NEOCLร SSICO Histรณria do Mobiliรกrio . Prof. Fauno Guazina
PERÍODO NEOCLÁSSICO Século XIX
GUSTAVIANO - 1771 A 1792 • Estilo Gustaviano é o estilo neoclássico da Suécia que dominou durante o reinado de Gustavo III, no século XVIII. • A história do mobiliário Gustaviano começou em 1771 quando o futuro Rei da Suécia, Gustavo III, voltou para casa, depois de uma estadia prolongada na corte de Luís XVI, em Versalhes. Apaixonado pelo que viu em suas viagens, Gustavo III fez uma releitura dos estilos de decoração francês de Luís XV e Luís XVI e do classicismo italiano. • A partir disto, várias casas de campo da nobreza e inúmeros palácios foram construídos na Suécia, adaptando-se os estilos predominantes na época na Europa ao país, isto é com menos luxos.Os palácios foram decorados com colunas, nas paredes foram aplicadas sedas adamascadas e painéis de linho em vez de mármores e granitos. No lugar dos gobelins, pinturas especiais com guirlandas e motivos florais. Lustres de cristal e espelhos complementavam a decoração.
GUSTAVIANO - 1771 A 1792
DIRETÓRIO – 1793 A 1804 •
O mobiliário do estilo Diretório evoluiu a partir de Luís XVI como se os estilos continuassem sem se perturbar com a revolução. Não aconteceu no mobiliário uma revolução artística súbita e completa como foi na política, filosofia e na sociedade.
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No período os marceneiros mostraram lealdade ao regime, eliminando motivos e desenhos que lembrassem à monarquia. As proporções e linhas do estilo Luís XVI foram conservadas, tendo por ornamentos motivos clássicos ou revolucionários.
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Os móveis eram pintados com tons esbranquiçados, às vezes com linhas vermelhas e azuis, que eram as cores da bandeira da liberdade.
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Os móveis eram inspirados através dos baixos relevos gregos e romanos; continuavam com as pernas retas, às vezes as pernas de trás se curvavam ligeiramente para fora (arcadas), sendo denominadas por pernas “em sabre”. Os encostos eram curvos terminados em rolo exteriormente, voltados para trás terminando em voluta.
DIRETÓRIO – 1793 A 1804
DIRETÓRIO – 1793 A 1804
IMPÉRIO – 1804 A 1815) •
O estilo Império foi criado pelos arquitetos Fontaine e Percier. Foi um estilo baseado, inspirado na antiguidade clássica, de forma completa, de forma inteira... Totalmente submetido à arte greco-romana sem adaptações que remetessem ao estilo francês de vida.
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Nasceu então um estilo que conjugou elementos clássicos, egípcios (inspirados pelas campanhas do imperador ao Egito) e militares.
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Os ornamentos do estilo Império: esfinges; cisnes; grifos; quimeras; pirâmides; cavalos-marinhos; cabeças de Baco e outros deuses; cariátides; archotes; palmas; lótus; os emblemas de Napoleão como o “N”e a abelha; emblemas militares como capacetes, espadas, lanças e etc.
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O mobiliário estilo Império é completamente diferente ao Luís XVI, passando a vigorar as formas simétricas. Procurou-se copiar os móveis usados em Roma e Pompéia, com esfinges, obeliscos e pirâmides casando com os elementos greco-romanos, acrescidos com emblemas napoleônicos e símbolos militares.
IMPÉRIO – 1804 A 1815) • As mesas •
eram normalmente redondas (assim como as mesas utilizadas pelos gregos e pelos romanos), tendo o tampo em mármore suportado por uma pesada coluna central ou por um tripé formado por esfinges, grifos ou cariátides.
• As camas •
eram bem diferentes dos modelos usados na monarquia: eram copiadas do antigo modelo grego e denominada lit en bateau. Eram feitas pra serem colocadas em alcovas ou encostadas na parede, as duas extremidades tinham a mesma altura e formavam um rolo na parte exterior. Eram copiadas do antigo modelo grego e chamadas de “Lit em bateau”. Outras tendo cabeceira reta eram formadas por colunas, ou cariátides.
• Outros •
psyché (espelho rectangular que pode ser inclinado como se deseje, inserido em moldura movível), athéniennes (peças com três pés para diversas utilidades, por exempo, lavabo – quando têm bacia e jarro em porcelana).
IMPÉRIO – 1804 A 1815) • Os sofás •
apareceu um tipo novo de sofá o Méridienne (os lados desiguais) e as chaiselongue com extremidades iguais ou não como no famoso quadro de Mme Récamier (foto que esta apresentada aqui no blog na publicação do dia estilo Diretório).
• As cadeiras •
não eram tão confortáveis e não tinham a impressão confortável que caracterizou os estilos Luís XV ou XVI, os braços imitando os dos tronos gregos, eram ornados de cisnes ou figuras aladas. O encosto era muitas vezes curvo e as pernas formadas por colunas, esfinges e cariátides, terminavam nos braços. O estofamento feito com tecidos pesados, veludos vermelhos, brocados azul e branco ou damasco, sedas com fios de ouro e couro verde.
IMPÉRIO – 1804 A 1815)
IMPÉRIO – 1804 A 1815)
REGÊNCIA – 1811 A 1830 • •
Eram móveis com influência da Era Georgiana Bem ornamentados com linhas retas e também levemente curvas.
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Presença de vidros e espelhos nas mobílias. De modo a satisfazer as novas necessidades e prazeres descontraídos do quotidiano, as tipolofias de mobiliário multiplicam-se e especializam-se;
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Fusão entre a solenidade do barroco e graciosidade do rococó; Dominam ainda as linhas simétricas, mas são feitas as primeiras propostas de assimetria; Utilização de curvas mais leves em comparação com o estilo anterior;
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Materiais: Madeiras exóticas (pau-rosa, violeta, amaranto) e bronze, onde despontam já as formas posteriores do rococó (rocaille); Elementos decorativos: Cornucópias, motivos vegetais e florais (folhagens enroladas, folhas de acanto, palmetas, rosetas), granadas, delfins, conchas e motivos geométricos finos (quadriculados) conseguidos através do jogo com os veios da madeira.
REGÊNCIA – 1811 A 1830
REGÊNCIA – 1811 A 1830
BIEDERMEIER – 1830 A 1850 • Popular na Alemanha e Áustria entre 1820-1850, aproximadamente. O nome vem de um personagem de Ludwig Eichrodt que representava a burguesia alemã no começo do século XIX. • Surgiu como uma adaptação ao luxo exagerado do estilo Império francês, conservando o estilo Neoclássico; simples, robustos e confortáveis, geralmente de madeiras claras, e tecidos alegres nos estofamentos das cadeiras elegantes sem maiores pretensões. Era produzido para atender a burguesia alemã do séc. XIX, período marcado pelas guerras em abundância na Alemanha, Áustria e Escandinávia, portanto, com custos menores o mogno e outras madeiras mais caras eram evitados. • Renunciam-se as superfícies trabalhadas e esculturas como utilizadas no século passado.Os móveis são geralmente recobertos de marchetaria,unida e polida.O trabalho a mão volta a ser valorizado. O pinho é muito utilizado nestes móveis com marchetaria em cerejeira. A inspiração é greco-romana.
BIEDERMEIER – 1830 A 1850
ECLETISMO Sec XIX
NAPOLEÃO III - 1852 A 1870 •
Napoleão III de França, nascido Carlos Luís Napoleão Bonaparte sobrinho do grande Napoleão, foi presidente e posteriormente imperador da França (1852-1870).Em novembro de 1852, apoiado pela grande burguesia, conclamou um plebiscito, que, com 95% dos votos favoráveis, instituiu o império e o transformou em Imperador da França, com o título de Napoleão III. Com o golpe, Bonaparte criou o Segundo Império Francês.
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Este estilo se caracteriza pelo reinado do “capitonné”, das “passamanarias”, do arabesco e dos revestimentos O ecletismo continua considerável, renascem quase todas as tendências, podemos encontrar um pouco de tudo e são justamente essas misturas que vão caracterizar o período de Napoleão III. O conforto é um lema e por causa desde conforto foi criada uma série de canapés, sem madeira aparente, estofados sobre molas, em capitonné. Surge o canapé de canto, o tête- a –tête (composto de duas cadeiras colocadas de modo a ocupar, cada uma das curvas de um S, o pufe, o sofá circular de encosto arredondado, aberto no centro criando um espaço para receber uma planta, geralmente uma palmeira).
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NAPOLEÃO III - 1852 A 1870 • As cadeiras têm as formas mais variadas. O assento é geralmente em palha fina, o encosto pode ser liso, com barras, desenhos em bambus e palmas de diversas formas. Algumas cadeiras são pintadas, outras douradas e outras ainda, as mais elegantes, com filetes, molduras e motivos dourados combinados com incrustações em nácar. • Os damascos, as sedas de inspiração chinesa e os veludos são os tecidos geralmente utilizados, muitas vezes combinados com tiras de passamanaria. • As camas são colocadas junto às paredes, com colunas estilo Renascença. O gás faz sua aparição, desbancando a iluminação óleo, aparecem lustres decorados com cristal, cujos braços arredondados são terminados por globos de vidro polido, ou peças para sala jantar, em cobre, com um mecanismo engenhoso que permite descer para que se possa acender. • É a época das cores quentes, dos tecidos espessos. É também, o derradeiro dos estilos franceses.
NAPOLEÃO III - 1852 A 1870