Os seis irmãos e a flor mágica
Escola Básica N.º 2 da Lousã 1
dezembro de 2013
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Autores e ilustradores JoĂŁo
Daniel
Leonor
Quina
RĂşben Pedro
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AGRADECIMENTOS:
Agradecemos muito à nossa professora de Português, Fátima Furtado, por nos ter apoiado e ajudado nas nossas dúvidas e por ter feito os nossos retratos para os colocarmos no livro.
Agradecemos muito à Biblioteca e às suas funcionárias que nos arranjaram um espacinho para conseguirmos realizar esta história.
Queremos também agradecer à nossa colega Inês Quaresma, por nos ter apoiado e ter aceitado ser a nossa narradora e por nos ter ajudado a fazer as ilustrações.
Agradecemos também aos nossos colegas todos do 5º H por nos terem aturado, pois não podíamos contar o que andávamos a fazer enquanto eles tinham aula de “Educação Moral e Religiosa Católica”.
Agradecemos muito à ropografia por nos fazer o livro juntamente com a nossa professora de português.
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Os Seis Irmãos e a Flor Mágica Há muito, muito tempo, seis irmãos andavam a brincar num parque. Rúben e Quina eram gémeos e os mais velhos, João era o terceiro mais velho, depois o Pedro e a Leonor que também eram irmãos gémeos e por último, o mais novo chamava-se Daniel.
Estavam todos a brincar quando, de repente, a bola desaparece entre umas folhas bem verdinhas. Leonor entra em ação. Começa então a caminhar em câmara lenta até às folhas: - Como é que a bola passou por aí? – Perguntou o Daniel. -Estende a mão contra as folhas! – Disse a Quina. Leonor fez o que Quina disse e depois de o fazer exclamou logo: -Acreditam que estas folhas parecem ser uma cortina? Pedro começou a andar em frente, seguido de perto pelos seus irmãos. Quando chegaram ao pé da Leonor, viram-na a passar por entre as folhas e, de repente, ouvem um grito: - Aí! Que bonito! Rúben, armado em herói, passa por entre as folhas, afastando-as e, logo a seguir, João segue-o chegando a um campo cheio de flores, joaninhas e relva. João chama os seus outros três irmãos:
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- Daniel, Pedro, Quina! Venham ver!
Quando estavam todos juntos viram que no centro, estava a flor mais alta daquele campo, com pétalas de todas as cores, todas as que possamos imaginar. Pedro queria tanto tocar naquela flor, mas era demasiado alta para isso, por isso disse: - Rúben! Pega-me às cavalitas! -Acho que é melhor não! Quanto pesas? -O quê?! Só peso 27 kg! -Está bem!- disse Rúben, fazendo músculo. Rúben pegou então no Pedro dizendo: -Pesas mesmo 27 kg?! Pedro, ignorando o Rúben, estica o braço e tenta tocar na flor. -Não são suficientemente altos para tocarem nessa flor.- Disse o Daniel - Peguem-me a mim também! - Já sei! O Rúben pode pegar-nos a todos, do mais pesado ao mais leve- Sugeriu a Quina. - Vamos lá ao trabalho! - Disse a Leonor. Faltava o Daniel e o Rúben já estava cambaleando. Daniel, ao esticar o braço, toca na flor e, para espanto de todos, o pólen desce, formando uma escada. Daniel, muito curioso, sobe logo as escadas, a seguir vão as miúdas e depois chegou a vez do Pedro, João e Rúben, muito gentis, que deixaram as meninas passar primeiro. João cheira a flor dizendo cada vez mais baixinho: - Que cheirinho tão bom é parecido com o meu perfume! Depois a sua roupa foi-se transformando em trapos velhos, cheios de buracos e com alguns remendos. 6
Daniel, rindo-se do irmão, cheira a flor e, logo de seguida, vai envelhecendo… por dentro continuava a ser ele próprio com nove anos. Toda a gente ficou boquiaberta, menos o João, ele começou-se a rir às gargalhadas como o irmão lhe tivera feito. Mas em menos de um minuto, João, todo zonzo, começa a andar de um lado para o outro, dizendo: - Não me aconteceu nada! Estou bonito e bem cheiroso! Bonito e bem cheiroso! Não me aconteceu nada! Leonor e Quina olham uma para a outra, muito espantadas. Elas sempre foram muito amigas, até tinham uma língua gestual e tudo! Enquanto a Quina e a Leonor estavam a olhar uma para a outra, Pedro e Rúben tinham aproveitado para cheirar também a flor. De repente, Pedro desaparece e Rúben fica muito fraco, frágil e pequeno. Leonor sente um toque no ombro e muito histérica grita: -Quem me está a tocar? -Sou eu, tem calma, Leonor! -O quê?! Eu nem se quer te vejo! Onde estás? -Estou atrás de ti! Estás cega?! -Não, não está cega! Ninguém te vê! -disse Quina. -Bem, então devo estar invisível! -disse Pedro, rindo-se. -É … provááááveeeel!- disse Daniel tremelicando. -Leonor, só restamos nós as duas! - exclama a Quina. Mas, ao dizer isso, viu a Leonor a cheirar a flor: -Anda cheirar, Quina, anda cheirar, cheira tão bem. Quina deixa-se influenciar por Leonor e vai com ela cheirar a flor. Leonor fica sem voz e Quina fica gaga. As duas ficaram muito baralhadas: -O… o… qué… qué… que… Quina não estando habituada começou a falar em língua gestual com a sua irmã, mexendo os braços e as mãos. Passado algum tempo, concluíram que iam à procura de uma cura. -Pe… dro…, tu… se… gues… - nos…! Da… ni…el…, a… ga… rra… - te … a … mim…! Rú… ben…! Vai… pa… ra… a… mão… da… Le… o… nor…! -Jo… ão…!!? Mas com aquela situação, João tinha adormecido. -Le… o… nor… a… ju… da… - me… a… le… var… o… Jo… ão… .- disse a Quina. Leonor e Quina levantaram o João e foram então à procura da sua cura. -Então, para onde vamos?- perguntou o Pedro. Entretanto o João acorda e, vendo que estava anoitecendo, avisa os irmãos e todos começam a apresentar as suas ideias ao mesmo tempo. Rúben, por causa do barulho, salta da mão da Leonor e vai-se meter por baixo da flor. Ao olhar para cima vê a parte de baixo 7
da flor, e nela pareceu-lhe ver um desenho. Mas Rúben, como tinha um bom olho, reparou logo que não era um desenho… - Um mapa! É o mapa para a nossa cura! Os outros foram a correr ver o que se passava. -Já temos um mapa, agora… Quina, interrompendo Pedro, acaba a frase: -É… só… co… me… çar… ao… tra…ba… lho… ! -Vamos lá!- repetiu Rúben para se perceber melhor. Pegam no mapa e rodam-no para perceber onde iriam começar a busca da sua cura. Sabendo pelo mapa que o campo era infinito começaram a andar pela direção que o mapa indicava. Passadas quatro horas seguidinhas, chegaram a uma parte do caminho em que o campo terminava com uma encosta muito inclinada e lá em baixo havia outro campo de flores. Todos ficaram a olhar para baixo com a boca aberta, quando de repente, se ouve um grito e Daniel passa por entre as pernas da Leonor, às cambalhotas rindo-se e gritando cada vez que passava por uma curva da encosta. Logo de seguida começam-se todos a rir às gargalhadas por causa de um “velhote” como o Daniel, estar a rebolar pela encosta fora. -Foi divertido, Daniel?!- perguntou o Pedro, já a pensar em fazer o mesmo. -Ssssssssssssssssssssssiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmm!-gritou o Daniel. Ao ouvir a resposta, o Pedro decide fazer o mesmo que o Daniel e os outros seguemno. Todos se divertiram imenso durante a sua pausa. Continuaram então a sua busca no campo onde tinham chegado depois daquelas cambalhotas todas. Passaram outras duas horas enquanto procuravam, naquele campo infinito a sua cura, que era o líquido de uma azeda, pois tinham visto no mapa que o Rúben tinha encontrado. -Olhem ali aquelas azedas todas! - disse o Pedro. Correram até elas: -Primeiro: já sabemos que a cura está neste campo; segundo: também sabemos que a cura é o líquido de uma azeda; terceiro: há um problema: qual destas “mil e tal” azedas é a nossa cura? - perguntou o Rúben. -Vamos experimentar comê-las todas! -disse o Daniel. E começaram a devorá-las. Entretanto, o Daniel voltou ao seu tamanho normal e desapareceram as suas imensas verrugas. E a Leonor começou a fazer gestos, querendo pedir-lhe a azeda. -Dá-me isso. – disse o João, que estava muito calado. 8
E a pouco e pouco todos voltaram ao normal. -Já posso falar, já posso, boa! -gritou a Leonor muito feliz por voltar a tagarelar como dantes! -Ó João, consegues ver-me? -perguntou o Pedro ansioso. -Não, onde é que estás?! -Ai que desgraça! -exclamou o Pedro. -Estava a brincar! -riu-se o João. -Ah! Que alivio! -suspirou o Pedro. -Já sou de novo o maior de todos! -disse Rúben. -Já não estou gagaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!.- gritou a Quina. -Finalmente a minha gravata e a minha blusa nova! - disse João rezando. -É melhor irmos para casa!- disse Leonor. -Também acho -concordou Quina. E foram os seis irmãos, a marchar, todos em fila para a sua casa. Quando chegaram a casa, a mãe deles perguntou: - Onde estiveram este tempo todo? -Desculpa mãe, tivemos uma viagem super divertida até um campo magnífico. – respondeu a Quina. E foram dormir. -Boa noite meus queridos! -disse a mãe. -Boa noite, mamã! -disseram os seis irmãos todos em coro. E logo a seguir os irmãos sussurram entre si: -Amanhã vamos viver uma nova aventura! - garantiram todos.
Fim
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