Revista Fecomércio em Ação - Maio | Junho 2016

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Ano 09 • Nº 21 • Maio/Junho • 2016


ADMINISTRAÇÃO REGIONAL

COARI

Edifício David José Tadros Rua Henrique Martins, 427, Centro Fone: (92) 2126-6762

Centro Educacional Oesel Nunes Torres Telefone: (97) 3561-3203

Centro de Atividades Danilo de Matos Areosa Rua Henrique Martins, 427 – Centro Telefone: (92) 2126-9501

ITACOATIARA Centro Educacional Abdul Razac Hauache Telefone: (92) 3521- 2466

Balneário José Ribeiro Soares Avenida Constantinopla s/nº em frente ao conjunto Campos Elíseos Telefone: (92) 3656-2399

MAUÉS

Mesa Brasil Rua Coronel Salgado, 512 – Aparecida Telefone: (92) 3234-1598

PARINTINS

Centro Educacional Manuel Francisco Garcia Marques Rua Visconde de Itanhaem, 94 – Cidade Nova MANACAPURU Centro de Atividades Fausto Ventura da Conceição Telefone: (92) 3361-3013 / 1456 Centro Educacional Joaquim da Silva Reis Casa Restauração Telefone: (92) 3361-1464

Centro Educacional Clóvis Prado de Negreiros Telefone: (92) 3542-1451

Centro Educacional J.G. Araújo Telefone: (92) 3533-3565 PRESIDENTE FIGUEIREDO Centro Educacional Fernando Matos de Souza Telefone: (92) 3324-1269 TEFÉ Centro Educacional Mansour Frencias Chehuan Telefone: (97) 3343-4561


PALAVRA DO PRESIDENTE

INADIMPLÊNCIA Pela primeira vez em nossa cidade de Manaus, o nível de inadimplência de nossos consumidores atingiu a casa dos dígitos, chegando ao alarmante percentual de 32% em maio, segundo dados oficiais. Esse nível de inadimplência é o principal componente de várias empresas comerciais terem encerrado suas atividades com amplas repercussões na arrecadação de tributos, redução nos postos de trabalho e elevação no nível de desconfiança de nossos consumidores. Este editorial está sendo escrito após as festividades do Dias das Mães, segunda maior sazonalidade do ano, perdendo em volume de vendas somente para os festejos de final de ano. Entretanto, já podemos inferir que as vendas do período apresentaram resultados aquém das expectativas. A escassez de crédito, juros elevadíssimos, inflação, desemprego e a impossibilidade de se vislumbrar um panorama favorável à nossa economia no curto e médio prazo, geram no consumidor e nas famílias, de um modo geral, incertezas que influenciam negativamente nos seus hábitos de consumo.

A pergunta que se faz aqui e alhures: o que fazer para recuperar esse ambiente de inquietante cenário depressivo de nossa economia? Os especialistas recomendam fazer promoções visando “queima de estoques”, facilitar compras parceladas e os habituais atrativos do tipo “compre um e leve dois”, entre outras. A grande verdade, no entanto, é que esse problema só será superado com implementação das reformas anunciadas pelo governo, principalmente aquelas que a sociedade está a exigir no âmbito tributário, trabalhista, previdenciário e, sobretudo restabelecendo a credibilidade das políticas públicas, no grau de confiança dos empresários e dos investidores externos. Oxalá podermos, no médio prazo, ser comtemplados com essas medidas, pois acreditamos em nosso País.

José Roberto Tadros Presidente do Sistema Fecomércio Ceceam / Sesc / Senac - AM


SUMÁRIO

José Roberto Tadros Presidente Simone de Souza Guimarães Superintendente SESC Amazonas Simone de Souza Guimarães Diretora Regional SENAC Amazonas Silvana Maria Ferreira de Carvalho Diretora Regional

A INADIMPLÊNCIA NO BRASIL E AS AÇÕES PARA COMBATÊ-LA Página 18

Diretoria Fecomércio Aderson Santos da Frota 1º Vice - Presidente José dos Santos da Silva Azevedo 2º Vice - Presidente Hélio Nobre Malagueta 1º Secretário

SESC 19ª Edição do Sonora Brasil Sesc chega ao Amazonas, pág. 6

CAPA A inadimplência no Brasil e as ações para combatê-la, pág. 18

SENAC Alunos do Senac projetam maquetes de futuro Porto de Itacoatiara, pág.10

ENTREVISTA Dr. Ernesto Kahan, pág. 24

FECOMÉRCIO Jovem Aprendiz, uma solução para o trabalho irregular, pág. 15

BOLETINS Notícias sobre o que acontece no SESC/ SENAC/FECOMÉRCIO, pág. 26 DICAS CULTURAIS Pág. 30

Mário Reynaldo Tadros 2º Secretário Enock Lunière Alves 1º Tesoureiro Renato Aguiar Dias 2º Tesoureiro Suplentes: Nílio de Lima Portela, Cláudio do Carmo Chaves, José Roberto Tadros Júnior, André Santos da Frota e Antônio Maria dos Santos da Silva Azevedo Conselho Fiscal: Celso Gonçalves dos Santos Moisés Gonçalves Sabbá Edivaldo Mendonça de Souza Suplentes: Laemanuel Mustaffa Paes de Lemos Roberto Simão Bulbol Representantes junto a CNC: José Roberto Tadros Aderson Santos da Frota Suplentes: Hélio Nobre Malagueta José dos Santos da Silva Azevedo

Revista Fecomércio em Ação Fecomércio AM / Ceceam / Sesc / Senac

Assessoria de Comunicação Jornalista Responsável

Rua São Luís, 555 - Adrianópolis

Frederico Braga (MTB 799 AM)

CEP: 69057-250 - Manaus AM

Colaboração

Contato: 92 3234-5222

José Fernando Pereira da Silva

Tiragem: 1.500 Exemplares

Supervisão de Conteúdo

Distribuição: Gratuita

Luciane de Jesus Carioca

Impressão: Gráfica Moderna

Diagramação Victor Gabriel Albuquerque Carneiro

Fotografia Acervo Fecomércio AM / Sesc AM / Senac AM Veruska Brizart - Assessoria de Comunicação Sesc/PA

Contatos

92 3649-3750 www.fecomercio-am.org.br facebook.com/fecomercio.amazonas


AnĂşncio Formato 01 PĂĄgina Simples Tamanho: 210mm (L) X 275mm (A)


SESC

19ª Edição do Sonora Brasil Sesc chega ao Amazonas

Apresentação do Duo Marcus Ferrer e Fernando Deghi na abertura da 19ª Edição do Sonora Brasil

Em 2015, mais de 50 mil espectadores conferiram as apresentações musicais do Sonora Brasil Sesc. Nesse ano, será realizada sua 19ª edição do projeto que é considerado o maior programa de circulação musical do país. Para Gilberto Figueiredo, coordenador nacional do Sonora e assessor técnico de música

do Sesc, as apresentações deste ano representam o amadurecimento dos grupos musicais, pois os artistas que se apresentaram nas regiões Sul e Sudeste vão, neste ano, se apresentar no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Figueiredo salientou que “a experiência de 2015 faz com que se reduza o nível de tensão dos

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artistas, que passam a conhecer melhor as rotinas de viagens e domínio do palco”. Para o coordenador do Sonora Brasil, a expectativa é que as apresentações, em 2016, sejam mais expressivas que a do ano passado. O diretor de Educação e Cultura do departamento nacional do Sesc, Paulo Camargo, lembra


SESC

que o Sesc, em 2016, está fazendo 70 anos e construiu uma trajetória consistente no que tange a eventos culturais. “A instituição possui uma estrutura muito robusta voltada para as políticas culturais e que permite ter uma proposta de inserção avançada em seus projetos culturais”, salienta Camargo. Neste ano de 2016, circulam pelas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste os grupos musicais que representam o tema Violas Brasileiras. Esses abordam os quatro aspectos do desenvolvimento do instrumento no país, mostrando que o uso da viola ultrapassa as fronteiras do interior e chega às salas de concerto, ampliando sua presença nos espaços destinados à música clássica. O técnico de música do Sesc AM, Genivaldo Almeida, ressalta que as apresentações no Amazonas serão realizadas nas cidades de Manaus e Parintins, entre os dias 2 e 7 de junho. As duas cidades amazonenses receberão os artistas Paulo Freire e Levi Ramiro (Violas Caipiras), Fernando Deghie e Marcus Ferrer (Violas em Concerto), Antônio Madureira, Ivanildo Vilanova e Cássio Nobre (Violas no Nordeste), Sidnei Duarte, Rodolfo Vidal e Maurício Ribeiro (Violas Singulares).

Coletiva de Imprensa de abertura da 19ª Edição do Sonora Brasil

Sonora Brasil Desde a primeira edição, em 1998, o Sonora Brasil já contou com a participação de cerca de 80 grupos em mais de 4.900 apresentações por todo o país, alcançando um público superior a 520 mil espectadores. A cada dois anos, dois temas são desenvolvidos, buscando aprofundar a relação do público com aspectos relevantes da música no país.

O Sonora Brasil cumpre a missão de difundir o trabalho de artistas que se dedicam à construção de uma obra não comercial. Através do projeto, o Sesc busca estimular a formação de plateia por meio do contato do público com a qualidade e a diversidade da música. Todas as apresentações são essencialmente acústicas, valorizando a qualidade sonora das obras e de seus intérpretes.

Gilberto Figueiredo participa da coletiva de imprensa da 19ª Edição do Sonora Brasil

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SESC

Violas Brasileiras Violas Brasileiras traça um panorama da viola de cinco ordens e de variantes que apresentam características peculiares e regionalizadas do instrumento, relacionadas a práticas musicais restritas a ambientes

geográficos pouco abrangentes. A viola caipira/sertaneja será representada por Paulo Freire e Levi Ramiro (SP); a viola do nordeste, reconhecida por acompanhar repentistas, será apresentada por Ivanildo Vilanova, Antônio Madureira e Cássio Nobre (PE e BA); a viola de concerto,

apresentada por Fernando Deghi e Marcus Ferrer (PR e RJ); e as violas singulares, com suas peculiaridades e suas claras referências regionalizadas, serão apresentadas por Sidnei Duarte, Maurício Ribeiro e Rodolfo Vidal (MT, TO e SP).

Duo Marcos Ferrer e Fernando Deghi O duo apresenta a viola no ambiente de concerto por meio de repertório que remonta ao período colonial brasileiro, anterior à consagração do violão como principal instrumento acompanhador na música, período em que a viola era uma das pontes musicais entre Europa e Brasil. E chega aos dias atuais pelo repertório de compositores contemporâneos que representam uma importante fase da música brasileira em que a viola caipira, consagrada no meio rural, abre espaços nas salas de concerto e vira objeto de estudos no meio acadêmico chegando, inclusive, a se tornar curso de bacharelado. Violas Singulares As violas singulares são aquelas que não foram difundidas além de suas regiões de origem, permanecendo sempre ligadas a gêneros musicais bastante regionalizados, como o fandango do

O duo Marcus Ferrer e Fernando Deghi

norte do Paraná e sul de São Paulo, o cururu e o siriri do estado do Mato Grosso e os ritmos tradicionais do cerrado.

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Músicos Sidney Duarte, Rodolfo Vidal e Maurício Ribeiro do Violas Singulares


SESC

Paulo Freire & Levi Ramiro A viola na região Sudeste se consagrou com as denominações caipira e sertaneja, a primeira relacionada às práticas mais tradicionais do meio rural e a segunda mais associada ao repertório desenvolvido em meio urbano, fundindo à base novos elementos técnicos e estruturais. Dois músicos representantes do estado de São Paulo vão apresentar repertório que trata desde exemplos mais remotos, como os recolhidos nas pesquisas desenvolvidas por Freire no interior de Minas Gerais e os que povoam a memória de RaViolas no Nordeste A viola no Nordeste pode ser encontrada em sua forma mais tradicional, como a presente na região Sudeste, mas também em variantes típicas da região, como a utilizada por repentistas, que possui um sistema acústico que melhora a projeção do som e a machete, característica da região do Recôncavo Baiano. Os três músicos convidados, Cassio Nobre, Antônio Madureira e Ivanildo Vila Nova, expoentes em suas áreas, reconhecidos pela dedicação ao repertório tradicional deste instrumento, apresentam uma síntese da presença da viola na cultura nordestina. Para Cássio Nobre, apresentar-

Paulo Freire & Levi Ramiro

miro desde a infância, até compositores da atualidade, compondo um

panorama do desenvolvimento do instrumento na região.

se no Amazonas, certamente, será uma experiência enriquecedora. “O público é sempre capaz de nos surpreender, em cada cidade por onde apresentamos. Tocar no Norte e Nordeste do Brasil é bastante acolhedor, pois creio que a música chega de forma mais direta a plateia, já que esta possui um entendimento mais profundo das sonoridades que apresentamos. Falo isso porque estudo a relação da música com as pessoas, em diferentes sociedades e culturas (além de músico e produtor musical, sou também Etnomusicólogo, ou seja, um pesquisador de Antropologia da Música. Estou concluindo o Doutorado nesta área). Percebo que as culturas do Norte e do Nordeste tem a músi-

ca em um lugar mais “central” em suas sociedades, mais próxima do cotidiano, das crenças, das festas”, explica o músico.

Cassio Nobre - Violas no Nordeste

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SENAC

Alunos do Senac projetam maquetes de futuro Porto de Itacoatiara

O processo de montagem das maquetes foi realizado de forma minuciosa.

Aderindo ao novo modelo pedagógico do Senac AM, o Centro de Educação Profissional Moysés Benarrós Israel, em Itacoatiara, realizou a 1ª Mostra de Maquetes dos alunos do curso técnico em Administração e técnico em Logística. A proposta foi reduzir em uma atividade (construção de maquetes) o aprendizado de vá-

rias áreas do conhecimento. A turma de Técnico em Logística reconstruiu em maquetes o Terminal Portuário Novo Remanso, que tem por objetivo atender à demanda atual e crescente por infraestrutura portuária na cidade. Os estudos realizados pelos alunos concluíram que o empreendimento prevê um

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crescimento em relação à empregabilidade e renda da região, direta e indiretamente. Os alunos identificaram o potencial do município de Itacoatiara para atividades portuárias, aproveitando a posição que lhe permite fluxos pelo rio Amazonas e pelo Madeira e por ser um porto de uso privativo em “localização priori-


SENAC

tária”, portanto, favorável a sua implantação. “O projeto do Terminal, por ser um grande empreendimento, ressalta a importância do estudo à logística em vários âmbitos, assim, transmitindo informações de todo processo de planejamento, licenciamento e implantação de um porto, tendo que trabalhar aspectos ambientais e socioeconômicos de uma região em desenvolvimento e crescimento através de instituições como o Senac que prepara profissionais capacitando para o mercado de trabalho”, ressalta o professor Nelson Roberto

Leão, docente do curso de Logística do Senac AM. O professor Luís Henrique Tischler, do curso de administração, explica que o projeto proposto pelo Senac visou montar uma maquete dentro das normas e escalas definidas, com todas as peculiaridades básicas em máquinas e equipamentos. No primeiro momento, foi preciso confeccionar a lista de materiais a serem utilizados, procurando a utilização e reaproveitamento e buscando a visão reversa em materiais, ou seja, a reutilização. O docente destaca que foi necessá-

rio dividir as turmas em grupos e definir as funções de cada um, entre eles a do líder, que delegou funções aos demais membros do grupo. “No que tange à confecção e montagem, cada grupo definiu sua estratégia seguindo as etapas em busca do resultado/ objetivo final, a maquete. Luís Henrique Tischler destaca que “com isso cada um começou a notar que dependemos um do outro e devemos sempre manter a relação equilibrada, principalmente, eliminando conflitos pessoais e partindo para o objetivo em comum”.

O docente do curso de Logística, Nelson Leão, em meio aos projetos realizados.

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SENAC

Em relação aos critérios utilizados o docente explica que este projeto se tornou realidade através de pesquisas realizadas e o grande envolvimento dos discentes. “Durante os estudos, os alunos obtiveram conhecimento sobre os portos brasileiros, processos de Estudo de Impacto Ambiental (EIA), comparação dos modais mais econômicos e sustentáveis, processo de transbordo, cabotagem, escoamento de produtos, armazenagem e estocagem de graneis sólidos e líquidos entre outros” salienta Tischler. Para a gerente de planejamento do Senac AM, Eleni Calixto, “os projetos dos dois cursos se integram em vários subprojetos e ações, sendo visível o desenvolvimento de competências, seja na abordagem técnica quanto através de palestras nas escolas pública, pois destacam a ação desses profissionais de nível técnico e de como as pessoas precisam se qualificar para receber o progresso através da instalação de grandes negócios na cidade ou mesmo na construção de uma logística completa através das maquetes.” A aluna Jaciele Rodrigues da Silva, do curso Técnico em Administração, relata que “no começo foi um pouco tenso, porque é ter

As maquetes foram expostas no Centro de Educação Profissional do Senac.

Alunas dos cursos de Logística e Administração - Sarah Lima, Jaciele Rodrigues e Micaela Amaral

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SENAC

que lidar com um grupo de pessoas com opiniões diferentes, mas quando se tem uma organização e controle sobre a situação o resultado é aceito”. Para a discente, o projeto é direcionado para o dia a dia profissional. “Se pensarmos ele envolve cada item, pois é necessário sabermos armazenar e controlar o fluxo de um galpão de almoxarifado através de um processo que vai desde a chegada do material até a saída. Esse é um projeto que deveria ser realizado em outras instituições e em outros cursos”, ressalta a aluna. A principal expectativa em relação ao projeto, foi a coleta de dados, uma vez que necessitávamos desses dados para iniciar a confecção da maquete. A primeira dificul-

dade encontrada, segundo a aluna, foi a restrição de informação para a equipe pesquisadora.As estudantes Micaela Amaral e Sarah Lima do curso Técnico em Logística destacam a oportunidade de colocar em prática todo o aprendizado adquirido na sala de aula que, segundo elas, ocorreu de uma forma diferente e inovadora. “A iniciativa da instituição Senac para essa atividade foi de grande valia para nós do curso de logística, onde, nos foi proporcionado colocar em prática todo o conhe-

cimento adquirido no decorrer do projeto em confronto teoria e prática. Podemos destacar dentro do processo de toda atividade, a sinergia de todos os participantes envolvidos no projeto e a busca de obter resultado positivos e de valor agregado”.

Visistas ao local onde será construído o Terminal Portuário Novo Remanso.

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ATIVIDADES

FECOMÉRCIO AMAZONAS

SAÚDE OCUPACIONAL | PALESTRAS E OFICINAS Palestra: PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído - 02 horas Período: 23 de junho de 2016 Horário: 19h às 21h Investimento: R$ 20,00

Oficina: NR 15 - Atividades e Operações Insalubres - 08 horas Período: 29 e 30 de junho de 2016 Horário: 18h às 22h Investimento: R$ 50,00

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas Rua São Luís, 555 – Adrianópolis, Manaus -AM - 3649 3750 | www.fecomercio-am.org.br A/C Fabiana Paula - Enfermeira do Trabalho fabiana@fecomercio-am.org.br (92) 3234-5222 (Ramal: 234)


CULTURA FECOMÉRCIO

Jovem Aprendiz, uma solução para o trabalho irregular No mês de maio, o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), o Ministério Público e a Superintendência Regional do Trabalho e Previdência Social do Amazonas promoveram audiência pública com o objetivo de conscientizar empresas para o cumprimento da cota legal de contratação de jovens aprendizes. A ação fez parte da Semana Nacional da Aprendizagem promovida pelo Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem. No evento, foi debatido o cumprimento das cotas de Jovens Aprendizes pelas empresas, além de levantar os entraves e as soluções para a efetiva contratação dessa mão de obra. As discussões foram baseadas em números apresentados pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio, PNAD 2014, do IBGE, no qual existem 3,3 milhões de crianças e adolescentes em situação irregular de trabalho no país. Deste número, 2,7 milhões são adolescentes entre 14 e 17 anos, ou seja, 84% dos jovens

estão trabalhando e 60% deles exercem atividades ilegais e perigosas. No Brasil, o trabalho é totalmente proibido até os 16 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14. Assim, a aprendizagem é uma das maneiras de se enfrentar a precariedade do trabalho infantil e combinar educação e qualificação da mão de obra, permitindo que os jovens tenham garantias trabalhistas, se-

gurança e remuneração justa. No Amazonas, o total da cota de Aprendizagem chega a 12.446 postos de trabalho, porém, apenas 7.714 estão efetivamente preenchidos. A maior parte das vagas estão em Manaus, com 11.730, contudo, destes, apenas 7.595 estão contratados. Os números são da Superintendência Regional do Trabalho e Previdência Social no Amazonas.

Turma de Jovens Aprendizes da Fecomércio AM

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FECOMÉRCIO

Jovens atentos na busca pelo autodesenvolvimento.

Programa Jovem Aprendiz da Fecomércio Originário na lei da aprendizagem, criada em 2000 e regulamentada em 2005 pelas legislações específicas (lei 1.0097/2000 e decreto 5.598/05), o programa Jovem Aprendiz é assegurado pela lei nº 9.841 de 1997, na qual qualquer empresa que tenha pelo menos sete funcionários e que não faça parte do “SIMPLES” (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições) é obrigada a contratar e qualificar seus jovens aprendizes, conforme o percentual estipulado pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Havendo fiscalização, a empresa poderá ser multada, se não estiver qualificando seu jovem aprendiz com a formação

teórica devida. De acordo com a CLT, a cota de aprendizes é fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento, calculada sobre o total de empregados cujas funções demandem tal formação técnico-profissional, que é desenvolvida sob a orientação e responsabilidade de entidades habilitadas. Visando proporcionar ao comércio de bens, serviços e turismo do Amazonas, a Federação do Comércio habilitou-se, através do credenciamento no Ministério do Trabalho e Emprego, a oferecer, dentro do seu portfólio de serviços, o Programa de Aprendizagem às empresas interessadas. Com este programa a Fecomércio e as empresas parceiras exercem seu papel social, con-

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tribuindo para o aperfeiçoamento profissional da comunidade e reforçando a importância de valorizar as competências, desempenho escolar e profissional dos aprendizes. Nesta ação, comércio e indústria também são beneficiados, pois o mercado de trabalho passa a oferecer mão de obra mais qualificada. Uma das empresas que se beneficiam deste programa é a Metal Alumínio. A jovem aprendiz Agnes dos Reis cursou na Federação do Comércio e hoje trabalha como assistente administrativo na Metal Alumínio, “dentro da sala de aula aprendemos os procedimentos padrões para determinadas atividades, ao nos solicitarem que sejam executadas na empresa, já conhecemos a forma adequada para realiza-las”, ressalta Agnes. Para a aluna, demonstrar na prática o que foi aprendido em sala de aula é um grande diferencial profissional, que possibilita uma gama maior de oportunidades aos jovens dentro das empresas, com perspectivas de crescimento. A gerente de RH da Metal Alumínio, Liniki Felicidade, destaca o suporte recebido pela Fecomércio AM no que tange à adequação da empresa à lei da aprendizagem. A gerente informa que é imprescindível o acompanhamento do jovem durante


CULTURA FECOMÉRCIO

Programa Jovem Aprendiz da Fecomércio

Percebemos que este projeto oferecido pela Fecomércio AM, transforma o aluno, pois ele passa a apresentar melhorias no trabalho em equipe, no relacionamento com clientes e demais colaboradores,...

o programa, pois o processo de adaptação “trabalho e estudo” deve ser benéfico ao estudante. “Percebemos que este projeto oferecido pela Fecomércio AM, transforma o aluno, pois ele passa a apresentar melhorias no trabalho em equipe, no relacionamento com clientes e demais colaboradores, na postura, no ambiente de trabalho e na otimização das atividades realizadas, o que acarreta no crescimento profissional dos jovens”, destaca Felicidade. A gerente de RH explica que com o suporte oferecido pela Federação do Comércio, os empresários não devem ficar receosos em contratar aprendizes, pois todos precisam de oportunidades e a parceria oferecida

Gerente de Recursos Humanos da Metal Alumínio, Liniki Felicidade

pelo programa faz com que o jovem cresça profissionalmente em seu ambiente de trabalho.

O programa iniciou em 2014, já formou 22 alunos e, atualmente, conta com três turmas. Conforme a coordenadora do projeto, Ana Cristina Pereira, para 2016, a meta é abrir oito novas turmas, que durante um ano de estudos, oferecerá aos discentes, em sua matriz curricular, disciplinas como ética e valores, inclusão social, psicologia organizacional, educação fiscal, língua portuguesa, matemática comercial, educação ambiental, entre outras.

Para Agnes, a junção entre teoria e prática foram fundamentais para o crescimento em sua profissão

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ESPECIAL

A INADIMPLÊNCIA NO BRASIL E AS AÇÕES PARA COMBATÊ-LA

A Revista Fecomércio Em Ação conversou com especialistas de uma das principais empresas que auxiliam os empresários no tratamento de clientes inadimplentes, a Serasa Experian. Obtemos dicas de como tratar a inadimplência, como sair dela e um mapa do endividamento no Brasil. Também consultamos a Confederação Nacional do Comércio, CNC, que realiza a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).


O último levantamento realizado em abril deste ano pela CNC apontou que as famílias estão menos endividadas, evidenciando a retração do consumo e uma cautela maior do consumidor. Já o percentual de famílias que relataram ter contas em atraso (23,2%) é menor do que em março, quando era 23,5%. O resultado, no entanto, é maior do que há um ano, quando eram 19,7%. “Os indicadores de inadimplência pioraram em relação ao ano passado em função das taxas de juros mais elevadas e do cenário menos favorável no mercado de trabalho”, ressalta a economista Marianne Hanson da CNC. Dados da Serasa Experian apresentam em números os percentuais acima citados. O Estudo revela que em março chegou a 60 milhões o número de brasileiros inadimplentes, que totalizaram R$ 256 bilhões em dívidas em atraso e representam 41% da população com mais de 18 anos do país. Se dividirmos a inadimplência por região, veremos que a Centro-Oeste é a campeã em valor médio da dívida dos consumidores inadimplentes em março de 2016, alcançando R$ 5.540,00. No mesmo período do ano anterior, o valor era menor (R$ 5.223,00). Em segundo lugar vem a Região Sul, com dívida média de R$ 5.145,00, valor ligei-

ramente superior ao apresentado em março de 2015: R$ 5.128,00. Em terceiro lugar está a Re-

gião Sudeste, com dívida média de R$ 4.630,00, montante inferior ao de março de 2015 (R$ 4.726,00).

O percentual de famílias com dívidas recuou em abril de 2016 ante o mês anterior e ao mesmo período de 2015

Recuo ante o mês anterior do porcentual de famílias com contas ou dívidas em atraso, mas superior ao mesmo período do ano anterior

O porcentual de famílias que não terão condições de pagar suas contas em atraso recuou em relação a março, mas aumentou em relação ao ano de 2015.


ESPECIAL - A INADIMPLÊNCIA NO BRASIL E AS AÇÕES PARA COMBATÊ-LA

Contas em atraso segmentadas entre as famílias que recebem até 10 salários mínimos e aquelas que recebem acima desta quantia.

Aging da dívida das famílias e segmentação por renda.

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ESPECIAL - A INADIMPLÊNCIA NO BRASIL E AS AÇÕES PARA COMBATÊ-LA

As regiões Norte e Nordeste vêm em quarto e quinto lugar, respectivamente. Confira todos os números no mapa abaixo:

Fonte: Serasa Experian

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ESPECIAL - A INADIMPLÊNCIA NO BRASIL E AS AÇÕES PARA COMBATÊ-LA

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ESPECIAL - A INADIMPLÊNCIA NO BRASIL E AS AÇÕES PARA COMBATÊ-LA

“Diante da inadimplência, o que o credor deve fazer é negociar”, afirma o assessor para assuntos econômicos da Fecomércio AM, José Fernando Pereira. Especialistas da Serasa Experian ratificam a informação e complementam: - Aproveite os meses de “vacas gordas” para negociar suas contas. Lembre-se: é importante ter uma reserva para enfrentar momentos de crise. Fuja da tentação de gastar o dinheiro excedente; - Faça um planejamento financeiro; - Tenha controle da sua receita e respeite seus prazos de pagamento; - Se for empresário e as despesas pessoais extrapolaram o orçamento, não comprometa o caixa da empresa para cobrir o rombo. Recorra a outros meios; - A separação das contas permite identificar se há custos altos demais e, assim, fica mais fácil tomar providências; - Coloque em ordem de prioridade a dívida atrasada que deve ser sanada em primeiro lugar. Os critérios para estabelecer essas prioridades são objetivos: o custo da dívida, a interrupção do serviço (caso proceda), as penalidades associadas às dívidas em atraso a perda de crédito junto aos bancos e/ou agentes financeiros não bancários; - Verifique quanto é necessário para sua sobrevivência pessoal e, se o valor for compatível com sua renda, restrinja suas retiradas a essa quantia estipulada;

- Em caso de renegociação, saiba qual sua verdadeira capacidade de pagamento, tendo em vista a crise que a empresa atravessa e o momento econômico do país. Renegociar apenas para postergar o problema só piora a situação e deixa a empresa sem credibilidade frente aos credores; - Cumpra os compromissos assumidos. Caso tenha algum problema e não consiga fazer um pagamento no prazo estabelecido, entre em contato com o credor antes da data de vencimento e explique a situação; - Estabeleça metas a serem alcançadas no curto, médio e longo prazo. À medida que conseguir atingir os objetivos, o endividado se sentirá mais forte para seguir adiante; Em relação às empresas, como estas devem tratar sua carteira de clientes inadimplentes? Consultamos o Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, que forneceu quatro dicas para pequenas empresas, mas que também atendem e muito bem às grandes: - Coloque limite na primeira compra: seja cauteloso na primeira compra de um cliente. Não abra uma linha de crédito muito grande logo de cara. Vá aumentando conforme o relacionamento comercial for se fortalecendo; - Firme contrato: Quando lidar

com volumes de venda mais expressivos não hesite em firmar contrato e pedir algum tipo de garantia e aval de terceiros; - Solicite documentos: Atenção na hora de pedir os documentos do cliente. Exija que ele apresente R.G. e CPF e não apenas diga os números. Solicite também comprovante de residência e renda pós, e após esse processo confirme os dados por telefone fixo (de uma residência, emprego ou alguma referência); - Sazonalidades: Para quem atua com Comércio e Serviços os 3 primeiros meses do ano costumam ser difíceis por causa da inadimplência gerada em decorrência, principalmente, do mês de dezembro. Além disso, janeiro, fevereiro e março é o período em que ocorre queda nas atividades desses setores, o que complica ainda mais a situação. Sendo assim, após esses meses iniciais é preciso ser mais rigoroso na concessão de financiamentos, parcelamentos e aceitação de cheques. Com mudanças positivas no cenário econômico brasileiro e redução do desemprego, a economia voltará a aquecer e as condições para quitar dívidas e ter o nome limpo serão maiores. Portanto, o acompanhamento do cenário econômico é fundamental para que as empresas possam estabelecer linhas de negociação para que os inadimplentes quitem seus débitos.

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ENTREVISTA

Dr. Ernesto Kahan

Dr. Ernesto Kahan com a Medalha Grandes Amazônidas Com um currículo magnificente, no qual podemos destacar doutor honorário em literatura, poeta, médico e vencedor do prêmio Nobel da Paz de 1985, o argentino Ernesto Kahan, é o entrevistado desta edição da Revista Fecomércio Em Ação. De extrema cordialidade com que os cercam, inclusive os jornalistas, Dr. Kahan, este ano, recebeu da Associação PanAmazônia a Medalha Grandes Amazônidas, na categoria Destaque Amigo da Amazônia, pela defesa da região como sendo o futuro da humanidade, em um momento, que segundo ele, não há precedentes na história. Dr. Kahan é reconhecido em diversos países por sua visão analítica dos sistemas de cuidados de saúde primários em Israel, onde, por dez anos, foi diretor-adjunto do Rabin

Medical Center. Sua concepção de responsabilidade médica foi demonstrada no Research Fellow na Universidade de Washington (EUA) onde foi nomeado ilustre visitante em várias cidades históricas e capitais da América por sua contribuição à paz e à saúde das pessoas. Dr. Kahan publicou sete livros e mais de 200 artigos em revistas de renome internacional. Poemas de seu livro Paxaporte foram traduzidos para 11 idiomas. Seu livro “Genocídio” foi traduzido em três línguas e eleito pelos Festivais do Livro na Mongólia, Alemanha, Espanha, Iugoslávia e Argentina.

mente, no contexto de armamentos nucleares não há a alternativa pelo conflito bélico em escala mundial, pois uma guerra destas proporções, hoje, exterminaria a vida sob o planeta, todas plantas e animais.

FeA – Dr. Kahan conte-nos como foi o trabalho que resultou no Nobel da Paz de 1985? Fui eleito prêmio Nobel em 85 junto com outros médicos, mas quem recebeu o prêmio foi a Instituição de Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear (International Physicians for the Prevention of Nuclear War), portanto não recebi em meu nome, mas representando 175 mil médicos de 70 países.

FeA – De que forma o trabalho tem evoluído de 1985 até os dias atuais? Se nós conseguirmos destinar o investimento que é feito para preparar-se para a guerra teríamos dinheiro suficiente para dar atenção médica primária para todos no mundo, educação básica, saneamento básico às localidades nas quais há 20, 30 anos não era possível e hoje é, e mesmo havendo as condições ainda há muita miséria e falta de educação.

FeA – Qual a argumentação defendida pelos médicos? A luta contra as guerras, pois, atual-

FeA – Como lidar com esse contexto? Procuramos sensibilizar os governos para destinarmos os recursos

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FeA – Quais os estudos realizados? Estudamos o poder de destruição da energia nuclear, que foi um dos nossos trabalhos. Portanto a única alternativa que temos é a paz. Ao recebermos o Nobel, compreendemos que o importante não foi o diploma ou a medalha recebidos, mas darmos continuidade ao nosso trabalho.


ENTREVISTA do setor bélico para as necessidades no âmbito da saúde, educação, saneamento e outros. Por isso dedico minha vida a essa luta. FeA – Qual a responsabilidade dos governos para o sucesso dessa mudança de paradigmas? No mundo não poderá haver paz se as filarmônicas das nações não se transformarem em harmônicas, pois sem harmonia, podemos ter os melhores “músicos” do mundo, mas sempre haverá um ruído infernal, que é o que ocorre atualmente nas relações internacionais. Precisamos alcançar a harmonia, o respeito mútuo e a aceitação do

outro, que pensa diferente de nós. Para isso, necessitamos de tolerância, pois se há fanatismo não chegaremos a um acordo harmônico para firmar um acordo de paz, no qual todos iremos ganhar, mas também iremos perder. FeA – Nações estão dispostas a perder? Não se pode chegar a um acordo sem perder algo, portanto é fundamental a sociedade estar disposta a perder e se não estiver, está fadada ao suicídio coletivo. FeA – Em março deste ano, o senhor recebeu a Medalha Grandes Amazônidas, da Associação

PanAmazônia, como o senhor analisa o contexto atual da região? Entendo a Amazônia, como as sociedades latino-americanas quando eram colônias, que tinham muitas iniciativas, muito desejo de trabalhar e prosperar, mas havia a opressão por parte das metrópoles. Hoje, as antigas colônias são Estados Unidos, Brasil, Argentina, Colômbia, México, entre outras e todas alcançaram a sua autonomia, sua unidade. A Amazônia está surgindo, dentro destas nações, com todo ímpeto, sendo imprescindível uma conduta reta sem corruptos e corruptores.

Dr. Ernesto Kahan discursa no auditório da Fecomércio AM ao ser agraciado com a Medalha Grandes Amazônidas 2016

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Sesc Vivendo a Maternidade No mês de maio, a Seção de Educação em Saúde do Sesc AM realizou o projeto “Vivendo a Maternidade” voltado para gestantes e seus acompanhantes. Com duração de uma semana as futuras mães aprenderam sobre as transformações na primeira e na segunda metade da gravidez, vacinas obrigatórias no período gestacional, atividades

físicas necessárias, relaxamento e alongamento, diabetes na gravidez, alimentação, prematuridade, pré-eclâmpsia, partos cesariano e normal, tipos de anestesia, sinais do parto, cuidados com o recémnascido, troca de fralda, o banho do bebê, amamentação, pós-parto e outros temas pertinentes aos cuidados com o recém-nascido.

Festival Novos Talentos do Sesc AM

No mês de maio, o Sesc realizou a 36ª edição do Festival Novos Talentos. Foram distribuídos R$ 3.000,00 em prêmios aos três melhores participantes do concurso. As eliminatórias e a final

do evento foram relizadas no Parque I, da unidade Sesc Balneário. O objetivo do projeto é descobrir novos intérpretes e compositores para um mapeamento de novos talentos na área musical. O Festival tem na sua proposta dar oportunidade às pessoas que possuem talento para a interpretação musical, mas que nunca tiveram a chance de apresentá-lo ao público. O Festival de Calouros do SESC foi criado em 1980 e, com o pas-

“Feira de Arte Quadrinista” no Sesc AM Realizada no Hall do Centro de Atividades do Sesc AM, a Feira de Arte Quadrinista teve a participação de ilustradores, quadrinistas, colecionadores e vários artistas envolvidos nas mais diversas técnicas de desenvolvimento da cultura popular, como

miniaturas de jogos de tabuleiro, arte em quadrinhos, dentre outros. O público-alvo desses artistas vai desde crianças à adultos, que cresceram sob a influência de personagens famosos como os super-heróis.

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sar dos anos, foi se firmando na agenda cultural do Amazonas. Durante todos esses anos de realização, muitos talentos foram revelados, dentre eles: Arlindo Junior, Serginho Queiroz, Liz Araújo Salomão Rossy, Nely Miranda, Cris Silva, Eduardo Branco, Henrique Cardoso, entre tantas outras estrelas amazonenses que brilham hoje no cenário musical do nosso Estado.


Senac AM participa de evento internacional no Inpa

Nos dias 12 e 13 de abril, o Senac AM participou do evento “Rede Global de Institutos de Pes-

quisa, Ensino e Extensão em Soberania, Segurança Alimentar e Nutricional”, promovido pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia). O objetivo do encontro foi o compartilhamento e disseminação de conhecimentos científicos, técnicos e tecnológico em segurança alimentar e nutricional, com as políticas públicas inter-setoriais e participativas de diversos países.

O Inpa ofereceu insumos regionais para os alunos prepararem um o coffee break. Algumas das preparações foram sucesso entre os participantes, como miniquiche de tucumã, finger sanduíche de clorofila, torrada com manteiga e chicória, minifolheado de araçá-boi, mojica de tambaqui com tucupi e jambu. Participaram do evento os alunos de Técnico de Cozinha e Garçom.

Venda de Soluções: A arte de gerar valor na negociação O Senac AM em parceria com o Sindivarejista (Sindicato do Comércio Varejista no Estado do Amazonas), Sinrecom (Sindicato dos Representantes Comerciais do Estado do Amazonas, e o Sincadam (Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Amazonas) realizaram no auditório da Fecomércio AM a palestra motivacional “Venda

de Soluções: A arte de gerar valor na negociação”, que foi ministrada pela docente Andréia Gonçalves da área de Gestão de Empresas do Senac AM. Na ocasião, temas como comunicação, compromisso, atitude, emoção, envolvimento e assertividade foram abordados pela palestrante para uma plateia formada por comerciários, representantes de

sindicatos patronais e colaboradores Senac. O evento foi realizado no auditório da Fecomércio AM.

Faculdade de Tecnologia Senac AM

Conforme portaria do MEC nº 191, de 5 de abril de 2016, a Fatese, Faculdade de Tecnologia do Senac

AM, está credenciada a iniciar suas atividades acadêmicas presenciais. Em agosto, será ofertado o curso superior de Tecnologia em Processos Gerenciais, que recebeu conceito 4 do MEC. O curso possui duração de dois anos, será ministrado à noite, serão disponibilizadas 100 vagas e ao concluí-lo, o discente estará apto a planejar e dirigir os recursos materiais

e financeiros de empresas. Gerenciar o patrimônio empresarial e de funcionários, lidar com orçamentos, investimentos e cuidar do estoque de matérias-primas ou produtos finais. Para 2017, está prevista a ampliação da oferta com os cursos de Logística, Gestão Comercial e Design Gráfico.

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Fecomércio AM recebe homenagem na Assembleia Legislativa No dia 11 de maio, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas em decorrência dos seus 62 anos de relevantes serviços prestados à sociedade amazonense. A homenagem deu-se pelo requerimento nº 513/16, de autoria do deputado Adjuto Afonso (PDT) e aprovada pelo presidente da Aleam, deputado

Josué Neto. Estiveram presentes Dr. José Roberto Tadros, presidente da Fecomércio AM, os vice-presidentes, Aderson Frota e José dos Santos da Silva Azevedo, a superintendente da instituição e diretora do Sesc AM, Simone Guimarães e a diretora regional do Senac AM, Silvana Maria Ferreira de Carvalho, conselheiros e colaboradores do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac AM.

XXIII Fórum Amazônia Legal Gestores do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac reuniram-se, no mês de maio, em São Luís/MA, onde foi realizado o XXIII Fórum Amazônia Legal. O objetivo do encontro foi debater novos rumos e trabalhar o desenvolvimento econômico e comercial na região amazônica. O Fórum é um evento de caráter permanente, no qual, pe-

riodicamente, os representantes das instituições encontram-se para apresentar propostas e trocar melhores práticas. O objetivo é traçar novos rumos para o fomento da economia e do comércio nos estados da Amazônia Legal, incluindo Piauí. O Fórum é composto por representantes do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí,

Rondônia, Roraima e Tocantins.

Confederação Nacional do Comércio implanta o Sistema de Informação Parlamentar no AM No mês de maio, ocorreu na Fecomércio AM, reunião com o intuito de implantar o SIP (Sistema de Informação Parlamentar) na Fecomércio AM. O Sistema acompanha todos os projetos de leis que estão nas comissões, plenários e em pauta nas duas Casas do Congresso Na-

cional e em Assembleias estaduais. O SIP faz parte da Renalegis (Rede Nacional de Assessorias Legislativas do Sistema CNC-Sesc-Senac) que no Amazonas é coordenada pelo assessor econômico da Fecomércio AM, José Fernando Pereira da Silva.

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DICAS CULTURAIS Leitura

O MITO DO GOVERNO GRÁTIS AUTOR: PAULO RABELLO DE CASTRO EDITORA: EDIÇÕES DE JANEIRO O mito do governo grátis é um fenômeno político que promete distribuir vantagens e ganhos para todos, sem custos para ninguém. Está na raiz do declínio do vigor da economia brasileira e na estagnação do seu processo produtivo. O governo grátis, como expressão de controle social, é o ápice do ilusionismo político e, no Brasil, tem sido prática corrente por sucessivos governantes, deixando um rastro de atraso, decadência e injustiça social. Podemos considerá-lo o grande adversário da prosperidade e o inimigo número um da ascensão social e patrimonial dos brasileiros. Este livro oferece denúncia, antídotos e meios de superação desse mito. Paulo Rabello de Castro propõe uma reflexão aguda, apresenta dados consistentes e exemplos em todo o mundo, mostrando os efeitos nocivos desse regime e uma proposta lúcida e corajosa para o Brasil se libertar desse mito. Um brado de luta e de esperança.

Filme

Aplicativo

O LOBO DE WALL STREET

TRELLO

Sinopse: Durante seis meses, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Ao lado de Donnie (Johan Hill) e outros amigos dos velhos tempos, ele cria a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer. Em meio a situações erradas, o filme ainda sim, consegue transmitir o espírito de liderança e empreendedorismo necessários a todo empresário.

Para quem precisa gerenciar um projeto em equipe ou individual, o Trello se apresenta como um incrível quadro branco (digital), capaz de organizar as tarefas do dia-a-dia. Útil e de fácil manuseio, neste app, o usuário pode escrever em cartões suas ideias e organiza-las em forma de quadros, o que possibilita aos membros da equipe saberem: o que precisa ser feito; quem vai fazer; o que falta para determinada tarefa ser concluída e qual a próxima atividade. Disponível para Android e IOS, o aplicativo não pode ser usado off-line, entretanto tudo o que o usuário fizer será sincronizado e salvo imediatamente na nuvem, mantendo assim todos os seus dispositivos atualizados.

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