ECOBAIRRO PRAIA DE IRACEMA DAU-CT-UFC | PU4 2015.1 | PROFESSOR: ALMIR FARIAS | EQUIPE: FÁBIO BOTELHO, MARCELA MONTEIRO, NATÁLIA MEDEIROS, NATÁLIA MOURA
SUMÁRIO 01 // 02 // 03 // 04 // 05 // 06 // 07 // 08 // 09 // 10 //
introdução princípios e diretrizes estudo preliminar projeto para o subsistema viário e de transporte público projeto para o subsistema de espaços livres projeto para o subsistema de equipamentos públicos comunitários projeto para o subsistema de mobiliário urbano masterplan conclusão referências bibliográficas
01 // INTRODUÇÃO
praia de iracema // módulo 03: sistemas de infraestrutura verde
A Praia de Iracema possui uma interessante diversidade social. Enquanto encontramos prédios de alto gabarito e poder aquisitivo alto, também nos deparamos com construções antigas sem saneamento básico. Tal segregação, não obstante econômica e social, também pode ser vista fisicamente: ao passo que a região mais abastada possui praia destacada com calçadão e ampla visitação, na parte da comunidade do Poço da Draga existe a ocupação irregular de indústrias e consequente estrangulação do centro da mesma. Para sanar tais defeitos e encontrar uma reforma social adequada, a disciplina de Projeto Urnanístico 4 busca uma proposta de Ecobairro para tornar mais sustentáveis os vários aspectos urbanos da Praia de Iracema. Partindo do estudo do que seria o Ecobairro e quais suas leis, a equipe buscará fazer um levantamento da área de estudo para poder saber em quais áreas deverá realizar intervenções mais incisivas e em quais é possível correções em menor escala. Tomando por ideia inicial a Sustentabilidade, entende-se o Ecobairro como sendo a proposta urbana o mais sustentável possível. Para isso, estudar-se-á as diversas facetas do conceito e suas subclassificações: sustentabilidade ambiental, cultural, econômica e social. Ambiental no sentido mais clássico do termo, de presevação do verde. Cultural ao perceber a resiliência e consolidação das práticas do bairro. Econômica pela possibilidade de atuar de forma menos onerosa e trazer consigo maior aproveitamento. Social pelo défict de urbanidade encontrado e em busca de soluções. Tendo passado pelos módulos 1 e 2, nos quais foram feitas análises, respectivamente, das condições urbanas preexistentes e das possibilidades de conceito aplicado das subdivisões de sustentabilidade, nesta etapa são requeridas elaboração de diretrizes e propostas concretas para o Ecobairro, atendendo minimamente os subsistemas viário, de espaços livres e equipamentos comunitários, além de outro de escolha da equipe (no caso, o de mobiliário urbano). Após dar justificativas, procurar soluções e propor alternativas viárias de Ecobairro, propor-se-á um Masterplan que indique de modo geral como se encontrará a Praia de Iracema após a reforma, bem como as concluões tiradas dessa intervenção.
equipe: fábio botelho, marcela monteiro, natália medeiros, natália moura projeto urbanístico 4 _ ufc 2015.1 | prof. almir farias
02 // ECOBAIRRO
praia de iracema // módulo 03: sistemas de infraestrutura verde
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ECOBAIRRO a Praia de Iracema hoje é um bairro extremamente segregado. além das diferentes tipologias e costumes exercidas pelos moradores, há ainda descaso da Administração no tocante à ausência de políticas públicas em sentido oposto e atuações que vão contra o objetivo do Ecobairro.
Parte fundamental da implantação de passeios e requalificação das vias principais, as ciclovias são o início de uma nova forma de ver a cidade e como se deve adequar os fluxos de acordo com as determinações da proposta do Ecobairro.
nesse cenário, há certa identidade internamente aos grupos de moradores da região, porém tal unidade não existe em escala macro.
O Ecobairro busca dialogar com a Praia de Iracema criandos edificações de densidade e tipologia variadas de acordo com o local e visando o alcance do fator verde.
Participação Integrada com o fim de promover a integração e zelarem os moradores pela conservação do Ecobairro como um todo, faz-se necessário a criação de uma Associação participativa com membros entre os diferentes grupos componentes. os diversos espaços ressignificados do projetos devem ser estudados pela Associação e aproveitados com atividades de lazer, conscientização, desporto, e promoção da vida em comum e em integração com a terra, congregando assim todos os aspectos de autonomia e sustentabilidade a que o Ecobairro se propõe para satisfazer a região. Social, pois busca trazer identidade e urbanidade entre os diversos atores da sociedade, aproveitando ao máximo as potencialidades que o bairro oferece.
utilização de espaços ressignificados: vazios urbanos convertidos em hortas, crecher, lavanderias, palcos, salas de aula, etc.
Ambiental, pois resgata os valores de preservação e conservação do ambiente, usando da aplicação do fator verde como norte para as reformas locais.
Econômica, pois promove diversidade diversificação e mistura com o fim de otimizar a densidade do bairro com o fim de facilitar sua manutenção.
Cultural, eis que o respeito da memória cultural resiliente da região é a maneira mais fácil de comungar o Ecobairro com os moradores.
A proposta do Ecobairro passa necessariamente pelo caminho da Sustentabilidade. Esta, por sua vez, deve ser demonstrada pelos aspectos da Sustentabilidade Social, Ambiental, Econômica e Cultural.
O Ecobairro deve estimular a criação de Associação entre seus membros, com o intuito de promover atividades conjuntas bem como resolver com maior eficiência os problemas surgidos.
Poderão ser criados pólos de subdireção da Associação, mas sem caráter segregacionador, com participação integrada dos membros oriundos de outras sedes.
SITUAÇÃO ATUAL: SEGREGAÇÃO REGIONAL
SITUAÇÃO IDEAL: SUBDIVISÃO ADMINISTRATIVA INTEGRADA
02 // PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
sustentabilidade social
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sustentabilidade econômica
sustentabilidade ambiental
sustentabilidade cultural
princípios
princípios
princípios
princípios
ações que visam melhorar a qualidade de vida da população local, diminuindo as desigualdades, garantindo acesso aos serviços de saúde, educação, lazer, procurando sempre promover uma autonomia e participação da população nas decisões tomadas para o bairro.
práticas que visam o desenvolvimento econômico, com lucro e renda, mas que preserve o meio ambiente para garantir recursos naturais para as gerações futuras, tabalhando sempre com novas energias e aprimoramento da tecnologia em benefício social.
preservação e manutenção de um meio ambiente viável para sociedade presente e sociedade futura, garantindo qualidade de vida e desenvolvimento social e econômico zelando pelo cuidado com os recursos naturais, como a flora e fauna.
abordagem presente no desenvolvimento sustentável, que procura trabalhar como é encarada a preservação dos recursos naturais e as medidas que podem ser tomadas para a que a sociedade adquira e construa um mundo sustentável.
diretrizes
diretrizes
diretrizes
diretrizes
participação popular democática
utilizar fontes de energia limpa
ampliar cobertura vegetal
preservação cultural
ZEIS (poço da draga)
preservar recursos naturais
reduzir emissão de gás carbônico
manutenção da identidade local
infraestrutura ao poço da draga
utilizar materiais sustentáveis
sistema de áreas livres
resignificar espaços subutilizados
projetos educativos e sociais
trabalhar a economia do bairro
mapeamento de áreas verdes
resiliência dos galpões
inclusão social
turismo sustentável
priorizar pedestre e ciclista
adquirir valores sustentáveis
mistura tipo-morfológica
equipamentos que promovam retorno para o bairro
educação ambiental
desenvolvimento integrado
aumentar eficácia do transporte público
absorção do novo
espaços para a comunidade
02 // PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
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Sustentabilidade Social o ecobairro da Praia de Iracema parte de grande número de estudos interdisciplinares e considera como um dos conceitos primordiais a capacidade de autonomia da região no que diga respeito ao sentido urbano. considerando a sustentabilidade num viés social, encontramos em toda a zona da Praia de Iracema, Poço da Draga e oeste do Meireles grande número de lotes urbanos que encontram-se em estado de subutilização, gerando assim conflito com as normas de regulamentação municipal do direito à cidade bem como com a norma constitucional de proteção à função social da propriedade. assim sendo, é elementar na proposta de requalificação e mudança desses vazios urbanos para áreas de integração e usufruto da cidade, dando-lhes um significado e agregando valor de civilidade a antiga comunidade do Poço da Draga, que possui mais de 100 anos, encontra-se em estado de semiabandono por parte da municipalidade. apesar das práticas locais mostrarem certa unidade e integração por parte dos moradores da mesma, é certo que ela se encontra marginalizada do resto da população fortalezense e é preciso criar medidas para solucionar tal mal. É ainda de interesse a conversão da região como ZEIS, para melhor proteger os interesses das comunidade e evitar intervenções que desvirtuem sua identidade histórica. de fato, partindo da unidade de associação dos moradores locais é possível a existência de ações conjuntas no sentido de transformar a região em área de parque se abrindo para a praia e para o resto da cidade. Área de Preservação - Praia
Construções não-alteradas
Zonas de Convívio Ressignificado
Ressignificações Prediais
Rua de Uso Flexível
a proposta visa interligar todo o litoral transitável de Fortaleza, retirando impedimentos ilegais (conforme o plano diretor) lá instalados e reciclando alguns deles para equipamentos de Ecobairro. O canteiro de obras do Acquario e as fábricas confinantes poderiam perfeitamente serem substituídas por equipamentos tais como Casas de reciclagem, creches, aulas práticas sobre conceitos ecológicos e a vida social, enfim, tornar possível que o Poço da Draga se torne parte integrante e dialogante para o Município. a parte em amarelo do gráfico ao lado nos mostra grande invasão de zona terminantemente proibida de edificação, perante o que a proposta aqui apresentada torna claro o interesse em abrir tais zonas para a fruição dos lotas outrora confinados. a zona em laranja traduz justamente quais espaços se consideram “sagrados” para o desfrute da urbanidade. O Centro Cultural do Dragão do Mar e a Caixa Cultural representam importantes partes neste processo. em consideração à zona interior à comunidade, temos certa concentração de moradias próximas as vias principais, todavia para perfeita abertura da área em forma de praça/parque à cidade há que se considerar a possibilidade de parte das ocupações centrais serem convertidas em edificação periférica com densidade maior e verticalizada. quadras já construídas poderim ser aproveitadas para o convívio e as atividades locais, tudo com grande integração com o projeto de ciclovias, bem como se ressalta a importância do píer como frequente ponto de congregação dos moradores locais.
como parte da proposta de ressignificação temos os lotes mostrados acima, localizados no cruzamento das ruas José Avelino e Historiador G. Aves, e na Rua Monsenhor Tabosa, respectivamente, o lote maior com proposta de transformação de galpão em espaço público coberto, propício para reuniões e eventos comunitários, e o lote menor com proposta mais simples mas igualmente integrado como Ecobairro.
resignificação predial zona de convívio resignificado construções não-alteradas área de preservação - praia
02 // PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
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Sustentabilidade Ambiental Os parques urbanos planejados representam uma área verde considerávelpara o bairro e exercem tanto influência climática quanto como econômica nos lotes próximos. Esses lotes terão uma diminuição na sensação térmica e um aumento na qualidade do ar. Assim, propoem-se uma implementação do coeficiente verde, taxa verde que cada lote deve respeitar para que o bairro tenha uma maior cobertura vegetal.
Para alcançar a cobertura vegetal total desejada no bairro, 30% da área total do lote deve ser destinado como área verde, seja ela em forma de quintais, varandas, tetos verdes ou qualquer outra tipologia. Estudo de aplicação do coeficiente verde de 30% nos lotes de uso misto localizado na Rua José Avelino:
Os parque são considerados no cálculo do coeficiente verde do bairro, por isso sua área de influência noslotes próximos, podendo suas áreas verdes serem menores ou até inexistentes. Implantação de um desenho de rua mais amigável ao pedestre, onde ele é a prioridade. Através de um traffic calming na Rua dos Tabajaras aumentando-se os passeios, implantando uma ciclovia, plantando vegetação e mantendo o nível do passeio, o veículo perdeu a prioridade. Priorizar outros modais de locomoção. No caso da Av. Beira Mar por meio da mudança do sentido do estacionamento foi possível implantar uma ciclovia e aumentar o passeio de modo que tanto o pedestre quanto o ciclista ganhassem mais espaço.
Passeio
Veículoss
1,8m 8m Corte Rua dos Tabajaras atualmente
Corte Rua dos Tabajaras atualmente
Passseio
Passeio
Veículos Mobiliário
Parques urbanos
Corte Av. Beira Mar atualmente
Ciclovia
Passeio
Mobiliário
Corte Rua dos Tabajaras proposto
1,8m
3m
Passseio
Veículos Mobiliário
Ciclovia Mobiliário Estacionamento paralelo
Passeio
Passseio
0,8m
3m
Veículos Mobiliário
Corte Av. Beira Mar proposto
0,8m 1,2m
2,8m
Estacionamento angular
Passeio
02 // PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
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equipe: fábio botelho, marcela monteiro, natália medeiros, natália moura projeto urbanístico 4 _ ufc 2015.1 | prof. almir farias MAPA 01. Mapa com zoneamento dos vazios urbanos e espaços livres existentes.
Sustentabilidade Cultural com relação à sustentabilidade cultural, um dos eixos principais que estabelecemos para o desenvolvimento do Eco-bairro na Praia de Iracema, pretendemos ressaltar alguns conceitos, tais como resiliência, autonomia, capital cultural, serviços de compartilhamento, processo como projetocaso da resilência, que entende-se como a capacidade do indíviduo e/ou espaço urbano de lidar com problemas, superar obstáculos, resistir a pressões. aqui reconhecemos sua forte relação com a questão da resistência, característica do bairro Praia de Iracema, pelo sua conformação e permanência histórica, seus edifícios e espaços que resistem no tempo, como é o caso da antiga Ponte Metálica e o antigo Iracema Plaza Hotel. paralelamente a isso, observamos a degradação destes ambientes, assim como a existência de espaços residuais. diante destas questões, procuramos mapear alguns espaços do bairro, a fim de resignificá-los, a partir dos principios estabelecidos para a construção de um eco-bairro.
[1] vazios urbanos subutilizados, formados por antigos galpões que serão reutilizados para servir o eco-bairro de equipamentos para compartilhamento e socialização, tais como lavanderia e garagens coletivas, locais para conhecer e se fazer reciclagem, conhecer novas formas de captação de energia limpa, etc. [2] vazios urbanos residuais ou sem ocupação, onde, neste caso, pretentemos ampliar a área livre verde do bairro, com a construção de novas praças e parques, bem como locais para horta urbana comunitária, captação de energia solar limpa. Ou seja, seu principal objetivo é servir para fortalecer a cobertura vegetal do bairro, como um ‘pulmão’. [3] espaços livres com praças ou calçadões. aqui só procuramos deixar exemplificar o que existe hoje no bairro, ressaltando a falta de espaços verdes e/ou sua distribuição não heterogênea, estando muito concentrado em alguns lugares, em detrimento de outros.
Alguns exemplos de intervenção e propostas são: [1] desapropriação da INACE para implementação de um equipamento público de uso comunitário e educacional, afim ocupar a área com uma atividade compatível ao seu valor paisagístico e imobiliário. Pretendemos fazer a adequação dos galpões para abrigar serviços de reciclagem, lavan deria, escolas voltadas para o entendimento sustentável de se viver e manter um eco-bairro.
com isso, podemos observar os outros conceitos aqui utilizados que nos serviram como base para o desenvolvimento de nossas propostas, como é o caso do entendimento do processo do funcionamento do eco-bairro(no caso das escolas de reciclagem e energia limpa), e consequentemente autonomia que isso geraria.
[2] adequação da feira de confecção da Rua José Avelino, afim de dá umamovimentação da região durante o dia e organizar as barracas dos feirantes, através de mobiliário flexível e sustentável.
* *
** *
* *
**
*** * * *
edificações com valor patrimonial histórico
vazios urbanos subutilizados
cobertura verde existente
vazios urbanos residuais ou sem ocupação
vias arteriais de conexão com a cidade
espaços livres com praças ou calçadões
vias coletoras do bairro
MAPA 02. Mapa com zoneamento dos espaços livres propostos a partir do existente.
1
[4] reabilitar o uso de prédios históricos, aproveitando também sua infra-estrutura existente e reafirmando o marco histórico do bairro. [5] recuperação da foz do riacho Pajeú, visando a melhoria ambiental e paisagística.
ampliando a cobertura vegetal através da arborização.
[6] criação de um espaço livre no terreno da INACE, com liberação da visual do mar e utilização da área subutilizada. [7] aumentar a cobertura verde do bairro, com implementação de hortas urbanas comunitárias e ampliação da arborização de vias e passeios.
área de intervenção Eco-bairro Praia de Iracema
APP do riacho Pajeú
pontos culturais de lazer
[3] aproveitamento de imóveis vazios ou subutilizados, com o aproveita mento da infra-estrutura existente.
então, procuramos dar novos usos a estes espaços, principalmente no que diz respeito a transformá-los e resignificá-los em áreas livres verdes, tais como praças e hortas comunitárias.
os novos usos dos edifícios subutilizados são escolhidos a partir dos conceitos e principios que determinamos.
* * ** * *
*
LEGENDA:
a partir do mapeamento de equipamentos culturais e de espaços livres existentes, podemos nos preparar para ampliá-los e fazer uma melhor distribuição destes. assim como no caso da arborização e cobertura vegetal do bairro, que, assim como toda Fortaleza, ainda é muito pouca.
asustentabilidade cultural está ligada ao reconhecimento das potencialidades do bairro afim de buscar uma maior eficiência deste, através da sua conformação como um eco-bairro.
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* * ** * *
6
* *
5
**
3
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*
* *4
3
*** * * *
7 7
LEGENDA:
* *
edificações com valor patrimonial histórico pontos culturais de lazer área de intervenção Eco-bairro Praia de Iracema
APP do riacho Pajeú
ampliação da cobertura verde
reutilização de edifícios subutilizados para implantação de equipamentos
vias arteriais de conexão com a cidade
ampliação dos espaços livres verdes
vias coletoras do bairro
02 // PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
praia de iracema // módulo 03: sistemas de infraestrutura verde
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Masterplan o desenho abaixo corresponde à proposta em croqui do Masteplan, na qual se destaca a reforma da orla da Praia de Iracema bem como a nova utilização do calçadão mais de frente ao mar. ressalte-se a retirada de alguns obstáculos, como o prédio mais horizontal do INACE, ao passo que alguns outros são mantido com intuito de ressignificação. as ruas José Avelino e Monsenhor Tabosa ganharão a inserção de novas tipologias de prédios com térreo comercial mais até três pavimentos com unidades residenciais. estas unidades deverão atender à proposta de devolução do coeficiente verde uma vez retirados do solo, através de medidas sustentáveis como a inserção de teto-verde além de outras medidas com impacto similar. ao final da rua, podemos notar a transformação em parque de áreas subutilizadas, como forma de promover a sustetabilidade social e urbana do local. o projeto de passeios será integrado com um sistema de ciclovias pelas ruas principais, tendo destaque a nova funcionalidade da rua dos Tabajaras, representado de igual tonalidade do calçadão da praia, no qual se destinará uso reservado para pedrestres em período adequado
06 // masterplan
praia de iracema // módulo 02:
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Corte Atual, Rua José Avelino.
Corte Proposto, Rua José Avelino, após a inserção das tipologias mistas. N 100m
Área de Intervenção
Edificações Ressignificadas
Ampliação de Cobertura Verde
Rede de Ciclovias
03 // ESTUDO PRELIMINAR
praia de iracema // módulo 03: sistemas de infraestrutura verde
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Zoneamento um ecobairro deve promover um desenvolvimento economicamente sustentável, em que haja diversificação e mistura de usos e de tipo-morfologias, procurando sempre uma densidade ideal, que possa ser mantida pelos equipamentos e infraestrutura do bairro, para gerar a maior economia possível.
ZPA 1 Zona de Preservação Ambiental Proposta de mixagem de alturas
ZPA 2 Zona de Preservação Ambiental Faixa de Praia ZO 3 Zona de Orla
para trabalhar a sustentabilidade com essa diretriz, é necessário que um estudo adequado da densidade urbana, trabalhar com a complexidade e variedade de morfologias e tipologias arquitetônicas e procurar otimizar as redes de abastecimento e infraestruturas urbanas.
N 100m
inicialmente, ao analisar o zoneamento da área, verifica-se três zonas: zona de preservação ambiental, zona de preservação ambiental (faixa de orla) e zona de orla. zona de preservação ambiental
zona de orla
índice de aproveitamento básico: 0,0 índice de aproveitamento máximo: 0,0 índice de aproveitamento mínimo: 0,0 taxa de permeabilidade: 100% taxa de ocupação: 0,0 altura máxima da edificação: 0,0
índice de aproveitamento básico: 2,0 índice de aproveitamento máximo: 2,0 índice de aproveitamento mínimo: 0,25 taxa de permeabilidade: 25% taxa de ocupação: 60% taxa de ocupação de subsolo: 60% altura máxima da edificação: 48m
* Plano Diretor Participativo 2008 Zoneamento Urbano
03 // ESTUDO PRELIMINAR
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Densidade para começar a trabalhar com variações de densidade, procura-se a densidade ideal para a Grande Praia de Iracema, para ter uma média com as densidades já existentes. como a região analisada abrange, além de todo o Bairro da Praia de Iracema, parte do Bairro Centro e parte do Bairro Meireles, procura-se obter uma média a partir das densidades já sabidas. assim, temos para a Grande Praia de Iracema uma média de 8.963 habitantes, numa área de 1,32 km², obtendo, então, uma densidade demográfica média de 67,90 hab./ha. Valor de densidade superior ao do bairro Centro, contudo, inferior a do bairro Praia de Iracema e Meireles. analisando mais detalhadamente o bairro, ainda podemos trabalhar com densidades médias por quarteirão, que será mais precisa e significativa, como apresentada no mapa abaixo.
IDH
ÁREA
POPULAÇÃO
DENSIDADE DEMOGRAFICA
CENTRO
0,556
5,45 km²
24.775 hab.
45,4 hab/ha
PRAIA DE IRACEMA
0,72
0,51 km²
3.130 hab.
90 hab/ha
MEIRELES
0,953
2,58 km²
36.982 hab.
120,7 hab/ha
assim, tenta-se propor trabalhar com uma variação de densidade ideal pensando em trazer mais pessoas para morar na Praia de Iracema, abrangendo uma infraestrutura completa, que possa absover o contigente crescente, de um bairro já consolidado mas que está em constante processo.
Média densidade demográfica ATUAL
Média densidade demográfica PROPOSTA
Baixa densidade demográfica Média densidade demográfica Alta densidade demográfica
N 100m
N 100m
* Valor relativo a densidade demográfica da Grande Praia de Iracema
03 // ESTUDO PRELIMINAR
praia de iracema // módulo 03: sistemas de infraestrutura verde
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Uso do Solo para poder trabalhar a mixagem de usos, primeiro se analisa a predominância dos usos ja existentes e como eles se relacionam e interagem. no mapa, fica claro uma separação entre três principais setores na Grande Praia de Iracema: equipamentos culturais, bares e restaurantes; comércio e residência. é visível uma predominância de zonas residenciais, outras comerciais e outras ainda voltadas para o lazer e diversão, com bares, boates e restaurantes. apesar dessa variedade, ainda podemos encontrar espaços que não estão cumprindo suas funções sociais: áreas residuais. na rua José Avelino e na rua Monsenhor Tabosa, predomina o comércio, tendo pouquíssimas residências nessa área, que só vão aparecer com mais frequência já próximo ao bairro Meireles. na rua Tabajaras, próximo à praia, encontramos grande variedade de bares, restaurantes e casas de show, assim como próximo ao equipamento cultural Dragão do Mar. o zoneamento sem a mixagem de usos prejudica toda uma região da cidade, e isso ocorre na Praia de Iracema, que apresenta uma separação rígida de funções e equipamentos que não interagem entre si e muitas vezes funcionam como um limite não visivel. assim, essa própria conformação, de um forte zoneamento, com a ausência de mixagem de usos é, também, responsável por uma conformação urbana que gera áreas de intensos fluxos durante certos períodos e e ausência quase que completamente em outros, como a região próxima ao Dragão do Mar, onde encontram-se diversas boates e estacionamentos.
Comércio Residêcia Equipamento Cultural Bares/ Boates/ Restaurantes Instituições Públicas Áreas Verdes Públicas N 100m
Espaços Residuais
03 // ESTUDO PRELIMINAR
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para modificar as densidade e trabalhar com a mistura de usos, para proporcionar um bairro mais agradável, sempre movimentado, convidativo e utilizado, procura-se trabalhar em regiões separadas, para proporcionar maior detalhamento. tratando de aumentar as densidade nas regiões desejadas, para que a densidade do bairro aumente de forma planejada e equilibrada, pensando na infra-estrutura local e nos equipamentos já existentes. Pode-se perceber que o bairro em questão é favorecido, quanto a quantidade de ônibus e diferentes linhas que passam no local. entretanto, muitas calçadas estão em péssimo estado de conservação e a falta de arborização é outro fato que desfavorece a estrutura local. para trabalhar com misturas e diversidades tipo-morfológicas, procura-se valer de diferentes alturas numa mesma regiao e mesclar os diferentes tipos de uso do solo, que estão separados atualmente. o bairro conta com diversidade, contudo, ainda não possui uma característica mista que possa fornecer prazer e interação entre os moradores e os usuários.
SETOR 1: Área de Preservação Ambiental Por ser uma área de preservação, os coeficientes de construção continuarão a zero, com permeabilidade de 100%, além de um trabalho de revitalização do rio e dos equipamentos de lazer na praia, como a ponte. SETOR 2: Rua dos Tabajaras + Beira Mar Região trabalhada principalmente para o lazer e diversão, a rua dos Tabajaras encontra-se próxima a faixa de praia. Então, na região mais próxima procura-se evitar a verticalização, mantendo a altura atual, enquanto que no quarteirão mais afastado, procura-se mixar os usos, que atualmente predomina bares, restaurantes, e comercio, para inserir residencias, sem procurar aumentar mais que 3 pavimentos. SETOR 3: Poço da Draga + INACE Região delicada, por apresentar habitações irregulares, sempre em conflito com um estaleiro que há muito vem se expandindo. Nesse local o objetivo é tranformar a comunidade em uma ZEIS, oferecendo a ela recursos para que se mantenha no local. Retirar parte do estaleiro INACE, que privatiza a praia, para que possa ser utilizada por toda a população. Tem-se já uma região consolidada, que a verticalidade é indesejada. SETOR 4: Av. Pessoa Anta + Av. Historiador Raimundo Girao Avenida com o predomínio de comercio, pouca habitação, ou outros equipamentos de lazer. Nessa região, a verticalização, é incentivada, mas com uma mixagem de usos, tendo comércio no térreo e residências nos andares superiores. Trabalhando com uma infra-estrutura ideal, que procure incentivar o uso de transporte público e não motorizado e assim densificar de forma equilibrada. SETOR 5: Rua José Avelino A rua José Avelino e Monsenhor Tabosa são marcadas pelo comércio. A proposta é de mixar os usos construindo residência sobre o comércio, com até 3 pavimentos. Assim aumentar a densidade e a utilização da rua para habitantes, retirando a feira e preservando o calçamento (patrimôno, na José Avelino) com um outro tipo de uso da rua. SETOR 6: Rua Historiador Guarino Alves Região já consolidada, que possui comércios e residência, contudo, começa a se verticalizar, sendo o desejado.
N 100m
SETOR 7: Rua Idelfonso Albano Região de crescente verticalização, mas com um forte zoneamento, que pode ser mesclada as outras regiões do bairro.
04 // SISTEMA VIÁRIO
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Sistema Cicloviário
Sistema Rodoviário
Sistema Metroviário
A proposta do sistema viário congrega desde os não motorizados quanto os sistemas públicos de metrô e ônibus, trabalhando assim na sua expansão e integração para melhor atender a população. O sistema Bicicletar, que encontra-se em expansão na cidade deverá ser ampliado das três estações já existentes dentro do sistema cicloviário encontrado, além da previsão da criação de bicicletários como ponto de encontro entre o sistema de mobilidade e o de mobiliário urbano. A Rua Pessoa Anta é contemplada com sistema binário sendo previsto a sua expansão para as vias continuadas, para melhor desempenho do sistema rodoviário. Em relação ao metrô, este integra a Linha Litorânea prevista no plano Fortaleza 2030 e sua importância urbana traz duas paradas no trecho do projeto.
04 // SISTEMA VIÁRIO
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Garantir a priorização do pedestre e do ciclista através de um novo desenho de rua mais amigável e seguro, com calçadas mais largas, ciclovias recuadas da pista de rolamento e a implantação de um traffic calming na Rua dos Tabajaras com uma faixa de vegetação e mantendo o nível do passeio na pista de rolamento. O veículo perde a prioridade pois deve-se manter atento e com reduzida velocidade durante todo o trajeto. Assim como perde seus estacionamentos paralelos. A rua ganha um aspecto mais humano e ao mesmo tempo mais verde e sustentável. O fluxo que é direcionado para aquela área é o de pessoas à pé ou de bicicleta, e através dos espaços livres e equipamentos propostos as pessoas são incentivadas a adotarem hábitos de vida sustentáveis.
Passeio
Veículos Mobiliário
A conexão entre as propostas do ecobairro são feitas preferencialmente pelas calçadas mais largas e ciclovias mais seguras e contínuas.
Ciclovia
Passeio
Mobiliário
Corte Rua dos Tabajaras com traffic calming 3m
0,8m
0,8m 1,2m
3m
Corte Rua dos Tabajaras com traffic calming
2,8m
Otimizar a rede de transporte públicos já existente e alimentador do bairro através da implantação de corredores exclusivos de ônibus em ambas as direções e conectando-se com os corredores exclusivos a serem implantados na Av. Abolição e no Centro. Através do corredor exclusivo diminui-se o tempo de viagem dos ususários, assim como a emissão de gás carbônico produzido pela constante troca de marchas. A eficiência que o corredor exclusivo de ônibus trará acarretará em um maior fluxo de público para os espaços livres e equipamentos propostos para o bairro, fazendo assim da área um pólo de conhecimentos sobre a sustentabilidade da cidade a ser expandido.
Passeio
Veículos
Veículos
Ônibus
Ciclovia
Passeio
Mobiliário
Corte Avenida Pessoa Anta com corredor exclusivo de ônibus 4,2m
A melhoria no transporte público significará melhoria na qualidade de vida de toda a população da cidade.
Ônibus Mobiliário
0,3m
12m
0,3m 1,2m
4m
Corte Avenida Pessoa Anta com corredor exclusivo de ônibus
05 // ESPAÇOS LIVRES
praia de iracema // módulo 03: sistemas de infraestrutura verde
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O aspecto paisagístico, mais do que embelezar de forma gratuita a Praia de Iracema pode ser utilizado como ferramenta para alcançar metas paraprojetuais. Neste subsistema deverão ser efetuadas mudanças físicas para assegurar o exercício regular do Direito à Cidade bem como da livre manifestação de urbanidade de forma igualitária tanto pelos moradores da Comunidade do Poço da Draga como dos terrenos a Leste, no sentido de encontro com o bairro Meireles. Partindo da expansão do calçadão possibilitada pela remoção das indústrias irregulares na costa referente ao Poço da Draga, o projeto visa trazer zonas conectadas de interesse bem como comunicar-se com o Dragão do Mar e valer-se dos Traffic Calming , ciclovias, equipamentos e mobiliários públicos propostos nos outros subssistemas para fazer valer a máxima da sustentabilidade social, qual seja, o máximo aproveitamento das potencialidades urbanas, além de ser igualmente sustentável no âmbito ambiental ao devolver áreas verdes, vegetação e manutenção das árvores e ecossistema local, além da recuperação da praia cujo nível de edificação por lei deverá ser zero.
1
3
2 Masterplan: Área de Atuação e Resultado A área da Praia de Iracema possui interessante potencial de desenvolvimento humano desperdiçado. Os locais em verde são os que receberão efetivamente tratamento destinado a aprimorar o sistema de Espaços Livres do Ecobairro proposto, enquanto as linhas em vermelho são os fluxos de circulação intensa não-motorizada esperada após a inserção dos tratamentos mostrados ao lado. As intervenções (1), (2) e (3) do plano finalizado são mostradas abaixo, sendo esmiuçadas nas páginas que seguem, e indicam respectivamente as intervenções feitas nas casas e na região central do Poço da Draga, nos terrenos subutilizados da rua José Avelino e do Calçadão da Praia de Iracema. 1
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06 // ESPAÇOS LIVRES
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Intervenção no Poço da Draga:
Concretizando os ideais de sustentabilidade social e ambiental, propõe-se intervenção para a zona central do Poço da Draga com intuito de tornar mais convidativo o passeio pelos seus arredores e devolver área verde à natureza. Dentre os atuais problemas da comunidade atualmente, temos (1) a ocupação irregular da zona de interesse de remodelagem, (2) a existência de construções irregulares nas áreas de orla, em desconformidade 2 com a LUOS e o PDP de Fortaleza, bem como o (3) descaso no cuidado com o riacho Pajeú. A região do Poço hoje encontra-se utilizada apenas pela população residente. Embora entre eles haja um sentimento de unidade e resiliência no que diz respeito às construções mais antigas, é consenso que prejudica o aproveitamento social as ocupações irregulares no seu centro relacionadas com atividades não condizentes com o dia-a-dia da comunidade. Tão grave quanto, temos empresas como a INACE privatizando área que em tese deveria ter zero de ocupação e 3 limitando o uso da praia pela comunidade, que é obrigada a utilizar apenas a faixa de praia no sentido leste, devido à poluição gerada pela empresa e a limitação real do direito de circulação na região. Estrangulado pelas atividades centrais e litorais, o riacho Pajeú emerge em pequeno trecho na região interior da comunidade e encontra-se poluído e não tratado, trazendo riscos à população bem como perdendo efetivo potencial urbano que passa a ser estudo das propostas aqui levantadas.
Dragão do Mar:
Remoções:
Praça:
Riacho Pajeú:
Resiliência:
Importante centro cultural utilizado pelos moradores locais, o local passa, após a abertura proposta, a ser mais próximo em diálogo e como gerador de visitação para o mesmo.
A liberação da costa aumenta a liberdade de uso e fruição da cidade por parte dos moradores e melhora o cerne ambiental da região. Percebe-se que a pequena área hoje destinada ao Poço representa segregação inaceitável, logo a abertura ressalta o sentimento de urbanidade e age proativamente para a melhoria da região. Ressalte-se a expansão do calçadão e a reutilização de prédio existente em prol da comunidade.
A inserção de área verde modifica o paradigma atual da comunidade do Poço da Draga. O desenho propõe-se a dar charme ao local e através da visitação de populações de outras localidades cumprir o auspício de urbanidade o qual hoje a comunidade é carente.
No trecho em que emerge no Poço da Draga, o riacho é circundado pelos passeios e torna-se integrante da paisagem local, sendo continuada o seu curso por baixo da expansão do calçadão desembocando no mar.
Percebendo a consolidação das construções tradicionais do Poço e a ausência de serviços públicos de qualidade propõe-se a expansão das zonas de Traffic Calming em todas as vias que circundam a comunidade bem como o tratamento sanitário e das vias para pedestres.
06 // ESPAÇOS LIVRES
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Intervenção na Rua Avelino: Um clássico caso de subaproveitamento das capacidades urbanas é exatamente o trecho final da Rua José Avelino. Construções abandonadas e terrenos subutilizadas com fins de especulação imobiliária impedem o desenvolvimento de um Ecobairro no sentido de limitar o uso pelos seus moradores e desestimular o transeunte de explorar e conhecer a pé as potencialidades do local. A rua José Avelino hoje é bastante estreita após passar pelo Dragão do Mar e é comum relatos de assaltos devido ao seu pouco uso e falta de iluminação.
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Vegetação:
Galpão:
Praça:
Abertura:
Interesse Social:
A renovação da praça na rua José Avelino conta com a manutenção da maior parte da vegetação espontânea da região subutilizada, com a manutenção das árvores preexistentes e abertura de zonas verdes onde não ocorre ab initio.
Não somente da retirada de equipamentos subutilizados compõe-se o urbanismo sustentável. Nesta situação, a intervenção busca dar nossa significação das estruturas existentes para tornar o galpão atraente à população e poder ser utilizada para feiras, shows e encontros.
A proposta de praça para os terrenos subutilizados pensa numa unidade entre eles e não somente projetos particulares entre si. As linhas e cores variadas de pavimentação são convergentes entre si e compõem um desenho singular cortado pelas vias, além de respeitar as árvores preexistentes.
A derrubada dos muros que cercavam as regiões reformadas aliada às praças contribui para o desafogamento ambiental das ruas José Avelino e Historiador Guarino Alves abrindo canais de iluminação no local, tornando-a mais respirável e convidativa (inclusive pelo sistema de ciclovias adicionado)
Assim como ocorrido na reforma da região central do Poço da Draga, temos a inserção de equipamentos públicos de interesse social aliado à reforma do galpão preexistente.
06 // ESPAÇOS LIVRES
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Intervenção no Calçadão da Praia de Iracema: Provavelmente o maior dos problemas hoje encontrados na Praia de Iracema e maior dificultador de homogeinedade social e implantação do Ecobairro. O calçadão da praia de Iracema é de grande valia e utilidade para os atuais usuários, configurando alternativa agradável de lazer, esporte e contato com a natureza. O problema reside especificamente na sua quebra aliado com o caráter das regiões que são e que 1 não são contempladas por ele. Além de ter em comum com o resto dos objetos de intervenção a presença de zonas subutilizadas (1) merecedoras de intervenção, o calçadão peca pela sua brusca interrupção (2) no exato momento de entrada na região litorânea do Poço da Draga. As razões para tal interrupção podem ser atribuídas a um caráter de segregação quanto à presença de atividades melhor “toleradas” pela municipalidade em zona na qual se proíbe edificação (3) justamente pelo caráter segrega2 do do Poço da Draga. Notado tal problema, é salutar que seja retificado de pronto para que se evolua o pensamento de cidade que atualmente divide a praia de Iracema nos privilegiados e marginalizados, tendo o calçadão marcante papel de sinalizador do descaso com a comunidade local. A intervenção buscará igualar o sentimento de urbanidade ao mesmo tempo que valorizará por completo a zona do Ecobairro, ampliando as áreas para prática de esportes, visita e convidando Fortaleza para conhecer os encantos do litoral hoje assaltado do Poço 3 da Draga.
Prolongamento
Ressignificação:
Projeto Arquitetônico VI:
Ampliação
Remoções:
Com o intuito de promover sustentabilidade social e aumentar a atratividade local projeta-se com a remoção das fábricas limitadoras/irregulares a expansão do calçadão, com o intuito de aumentar para o pedestre e o ciclista a zona de passeio e lazer pelo litoral da praia de Iracema e assim tornar o Poço da Draga regiao igualmente atrativa para convívio, razão definitiva do Ecobairro.
O Acquário proposto para o litoral da Praia de Iracema é um dos projetos mais desnecessários que a cidade poderia ter neste momento. Rejeitando sua concepção porém aproveitando as estruturas lá construídas, propõe-se equipamento de apoio aos moradores locais como alternativa sustentável.
Integra a proposta de reforma para o Calçadão o complexo do Centro de Referência ao Idoso da Praia de Iracema proposto para o mesmo período, que conta com equipamentos de lazer, saúde e esporte para os idosos e auxiliares.
O calçadão deve prolongar-se para o encontro da rua dos Tabajaras tantas vezes quanto possível, para maior vinculação entre o seu Traffic Calming e ciclovia. Para isso vale-se das aberturas naturais e aproveitamento de espaços subutilizados.
A retirada das construções irregulares é a mais urgente atividade para se concretizar a atividade de expansão do calçadão, possibilitando assim integrar a praça/parque proposta para o centro do Poço da Draga na via paisagística tanto para pedrestres quanto para ciclistas.
06 // EQUIPAMENTOS sustentabilidade social:
prever equipamentos que o bairro necessite promover igual direito a infraestrutura e equipamentos criar espaços livres dar uso social aos espaços subutilizados
sustentabilidade econômica: utilizar fontes de energia limpa e renováveis priorizar a reciclagem do lixo desenvolver sem agredir o meio ambiente propagar princípios e diretrizes de um ecobairro
sustentabilidade ambiental: respeitar/ preservar o meio ambiente uso de meios de transportes não poluentes trazer a natureza para o dia a dia aumentar a área de cobertura vegetal
sustentabilidade cultural: manter as características do bairro preservar a memória do bairro resignificar espaços “esquecidos” atualizar a característica de ecobairro a Praia de Iracema
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06 // EQUIPAMENTOS
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O Galpão centralidade no bairro ligação entre a região cultural e a região residencial diversidade de usos num mesmo espaço espaço para a população preservação da identidade de galpões N 100m
Eventos: exposições apresentações feira ecologicamente correta
Centro Comunitário proximidade com a região predominantemente residencial espaço multifuncional atendimento à população espaço atrativo aos habitantes do bairro objetivando qualidade ambiental N 100m
Serviços: estação de coleta seletiva bicicletário lavanderia aluguel de carros comunitários salas de reuniões sala de ginastica cursos- música dança informática
06 // EQUIPAMENTOS
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Centro de Educação Ambiental proximidade de uma área natural propagação dos princípios de um ecobairro interação com a natureza cursos e oficinas de trabalho com materiais recicláveis/ Horticulturas estudo da biodiversidade N 100m
serviços: estação de coleta seletiva espaço para exposição hortas comunitárias cozinha biblioteca salas de aula natureza como cura terapias alternativas salas de marcenaria cursos e oficinas de trabaalho com material reciclável
Centro de Esportes Nálticos proximidade de uma área natural propagação dos princípios de um ecobairro respeito ao meio ambiente cursos e oficinas de trabalho com materiais recicláveis/ Horticulturas área de lazer N 100m
serviços: equipamentos de apoio ao parque (banheiros/ lanchonetes) piscina para natação equipamentos para os esportes
esportes: surf kitesurf windsurf vela mergulho
07 // MOBILIÁRIO URBANO
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planta de localização
MAPA 01: Usos área de intervenção correspondente ao eixo da rua José Avelino.
Como base para análise e desenvolvimento do subsistema de mobiliário urbano, . Tal área foi escolhida toma-se como recorte as mediações da devido as suas especificidades em relação aos usos existentes, que apesar de diverso, encontram-se concentrados, gerando espaços monofuncionais que só funcionam em determinadas horas do dia, ocasionando áreas inseguras, com pouca movimentação nas calçadas. A baixa iluminação ligada a grande concentração de galpões subutilizados também contribuí para esse clima de insegurança na rua, principalmente durante a noite (ver mapa ao lado). A região mais insegura observada encontra-se na transição entre as quadras dos equipamentos culturais mais importantes do bairro (onde está o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura) e o início da área mais residencial, criando barreiras que impossibilitam uma maior transitabilidade entre as quadras (que estão muito próximas). A existência de galpões e terrenos vazios e/ou subutilizados, reaproveitados a partir dos subsistemas de espaços livres e e equipamentos, contribuem para o fortalecimento dos conceitos de sustentabilidade, em especial a social, na medida em que criam-se novos espaços de compartilhamento de afetividades, reforçando um sentimento de pertencimento e ocupação de espaços coletivos. Atrelado a isso temos a aplicação do subsistema de mobiliário urbano com foco nas calçadas, garantindo a prioridade ao pedestre e estimulando o uso destas como espaço de encontro, a partir da criação de mobiliário de permânencia, e como meio de ligação entre a região mais residencial e os equipamentos culturais e de lazer existentes, a partir da implantação de ciclofaixas, ampliação das calçadas e da iluminação. LEGENDA: comercial
institucional cultural
residencial
serviços
misto
edifícios vazios ou subutilizados
institucional
SETOR 01:
SETOR 02:
calçadas em área predomi- calçadas em área nantemente comercial (feira). institucional. uso diurno alto
uso diurno moderado
uso noturno baixo
uso noturno alto
iluminação noturna baixa
iluminação noturna alta
SETOR O3:
SETOR 04:
setor 05:
calçadas em área predominantemente de serviços.
calçadas em área mista, com grandes terrenos subutilizados.
calçadas em área predominantemente residencial.
uso diurno baixo
uso diurno regular
uso noturno inexistente
uso noturno regular
iluminação noturna baixíssima
iluminação noturna moderada
uso diurno baixo uso noturno alto iluminação noturna moderada
MAPA 02: Edifícios referentes ao uso noturno no eixo da rua José Avelino. Observa-se a concentração de grandes áreas desertas, pela falta de uso noturno e/ou iluminação.
07// MOBILIÁRIO URBANO
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planta de localização
MAPA 03: intensidade da iluminação pública na rua José Avelino.
iluminação pública suficiente
Uma das questões principais adotadas pelo subsistema de mobiliário urbano foi a questão da iluminação pública. Primeiramente analisamos a iluminação existente na rua José Avelino, apontando as áreas de maior e menor insidências, classificando-as como suficiente, fraca e ineficiente (ver mapa ao lado). As áreas com iluminação pública suficiente correspondem àquelas com usos noturnos regulares, como nas mediações do Dragão do Mar. As lidas como fracas dizem respeito principalmente à ruas perpendiculares a José Avelino, também nas proximidades do Dragão e àquelas onde estão os edifícios de lazer noturno como boates, cujas calçadas nos fins de semana são também preenchidas com carrinhos de food-truck. Já às de iluminação ineficiente encontram-se próximas a terrenos e edifícios vazios e/ou subutilizados, o que por si só já é um problema, mas soma-se a isso a proximidade com a região mais residencial da área analisada, contribuindo para desconexão desta os setores de cultura e lazer e fortalecendo a sensação de insegurança.
iluminação pública fraca iluminação pública ineficiente
Diante disto, pensa-se num mobiliário que seja capaz intensificar o uso das ruas e calçadas, garantindo uma maior segurança e a criação de espaços afetivos. Considera-se então, os seguintes fatores: >> reconhecer o entorno facilmente - fácil orientação e boa sinalização. >> ver e ser vista - evitar elementos construídos ou vegetação que dificultem a visão nas principais vistas, como parada de ônibus. >> limpeza e cuidado com o entorno >> atuar de maneira coletiva no espaço público - criação de espaços afetivos/sentimento de pertencimento e equipamentos coletivos, como lavanderia coletiva. >> iluminação - prestar especial atenção em adequar a iluminação ao fluxo de pedestre, não só do carro. LEGENDA: comercial
institucional cultural
residencial
espaços livres/verdes
misto
equipamentos sugeridos
institucional
edifícios não identificados
serviços
MAPA 04: Novos usos na rua José Avelino.
A iluminação pública existente é insuficiente, tanto pela sua distribuição quanto pelo design dos postes que iluminam apenas a pista de rolamento de carros, deixando as calçadas com pouca ou quase nenhuma iluminação. Apenas alguns postes concentrados nas praças do Dragão do Mar são voltados para os pedestres.
A partir das análises dos subsistemas aqui adotados, propomos a criação nesta área anteriormente esquecida, de equipamentos coletivos e espaços livres verdes, integrados entre si e sustentados por um subsistema de mobiliário urbano voltado para o fortalecimento destes espaços, criando novos usos, evitando assim a monofuncionalidade, priorizando o pedestre e ciclista e garantindo ambientes mais seguros, principalmente por meio da iluminação.
07 // MOBILIÁRIO URBANO
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Um dos mobiliários básicos do subsistema são as cobertas das paradas de ônibus, pois tomou-se estes lugares como nós de atividades, onde o encontro, a espera e os fluxos podem acontecer e perpassar. Essas paradas de ônibus cobertas estão distribuidas pelo eco-bairro, alternando-se com pontos descobertos, para paradas com menor fluxo. Esta coberta possui vegetação verde e é composta por uma placa fotovotaica utilizada para a sinalização e indicação de ônibus.
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A iluminação pública adequada deve ser orientada para os pedestres e não só para os carros, como é comumente colocada. Optou-se também por colocar postes de iluminação nos dois lados das vias (quadro julgado necessário) afim de aumentar a seguração e movimentação das áreas.
A partir da identificação dos diversos grupos sociais que ocupam os espaços da Praia de Iracema, tomamos como exemplo de ocupação a ser mantida, fortalecida e replicada e que contribui para a criação de espaços afetivos e de encontro, contribuindo para a sustentabilidade do bairro, os ambulantes, como tapioqueiro, pipoqueiro, “cara do côco”, etc. Observa-se sua presença principalmente nas esquinas das calçadas.
LEGENDA: parada de ônibus coberta parada de ônibus descoberta bicicletário | bicicletar permanência iluminação espaços livres rua José Avelino eco-bairro Praia de Iracema
esc. 1:4000 50
200
07 // MOBILIÁRIO URBANO
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IMAGEM 01. mobiliário e vegetação paraespaço de permanência
IMAGEM 02. estação de aluguel de bicicleta e bicicletário.
MAPA 05: Fluxo das calçadas e outras áreas públicas de passagem com ciclofaixa e mobiliário proposto.
LEGENDA:
ciclofaixa calçadas previsão de fluxos de pedestres parada de ônibus bicicletário + área de permanência IMAGEM 03. poste iluminação bilateral
IMAGEM 04. banco acessível diferentes alturas
IMAGEM 05. banco com jardineira
07 // MOBILIÁRIO URBANO [ mobiliário urbano ]
BÁSICO. iluminação + lixeiras + balisadores + vegetação alta unitateral + iluminação bilateral
PERMANÊNCIA. bancos + vegetação alta bilateral + parada de ônibus + estação de aluguel de bicicletas e bicicletário + iluminação unilateral
ESPAÇOS LIVRES VERDES. sombreamento permanente + bancos + mesas e cadeiras + iluminação bilateral + vegetação de alta sombra + equipament comunitário (quando houver).
IMAGEM 06. Perspectiva cruzamento rua José Avelino e rua Senador Almino.
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08 // MASTERPLAN
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centro de esportes náuticos
espaço de convivência centro de referência do idoso centro de educção ambiental
centro comunitário
legenda corredor exclusivo de ônibus sistema cicloviário equipamentos públicos espaços livres metrô subterrâneo
esc. 1:500 50
200
08 // MASTERPLAN
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09 // CONCLUSÃO
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Terminada a análise e concluída a elaboração de Masterplan, fica evidente o quão carente de urbanidade é a região afetada da Praia de Iracema. Terrenos precariamente ocupados, faixas de preservação ilegalmente invadidas além das mazelas comumente percebidas ao longo das regiões vulneráveis de Fortaleza. O presente projeto traz à tona proposta de intensiva melhora, ao elaborar um sistema conciso de movimentação que privilegia o pedestre e a afetividade. No âmbito viário, o projeto satisfez o escopo do trabalho ao elaborar sistema de ciclovias que atendam as zonas críticas bem como a determinação da Rua Pessoa Anta como recebedora do sistema binário de ônibus, eis que é onde se encontra o cerne de movimentação da região. Ademais, congrega com o pedestre ao prever áreas de Traffic Calming em contato com os passeios públicos e especialmente na região do Poço da Draga, carente de intervenções. Partindo do sistema circulatório, a franca expansão dos espaços livres concretiza os auspícios urbanos e determina o fim da segregação entra a área nobre a leste da Praia de Iracema e a antiga comunidade do Poço da Draga. Preserva ainda pelo e verde e pelas leis de uso do solo, ao retirar de forma estratégia as construções irregulares e pondera a manutenção de algumas em prol de uma meta de integração da população da região. Ainda que a comunidade do Poço seja a que mais recebeu intervenções, toda a região é beneficiada eis que a totalidade das outras áreas intervidas comunica-se com aquela e faz fluir para a cidade os passeios e zonas de congregação. No campo do apoio à comunidade, os equipamentos comunitários propostos funcionam como zona de encontro e fornecimento de serviços necessários à população e convergem para o conceito dos serviços encontrados em Ecobairro. Os equipamentos possuem caráter pedagógico, paisagístico e arquitetônico, podendo ser expandidos e difundidos. Aliados a estes, o mobiliário proposto espalha o conforto e torna ainda mais fácil a exploração do bairro pelo pedestre, trabalhando assim em todos os sentidos de sustentabilidade levantados no início do trabalho. Tendo em vista os aspectos acima levantados, tem-se em vista que a necessidade do bairro permenace à espera de melhorias, mas que caso o trabalho da equipe fosse utilizado para tanto não somente grande dedicação e estudo serviriam de base para as intervenções como estas realizariam de forma sustentável a transição da Praia de Iracema da forma como hoje é para um verdadeiro Ecobairro.
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10 // REFERÊNCIAS
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livros
Manual de Medidas Moderadoras do Tráfego - Traffic claming CARDOSO, Eduardo. SCHERER, Fabiano de Vargas. Design de sistemas informacionais e mobiliário urbano integrados. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGN, 9., 2010, São Paulo: Blücher e Universidade Anhembi Morumbi, 2010. FARR, Douglas. URBANISMO SUSTENTAVEL: desenho urbano com a natureza. Porto Alegre: bookman, 2013. GEHL, Jan. CiIDADE PARA PESSOAS. São Paulo: Editora Perspectiva, 2013. LEITE, Carlos, Juliana di Cesare Marques Award. CIDADES INTELIGENTES CIDADES SUSTENTAVEIS. ed. bookman, 2012. VAN LENGEN, Johan. MANUAL DO ARQUITETO DESCALÇO. São Paulo: Emporio do livro, 2008.
artigos
MATOS, Camila; LYRA, Luna. Tópicos utópicos. TFG 2014 UFC.
internet
DEMANTOVA, Graziella Cristina; RUTKOWSKI, Emília Wanda. A sustentabilidade urbana:. Simbiose necessária entre a sustentabilidade ambiental e a sustentabilidade social. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 088.07, Vitruvius, set. 2007 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.088/210>. DEPARTAMENTO DE VIVIENDA, OBRAS PÚBLICAS Y TRANSPORTES DEL GOBIERNO VASCO. Manual de análisis urbano. Género y vida cotidiana. Manual metodológico para la realización de mapas de análisis urbanístico desde la perspectiva de género y vida cotidiana de la ciudadanía. Mapas de la Ciudad Prohibida en municipios de la CAPV. Traducción: Amagoia Mujika Tolaretxipi, Aitor Jauregi Larrañaga. Vitoria-Gasteiz, 2010. Disponível em <http://www.juntadeandalucia.es/economiayhacienda/planif_presup/genero/documentacion/Analisis_urbano.pdf> http://translink.com.au/