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E S T U D O

B Í B L I C O

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APOCALIPSE, ARMAGEDON, OU FIM DOS TEMPOS? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; Jo 6.68

OBJETIVO GERAL: AFIRMAR QUE A OBRIGAÇÃO DA IGREJA É MOSTRAR O CAMINHO QUE LEVA A VIDA ETERNA.

R E V .

F A B R Í C I O

S O B R O S A

I U N G

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C O M U N I D A D E

L U T E R A N A

D E

T E Ó F I L O

O T O N I / M G


A Grande variedade de interpretações sobre o fim dos tempos confunde e não deixa nascer a esperança.


INTRODUÇÃO

Assim como na maioria dos assuntos, o fim dos tempos também é motivo de grande controvérsia dentro da igreja. Existem muitas interpretações para os textos que falam sobre isso, e cada uma delas traz consequências diferentes para a vivência da igreja. A grande variedade de visões sobre o fim confunde, e o silêncio das igrejas que interpretam a Bíblia de forma real faz com que a maioria das pessoas estejam confusas nesse assunto. Se a Bíblia é suficientemente clara ao afirmar que o mundo como o homem conhece caminha para o fim, por que ainda existem tanta confusão? O que acontece é que as várias correntes teológicas, acabam por tirar conclusões erradas e isso faz com que até mesmo os crentes acostumados com a igreja vivam em constante desordem sem saber muito bem o que esperar. O Texto de Jo 6 demonstra um pouco isso, pois apresenta uma numerosa multidão que seguia Jesus, alguns estavam atrás dele por conta do medo do futuro incerto que tinha, afinal através daquele homem de fala humilde e simples eram convidados a sonhar com outra realidade. A grande maioria das pessoas estavam ali pelo espetáculo que era ver um homem fazendo milagres e alimentando a multidão, o propósito religioso destas pessoas era encontrar um salvador terreno, tanto é verdade que quando são despertadas por Jesus para a religião verdadeira eles o abandonam. O Texto de hoje então demonstra que o querer de Deus não tem nada a ver coma vida na terá, mas liberta as pessoas para ouvir as Palavras da Vida Eterna. Hoje as igrejas estão cheias, multidões vão atrás de Jesus, mas as diversas teorias sobre o fim atrapalham o evangelho verdadeiro. Muitos dos seguidores de Cristo, estão atormentados com o medo do incompreensível que a morte trás, a maioria das pessoas está interessada no espetáculo do fim, mas há uma pequena parcela que ainda aguarda silenciosamente a ação de Deus, que faz nascer e crescer no coração do crente a expectativa pela vida eterna. É importante conhecer estas interpretações para que haja uma visão correta sobre o fim e que a igreja volte a procurar o Senhor não por seus sinais, milagres, ou prodígios, mas por conta das suas maravilhosas promessas de vida eterna.


O Apocalipse é um baú de armas prontas para atormentar consciências e fazer nascer e crescer o medo no coração dos crentes.


O APOCALIPSE QUE GERA MEDO A forma básica como a igreja usa o Apocalipse desperta no coração das pessoas um medo que em muito pouco traduz a vontade e o querer de Deus para sua igreja e para os seus filhos. Muitos fazem deste livro de profecias um baú de armas prontas para atormentar a consciência das pessoas. Pregadores usam as condenações das 7 igrejas (Ap 2.1-3.22), para acusar igrejas que ao seu ver estão “desajustadas”. Outros usam as 7 taças da ira de Deus (Ap 15.1-16.21) como a vara da lei para fazer nascer o medo. Há ainda aqueles que usam das imagens incompreensíveis utilizadas por João como cães de guarda que deixam apenas os muito santos entrar no reino de Deus. O grande erro que parte da igreja hoje comete é fazer uma leitura literal do texto da profecia, sem se dar conta do que muito daquilo que está descrito ali tem um contexto diferente do atual, e como bem diz a frase teológica, texto, fora do contexto, serve como pretexto para heresia. Cometer esse erro de interpretação só faz aumentar no coração das pessoas o medo, pois elas enganadas por uma leitura literal do apocalipse acabam buscando sinais que estão descritos no texto, e assim deixam de perceber as amostras verdadeiras do fim dos tempos.


A igreja esqueceu de pregar a vida eterna como sendo a grande liberdade que Deus propþe, Hoje ela prefere o medo das coisas ruins do que a esperança do cÊu.


ARMAGEDON E O ESPETÁCULO DO FIM.

O termo Armagedon é bíblico, vem do texto de Ap 16.16 que conta que perto do fim haverá uma grande guerra e a batalha final acontecerá em Israel perto de um monte chamado Megido, essa será conhecida como batalha do Armagedon. Muitas igrejas usam dessa profecia para preocupar as pessoas, pois pregam que está em curso um plano global de dominação que resultará no nascimento e no reinado do Anticristo. Como um grande enredo de filme será preciso nascer um super-vilão que lutará e no fim será derrotado por Jesus. Este tipo de interpretação é um grande obstáculo para o evangelho, pois transforma o fim em um espetáculo tão grande e majestoso quando a vinda de Cristo, e isso faz com que o Está consumado de Jesus não seja tão derradeiro assim, pois algumas batalhas ainda terão que ser travadas. O fim dos tempos não tem nada a ver com uma grande guerra, pois essa já foi travada e não foi no monte Megido, mas no Gólgota, quando na cruz Jesus venceu uma vez por todas (Hb 7.27b) o diabo, o pecado e a morte, e assim ascendeu no coração dos crentes a esperança nas promessas de vida eterna.


É preciso entender que a ação preferencial de Deus e seu querer maior é diariamente apresentar e preparar o homem para a vida do mundo vindouro.


A SILENCIOSA PROMESSA DA VIDA ETERNA

Quando todos os que queriam a ação terrena de Jesus se foram, ficaram apenas eles e os discípulos. Jesus propõe então a liberdade também para Eles, quando diz: “vocês também querem se retirar? ” Pedro então confessa, nós não podemos ir, pois só em ti encontramos as promessas da vida eterna. As pessoas estavam atrás de Jesus por conta de sua ação extraordinária, mas os apóstolos naquele momento conseguiram entender que sua ação preferencial e seu querer maior era diariamente apresentar e preparar o homem para a vida do mundo vindouro. Hoje as igrejas estão lotadas, mas poucas pessoas estão dispostas a considerar a vida eterna como o presente maior que Deus quer dar, crer nesta verdade é uma das grandes liberdades que Deus propõe, pois ela não precisa do incentivo do medo e nem dos sinais e prodígios, pois em fé crê na promessa daquilo que não pode ser visto, e na esperança de receber o verdadeiro presenta vida no céu, no mundo que há de vir.


Os escritores do Credo Niceno conseguiram resumir de forma completa sua esperança, pois afirmam que sua esperança era a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que ainda virá.


CONCLUSÃO

É preciso tomar extremo cuidado com aquilo que se espera para o fim, pois muitas vezes não esperamos a ação silenciosa de Deus, mas refletimos o medo, ou o anseio pelo espetáculo, nossas certezas precisam cada vez mais ser provadas pela Bíblia, pois é só ela a Palavra viva de Deus que pode dar vida em abundância. Os escritores do Credo Niceno parecem ter resumido de forma completa como e porque Deus quer agir, afinal afirma que esperam ardentemente a ressurreição dos mortos e a vida do mundo vindouro. O objetivo rela e o querer verdadeiro de Deus não é aumentar o medo no coração do homem, nem mesmo servir de espetáculo em um mundo que só pensa em mídia, mas é servir como um farol que diariamente aponta para a eternidade, pois assim tenta incentivar sua igreja a cada vez mais reconhecer: “Só queremos o Senhor, pois ele é o único que tem as Palavras que levam a vida eterna”.


o c i l b í B o d u Est • OS TEMPOS DO FIM •

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