Catálogo BRÍGIDA BALTAR: filmes

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ESPAÇO CULTURAL BNDES

16 | 10 a 13 | 12 de 2019



APRESENTAÇÃO 7 Introduction AS OBRAS  17 The Artworks INFOS & PARTICIPAÇÕES  75 Infos & Participations CRÉDITOS DA EXPOSIÇÃO  81 Exhibition Credits



APRESENTAÇÃO INTRODUCTION

MARCIO DOCTORS

curador | curator



filmes é a exposição de um trajeto em aberto de trinta anos de uma filmografia que se potencializa nos anos 90 e nos encontra em 2019. A importância dessa filmografia é que ela nos permite perceber a construção da obra de Brígida Baltar. Algumas vezes os filmes surgem como percepções poéticas, outras vezes constituem-se em narrativas fabulares de personagens inventados por sua imaginação; mas o que os aproxima é que eles são como fontes que brotam de um reservatório subterrâneo e movente de sensações sutis e delicadas do mundo que Brígida criou. A necessidade de adequação dos filmes, produzidos na sua grande maioria com tecnologia analógica ou com determinadas tecnologias digitais que caíram em desuso, impôs um longo e extenso trabalho de pensamento de como organizá-los, sem perder as características de seus registros originais. Foi um trabalho minucioso e detalhado, que tive o privilégio de acompanhar e que me permitiu observar a maneira como a artista lida com a construção da sua obra. O interessante foi que pude perceber às avessas (do momento atual para o começo) como se deu esse processo. Ou seja, foi sendo evidenciada a questão que a move:

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o nascedouro. Ou, em outras palavras, o que era preciso para Brígida tornar-se Brígida. Para mim, essa é a questão fundamental que tece a trama de sua obra: como dessubjetivar-se para tornar-se singular. O conflito entre a consciência da fugacidade do instante (que o cinema permite captar) e o desejo de permanência fez com que a artista sentisse a necessidade de falar do lugar das passagens secretas que temos que atravessar para sermos aquilo que misteriosamente faz com que nós sejamos nós. Essas passagens secretas evidenciam-se ao longo de vários de seus filmes, cristalizando-se como processos de fabulação, como filmes perguntas, ou filmes que liberam a memória afetiva e a percepção intensa do instante. Seus filmes estimulam a reflexão sobre a delicadeza de aproximar-se do mundo, de si mesmo e do outro. Essa necessidade de aproximação com o fluxo do tempo e da intensidade do real é muito comum no mundo de hoje, em que a realidade parece nos escapar através das fendas da virtualidade, gerando conflitos internos sobre quais caminhos tomar para que possamos reconhecer nosso lugar no mundo. O filme Enterrar é plantar é um bom exemplo. Pode-se surpreender – pela evidência do título e das imagens – com o fato de que, para viver, é preciso morrer. O enterro é uma forma de plantio: viver é metamorfosear-se; é permitir-se ser outro sendo você. Inúmeros outros filmes tratam também do processo de metamorfosear-se, como Casa de abelha, Maria Farinha Ghost Crab, Quando fui carpa e quase virei dragão. Essas ficções nos retiram do amortecimento do cotidiano e franqueiam a imaginação para outras maneiras de sentir e de se rela-

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cionar com as potências da vida, criando simbioses e mimetismos: o seu corpo se mistura com a natureza (A coleta da neblina, Sou árvore ou com a sua própria casa (Órgão tijolo | Um céu entre paredes | Sendo lagartixa, sendo mariposa, Abrigo, Torre). Outros filmes, ainda, se manifestam como reflexões que surgem como perguntas que fazemos para nós mesmos (Algumas perguntas) ou como memória (Lá, Lentos frames de maio). Esses são apenas alguns exemplos. O fundamental é percebermos a riqueza de percepções que seus filmes sugerem e nos permitirmos o tempo para assisti-los. Esta exposição é um convite para nos aproximarmos da realidade através da sensibilidade e dos sentidos – do aquífero de sensações que cada um de nós carrega consigo – e do cuidado, da delicadeza e da atenção que temos que ter com a vida. Sugiro que o visitante reserve um tempo para se permitir simplesmente estar e perceber que as demandas e urgências do mundo contemporâneo podem esperar, porque elas nos afastam do que é realmente importante para viver. É sobre isso que Brígida Baltar nos fala.

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BRÍGIDA BALTAR : films is the exhibition of an open journey of thirty

years of filmography that enhances itself in the 90’s and meets us in 2019. The importance of this flimography is that it alows us to understand the construction of Brígida Baltar’s work. Sometimes her films arise as poetic perceptions, other times they constitute fabular narratives of characters invented by her imagination; but what brings them closer is that they are like sources springing from an underground moving reservoir of subtle and delicate sensations of the world that Brígida created. The need to adjust the films, most of them made with analog technology or with some digital technologies that fell into desuse, imposed a long and extensive work of thought on how to organize them without loosing the characteristics of their original records. It was a thorough and detailed work, wich I had the privilege to follow and allowed me to observe the way that the artist deals with the construction of her work. The most interesting was that I could perceive in reverse (from the present moment to the beginning) how this process took place. Namely, the question that moves her was being highlighted: the hatcher.

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Or, in other words, what was needed for Brígida to become Brígida. For me, this is the fundamental question that weaves the fabric of her work, namely, how to unself herself to become singular. The conflict between the consciousness of the fleeting instant (wich cinema alows to capture) and the desire for permanence made the artist feel the need to talk about the place of the secret passages that we have to cross to be what mysteriously makes us who we are. These secrets passages are shown throughout several of her films, crystallizing as processes of fabulation, as question movies, or movies that release the affective memory and the intense perception of the instant. Her films stimulate reflection on the delicacy of approaching the world, oneself and the other. This need for closeness to the flow of time and the intensity of the real is very comon in today’s world, in wich reality seems to scape us through the rifts of virtuality, generating internal conflicts on what paths to take so that we can recognize our place in the world. The film Enterrar é plantar | To bury is to plant is a good example. One can be surprised – by the evidence of the title and the images – with the fact that to live it is necessary to die. Burying is a way of planting: living is metamorphosing; is allowing to be another, being you. Many other films also deal with the process of metamorphosis, as Casa de abelha | Bee house, Maria Farinha Ghost Crab, Quando fui carpa e quase virei dragão | When I was a carp and almost turned into dragon. These fictions remove us from the damping of everyday life and open the imagination to other ways of feeling and relating to the potencies of life, creating symbiosis and mimetisms: her body mixes

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with nature (A coleta da neblina | Collecting mist, Sou árvore | I am tree) or with her own house (Abrigo | Shelter, Torre | Tower). Other films express themselves as reflections that come up as questions we ask ourselves (Algumas perguntas | Some questions) or as memory (Lá | There, Lentos frames de maio | Slow frames of May). These are just a few examples. The key is to understand the richness of perceptions that her films suggest and to allow ourselves the time to watch them. This exhibition is an invitation to approach reality through sensivity and senses – from the aquifer of sensations that each of us carries with us – with the care, delicacy and attention that life deserves. I suggest that the visitor take time to allow himself to simply stand and realize that the demands and urgences of the contemporary world can wait, because they take us away from what is really important to live. That is what Brígida Baltar tells us.

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AS OBRAS THE ARTWORKS

1994 – 2019


ENTERRAR É PLANTAR to bury is to plant

Quatro vídeos | Four videos VHS , P&B | B&W 1994 Roupas | Clothes: 1’56” Livros | Books: 40”

Fotografias | Photographs: 3’20” Cartas | Letters: 2’36”

Instalação | Installation: cubos de madeira, monitores e árvores wooden cubes, tv monitors and trees Em um sítio no interior do Rio de Janeiro são realizados enterramentos de roupas, fotografias, cartas e livros e, sobre eles, plantadas árvores, ritualizando os processos de transformação da existência. Burials of clothes, photographs, letters and books are made in an area in the countryside of the state of Rio de Janeiro and trees are planted over it, ritualizing the existence’s transformation process.

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DESPERCEBIDA unnoticed

VHS , cor | color

31” 1995 O vento movimenta a cortina que cobre o corpo da artista, criando um espaço de proteção: uma veladura. Autofilmagem. Tomada da ação realizada por uma câmera sobre um tripé. The wind moves the curtain covering the artist’s body, creating a space of protection: a glaze. Self-filming. Action taken by a camera on a tripod.

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ABRIGO shelter

VHS , cor | color, som | sound

17’35” 1996 Registro de uma ação em que o corpo se funde com o corpo da casa. A cena foi captada por uma câmera na estante da casa ateliê, enquanto Brígida fazia a ação. A última cena foi filmada por João Galhardo. Record of an action where the body of the artist merges with the body of the house. The scène was captured by a camera on the shelves of the studio house, while Brígida was performing the action. The last scene was filmed by João Galhardo.

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TORRE tower

VHS, P&B | B&W

3’03” 1996 Construção de uma torre com tijolos retirados da casa ateliê. Espaço estrutura como extensão do corpo. Building of a tower with bricks taken from the studio house. Structure space as body extension.

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ABRINDO A JANELA opening a window

vídeo a partir de fotografias, cor HD video from photographs, color 37” 1996 HD

A artista e seu filho abrem juntos uma janela, usando, às vezes, suas próprias mãos. Ao retirar os tijolos e atravessar a parede, acessam a luz, o ar e a natureza da rua. The artist and her son open a window together sometimes using their own hands. By removing the bricks and crossing the wall, they access the light, the air and the nature of the street.

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SOU ÁRVORE | SOU ÁRVORE (PARTE II) i am tree | i am tree (part ii)

Projeção de slides Slides’ projection 1997 Uma das primeiras fotografias da artista que trata de processos de mimetismo e metamorfose presentes na construção de sua obra. One of the first photographs of the artist about the processes of mimetism and metamorphosis present in the construction of her work.

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OS MERGULHOS DE the diving of

vídeo sobre sequência de fotografias analógicas, cor HD video over analog photo sequence, color 3’01 1997/2019 HD

É uma memória cronológica e afetiva que documenta os mergulhos de artistas que participavam de uma residência em Salvador. O filme mostra as imagens do mar da Bahia sendo invadido por uma inundação cromática do azul. This movie is a chronological and affective memory that documents the dives of the artists who participated in a residence in Salvador. The film shows images of the sea of Bahia being invaded by a chromatic flood of blue.

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A COLETA DA NEBLINA mist collecting

16mm transferido para digital, cor 16mm transferred to digital, color 7’11” 1999/2019 A artista coleta neblina em pequenos frascos de vidro, vivenciando momentos sensoriais de manifestações efêmeras da natureza. The artist collects mist in small glass flasks, experiencing sensory moments of ephemeral manifestations of nature.

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A PERGUNTA DE SIMONE simone’s question

DV -Cam, cor | color

1’44” 2000/2018 Na Praça Cuauhtémoc, no Parque do Flamengo, Brígida Baltar lê Justine, do Marquês de Sade, e evoca a pergunta de Simone de Beauvoir no seu estudo crítico de 1955: “Deve-se queimar Sade?”. In Cuauhtémoc Square, in Flamengo Park, Brígida Baldar reads Justine, from Marquis de Sade, and evokes Simone de Beauvoir’s question in her critical study of 1955: “Should Sade be burned?”.

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EM UMA ÁRVORE EM UMA TARDE on a tree in an afternoon

Díptico | Diptic DV -Cam, cor | color 51”/1’12” 2000 A leitura de um livro no alto de um ipê-rosa no Aterro do Flamengo leva os devaneios, em meio ao fluxo urbano, a se confundirem com a cor das flores. The reading of a book on top of a pink ipê in Flamengo Park leads the day-dreams to mingle with the colors of the flowers among the urban flow.

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DE NOITE NO AEROPORTO at night at the airport

Mini-DV, cor | color 4’29” 2000 Era uma noite quente no Rio. Amigos andam de carro por quarenta minutos à procura de uma bela árvore. Quando a acham, apaixonam-se profundamente uns pelos outros. Era noite no aeroporto. It was a hot night in Rio. Friends drive for forty minutes looking for a beautiful tree. When they find it, they fall deeply in love with each other. It was night at the airport.

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CASA DE ABELHA bee house

Mini-DV, cor | color 52” 2002 Um fio de mel escorre pelas pernas e mãos de Brígida Baltar e se espalha pelos degraus da escada de madeira de sua casa ateliê. Aqui surge a experiência do corpo-metamorfose como fabulação. A trickle of honey drips down Brígida Baltar’s legs and hands and spreads down the steps of the wooden ladder of her studio house. Here arises the body-metamorphosis experience as fabulation.

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O REFÚGIO DE GIORGIO giorgio’s refuge

Mini-DV, cor | color, som | sound 3’11” 2002/2019 Brígida documenta um dos passeios diários que seu amigo fazia no bosque próximo a sua casa em Zurique. Filmado durante o outono, eles caminham sobre folhas secas, entre as árvores, e escutam os sons do bosque. Brígida documents one of her friend’s daily walks in the woods near his home in Zurich. Filmed during the Fall, they walk on dry leaves among the trees and listen to the sounds of the woods.

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A GEOMETRIA DAS ROSAS the geometry of roses

Mini-DV, cor | color 3’53” 2002/2019 O filme absorve uma pane técnica na captura digital das filmagens de um roseiral que redesenha a natureza. Pixels e linhas reenquadram pétalas, folhas, gramas e solo. The movie takes advantage of a technical breakdown during the footage’s digital capture of a rose garden that redesigns the nature. Pixels and lines reframe petals, leaves, grass and soil.

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MARIA FARINHA GHOST CRAB 16mm transferido para digital-HD, cor, som 16mm transferred to digital-HD, color, sound 4’18” 2004 A atriz se metamorfoseia em maria-farinha, caranguejo conhecido como caranguejo-fantasma por sua cor translúcida e seu comportamento fugidio. The actress metamorphoses into maria-farinha, also known as ghostcrab for its translucent color and its fleeting behavior.

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MARIA FARINHA GHOST CRAB III 16mm transferido para digital-HD, cor, som 16mm transferred to digital-HD, color, sound 5’15” 2004 Figuras femininas correm e cavam nas areias da praia, se hibridizando com o caranguejo-fantasma, fazendo movimentos acelerados e repetitivos enquanto escutam os sons da natureza. A edição é bruta, feita pela própria câmera de Seppo Renvall. Female figures run and dig in the sands of the beach, hybridizing with the ghost-crab, making rapid and repetitive mouvements as they listen to the sounds of nature. The editing is crude, made by Seppo Renvall’s own camera.

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QUANDO FUI CARPA E QUASE VIREI DRAGÃO  when i was carp and almost turned into dragon

Mini-DV, cor | color 2’ 2004 É um filme que encontra sua ação no texto, que estabelece o corpo como metamorfose. É uma reflexão a partir do mito japonês em que carpas se tornam dragões quando atingem a nascente do rio. This movie finds its action in the text, wich stablishes the body as metamorphosis. It is a reflection from the Japanese myth in wich carps become dragons when they reach the source of the river.

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SEM ESCURIDÃO no darkness

Mini-DV, cor | color, som | sound 10’11” 2004/2019 O filme mostra o anoitecer em Tóquio às margens do rio Sumida. Um texto se sobrepõe à imagem, criando reflexões sobre o excesso de luminosidade da vida contemporânea, que coincide com o aumento de insones nas grandes cidades. This movie shows the nightfall in Tokio on the banks of Sumida River. A text overlaps the image, creating reflexions on the excess luminosity of contemporary life, wich coincides with the increase of insomniacs in big cities.

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LENTOS FRAMES DE MAIO slow frames of may

Mini-DV, cor | color 2’08” 2005/2018 Relatos que entrelaçam memória e existência. Stories that interweave memory and existence.

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ÓRGÃO TIJOLO, UM CÉU ENTRE PAREDES, SENDO LAGARTIXA SENDO MARIPOSA brick organ, an indoor heaven, being gecko being moth

Mini-DV, cor | color 3’13” 2005 /2019 Nos vãos da parede de tijolo, mãos, cotovelos e orelhas preenchem esses espaços e sugerem que corpo é estrutura. Os mesmos vãos servem como degraus que permitem que a artista alcance a luz que entra pela telha de vidro. Na última sequência Brígida pousa na parede e repousa como as lagartixas e as mariposas. In the brick wall gaps, hands, elbows and ears fill these spaces and suggest that body is structure. The same gaps serve as steps that allow the artist to reach the light coming in through the glass tile. In the last sequence, Brígida lands on the wall and lasts like geckos and moths.

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ALGUMAS PERGUNTAS some questions

Mini-DV, cor | color 2’16” 2005/2019 Um barco corta a paisagem, atravessando lentamente o horizonte, enquanto surgem perguntas sobre percepção, esquecimento e sentidos. A boat cuts through the landscape, slowly crossing the horizon, as questions about perception, forgetfulness and meanings arise.

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CASACOSMOS cosmohouse

Mini-DV, cor | color 3’18” 2005/2019 A câmera desliza pela casa ao mesmo tempo que se funde com uma noite estrelada. The camera slides through the house while melting into a starry night.

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HÁ UM LUGAR EM UMA PAISAGEM? is there a place in a landscape?

Mini-DV, cor | color 38” 2008 Em frente a um cenário de árvores e pássaros em revoada, cavalos se movimentam desacelerados. Com a proximidade do enquadramento, parecem observar a câmera enquanto surge a pergunta sobre o que define um lugar. In front of a scenery of trees and birds in flight, horses moves slowly. With the proximity of the camera the question about what defines a place arises.

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LÁ there

vídeo, cor, som HD video, color, sound 2’14” 2011/2019 HD

Instalação | Installation: cubo de madeira, fone de ouvido e monitor wooden cube, headphone and tv monitor Uma voz sussurra segredos de memórias sensoriais de infância. A voice whispers secrets of childhood sensory memories.

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ELES SAEM DAS HISTÓRIAS they come out of stories

vídeo sobre sequência de fotografias, cor HD video on sequence of photographs, color 3’58” 2012/2019 HD

Personagens híbridos como mulher-árvore, moça-mico-leão-dourado, homem-cavalo, rei da floresta, personagens fabulares que surgem das histórias inventadas. Hybrid characters such as a tree woman, a golden lion tamarin lady, a horse man, the king of the forest, fable characters that arise from made up stories.

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O AZUL PROFUNDO E A MÚSICA QUE O MATIAS FEZ COM A CAMILLE the deep blue and the song that matias made with camille

Instalação sonora | Sound installation: Cubo de madeira pintado, luzes azuis, texto e música Painted wooden cube, blue lights, text, and music 2019 Memória sonora de um filme sem imagem. Sound memory of a film with no image.

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INFOS & PARTICIPAÇÕES INFOS & PARTICIPATIONS

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ENTERRAR É PLANTAR To bury is to plant

ABRINDO A JANELA Opening the window

Câmera | Camera: João Galhardo Participam | Participants: Tiago Baltar Simões

Registro | Photo register: Ana Herter Participam | Participants: Tiago Baltar Simões

DESPERCEBIDA Unnoticed

SOU ÁRVORE SOU ÁRVORE (PARTE II) I am tree | I am tree (Part II)

Auto-filmagem. Tomada da ação realizada por uma câmera sobre um tripé.

Autorretratos. Tomada da ação realizada por uma câmera sobre um tripé.

Self-filming. Action taken by a camera on a tripod. Self-portraits. Action taken by a camera on a tripod. ABRIGO Shelter A cena foi captada por uma câmera na estante da casa ateliê, enquanto Brígida Baltar fazia a ação. A última cena foi filmada por João Galhardo.

OS MERGULHOS DE The diving of

The scene was captured by a camera on the shelves of the studio house, while Brígida was performing the action. The last scene was filmed by João Galhardo.

Participam | Participants: Ana Baravelli, Franz Ackermann, Marepe, Michel Majerus, Roberto Bethônico e Stephen Jung Fotografias | Photographs: Brígida Baltar Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

TORRE Tower

Workshop Brasil-Berlim, Instituto Goethe e | and Museu de Arte Moderna Solar do Unhão, Salvador

Câmera | Camera: João Galhardo A COLETA DA NEBLINA Collecting mist

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Camêra | Camera: Arakem, Marta Jourdan (1999), Roberto Amade (2002) Assistentes | Assistants: Juliana Rocha, Thais Zylberberg Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

Um filme de | A film by: Brígida Baltar e Giorgio Ronna Participam | Participants: Andrea Maciel e Daniela Amorim Câmera e edição | Camera and editing: Giorgio Ronna

As filmagens em 16mm foram realizadas através do Programa Petrobras Artes Visuais 2000. Esta edição, por ocasião do Edital Rumos Itaú Cultural 2018-2019.

CASA DE ABELHA Bee house

The 16mm footages were taken through the Petrobras Visual Arts Program 2000. This editing was a result of Rumos Itaú Cultural 2018-2019 announcement.

Câmera e colaboração | Camera and collaboration: Thais Zylberberg e Rui Cortez

O REFÚGIO DE GIORGIO Giorgio's heaven

A PERGUNTA DE SIMONE Simone's question

Participam | Participants: Giorgio Ronna Câmera | Camera: Brígida Baltar

Câmera | Camera: Marta Jourdan Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

A GEOMETRIA DAS ROSAS The geometry of roses

EM UMA ÁRVORE, EM UMA TARDE On a tree, in an afternoon

Câmera | Camera: Desconhecida | Unknown Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

Câmera | Camera: Marta Jourdan Assistente | Assistant: Juliana Rocha Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

DE NOITE NO AEROPORTO At night at the airport

MARIA FARINHA GHOST CRAB Atriz | Actress: Lorena da Silva Câmera | Camera: Seppo Renvall Música | Music: Felipe Canedo Assistente | Assistant: Daniela Amorim Maquiagem | Make up: Uirandê Holanda

infos & participações  77


Barqueiro | Boatman: Cosme Borges Fotos still | Still: Fernanda Kadlec Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: TV Zero Remasterizado em | Remastered in 2019 pela Afinal Filmes Produzido por | Produced by: Capacete Entretenimentos e Galeria Nara Roesler

Câmera e texto | Camera and text: Brígida Baltar Música | Music: Rodrigo Lima. Edição e efeitos | Editing and effects: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

LENTOS FRAMES DE MAIO Slow frames of may MARIA FARINHA GHOST CRAB III Câmera | Camera: Seppo Renvall Participam | Participants: Daniela Amorim and Fernanda Bastos Maquiagem | Make up: Uirandê Holanda Still: Fernanda Kadlec Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes Remasterizado em | Remastered in 2019 por meio do Projeto Rumos Produzido por | Produced by: Capacete Entretenimentos e Galeria Nara Roesler

QUANDO FUI CARPA E QUASE  VIREI DRAGÃO When I was carp and almost turned into dragon Câmera e texto | Camera and text: Brígida Baltar

SEM ESCURIDÃO No darkness

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Câmera e texto | Camera and text: Brígida Baltar Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

ORGÃO TIJOLO | UM CÉU ENTRE PAREDES | SENDO LAGARTIXA, SENDO MARIPOSA Brick organ  |  An indoor heaven  |   Being gecko, being moth Câmera | Camera: Raquel Rosalen Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

ALGUMAS PERGUNTAS Some questions Câmera | Camera: Brígida Baltar Edição | Editing: Felipe Canedo e Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes


CASA COSMOS Cosmos house Câmera | Camera: Brígida Baltar Edição e efeitos | Editing and effects: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

HÁ UM LUGAR EM UMA PAISAGEM? Is there a place in a landscape? Câmera | Camera: Brígida Baltar Vídeo realizado durante residência no sertão, no contexto do projeto Sertão Contemporâneo – Caixa Cultural. Video held during residency in the backwoods, in the context of the Sertão Contemporâneo Project – Caixa Cultural.

LÁ There

Participações | Participations: Bernardo Zabalaga, Domingos de Alcântara, Ellen Miranda, Glaucy Fragoso e Marcus Wagner Sobre fotografias de Wilton Montenegro Câmeras | Cameras: Guilherme Rodrigues e Roberto Kaulino Figurinos | Costumes: Brígida Baltar e Rui Cortez Adereços | Adornments: Rui Cortez e Leandro Guinard Cenotécnico | Cenotechnitian: Américo Cardoso da Silva Neto Produção | Production: Monica Behague e Cristiane Guimarães Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

O AZUL PROFUNDO E A MÚSICA QUE O MATIAS FEZ COM A CAMILLE The deep blue and the music Matias composed with Camille Música | Music: Camille Mandoki e Matias Aguayo

Participam | Participants: Cláudio Baltar Câmera | Camera: Guilherme Rodrigues Música | Music: Camille Mandoki & Matias Aguayo Voz | Voice: Brígida Baltar Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

ELES SAEM DAS HISTÓRIAS... They come out of stories…

infos & participações  79



CRÉDITOS DA EXPOSIÇÃO

A GEOMETRIA DAS ROSAS The geometry of roses

EXHIBITION CREDITS

Câmera | Camera: Desconhecida | Unknown Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

A PERGUNTA DE SIMONE Simone's question Câmera | Camera: Marta Jourdan Edição | Editing: Fernanda Bastos, edt. Finalização | Finalization: Afinal Filmes

ABRIGO Shelter A cena foi captada por uma câmera na estante da casa ateliê, enquanto Brígida Baltar fazia a ação. A última cena foi filmada por João Galhardo. The scene was captured by a camera on the shelves of the studio house, while Brígida was performing the action. The last scene was filmed by João Galhardo.

ABRINDO A JANELA Opening the window Registro | Photo register: Ana Herter Participam | Participants: Tiago Baltar Simões

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Curadoria | Curatorship

MARIA CLARA SOARES

MARCIO DOCTORS

RAIONI LEAL

Idealização | Conception

Monitoria | Monitors

JOCELINO PESSOA

RAQUEL MACHADO WILLIAM GOMES

Coordenação de produção Production coordination NELSON RICARDO MARTINS

Gestão administrativa e financeira Administrative and financial management

JOCELINO PESSOA

LISIANE MUTTI NELSON RICARDO MARTINS

Coordenação do educativo Educational coordinator LISIANE MUTTI

Assistência de expografia | Expography assistance THIAGO BORGES

Concepção e montagem expográfica Expographic design and assembly

Cenotécnica | Technical direction

ESTÚDIO SAUÁ

MW SERVIÇOS

Dramaturgia visual | Visual dramaturgy

Iluminação | Lighting

GERARDO VILASECA

ANTONIO MENDEL

Programação visual Visual programming

Consultoria audiovisual e equipamentos Audiovisual consultancy and equipment

LUCAS BEVILAQUA

NOVA MÍDIA

Produção | Production

Assessoria de imprensa | Press office

DIEGO MARTINS

INTRÉPIDA COMUNICAÇÃO

MATHEUS FOSTER

Revisão e tradução | Review and translation Produção executiva da expografia Expographic executive production

CLARISSA PENNA SACICOM

TANIA SARQUIS DANIEL LEÃO

Sinalização | Signaling GINGA DESIGN

Arte-educadores | Art educators FRANCISCO OTTONI

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Créditos das imagens das instalações | Installation images credits Tania Sarquis (pg. 73) e Andre Telles (pg. 31, 69)

PRODUÇÃO

REALIZAÇÃO

créditos da exposição  83


SOBRE O ESPAÇO CULTURAL BNDES:

Criado em 1985, o Espaço Cultural BNDES tem como objetivos fomentar a produção artística nacional e democratizar o acesso à cultura. Todas as atrações são gratuitas e abertas ao público em geral. A Galeria BNDES, reinaugurada em 2015, vem sendo ocupada por exposições de artes visuais e de memória da cultura brasileira selecionadas por concurso público. O local amplia a atuação de Espaço Cultural BNDES, que já oferece ao público, em sua programação regular, espetáculos de música, sessões de cinema e outros eventos, reunindo a diversidade da produção cultural do país. ABOUT ESPAÇO CULTURAL BNDES: BNDES – the Brazilian Development Bank – is the main financing agent for

economic and social developement in Brazil. Seeking to encourage the production of Brazilian artists and to widspread the access to culture, BNDES established its own Cultural Center in 1985 – Espaço Cultural BNDES. All attractions are free of charge and open to general public. BNDES’ Gallery, reopened in 2015 as part of the Cultural Center, hosts exhibitions of both visual arts and Brazilian heritage commissioned by public contest. A regular program of concerts, film sessions and other events is also offered by Espaço Cultural BNDES, promoting the diversity of Brazilian culture in all of its forms. Para a programação completa do Espaço, acesse: See coming attractions on our website: www.bndes.gov.br/espacobndes


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