Ano III Edição 10 - Agosto / 2008
Schincariol vive nova fase
ONS defende energias alternativas Energia Social incentiva economia solidária no Ceará
Ano III - Edição 10 - Agosto / 2008
4 5 Feira de Hannover Editorial Cartas
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Executivo Tendências
18 Pinheiro Supermercado 21 Lopes Immobilis 22 Educação Corporativa Serviço
Capa
Schincariol vive nova fase
Artigo
Responsabilidade Social
Entrevista
Energia Social incentiva economia solidária no Ceará
ONS defende incentivo às energias alternativas
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Cliente Inovador
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Atividade em Destaque
Pecém começa a regaseificar GNL
Grupo Tavares otimiza produção CLIENTE COELCE PLUS EMPRESARIAL é uma publicação bimestral voltada para os grandes clientes da Companhia Energética do Ceará. Rua Pe. Valdevino, 150 - Joaquim Távora Cep 60.135-040 - Fortaleza - Ceará Fone (85) 3216.1234 - www.coelce.com.br
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Presidente: Abel Rochinha Gerência de Comunicação: Conceição Rodrigues - MTE-CE 0035JP Coordenação revista Cliente Coelce Plus Empresarial: Giselle Lopes
Produção Gráfica e Editoral: Full Time Comunicação e Marketing - (85) 3246.0188 Jornalista Responsável: Cleide Castro - MTb 372/GO Diagramação: Fábio Dutra Fotos: Divulgação e arquivo Impressão: Expressão Gráfica Tiragem: 5.500 exemplares Distribuição: Gratuita e dirigida
Para anunciar na revista CLIENTE COELCE PLUS EMPRESARIAL entre em contato (85) 3216.1234 ou através do e-mail: glopes@coelce.com.br As opiniões expressadas nos artigos e matérias não representam necessariamente as adotadas pela publicação.
Editorial Caro leitor, Com foco permanente na melhoria dos nossos serviços, chega às suas mãos uma nova revista Cliente Coelce Plus Empresarial. As mudanças referem-se, fundamentalmente, à reformulação do projeto gráfico e à ampliação da cobertura editorial, com aumento paulatino do número de páginas. Na presente edição abrimos espaço para uma das maiores indústrias de bebidas do país, a Schincariol, que acaba de se instalar no Ceará e que, indubitavelmente, já está contribuindo para o crescimento da economia local, com aumento da arrecadação e geração de novos postos de trabalho. Seguindo a mesma trilha, apresentamos a Lopes Immobilis, que chega com o objetivo de tornar-se a maior empresa de intermediação imobiliária no Nordeste em três anos. Chamamos atenção para o empreendedorismo da nossa gente, que rompe fronteiras e atrai empresas como a Natura, que adquiriu 12 mil peças produzidas por comunidades atendidas pelo projeto Coelce Energia Social. Algo que nos enche de orgulho e nos move a alertar o empresariado local para a importância desse exemplo que vem de fora do Estado. A criatividade do cearense também está estampada na seção “Cliente Inovador”, que destaca o Grupo Tavares. Um feedback que faz toda a diferença, encontramos no segmento supermercadista da Capital e do Interior, que está descobrindo as vantagens do Coelce Plus Empresarial. Confira esses e outros assuntos. Boa leitura! Abel Rochinha
Cartas
Presidente da Coelce
Desfile durante a 1ª Feira Coelce de Responsabilidade Social
Coelce investe mais em projetos sociais Realizada em julho, no Marina Park Hotel, a 1ª Feira Coelce de Responsabilidade Social. Durante o evento, que foi aberto com um desfile do projeto Coelce Energia Social, foi apresentada a edição 2007 do Relatório de Sustentabilidade da Companhia, cujos investimentos chegaram a R$ 397 milhões em 2007, sendo R$ 11,7 milhões em projetos sociais e culturais – montante 32% superior ao investido em 2006. Exatos R$ 149 milhões foram aplicados no Programa “Luz para Todos”, voltado para a universalização da energia elétrica na zona rural, principalmente em comunidades carentes. De acordo com o relatório, a Coelce dedicou especial atenção à ampliação e melhoria operacional do atendimento ao cliente. Chegou-se à marca 2,7 milhões de unidades consumidoras, incorporando quase 150 mil novos clientes em 2007, e superando os 100 mil quilômetros de linhas de distribuição. Apostou-se em novos produtos e serviços, o que ampliou a percepção do cliente em relação aos benefícios proporcionados pela empresa. Para os próximos quatro anos, o foco é no desenvolvimento do público interno e dos colaboradores parceiros, destacando-se entre as metas: a Coelce ser reconhecida como a melhor empresa do Ceará em atendimento e proximidade com o cliente; o melhor lugar para se trabalhar no Nordeste; e estar entre as melhores companhias de distribuição de energia elétrica do Brasil.
Agradecimento
Atendimento
“Agradecemos a remessa da Revista CLIENTE COELCE PLUS EMPRESARIAL, Ano III, Edição 9 - Junho de 2008, enviada à Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS). Parabenizando pelo exemplar, aproveitamos a oportunidade para renovar protestos de consideração e apreço.” Aécio de Borba Vasconcelos, Presidente da CBFS
“Destacamos a forma responsável e louvável que a funcionária Silvia Claúdia Moura nos atendeu, dando um retorno e uma resposta aceitável, nos fazendo sentir realmente atendidos em nossas necessidades. É de funcionários assim que devem ser preenchidos os quadros de todas as empresas”. José Santiago Junior, Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Para entrar em contato, enviar notícias, sugestões e fotos para a Revista Coelce Plus Empresarial E-mail: glopes@coelce.com.br. A sua opinião é fundamental para a melhoria de nossa publicação.
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Cliente coelce plus empresarial
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Parceria “A parceria Hospital São Carlos com a Coelce foi fundamental para a nossa expansão. Parabéns à Coelce Plus e à Fátima Pinho.” David Guabiraba, Clínica São Carlos
Executivo
Tendências
Roberto Botelho Ponte, executivo de Clientes Preferenciais, responde pela Gerência de Grandes Clientes nas regiões de Canindé e Itapipoca. Ele revela que tem “grande satisfação em conhecer o cliente pessoalmente, o seu empreendimento e esclarecer suas dúvidas, levando sempre em consideração sua realidade e atividade”. Outra situação que considera compensadora “é quando o cliente percebe que, a partir dos itens contidos na conta de energia elétrica, ele pode planejar o seu crescimento, ajustando antecipadamente os parâmetros que evitam surpresas indesejáveis”. Segundo ele, uma visita comercial pode evitar, inclusive, o comprometimento da saúde financeira da empresa. “Fazemos uma avaliação do contrato; do acréscimo de demanda e a correção do reativo, além de uma nova análise tarifária”, justifica. Apaixonado por viagens, revela que “conhecer novos lugares eleva a percepção de vida, cultura e aprendizagem”. Mas isto não o impede de realizar “com prazer” tarefas simples do dia a dia da empresa.
Grandes Clientes
Canais de Atendimento 0800 285 0196 (de telefones fixos)
9090 8811 6000 (de celulares)
Atendimento Emergencial Todos os dias, 24 horas tecle 5 e senha 1234 Atendimento Comercial Segunda a sábado, de 7h20 às 20h tecle 7 e senha 1234 Chat Segunda à sexta, de 8h às 18h www.coelce.com.br
Visitantes brasileiros
Feira de Hannover: Coelce traz novidades
CIN e federações de indústrias organizaram missão com executivos de 31 empresas brasileiras
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empre atenta às inovações tecnológicas, a Coelce marcou presença na 61ª edição da Feira Industrial de Hannover, realizada no período de 21 a 25 de abril, na Alemanha. Considerado um dos 10 maiores eventos do mundo em inovações e automação, a feira exibiu novidades tecnológicas em mais de 1000 segmentos – entre eles robótica, indústria pesada e energia – tendo como tema destaque a eficiência energética. “A participação da Coelce em eventos do porte da Feira de Hannover é fundamental para que possamos agregar ao nosso cliente o que há de mais atual em soluções em energia e serviços”, justifica Leonardo Guimarães, gerente de Grandes Clientes, que figurou entre os visitantes. Segundo ele, todas as novidades relativas ao setor de energia apresentadas na Feira, como o uso de leds em iluminação, equipamentos mais eficientes e automação Agosto / 2008
de processos, já estão sendo incorporadas ao portfólio do Coelce Plus Empresarial e, “em breve, estarão disponíveis para o nosso cliente”. Cerca de 5.100 expositores de mais de 60 países participaram da programação, que foi prestigiada por profissionais de 31 empresas brasileiras, sob a organização da rede CIN (Centro Internacional de Negócios) e das federações de indústrias do Ceará e do Rio Grande do Sul. Entre as marcas presentes destaque para a fabricante japonesa Yaskawa Electric. A empresa exibiu em seus estandes os robôs “Motoman” – humanóides capazes de tocar instrumentos, de se locomover e interagir com humanos. Ao lado dos robôs e de máquinas para a indústria pesada figuraram turbinas, tecnologias para a produção de automóveis, extração de petróleo, soluções em nanotecnologia e indústria têxtil, entre outras inovações. Cliente coelce plus empresarial
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Entrevista
ONS defende incentivo às
energias alternativas Especialistas em energia elétrica de todo o país estiveram em Fortaleza, em maio, para o IV Seminário Nacional de Operadores de Sistemas Elétricos, organizado pela Coelce. O evento foi aberto pelo diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, que chamou atenção para a importância da transferência de conhecimento e para a identificação de “quem é quem no dia a dia das empresas e do próprio Operador”. Em entrevista à Cliente Coelce Plus Empresarial, ele defendeu o incentivo às energias alternativas como forma de diversificar a matriz energética. Confira! Que opinião o ONS tem dos programas de incentivo às energias alternativas?
Joaquim Saldanha
O Operador está voltado para a segurança. Em regiões como o Nordeste, principalmente o Ceará, onde há ventos fortes em boa parte do ano, há maior potencialização de geração de energia eólica. Então, trata-se de uma fonte importante, porque ela representa diversificação da matriz energética. Acho que temos de diversificar essa matriz – investindo em grande escala
na geração hidroelétrica, que é de custo mais barato, mas apostando em outras fontes, como a térmica e a eólica para mudar o equilíbrio dessa matriz e dependermos cada vez menos de chuva.
Há informação sobre novos programas? Há incentivo ao leilão para fontes alternativas. Acho que o Governo está sinalizando para a necessidade de diversificação da matriz energética. A energia eólica tem um preço que merece ser reduzido um pouco mais. E, na medida em que você vai implantando e adquirindo experiência, o processo vai sendo aperfeiçoado, tornando-se mais eficiente e o preço vai caindo. No caso dos combustíveis, a biomassa (bagaço de cana) é fundamental, porque a geração de cana se dá de maio a outubro, exatamente no período seco nas principais regiões do país. No caso do Sudeste, Centro-Oeste e do Nordeste, onde há reservatórios de acumulação, essa geração cai como uma luva e a um preço competitivo.
Sobre o fornecimento de gás para o Nordeste, a expectativa é positiva?
Hermes Chipp
Isso é de vital importância e o terminal de Gás Natural Liquefeito do Pecém começa a funcionar efetivamente no meio do ano. A produção estimada é de 6 milhões de metros cúbicos por dia e isso vai permitir, praticamente, a recomposição da geração já instalada e as usinas térmicas de Pernambuco e do Ceará poderão gerar em muito maior escala. Existe um cronograma de evolução da produção de gás do gasoduto, de forma a colocar esse equipamento gerando – ou com a capacidade de gerar – em plena carga. Ou seja, hoje se tem uma disponibilidade menor e
ela vai aumentar ao longo do tempo, em função do compromisso que a Petrobras tem com a Aneel.
O cronograma pode ser incrementado a partir de quando? Ele muda agora em julho – e muda de forma significativa com o Gás Natural Liquefeito do Pecém. Depois evolui uns 10% no primeiro semestre de 2009 e, praticamente no final do ano que vem, chega-se a 80% da capacidade de geração térmica nas usinas a gás disponíveis no País. Acho que será um grande salto de 2008 para 2009.
O ONS está completando 10 anos. O que o senhor destacaria como avanço nesse período? Temos avançado em vários sentidos. O Operador trabalha em frentes fundamentais, como a administração da transmissão. Isso envolve o que a lei determina, que é o livre acesso a qualquer produtor, de qualquer lugar do País, pagando o custo da transmissão. Em segundo lugar, vem o aperfeiçoamento do processo do planejamento da operação. Não dá para um País como o nosso operar exclusivamente em função de um modelo de simulação hidrotérmica, dada à incerteza da variável principal que é a chuva. O planejamento é feito observando o equilíbrio econômico entre segurança e custo. Trabalha-se o planejamento de operação olhando para cinco anos, fazendo recomendações de ajustes e na operação do sistema no curto prazo, buscando medidas operativas que garantam o atendimento. A segurança adicional custa mais. Mas, de qualquer maneira, ela é muito mais barata do que o custo do desabastecimento.
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Responsabilidade Social
Energia Social
incentiva economia solidária no Ceará Artesãos de 19 comunidades estão produzindo peças para empresas nacionais como a Natura
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Energia Social, programa da Coelce que incentiva a economia solidária em comunidades de baixo desenvolvimento sócio-econômico do Ceará, dá um novo e importante passo. O programa deu a largada para a estruturação de uma rede de economia solidária que, entre outros objetivos, visa a atrair grandes empresas locais, nacionais e até estrangeiras para a aquisição de produtos artesanais oriundos das comunidades atendidas. Iniciado em janeiro de 2007 – a partir da necessidade da Coelce de contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades atendidas pelo Projeto de Recuperação de Clientes da Gerência de Controle de Perdas – o Programa está
gerando os primeiros frutos. “E começamos grande”, informa a coordenadora do Programa, Elizabeth Pinho, acrescentando que o primeiro contrato foi fechado com a Natura. Segundo ela, trata-se de “um exemplo, principalmente, para o empresário cearense no sentido de que ele pode colaborar para o real desenvolvimento das comunidades locais e não é caridade, é negócio”. Na primeira etapa, mais de 300 famílias foram beneficiadas e hoje já são 583 pessoas atendidas pelo Programa, que este ano já investiu R$ 630 mil em recursos próprios na capacitação de 19 comunidades do Estado. São 11 associações - localizadas em Fortaleza e Região Metropolitana e nos municípios de
Crato, Orós, Limoeiro do Norte, Nova Russas, Sobral e Itapipoca – alvos de ações voltadas para a elevação dos níveis de educação profissionalizante, geração de emprego e renda, bem como a melhoria da qualidade de vida das famílias atendidas .
Artesãs exibem trabalhos
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Contrato
Design
Tapeçaria
“Em janeiro de 2007
Trabalho e cooperação
Palha
eram apenas três comunidades da Capital participando do projeto-piloto. Em agosto do mesmo ano, mais três foram agregadas e ainda estão em fase de capacitação, cuja duração é de até 10 meses. E em setembro houve a expansão do programa para as regiões metropolitana, norte e sul do Estado”, explica a coordenadora. Ela conta que, no começo, os produtos eram comercializados em feiras de artesanato e em outros eventos realizados fora e no âmbito da Coelce. Segundo Elizabeth, depois de vários meses de negociação, testes e aprovação de amostras de produtos, o Ateliê Brasil – empresa paulista responsável pela transação comercial – conseguiu viabilizar uma encomenda inicial de 12 mil peças pela Natura. A formalização do contrato foi no último dia 7 de julho, durante a 1ª Feira Coelce de Responsabilidade Social. A coordenadora aponta como maior diferencial na proposta do Coelce Energia Social a independência dos envolvidos em relação à entidade patrocinadora.
Isso, porque as comunidades têm total liberdade para negociar diretamente com os compradores, sem a intervenção da empresa. O papel da Coelce, segundo ela, é identificar a vocação econômica das comunidades, aperfeiçoar o conhecimento tradicional da região ou introduzir novas técnicas de fácil aprendizado e de viabilidade econômica de curto prazo. Nessa perspectiva, foram desenvolvidos trabalhos de orientação para a prática artesanal (crochê, modelagem, renda de filé, retalho e trançado de palha), conforme o saber de cada região e de seus moradores. Também foram contempladas oficinas específicas de design e criatividade, “promovendo um pensar mais apurado da técnica artesanal tradicional, além de um foco direcionado para o mercado e suas necessidades como estilo e inovação, sem deixar de lado o trabalho de mestres artesãos”. Tendo em vista a sua plenitude, foi incluído no programa um ciclo de palestras envolvendo orçamento familiar, associativismo, segurança alimentar, orientação para o mercado e educação ambiental.
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Atividade em Destaque
GNL: regaseificação no Pecém
começa em agosto Projeto é voltado prioritariamente para as usinas termelétricas do Nordeste Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. A Petrobras afretou dois navios regaseificadores – um para cada terminal. O projeto de GNL da Petrobras foi desenhado para atender, prioritariamente, à demanda das usinas termelétricas e, no caso do Pecém, preferencialmente a Termoceará, Termofortaleza e Termoaçu. Por funcionarem de forma complementar ao sistema hidrelétrico, elas só operam em situações específicas – normalmente, para ajudar a poupar água dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Outra importante característica do projeto é a possibilidade de adequar a compra de gás à demanda interna. O GNL permite que a Petrobras programe a compra de cargas de acordo com a necessidade das usinas.
mais
A
primeira carga de Gás Natural Liquefeito (GNL) deve desembarcar no Terminal de Regaseificação do Porto do Pecém em agosto. As obras da plataforma foram concluídas em julho e, até o fim de agosto, deve atracar no local o Golar Spirit, navio de regaseificação afretado pela Petrobras. O Brasil é o primeiro país da América do Sul a adotar a tecnologia de regaseificação de gás. Segundo a Petrobras, inserir o GNL no mercado brasileiro significa trazer mais segurança e flexibilidade para o abastecimento de gás. Além disso, permite a diversificação das fontes de importação. Hoje, o País só importa gás da Bolívia, por intermédio do Gasbol (Gasoduto Brasil Bolívia). Projeto semelhante ao do Pecém está sendo desenvolvido na
Como o nome sugere,
GNL é o gás natural no estado líquido e a liquefação é feita para permitir o transporte a longas distâncias. Na plataforma de regaseificação, o gás no estado líquido volta ao estado original gasoso. Para ser liquefeito, o gás natural é submetido a temperaturas de 162ºC negativos. Após a liquefação, ele reduz o volume em 600 vezes, o que permite o uso de navios para transporte. O processo de regaseificação é feito dentro de um navio. Do navio, o gás é injetado na rede de gasodutos para chegar
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A Petrobras vai investir US$ 18,2 bilhões até 2012 na cadeia de gás natural. O que inclui investimentos em exploração, produção, reforço na malha de transporte e instalação dos terminais de GNL (Pecém e Baía da Guanabara). Já foram assinados contratos de compra de carga firme de GNL com três empresas fornecedoras. Uma delas é a Shell. A origem do gás é definida pela empresa fornecedora. ao consumidor final. O Golar Spirit, navio capaz de regaseificar 7 milhões diários de metros cúbicos de gás, ficará ancorado no Porto do Pecém. O navio regaseificador permanecerá no berço interno do pier e o navio supridor, que vai trazer GNL de diferentes partes do mundo, estará ancorado do outro lado. A transferência de GNL do navio supridor para o regaseificador é feita usando alta tecnologia. Braços de Gás Natural Comprimido (GNC) levam o gás do navio até o gasoduto. Seis braços criogênicos – capazes de suportar as baixíssimas temperaturas do gás líquido – levam o gás do navio supridor para o navio regaseificador. Uma estrutura de alta tecnologia e com as mais modernas soluções de segurança garantem o perfeito funcionamento do sistema montado no pier.
Capa
Presidente diz que
Schincariol vive nova fase “A Schincariol está vivendo uma nova fase”. É o que informa o presidente-executivo do Grupo, Fernando Terni, explicando que esse momento diferenciado começou em 2007, quando a empresa registrou um recorde em sua história: a receita bruta somou R$ 4,5 bilhões, 24% maior que no ano anterior; e a receita líquida atingiu R$ 2,6 bilhões, um crescimento de 30,4% frente aos R$ 2 bilhões obtidos em 2006.
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Terni: “investimentos e reestruturação”
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om esses resultados, a Schincariol manteve sua posição de segunda maior cervejaria do Brasil e primeira de capital 100% nacional. Ou seja, a companhia encerrou o ano com participação de 12,1% no mercado nacional de cervejas, segundo dados da ACNielsen. Entre os fatores que contribuíram para que a Schincariol se consolidasse como uma das principais indústrias de bebidas do País, Terni cita a ampliação da capacidade de produção e a construção de uma nova fábrica no Ceará – inaugurada em maio, no município de Horizonte. Apesar da posição estável no ranking do segmento de cervejas, todos os produtos do Grupo registraram crescimento em vendas e volume, com destaque para refrigerantes, água com gás e sucos. Já no segmento dos alcoólicos, a melhor performance foi da Nova Schin, cujo crescimento foi da ordem de 7% em relação a 2006.
O presidente também elenca, entre os fatores que marcam a nova fase da Schincariol, a criação do Conselho de Administração, a profissionalização da gestão e a definição de metas de crescimento. “Todo o trabalho foi realizado a partir de um detalhado planejamento estratégico, que contemplou fortes investimentos e reestruturação do modelo de gestão”, resume, Terni.
Além disso, ressalta,
“focamos nossa atuação em pontos como a ampliação dos investimentos na área de distribuição, do portfólio de produtos, da produção e reforço na divulgação de nossas marcas”. Destaque para as aquisições das cervejarias Baden Baden, Indústria de Bebidas Igarassu (Nobel) e das marcas Devassa, que possibilitaram ao Grupo Schincariol ampliar seu portfólio no segmento de cervejas premium, apontado como o mais rentável do mercado de cervejas.
Grupo adota novo modelo de Governança
Linha de envasamento
No quesito aumento de receitas, o segmento que mais contribuiu foi o de águas, refrigerantes e sucos prontos para beber. No ano passado, a campanha do Mini Schin (refrigerantes de 250 ml) levou o Grupo a liderar as vendas direcionadas ao público infantil. A qualidade da sua água mineral foi reconhecida com o prêmio de “melhor
água com gás” do Brasil, conferido em teste cego pela revista Go Where? O lançamento da marca Fruthos em 2007 marcou o ingresso no segmento de Sucos Prontos para Beber. A reformulação da linha Skinka, com a introdução de dois novos sabores, Frutas Verdes e Frutas Roxas, tornou o Skinka Laranja o sabor mais vendido em sua categoria.
Dando continuidade ao processo de reorganização administrativa, iniciado dois anos antes, em 2007 o Grupo Schincariol adotou um novo modelo de Governança Corporativa. Nessa perspectiva, foram tomadas várias medidas, como a adoção de modernas práticas comerciais, de produção, de logística e de gestão. Os sócios passaram a compor o Conselho de Administração e a gestão foi profissionalizada com a contratação do presidente-executivo Fernando Terni, em fevereiro de 2007, bem como de um novo time de profissionais de mercado para compor a nova diretoria executiva. Tudo começou em 2005 com a instituição do Programa de Gestão Schincariol (PGS), baseado na metodologia do Balanced Scorecard (BSC) – os componentes do PGS estão balanceados e alinhados à estratégia, e direcionam comportamento e desempenho. O programa envolveu desde as unidades fabris, as regionais, passando pela distribuição própria, até a área corporativa, permitindo visualizarem-se na execução da estratégia global e, assim, terem clareza em relação à contribuição de suas metas para o sucesso da empresa de forma geral. Com vistas à excelência da gestão, o Grupo filiou-se à Fundação Nacional da Qualidade (FNQ).
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Fábrica de Horizonte: a mais moderna do Brasil A fábrica de Horizonte (Região Metropolitana de Fortaleza) é a 14ª unidade de produção do Grupo Schincariol e foi projetada para ser uma das mais modernas linhas de produção de cerveja da América Latina. Instalada em um terreno de mais de um milhão de metros quadrados, sendo 45 mil inicialmente construídos, a unidade é a maior e mais moderna fábrica do segmento de bebidas do Ceará. O investimento inicial foi superior a R$ 160 milhões, para uma capacidade de produção de 2 milhões de hectolitros por ano e a geração de 200 empregos diretos e 1000 indiretos. A escolha do Ceará para instalação da nova fábrica aconteceu por razões de mercado e de logística. “Pesquisas mostram que o consumo cresce de forma acelerada no Norte e Nordeste, por isso, ter mais uma unidade fabril voltada para o atendimento dessas regiões é reflexo do nosso
esforço de crescimento”, justifica Gilberto Schincariol, membro do Conselho de Administração da empresa. Segundo ele, a fábrica permite que o Grupo tenha ainda mais força na indústria de bebidas, em especial nessas duas regiões, que ganharam reforço no abastecimento com a nova unidade. A produção atual de Horizonte está concentrada na cerveja Nova Schin, fabricada em garrafas de 600 mililitros. Mas, “muito em breve, a empresa deve investir mais R$ 20 milhões para instalar duas novas linhas de fabricação: uma para produção de refrigerantes e cervejas em lata e outra para refrigerantes em garrafas pet”, informa Gilberto.
A planta cearense
foi construída dentro das melhores práticas ambientais. Assim como acontece nas demais unidades da Schincariol, Horizonte incorpora diversas tecnologias para produção limpa. Os modernos equipamentos utilizados em seu processo de produção foram projetados para baixo consumo de água, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema da região. A empresa investe no uso racional de recursos e no controle de emissões atmosféricas, com o objetivo de minimizar os imR$ 160 milhões de investimento para pactos do processo produtia implantação vo sobre o meio ambiente. Entre as iniciativas está a 14ª unidade industrial do Grupo Schincariol no Brasil economia de energia elétrica acima da média na 2 1,04 milhão de m de área total indústria de bebidas. 45 mil m2 de área construída Segundo o presidente Fernando Terni, “a 2 milhões de hectolitros de bebidas/ano unidade é equipada é a capacidade de produção com máquinas de 200 empregos diretos e 1000 indiretos gerados última geração que permitem uma redução R$ 104 milhões em recolhimento de impostos sobre vendas de cerveja no consumo total de energia elétrica na ordem R$ 20 milhões de investimentos previstos de 10% a 12%. Isso significa para os próximos anos
Nova fábrica em números
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Gilberto Schincariol
uma economia de 600 mil kWh por ano, o que daria para abastecer 6,6 mil moradias com energia”. A água da chuva também é aproveitada. A captação é por meio de um sistema subterrâneo de tubulação, e armazenada em uma lagoa de 60 mil metros cúbicos que, quando cheia, representa um volume de água equivalente a 10% do consumo mensal da unidade. O sistema de tratamento para a água bruta disponível é o mais moderno do Estado. A capacidade é para 200 metros cúbicos de água por hora, com eliminação de matéria orgânica e excesso de sais minerais. Quanto ao tratamento de efluentes, o processo de degradação da matéria orgânica acontece por meio de um sistema anaeróbico, que atinge eficiência de até 98%, alcançando padrões de classe mundial. Com isso, os efluentes são tratados e reaproveitados quase que em sua totalidade para irrigar os 40 mil metros quadrados de área verde disponível. “Ou seja, a água é devolvida para o meio ambiente em condições ideais para o desenvolvimento da vegetação local”, conclui Terni.
Cliente Inovador
Grupo
Tavares
Lourival Tavares: “produto padronizado, identificado e normatizado”
Invenções otimizam produção, elevam qualidade do produto e cuidam do meio ambiente
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á 50 anos, a família Tavares entrou no ramo ceramista. “Naquela época, existia lenha em abundância e os órgãos ligados à defesa do meio ambiente não davam o devido acompanhamento às questões ambientais, como o fazem hoje”. Foi nesse cenário e “queimando exclusivamente lenha”, conforme Lourival Tavares, sócio gerente do Grupo Tavares, que nasceu a primeira das cinco unidades mantidas pela família nos municípios de Aquiraz, Itaitinga, Caucaia e São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza. No total, são 21 fornos que chegaram a consumir mais de 3 mil metros cúbicos de lenha por mês na produção de blocos estruturais e de vedação – o popular tijolo – e lajes para a construção civil.
Com o crescimento do mercado e, em paralelo, o conseqüente aumento da fiscalização por parte dos órgãos de preservação ambiental, “lenha começou a ficar difícil”, lembra o empresário, acrescentando que a saída foi buscar outras fontes alternativas de calor para alimentar os fornos. A primeira tentativa de diversificação aconteceu em 1999, com a aquisição de um forno túnel (Zuco) – que consumia cerca de 8 mil litros de BPF (benzotiofeno), para produzir 200 milheiros de tijolos por semana - em substituição ao modelo do tipo contínuo (Hoffman), movido à lenha. Mas, além de poluente, o óleo também passou a ser proibitivo do ponto de vista econômicofinanceiro. Isso, porque os R$ 0,20 inicialmente desembolsados pelo litro do produto acabaram se transformando em R$ 1,90 ao cabo de nove anos da sua utilização nas Alimentação dos fornos cerâmicas do Grupo.
Diante desse cenário nada anima-
dor, em 2006 o empresário começou uma experiência totalmente inovadora no seu segmento e que está chamando a atenção inclusive da concorrência. “Embora sem conhecimentos acadêmicos, sempre fui muito curioso e observador”, comentou Tavares,
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ao relatar sua saga para por um ponto final na utilização do BPF nos fornos das cerâmicas. Segundo ele, foi uma fogueira, queimando quenga (casca) de coco, que o despertou para as possibilidades desse produto ser acrescentado à casca de castanha de caju e ao pó de serragem de madeira para utilização nos fornos. Os produtos já haviam sido testados individualmente, mas sem resultado satisfatório. Na época, os fornos do tipo túnel chegaram, inclusive, a serem adaptados para o uso do LCC (óleo de castanha de caju). A junção, no entanto, mudou essa história. A experiência piloto foi na
Produção: desperdício zero
Controle de produção
Mistura para a produção do “xarope”
Cerâmica Assunção Tavares (Itaitinga) – hoje, 100% movida pelo composto dos três produtos, que o empresário prefere chamar de “xarope”, num total de 3400 quilos por semana. O lucro, Tavares contabiliza, primeiramente, do ponto de vista ambiental. “Estamos transformando gás metano, que é 21 vezes mais poluente, em gás carbono”, afirma o empresário, que também assina a criação da máquina que transforma quenga de coco, casca de castanha de caju e pó de serragem de madeira em combustível – uma invenção que já está sendo adquirida, inclusive, por cerâmicas de outros estados do Nordeste. “Mas o meu negócio não é fabricar máquina pra vender”, afirma Tavares, entusiasmado com os resultados obtidos. “Outra vantagem” dessa experiência, segundo ele, é que a substituição da alimentação manual do forno pela elétrica, além de não poluir o meio ambiente, possibilitou
um controle de qualidade maior sobre o seu principal produto e praticamente zerou o desperdício, antes calculado em cerca de 10%. “Agora o nosso tijolo é padronizado, identificado e normatizado”, explica o empresário, que mantém uma oficina com 15 operários exclusivamente para a manutenção das olarias do Grupo.
Matriz em Itaitinga
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Serviço
Pinheiro Supermercado
aprova Coelce Plus Empresarial Serviço engloba subestações para unidades localizadas na Capital e no Interior
Histórico
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m segmento que, cada vez mais, vem descobrindo as facilidades e vantagens do Coelce Plus Empresarial é o supermercadista. Algo válido tanto para unidades localizadas na Capital quanto no Interior. Entre os clientes mais recentes do programa está o Pinheiro Supermercado, com 17 anos de mercado e capitaneado pelo empresário e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Honório Pinheiro, juntamente com o irmão e sócio, Bosco Pinheiro. “Estou satisfeito com o serviço, preço e atendimento”, comentou Honório, acrescentando que também merece destaque “a qualidade técnica superior à apresentada pelos prestadores de serviços comuns do mercado”. Segundo o empresário, “é mais tranqüilo fazer negócio com uma empresa com a experiência e porte da Coelce”. Daí a decisão de contratar duas subestações de energia elétrica, sendo uma para a unidade localizada em Quixadá e outra para o Centro de Distribuição instalado na Av. Godofredo Maciel, 1152, Maraponga, em Fortaleza. Além disso, encontraHonório: “estou satisfeito”
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1979 – início das atividades com a Mercearia União 1988 – entrada em operação do auto-serviço com o Mercadinho União 1989 – inauguração do Mercantil União/Vila Manuel Sátiro 1991 – inauguração da Casa Pinheiro Pinheiro Supermercado em Quixadá
se em fase de negociação a proposta de acréscimo de uma subestação e climatização da unidade localizada no bairro Pan Americano, também na Capital. Com menos de um mês da entrada em operação dos equipamentos, o empresário comentou que “a expectativa é muito positiva” e vai ao encontro dos objetivos do programa, que envolvem economia e melhoria na qualidade do fornecimento da energia elétrica. Honório chama atenção para a importância desse insumo para o segmento supermercadista no tocante à manutenção de equipamentos – como geladeiras, freezeres e terminais de computadores – e conservação de estoques altamente perecíveis, como é o caso dos alimentos. “Parece contraditório, mas a Coelce não tem interesse que haja aumento no consumo de energia. Pelo contrário, a empresa trabalha em prol da economia”, comentou. Primeiro do segmento com Certificação ISO 900 (2002), o Pinheiro Supermercado conta atualmente com sete unidades
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1992 – inauguração da Coabel – Comercial de Alimentos e Bebidas 1997 – inauguração do Pinheiro Supermercado/Mondubim 1998 – reforma e ampliação do Pinheiro Supermercado/ Pan Americano 1999 – inauguração do Centro de Treinamento Gracinda Pinheiro 2000 – inauguração da primeira loja no Interior/Pinheiro Supermercado em Quixadá 2002 – inauguração da maior loja do grupo, em Sobral; do Centro Comercial Pinheiro, com 14 lojas, incluindo o Cinema Renato Aragão; Certificação ISO 900, o primeiro certificado do ramo no Brasil 2004 – inauguração da sétima unidade, em Itapipoca no Estado, sendo duas no Interior (Quixadá e Sobral); é responsável pela geração de 800 empregos diretos e integra a quarta maior rede de compras de supermercadistas do País, a Super Rede.
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Serviço
Lopes Immobilis quer ser
a maior do NE em lançamentos Coelce Plus Empresarial faz parte dos investimentos
Joaquim Saldanha
Subestação de 150kVA na sede da nova empresa
Joaquim Saldanha
A
paulista Lopes - maior empresa de intermediação imobiliária do País e uma das maiores do mundo, com 73 anos de mercado – uniu-se à Immobilis, 18 anos e “maior força cearense em lançamentos imobiliários”, para formar a Lopes Immobilis. A nova empresa, conforme o sócio-diretor Ricardo Bezerra, visa a oferecer ao mercado cearense a maior expertise em intermediação imobiliária do Brasil, por meio de parcerias nacionais com as grandes incorporadoras. E os “trunfos” da Lopes Immobilis não param por aí. “Nós também atuaremos muito forte no segmento de usados”, avisa Bezerra, referindo-se à parceria com o Banco Itaú para financiamentos em condições diferenciadas de imóveis avulsos.
Sede “grandiosa” na Aldeota
A nova empresa, instalada na Aldeota (R. Osvaldo Cruz, 800), tem o ambicioso objetivo de tornar-se a maior empresa em lançamentos do Nordeste em três anos. A expectativa, segundo o sócio-diretor, decorre da atual performance da carteira da empresa, hoje com 30 empreendimentos na praça. “Estamos iniciando um ciclo virtuoso”, resume Bezerra, acrescentando que a meta é chegar ao fim do ano com dois lançamentos por mês. Daí os grandes investimentos que também estão sendo feitos em estrutura física. A sede, com 1000m 2, sendo aproximadamente 750m 2 de área construída, objetiva fazer com que a operação seja a mais profissional de Fortaleza. Para isso, a Lopes Immobilis também conta com os serviços do Coelce Plus Empresarial – responsável pela instalação de uma subestação de 150kVA na sede da empresa. Assim, além de uma “grandiosa estrutura”,
com salão de vendas para 100 corretores, cinco salas de reuniões e auditório com capacidade para 100 lugares, entre outras dependências para o conforto de profissionais e clientes, Ricardo Bezerra diz que confia na capacidade técnica e na experiência da Coelce para evitar oscilação e/ou queda de energia, bem como garantir a qualidade do atendimento e a manutenção dos equipamentos. “Tudo na medida da expectativa dos agentes de um mercado, que tem crescido a ponto de atrair grandes empresas, como é o caso da Lopes”, explicou. Ricardo Bezerra: “ciclo virtuoso”
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Artigo
A importância da Educação Corporativa Eugenio Mussak
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á uma área da Psicologia chamada
“Psicologia do Desenvolvimento”. Sua função é a de estudar como o ser humano se desenvolve, com a finalidade de corrigir desvios e estimular o progresso adequado do indivíduo, desde o nascimento até a idade adulta. A Psicologia do Desenvolvimento foi e ainda é um capítulo que interessa sobremaneira o campo da educação, pois o desenvolvimento das crianças e dos jovens é uma preocupação por demais importante. A novidade é que com o crescente cuidado com a qualificação das pessoas em seus ambientes de trabalho, esse assunto chegou às empresas. Esse capítulo trata de observar o desenvolvimento das pessoas em quatro aspectos: físico-motor, intelectual, afetivoemocional e social. É claro que o desenvolvimento físico-motor interessa mais durante a infância, pois refere-se à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipular objetos e ao controle dos movimentos do próprio corpo. O maior desenvolvimento nessa área ocorre até os dois anos de idade. Lesões físicas ou psicológicas nessa idade podem atrasar esse desenvolvimento e, às vezes, são necessárias correções mesmo na idade adulta. Já o desenvolvimento mental é uma construção contínua, buscando a maturidade e a solidificação de estruturas mentais saudáveis. Só que o pleno desenvolvimento, atingindo o ideal teórico, não é alcançado de modo satisfatório nunca. Eis porque o desenvolvimento humano é, ou deveria ser, um tema de preocupação permanente para as escolas, para as organizações e, principalmente, para as próprias pessoas. Dois aspectos são relevantes nesse capítulo da Psicologia: a avaliação dos graus de desenvolvimento e a aplicação de ações corretivas a possíveis desvios. Várias teorias foram desenvolvidas, a partir de observações, pesquisas, acompanhamentos de indivíduos, estudos de casos clínicos, etc. Entre todas as teorias, destaca-se o trabalho realizado pelo psicólogo e biólogo suíço Jean Piaget. A extensão de sua obra e seu rigor científico transformaram Piaget na mais importante personalidade na área do desenvolvimento de pessoas.
O treinamento capacita o profissional, a educação desenvolve a pessoa.
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A avaliação do grau de desenvolvimento é facilitada pelo uso de instrumentos de psicometria e a ação de desenvolvimento conta com duas ferramentas importantes: a psicoterapia e a educação. Enquanto a psicoterapia é uma técnica a ser aplicada a uma pessoa de modo individual, ou no máximo a pequenos grupos, a educação é mais abrangente, podendo atingir uma população significativamente maior. Na atualidade, a educação corporativa tem ganhado muito corpo dentro das organizações, a ponto de ter sido criado o termo “Universidade Corporativa”, aplicado a estruturas internas de educação, que procuram corrigir as falhas da educação convencional, oferecida pelas escolas e pelas faculdades. Muito louvável, porém há um erro comum que as empresas continuam cometendo: o de criar uma Universidade Corporativa que nada mais é do que uma ampliação do antigo departamento de treinamento de recursos humanos. Em princípio, deve-se colocar a diferença que existe entre treinamento e educação. O treinamento tem por finalidade desenvolver uma habilidade específica, como operar uma máquina, realizar um procedimento rotineiro ou atender a pessoas dentro de uma faixa estreita de responsabilidade. Já a educação tem por objetivo aumentar o pensamento crítico do indivíduo, bem como capacitá-lo a aprender novos conteúdos por conta própria. O treinamento capacita o profissional, a educação desenvolve a pessoa. Essa diferença pode ser sutil, mas é imensa, e o sucesso ou o fracasso de um investimento em educação corporativa reside na percepção da aplicação adequada dos procedimentos educacionais, como materiais, capacitadores, motivações, conteúdos e principalmente bases conceituais. Entretanto, é importante lembrar que a responsabilidade do desenvolvimento humano na idade adulta é, acima de tudo, do próprio indivíduo. A empresa não tem a responsabilidade de desenvolver, mas sim de fornecer os meios para que as pessoas se desenvolvam. Se essas duas consciências existirem, encontramos o melhor dos mundos e todos ganham, a empresa, os colaboradores e os clientes. No mundo e no Brasil há um forte movimento em direção ao desenvolvimento – e não apenas treinamento – de pessoas nas organizações. As empresas cearenses não têm como ficar fora desse movimento, para fazer parte do surto de desenvolvimento do estado e do país, afinal, chegou a nossa vez! Eugenio Mussak é educador, www.ssdi.com.br