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do barril à caixa evellyn de souza almeida

do barril à caixa

o uso do container na construção

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Evellyn de Souza Almeida

Imagens fornecidas pela autora

Ao analisar o campo da construção civil é inegável que este é responsável por diversos impactos ao meio ambiente, seja durante o processo de execução das edificações ou na manutenção das mesmas.

É notório que, com os avanços tecnológicos, esses impactos se reduzem culminando em lançamentos de novos materiais e técnicas construtivas mais limpas, além o uso de materiais recicláveis - prática significativa para a sustentabilidade, uma vez que minimiza o impacto ambiental gerado pelo setor e reduz os custos.

O uso do container marítimo na arquitetura tem se revelado como uma das técnicas construtivas mais promissoras, já que reduz os impactos ambientais, racionalizando o uso dos recursos naturais e trazendo de volta ao ciclo técnico os contêineres que não poderiam mais ser utilizados para transporte marítimo. Além disso, o uso do mesmo tem se revelado como tendência no Brasil, principalmente em projetos comerciais. Por muitos anos os contêineres foram convertidos em abrigos improvisados à margem da sociedade. Hoje, porém, uma grande quantidade de arquitetos e designers enxergam esses recipientes como uma boa alternativa construtiva. Segundo Han Slawik, autor do livro Container Atlas: A Practical Guide to Container Architecture, apesar de não ter sido concebido inicialmente como solução para o campo da construção civil, contêineres são muito adequados quando soluções espaciais devem ser obtidas em um período limitado de tempo, tornando-se eficazes como módulos construtivos.

Considerando esse cenário, é importante levantar uma indagação sobre os benefícios do retrofit de contêineres e sua aplicabilidade nas mais diversas tipologias arquitetônicas.

Para isso, deve ser levado em consideração suas características, sua trajetória, morfologia, a contextualização do seu uso e legislação no Brasil, mas, principalmente, conhecer quais são suas vantagens e desvantagens. Além disso é essencial a compreensão sobre os tipos de fundação compatíveis com o sistema construtivo em questão, sobre as adaptações necessárias para conforto termoacústico, e, finalmente, sobre as possibilidades construtivas para esse sistema.

No estudo sobre o retrofit do contêiner, a abordagem adotada pelo ensaio entende que apesar de apresentar algumas desvantagens - como necessidade de intervenção termoacústica, limitação de dimensões, custo de transporte, contratação de equipamento extra, necessidade de mão de obra especializada, verificação e higienização do contêiner – as vantagens desse sistema ainda podem superar suas limitações, visto que este ainda representa custos mais baixos, rapidez, estabilidade, flexibilidade, durabilidade, facilidade de transporte, e, de certa forma, sustentabilidade.

Orientadora: Maribel Aliaga Banca: Carolina Pescatori, Joara Cronemberger

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