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O que é a Arte contemporânea:

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Arte contemporânea é uma tendência artística que se construiu a partir do pósmodernismo, apresentando expressões e técnicas artísticas inovadoras, que incentivam a reflexão subjetiva sobre a obra.

Também conhecida como Arte Pós-Moderna, a arte contemporânea rompeu com alguns aspectos da Arte Moderna, ajudando a configurar uma nova mentalidade no mundo artístico. No entanto, muitos dos valores defendidos pela Arte Moderna foram mantidos na Contemporânea, como o desejo pelas invenções e experimentações artísticas, por exemplo.

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Não há um consenso sobre quando a arte contemporânea teria se originado, mas provavelmente foi em meados da segunda parte do século XX, após a Segunda Guerra Mundial.

No pós-guerra o sentimento que predominava era o de reconstrução da sociedade. Os artistas, a partir deste princípio e apoiados no avanço da globalização, das novas tecnologias e mídias, passaram a enxergar novos meios de se expressar artisticamente.

A arte contemporânea valoriza mais o conceito, a atitude e a ideia da obra do que necessariamente o objeto final. A intenção é refletir de modo subjetivo sobre a peça artística, não apenas contempla-la pela sua natureza estética.

Um extenso leque de estilos, perspectivas e técnicas compõem a arte contemporânea, que pode ser manifestada seja através da pintura, como da dança, música, teatro, escultura, literatura, moda, instalações, etc.

Alguns das principais características da arte contemporânea são:

• Abandono dos suportes tradicionais;

• Fusão entre arte e vida;

• Uso das novas tecnologias e mídias;

• Mistura de estilos artísticos;

• Obras interativas;

• Obras questionam a definição de arte;

• Aproximação com a cultura popular;

• Uso de diferentes materiais para a produção das obras;

• Liberdade e efemeridade artística;

• Baseado no conceito de sociedade da informação.

No Brasil, a arte contemporânea começou a se desenvolver a partir da década de 1950, com o movimento vanguardista conhecido por Neoconcretismo.

Entre alguns dos principais artistas brasileiros que fomentaram a arte contemporânea no país, destaque para: Hélio Oiticica (1937 - 1980);

Romero Britto (1963 - ); Ferreira Gullar (1930 - 2016); Amilcar de

Castro (1920 - 2002); Lygia Clark (1920 - 1988); Lygia Pape (19272004); entre outros.

Entre alguns dos principais artistas que se destacam mundialmente através de seus trabalhos na arte contemporânea, os mais conhecidos são:

Andy Warhol

Bansky

Damien Hirst

Jean-Michel Basquiat

Anselm Kiefer

Richard Serra

Bill Viola

Jeff Koons

Marina Abramović

Gerhard Richter

Takashi Murakami

Lucian Freud

Keith Haring.

Alguns dos principais movimentos e escolas vanguardistas que surgiram com base na arte contemporânea estão relacionadas com a ideia da comunicação, e não do consumo, como acontecia com a Arte

Moderna:

Pop Art

Arte Conceitual

Arte Digital

Fotografia

Instalação

Arte Urbana / Street Art

Body Art

Arte povera (poor art)

Arte de Novas Mídias

Hiper-realismo

Fotorrealismo

Op art

Arte cinética.

Marina Melo é uma talentosa artista visual que busca retratar a natureza mística das pessoas, equilibrando elementos contrastantes e explorando a harmonia entre eles. Sua obra é um convite para mergulhar no universo das dualidades, onde o sol e a lua, a noite e o dia, o esotérico e a conexão com a Patchamama se entrelaçam.

Em cada pincelada, Marina Melo busca transmitir uma energia única, incorporando elementos complementares como terra, água, fogo e ar. Esses elementos simbolizam forças vitais e representam os pilares da existência. Sua arte reflete o poder e a beleza que surgem quando esses elementos se unem em perfeita harmonia. A natureza mística presente na obra de Marina Melo convida o observador a explorar dimensões mais profundas da própria existência. Ela cria um ambiente onde a energia positiva prevalece e permite uma conexão com o mundo espiritual. Seu trabalho é um convite para apreciar a beleza da natureza e reconectar-se com o equilíbrio interior.

Através de cores vibrantes e técnicas expressivas, Marina Melo dá vida a um universo repleto de simbolismos e significados. Seu domínio da técnica artística aliado à sua sensibilidade permite que ela transmita emoções e sensações de forma única. Cada obra de arte de Marina Melo é um portal para um mundo encantado, onde o sagrado e o profano se encontram e se complementam.

A positividade é uma constante em seu trabalho. Marina Melo acredita no poder da arte como agente transformador e busca transmitir essa mensagem em cada traço. Sua arte é um convite para celebrar a vida, abraçar a natureza e reconhecer a importância do equilíbrio e da harmonia em nossas jornadas pessoais.

Almaques é um artista de essência, um observador lúdico que tem a habilidade única de recriar as cidades que habita através de sua forma singular de pintar e observar o mundo urbano. Como um artista plástico baiano, ele traz consigo uma visão eclética e se imerge em um habitat popular, onde está atento aos comportamentos dos transeuntes, à geometria do espaço e aos elementos que passam despercebidos para a maioria das pessoas.

Em suas obras, Almaques integra imagens de obras de outros artistas de diferentes épocas e origens, criando um universo perfeitamente integrado aos cenários caóticos das cidades em que vive. Seus estudos resgatam detalhes dos clássicos da arte local e universal, enfatizando sua qualidade como um observador perspicaz. Além disso, ele mesmo se torna parte dessa leitura, adicionando mais um elemento à composição.

Outro elemento contemporâneo presente nas obras de Almaques são as intervenções urbanas, que ocupam uma posição efêmera no ambiente. Street artists, grafiteiros, lambe-lambes e reclames publicitários também são retratados em seus quadros com maestria. Almaques capta a efemeridade dessas expressões artísticas que embelezam o espaço público, mas que muitas vezes são passageiras e podem desaparecer rapidamente.

Além de sua abordagem estética, Almaques também atua como um observador social e registra os momentos históricos em suas obras. Como um verdadeiro jornalista visual, ele coloca suas imagens e conta a história da época e dos eventos que a marcaram. Suas pinturas são uma forma de documentação visual, capturando a atmosfera, os acontecimentos e as emoções de determinado momento, permitindo que as gerações futuras possam reviver e compreender a história através de sua arte.

Em resumo, Almaques é um artista de essência que utiliza sua visão eclética para recriar as cidades em que vive. Sua pintura é uma combinação perfeita entre o observador lúdico e o jornalista visual, capturando os detalhes, as pessoas e os elementos do cotidiano urbano. Ele integra imagens de outros artistas, tanto clássicos quanto contemporâneos, e registra os momentos históricos, incluindo as intervenções urbanas efêmeras. Almaques Arte é um verdadeiro contador de histórias através de sua arte.

Ricardo Sena é um fotógrafo, natural de Salvador-BA, que tem se dedicado à arte da fotografia desde 1997. Ele vê a fotografia como um meio para conhecer mais o mundo que o rodeia e explorar a interação entre o homem e o seu ambiente. Embora atualmente utilize equipamento digital, ele tem um especial apreço pela fotografia em película, reservando-a para alguns de seus trabalhos autorais. Além disso, ele está experimentando com a fotografia “Pinhole”, uma técnica adaptada com lata de leite e caixa de fósforo, pois acredita que o equipamento utilizado é o que menos importa. Para ele, o que realmente importa é a capacidade das imagens de gerar reflexão e emoção, tanto nele mesmo quanto nos outros.

Durante muitos anos, Ricardo não mostrou seu trabalho ao público, mas ele superou isso e já realizou algumas exposições. Geralmente, ele fotografa de forma solitária, colecionando imagens de pequenos vilarejos, comunidades sertanejas, garimpos de diamante, famílias ribeirinhas e lugares onde a presença humana e a relação com a natureza são evidentes. Ele descobriu que a câmera fotográfica tem o poder de repelir ou aproximar as pessoas, dependendo de como o fotógrafo atua. Para ele, é um ato de conquista e de observação cuidadosa.

Para Ricardo Sena, o ciclo da fotografia se completa quando ele retorna ao local onde fez as fotos e as entrega às pessoas que foram retratadas. Isso nem sempre é fácil, pois muitos desses lugares têm acessos difíceis e falta de infraestrutura adequada. Ele já precisou pegar ônibus, barco e caminhar muito, além de ter dormido em rede, bancos de praça e casas de nativos. No entanto, ele afirma que todas essas experiências trazem uma grande recompensa. Essa abordagem acaba construindo uma relação de confiança com as comunidades, e ele revela que muitas pessoas confessaram que a foto que ele entregou é a única imagem de suas vidas. Ele fez alguns amigos e reconhece que tem aprendido muito com pessoas de vidas bastante simples.

Sena acredita que, para criar uma boa fotografia, é preciso estar disposto a beber de diversas fontes artísticas, como música, cinema, pintura, escultura, literatura, teatro e dança. Todas essas formas de arte o influenciam em seu trabalho, contribuindo para uma abordagem consistente. Ele utiliza um componente antro- pológico em seus registros, com uma inclinação maior para a Fotografia Humanista, na qual encontra uma maior satisfação. Essa abordagem coloca-o em um contato mais íntimo com as pessoas que ele fotografa, resultando em um trabalho mais honesto e digno possível das pessoas retratadas.

O verdadeiro tema das pinturas “afro” de Guache Marques não é, como se tem dito, a africanidade ou afrodescendência; o tema dessas pinturas é a cor. Os motivos afro-brasileiros podem aqui ser o assunto, um dado circunstancial, contingente, privilegiado até e tornado valioso. Contudo, um outro assunto, bem diverso do atual, desde que se prestasse aos desen- volvimentos solicitados pelo artista, poderia ter sido eleito sem que se alterasse o núcleo temático. É interessante, a propósito, notar quão facilmente alguns títulos aparentados entre si – e que certamente poderiam ser substituídos sem grande prejuízo – podem induzir a equívocos de interpretação, sobretudo quando, na Bahia, evocam-se as “raízes”, atraindo para si a atenção do interlocutor que neles procura, em vão, o sentido das obras.

É claro que não se pode ignorar a presença dos signos pintados – estão aí simplesmente e, ademais, traçados com um vigor e uma clareza que preservam prontamente reconhecível a sua procedência. Restam, entretanto, formalmente depurados, não mais atrelados ao contexto original do qual foram arrancados. Do símbolo emotivo só vestígios subsistem: a abstração os esteriliza; dir-se-ia que tal símbolo é o objeto a ser consumido, e então a operação pictórica consiste em fazê-lo recuar. Agora são esqueletos sobre e em torno dos quais a cor se encorpa, expande-se e se contrai alternadamente, e arrasta consigo a luz; são esqueletos a delimitar e dar sustentação a zonas de cromatismo vibrante, quando não submergem, diluídos, à potência destas. Não é novidade, para quem o tenha seguido em sua carreira, reconhecer em Guache um virtuoso da cor, que a intensifica, fá-la persuasiva [e também, nesse sentido, barroca], não raro estridente, criando, por vezes, intumescências à superfície do quadro sem quaisquer possibilidades de neutralizar-se e apagar-se, saturando-a antes com fulgores, que são também registros “termométricos” desse ambiente inventado. Os signos assumem valor tectônico: já quase uma arquitetura sem massa e sem peso (pois toda a densidade se restringe à própria realidade material da pintura, sua fisicidade), estão aí para aclarar relações – logo não poderiam admitir outro talhe senão o geométrico.

A associação cor-forma geométrica é histórica: dos mosaicos romanos a Mondrian, das marchetarias renascentistas à publicidade contemporânea, que técnico das artes visuais pôde ignorá-la? Esse binômio é a língua dos brasões, dos emblemas áulicos d’outrora, mas é, não menos, o das logomarcas e ícones hodiernos. Entretanto a cor de Guache não é plana nem homogênea, embora firmemente encapsulada na grade geométrica e remetida continuamente ao plano; é, ao contrário, um campo de força cuja grande intensidade vibratória se arremessa à retina do observador, num efeito devido em parte à interferência de grafismos e pinceladas distribuídos irregularmente para pôr em relação áreas contíguas que de outro modo estariam isoladas, talvez inertes. Além disso, uma cor límpida, pura, pouco se prestaria a uma abordagem fundamentalmente dinâmica (ainda que não óbvia) da pintura; e o dinamismo aí alcançado é auto-evidente. Mas há algo em Guache que, não sendo – creio – intencionalmente temático, nos informa dessa africanidade que se quer encontrar nessas obras. Esse algo subjaz à sua técnica colorística: um certo predomínio do quente e do morno dado pelo amplo uso de tons terrosos, óxidos de ferro naturais ou sintéticos. São arranjos cromáticos sugestivos de sua própria origem material, da sua categoria no reino natural. E é desse ponto de vista que se poderia falar, legitimamente, em “raízes”, na medida em que tais relações reverberam subjetivamente, como memória afetiva duma cultura na qual uma Natureza mítica, em contraste com as atuais tecnocracias, é ecoada sem cessar.

Miguel Cordeiro despontou como artista na cena cultural em 1979 por meio dos grafites urbanos de Faustino, um personagem icônico que foi retratado nos muros de Salvador e outras cidades brasileiras. Faustino ironizava aspectos do comportamento humano no cotidiano.

Os trabalhos de Miguel Cordeiro abrangem diversas técnicas e dimensões, incluindo pintura, desenho, colagem e construção de objetos. Suas obras convidam ao deleite estético e à reflexão sobre as certezas e incertezas da evolução humana e do nosso constante desnorteio. Cores quentes, puras e vivas são usadas para celebrar a “Primavera Burlesque”, uma metáfora do contínuo renascer artístico e da ironia do olhar.

O texto destaca que a arte de Miguel Cordeiro impressiona pela expressão estética e rebeldia temática, inserindo-se no contexto contemporâneo de inquietação, especialmente no que diz respeito às questões de igualdade social.

O processo poético de criação do artista começa com um primeiro traço na folha de papel, que se materializa e ganha vida durante o desenvolvimento do discurso e na composição da obra de arte.

Miguel Cordeiro nasceu em Salvador, em 1956, e é um artista autodidata. Ele começou sua trajetória na primeira metade dos anos 1970, trabalhando com desenho, colagem e pintura. Suas principais influências incluem a Arte Pop, o Rock, as histórias em quadrinhos e os escritores ligados ao movimento da Contracultura.

Ele é reconhecido como um dos pioneiros do graffiti e da street art no Brasil, sendo o criador do personagem Faustino em 1979, que retratava aspectos do comportamento humano em um mundo em constante transformação.

Miguel Cordeiro participou de várias exposições e mostras no circuito alternativo, ilustrou capas de discos e livros, e sua arte também ganhou destaque nas mídias eletrônicas com a popularização da internet, sendo compartilhada e analisada em diversos sites nacionais e internacionais.

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