2016. A aventura continua!


Livro de Ouro

Texto: Moto Portugal Fotos: Arquivo do piloto

ALEX LARANJEIRA

O PILOTO EMIGRANTE

ALEXANDRE MANUEL AZEVEDO LARANJEIRA Nascido a 5 de maio de 1958 Natural de Antas, Esposende Residente em Orléans, França

Palmarés

Um dos maiores valores da Velocidade nacional nas décadas de 80 e 90, Alexandre Laranjeira inaugura a nova série que passamos a publicar na Moto Portugal. MOTO PORTUGAL - Conta-nos como começou a tua ligação às motos, e como se veio a tornar numa paixão tão forte. ALEX LARANJEIRA - A minha ligação às motas surgiu desde criança. Um tio meu tinha uma moto e um dia deu uma volta comigo dentro da aldeia. Fiquei cheio de medo! Quando era miúdo tinha medo da velocidade e vertigens quando estava em sítios altos, mas aos 14 anos perdi isso tudo. Hoje, aos 57 anos, salto em pára-quedas desde os 4200 metros, e anda a mais de 300 km/h sem medo... Aos 16 anos o meu pai comprou-me a primeira moto para ir estudar, e desde aí nunca mais deixei as motos, tanto em estrada como em pista. Ando todos os dias de moto e, de vez em quando, faço uma perninha em pista. É um vírus! M.P. - Como te iniciaste na competição? A.L. - Comecei em 1981, no Troféu Yamaha em França, com uma RD350LC. Fui sozinho, sem mecânico, sem ninguém... Fiz sete provas e caí sete vezes! 10 MOTO

M.P. - Qual foi a tua vitória mais saborosa, ou o momento da tua carreira que mais te marcou? A.L. - Tenho algumas, mas, sobretudo, ter sido o primeiro português a vencer em Macau, em 1992 na corrida de Superbike. A seguir, foi ter ganho duas mangas em Santo André no mesmo ano, porque tinha dito que ia ganhar nesse dia e ganhei. Foi um momento muito forte para mim, pois tinha desafiado todos os pilotos e equipas. Se não tenho vencido davam cabo de mim... A partir desse dia toda gente mudou de comportamento comigo, todos tinham muito respeito por mim. Outra vitória saborosa foi em Vila Real, em 1991, quando venci as duas mangas depois de ter tido um grave acidente na pista em 1989. M.P. - Qual foi o adversário que mais trabalho te deu, o rival mais difícil de bater? A.L. - Foi o meu próprio colega de equipa, o famoso Telmo Pereira. Ele tinha muita garra e era muito leve. Um dia tive que tirar dúvidas, fomos

à balança e ele, vestido com fato, luvas, botas e capacete, pesava o mesmo que eu despido! Eu, para compensar, tinha de travar mais tarde e acelerar mais cedo... M.P. - Morar e trabalhar em França – numa profissão que não tinha nada a ver com motos -, e vir correr a Portugal, ano após ano e várias vezes por época, não deve ter sido fácil. Como conseguias gerir a tua carreira profissional com a desportiva e a família? A.L. - Viver fora do país foi complicado. Eu era responsável de uma equipa de mais de 100 pessoas numa empresa de limpezas, a Abilis, e a troca de publicidade eles davam-me muito tempo para eu poder fazer as minhas provas sem problemas. Em relação à minha família, tive sempre o apoio incondicional dos meus pais, da minha mulher, das minhas filhas, Lucie e Sandrine, dos meus irmãos, etc. Todos os Laranjeiras estavam comigo, sem contar com as claques da minha terra

que vinham de autocarro ver as provas ao Estoril!

fazer nada de especial...

M.P. - Quando é que tomaste a decisão de colocar um ponto final na tua carreira, e porquê? A.L. - Foi difícil tomar essa decisão, sair das corridas, a coisa que eu mais gostava de fazer, com muita paixão e dedicação. Tinha 40 anos, era o momento certo para sair. Ainda para mais sem muitos azares... Caí 64 vezes em pista, fui parar nove vezes ao hospital e fiz 14 operações! No último ano fui piloto de reserva do Team Suzuki Shell, mas sofria muito fisicamente e já não me dava gozo, e saí com o acordo do meu team manager. Um dia, numa das minhas últimas provas, estava no Bol d'Or e um jornalista perguntou-me qual era a diferença entre os meus primeiros tempos e aquele momento, em que tinha anunciado a retirada. É simples, respondi-lhe: antes, o piloto que ia à minha frente tinha de o passar, mesmo que arriscasse uma queda, e hoje deixo-o ir sem

M.P. - Sabemos que há relativamente pouco tempo tiveste problemas de saúde. Já estás em forma, e pronto para a ação? A.L. - Em janeiro de 2013 fui avô de um futuro piloto que se chama Evan, e a seguir estive 47 dias no hospital, com uma pancreatite muito complicada. Ia deixando este mundo, e o médico disse que foi um milagre eu ter sobrevivido. Estou feliz por isso, sofri muito, fui operado duas vezes e andei mais de um ano a combater a doença, mas hoje parece estar tudo mais ou menos. Nunca fumei, beber só nos aniversários, e o médido disse que foi isso que me salvou. Depois tive um problema nas pernas, devido a um mau tratamento da tempo das motos, enfim... foi uma página da minha vida um pouco mais dura! M.P. - Continuas a andar de moto, no dia a dia? E para fazer uma corrida de clássicas, por exemplo, já foste desafiado?

1981 - Troféu Yamaha Gauloises 1982 - Troféu Kawasaki 1988 - Campeão Nacional de Superbike 1989 - 2 ° Nacional de Superbike 1990 - 3º Nacional de Superbike 1992 - 3º Nacional de Superbike Vencedor G.P. Macau - Superbike 1993 - 3º Nacional de Superbike 1994 - 2 ° Nacional de Superbike 1995 - 2 ° Nacional de Superbike 1996 – Europeu de Superbike (8º Jerez; 7º Albacete; 4º Braga; 8º Most; 12º Magny Cours) 5º no G.P. de Macau 1997 – Mundial de Resistência (4º 24 Horas de Spa-Francorchamps; 10º Bol d'Or) 35 vitórias em Superbike de 1991 a 1996 P

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Livro de Ouro

Alex Laranjeira foi sempre fiel à formação do importador nacional da Suzuki

Com o projeto português melhor sucedido a nível internacional, o Team Suzuki Shell, Laranjeira alinhou no Mundial de Resistência em 1997, com resultados no Top 10 nas 24 Horas de Spa-Francorchamps e no Bol d'Or

A.L. - Adoro andar de moto em pista, é uma verdadeira droga, não tem cura... Vou fazer algumas provas nas antigas quando a minha saúde permitir. O mais complicado é fazer a prova de esforço... Fico como um miúdo que vai ter um presente de Natal quando sou convidado para ir dar umas voltinhas em pista. Ando de moto todos os dias, aqui em Orléans tenho a minha velhinha Hayabusa, e quando trabalhar para o Mónaco tenho lá a minha velha Kawasaki Z900 de 1974. Em Esposende tenho uma Yamaha DT 200 para andar no campo. M.P. - Queres acrescentar algo mais para resumir a tua carreira? A.L. - Foram momentos únicos, fortes, cheios de emoção, e tive a sorte de ter o apoio da maior equipa que existia na época (a formação oficial do importador da Suzuki, a Veículos Casal). Sem eles nada teria conseguido. Se o meu nome marcou 12 MOTO

alguns espíritos foi devido a todo um conjunto de pessoas que tive a sorte de encontrar na vida. Tenho de agradecer a todos eles, todos fizeram parte do puzzle da minha carreira e fico-lhes muito grato, do fundo do coração. Nunca mudei de equipa, tive propostas para mudar mas sou fiel, e para mim era um dever ficar, para lhes agradecer o apoio e a confiança. Quando a equipa venceu as 24 horas de Spa em 1999, o meu “big boss” Pedro Ribeiro ligou-me do pódio e disse-me “Laranjeira, estamos no pódio, vencemos! Alex, está aqui o resultado de tantos anos de trabalho, e um bocadinho de ti está aqui connosco!” No momento fiquei arrepiado e chorei de alegria, talvez seja idiota, mas foi assim... Fiz tudo com muita força de vontade e espírito lutador. Fazia muita preparação física, natação, ciclismo, corrida a pé, motocross... a única coisa que sempre me deixou frustrado foi nunca ter

sido piloto profissional a 100%, como os pilotos estrangeiros. Nunca me senti inferior como ser humano, agora é verdade que senti que com uma moto de fábrica sertia tudo diferente. Sempre fiquei convencido que podia ter ganho o G.P. de Macau com uma moto “top”, mas era assim no século passado... Quando estou a ver as provas do Miguel Oliveira tenho a sensação de estarr a fazer os gestos de pilotagem com ele... É um grandíssimo piloto, estou feliz por ele. Sempre sonhei ver isto, e agora posso morrer descansado, pois já vi um piloto com a bandeira de Portugal erguida aos mais alto nível. Infelizmente nunca o consegui, mas, no fundo da minha cabeça, quando saía para a pista era o meu objetivo. Tenho muito orgulho no Miguel, fico sem unhas sempre que estou a ver as provas do nosso herói, e o meu sonho é ver mais putos portugueses em pista.


Resultados Desportivos 8º/9º/10º Ricardo Pereira (Husqvarna) 12º/8º/7º André Almeida (Yamaha) 5º/-/9º Joel Vieira (KTM) 11º/10º/11º Miguel Costa (Beta) 9º/-/12º Manuel Moura (Honda)

Campeonato Nacional de Enduro

5ª prova – Régua ELITE 1

1º 2º 3º 4º

ELITE 2

Campeonato do Mundo de Velocidade – Moto3

7ª prova – G.P. da Catalunha / Montmeló

Miguel Oliveira (KTM)

8ª prova – G.P. da Holanda / Assen

Miguel Oliveira (KTM)

Campeonato do Mundo de Ralis TT

4ª prova – Rali da Sardenha

3º 4º 8º

Hélder Rodrigues (Yamaha) Paulo Gonçalves (Honda) Ruben Faria (KTM)

Campeonato do Mundo de Enduro

4ª prova – Serres /Grécia

-/5º 7º/6º 4º/5º

(Júnior) Diogo Ventura (Gas Gas) (Júnior) Luís Oliveira (Yamaha) (E3) Luís Correia (Beta)

5ª prova – Rovetta / Itália

5º/6º 8º/4º

(Júnior) Luís Oliveira (Yamaha) (E3) Luís Correia (Beta)

Campeonato do Mundo de Motocross - Senhoras

5ª prova – Alemanha / Teutschenthal

15º/13º

Joana Gonçalves (Yamaha)

Tourist Trophy – Ilha de Man 28º 31º 40º 34º

Senior TT (Réplica Bronze) Nuno Caetano Superstock (Réplica Bronze) Nuno Caetano Supersport 1 (Réplica Bronze) Nuno Caetano Supersport 2 (Réplica Bronze) Nuno Caetano

Campeonato Nacional de Super Enduro

1ª prova – Alpendurada

3º/1º/1º 2º/2º/2º 1º/3º/3º 4º/4º/4º 6º/5º/5º 7º/7º/6º 10º/6º/8º 14 MOTO

João Vivas (Beta) João Lourenço (Kawasaki) Fernando Ferreira (Yamaha) André Silva (KTM) Carlos Pedrosa (Yamaha) Albano Silva (KTM) Alexandre Ferreira (Beta)

1º 2º 3º 4º

OPEN

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

Luís Oliveira (Yamaha) 2º Abs. Joaquim Rodrigues (KTM) 4º Abs. Fernando Ferreira (Yamaha) 6º Abs. Fábio Pereira (Yamaha) 7º Abs.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º

SUPER VETERANOS

1º 2º 3º 4º 5º

1ª prova – Rebordosa ELITE

1º 2º 3º 4º 5º 6º

António Oliveira (Yamaha) Nuno Freitas (KTM) Albano Mouta (KTM) Sandro Carolino (KTM) Mané Teixeira (KTM) Tony Carvalho (Beta) Alcides Calçada (Honda) Nelson Vassalo (KTM) Fernando L. Teixeira (KTM) João Saraiva (Honda) Carlos M. Ferreira (Yamaha) Fernando Sousa (KTM) Paulo Vicente (Husaberg)

Tomás Clemente (Beta) Rodrigo Belchior (Beta) Bruna Antunes (Honda)

Campeonato Nacional Eni de Trial

Daniel Carracedo (Suzuki) João Lourenço (Kawasaki) Diogo Vieira (Honda) João Vivas (Suzuki) Carlos Pedrosa (Yamaha) David Megre (KTM) Fernando Sousa Jr. (KTM) José Pimenta (KTM)

VETERANOS

Gonçalo Amaral (KTM)

ENDURO CUP

1º 2º 3º

1º 2º 3º 4º

Elias Rodrigues (Yamaha) 1º V2 Nuno F. Pereira (Husqvarna) 2º V2 Alexandre S. Guia (KTM) 3º V2 André F. Almeida (Yamaha) André Martins (AJP) 1º V1 Sérgio Pdilha (Honda) 2º V1 Márcio Antunes (Sherco) André Mouta (KTM) 3º V1 Pedro B. Leite (Honda) Miguel Costa (Beta) 1º V3 Gil do Carmo (Honda) Alexandre R. Ferreira (Beta) Ricardo W. Tavares (KTM) João R. Oliveira (KTM) Paulo J. Teixeira (KTM) Bruno Freitas (KTM) 2º V3 Pedro Pereira (Beta) 3º V3

Rita Vieira (Honda) Flávia Rolo (KTM)

YOUTH CUP

Luís Correia (Beta) 1º Abs. Gonçalo Reis (KTM) 3º Abs. Mário Patrão (KTM) 5º Abs. Bruno Santos (KTM) 8º Abs.

VERDES – ABSOLUTO

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º

SENHORAS 1º 2º

Diogo Vieira (Ossa) Ricardo Damil (Jotagas) Filipe Paiva (Jotagas) Miguel Rodrigues (Jotagas)

CONSAGRADOS

Rita Vieira (Ossa) Manuel Teixeira (Gas Gas) Ruben Carvalho (Gas Gas) Henrique Raposo (Jotagas) Leonardo Coimbra (Gas Gas) Sofia Porfírio (Gas Gas)

PROMOÇÃO

1º 2º

Bernardo Silva (n.d.) Duarte Lopes (Gas Gas)

INFANTIS

1º 2º 3º

Martim Garcia (Oset) Madalena Moreira (Oset) Miguel Garcia (Oset)

INICIADOS

1º 2º 3º

Leonor Moreira (Oset) Mariana Afonso (Oset) Dinis Sá (Oset)

Campeonato Nacional de Motocross

5ª prova – Ponte de Sôr MX1

1º/1º 2º/2º 4º/3º 3º/4º 5º/5º 9º/6º 7º/8º 8º/16º 19º/7º 11º/9º 6º/19º 10º/13º 12º/10º -/14º 15º/15º 14º/11º 13º/12º 20º/- 16º/17º 17º/18º 12º/-

Hugo Basaúla (Kawasaki) 1º Elite Luís Correia (Beta) 2º Elite Miguel Gaboleiro (Yamaha) 3º Elite Luís Ferreira (Honda) 4º Elite Jorge Maricato (Honda) 8º Elite Rui Rodrigues (Kawasaki) 9º Elite João Gomes (Suzuki) 20º Elite Luís Salustiano (Yamaha) João Moreira (Yamaha) 16º Elite Bruno Baptista (Honda) Edgar Almeida (Kawasaki) Daniel Nogueira (Kawasaki) Bruno Ruivo (Honda) Diogo Venâncio (Honda) Carlos Silva (Honda) Mário Pires (Suzuki) Fidelino Rino (Yamaha) Pedro Fernandes (KTM) José Botas (Honda) David Vitorino (Kawasaki) Joaquim Silva (Kawasaki)

MX2

1º/1º 3º/2º 2º/3º 5º/4º 4º/7º 6º/5º 17º/6º 7º/8º 8º/9º 13º/16º 11º/10º 9º/14º 10º/11º 12º/13º 14º/12º 16º/17º 20º/15º 18º/19º 15º/18º 19º/20º

Maio/Junho Sandro Peixe (Honda) 5º Elite Diogo Graça (Husqvarna) 6º Elite Pedro Carvalho (Honda) 7º Elite Jorge Leite (Honda) 10º Elite Ricardo Freire (Suzuki) 13º Elite Francisco Salgado (Kawasaki) 11º Elite André Sérgio (Yamaha) 12º Elite Hélio Santos (Kawasaki) 14º Elite José Montero (Yamaha) 15º Elite João Barcelos (KTM) Carlos Moreira (Honda) 17º Elite Fábio Varela (Honda) Renato Silva (TM) 18º Elite Fábio Freire (KTM) Firmino Baltazar (Kawasaki) 19º Elite João Silva/124 (Kawasaki) Miguel Saúde (KTM) Marco Sampaio (Kawasaki) João Silva/70 (Kawasaki) João Costa (Kawasaki)

INICIADOS 1º/1º 3º/2º 2º/4º 4º/3º 5º/8º 7º/5º 6º/7º 8º/6º 9º/9º 10º/11º 11º/12º 12º/10º 13º/13º 14º/14º

Bruno Charrua (Yamaha) Ricardo Rocha Jr. (KTM) Rodrigo Luz (Yamaha) Abel Carreiro (KTM) André Silva (Suzuki) João Paixão (Suzuki) Eduardo Santos (Yamaha) Diogo Carapinha (KTM) João Duarte (Yamaha) Duarte Jerónimo (Kawasaki) Pedro Rino (KTM) Tomás Salema (KTM) Afonso Câmara (TM) Ruben Ferreira (Husqvarna)

INFANTIS A 1º/1º 2º/3º 5º/2º 3º/5º 4º/4º

Nuno Cunha (KTM) Alexandre Costa (Yamaha) Martim Palma (KTM) Guilherme Esteves (KTM) Tomás Santos (KTM)

INFANTIS B 2º/1º 1º/4º 4º/2º 3º/5º 6º/3º 5º/6º 7º/7º 8º/11º 10º/9º 11º/13º 15º/8º 9º/10º 14º/12º 12º/16º 13º/14º 16º/15º

Sandro Lobo (KTM) Martim Espinho (KTM) Afonso Gomes (KTM) Igor Amorim (KTM) Gonçalo Salgado (KTM) Alex Almeida (Kawasaki) Afonso Froufe (KTM) Salvador Alves (Kawasaki) Cláudio Fernandes (KTM) Diogo Salema (KTM) Tomás Alves (KTM) Gonçalo Silva (KTM) Filipe Salgado (KTM) David Rodrigues (KTM) Ruben Ribeiro (KTM) Guilherme Agostinho (KTM) P

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