Revista Movimenta, edição 5

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ABRIL/MAIO | ANO I | N º 5

ESPECIAL MÃES ESPECIAIS FAÇA UM BOM NEGÓCIO: Invista no Turismo de Negócios na sua cidade. Pág. 08

CONHECER BEM SEU CLIENTE pode te levar longe! Pág. 37

DICAS DE UM APAIXONADO para despertar o UAU dos seus clientes. Pág. 20

Presenteadas ou consumidoras, elas merecem tudo de melhor nesta vida – e os melhores preços de mercado quando o assunto é compras para seus filhos. Pág. 26



EDITORIAL FOTO FCDL-MG/DIVULGAÇÃO

FRANK SINATRA Presidente da FCDL-MG

Amor pela vida, pela família, por Deus, pelo próximo, pelo outro, pelo trabalho, pelo que escolhemos fazer todos os dias. O amor é o combustível para nosso dia a dia. Se tudo que fizermos nos propusermos a fazer com amor, o resultado é incrivelmente positivo. Você já fez essa experiência? Eu amo o que faço e, por isso, faço o melhor que posso. Amo ser varejista e por isso estou de pé até hoje frente às minhas lojas. Amo o Movimento Lojista e por isso me dedico tanto a ele. É por amor que estou à frente de uma CDL e de uma Federação. Esse amor não me faz desistir tão facilmente, mesmo que alguns obstáculos no meio do meu caminho me obriguem a desistir. Afinal, não sou obrigado, sou é agradecido pelo amor que carrego no peito e que descarrego, em doses homeopáticas, em tudo que me proponho a fazer. É com amor que nós, da Federação, escolhemos as soluções que oferecemos às nossas CDLs, é com amor que programamos nossos eventos e é por amor que esperamos recebê-los neles. Na editoria Em Destaque desta edição, trazemos uma agenda com as datas de todos eles; Seminários Regionais e Convenção Estadual, que este ano traz uma novidade: um evento para homenagear as CDLs, de pequeno, médio e grande porte, que mais se destacaram durante o ano. Olha o amor aí outra vez. Cumprir com suas missões e trabalhar duro para representar seus associados da melhor forma e com amor, com certeza, as levarão a serem as escolhidas, concorda? Abril abre amor e maio também. Abril tem Páscoa e maio tem Dia das Mães, segunda data mais rentável para nosso comércio. A capa traz então um especial sobre as mães especiais, presenteadas ou consumidoras, elas merecem toda a atenção do mundo e, por que não os melhores preços de mercado quando o assunto é compras para seus filhos? Falando em atenção, que tal começar a cuidar com mais cautela dos seus associados e instigá-los a fazer o mesmo

Movimenta

ABRIL ABRE AMOR.

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EDITORIAL com seus clientes? A editoria Vitrine traz ferramentas interessantes para facilitar a Gestão de Relacionamento com o Cliente. Afinal, o relacionamento com o associado/ cliente é como uma plantinha que deve ser regada com, adivinhem? Amor! E se estamos mesmo falando deste sentimento que move o mundo, porque não trazer um personagem que é movido por ele? A editoria InspirAção apresenta o consultor Fred Rocha, um eterno apaixonado pelo varejo. Com o mesmo combustível, a CDL BH lançou a novidade para fazer os negócios dos seus associados crescerem: uma maquininha de cartões de crédito e débito. Então, abra as páginas da editoria Ideias que Movimentam e leia de coração aberto. Afinal, essas ideias podem servir como referência para sua entidade e movimentar o dia a dia dos seus associados. Conectando nossos leitores a assuntos que muito lhes interessam, estão os artigos das editorias Conexão e Movimento Economia. Cada matéria desta edição, assim como as das outras, foi preparada e escrita com amor. Por isso, use o sentimento para ler cada palavra e praticar no dia a dia. O que plantamos com amor, colhemos com amor. Fiquem com Deus e boa leitura,

Abril / Maio 2017

Frank Sinatra Presidente da FCDL-MG

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SEMINÁRIOS REGIONAIS

2017

REALIZAÇÃO:

FCDL Minas Gerais

APOIO:


EXPEDIENTE

EXPEDIENTE COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO Ana Paula Rodrigues JORNALISTA RESPONSÁVEL Flávia Vida MT 11665/MG PROJETO GRÁFICO ME LLAMA Estúdio IMPRESSÃO Artes Gráficas Formato TIRAGEM 1000 exemplares PERIODICIDADE Bimestral

DIRETORIA 2015/2017

ABRIL / MAIO | ANO I | N º 5

Abril / Maio 2017

A revista ‘Movimenta’ é uma publicação da FCDL-MG para o Movimento Lojista.

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Av. Silviano Brandão, 25 • Sagrada Família Belo Horizonte • Minas Gerais CEP 31030-525 (31) 2532-3300 • (31) 2532-3328 www.fcdlmg.com.br fcdlmg@fcdlmg.com.br

PRESIDENTE Frank Sinatra Santos Chaves 1° VICE-PRESIDENTE Miguel Haroldo de Faria 1° VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marco Antônio de Oliveira 2° VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Bruno Selmi Dei Falci VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO ZONA DA MATA Marcos Tadeu Andrade Casarin VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO TRIÂNGULO Humberto Gláucio Jardim VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO RIO DOCE Flávio Gonçalves Leal VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO CENTRO-OESTE Rogério Mendes de Aquino Neto VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO NOROESTE Marcos Antônio Luiz VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO SUL Nilson Andrade VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO ALTO PARANAÍBA Eduardo Queiroz Castanheira VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO CENTRAL José César da Costa VICE-PRESIDENTE DAS REGIÕES JEQUITINHONHA E MUCURI Luiz Resende de Andrade VICE-PRESIDENTE DA REGIÃO NORTE Gilberto Eleutério dos Santos PRESIDENTE DO CONSELHO FISCAL Sebastião dos Santos Totó CONSELHEIROS FISCAIS Caril Wellis de Paula Santos Itamar Machado João Afonso Farias José de Oliveira Barboza


SUMÁRIO

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À procura de um bom negócio?

16. IDEIAS QUE MOVIMENTAM Crédito ou débito?

20. INSPIRAÇÃO Varejo em foco.

26. CAPA Especial mães especiais.

37 VITRINE Conhecer e bem seu cliente. Isso ainda vai te levar longe!

44. CONEXÃO Saiba como recuperar o imposto pago a maior em sua conta de energia elétrica.

48 PRATICAR É bom saber: Se você tem dúvidas, nosso jurídico esclarece.

52. MOVIMENTO ECONOMIA A ilusão do bônus no ônus das feiras itinerantes.

54. EM DESTAQUE Anote na sua agenda. Movimenta

08. CIRCUITO TURÍSTICO

CAPA

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CIRCUITO TURÍSTICO

À PROCURA DE UM BOM NEGÓCIO?

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PROMOVER O TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS NA SUA CIDADE É UMA EXCELENTE ALTERNATIVA PARA FOMENTAR O COMÉRCIO LOCAL. INVESTIR NESSA OPORTUNIDADE PODE SIM SER UM ÓTIMO NEGÓCIO!

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CIRCUITO TURÍSTICO Esse tipo de turista geralmente viaja para reuniões de trabalho, fechamento de contratos ou mesmo participação em eventos e utiliza hotéis de padrões superiores e gastam de três a quatro vezes mais do que um turista comum. Além disso, os eventos e atividades de negócio – e isso inclui missões empresariais, visitas técnicas, viagens corporativas, rodadas de negócios, feiras, convenções, congressos, fóruns, seminários, palestras, workshops, etc. - funcionam como ferramenta de marketing para o destino, divulgando-o na mídia e estimulando que o turista volte para fins de lazer. E na crise... Espera aí, que crise? A demanda por esse tipo de turismo não reduz significativamente em momentos de crise econômica. E cá para nós, oferece uma gratificante contribuição para o crescimento dos negócios locais por conta do intercâmbio comercial e empresarial realizado durante as feiras, por exemplo, onde se estabelecem contatos diretos entre fabricantes e consumidores. Agora responda sem pensar: é ou não é um bom negócio? Em 2014, Minas Gerais foi o segundo Estado brasileiro a receber turistas e nossa capital mineira vem se firmando como um dos ro-

teiros, tanto no turismo de negócios quanto de eventos. Em 2015, Belo Horizonte, pelo ranking mundial ICCA, é a quinta cidade brasileira – num crescimento de mais de 300% - no recebimento de eventos internacionais. Fica apenas atrás de São Paulo, Rio, Foz de Iguaçu e Brasília. A cidade, que quer mais é receber visitantes, está cada vez mais investindo em sua infraestrutura para que isso realmente aconteça. Com as portas abertas para todos os turistas, a cidade ficou em 3º lugar no ranking nacional de procura para o setor de viagens corporativas, segundo o principal representante do Conselho de Turismo da CDL/BH, o vice-presidente Institucional da entidade e presidente do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, Anderson Rocha. Segundo Anderson, a cidade está pronta e preparada para recepcionar os turistas de negócios e eventos, que podem se transformar em um turista de lazer e entretenimento com a oferta de grandes espaços para eventos comerciais e técnico-científicos, empresas qualificadas para a organização de eventos, excelentes fornecedores, mobilidade pública e serviço de taxi premiado como um dos melhores. “Belo Horizonte está pronta, bem como sua região metropolitana, com forte infraestrutura empresarial, formação humana e educacional, ampla diversidade de atrações culturais e naturais, uma bela estrutura aeroportuária em expansão, uma nova e moderna rede hoteleira, com uma oferta de leitos para todos os perfis de público,” conta. Setores econômicos de BH e região metropolitana são fortes atrativos, eles que fomentam grande parte da cadeia. Nos últimos anos, uma nova e surpreendente Belo Horizonte surgiu aos olhos do mundo. Cidade cosmopolita, re-

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O Turismo de Negócios e Eventos é um excelente negócio, já parou para pensar? O nicho, que compreende o conjunto de atividades turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de caráter comercial, promocional, técnico, científico e social, apresenta uma enorme importância para o crescimento da economia de qualquer país ou região. Afinal, o turista que vai à uma cidade a negócios, além de oferecer receita financeira ao mercado, passa a proporcionar visitas mais rotineiras quando gosta do lugar e da estadia e, consequentemente, dissemina opiniões que atrairão mais e mais turistas ao local.

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CIRCUITO TURÍSTICO pleta de atividades culturais nas dezenas de Centros Culturais e Museus espalhados nos quatro cantos da cidade, é a terceira maior região metropolitana do país, ocupando o segundo lugar em viagens corporativas. “A hotelaria na região tem no corporativo seu ponto forte negocial. Belo Horizonte tem todas as condições para receber todo e qualquer evento,” comemora Anderson. Eventos movimentam toda a Cadeia Produtiva: transporte aéreo e companhias aéreas, transporte rodoviário e as suas companhias, transporte ferroviário; centros de convenções e exposições; agências de viagens e receptivos, organizadores de eventos e seus fornecedores, hotéis em seus diversos tamanhos; bares, restaurantes e buffets; locação de automóveis, vans, micro-ônibus; demais espaços alternativos; atrativos culturais e naturais; comércio em geral.

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Um destes eventos, que aconteceu em 2014, foi a Copa do Mundo. Com ela, foram inaugurados hotéis e cerca de 385 espaços com estrutura para realização de eventos. Segundo Anderson Rocha, a Copa foi um dos grandes eventos mundiais que aceleram o que tem de ser feito no destino em que acontece, mas ainda são raros os que acontecem no país. Com ela, ganhamos como legado um novo Mineirão, um excelente Aeroporto Internacional, uma hotelaria nova e moderna, novos empreendimentos no setor de alimentação fora do lar, capacitação de todos agentes, melhor mobilidade urbana. “Tudo isso colaborou para um aumento da competividade do destino BH”, afirmou.

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Segundo Anderson é importante destacar que cada cidade tem que focar no que a região tem para ofertar como atrativo, por exemplo, café, leite, produção de queijo, de móveis, logística entre outros.

Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau também faz sua parte para fomentar o turismo na capital mineira. Segundo Anderson, têm um objetivo prioritário para 2017: ampliar o fluxo turístico de qualidade em BH e região metropolitana. “Temos nos reunido com os setores produtivos e estimulado a trazer mais eventos; temos a campanha Empresário Convidado Especial, que busca atrair o empresário do interior para eventos de seu negócio na capital dos mineiros; o Minas Evento Expo, plataforma de eventos para mostrar a competividade do Estado e da capital em realizar eventos; temos realizado Road Show no interior do Estado e neste ano, fora dele”, conta. Para outras ações em pauta o BHC&VB conta com as parcerias da CDL BH e do Sebrae. “Temos também o mais audacioso projeto já planejado para BH - BH aos Olhos do Mundo -, em parceria com a CDL BH e o Sebrae, e orientado pela consultoria internacional líder de mercado, GainigEdge, que já realizou trabalhos semelhantes em Singapura, Vancouver, Berlim, Cidade do Cabo e Bogotá, entre outro destinos”, conta Anderson. Essa implementação envolve toda a Cadeia Produtiva do Turismo e demais setores produtivos representativos num trabalho integrado e compartilhado, posicionando o destino BH perante o mundo. Um trabalho para o período 2017/2020.

QUANDO VIAJAMOS, POR QUALQUER MOTIVO, SEMPRE FAZEMOS COMPRAS QUE GERALMENTE NÃO FAZEMOS ONDE MORAMOS.” Anderson Rocha, vice-presidente institucional da CDL/BH


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CIRCUITO TURÍSTICO


CIRCUITO TURÍSTICO Falando em CDL BH, Anderson conta que a entidade tem cumprindo com seu papel de fomentadora do turismo de negócios e, consequentemente, do comércio da cidade. De acordo com ele, a CDL BH, uma das instituições fundadoras do BHC&VB, entende o forte impacto que a atividade econômica do turismo tem no comércio varejista da capital. “Quando viajamos, por qualquer motivo, sempre fazemos compras que geralmente não fazemos onde moramos. Em BH, a CDL BH tem fomentado o turismo de compras, em shoppings, em regiões comerciais da cidade, estimulando a capacitação de colaboradores no melhor atendimento ao turista nacional e internacional”, finaliza. Outro aspecto fundamental é a capacidade deste setor em gerar empregos e ocupações temporárias nas diversas atividades que impactam o desenvolvimento econômico, possibilitando mais renda disponível para o consumo. UBERLÂNDIA E SUAS ATIVIDADES EMPREENDEDORAS

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Uberlândia foi considerada polo de turismo de negócios e eventos e uma das 10 cidades brasileiras mais procuradas para sediar eventos internacionais, segundo a International Congress and Convention Association (ICCA), entidade do segmento de turismo e eventos internacionais.

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As atividades turísticas de negócios no Triângulo Mineiro ganham destaque no Estado. Em um levantamento realizado pela Secretaria de Turismo, Setur, dados baseados na pesquisa de Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, revelam que, o turismo de negócios no Triângulo é o que mais atrai os visitantes, ou seja, 35,2% dos turistas vão até Uberlândia com o objetivo de realizar negócios.

FOTO GOOGLE SITES

Polo de turismo de negócios e eventos, Uberlândia, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 669.672 habitantes em 2016.

Segundo o presidente do Uberlândia Convention & Visitors Bureau (UC&VB), Pedro Paulo Schwindt, os investimentos feitos pela cidade podem ser eleitos como consequências da ocupação do lugar de Uberlândia nesse ranking. Segundo o presidente, Uberlândia foi construindo ao longo dos anos uma infraestrutura perfeita para receber os turistas de negócios, mas não é só isso. “Tivemos investimentos feitos ao longo dos anos pela iniciativa privada e o poder público para trazer mais visitantes, mas sem deixar de lado a hospitalidade mineira”, afirma Pedro. De acordo com Pedro, além da simpatia dos moradores, a cidade conta com um bom estádio de futebol, um aeroporto que é considerado o segundo maior em movimentação do Estado – perdendo apenas para Confins; uma Universidade Federal que sempre está trazendo turistas para a cidade e centros de convenções que comportam muita gente, entre outras atrações. Vários fatores acabam influenciando para colocar Uberlândia em evidência e, entre eles, está a localização geográfica. O principal município do Triângulo Mineiro, e segundo mercado consumidor de Minas Gerais, está a um raio


CIRCUITO TURÍSTICO A grande produção agropecuária da cidade é também uma grande incentivadora da vinda de visitantes de negócios que geralmente vão até à cidade para comprar matérias-primas, como carne, couro e grãos e, claro, aproveitam para apreciar os pontos turísticos da Região, como o Parque do Sabiá, o Museu Municipal de Uberlândia, entre outros. Segundo Pedro Paulo, o setor da indústria é bem forte na cidade que também tem um viés muito grande para o agronegócio contando com a presença de empresas grandes do segmento. “Além das universidades que dão à cidade know-how na questão do ensino, Uberlândia também é polo do atacado consumidor, agregando um dos maiores atacadistas do Brasil”, conta. Dados oferecidos pela pesquisa da RAIS indicam que, nos últimos cinco anos, o número de estabelecimentos turísticos de Uberlândia passou de 2.116 para 2.736 o que equivale um aumento de 29,3%, superando a média estadual, que é 21,5%. A análise do número de estabelecimentos, empregados e renda nominal mensal da cidade no período de 2010 a 2015 também foi feita. O número de trabalhadores no setor turístico passou de 19.851 para 21.048, o que representa aumento de 6,0%. Já a renda mensal nominal dos empregados do setor também cresceu 58,1%, em média, pulando de R$ 977,00 para R$ 1.544,84 no período. Para Pedro Paulo isso acontece também porque o turismo é uma indústria limpa, com o nível de poluição muito baixo e cria um ciclo saudável para a economia do local. “O turismo de negócios e eventos movimenta 52 setores da economia. Se pensarmos bem, à medida

que fazemos a contratação de terceiros para a realização de um evento, estamos fomentando o comércio local. Um turista que chega movimenta vários segmentos; aeroporto, taxi, hotel, gastronomia, lojas de comércio, entre muitos outros”, afirma. O PROJETO EMBAIXADORES DE UBERLÂNDIA E para ajudar ainda mais neste ciclo, o UC&VB faz sua parte na mediação de negócios na cidade. O último projeto que desenvolveram para consolidar e divulgar o Turismo de Negócios e eventos técnico-científico foi o Embaixadores de Uberlândia. Segundo Pedro, o projeto será utilizado como estratégia para promover Uberlândia como cidade para eventos associativos e corporativos e consiste na nomeação de personalidades de destaque nas áreas esportiva, cultural, social, médica, jurídica e demais profissionais liberais, com amplo trânsito junto aos veículos de imprensa e grandes formadores de opinião para influenciar os tomadores de decisão a escolher Uberlândia como destino. “Pegaremos, por exemplo, um médico, e o apoiaremos em tudo que for preciso para a montagem do seu evento - um Congresso no caso – e daremos uma consultoria completa para a realização dele, contando com o suporte de um material institucional com dossiê completo sobre a cidade, vídeos, folders, disponibilizados gratuitamente pelo UC&VB”, explica Pedro. Essas personalidades trabalharão como parceiros do Uberlândia Convention que, para a realização dos eventos é fundamental, assim como uma boa infraestrutura, preparo e conhecimento. CDL UBERLÂNDIA E O TURISMO NA CIDADE Uma das parcerias do UC&VB é a CDL Uber-

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de 600 quilômetros de São Paulo, onde o mercado representa quase 60% do PIB brasileiro.

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CIRCUITO TURÍSTICO

lândia, que faz parte do seu conselho curador. “Sempre que precisamos, a CDL nos apoia. Principalmente oferecendo para nossos eventos seu espaço, o CDL Eventos e Convenções”, conta Pedro Paulo. Além disso, segundo a superintendente da CDL, Lécia Dias Queiroz, a parceria baseia-se em prospectar eventos para mantenedores, desenvolvendo assim o turismo e economia local. Com o vice-presidente administrativo financeiro da entidade e presidente da Fundação CDL, Humberto Jardim na diretoria do Convention, o relacionamento fica ainda mais estreito e as ações feitas em conjunto, ainda mais efetivas. O Convention, no qual Humberto assume o cargo de Representante Entidade de Classe Setor Comercial, influencia as entidades promotoras ou organizadoras a sediar em Uberlândia futuros eventos, que sejam itinerantes ou não, comprovando a capacidade da cidade para recebê-los, ajudando a convencer os tomadores de decisão, em favor da cidade.

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Por isso, nada mais justo que CDL ofereça “seu apoio a eventos, promoção e marketing dos mantenedores, apresentação de materiais dos mantenedores para possíveis promotores, cartas de apoio institucional, agendamento e acompanhamento de visitas de inspeção na CDL, ” conta Lécia.

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É através da geração de emprego e renda, divulgação e valorização de Uberlândia e investimentos na infraestrutura que o turismo de negócios fomenta o comércio local. Assim, de acordo com Lécia, a CDL desenvolve parcerias estratégicas com entidades reconhecidas como o Sebrae MG, para promover a capacitação gratuita em especial de seus associados e comunidade, gerando assim receita para os mesmos, através de ações realizadas pela entidade.


A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e a Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL/DF) convidam para o III Fórum Nacional do Comércio, na cidade de Brasília, nos dias

24 e 25 de outubro de 2017 Hotel Royal Tulip - Brasília/DF As entidades organizadoras receberão, mais uma vez, líderes, dirigentes e lojistas de todo o País num evento que se consolida como referência técnica para o desenvolvimento do Varejo e também como oportunidade para a troca de experiências.

w w w. f o r u m n a c i o n a l d o c o m e r c i o . o r g . b r

Realização:

Distrito Federal

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE DIRIGENTES LOJISTAS Tel.: (61) 3213.2000 www.cndl.org.br • superintendente@cndl.org.br

CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DO DISTRITO FEDERAL Tel.: (61) 3218.1500 www.cdldf.com.br • superintendente@cdldf.com.br

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SPC


IDEIAS QUE MOVIMENTAM

CRÉDITO OU DÉBITO?

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PARA OS ASSOCIADOS DA CDL BH - E SEUS CLIENTES -, OS DOIS!

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Entre os motivos pelos quais os micro e pequenos empresários não aceitam as ferramentas, estão as taxas. Obviamente que toda a comodidade oferecida não sairia de graça e os custos podem onerar os caixas desses pequenos estabelecimentos. Afinal, para aceitar cartões existem dois custos: o aluguel do terminal e a taxa de venda. Mas, antes de desistir, é essencial pesar no quanto o estabelecimento perde com calotes, financeiramente falando, com as vendas que se deixa de receber, e no tempo que hoje em dia é escasso e vale tanto, por causa das incontáveis – e às vezes, inúteis - cobranças aos clientes. TAXAS NAS ALTURAS. E AÍ? Realmente se a margem de lucro do estabelecimento não permite fazer transações via cartões, é melhor nem oferecer a alternativa. É importante lembrar que, claro, nenhuma loja é obrigada a aceitar qualquer forma de pagamento, com a exceção do dinheiro. Porém, vender a prazo, seja com cheques ou cartão, oferece conveniência para os clientes e a possibilidade de maiores lucros para os empresários. O cartão é a forma mais segura de receber e é o lojista quem decide quais formas de pagamento aceitará. E se ainda existem dúvidas quanto

IDEIAS QUE MOVIMENTAM

a aceitá-los, uma forma é incluir os custos do trabalho no preço dos produtos e serviços. OPORTUNIDADE É, e se o mar não está mesmo para peixe com o cenário de vendas em baixa, a CDL BH resolveu dar a isca para que seus associados pesquem bons resultados. A entidade entrou em ação lançando sua própria máquina de cartões de crédito e débito. O aparelho aceita todas as bandeiras de cartões disponíveis no mercado e oferece taxas diferenciadas para os comerciantes de Belo Horizonte. Compras feitas no cartão de débito geralmente custam 2,4%, e compras feitas no cartão de crédito geralmente custam 4,2%. Compras parceladas em mais de 6 vezes geralmente custam 4,8% (lembrando que é uma taxa sobre o valor total da venda, e não uma taxa sobre cada parcela). De acordo com o gerente comercial da entidade, Marcelo Carneiro, as taxas de uso e de aluguel dessas máquinas realmente sobrecarregam os caixas das micro e pequenas empresas. Geralmente o aluguel do terminal representa um custo fixo que varia entre R$ 0,00 (de graça) e R$ 140,00 dependendo do modelo (sem fio é o mais caro); e a taxa de venda é cobrada a cada venda feita pelo terminal e a porcentagem varia de acordo com o tipo de cartão. Os valores podem ser negociados, dependendo do ramo do estabelecimento e do seu volume de vendas, mas ainda assim é necessário primeiro gerar negócio, ou seja, é necessário usar o terminal por um tempo. Neste cenário atual de poucas vendas e para conseguir taxas tão diferenciadas quanto as que os grandes varejistas possuem para as vendas com cartão, Marcelo oferece o apoio da CDL BH “Nosso preço é, em média, quase 20% menor quando comparado com outras empre-

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Quem já não passou sufoco quando precisou pagar alguma coisa na rua e teve aquela surpresa desagradável quando notou que não tinha nem um real na carteira? A maioria dos consumidores hoje em dia, não carrega mais cédulas na bolsa. O motivo? A facilidade e a praticidade oferecidas pelos cartões de débito e de crédito. Mas, quando o assunto é compras em estabelecimentos, nem sempre eles trazem tanta conveniência assim. É porque ainda tem muitas lojas que não realizam transações via cartões de crédito ou débito. Aí é aquela história, o cliente não compra, porque não tem como pagar e quem não se adequa, perde venda.

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IDEIAS QUE MOVIMENTAM

sas do ramo”, afirma o gerente. VANTAGENS As possibilidades de redução de despesas e de funcionar de forma integrada ao sistema de vendas do lojista, evitando assim erros de lançamento e facilitando a conciliação das vendas em cartão são algumas das vantagens oferecidas pela máquina de cartões da CDL BH. Ela ainda permite ao empresário emitir um extrato de vendas a qualquer momento, personalizar a mensagem no display da máquina e controlar suas transações comerciais pelo portal online via computador, smartphone ou tablet. Diariamente, o comerciante também recebe no seu celular uma mensagem de texto com um relatório do fechamento do caixa. Controle de estoque, fluxo de caixa, gestão das vendas e toda a prestação de contas para o Fisco, com redução de custos e maior segurança são as outras vantagens que oferece essa nova solução da CDL BH. Além, é claro, do sistema operacional da máquina, que se adequa ao porte e segmento comercial da empresa.

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IDEIA QUE MOVIMENTA

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A máquina de cartão da CDL, lançada em dezembro de 2016, além de ser mais uma fonte de receita para a entidade, é realmente eficaz no que se refere a oferecer benefícios que realmente contribuem para a redução de despesas dos associados, além de propiciar uma melhor gestão de vendas com o intuito de beneficiar, não somente eles, mas também seus clientes. Os benefícios são muitos: a melhoria na gestão dos recebíveis (débito e crédito) além da facilidade na pré-conciliação; taxas diferenciadas para associados CDL e com redução de despesas com os meios de pagamento utilizados nas empresas; multiadquirência, com possiblidade de trabalhar com mais de 250 bandeiras; suporte sete dias por semana; comodidade por

ser integrado à automação comercial do cliente e segurança devido à compatibilidade com a impressora fiscal. Segundo a CDL BH, para a entidade que oferece a máquina, as vantagens são outras tantas, entre elas, o aumento de produtos no portfólio com foco na fidelização de associados e a facilidade na prospecção de novos associados que só utilizam meios de pagamento em cartão (débito e crédito). Para a CDL interessada em oferecer este tipo de solução para seus associados alguns passos devem ser seguidos. Segundo o presidente da CDL BH, Bruno Falci, a entidade adotou um modelo de parcerias, onde o produto pode ser disponibilizado para todas as CDLs do Estado de Minas Gerais. “Para ser implementado, a entidade deverá procurar o Conselho Estadual registrando seu interesse e o Conselho realizará os trâmites necessários junto à CDL BH, para que a parceria seja firmada”, explica. Inicialmente o único investimento a ser realizado é a divulgação do produto e a dedicação da força de vendas. “O retorno vem através de novas filiações com aumento de receita de mensalidade e também pelo % de remuneração que a parceria oferecerá para cada CDL por negócios fechados”, finaliza.

O QUE ESTÁ ESPERANDO? Movimente-se e coloque em prática esta ideia na sua CDL. Ligue para a CDL BH e tire todas as suas dúvidas: (31) 3249-1894 e fale com o Coordenador de Planejamento e Inteligência de Mercado da entidade, Vinícius Martins.



INSPIRAÇÃO

VAREJO EM FOCO A IMPORTÂNCIA DE SER APAIXONADO PELO QUE FAZ PARA SURPREENDER E DESPERTAR O UAU! DOS SEUS CLIENTES.

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FOTO ARQUIVO PESSOAL

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FRED ROCHA é palestrante, especialista e apaixonado pelo varejo.


INSPIRAÇÃO RM | Que tal nos dar uma aula de varejo mineiro atual? Qual o perfil do “novo varejista” e como classificaria o “novo consumidor”? FRED | O varejo mineiro tem uma característica um pouco mais conservadora do que o varejo paulista e do carioca, mas não é muito diferente do varejo brasileiro em si. O varejista brasileiro geralmente empreendeu há algum tempo, fazendo seu negócio crescer e administrando com punhos fortes. Muito arredio com novos investimentos, é conservador com tudo que diz respeito a riscos e investimentos; o que tem dificultado a ele se adequar à nova característica do varejo. O novo varejista é aquele que não tem um negócio apenas para ganhar dinheiro. O dinheiro é uma consequência do que ele faz pelo consumidor, pelo atendimento dele; ele está com seus olhos voltados para os problemas do consumidor e quer atender, e bem, ao consumidor independente do horário,

do local e fazer com que esse consumidor enxergue essa empresa não como uma loja, mas sim como um lugar que ele gosta. Esse novo consumidor, por sua vez, tem uma característica de grande conhecimento sobre o produto, ele não tem dependência de nenhum comércio, compra a hora que ele quer e tem a tecnologia a seu favor - ele entra em uma loja com um smartphone na mão consultando preços pela internet. Dessa forma, o novo consumidor, eu diria, que é o consumidor conectado, emponderado, sabe o que quer e sabe onde achar, não dependendo mais dos varejistas locais para isso. Esse novo consumidor valoriza então, não somente aquele varejista que consegue oferecer bons preços e bons valores, mas, principalmente, aquele que resolve o problema dele no momento em que ele precisa. RM | Para você, quais são os problemas que impedem o varejo de deslanchar e manter o fluxo nos tempos atuais – sejam eles de crise ou não? FRED | Estamos vivenciando a pior crise histórica do varejo, que não acontece só por causa da crise econômica, mas principalmente pela mudança cultural na forma de consumir. Hoje em dia as pessoas estão consumindo de outra forma e as lojas que não estão se adequando, se reposicionando ou buscando novas formas de atender e entender esse consumidor, estão passando por dificuldades. Meu livro, o “ManUAU do novo varejista” foi criado para isso, para reposicionar um pouco o varejo. Tem uma frase que minha mãe diz que traduz bem o momento: “não dá mais para brincar de vendinha”. Ou seja, não adianta mais o varejista ir para a loja e abri-la às 8h e fechar às 18h esperando o cliente entrar. Não basta somente colocar o produto na prateleira e esperá-lo pegar, ele terá, obviamente, que fazer uma série de ações para aproximá-lo e conquistá-lo. A forma de fazer varejo mudou muito e a crise no

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UAU! Ele é mesmo um apaixonado pelo que faz. Fred Rocha é especialista em varejo que quando resolve fazer, faz com vontade. Há quase quatro anos, um reality show (um tipo de programa televisivo baseado na vida real), uma ida de Kombi do Chuí ao Oiapoque estudando os empreendedores de sucesso e agora um livro - o “ManUAU do novo varejista” no currículo - Fred subiu no ringue para lutar pela melhoria do nosso varejo. Detalhe: ele anda dando nocautes por aí. Só em 2016, impactou um público de 35 mil pessoas em suas palestras sobre Varejo, Consumo e Inovação. E em cada cidade que passou, fez questão de visitar o comércio, conversar com os varejistas para entender um pouco da realidade local, anseios e principais demandas. Em cada nova ideia que coloca em prática, Fred, que acredita na força do varejo e de seus pequenos empreendedores, transforma-se em um bom conhecedor do setor, contribuindo com ele e o impulsionando. Nada mais justo, então, que trazê-lo nesta edição para falar sobre o assunto que mais domina: o varejo.

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INSPIRAÇÃO setor decorre um pouco disso. RM | O que o varejista deve fazer, ter ou ser para vender de verdade, principalmente em cenários como estamos vivendo agora de alta inflação e baixo consumo? FRED | Na realidade a gente ainda precisa mudar alguns conceitos. O lojista ainda prefere investir um milhão numa loja maravilhosa – isso no interior de Minas é muito comum -, mas eu acredito muito mais naquele que faz um investimento mais tímido no que diz respeito à infraestrutura da loja e mais “parrudo” e mais significativo na sua equipe. Hoje acredito muito mais em equipes bem treinadas, em vendedores que conhecem bem seus produtos e que se preocupam com os problemas dos seus clientes, em funcionários bem remunerados e valorizados do que em granito, mármore e blindex.

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RM | Na época em que fez seu reality show, você o fez para sentir na pele as dificuldades que os vendedores e lojistas têm tido para acompanhar o novo consumidor que está cada vez mais bem informado, conectado e mais consciente em relação ao consumo. Qual foi sua conclusão? E isso engloba também sua viajem do Chuí ao Oiapoque para a escolha do melhor vendedor do Brasil.

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FRED | O reality show, no qual escolhi uma loja para passar um tempo lá como vendedor, faz parte de uma série de ações que faço todo ano para me aproximar do consumidor e do lojista. Eu acredito que, para falarmos de varejo, temos que estar extremamente atualizados. O reality me abriu novas características e me fez entender que o consumidor atual está inserido na geração X, Y, Z, que é a geração conectada e de consumo. Sem separações. Já a viagem teve a função mais antropológica, de entendimento mesmo da nossa cultura varejista. Foram 55 dias, 220 visitas técnicas, mais de 60

entrevistas onde elegemos o melhor vendedor do Brasil. Nessa procura pretendíamos buscar também a ressignificação da palavra que é muito importante para o comércio, porque o comércio é o vendedor. Acabamos chegando à conclusão de que o varejo mineiro não é tão distante do varejo do restante do País. Os lugares são muito parecidos, as pessoas também, o que mudam, um pouco, são os negócios e a maneira de se fazer negócio, mesmo num País onde as formas de comer, de se vestir, de falar e de vender variam a cada 100 km. Nós vivemos um verdadeiro degrade cultural. RM | Como os varejistas devem surpreender seus clientes? FRED | Eu adoro essa pergunta; surpreender é uma palavra que já devemos trabalhá-la neste requisito: o varejista está prometendo mais do que pode cumprir. O simples fato de fazer o básico bem feito - que é um trabalho que tenho feito pelo Brasil, o de mostrar para as pessoas a importância de fazer o básico antes de querer inovar ou qualquer outra coisa - significa prometer e cumprir, falar menos e fazer mais. A gente só surpreende as pessoas quando entregamos mais do que elas esperam. Hoje escutamos muito “somos a melhor empresa”, “ temos o melhor atendimento”. Isso já está desgastado; parem de falar, gente, e vamos fazer!

RM | Qual o propósito do “ManUAU do Lojista”? O que você espera conquistar com ele? FRED | Ajudar o varejo a se posicionar culturalmente, esse é seu propósito. A cada livro comprado, doamos um exemplar em um lugar carente do País, porque acredito que o varejo, muito mais do que reformas tributária e trabalhista - que são extremamente importantes, claro! - precisa também de muito conhecimento para se reposicionar. Espero muito mais do que conquistas pessoais através do livro, espero realmente levar conhecimento para as


INSPIRAÇÃO RM | No livro você enumera alguns erros que o varejo deve evitar para conquistar clientes. Pode nos contar alguns deles? FRED | Quando falamos em erro, acho que o principal é que o lojista de hoje está sendo muito egoísta, ele está montando a loja para ele, mas a loja tem que existir para o cliente, para que ele seja atendido e saia dali satisfeito. Não adianta ele montar essa loja para ele, para que lhe dê um carrão para ele, uma casa enorme para ele e viagens. Primeiro de tudo é mudar esse mapa mental, essa maneira de pensar. O carrão, a mansão, a viagem são consequências da concordância do cliente com o que ele está oferecendo. Aí sim ele terá um negócio sustentável. Eu não queria enumerar erros técnicos como prometer e não cumprir, como colocar aquela placa linda na porta da loja, como oferecer todas as peças por R$ 49,90, exceto as com a TAG vermelha – aí você entra e está tudo com TAG vermelha. Isso só faz é criar decepção para o cliente e daí voltamos ao “falar mais e fazer menos”.

RM | O que é para você “fazer o básico bem feito”? FRED | Esse para mim é o tópico mais importante do varejo brasileiro hoje em dia. Até porque, com as dificuldades do cenário, as novas formas de vender e a de comprar, temos nos esquecido do básico e só queremos ofertar, ofertar, colocar preço, preço. Tenho uma frase comigo “preço é tudo quando não se oferece nada”. Fazer o básico bem feito é muito importante, é ter uma loja limpa, uma vitrine clara, um tapete limpo, todas as informações de comunicação inteiras e bem aparentadas, um ambiente que ofereça boas condições para

receber o cliente e para o vendedor trabalhar. Básico bem feito é isso e mais: é se comprometer com o cliente, por exemplo, fazer as entregas conforme o combinado, é se comprometer com o propósito do negócio. Fazendo o básico bem feito eu duvido que, por exemplo, alguém que monte um restaurante, que venda uma ótima comida, com ótimo preço em um ambiente gostoso e em uma cozinha limpa e que peça sempre o feedback do cliente, fazendo boas ações, vá fechar um dia. Portanto, foquemos no básico bem feito; é o que tem que ser (bem) feito. RM | Sua publicação nasceu junto com o projeto “Novo Varejista”. Explique para gente o que é o projeto e em que ele consiste? FRED | O projeto “Novo Varejista” nada mais é que mais um ponto de apoio ao comércio brasileiro. Seu foco não é remunerar o autor, não é remunerar as livrarias, pelo contrário, é caminhar junto com meu propósito de vida que é ajudar o comércio brasileiro a ser melhor. Como sou uma pessoa só, o apoio de amigos e outras grandes empresas, como a FCDL-MG, que estão abraçando a causa, é muito importante no sentido de juntar forças e potencializar pessoas com o mesmo interesse, o de fortalecer o varejo. A cada livro vendido, um será doado pelo Brasil afora. Para viabilizar todos esses objetivos, buscamos uma editora independente para oferecê-lo a um custo mais acessível – afinal o livro que tem a capa dura é colorido e tem 360 páginas, chegaria nas livrarias custando muito mais que R$ 100,00.

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pessoas, ajudar um pouquinho assim como no incrível trabalho realizado pelas CDLs e pelo Sebrae nas cidades brasileiras, porque para mim, isso sim é importante.

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SINTO NIZE EMPREENDEDOR

Todas às sextas, 15h na Rádio Inconfidência AM 880 o Pequenos Negócios em Pauta.

Um programa produzido em parceria com o Fórum Permanente Mineiro das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Fopemimpe) que traz a opinião de especialistas sobre as principais tendências de mercado e discutem o cotidiano das microempresas e empresas de pequeno porte em Minas Gerais. Dicas de gestão, oportunidades de novos negócios, políticas públicas, análise de cenário e projeções econômicas. Fique ligado no Pequenos Negócios Em Pauta!


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Especial mães especiais Abril / Maio 2017

PRESENTEADAS OU CONSUMIDORAS, ELAS MERECEM TUDO DE MELHOR NESTA VIDA – E OS MELHORES PREÇOS DE MERCADO QUANDO O ASSUNTO É COMPRAS PARA SEUS FILHOS.

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CAPA Ser mãe é padecer no paraíso, como diria a famosa frase bíblica (sim, São Pedro a exclamou no difícil momento da Via Sacra, ao amparar Maria enquanto abraçava seu filho completamente ensanguentado, limpando seu rosto com a toalha - que, mais tarde, se transformaria no famoso Santo Sudário). Por essa e por tantas outras, nada mais justo do que terem um dia só para elas, que têm é história. Foi na Grécia antiga o primeiro registro de comemoração desta data quando era comemorada com festa para a Mãe dos Deuses a entrada da primavera. Em 1914, nos Estados Unidos surgiu como uma homenagem a uma mãe americana e no Brasil, começou a ser comemorado no segundo domingo de maio a partir de 1918 e se “comercializou” a partir de 1949, quando começaram a surgir as primeiras propagandas para aumentar as vendas.

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Que esta é uma das datas mais rentáveis para o comércio, ninguém duvida. Considerada a segunda data mais importante para o comércio no ano, perdendo apenas para o Natal, o Dia das Mães exige toda uma preparação por parte do lojista para superar em vendas: promoções, campanhas, aumento de estoque e até mesmo novas contratações. Sim, o Dia das Mães também movimenta o mercado de trabalho, a indústria é o setor com maior índice de contratação, já que normalmente é o primeiro segmento a recrutar temporários por se antecipar às datas comemorativas. Em seguida, aparecem comércio, entretenimento, lazer, feiras e eventos.

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De acordo com o histórico do varejo, mesmo com o crescimento e evolução dos aparelhos tecnológicos, a procura por vestuário, flores, semijoias e calçados, ainda é alta. Na crise, os pequenos empreendedores que vendem produtos artesanais também esperam sair na fren-

te nas vendas, já que oferecem produtos únicos, e com valor em conta. A internet também não vai ficar de fora, afinal dispõe de ofertas e a comodidade de comprar online. Além, é claro, da confiança dos consumidores brasileiros que aumentou em relação a fazer compras pela internet. Segundo o Índice de Confiança do E-Consumidor, medido pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) em parceria com a plataforma de avaliações de e-commerce Trusted Company, o ano de 2016 fechou com aumento de 8% em relação ao ano anterior. E se estamos falando de consumo para as mães no seu dia, por que não lembrar que elas também, assim que se descobrem mães, com os filhos ainda no ventre, tornam-se grandes e potenciais consumidoras? Então, lembremos! Afinal, a chegada de um bebê é transformadora. Assim que se descobre a gravidez, conta-se na folhinha do calendário menos de nove meses para vivenciar e equilibrar novas emoções e, claro, novas despesas. Durante esse tempo um planejamento para cuidar dos preparativos é essencial, caso contrário, o resultado não será nada positivo. Na realidade, ele pode ser bem negativo e na conta bancária, caso as mamães extrapolem e comprem demais. Por isso, com uma boa planilha de gastos ultrapassar esse período conturbado sem que o sonho de ter um filho se torne um grande problema financeiro, ficará bem mais fácil. DE PRESENTEADAS A CONSUMIDORAS (CONTROLADAS OU COMPULSIVAS, ÀS VEZES) Geralmente em matérias como estas ouvimos fontes. Desta vez, a jornalista que vos fala, ou melhor, escreve, estará entre elas. Motivo? Conhecimento de causa, tenha certeza. Provavelmente, caro leitor, enquanto corre os olhos


CAPA Gastos esses que, obviamente, não estão no pacote completo das demais despesas relacionadas ao bebê. Berço, cômoda, poltrona de amamentação, enxoval completo que inclui roupinhas e acessórios para berço e banho, bebê-conforto, carrinho, mala e lembrancinhas de maternidade, babá eletrônica, ufa! É gasto que não acaba mais. E isso já bem antes da criança nascer. A enfermeira Eva Faria, grávida de 6 meses, aguarda ansiosa a chegada do seu segundo filho, o Bento. Nos últimos 2 meses, as compras para o herdeiro chegam a R$ 3 mil. “E só comprei roupinhas de 0 a 9 meses e alguns objetos de decoração para o quarto”, conta Eva que na sua primeira gravidez, de uma menina, a Lisa, também confessou ter gasto o equivalente a R$ 7 mil somente com os móveis. A jornalista gestante que vos escreve - eu! - está com 35 semanas e já fez as contas dos gastos, tendo tudo na ponta do lápis. Já gastei um pouco mais de R$ 10 mil reais com enxoval de roupas e acessórios enxuto, berço, cômoda, itens de necessidades básicas como banheira, kit higiene, mala de maternidade, babá eletrônica e só. Só porque ainda não comprei uma fralda e como eu e meu marido optamos por não fazer chá de fraldas (que, se bem planejado, na maioria das vezes significa um alívio para o bolso dos

novos papais), teremos esses gastos a mais no nosso orçamento até sabe-se lá quando. Episódios mais do que comum entre casais modernos e grávidos. Segundo Vinícius Carlos, um casal de classe média, com renda mensal média de R$ 4 mil, costuma gastar 26,3%, o que equivale a R$ 1.050,00 por mês, nos últimos seis meses de gestação. Isso, incluindo gastos totais com berço, kit para berço, cômoda, colchão para berço, banheira, enxoval de roupas e acessórios, carrinho, bebê conforto, mala de maternidade, babá eletrônica. Isso antes do choro, porque depois do choro os gastos dessa mesma família com alimentação, fraldas, babás e outros cuidados com a criança chegam a comprometer quase 15 % da sua renda mensal, o equivalente a, mais ou menos, R$ 595,00 reais por mês. Os gastos costumam, sim, serem mais altos nos primeiros 12 meses, pois é preciso comprar fraldas, e se o bebê não mama no peito, aí a economia escorre pelo ralo, pois ele precisa de uma alimentação especial que pode custar caro, e muito, para os papais. A Relações Públicas, Turla Cardoso, 35 anos, deu a luz à Liz, que já está com três meses. Segundo ela o gasto com as fraldas tem sido bem alto. “No meu caso é o único gasto pesado. Liz ganhou roupinhas, paninhos de boca, toalhas,

UMA ANÁLISE MINUCIOSA DOS GASTOS DEVE SIM SER FEITA, JÁ QUE AS DESPESAS INICIAIS COM O BEBÊ SÃO ALTAS E NÃO SE PODE IGNORÁ-LAS” Vnícius Carlos, Analista de Inteligência de Mercado

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nestas palavras, corro de um lado para o outro com minha primeira filha nos braços e em meio ao amor incondicional, noites mal dormidas, expectativas e dúvidas, estarei entre... Fraldas! Isso mesmo, fraldas. Segundo o analista de inteligência de mercado da FCDL-MG, Vinícius Carlos, estima-se que nos dois primeiros anos, um bebê usa, aproximadamente, 4.216 fraldas. O que equivale a um gasto médio mensal de R$ 150,00 se calcularmos que ele usa aproximadamente seis fraldas por dia e o pacote chega a custar R$ 35,00.

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CAPA pomadas, o que ajuda nos gastos de dia a dia. Mas, isso também porque ela só mama no peito. Com certeza se ela usasse fórmula ficaria bem mais caro”, conta a mãe que só não economizou nos móveis do quarto e almofada de amamentação. “O resto foi tudo do mais baratinho e simples”, finaliza. Segundo o analista Vinícius, os gastos com soluções inteligentes, ou seja, com bens duráveis e de mais qualidade, como berços que viram cama, armários e cômodas e que geralmente são mais caros, podem não significar gastos e, sim, investimento; um bom investimento, no caso. “Uma análise minuciosa dos gastos deve sim ser feita, já que as despesas iniciais com o bebê são altas e não se pode ignorá-las”, afirma. A analista de sistemas, Fabrícia Rocha Ferro, 36 anos, que colocou Sophia no mundo há quase dois meses, achou o gasto muito alto, maior do que planejava. “Acho que com enxoval completo, despesas durante a gravidez e pós-parto, calculo que já gastei mais de R$ 40 mil” conta a mãe da Sophia que ainda usa fórmula como complemento, o que aumenta ainda mais os gastos.

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Além de um planejamento efetivo, priorizar também deve fazer parte da lista maternidade, sempre. O casal que descobre a gravidez deve fazer uma planilha com os custos já existentes, separando os obrigatórios e não obrigatórios e reduzindo o que pode ser reduzido, cortando ou substituindo o que pode ser cortado ou substituído por algo mais barato.

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Barrigudinha de pouco tempo, 10 semanas, a servidora pública de Brasília, Cristiane Braga Sanches, 35 anos, não comprou nada ainda e confessa não ter parado para pensar nas despesas. “Apenas sei que não poderei mais torrar meu dinheiro com futilidades e viagens toda hora”, conta.

Especialistas afirmam que quando se torna mãe, a mulher muda sua rotina e muitos aspectos do seu comportamento, inclusive o de consumo. Essa mudança, pode influenciar na formação do perfil dos filhos que também serão, um dia, consumidores. Elas passam a direcionar os gastos aos filhos, demonstrando a força do instinto de responsabilidade. Por isso, o nascimento dos filhos – que está dentro do pacote dos acontecimentos da vida que causam mais impactos financeiros intensos na vida de um casal, porém impactos positivos nesse sentido. Na realidade, elas não param de consumir para elas, o que acontece é que, segundo uma empresa de pesquisas especializadas no universo masculino, o foco é outro. Gastar menos consigo mesma, se preocupar mais com os filhos e mudar hábitos são características das mães. Mas que também as levam a cometerem exageros. Se as mães deixam de gastar muito com elas, as de primeira viagem, principalmente, gastam em excesso com os filhos. E daí o resultado é a desorganização em dobro no orçamento. O QUE FAZER NESTE CASO? MANTER O LADO EMOCIONAL SOB CONTROLE E DEIXÁ-LO ULTRAPASSAR O RACIONAL. No estica e puxa financeiro que os futuros papais vão precisar fazer deve-se também levar em consideração o futuro do bebê. Vinícius alerta que as despesas com os filhos são para sempre e, nem sempre são premeditadas, por isso, quanto melhor preparados estiverem os pais, mais tranquilo será o futuro da criança. “É importante começar a economizar desde já ao definir o que querem para os filhos – se vai para uma escola particular ou se sonham que ele faça uma faculdade, por exemplo -, e antes que as despesas não fiquem mais pesadas caso


CAPA haja oscilações econômicas no momento. ” A servidora pública Cristiane Sanches concorda com o analista. “Vou tentar fazer uma poupança ou uma previdência privada quando o bebê nascer, para suprir os gastos mais pesados, como escola, faculdade, entre outros”, afirma. A MATERNIDADE COMO NEGÓCIO Se por um lado há aquelas mães que gastam sem pensar, existem aquelas que pensam mil vezes antes de gastar. No meu caso, gastei muito, mas pesquisei bastante e acabei comprando coisas mais baratas e até mesmo de segunda mão, uma forma maravilhosa de economizar já que roupinhas e até mesmo acessórios, como carrinhos e bebês-conforto de bebês, por exemplo, são pouco usados.

Em sua loja, a Giralook Brechó Infantil, gestantes e mães de crianças enlouquecidas disputam as roupinhas importadas de uma marca famosa recém-chegadas, usadas, porém muito novas. “As peças passam por um processo rigoroso de seleção onde avaliamos os produtos que se encaixam dentro do perfil da loja e somente aí os disponibilizamos para a venda,” conta. Mas o segredo do seu negócio não está apenas na seleção das peças. Segundo a administrado-

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GiraLook: Produtos de qualidade, com muita variedade e preço baixo. É isso que as mamães que querem economizar acham no GiraLook, Brechó Infantil, da administradora Daniela Repolês

ra, é um conjunto de fatores que somados cria um diferencial para o negócio. “Bom atendimento, melhores preços, qualidade dos produtos, variedade, ambiente agradável e conscientização da sustentabilidade”, são fatores que levam as pessoas a comprarem em seu brechó. Daniela, que também está grávida de 23 semanas de uma menina, a Isadora, conta que economia é o que mais anda fazendo. “Já estamos garimpando as coisinhas para montar o enxoval dela. Somente produtos de qualidade, com muita variedade e preço baixo. Vamos economizar muito”, conta a mãe sortuda que terá ao seu alcance tudo que sua filha vai precisar por um bom tempo e um bom preço, claro.

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Aquelas minivestimentas novinhas em folha costumam ser muito caras, quase o preço de uma roupa de adulto, dependendo da marca e da loja onde se compra. Mas, ainda bem que existem opções maravilhosas para as mamães de plantão: os brechós infantis. Proprietária de um deles, localizado em um bairro tradicional de Belo Horizonte, a administradora Daniela Repolês, 37 anos, conta que o negócio pode ser, dependendo do ponto de vista, bem rentável, mas ainda assim são necessários muito trabalho e dedicação, como acontece com qualquer outro empreendimento.

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CAPA Enquanto umas têm sorte, outras buscam a sorte. A médica veterinária, Fabiana Alves de Freitas, dona de um negócio virtual voltado para a venda de produtos infantis de decoração, conta que quando se tornou mãe, mergulhou em um universo encantador, atraente e mágico, onde tudo que é feito envolve muito amor. E foi com amor que, ainda de licença maternidade, criou a LicoMimos e é também com amor que ela atende cada mãe apaixonada que procura pelos produtos que vende através do Instagram, do Facebook e, breve, de um site. Segundo Fabiana, sua “loja virtual” vende produtos importados, alguns são revenda de fornecedores nacionais e também outros mimos confeccionados pelo próprio ateliê, como capas de almofadas, bandeirolas e outros. É tanta coisa linda que fica bem difícil para as mães inebriadas pelo momento economizarem. Porém, segundo Fabiana, em sua maioria, suas clientes - 93% mulheres na faixa etária de 24-34 anos, mães e gestantes - são extremamente cautelosas com gastos. “São mulheres que trabalham, e tudo é previsto, muitas vezes até a gestação foi planejada e isso faz com que os gastos do casal em si, fiquem seguros.”

O atendimento da Fabiana, sem dúvida é um dos diferencias do seu negócio. “Os produtos são de qualidade e nosso atendimento muito personalizado, converso com o cliente, vejo suas necessidades, indico colegas e, por fim, quem comprou uma vez, volta a fazer pedidos conosco. O cliente pode parcelar no cartão o

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Mas há controvérsias: quando se trata de gastos com o filho, há uma série de fatores sentimentais envolvidos na compra. “Há mães que encomendam produtos e quando estão prontos para o envio desistem por não ter condição de dar andamento ao pedido”, conta Fabiana que diz compreender perfeitamente essas clientes que, e em sua maioria, voltam a fazer o pedido, assim que a situação financeira se estabiliza.

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que é um excelente negócio, pois de forma prática e sem sair de casa a compra é feita, paga e enviada com segurança”, conta.

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Fabi Freitas da LicoMimos: Produtos de qualidade e atendimento personalizado são diferenciais que fazem do negócio de Fabiana Freitas ser bastante procurado pelas mães consumidoras ou econômicas.

Como diz aquele velho ditado, “em casa de ferreiro o espeto é de pau”, Fabiana é o oposto das clientes assíduas nas compras de sua loja. Segundo ela, quando estava grávida do seu filhote, o Davi, foi muito contida e ainda continua sendo. “Comprei o que era necessário e tudo foi utilizado; o quarto ficou confortável, bonito, útil, prático e seguro.”

der amamentar o filho até os 2 anos e 9 meses e sem nunca ter gastos com suplementação, chupeta ou mamadeiras, valeu muito à pena. “Economia é saúde”, finaliza.

Para ela o estilo de vida escolhido na gestação, o de mãe empreendedora trabalhando em casa, em muito contribuiu para isso. Afinal, po-

E não é que ela tem razão? Afinal, desorganização no orçamento dá, no mínimo, é muita dor de cabeça.


QUE TAL FAZER AS CONTAS? Na hora de comprar os móveis, a opção mais sensata são os mais neutros. Deixe cores para os enfeites, assim os móveis serão aproveitados por mais tempo

Que tal reaproveitar as roupinhas usadas diariamente do irmão mais velho, sobrinho ou conhecido? Elas podem, e devem, ser mais simples.

Prestar atenção na época em que o bebê vai nascer para comprar as roupinhas de acordo com a estação do ano – essa dica vale ouro, ou pelo menos, menores gastos.

Cuidado ao economizar na compra do carrinho ou do bebê-conforto, pois são itens de segurança. Se for comprar usado, dobre a atenção.

Lave as roupas à mão. Pode dar mais trabalho, mas, além de garantir mais durabilidade para as peças, você economiza sabão e energia elétrica.

Estabelecer um valor fixo para os gastos evita os exageros. Para controlar os impulsos, tente sempre dar uma volta antes de comprar. Você terá tempo para avaliar se é realmente necessário levar aquela peça.

Fazer uma lista com as quantidades de roupas e acessórios que devem ser usados em cada período evita possíveis exageros nas compras.

Fique atento às promoções de fraldas e comece o estoque antes de o bebê nascer. Opte por comprar principalmente os tamanhos M e G, que normalmente são mais usados.

Pedir dicas para os amigos e parentes que já foram pais é uma saída para economizar. Eles vão indicar o que realmente será necessário comprar e o que pode ser apenas um capricho.

Quando você estiver planejando o bebê ou assim que souber da gravidez, comece uma poupança. Ela pode ser usada tanto para as emergências como para o futuro do pequeno.



VITRINE

E SE, PARA CUMPRIR COM ESSA MISSÃO, VOCÊ PUDESSE ENTÃO CONTAR COM O AUXÍLIO DE FERRAMENTAS GRATUITAS?

Aquela velha história de que cliente tem sempre razão, tem razão de ser e nunca sai de moda. Com o passar dos anos, as empresas têm chegado à conclusão de que são sim, os clientes, que mandam no mercado em geral; são eles que ditam como elas devem se comportar no mundo dos negócios atual. Olhando por esse lado, é essencial que elas conheçam – e bem - o comportamento dos clientes. A concorrência obriga que as empresas conheçam e entendam as reais necessidades dos seus clientes. Se assim fizerem, é certo que terão um público fiel e sairão na frente em um mercado que se encontra cada dia mais acirrado. Neste mundo ideal, onde as lojas entregam exatamente aquilo o que querem seus consumidores, ou as entidades oferecem exatamente as soluções que necessitam seus associados, existem sim vários métodos, artimanhas e a experiência de toda uma organização para tentar melhor entendê-los. Não é segredo que os clientes estão ficando cada vez mais exigentes quanto ao atendimento que recebem das empresas que oferecem marketing de relacionamento. Elas, por consequência, devem dar, obviamente, um atendimento adequado. Está aí a importância de um bom marketing de relacionamento, portanto. Para auxiliar nesse processo, existem no universo empresarial ferramentas de apoio, como o CRM, Customer Relationship Management, ou na Gestão de Relacionamento com o Cliente, que é um programa essencial para uma empresa que quer permanecer no mercado de consumidores tão exigentes e consequentemente obter lucros maiores. Essas ferramentas surgiram como sistemas informatizados que ajudam a estreitar o relacionamento com os clientes. Mas é importante ressaltar a mudança de comportamento organizacional da empresa, porque eles andaram

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CONHECER E BEM SEU CLIENTE. ISSO AINDA VAI TE LEVAR LONGE!

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VITRINE juntos. Elas devem olhar sempre com “bons olhos” para essa prática de marketing, pois ela cria uma boa relação com o cliente de modo que possa atender todas as suas necessidades em um determinado tempo, podendo ser de um produto ou serviço. Nesse sentido, o CRM visa gerenciar melhor os dados de clientes de uma organização, uma vez que a demanda de clientes em muitas empresas é grande e esses devem ter um atendimento adequado e satisfatório. O CRM irá agrupar todas as informações relevantes e tratá-las conforme a informação de saída que se quer chegar. Segundo o consultor Marcelo Miyashita, o CRM tornou possível atuar taticamente nos clientes. “Operar ações de marketing mais personalizadas, estudar a performance de cada cliente e influir nesse resultado por meio de ações mais específicas, sejam de marketing direto, sejam de relacionamento aproximando-se dos clientes e reconhecendo-os em função da sua importância para o negócio”, afirma.

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Segundo Marcelo, o marketing de relacionamento é dividido em várias gerações. A primeira foi uma abordagem mais conceitual e estratégica que visualizava no trabalho dirigido um meio para satisfazer clientes com mais eficiência, fase em que, ainda de acordo com ele, faltava ao marketing de relacionamento soluções tecnológicas que possibilitassem um acompanhamento e monitoração de clientes em tempo real com integração das informações de banco de dados de cliente com a base de dados de produto, serviços e operações em geral.

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Essa limitação foi reduzida com o advento e a proliferação das soluções de CRM durante a década de 90 e com forte desenvolvimento na parte final da década e início dos anos 2000. E assim surgiu a possibilidade de associar um ca-

dastro a um pedido, uma entrega e um faturamento, além da emissão de relatórios administrativos da interação do cliente com a empresa e vice-versa. “O CRM fez surgir a segunda geração do marketing de relacionamento. Além disso, o CRM tornou possível atuar taticamente nos clientes. Operar ações de marketing mais personalizadas, estudar a performance de cada cliente e influir nesse resultado por meio de ações mais específicas, sejam de marketing direto, sejam de relacionamento aproximando-se dos clientes e reconhecendo-os em função da sua importância para o negócio”, afirma Miyashita. O marketing de relacionamento da segunda geração foi uma abordagem tática, de ações operacionais mensuráveis a partir do estudo de oportunidades no banco de dados. É dessa geração que fazem parte a maioria dos profissionais de marketing de relacionamento atuantes hoje no mercado. São profissionais com a visão estratégica da primeira geração capazes de propor táticas de marketing com as ferramentas da segunda geração. São os profissionais que transformaram uma abordagem inicialmente conceitual do marketing de relacionamento em ferramenta, com método de trabalho, planejamento de ações e mensurabilidade, segundo o consultor. O SISTEMA É BRUTO Para facilitar e impulsionar a vida dos varejistas, foi criado pela CDL Jovem com o apoio da CNDL, o portal Inova Varejo que oferece algumas ferramentas inovadoras selecionadas para auxiliá-los no processo de gestão de relacionamento com os clientes. De baixo custo e fácil aplicação essas ferramentas foram algumas das 300 testadas e selecionadas juntamente com várias outras que irão atendê-los em outros segmentos.


VITRINE “O CRM tem como conceito criar um perfil das pessoas que estão dispostas a comprar e assim o empresário consegue fazer um pedido aproximado de acordo com o perfil destinado. Além do processo de compra, existe a possibilidade de criar relacionamento através de e-mail, SMS, WhatsApp e redes sociais e assim criar sua fidelização, ” explica Luiz. Para Luiz, a gestão de relacionamento com cliente para as empresas é essencial. Segundo ele hoje, com a potencialização das redes sociais, os clientes querem mais que relacionamento, eles querem criar um vínculo com as pessoas. “Porém, esse relacionamento não fica restrito em um canal de comunicação como Facebook. Pode-se criar relacionamento e desenvolver toda essa gestão focada em resultado (lê-se venda) ”, explica.

MAIS DO PORTAL Luiz conta que com o Inova Varejo, outras ferramentas podem ser encontradas para isso. Por isso, vale à pena acessar e ver o que mais interessa à sua CDL e aos seus associados. “Unir alguns aplicativos e plataformas em um só lugar, organizados por categoria de necessidade, foi a saída que a CDL Jovem criou para facilitar e dar agilidade aos empresários. Além disso, queremos dar ao empresário facilidade para ele focar em fazer seu negócio crescer”, conta Luiz sobre a criação do Portal Inova Varejo O uso das ferramentas disponibilizadas pelo Portal, sem dúvida, trará benefícios para o dia a dia dos usuários. Porém, Luiz dá a dica: “antes de entrar no Inova Varejo se pergunte qual é a necessidade da sua empresa.” Assim ele elenca algumas “ofertas” que o uso do Portal e das ferramentas disponibilizadas proporciona: ter informações rápidas sem precisar de outras pessoas; fazer pagamento usando outros canais; divulgação e monitoramento da empresa na internet. Isso e muito mais pode ser encontrado no Portal. Mas, já que estamos falando de CRM, trouxemos as ferramentas selecionadas para ajudar varejistas na gestão de relacionamento com o cliente, para sua entidade apresentar a cada um de seus associados e, por que não, utilizar no seu dia a dia. Movimenta

Dentre elas, existem as que foram selecionadas para ajudar os varejistas na gestão de relacionamento com o cliente (CRM). Segundo Luiz Eduardo Leal, profissional de marketing da CDL Jovem Nacional, existe uma tendência mundial em desenvolver o potencial do processo de vendas entregando de forma antecipada o produto ou serviço que o cliente quer.

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BOME

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O QUE É? Serviço de e-mail marketing FUNÇÃO O QUE É? Serviço de criação de programas de fidelidade FUNÇÃO Auxiliar a fidelização de clientes através da criação de programas de relacionamento personalizados. Depois de cadastrados, todo cliente que fizer compras na loja ganhará pontos. Esses pontos podem ser trocados por benefícios na própria loja. O lojista, assim, terá controle do comportamento dos seus clientes. CUSTO Oferece uma experimentação gratuita e tem planos trimestrais, semestrais e anuais, com pagamentos a partir de R$119,90/mês.

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Serviço útil para aumentar as vendas e reter os clientes. Boa opção para conhecer melhor o público e calcular seu ticket-médio. Acesse o site: www.bomeapp.com/

Enviar email-marketing para clientes. Um dos serviços mais tradicionais desse tipo de ferramenta, o MailChimp permite criar listas de e-mail, enviar mensagens personalizadas e gerir resultados de forma simples, certificando que tudo esteja dentro das leis antispam. Possui uma galeria de layouts pré-desenhados e prontos para serem usados nos e-mails. CUSTO Permite enviar gratuitamente até 12.000 e-mails para até 2.000 clientes por mês. Os planos pagos oferecem e-mails ilimitados, com variação apenas na quantidade de clientes e começam a partir de US$10/mês. OPINIÃO Apesar de ser em inglês, é um dos serviços de e-mail marketing mais utilizado por brasileiros e indicado para iniciantes, pela maneira fácil de gerenciar os recursos e por entregar um grande número de emails (12 mil) de maneira gratuita. Acesse o site: inovavarejo.org.br/categoria/ retencao/mailchimp/


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ME ATENDE

NETRONEWS

O QUE É?

O QUE É?

Serviço que otimiza o Serviço de Atendimento ao Consumidor

Serviço de e-mail marketing

Facilitar o atendimento por telefone das Centrais de Atendimento. As lojas que tiverem SAC podem contratar o serviço, que serve para diminuir a chateação na espera para ser atendido. O cliente baixa um aplicativo, informa o serviço que quer falar, indica o motivo e espera uma ligação da Central em questão. O MeAtende administra as etapas que envolvem um robô e só retorna ao cliente quando uma atendente já estiver na linha. CUSTO Planos a partir de R$299/mês OPINIÃO Ferramenta útil para tomada de decisões assertivas e correção de falhas. Possui uma série de opções de como reagir e interagir com determinados tipos de cliente, o que pode ser ótimo para individualizar a relação com os consumidores. Acesse o site: www.voxage.com.br/meatende/

FUNÇÃO Enviar e-mail marketing para clientes. Possui uma ferramenta de fácil manuseio e envio simplificado de e-mail marketing. Trabalha com segmentação de clientes, envio sincronizado, mailing detalhado e entrega vários tipos de relatórios para análise de resultados. CUSTO A conta gratuita permite 5.000 envios de e-mails mensais para até 1.000 contatos. Os planos pagos variam de acordo com o número de envios, independentemente do número de contatos. Atualmente estão todos custando 50% do valor total. Assim, o mais popular, para 10.000 envios, custa R$35/mês. OPINIÃO Boa opção para lojistas que possuem uma base pequena de clientes, podendo permanecer no plano gratuito e dispor de uma eficiente ferramenta para se relacionar com eles. Acesse o site: www.nitronews.com.br/

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FUNÇÃO

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VITRINE

SALESFORCE

TRACKSALE

O QUE É? O QUE É?

Serviço de monitoramento de clientes e aconselhamento de ações

Serviço de CRM (Gestão de Relacionamento com os Clientes)

FUNÇÃO

FUNÇÃO Gerenciar o relacionamento com clientes. Um dos mais famosos serviços de CRM, o Salesforce possui um serviço especial com soluções para pequenas empresas, que visa aumentar a produtividade e a receita das vendas. CUSTO O plano mais básico custa US$25/mês e conta com gerenciamento de conta, acompanhamento de oportunidades, entrega de relatórios, entre outras funcionalidades. OPINIÃO É uma ferramenta mundialmente reconhecida e que conta com um serviço específico para pequenas empresas, o que pode ser interessante para lojistas que se encaixam nesse perfil. Acesse o site: www.salesforce.com/br/smallbusiness-solutions/

Traçar estratégias de negócio de acordo com a opinião de clientes. O serviço monitora o grau de satisfação e lealdade deles, usando o pós-venda como material de pesquisa (por email, SMS, telefone). Ele explora esse momento para colher a percepção dos clientes em relação a um produto, transformar isso em melhoria nos serviços e resultar em mais vendas para o lojista. CUSTO O plano mais simples, que envolve apenas disparos por e-mail, custa R$199,90/mês, para colher a opinião de 100 clientes. OPINIÃO Ferramenta útil para tomada de decisões assertivas e correção de falhas. Possui uma série de opções de como reagir e interagir com determinados tipos de cliente, o que pode ser ótimo para individualizar a relação com os consumidores.

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Acesse o site: www.tracksale.co/

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CONEXÃO

SAIBA COMO RECUPERAR O IMPOSTO PAGO A MAIS EM SUA CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA. FOTO DIVULGAÇÃO

Poucos consumidores (pessoa física e empresas) sabem que têm direito a diminuir o valor do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços que pagam pelo consumo da enérgica elétrica e, inclusive a restituir parte deste imposto pago a maior nos últimos cinco anos. No atual cenário de economia recessiva e de financiamentos e empréstimos cada vez mais escassos pelas exigências seletivas dos bancos para concessão do crédito, esse valor pode ser uma fonte alternativa de capital de giro para as empresas. O fato é que o Governo do Estado somente pode tributar o valor consumido da energia elétrica para cálculo do ICMS baseado na Tarifa de Energia Consumida (TE). Entretanto, a administração pública com o intuito de aumentar sua arrecadação vem incluindo na base de cálculo do ICMS também a tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão (TUST), e Distribuição (TUSD). Tal cobrança indevida, tem um valor considerável, principalmente para empresas que tem um consumo maior de energia elétrica e, sem sombra de dúvidas, retiraria do caixa destas empresas o capital de giro, que poderia gerar mais investimentos e, consequentemente, mais riqueza e acelerar o desenvolvimento econômico, que interessa tanto ao Estado como à sociedade como um todo.

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De acordo com a legislação, o fato gerador do imposto só pode ocorrer pela entrega da energia ao consumidor, e não sobre tarifas, como vem acontecendo em nosso estado de Minas Gerais e em outros também.

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Esta é a disposição constante do art.12, inciso I da lei Complementar n° 87/96. CLEONILDA DOS SANTOS FERREIRA

“Art. 12 – Ocorre o fato gerador do imposto no momento:


CONEXÃO I – da saída de mercadoria do estabelecimento do contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular”. Assim sendo, exigir o ICMS sobre as tarifas que remuneram a transmissão e a distribuição da energia elétrica, é fazer incidir o tributo sobre o fato gerador não previsto na legislação vigente (notadamente Constituição Federal e Lei Complementar n° 87/96), o que viola frontalmente o princípio constitucional da reserva legal prevista no art. 150, inciso I, da Constituição Federal, segundo o qual é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça.

butarista, portanto, conhecedora da alta carga tributária a que somos submetidos no Brasil, sentimos no dever de prestar informações quanto a esta possibilidade de diminuir o valor do imposto cobrado na fatura de energia elétrica e ainda da possibilidade de recuperar o valor pago a maior nos últimos 5 (cinco) anos referente à cobrança do ICMS feita na Transmissão e Distribuição da energia elétrica.

Nesse sentido, já se manifestou o Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

Na mesma posição também o STJ – Superior Tribunal de Justiça, já pacificou o entendimento, editando a Súmula 391: “O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada”. Portanto, os consumidores poderão pedir judicialmente a devolução dos valores pagos a título de ICMS no caso da Distribuição e Transmissão, conforme vem decidindo, reiteradamente nossos Tribunais, concedendo ao contribuinte o direito a restituição dos valores pagos nos últimos cinco (5) anos. Como defensora da função social da empresa, ainda como cidadã, empresaria e advogada tri-

Cleonilda dos Santos Ferreira é contadora e advogada em Uberaba - MG. Pós-graduada em Direito Tributário pelo IBET (Instituto Brasileiro de Estudos Tributário), Direito Empresarial pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e em Direito Previdenciário (LFG). Coautora do Livro Do Direito do Homem à Pensão por Morte. Membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-MG (triênio 2013/2015 e 2016/2018). Foi diretora financeira da 14ª subseção da OAB (triênio 2010/2012) e consultora do SEBRAE-MG.

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“O ICMS não incide sobre a TUSD e TUST, porquanto o fato gerador do aludido imposto ocorre com o efetivo consumo da energia elétrica, e não com a simples transmissão e distribuição. (TJMG Agravo de Instrumento-Cv 1.0024.14.1872770/001, Relator (a): Des.(a) Jair Varão, 3ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 26/03/2015, publicação da súmula em 13/04/2015)

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instrumentos eficazes para impedir a realização das feiras irregulares, sob o enfoque das obrigações jurídicas.

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PRATICAR

É BOM SABER: SE VOCÊ TEM DÚVIDAS, NOSSO JURÍDICO ESCLARECE.

Fui informado que há uma nova lei que permite dar descontos para pagamento em dinheiro, mantendo o preço sem desconto no cartão de crédito. Essa informação procede? Em 27 de dezembro de 2016, o Governou Federal editou a Medida Provisória 764 permitindo aos estabelecimentos comercial e ou prestador de serviços, quando do pagamento de mercadorias ou serviços pelo cliente, que conceda um desconto ao cliente nos pagamentos feitos em dinheiro ou outra modalidade de pagamento. Trata-se de faculdade a ser exercida pelo estabelecimento, como política para atrair clientes. Na prática, a medida provisória permitiu que o estabelecimento conceda desconto ao cliente no preço da mercadoria quando se dispuser a efetuar o pagamento em dinheiro, ao invés de pagamento com cartão de débito ou crédito. Assim, se a mercadoria custa R$100,00 (valor de venda) esse preço é válido para pagamento com cartão de débito, crédito ou dinheiro, podendo o estabelecimento facultativamente oferecer um desconto para pagamento em dinheiro.

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Lembrando que o Código de Defesa do Consumidor (artigo 39, inciso IX, Lei 8.078/90) obriga o estabelecimento comercial ou prestador de serviços a receber a moeda corrente (Real) como forma pagamento de produtos ou serviços, sendo que as demais modalidades de pagamento, caberá ao estabelecimento informar se recebe ou não (cartão de débito ou crédito e cheque, as mais usuais).

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Quando há uma negociação de dívida o lojista tem que retirar o nome do consumidor do SPC? Que lei aponta essa situação? SARA SATO Assessora jurídica da FCDL-MG

A Súmula 548/2015 do STJ (Superior Tribunal de Justiça) pacificou entendimento quanto a


PRATICAR Portanto, somente quando houver o efetivo e integral pagamento da dívida pelo cliente, caberá ao estabelecimento credor, no prazo máximo 5 dias úteis, efetuar o cancelamento do débito no SPC. Com o entendimento sumulado pelo STJ fica fácil entender e distinguir quando há mero parcelamento de um débito pelo consumidor, situação distinta da novação da dívida. Veja: Dá-se a novação: I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este (artigo 360, Lei nº10.406/2002). O caso mais comum no comércio é do inciso I do artigo 360 (em negrito). Em geral, o comerciante quando renegocia a dívida com o cliente, aceita outro documento da dívida para saldar e substituir a dívida anterior. Por exemplo, se ele tem um contrato de crediário, nota promissória, cheque, duplicata ou outro documento comprobatório da dívida e aceita trocar por outro documento, entregando-lhe o documento original, ocorre a novação, pois um novo documento substituiu o anterior para garantir o pagamento da dívida.

Nesse caso, como a dívida antiga ‘não existe’ mais, ou melhor, não é representada mais por aquele ‘antigo’ documento, já que este será devolvido ao devedor e o comerciante ficará com o novo documento, este deverá obrigatoriamente retirar o ‘nome’ do cliente do SPC. Mas, quando há somente uma negociação da dívida, ou seja, o consumidor/cliente simplesmente vai até a loja e negocia a dívida dividindo o valor do débito original, não há obrigatoriedade em se retirar o ‘nome’ do SPC, já que o mesmo título da dívida é que comprova que o cliente está em mora e o credor simplesmente permitiu o pagamento de forma parcelada da dívida. Esse documento fica em poder do comerciante/credor até que ele quite seu débito totalmente. Após quitação integral, a empresa deverá retirar o débito do SPC. Lembramos que o comerciante não é obrigado a fazer a novação ou parcelar a dívida com o cliente, mas claro que ele sempre o faz, dependendo do cliente, para que possa receber, ainda que parceladamente, o valor do débito. Um cliente de uma empresa associada comprou um par de calçados, sendo que ele foi à loja e experimentou os calçados. O cliente adquiriu a mercadoria, mas voltou depois e solicitou a troca do par de calçados, alegando que estavam machucando seus pés. A empresa ao verificar os calçados, identificou que já haviam sido utilizados pelo consumidor que foi ao Procon, alegando que a empresa deveria trocar a mercadoria. Solicitamos que informe qual artigo do CDC esclarece essa situação, pois a empresa associada terá que se defender. A troca da mercadoria somente é obrigatória nos casos em que há vício ou defeito no produto vendido, conforme dispõe o art.18 do CDC. Ainda assim, essa troca não é feita imediata-

Movimenta

responsabilidade pelo cancelamento do registro em banco de dados cadastrais, que será do estabelecimento credor; o prazo para tal cancelamento, de 5 dias úteis, bem como sobre as circunstâncias em que o credor deverá providenciar o cancelamento do registro (a partir do efetivo e integral pagamento do débito). Veja o enunciado da Súmula 548, verbis: “Incumbe ao credor a exclusão do registro da dívida em nome do devedor no cadastro de inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, a partir do integral e efetivo pagamento do débito.”

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PRATICAR Abril / Maio 2017

mente, pois é necessário que o lojista detecte o defeito alegado e dentro de até 30 dias (art.18, §1º do CDC) conserte o produto ou resolva o problema para o cliente. Ultrapassado esse prazo sem solução para o consumidor, ele terá

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direito a um novo produto sem defeito ou o valor pago monetariamente corrigido. No caso em questão, não há defeito no produto e, portanto, a troca não é obrigatória.


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(31) 2532-3300

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MOVIMENTO ECONOMIA

A ILUSÃO DO BÔNUS NO ÔNUS DAS FEIRAS ITINERANTES FOTO DIVULGAÇÃO

Nos últimos anos houve retração nos ganhos obtidos pela formalização do mercado de trabalho. Apesar de existirem feiras que prezam pela equidade dos bons negócios formais, há também Feiras Itinerantes que se instalam, principalmente nos municípios do interior de Minas Gerais, que não se preocupam com a legalização dos compromissos com a sociedade e com ela mesma. Acompanhando atentamente a conjuntura econômica e o desempenho comercial, não se ouve com tanta frequência o termo “concorrência desleal”, pelo menos na capital. Contudo, no interior de Minas Gerais, as Feiras Itinerantes estão mais presentes do que nunca. Trazendo aos municípios, à toda cadeia produtiva e à manutenção da máquina pública, prejuízos tangíveis e intangíveis, fazendo assim, valer o termo citado acima.

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O não cumprimento de leis voltadas para o saneamento básico, a sonegação de impostos, a irresponsabilidade na gestão dos recursos humanos e a permanência na ilegalidade em suas diversas esferas, são alguns pontos que, sem o devido tratamento, somente prejudica a gestão socioeconômica e financeira dos municípios e suas nuances superiores e inferiores. Ou seja, na sua capacidade de honrar com seus débitos com a união, Estado e com a própria sociedade dado a redução das receitas governamentais oriundas dos impostos e demais obrigações.

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VINÍCIUS CARLOS Analista de inteligência de mercado da FCDL-MG

Além disso, os produtos oferecidos, muitas vezes sem lastros e com qualidade duvidosa, mancham a imagem do fabricante, dos vendedores locais pela falta de durabilidade e improcedência dos materiais utilizados para confecção dos produtos, e isso ainda pode ser até prejudicial para a utilização diária. Isso rompe com a isonomia de direitos entre os comerciantes e não assegura maior qualidade de


Nas esferas municipais, há o desconhecimento, em alguns casos, da própria liderança local referente as perdas oriundas da instalação de Feiras Itinerantes em seu município. Tomam-se como se fosse um evento maravilhoso na cidade que, na verdade, é um paraíso para aqueles que visam deteriorar a economia do município em prol de seus ganhos que podem ser ilícitos. Foram desenhados projetos de leis e leis que visavam padronizar e estabelecer critérios para a realização dessas feiras, contudo, em boa parte, não obteve um bom resultado que, por sua vez, foi contaminado por todo cenário econômico, político, social e suas estruturas rígidas e pouco inclusivas. Todavia, a FCDL-MG, no tocante à parte jurídica, tem conseguido resultados satisfatórios com articulações com o poder público, salvo por fatores externos que podem contaminar qualquer empreendimento. Pelo lado do consumidor, que está no meio de um processo de crise econômica e que tem a postura de mais poupar do que comprar, deixa de adquirir os produtos no comércio formal e tende a ir para o comércio informal na tentativa de achar o bem esperado por preços menores. E isso impacta o comércio local que, por sua vez, tem que manter seu fluxo financeiro em dia e agrega no produto toda uma garantia de procedência. Isso somente corrói o sistema financeiro e humano por meio desta degradação, sem contar os pontos atinentes ao Código

MOVIMENTO ECONOMIA

de Defesa do Consumidor – CDC e Código Civil. Para tanto, a FCDL-MG, com foco no mercado e nos fatores que estimulam tais ações que por sua vez, evidenciam a falta das devidas regulamentações e leis extremamente claras que amparam e que alicerçam a realização dessas feiras, impera que está pronta e já mobiliza esforços para a reversão deste quadro com o objetivo de lutar pelo comércio de bens e serviços para garantir a legalidade, lisura dos processos e a concorrência leal das transações empresariais, comerciais, financeiras e governamentais.

Aos 22 dias de fevereiro do ano de 2017, a FCDL-MG criou o COPERFEI – COMITÊ PERMANENTE DAS FEIRAS ITINERANTES – com o intuito de articular, promover, defender e atuar, em conjunto com órgãos do governo, estadual e federal, a gestão e a regulamentação necessária que visão a retenção e bloqueio da realização das Feiras Itinerantes nos municípios. As reuniões serão mensais e contará com dirigentes de várias CDLs mineiras. Essa é mais uma ação da FCDL-MG que, por sua vez, reforça seu compromisso com o Estado na transparência e fluidez das atividades empresariais transformando-as em riquezas para todos os municípios ao lutar pela geração de renda e emprego formal. Movimenta

produtos à população. Isso também evidencia que, no médio e longo prazo, o maior ator econômico prejudicado é a sociedade que carregará o peso da sonegação fiscal bem como o risco inerente a produtos sem procedência, com consequências para a manutenção da saúde, segurança e lazer bem como mercadorias que não duram nada em relação aos mesmos produtos quando comprados com os devidos cuidados, respectivamente.

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EM DESTAQUE

ANOTE NA SUA AGENDA 2016 foi um ano especial. E, ainda bem, de intenso trabalho. Levamos at� as CDLs mineiras, nossos Encontros Regionais, visando ao crescimento das entidades e ao fortalecimento do nosso Movimento Lojista. Este ano, os encontros viraram seminários com a proposta de auxiliar as entidades em três pilares: elaboração de um plano de gestão, alinhado aos objetivos da CDL; gestão financeira e orçamentária buscando melhoria dos seus resultados, e, em produtos e serviços de SPC, capacitação da equipe para maior ocupação do mercado, diversificação da carteira de associados, aumento de venda de novos produtos e do faturamento da Entidade. Dessa forma, a FCDL-MG e o CESPC-MG (Conselho Estadual do SPC), contribuirão para o desenvolvimento das CDLs buscando propor ações cada vez mais assertivas que atendam às suas deman� das. Lembrando que, continuando no caminho do aperfeiçoamento e do conheci� mento, este ano voltaremos com a Convenção Estadual que trará� várias novidades. Anote na agenda as datas dos eventos e acompanhe todas as informações sobre eles nas nossas redes sociais e no canal de Whatsapp.

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