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a tridimensionalidade real e vitrual

a tridimensionalidade real e virtual no ensino da arquitetura e urbanismo

Isabella C. de Farias Goulart

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As mudanças de paradigma da arquitetura contemporânea são fundamentais e inevitáveis. Hoje, o desenvolvimento de novas tecnologias, unido às novas demandas da sociedade contemporânea, desafiam a forma como aprendemos a projetar nas universidades. Nesse sentido, é importante que haja uma nova discussão acerca da inserção de novas ferramentas e técnicas na grade curricular dos cursos de arquitetura.

Partindo desse pressuposto, é necessário analisar o potencial de tecnologias capazes de mudar a forma como o conteúdo é ensinada pelos professores e assimilado pelos alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo. Tecnologias de fabricação digital, realidade virtual e realidade aumentada abrem um leque de possibilidades projetuais jamais alcançadas anteriormente. Cabe investigar como essas tecnologias podem ser aplicadas ao curso de Arquitetura e analisar o possível impacto pedagógico delas na compreensão de conceitos, visualização de projetos e estruturas, concepção criativa e avanços tecnológicos. São diversos os casos de sucesso no mundo em que as tecnologias de fabricação digital, realidade aumentada e virtual foram adaptadas para o aprendizado de arquitetura a fim de aprimora-lo e torná-lo mais didático, tais como: MARS (EUA), SMART VIDENTE (Áustria), LAPAC (Brasil - USP), DIGITAL SANDBOX (EUA), ISTAR (Portugal), LFDC (Brasil – UnB), entre outros capazes de revolucionar pedagogicamente os cursos de arquitetura e urbanismo.

A partir de uma série de entrevistas com diversos professores da área foi possível analisar as potencialidades e limitações dessas tecnologias além de averiguar o atual estado de arte, domínio das ferramentas e a usabilidade das mesmas do ponto de vista pedagógico. Pode-se perceber que as tecnologias citadas tem potencial de complementar a bidimensionalidade de textos, imagens, plantas e cortes, proporcionando uma maior compreensão dos projetos de arquitetura e urbanismo. No entanto, esses recursos apenas complementam as representações formais e ilustrativas da arquitetura e urbanismo, ao passo que, jamais poderão substituí-las. Portanto, tratando-se do ensino de arquitetura, o processo de concepção projetual e estrutural encontrou no mundo virtual um aliado, não só como meio de representação, mas também como uma ferramenta geradora de formas e soluções inovadoras, com grande potencial transformador. As tecnologias citadas podem contribuir para a integração das disciplinas, favorecendo a quebra de paradigmas e possibilitando a produção de uma nova arquitetura, rompendo as barreiras da ortogonalidade.

Com o auxílio deste trabalho, estudantes, professores, pesquisadores, acadêmicos, programadores e demais pessoas interessadas, podem analisar o potencial das tecnologias de fabricação digital, realidade virtual e aumentada no ensino da arquitetura. Pretende-se assim, gerar mais interesse, pesquisa e desenvolvimento das tecnologias em questão, além de fazer parte do embasamento para a inovação pedagógica das faculdades de arquitetura.

Orientador: Márcio Buson Banca: Caio Frederico e Silva, Gustavo de Luna Sales

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