Moto Portugal 247

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setembro 2015 nº 247

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www.fmp-live.pt / fmp-geral@netcabo.pt

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FEDERAÇÃO DE MOTOCICLISMO DE PORTUGAL, Largo Vitorino Damásio, 3 C - Pavilhão 1 - 1200 - 872 Lisboa Tel: 213936030/Fax: 213971457


Noticiario

Não há duas sem três!

Manuel Marinheiro Presidente da FMP

Miguel Oliveira assegurou em Aragón o seu terceiro triunfo da temporada.

Editorial Setembro foi mês de seleções nacionais e a de Enduro foi a primeira a entrar em ação. Com Diogo Ventura, Gonçalo Reis, João Lourenço, Joaquim Rodrigues, Luís Correia e Luís Oliveira, participámos nos International Six Days Enduro (ISDE) que decorreram em Kosice, na Eslováquia. Terminámos em 11º lugar, classificação abaixo do que ambicionávamos e merecíamos, resultado de uma queda violenta do Luís Oliveira que ditou o seu abandono e originou uma penalização do Diogo Ventura e, principalmente, devido à controversa e inédita decisão do Tribunal Internacional Disciplinar da Federação Internacional de Motociclismo em suspender a execução da decisão do Júri Internacional dos ISDE de desqualificação de oito pilotos, pertencentes a cinco seleções que se classificaram à nossa frente. No Trial das Nações em L’Hospitalet de L’Infant, Espanha, a nossa seleção composta por Diogo Vieira, Filipe Paiva, Miguel Henriques e Ricardo Damil terminou em 12º lugar. Seguiu-se o Motocross das Nações em Ernée, França, onde Hugo Basaúla, Rui Gonçalves e Sandro Peixe classificaram a nossa seleção em 16º lugar. Em setembro decorreu em Paços de Ferreira e Santo Tirso uma prova do Campeonato do Mundo de Trial, retomando assim o Moto Clube de Paços de Ferreira a organização deste importante evento, cinco anos após a sua última realização em Portugal. Última referência para o êxito do novo evento mototurístico da FMP – o Lés a Lés Off Road, com os meus parabéns e agradecimento à Comissão de Mototurismo e a todos os que colaboraram e participaram na organização e realização deste evento, incluindo os nossos grandes pilotos de Todo-o-Terreno a quem prestámos a devida homenagem.

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Foi com mais uma grande demonstração de talento que Miguel Oliveira venceu pela terceira vez este ano no Mundial de Velocidade em Moto3, dominando o G.P. de Aragón, 14ª prova do campeonato, duas semanas após ter sido 2º colocado em mais outra corrida épica, em Misano. No traçado de Motorland Aragón, o piloto português não perdeu tempo a mostrar quem manda, e, logo na segunda volta, assumiu o comando, passando a impor o ritmo e mostrar claramente que estava ali para ganhar. A cinco

mais jovem e 1ª equipa por pontos. Mais importante foram os ensinamentos recolhidos nos Alpes Marítimos franceses e italianos, tendo em vista a organização da próxima edição, bem como perceber as expetativas dos elementos da FIM e dos cerca de 300 participantes esperados de uma vintena de países da Europa. O FIM Mototour of Nations é um evento de mototurismo puro, rolante, com a caravana – itinerante – a conhecer a região do clube organizador, tendo como mote elevados padrões de qualidade e conforto na visita aos ex-líbris das regiões atravessadas.

FICHA TÉCNICA

Revista MotoPortugal Editor: Federação de Motociclismo de Portugal Edição: nº 247, Setembro 2015; Produção: F.M.P. Nota: Isento de registo na ERC (Entidade reguladora para a Comunicação Social), ao abrigo do Decreto Regulamento 8/99 de 09/06 - Artigo 12º- Nº1 - A. 2 MOTO

CONCENTRAÇÃO DO ENTRONCAMENTO UM CLIMA DE SOL MARAVILHOSO, um ambiente contagiante de convívio, grande animação e divertimento, um bom programa de entretenimento com bons espetáculos, foi neste contexto que se realizou a 11ª Concentração do Moto Clube dos Fenómenos do Entroncamento, nos dias 18, 19 e 20 de Setembro de 2015. Com uma grande dose de inovação, a Concentração dos Fenómenos foi um sucesso e o segredo foi simplesmente levar a festa de motos para o Parque de Campismo do Entroncamento, um espaço acolhedor, com bastantes sombras e com excelentes condições para receber os muitos motociclistas que ali se deslocaram. Tal como nos têm habituado em anos anteriores, os Fenómenos são um clube para o qual um dos principais objetivos é o de proporcionar a todos um agradável e inesquecível fim de semana. Objetivo alcançado, pois tudo decorreu com grande êxito, não só devido à grande simpatia com que recebem, como também ao seu excelente serviço de refeições sempre saborosas e fartas, um dos trunfos que os Fenómenos fazem questão em manter sempre, bem como a sua qualidade de organização. O programa de espetáculos e entretenimento foi bem diverso e animado, desde a Benção das Motos e Capacetes pelo Sr. Padre Luciano Oliveira, com uma homenagem ao Paulo Feliciano do Moto Clube do Barreiro (Falecido há dois anos); o passeio pela cidade com paragem e oferta de um beberete no “Zé Padeiro” e uma receção com Porto de Honra na Câmara Municipal do Entroncamento; houve também uma demonstração de Zumba com várias professoras do Ginásio Onda Física, e, nos espectáculos de palco, atuaram as bandas Trio d'Ataque e Fun2Rock, bem com strip tease e animação por vários DJ. Tudo isto só foi possível com o sacrifício e a ajuda preciosa dos sócios e amigos do clube, bem como o contributo dos patrocinadores, assim como os apoios oficais da Câmara Municipal do Entroncamento, Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Juntas de Freguesia de Nª Srª de Fátima e de São João Batista do Entroncamento, Bombeiros Voluntários do Entroncamento, P.S.P do Entroncamento e G.N.R. de Vila Nova da Barquinha. A Direção do Moto Clube Os Fenómenos agradece a compreensão dispensada pela Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento (Hospital do Entroncamento). A todos que colaboraram e desde sempre acreditaram neste clube, um muito obrigado.

Mundial de Trial em Portugal

M.C. Porto organiza Mototour das Nações 2016 O Moto Clube do Porto recebeu da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) a incumbência de organizar o 3º FIM Mototour of Nations 2016, evento que se desenrolará de 8 a 11 de setembro do próximo ano! Responsabilidade que muito orgulha o MCP que, após a organização do FIM Méritum e do FIM Motocamp, respetivamente em 2003 e 2014, recebe assim novo voto de confiança da Comissão de Turismo e Lazer (CTL) da FIM, após estes eventos que foram considerados dos melhores de sempre. A confirmação da organização do FIM Mototour of Nations 2016 aconteceu em Sanremo, que, de 10 a 13 de setembro, foi epicentro da edição deste ano e onde vários elementos do MCP marcaram premiada presença, recolhendo os troféus de 2º clube com mais pontos (nº de motos x km desde a localidade de origem), 3ª federação com mais pontos, 2º participante

voltas do fim, parecia claro que tudo se iria decidir entre Oliveira, Kent, Bastianini, Navarro e Fenati, com Brad Binder a chegar-se aos lugares da frente. O sul-africano da KTM assumiu o 2º posto atrás do seu companheiro de equipa a três voltas do fim - e logo em seguida o comando. Mas Miguel Oliveira cedo reassumiu a liderança e, na última volta, levava atrás de si Binder e Bastianini, quando o italiano toca no companheiro de equipa de Oliveira. Os dois cairam e Miguel tinha agora apenas Navarro e Kent um pouco distantes atrás de si, quando Danny Kent “perde a traseira” da sua Honda e também ele sofre uma queda. Jorge Navarro terminou assim em segundo, com Romano Fenati no lugar mais baixo do pódio! Com este resultado Miguel Oliveira recuperou o 3º lugar do campeonato e recupera terreno para o segundo, Enea Bastianini, antes de partir para as decisivas três rondas da Ásia-Pacífico (Japão, Austrália e Malásia).

Toni Bou renova título de Campeão do Mundo na ronda portuguesa do campeonato. Sem surpresas, o espanhol Toni Bou veio à ronda portuguesa do Campeonato do Mundo de Trial, que se realizou em Paços de Ferreira e Santo Tirso no primeiro fim de semana de setembro, garantir mais um título - o seu nono ceptro consecutivo no Mundial “Outdoor”, ao que se juntam outras tantas coroas na vertente Indoor – a uma jornada do fim do campeonato, que terminou uma semana depois em Espanha. Cinco anos depois da última visita desta competição a solo nacional, os históricos cenários do Monte de Pilar e as margens do Rio Leça voltaram a receber os melhores pilotos da modalidade, numa organização do Moto Clube de Paços de Paços de Ferreira e onde o empenho das edilidades de Paços de Ferreira e Santo Tirso foram essenciais para a realização da prova. Ao longo dos dois dias de competição os pilotos tiveram que enfrentar, em cada uma das três voltas ao percurso, uma dúzia de zonas que se revelaram acessíveis para

os pilotos da categoria rainha – o que tornou a prova difícil de gerir pois qualquer erro significaria pontos de recuperação complicada – com as restantes categorias a sentirem dificuldades maiores com os obstáculos desenhados pela organização. O espanhol Toni Bou esteve irrepreensível desde os primeiros momentos e no final do primeiro dia somou apenas três pontos de penalização. Bou derrotou o seu principal rival na luta pelo título, Adam Raga, que fechou o dia inicial em segundo com 7 pontos. No segundo dia Toni Bou voltou a ser superior à concorrência e venceu de novo, com apenas seis pontos de penalização, precisamente metade dos averbados por Adam Raga. Apenas um piloto português, Diogo Vieira, participou nesta ronda mundialista, inscrito na categoria Internacional, que venceu. Um resultado brilhante para o piloto do Porto que mostrou o seu nível competitivo face aos adversários estrangeiros, fazendo ouvir o hino nacional no final de ambos os dias de competição.

Toni Bou (em cima) consegue o seu nono título mundial em Paços de Ferreira, com Diogo Vieira (à esquerda) a ganhar a classe Internacional P

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Les-a-Les Off Road

Texto e fotos: Gab. Imprensa LaL Off Road

PELOS CAMINHOS (DE TERRA)

DE PORTUGAL... Estreia de sucesso para o Portugal de Lésa-Lés Off Road, que levou os aventureiros do nordeste transmontano ao barlavento algarvio, sempre por “maus caminhos”.

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Les-a-Les Off Road

Homenagem às glórias do TT nacional. Em cima da esquerda para a direita: Pedro Belchior, Rodrigo Amaral, João Rosa, António Lopes, João Lopes, António Oliveira e Mário Patrão. Em baixo: Miguel Farrajota, Bernardo Villar, Pedro Bianchi Prata e Paulo Marques

O convívio e a boa disposição entre os participantes foram uma constante deste primeiro Portugal de Lés-a-Lés Off Road

AS FEIÇÕES DE TRAÇOS VINCADOS PELO PÓ, os sorrisos sulcados pelo esforço, foram nota dominante entre todos os cumpriram a 1ª edição do Portugal de Lés-a-Lés Off Road. Aposta ganha pela Federação de Motociclismo de Portugal que deixou mais de centena e meia de motociclistas entre a alegria de terminar a maratona de descoberta e o cansaço de ter vivido uma aventura ímpar e bem exigente, na ligação entre dois extremos do mapa continental, através de caminhos de terra batida e muita pedra, com travessias a vau de alguns rios e, sobretudo, com paisagens de cortar a respiração. A promessa era tentadora! E foi cumprida em toda a extensão, proporcionando doses ímpares de aventura e memórias inesquecíveis na mais radical e aliciante travessia de Portugal Continental. Por fora de estrada, de Bragança a Lagos, este foi Lés-a-Lés genuíno, com mais de 900 quilómetros de descoberta e prazer de condução, de desafio e superação por caminhos de terra, nas serranias de norte a sul, com passagem pela planura alentejana, na busca das mais incríveis paisagens. Aventura 6 MOTO

organizada pela Federação de Motociclismo de Portugal com “balanço extremamente positivo, havendo, naturalmente, que evoluir em alguns pormenores, para refinar uma fórmula que provou ser muito positiva”, como sublinhou António Manuel Francisco, presidente da Comissão de Mototurismo. Esta iniciativa ímpar no panorama motociclístico internacional contou com forte contingente de participantes espanhóis, juntamente com alguns franceses, ingleses, belgas e holandeses, e teve padrinhos de luxo. Pilotos de renome do todo-o-terreno lusitano que juntaram dezenas de títulos nacionais de Motocross, Supercross, Enduro, TT e Supermotard e enorme animação. Paulo Marques, Mário Patrão, António Oliveira, Miguel Farrajota, Pedro Bianchi Prata, João Rosa, António Lopes, João Lopes, Bernardo Villar, Pedro Belchior e Rodrigo Amaral foram homenageados pela FMP pelo contributo dado ao desporto motociclístico em Portugal e agradeceram com enorme apoio à caravana. Pilotos que, alguns deles, não se encon-

travam há bastante tempo, recordando episódios divertidos na presença de adeptos incondicionais, dos que seguiram as suas façanhas desportivas ao longo dos anos, e que mostraram ser possuidores de ritmos bastante rápidos. E se uns, como António Lopes, Miguel Farrajota ou Rodrigo Amaral, aproveitaram para “matar saudades de antigos rivais e grandes amigos num ambiente realmente único”, outros, como Mário Patrão ou Bianchi Prata, tiraram “partido das condições ímpares de um evento de extensão assinalável que oferecia a possibilidade de rolar com road-book para treinar a navegação” que tão importante será já no início de 2106, na próxima edição do Rali Dakar. Maratona mototurística com arranque madrugador do castelo de Bragança, para uma primeira etapa marcada por bastante pó em caminhos onde os castanheiros e carvalhos marcaram a paisagem e onde a travessia a vau do Rio Sabor foi momento de enorme adrenalina. Pedras muito escorregadias e um caudal bastante forte levantaram dificuldades

acrescidas, as maiores de todo o evento, obrigaram a empenho acrescido e grande solidariedade entre todos, nunca ficando, em momento algum, qualquer participante para trás. E mesmo as duas Vespa vindas da Galiza só ficaram no caminho devido a problemas técnicos irresolúveis, completando o Lés-a-Lés em turismo... automóvel, com as motos a bordo. Espírito solidário transversal a toda a caravana, desde os mais experientes pilotos profissionais aos menos rodados dos amadores em dia que atravessou as serras de Bornes, de Mogadouro, do Reboredo, da Marofa e da Malcata até chegada festejada a Termas de Monfortinho, depois de 329 quilómetros. Dia cansativo, muito exigente em termos de condução, com traçado substancialmente diferente da segunda tirada, até Moura, com 359 quilómetros de extensão pontuados por diversas ligações por estrada, algumas algo enfadonhas. Travessias asfaltadas ditadas pela necessidade de contornar algumas propriedades já em solo alentejano, nomeadamente no zona do Alqueva, com cancelas fechadas a cadeado. Altura da descoberta, para muitos dos

participantes, da simpatia de muitos proprietários que deixam atravessar os seus terrenos a troco de um simples gesto: as cancelas devem ser deixadas como foram encontradas. E aí todos paravam para abrir os portões e, logo de seguida, voltar a fechá-los, ritual que nenhum mototurista descurou na tirada com chegada a Moura. Mesmo aqueles que foram surpreendidos com as manadas de vacas que encontraram em liberdade em algumas herdades, obrigando a retirada estratégica... Terreno bem diferente voltaria a ser encontrado na serra algarvia, com trilhos bastante mais trabalhosos ao longo dos 270 quilómetros cumpridos até Lagos. E onde não faltaram subidas e descidas bastante complicadas, algumas em pedra solta, a exigir destreza, muita atenção e até alguma coragem por parte dos menos experientes nestas coisas do todo-o-terreno. Afinal, esta como outras dificuldades, revelaram-se excelentes capítulos de uma aprendizagem progressiva para todos os que aceitaram o desafio da Comissão de Mototurismo da FMP, reforçando o prazer de concluir esta primeira travessia lusitana em off-road. P

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ISDE 2015

Texto: Gab. Imprensa FMP/MP Fotos: FIM e FMP

UM SABOR AMARGO

Em cima, Diogo Ventura e Luís Correia em ação. Ao lado, a tenda da seleção nacional no paddock destes ISDE em Kosice

Após um começo em grande, algum azar e uma decisão polémica deixaram a Seleção Nacional de Enduro afastada das posições que merecia nestes ISDE. FOI EM KOSICE, NA ESLOVÁQUIA, QUE TEVE LUGAR A 90ª EDIÇÃO DE UMA DAS MAIS HISTÓRICAS COMPETIÇÕES DO MOTOCICLISMO MUNDIAL, os International Six Days Enduro, com Portugal a marcar presença através de uma Seleção Nacional Sénior, concorrente ao prémio mais apetecido, o Troféu Mundial. Nesta competição principal, para seleções nacionais de seis pilotos, alinharam as representações de 23 países, e a formação portuguesa era composta por Luís Correia na classe E3, Gonçalo Reis, Diogo Ventura e João Lourenço (a estrear-se nos ISDE) na E2, finalmente, Luís Oliveira e Joaquim Rodrigues (este último outro estreante nos ISDE) na classe E1. O primeiro dia de competição foi composto por duas voltas a um percurso com 137 quilómetros, onde estavam desenhadas as duas especiais Enduro e a especial Cross. Esta jornada inaugural correu de feição à equipa portuguesa, que terminou o dia na 6ª posição, com um nível prestacional muito equilibrado que permitiu à equipa lusa à estar na frente de seleções com um palmarés bastante mais recheado, como é o caso da Grã-Bretanha ou da Finlândia. Individualmente todos os pilotos lusos se colocaram entre os 20 melhores nas suas classes sem qualquer problema - com excepção do menos experiente João Lourenço - com Luís Oliveira a ser décimo na Enduro 1 e o estreante Joaquim Rodrigues a conseguir um muito positivo 13º posto entre os 59 pilotos da classe que concluíram o dia já que se registaram quatro abandonos na classe. Entre os três pilotos nacionais na Enduro 2 o melhor neste primeiro dia de prova foi Diogo Ventura. O piloto de Góis terminou o dia na 15ª posição da classe, imediatamente à frente de Gonçalo Reis. João Lourenço foi 54º neste seu primeiro dia nos ISDE. 8 MOTO

A solo na classe maior, Luís Correia mostrou estar em excelente forma. O piloto ribatejano fechou o dia no terceiro posto da classe e foi mesmo o mais rápido na categoria nas duas derradeiras especiais do dia.

Na Enduro 1 o melhor da jornada foi novamente Luís Oliveira, fechando o dia na 9ª posição para subir ao 8º posto na geral da classe. Joaquim Rodrigues foi o 16º e estava na 14ª posição da Enduro 1.

No segundo dia a caravana percorreu o mesmo percurso da véspera, com o sol a brilhar novamente mas o terreno naturalmente mais degradado após a passagem de todos os pilotos do dia anterior. A equipa lusa voltou a estar em plano de evidência, ao longo deste segundo dia de ISDE, não evitando uma descida ao sétimo posto por força de uma melhoria de rendimento dos pilotos ingleses. Uma posição perdida que em nada beliscou o nível prestacional do sexteto luso, então a menos de dez minutos da liderança. Individualmente a grande figura da equipa foi novamente Luís Correia. O piloto da Beta sofreu uma aparatosa queda logo pela manhã que o deixou ‘tocado’ num joelho e com a sua moto bastante maltratada, mas Correia não baixou os braços e rapidamente encontrou de novo o ritmo e a concentração para atacar os adversários e fechar o dia no segundo posto da classe e com metade das especiais ganhas. Pleno de força e vontade Correia continuava a ser o terceiro na classificação global da classe E3, mas a menos de dois segundos do segundo classificado. Na Enduro 2, onde estão três pilotos lusos, o melhor neste 2º dia foi Gonçalo Reis, 13º entre o pelotão de mais de 70 pilotos que estão em prova nesta categoria, com o piloto do Magoito subir ao 15º posto na classe, um lugar na frente de Diogo Ventura. João Lourenço desceu para a 57ª posição da E2, depois de ter sido o 59º nesta segunda jornada.

O terceiro dia deste ISDE percorreu o mesmo traçado dos dias anteriores, mas desta feita em sentido contrário, com o terreno já muito maltratado pelas várias passagens das quase 500 motos em competição. Após dois dias de prova a equipa portuguesa queria atacar e tentar recuperar a 6ª posição, mas, logo na primeira especial do dia, Luís Oliveira foi vítima de uma queda bastante violenta, que forçou mesmo a organização a evacuar o piloto de Belas para o hospital local. Prontamente acompanhado pelo médico da selecção nacional, Oliveira foi observado e não lhe foi diagnosticada nenhuma lesão. Portugal perdia assim um dos seus pilotos nestes ISDE de forma definitiva, e também Diogo Ventura se atrasou na classificação já que ficou junto de Oliveira até este ser retirado do local pela equipa médica. Num claro exemplo de desportivismo e união, Ventura colocou de lado a sua corrida para acompanhar o azarado Oliveira, mas no final da ronda a penalização imposta por se ter atrasado num controlo horário colocou o piloto na 64ª posição da classificação da classe E2. Com tantos contratempos a equipa nacional acabou por descer mais uma posição na classificação geral, passando então a ocupar o 8º posto a cerca de cinco minutos dos eslovacos, que subiram ao 7º lugar num dia em que, na frente da classificação, as equipas dos Estados Unidos, França e Espanha se atrasaram de forma irremediável, depois de alguns elementos das mesmas se terem perdido no percurso e serem desqualificados no final do dia pelo

Júri de prova. As equipas apresentaram protesto e os pilotos continuaram a competir até a decisão final ser tomada, situação que esteve na base de toda a polémica que se viria a viver. Luís Correia era 2º na E3, Gonçalo Reis 11º na E2, João Lourenço 53º na mesma classe e Joaquim Rodrigues 11º na E1. Igualmente em prova continuava a formação da IS3, concorrente à competição por equipas (de três pilotos) com Fernando Sousa Jr. a ser o 44º após este terceiro dia de prova o 44º e seu pai, Fernando Sousa, o 95º - ambos na classe C2 - após estar cumprida metade da prova. Tiago Oliveira, o terceiro elemento da equipa, foi forçado ao abandono nesse terceiro dia. O quarto dia de competição trouxe um novo percurso, de 133 km a percorrer por duas vezes, com duas ET e uma CT. Com Luís Oliveira fora de prova, o pensamento de todos os restantes cinco pilotos estava de forma natural no azarado companheiro de equipa, animando bastante o agora quinteto nacional as notícias do final do dia, quanto ao estado de saúde de Luís Oliveira. Mas a formação lusa fechou este quarto dia em notória recuperação. Mesmo continuando no 8º posto do Troféu Mundial, a equipa nacional estava a menos de seis minutos da rival eslovaca e, com dois dias pela frente, a subida na geral era uma possibilidade bem presente. Individualmente sabia-se igualmente que o dia seria exigente para os pilotos, especialmente Diogo Ventura, que partiu muito atrasado por força da penalização imposta ao final do dia anterior. O piloto de Góis foi forçado a passar muitos pilotos ao longo das especiais para conseguir recuperar oito posições na classificação global da classe E2, passando para o 56º lugar. Gonçalo P

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ISDE 2015 CLASSIFICAÇÃO TROFÉU MUNDIAL 1º França 2º Austrália 3º Espanha 4º Itália 5º Grã-Bretanha 6º Finlândia 7º Alemanha 8º Républica Checa 9º Suécia 10º Eslováquia 11º Portugal

21h08.30.76s a 1m00.38s a 10m26.76s a 13m34.41s a 22m43.38s a 40m42.49s a 53m15.95s a 54m49.16s a 1h14m46.25s a 1h20m43.50s a 1h23m02.83s

CLASSIFICAÇÃO CLASSES – PILOTOS NACIONAIS Enduro 1 Enduro 2 Enduro 3 Team IS3 - C2 (Clubes)

16º Joaquim Rodrigues (KTM) 19º Gonçalo Reis (KTM), 53º João Lourenço (Kawasaki), 54º Diogo Ventura (Gas Gas) 4º Luís Correia (Beta) 42º Fernando Sousa Jr (KTM)

Reis passou para 15º e João Lourenço para 52º, enquanto, na E3, Luís Correia continuava a lutar pelos lugares do pódio. Joaquim Rodrigues desceu para o 13º lugar da E1. A sorte não esteve do lado da equipa IS3, que perdeu Fernando Sousa, forçado ao abandono, ficando agora apenas representada por Fernando Sousa Jr. na 45ª posição da classe C2. No quinto dia os pilotos voltaram a percorrer o percurso da véspera, na última grande jornada antes da tradicional especial final de motocross, com partida em linha, que iria encerrar estes ISDE. No entanto, neste penúltimo dia a o Júri de prova recebeu ordens diretas para requalificar os oito pilotos que tinham falhado um controlo horário no terceiro dia, até decisão posterior do Conselho de Jurisdição da FIM, tendo as penalizações ficado suspensas. Com isto, a classificação global da prova sofreu uma importante reviravolta, que afetou naturalmente a equipa portuguesa. A entrada dos oito pilotos anteriormente penalizados refletiu-se igualmente nas classificações individuais, mas globalmente a readmissão dos pilotos em causa – que se tinham mantido em prova até ser tomada uma decisão em relação ao protesto que as suas equipas apresentaram depois de desclassificação no terceiro dia – colocou mesmo a formação francesa na liderança da prova, com os espanhóis a serem os terceiros atrás da Austrália. Os britânicos viram igualmente a prestação da sua equipa ser reajustada e estão no quinto posto, com Portugal a descer assim ao 11º posto com esta alteração. Finalmente, o derradeiro dia de competição, como habitualmente, foi palco de uma corrida ao estilo de motocross, com partidas em linha, que por hábito serve de espetáculo de encerramento da prova desde a sua criação. Um dia sem grande história que nada alterou a ordem da classificação final, mas onde os pilotos lusos mais uma vez mostraram a sua garra e vontade de brilhar, mesmo sabendo de antemão que em nada poderiam alterar a classificação da equipa sem fatores estranhos a ajudarem ao alterar da ordem final. Com as equipas a manterem todos os seus pilotos em prova sem contratempos, aos lusos restou a opção de discutirem as melhores posições nas suas mangas, com Joaquim Rodrigues a ser o melhor do dia ao fechar a sua primeira participação na prova com um 21º lugar na classificação global do dia, sendo o oitavo na classe E1. Na classe Enduro 2, Diogo Ventura foi o melhor na 25ª posição, seguido por Gonçalo Reis, com João Lourenço na 55ª posição, ele que terminou igualmente na sua estreia nos ISDE. Finalmente na Enduro 3 Luís Correia foi o quinto, enquanto que Fernando Sousa, o único resistente na prova de clubes foi o 46º na classe C2. Individualmente os pilotos portugueses confirmaram a sua excelente prestação, com Joaquim Rodrigues a concluir a prova na 16ª posição da classe E1, Gonçalo Reis a ser o 19º na E2, João Lourenço foi o 53º e Diogo Ventura ficou logo atrás em 54º lugar. Na Enduro 3, Luís Correia foi o quarto, sendo individualmente prejudicado igualmente pela reclassificação dos oito pilotos desclassificados no terceiro dia, sendo que a terceira posição seria claramente sua sem essa decisão. Globalmente o 11º lugar no Troféu Mundial não espelha o nível demonstrado pela equipa lusa, que de forma natural tinha posição assegurada entre os oito melhores da competição, não fosse a já referida decisão. O Enduro nacional voltou, no entanto, a mostrar a sua evolução e qualidade dos seus pilotos, deixando no ar que em 2016, em Espanha, Portugal poderá estar novamente a discutir os melhores lugares, tanto a nível de equipas como individualmente. 10 MOTO

Luís Correia (190) esteve sempre em luta pelos lugares do pódio na sua categoria (E3), terminando no 4º posto. Em baixo, Luís Oliveira (192) foi uma baixa importante na equipa nacional após a queda aparatosa no terceiro dia de prova


Mx das Nacoes

Texto e fotos:Rodrigo Castro

PORTUGAL

TERMINA EM

16º

Dez anos depois, a pacata vila de Ernée, em França, voltou a receber a mais carismática prova de Motocross.

UMA ENCHENTE DE PÚBLICO, mais de 80.000 espetadores, um circuito com um traçado muito técnico e trabalhoso foram os ingredientes desta participação da Seleção no Motocross das Nações 2015. Rui Gonçalves (MXGP), Sandro Peixe (MX2) e Hugo Basaúla em (MX Open) foram os três pilotos escolhidos para representar a Seleção Nacional nas Olimpíadas do Motocross Mundial, uma prova que já vai na 69ª edição e que este ano voltou ao circuito francês de Ernée, que já tinha sido palco deste evento em 2005. Rui Gonçalves esteve alguns meses parado a recuperar de diversas lesões (fraturas múltiplas das costelas e pneumotórax) contraídas durante o GP de Inglaterra. Regressou à competição no GP de Assen aos comandos versão 2016 do modelo Husqvarna FC 350, em detrimento da 450 que tinha vindo a utilizar ao longo do ano, moto que também utilizou neste MX das Nações. Sandro Peixe, tetra campeão Nacional de Motocross na Classde MX2 e também campeão nacional de SX2, era a escolha óbvia nesta classe e Hugo Basaúla, também como detentor do título na classe de MX Elite, MX1, SX1 e SX Elite, era também a escolha óbvia na Classe Open. Mais uma vez os pilotos reconheceram o circuito em conjunto, na companhia do Team Manager Ross Riley, para estudarem trajetórias e a tática para os dias de competição. Ficou logo provado que o cir12 MOTO

cuito iria ficar muito destruído, bastante técnico e cheio de regos profundos obrigando a uma forma de pilotagem diferente do habitual. A qualificação ficou garantida no sábado, depois de dois bons resultados por parte de Rui Gonçalves, apesar da sua boa recuperação depois de um mau arranque e também de um surpreendente Sandro Peixe, que fez uma manga fora de série (16º entre 36 pilotos). Hugo Basaúla foi o piloto que melhor arrancou na manga de MX Open, mas depois perdeu bastantes lugare,s fruto de alguma falta de habituação ao traçado gaulês. No final do dia de sábado a equipa voltou ao circuito para estudar novamente as trajetórias para domingo. Na primeira manga, que englobava as motos de MXGP e MX2, Rui Gonçalves faz um péssimo arranque, sendo rapidamente “engolido” pelo pelotão e circulando nas primeiras curvas fora dos 30 primeiros. Sandro Peixe também não era feliz no arranque, afundado na tabela classificativa. Gonçalves aplicava-se ao máximo e recuperava lugares atrás de lugares, subindo treze posições no final do tempo regulamentar, numa grande prova do seu esforço. Sandro Peixe terminava também longe dos seus adversários, na 31ª posição. A segunda manga iria incluir as motos de MX

Hugo Basaúla, Sandro Peixe e Rui Gonçalves constituiram o trio nacional presente neste Motocross das Nações

Open e MX2, com Hugo Basaúla e Sandro Peixe em competição. Peixe e Basaúla ainda rodaram durante algum tempo juntos nas 27ª e 28ª posições. “Basa” subia ao 26º posto na segunda volta mas Peixe perdia muitos lugares, fruto de uma queda e do cansaço acumulado, pelo facto de ter tido muito pouco tempo entre mangas (45 minutos) por forma a poder recuperar do esforço. Basaula também perdia posições, mostrando que não estava em sintonia com o circuito de Ernée, que apresentava regos muito fundos e prolongados. Para a última manga do dia, Rui Gonçalves voltava a alinhar conjuntamente com Hugo Basaúla e, uma vez mais, o piloto da Husqvarna não era feliz no arranque, passando na primeira volta na trigésima posição. Rui Gonçalves voltava a encetar uma recuperação fantástica, subindo dezassete posições ao longo da manga. Infelizmente, uma pedrada fez saltar a lente dos óculos e o piloto deixou de ter visão clara já quando estava na traseira de Butron e Tanel Leok. Hugo Basaúla voltou a mostrar nítidas dificuldades em evoluir no traçado de Ernée, terminando esta manga na 31ª posição da geral. CLASSIFICAÇÃO FINAL 1º França com 14 pontos; 2º Estados-Unidos com 16; 3º Bélgica com 56; 4º Estónia com 66; 5º Suíça com 67...16º Portugal com 126 pontos. P

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Trial das Nacoes

Texto e fotos: FMP

Resultados Desportivos Campeonato do Mundo de Velocidade – Moto3

13ª prova – G.P. São Marino / Misano

Miguel Oliveira (KTM)

14ª prova – G.P. Aragón / Motorland Aragón

Miguel Oliveira (KTM)

Motocross das Nações

Ernée / França

16º

Portugal (Hugo Basaúla, Rui Gonçalves, Sandro Peixe)

International Six Days Enduro

Kosice / Eslováquia

11º

Troféu Mundial – Portugal (Joaquim Rodrigues, Luís Oliveira, Gonçalo Reis, João Lourenço, Diogo Ventura, Luís Correia

Trial das Nações

Taça do Mundo de Bajas

Portugal voltou a marcar presença no Trial das Nações, com um abandono na equipa lusa a não permitir mais que o 12º posto. A LOC ALIDADE ESPAN HO L A de L’Hospitalet de l’Infant, junto ao Mediterrâneo, recebeu a edição 2015 do Trial das Nações, a 32ª no historial da competição criada pela Federação Internacional de Motociclismo em 1984. Dividida em duas categorias desde 1995, destinando cinco lugares às cinco seleções mais representativas a nível mundial e os restantes quinze lugares disponíveis para outras seleções, na denominada classe Internacional, a prova voltou a contar com duas dezenas de nações, representadas por quatro pilotos cada, sendo a classe Internacional aquela onde, mais uma vez, a Federação de Motociclismo de Portugal se fez representar. A equipa nacional foi composta por Ricardo Damil, Filipe Paiva, Diogo Vieira e Miguel Rodrigues, pilotos que enfrentaram as duas voltas às 18 zonas de obstáculos desenhados pela organização espanhola. Num dia quente e numa zona com forte tradição da modalidade, foram muitos os espetadores que acompanharam o evento, desejosos, não apenas de acompanhar a forte equipa espanhola - onde figuravam os quatro primeiros classificados do Campeonato do Mundo de 2015 -, mas também ávidos de observar em ação os melhores especialistas desta espetacular modalidade, onde a velocidade não é o 14 MOTO

fator mais importante, mas sim o equilíbrio e a capacidade de ultrapassar obstáculos, muitas vezes parecendo impossíveis de transposição por parte dos atletas. No final da competição, Portugal conseguiu a 12ª posição entre as 15 equipas da categoria Internacional, terminando na frente das equipas de Andorra, Luxemburgo e Eslovénia, numa classe onde os melhores foram os pilotos da Républica Checa, na frente da Alemanha e Austrália. No final da primeira volta a equipa portuguesa estava a menos de 20 pontos das duas seleções que terminariam na sua frente, mas, devido a problemas mecânicos, Ricardo Damil foi forçado a desistir a meio da segunda volta. Ao serem-lhe retiradas todas as pontuações, a diferença da primeira volta aumentou 21 pontos, e na segunda foram outros 10 pontos que se perderam, até à zona em que o piloto luso abandonou, pelo que, sem este azar, a pontuação final seria entre 40 a 50 pontos menor, o que permitiria à formação lusa ter lutado até final com as suas rivais mais próximas, nomeadamente a Dinamarca. Para o ano a seleção nacional estará novamente na luta, no TdN 2016 que se disputará em Isola 2000, nos Alpes franceses.

1ª prova – Baja Idanha

Rui Oliveira (Yamaha) Rita Vieira (Honda)

João Saraiva (Honda) Fernando L. Teixeira (KTM) Carlos M. Ferreira (Yamaha) Fernando Sousa (KTM) José Alvoeiro (Honda)

SENHORAS

1º 2º

1º 5º

António Oliveira (Yamaha) Nuno Freitas (KTM) Albano M. Silva (KTM) Mané Teixeira (KTM) Alcides Calçada (Honda) Enrique Pacheco (Gas Gas) Rui M. Pereira (KTM)

SUPER VETERANOS

1º 2º 3º 4º 5º 1º

Classe Internacional – Portugal (Diogo Vieira, Filipe Paiva, Miguel Rodrigues, Ricardo Damil)

Ago./Set.

André F. Almeida (Yamaha) 3º V2 Alexandre S. Guia (KTM) Vasco Salema (KTM) Marcelo Lourenço (KTM) Eduardo Gomes (Husqvarna) Bruno Freitas (KTM) 2º V3

VETERANOS

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º

L'Hospitalet de L'Infant / Espanha

12º

PRESTAÇÃO REGULAR

10º 11º 12º 13º 14º 15º

Rita Vieira (Honda)

YOUTH CUP

Vasco Policarpo (KTM) André Miranda (Yamaha)

ENDURO CUP

1º 2º 3º

Tomás Clemente (Beta) Bruna Antunes (Honda) Nuno Barradas (Honda)

Campeonato Nacional de Supercross

Campeonato Nacional de Enduro

7ª prova – Souselas ELITE 1

1º 2º 3º 4º

ELITE 2

1º 2º 3º

OPEN

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º

Luís Oliveira (Yamaha) 2º Abs. Joaquim Rodrigues (KTM) 4º Abs. Fernando Ferreira (Yamaha) 5º Abs. Fábio Pereira (Yamaha) 6º Abs. Gonçalo Reis (KTM) 1º Abs. Diogo Ventura (Gas Gas) 3º Abs. Bruno Santos (KTM) 7º Abs. João Lourenço (Kawasaki) Diogo Vieira (Honda) Pedro Oliveira (Honda) José Pimenta (KTM) Tiago Caetano (TM) João Hortega (KTM) Joel Paiva (Husqvarna) Fernando Sousa Jr. (KTM) Gonçalo Gomes (Yamaha)

VERDES – ABSOLUTO

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º

André Mouta (KTM) 1º V1 Manuel Moura (Honda) 2º V1 Elias Rodrigues (Yamaha) 1º V2 Sérgio Padilha (Honda) 3º V1 Miguel Costa (Beta) 1º V3 Marco P. Lopes (Kawasaki) Ricardo W. Tavares (KTM) Márcio Antunes (Sherco) 2º V2 Gil do Carmo (Honda)

4ª prova – Lousada SX ELITE/SX1/SX2

1º/1º 2º/2º 3º/3º 5º/4º 4º/5º 6º/6º 8º/7º 7º/8º 10º/10º 11º/11º 9º/12º 12º/14º 13º/13º 14º/15º -/9º 15º/17º 17º/16º 16º/18º

Joaquim Rodrigues (KTM) SX1 Hugo Basaúla (Kawasaki) SX1 Miguel Gaboleiro (Suzuki) SX1 Sandro Peixe (Honda) SX2 Carlos Macanás (Suzuki) SX2 Nelson Silva (Suzuki) SX2 Diogo Pereira (Suzuki) SX1 Francisco Salgado (Kawasaki) SX2 Jorge Maricato (Honda) SX2 João Oliveira (Yamaha) SX2 Elias Rodrigues (Kawasaki) SX1 Firmino Salazar (Kawasaki) SX2 João Barcelos (KTM) SX2 Artur Amorim (Kawasaki) SX2 Joel Costas (Husqvarna) SX2 Bruno Ruivo (Kawasaki) SX2 André Sérgio (Yamaha) SX2 Filipe Gomes (Kawasaki) SX2

INFANTIS A

1º/1º 2º/2º 3º/3º 4º/4º

Nuno Cunha (KTM) Guilherme Esteves (KTM) Salvador Gomes (KTM) Rodrigo Barros (KTM)

INFANTIS B

1º/1º 2º/3º 3º/4º 7º/2º 4º/5º 5º/6º 6º/7º

Afonso Gomes (KTM) Sandro Lobo (KTM) Igor Amorim (KTM) Fábio Costa (KTM) Cláudio Fernandes (KTM) Tomás Alves (KTM) Guilherme Agostinho (KTM)

P

O

R

T

U

G

A

L

15



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