CONJUNTO RESIDENCIAL PARA IDOSOS
FABIO BORTOLUCI KATO Trabalho Final de Graduação Universidade São Judas Tadeu
Orientadora: Prof. Doutora Kátia Azevedo Teixeira
CONJUNTO RESIDENCIAL PARA IDOSOS São Paulo 2020
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AGRADECIMENTOS
“Mais importante do que a Arquitetura é estar ligado ao mundo. É ter solidariedade com os mais fracos, revoltar-se contra a injustiça, indignar-se contra a miséria. O resto é o inesperado; é ser levado pela vida.” OSCAR NIEMEYER
Agradeço primeiramente ao meu esposo, Ryohei Yamamura, pelo incentivo, apoio e paciência que dedicou a mim nesses cinco anos de estudo, e sem o qual não teria conseguido realizar esse sonho. À minha amada mãe, por estar sempre disponível, ter acreditado em mim e me apoiado em todos os momentos e de todas as formas possíveis. Aos amigos da faculdade por dividirem momentos bons e ruins, pelas trocas de experiência, por estarem sempre dispostos a ajudar, e por fazerem com que esses anos de estudo tenham valido muito a pena. À minha professora orientadora, Katia Azevedo Teixeira, por ter compartilhado sua imensa sabedoria, pela dedicação e pelas dicas que foram indispensáveis para a conclusão deste estudo. Ao professor Rafael Giorgi Costa, avaliador da primeira banca, por proporcionar diversas considerações para este trabalho. Ao professor Gastão Santos Sales, pelo tempo e paciência que nos dedicou nas orientações de concursos, que foram imprescindíveis para nossa formação. A todos os demais professores que fizeram parte dessa enriquecedora caminhada. Enfim, obrigado a todos que de certa forma fizeram parte desses anos de aprendizado.
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RESUMO O presente trabalho visa demonstrar que através da arquitetura podemos contribuir para a qualidade de vida do idoso, pois, com o aumento da expectativa de vida, torna-se importante o estudo mais aprofundado de espaços voltados a esse público. Pretende também ilustrar que é possível requalificar áreas extremamente urbanizadas, projetando com consciência ambiental e fazendo uso da arquitetura inclusiva. Com isso, propõe-se um conjunto residencial para pessoas da terceira idade, aliado com um centro de convivência aberto ao público, com diversas atividades, comércio e serviço, que serão ofertados à comunidade, além de aumentar a quantidade de vegetação e áreas de permanência, tão carente na região, afim de proporcionar maior qualidade de vida à população residente.
ABSTRACT This work aims to demonstrate through architecture that we can contribute to the quality of life of elderly people. With increase of our life expectancy, it becomes more important for us to make further research in spaces for senior citizens. It also intends to illustrate that it is possible to requalify extremely urbanized areas, designing with environmental awareness and making use of inclusive architecture. With this, a residential complex is proposed for third aged people, together with a community center open to the public, with various activities, commerce and services, which will be offered to the community, in addition to increasing the amount of vegetation and public spaces, so needy in the region, in order to provide greater quality of life to the resident population.
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APRESENTAÇÃO
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AGRADECIMENTOS.............................................................3 RESUMO...................................................................................4 ABSTRACT...............................................................................4 INTRODUÇÃO ..................................................................... 6
5.4 PROCESSO CRIATIVO..........................................................48 5.5 PROPOSTA FINAL..................................................................53 5.6 ORGANOGRAMA..................................................................55 5.7 FLUXOGRAMA.......................................................................55 5.8 MEMORIAL JUSTIFICATIVO...............................................56 5.9 SETORIZAÇÃO.......................................................................57 5.10 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS......................................59 5.11 ESTUDO DO SISTEMA IRRIGAÇÃO DRENAGEM........66
IDOSOS E O ENVELHECIMENTO
REFERÊNCIAS
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3.1 REFERÊNCIAS PARA O PROGRAMA...........................13 3.1.1 VILA DOS IDOSOS 3.1.2 RESIDENCIAL HILÉA 3.1.3 RESIDENCIAL CIDADE MADURA
6.4.1 CORTE A 6.4.2 CORTE B 6.4.3 CORTE C 6.4.4 CORTE D 6.4.5 CORTE E 6.4.6 CORTE F 6.4.7 CORTE G
DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
6.5 ELEVAÇÕES................................................................................90
4.1 LEVANTAMENTOS...........................................................28
4.2 DO TERRENO....................................................................42 4.3 ÍNDICES URBANÍSTICOS................................................43
6.1 IMPLANTAÇÃO.........................................................................70 6.2 PLANTA DE COBERTURA......................................................71 6.3 PLANTAS GERAIS.....................................................................72
6.4 CORTES.......................................................................................83
3.2.1 EDIFÍCIO BOSCO VERTICALI MILÃO 3.1.2 TRUDO VERTICAL FOREST 3.1.3 EDIFÍCIO TOP TOWERS PARAÍSO
4.1.1 SISTEMA VIÁRIO 4.1.2 CHEIOS E VAZIOS 4.1.3 ZONEAMENTO 4.1.4 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 4.1.5 GABARITOS 4.1.6 PADRÃO DE TRANSFORMAÇÃO 4.1.7 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E TRANSPORTE 4.1.8 AMBIENTAL 4.1.9 SÍNTESE
OBJETOS GRÁFICOS
6.3.1 DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA 6.3.2 DO RESIDENCIAL
3.2 REFERÊNCIAS PARA O PROJETO.................................21
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5.1 CONCEITO.............................................................................46 5.2 PARTIDO.................................................................................46 5.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES......................................47 5.3.1 RESIDENCIAL 5.3.2 CENTRO DE CONVIVÊNCIA
2.1 IDOSOS E O ENVELHECIEMTO: OS NÚMEROS DA QUESTÃO...................................................8 2.2 GARMIC: A LUTA POR MORADIA...................................9 2.3 TIPOS DE EQUIPAMENTOS.............................................10
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DO PROJETO
6.5.1 ELEVAÇÃO SUDESTE 6.5.2 ELEVAÇÃO NORDESTE 6.5.3 ELEVAÇÃO NOROESTE 6.5.4 ELEVAÇÃO SUDOESTE
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6.6 TIPOLOGIAS RESIDENCIAIS.................................................92 6.7 DESENHO DOS BRISES...........................................................97 6.8 MAQUETE DIGITAL...............................................................100
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.......................................103 ANEXOS......................................................................................................105 5
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INTRODUÇÃO
De acordo com a pesquisa elaborada e publicada em fevereiro de 2017 pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, o número de idosos no Brasil vem aumentando gradativamente desde 1980 e, como mostra o gráfico 1, essa taxa ultrapassará a quantidade de jovens a partir de 2030, portanto, dentro de um curto intervalo de apenas 11 anos.
% DE JOVENS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA % DE JOVENS NA POPULAÇÃO MUNDIAL % DE IDOSOS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA % DE IDOSOS NA POPULAÇÃ O MUNDIAL
GRÁFICO 1: ÍNDICE DE JOVENS E IDOSOS NO BRASIL E NO MUNDO Fonte: BNDES com base no relatório da ONU de 03 de fevereiro de 2017 Disponível em: <https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/ sicao-demografica> Acesso em 10/09/2019 Editado pelo autor
Segundo Berlindes Astrid Küchemann(2012), professora de Sociologia da Universidade de Brasília, parte da população idosa necessita de cuidados especiais e nem sempre é possível contar com a atenção dos parentes, por diferentes razões que se aliam, também, aos excessos de compromissos da vida contemporânea. Outros, que moram sozinhos, por exemplo, não querem perder sua independência e autonomia, como ocorre quando são internados em casas de repouso e/ou asilos. De acordo com a Resolução SS - 123, de 27-9-2001, existem atualmente 4 tipos de estabelecimentos que atendem essa população:
a) Casas de Repouso b) Asilos c) Clínicas e Consultórios Geriátricos d) Centros de Convivência do Idoso
Os estabelecimentos serão melhor detalhados no capítulo 2.3 - Tipos de Equipamentos, página 10. A resolução, entretanto, não trata dos Conjuntos Habitacionais para Idosos, um conceito de moradia relativamene novo no Brasil, com poucas instituições instaladas na cidade de São Paulo. Um dos mais famosos residenciais para idosos existente na capital é a Vila dos Idosos, de autoria do escritório Vigliecca e Associados, que será objeto de estudo deste trabalho. Há também o Cora Residencial Sênior, com seis unidades espalhadas pela cidade, este define os conjuntos habitacionais voltados às pessoas da terceira idade como sendo: Instituições de longa permanência, públicas ou privadas, que oferecem serviços personalizados para a terceira idade. Contam com apartamentos completos, individual ou para casal, consultórios médicos e centro de convivência para melhor socialização de seus moradores, e em geral são espaços que recebem idosos com maior grau de autonomia. É essa última opção o objeto de estudo deste trabalho: um conjunto residencial para idosos, localizado no bairro Vila Carrão, em São Paulo-SP. Tema e localização permitem que a pesquisa procure enfrentar duas questões principais: 1- Como a proposta pode promover da revitalização na região - uma vez que o terreno escolhido está inserido em local com poucos equipamentos de permanência e carente de áreas verdes; 2-Investigar quais as características fundamentais que podem ser atribuídas aos espaços internos e externos de um conjunto habitacional voltado à população idosa, com o objetivo de facilitar sua autonomia, e de atender as necessidades físicas e psicológicas características da idade. O trabalho está fundamentado por um lado, na coleta de dados sobre a população em foco e no levantamento e estudo da área de intervenção; e no desenvolvimento do projeto principalmente a partir da elaboração de sucessivas maquetes. Busca responder questões pertinentes a topografia, impermeabilidade do solo, fruição, falta de áreas verdes e de permanência no entorno.
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IDOSOS E O ENVELHECIMENTO
2.1 IDOSOS E ENVELHECIMENTO NO BRASIL: OS NÚMEROS DA QUESTÃO Até há pouco tempo acostumado a ser visto e classificado como um país com alto percentual de jovens, o Brasil se depara agora com um forte e rápido crescimento de sua população idosa e, despreparado até então, precisa começar a enfrentar essa realidade que já é preocupante. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a média da expectativa de vida da população brasileira em 2018 alcançou o patamar de 76,3 anos, e segundo os dados das Tábuas Completas de Mortalidade do IBGE, a população hoje vive 30,8 anos a mais do que viviam em 1940. (CRELIER, 2019, IBGE) Este fato decorre dos avanços científicos e de novas tecnologias voltadas à área da saúde. Melhores projetos de vida também são determinantes na mudança social em função do envelhecimento. A relação do estado brasileiro com esse setor da população, que começa a ser mapeada em meados de 1950, pode ser acompanhada na tabela abaixo:
se manteve nos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos, aumento de 18%, desde 2012, e superará em 2020 o patamar de 28 milhões. As mulheres são maioria expressiva nesse grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens são 13,3 milhões (44% do grupo).
1950 – 2.321.979 pessoas com mais de 60 anos, 4,46% da população total; 1980 – 7.344.706 pessoas com mais de 60 anos, 6,17% da população total; 1994 – Criação da Política Nacional do Idoso. (Lei nº 8.842, de janeiro de 1994); 1999 – Instituído o Dia Nacional do Idoso; 2000 – 14.536.029 pessoas com mais de 60 anos, 8,56% da população total; 2002 – Fundado o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDI); 2003 – Criação do estatuto do Idoso.( Lei n.º 10.741, de 1.º de outubro de 2003) 2007 – Governo Federal cria o programa Disque Idoso, que visa atender denúncias de maus tratos e violência contra idosos com 60 anos ou mais; 2010 – 20.590.597 pessoas com mais de 60 anos, 10,79% da população total; 2020 – Projeção de 28.321.799 pessoas com mais de 60 anos, 13,67% da população total; 2030 – Projeção de 40.472.804 pessoas com mais de 60 anos, 18,70% da população total; 2040 – Projeção de 52.055.799 pessoas com mais de 60 anos, 23,76% da população total; 2050 – Projeção de 64.050.980 pessoas com mais de 60 anos, 29,75% da população total; Fonte: IBGE - PNAD Contínua - realizada em 2017
Como se constata, somente a partir de 1994 são criados legislações e órgãos em prol dos idosos. E a partir de 2010 essa população vem crescendo, conforme registro das projeções realizadas para cada década, com taxas em torno de 5%. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua - realizada pelo IBGE em 2017, a tendência de envelhecimento da população brasileira
GRÁFICO 2: PIRÂMIDE ETÁRIA BRASILEI RA DE 1940 A 2060 Fonte: IBGE – publicado em 19/03/2019 Disponível em:<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/24036-idosos-indicam-caminhos-para-uma-melhor-idade)> Acesso em: 10/09/2019 Editado pelo autor
Ainda de acordo com o IBGE, o número de idosos tende a crescer no Brasil nas próximas décadas, como aponta a Projeção da População realizada em 2018, indicando que até 2060, um quarto dos residentes no país deverá ter mais de 60 anos , esse processo pode ser observado pelas mudanças na pirâmide etária, evidenciada no gráfico 2. Essa tendência ao envelhecimento da população se dá devido à queda da taxa de fecundidade, e principalmente ao aumento da expectativa de vida do brasileiro, esta última, consequência direta dos avanços da medicina, da ampliação do acesso aos serviços de saúde e de saneamento nos últimos anos e das melhorias gerais das condições de vida.
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2.2
GARMIC: A LUTA POR
MORADIA A partir de 1930 diversos movimentos sociais passam a surgir em diferentes pontos da nação, e em 1940 começam as reivindicações ligadas às questões em torno de políticas habitacionais. (QUIROGA, 2007) Surgem assim em: •1940, os Planos de Institutos – criando conjuntos residenciais para funcionários públicos e industriários; •1950, o Movimento pela Casa Própria, que atuou em diversas capitais do país; •1961, o Movimento das Favelas, que ocorreu em São Paulo e Belo Horizonte e visava melhorias no sistema de saneamento básico, urbanização de favelas e posse de terrenos baldios nas grandes cidades; •1983, o Movimento da Luta por Moradia, das associações comunitárias, tido como o estopim da luta por moradia na região de Santo Amaro – São Paulo; •1999 o Grupo de Articulação por Moradia da Capital (GARMIC), que busca repensar as questões ligadas às políticas públicas de habitação para a população idosa de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade; Observa-se que a consciência em torno da reivindicação por moradia para a população idosa só aparece em 1999 com as ações do GARMIC. O movimento nasceu na Casa Lar de Convivência São Vicente de Paula, por meio de aulas sobre cidadania, para idosos com mais de 60 anos, moradores de albergue, moradores de rua ou em situação de vulnerabilidade, em conjunto com outros movimentos de luta por moradia tais como: o Fórum de Cortiços, o Movimento de Moradia do Centro e União Movimento pela Moradia. Segundo Quiroga (2007), o GARMIC buscava naquele momento apoiar e resgatar a dignidade de um grupo de idosos indigentes e lutava, junto aos órgãos competentes, pela construção de uma vila exclusiva para idosos desamparados. Conseguiu então, que o governo reconhecesse os idosos indigentes como uma classe de indivíduos que necessitavam de amparo por parte do Estado. A partir desse reconhecimento, em 2007, conquistou o Parque do Gato, um conjunto habitacional que contava com 26 unidades habitacionais e atendia 31 idosos, e no mesmo ano, a Casa do Idoso, uma moradia provisória que abrigava 10 idosos. Em 2007 o movimento conquistou, junto à prefeitura de São Paulo, a Vila dos Idosos, um conjunto habitacional no bairro do Pari, objeto explorado com mais aprofundamento no capítulo 3, item 3.1.1 deste trabalho. É indiscutível que o desamparo atinge de modo muito mais grave e preocupante a população idosa dos estratos sociais mais baixos, sem qualquer tipo de recurso pessoal, e para o qual as poucas políticas públicas existentes se voltam. Mas também é verdade que todo o conjunto dos brasileiros maiores de 60 anos, de diferentes faixas sociais, não contam com a devida atenção da própria sociedade às suas necessidades, principalmente quando se consideram as transformações que os tempos atuais trouxeram, incluindo por exemplo o enfraquecimento dos laços familiares tradicionais, levando muitas famílias de classe média ou alta - a não mais quererem destacar alguém para cuidar dos mais velhos, frente aos cuidados a serem dispensados ao idoso, optando por sua internação .
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2.3
TIPOS DE
EQUIPAMENTOS De acordo com a Resolução SS - 123, de 27-9-2001 (D.O.E nº 184 de 28 de setembro de 2001) existem três tipos de equipamentos de hospedagem e assistência ao idoso, e as classifica como: -Centros de convivência: são espaços destinado aos idosos e seus familiares, com o objetivo de realizar atividades específicas para promover o desenvolvimento ativo, o aumento da qualidade de vida e a convivência social, além de oferecer atividades que possam gerar o aumento da renda própria. Este equipamento pode ser implantado em edificações novas ou adaptadas para seu uso. -Casas de Repouso: são instituições de assistência à saúde que se destinam à prestação de serviços de assistência médica às pessoas idosas, em regime de atendimento asilar; -Asilos: são estabelecimentos de interesse à saúde, que se destinam à prestação de serviços de assistência social, em regime de atendimento ou assistência asilar; Existe uma confusão a respeito das modalidades de atendimento por parte da população, inclusive entre as instituições, que por vezes anunciam seus serviços de forma equivocada. Devido à nova realidade etária verificada na população brasileira, fez-se necessário que a administração pública prestasse maior atenção nesse grupo de pessoas, e o governo do estado de São Paulo em parceria com algumas prefeituras, implantou diversos equipamentos e programas de assistência ao idoso, são eles: - NÚCLEOS DE CONVIVÊNCIA DO IDOSO (NCI)
É um serviço de proteção social, convivência e fortalecimento de vínculos aos idosos com idade igual ou superior a 60 anos em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social. São 90 unidades, que atendem mais de 12 mil idosos e oferecem atividades socioeducativas planejadas e baseadas nas necessidades, interesses e motivações dos idosos. FIGURA 1: NÚCLEO DE CONVIVÊNCIA DO IDOSO SOBEI Fonte: Sociedade Beneficente Equilíbrio de Interlagos - SOBEI Disponível em: <https://www.sobei.org.br/nci-imbuias/> Acesso em: 08/02/2020
- CENTRO DE REFERÊNCIA DA CIDADANIA DO IDOSO (CRECI@)
Serviço de referência, proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa, que oferece atendimento de modo individual e coletivo e estimula a participação social. Possui uma unidade que atende 400 idosos. Além da atenção direta aos idosos, é referência para qualificação institucional e defesa dos direitos, mantendo estratégias de trabalho articulado com a rede de proteção social ao idoso.
FIGURA 2: CENTRO DE REFERÊNCIA DA CIDADANIA DO IDOSO - CRECI@ Fonte: Prefeitura de São Paulo – Publicado em: 20/08/2018 <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/noticias/?p=262474> - Acesso em: 08/02/2020
- CENTRO DIA PARA IDOSOS (CDI)
Atualmente há 16 Centros Dia para Idosos com 30 vagas em cada um. Este é um serviço diurno voltado para pessoas idosas em situação de vulnerabilidade social, com grau de dependência física e/ou cognitiva. O serviço possui ações integradas com a Saúde do território. Nesses locais, os idosos podem passar o dia recebendo cuidados especiais como alimentação, terapia ocupacional, atendimento multidisciplinar, além de participar de oficinas, enquanto o familiar estiver trabalhando.
FIGURA 3: CENTRO DIA DO IDOSO VOTUPORANGA Fonte: Jornal online Votu News Publicado em: 10/09/2019 (https://www.votunews.com.br/prefeitura-de-votuporanga-abre-inscricoes-para-o-centro-dia-do-idoso/) Acesso em: 08/02/2020
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- CENTRO DE CONVIVÊNCIA
- CENTRO DE ACOLHIDA ESPECIAL PARA IDOSOS
São espaços de atendimento integral a idosos independentes, em situação de rua. O serviço oferece abrigo garantindo acolhimento digno e resgate da cidadania. São sete centros de acolhida, que atendem 700 idosos.
A finalidade dos CCIs é oferecer um espaço de socialização para evitar o isolamento da população da terceira idade. Nas unidades, os idosos independentes com mais de 60 anos têm a opção de desenvolver novas habilidades por meio de diversas atividades socioeducativas, culturais e esportivas.
FIGURA 6: CENTRO DE CONVIVÊNCIA IZAURA RIATO DE ARAÚJO Fonte: Governo do Estado de São Paulo Publicado em 10/09/2019 Disponível em: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/governo-de-sp-inaugura-centro-de-convivencia-do-idoso-em-sarutaia/> Acesso em: 08/02/2020
FIGURA 4: CENTRO DE ACOLHIDA ESPECIAL PARA IDOSOS – JARDIM UMUARAMA Fonte: Prefeitura de São Paulo – Publicado em: 14/05/2010 (https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/noticias/?p=18151) - Acesso em: 08/02/2020
- INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPIS)
O serviço oferta abrigo, alimentação, atividades socioeducativas, trabalho psicossocial e encaminhamentos para pessoas idosas em risco pessoal e social, que apresentam fragilidade, dependência física e/ou cognitiva, prioritariamente sem vínculos familiares. São 14 Instituições de Longa Permanência, que podem atender até 480 pessoas. FIGURA 5: INTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA Fonte: Portal do Envelhecimento – Publicado em: 28/11/2017 (https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/aspectos-juridicos-do-servico-de-acolhimento-em-instituicoes-de-longa-permanencia-para-idosos/) - Acesso em: 08/02/2020
Além dos equipamentos citados, o Governo do Estado de São Paulo vem criando diversos programas de assistência ao idoso, tais como: - SP Amigo do Idoso; que tem o objetivo de executar ações, em parceria com as prefeituras, para a garantia do envelhecimento ativo, fortalecendo o papel do idoso na sociedade. - Selo Município Amigo do Idoso; desenvolvido para estimular os municípios e entidades públicas a implantarem ações referenciadas pelo Programa São Paulo Amigo do Idoso. O Selo certifica os municípios paulistas, de acordo com as boas práticas públicas voltadas às pessoas idosas. - Fundo Estadual do Idoso (Lei 14.874/12); financia programas e ações voltadas aos idosos, com o objetivo de assegurar seus direitos sociais e criar condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. A destinação de recursos para o Fundo é feita por meio de incentivo fiscal, tanto de pessoas físicas como jurídicas. - Vida Longa e Vila Dignidade; ambas são parcerias entre as secretarias estaduais de Desenvolvimento Social e da Habitação e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), preveem a construção de empreendimentos voltados às necessidades habitacionais de idosos que vivem sozinhos, ou em situação de vulnerabilidade social.
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REFERÃ&#x160;NCIAS
Os projetos abaixo selecionados para estudo importam pela contribuição à elaboração e articulação do programa e para a compreensão do espaço a ser desenvolvido. Buscou-se elementos projetuais que complementassem a proposta a ser concebida, analisando proposições que garantem qualidade às habitações estudadas, bem como as impróprias para a finalidade do tema em questão. Foi priorizado empreendimentos que buscam responder questões como acessibilidade, priorizando o conforto e autonomia dos moradores. Outro fator utilizado para a seleção dos projetos foi a existência de propostas que visam não segregar os idosos, porém garantindo aos mesmo o direito de se materem reclusos quando assim o desejarem. Os estudos dessas edificações proporcionam um maior conhecimento dos meios de se desenvolver construções mais acessíveis e confortáveis para um público ainda pouco explorado pelo mercado imobiliário.
3.1
Campos, que é a via menos movimentada, o que torna a entrada e saída de pessoas mais calma.
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REFERÊNCIAS PARA
O PROGRAMA 3.1.1 VILA DOS IDOSOS Ficha técnica •Local: Bairro Pari, São Paulo, SP •Data: 2003-2007 •Cliente: COHAB-SP •Área de intervenção: 7.270 m² •Área construída: 8.290 m²
•Projeto de Arquitetura: VIGLIECCA & ASSOCIADOS •Estrutura/Fundações: Telecki Arquitetura de Projetos •Construção: Delta Construções
De acordo com o escritório Vigliecca e Associados O programa Vila dos Idosos integra o programa Morar no Centro, iniciativa da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB), órgão encarregado de dar resposta às demandas de habitação social na cidade de São Paulo. Neste caso particular, o empreendimento está dirigido a um dos setores da população mais carentes e tradicionalmente esquecido nas políticas habitacionais: os idosos. VIGLIECCA & ASSOCIADOS. Vigliecca e Associados, 2007. Memorial descritivo Vila dos Idosos. Disponível em: http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#memorial . Acesso em: 06/09/2019.
O conjunto está localizado no Bairro Pari, vizinho da Biblioteca Pública Adelpha Figueiredo, e faz frente a duas avenidas, Av. Pedroso da Silveira e Av. Carlos de Campos, onde se encontra sua entrada principal. A dimensão das faces do terreno que fazem frente as avenidas possuem praticamente o mesmo tamanho, porém o arquiteto optou por deixar o acesso pela Av. Carlos de
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FIGURA 7: FOTO AÉRA - IMPLANTAÇÃO VILA DOS IDOSOS Fonte: Google Maps - acesso em 07/10/2019 Editado pelo autor <https://www.google.com.br/maps/place/Residencial+Vila+dos+Idosos/>
EDIFÍCIO IMPLANTADO BIBLIOTECA ADELPHA FIGUEIREDO AVENIDAS DE ACESSO AO EDIFÍCIO
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- AV. CARLOS DE CAMPOS, ACESSO PRINCIPAL AO EMPREENDIMENTO - AV. PEDROSO DA SILVEIRA
O programa consiste em 145 unidades, sendo, 57 apartamentos de um dormitório com 42m² e 88 apartamentos estúdio com 30m², dispostos de maneira evidenciada pela figura 8. Analisando ainda a planta tipo, figura 8, percebe-se que a implantação resultou em grandes corredores, obrigando o morador a se deslocar por muitas unidades até chegar ao núcleo de circulação vertical. O edifício conta com três núcleos contendo um elevador e uma escada não enclausurada, e possui também outros dois acessos verticais onde se transita apenas por escadas. Apesar das escadas externas estarem entre os núcleos de circulação, para provavelmete diminuir as distâncias entre eles, não parece muito proveitoso, uma vez que o empreendimento se destina aos idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
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VILA DOS IDOSOS Como mostra a figura 10, o edifício é dividido em quatro pavimentos. Nota-se que
o arquiteto, ao recuar as aberturas e destacar um guarda corpo contínuo, buscou evidenciar a horizontalidade da construção, tornando-o menos agressivo ao seu entorno bem como à biblioteca Adelpha Figueiredo, que desde o princípio figurava em seu partido arquitetônico.
FIGURA 8: PLANTA TIPO DISTRIBUIÇÃO DOS APARTAMENTOS
FIGURA 10: CORTE E ELEVAÇÃO
Fonte: Site Vigliecca & Associados (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019 – Editado pelo autor
Fonte: Site Vigliecca & Associados (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019 – Editado pelo autor
Podemos ver na figura 9, implantação, que o edifício possui também três salas para TV e jogos, quatro salas de uso múltiplo, salão comunitário com cozinha e sanitários, quadra de bocha, área verde, espelho d’água e horta comunitária.
FIGURA 9: IMPLANTAÇÃO
FIGURA 11: CROQUIS DO ARQUITETO HECTOR VIGLIECCA
Fonte: Site Vigliecca & Associados (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/ elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019 – Editado pelo autor
Fonte: Site Vigliecca & Associados (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019 – Editado pelo autor
Há um total de 25% das unidades já adaptadas a portadores de deficiências físicas, e as outras facilmente adaptáveis, caso seja necessário. Figura 11. O objetivo do projeto, segundo Vigliecca (2007), é promover uma maior variedade de contatos de vizinhança dentro do conjunto, então, as circulações horizontais estão concebidas como espaços coletivos de encontro, figura 12, também foram distribuídos bancos de uso comunitário de frente às portas dos apartamentos que adquirem uma dimensão com foco na interação dos residentes. O projeto resulta em uma arquitetura acolhedora, o morador perde a sensação de estar morando em uma região central da cidade, e conforme mostra a figura 13, a altura do edifício bloqueia o cinza das construções externas mas não sufoca os frequentadores do local.
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FIGURA 12: CIRCULAÇÃO HORIZONTAL Fonte: Site Vigliecca & Associados Disponível em: (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019
FIGURA 13: PÁTIO CENTRAL Fonte: Site Vigliecca & Associados Disponível em: (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019
FIGURA 14: ESPELHO D’ÁGUA Fonte: Site Vigliecca & Associados Disponível em: (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019
FIGURA 15: RELAÇÃO VILA DOS IDOSOS COM A BIBLIOTECA Fonte: Site Vigliecca & Associados Disponível em: (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em: 07/10/2019
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3.1.2 HILÉA Ficha Técnica:
•Local: Rua Jandiatuba, s/ n - Vila Andrade - São Paulo/SP •Data: 2005-2008 •Construção: RFM Construtora •Área Total do Terreno: 2.598,85m² •Área Construída: 13.686,12m² •Projeto Arquitetônico: Aflalo & Gasperini Arquitetos •Projeto de Paisagismo: Isabel Duprat •Projeto de Decoração: Sig Bergamin •Torres: 1 •Pavimentos: 10 •Total de Unidades: 119 apartamentos
FIGURA 16: RELAÇÃO VILA DOS IDOSOS COM A BIBLIOTECA Fonte: Site Vigliecca & Associados Disponível em: (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019
FIGURA 18: FOTO EM PERSPECTIVA Fonte: Site Aflalo & Gasperini arquitetos Disponível em: (http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/) Acesso em: 07/10/2019 FIGURA 17: RELAÇÃO DO PÁTIO COM AS MORADIAS Fonte: Site Vigliecca & Associados Disponível em: (http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing#tech_ch) Acesso em 07/10/2019
Localizado no bairro do Morumbi, o Hiléa foi projetado para ser um complexo residencial de alto padrão, voltado a pessoas da terceira idade, englobando moradia, serviços, clínica médica e lazer. Possui ambientes projetados para o conforto dos idosos além de possuir soluções de acessibilidade para as dificuldades físicas provenientes da idade.
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Todos os andares da ala residencial possuem uma enfermaria com equipamentos hospitalares para emergência e uma sala de medicação (figura 21). O núcleo de circulação vertical possui quatro elevadores sendo dois deles capazes de transportar macas. Ao analisar essa imagem nota-se que o núcleo de circulação emergencial não possui área para cadeirantes em ambiente pressurizado e nem elevadores de emergência. Percebe-se também que os toaletes das unidades não são adaptados para cadeirantes, obrigando o portador de deficiência a usar o toalete PNE que se encontra no núcleo de circulação vertical, vale observar também que existe apenas um toalete do tipo por andar.
FIGURA 19: CROQUI DA VOLUMETRIA Fonte: Croqui do autor
O conjunto é composto por dois volumes sobrepostos: a base mais horizontalizada contém três pavimentos de áreas comuns, e o volume verticalizado é constituído por 8 pavimentos, nos quais se distribuem as suítes residenciais (figura 19).
FIGURA 21: DIAGRAMA DE USOS EM PLANTA Fonte: Site Aflalo & Gasperini arquitetos Disponível em: (http://aflalogasperini.com.br/blog/ project/hilea/) Acesso em: 07/10/2019 Editado pelo autor
FIGURA 20: DIAGRAMA DE USOS Fonte: Site Aflalo & Gasperini arquitetos Disponível em: (http://aflalogasperini.com.br/blog / project/hilea/) Acesso em: 07/10/2019 Editado pelo autor
O embasamento conta com um centro de convivência, recepção, restaurante, sala de atendimentos, bar e café, enquanto a torre possui apartamentos totalmente adaptados ao idoso, com tamanhos de 36m² cada, onde ele poderá morar sozinho ou em casal, além de uma UTI, instalada em sua cobertura (figura 20).
FIGURA 22: AMPLIAÇÃO DA PLANTA DAS UNIDADES HABITACIONAIS Fonte: Site Aflalo & Gasperini arquitetos (http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/). Acesso em: 07/10/2019 Ampliação desenhada pelo autor
Os apartamentos são do tipo estúdio, compreendendo sala e quarto no mesmo ambiente, com banheiro separado. Como mostra a figura 22, os mesmos não dispõem de cozinhas, obrigando seus moradores a compartilhar este espaço em outro local, o que torna o empreendimento menos parecido com um lar, assemelhando-se mais, talvez, a um hospital. Há bom espaço para circulação de cadeiras de rodas em todo o empreendimento, porém como dito antes, os banheiros das unidades não são adequados para deficientes físicos.
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O empreendimento foi vendido para o governo do Estado de São Paulo, ainda no mesmo ano, que o transformou em um centro de referência da Rede de Reabilitação Lucy Montoro. Apesar de não estar mais em funcionamento a obra serve como referência para esse desdobramento da arquitetura que visa facilitar as demandas do envelhecimento.
FIGURA 23: FOTO DA ÁREA DE CONVIVÊNCIA Fonte: Site Aflalo & Gasperini arquitetos Disponível em: (http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/) Acesso em: 07/10/2019
FIGURA 25: FOTO DA FACHADA FRONTAL
FIGURA 26: FOTO DA FACHADA LATERAL
Fonte: Site Aflalo & Gasperini arquitetos Disponível em: (http://aflalogasperini.com.br/blog/ project/hilea/) Acesso em: 07/10/2019
Fonte: Site Aflalo & Gasperini arquitetos Disponível em: (http://aflalogasperini.com.br/blog/ project/hilea/) Acesso em: 07/10/2019
3.1.3 RESIDENCIAL CIDADE MADURA Ficha Técnica:
FIGURA 24: FOTO DA SALA DE GINÁSTICA Fonte: Site Aflalo & Gasperini arquitetos Disponível em: (http://aflalogasperini.com.br/blog/project/hilea/) Acesso em: 07/10/2019
O Hiléa encerrou suas atividades em 2009 por falta de planejamento financeiro e baixa procura devido ao elevado custo da taxa cobrada dos usuários, suas mensalidades partiam de R$ 6.000,00. (GONÇALVES, 2009).
•Local: João Pessoa, Paraíba •Data: 2014 •Área Total do Terreno: 17.200m² •Projeto Arquitetônico: Equipe técnica da CEHAP sob liderança dos arquitetos Júlio Gonçalves e Rafaela Mabel Silva Guedes •Cliente: Governo da Paraíba •Total de Unidades: 40 casas •Total de idosos atendidos: Até 80 pessoas
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O Residencial Cidade Madura é um condomínio de casas localizado na cidade de João Pessoa na Paraíba, com uma área total de 17.200m². As unidades são cedidas aos idosos em comodato vitalício, não lhes sendo permitido modificar, emprestar, locar ou ceder os imóveis. Podem morar sozinhos ou com seus cônjuges, porém devem ter autonomia para poder realizar as atividades da vida diária, sendo eles os próprios responsáveis pelo pagamento das taxas de água, energia elétrica e gás. No caso de perda da autonomia, a família é comunicada e o idoso é encaminhado para uma ILPI (instituição de longa permanência para idosos), por não se encaixar mais nos critérios exigidos para participar do programa, e assim a propriedade da casa é devolvida ao Estado e um novo morador é convidado a participar do programa.
Observa-se na figura 29, implantação, na página ao lado, o empreendimento possui uma via central com equipamentos coletivos, compostos por área de lazer e blocos de serviços. Possui também um núcleo de assistência à saúde, equipado para promover atendimento preventivo através da ação de profissionais de enfermagem e psicologia.
O local de implantação é servido de infraestrutura básica (água, energia elétrica, telefonia, transporte público), contudo, como mostram as figura 27 e 28, encontra-se em uma área recém urbanizada, longe do centro, onde ainda não há pavimentação nas ruas e nem iluminação pública.
FIGURA 27: FOTO AÉREA DA URBANIZAÇÃO NO TEMPO Fonte: Google Earth Acesso em: 07/04/2020 Editado pelo autor
FIGURA 29: IMPLANTAÇÃO Fonte: Slide Share - CEHAP https://pt.slideshare.net/associacaocohabs/6-a-grupos-especficos-cidade-madura-cehappb acesso em: 07/04/2020 Editado pelo autor
As unidades habitacionais possuem uma área de 54m² e são conectadas às vizinhas de maneira geminada, ficando o acesso que leva às suas respectivas varandas, unificado. (figura 30)
FIGURA 30: PLANTA ESQUEMÁTICA E FOTO DA FACHADA
FIGURA 28: FOTO AÉREA DA DISTÂNCIA DO CENTRO Fonte: Google Earth Acesso em: 07/04/2020, editado pelo autor
Fonte: Diário de Pernambuco Disponível em: <http://curiosamente.diariodepernambuco. com.br/project/novo-condominio-exclusivo-para-idosos-sera-inaugurado-na-paraiba/> Acesso em: 07/04/2020 Editado pelo autor
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As casas são compostas por sala, um dormitório, banheiro PNE, área de serviço, cozinha e varanda. Dentre os ambientes, somente o banheiro é adaptado para deficiente, os demais não são ideais para o acesso de cadeira de rodas, mesmo em um layout com dormitório de solteiro, visto que não possuem dimensões mínimas para a circulação e giro das mesmas.(figura 31)
Já a relação com a cidade é prejudicada, pois, por se tratar de um residencial fechado, com portaria controlada , o acesso aos equipamentos internos são proibidos para não moradores, e estas medidas de isolamento acabam por segregar os idosos dentro do local, impedindo assim a convivência com o restante da sociedade, algo que o estatuto do idoso procura combater.
FIGURA 31: PLANTA TIPO COM LAYOUT Fonte: Slide Share Disponível em: <https://pt.slideshare.net/associacaocohabs/emilia-correia-lima-cidade-madura?qid=ec187dcf-7ad2-41ef-a050-fe7be46f7f21&v=&b=&from_search=1> Acesso em: 07/04/2020 Editado pelo autor
Como mostram as imagens a seguir, a configuração das áreas de uso comum no centro do lote é positiva quanto ao uso dos equipamentos, pois incentiva o relacionamento entre os moradores, contudo, devido à falta de arborização e elementos de paisagismo que propiciem sombras, os equipamentos instalados ao ar livre (como a praça e as áreas de gisnástica) são subutilizados, já que na região nordeste existe um índice de insolação alto, fazendo com que as pessoas procurem esses espaços somente no início da manhã, fim de tarde ou à noite.
FIGURA 32: HORTA COMUNITÁRIA Fonte: Orçamento Democrático Estadual Disponível em: (https://ode8anos.com.br/acoes-por-area/habitacao/) Acesso em 07/04/2020
FIGURA 33: HORTA COMUNITÁRIA Fonte: Governo do Estado da Paraíba Disponível em:(https://paraiba.pb.gov.br/noticias/cidade-madura-continua-em-destaque-na-imprensa-nacional-e-segue-como-referencia-para-outros-estados) Acesso em 07/04/2020
FIGURA 34: EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA Fonte: Diário de Pernambuco Disponível em: (http://curiosamente.diariodepernambuco.com.br/project/novo-condominio-exclusivo-para-idosos-sera-inaugurado-na-paraiba/) Acesso em 07/10/2019
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3.2
REFERÊNCIAS PARA
O PROJETO 3.2.1 EDIFÍCIO BOSCO VERTICALI MILÃO •Local: Milão, Itália •Data: 2014 •Projeto arquitetônico: Boeri Studio •Foco da referência: Estrutura, terraços ajardinados
FIGURA 35: PRAÇA CENTRAL Fonte: Diário de Pernambuco Disponível em: (http://curiosamente.diariodepernambuco.com.br/project/novo-condominio-exclusivo-para-idosos-sera-inaugurado-na-paraiba/) Acesso em 07/10/2019
O estudo desse projeto foi importante para o entendimento do sistema estrutural do edifício, pois, além do peso dos materiais comuns à construção da edificação, as plataformas ecológicas deveriam suportar uma carga adicional nas varandas em balanço, que é a somatória dos insumos que compõe cada jardineira e o peso da vegetação. Foi verificado também o sistema de irrigação e drenagem utilizado e como são feitas as manutenções e substituições das plantas estabelecidas nas plataformas.
FIGURA 36: FACHADAS DAS RESIDÊNCIAS Fonte: Paraíba Online Disponível em:(https://paraibaonline.com.br/2020/02/programa-habitacional-voltado-a-terceira-idade-e-destaque-na-imprensa-nacional/) Acesso em 07/10/2019
FIGURA 36: VISTA AÉREA DO EMPREENDIMENTO Fonte: Condomínios Verdes Disponível em:<https://www.condominiosverdes.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Bosco-Verticale-em-Mil%C3%A3o-Bairro-Porta-Nuova-Mil%C3%A3o-1-768x512.jpg> Acesso em 07/10/2019
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Inaugurado em outubro de 2014, o projeto Bosco Verticale, de autoria do arquiteto Stefano Boeri, consiste de duas torres, uma de 80 metros e outra de 112 metros, que abrigam 480 árvores de porte médio e grande e outras 300 de pequeno porte, 11.000 plantas e 5.000 arbustos. O projeto conseguiu inserir em uma área urbana de 3000m² o equivalente em vegetação a uma superfície de 30.000m² de floresta. (BOERI, 2014)
Nota-se ao observar o corte, figura 37, que todas as varandas se projetam para fora do edifício seguindo o mesmo comprimento, entretanto, a dimensão das varandas variam de acordo com o tamanho das jardineiras proposta para cada apartamento. Há também unidades em que a vedação da varanda está recuada, criando assim um espaço generoso de permanência. As vigas têm pouca altura, porém são bem espessas, dando a impressão de pé direito mais alto. Existem apartamentos contemplados com varanda e outros que não as tem, bem como varandas com pé direito duplo e triplo, onde são plantadas as árvores de maior porte.
FIGURA 38: PLANTA - MALHA ESTRUTURAL Fonte: Archdaily Disponível em:<https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio/564e7ccee58ece8c420003b0-bosco-verticale-stefano-boeri-architetti-floor-plan>. Acesso em: 07/10/2019, editado pelo autor.
A figura 39 mostra o esquema de irrigação e drenagem adotado para o edifício, e também a vegetação proposta para os jardins suspensos.
FIGURA 37: CORTE DAS JARDINEIRAS E SISTEMA ESTRUTURAL Fonte: Condomínios Verdes Disponível em:<https://www.condominiosverdes.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Bosco-Verticale-em-Mil%C3%A3o-Bairro-Porta-Nuova-Mil%C3%A3o-1-768x512.jpg> Acesso em 07/10/2019
A figura 38 mostra que o arquiteto conseguiu, utilizando a mesma malha estrutural, fazer com que a laje tenha uma estrutura com espassamento irregular nas extremidades e regular no centro. Este procedimento permite que se aumente a quantidade de estrutura nas bordas, algo que se torna necessário para sustentar as grandes plataformas em balanço que se projetam do edifício. Percebe-se ainda que a largura das plataformas tem o mesmo tamanho que o espassamento das bordas na malha estrutural, o que variam são apenas o seu comprimento e o posicionamento no edifício. A análise dessa planta revela também a dimensão dos pilares nas extremidades da construção, que são grandes e causam certo ruído tanto no desenho como dentro das unidades habitacionais.
SISTEMA DE IRRIGAÇÃO SISTEMA DE DRENAGEM
FIGURA 39: PERSPECTIVA - SISTEMA DE DRENAGEM, IRRIGAÇÃO E VEGETAÇÃO PROPOSTA Fonte: Archdaily. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio/564e7ccee58ece8c420003b0-bosco-verticale-stefano-boeri-architetti-floor-plan>. Acesso em: 07/10/2019. Editado pelo autor.
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Segundo Boeri (2014), após análises e estudos micro-metereológicos, ficou estabelecida a nescessidade de um sistema de irrigação para as estações secas e outro de drenagem para as estações chuvosas, definiu-se então, a quantidade de irrigação necessária para cada fachada, e de acordo com a exposição solar foi distribuída a vegetação ideal para cada pavimento. A água da chuva é armazenada em sisterna e reutilizada no próprio empreendimento. A água proveniente das pias e chuveiros é tratada no próprio edifício e reutilizada na irrigação dos jardins. Segundo Giacomello (2015) os moradores têm acesso aos jardins que envolvem a sua unidade habitacional, entretanto, como os jardins são de propriedade do edifício, os moradores não podem mexer na vegetação sem autorização prévia, figura 40.
FIGURA 41: FOTO DA MANUTENÇÃO EXTERNA DOS JARDINS VERTICAIS Fonte: Archdaily Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio/564e7ccee58ece8c420003b0-bosco-verticale-stefano-boeri-architetti-floor-plan> Acesso em: 07/10/2019 Editado pelo autor.
3.2.2 EDIFÍCIO TRUDO VERTICAL FOREST FIGURA 40: FOTO DA UTILIZAÇÃO DA VARANDA Fonte: Archdaily Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/778367/edificio-bosco-verticale-boeri-studio/564e7ccee58ece8c420003b0-bosco-verticale-stefano-boeri-architetti-floor-plan> Acesso em: 07/10/2019 Editado pelo autor.
A manutenção da vegetação, quando não se trata de caráter emergencial, se dá de duas formas: a primeira, por dentro das unidades habitacionais, que ocorre de maneira agendada, de 3 a 6 vezes por ano; e a segunda, por fora, com o auxílio de uma grua instalada no topo do edifício, e também, como mostra a figura 41, através de equipe especializada que desce o edifício com o auxílio de rapel. GIACOMELLO (2015)
•Local: Eindhoven, Holanda •Data: 2017 •Projeto arquitetônico: Boeri Studio •Foco da referência: Estrutura, terraços ajardinados, otmização de custos A segunda referência adotada para esse estudo é também do arquiteto Stefano Boeri, contudo, o projeto analisado possui um diferencial da proposta anterior, pois trata-se de um programa de habitação social.
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A proposta, que também contém os jardins verticais, é importante para essa análise pois trata-se de um edifício com características de alto padrão, que foi projetado com limitações financeiras pertinentes a este tipo de arquitetura. (BOERI, 2017) Os apartamentos são de tamanho pequeno, com menos de 50m², porém, são contemplados pelos jardins verticais e pela extensão de 4 metros que as plataformas ecológicas propiciam nas fachadas, figura 43. A análise da planta, figura 44, mostra que a estrutura foi racionalizada de maneira ordenada e simples, otimizando os custos de construção. Os pilares de borda são robustos, como na proposta anterior, porém os comprimentos das plataformas em balanço são menores.
FIGURA 42: FACHADA TRUDO VERTICAL FOREST Fonte: Inhabitat Disponível em: <https://inhabitat.com/the-worlds-first-vertical-forest-for-low-income-housing-is-coming-to-the-netherlands/stefano-boeri-architetti_eindhoven-trudo-vertical-forest_2018_facade-view/> Acesso em: 07/10/2019
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1- HALL DE ENTRADA 2- TOALETE 3- COZINHA 4- SALA 5- QUARTO 6- CLOSET
FIGURA 43: PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
FIGURA 44: EIXOS ESTRUTURAIS
Fonte: Stefano Boeri Architetti Disponível em:<https://www.stefanoboeriarchitetti. net/en/project/trudo-vertical-forest/> Acesso em: 07/10/2019. Editado pelo autor.
Fonte: Stefano Boeri Architetti Disponível em:<https://www.stefanoboeriarchitetti.net/ en/project/trudo-vertical-forest/> Acesso em: 07/10/2019. Editado pelo autor.
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3.2.3 EDIFÍCIO TOP TOWERS PARAÍSO •Local: Paraíso, São Paulo - Capital •Data: 2008 •Projeto arquitetônico: Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados •Foco da referência: Fachada, plasticidade, sistema de drenagem das varandas
FIGURA 45: DISTRIBUIÇÃO DOS PILARES Fonte: Stefano Boeri Architetti Disponível em:<https://www.stefanoboeriarchitetti. net/en/project/trudo-vertical-forest/> Acesso em: 07/10/2019 Editado pelo autor
FIGURA 46: PARTIDO ARQUITETÔNICO
Fonte: Stefano Boeri Architetti Disponível em:<https://www.stefanoboeriarchitetti. net/en/project/trudo-vertical-forest/> Acesso em: 07/10/2019. Editado pelo autor.
Como observa-se na figura 45, os pilares internos variam de posicionamento, de acordo com a necessidade, gerando áreas simples e bem utilizadas espacialmente. Na figura 46, nota-se facilmente o partido adotado pelo arquiteto, na racionalização da estrutura, com uma modulação sequencial que configura os espaços internos, agrupa os shafts e simplifica a disposição dos ambientes.
Duas diretrizes principais nortearam o desenvolvimento do projeto Top Towers: a primeira era um conjunto de solicitações típicas do mercado imobiliário, que envolviam o aproveitamento máximo do potencial construtivo do terreno e a otimização das áreas destinadas à venda; a segunda consistia em uma preocupação dos arquitetos em conferir ao projeto grande riqueza formal e uma plástica impactante, com o intuito de criar uma nova referência urbana. (FRACALOSSI, 2011)
Foram incorporados pequenos terraços nas fachadas, evidenciados na figura 47, que cumprem uma tripla função: 1- A instalação das unidades individuais de ar-condicionado, 2- Servir como espaço destinado à contemplação da paisagem, 3- Amenizar o impacto direto da insolação nas aberturas, uma vez que trata-se de um edifício comecial, e não é conveniente que se tenha iluminação exacerbada, além de reduzir a necessidade do uso de aparelhos de ar condicionado, (figura 48). FIGURA 47: PERSPECTIVA DO EDIFÍCIO Fonte: <https://www.archdaily.com.br/br/01-16004/ top-tower-konigsberger-vannucchi-arquitetos-associados/overall-view-from-the-vergueiro-street/> Acesso em: 07/10/2019. Editado pelo autor.
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Apesar do uso ser diferente do proposto nesse estudo, a plasticidade obtida com o deslocamento das varandas e o sistema de captação de águas pluviais tornam o projeto pertinente para a pesquisa, (figura 49). FIGURA 49: SISTEMA DE DRENAGEM E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL
MAIS QUENTE
Fonte: Archdaily Disponível em:<https://www.archdaily.com. br/br/01-16004/top-tower-konigsberger-vannucchi-arquitetos-associados/overall-view-from-the-vergueiro-street/> Acesso em: 07/10/2019 Editado pelo autor
MAIS FRIO
Como o projeto foi construído na cidade de São Paulo, o estudo do clima realizado foi um importante parâmetro para a concepção das estratégias bioclimáticas que poderiam ser adotadas no empreendimento. A figura 50 mostra o efeito da insolação ao insidir nas varandas e a estratégia de ventilação utilizada pelo arquiteto para ajudar no resfriamento natural do edifício. FIGURA 50: ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS Fonte: Archdaily Disponível em:<https://www.archdaily.com.br/br/01-16004/top-tower-konigsberger-vannucchi-arquitetos-associados/overall-view-from-the-vergueiro-street/> Acesso em: 07/10/2019 Editado pelo autor
FIGURA 48: INCIDÊNCIA SOLAR Fonte: Archdaily Disponível em:<https://www.archdaily.com.br/br/01-16004/top-tower-konigsberger-vannucchi-arquitetos-associados/overall-view-from-the-vergueiro-street/> Acesso em: 07/10/2019 Editado pelo autor
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DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
VILA CARRÃO
FIGURA 51: ÍNDICE DE IDOSOS POR REGIÃO Fonte: Site gestão Urbana (https://www.prefeitura. sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Informes_Urbanos/IU_Idoso_2019_REV_Final.pdf), acesso em: 07/09/2019
FIGURA 52: ÍNDICE DE IDOSOS POR REGIÃO Fonte: Site Guia Geográfico (http://www.mapas-sp.co m/bairros.htm) Acesso em: 11/09/2019 Editado pelo Autor
Conforme mostra a figura 51, a população idosa está desigualmente distribuída no território paulistano, e os distritos com maior número relativo de idosos, isto é, da razão entre a população jovem e a população idosa, ficam no vetor sudoeste do município, como por exemplo Jardim Paulista, Pinheiros e Vila Mariana, região da cidade que apresenta elevado padrão de vida e as maiores taxas de rendimento médio domiciliar. INFORMES URBANOS (2019) Como podemos observar no mapa 51, o distrito do Carrão figura como segundo colocado em índice de idosos em relação a população total. Faz parte dessa colocação também os distritos: Tatuapé, Água Rasa, Moóca, Tucuruvi, Santana, Butantã, Perdizes, Lapa Saúde, Campo Belo, Santo Amaro e Socorro. Há atualmente na cidade de São Paulo sete conjuntos habitacionais destinados a pessoas da terceira idade, como mostra a figura 52, do total três estão na zona sul, dois no centro, um na zona oeste e um na zona leste. É notável que pela quantidade de distritos com alto índice de pessoas idosas na zona leste, apenas um empreendimento deste tipo talvez não seja o suficiente. O Carrão está situado na zona leste, em São Paulo – SP, é parte da subprefeitura de Aricanduva, que contempla os distritos de Aricanduva, Carrão e Vila Formosa, e faz fronteira com os distritos do Tatuapé e Anália Franco. Dentre os bairros da subprefeitura de Aricanduva o Carrão é o distrito com maior número de idosos e possui uma quantidade significativa de asilos e casas de repouso. Em pesquisa realizada pelo autor
em dezembro de 2019, constatou-se que existem no local 41 estabelecimentos para idosos. A pesquisa, anexada ao fim do trabalho, buscou mostrar a quantidade de estabelecimentos e suas distâncias a partir do lote escolhido para a implantação do projeto, bem como o custo mensal para hospedar um idoso nesses institutos. Os preços variam de R$ 1.800,00 à R$ 5.960,00 mensais, dependendo do padrão e tipo de serviço ofertado pelos equipamentos. Constatou-se também que, em média, 70% dos idosos residentes arcam sozinhos com tais custos, e moram por vontade própria ou porque não se sentem aptos a morar sozinhos. Ainda nessa linha de investigação, descobriu-se que muitos idosos, com alto padrão financeiro, ao ficarem viúvos, passaram a sofrer de depressão e outros transtornos psiquicos, devido à solidão. A maioria não aceita morar com os filhos, pois entendem que irão atrapalhar a rotina familiar dos mesmos, preferindo então se estabelecer por conta própria. Conforme vimos no capitulo 1, o número de idosos vem aumentando gradativamente, e atualmente a zona leste tem um total de 10 distritos com alto índice de população idosa, o que desperta o interesse em levar este tipo de equipamento para essa área. É preponderantemente residencial, com boa infraestrutura, facilidade de acesso às demais regiões da cidade a partir do sistema público de transporte. Tem influência portuguesa e japonesa e ainda conserva um senso de comunidade dos moradores, que se envolvem, por exemplo, com a manutenção de praças e ruas. A Associação Okinawa, com milhares de associados, promove anualmente um dos maiores eventos da cidade de São Paulo, compondo o Calendário Oficial de Eventos do Município. O preço do metro quadrado médio em 2018 era de R$ 3.100, segundo a Pesquisa de Mercado da Capital do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP), realizada em novembro e dezembro de 2018. O bairro é atendido por hospitais públicos e particulares, e está próximo a dois grandes parques, o Ceret, com 286 mil metros quadrados e o Parque do Carmo, com mais de 1,5 milhão de metros quadrados. O crescimento do bairro tem sido tão intenso, que segundo um levantamento feito pela prefeitura em 2012, o fluxo de sua principal via de circulação e comércio, a Av. Conselheiro Carrão, ultrapassou grandes avenidas de São Paulo, como a Avenida Rebouças, se colocando entre as 10 mais congestionadas de toda a cidade. PORTAL VILA CARRÃO (2019) No que se refere ao setor de transportes, a Vila Carrão possui uma rede com boas opções. O bairro é atendido pela estação de metrô que leva o nome do distrito. Essa estação faz parte da linha Vermelha, que possibilita integração com a Linha Azul e com outras linhas de trem da CPTM, também conta com diversas opções de ônibus. Há ainda a extensão da Linha Verde do metrô, que ligará a Vila Prudente à região da Dutra em Guarulhos e terá duas estações no bairro: Guilherme Giorgi e Nova Manchester. TIBÉRIO (2013)
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4.1
RUA NOVA JERUSALÉM
LEVANTAMENTOS DA ÁREA DE
RUA MANIUTUBA
INTERVENÇÃO
RUA ANTÔNIA SOVERAL RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
4.1.1 SISTEMA VIÁRIO
O terreno está situado entre duas ruas coletoras, como mostra a figura 53, rua Mariano de Souza, com um fluxo baixo de automóveis e a rua Atucuri, com fluxo um pouco maior de veículos automotores, que também é atendida por duas linhas de ônibus. Ambas as ruas desembocam na av. Conselheiro Carrão, uma importante ligação do bairro com a avenida Radial Leste-Oeste, que tem fluxo maior de veículos. Entretanto, por se localizar a uma distância de aproximadamente 150m do terreno, não causa desconforto sonoro à área de intervenção, conforme se pode constatar em visita ao local, em diferentes horários.
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FIGURA 53 : MAPA DO SISTEMA VIÁRIO Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo autor
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RUA NOVA JERUSALÉM RUA MANIUTUBA RUA ANTÔNIA SOVERAL RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
4.1.2 CHEIOS E VAZIOS No entorno do terreno não existem áreas livres como praças e parques, as calçadas são estreitas, e as poucas áreas vazias que podem ser observadas pelo mapa de cheios e vazios, (Figura 54), são espaços de uso privativo, pertencente aos grandes condomínios residenciais, que vêm se estabelecendo ao longo dos anos, com a transformação do bairro. Apesar de parecer “um respiro“ na malha urbana, esses condomínios são totalmente fechados para a cidade - como em geral tem sido o padrão - com muros altos, deixando o pedestre, ao percorer as ruas, com uma sensação claustrofóbica, além de contribuir para a sensação e a falta efetiva de segurança no bairro. O córrego Rapadura, a leste no mapa, implica atenção mais adequada e cuidadosa, pois, possui construções em suas margens, não sobrando espaço para o cultivo de mata ciliar e tão pouco para a implantação de parques lineares.
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FIGURA 54: MAPA DE CHEIOS E VAZIOS Fonte: Mapa Digital da Cidade Fonte: EditadoMapa pelo Digital Autor da Cidade Editado pelo Autor
30
RUA NOVA JERUSALÉM RUA MANIUTUBA
* *
RUA ANTÔNIA SOVERAL
* *
RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
4.1.3 ZONEAMENTO A partir de dados obtidos no site GeoSampa, da prefeitura de São Paulo, pode-se determinar o zoneamento da área de intervenção e de seu entorno , o que foi crucial para o entendimento dos potenciais construtivos que poderiam ser adotados pelo projeto, bem como, qual o padrão da urbanização que se dará nos próximos anos. O lote está localizado em área de zona mista (ZM), como mostra a figura 55, que é uma zona de baixo e médio adensamento, porém está na divisa com outras duas áreas de maior adensamento, as Zona de Centralidade (ZC), e Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto (ZEUP). Os parâmetros de construção da área de inserção do projeto serão melhor detalhados no sub-capítulo 4.2 Índices Urbanísticos, página 43 Anexo a este trabalho há um resumo das diretrizes de construção vigentes no plano diretor, referente ao zoneamento das áres lindeiras ao lote do projeto. 00
25 25 50 50
100 100
200 200
*ZM - Zona Mista
ZEUP -Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto ZC - Zona Centralidade ZEIS 1 - Zonas Especiais de Interesse Social 1 Fonte: Site Gestão Urbana - Prefeitura de São Paulo
FIGURA 55 : MAPA DO ZONEAMENTO Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo Autor
31
RUA NOVA JERUSALÉM RUA MANIUTUBA RUA ANTÔNIA SOVERAL RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
4.1.3 USO E OCUPAÇÃO Analisando o uso e ocupação da área, destacados na figura 56, pode-se observar que há mais residências do que estabelecimentos comerciais e de serviços no local. Podemos perceber também que a maioria das quadras que contém áreas comerciais são mistas, com comércios e residências, quadras exclusivamente comerciais e de serviços são poucas. A oeste no mapa encontra-se a Rua Nova Jerusalém, um eixo comercial que compreende pequenos comércios locais como lojas de utensílios, bares, padarias e salões de beleza. Contudo, nota-se que vem ocorrendo uma transformação no padrão de uso do solo, e na rua Atucuri começam a despontar novos comércios, criando gradativamente mais um eixo comercial no bairro. O acesso principal do centro de convivência proposto se dá na rua Atucuri, no nível 737, e na mesma rua, no nível 741 teremos o acesso intermediário ao empreendimento.
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25 25
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FIGURA 56 : MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo Autor
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RUA NOVA JERUSALÉM RUA MANIUTUBA RUA ANTÔNIA SOVERAL RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
4.1.5 GABARITO Constata-se uma quantidade significativa de lotes pequenos no entorno do terreno (figura 57), e mesmo sendo área de zona mista, cujo as edificações podem atingir 28 metros de altura, o equivalente a um edifício de 9 andares, temos poucos imóveis do tipo na região. Segundo argumenta a Diálogo engenharia (2018), o bairro vem passando por uma transformação em sua densidade demográfica, pois tornou-se alvo da especulação imobiliária devido aos preços mais baixos do que os outros bairros da zona leste, e também pela facilidade de acesso a outras regiões de São Paulo, as estações de metrô e a infraestrutura do local, que na maior parte dos casos, é bem servida de boas escolas, comércio e hospitais. Existe ainda a expectativa de uma segunda linha de metrô, resultante da expansão da linha 2 Verde, que dará ao bairro duas novas estações, valorizando ainda mais a região, por isso estima-se que dentro de alguns anos haverá um maior adensamento e uma mudança no caráter do bairro, com o aumento gradativo de novos comércios em toda a área.
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2525 5050
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200 200
FIGURA 57 : MAPA DE GABARITOS Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo Autor
33
2005
4.1.6 PADRÃO DE TRANSFORMAÇÃO A partir da hipótese exposta pela Diálogo Engenharia (2018), fez-se necessário um estudo mais aprofundado com relação ao padrão de transformação ocorrido no bairro. A partir da análise de fotos aéreas, antigas e atuais, (figuras 58 e 59), pode-se constatar qual foi a alteração obtida ao longo de 15 anos. Observou-se que a maioria dos novos empreendimentos que surgiram na área, no período citado, aconteceram em lotes grandes, que antes continham pequenas indústrias e armazéns. Não houve também uma verticalização significativa na região, indicando assim que, apesar de o bairro estar passando por uma transformação, ela está se dando de maneira mais vagarosa do que em outras áreas da zona leste como os bairros da Mooca, que tem grandes lotes provenientes de indústrias e o Tatuapé, que é repleto de opções de comércio, serviços e uma agitada vida noturna. (DIÁLOGO ENGENHARIA, 2019) Com os dados obtidos nessa pesquisa pôde-se realizar o estudo de AMPT (Área mais provável de transformação), importante para definir o gabrito mais adequado a ser adotado no emprendimento, respeitando os limites impostos pelo zoneamento, (zona mista, gabarito máximo de 28m de altura) e garantir que ele se integre na paisagem urbana com maior suavidade.
FIGURA 58 : FOTO AÉREA DO BAIRRO EM 2005
ÁREAS QUE SERÃO TRANSFORMADAS
Fonte: Google earth Editado pelo Autor
2020
0
FIGURA 59 : FOTO AÉREA DO BAIRRO EM 2020
Fonte: Google earth Editado pelo Autor
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ÁREAS TRANSFORMADAS
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PADRÃO DE TRANSFORMAÇÃO RUA MANIUTUBA RUA ANTÔNIA SOVERAL RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
Para a realização do estudo, seguindo o padrão de transformação do bairro, foram levantados os lotes com mais de 500m² das quadras do entorno da área de interveção, que podem ser verificados na figura 60. A figura 61 traz um panorama dos lotes com maior probabilidade de sofrer alterações a médio e longo prazo. O estudo baseou-se na consolidação dos usos e na dimensão dos lotes. Edifícios Residenciais ou comerciais com mais de 4 pavimentos e escolas públicas, tanto em lotes grandes como em lotes pequenos, foram classificados como sendo de uso consolidado, e não são passíveis de transformação. Em seguida, identificou-se os lotes de difícil transformação. Tratam-se de lotes de uso residencial, comercial ou mesmo de uso misto, que não têm usos consolidados, porém, por serem lotes muito pequenos em relação aos vizinhos, perdem o interesse do mercado imobiliário.
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FIGURA 60 : MAPA DE IDENTIFICAÇÃO DOS LOTES MAIORES 500m² Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo Autor
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PADRÃO DE TRANSFORMAÇÃO RUA MANIUTUBA RUA ANTÔNIA SOVERAL RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
Os lotes remanescentes, de cor branca, representam os lotes que têm maior propenção à tranformação ao logo do tempo, e que podem interferir na arquitetura do novo empreendimento proposto para a área. A partir desses dados foram elaborados croquis com cortes esquemáticos, considerando a possível verticalização da área, (figuras 62 e 63).
FIGURA 63: PANORAMA ATUAL Fonte: desenhado pelo autor
0
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FIGURA 62: MAPA DE IDENTIFICAÇÃO DOS USOS CONSOLIDADOS
FIGURA 64: PANORAMA FUTURO Fonte: desenhado pelo autor
Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo Autor
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HOSPITAIS ESCOLAS ÁREA DE INTERVENÇÃO FIGURA 65 : MAPA DE EQUIPAMENTOS E TRANSPORTE NA ESCALA DO BAIRRO Fonte: Google Maps < https://www.google.com/maps/search/colegio/@-23.5457355,-46.5437771,15z/data=!3m1!4b1> Acesso em 10/04/2020. Editado pelo Autor
4.1.7 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E TRANSPORTE A figura 65 nos mostra a quantidade de hospitais e escolas, tanto públicas quanto privadas, que existem na região, e também evidencia que o entorno imediato do lote é carente de equipamentos públicos, enquanto a figura 66 traz um panorama da quantidade de asilos e casas de repouso que há no local.
ASILOS E CASAS DE REPOUSO 0
ÁREA DE INTERVENÇÃO
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FIGURA 66 : MAPA DOS PRINCIPAIS ASILOS E CASAS DE REPOUSO DA REGIÃO Fonte: Google Maps < https://www.google.com/maps/search/colegio/@-23.5457355,-46.5437771,15z/data=!3m1!4b1> Acesso em 10/04/2020. Editado pelo Autor
37
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E TRANSPORTE
RUA NOVA JERUSALÉM RUA MANIUTUBA RUA ANTÔNIA SOVERAL RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
Em uma análise mais aproximada do entorno, figura 67, percebe-se que apesar da região ser bastante urbanizada e ter uma grande quantidade de residências, não há equipamentos públicos importantes como hospitais ou postos de saúde que atendam essa população. Nesse contexo, também é notável a falta de linhas e pontos de ônibus que atendam de forma eficaz o cidadão dependente de transporte público. Dependendo da localização do imóvel a pessoa tem que andar mais de 400 metros para conseguir chegar a um ponto de ônibus. Dentre outros fatores que influenciam na qualidade do transporte público a distância de caminhada até o local de embarque é tida como umas das mais importantes, sendo estabelecido em pesquisa, do ponto de vista do usuário, que caminhadas menores que 300m são tidas como boas, de 300m a 500m regular e acima de 500m ruins (FERRAZ; TORRES, 2004, p.110).
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FIGURA 67 : MAPA DE EQUIPAMENTOS E TRANSPORTE
Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo Autor
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1 2
VIA COM ÍNDICE DE RUÍDO ALTO
3
VIA COM ÍNDICE DE RUÍDO BAIXO
VIA COM ÍNDICE DE RUÍDO MÉDIO
RUA MANIUTUBA RUA ANTÔNIA SOVERAL RUA MARIANO DE SOUZA RUA ATUCURI AV. CONSELHEIRO CARRÃO
1
4.1.8 ANÁLISE AMBIENTAL Os dados apresentados pela figura 68 foram obtidos atravéz de diversas visitas ao local, em horários e dias da semana alternados, para o melhor entendimento das condicionantes ambientais da área. Além das visitas, foram colhidos dados junto ao site Gestão Urbana, que dentre tantos assuntos, trata também das questões ambientais pertinentes à cidade de São Paulo. Segundo o mapa de perímetros de qualificação ambiental da prefeitura de São Paulo, anexo a este trabalho, o bairro Vila carrão se encaixa no perímetro de qualificação ambiental PA 6, e seus parâmetros podem der observados na tabela 1.
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FIGURA 68 : MAPA DE ANÁLISE AMBIENTAL Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo Autor
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ANÁLISE AMBIENTAL
TABELA 1: QUADRO DO PERÍMETRO DE QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL Fonte: Site Gestão Urbana Disponível em (https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/ 006-QUADRO_3A_FINAL.pdf), Acesso em: 10/04/2020
O Decreto nº 57.565, de 27 de dezembro de 2016, regulamenta os procedimentos para a aplicação da Quota Ambiental, nos termos da Lei nº 16.402, de 22 de março de 2016. (Ver capítulo 4.4 Quota Ambiental, página 64) Por se tratar de um texto aprovado recentemente, e a Vila Carrão ser um bairro antigo, bastante urbanizado e com loteamento bem consolidado, não vemos os parâmetros definidos na lei Ambiental aplicada em grande escala. Com isso foram identificados diversos problemas ambientais, tais como a falta de praças e áreas verdes, figura 69, arborização viária insuficiente ou de má qualidade , figura 70, calçadas estreitas, impermeabilização exarcebada do solo, áreas de alagamento, alta velocidade de escoamento pluvial em determinados pontos da área e o córrego Rapadura retificado e sem mata ciliar, figura 71.
FIGURA 69: FOTO AÉREA DO BAIRRO Fonte: Geo Sampa, acesso em: 10/04/2020. Editado pelo autor.
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FIGURA 70: ARBORIZAÇÃO DO ENTORNO DO LOTE Fonte: Arquivo pessoal.
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FIGURA 71: FOTO DO CÓRREGO RAPADURA Fonte: Arquivo pessoal.
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4.1.9 SÍNTESE DA LEITURA
FIGURA 73 : FOTO DA ARBORIZAÇÃO PEQUENA Fonte: Google Maps, disponível em: < https://www.google. com/maps/>; Editado pelo Autor
FIGURA 74 : FOTO DA AV. CONSELHEIRO Fonte: Google Maps, disponível em: < https://www.google. com/maps/>; Editado pelo Autor
ANTES
A figura 72 mostra a síntese dos principais pontos dos levantamentos realizados na área. Do conjunto de dados obtidos e analisados foram retiradas as seguintes diretrizes para o projeto:
DEPOIS
FIGURA 76: ALARGAMENTO DO PASSEIO Fonte: Croqui do autor
•Alargamento do passeio, figura 76; •Tratamento da inclinação inadequada do passeio no entorno do lote, criando fruição pública e ajustando os desníveis dentro do empreendimento, figura 77; •Criação de áreas comerciais, utilizando o conceito de fachadas ativas;
ACESSIBILIDADE
•Aumentar a permeabilidade visual na escala do pedestre, estabelecendo áreas de observação da paisagem, figura 78;
FRUIÇÃO
•Trazer maior quantidade de verde para o entorno, com a implementação de áreas de permanência para os moradores da região, bem como, com a criação de terraços verdes e de praças suspensas de uso privativo do edifício; •Melhorar a qualidade e quantidade da arborização viária do entorno do lote;
FIGURA 77: TRATAMENTO DOS PASSEIOS FIGURA 72 : MAPA SÍNTESE Fonte: Mapa Digital da Cidade Editado pelo Autor
Fonte: Croqui do autor
•Construção de um Centro de convivência, aberto ao público, com consultórios, para uso da comunidade; •Implementar sistemas de contenção e redução do escoamento pluvial com o intuito de melhorar as áreas alagadiças do entorno;
FIGURA 78: ÁREAS DE CONTEMPLAÇÃO DA PAISAGEM FIGURA 75 : FOTO DA INCLINAÇÃO VIÁRIA Fonte: Google Maps, disponível em: < https://www.google.com/maps/>; Editado pelo Autor
Fonte: Croqui do autor
41
4.2
DO
TERRENO O terreno está localizado na Vila Carrão, zona leste da cidade de São Paulo. Possui 8511m² de área e faz frente para as ruas Mariano de Souza, Atucuri e Maniutuba. Há também uma pequena parte que faz frente à rua Antônia Soveral, fazendo com que o lote tenha saída para as quatro ruas que o circundam, figura 79. Existem no local galpões remanescentes das instalações de uma antiga fábrica de tecidos que ali funcionou até o ano de 2016, figura 80. Possui um desnível de 16 metros da Rua Mariano de Souza para a Rua Atucuri e outro de 6 metros, a partir do cruzamento das Ruas Mariano de Souza e Maniutuba em direção a Rua Antônia Soveral. Tal topografia abre margem para diversas soluções arquitetônicas e urbanísticas que serão exploradas por esse trabalho. Parte do terreno conserva sua topografia natural, o que facilitará a criação de patamares que serão cedidos a cidade em forma de praças. É de propriedade particular e seu valor venal é de R$ 48.775.000,00.
FIGURA 79: FOTO AÉREA DO TERRENO FIGURA 80: FOTO DOS GALPÕES REMANESCENTES Fonte: Arquivo pessoal
Fonte: Google Maps Disponível em:<https://www.google.com.br/maps/ place/Vila+Carrao> Acesso em 13/09/2019 Editado pelo autor
42
4.3
ÍNDICES
URBANÍSTICOS O terreno está localizado em área de Zona Mista (ZM), que conforme define o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, de 31 de julho de 2014, são segmentos do território urbano onde se pretende promover usos residenciais e comerciais, com predominância do uso residencial, e com densidade demográfica baixa e média. Tem como premissa viabilizar a diversificação de usos, sendo uma zona em que se pretende mais a preservação da morfologia urbana existente do que a intensa transformação. Para a construção de edifícios nessas áreas, deve-se obedecer alguns itens que podem ser observados na tabela 2, que indica os parâmetros construtivos e de aproveitamento máximo para a construção de novas edificações.
TABELA 3: ÍNDICES DE APROVEITAMENTO NO LOTE Fonte: GEO SAMPA - http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/ SBC. aspx Acesso em 25/08/2019, editado pelo autor
Os parâmetros urbanísticos da área de intervenção podem ser observados na tabela 3. A tabela 4 mostra o resultado dos dimensionamentos atingidos pelo projeto. O coeficiente de aproveitamento atingiu 99,34% do CA máximo permitido para a área. A taxa de ocupação atingiu 88,56% do TO máximo. O gabarito máximo é de 28m, mas respeitando o partido arquitetônico conseguiu-se reduzir o gabarito para 20,32m, o equivalente a 6 andares. A taxa de permeabilidade exigida por lei (20% da área) era de 1.702m² e o projeto atingiu 2.176m², 28% a mais do mínimo necessário.
TABELA 2: ÍNDICES URBANÍSTICOS Fonte: GEOSAMPA - http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/ SBC. aspx Acesso em 25/08/2019
TABELA 4: DIMENSIONAMENTOS ATINGIDOS PELO PROJETO
Fonte: do autor
43
4.4 QUOTA AMBIENTAL
ÍNDICES OBTIDOS: -TAXA DE PERMEABILIDADE: 0,20 -PONTUAÇÃO QA MÍNIMO: 0,60
Em dezembro de 2016, foi aprovado pela Prefeitura da Capital o Decreto Nº 57.565 que regulamenta a aplicação da Quota Ambiental como novo parâmetro urbanístico de uso e ocupação do solo previsto no Plano Diretor Estratégico da Cidade de São Paulo (PDE 2014). Trata-se de um conjunto de regras de ocupação do solo que fazem com que cada lote na cidade contribua com a melhoria da qualidade ambiental, e tais regras passam a incidir quando se pretende realizar uma nova edificação ou a reforma de um edifício existente, sendo obrigatória para lotes com mais de 500 m². Refere-se a uma pontuação mínima que deve ser atingida pelo projeto. Esta pontuação é atribuída a elementos que constam no projeto, como porte da arborização adotada (pequena, média ou grande), soluções de retenção de águas pluviais (reservatório de retardo), paredes e tetos verdes, etc. Quanto maior a capacidade de infiltração da água pluvial dentro do lote, maior o fator de ponderação da área na Quota Ambiental. Além disso, reservatórios de água pluvial, sejam para aproveitamento dentro do lote, sejam para amortecimento em dias de chuvas fortes, possuem grande contribuição no cálculo. Outro fator importante da Quota Ambiental, e que a diferencia da Taxa de Permeabilidade, é que passam a ser considerados no cálculo coberturas vegetais em outros pavimentos além do pavimento térreo, terraços descobertos, coberturas e paredes vegetadas contribuem no cálculo. Para se calcular a Quota Ambiental referente ao projeto em questão, verificou-se primeiramente o Perímetro de Qualificação Ambiental em que o terreno está inserido. (O mapa de verificação do Perímetro de Qualificação ambiental está disponível em anexo a este estudo) O Perímetro em que a Vila Carrão está inserida é a PA-6; Em seguida, no Quadro 1, localizou-se as características a serem seguidas; Para calcular o índice resultante das características do empreendimento foi utilizado a planilha que a prefeitura de São paulo disponibiliza em: < http://gestaourbana. prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/SIMULADOR_QUADROS_QA_ PROJETODELEI_20160426.xls> Os cálculos obtidos podem ser verificados no Quadro 2. Como observa-se nos quadros disponibilizados ao lado, a pontuação mínima exigida em lei para o lote do projeto é de 0,60. Inserido os parâmetros adotados para o projeto obteve-se uma pontuação de 2,78, pouco mais de 4,5 vezes mais do que o mínimo exigido, atendendo então o objetivo do empreendimento de ser um qualificador ambiental para a área de intervenção. Os sistemas de drenagem e contenção, além dos outros elementos que atuam na assistência ambiental do projeto estão detalhados no capítulo 5.11- Estudo do Sistema de irrigação e Drenagem, página 67.
- FATOR ALFA: 0,5 - FATOR BETA: 0,5
QUADRO 1: CARACTERÍSTICAS PA-6 Fonte: GEOSAMPA - http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/ SBC.aspx Acesso em 25/08/2019, editado pelo autortado pelo autor
QUADRO 2: CARACTERÍSTICAS PA-6 Fonte: Site Gestão urbana Disponível em:<http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/SIMULADOR_QUADROS_QA_PROJETODELEI_20160426.xls> Acesso em 25/08/2019, editado pelo autortado pelo autor
44
5
DO PROJETO
5.1
CONCEITO DO
PROJETO
O intuito do projeto é proporcionar ao idoso um ambiente de morada acolhedor, saudável, que seja projetado para o seu bem estar, e também, ser um agente indutor de interação entre indivíduos, uma vez que a convivência social é fundamental na vida das pessoas, principalmente dos idosos, que possuem grande experiência de vida, e com o passar dos anos vão se sentindo dispensáveis na vida dos mais jovens. Para Mercadante, A velhice, se analisada somente como sendo uma questão biológica, não revela o seu lado social. Ela, além da sua especificidade biológica, localiza-se em uma história e insere-se num sistema de relações sociais. (2005, p. 27)
Procura também integrar o homem com a natureza, que é um dos principais agentes proporcionadores de saúde e bem estar, além de ser um dos aspectos fundamentais para um envelhecimento saudável. Segundo Machado, 2017, para atender este público consumidor, especialistas ressaltam que o mercado deve compreender que há várias formas de envelhecer. Se por um lado há necessidade de infraestrutura adequada e inclusiva – pensada, sobretudo, para os casos em que o idoso possui mobilidade reduzida -, por outro, também é preciso pensar em ambientes de integração e sociabilidade. A atuação mais ativa do idoso na área social e econômica é uma realidade cada vez mais presente, e várias empresas já estão se antecipando e investindo em imóveis com consciência gerontológica, que se adaptam às necessidades desta parte da população. Para o gerontólogo José Anísio Pitico, o consumidor da terceira idade prioriza a localização e a infraestrutura na hora de escolher onde vai morar, eles valorizam o entorno do imóvel e o que ele oferece de serviços, áreas de lazer e outros recursos. A questão da segurança também é muito importante, por isso, a vizinhança também é considerada. Esse conceito de moradia é mais difundido em outros países como por exemplo, Holanda, Estados Unidos e Inglaterra, com construções focadas na diversidade dos usuários, e o Brasil começa agora a olhar para esse nicho imobiliário. De acordo com a construtora J. Bianchi, que recentemente lançou dois empreendimentos nesse padrão, o mercado reagiu muito positivamente a essa novidade. As unidades do edifício Olímpia Lifetime Home, no centro de Suzano, São Paulo, foram vendidas rapidamente e o outro edifício do mesmo conceito o Odeon Lifetime Home surpreendeu mais ainda, sendo completamente vendido em 15 dias a partir da abertura do stand de vendas. (NOCELLI, 2017) O projeto, no setor residencial, assim como a construtora J. Bianchi, visa atender essa nova demanda de consumidores, a nova população idosa, com poder aquisitivo mais elevado. São pessoas que se organizam em grupos, que programam viagens, que estão cheios de vida e disposição. Já o centro de convivência pretende atrair os mais variados públicos com o intuito de promover a integração entre classes sociais e o entrosamento intergeracional.
5.2
PARTIDO
ARQUITETÔNICO Foi adotado como partido arquitetônico o conceito de permeabilidade, tanto física como visual, em resposta às diversas demandas levantadas a partir de visitas técnicas feitas no local. Outras questões como a segregação, imposta por parte da sociedade, às pessoas da terceira idade também foram levadas em consideração para a concepção da proposta. A fruição adotada no programa, que visa facilitar o deslocar dos pedestres, incentiva também o uso do centro de convivência, do comércio e dos Pocket Parks instalados por todo o empreendimento. Essas áreas que serão de uso público estimulam a relação de pessoas de diferentes idades, importante para a integração do idoso na sociedade bem como para as pessoas mais jovens entenderem as demandas dos idosos. A expressiva quantidade de vegetação que será implantada, tanto na fachada do edifício residencial como nas áreas públicas do centro de convivência, servirão como pontos de captação de água pluvial para o reuso, e somado aos jardins permeáveis e pisos drenantes que serão implementados no projeto, ajudarão na redução do volume de água que escoa para o córrego Rapadura, colaborando assim com a questão dos alagamentos que ocorrem em seu entorno, uma vez que suas margens são completamente urbanizadas, ficando então carente de mata ciliar. O verde ajudará também na qualidade ambiental do lugar, pois a região é carente de vegetação e praças, contando apenas com pouquíssimas árvores distribuídas ao longo do passeio. Busca-se criar um “respiro urbano”, evitando causar ruído agressivo na paisagem, com o uso de vazios no edifício, onde serão implantadas áreas de lazer e praças suspensas, e com a redução do gabarito máximo, que farão com que o novo empreendimento não crie bloqueios visuais excessivos na área proposta, atentando-se então para o observador, na escala do pedestre. O projeto pretende equalizar os problemas da região, respeitando a cidade e o pedestre, e também integrar os idosos com a sociedade, tornando o conviver melhor para todos.
46
5.3.2 CENTRO DE CONVIVÊNCIA
5.3
PROGRAMA DE
NECESSIDADES
5.3.1 PROGRAMA RESIDENCIAL UNIDADES HABITACIONAIS
APARTAMENTOS ESTÚDIO...........................................30 m² APARTAMENTOS DE 1 DORMITÓRIO........................45 m²
ÁREA DE SERVIÇOS
ESTACIONAMENTO...............................................60 VAGAS ESTACIONAMENTO PNE......................................10 VAGAS PORTARIA DE AUTOMÓVEIS......................................15 m² LIXEIRA.............................................................................50 m² ÁREA TÉCNICA.............................................................250 m² SALA DO ZELADOR.......................................................50 m²
PRAÇAS SUSPENSAS
ÁREA DE SOCIALIZAÇÃO..........................................300 m² SANITÁRIOS MASC/FEM..........................(POR UNIDADE)15 m² SANITÁRIO PNE MASC/FEM....................(POR UNIDADE) 6 m²
ÁREA COMERCIAL
ADMINISTRAÇÃO
LOJAS...................................................................35 m² SANITÁRIOS MASC/FEM............(POR UNIDADE)15 m² SANITÁRIO PNE MASC/FEM.......(POR UNIDADE)6 m² ... RECEPÇÃO...........................................................5 m² SALA DE ESPERA..............................................10 m² SALA DE REUNIÃO..........................................30 m² SANITÁRIOS........................................................6 m² SALA DE MONITORAMENTO.......................10 m²
ATIVIDADES
SALÃO DE JOGOS...........................................145 m² OFICINAS DE ARTE......................(POR UNIDADE)40 m² SALAS DE AULA............................(POR UNIDADE)40 m² BIBLIOTECA.....................................................250 m² ÁREA DE EXPOSIÇÕES E ATIVIDADES.....400 m² ÁREAS DE CONVIVÊNCIA................(MÍNIMO)10 m² ACADEMIA......................................................400 m² SALA DE GINÁSTICA MULTI-USO.............150 m² PISCINA E DECK.............................................600 m² SALA DE MÁQUINAS DA PISCINA...............50 m² VESTIÁRIOS MASC/FEM.............(POR UNIDADE)70 m² SANITÁRIOS MASC/FEM............(POR UNIDADE)15 m² SANITÁRIO PNE MASC/FEM.......(POR UNIDADE)6 m²
SERVIÇOS
RESTAURANTE E REFEITÓRIO...................600 m² CAFÉ..................................................................250 m² RECEPÇÃO.........................................................25 m² VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS...................70 m² ALMOXARIFADO E DEPÓSITOS.................150 m²
CLÍNICA MÉDICA
CONSULTÓRIOS - 10 UNIDADES..................15 m² RECEPÇÃO..........................................................20 m² ENFERMARIA...................................................100 m² SALA DE MEDICAMENTOS............................60 m² ÁREA DE ESPERA..............................................50 m²
47
5.4
PROCESSO
CRIATIVO O processo de desenvolvimento do projeto passou por alguns ensaios, acompanhados da elaboração de maquetes, com o intuito de encontrar a implantação e a volumetria mais adequadas para o terreno e seu entorno.
Para dar maior leveza ao conjunto foi proposto um deslocamento de 10m para cada lado das lajes, que ocorrem a cada três repetições, criando assim áreas com pé direito triplo, conforme exemplificado no croqui 2, onde foram instaladas praças de uso coletivo.
sendo dois deles capazes de transportar macas; uma central de evacuação de emergência pressurizada, que conta com escada, elevadores de fuga para cadeirantes e espaço de permanência para cadeira de rodas, conforme mostra o croqui 3, ao lado. O primeiro pavimento foi destinado ao lazer, croqui 4, e o segundo pavimento para uso médico hospitalar, croqui 5.
CROQUI 3: NÚCLEO DE CIRCULAÇÃO VERTICAL Fonte: Desenhado pelo autor
PRIMEIRA PROPOSTA Nessa primeira ideia foi explorado o uso de grandes lajes com o intuito de que se pudesse construir um total de 100 unidades habitacionais, espalhadas ao longo do edifício, de maneira que permitissem também a implantação de extensos jardins circundando toda a constução, trazendo conforto ambiental aos moradores. Cada laje possuia uma dimensão de 25m de profundidade por 65m de largura e sua repetição resultou em um monobloco com volume e peso excessivos, como mostra o croqui 1.
1-Circulação vertical 2-Sala de medicação 3-Enfermaria 4-Sala dos médicos 5-Consultórios 6-Banheiros Sanitários 7-Terraço coletivo 8-Área de espera
4
5 6
3
1 3
1-Circulação vertical 2-Piscina 3-Sauna e vestiários 4-Salão de festas 5-Salão de festas 6-Terraço coletivo
2 CROQUI 4: PLANTA DO PRIMEIRO PAVIMENTO Fonte: Desenhado pelo autor
2
1
4 5 6
8
5
7 CROQUI 5: PLANTA DO SEGUNDO PAVIMENTO Fonte: Desenhado pelo autor
Os outros equipamentos de uso comunitário foram distribuídos nas áreas de uso coletivo ao longo do edifício, croqui 6. CROQUI 2: NOVA PROPOSTA DE VOLUMETRIA Fonte: Desenhado pelo autor
CROQUI 1: VOLUMETRIA Fonte: Desenhado pelo autor
Usou-se um grande núcleo de circulação vertical que atende a todo o edifício. Foram implantados nele seis elevadores
CROQUI 6: CORTE TRANSVERSAL Fonte: Desenhado pelo autor
48
Como mostra o croqui 7, o uso de grandes lajes possibilitou também a implantação de jardins em suas extremidades, trazendo a presença de vegetação para o empreendimento, além de ajudar nas estratégias bioclimáticas pensadas para o projeto.
CROQUI 7: ELEVAÇÃO Fonte: Desenhado pelo autor
FIGURA 82: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 1 NO TERRENO
Fonte: do autor
Contudo, apesar da proposta trazer a natureza para perto do indivíduo, surgiram outras questões como , a falta de iliuminação natural no centro das lajes e ventilação cruzada ruim, dois fatores que são extremamente importantes para a manutenção da saúde do idoso. Ao analisar a proposta em maquete física (figuras 81 e 82), notou-se que o edifício era bem agressivo ao seu entorno, que possui atualmente um gabarito baixo. Mesmo verticalizando o entorno, com base no estudo de AMPT (Área Mais Provável de Transformação), e utilizando o gabarito máximo permitido para áreas de zona mista, 28 metros de altura, notou-se que o edifício ainda era pesado para a área, figuras 83 e 84.
FIGURA 83: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 1 COM ESTUDO DE AMPT NO TERRENO Fonte: do autor
FIGURA 81: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 1 NO TERRENO Fonte: do autor
FIGURA 84: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 1 COM ESTUDO DE AMPT NO TERRENO
Fonte: do autor
49
SEGUNDA PROPOSTA Buscando suavizar a volumetria obtida na primeira proposta e levando em consideração os extensos corredores, resultantes dessa ideia, foi proposto a divisão do empreendimento em dois edifícios com núcleo de circulação vertical menor, exemplificado pelo croqui 8.
Retomando então a referência da proposta 1, de lajes deslocadas, e conectando-as com uma solução de divisão do núcleo de circulação vertical, chegou-se a uma nova concepção de projeto, com lajes não recortadas e com fachadas menos monótonas, croqui 10.
O deslocamento de lajes ajudou na questão da iluminação natural e criou diversas plataformas ecológicas distribuídas ao longo da fachada do edifício, entretanto, o mesmo deslocamento diminui a área coberta de alguns pavimentos, o que reduz a quantidade de apartamentos que podem ser construídos nesse andares. A volumetria resultante da proposta dois tornou-se mais atraente, porém, para alcançar o número de moradias propostas o edifício culminaria em 12 pavimentos, o que representa 36 metros de altura, ultrapassando então o limite de 28 metros, estabelecido para zona mista, conforme a lei de zoneamento da cidade de São Paulo.
CROQUI 10: ESTUDO DO DESLOCAMENTO DAS LAJES Fonte: Desenhado pelo autor
CROQUI 8: NÚCLEO DE CIRCULAÇÃO VERTICAL Fonte: Desenhado pelo autor
Apesar de continuar com o conceito de trazer a natureza para o edifício, notou-se que a volumetria ficou com um aspecto monótono, como pode ser observado no croqui 9.
Deslocou-se também os edifícios, avançando em 15 m uma das torres para o interior do terreno, deixando o outro bloco com alinhamento próximo à rua Mariano de Souza. FIGURA 85: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 2 NO TERRENO Fonte: do autor
CROQUI 11: LAJE EM PLANTA E ELEVAÇÃO Fonte: Desenhado pelo autor
CROQUI 9: ESTUDO DA FACHADA Fonte: Desenhado pelo autor
De acordo com o croqui 11, as lajes dos pavimentos 4, 5, 10 e 11 se conectam entre os dois edifícios para criar áreas de convivência. Essas conexões também evitam que o morador tenha que descer ao térreo para utilizar os equipamentos de uso coletivo que foram distribuídos em ambas as torres.
FIGURA 86: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 2 NO TERRENO Fonte: do autor
50
TERCEIRA PROPOSTA SEGUNDA PROPOSTA
Ao analisar a proposta em maquete física nota-se que o edifício, apesar de ter um aspecto mais fluído do que a proposta anterior, ainda é muito alto e agressivo ao seu entorno, conforme evidenciam as fotos da maquete. (figuras 85 e 86). O mesmo entendimento se deu no ensaio de futura verticalização da área, que podemos observar nas figuras 87 e 88. Constata-se também que os deslocamentos dos núcleos deixam o edifício muito largo para a área de implantação e, assim como na proposta anterior, a volumetria e altura também parecem não beneficiar o entorno e o passeio do pedestre.
Para resolver o problema da altura excessiva do edifício seria necessário diminuir a quantidade de apartamentos oferecidos pelo projeto, mas devido à grande quantidade de praças que foram distribuídas ao longo do mesmo, a retirada de unidades do empreendimento resultaria no aumento do valor venal de cada moradia. Para solucionar essa questão, agrupou-se as diversas praças suspensas em duas praças grandes, croqui 12, que serão implantadas nos pisos de lazer (3° e 6° pavimentos), também serão distribuídos pela fachada do edifício plataformas ecológicas que comportarão vegetação arbustivas e de médio porte, como mostra o croqui 13, ajudando assim nas estratégias bioclimáticas que serão adotadas para o edifício. MAIOR BLOQUEIO DE RAIOS SOLARES NO VERÃO
FIGURA 87: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 1 COM ESTUDO DE AMPT NO TERRENO Fonte: do autor
FIGURA 88: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 1 COM ESTUDO DE AMPT NO TERRENO Fonte: do autor
AUXÍLIO NA PROTEÇÃO CONTRA RUÍDOS
ATENUAR VELOCIDADE DO VENTO
CROQUI 12: DISTRIBUIÇÃO DAS NOVAS PRAÇAS Fonte: Desenhado pelo autor
MENOR BLOQUEIO DE RAIOS SOLARE NO INVERNO
FILTRAGEM DO AR
MAIOR PRIVACIDADE DO MORADOR
CROQUI 13: ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS Fonte: Desenhado pelo autor
51
Contudo, a análise da proposta em maquete digital mostrou que a volumetria resultante, com os deslocamentod de lajes a cada 3 pavimentos não colaborou com a quantidade pretendida de unidades habitacionaos proposta para o empreendimento, e como mostram as figuras 89 e 90, os espaços resultantes para implantação dos jardins ver ticais ficaram muito reduzidos, com a possibilidade de implantação apenas nos pavimentos 1, 4 e 6 do edifício.
Com a redução da quantidade de unidades conseguimos distribuir o programa em três blocos com alturas distintas, o que ajuda no conceito de respiro na paisagem urbana, um dos temas adotados como partido, croqui 14. CROQUI 14: VOLUMETRIA Fonte: Desenhado pelo autor
A questão da permeabilidade visual, na escala do pedestre, é o ponto forte dessa proposta, e como mostra o croqui 15, foram criados diversas áreas de observação da paisagem urbana, em diferentes níveis do embasamento. Para resolver as questões das altas empenas resultantes da implantação da obra, foram utilizados taludes ajardinados, croqui 16, que suavizam a percepção do alto desnível dentro do terreno, e são importantes na questão da permeabilidade do solo, o qual, além de ser uma premissa de projeto, são importantes na contenção das águas pluviais que escoam para o córrego Rapadura.
FACHADA LESTE
FIGURA 89: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 2 NO TERRENO Fonte: do autor
FACHADA SUL
CROQUI 15: PERMEABILIDADE VISUAL Fonte: Desenhado pelo autor
FIGURA 90: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 2 NO TERRENO
CROQUI 16: IMPLANTAÇÃO DE TALUDES
Fonte: do autor
Fonte: Desenhado pelo autor
52
5.5 As imagens 91 e 92 mostram a proposta no contexto de futura verticalização da área. Apesar de criar o “respiro urbano” desejado para o projeto, a análise ainda mostra uma necessidade na redução da altura do edifício afim de horizontalizar o partido, fazendo assim com que a proposta se torne mais acolhedora para seus usuários.
PROPOSTA
FINAL
Buscando suavizar ainda mais o impacto que o edifício causará na área de intervenção, optou-se por limitar sua altura em 6 andares.( Croqui 17) Como a redução de pavimentos resultaria em uma perda significativa de unidades disponíveis para venda, foram adotadas algumas estratégias para que o projeto disponha da quantidade de apartamentos pensados desde a proposta inicial, um total de 100 unidades habitacionais.
FIGURA 91: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 1 COM ESTUDO DE AMPT NO TERRENO
CROQUI 17: VOLUMETRIA Fonte: Desenhado pelo autor
Tomando como base o partido arquitetônico do projeto Vila dos Idosos, (página 13), optou-se pelo uso de corredores extensos, com a intensão de criar uma conecção com um número maior de vizinhos em cada pavimento, formando então unidades de vizinhança. (Croqui 18)
Fonte: do autor
UNIDADE DE VIZINHANÇA CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL UNIDADE DE VIZINHANÇA
FIGURA 92: IMPLANTAÇÃO DA PROPOSTA 1 COM ESTUDO DE AMPT NO TERRENO Fonte: do autor
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CROQUI 18: USO DE CORREDORES EXTENSOS Fonte: Desenhado pelo autor
53
As lajes foram alinhadas ortogonalmente, aumentando assim a quantidade de apartamentos que podem ser construídos por pavimento. Para se obter o movimento que o deslocamento das lajes proporcionavam, optou-se por demover as plataformas ecológicas, variando seus tamanhos e quantidades por pavimento. (Croqui 22 )
Optou-se por criar mais um bloco de apartamentos para o melhor aproveitamento do lote. Como mostra o croqui 19, o edifício deixa a forma em “L” para um formato em “Z”, que configura o nível 749 em duas áreas públicas distintas: o mirante, e praça. CROQUI 19: NOVA VOLUMETRIA PROPOSTA Fonte: Desenhado pelo autor
CROQUI 22: PLATAFORMAS ECOLÓGICAS Fonte: Desenhado pelo autor
A nova forma também ajuda a fruição pública, conduzindo o transeunte pelos acessos e rampas do sistema de melhoramento topográfico proposto para a área.(croqui 20)
As plataformas ecológicas servem também como bloqueio solar para o edifício, mas, com as variações propostas, algumas unidades ficaram sem essa proteção, e para solucionar esse problema foi adotado o uso de brises soleil nas aberturas que apresentam tal característica. (Croqui 23)
CROQUI 20: FRUIÇÃO PÚBLICA Fonte: Desenhado pelo autor
Apesar de a circulação horizontal ter sido extendida, levou-se em consideração as normas estabelecidas pelo corpo de bombeiros no que diz respeito a distância a ser percorrida do ponto mais distante da uma edificação para uma rota de fuga protegida, como mostra o croqui 21.
CROQUI 23: BRISES SOLEIL PARA ABERTURAS SEM PROTEÇÃO SOLAR CROQUI 21: PERCURSO PARA A CIRCULAÇÃO DE EMERGÊNCIA Fonte: Desenhado pelo autor
Fonte: Desenhado pelo autor
A partir dessas novas diretrizes pode-se dar início à concepção final, esmerilhando o projeto ao programa de necessidades, que contempla o edifício residencial e o centro de convivência, resultando então na proposta apresentada nas páginas seguintes. 54
5.6
5.7
ORGANOGRAMA O organograma apresenta a distribuição dos setores de maneira unificada, com o auxílio de figuras geométricas. É importante para compreender a organização espacial do programa.
FLUXOGRAMA
O fluxograma consiste em apresentar a organização dos acessos e conexões internas do projeto, de maneira que o leitor compreenda com clareza, a partir de figuras geométricas, sua composição. ACESSO SUPERIOR NÍVEL 749 ACESSO PÚBLICO
RESIDENCIAL RESIDENCIAL RESIDENCIAL RESIDENCIAL
ÁREA COMERCIAL NÍVEL 749
PRAÇA NÍVEL 749
RESIDENCIAL RESIDENCIAL ÁREA COMERCIAL - NÍVEL 749 - Núcleo comercial - 15 salas comerciais - Acesso ao edifício Residencial - Acesso às áreas públicas do empreendimento - Fruição
CENTRO DE CONVIVÊNCIA - NÍVEL 745 - Núcleo da saúde - Núcleo esportivo - Restaurante - Acesso ao edifício residencial - Acesso às áreas técnicas do edifício residencial
CENTRO DE CONVIVÊNCIA - NÍVEL 741 - Núcleo educacional - Estacionamento - Administração - Acesso ao edifício residencial - Acesso intermediário ao centro de convivência - Portaria de controle de automóveis - Depósito e separação de lixo CENTRO DE CONVIVÊNCIA - NÍVEL 737 - Núcleo cultural - Área de convivência - Café
ACESSO RESTRITO AOS MORADORES
ACESSO SUPERIOR NÍVEL 749
ACESSO RESTRITO AOS MORADORES
EDIFÍCIO RESIDENCIAL
ACESSO PÚBLICO
ACESSO RESTRITO AOS MORADORES
CENTRO DE CONVIVÊNCIA NÍVEL 745
MIRANTE NÍVEL 749
ACESSO RESTRITO AOS MORADORES
ACESSO INTERMEDIÁRIO NÍVEL 741
ACESSO PÚBLICO
CENTRO DE CONVIVÊNCIA NÍVEL 741
CENTRO DE CONVIVÊNCIA NÍVEL 737
ACESSO INFERIOR NÍVEL 737
55
5.8
MEMORIAL
JUSTIFICATIVO
O projeto está dividido em duas frentes: o centro de convivência do idoso, que será de uso público, com diversas atividades para proveito da comunidade, e o conjunto residencial, de uso privado, com acesso permitido apenas aos moradores, inquilinos ou proprietários, dos apartamentos. Sua implantação tem como objetivo tornar a quadra uma unidade urbana de referência, se valendo de normas ambientais e de acessibilidade, para ser usada como modelo de novos empreendimentos. Outorga ao seu entorno alargamento de passeios, aumento de áreas verdes e permeáveis, bem como de lugares de encontro e permanência, e com a fruição ofertada pelo projeto, qualifica o percurso íngreme de 16 metros de altura entre os níveis 737 e 753, promovendo assim acessibilidade aos moradores da região. (Croqui 24) O edifício é implantado com a torre mais alta de maneira centralizada no lote, e seu escalonamento acompanha o desnível do terreno, a fim de criar maior permeabilidade visual para o pedestre. (Croqui 25) A volumetria do edifício residencial ajuda na criação de duas praças com características distintas, porém, que têm como objetivo principal serem áreas de encontro e permanência dos novos moradores, bem como de toda a vizinhança. A orientação do lote também foi usada como critério para definir a volumetria de modo que a praça que recebe a insolação da manhã tenha menos arborização enquanto a praça que recebe insolação da tarde tenha maior arborização e elementos de bloqueio solar. Sua forma ortogonal e simplificada ajuda o pedestre a compreender quais são os espaços de permanência e de passagem, além de conduzi-los aos principais acessos do empreendimento, e somado aos diferentes patamares viabilizou a criação de diversos pocket parks ao longo do embasamento. (Croqui 26)
CROQUI 24: QUALIFICAÇÃO DOS PERCURSOS Fonte: Desenhado pelo autor
CROQUI 25: ESCALONAMENTO DO EDIFÍCIO
Fonte: Desenhado pelo autor
CROQUI 26: ÁREAS DE PERMANÊNCIA E FRUIÇÃO Fonte: Desenhado pelo autor
56
FIGURA 93: ELEVAÇÃO SETORIZADA Fonte: do autor
5.9
SETORIZAÇÃO
Como mostra a figura 93, o projeto é dividido em três setores de usos distintos: - Residencial, de uso privado, onde somente os moradores e visitantes autorizados podem acessar as unidades habitacionais. - Comercial, com lojas instaladas no pavimento onde ocorre fruição pública, além de possuir áreas de permanência, espaços de contemplação da paisagem e praça. - Institucional, centro de convivência aberto ao público em geral. Equipamento cedido à cidade, com inúmeras atividades que visam integrar os moradores do conjunto com a população residente no bairro. O setor institucional por sua vez é dividido em seis subsetores, espalhados ao longo do centro de convivência, conforme mostram as figuras a seguir.
CENTRO DE CONVIVÊNCIA
-PRIMEIRO PAVIMENTO -NÍVEL 737 -ACESSO INFERIOR AO CENTRO DE CONVIVÊNCIA
FIGURA 94: PLANTA DO PRIMEIRO PAVIMENTO SETORIZADA Fonte: do autor
57
CENTRO DE CONVIVÊNCIA -SEGUNDO PAVIMENTO -NÍVEL 741 -ACESSO INTERMEDIÁRIO AO CENTRO DE CONVIVÊNCIA
FIGURA 95: PLANTA DO SEGUNDO PAVIMENTO SETORIZADA Fonte: do autor
CENTRO DE CONVIVÊNCIA -QUARTO PAVIMENTO -NÍVEL 749 -ACESSO SUPERIOR AO CENTRO DE CONVIVÊNCIA
FIGURA 97: PLANTA DO QUARTO PAVIMENTO SETORIZADA Fonte: do autor
EDIFÍCIO RESIDENCIAL
CENTRO DE CONVIVÊNCIA -TERCEIRO PAVIMENTO -NÍVEL 745
O conjunto residencial possui cinco modelos diferentes de organização espacial, dois com 30m² e três com 45m². Pode-se analisar as ampliações das tipologias residenciais no capítulo 6.5, página 92. FIGURA 98: PAVIMENTO TIPO SEGUNDO PAVIMENTO FIGURA 96: PLANTA DO TERCEIRO PAVIMENTO SETORIZADA Fonte: do autor
Fonte: do autor
58
5.10
ESTRATÉGIAS
BIOCLIMÁTICAS
A proposta visa conferir saúde, bem estar e conforto para os idosos residentes no empreendimento, por isso, é importante que o projeto atente-se para as estratégias bioclimáticas, fundamentais para geração de qualidade de vida. Atentou-se então para dois pontos indispensáveis na elaboração das estratégias de conforto ambiental: a parcela de insolação incidente nas fachadas e a utilização de ventilação cruzada em todas as unidades habitacionais. Os estudos permitiram também certificar-se da qualidade da iluminação natural incidente em cada apartamento e ajudará na escolha correta da vegetação que melhor se ajustará nas plataformas ecológicas, conforme sua orientação.
5.10.1 CONFORTO TÉRMICO
O instrumento de análise utilizado para esse estudo foi a carta solar da cidade de são Paulo, cuja a latitude é de: -23,61 Sul. A figura 99 nos mostra a incidência solar ao longo de um ano na capital, e o grau de nocividade que ela representa está demosntrado por meio de cores. As quatro principais datas a serem observadas em qualquer Carta Solar são:
22/12: solstício de verão 22/06: solstício de inverno 21/03: equinócio(outono) 24/10: equinócio(primavera)
FACHADA SUDOESTE AZIMUTE: 202°
FACHADA NOROESTE AZIMUTE: 112°
FIGURA 103 Fonte: Analysis SOL-AR
FIGURA 102 Fonte: Analysis SOL-AR
Após a apuração do azimute referente a cada lado do edifício pode-se entender a parecela de insolação que incide em cada fachada, como mostra a figura 104. Com o estudo pode-se entender também como as varandas e as plataformas ecológicas influenciarão a iluminação natural e a incidência solar em cada abertura proposta para o edifício, bem como a necessidade do uso de brises soleil. FACHADA NORDESTE FIGURA 99: CARTA SOLAR SÃO PAULO LATITUDE -23,61 SUL Fonte: Analysis SOL-AR
O azimute das fachadas estão representados nas figuras seguintes. A máscara cinza no gráfico representa a parte interna da edificação, enquanto a parte descoberta representa o lado externo do edifício.
FACHADA SUDESTE
FACHADA NOROESTE
FIGURA 104: PARCELA DE INSOLAÇÃO NAS FACHADAS Fonte: Analysis SOL-AR
FACHADA SUDESTE AZIMUTE: 23° FIGURA 100 Fonte: Analysis SOL-AR
FACHADA SUDOESTE FACHADA SUDESTE: recebe grande parte de insolação desejável durante o ano todo; insolação do período da manhã; necessita de brise que atue das 10:00hrs às 12:00hrs no verão;
FACHADA NORDESTE AZIMUTE: 293° FIGURA 101 Fonte: Analysis SOL-AR
FACHADA NORDESTE: recebe muita insolação, tanto desejável como muito nociva; necessita de brise que atue das 10:00hrs às 12:00hrs no verão; recebe insolação o dia inteiro no inverno; FACHADA NOROESTE: é a fachada que recebe o maior índice de insolação muito nociva; necessita de brise que atue das 12:00hrs às 15:30hrs principalmente no verão; insolação no período da tarde; FACHADA SUDOESTE: recebe pouca insolação desejável; necessita de brise que atue das 12:00hrs às 15:00hrs durante o verão; quase não recebe insolação durante o inverno; insolação no período da tarde;
59
ABERTURAS: 4, 7, 14, 16, 24 e 27
FACHADA SUDESTE O diagrama a seguir mostra o posicionamento das aberturas na fachada do edifício, nele observa-se também a disposição das plataformas ecológicas.
28
29
30
25
26
27
20
21
22
23
24
15
16
17
18
19
8
9
10
11
12
13
14
1
2
3
4
5
6
7
-Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:20 às 9:45hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 9:45hrs
ABERTURAS: 11, 12, 20 e 30
FIGURA 101: ELEVAÇÃO SUDESTE Identificação das aberturas Fonte: do autor
ABERTURAS: 3, 5, 6, 15, 17, 18, 22, 23, 26 e 28
O gráfico mostra que essas aberturas, apesar de não estarem logo abaixo das plataformas ecológicas, ficam protegidas de insolação nociva durante o ano todo, entretanto a incidência solar se dá apenas no período da manhã. Possuem uma varanda recuada com 1,5m para dentro do edifício, formando a máscara de sombra evidenciada pela figura ao lado, isentando assim a necessidade do uso de brises soleil. -Maior período de insolação: verão. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:20 às 9:45hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 9:45hrs
Essas aberturas seguem o memo padrão do gráfico anterior, porém com janelas menores, ocasionando assim uma máscara de sombra levemente maior. Também possuem varanda recuada com 1,5m para dentro do edifício e não necessitam do uso de brises soleil. -Maior período de insolação: verão.
Essas aberturas estão logo abaixo das plataformas ecológicas, que são projetadas 2,5m para fora do edifício, possuem também varandas com recuo de 1,5 metros, totalizando então 4m de proteção superior. Nelas as plataformas atuam como brises horizontais infinitos, uma vez que percorrem grande distância, tanto para a esquerda como para a direita da janela. -Maior período de insolação: verão. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:20 às 8:30hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 8:30hrs
ABERTURAS: 10, 13, 19, 21, 25 e 29
Essas aberturas também estão logo abaixo das plataformas ecológicas, e possuem as mesmas características do modelo anterior, porém, o lado direito fica mais exposto que o lado esquerdo. As plataformas atuam com brises horizontais infinitos apenas do lado esquerdo, o que caracteriza uma máscara diferente porém com o mesmo período de insolação. -Maior período de insolação: verão. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:20 às 8:30hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 8:30hrs
60
FACHADA NORDESTE
ABERTURA: 8 A abertura 8 está diretamente na fachada do edifício, não possui varanda, entretanto está logo abaixo de uma plataforma ecológica que atua como brise superior impedindo assim a entrada de radiação nociva. -Maior período de insolação: verão. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:20 às 9:00hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 9:00hrs
39
40
41
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43
44
33
34
35
36
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19
20
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
ABERTURA: 9 A abertura 9 possui o mesmo padrão da anterior, entretanto, como a plataforma ecológica corre grande distância para os dois lados, ela age como brise superior infinito, tornando sua máscara maior que a da abertura 8.
FIGURA 102: ELEVAÇÃO NORDESTE Identificação das aberturas Fonte: do autor
-Maior período de insolação: verão. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:20 às 9:00hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 9:00hrs
ABERTURAS: 2, 3, 14, 17, 18, 19, 29, 30, 37, 41 e 42
Usou-se brise horizontal, conservando assim o padrão arquitetônico da fachada. (ver capítulo 6.7 - Desenho dos brises, página 97) Buscou-se contudo, eliminar a insolação muito nociva, sem extinguir a insolação desejável, -Maior período de insolação: verão.
Essas aberturas também não encontram-se abaixo das plataformas ecológicas, mas por serem recuadas da fachada, ficam protegidas de insolação nociva durante o ano todo. No inverno recebem insolação boa parte do dia, mas em um período do verão os raios solares não atingem diretamente essas aberturas. O recuo é de 85cm e forma a máscara de sombra evidenciada pelo gráfico ao lado, isentando assim a necessidade do uso de brises soleil. Não recebe insolação no solstício de verão. -Maior período de insolação: inverno.
-Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:20 às 10:30hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 10:30hrs
-Intervalo de insolação: 23/fevereiro: ....................das 5:20 às 8.50hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 16:30hrs
Na face sudeste as aberturas 1 e 2 não se beneficiam da proteção proporcionada pelas plataformas ecológicas, sendo necessário então a aplicação de brises soleil.. Abaixo segue o estudo da proteção solar para as referidas aberturas. ABERTURAS: 1 e 2
61
ABERTURAS: 4, 7, 8, 9, 12, 23, 24, 31, 35, 36 e 43
Essas aberturas estão logo abaixo das plataformas ecológicas, possuem também um recuo de 85 centímetros, totalizando então 2,35m de proteção superior. Não necessita de brises pois os elementos da fachada conformam a mácara de sombra que bloqueia a insolação muito nociva.
ABERTURA: 16
-Maior período de insolação: meados do verão. -Intervalo de insolação: 23/fevereiro: .....................das 5:40 às 10:50hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 10:10hrs ABERTURAS: 11, 32, 33 e 44
Essas aberturas não possuem recuo, estão alinhadas com a fachada e fazem uso das plataformas ecológicas com brise horizontal infinito. Esse elemento forma uma máscara de sombra que protege a abertura dos raios muito nocivos durante o ano inteiro. -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:20 às 6:50hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 13:00hrs
ABERTURAS: 15, 20 e 28
Essas aberturas também não possuem recuo, estão alinhadas com a fachada e fazem uso da plataforma ecológica como brise horizontal. Por estarem alinhadas à direita da plataforma, no período matutino do verão, recebem mais insolação do que as outras aberturas dessa face do edifício. Esse elemento forma uma máscara de sombra que protege a abertura dos raios muito nocivos durante o ano inteiro -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:30 às 9:30hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 13:00hrs
Essa abertura também não possue recuo, está alinhada com a fachada e faz uso da plataforma ecológica como brise horizontal. Porém está alinhada à esquerda da plataforma, o que deixa o período da tarde descoberto, recebendo parte da radiação solar nociva. Como o intervalo de tempo da incidência solar nociva é baixo, não necessita de associação de outros brises para sua proteção. -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:30 às 6:50hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 17:10hrs
Na face nordeste as aberturas 1, 5, 6, 10, 21, 22, 26, 27, 34, 38, 39 e 40 não se beneficiam da proteção proporcionada pelas plataformas ecológicas, sendo necessário então a criação de brises soleil que ajudarão nessa função. Abaixo seguem os estudos da proteção solar para as referidas aberturas. ABERTURA: 1
Usou-se brize horizontal combinado com brise vertical. (ver capítulo 6.7 - Desenho dos brises, página 97) Como resultado conseguiu-se eliminar a insolação muito nociva, sem extinguir a insolação desejável . -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 5:30 às 10:10hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 16:00hrs
ABERTURAS: 5, 6, 10, 21, 22, 26, 27, 34, 38, 39 e 40 Usou-se um brize horizontal, conservando assim o padrão arquitetônico da fachada. (ver capítulo 6.7 - Desenho dos brises, página 97) Como o caso anterior, conseguiu-se eliminar a insolação muito nociva, sem extinguir a insolação desejável. -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: inverno Solstício de Verão: ...........das 5:30 às 10:10hrs Solstício de Inverno: .......das 6:45 às 17:10hrs
62
ABERTURA: 7
FACHADA NOROESTE Essa é a fachada que recebe o maior índice de radiação solar nociva e muito nociva, entretanto com o auxílio das plataformas ecológicas conseguimos diminuir o tempo de exposição direta nos horários mais críticos do dia, sem perder a linguagem arquitetônica do edifício.
A abertura 7 não possui varanda, mas está logo abaixo de uma plataforma ecológica. Devido o posicionamento da janela, a plataforma exerce a função de brise horizontal infinito. A máscara de sombra obtida protege a abertura dos raios muito nocivos com eficiência durante o ano todo. -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 16:00 às 18:45hrs Solstício de Inverno: ....... das 14:00 às 17:10hrs
11
12
9
10
7
8
28
29
30
31
32
5
6
23
24
25
26
27
3
4
18
19
20
21
22
1
2
13
14
15
16
17
ABERTURAS: 14, 17, 19, 27 e 29
FIGURA 103: ELEVAÇÃO NOROESTE Identificação das aberturas Fonte: do autor
ABERTURAS: 13, 15, 16, 18, 25, 26, 28, 30 e 31
Nessas aberturas não há proteção das plataformas ecológicas, mas possuem varandas recuadas 1,5 metros para dentro do edifício, que forma uma proteção horizontal e vertical. Conseguiu-se assim diminuir a carga de insolação muito nociva, porém nos equinócios de Outono e primavera ainda há incidência por aproximadamente 2 horas por dia. Nelas serão usados brises horizontais a fim de protejer neste período. (ver capítulo 6.7 - Desenho dos brises, página 97)
Nessas aberturas também não há proteção das plataformas ecológicas, mas possuem varandas recuadas 1,5 metros para dentro do edifício, que forma uma proteção horizontal e vertical além da largura das janelas serem menores que as restantes. Conseguiu-se diminuir a carga de insolação muito nociva, porém nos equinócios de Outono e primavera ainda há incidência de aproximadamente 2 horas por dia. Nelas serão usados brises horizontais a fim de protejer neste período. (ver capítulo 6.7 Desenho dos brises, página 97) -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: Solstício de verão: ...........das 15:00 às 18:45hrs Solstício de Inverno: .......das 13:00 às 17:10hrs
ABERTURAS: 20, 21, 22, 23, 24 e 32
-Maior período de insolação: inverno.
Neste caso, além de estarem logo abaixo das plataformas ecológicas possuem também as varandas recuadas 1,5 metros para dentro do edifício, criando assim um brise horizontal profundo e também proteção vertical nas duas laterais. Como mostra a máscara de sombra, é a proteção ideal para essa orientação. -Maior período de insolação: inverno.
-Intervalo de insolação: Solstício de verão: ...........das 15:00 às 18:45hrs Solstício de Inverno: .......das 12:50 às 17:10hrs
-Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 16:00 às 18:45hrs Solstício de Inverno: ....... das 14:00 às 17:10hrs
63
ABERTURA: 8
A abertura 8 não possui varanda e está logo abaixo de uma plataforma ecológica. Devido o posicionamento da janela, a plataforma exerce a função de brise horizontal apenas para a direita do edifício, ficando a esquerda desprotegida. A máscara de sombra sugere a implantação de brise para melhorar o bloqueio das radiação nociva. Por estar na sequência das janelas que nescessitam de proteção ela também irá receber brises e voltará a aparecer no estudo seguinte. (ver capítulo 6.7 - Desenho dos brises, página 97) -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 16:00 às 18:45hrs Solstício de Inverno: ....... das 14:00 às 17:10hrs
Na face noroeste as aberturas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 10, 11 e 12 não se beneficiam da proteção proporcionada pelas plataformas ecológicas, sendo necessário então a criação de brises soleil que ajudarão nessa função. Abaixo seguem os estudos da proteção solar das referidas aberturas. ABERTURAS: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 10, 11 e 12 Usou-se brises horizontais, seguindo o padrão arquitetônico da fachada. (ver capítulo 6.7 - Desenho dos brises, página 97) Como o caso anterior, conseguiu-se eliminar a insolação muito nociva, sem extinguir a insolação desejável. -Maior período de insolação: inverno. -Intervalo de insolação: Solstício de Verão: ...........das 14:30 às 18:45hrs Solstício de Inverno: .......das 10:50 às 17:10hrs
FACHADA SUDOESTE Essa fachada é a que recebe o menor índice de radiação solar nociva e muito nociva, e também a que tem o menor período de insolação no dia, por isso as plataformas ecológicas têm um tamanho reduzido, nunca ficando sobre duas janela consecutivas.
37
38
39
40
33
34
35
36
27
28
29
30
31
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11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
FIGURA 104: ELEVAÇÃO SUDOESTE Identificação das aberturas Fonte: do autor
ABERTURAS: 2, 3,4 , 8, 17, 19, 22, 23, 29, 30, 34, 35, 38 e 41
Nessas aberturas não há proteção das plataformas ecológicas, possuem apenas as varandas recuadas 85cm para dentro do edifício, que forma uma proteção horizontal e vertical. Conseguiu-se diminuir a carga de insolação muito nociva incidente no verão, no entanto não recebe radiação solar durante o inverno. -Maior período de insolação: verão. -Intervalo de insolação: Solstício de verão: ....das 14:30 às 18:45hrs Solstício de Inverno: não recebe insolação
64
ABERTURAS: 7, 9, 12, 14, 18, 24, 28 36, 39 e 4O
ABERTURAS: 15 e 31 Nessas aberturas não há proteção das plataformas ecológicas, possuem apenas as varandas recuadas com 85cm para dentro do edifício, conformando proteção horizontal e vertical. Consegue-se diminuir em parte a carga de insolação muito nociva incidente no verão, no entanto não recebe radiação solar durante o inverno.
As aberturas 15 e 31 têm as mesmas condições das abeturas 21 e 33, mas devido ao posicionamento no edifício a máscara de sombra permite um pouco mais de insolação durante o ano. -Maior período de insolação: verão. -Intervalo de insolação: Solstício de verão: ...........das 14:30 às 18:45hrs Solstício de Inverno: .......não recebe insolação
-Maior período de insolação: verão. -Intervalo de insolação: Solstício de verão: ...........das 14:30 às 18:45hrs Solstício de Inverno: .......não recebe insolação
ABERTURAS: 21 e 33
Nas aberturas 21 e 33 as plataformas ecológicas atuam como brise horizontal, não possuem varandas. Diferente da anterior, diminui a carga de insolação muito nociva incidente no verão, de maneira eficaz, porém, não recebe radiação solar durante o inverno.
Na face sudoeste as aberturas 1, 5, 6, 10, 11, 16, 20, 25, 26, 27, 32, 37, 42 e 43 não se beneficiam da proteção proporcionada pelas plataformas ecológicas, sendo necessário então a criação de brises soleil que ajudarão nessa função. Abaixo seguem os estudos da proteção solar das referidas aberturas.
ABERTURAS: 1, 5, 6, 10, 11, 16, 20, 25, 26, 27, 32, 37, 42 e 43
Seguiu-se o padrão de brises utilizados nas outras fachadas, mas atentou-se para a dimensão dos mesmos para que o equipamento bloqueie apenas a radiação muito nociva, uma vez que essa orientação recebe pouca insolação desejável em sua fachada. (ver capítulo 6.7 - Desenho dos brises, página 97)
-Maior período de insolação: verão.
-Maior período de insolação: verão.
-Intervalo de insolação: Solstício de verão: ...........das 15:30 às 18:45hrs Solstício de Inverno: .......não recebe insolação
-Intervalo de insolação: Solstício de verão: ...........das 14:30 às 18:45hrs Solstício de Inverno: .......não recebe insolação
65
5.10.2 VENTILAÇÃO CRUZADA
O uso da ventilação natural é um dos princípios básicos da arquitetura sustentável, trás conforto para a edificação e proporciona saúde aos moradores, devido a renovação constante de ar. Ela ajuda a diminuir bastante o uso de sistemas artificiais e, consequentemente, o consumo de energia.
Foram utilizados, o sistema efeito chaminé, que é viabilizado pela diferença de pressão entre o ambiente externo e o interno, conseqüência das diferenças de temperatura entre os eles. Os ambientes internos ganham calor devido às atividades ali realizadas, o ar aquecido torna-se menos denso e sobe, puxando então o ar frio que penetra pelas aberturas na face da edificação. E também o sistema de troca horizontal, que ocorre com a existência de pelo menos duas aberturas em faces diferentes do edifício. Os apartamentos das extremidades possuem essa característica, dispensando então o uso de shafts para a troca de ar.
FIGURA 106: VENTILAÇÃO EFEITO CHAMINÉ Fonte: do autor
FIGURA 105: VENTILAÇÃO CRUZADA EM PLANTA Fonte: do autor
As unidades que possuem apenas uma abertura, ou aquelas que possuem duas na mesma face, utilizarão shafts para a troca de ar no ambiente. A figura 105 mostra um esquema em planta da locação dos dutos verticais de ar e também de que maneira a ventilação cruzada ocorrerá no local. A figura 106 mostra o comportamento do ar no edifício, com a entrada de ar frio pelas aberturas na fachada e o ar quente sendo expelido para fora do edifício. O empreendimento possui um total de 13 dutos de ar destinados exclusivamente a esse uso. As prumadas hidráulicas usarão outros shafts para que a troca de ar seja otimizada. O uso do sistema efeito chaminé possibilitou que todos os apartamentos sejam contemplados com esse importante recurso arquitetônico.
66
5.11
ESTUDO DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO
E DRENAGEM
FIGURA 108: PERSPECTIVA DO SISTEMA DAS PLATAFORMAS ECOLÓGICAS Fonte: do autor
Respeitando os parâmetros urbanísticos estabelecidos pelo plano diretor de São Paulo, referênte à Quota Ambiental, ( Capítulo 4.4, página 64), o edifício possue um sistema de captação de águas pluviais para reúso na irrigação das plataformas ecológicas e outro de contenção para o retardo do escoamento pluvial. A imagem 107 mostra, de maneira geral, como funcionam os sistemas de irrigação e drenagem que se dá nas plataformas, enquanto a figura 108 nos dá um parâmetro da quantidade de vegetação que as plataformas comportarão. Na figura 109 pode-se ver, de maneira mais detalhada, o preparo das plataformas ecológicas, bem como os sistemas de irrigação e drenagem em cada caixa.
FIGURA 107: PERSPECTIVA DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO E DRENAGEM Fonte: do autor
FIGURA 109: DETALHAMENTO DAS Fonte: do autor
DUTO DE DESCARTE CAIXA ARMAZENADORA PARA DESCARTE POSTERIOR SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS
BOMBA DE IRRIGAÇÃO
SISTEMA DE DRENAGEM E CAPTAÇÃO
CAIXA DE CONCRETO CAIXA ARMAZENADORA DA ÁGUA DE REÚSO EQUIPAMENTO REGULADOR E DISTRIBUIDOR DA ÁGUA DRENADA
IRRIGADOR
REGULARIZAÇÃO MANTA ASFÁLTICA PROTEÇÃO MECÂNICA
BIDIM BRITA
67
JARDIM DRENANTE SOBRE LAJE
BIDIM
PLACA DE PETRUM
TUBO DE DRENAGEM
LAJE IMPERMEABILIZADA PEDESTAIS DE ELEVAÇÃO
TUBO COM FIBRA DE CÔCO RESERVATÓRIO
FIGURA 110: SISTEMA DE RESERVAÇÃO E DRENAGEM DE JARDIM SOBRE LAJE Fonte: Levitare Disponível em: < http://www.levitare. com.br/produtos-especiais/> Acesso em 14/04/2020
PISO DRENANTE SOBRE SOLO NATURAL GUIA DE CONTENÇÃO FIGURA 110: MAPA DE DRENAGEM NO EMPREENDIMENTO Fonte: do autor
A figura 110 mostra os sistemas de drenagem e captação de água pluvial, tanto para reúso como para retardo do escoamento, que serão aplicados no lote afim de contribuir com os parâmetros estabelecidos no partido do projeto em resposta á Quota Ambiental.
PISO DRENANTE CAMADA DE NIVELAMENTO BRITA MANTA DE DRENAGEM SOLO NATURAL FIGURA 111: SISTEMA DE DRENAGEM PISO SOBRE SOLO NATURAL Fonte: Levitare Disponível em: < http://www.levitare.com.br/produtos-especiais/> Acesso em 14/04/2020
68
6
OBJETOS GRÁFICOS
6.1
PLANTA DE
IMPLANTAÇÃO
0
5
10
25
6.2
PLANTA DE
COBERTURA
0
5
10
25
6.3
PLANTAS
GERAIS
PRO
JEÇ
ÃO
DA
RAM PA
PRO
JEÇ
ÃO
DO
VÃO
CEN
TRA
L
6.3.1 NÍVEL 737
0
5
10
25
6.3.2 NÍVEL 741
0
5
10
25
6.3.3 NÍVEL 745
0
5
10
25
6.3.4 NÍVEL 749
PRO
JEÇ
PRO
JEÇ
PRO
JEÇ
ÃO
DO
EDI
ÃO
DO
EDI
ÃO
DO
EDI
FÍCI
O
FÍCI
O
FÍCI
O
0
5
10
25
6.3.5 NÍVEL 753
0
1 2
5
10
6.3.6 NÍVEL 755,72
6.3.7 NÍVEL 758,44
6.3.8 NÍVEL 761,16
6.3.9 NÍVEL 763,88
6.3.10 NÍVEL 766,60
6.3.10 NÍVEL 769,32
6.4
OBJETOS GRÁFICOS
CORTES
6.4.1 CORTE A
0 1 2 3 4 5
10
6.4.2 CORTE B
0 1 2 3 4 5
10
6.4.3 CORTE C
0 1 2 3 4 5
10
6.4.4 CORTE D
0 1 2 3 4 5
10
6.4.5 CORTE E
0 1 2 3 4 5
10
6.4.6 CORTE F
0 1 2 3 4 5
10
6.4.7 CORTE G
0 1 2 3 4 5
10
6.5
OBJETOS GRÁFICOS
ELEVAÇÕES 6.5.1 ELEVAÇÃO SUDESTE
0
5
10
25
0
5
10
25
6.5.2 ELEVAÇÃO NORDESTE
6.5.3 ELEVAÇÃO NOROESTE
0
5
10
25
0
5
10
25
6.5.4 ELEVAÇÃO SUDOESTE
6.6
TIPOLOGIAS
RESIDENCIAIS
O empreendimento possui cinco tipologias diferentes de apartamentos distribuídos ao longo dos seis andares dos edifício. Três delas são do tipo apartamento estúdio, com 30m² e outras duas de apartamento de 1 dormitório com 45m². Todas as unidades habitacionais respeitam a Norma Brasileira Regulamentadora de Acessibilidade (NBR 9050) e possuem as dimensões necessárias para a circulação de cadeiras de rodas e de equipamentos de auxílio à locomoção. As imagens a seguir mostram a distribuição dos tipos e as quantidades em cada pavimento.
FIGURA 112: PLANTA DO TERCEIRO PAVIMENTO
FIGURA 110: PLANTA DO PRIMEIRO PAVIMENTO Fonte: do autor
FIGURA 113: PLANTA DO QUARTO PAVIMENTO
FIGURA 114: PLANTA DO QUINTO PAVIMENTO
FIGURA 115: PLANTA DO SEXTO PAVIMENTO
FIGURA 111: PLANTA DO SEGUNDO PAVIMENTO
92
TIPOLOGIA 1
2 FIGURA 118: SEÇÃO bb TIPOLOGIA 1
0
1
2
3
4
5
FIGURA 119: PERSPECTIVA 1 3D DA SALA E COZINHA
1
FIGURA 116: PLANTA TIPOLOGIA 1
0
1
2
3
4
5 FIGURA 120: PERSPECTIVA 2 3D DO DORMITÓRIO
FIGURA 117: SEÇÃO aa TIPOLOGIA 1
0
1
2
3
4
5 93
TIPOLOGIA 2
0
1
2
3
4
5
FIGURA 123: SEÇÃO bb TIPOLOGIA 2
1
2
0
1
2
3
4
5
FIGURA 121: PLANTA TIPOLOGIA 2
0
1
2
3
4
5
FIGURA 122: SEÇÃO aa TIPOLOGIA 2
FIGURA 124: PERSPECTIVA 1 3D DA SALA E COZINHA
FIGURA 125: PERSPECTIVA 2 3D DO DORMITÓRIO
94
TIPOLOGIA 3
0
1
2
3
4
5
FIGURA 128: SEÇÃO bb TIPOLOGIA 3
FIGURA 129: PERSPECTIVA 1 3D DA SALA E COZINHA
1
2
FIGURA 126: PLANTA TIPOLOGIA 3
0
1
2
3
4
5
FIGURA 130: PERSPECTIVA 2 3D DO DORMITÓRIO
FIGURA 127: SEÇÃO aa TIPOLOGIA 3
0
1
2
3
4
5
95
TIPOLOGIA 4
0
1
2
3
4
5
FIGURA 133: SEÇÃO bb TIPOLOGIA 4
2 FIGURA 134: PERSPECTIVA 1 APARTAMENTO ESTÚDIO
1
FIGURA 131: PLANTA TIPOLOGIA 4
0
1
2
3
4
5
FIGURA 135: PERSPECTIVA 2 APARTAMENTO ESTÚDIO
FIGURA 132: SEÇÃO aa TIPOLOGIA 4
0
1
2
3
4
5
96
TIPOLOGIA 5
FIGURA 138: SEÇÃO bb TIPOLOGIA 5
0
1
2
3
4
5
1
FIGURA 139: PERSPECTIVA 1 APARTAMENTO ESTÚDIO
2
FIGURA 136: PLANTA TIPOLOGIA 5
0
1
2
3
4
5
FIGURA 140: PERSPECTIVA 2 APARTAMENTO ESTÚDIO
FIGURA 137: SEÇÃO aa TIPOLOGIA 5
0
1
2
3
4
5
97
6.7
DESENHO DOS
BRISES SOLEIL
FACHADA NORDESTE ABERTURAS: 5, 6, 10, 21, 22, 26, 27, 34, 38, 39 e 40
FACHADA SUDESTE ABERTURAS: 1 e 2 Usou-se brise horizontal, conservando assim o padrão arquitetônico da fachada. Buscou-se contudo, eliminar a insolação muito nociva, sem extinguir a insolação desejável,
Período de proteção obtido: - Verão: das 10:20 às 12:30; - Inverno: das 9:50 ás 11:00; Período de proteção obtido: - Verão: das 10:20 às 14:20; - Inverno: não há proteção;
FACHADA NORDESTE ABERTURA: 1
Período de proteção obtido: - Verão: das 10:20 às 18:45; - Inverno: das 16:00 às 17:20;
98
FACHADA NOROESTE
FACHADA SUDOESTE
ABERTURAS: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 10, 11 e 12
ABERTURAS: 1, 5, 6, 10, 11, 16, 20, 25, 26, 27, 32, 37, 42 e 43
Usou-se brises horizontais, seguindo o padrão arquitetônico da fachada. Como o caso anterior, conseguiu-se eliminar a insolação muito nociva, sem extinguir a insolação desejável. -Maior período de insolação: inverno. Período de proteção obtido: - Verão: das 10:20 às 18:45; - Inverno: das 16:00 às 17:20;
Seguiu-se o padrão de brises utilizados nas outras fachadas, mas atentou-se para a dimensão dos mesmos para que o equipamento bloqueie apenas a radiação muito nociva, uma vez que essa orientação recebe pouca insolação desejável em sua fachada. -Maior período de insolação: verão. Período de proteção obtido: - Verão: das 12:00 às 14:45; - Inverno: não recebe insolação;
99
6.8
MAQUETE
DIGITAL
2
3
1
2
1
3
100
2
1
3
1
2
3
101
2 1
1
2
3
3 102
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALEX, Sun. Projeto da Praça: Convívio e Exclusão no Espaço Público. 2 ed. São Paulo: Senac, 2011. Andrade, Vinicius. Andrade Morettin: cadernos de arquitetura / Vinicius Andrade, Marcelo moretin. 1 ed. São Paulo: Bei comunicação, 2016. BUXTON, Pamela. Manual do Arquiteto: planejamento, Dimensionamento e Projeto. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2017. BONDUKI, Nabil; KOURY, Ana Paula. Os pioneiros da Habitação: Inventário da produção pública no Brasil entre 1930 e 1964, Volume 2. 1 ed. São Paulo: Editora Unesp, 2014. BOERI, Stéfano. Vertical Forest. Boeri. Disponível em: <https://www.stefanoboeriarchitetti. net/en/project/vertical-forest/>. Acesso em: 07/10/2019.
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8 ANEXOS LISTA DE ASILOS E CASAS DE REPOUSO NO ENTORNO DO TERRENO RAIO DE 500M A PARTIR DO TERRENO RESIDENCIAL RECANTO FELIZ R Dentista Barreto, 575, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2.000,00 CASA DE REPOUSO QUEZADA R Nova Jerusalém, 504, Chácara Santo Antônio - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2.300,00 CASA DE REPOUSO VIDA FELIZ R Antônio Soveral, 348, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2.100,00 RAIO DE 0,5Km A 1Km A PARTIR DO TERRENO ASSOCIAÇÃO BENEFICÊNCIA VELHICE DESAMPARADA R Queriri, 114, Chácara Califórnia - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2.000,00 CASA DE REPOUSO NOSSO NINHO R Luzia da Conceição Moraes, 384, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO CASA DE REPOUSO NOVA ALIANÇA R Gonçalo Nunes, 64, Chácara Califórnia - São Paulo, MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2.500,00 COLIBRI RESIDENCIAL CASA DE REPOUSO R Xiririca, 270, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO
RECANTO FLORES DA VIDA R Biguaçu, 411, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO ALEBEL CASA DE REPOUSO R Biguaçu, 411, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2700,00 CASA DE REPOUSO PEDRA DO CAMINHO R Haroldo Daltro, 236, Vila Nova Manchester - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO RESIDENCIAL DE PAULA R Gaspar de Lemos, 263, Vila Nova Manchester - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 3.100,00 PENSIONATO RESIDENCIAL DE PAULA R Capitão José Leite, 361, Vila Matilde - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO CASA DE REPOUSO PARA IDOSOS - VILA MATILDE R Capitão José Leite, 361, Vila Matilde - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 5.900,00 BEM VIVER RESIDENCIAL GERIÁTRICO R Monsenhor Francisco de Paula, 170, Vila Aricanduva - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 4000,00 CASA DE REPOUSO RESIDENCIAL VITALITA R Doutor Luís Carlos, 1198, Vila Aricanduva - São Paulo, MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 5.100,00 CASA DE REPOUSO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA R Mossâmedes, 461, Vila Santo Estêvão - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO IMFORMADO
RAIO DE 1Km A 2Km A PARTIR DO TERRENO
LAR SANTA ANA R Santa Gertrudes, 59, Chácara Santo Antônio - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 10.000,00
CASA DE REPOUSO SOLAR DA IMPERATRIZ R Biguaçu, 183, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2000,00
RESIDENCIAL PENHA DE FRANCA 2 R General Sócrates, 445, Penha de Franca - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2000,00
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8 ANEXOS CASA DE REPOUSO VILA HARMONIA R Biguaçu, 116, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 4.900,00 CASA DIVINA PROVIDÊNCIA Av. Norberto Mayer, 260, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 8.600,00
ASSISTÊNCIA SOCIAL LAR DI TOSO R Evans, 880, Vila Esperança - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO
RAIO DE 2Km A 3Km A PARTIR DO TERRENO
ABRIGO NOSSO LAR R Jacaracanga, 117, Vila Formosa - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO
CASA DE REPOUSO RESIDENCIL ÁGAPE R Mongubá, 411, Vila Carrão - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO
RESIDENCIAL PENHA DE FRANCA UNIDADE 1 R Frei Germano, 83, Penha de Franca - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 6.900,00
RESIDENCIAL PLENITUDE LAR DOS IDOSOS Av Dedo de Deus, 621, Vila Formosa - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 4.500,00
CASA DE REPOUSO QUALIDADE DE VIVER R Padre Landell de Moura, 87, Jardim Anália Franco - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2.800,00
CENTRO DE VIVÊNCIA SOLAR FLOR DE LIS R Eugênia de Carvalho, 1208, Vila Matilde - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 6.000,00
CASA DE REPOUSO NOVO TEMPO R José Oscar Abreu Sampaio, 134, Jardim Anália Franco - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 4.700,00
CASA DE REPOUSO CONVIVÊNCIA R Dom João Maria Ogno, 324, Vila Matilde - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 3.700,00
BARRAMED CASA DE REPOUSO R Lefosse, 49, Vila Invernada - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 5.000,00
SCO MASTER PROTEGENDO A VIDA R da Economia, 162, Vila Nova Savoia - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2.700,00
RESIDENCIAL RECANTO DOS NOBRES R Oiti, 319, Vila Regente Feijó - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 7.000,00
CASA DE REPOUSO VOVO NENA R da Economia, 162, Vila Nova Savoia - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 2.600,00
RESIDENCIAL ANÁLIA FRANCO R Rodrigues Barbosa, 102, Vila Regente Feijó - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 8.900,00
CASA DE SAÚDE VILA MATILDE R Joaquim Marra, 138, Vila Matilde - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO ATENDE
CASA DE REPOUSO SANTA CLARA R Síria, 582, Parque São Jorge - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 3.900,00
UNIDADE GERONTOLOGICA FERREIRA R Tirana, 26, Vila Formosa - São Paulo, SP MENSALIDADE: A PARTIR DE R$ 8.500,00
ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA BENEFICENTE DR ADOLFO BEZERRA DE MENEZES R Omachá, 182, Penha de Franca - São Paulo, SP MENSALIDADE: NÃO INFORMADO
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8 ANEXOS
Fonte: Site Gestão Urbana Disponível em: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/007-QUADRO_3B_FINAL.pdf
Fonte: Site Gestão Urbana Disponível em: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov. br/wp-content/uploads/2016/03/Mapa03_QUOTA.pdf
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