Transforma, Poço!

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Eu acredito que boa arquitetura não é apenas forma, porque isso é escultura. Boa arquitetura é a interação entre forma e vida.


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Introdução

DIAGNÓSTICO E PLANO DE INTERVENÇÃO

02.1 Problemas X Potencialidades 0 2 . 2 Diretrizes e Ações 02.3 Plano de intervenção


SUMÁRIO 03

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TRANSFORMA,

CONSIDERAÇÕES

POÇO!

FINAIS

03.1 Planta de remoção 03.2 Memorial descritivo 03.3 Masterplan 03.4 Cortes Masterplan 03.5 Habitação de interesse social 03.6 Cortes HIS


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Introdução


1. Introdução

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Esse trabalho, a partir de uma análise mais cuidadosa da comunidade Poço da Draga e seu entorno, propõe a elaboração de projetos que sejam mais sensíveis aos significados e às dinâmicas já estabelecidas na área, a fim de oferecer apoio e presevar a comunidade. Procura, assim, propor uma forma de intervenção, mais cuidadosa e condizente com a realidade do bairro. A área onde se localiza a comunidade do Poço da Draga já era ocupada por famílias de pescadores desde o século XIX, quando teve a implantação do primeiro Porto da Praia de Iracema. A ocupação da área, portanto, deu-se muito antes da população burguesa migrar para esse lado leste da cidade, marginalizando a população tradicional, nas primeiras décadas do século XX.Segundo o que consta da dissertação de Mestrado do professor André Almeida, em 1879 foi instalado o ramal ferroviário da estrada de Ferro Baturité, que ligava a estação ferroviária ao Porto e, como podemos ver na imagem aérea de 1970, é ao longo desse ramal que as primeiras casas começam a se assentar na comunidade do Poço da Draga. Tentando realizar um panorama geral acerca da ocupação dessa área, nós temos alguns fatos mais relevantes: Em 1906, é inaugurada a Ponte Metálica e uma série de prédios que compõe o patrimônio arquitetônico da cidade atualmente, como galpões, armazéns, antiga Alfândega e Pavilhão Atlântico. Já em 1920, a área é então ocupada pela alta classe, guiada pela expansão da cidade que acontecia para leste e tem -se uma grande apropriação dessa parcela da população em relação a praia, oque começa a provocar uma marginalização da população tradicional de pescadores. Dez anos mais tarde, em 1930, o interesse econômico sobre a área reduz com as discussões acerca da necessidade de um novo porto para cidade, o Porto do Mucuripe e, em 1940, se iniciam-se as obras do novo Porto, fato que do real início ao processo de formação da comunidade.

O nome Poço da Draga se originou pelas bacias de águas paradas criadas na área pelo erro de projeto do quebra-mar dos engenheiros inglês. Em 1940, as obras do novo porto, segundo oque consta da dissertação de Mestrado do professor André Almeida, provocaram o avanço das marés e a destruição da faixa litorânea do bairro Praia de Iracema. Esse fato gerou um grande processe de esvaziamento da área, deixando galpões e armazéns abandonados, que começaram a ser ocupados por famílias de baixa renda. Nos anos de 1950 e 1960 há uma explosão demográca na cidade, decorrentes de movimentos migratórios ocasionados pelas secas de 1951 e 1958. Somado a isso, tem-se a insuciente oferta de trabalho, principalmente no Centro da cidade, o que direciona a mão de obra para os setores informais e aumenta o adensamento de áreas sem condições adequadas à habitabilidade nessa área. A década de 1970 é marcada pela consolidação do processo de favelização das comunidades existentes na Praia de Iracema. O que podemos ver hoje, na área ocupada pela comunidade do Polo da Draga, é um grande adensamento, é a resistência de uma população que sofre inúmeras ameaças de remoção e que luta para manter seu espaço. Ainda hoje a comunidade é conhecida por alguns, não como uma favela, mas ainda como uma vila de pescadores, que vem sendo ‘engolidade’ pela ambição e falta de humildade do capital imobiliário.


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diagnóstico e plano de inervenção


2. Diagnóstico e plano de intervenção Problemas X Potencialidades

Problemas 12

Degradação da paisagem e poluição do Riacho Pajeú.

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Parte do assentamento está dentro de uma ZPA. Inrregularidade fundiária.

Potencialidades Potencial paisagístico do Riacho Pajeú. Proximidade com diversos equipamentos de grande importância para a cidade. Localização privilegiada em relação ao transporte público.

Vias não compativeis com a legislação. Ausência de parâmetros urbanísticos da ZEIS 1.

Proximidade de estações de transporte alternativo (Bicicletar).

Não regulamentação da ZEIS 3.

Demarcação da comunidade como ZEIS 1.

Parte do assentamento não possui acesso à rede pública de esgoto.

ZEIS 3 (Vazios) nas proximidades do assentamento.

Alagamentos sazonais.

Assentamento inserido no projeto Orla.

Praça existente nas proximidades com falta de manutenção. Pavilhão Atlântico de Fortaleza abandonado. Adensamento populacional.


Diretrizes X Ações

Diretizes Habitabilidade

Ações Aproveitar os terrenos vazios no entorno da comunidade para criação de HIS.

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Criar HIS para sanar o déficit quantitativo da comunidade.

Sociabilidade

Aproveitamento de espaços vazios para criação de áreas de conexão.

Biodiversidade

Recuperação da mata ciliar do riacho Maranguapinho dentro da poligonal de ZPA. Remoção de moradias dentro da poligonal da ZPA. Adição do trecho contido na comunidade ao Parque Linear do Riacho Pajeú, com soluções de resilient landscape (áreas alagáveis).

Permeabilidade

Comunicação entre a comunidade e o calçadão da Beira-Mar para fortalecer o comércio local. Abertura de vias pedonais Readequar ruas internas da comunidade (pedestres, bicicleta e transportes alternativos). Padronização da pavimentação de ruas internas.

Culturalidade

Preservação/Requalificação de pontos que fazem parte da históricos de Fortaleza. Como : Pavilhão Atlantico , Galpões - Transformados em Mercado.

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Reassentamento de 70 famílias que atualmente ocupam área de risco.


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Mapa de Ações

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Plano de Intervenção

Ações em macroescala Jardins Infiltrantes

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Traffic calming

Mercado

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Vias Paisagísticas


Plano de Intervenção

Ações em microescala Academia ao ar livre

Quiosques

Redário

Espaço Kids

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Parque molhado




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3. TRANSFORMA, POÇO! Planta de remoção

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Para uma melhor organização e distribuição, como também para uma nova estruturação de vias urbanas, foi necessitado a remoção de algumas casas. Totalizando 70 famílias. Foram removidas 24 famílias para uma instalação de via compartilhada, via de passagem para dar acesso a comunidade ao parque e uma via de trânsito calmo. Foram removidas 35 famílias que se encontravam dentro da áreas do Parque Nacional, que fica dentro da comunidade, como também se encontravam em área de risco pelo fato de estarem em cima do córrego. Foram removida 11 famílias por desapropriação pela ausência de parâmetros urbanísticos da ZEIS 1 e também com um intuito de haver uma área maior para o Parque o qual será utilizado por toda a comunidade. E por fim, alguns galpões que estavam desapropriados e sem uso, foram removidos com removidos para construção da Habitação Social (HIS).

Legenda

Área de risco Vias Desapropriação / Sem uso


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Memorial descritivo

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A proposta urbanística para o Poço da Draga surgiu a partir da necessidade de assegurar a comunidade local de proposta motivadas apenas pelo capitalismo. Deste modo, se fez necessário a criação de ações condizentes com os usuários locais.

Devido a remoção das famílias que estavam em situação de risco e localizadas em área de preservação ambiental, se fez necessário a ocupação de um vazio urbano ao lado do parque para criação de uma Habitação de Interesse Social.

Tendo em mente preservar a história de Fortaleza foi proposto a restauração de marcos arquitetônicos com intuído de gerar funcionalidade, como por exemplo galpões da alfândega que viraram um mercado, visando o movimentar o comércio local.

E por fim, foi projetado a requalificação das vias internas da comunidade e as vias do entorno. Tais configuram-se como um importante meio de passagem, mas com potencial para permanência, pois ao mesmo tempo em que se percebe pessoas utilizando a área para travessia, observa-se outras que se encontram no caminho, mas que não permanecem pela falta de uma estrutura que as convide a ficar.

Ainda pensando nas atividades econômicas foi proposto em todo perímetro quiosques que visam estimular a comunidade local a venda produtos, como por exemplo artesanatos, pesca etc. Para atender a diretriz de sociabilidade e aproveitar um vazio urbano existente, foi criado uma praça. A mesma possui áreas de redário, parque molhado para crianças, quiosques, bancos urbanos e postes de iluminação. Tais atividades são de extrema importância para evitar com que a praça não se torna inabitável. A praça se localiza em um ponto estratégico criando conexão entre a Habitação de Interesse Social e o mercado, favorecendo ainda mais a integração entre moradores e espaço. É localizado no centro da comunidade o Parque Linear do Riacho Pajeú, foi criado com o intuito a preservação ambiental. O mesmo de apresenta um grande pulmão para comunidade, por conta das suas massas arbóreas. Nele se deu a possibilidade de criar acessos para os pedestres, bancos urbanos, quiosques, postes de iluminação, academia ao livre, pistas para corrida e pula pula para crianças.


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MASTERPLAN

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Legenda Tablado de madeira Calçadas

Piso intertravado Calçadas e Praça

Microsseixo

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Área Parque e Praça

Bloco de concreto

Bloco de concreto Vias

Edificações

His e Mercado

Vegetação

Vegetação

Vegetação

Concreto pigmentado Ciclofaixa

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Via Compartilhada


INTERVENÇÕES EM MICROESCALA

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Quiosques

Academia

Pula-pula

Parque Molhado


Mercado

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Redรกrios


Corte Via Paisagística

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Corte Praรงa

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Corte Parque

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HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

CAIXA D’ÁGUA

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PLANTA DE COBERTA PLANTA BAIXA PAV TIPO Área = 43,00 m2


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PLANTA 1 PAV TIPO ร rea = 48,00 m2


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O projeto buscou referência nas habitações sociais do Alejandro Aravena. Foi projetado blocos de térreo e 1ª pavimento que se acesso através de uma casa externa. Uma planta baixa que estivesse na orientação Norte-Sul para um melhor aproveitamento da ventilação predominante e em ambientes que possui a permanência prolongada ficou na orientação de sol nascente, como por exemplo, quartos e sala estar/jantar. Assim evitando um futuro desconforto na sua utilização. Para a fachada que por sua vez está localizado no sol poente, recebendo um vasto sol forte,

CORRTE AA

projetamos ambiente com pouca permanência, como por exemplo, área de serviço. E para amenizar um fachada quente e cega, projetamos a ideia de ter uma pequena laje soltando no edifício de pérgolas de concreto com vegetação tipo trepadeira. A ideia ser um bloco quase que rentangulo com platibandas e a telha escondido, foi para cada vez ser algo parecido com as habitações do Alejandro Aravena. E por fim, colocamos a caixa d’agua em cada bloco, situada em cima dos banheiros.


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CORRTE BB



Considerações Finais


Em sentimento de gratidão finalizo esse trabalho com os conhecimentos adqurido em Projeto de Urbanismo e Paisagismo. Vejo a importância de olharmos de uma maneira 40

mais técnicas para o urbanismo da cidade. Comunidades e área em situações precárias tem a

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possibilidade de conseguirem uma moradia mais digna, tendo direito a todos serviços que são oferecido pelo Governo para a cidadania. A partir disso, o Poço da Draga tem muito o que ser trasnformado e melhorado. Com isso, agradeço a Prof. Germana por todo o conhecimentos nos passado.

“Primeiro a vida, os espaços, depois os edifícios. A outra maneira nunca funciona” Jan Gehl


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Fco Diego Victor dos Santos


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