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HC deve gerir Centro de Reabilitação Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella, acenou positivamente para instalação de um Centro de Reabilitação de Pessoas com Necessidades Especiais em Botucatu. Administração será do Hospital das Clínicas/FMB. Página 3
FMB e HC entram no clima de Natal
Instalações do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp recebem enfeites natalinos e Página 12 dão o tom festivo às instituições
Pediatria lança calendário e projeta melhoria com recursos
Material é vendido a R$ 10 e renda revertida ao Departamento
Botucatu pode receber novo ambulatório de especialidades
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Sessão solene da Medicina: emoção após muito e studo estudo
Macharelli: “Botucatu precisa voltar a ser referência em saúde” Em entrevista, o recém-nomeado secretário municipal de saúde para o governoJoão Cury (PSDB), Carlos Alberto Macharelli (foto ao lado), ressalta a preocupação da retomada de investimentos e adequação da saúde básica em Botucatu. Também afirma que a experiência à frente do DRS6 e a busca por parcerias serão essenciais para o desenvolvimento de políticas para Páginas 6 e 7 a saúde.
O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) foi sede, em dezembro, de uma reunião entre autoridades políticas e representantes da Secretaria de Estado da Saúde. O encontro serviu como análise preliminar da instalação de uma unidade de Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em Botucatu pelo governo estadual. Página 3
Serra nomeia Herman como reitor da Unesp
Calendários 2009, com fotos de crianças assistidas na enfermaria, ambulatórios infantis e Oncologia Pediátrica, foram apresentados no dia 18 de novembro, no anfiteatro dos pediatras. A renda da venda será revertida para melhorias no atendimento, através de reformas na infra-estrutura da unidade. Página 4
Evento sobre imunização reúne 400 Página 4
Supervisão do HC tem nova denominação Página 5
Homenagens deram o tom à formatura da Enfermagem
Formaturas realizam a consolidação de um sonho Após anos de estudo e dedicação à formação acadêmica, a 41ª Turma de Medicina e a 17ª Turma de Enfermagem realizaram, no mês de novembro, as solenidades de formatura em meio a emoção e consolidação do trabalho. Páginas 8 a 11
2 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Reitor: Marcos Macari Vice-reitor: Herman Jacobus Cornelis Voorwald Faculdade de Medicina de Botucatu (www.fmb.unesp.br)
Herman é nomeado reitor
Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357)
Diretor: Sérgio Swain Müller Vice-diretora: Silvana Artioli Schellini Superintendente do HC: HC Antonio Rugolo Junior Vice-superintendente: Celso Vieira de Sousa Leite Presidente da Famesp: Pasqual Barreti Vice-presidente: Shoiti Kobayashi
O Jornal da FMB é uma publicação mensal dirigida ao público interno da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médicohospitalares e de pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários e colaborações devem ser encaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesp pelo endereço aci@fmb.unesp.br ou jornalmed@yahoo.com.br
U NIVERSIDADE
Reportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927) e Leandro Rocha (MTB-50357) Fotografia: Flávio Fogueral, Leandro Rocha, Fotografia AG e Arquivo ACI/FMB Produção Editorial, Diagramação, Pré-impressão e Impressão: Diagrama – Comunicação, Gráfica e Editora Rua Curuzu 205A – Fone (14) 3815-5339 - Botucatu/SP
A TOS OFICIAIS
Informes sobre a Congregação realizada no dia 5 de dezembro Na última Congregação do ano de 2008, houve um Café da Manhã natalino, abrilhantado pelo Coral "Canto & Encanto" da FMB/HC/UNESP que antecedeu os trabalhos. Os serviços foram iniciados com uma homenagem aos professores que se aposentaram no ano de 2008: Dr. Augusto Cezar Montelli, Dr. Pedro Achilles, Dra. Eliana Milanesi Rubio, Dra. Maria José dos Reis Lima, Dr. Lino Lemônica e Dr. Osíris Esteves Pinto. Os aposentados foram homenageados com uma placa alusiva e por um representante do Depto respectivo, sendo eles: Dr. Joel Spadaro (Depto de Clínica Médica), Dr. João Luiz Amaro (Depto de Urologia), Dra. Ilda de Godoy (Depto de Enfermagem), Dra. Norma Sueli Pinheiro Modolo (Depto de Anestesiologia), Dr. Marco Antonio Zanini (Dep-
to de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria) que colocaram o papel dos homenageados na Instituição. Em seguida, foram homenageados os professores que fizeram Concurso para provimento de Cargo de Professor Titular nos anos de 2007 e 2008, sendo eles: Dra. Silvana A. Schellini, Dr. Antonio José M. Cataneo, Dr. José Carlos Peraçoli e Dra. Beatriz Bojikian Matsubara. Após os comunicados, na Ordem do Dia, o diretor justificou os ad referendum, pediu destaque para o itens de Convênios, alteração do Regimento interno da UPECLIN (com inclusão de mais um membro no Conselho daquela Unidade) e para os resultados de concursos realizados na Instituição. Houve a discussão da concessão de Título de Professor Emérito para dois membros e
professores aposentados da FMB, os doutores Augusto Cezar Montelli e o Dr. Arthur Roquete de Macedo, sendo ambas as solicitações defendidas pelos respectivos Departamentos e aprovadas por unanimidade. O diretor apresentou o balanço financeiro do ano de 2008, com detalhamento da receita e despesa, acenando para a possibilidade de se ter melhora do custeio para o ano vindouro. Em seguida, o balanço financeiro da FAMESP no período de Janeiro a Novembro de 2008 foi apresentado pelo Sr. Alexandre, contador da mesma. O diretor realçou que o cenário do orçamento deste ano é muito diferente do que foi apresentado no ano de 2007, ainda com boas perspectivas para 2009, apesar do que se apresenta no nível nacional e mundial.
O governador José Serra nomeou no dia 12 de dezembro Herman Jacobus Cornelis Voorwald e Julio Cezar Durigan para os cargos de reitor e vicereitor da Unesp, respectivamente. A decisão do chefe do Executivo paulista, publicada no Diário Oficial de sábado (13), se baseou no resultado da votação realizada em outubro na Universidade, na qual Herman e Durigan obtiveram maioria absoluta, com 66,88% dos votos válidos. O reitor e o vice nomeados assumirão os cargos em 14 de janeiro, em cerimônia no Memorial da América Latina, em São Paulo. Professor da Faculdade de Engenharia (FE), câmpus de Guaratinguetá, Herman é vice-reitor e assessor-chefe de Planejamento e Orçamento da
atual gestão, comandada pelo reitor Marcos Macari. Durigan é docente da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), câmpus de Jaboticabal, e pró-reitor de Administração. “O governador ratificou o resultado da consulta à comunidade. Ela mostrou sua concordância com os critérios éticos e de transparência que pautaram a gestão do professor Macari na aplicação de recursos da Universidade em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão e foi sensível ao nosso Plano de Gestão”, disse Voorwald. A chapa Avanço Institucional, vencedora da votação de outubro, obteve maioria em todos os três segmentos (docentes, servidores técnico-administrativos e alunos). Dos 3.184 docentes, votaram 2.638 (82,85%). Entre os 6.984 servidores técnico-administrativos, 4.942 (70,76%) marcaram presença, e, dos 42.019 alunos matriculados, a participação foi de 8.605 (20,48%).
ponto de vista
Câncer de próstata: quem deve se preocupar com ele? PROF. JOSÉ CARLOS SOUZA TRINDADE FILHO No mês de novembro a comunidade médica, os urologistas e os pacientes receberam com espanto a nota divulgada pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer). O texto afirmava que o exame digital da próstata (toque retal) e o teste de PSA não deveriam ser realizados de rotina para detecção precoce do câncer de próstata e estariam indicados apenas em pacientes com sintomas ou aqueles com parentes já acometidos por essa patologia. Após muita polêmica e discussão o próprio INCA em depoimento do seu diretor – geral, Luis Antonio Santini, retratou-se e esclareceu que o órgão não desaconselha a avaliação rotineira dos pacientes, mas que o mesmo é contrário ao rastreamento do câncer de próstata do ponto de vista de política pública. Portanto, o que esta discussão toda com afirmações e retratações significa para os homens acima dos 40 anos de idade? Muito, pois atualmente o câncer de próstata é o tumor sólido mais freqüentemente diagnosticado em homens e é a segunda ou a terceira causa de morte por câncer em muitos países ocidentais, com estilos de vida e de alimentação semelhantes ao do Brasileiro. Quando se fala em câncer de maneira geral, não especificamente o de próstata, o risco de seu de-
senvolvimento está ligado em 20% nenhum paciente, pois este câncer dos casos à predisposição genética, não costuma apresentar sintomas em 50% ao tabagismo e 30% relacionasua fase inicial e ainda passível de do com o tipo de dieta e atividade físicura com cirurgia ou radioterapia. Os ca. Povos com menor índice de massintomas são sempre devidos a invasa corpórea (menos obesidade), mesões de outros órgãos ou metástases nor ingestão de gorduras e carnes vercomo dores ósseas, urina com sanmelhas, maior ingue, emagrecigestão de frutas e O câncer de próstata mento, anemia, vegetais e maior atietc. Nesta etapa é o tumor sólido vidade física apredos sintomas a sentam menor risco mais freqüentemente cura não é mais de desenvolvimenum objetivo e o tradiagnosticado to do câncer. Como tamento passa a um exemplo típico ser paliativo para em homens de influência de fadiminuir o sofritores ambientais no mento e a dor. caso do câncer de próstata, japonePortanto, caso o interesse seja curar ses que emigraram para os Estados o paciente e diminuir o número de morUnidos e passaram a comer dieta rica tes pelo câncer deve-se ou impedir o seu em carnes e gorduras passaram a aparecimento ou destruí-lo enquanto apresentar incidência semelhante ao está confinado ao órgão ou transformápovo americano e 4 vezes maior do lo em um tumor que não cresça ou deque seus semelhantes no Japão, cuja senvolva metástases. A primeira hipóteincidência deste tumor é baixa (alimense está muito distante de se concretizar; tação rica em peixes, vegetais e soja). a transformação do câncer, uma doença Também sabemos que nem todo que muito assusta o homem do século paciente com câncer de próstata irá 20, em uma doença crônica e controládesenvolver a doença ou mesmo vel com “pílulas diárias” para o homem morrer por esta causa, principalmente do século 21, parece uma promessa requando o câncer é diagnosticado após alizável em futuro próximo. Na fase atual os 75 anos de idade. Em 20 a 25% da medicina a alternativa mais viável é a dos casos este tumor é indolente, ou sua cura enquanto confinado à próstata seja, de muito baixa agressividade e e a cirurgia de remoção do órgão ou as não evoluirá para doença disseminavariadas formas de radioterapia são o da. A grande dificuldade é determinar que há de melhor, com cura em 60 a quem entre os portadores de câncer 80% dos casos. de próstata terá esta felicidade. A meA recomendação do toque retal e o dicina atual não tem esta resposta. Se PSA anual para homens, sem nenhum fizéssemos avaliação apenas em hosintoma aparente, acima de 40 anos mens com sintomas como inicialmencom histórico desta doença na família e te sugeriu o INCA, não iríamos curar acima dos 45 anos quando não houver
os antecedentes, continua valendo. Com estas medidas o diagnóstico de câncer de próstata ocorre em sua fase inicial. Em nosso serviço, na Faculdade de Medicina de Botucatu, 60% dos pacientes são diagnosticados em fase precoce da doença. Em tempos anteriores a estas recomendações diagnosticávamos apenas 30% dos casos nesta mesma fase. Isto é uma evidência de que o método de avaliação utilizado hoje é eficaz para diagnosticar tumores passíveis de cura. As evidências de que o diagnóstico precoce diminui a mortalidade estão surgindo em diversas partes do mundo. Em Tyrol, na Áustria, a partir de 1993, aos homens entre 45 e 74 anos foram oferecidas avaliação com PSA e exame de próstata anual. Nos últimos 5 anos vem ocorrendo redução significativa da mortalidade por este câncer naquela área, quando comparado ao restante da Áustria, que não preconiza avaliação anual como método de rastreamento de doença (1). Conclusões semelhantes também foram obtidas na região de Quebec, no Canadá, com redução da mortalidade de 70 para 47 em 100 mil homens, entre 1991 e 2002 (2). Com estas informações da literatura, consideramos que o INCA errou duas vezes. A primeira ao dar a notícia desastrosa de que prevenção não vale a pena. Como apenas a retratação pura e simples do primeiro erro não era suficiente, optou pelo segundo erro que é o de desconsiderar fortes indícios de diminuição da mortalidade com o rastreamento populacional em países em que a medicina pública é utilizada como modelo por mui-
Colaboraram neste artigo: Prof rindade Filho e Prof.. José Carlos Souza T Trindade Prof Prof.. Dr Dr.. Aparecido Donizeti Agostinho Agostinho,, do Grupo de Oncologia do Departamento de Urologia da FMB. NOVEMBRO 2008
Dr rindade defende Dr.. T Trindade exame para o diagnóstico precoce tos especialistas, brasileiros ou não. A grande realidade de toda a celeuma criada é a dificuldade de estudos apropriados, o custo operacional para a realização dos mesmos, abrangência dos beneficiados e desejo político. Não se esqueça de parar de fumar, realize atividade física pelo menos 3 vezes por semana, coma muitos vegetais e frutas, diminua a ingestão de carne vermelha e, coma castanha do Pará, que é brasileira e é rica em selênio (antioxidante) e pode auxiliar na prevenção do câncer; coma de 2 a 4 castanhas todos os dias. A sua qualidade de vida e saúde melhorarão muito, com certeza. Porém, não há garantia de que um câncer da próstata jamais se desenvolverá. Portanto, se você for homem, faça sua avaliação prostática anual. Referências bibliográficas 1. Oberaigner et al. Am J epidemiol 2006 2. Candas et al. J Clin Oncol 2005
3 I NVESTIMENTO
FMB deve gerir novo Centro de Reabilitação para especiais A secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, acenou positivamente à possibilidade de Botucatu passar a ter um Centro de Reabilitação de Pessoas com Necessidades Especiais, que seria administrado pelo Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). Junto com o prefeito eleito de Botucatu, João Cury (PSDB), o superintendente do HC, Dr. Antonio Rugolo Júnior, esteve em São Paulo no mês de novembro, quando fez oficialmente o pedido à secretária. Dr. Rugolo esteve acompanhado das fisioterapeutas Mônica Orsi e Sandra Volpi. Esta última, responsável pela Seção de Reabilitação do Hospital das Clínicas. “Pedimos que o HC fosse incluído como referência para administrar um dos
centros de reabilitação que o Estado quer construir. A secretária aceitou, mas pediu que apresentássemos um projeto – o que deve ser feito até a próxima sexta-feira”, conta o superintendente do hospital.
O Centro de Reabilitação deve estar funcionando antes do final de 2009. Linamara Battistella solicitou que, preferencialmente, fosse oferecido um prédio semi-acabado para abrigar o serviço, onde seja necessária apenas uma reforma estrutural. Esse imóvel pode ser oferecido pela prefeitura municipal ou então será usado um prédio do Estado, que, de qualquer forma, equipará o local. O Centro de Reabilitação de Botucatu, que estará focado no
atendimento a pacientes com problemas motoros, visuais e auditivos, deverá receber pacientes da região, mas essa abrangência ainda não foi definida, já que Marília também será contemplada com uma unidade do mesmo tipo. Serão encaminhados pacientes da rede básica de saúde e do próprio HC, mas, de acordo com Dr. Rugolo, o projeto irá ainda mais longe A Secretaria Municipal de Educação de Botucatu deverá detectar, entre seus alunos, aqueles que apresentem alguma limitação física dentro do perfil atendido pelo centro, conforme explica o supervisor do HC. “Nós, aqui no hospital, já realizamos testes de audição em todos os recém-nascidos internados em nossa maternidade”, continua. Para o superintendente do Hospital das Clínicas, apenas oferecer um aparelho para o
Comitiva botucatuense se reuniu com a secretária estadual
N O E STADO Em matéria publicada pelo Jornal O Estado de S. Paulo, no dia 13 de outubro, a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência anunciou a construção de uma rede de habilitação com investimentos de R$ 52 milhões. Serão construídas seis unidades, seguindo a propostas de hierarquia do SUS (Sistema Único de Saúde) e Botucatu deverá ser uma delas. portador de necessidade especial se recuperar não basta. “É preciso acompanhá-lo durante toda a adaptação à nova fase”, observa. O DRS 6 (Departamento Regional de Saúde) – Região de Bauru realizará um levantamento para identificar qual é a de-
manda de pessoas com deficiências motoras, visuais ou auditivas na região. Paralelamente, o HC também fará essa pesquisa. Pela previsão do Dr. Rugolo, o Centro de Reabilitação deve estar funcionando antes do final de 2009.
A TENDIMENTO
Botucatu pode receber Ambulatório de Especialidades
Encontro serviu como base para análise da instalação do AME O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) foi sede, no dia 3 de dezembro, de uma reunião entre autoridades políticas e representantes da Secretaria de Estado da Saúde. O encontro serviu como análise preliminar da instalação de uma unidade de Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em Botuca-
tu (238 km de São Paulo) pelo Governo do Estado de São Paulo. A intenção, conforme divulgado pelo órgão estadual, é implantar 40 unidades pelo interior e litoral nos próximos dois anos. Os AMEs são unidades de alta resolutividade para uma determinada região, com modernos equipamentos, como eletrocardiograma, tes-
te ergométrico, raio-x, ultrassom, dade no município e foram mostramamografia, densitometria óssea e das à assessora da Secretaria de eletroneuromiografia, entre outros. Estado da Saúde plantas e possiOpacientepassaráporconsultaeexa- bilidades de locais para abrigar o mes no mesmo dia, podendo, se ne- ambulatório. Os representantes cessário, ser encaminhado para trata- também realizaram visita ao prémento especializado na mesma data. dio do futuro Pronto-Socorro MuEstiveram presentes à reunião o nicipal, ao Centro de Saúde da superintendente do HC e seu vice, Avenida Santana (mantido pelo professores Antônio Rugolo Júnior governo estadual) e em um terree Celso Vieira Leite, no adquirido respectivamente; o pela Prefeitura vice-prefeito eleito de Três cidades na Vila dos Botucatu, Antônio devem contar com Lavradores. Luiz Caldas Júnior; o Também coestas unidades diretor do Departanheceram as mento Regional de instalações Saúde de Bauru (DRS-6) e futu- do HC/FMB. ro secretário de Saúde de BoPelo projeto da Secretaria da tucatu, Dr. Carlos Macharelli; o Saúde, três cidades compreendidiretor do Hospital Estadual de das pela DRS-6 devem contar com Bauru, Dr. Emílio Curcelli e a as- estas unidades: Avaré, Bauru e Bosessora técnica de gabinete da tucatu. “Esta é uma pretensão do Secretaria de Estado da Saúde, governo estadual: instalar ambuAparecida Teruko. latórios resolutivos em problemas Pela manhã foram apresentadas de média complexidade e garanpropostas para a instalação da uni- tir agilidade de atendimento”, ex-
plica a assessora técnica de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde, Aparecida Teruko. Em Botucatu, o investimento para o AME deve ser de R$ 4 milhões, entre construção e aquisição de equipamentos. Teruko ressalta que a FMB/ Unesp pode ser agente colaborativo na gestão do futuro ambulatório, caso o município passe a contar com esta unidade. “A proposta é de parcerias. A Unesp, através da Faculdade de Medicina pode entrar como gestor dessa unidade. Com isso o Hospital das Clínicas deve ser desafogado e o fará ter perfil de atendimento terciário”, ressalta. A possibilidade de parceria é reforçada pelo superintendente do HC, prof. Antônio Rugolo Júnior. “Pretendemos que o AME seja parceiro na assistência. Além de dividir a alta complexidade o Hospital das Clínicas pode ser referência na complementação para esse ambulatório”, declarou.
ESTRUTURA
Novos ambulatórios para o HC/FMB em 2009 Já foram confirmados os recursos necessários para a construção do novo conjunto de blocos ambulatoriais do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/ Unesp. Serão investidos R$ 3,5 milhões, sendo que R$ 1,9 mi será do Ministério da Saúde, através de uma emenda parlamentar do deputado federal Milton Monti (PR) e o restante financiado pela própria universidade. O início das obras está previsto para março de 2009.
Os ambulatórios, que serão distribuídos em três pisos, vão reunir os atendimentos de Neuroclínica, Neurocirurgia, Psiquiatria, Psicologia, Dermatologia, Clínica Médica (e suas especialidades), Clínica Cirúrgica (e suas especialidades), Otorrinolaringologia e Oftalmologia. Hoje, esses serviços são oferecidos em um bloco localizado distante dos demais setores do HC. “Uma das principais vantagens dos novos ambulatórios será a proximidade com a área de apoio do hospital, onde está
o diagnóstico por imagem, por exemplo. O atendimento ficará mais resolutivo”, prevê o superintendente do Hospital das Clínicas, Antonio Rugolo Júnior. Serão seis blocos novos, com uma média 180 novos consultórios. O total de área construída chegará a 4.600 metros quadrados e ficará paralela com os atuais ambulatórios. “Com uma infra-estrutura mais ampla poderemos aperfeiçoar o atendimento. Além disso, haverá espaço para aumentar os serviços futuramente”, destaca Dr. Rugolo.
Área dos novos ambulatórios com seis novos blocos NOVEMBRO 2008
4 E VENTO
Simpósio aborda práticas em imunizações
Simpósio reuniu 400 participantes da regional de saúde
Avanços nos programas de imunização deram o tom do evento
Os avanços, particularidades e discussões referentes à imunização no país foram os temas centrais do 2º Simpósio de Imunizações: Avanços e Práticas, realizado no dia 4 de dezembro, no salão nobre da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). A organização foi do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, através do Centro de Referência em Imunobiológicos do Hospital das Clínicas (CRIE/HC/FMB). O evento, considerado um dos mais conceituados na área, reuniu 400 participantes de cidades do Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS-6). Esteve presente a Drª Helena Keiko Sato, diretora técnica da Divisão de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde. Na primeira palestra do simpósio, o médico do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Dr. Edmílson Ferreira Carvalho abordou todas as características e avanços do Programa Nacional de Imunizações do Brasil (PNI). Em 35 anos de implantação, o Programa mudou toda a concepção ao estabelecer metas e políticas para a vacinação em nível nacional. Atualmente, o país conta com 25 mil salas de vacinação e 39 Centro de Referência em Imunobioló-
conceito internacional de excelência e devemos expandir o atendimento para contemplar toda a população”, frisa. O evento prosseguiu com uma análise aprofundada do calendário nacional da criança, em palestra do professor do Departamento de Pediatria da FMB/Unesp, Jaime Olbrich Neto. A imunização em adolescentes foi o tópico abordado pelo prof. Antônio Zuliani. Complementando a temática, a vacinação em recém-nascidos e as situações especiais que envolvem seu processo foram abordadas pelo
gicos Especiais (CRIEs). Carvalho ressaltou que nos anos 1970 o país possuía seis tipos de vacinas com 20% da população abrangida por campanhas de imunização, ante 26 tipos de imunobiológicos e 90% dos brasileiros vacinados na década de 1990. Mesmo com os avanços, o palestrante afirma que ainda há problemas em abranger a totalidade do território nacional com campanhas, devido à sua dimensão continental e características regionais de cada Estado. “O Programa Nacional de Imunizações alcançou
médico da Unidade de Neonatal do Hospital das Clínicas, Dr. Geraldo Henrique Soares da Silva e em seguida houve a palestra do professor do Departamento de Doenças Tropicais da FMB, Carlos Magno Fortaleza. O simpósio prosseguiu no período da tarde com a diretora técnica da Divisão de Imunização do CVE, Drª Helena Keiko Sato, que abordou as características sobre a vacinação de grupos especiais. Ao final da palestra foi realizado um debate sobre questões práticas relacionadas à vacinação.
Programa estadual de imunização é mais antigo que o brasileiro O Programa Estadual de Imunização completou quatro décadas de existência e acumula conquistas, conforme avalia a diretora técnica da divisão de imunização do CVE, Drª Helena Keiko Sato. Segundo ela, alguns avanços em todo o Estado podem ser frisados, como a vacinação contra a varicela em creches, instituída em 2003, além de uma resolução de 2005, que prevê a imunização contra a hepatite B em maternidades. Também ressalta a inclusão
de dispositivos que garantem a vacinação de alto custo para crianças consideradas de risco, como as prematuras. “Hoje temos 12 vacinas fixas em nossas campanhas e contamos com a inclusão do combate ao rotavírus”, disse. Para ela, eventos como o simpósio realizado na FMB tem auxiliado o governo estadual a compreender as necessidades e trocar experiências com a chamada ‘linha de frente’ das campanhas de imunização.
Dra. Sato: “Hoje temos 12 vacinas fixas em campanhas campanhas””
Desafio é vacinar população carcerária
Com uma das maiores populações carcerárias do mundo, o Brasil enfrenta dificuldade em manter a qualidade da saúde dos presos. A adoção de políticas para a imunização tem se tornado desafio para órgãos de saúde. Para a diretora do Núcleo Regional de Saúde das Unidades Prisionais da região Noroeste do Estado, Maria Laura Carneiro Volpato (foto acima), uma das maiores dificuldades tem sido a adequação de campanhas com a realidade de cada unidade prisional no Estado. “Cada unidade tem realidade própria, com necessidades específicas. Há também a dependência de parcerias entre as Secretarias da Saúde, da Administração Penitenciária e os municípios onde estão localizados os presídios”, explica. A região noroeste compreende Bauru, Avaré e Ribeirão Preto, com população estimada em 30 mil presos. Maria Laura explica que ainda há resistência da população carcerária quanto à imunização, em sua maioria provocada pela falta de informação. “São populações mais expostas a riscos de contaminação e doenças, devido ao confinamento”, alerta.
LANÇAMENTO
Calendários com pacientes da P ediatria estão à venda para melhorar atendimento Pediatria Além de ser uma ótima opção de presente para o Natal, ainda é uma oportunidade de ajudar dezenas de crianças que são atendidas diariamente nos serviços do Departamento da Pediatria da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). A sugestão refere-se aos calendários 2009, com fotos de crianças assistidas na enfermaria, ambulatórios infantis e Oncologia Pediátrica, que foram apresentados no dia 18 de novembro, no anfiteatro dos pediatras. A renda da venda será revertida para melhorias no atendimento, através de reformas na infra-estrutura da unidade. As fotos foram feitas por EliNOVEMBRO 2008
ete Soares, do Departamento de Dermatologia e a coordenação ficou sob responsabilidade da médica Lied Martins Santiago Pereira, responsável pela Oncologia Pediátrica do Hospital das Clínicas (HC). A direção foi do professor doutor Antonio Zuliani, chefe do Departamento de Pediatria. Os calendários podem ser adquiridos por R$ 10. A tiragem inicial foi de 500 exemplares e sua impressão foi possível através da participação de empresas parceiras. Os pontos de venda, por enquanto, são a Livraria Nobel, Charme Cosméticos e a loja Sempre Viva, no campus da Unesp, em Rubião Júnior. “Além de ser um ótimo pre-
Dr Dr.. Zuliani e Dra. Lied apresentam os calendários beneficentes
sente, as pessoas ainda ajudarão as crianças da Pediatria. É uma opção para empresas e também para as famílias. É uma causa nobre”, destaca Dra. Lied Pereira. “É apenas o começo de um trabalho. Deverão vir outros calendários”, acrescenta ela, admitindo que a iniciativa do Centro de Convivência do Idoso “Aconchego”, que também confeccionou um calendário enfocando os idosos, serviu de modelo para o projeto. As fotos mostram as crianças com expressões alegres e registram momentos de entretenimento e lazer no parque de diversões da Pediatria. Foi tomado o cuidado de não expor as doenças.
5 A LIMENTAÇÃO
Catracas no refeitório do HC/FMB passam a ser permanentes
Catraca permite controle exato do número de usuários do refeitório do HC/FMB
R ESPONSABILIDADE S OCIAL
Programa de Coleta Seletiva da FMB e HC é lançado oficialmente Foi lançado na manhã de quartafeira, dia 3 de dezembro, no salão nobre da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) o Programa de Coleta Seletiva de Resíduos. A cerimônia foi comandada pelo superintendente do Hospital das Clínicas (HC), Antonio Rugolo Júnior e a presidente da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Gerenciamento de Resíduos do Complexo Faculdade de Medicina de Botucatu, professora Maria José Trevizani Nitsche. O programa conta com apoio financeiro do Banco Real, que destinou R$ 100 mil para a compra das lixeiras usadas para separar o material reciclável e ainda ofereceu nove “papapilhas” para que esses objetos não sejam depositados no meio ambiente. Há apoio das Pró-Reitorias de Administração e Extensão da Unesp. Cada setor da faculdade e do hospital receberá as lixeiras coloridas para separar os resíduos produzidos. Periodicamente, as próprias funcionárias da empresa de limpeza recolherão o
ca do Serviço de Nutrição e Dietética do HC, com o novo sistema tem sido possível ter uma exatidão maior dos dados sobre o refeitório. No cartão estão armazenadas informações como o número de refeições as quais o usuário tem direito, de acordo com sua categoria (docente ou aluno). “É importante ressaltar que os usuários não podem esquecer seu cartão, pois senão terão problemas para entrar no refeitório”, avisa Maria Helena. O Hospital das Clínicas oferece quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, jantar e ceia. A capacidade máxima do refeitório para atender a todos aqueles que são autorizados a se alimentarem no local é de 570 pessoas, mas passam pelo local, em média, 320 usuários por dia.
A DMINISTRAÇÃO Programa foi lançado oficialmente em novembro material e destinarão para um abrigo, que está em construção. De lá, o papel será destinado para um projeto já existente de reciclagem e arte, voltado para crianças carentes do Distrito de Rubião Júnior. O plástico e o vidro serão vendidos, através de pregão e a renda será revertida aos servidores do HC. Todo o projeto terá como base os 3R´s (reduzir, reutilizar, reciclar). Maria José salienta que o
principal problema envolvendo resíduos no complexo FMB é a segregação e descarte. “Teremos que trabalhar a atitude das pessoas”, disse. A faculdade e o hospital produzem 53 toneladas de resíduos/mês, sendo 10 toneladas de plástico. Agora, com a coleta seletiva, será possível saber, também, qual o volume de vidro descartado. A estimativa é de que cada paciente do HC gere 5 quilos de resíduos por dia.
C OMUNICAÇÃO
ACI tem novo perfil A Assessoria de Comunicação e Imprensa da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) e do Hospital das Clínicas (HC) conta desde outubro com uma nova equipe responsável pelo contato com a mídia e a produção da publicação oficial das duas instituições. O jornalista Leandro Rocha assume as atribuições como assessor de imprensa e o repórter Flávio Fogueral responsável pelo Jornal da FMB. A proposta da equipe é aperfeiçoar o trabalho realizado pelo ex-assessor Fernando Hossepian, considerado como excepcional por Rocha. “O trabalho realizado pelo Fernando tinha grande aceitação dentro e fora da FMB o que pretendemos dar maior agilidade a algumas ferramentas de divulgação tanto da faculdade quanto do hospital”, explica o novo assessor. Uma das atribuições que competem à ACI é a produção editorial do Jornal da FMB, informativo mensal das instituições. Na publicação estão as-
O acesso ao refeitório do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) será definitivamente controlado por duas catracas eletrônicas, cujo destravamento é possível somente através de cartão magnético individual. Os equipamentos, que foram implantados provisoriamente por três meses, em fase experimental, agora funcionarão permanentemente. O objetivo é ter um controle exato do número de usuários, sua real necessidade de refeições e consequentemente alcançar uma economia na quantidade de alimento a ser preparado. É o primeiro ponto, onde há controle de acesso, implantado no hospital, com apoio da Assessoria de Segurança da FMB e HC. Segundo Maria Helena Parenti Bruno, diretora técni-
suntos de interesse geral, o que faz o jornal conquistar importância como um dos informativos de maior repercussão em todo o câmpus. No entanto, novidades devem fazer com que a leitura, abordagem dos assuntos e Rocha (em pé) é o assessor da FMB e HC o visual sejam mais e Fogueral responsável pelo Jornal da FMB dinâmicos. “Além de a médio prazo da equipe. “No ambienmodernizar o visual do jornal, vamos te, os internautas podem encontrar ininserir opiniões de especialistas sobre formações sobre a FMB e o HC, além temas que estejam em evidência na de acessarem notícias atualizadas. Deárea médica”, explica Fogueral. vemos reformular o banco de imagens Outra modificação é quanto a insatualizando-o com mais frequência e talação de um ambiente exclusivo da disponibilizando fotografias em alta reassessoria no portal da Faculdade de solução para download”, finaliza Rocha. Medicina (www.fmb. unesp.br/aci), com Contatos com a Assessoria de informações detalhadas sobre proceComunicação e Imprensa podem ser dimento de contato com a ACI. A atuafeitos pelos telefones (14) 3811-6140 lização constante do site e a disponibiou 3811-6363 pelo ramal 123 ou pelo lização de imagens, releases e sugese-mail aci@fmb.unesp.br. tões de pautas figuram entre as metas
“Supervisor” do HC passa a ser denominado “Superintendente” Por determinação da resolução Unesp-59, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 15 de novembro de 2008, houve uma mudança no Regimento Geral, que alterou denominação do supervisor e vice do Hospital das Clínicas (HC) de Botucatu. Agora, o correto é “superintendente e vicesuperintendente” Dessa forma, Dr. Antonio Rugolo Júnior e seu vice, Dr. Celso Vieira Souza Leite, passam a ser identificados como superintendente e vice-superintendente do HC, respectivamente. Entretanto, as atribuições continuam as mesmas. A decisão foi deliberada pelo Conselho
Universitário, em sessão realizada dia 30 de outubro deste ano. De acordo com Dr. Rugolo, a mudança ocorreu porque embora as funções sejam totalmente distintas, seu cargo, “supervisor”, tinha o mesmo nome dado aos responsáveis por repartições do hospital. Pelo dicionário, o substantivo supervisor caracteriza alguém que inspeciona, enquanto o superintendente é o chefe, o diretor, ou seja, o responsável pela unidade. Por isso, da maneira antiga poderia haver confusão. Todos os documentos oficiais passarão a ser redigidos sob a nova nomenclatura.
Dr Dr.. Rugolo passa a ser denominado superintendente do HC NOVEMBRO 2008
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Ele foi aluno e hoje é docente do Departamento de Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp. A partir de janeiro de 2009 deixa o comando do Departamento Regional de Saúde (DRS-6) de Bauru para assumir a Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu a convite do prefeito eleito João Cury (PSDB). Carlos Alberto Macharelli, 54, mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, é colega de departamento e amigo pessoal do vice-prefeito eleito, professor Antônio Luiz Caldas Júnior (PC do B). Em seu currículo, constam cargos como diretor de assistência à saúde do Hospital Estadual de Bauru, Diretor do Centro de Saúde Escola (CSE) de Botucatu, presidente dos Comitês Regional de Mobilização Contra a
dá para “Não inaugurar o PS
em janeiro, se aquilo não é um pronto-socorro. Seria enganar a população
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Dengue, de Mortalidade Materna Infantil, coordenador regional do colegiado de gestão regional e coordenador do Programa de Saúde da Família da Faculdade de Medicina de Botucatu/ Unesp. Durante sua gestão à frente do DRS 6, passou por algumas turbulências, mas classifica o fechamento da DIR XI (Regional de Saúde de Botucatu) como a principal delas. “Não fomos nós que fechamos a DIR de Botucatu, mas sim um decreto do governador. Algumas pessoas foram trabalhar comigo em Bauru, mas ninguém ficou desempregado. Tenho minha consciência tranqüila”, afirma. Nesta edição de dezembro do Jornal da FMB FMB, Macharelli fala sobre suas expectativas no novo cargo. Confira os principais trechos:
Jornal da FMB – O que o senhor deve trazer de sua experiência como dirigente regional de Saúde para a Secretaria Municipal? Dr Dr.. Macharelli – Tem a questão da convivência que tive dentro da Secretaria de Saúde (Estadual) e a experiência de administração pública. Cada lugar pelo qual passamos é uma experiência enriquecedora. Além disso, é interessante poder usar um pouco do que a gente sabe para ajudar a população de uma maneira geral.
Jornal da FMB – Em sua opinião o que avançou no DRS 6 sob seu comando? Dr Dr.. Macharelli – Primeiro acho que foi a participação dos municípios, com a orientação da Secretaria de criar os colegiados regionais. Isso foi importante, porque deu uma outra face para a regional de saúde, onde antes tudo era decidido por seus técnicos. Com os colegiados essa prática deixou de acontecer e tudo passou a ser mais democrático, com discussão e troca de experiências com os municípios. Outra coisa importante foi termos conseguido trazer um hospital secundário para Botucatu, que será construído na área do Cantídio (Hospital Estadual) e mais algumas tecnologias que foram implantadas na Faculdade de Medicina. Jornal FMB – P ara o senhor Para senhor,, o que contribuiu para sua indicação como secretário Municipal de Saúde? Dr Dr.. Macharelli – Primeiro, quando fui indicado eu já havia conversado tanto com o João Cury (prefeito eleito) quanto com o Caldas (vice-prefeito eleito). Muitas dúvidas que o João tinha conversava com a gente, desde minha indicação para a regional de Saúde. Quando ele resolveu se candidatar, perguntou-me se, caso ele vencesse, eu aceitaria ser secretário de Saúde. Disse que seria um prazer, porque eu voltaria para Botucatu e retomaria minha vida acadêmica (na FMB). Jornal FMB – Que tipo de mudanças pretende implantar na pasta, já que a área da Saúde foi apontada por diversas pesquisas de opinião pública como o principal problema a ser enfrentado pela nova administração? Dr Dr.. Macharelli – Temos que resgatar, em Botucatu, a história da Saúde Pública. Este município já foi referência para o Estado e isso se perdeu ao longo do tempo. Isso não significa que vamos traNOVEMBRO 2008
Isso não “ significa que
vamos trabalhar do mesmo jeito que trabalhavam antigamente
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Quando ele resolveu se candidatar candidatar,, perguntou-me se, caso vencesse, eu aceitaria ser secretário
balhar do mesmo jeito que trabalhavam antigamente. Temos que ter equipamentos mais modernos, estratégias mais atuais. É preciso ter mudanças. Não dá para continuar do jeito que está. Pedimos à população um pouco de paciência, pois não é possível implantar tudo no primeiro dia de gestão. Mas não vamos deixar todo mundo na rua da amargura.
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Jornal da FMB – Já foram identificados os principais pontos que sofrerão alterações? Dr Dr.. Macharelli – O principal é rever rapidamente a questão dos exames. Muita gente comenta sobre os exames que precisam ser realizados em Laranjal (Paulista). Este é um ponto que vamos atacar de imediato em nossa gestão. Outra questão será a administração dentro da secretaria. Eu passei por lá recentemente e estava chovendo. A farmácia que fica dentro da secretaria não tem sala de espera para as pessoas. São coisas que temos que olhar. Não estamos fazendo favor para as pessoas ao atendê-las, nem ao dar-lhes remédio. Elas pagam impostos e têm direitos. Jornal da FMB – Com base em sua visão da região como um todo, qual o papel exercido por Botucatu hoje? Dr Dr.. Macharelli – Botucatu não exerce papel nenhum atualmente. Acho que deveria exercer. Os municípios sede (da regional) devem puxar os demais, ser a referência. Botucatu precisa voltar a ser referência, ditando normas de saúde na região. Isso é possível, primeiro através de uma atividade política – o que deve ser feito pelo João (Cury). Jornal da FMB – Um ponto bastante criticado da gestão que se encerra foi o atendimento de urgência e emergência no Pronto-Socorro Municipal. O que o senhor pretende fazer para que esse serviço seja oferecido de maneira satisfatória? Dr Dr.. Macharelli – Temos que rever o sistema de urgência e emergência no município, que hoje Botucatu não existe. O Pronto-Socorro da Unesp fica sobreprecisa voltar carregado porque tem que atender a população de Botucatu, que deveria ser atendida, com horá- a ser referência, rio mais flexível, dentro das unidades básicas de ditando normas saúde, em pronto-atendimentos e até no Hospital de saúde Sorocabana. Mas o que acontece é que fechamse as portas em determinado horário e só resta o na região Pronto-Socorro, que nunca fecha. Temos discutido aumentar a jornada de trabalho em alguns postos de saúde. Não dá para fazer
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co de EspeciOutra coisa alidades) e ao Hospital importante foi Secundário, trazermos um que serão construídos hospital em breve? secundário Dr Dr.. Machapara Botucatu relli – São dois serviços que vão colocar Botucatu em um outro patamar na área da saúde. Eles vão resolver o problema da fila de espera para exames, como por exemplo nas áreas de órteses e próteses, cirurgia ortopédica, varizes, hérnia, diabéticos, hipertensos, entre outras. A proposta do ambulatório é que o paciente saia de lá com o diagnóstico fechado. Ou ele volta para a unidade básica ou é encaminhado para outro nível. Queremos que a pessoa passe pela consulta e o exame no mesmo dia. Ela vai até lá uma vez só ou no máximo duas. Quanto ao Hospital Secundário, trata-se de um equipamento muito bom, que vai casar com o ambulatório regional, que será a porta de entrada para essa nova unidade e não mais o Hospital das Clínicas, como acontece atualmente. Pelas enfermarias do HC há vários casos que poderiam ser tratados no hospital secundário – isso ocupa leitos que poderiam ser usados no atendimento terciário. Vai ser bom para o ensino também, já que haverá uma integração com outras faculdades como Fisioterapia e Enfermagem.
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fomos no “JáSorocabana
conversar sobre o atendimento e no dia em que estivemos lá não tinha médico
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horário comercial com a saúde. Sala de vacinação, por exemplo, não pode fechar na hora do almoço. O horário que sobra para a dona de casa levar seu filho tomar vacina é a hora do almoço. São coisas pequenas, mas que têm impacto na população. Já fomos no Pronto-Atendimento do Sorocabana conversar sobre o atendimento e no dia em que estivemos lá não havia médico. Disseram que isso acontecia porque a Prefeitura não havia pago o que tinha se comprometido.
Jornal da FMB – E o novo Pronto-Socorro Municipal que está em construção. O projeto deve manter os mesmos moldes já definidos? Dr Dr.. Macharelli – Já estivemos com a planta da obra nas mãos, visitamos o local várias vezes e percebemos alguns erros graves. Por exemplo, um prontosocorro que não tem gás não pode ser chamado de pronto-socorro. Como vai atender uma emergência sem oxigênio, vácuo, gás comprimido. Se houve um erro de projeto, temos que rever isso. Não dá para inaugurar o PS em janeiro, se aquilo não é um pronto-socorro. Seria enganar a população. Jornal da FMB – Em entrevista ao Jornal da FMB, edição de novembro, o prefeito eleito João Cury cogitou transformar o CSE (Centro Saúde Escola) em referência no atendimento geriátrico. Qual é sua visão sobre essa possibilidade? Dr Dr.. Macharelli – O CSE tem que ter uma nova vertente. A questão da saúde do idoso tem sido discutida pelo DRS 6. Mas para o Centro Saúde Escola isso ainda é muito pouco, é preciso outra face. Ele tem que ser a unidade referência naquela região onde está e que pertence ao 2º subdistrito (Vila dos Lavradores), não pode ser apenas uma unidade de saúde. As demais unidades têm que se referenciar nele. Foram construídas unidades de saúde com autonomia, mas se tem um equipamento destes (CSE) dentro de uma determinada área, é preciso aproveitá-lo, pois se não há desperdício de dinheiro. Jornal da FMB – O que o senhor espera das parcerias com a FMB, Hospital das Clínicas e até mesmo com o Centro Saúde Escola? Dr Dr.. Macharelli – Acho que temos que procurar diversificar nossos parceiros. Sempre fui contrário a idéia de que terceirizar é mal. Isso depende de quem é seu parceiro e como se senta para discutir. Se for algo que é bom para a população, tem que ser feito. O CSE tem Vim de uma regional onde tivemos muitas experiências desque ter uma te tipo, com pronto-socorros ternova vertente. ceirizados que funcionam muito A questão da bem e municípios onde a prefeitura toca o PS e o serviço acasaúde do idoso ba por não ser satisfatório.
J o r n a l d a F M B – O q u e d e v e r á r e p r e s e n t a rr,, p a r a a r e g i ã o , a criação do Centro de Reabilitação de Pessoas Deficientes, sob a coordenação do Hospital das Clínicas da FMB/Unesp? Dr Dr.. Macharelli – É algo muito importante e que precisa ser aproveitado. A questão da reabilitação será colocada em um patamar mais elevado. Atualmente, os ricos têm mais chances de se recuperar de um trauma que os pobres. Isso precisa mudar. Como é um centro de referência é preciso ter uma área grande de abrangência. Jornal da FMB – O que o senhor espera da relação com sua sucessora na direção do DRS 6, já que a partir de janeiro o senhor estará “do outro lado da mesa” e pelo fato de conhecer bem o funcionamento da Regional? Dr Dr.. Macharelli – Acho que tem de ser uma relação muito boa. Não tenho preocupação com isso. Conheço a diretora que vai assumir o cargo, tanto que eu que indiquei seu nome para a Secretaria de Estado de Saúde. Sei o que ela pensa dos municípios. Além do mais, entendo que essas relações são construídas. Não devemos ficar com o pé atrás. Temos que sentar à mesa para discutir e chegar a um denominador comum.
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versificar nossos parceiros. Sempre fui contrário a idéia de que terceirizar é mal
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Jornal da FMB – Qual sua expectativa em relação ao novo AME (Ambulatório Médi-
tem sido discutida pelo DRS 6
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8 E SPECIAL F ORMATURAS
41ª turma de médicos: concretização de um sonho Depois de muito estudo, dedicação, de abrir mão das horas de lazer e de ficar longe do convívio familiar, chegou o grande dia! Na tarde do dia 14 de novembro de 2008, foi realizada a formatura da 41ª Turma da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). Trata-se de um grupo de 90 jovens que em 2002 chegaram a Botucatu – todos vindos de outras cidades – e agora recebem o tão sonhado grau de médico. A cerimônia foi realizada no Ginásio Poliesportivo da FCA (Faculdade de Ciências Agronômicas) de Botucatu/Unesp, na Fazenda Lageado. Estiveram presentes os membros da Congregação da FMB, os diretores da instituição, professor doutor Sérgio Swain Müller e professora doutora Silvana Artioli Shellini e o diretor do Departamento Regional de Saúde (DRS 6) de Bauru, Carlos Macharelli. A professora doutora Marilza Cunha Rudge, pró-reitora de pósgraduação representou o reitor da Unesp, professor Marcos Macari.
chegado ao fim de uma longa e árdua escalada. Enquanto eles adentravam ao ginásio, o público presente conferia a apresentação da Orquestra “Filarmônica Triunfal”, comandada pelo regente Silas Gonçalves Albano. A professora doutora Ligia Niero de Melo foi a escolhida dos alunos para ser a paraninfa da turma e o professor adjunto Silvio Alencar Marques, o patrono. A oradora do grupo foi Nathália Pompeu Padoani. O Centro Aca-
dêmico “Pirajá da Silva” (CAPS) e Associação Atlética Acadêmica “Carlos Henrique Sampaio de Almeida” também prestaram suas homenagens. “Cidadãos com capacidade de transformar a sociedade” Em seu discurso, o diretor da FMB, professor doutor Sérgio Müller, lembrou do papel da faculdade na produção de conhecimento científico no Brasil e também de suas responsabilidades
assistenciais, como por exemplo através do Hospital das Clínicas (HC), Hospital Dia de Aids, Centro de Saúde Escola (CSE), Hospital Estadual de Bauru (HEB), entre outros. “Temos formado cidadãos com capacidade de transformar a sociedade, e não apenas médicos. Agradeço a to-
dos vocês pela convivência, pela postura e pelo caráter que tiveram ao longo dos últimos seis anos”, colocou. “Essa é apenas a primeira etapa. Desejo a todos uma carreira digna e repleta de realizações. Que levem dentro de si a força da FMB”, completou.
N ÚMEROS
Ao longo de seus 45 anos, a Faculdade de Medicina de Botucatu já formou 3.556 médicos, 358 enfermeiros, 1.400 mestres e doutores e mais de 2 mil residentes e aprimorandos.
Diretor Sérgio Muller ao discursar na sessão solene
Familiares e amigos lotaram o ginásio da FCA
Juramento da turma, proferido por Patrícia Bottamedi Ratto
A oradora da XLI turma de médicos, Natália Padoani
A paraninfa, profa. Lígia Melo, em mensagem a os formados
O patrono, prof. Sílvio Marques, parabenizou os formandos
“No olhar de cada estudante, o retrato da vitória.” Durante a entrada dos formandos era possível ver no rosto de cada pai, mãe, enfim, de todos os convidados, estampada a expressão de orgulho pela formatura daquele novo médico. Faixas eram empunhadas com alegria, em homenagem aos graduandos, que por sua vez retribuiram da mesma forma exibindo mensagens de agradecimento escritas em cartolinas. No olhar de cada estudante, o retrato da vitória. Aplausos. Muita vibração por terem NOVEMBRO 2008
9 E SPECIAL F ORMATURAS
Discurso do patrono da XLI turma de médicos PROF. SÍLVIO ALENCAR MARQUES A colação de grau dos formandos do Curso de Medicina, nessa escola, é constituída de inúmeros simbolismos e significados que reúnem a um só tempo emoções, reflexões de ordem política, de política de saúde, de política de ensino, considerações sobre a realidade e compromissos. Emoções múltiplas, minha primeira, pela honra de ser um de seus homenageados. Honra que compartilho com todos aqueles que têm o ensino, a humanização da assistência e o acolhimento do paciente, como parte de suas missões na Faculdade de Medicina. Em especial com a paraninfa da turma, Profa. Lígia Niero, exemplo maior desses princípios. E, com os demais homenageados, que com suas ações e atitudes, constituem-se em referência e modelo ao conjunto dos formandos. E, se me permitem estender essa homenagem, em memória, ao meu Patrono de Formatura, Prof. Mário Rubens Montenegro, que dá nome a esse Campus, pelo que inspirou em mim e naqueles da minha geração. Se dúvidas existiam sobre qual conteúdo e ênfase emprestar a essa fala, ela se dissipa quando se lê "O Esteto", o jornal do Centro Acadêmico Pirajá da Silva. Na sua última edição, o jornal fala da Med Fênix, e fala, em 1/3 de suas pági-
nas, sobre o Ensino: desde a contribuição perdem em informação e em formação. do Centro Acadêmico na Discussão do Essas questões, entre outras menos cruProjeto Político-Pedagógico do Curso de ciais, são de conhecimento de muitos e Medicina, passa pelo papel que se espera não estão sendo felizmente, negligenciado futuro hospital de atenção secundária das. Vislumbra-se a possibilidade de aborcomo ampliação de cenário de ensino e dagem e discussão estruturada das mais aprendizagem e reproduz, por fim, a madiversas questões relativas à graduação, nifestação dessa Quadragésima Primeira mas avanços e melhorias significativas turma frente a questões de Ensino recém não ocorrerão se a comunidade, particuvivenciadas. A essas acrescento a recente larmente discente e docente não se mobicriação do Núcleo Acadêmico de Pesquilizar à discussão. Ou seja, a preocupação sa em Educação Méquanto à qualidade dica. Não creio que te- A colação de grau dos do ensino de Medinha sido mera coincicina tem que permeformandos do Curso de dência estar o "Ensino ar o coletivo. É meu de Graduação na Fa- Medicina, nessa e scola, entendimento que culdade de Medicina" para se atingir a esse é constituída de como foco de atenobjetivo de ampla ção. Há série de imper- inúmeros simbolismos discussão, o "ensino feições curriculares e de graduação" há de modelo pedagógico que tem se tornaque ser considerado prioritário, efetivamendo crônicos. Podendo-se citar aqueles que te, em relação às outras obrigações da me parecem principais, como a falta de faculdade. É possível que entre membros interação entre a formação básica e a apliinfluentes do corpo docente a visão é de cada, a ausência de sistemática de avaliaque o Ensino não é a prioridade maior, ou ção dos conhecimentos e das habilidades que exista dúvida qual deva ser a prioridade forma seriada, constante e com feedde número um da nossa Escola. Caso back da avaliação e a lenta atualização esse conflito realmente exista, ele tem que curricular. E ainda, é patente, e não é reser discutido de forma clara e em toda sua cente o envolvimento de parcela significadimensão, antes da discussão da reforma tiva do corpo docente com atividades oucurricular. Essa minha manifestação não tras que não a graduação. Ou seja, na significa que a FMB por sua tradição teprática, os alunos convivem muito abaixo nha que ser excelente apenas na Graduado possível com os professores de maior ção. Não, significa que temos que ser exvivência e maior experiência e com isso celentes na Assistência, na Pós-Gradua-
ção, mas, também na Graduação. Quanto à realidade nacional, não se encerra o festival irresponsável de abertura de novas escolas médicas. As conseqüências já se fazem sentir: recentíssima publicação do Conselho Regional de Medicina de São Paulo mostra que 97%, dos médicos denunciados junto ao Conselho por questões relacionadas à prática de procedimentos relacionados à cirurgia plástica, repito, 97%, não possuíam especialização para tal e que 45% daqueles denunciados não possuíam especialização alguma. Qual a mensagem oriunda desse dado? Que colegas deixam de atuar em suas especialidades por prováveis imposições e seduções do mercado e, se arriscam a cometer o erro médico. E, que parcela importante, no exemplo acima, 45% dos citados, não possuía treinamento geral ou especializado após a graduação. Portanto, além das distorções observadas no Mercado da prática da Medicina, se soma a má qualidade do curso de graduação da maioria das Escolas e, se acrescenta o cada vez maior descompasso entre o número de formandos e o número de vagas de residência. E, evidentemente, esse descompasso vai atingir, em breve, a níveis absurdos, com graves conseqüências para o individual (o formando, particularmente aquele egresso de faculdade menos qualificada) e para o coletivo da sociedade. Mas, digo a esses formandos: não há dificuldades que sejam capazes de impedir o seu sucesso, pois aqui, ao longo dos anos, se construíram como homens e mulheres de valor. Formaram-se e gra-
Discurso da paraninfa da XLI turma de médicos PROFA. LÍGIA NIERO MELO Exmo Senhor Diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu, Dr. Sérgio Swain Müller, autoridades presentes, membros da Congregação, Professor Emérito Dr. Paulo Eduardo de Abreu Machado, colegas docentes e médicos, familiares, senhoras e senhores, e queridos formandos da XLIª Turma da Faculdade de Medicina de Botucatu, de 2008. Este é um momento duplamente especial para mim: é a coroação do esforço conjunto de concluir a graduação da nossa XLI ª Turma de Medicina e de poder falar, talvez pela última vez, para muitos de vocês. Minha fala será breve e, acredito, direta, como sempre nos falamos nestes 6 anos. Se estivéssemos em sala de aula, eu diria que são os "critérios major" do meu guideline. Tenho cinco mensagens para deixar-lhes que, acredito, fundamentais e que devem permear a vida de vocês. Saibam que creio realmente nisto, e por isso lhes transmito com o coração feliz e aberto. Deixo-as como se deixa um tesouro muito precioso. São elas: 1) Não estudamos numa escola "do
governo". Estudamos numa escola pública e temos que devolver, na forma de competência e seriedade, o investimento de quase U$ 70.000,00 que cada um de nós recebeu para nos manter aqui por estes seis anos ou mais. Devemos devolver a ela - sociedade - o patrimônio em nós investido. Façam a diferença, onde estiverem: na residência médica, nos hospitais, consultórios, escolas, municípios, nas Forças Armadas, etc, ou seja, onde forem estudar ou trabalhar. Esta contraparte também abrange o empenho dos seus pais e familiares em proporcionar-lhes o melhor que puderam. Devolvam-lhes o mesmo empenho. 2) Tenham e mantenham - para sempre - a enorme gratidão que esta Instituição, a nossa amada Faculdade de Medicina de Botucatu merece de todos nós. Mais do que ter proporcionado estes anos incomparáveis de vida e alegria, convívio e aprendizagem , ela nos deu informação e, principalmente, formação. E nos impregnou com sua característica mais valorosa: a formação humana. Temos, enquanto escola, muitos defeitos e muitos caminhos para serem corrigidos, mas saibam - e eu falo com propriedade - esta escola nos tem dado a oportunidade de sermos pessoas melhores, pessoas que
ainda esta escola nos tem ensinado o respeito e a compaixão pelo outro, o que considero valor essencial para toda a vida. Honrem esta casa. aprenderam a conhecer e reconhecer a 3) Reconheçam e sejam gratos, para fragilidade daquele que se submete ao sempre, ao paciente do Sistema Único nosso treinamento profissional, bem como de Saúde (SUS) que se submeteu ao as próprias limitações e dificuldades. nosso período de treinamento com paciSob o meu ponto de vista, as escolas ência, muitas vezes também com carinho médicas, infelizmente, têm usado como e reconhecimento, apesar de todas as moeda de troca e quase como única vanossas limitações. Trabalhem estas limitalorização a publicação de "papers", em ções, reflitam sodetrimento do ensino e bre elas, aperfeida formação tutelada. Este é um momento duçoem os mecanisAinda sob meu ponto plamente especial para mos para superáde vista, embora possa parecer antiquado, Me- mim: é a coroação do es- las e, sobretudo, dicina deve ter ensino forço conjunto de concluir usem-na como degrau para novas artesanal, pessoal, voltado para os talentos indi- a graduação da nossa XLI aprendizagens e capacitações. Esurma de Medicina Turma viduais e humanos, mas ª T tudem sempre e a atividade docente tem muito. Busquem estar acima da média. A sido - cada vez mais- relegada a um plamédia é medíocre. no de atividade menor, frente à captação Não se esqueçam nunca, desde o dos recursos que devem ser providos e cadáver que nos permitiu aprender Anabuscados pela Instituição. tomia, que estes seres humanos estiveAbandonar o ensino é perigoso ram o tempo todo nos ensinando a lidar e deletério. com a vida. Nosso compromisso ético é Acredito que já estejamos colhendo com o paciente e com a arte médica. os frutos amargos desta postura "moderEstes são nossos pilares. nosa" de apenas valorizar docentes-pes4) Nunca , mas nunca, troquem valor quisadores e não docentes-ensinadores. por preço. Os valores em que acreditaOs exames de proficiência e especialidamos devem prevalecer sobre qualquer des já nos apontam estes resultados . possibilidade de mercantilismo da ativiEntretanto, devemos reconhecer que
Discurso da oradora da XLI turma de médicos NATHÁLIA POMPEU PADOANI
desejos e anseios diversos, mas com um objetivo: ser aluno de Medicina. Estávamos assim: turbulentos, tumultuaProfessor Sérgio Swain Muller, dos por dentro, receosos do descodiretor da Faculdade de Medicina, nhecido e ávidos por essa nova etapa, professora Marilza Vieira Cunha Ruda qual correspondia em morar em uma ge, representando o magnífico reitor cidade até então desconhecida por da Unesp, demais autoridades prenós: Botucatu, a cidade dos bons ares. sentes, senhores membros da ConAos poucos, fomos nos acostumando gregação e professores eméritos, com o jeito peculiar daqui: pessoas sorqueridos pais, senhoras e senhores, ridentes, receptivas, um céu lindo, um meus queridos colegas e amigos, pôr-do-sol roboa tarde! mântico e muito P r i m e i r a m e n t e Ressalto a relevância frio em algumas gostaria de agrade(e muitas) noicer-lhes por terem-me extrema de nossos tes. Fomos preescolhido para falar educadores: docentes, senteados com aqui a vocês; saibam médicos contratados, um apelido, ou que me sinto lisonjeamelhor um novo da e é uma honra re- médicos residentes nome que se inpresentá-los. tegralizou em nós literalmente. Tivemos Bom, há 6 anos, estávamos quaque nos adaptar. Os encontros nas case enlouquecidos devido às provas sas dos novos amigos eram bem nede vestibular.Lembram-se? Saíram os cessários para firmarmos raízes aqui. resultados e viemos para Botucatu. Por outro lado, estávamos de frenÉramos um grupo de 90 alunos, tote à imensidão da faculdade. Começados de cidades distintas e curiosamos com o Curso de Introdução à Memente, nenhum de Botucatu. Cada dicina, e a nossa turma foi privilegiada, qual carregando consigo experiênpois fora a última das turmas a ter a cias únicas, expectativas variadas,
aula Introdutória do curso com o Professor Montenegro, fundador de nossa faculdade. Com as palavras por ele proferidas, começamos a ter a noção do lugar onde ingressávamos, de quanta história já havia aqui, bem como batalhas e conquistas inesquecíveis. Bom, e agora era a vez de continuar essa história fazendo assim a nossa própria. Nossa turma tem vários pequenos detalhes que rascunham essa historia: fomos a última turma do ilustre professor Waldemar de Freitas, da Anatomia, e a última turma no laboratório antigo de Anatomia (lembrança adorável, ainda mais com a presença do cheirinho de formol no ar). Fomos a turma que iniciou o curso IUSC (Interação Universidade Serviço - Comunidade), projeto inovador; vanguarda nacional na inserção dos alunos na comunidade, e a turma topou o desafio. Fomos a turma que estabeleceu, de vez, sem direito a retornos, representação discente em todas as instancias de nossa faculdade. E por falar em representação, agora vem uma das minhas partes prediletas: falar do CAPS (Centro Acadêmi-
co Pirajá da Silva) e da AAACHSA (Associação Atlética Acadêmica Carlos Henrique Sampaio de Almeida). Foi simplesmente fantástico! Independentemente de onde participamos, do quanto nos envolvemos, cada um de nós é capaz de sentir a intensidade de alegria, choro, descoberta, conquistas e amadurecimento que conseguimos participando disso. Não há como nos imaginarmos sem tudo isso. Reuniões a todo momento, discussões, alguns desentendimentos, viagens, torneios, encontros, competições, congressos, festas, mas ao fim, podemos respirar fundo e dizer: somos todos XLI e pronto! E quero lembrar aqui que: Engraçado, Naripa, Banguda, Mongol, uma vez XLI, sempre XLI! Nossa turma se destaca pelo engajamento nas discussões políticapedagógicas da faculdade, da universidade e pela contribuição; impõe-se pela ação participativa diante de um ponto a ser decidido. E foi dessa forma que, durante a nossa graduação, retribuímos à sociedade a credibilização e o investimento que ela nos depositou, ou seja, isso foi executado através da construção de uma formação médica sólida, capacitada a enfrentar os desafios à frente e às mudanças inerentes, e integrada à realidade de
duaram-se também em cidadania. Portanto, que os desafios que enfrentam a Saúde, a prática Médica e a Formação do Médico recebam sempre sua atenção, sua participação e sua organização, na busca e cobrança por soluções, tal qual praticaram de maneira constante em seus anos de formação. Foram formados em espírito de camaradagem e solidariedade típica dessa Escola. Sei que esse espírito vai ser preservado e reproduzido. E, como última palavra institucional a vocês, lhes peço: façam com que a arte e a ciência se mesclem sempre com o cuidar, com a preocupação social, com o amor ao trabalho e o trabalho com amor. E, que conservem imaculadas, sua vida e sua arte, segundo Hipócrates. Mas palavras não podem ser apenas palavras, Sê, pois, cada qual, um todo em cada coisa. Põe o quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive. Ao finalizar, quero fazer parte das homenagens aos senhores pais, aqui presentes física ou espiritualmente. Já o disse antes e o repito sempre: Nós já vos conhecemos. Nós vos conhecemos através de vossos filhos. Pela educação, pela dedicação, pela generosidade deles vós sois retratados. Que se rejubilem, pois, esse é um momento nobre e de máxima recompensa. De recompensa, pelos momentos de renúncia, pelo dar de si pela felicidade deles. Que hoje seja um dia de agradecimento mútuo, a si e a Deus. Muito Obrigado.
dade médica. Lutem por condições melhores: de trabalho, de honorários, de progresso e desenvolvimento, mas saibam que todas as vezes que trocarmos valor por preço, independentemente do montante da troca, valeremos muito menos que este. Esta é uma questão sensível, mas forte e decisiva. 5) Não percam a capacidade de se emocionarem. Nunca. Mais importante do que fazer com que a nossa emoção sobreviva, é mantê-la para embeber nossa capacidade técnica. Curtam música, esporte e qualquer expressão de arte, plantem uma semente de poesia em tudo que fizerem. Permitam-se chorar. Mas, sobretudo, mantenham a capacidade de se indignar contra a injustiça, o despreparo, a desumanização da atividade médica e a falta de ética. Façam desta emoção o motor das microrevoluções de cada dia. Sejam revolucionários todos os dias da vida. Finalizando, deixo-lhes minha gratidão por me escolherem como paraninfa, o que muito me honra e que guardarei como um bem precioso com que a vida me presenteou. Façam a diferença, para melhor, onde estiverem. E não se esqueçam: amo cada um e todos vocês. Muito obrigada. saúde da nossa população. Ser pertencente ao corpo de formandos em medicina em nosso país é, pois, um orgulho para todos nós, e implica em um dever social para a qual estamos preparados. Ressalto a relevância extrema de nossos educadores: docentes, médicos contratados, médicos residentes. Vocês nos construíram, obrigada! Aqueles que se desdobraram para nos ensinar, os quais simplesmente se esforçaram para que tivéssemos a melhor compreensão e para fazermos a diferença, saibam que têm o nosso reconhecimento maior, e, por conseguinte, dividimos essa alegria com vocês também. Queridos familiares e amigos, hoje é dia de comemoração, de celebração da alegria e da vida. Estamos aqui, diante de vocês, para lhes dizer que "conseguimos!!" E como foi dito hoje pela manhã, "quem sabe faz a hora, não espera acontecer". A escalada terminou. Não foi fácil mesmo ficar longe de vocês; compartilhem conosco toda a felicidade de um fim com gostinho de partida, de uma chegada com rostinho de reinício. Obrigada!
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10 E SPECIAL F ORMATURAS
17ª de enfermeiros: emoção e conquista 17ª turma turma de
“Não cuidamos da doença, mas do paciente. Provemos o bem-estar e principalmente a saúde de quem necessita”. Com esta frase, a professora Heloisa Wey Berti definiu o perfil do profissional da enfermagem à 17ª turma de enfermeiros da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), graduada no dia 28 de novembro. A sessão solene, realizada no auditório do Colégio La Salle, em Bo tucatu, marcou a trajetória de 30 jovens que, em 2004, iniciaram sua caminhada. A formatura teve a presença de membros da congregação da FMB, os diretores professores Sérgio Müller e Silvana Artiolli Schellini, além do diretor do Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS-6), Carlos Macharelli e da Pró-Reitora de PósGraduação da Unesp, Marilza Vieira Cunha Rudge, que na oportunidade representou o reitor Marcos Macari.
“Não cuidamos da doença, mas do paciente.” A apresentação da Orquestra “Filarmônica Triunfal”, comandada pelo regente Silas Gonçalves Albano ressaltava musicalmente a conquista de cada formando, que conviveu com a realidade, dificuldades e ao mesmo tempo os sabores e motivos pelos quais escolheram a profissão de enfermeiro. Em seu discurso, o diretor da FMB lembrou as conquistas em excelência que a graduação em Enfermagem têm obtido em todo o país, como as notas máximas no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e mais recentemente a qualificação mais elevada atribuída pelo Guia do Estudante, da Editora Abril. “Este é um dos cursos que tem alcançado padrão de excelência e com certeza é um dos melhores do país”, ressaltou. As oradoras da 17ª turma, Gabriela de Oliveira Dorth e RaNOVEMBRO 2008
faela Mossarelli Penedo exaltaram as experiências vividas nestes quatro anos de convívio mútuo. Um a um, os colegas de curso foram homenageados ao serem citadas características e as novas descobertas profissionais. “Não esqueceremos nossos primeiros pacientes, as cirurgias. Sentimos na pele o que é ser enfermeiro de verdade”, ressaltaram em discurso. A professora adjunta Maria Alice Ornellas Pereira, paraninfa da turma, reforçou a necessida-
de do aprender constante, ainda mais em uma área que oferece o bem-estar aos pacientes. Além disso, em um ‘conselho’ aos formandos discorreu sobre a responsabilidade da profissão. “Evidencia-se a necessidade do enfermeiro em aprender. Por se considerar os aspectos éticos, o cuidado consiste em lidar com o res-
N ÚMEROS
peito ao ser humano”, declarou. Já Heloísa Wey Berti, além de definir o perfil do enfermeiro, falou sobre o início do curso e os motivos que o levaram a ser criado no final da década de 1980. “No início do Hospital das Clínicas, o cuidado em enfermagem era prestado por leigos que recebiam treinamento
O curso de graduação em enfermagem oferecido pela FMB completa 20 anos em 2009. Formou ao longo destas duas décadas 348 enfermeiros, 78 aprimorandos e 25 mestres em enfermagem desde 2005.
específico. Eram pessoas dedicadas e comprometidas com o trabalho. No entanto, precisávamos qualificar nossos profissionais de forma adequada, com nível superior”, enfatizou. O juramento dos formandos foi da aluna Tatiane Bertholdo Barbosa. Após a entrega simbólica dos diplomas e homenagens aos pais, a cerimônia encerrou-se com a passagem da lâmpada, símbolo do curso de enfermagem.
Profa. Heloísa Wey Berti ressaltou a missão do enfermeiro
As oradoras da turma, Gabriela Dorth e Rafaela Penedo
Paraninfa da turma, Profa. Maria Alice enfatizou o aprender
Entrada dos formandos emocionou o público presente
Familiares e amigos presentes ao evento no La Salle
Passagem da lâmpada: símbolo máximo do curso
11 E SPECIAL F ORMATURAS
Discurso das oradoras da XVII turma de enfermeiros GABRIELA DE OLIVEIRA DORTH RAFAELA MOSSARELLI PENEDO Senhor Diretor, Autoridades presentes, Senhores Membros da Congregação, Senhoras e Senhores, Queridos Colegas. Boa Noite! B- 19, 20 e 21 de dezembro de 2004. Alguém se lembra dessas datas? Trinta pessoas de locais distintos do Brasil, com um mesmo objetivo eliminaram milhares de outros concorrentes. E foi a partir dessas datas que um destino estaria preparado para nós: XVII turma de Enfermagem da UNESP de Botucatu. E aqui estamos. X- Tudo começou com a nossa vinda para cá. Casa nova; vida nova e começando a caminhar sozinhos. Na Universidade: o primeiro trote, a primeira aula de morfo no IB, a primeira prova, o primeiro provão, a primeira balada, a primeira briga coletiva, o nosso primeiro amigo secreto. B- Começamos então, a descobrir amizades que durariam uma vida toda. Na Enfermagem as descobertas foram muitas. O primeiro paciente, as práticas no laboratório com a Rosinha, o primeiro trabalho científico, o primeiro parto com a Lin e a primeira cirurgia. X- Mesmo no esperado e temido quarto ano as descobertas ainda aconteceram. O Hospital Psiquiátrico, as UBSs, até sentir na pele o que era ser um Enfermeiro de verdade e então, estaríamos muito próximos da realidade. B- A XVII é composta por muitas personalidades infinitamente distintas. Cada qual com suas manias, seu jeito, sua essência. E numa proporção desequilibrada: 27 mulheres para 2 homens e cada qual merece sua homenagem. X- Gostaríamos de iniciar as homenagens aos nossos colegas pela 100-Graça (Talita). Ela é uma pessoa de bem com a vida, sempre deixando as coisas acontecerem... por elas mesmas, exceto pelo início da manhã, quando está um pouco... digamos... meio mal humorada. Também queremos parabenizá-la por ter chegado a tempo para a cerimônia da formatura. Um excelente começo para a sua vida profissional, 100! B- Pôia (Mariana Vulcano) – A Pôia, por sua vez, é impressionante por dois principais motivos: (1) Conseguir copiar a matéria de Obstetrícia da Profa. Cristina Parada [aqui presente] em uma revistinha de palavras cruzadas e ainda foi bem na
prova; (2) Se alguém invadir o seu ORKUT, desconfie dela... A Pôia é a HACKER da sala. X- Gama-Ki (Valéria) – Uma pessoa alegre, prestativa, participativa e amiga. Sempre envolvida com seus projetos em saúde, podemos perceber que dará uma excelente Enfermeira Social. Porém nunca [NUNCA] acorde-a ou fale com ela na hora do Jornal Nacional pois ela fará todas essas características desaparecerem RAPIDAMENTE. B- Fórceps (Bruna Nogueira) - “Made in Estância Turística de Avaré” a cidade que ela defende ser ideal para se viver. Tanto é que ATENÇÃO: este é o 1° final de semana que ela passa em Botucatu. Dedicada e estudiosa. Fazia qualquer negócio para não pegar provão. Afinal, era primordial voltar para Avaré e curtir seu final de semana sem preocupações. X- Pilék (Tatiane) – A pessoa carente da sala. Nós queremos te dar 2 certezas: (1) nós te amamos; (2) Acalme-se, você vai encontrar o seu princípe encantado, uma pessoa à sua altura, ou seja, um pouquinho mais alto. Ah... temos mais alguns recadinhos: -A sua roupa está linda. O seu cabelo também. -Sim, Pilék... se eu fosse homem eu te pegaria na balada. B- Dory (Rosângela) – Você está sempre pensando em ir para a casa. Parece que Piracicaba tem um imã irresistível!!!!! Ainda bem que você é inteligente pois nós temos a seguinte inquietação: qual é a sua estratégia para tirar boas notas sendo que a VÁRZEA impera no seu dia-a-dia? Pois bem... conta o segredo aí garota bem-sucedida!!!! X- Kanja (Ana Carolina 3) – Trouxe sua cidade para o mapa: Sertãozinho. A Kanja é uma pessoa que se contenta com duas alegrias nessa vida: chocolate e TELEFONE! Porque coçar e falar é só começar. Pessoa divertida e estabanada. Aliás aí vão dois conselhos para esta noite: cuidado para não derrubar nada, nem ninguém e cuidado para não cair... B- Orindiúva (Eliane) – É a enfermeira mais bióloga que eu conheço. Confesso que fiquei um pouco... chateada em por ter Estáfilo no meu nariz... mas foi legal ter contribuído com a ciência. Você é dedicada, companheira e guerreira. Levou o nome de Orindiúva a locais nunca dantes citados!!! X- K-Popi (Érica) – Um toque nipônico na sala. Carinhosa, atenciosa, discreta. É a enfermeira mais artista que eu conheço. Quem não tem pelo menos 1 origami da KPopi? Sem contar as suas “mãos de fada” como massagista. Todo mundo já teve algum torcicolo resolvido pelas habilidades da garota. Siga em frente e olhe: você tem um futuro brilhante nas terapias alternativas. B-Tubbie (Maíra) – Garota privilegiada essa! Renegada dona de um pandeiro sen-
sacional. Parabéns por 3 motivos: (1) Pelo pandeiro, é claro; (2) Pela gargalhada deliciosa que você tem, inclusive nos momentos de tensão. Se não é engraçado, tornase; (3) por ser a única pessoa capaz de controlar os acessos nervético-revoltosos e frenéticos da Coxinha. X- Coxinha (Ana Carolina 1) – Pessoa em questão na fala anterior. Politizada, líder e um ‘pouquinho’ teimosa. Ah... escandalosa também! É menos pelos acessos frenéticos e mais pelos argumentos que nos convence que o improvável é possível e realizável. Além de tudo é Renegada também! B- Uni-Sex (Bruna Moura) – A paraense dos olhos d’água. Dona de uma personalidade forte. É meiga, amiga, lutadora e Renegada. Não dispensa uma balada de forma alguma, pois além de estudar, tem que se divertir também. Quem vai se esquecer do grande sorriso da Uni? X- Di-Todas (Marcelo) – Quem disse que a enfermagem não tem homens? Temos um que é “di-todas”. Loiro, bom moço, boa pinta, engajado e ainda enfermeiro. É baladeiro, costuma contar umas “piadinhas meio engraçadas”. É o atleta ouro do basquete da enfermagem da Unesp no interenf. Além de enfermeiro e atleta é cozinheiro. Faz um
Trinta pessoas de locais distintos do Brasil, com um mesmo objetivo. E foi a partir dessa data que um destino estaria preparado para nós: XVII turma de Enfermagem kibe de forno delicioso. B- Ktotinha (Selma) – É o outro toque nipônico da sala. Sempre a primeira a começar a bater palmas e a última a parar. Agora é a nossa vez de bater palmas para você Ktota. Ela é companheira, prestativa e além de tudo os seus seminários são sempre os mais animados, ninguém dorme! Nem a Xuranha. X- Xuca (Juliana) – Xuca... aí vai um conselho: chega de chorar, né? Você vai sair inchada nas fotos. Essa carinha de brava é fachada, na verdade ela é superemotiva, uma mantegona. Super amiga e prestativa... e baladeira também! Será a nossa enfermeira-curandeira: plantas, corpo e mente. O futuro das plantas medicinais. E sem chorar, hein Xuca! B- Perereca (Ana Carolina 4) – Nossa bauruense pé-de-chumbo. Nem sonhe em “dar um fora” perto dela. Você será marcado pelo resto de sua vida. Alegria contagi-
Discurso da patrona da XVII turma de enfermeiros PROF. HELOÍSA WEY BERTI Saúdo as autoridades aqui presentes, as senhoras, os senhores, os jovens, as crianças e os queridos formandos. Primeiramente quero agradecê-los pela honra que me concedem de ser patrona da turma de vocês. Hoje estou muito feliz com vocês e por vocês. Olhando para cada um eu me lembro de mim mesma. Também já fui assim como vocês são hoje. Recentemente encontrei uma colega de turma que me fez relembrar vários episódios do meu tempo de aluna de enfermagem, e confesso que essas lembranças também me trouxeram imensa saudade de mim mesma. Sabem, comecei a trabalhar aqui em Botucatu no dia seguinte da minha formatura lá em Ribeirão Preto. Estava com 21 aninhos. Naquela época nosso hospital tinha apenas 50 leitos e eu fui designada para trabalhar nas enfermarias que então existiam: pediatria, ala feminina e ala masculina; não haviam estabelecido ainda as divisões por especialidades. Eu morava no próprio Hospital das Clínicas da UNESP, numa ala onde hoje está a enfermaria de convênios. À noite, olhando para fora só se via uma escuridão. Eu não tinha carro, não tinha televisão, assim, para meu lazer, arranhava um violão para uma tolerante e paciente platéia de pessoas internadas no hospital.
Vou contar um segredinho para todo mundo que está aqui hoje: No próximo dia 9 de dezembro completarei 40 anos de trabalho aqui na Faculdade de Botucatu. Gente! O que é isto, 40 anos? Mas parece que foi ontem! Faço a mim a mesma indagação que a filósofa Dulce Critelli se fez meses atrás: “Onde estive enquanto vivia minha vida?” Afinal, o que é esse Chronus, esse tempo cronológico? Para que ele serve? Será que o tempo cronológico só serve para me indicar que se aproxima o momento em que deverei sair de cena? Esta pergunta me remete a outra questão: será que aproveitei bem o meu tempo? Esse tempo que passa tão rápido, que é tão escasso? Como foi o meu tempo, não o Chronus, mas o Kairós, que é o tempo vivido? Será que não desperdicei tempo demais com preocupações tolas, ou remoendo rancores, ou tendo atitudes dogmáticas que limitam e nada constroem? Queridos formandos, durante nosso tempo vivido, muitas vezes nossa vida se desorganiza. Mas eu também aprendi que é na desordem que surge a possibilidade de uma nova ordem. Como seres vivos, somos todos vulneráveis, suscetíveis de sermos feridos a qualquer momento da nossa existência. As feridas nos fragilizam sim, a gente se sente fraca..., porém, é na fragilidade que conhecemos a solidariedade e podemos perceber uma realidade, aparentemente paradoxal, que foi aponta-
da com grande inspiração pelo apóstolo São Paulo: “Quando estou fraco, aí então é que sou forte.” E a gente vai abrindo nosso caminho em direção a uma nova ordem com mais coragem, ousadia e vigor. Com esperança, vamos cultivando sonhos... e nos empenhando para realizá-los. Eu ainda não realizei muitos dos meus sonhos. Vou contar a vocês apenas um deles.
No início do meu trabalho no Hospital das Clínicas de Botucatu o cuidado de enfermagem era prestado predominantemente por leigos: os atendentes No início do meu trabalho no Hospital das Clínicas de Botucatu o cuidado de enfermagem era prestado predominantemente por leigos: os atendentes. Eles não tinham nenhuma formação profissional, apenas recebiam um treinamento inicial e algumas reciclagens em serviço. Ressalto que eram pessoas muito dedicadas, comprometidas com o trabalho, responsáveis, maravilhosas. Lembro-me com saudade de todos os atendentes com os quais trabalhei nos meus primeiros anos de profissão e também com profundo reconhecimento pelo trabalho que desenvolveram junto aos doentes. Entretanto, faltava-lhes uma forma-
ante, você não consegue parar de rir nunca. Às vezes até passa mal... ou passa vergonha. É uma pessoa observadora, persistente e é poliglota. Simplesmente MARA! X- Tíbia (Ana Carolina 4) – Nativa de FRÃNCA. Uma quase mineira. Curte contar uns “CAUSOS” e ditos populares como: “Nossa! Tô mais perdida que cego em tiroteio, BULACHA em boca de BANGUELO e cueca em lua-de-mel”. Inteligente, esforçada e engajada em seus projetos. O orgulho da sala. Ah... sem falar que é violeira e cantora também. B- CQ_Sabe - Tienne (vulgo Tilene) – Não poderíamos deixar de colocar a Tile ao lado da Tíbia. Se elas não se separaram durante 4 anos, não é no discurso que ficariam separadas!? Batman e Robin. Essa garota tem muitos méritos. Ela não faltou. Ela não dormiu, nem cochilou. Heroína da Resistência. Estudiosa e determinada. Você conseguiu, Tile! X- Bady Bassitt (Gabriela) – É botu-cuda, mas não é original. É importada da capital. Bastante crítica e politizada, inteligente e esforçada. Praticamente fistulizada nos estudos... MAS... TODAS essas características só funcionam se ela não está com fome. Ela não pensa com a barriga vazia. Não é Bady? Tem um senso de humor incrível. Todo mundo na mão dela vira uma piadinha. B- Adivinhe quem é! Uma coisa que dá na cerca o ano inteiro e AI se vocês rirem... É a Xuxu (Luciana)! Visualizem: final da aula... o maior cansaço... os professores diziam: “Alguém quer comentar alguma coisa?” Adivinha quem sempre levantava a mão? Uma personalidade marcante, comunicativa... enfim, uma garota de PEITO! Não leva desaforo para casa. Bobiou? Ferraduras Jundiaí neles. X- Nem-Pensá (Iara) – Pessoa ímpar; privilegiada por ser única da sala a possuir olhos azuis e castanhos concomitantemente. SINTAM INVEJA! Dona de uma personalidade vibrante. Sempre marca discussões com suas opiniões incontestáveis... e ao mesmo tempo é muito companheira, compreensiva e amiga. CONTE COM ELA SEMPRE! B- MM’s (Jane) – É a mineira original da sala! Especialista em pães de queijo. Parece quietinha, mas nunca se acomoda perante iniquidades... sempre advoga em favor do paciente. Além disso também desenvolveu uma maneira admirável de se comunicar com o namorado à distância, praticamente um código morse da atualidade... APRENDAM: - 1 “toquinho: estou pensando em você; - 2 toquinhos: estou brava com você; - 3 toquinhos: eu te amo; X- Spock (Mariana Alice) – Você é bonita, inteligente, dedicada... Não se preocupe com seu futuro amoroso. Você vai arrumar um marido gato e inteligente, ou seja, à sua altura. Você não vai ficar para titia. OBSERVAÇÃO: nós lemos isso no seu horóscopo hoje de manhã. Ah... e parabéns, pois agora você é uma enfermeira e um dia será igual à WANDA AORTA! B- ToD-4 (Caio) – Os outros 50% da porção masculina da sala. Também é atleta ouro
do basquete no interenf. Garoto brincalhão, apaziguador de conflitos e companheiro. É baladeiro e namorador. Atura a mulherada da sala com boa vontade. Valeu Toady e desculpa aí pelos papos de chapinha, maquiagem e lingeries! X- Pi-nóia (Fabiana) – Botu-cuda original. Pessoinha pequenininha, mas só de tamanho, porque ela tem o coração enorme. Se as meninas que estão fora de casa precisam de algo, é só recorrer à Pi-nóia que ela faz de bom coração. E agora nós temos um último recado para você, a última lição do curso: – Qual é a diferença entre um chip de celular e uma bituca de cigarro? B-Analfa-² (Claudia) – Essa garota é de fibra, muito esforçada e dedicada à enfermagem. É prestativa e também tem um coração de mãe (sempre cabe mais um). Além de tudo ela tem 2 grandes méritos nesta sua trajetória: (1) comer de 1 em 1 hora e continuar com um corpinho de bailarina e (2) conviver com o mau-humor matinal da 100-graça com muito bom humor. Parabéns Claudinha! X- K-Vada (Aryana) – Sempre tranquila, na paz, na boa. Não vale a pena se estressar, ficar nervoso, né Ká. A vida deve ser vivida sem atropelamentos, cada tarefa no seu tempo: hora da balada, hora de descansar e hora de estudar. Aliás, essa estratégia a fez ser dona de um Histórico impecável. A K-Vada é nota 10... e sempre na Boa. B- Xuranha (Rafaela) – A limeirense cara-de-brava da turma. Você pode até achar que ela está dormindo na aula, e ELA ESTÁ MESMO. E quando acorda, eleva o nível da discussão com uma dessa: “Ah...mas é claro que a Cannabis sativa faz mal... a combustão do fitocomposto produz substâncias tóxicas ao organismo”. Era mais fácil falar que a maconha faz mal né Xuris! Inteligente, sempre participa com suas opiniões fortes... Enfim: se você é meio obnublado, você não vai entender a Xuris. X- Pensou que agente esqueceu de você, né, Michelle? Thônira A funqueira da sala! Menina prodígio! Adentrou a universidade com apenas 17 aninhos. E ela não é apenas jovem, mas tem um espírito jovem. Devagar e sempre é o seu lema. Mas, não podemos deixar de dar o último recado da noite: Tchô, a cerimônia ainda não acabou, tá? Não pode sair antes... se você sair não se forma... não vai embora, hein! E assim a XVII caminha, unida, apesar da distância. Porque laços nos mantiveram unidos durante quatro anos e continuarão mantendo, porque são ETERNOS. Então, digamos até breve! E o que nós Xuranha e Bady desejamos a vocês são: FELICIDADES, PAZ E MUITO SUCESSO. Parabéns por mais essa grande vitória!
ção que lhes possibilitasse desempenho mais consciente e seguro. Anos depois, por incentivos diversos, os atendentes se profissionalizaram, uns como técnicos de enfermagem, outros como auxiliares de enfermagem e outros como enfermeiros. Pois bem, meu sonho é ver chegar o dia em que todos os profissionais que prestam assistência de enfermagem sejam enfermeiros, assim como os profissionais que prestam assistência médica são médicos, os que prestam assistência odontológica são dentistas... É difícil entender isto que acontece com a gente até hoje. A população também não entende, por isso é que quando dizemos que somos enfermeiros muitos nos perguntam: você é enfermeiro ou enfermeiro padrão? Vocês sabem que eu sempre respondo: enfermeira, até porque não existe essa profissão chamada enfermagem-padrão. Pois é, este sonho não pode ser realizado ainda por conta de algumas raízes históricas de discriminação e preconceito ligados à nossa profissão, mas também por políticas que não priorizam a saúde, nem a educação, nem a formação de recursos humanos mais qualificados para cuidar da saúde das pessoas. Eu disse cuidar da saúde e não da doença, porque na enfermagem não diagnosticamos doenças, não cuidamos da doença que o doente tem, mas do doente que tem a doença e, sobretudo, cuidamos da saúde. Nisto nada é detalhe, tudo é fundamental. Nestes tempos vividos convivemos
com inúmeras contradições, de um lado o desenvolvimento tecnológico vertiginoso, de outro as enormes iniqüidades; de um lado a crescente e intensa concentração de renda e de outro a miséria, a exclusão, a corrupção, a violência... Com tudo isso, a vulnerabilidade se intensifica, ao mesmo tempo em que apela para o dever e para o enfrentamento do desafio ético de respeito ao outro, de seguir o preceito bíblico de intersubjetividade que significa fazer ao outro aquilo que gostaria que fosse feito a nós, reconhecendo em nós mesmos a parte que pertence aos outros. Queridos alunos, nestes últimos quatro anos compartilhamos nossas existências, aprendemos uns com os outros e agora nos afastaremos fisicamente, seguindo diferentes caminhos, embora com objetivos muito semelhantes. Mas seguiremos entendendo que tudo é nosso, sempre esteve em nós, que somos semente, ato, mente e voz... e assim... vamos redescobrir o sabor da festa... Como se fora brincadeira de roda, memória Jogo do trabalho na dança das mãos, macias O suor dos corpos na canção da vida, história O suor da vida no calor de irmãos, magia... Que todos nós aprendamos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos um coração sábio. Um beijo em todos vocês. Muito obrigada
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Música nos Hospitais encanta pacientes do HC Dezenas de pessoas, entre pacientes, médicos, docentes e usuários do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) assistiram, na tarde do dia 2 de dezembro, à apresentação da Orquestra Limiar, sob a regência do médico, maestro e compositor Samir Wady Rahme. O concerto faz parte do projeto “Música nos
Hospitais”, promovido pela APM (Associação Paulista de Medicina) e pela sonofis-aventis, em parceria com o Ministério da Cultura. Em Botucatu, a organização ficou a cargo do Grupo Técnico de Desenvolvimento em Recursos Humanos da FMB (GTDRH). A apresentação teve uma programação musical especial de Natal. O público pôde conferir peças como: Allegro da Pequena Serenata Noturna (W.A. Mozart –
1756/1791), Prelúdio das Bachianas n.4 (H. Villa-Lobos – 1881/ 1959), Allegro do Concerto de Brandenburgo n.3 (J.S. Bach 1685/1750) entre outras. Formada por jovens músicos de cordas, a Orquestra Limiar conta com vasto repertório, incluindo peças compostas para essa formação. Além de promover a popularização da música erudita e estimular a formação de jovens instrumentistas brasileiros, o “Música nos Hospitais” tem por objetivo proporcionar ao corpo
clínico, funcionários e principalmente aos pacientes momentos de conforto na rotina nos hospitais. Segundo o regente da Orquestra do Limiar, levar música aos hospitais vai além de tornar mais humanizada a rotina das instituições. “Significa oferecer um remédio poderoso para as almas de todos os participantes”, resume Rahme. Desde 2004, a iniciativa já contabiliza 49 apresentações e mais de 11 mil beneficiados, entre médicos pacientes, colaboradores
e visitantes das insituições de saúde. A orquestra ainda se apresentou no Hospital Municipal do M. Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, em São Paulo e na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, também na Capital.
E SPÍRITO N ATALINO
HC se prepara para entrar no clima de Natal O Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) já está no clima do Natal. Quem passou pelo corredor central da unidade nos últimos dias pôde perceber algumas mudanças, como pintura, melhorias em jardins e no espaço onde ficam a capela e o templo ecumênico. Mas as novidades não param por aí. Em alguns dias, poderão ser vistas árvores de Natal iluminadas, guirlandas, flores, presépios e até um sino gigante, que foi pendurado no centro do boulevard - entrada principal do HC - simbolizando a anunciação do nascimento de Jesus Cristo. A iniciativa é da Superintendência do hospital e toda a confecção dos
enfeites é feita pelos funcionários do Setor de Manutenção, sob coordenação da arquiteta Ana Terruel. Os adereços, que têm como objetivo proporcionar um novo ambiente para os usuários do hospital neste período do ano, foram colocados no corredor central, em espaços de jardins, na área onde estão o templo ecumênico e a capela, no boulevard, no corredor da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e também na entrada da diretoria da FMB. Diariamente, os funcionários da manutenção têm se dedicado à preparação do material. Tudo é feito manualmente. As árvores têm presentes simbólicos em sua base, as guirlandas foram enfeitadas
Pacientes atendidos pela Casa de Apoio enfeitam árvore de Natal
Enfeites podem ser vistos pelas instalações da FMB e do HC NOVEMBRO 2008
O espírito natalino esteve presente com a montagem no dia 18 de novembro, de uma árvore de Natal na recepção do Hospital das Clínicas, vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). A árvore foi enfeitada por usuários da Casa de Apoio a Adultos, mantida pela Fundação do Desenvolvimento Médico Hospitalar (Famesp). Ao todo, foram colocados 50 papais-noel e 20 bonecos de
neve confeccionados, por eles, a partir de lâmpadas descartadas no próprio hospital. Conforme Suzana Bruder Silveira Gorayb, enfermeira responsável pelo CDI (Centro de Diagnóstico por Imagem), a montagem da árvore concretiza os resultados obtidos pelas oficinas de artesanato realizado por voluntários na Casa de Apoio. “Trabalhamos semanalmente com artesanato como forma de
com bolas, estrelas, pinhas, folhas e outras peças coloridas. Em cada ponto onde eles forem colocados haverá iluminação. A pintura do corredor central, que será refeita, terá tons que variam entre verde, passando pelo bronze até o branco neve. Em um jardim que fica também no corredor central a cor escolhida pela arquiteta Ana Terruel foi a terracota (tom semelhante ao da terra) para contrastar com o verde da vegetação. Além disso, na área do templo ecumênico as “pingadeiras” de cerâmica (que ficam no rodapé dos vitrôs) estão sendo substituídas por granito natural e serão colocados refletores que ficarão embutidos no chão. amenizar o tratamento pelo qual passam, no Hospital das Clínicas, os pacientes que utilizam a Casa de Apoio a Adultos. Há essa ajuda oferecida e os pacientes pretendem agradecer toda essa dedicação que os servidores têm para eles”, ressalta. A Casa de Apoio a Adultos funciona desde 2006 em Rubião Júnior, distrito de Botucatu (238 km de São Paulo) e oferece assistência a pacientes dos serviços de quimioterapia, radioterapia, hemodiálise e a mães acompanhantes de crianças em tratamento oncológico.