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34 Perfil –2000 Leda Maria Sales Brauna Braga (Messejana) A mão santa que cuida do coração dos senadores e dos servidores do Senado D. Lunila costuma dizer: “Leda nasceu de parto normal e chorou logo ao nascer”., repetindo o que os médicos sempre dizem em dos momentos mais lindos da vida huamana.. A dra. Leda Maria Sales Bauna Braga, nascida em Messejana, à rua padre Pedro de Alencar, 649, nas proximidades de Fortaleza, terra natal de José de Alencar e HumBerto de Alencar Castello Branco,se não fosse médica seria médica. A casa ainda existe e de lá sua mãe agrega a família de médicos que se dispersou pela Aldeota, em Fortaleza. Chefe do Serviço de Assistência Médica e Social, do Senado Federal, desde abril de 2010, há tempos integra o grupo de elite da medicina de Brasília.O Serviço é tido e havido como de alto nível. Foi-se o tempo em que o melhor serviço médico de Brasilia era o avião da ponte aérea do Rio ou de São Paulo. Os senadores empenharam-se, no tempo, para dispor de um serviço que fosse de resolutividade e eficiência. Isto se deve a uma geração formada pelos médicos Luciano Vieira, Cid Nogueira, Maria Silvia Sucupira, cearense de Maranguape, Edilgelson Targino Coelho, Getro Santiago Lima Silva, Paulo Roberto Rodrigues, Jabriz Abdulmassih, Marcelo Chagas Muniz, Evilasio Veloso e Luiz Vieira de Carvalho. Destes Cid Nogueira e Marcelo Chagas Diniz foram seus colegas na Residência Medica no HSE, no Rio de Janeiro, e Maria Silvia Sucupira, sua conterrânea, é tida como um dos grandes nomes da cardiologia de Brasilia. “Me preparei para chegar até aqui, estudei, pesquisei, li muito, e ainda hoje me atualizo, vou a congressos de cardiologia, a jornadas médicas, a simpósios. Fiz da cardiologia a razão de minha vida, convivo com senadores e servidores, que compartilham suas aflições e seus medos da morte. Para todos tenho uma palavra de esperança e de conforto”, confessa Leda, que se desdobra que o Serviço Médico do Senado se consolide como marco da Medicina em Brasilia. Filha de Aécio de Serpa Sales e Lunila Cavalcante Sales tem quatro irmãs médicos: Ivanise Cavalcante Sales, também advogada, Maria de Fátima Cavalcante Sales, anestesista; Ayla Maria Cavalcante Sales, também administradora de empresas, e Silvania Maria Cavalcante Sales, clinica médica. Seus demais irmãos: José Ary Cavalcante Sales é engenheiro, José Airton Cavalcante Sales é economista, Silvia Sales Correia Paiva é advogada e Armise Maria é analista da Receita Federal do Brasil. Leda fez seu curso primário no Ginasio Presidente Vargas em Messejana e o ginasial e o colegial no Colégio São João, da Santos Dumont. Tida coo menina prodígio fez o vestibular, aos 16 anos, para a Faculdade de Medicina da UFC. Passou e cursou. Precisou de uma declaração dos pais para estudar. Do curso guarda recordação dos profs. Paulo Marcelo Martins Rodrigues, filho do líder político José Martins Rodrigues, prof. de Clinica Médica e do prof. José Murilo Martins, filho do reitor emérito Martins Filho. Vítima de enfarto , o prof. Martins Rodrigues , mesmo em cadeira de rodas, passava visita nas enfermarias do Hospital Universitário, tal a devoção que tinha pelo ensino. De 1971 a 1973, Leda foi para o Rio de Janeiro fazer Residência Médica na área de cardiologia, chefiada pelo prof. Raimundo Dias Carneiro, no Hospital dos Servidores do Estado, do extinto IPASE , e que foi referência na Medicina brasileira. Voltando a Fortaleza, pensou em fazer concurso para a própria Faculdade de Medicina. Eram cinco vagas, passou em 3º lugar, para Auxiliar, o que conciliava com o trabalho privado de intensivista na Casa de Saúde São Raimundo. Inquieta, preparou-se para concurso do INAMPS e passou, logo em dois, de Cardiologia e de Terapia Intensiiva, com carga de 40 horas semanais, dividida, indo trabalhar no Hospital de Messejama, então dirigido pelo dr. Carlos Alberto Studart Gomes.


Em 1977, casou-se com Augusto Mario Brauna Braga, funcionário do Banco do Brasil , nascido em São Paulo. Em 1978, Augusto foi transferido de Fortaleza para Brasília; Acompanhou o marido e se apresentou no então Hospital Presidente Medici, na L2 Norte, que era uma dependência do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Não teve uma acolhida simpática, de ínicio, mas logo o diretor José de Ribamar Pinto Serrão viu que estava diante de profissional séria e dedicada. Acabou incorporada aos serviços. Ali em pouco estava integrada. Em 1982, Augusto foi fazer mestrado na Fundação Getúlio Vargas . Acompanhou o marido para fazer estágio no Hospital do Coração-INCOR, dirigido por Flavio Pelligi e Luis Decourt, integrando a equipe da dra. Valeria Bezerra e Carvalho. No retorno a Brasília, o Hospital Presidente Medici fora transformado em Hospital Universitário da UnB. Foi então que decidiu fazer o Mestrado em Clínica Médica pela UNB e por longo tempo foi Coordenadora de Terapia Intensiva do HUB e preceptora dos residentes em Cardiologia. A partir de 1991, Leda decidiu fazer cinco concursos; de Cardiologia para o Senado, Câmara dos Deputados e Procuradoria Geral da República e de Clinica Medica para o TRT e a Assembleia Distrital. Passou nos cinco. Trabalhou dois anos na Assembleia e oito anos na Câmara dos Deputados. Fixou-se na Cardiologia do Senado Leda e Augusto tem duas filhas: Camila Sales Brauna Braga, formada em Odontologia pela UNB e está concluindo Medicina também na UNB. Ela é casada com Sergio Paulo Nascimento e o casal aguarda a chegada de Davi. Carolina Sales Brauna Braga é solteira, graduada em Arquitetura , está estudando Direito, fez concurso e é Oficial de Chancelaria do Itamaraty. Cearense, não perdeu jamais suas raízes e seus vínculos com Ceará, cultivados a cada férias para rever os amigos e os familiares, em Messejana ou Fortaleza. Com seu jeito miúdo e olhos de radar, Leda pensa em fazer muito mais na vida. Quando se aposentar de vez do serviço público pretende doar parte de seu tempo para organizações sociais que promovem o trabalho solidário. Sabendo disso, Fernando Cesar Mesquita, presidente da Casa do Ceará, deixou a porta aberta para que estenda sua mão à própria Casa. (JBSG)


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