O primeiro semanário totalmente a cores de Viamão Jornal Águas Claras do Sul
30 de Fevereiro de 2014
NÃO VAI TER CARNAVAL? Este prefeito não honrou nenhum fio de bigode, se é que tem bigode. - Magno Castro, presidente da ASSENCARV.
CÂMARA APROVA REAJUSTE PARA OS PROFESSORES
CEEE ASSINA AUTORIZAÇÃO DA OBRA DA SUBESTAÇÃO ÁGUAS CLRAS
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17 de Janeiro deJornal 2015Águas - jornalaguasclarasdosul.com.br 30 de Fevereiro de 2014 Claras do Sul
Jorge Cavalheiro
Editorial
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A regra é clara
Muito trabalho, pouca produção
O prefeito mandou, de última hora, oito projetos de suma importância para a Câmara Municipal. Não eram projetinhos simples. Eram coisas de grande monta, que exigem discussão com a comunidade e tudo mais. Pois bem. Não, esses projetos não foram mandados em tempo hábil para sua devida discussão. Foram mandando no tal "afogadilho", de que tanto se tem falado na Casa do Povo nos últimos dias. Resultado: foi necessário convocar sessões extraordinárias, a um custo aproximado de 20 mil reais por dia, só em proventos dos vereadores. E querem saber a melhor parte disso tudo? É que as discussões desses projetos causaram tamanha polêmica, que muitos deles nem foram votados. Será preciso chamar mais sessões extraordinárias. A regra é clara e está valendo no Brasil desde 1500: o Executivo tenta fazer passar as coisas pelo Legislativo na pressão. O Legislativo vira palco de bate-boca. E o povo é quem paga a conta. Feliz Ano Novo. E política velha. Lero Lero. O JURÍDICO! O JURÍDICO! O departamento jurídico da Câmara Municipal chega a constituir um assunto em si. No ano passado, foi objeto de um monte de debates, acusado de dar pareceres imprecisos, cometer erros e interpretar mal justificativas. A solução? O novo presidente resolveu chamar mais gente da área. Chamou um advogado que tinha uma atuação crítica ao não cumprimento das normas regimentais que norteiam a câmara municipal, reforçou a equipe. Todos os pareceres dados resultaram em ressalvas jurídicas que começam na inconstitucionalidade dos projetos se estendendo a falta de preenchimento dos requisitos formais para a correta elaboração de uma lei. Deixou tudo pronto para nada dar errado. E o que aconteceu? Botaram em votação, na pressão, um projeto que não havia passado por parecer algum da área jurídica. Diante da falta desse parecer, a "solução" foi dizer que ele nem seria necessário. Pronto. Se antes o problema era o parecer errado, agora vai, certo ou errado, sem parecer. Dane-se.
Esta semana, a vida da nossa cidade, e as matérias desta edição, traduzem uma realidade aterradora: vivemos em uma sociedade sistematizada, na qual os sistemas parecem existir por si só, e já não se importam em cumprir suas funções no mundo real. Existem processos de trabalho. E o trabalho em si consiste em cumprir estes processos. Não em gerar o resultado esperado pelo trabalho. Vejamos o caso da PrestService. São quase 200 trabalhadores completamente desesperados, tentando receber seus direitos. A Prefeitura, do outro lado, depositou em juízo uma soma de dinheiro que poderia ser dividida e daria mais de mil reais para cada um daqueles trabalhadores. O problema é que a Prefeitura está tentando ir por uma via, e o sindicato abriu seu processo por outra. Não há concordância sobre o caminho a seguir. Então, temos em uma ponta um governo querendo pagar. E da outra, os trabalhadores querendo receber. E no meio das duas pontas, uma montanha de papel, um labirinto institucional que os ex-empregados da PrestService, famintos e desesperados, não entendem. E pelo jeito, nem os políticos. Mas esqueçamos a PrestService por um momento. A Câmara Municipal recebeu oito projetos para apreciar em três dias. Quem já foi a uma sessão, sabe: não é um ambiente em que as pessoas baixem a cabeça e trabalhem com foco. É sempre uma gritaria, com interesses mil envolvidos. E muita desconfiança. Um mar de pareceres, emendas, discussões paralelas. Resultado: foram tardes e noites de discussão, brigas, tudo. E não. Não votaram todos os projetos. Ficaram faltando alguns. Teremos mais sessões extraordinárias? Talvez. Cada uma custa uns 20 mil reais. Quem paga? Você. Sabe aqueles filmes nos quais alguém resolve dar uma festa, o prefeito sorri e concorda, e na cena seguinte está todo mundo alegre? Pois é. Na realidade, perdeu-se uma tarde discutindo verbas para o Carnaval. No fim, não mudou nada. Vai ter Carnaval em Viamão? Ninguém sabe. Obras necessárias demoram décadas. Coisas simples consomem dias inteiros de discussão. Nessas discussões, muitas vezes, desenterra-se fantasmas do passado e jogase na cara dos adversários. Vale tudo. Nada anda. Nossa sociedade corre o risco de entrar em colapso desse jeito.
UNS DISCUTEM, OUTROS DESMAIAM O poder Executivo municipal não parece ver problema algum pagar para o Legislativo mais de 60 mil reais em custos das sessões extraordinárias para tocar em frente seus projetos prioritários. Enquanto isso, a multidão de merendeiras e serventes de escola lesadas pela PrestService passam fome por falta de cem reais para umas compras, são despejadas por falta de pouco mais que isso de aluguel, e passam mal por falta de alguns trocados para comprar remédio. Chega a ser surreal. Enquanto a Prefeitura dizia ter depositado quase trezentos mil reais em uma conta, e discutia-se um jeito de acessar o dinheiro, trabalhadores passavam mal em plena Câmara. Provavelmente, numa mistura de stress, fome, raiva e desespero. CENÁRIO SURREALISTA O drama das trabalhadoras da PrestService é algo absolutamente inacreditável. Por conta da malandragem de um empresário e da falta de rigor na fiscalização dos pagamentos por parte dos poderes constituídos, essa gente foi reduzida, em alguns casos, a um grau de miséria e desesperança que a gente acreditava existir apenas naqueles velhos contos de Charles Dickens, que mostram figuras do início da revolução industrial sem nenhum tipo de assistência. Eu nunca tinha visto a dignidade humana ser destruída e ignorada de forma tão rápida, gratuita e impune na minha vida. E A CULTURA? Pensando bem, os 60 mil das sessões extraordinárias são muito mais do que os 25 mil dados à escola de samba que é o cartão de visitas de Viamão diante do Rio Grande do Sul. E também mais do que os 25 mil dedicados ao nosso Carnaval local. É mais, até, do que o valor dedicado à Feira do Peixe e à Festa do Arroz com Leite. Estou chegando à conclusão de que o prefeito acha mais interessante assistir aos vereadores discutindo entre si, do que ir a uma festa ou manter qualquer tradição que seja.
Jornal Águas Claras do Sul Jorge Roberto Ferreira Cavalheiro - ME CNPJ 02.938.640/0001-72 Direção Geral - Reportagem - Fotos: Jorge Roberto Ferreira Cavalheiro Edição Final - Texto - Diagramação: Fábio Burch Salvador (Jornalista registro 12546 - 2005) Diagramação - Arte Carlos Andrei Charqueiro Avenida dos Pinheiros, 2900 - Jd. Ipiranga Águas Claras - Viamão/RS 94760-000. (51) 8414-8218 (Oi) (51) 9668-4788 (Vivo) E-mail: contato@jornalaguasclarasdosul.com.br
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Comunidade do Capão da Porteira se organiza lutar pela energia elétrica Na semana passada, o Capão da Porteira ficou sem luz das sete e meia da noite do dia 9 de janeiro até as duas e meia do dia 10. Os moradores relatam não ter conseguido fazer contato com a CEEE, que estaria com todas as linhas do serviço 0800 ocupadas. "O telefone da Ouvidoria estava surdo e a resposta era que aquele número não existia", diz Luis Alberto Salerno, empresário local, que afirma ter conseguido fazer contato apenas no dia seguinte à queda da luz. Betinho diz: "só consegui fazer o comunicado protocolado no outro dia por volta das seis horas da manhã, estou pagando por mês de conta de luz uma média de R$ 1200,00 para receber este tipo de serviço e arriscando ainda a perder mercadorias e ter prejuízo, o que é um verdadeiro absurdo! Pergunto onde estão as badaladas melhorias da CEEE que é frequentemente divulgadas nos jornais locais?" Já a Sra. Marina Amaral (presidente do Clube de Mães) diz que a sua mãe, que tem 89 anos, necessita do uso de insulina e este medicamento precisa manter-se sempre refrigerado, caso contrário perderá a sua eficiência. "Além de minha mãe ter que depender da insulina, agora mais do que nunca, depende da energia elétrica para manter o seu tratamento! Na região tem pessoas que necessitam do uso de balões de oxigênio e nebolizadores para se manterem vivas." Léo Canquerini, comerciante, dono de uma lancheria e do posto de combustível do Capão da Porteira, diz que "o prejuízo financeiro é marcante". Diz ter sido obrigado a devol-
está o respeito pelo consumidor?" O proprietário do Xis da Figueira, senhor Rener, foi direto e enfático: "Além de termos prejuízos com as pizzas que montamos para vender no final de semana, as quedas constantes de energia me danificaram os equipamentos, está na hora da comunidade se unir novamente e chamar a atenção dos responsáveis através de uma grande mobilização, não suporto mais esse descaso com nós !" Niza Salla, vice-presidente da Associação de Moradores do Capão da Porteira, afirma ter prejuízos "enormes com as quedas de luz", e relata que muitas pessoas da comunidade pressionam a diretoria da entidade para que se reúna com a gerência da CEEE de Viamão, "para buscar juntos soluções ou medidas que amenizem estes contratempos ocorridos". Niza diz perceber "claramente que a nossa comunidade está com a sua paciência no limite, a ponto de estourar! Por isso está mais do que na hora de sentar com os órgãos responsáveis e negociarmos uma solução, caso contrário buscaremos nossos direitos, e também, outras formas mais diretas de chamar a atenção da sociedade sobre esse descaso conosco!"
ver uma carga de sorvetes em pleno final de semana, período em que mais lucra nesta época do ano. "Pago muito caro pela energia que consumo e ainda houve reajuste neste mês, onde
UMA LUZ NO FINAL DO TÚNEL Nesta semana, foi anunciada a assinatura da autorização de início da construção da Subestação Águas Claras pela CEEE, que deverá melhorar o abastecimento na região (matéria nesta edição).
Assinada Autorização da Obra da Subestação de Águas Claras A obra mais esperada e reivindicada pelos moradores da região começa a tomar forma. Nesta quarta-feira, às 9h, a Divisão de Obras da CEEE-D e a Bassani Engenharia assinaram a Autorização de Início da Obra (AIO) para construção da Subestação de Águas Claras. A nova subestação, que irá reforçar o sistema energético da região Metropolitana, em especial ao município de Viamão, receberá um transformador de 25 MVA e saídas para quatro alimentadores. Com investimento na ordem de R$ 7,5 milhões, o prazo para entrada em operação do empreendimento é de um ano. Aliado à subestação, o projeto inclui também a construção de uma linha de transmissão de 69 kV com 22,7 Km, no valor estimado de R$ 18,1 milhões.
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Rádio Nova Tradição agradece pelo sucesso da festa de Natal A Rádio Nova Tradição fez uma grande festa de Natal no salão da Associação Amigos de Águas Claras, e manda os agradecimentos a todos que colaboraram para o sucesso do evento, que reuniu mais de 200 crianças, e seus pais. Parcerias Rádio Nova tradição e Voluntário do Bem: AMBEV Colaboradores: Perdigão, Super Alan, Super Oliveira, Ieda Barcellos, Frango do Tchê, Estilo Modas, Bazar Claudete, Casa de Carnes Moura, Restaurante Barcellos, Arbam Atacado, Ponto X, Abreu e Santos, Enocar, Agafarma Aguas Claras, Serraria Aguas Claras, Madejuca, Ferragem Total, Vidraçaria Gringo, Cleber Padeiro, Cabanha Cabiju, Tia Eva Adão, Vanessa, Valdemiro Chaveiro, Maria da Pda 100, Arildo Jara, Nair do Bazar 92, Adão Tereza, Núbia, Elis Regina-Beto, Celi Limania, Nilton, Elda, Oranice, Clarentino, Isabelino, Chaveco, Araci, Teresinha e Dalpont, Doria, Tilia, Jane, Padaria do Gilberto. Agradecimentos: Ao Sr. João Carlos pelo espaço na Associação Aguas Claras. Ao SOS Trauma pela estrutura de plantão, assim como ao Corpo de Bombeiros. Rosentengel, Cunha, Ervin, Elis, Sabino Sadi, Jessica e Saturnino. Ao Nene do Harmonia Musical pelo Som. Equipe do evento - coordenação: Presidente Isabelino, Vice-Presidente Walmor Rangel, Jane Rangel, Carlos Lopes, Maria Lopes.
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A patrola passou em um dia, o ônibus atolou no outro Os moradores do Setor C, no Assentamento Filhos de Sepé, ficaram absolutamente surpresos, por duas vezes. A primeira novidade foi ver o maquinário a serviço da Prefeitura arrumando a rua. A segunda foi que, um dia após o conserto, um ônibus atolou naquela mesma rua. CAMINHONEIRO FOI MAIS ESPERTO Enquanto isso, não muito longe dali, na Estrada da Rondinha, o lixo não é recolhido há meses. Esta estrada, em péssimo estado, já foi objeto de reportagem neste jornal. Pelo jeito, o motorista do caminhão de lixo é mais cauteloso do que o do ônibus e não quer cair na mesma armadilha que ele caiu.
Vereador Armando contesta pareceres Final de ano do Rota 66 do setor jurídico da Câmara promete ser um sucesso
O caso ocorreu durante a votação do projeto que permitiria à cooperativa dos assentados receber recursos do Governo Federal. Depois de muita discussão a matéria entraria em votação e surgiram dúvidas sobre a correção dela. O presidente da Casa, Dédo Machado (PT) disse que o Plenário é soberano, mas os projetos devem chegar a ele prontos para serem votados, "e desde o início o vereador Armando pegou o projeto, pela importância que tem, e queria que fosse votado, mas desde o começo nós não tínhamos parecer do jurídico da Casa", disse, explicando como funciona o setor dentro da Câmara, e apontando que a falta de parecer favorável ao projeto invalidaria sua aprovação. Armando retrucou: "Questão de ordem. Com todo respeito, fui presidente desta Casa e não tem regra para quem faz o parecer. O parecer vai primeiramente ser feito pelos advogados que represen-
tam a Casa. Sempre foi assim. Desde que esta casa existia. Na época do vereador Eraldo o próprio doutor Mennet fazia os pareceres. Vossa excelência não se ateve a esta questão. No meu ano, em que fui presidente, e no ano do vereador Eraldo, o vereador Mennet é quem dava os pareceres. Não era unicamente a doutora Gláucia. Vereador Nadim, que foi presidente desta Casa, me ajuda aqui vereador. Parecer, é uma questão formal que esta Casa pegou para se proteger de eventuais situações que algum vereador eventualmente possa não saber da questão legal, jurídica dos projetos. Agora, para quê que existe uma Comissão de Constituição e Justiça nesta Casa? E para quê que existe um formado em Direito aqui? Para quê que existe, tem vereadores advogados nesta Casa, como o vereador que eu comecei estagiário dele, o vereador Ronaldo Ribeiro? Quer dizer... nós temos vários doutores, advogados, aqui, que inclusive se vossa excelência convocar podem dar o parecer de imediato. Uma outra situação para ponderar, para concluir! Esse projeto já tem parecer prévio porque já é a segunda vez que está tramitando com exatamente as mesmas questões." Dédo respondeu, dizendo que Armando parecia estar "ligado em 220", e explicou: "É nessa afobação, nesse afogadilho, a gente acaba... ninguém está dizendo que não vai votar. Eu estou dizendo que, por mim, em um acordo que nós fizemos de votar dois projetos, que eram aqueles dali, os dois estavam com parecer, o outro não estava com parecer, o senhor começou com aquele ali. E vossa excelência está sempre atrapalhando a questão do
andamento, porque pode fazer isso, poderia ter pego e levado para a questão do parecer. Nós não vamos votar a redação final deste projeto hoje, e vamos votar amanhã. Há tempo de se corrigir. Mas amanhã se porventura o jurídico der um parecer contrário, anula esta votação, mas pode ser dado o parecer dele só para efeito... vossa excelência sabe como funciona..." Neste momento, Armando interrompeu: "Nunca na história deste país, um parecer jurídico serviu de base para que algum projeto fosse votado. Muito pelo contrário! Muitas vezes, e eu sou testemunha disso porque estou aqui há quase 20 anos, várias vezes o parecer jurídico foi contrário a um projeto e a prerrogativa maior que tem aqui é da Comissão de Constituição e Justiça!" Dédo e Armando passam a falar ao mesmo tempo. Dédo consegue retomar a palavra: "Tem que derrubar o parecer do jurídico. O jurídico dá um parecer, e aí a plenária é soberana e pode derrubar..." Depois disso a discussão do projeto prosseguiu, não sem sobressaltos.
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Paolla Salomone
Álvaro Mussoi
Advogada psalomone.adv@gmail.com
Veterinário alvaromussoi@gmail.com
Adicional de transferência que só é devido em caso de mudança provisória do domicílio do empregado Caros leitores, uma ótima final de semana! Esta semana falarei sobre o adicional de transferência que só é devido em caso de mudança provisória do domicílio do empregado: O adicional de transferência tem a finalidade de custear as despesas extras do trabalhador com a sua moradia provisória. A parcela é devida quando o empregado, em razão do trabalho, tem que mudar de domicílio e deve ser paga até que ele retorne à sua antiga residência. E o artigo 469 da CLT é expresso ao dispor que não se considera transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do domicílio do empregado. Com base nesses fundamentos, a juíza Adriana Farnesi e Silva, atuando na Vara de Trabalho de Monte Azul-MG, indeferiu a pretensão de um trabalhador de receber o adicional de transferência. Isto porque a magistrada constatou que ele prestava serviços em vários locais, em razão da natureza itinerante das atividades da empregadora. Mas permanecia em alojamentos fornecidos pela empresa, não chegando a estabelecer domicílio em nenhum desses locais. Assim, no seu entender, o reclamante não tem direito de receber o adicional de transferência. Após examinar o estatuto social da empregadora, a juíza sentenciante observou que ela atua no ramo da geologia e engenharia, realizando sondagens, pesquisas minerais, levantamentos geológicos etc, sendo evidente a natureza itinerante dessas atividades. E, conforme constatou a julgadora, a prestação de serviços do reclamante ocorria em vários lugares, onde ele permanecia por curtos períodos e sempre em alojamentos fornecidos pela empregadora. As provas demonstraram que o reclamante jamais estabeleceu residência em nenhum desses locais e que a empregadora era quem arcava com todos os custos, incluindo, além da hospedagem, os deslocamentos e a alimentação. No entender da julgadora, o desempenho das atividades fora do local da contratação do reclamante não caracterizou a transferência provisória de que trata o art. 469 daCLT, especialmente porque não houve a mudança do seu domicílio. Para ela, a prestação de serviços em diversas localidades ocorreu para atender às necessidades especiais das atividades, sendo condição indispensável para a execução do trabalho. Nesse contexto, indeferiu o adicional de transferência.
TUMOR DE STICKER O tumor venéreo transmissível (TVT), também denominado tumor de Sticker ou linfossarcoma de Sticker, é uma neoplasia maligna contagiosa que acomete especialmente a genitália externa dos cães. Todavia, pode atacar também, menos frequentemente, cavidade oral, pavilhão auditivo, baço, rins, fígado, pulmões, globo ocular, região anal, pele, faringe, encéfalo e ovários; a ocorrência de metástase é rara. Ocorre em animais que não estão castrados ou esterilizados, principalmente os que saem à rua sem a vigilância do dono e em cães de rua. Nos carnívoros domésticos, as doenças venéreas são raras. Com efeito, mesmo sabendo que alguns agentes como Chlamydia psittaci e certos vírus herpes podem transmitir por essa via seu papel patogênico. O contágio normalmente ocorre durante o coito, mas pode ser transplantado por meio de arranhadura, lambedura ou pelo ato de cheira o animal infectado. Inicia-se como um nódulo sob a mucosa genital, rompendo-se progressivamente pela mucosa suprajacente. Nas fêmeas, costuma acometer com maior frequência a vagina (53%), vulva (33%) e região extra-genital (14%). A lesão inicial normalmente é observada na região dorsal da vagina, na junção com o vestíbulo, estendendo-se para o lúmen, podendo progredir pela vulva. No macho, o tumor é encontrado especialmente no prepúcio e pênis (56%) e em locais extra-genitais (14%). Os elementos de suspeição são principalmente as hemorragias genitais, que obrigam a prática de um exame completo que revele a presença do tumor cujas características são bastante específicas. No entanto, o diagnóstico diferencial deve ser estabelecido: - Na fêmea, dos tumores vaginais implantados na região mais anterior da vagina; - No macho, dos granulomas inflamatórios. Por essas razões e também porque o tratamento é relativamente específico, o diagnóstico conclusivo será estabelecido graças ao exame histológico de uma biópsia, de realização muito fácil. Uma boa prevenção para este tumor é não permitir que os cães e cadelas cruzem sem controle, visto que a transmissão se faz por via sexual. Quando é diagnosticado em animais reprodutores estes devem ser retirados da reprodução até estarem totalmente curados. No caso de animais que não se destinam à reprodução a castração ou esterilização é a melhor forma de evitar o cruzamento indesejável e os incômodos das saídas não supervisionadas pelos donos.
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Câmara aprova reajuste para os professores Na terça, dia 13, o primeiro projeto apreciado no ciclo de sessões extraordinárias foi o 05/2015, que traz um reajuste ao magistério municipal, alinhando os salários ao piso nacional dos professores. Armando Azambuja (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, abriu a discussão, e fez uma ressalva, dizendo que os benefícios e o reajuste garantidos pelo projeto deveriam ser estendidos para todas as categorias. Mesmo assim, deu o parecer favorável de sua comissão e disse ser a favor. Nadim (PP) disse que a alteração da legislação contida no PL 05/2015, visa atender a uma lei federal. Assim, todas as cidades deveriam fazer o mesmo que Viamão. "Senão nossos professores iriam ter que esperar até março para receber este reajuste, de janeiro." Eraldo (PTB) disse que "quando se trata de reajuste para o magistério, nem é preciso debater, temos que acatar e votar a favor porque envolve a educação, e eu creio que ela é o alicerce para qualquer sociedade brasileira, mundial", mas defendeu também a universalidade do ganho: "este projeto, por mais que seja bem vindo a esta Casa, e nós temos a obrigação de votar favorável, mas não podemos esquecer do restante dos funcionários municipais. Este projeto veio de uma forma discriminativa aos demais funcionários." Eda (PDT) explicou que ninguém estava contra os reajustes, mas que é preciso analisar os percentuais para ver estão corretos. "Que fique bem claro que este reajuste que o prefeito Bonatto está dando, não é ele quem está dando, foi
o governo federal que mandou, é um repasse." Ridi (PT) disse que Eraldo "tem razão" em pensar no funcionalismo em geral. Lembrou da promessa do Plano de Carreira dos servidores, prometido pelo prefeito Valdir Bonatto e não implementado ainda. E disse que o projeto 05, corrigindo os valores, é uma obrigação dos municípios.
Tiquino (PSDB) disse que o Plano de Carreira é um compromisso do atual governo e que os governos anteriores não fizeram. E disse que é obrigação do Governo Federal mandar os recursos, porque "o dinheiro sai daqui". Depois das falas, o projeto entrou em votação. Aprovado por unanimidade.
Reajuste dos aposentados passa na Câmara Na terça-feira, dia 14, um dos projetos que entrou na sessão extraordinária da Câmara Municipal foi o PL 08/2015, concedendo reajuste nos benefícios dos pensionistas e aposentados do Município. O vereador Dilamar (PSB), presidente da Comissão de Orçamento, Tomada de Contas e Finanças, levantou a questão: "Esse percentual está correto? Seis vírgula 23, qual o reflexo que traz para os aposentados aqui do município? Contempla o quadro funcional dos aposentados?" Eda (PDT) disse que votaria a favor porque "qualquer percentual é bem vindo", mas ressalvou que a maioria dos aposentados ganha salário mínimo. "É uma vergonha. Ora, 6,23% de aumento para o aposentado. As pessoas quase
passam fome com esse salário. Esperam um século para receber um aumento e quanto vem são esses 6,23%. É terrível. A inflação foi 6,48%, e o reajuste nem acompanhou." Eraldo (PTB) também foi favorável, mas não estava também satisfeito com o reajuste, dado a quem "se dedicou a vida inteira a esta cidade". Ao presidente da Comissão, Dilamar, disse que deveriam estar se importando "com outras situações", dizendo: "A prefeitura está se endividando com esses contratos", sem deixar claro quais. Dilamar defendeu que o percentual deveria ser pelo menos igual ao do governo federal (ou seja, 6,48%). Dédo explicou que o projeto é dos 6,23%, de iniciativa do prefeito. Depois disso, o iniciou-se a votação e a matéria foi aprovada por unanimidade.
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17 de Janeiro deJornal 2015Águas - jornalaguasclarasdosul.com.br 30 de Fevereiro de 2014 Claras do Sul
Henrique Feijó fala sobre a contribuição social das mineradoras Entrou em discussão um projeto de lei regulamentando as escavações e afetando diretamente a vida das mineradoras que atuam em Viamão, sobretudo em Águas Claras e região. O projeto em si acabou nem sendo votado (como vários outros, que terão que ser apreciados em novas sessões extraordinárias), mas a discussão dele deu espaço para que Henrique Feijó, empresário local e presidente da associação deste setor, falasse ao microfone e tocasse em assuntos importantes: "Boa tarde a todos. Vou começar desde o início. Esses 180 mil reais foi um acordo que a associação fez com o prefeito, de uma doação espontânea onde a Goufe Mineração está neste acordo, a JF Mineração, a Fraga Mineração, a Oliveira, a Sanpar, a Jazida São José, e Jazida Eckert. Estas são as empresas que assinaram o acordo de doação com o prefeito. A Votorantim não entrou neste acordo e também não faz parte da associação. Isso eu gostaria de deixar bem claro aqui para vocês. É uma coisa que me revolta muito. Uma empresa do porte da Votorantim só cria problema lá e não ajuda em nada. E nós entendemos que nós, como associação, além de contribuir com nossos impostos normais, e a carga tributária para muitas hoje é 25,7%, e outros como microempresa na faixa de 12%, mais 2% do CFEM e mais esse 1% para o Município. De que forma é esse 1%? Nos mesmos moldes do CFEM: do faturamento bruto mensal, deduzimos apenas os impostos e dali se tira 1%, e este valor hoje está em 180 mil reais. De que forma seria empregado esse dinheiro de acordo com a nossa negociação com o prefeito? Com ações sociais e de meio ambiente, esporte, cultura e lazer mas comunidades atingidas pelas mineradoras. Ou seja, sexto e sétimo distritos, Águas Claras e Capão da Porteira. Aí este dinheiro foi depositado no Fundo. E muitos vão me perguntar quais são as empresas que estão neste valor de 180 mil. É a Goufe, a JF, Oliveira, Fraga e Eckert. Lá da minha empresa a Goufe, desses 180 mil, saíram 140 mil reais. Eu reuni dez associações dos nossos sexto e sétimo distritos envolvidos. Então está o assentamento, a associação de Águas Claras, a associação do Capão da Porteira, Clube de Mães do Capão da Porteira, o CTG do Morro Grande, eu reuni doze entidades para que desenvolvam projetos de esporte, de cultura, para que seja investido este dinheiro. Neste meio-tempo o prefeito me chamou e disse: bah
Henrique, a gente se enganou, quando vai para lá só pode ser para ações de meio ambiente. Pessoal, eu movimentei 10 associações, me comprometi, e esse dinheiro agora vai ter que ir para esse pessoal! São comunidades carentes, que ninguém ajuda. Então temos um projeto da Associação Águas Claras, de esportes que vai beneficiar cem crianças, são 16 mil reais o ano inteiro. Tem outro projeto de 14 mil mensais que também são quase cem crianças no Morro Grande. E no Capão da Porteira. Então eu quero que vocês entendam que este dinheiro, se eu puder ajudar, este dinheiro que eu vou até as últimas consequências. Botei meu nome lá, reuni as associações, clubes de mães. Tem um clube de mães no Capão da Porteira, organizadíssimo, e não tem 12 mil para pagar a mão de obra para concluir a sede lá. Eu como presidente e proprietário da maior arrecadação que tem ali, penso que daqui para a frente a gente dê o destino correto, tem um novo projeto ali e eu sou a favor. (...) Defendo o 1%, e acho que a comunidade tem que ter um retorno. Pois isso sou defensor do 1%."
Mais adiante na sessão, o vereador Eraldo Roggia (PTB) pediu vistas ao projeto, trancando sua votação. Logo em seguida deu suspensão na sessão por 5 minutos. Ao retornar, o vereador Eraldo Roggia denuncia: Só para vocês verem como funcionam essas coisas, tá assinado o alvará da minha lotérica ali em baixo, se eu votar contra esse projeto eles vão rasgar o papel. Eu não aceito isso... Então vou te dizer uma coisa clara, eu não admito isso. Eu vou fechar uma lotérica por perseguição, eu tenho protocolo lá e tá tudo certo. Eu recebi um recado agora, que se eu não aprovar esse projeto vão rasgar o meu alvará da lotérica. Na empolgação da discussão, os vereadores acabaram revelando o valor do jeton que recebem para sessões extraordinárias: um oitavo do subsídio de vereador por sessão. São aproximadamente 980 reais por sessão, por vereador. Quem está pagando é a Prefeitura, pois o objetivo é apreciar projetos do prefeito. São mais de 60 mil reais de custo total em três dias. Se houverem mais sessões extraordinárias, a soma aumenta.
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Projeto que permitirá investimentos na cooperativa do assentamento aprovado após discussão incrivelmente longa A dinâmica de funcionamento das sessões extraordinárias quase "foi para o espaço" na terça, dia 13. É que naquele dia, havia um acordo pelo qual seriam apreciados primeiro os projetos 05 e 08 de 2015. O vereador Armando Azambuja (PT), no entanto, resolveu pressionar pela votação de um projeto de emenda ao Plano Diretor para permitir a instalação de uma cooperativa da agricultura familiar no assentamento, com subsídios federais. "Se vossa excelência tivesse chegado aqui e visto o que eu disse com os demais vereadores, (...) nós íamos apreciar os projetos 05 e 08. Na minha gestão, ninguém vai chegar, nem prefeito nem vereador, ninguém vai chegar e dizer que não é isso que vamos fazer. O senhor tem razão em dizer que temos que apreciar o projeto tal e tal mas não vai dizer qual o projeto que temos que apreciar primeiro.", disse o vereador-presidente Dédo Machado (PT). E Dédo continuou: "Se o senhor acha que o projeto não é para estar na comissão para dar parecer, não é ameaçando que nós vamos chegar a um bom entendimento." O assunto "morreu" por algum tempo, sendo votados os demais projetos do dia, e depois foi retomado. SEGUNDO TEMPO O vereador Armando introduziu o assunto dizendo que o projeto trata de repasse de valores para o Assentamento Filhos de Sepé. Lembrou que o projeto já tramitou na Casa em 2014, mas teve uma emenda, e o prefeito na ocasião resolveu vetar todo o projeto, e não só a emenda. "Este projeto foi inclusive debatido com a população em uma audiência pública", disse. "É muito difícil conseguir esses recursos. Ainda mais difícil ter o município em condições de receber. E mais difícil ainda ter uma entidade séria, capaz, contabilmente, politicamente, socialmente correta. E aí quando encontramos infelizmente ocorrem alguns entraves, que não são culpa do Legislativo, do Executivo, é culpa do sistema." Uma emenda do projeto foi proposta pelo vereador Zé Lima (SD), determinando o limite da medida à comunidade em torno do Banhado dos Pacheco. Dédo disse que não gostaria de colocar em votação o projeto e a emenda porque o proponente estava em Porto Alegre representando a Câmara de Viamão em um evento. Disse que a discussão do projeto até poderia ser naquele dia, mas a votação seria na quarta. Barbaroti (PMDB) foi curto e grosso: "qual é a dificuldade de aprovar este projeto hoje?" Eda (PDT) foi favorável à votação na quarta-feira. ESCLARECIMENTOS Huli Zang, do Conselho de Administração da cooperativa, e membro da diretoria do assentamento, explicou que o foco da entidade é a agricultura orgânica, e o mercado constitui-se da venda para a rede de ensino. Recentemente, surgiu uma oportunidade bem sucedida em uma licitação do Grupo Hospitalar Conceição. "Quanto a este projeto, já faz um ano que estamos dis-
cutindo ele, e trata-se de um edital do governo federal lançado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, INCRA, Fundação Banco do Brasil, entre outros. Nós elaboramos o projeto para ter em Viamão a primeira unidade de beneficiamento de arroz orgânico. Viamão é o maior produtor de arroz orgânico do Brasil, graças ao assentamento. Quando nós apresentamos este projeto, vários documentos tiveram que ser entregues para que ele fosse aprovado. Na metade do ano passado, quando fomos encaminhar a licença ambiental, ficamos sabendo que no novo Plano Diretor do Município foi criada uma área chamada Zona de Amortecimento ao redor de uma unidade de preservação que já existe, que é a Unidade de Conservação Integral Banhado dos Pachecos. Então, o município na sua nova lei criou uma área de mil metros ao redor do refúgio, a zona de amortecimento, e não foram colocados dos índice dizendo o que pode ser construído ou não. Como não tinha os índices, não existem no Plano Diretor, o poder público entende que não pode ser construído nada. Nós nem deveríamos estar ali. Todo o assentamento está nesta zona de amortecimento", disse. "Não é só uma questão do assentamento, toda aquela área ali está impedida de ter construções", completou dizendo que se está em tratativas com o governo municipal. Pediu a votação rápida do projeto. DISCUSSÃO PEGOU FOGO O vereador Nadim disse que o projeto, se aprovado, "vai dar margem a mexerem no Saint Hilaire, e no Itapuã também! Não é assim." A emenda apresentada pelo vereador Zé Lima foi defendida por Eda. Ela apontou que no projeto anterior, o Executivo havia especificado mal alguns dados, e o projeto atual estaria correto. "Mas se nós não aprovarmos a emenda, nós vamos estar dando um cheque em branco para o prefeito." Depois disso, a sessão foi suspensa e iniciou-se uma discussão sobre a exclusividade ou não da modificação para o caso do Banhado dos Pacheco, e Dédo teve muita dificuldade para retomar o controle da sessão. Depois, reiniciou o debate aberto. ARMANDO ATACA A EMENDA Armando (PT) voltou a defender o projeto, e pediu votação no mesmo dia. "O Huli amanhã tem uma reunião de fechamento para receber os recursos federais. Eles precisam
disso aí. Esse projeto teve erro, não foi nosso, foi do Executivo. Não vamos pegar para nós. O Executivo esqueceu de alguns dados e vetou todo o projeto. Aproveitou e corrigiu estes dados", disse. "Se vai beneficiar nossa comunidade, que vai trazer cinco milhões em projetos para desenvolver Viamão, em especial às pessoas que mais precisam, quem somos nós para achar problemas no projeto? Com todo o respeito que eu tenho ao vereador Zé Lima, pela sua juventude, pela sua garra, pelo seu trabalho aqui na Câmara. Com todo o respeito que tenho pela vereadora Eda, nossa secretária, hoje nossa vice-presidente, representante da mulher... com todo o respeito que eu tenho, a este poder Legislativo. Mas infelizmente esta emenda não tem pé nem cabeça. Esta emenda está errada começando pelo nome! Não tem nem como discutir. Quem é que ouviu falar disso? Não tem pé nem cabeça! Deveria ser, talvez, uma emenda aditiva. Mas não é. Além disso, a redação está totalmente equivocada. Esta emenda vai acabar prejudicando o nosso assentamento. Vai acabar prejudicando os assentados de Viamão." Em seguida, Armando dirigiu-se ao vereador Dilamar falando muito rápido, e concluiu pedindo inclusive uma nova sessão extraordinária para discutir a questão. Pediu a aprovação do projeto, mas a reprovação da emenda. EDA CONTRAPÕE ARMANDO A vereadora contrapôs Armando, dizendo que a função da CCJ é corrigir. "Se o vereador Zé errou e a proposta não está correta, nós temos é que corrigir, e não denegrir nossos colegas, que é o que o senhor fez ali." A equipe do vereador Zé Lima e a vereadora Eda acabaram retirando a emenda, para evitar que ela atravancasse a votação do projeto. Depois Armando pediu desculpas por ter se exaltado em sua colocação. O PROJETO ENTRA EM VOTAÇÃO Após aprovado nas comissões, o projeto deveria entrar em deliberação, mas iniciou-se uma discussão sobre o parecer jurídico sobre o mesmo (há uma matéria nesta edição sobre essa discussão). Quando a sessão voltou ao normal, Ridi (PT) fez uma defesa do projeto. Querendo votação no mesmo dia, Armando tentava argumentar, e Dédo dizia que havia um acordo prévio de votar apenas dois projetos justamente para evitar confusões como aquela. "O senhor chegou a atrasado, não pode dizer que não houve o acordo, vereador Armando", disse. Barbaroti (PMDB) pediu votação no mesmo dia, e Dédo disse que cumpriria o rito, e os acordos. "Vocês têm muita dificuldade de entendimento. Por isso que era essa bagunça, mas comigo não vai ser bagunça, não vai haver desmando do prefeito nem dos vereadores", disse Dédo, colocando em votação junto às lideranças de bancada a votação no mesmo dia ou não. Todos votaram pelo SIM. Então o projeto finalmente ficou com sua redação final pronta para votação, e foi aprovado.
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17 de Janeiro deJornal 2015Águas - jornalaguasclarasdosul.com.br 30 de Fevereiro de 2014 Claras do Sul
Legislativo debate sobre o naufrágio da terceirizada PrestService As trabalhadoras da PrestService, ainda em busca de soluções para sua situação periclitante, lotaram o auditório da Câmara Municipal na última quarta-feira, dia 15. Os vereadores discutiram o assunto antes da sessão extraordinária para apreciar projetos prioritários. O sindicato da categoria fez-se presente, com o advogado, doutor Evaristo. O presidente Dédo Machado (PT) abriu o debate, e o vereador Ridi (PT) fez a primeira fala, rememorando o caso e propondo uma dinâmica para o debate, que foi adotada. EVARISTO HEIS, O ADVOGADO O advogado do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e de Serviços Terceirizados em Asseio e Conservaçao do RS (SEEAC-RS) agradeceu o apoio e o espaço, e disse que vem atuando em lutas deste tipo nos últimos 20 anos, e lembrou da ocasião em que a Prefeitura chamou a entidade sindical para entrar no caso após a PrestService desaparecer. "Na primeira reunião, o prefeito nos ignorou e disse que faria depósito judicial. Inclusive, o advogado da prefeitura, o doutor Jair (Mesquita) orientou como deveria ser feito e ele, radicalmente, disse que não faria e faria o depósito judicial. A Prefeitura, ao invés de acompanhar o sindicato e auxiliar os empregados, entrou com uma ação de consignação para a empresa com a empresa na Justiça do Trabalho. Ação esta que foi impetrada de forma totalmente equivocada. Inclusive isso foi dito pela juíza do trabalho de Viamão." Evaristo explicou que a ação, direcionada ao empresário dono da PrestService, estava com foco incorreto, pois "toda ação trabalhista origina-se de uma relação capital-trabalho, e ela não existe entre prefeitura e a prestadora de serviço. Existe ali uma relação cível", defendendo que o correto seria a abertura da ação no TRT pelo sindicato ou por cada trabalhador. "O que o sindicato fez? Nós ingressamos uma ação cautelar pedindo uma liminar de arresto de créditos, o que foi deferido pela juíza, doutora Patrícia, juíza titular da vara de Viamão. Foi feita a penhora, só que a prefeitura, ao invés de fazer o depósito na justiça do Trabalho, na ação do sindicato, depositou na ação deles, impetrada pela Prefeitura em favor da empresa PrestService." Depois de explicar o trâmite do documento que assegurava o depósito, completou: "na ação de consignação existem hoje 77.264 reais para pagar 200 empregados. Dá 350 reais para cada um, a grosso modo." "Pegaram também dia 8 de janeiro uma outra guia, de 182 mil reais, que até o presente momento não foi juntada aos autos." Evaristo diz não ter conseguido na Prefeitura uma lista com os empregados, que só foi obtida com a contabilidade da empresa. O próprio contador da PrestService não queria mais trabalhar por não estar recebendo, diz o advogado, afirmando que o sindicato havia contratado este profissional. "Contratamos o advogado, o sindicato vai pagar para que ele nos traga o cálculo das verbas decisórias." Evaristo apontou então uma solução paliativa, mas ime-
diata: o sindicato já teria negociado com a Justiça do Trabalho e irá dar baixa nas carteiras de trabalho das ex-empregadas. Esta medida é necessária para que elas possam receber seguro-desemprego e Fundo de Garantia. "Não tem mais nem endereço para procurar a empresa." Bastante didático, o representante sindical tranquilizou as trabalhadores a respeito dos custos do processo: "No sindicato também, o empregado não tem custo algum. Às vezes o pessoal quer ir direto pegar um advogado particular. Eu sempre digo: resolve primeiro todos os problemas administrativos, depois chama a prefeitura", explicando que desde 1993 a legislação diz que, na impossibilidade de o empregado receber da empresa subsidiária, a contratante obriga-se a pagar. DÉDO APONTA ELISEU XAVIER Uma merendeira disse sentir-se perdida diante de tantas posições diferentes sobre o assunto, ainda mais após falar com a OAB de Viamão, e citou o supervisor da empresa, Eliseu Xavier. O vereador Dédo falou sobre Eliseu, "na verdade ele se coloca como supervisor da empresa, e ao mesmo tempo não tem resposta nenhuma, nem tem contato com a empresa nem nada, e ao mesmo tempo, ele se coloca como agente do prefeito para fazer essa... vocês têm que desconstituir ele porque ele não tem que falar por vocês. E essa questão da OAB de Viamão, isso é balela, o sindicato está representando vocês, e vocês fizeram uma ação coletiva junto ao Sindicato." Dédo lembrou do episódio da promessa de doação de cestas básicas às trabalhadoras, na semana passada. "Quando disseram que não ia ter, é um jogo político do Eliseu Xavier, e não falei com o prefeito, e o líder do governo tem que dizer ao prefeito para desautorizar o Eliseu Xavier de fazer qualquer tipo de movimentação porque está muito dúbia esta relação do Eliseu Xavier com a empresa, e o Eliseu Xavier com a Prefeitura." "Eu já estou achando que o Eliseu está a mando do prefeito." George Cristiano, marido de uma ex-funcionária, disse que Eliseu esteve pessoalmente em sua casa, levando parte do pagamento devido à mulher, e dizendo ao casal "que ele tinha sido colocado na PrestService para supervisionar as atitudes da empresa e do Samuel (dono)". Muita gente na plateia concordou. Cristiano concluiu dizendo que o que o pessoal quer, "é receber". QUANDO SAI ALGUM DINHEIRO? Surgiu a pergunta essencial: "quando essas pessoas vão ver a cor do dinheiro?" O advogado Evaristo explicou que o sindicato depende dos depósitos feitos pela Prefeitura para repassar valores. Mas que será encaminhado o pagamento do FGTS e Seguro-Desemprego. Ele apontou, no entanto, que há pessoas que não tiveram seus valores correspondentes em encargos sociais pagos, e disse não entender como a Prefeitura pagou a empresa sem estes comprovantes. Uma ex-funcionária questionou que em toda a imprensa local, a prefeitura aparece dizendo que depositou mais de 250 mil reais. Evaristo explicou que tudo foi colocado no processo
aberto contra o proprietário da empresa, e não na causa que corre na Justiça do Trabalho. O advogado entregou ao presidente da Casa um documento confirmando que, na ação trabalhista, não há valor algum. UMA PESSOA PASSA MAL Um adolescente, no meio da plateia, começou a passar mal no meio da sessão, com o que pareciam ser convulsões. Uma das empregadas presentes protagonizou a fala mais emocionante do dia: "Isso, senhores vereadores, é o que estão passando as famílias. Não tem dinheiro para comer, não dinheiro para comprar remédios. Tem gente sendo despejada e não tem onde morar. Essa situação, nós não temos culpa. Nós trabalhamos. Pelo amor de Deus, resolvam nosso problema." O VALOR DO CONTRATO Nalzia Quintana, uma das empregadas, tomou a palavra e introduziu uma nova questão: "alguém de vocês sabe qual o valor do contrato da Prefeitura com esta empresa?" Dédo esclareceu que cópias do processo licitatório já foram solicitadas pelo vereador Ridi ao poder Executivo. BARBAROTI FALA SOBRE O SUPERVISOR ELISEU O vereador Barbaroti (PMDB), líder do governo, disse ter falado com o procurador da PGM, Jair Mesquita, e foi direto: "O senhor Eliseu não tem nada, absolutamente nada legal com a prefeitura. Ele é funcionário única e exclusivamente da empresa. Tudo o que ele falar em nome do prefeito, estará cometendo crime." Barbaroti também falou sobre a representação legal das empregadas: "O funcionário tem todo e qualquer direito de ir na OAB. Ela é apenas uma entidade, ela não vai indicar o advogado, nem pode. Ela vai receber qualquer uma de vocês, e pode até ter um advogado que vá pegar a causa de vocês. Vocês têm direito de procurar qualquer advogado ou a defensoria pública." Anunciou a entrada do chefe de gabinete do prefeito, que estaria trazendo os comprovantes do depósito feito pelo Município. OS VALORES FORAM DEPOSITADOS, SEGUNDO GOVERNO Em seguida, Rafael, do gabinete do prefeito, pôde falar: "Foi feito este depósito aqui, na conta judicial que a gente abriu na Justiça do Trabalho, está uma relação com o nome de vocês lá, junto está a OAB de Viamão, para tornar o processo mais transparente o possível. Os advogados de Viamão se ofereceram para entrar de forma coletiva, com vocês, neste processo." Então, começou uma gritaria na plateia. SINDICATO OU OAB? Alexandre Godoy explicou que a OAB pode supervisio-
O primeiro semanário totalmente a cores de Viamão Jornal Águas Claras do Sul
nar ativamente, "para assegurar que todos os direitos estão sendo garantidos. É uma entidade que se rege pela estrita fiscalização e cumprimento da lei e dos interesses da sociedade. Então, tem que procurar o doutor Nilso Pinto, que é o presidente da OAB, e ele, como entidade, intervenha no relacionamento até mesmo da Justiça. Porque ele, conversando como presidente da OAB com a juíza, muitas vezes ele acelera. Muitas vezes quando o advogado vai fazer uma petição, essa petição vai para a mesa do chefe do cartório, ele tem que apensar, desenvolver, e tudo isso pode levar até 15 dias. Então o presidente da OAB pedindo, a coisa age bem mais rápido." Evaristo contestou Godoy, dizendo que "o sindicato tem muito mais trânsito livre na Justiça do Trabalho. O presidente da OAB talvez a juíza nem conheça ele. A mim, ela me conhece. Eu conheço ela de quando ela era advogada. Então, a OAB não é tudo o que estão vendendo para vocês. A OAB tem que seguir os canais, senão, todo advogado iria querer ser presidente da OAB. A Justiça do Trabalho, a Justiça Cível tem os canais normais. Não é assim, que chega uma entidade lá o juiz vai se abaixar. Processo não tem nome, tem número." Dédo interrompeu dizendo que, como o presidente da OAB local não estava ali para falar pela entidade. Pouco depois, um desentendimento entre algumas funcionárias e o chefe de gabinete do prefeito deu fim a este bate-boca, iniciando outro. Quando Dédo conseguiu conter a gritaria, explicou: "A OAB como entidade, ela pode, sim acompanhar os advogados que são regidos pela OAB. Mas há a disponibilidade de vocês, de entrar através do sindicato, e é importante a gente fortalecer os sindicatos. Então vamos nos ater a resolver problemas." Godoy falou em "disputa de terreno", explicando que "a OAB é um órgão superior dentro das entidades todas, e o objetivo é resolver os problemas mais rápido. A ideia é só somar forças, pois não há tempo para esperar." PLANO B O vereador Eraldo (PTB) encerrou o assunto "OAB X sindicato" dizendo que "temos que ser objetivos nesta mesa", arrancando aplausos da plateia e lembrou da proposta da Prefeitura, de contratar outra empresa, em caráter emergencial, para empregar os ex-funcionários da PrestService. "Existe uma verba já depositada. Existe aqui o sindicato. Eu tenho boas referências do seu trabalho profissional, doutor Evaristo, mas eu fiscalizei o seu nome. E sou sabedor que é um grande profissional nesta área. Então pessoal, vocês estão em boas mãos, e a melhor forma de vocês entrarem é através do sindicato." A COLETARE ENTRA NO FOGO CRUZADO O senhor Sérgio Ângelo, dono da empresa que assumirá o serviço em caráter emergencial, estava na Casa. Dédo sugeriu que não seria boa ideia a empresa nova contratar o ex-funcionário Eliseu Xavier, por causa da dubiedade das informações sobre ele. Esta colocação, claro, ensejou um novo debate. "Talvez o senhor não saiba o que está acontecendo do lado de lá e quem é a pessoa. Mas a empresa é sua e o senhor contrate quem o senhor quiser. Porque no momento em que não fizer de forma correta o pagamento dos funcionários, também vai sofrer a mesma coisa. Mas a empresa é sua. Contrate quem o senhor quiser. Já trabalhou nesta Casa comigo, e eu
nunca pedi para contratar ninguém nem tirar. Coloque e faça como o senhor tem que fazer", disse Dédo. O empresário respondeu: "Não me foi sugerido ninguém. As solicitações feitas estamos atendendo na medida do possível. Quanto às questões de gerenciamento, quem fica e quem não fica, é uso exclusivo da minha decisão, com todo respeito ao nobre presidente. Passei aqui por acaso, até para conversar com o senhor, não sabia que tinha sessão. O processo é antigo? Resolva-se o processo antigo. Minha obrigação no processo novo é a obrigação contratual, apenas isso, nada mais. Obrigado." Dédo soltou uma frase: "Reitero o nome do supervisor que é antigo, na empresa nova. Fico na dúvida, mas tenho o direito de ter a dúvida." Sérgio disse que existem questões trabalhistas envolvidas, e que "não podemos ter esse tipo de atitude, em razão do princípio constitucional da isonomia, e principalmente nas relações trabalhistas sob pena que cair na empresa a possibilidade de um dano moral por discriminação por ter trabalhado em outra empresa." "Vou continuar tendo dúvida. É um direito seu de contratar", completou Dédo. Ridi interveio dizendo que o compromisso do prefeito era que ninguém das serventes e merendeiras ficaria sem emprego. Sérgio explicou que havia ganho o contrato para as serventes, e não para merendeiras, "e respondo só pelos contratos das serventes." A BRIGA POR EMPREGO E DINHEIRO O assessor jurídico da Casa apontou que o contrato seria um só. Uma das funcionárias tomou a palavra: "Um momento, presidente. Foi dito no jornal Terra, que no dia 15 deste mês as merendeiras e o pessoal da limpeza estariam contratadas e recebendo a primeira parcela de quatrocentos e poucos reais, e isso não aconteceu. Continuamos desempregados, na cegueira, sem saber para onde correr. E o prefeito, fomos no eu gabinete e assumiu este compromisso com nós, tanto é que está no jornal. E até agora para nós merendeiras, nada." Nadim, que esteve na tal reunião, falou: "Me desculpem se entendi mal: há pouco foi citado que não houve nenhum depósito da prefeitura, em função de vocês. Os 77 mil foi encontrado depósito pelo sindicato? Também não? Só tenho uma dúvida: os comprovantes de depósito são judiciais. Estão em depósito judicial, para que a Justiça determina o pagamento a vocês. Não está sendo depositado para o sindicato. E o que o doutor está querendo é o depósito na conta do sindicato. É isso que estou entendendo. No processo onde o sindicato está envolvido. Vocês contrataram, entre aspas, o sindicato", disse Nadim. Ridi lembrou que a opção pelo sindicato havia sido sugestão do prefeito. A plateia apoiou com muito barulho. Dédo teve que reorganizar a sessão e dar espaço a Nadim novamente.
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O vereador do PP disse que qualquer uma poderia entrar com a ação, independente de sindicato. Godoy explicou que é o sindicato que deve solicitar a passagem dos recursos para o processo que pagará aos funcionários. "É por isso que ele é o sindicato da categoria." O advogado Evaristo voltou a dizer que a entidade sindical havia entrado com pedido de penhora para garantir o pagamento e que se aguarda a transferência dos valores de um processo ao outro. ENTRA O PRESIDENTE DA OAB O doutor Nilso Pinto, presidente da OAB-Viamão chegou à Câmara e foi convidado a falar. Dédo teve eu explicar o caso ao advogado, que fora chamado sem antecipação do assunto a ser tratado. Nilso contou sua própria busca de informações, falou sobre os depósitos e dos contatos que fez com a Justiça e também do conhecimento que tinha sobre o encaminhamento do processo, por orientação do Tribunal de Contas. "por sugestão do Tribunal de Contas, para garantir o pagamento destas trabalhadoras, pedi para que a Justiça emitisse esta guia de 182 mil, para que o município depositasse este valor para garantir o pagamento de vocês. Foi a única coisa que a OAB interviu, e acho que inverviu pelo aspecto social." "Se o Tribunal de Contas, que é o responsável pela parte jurídica, financeira, das entidades públicas, pediu, institucionalmente, a OAB, uma entidade sui generis, não tinha outra coisa a fazer a não ser pedir ao juiz que autorizasse o depósito de 182 mil reais. Foi só isso. E coloquei a OAB à disposição para que os interessados, com seus advogados, fizessem o uso da OAB. Estou consciente de que, juridicamente, fiz a coisa certa." Alexandre Godoy contou sobre seu discurso sobre a OAB de pouco antes, e falou sobre a posição do sindicato. Pediu que o presidente da entidade ajude a fazer o processo andar mais rápido para que os trabalhadores recebam. Nilso aconselhou todos a manterem-se em seus empregos porque "os valores estão lá". Barbaroti pediu que a OAB integre-se ao esforço pelos trabalhadores, e Nilso disse que quando foi chamado a intervir no caso, já se integrou, e fez o que poderia fazer como entidade, como OAB. "A partir do dia 7, os prazos ficaram suspensos, só vão tramitar as medidas de urgência. E os valores foram depositados, a OAB intercedeu por ser uma medida de urgência. E a juíza já despachou, só falta a publicação", disse o Nilso. JORGE BATISTA: "O BONATTO TEM QUE PAGAR" O vereador Jorge Batista (PTB) disse que prefere "não entender muito de lei, mas entender da necessidade das pessoas." "Eu não entendo como é que vem uma empresa de Rio Pardo, vem aqui, ganha licitação, em nome de Samuel, e o tal Samuel se some e deixa as pessoas sem receber salário. Se o prefeito deu licitação para esta empresa, e a empresa sumiu, quem tem que pagar é ele." A plateia aplaudia, e Jorge mostrava-se indignado por aquela multidão estar sem salário. Evaristo usou os últimos minutos para falar sobre as carteiras de trabalho. "Quem quiser dar baixa pode dar baixa", dizendo que no máximo até a próxima terça-feira já será possível encaminhar retirada do FGTS e seguro-desemprego. Dédo colocou a estrutura da Câmara à disposição para que o sindicato possa encaminhar os documentos com os empregados sem que eles tenham que ir a Porto Alegre.
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17 de Janeiro deJornal 2015Águas - jornalaguasclarasdosul.com.br 30 de Fevereiro de 2014 Claras do Sul
O polêmico projeto das doações às entidades culturais Na quarta, dia 15, entrou em discussão o projeto de lei 06/2015, de autoria do Poder Executivo, autorizando o município a repassar valores para a escola de samba Unidos da Vila Isabel (25 mil), ao Sindicato Rural (50 mil), à Cooperativa Mista Campos de Viamão (50 mil), APAE (276 mil), e Associação das Entidades Carnavalescas de Viamão (25 mil). O problema já começou na redação. Não haveria rubrica específica apontada como origem dos valores. O que não trava o projeto do ponto de vista legal, mas colocou dúvidas sobre sua aplicabilidade contábil. "É um completo absurdo a discriminação, e eu não estou fazendo política aqui, mas é absurdo o prefeito repassar 25 mil reais para a Unidos de Vila Isabel pela história, tradição, e o que representa para o município de Viamão", disse Dédo, falando que Gravataí coloca 100 mil reais na escola de samba que representa a cidade no Carnaval de Porto Alegre. Defendeu a apresentação de emenda subindo o valor à Santa Isabel para pelo menos o dobro. O presidente falou do carnaval de Viamão, que nem tem local definido e cujas escolas nem puderam se organizar ainda. "E passa 50 mil reais para o Sindicato Rural fazer a Festa do Arroz com Leite que é uma festa que ainda não disse a que veio, a gente não sabe se é uma feira, se é uma festa." Por fim, apontou que o presidente da cooperativa, que promove a Festa do Peixe, é um CC do governo Bonatto. NADIM REBATE DÉDO O vereador do PP disse que o presidente da cooperativa é produtor rural e não ocupa CC na Prefeitura. RIDI RELEMBRA GOVERNO PASSADO O vereador e ex-prefeito lembrou do final do governo Alex Boscaini (PT), quando ocorreu um repasse de 70 mil para a Unidos de Vila Isabel desenvolver um enredo em homenagem á cidade, e 50 mil em subsídio. Além de 20 mil para as entidades locais e 115 mil usados na estrutura do Carnaval viamonense. "Fazer Carnaval em Viamão com 25 mil reais é não querer fazer Carnaval. Fizeram no autódromo, sem divulgação, só tinha os membros das escolas. Na muamba que eu fui, nem a luz a Prefeitura ligou, tiveram que pedir para um barzinho." VEREADORA EDA DEFENDE SUBSTITUTIVO A parlamentar do PDT defendeu que se faça um projeto substitutivo, tirando da pauta as entidades não ligadas ao Carnaval, pra permitir que se decida rapidamente sobre as verbas para a festa deste ano, daqui a algumas semanas, além de eliminar um projeto que tem até erro na conta da APAE, somada como 273 mil quando são 276. BARBAROTI O vereador do PMDB, líder do governo, defendeu o projeto como ele é, e disse que todas as festas são importantes. "Se a Festa do Arroz com Leite não andou ainda, é por culpa de todos os governos." "É uma heresia o vereador Ridi dizer que a Festa do Peixe teve erros. O senhor esteve lá? Caiu um pé-d´água no sábado. Domingo não dava para caminhar lá dentro. O senhor quer cercear a festa de Itapuã?" ERALDO: PROJETO "DISCRIMINATÓRIO" O vereador do PTB considerou o projeto "discriminatório", porque vê "o amigo do prefeito levando 50 mil reais", e classificou o valor dado ao Carnaval como "muito pouco." Defendeu que a Prefeitura faça doações também aos Clubes de Mães. "As forças vivas da nossa cidade estão sendo esmagadas. Não dão condições de trabalho. Estão mandando apenas a fiscalização, especialmente em cima de quem trabalha com doentes." DÉDO TENTA MANTER O FOCO Dédo falou da diferença da apreciação de recursos para o Sindicato Rural e demais entidades, não carnavalesca, para a ASSENCARV e a Unidos de Vila Isabel. Emendas que levem este projeto a ser vetado acabariam com o Carnaval na cidade, enquanto as outras atividades não teriam pressa. O assessor jurídico Alexandre Godoy explicou com detalhes estes aspectos, e a necessidade e o governo apresentar um projeto substitutivo. "Senão, cada vereador vai apresentar sua emenda, vai vetar o projeto e vai prejudicar a sociedade." O que não adiantou nada, porque vários vereadores continuaram a contrapor de forma desordenada. Dédo, exasperado, dizia "Pelo amor de Deus...".
TIQUINO DEFENDE GOVERNO O vereador do PSDB disse que o atual governo não é contra o Carnaval nem a cultura. Disse que "o Partido dos Trabalhadores quis acabar com a APAE", citando o fim de subsídios federais. Também disse que se há alguém ligado ao governo sendo beneficiado, que se abra uma CPI. DISCUSSÃO FICA PARA OUTRO DIA Dédo encaminhou a discussão a um final na quarta, propondo ao que criasse um projeto substitutivo, e encerrou a discussão naquele dia. O assunto ficou para a quinta-feira. DEBATE COMPLICADO A retomada do debate na sessão seguinte foi complicada. Após uma hora e meia de sessão, foi possível finalmente colocar o assunto na mesa. Dédo resumiu o problema: "O prefeito Bonatto apresenta um projeto de lei que é totalmente discriminatório em relação ao Carnaval. E nós queríamos no mínimo que tivesse igualdade. Respeito com a comunidade carnavalesca." O vereador sentia-se preso em uma arapuca: "Ele (o prefeito) faz este tipo de coisa colocando todos esses projetos juntos nos embretando contra a Vila Isabel. Se nós emendamos ele veta e prejudicamos a vila Isabel. E ao mesmo tempo, nos dá uma sinuca de bico colocando uma festa que vai acontecer em Outubro. Então eu queria que os vereadores refletissem sobre o tamanho desrespeito que isso representa." "Eu ajudo aqui, mas passa tudo isso aqui", disse, defendendo a aprovação do projeto em questão, mas garantindo que não aceitará este tipo de matéria ao longo do ano. SEM DINHEIRO, SEM CARNAVAL "Para minha surpresa, recebo um comunicado da ASSENCARV, dizendo que desde o primeiro momento, em todas as reuniões, foi dito que se não fossem 50 mil para a ASSENCARV, ela não faria Carnaval. Então, tem um comunicado oficial dizendo isso, que com 25 mil reais não faz Carnaval", disse Dédo, afirmando que a única saída seria um acordo com o governo. "Que os 25 mil reais da ASSENCARV sejam direcionados direto para a Vila Isabel, se não vai ter Carnaval." O vereador propôs uma emenda que garanta a possibilidade desta mudança de destinação, caso a ASSENCARV não aceite fazer o Carnaval com os 25 mil reais. EMENDAS CAINDO O vereador Joãozinho da Saúde (PMDB) havia apresentado uma emenda, mas Dédo acreditando que ela poderia levar ao veto do projeto. Joãozinho e todos os que subscreveram (Augustão do PSOL e Eda do PDT) retiraram a proposta. A PALAVRA DA VILA ISABEL Cléber, o presidente da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel diz que a entidade discorda da forma como foi apresentado o projeto. "nós procuramos o poder público em setembro do ano passado, e falamos com o secretário Morosini", disse, explicando que "de setembro até agora não há por parte do poder público uma visão deste projeto, e surpreende a todos nós que só agora, a 28 dias do Carnaval, vem em forma de projeto, em um período de convocação extraordinária", disse. "Não há política de cultura, não há clareamento das coisas", afirmou Cléber, pedindo que não fossem apresentadas emendas para não fazer o projeto trancar", contemporizou, dizendo que o repasse da ASSENCARV caso não saia Carnaval na cidade pode ser construído politicamente. Disse não querer reajuste pago em Abril. "Pode ser um milhão, vindo em Abril, para o Carnaval não serve." Dédo explicou que o repasse é imediato. A CÂMARA GARANTINDO O vereador Barbaroti questionou se a Câmara Municipal não poderia assegurar o valor de 25 mil reais para o caso de a ASSENCARV fazer Carnaval com seus 25 mil. "Era só o que me faltava", disse Dédo. "O vereador Barbaroti querendo fazer benfeitoria com o chapéu dos outros. COOPERATIVA EXPÕE SEU PONTO Maicon, presidente da Cooperativa Mista Campos de Viamão (COMCAV), foi o próximo a falar. Disse que nunca foi
CC de prefeitura alguma e não tem ligação com políticos. Afirmou não ter recebido valor algum na última Festa do Peixe. Contou não ter tido tempo de montar a Festa do Peixe do ano passado, porque os recursos chegaram de última hora e apoiou a aprovação do projeto. A vereadora Eda o interpelou perguntando como funciona a cooperativa. O presidente Maicon contou a história da entidade e falou do crescimento de seu mercado consumidor, atendendo Viamão, Porto Alegre e Região Metropolitana. Instigado a contar a história e dar informações sobre a cooperativa, Maicon explicou que a fundação foi em 30 de Novembro de 2013, e para entrar nela, os produtores têm que ter a documentação junto ao PRONAF, e como toda cooperativa, há uma cota-capital, de 5 mil reais, integráveis em até cinco anos. Sobre a última Festa do Peixe, respondendo a questionamento do vereador Ridi, o presidente disse que o evento deu prejuízo de 20 mil reais. Maicon disse que não deve haver discriminação, como julga estar havendo, contra a cooperativa pois ela é uma entidade, segundo ele, focada no desenvolvimento do meio rural. "Deveriam ir lá conhecer antes de falar qualquer coisa." RIDI QUESTIONA COOPERATIVA O vereador lembrou que as Festas do Peixe sempre foram realizadas pelos pescadores, como aliás, ocorre em outras cidades como Tramandaí. Em Viamão, no atual governo, surgiu a nova cooperativa e assumiu a festa. Ridi apontou que as festas anteriores fizeram mais sucesso. Maicon explicou que a entidade apenas se somou aos pescadores para arrecadar mais recursos, assim como entraram mais entidades. O vereador questionou como foi calculado o valor de 50 mil reais. EMENDA DO VEREADOR XANDÃO Xandão Gomes (PRB) apresentou emenda basicamente estabelecendo um sistema de controle e prestação de contas. A PALAVRA DA ASSENCARV O presidente da entidade, Magno Castro, foi direto: "Ano passado, o prefeito de Viamão mijou as escolas de samba dizendo, e desculpem a palavra, mas desse mesmo jeito. Dizendo que se as escolas não se organizassem o ano inteiro ele faria o Carnaval, e em Abril nos chamaria par a uma reunião para debater o Carnaval. Nós fomos o ano inteiro no gabinete para falar de Carnaval. E ele nos disse que era muito cedo para falar sobre isso. Aí agora, uma semana atrás, ele nos chama e diz: Olha, eu tenho cinco mil para cada escola de samba. Se vocês quiserem isso aí... se não quiserem eu vou fazer Carnaval de qualquer jeito. Agora faz Carnaval de qualquer jeito. Agora o dinheiro está preso na ASSENCARV neste projeto aí. Com que dinheiro vamos fazer Carnaval? Nós não vamos. E outra: ele ofereceu cinco mil reais para fazer cinco muambas. Cinco muambas, pedimos dez mil, ele diz não tem. Agora, está aí esses 25 mil para a Vila Isabel, e eu acho que ela é merecedora, representa nossa cidade, tem que ser valorizada mesmo, mas este prefeito não honrou nenhum fio de bigode, se é que tem bigode esse homem ai." VOTAÇÃO DO PROJETO Finalmente, entrou em votação a redação final da matéria. O vereador Ridi contou um histórico de governos que incentivaram (como o Tapir Rocha) e que negligenciaram o Carnaval (como o governo Pedro Antônio). Dédo também falou, dizendo que mesmo com todos os problemas e o autoritarismo, o governo Alex incentivou o carnaval mais do que o governo Bonatto. No fim, o projeto foi aprovado por unanimidade.
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O seu jornal na TV Na edição passada, este jornal apresentou ao grande público o caso da escola Guerreiro Lima, construída embaixo da rede transmissão em alta tensão de energia elétrica. O caso ganhou grande repercussão e na quinta-feira, dia 15, equipes de reportagem do SBT estiveram no local para fazer uma reportagem sobre o problema.
Eraldo: "O vocabulário do senhor está muito radical." No finalzinho da sessão de terça, o vereador Eraldo (PTB) resolveu dar uma resposta às declarações do presidente Dédo (PT), que havia falado sobre a desordem que toma conta das discussões do Legislativo feitas às pressas. Eraldo: "Uma coisa que aprendi é não levar recado para casa, e quero dizer para o meu presidente atual, que esta Casa nunca foi uma bagunça. E acho que o senhor deveria respeitar esta Casa, até porque se fosse uma bagunça, foi esta bagunça que o elegeu. Eu quero que o senhor leve isso para sua casa, para respeitar.. o vocabulário do senhor está muito radical. Por mais que o senhor esteja com vontade de trabalhar, continua trabalhando, acho que a gente tem que se respeitar, porque foi o PTB que te ajudou a se eleger presidente, e acho que os acordos tem que ser cumpridos. Fique com esta mensagem." Dédo respondeu dizendo que não foi eleito pelo PTB, e sim por Eraldo e Jorge Batista, mas o vereador Guguzinho não. "Não vou falhar nem hesitar por um momento", disse, afirmando que não fará as coisas "no afogadilho". "Quem achar que a hora está se excedendo, pode ir embora", afirmou, direcionando uma alfinetada aos vereadores que se irritam com o comprimento das sessões.
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Baltasar Molina molinaimoveis68@hotmail.com molinaimoveisrs.com.br
A MORTE DE MONTIEL Devoto, lenhador e carboneiro. Eu tinha uns sete anos quando conheci Montiel, ele era um vizinho que morava ao final da mesma rua que meus pais. Homem forte musculoso acostumado a vida de trabalhos pesados de lenhador e carboneiro. Era um homem que sempre tinha tempo para nos contar alguma história, principalmente dos bichos do mato. Caçava para mim e meus irmãos, filhotes de pássaros e de animais para os criar em nossa casa. Difícil e esquecer estes momentos de nossa vida. O tempo foi passando e cada um de nós da família foi fazer sua vida em um lugar. De tempos em tempos, voltava a visitar meus pais, e ia até o vetusto rancho de Montiel. A penúltima vez que o vi notei que o tempo também tinha passado para ele. Mas ainda apesar da idade avançada trabalhava, fato demonstrado por carreiros de lenha bem empilhadinhos e o forno de carvão fumegante, perfumando o ambiente do agreste lugar. Disse para mim que um dia pararia de trabalhar mas que ainda não era hora. Na realidade após tantos anos e a experiência adquirida, analisei o lugar em que estava, e pude sentir o barulho cristalino da água que manava entre as pedras formando uma pequena cascatinha que escorria até se confundir no remanso do córrego. O caminho por entre as árvores até a cascatinha já tinha uma depressão considerável de tanto ir e vir a buscar água e tomar banho. Na realidade ali estava escrita toda uma história de vida de um ser humano. Na beira do remanso dois caniços sobre um tronco inclinado de uma árvore muito antiga relembrando o tempo das pescarias de pintados e lambaris. Ele estava feliz me vendo relembrar as coisas do passado. Na hora da despedida, senti que realmente aquele homem forte do passado não tinha mais forças, para vencer a solidão fui embora com a certeza que em uma próxima vez ele já não estaria mais naquele lugar. Eu morava com minha família em outro país, aquela fronteira ficava distante pensar em voltar logo era difícil. Desta forma passou o inverno e também o verão. De quando em quando sentia saudade do lugar em que por tantos anos tinha vivido. Até que um dia surgiu a oportunidade de voltar quando já se passaram quatro anos da última vez. Pela primeira pessoa que perguntei a meus irmãos foi pelo velho Montiel. A resposta foi que estava ali no mesmo lugar de sempre. Que não fazia mais carvão nem vendia mais lenha. Mas que a pesar da idade estava muito bem de saúde. Perguntado por sua saúde, com um sorriso sempre respondia: gosto de estar no mundo em quanto Deus quiser. Já nos primeiros raios do sol da manhã encaminhei meus passos para o fim da rua. Logo na cancela, senti algo diferente, naquela hora a porta do rancho entreaberta, não sentia mas o ar impregnado do cheiro de fumaça, e o redondel onde se queimava o carvão era um lugar ermo e sem capim. Gritei duas vezes seu nome e o silêncio tomou conta de mim. Bati na porta, e nada olhei para a cascatinha e o mato e o caminho era todo solidão. Quando voltei a porta do outro lado, pude ver a Montiel de joelhos no chão, mas ou menos no meio da cama, suas mãos estavam com os dedos entrelaçados em sinal de cristiana oração e seu corpo inerte apoiado nos braços sobre a cama. Não existia outra verdade a vida tinha passado para ele. No último suspiro tinha se ajoelhado na frente da estatua de gesso de uma santa de cor preto descascada pelo tempo, que tinha sido companheira e protetora de toda sua vida. Num canto do rancho o apagado fogo de chão que jamais seria acendido por ele, uma treme , a chaleira e uma pequena panela de ferro de três patas silentes companheiros de toda a vida. No outro canto, a lenha seca que jamais arderia para ele e o feixe de gravetos sequinhos para iniciar o fogo. Testemunhos do duro trabalho de toda uma vida dois machados com o aço e cabos gastados pelo uso continuo de aquele que com certeza foi o último lenhador com machado.
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17 de Janeiro deJornal 2015Águas - jornalaguasclarasdosul.com.br 30 de Fevereiro de 2014 Claras do Sul
Saulo Fraga dos Reis Uma luz sobre a noite saulofragareis@gmail.com
Olá queridos leitores! Vou compartilhar com vocês amigos leitores todas as semanas, partes de poemas escritos por um amigo da nossa comunidade, que brevemente editara um livro com os seus poemas. Este amigo se chama FABIO ZACHER, morador aqui de Águas Claras, perto do condomínio Lagoa Branca. Começaremos com: "SEMEANDO SAUDADES" - Sua ausência semeou no meu coração a saudade em mim!..... "CARTAS DE TARÔ" - Para outra jornada de amor o destino que marcou nas cartas de Tarô, é que o futuro recomeçou logo após o teu adeus!..... "ANDARILHO" - Andarilho, já estas nas ultimas apresentações da tua vida, te apresenta nos grandes palcos das ruas, em que murmuras em um texto surrado apenas um muito obrigado e o aplauso vem de uma moeda de esmola que rebate nas palmas de tuas mãos encerrando mais uma apresentação do teu destino!.... Fabio Bacher. Aniversariantes: Na semana passada escrevi que o aniversario do João era dia 11/01, mas não. Dia 18/01/15 - João Anoir Cardoso também colhendo uma flor no jardim da sua vida. Parabéns índio veio. ERS 040-----ALÔ EGR ALÔ EGR É Gente amiga, e os buracos continuam. Mais uma vez vamos implorar para que a EGR de uma solução aos buracos que estão nas pistas novas construídas.Que estão esperando, que aconteça uma tragédia, quando alguém for desviar e capotar ou até mesmo colidir. Os buracos ficam na margem direita, quase fora da pista, se o condutor se descuidar, tá feito o estrago. Aguardo um pronunciamento da EGR, dentre tantos que já solicitei, estamos de OLHO?????????? ESPORTES: Estou de bronca com a FIFA, dia 12/01/15 foi realizado a escolha do melhor jogador de futebol, só que quem ganhou foi o Cristiano Ronaldo, é bom este portuga, mas a bronca mesmo foi por que a FIFA não deu uma passadinha aqui em Águas Claras para ver como nos temos bons jogadores, tanto quanto o RoRo, mas tudo bem, o ano que vem tem mais, vamos aguardar, e torcer. PIADINHAS Um homem chega de viagem e fica em uma pousada, ao entrar no quarto pega o celular e manda uma mensagem para sua esposa. Ao enviar ele troca um número e a mensagem vai para uma viúva que tinha acabado de sair do velório de seu marido. Ao ler a mensagem à viúva desmaiou, a mensagem dizia: Amor cheguei em paz, você vem na próxima semana, já reservei seu lugar! To morrendo de saudades, traz pouca roupa que aqui tá um calor infernal. " CONVERSA ESCLARECEDORA ANTES DO CASAMENTO Às vésperas do casamento, a mãe chama a filha para uma conversinha: - Bem, filhinha. Chegou a hora de lhe ensinar algumas coisas importantes no casamento. - Ai, que bom, mamãe. Estou precisando aprender mesmo. - Sabe, filha, sexo é uma coisa muito importante na vida de um casal. Você tem de saber o que pode dar mais prazer ao seu marido, como deve se comportar na cama, o que é certo e o que é errado fazer. E a filha logo fala: - Mãe, não perca tempo com isso não! Ensina-me como é que se faz arroz, feijão, bife à milanesa, café... Boa semana a todos. Que Deus nos abençoe.
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Mini Guia
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PTB anuncia saída do Governo Bonatto Executiva do partido decidiu deixar a base aliada, descontente com os rumos da administração municipal Em reunião plenária realiza-
mais concordar com essa manei-
da na noite da última quarta-feira
ra de governar Viamão e por isso
(07), a Executiva Municipal do
decidimos deixar a base aliada",
Partido Trabalhista Brasileiro
explicou Eraldo.
(PTB) anunciou a saída da legenda da base de sustentação do
Frente Trabalhista unindo a
Governo Bonatto, na administra-
oposição
ção municipal. A decisão foi toma-
Durante a reunião da Execu-
da porque o partido não concorda
tiva, Eraldo reforçou a necessida-
com os rumos que a administra-
de da criação de uma Frente Tra-
ção tem tomado nas questões re-
balhista, que una os partidos da
lativas ao desenvolvimento do
oposição nas próximas eleições
município e como tem encarado
municipais. Ele afirmou que an-
a necessidade de obras nas vilas
dando pela cidade, é comum en-
da cidade.
contrar pessoas insatisfeitas com
"Não concordamos com a
a administração comandada por
maneira como a cidade é admi-
Valdir Bonatto.
nistrada. E advertíamos a base
mentadas e isso nos preocupava.
ministração, que não foram execu-
quanto isso, vemos obras e as-
"A Frente Trabalhista é a
aliada. Não se pode governar
Não compactuamos com a maneira
tadas, e que isto foi alimentando certo
faltamento nas ruas nos amigos e
união de forças com o objetivo de
focado nos interesses de uma
como Viamão é governada e por isso
descontentamento entre os pe-
parceiros do prefeito. Já tínhamos
fazer Viamão crescer, mas com o
meia dúzia, priorizando obras e
decidimos sair da base aliada", jus-
tebistas.
criticado e cobrado que o governo
olhar voltado para a nossa comu-
ações que favoreçam um determi-
tificou Andréia Gutierres, presidente
"As vilas estão abandonadas. O
municipal fizesse algo para resolver
nidade, não para interesses eco-
nado grupo. Enquanto isso, nos-
municipal do PTB.
povo está abandonado e sofrendo,
os problemas das comunidades
nômicos ou pessoais. Temos que
sas vilas estão abandonadas. Nes-
Já o vereador Eraldo Roggia,
porque este governo não resolve os
mais pobres e afastadas. Não se
deixar de lado as vaidades políti-
tes dois anos, a administração
lembrou que desde o momento em
problemas básicos. Falta saneamen-
pode administrar uma cidade para
cas e caminhar juntos, pelo bem
Bonatto ainda não disse a que
que o PTB entrou para a base de
to, falta patrolamento. A iluminação
uma meia dúzia de amigos. O PTB
da nossa população que não pode
veio. As metas traçadas pelo pre-
apoio ao Governo Bonatto, o partido
pública está um caos. Os morado-
não concorda com isso. Chegamos
continuar sofrendo", concluiu
feito não estão sendo imple-
cobrava algumas correções na ad-
res sofrem com a baldeação. E en-
a um ponto em que não podemos
Eraldo Roggia.