Revista do Sistema Fecomércio-BA
VERSÃO WEB
ENCONTRO DAS FEDERAÇÕES
| edição 06 | Março 2015
Empresários do comércio garantem representação nacional e acesso a benefícios Senac apresenta ações para 2015 em reunião no Rio de Janeiro Sesc terá seis novas unidades no interior até 2017
Autoridades do setor produtivo na Bahia se unem para fortalecer representação empresarial e traçar estratégias em 2015
PASSOS CERTOS / Lise Weckerle conta a história de sucesso da Ótica Ernesto Revista do Sistema Fecomércio-BA ENTREVISTA / Conheça os projetos do novo secretário geral da CNC, Marcos Arzua MARÇO 2015 01
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MENSAGEM DO PRESIDENTE
O
primeiro trimestre está se encerrando com fatos que confirmam as perspectivas anunciadas no final de 2014. Estamos, sim, num ano difícil para a macroeconomia brasileira. Infelizmente, o governo brasileiro continua adotando medidas de ajuste que penalizam o empresário e que colocam na conta do empregador e do contribuinte o ônus de ajustar a rota da economia nacional. Por outro lado, nesta edição da Revista do Sistema Fecomércio-BA, mostramos que esse ano também será marcado pelo fortalecimento da representação empresarial em nosso estado. O Encontro das Federações, que reuniu os presidentes da Federação das Indústrias, Federação da Agricultura e Pecuária e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo foi um momento histórico para o setor produtivo baiano. Nossa reportagem de capa mostra a opinião dos presidentes das entidades e relembra o cenário econômico que nos levou a situação atual. Além disso, ouvimos o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, para entender os principais impactos econômicos que estamos sentindo. Mas 2015 também será o ano das mulheres. E, por isso, trazemos duas matérias especiais sobre elas. Em Passos Certos, ouvimos a empresária Lise Weckerle, que nos conta um pouco da sua trajetória de sucesso à frente da Ótica Ernesto. Além de Lise, trazemos depoimentos de Juranildes Araújo, empresária e diretora-secretária da Fecomércio-BA, e da empresária Avani Duran, que já foi indicada a assumir a coordenação da Câmara Empresarial de Turismo da Bahia. Essas mulheres fortes, empreendedoras e trabalhadoras nos mostram a importância da criação de fóruns de debate, como a recém-criada Câmara da Mulher Empresária. E é no caminho de fortalecer nossa representatividade que anunciamos também a chegada do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom-BA) ao Sistema Fecomércio-BA. O Sindicom é o 30º sindicato filiado a nossa entidade e nos honra muito poder apoiar o setor em suas demandas junto à sociedade. Na Entrevista, você conhecerá alguns projetos do novo secretário geral da CNC, Marcos Arzua, que nos conta ainda os desafios do novo cargo. Trazemos também artigos de opinião que vão ajudar você a traçar um planejamento para este ano, entendo melhor o cenário baiano, com ajuda de especialistas do setor público e privado. Por fim, apresentamos o projeto de interiorização das atividades do Sesc, que terá seis novas unidades no interior até 2017. Cidades como Porto Seguro, Ilhéus, Alagoinhas, Jacobina, Teixeira de Freitas e Feira de Santana estão contempladas no plano de expansão. Já no Senac, mostramos o alinhamento firmado com a diretoria nacional da instituição, que vem apoiando diretamente as ações locais. Nosso intuito é oferecer informação de qualidade e relevância para que você, empresário, possa trabalhar e desenvolver seus negócios com qualidade, dinamismo e força. Apesar das dificuldades, a mensagem que queremos passar é que temos também oportunidades de repensar nossas ações, enxugar gastos e investir em qualificação profissional. Aprendizados que trouxemos da missão empresarial que acompanhou o maior evento de comércio varejista do mundo, a NRF, em Nova York. Temos muito trabalho pela frente e não podemos descuidar dos nossos negócios diariamente.
Boa leitura e bons negócios! Carlos de Souza Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-BA
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SUMÁRIO Foto: César Vilas Boas
CAPA p.14 Encontro reuniu Fecomércio, Fieb e Faeb, em fevereiro
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MULHERES p.08
SINDICATOS p.25
Empresárias baianas comemoram criação da Câmara da Mulher Empresária
Em 2014, os benefícios oferecidos aos sindicalizados cresceram em toda Bahia
PASSOS CERTOS p.18
SENAC p.27
Conheça a história da Ótica Ernesto, que há 70 anos inova no mercado baiano
Ações do Senac na Bahia são apresentadas para o Nacional
FECOMÉRCIO p.24
SESC p.28
Grupo de empresários baianos participa de evento varejista em NY
Sesc terá até 2017 seis novas unidades no interior baiano
CURTAS p.10
EXPEDIENTE
INSIGHTS Por Carlos Coutinho
Como enfrentar 2015?
p. 20 Por Artur Caldas Brandão e Alzir Antonio Mahl
A inovação como diferencial na competição empresarial também no setor de Comércio e Serviços
p. 22
Presidente da Fecomércio-BA
Carlos de Souza Andrade Vice-Presidentes
1º Kelsor Gonçalves Fernandes, 2º José Carlos Moraes Lima, 3º Benedito Vieira dos Santos, Carlos Fernando Amaral, Francisco de Assis Ferreira, Isaque Neri Santiago Neto, Luiz Fernando Coelho Brandão, Marcos Antonio Lamego Mendonça, Roberto Brasileiro Lima Diretores-Secretários
Por Marcos Costa
Diretrizes do Governo da Bahia para o setor em 2015
p. 23
CULTURA p.30 Programação cultural e dicas de leitura
1º Juranildes Melo de Matos Araújo, 2º Herivaldo Bittencourt Nery, 3º João Luiz dos Santos Jesus Diretores-Tesoureiros
1º Arthur Guimarães Sampaio, 2º Antonio Augusto de Oliveira Lopes e Costa, 3º Antonio Chaves Rodrigues Diretores
Alberto Vianna Braga Neto, Américo Soares Sales Campos, Ana Lúcia Dias dos Santos, Antonio Pithon Barreto Neto, Avani Perez Duran, Carlos Alberto Souto Silva, Cíntia Freitas Lima Modesto, Claudênio Barbosa de Souza, Edvaldo Lima de Oliveira, Hilton Morais Lima, Jesonias Telles Bastos, João Arthur Prudêncio Rêgo, José Carlos Boulhosa Baqueiro, Marcelo Ferraz Nascimento, Maria da Conceição Gomes Cardoso Valente, Maria José Carneiro Lima, Raimundo Jorge Dresselin, Raul Boullosa Y Baqueiro, Sérgio da Silva Sampaio Superintendente da Fecomércio-BA
Paulo Studart Sesc Bahia
Senac Bahia
Presidente do Conselho
Presidente do Conselho
Carlos de Souza Andrade
Carlos de Souza Andrade
Diretora Regional
Diretora Regional
Célia Batista
Marina Almeida
REALIZAÇÃO
ERRAMOS Na edição anterior, na página 10, seção “Curtas”, nós dissemos que a foto do Curso de Gestão Sindical era da turma da cidade de Ilhéus. Na verdade, a foto era da turma que aconteceu em Salvador. Segue agora a foto correta do curso realizado em Ilhéus.
Cristina Maeda, Roberto Garcia, Antonio Costa, Kelsor Fernandes, Jamil Chagouri Ocké e Liana Brandão
Gerente de Comunicação e Marketing Fecomércio-BA Marcos Maciel
Projeto Gráfico Person Design
Assessora de Comunicação Fecomércio-BA Délia Coutinho
Diagramação Carla Piaggio
Auxiliar Administrativa Eunice Ribeiro
Revisão Moisés Brito
Produção Editorial Comunicativa Agência de Comunicação
Tiragem 1.000 exemplares
Sindicatos filiados Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador (Sindal), Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador (Sindalimentos), Sindicato do Comércio Atacadista de Materiais de Construção da Cidade do Salvador (Sindamac), Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos da Cidade do Salvador (Sincamed), Sindicato do Comércio Patronal de Camaçari e Região (Sincomcam), Sindicato do Comércio Atacadista de Salvador (Sindacs), Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Armarinhos e Vestuário da Cidade do Salvador (Sindtav), Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares da Cidade do Salvador (Sindbeleza), Sindicato do Comércio Armazenador do Estado da Bahia (Sindarmazenador), Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador (Sindilojas), Sindicato dos Representantes Comerciais do Estado da Bahia (Sirceb), Sindicato dos Vendedores Ambulantes e dos Feirantes da Cidade do Salvador (Sindfeira), Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado da Bahia (Sincodiv), Sindicato do Comércio Varejista e dos Feirantes de Jequié (Sicomércio), Sindicato do Comércio Varejista de Irecê e Região (Sincom), Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos de Eletrodoméstico da Cidade do Salvador (Sindeletro), Sindicato do Comércio Varejista de Santo Antônio de Jesus (Sincomsaj), Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Ribeira do Pombal e Região (Sincomvrpr), Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região (Sindpat), Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomfs), Sindicato do Comércio Varejista de Alagoinhas e Região (Sicomercio Alagoinhas), Sindicato do Comércio Varejista de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Belmonte (Sindescobrimento), Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis da Cidade do Salvador (Secovi), Sindicato do Comércio de Vitória da Conquista (Sicomerciovc), Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus (Sicomercio Ilheús), Sindicato Patronal do Comércio de Paulo Afonso e Região (Sinpa), Sindicato do Comércio Varejista de Santo Amaro (Sindicom), Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes e dos Vendedores Ambulantes de Ilhéus (Sicovfamil), Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia (Sincofarba).
Contatos e sugestões: 71 3273-9820 comunicacao@fecomercioba.com.br www.fecomercioba.com.br Avenida Tancredo Neves, nº 1.109, Ed. Casa do Comércio, 9º andar, Pituba. CEP: 41820-210 Salvador - Bahia - Brasil
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ENTREVISTA
“Queremos dar mais visibilidade e transparência à atuação da CNC” MARCOS ARZUA, SECRETÁRIO-GERAL DA ENTIDADE, ACREDITA QUE A INTEGRAÇÃO E A SINERGIA COM AS FEDERAÇÕES ESTADUAIS SÃO VITAIS PARA O FORTALECIMENTO DA CONFEDERAÇÃO
C
onversamos com Marcos Arzua, novo secretário-geral da CNC, que nos contou como está encarando o desafio de assumir a função na entidade. Arzua foi diretor executivo da Fecomércio-SC e assumiu a nova função no início deste ano. Nesta entrevista, ele nos conta como pretende contribuir para dar mais visibilidade às ações da entidade e ressalta o papel das federações estaduais para consolidar a representatividade dos empresários do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do país. Quais as atribuições do secretário-geral da CNC? A Secretaria-Geral da CNC está diretamente subordinada ao presidente da entidade, Antonio Oliveira Santos. É o órgão que cuida, entre outros pontos, do bom funcionamento da infraestrutura patri-
monial e tecnológica e da logística da CNC. Colabora na formulação da política de Recursos Humanos e no desenvolvimento organizacional da Confederação. Enfim, nossa função é contribuir para que a CNC tenha sempre um ótimo ambiente de atuação, produtivo, eficiente, estimulante e em sintonia com as demais entidades do nosso Sistema. Do ponto de vista estratégico, temos também um papel relevante a desempenhar Foto: Divulgação
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Foto: Divulgação
no planejamento e nos programas externos para as entidades do Sistema, bem como na visibilidade e na transparência que queremos dar à atuação da CNC. Como o senhor encara o desafio de assumir essa função tão importante? O Sistema liderado pela CNC atravessa um momento de grande vitalidade. Para mim, é uma oportunidade de contribuir de forma ainda mais próxima e integrada para o processo de modernização e fortalecimento que a entidade e o nosso sistema estão experimentando. Espero poder oferecer à Confederação a experiência e o entusiasmo que tenho procurado imprimir em todos os trabalhos e projetos de que tenho participado. Contribuir para o fortalecimento da CNC é ajudar a tornar mais forte todo o nosso sistema. Quais os principais projetos que o senhor pretende desenvolver em 2015? Queremos dar mais visibilidade e transparência à atuação da CNC. Mostrar ao empresário do comércio o nosso trabalho, para que ele deposite cada vez mais confiança no nosso sistema sindical. Uma das ações que vão permitir isso será o novo modelo de funcionamento das Câmaras Brasileiras do Comércio. Elas vão atuar com nova dinâmica de reuniões, integradas com as áreas da CNC, buscando agilidade nos trabalhos, ampliação da comunicação e um alinhamento com as Câmaras Estaduais do Comércio. Temos o novo Segs, que inicia o Ciclo 2015 com melhorias fundamentais para a obtenção de resultados expressivos por parte das entidades participantes. Tudo de forma alinhada com o planejamento estratégico do Sistema. Outras ações estão relacionadas à melhoria de
processos, ao aperfeiçoamento das ferramentas administrativas e à motivação da equipe da CNC, com o objetivo de ajudar a entidade a ampliar os níveis de eficiência e a capacidade de respostas rápidas às demandas crescentes que surgem em uma organização como a nossa. Mas todas as nossas ações são no sentido de elevar o nome da CNC na esfera de atuação que nos compete. Os resultados que a Diretoria deseja serão alcançados. Como as federações estaduais, a exemplo da Fecomércio-BA, podem apoiar e se inserir nesses projetos? A parceria com as federações que compõem o nosso sistema é absolutamente vital para que a CNC possa cumprir o seu compromisso de defender os interesses dos empresários do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Trabalhar de forma cada vez mais integrada, construindo um ambiente de sinergia, ouvindo o que as entidades têm a dizer, buscando respostas e soluções para os desafios comuns é o caminho ideal para que possamos garantir o fortalecimento das nossas entidades. A união dos empregadores é a chave para fortalecer o trabalho e obter melhores resultados. Como o senhor avalia o momento de renovação que vive a Fecomércio-BA? É um momento importante, em que a nova gestão, na sequência de um trabalho sólido desenvolvido pelo presidente Carlos Amaral, define suas prioridades. O novo presidente, Carlos de Souza Andrade, atuando em um modelo de gestão profissional, está valorizando a aproximação com as demais entidades representativas do Estado da Bahia e com o empresariado do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Outro ponto que ressalto é o alinhamento do trabalho executivo da Fecomércio-BA com o que estamos desenvolvendo na CNC.
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Foto: Sergey Nivens | @ Fotolia
Empresárias baianas ganham espaço e representatividade CÂMARA DA MULHER EMPRESÁRIA (CME) FORTALECE PARTICIPAÇÃO FEMININA NOS DEBATES SOBRE O COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DA BAHIA
P
restando uma homenagem a todas as mulheres que contribuem para o desenvolvimento das empresas e economia do estado, o Sistema Fecomércio-BA oficializou a criação da Câmara da Mulher Empresária (CME). A ação faz parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Um dos principais objetivos da câmara, que foi aprovada na última reunião da diretoria da Fecomércio-BA, é formar e legitimar líderes empresárias, estimular a defesa de interesses do segmento, fomentando o espírito empreendedor da mulher empresária. Para o presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, a implementação da câmara é o reconhecimento do esforço das mulheres baianas que estão à frente dos negócios. “A Câmara da Mulher concretiza o importante envolvimento das empresárias na Fecomércio-BA. Nós iremos acolhê-las e apoia-las da melhor forma que pudermos”, garantiu Andrade. Para Avani Perez Duran, diretora de conselho da Fecomércio-BA, a criação do órgão reafirma as polí-
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ticas da entidade no sentindo de estabelecer uma posição de maior valor para as empresárias. “A mulher moderna teve que assumir papéis bem variados: dona de casa, esposa, mãe etc. O papel de empresária entrou nesse filão e, por conta disso, tivemos que desenvolver uma metodologia para estudar, organizar a família e empreender, tudo ao mesmo tempo. Precisamos ter um conhecimento muito profundo do que estamos operando e ser muito assertivas. A câmara vem como uma forma de colocar isso em pauta, avaliar e fortalecer o papel desenvolvido pela mulher no comércio”, argumenta a diretora. A importância da ação também é reforçada nas palavras de Juranildes Araujo, diretora secretária da Fecomércio-BA. “A Câmara da Mulher irá nos proporcionar troca de experiências, além de agregar valores na parte empresarial, colocando a mulher em destaque. Temos a certeza de que todas as ações implementadas fortalecerão os negócios de cada empresária, colocando em evidência o nosso trabalho associativo”, conclui.
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CURTAS
LIQUIDA SALVADOR MOVIMENTA R$ 550 MILHÕES NO COMÉRCIO Entre os dias 27 de fevereiro e 9 de março, a Liquida Salvador agitou o comércio da capital no pós-Carnaval. Com um crescimento esperado em torno de 10% em relação ao ano passado, a Liquida Salvador teve adesão de 7500 lojas e aqueceu o mercado para consumidores e lojistas. Segundo Frutos Dias Neto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador, o volume de venda de kits para os lojistas aumentou. “A Liquida Salvador é completamente benéfica para o comércio e, esse ano, os comerciantes foram mais agressivos nas promoções, o que tornou a ação bastante atrativa para os clientes”. As premiações da Liquida Salvador em 2015 incluíram o sorteio de um automóvel Audi A3, três Toyotas Etios e 20 motocicletas.
TURISMO DE COMPRAS É DEBATIDO EM MADRI Foto: Divulgação
Com o objetivo de analisar e discutir as questões-chave em torno do Turismo de Compras e a perspectiva de parcerias público-privadas, o presidente Carlos de Souza Andrade participou da reunião da Organização Mundial de Turismo (OMT), que aconteceu em Madri, na Espanha. O evento, que contou com a participação de representantes de 155 países, promoveu discussões e o intercâmbio de experiências e melhores práticas a serem aplicadas nos destinos turísticos em todo o mundo. “Nessa reunião tivemos a oportunidade de discutir e gerar conhecimento, além de contribuir com a promoção de políticas e instrumentos de apoio ao turismo no nosso estado”, ressaltou Carlos de Souza Andrade.
Alexandre Sampaio e Carlos Andrade durante evento em Madri, na Espanha
Representando a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio de Abreu, presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), também esteve presente.
BAHIA GANHA REPRESENTAÇÃO NA CÂMARA DA ANS O presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, foi indicado para compor a Câmara de Saúde Suplementar, órgão de participação institucionalizada da sociedade na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para Andrade, assumir o novo assento na ANS representa uma grande responsabilidade. “Sem dúvidas estou honrado em fazer parte da Câmara e continuarei trabalhando para representar o setor na saúde suplementar”, afirma o presidente, que também é vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Entre as atribuições da Câmara de Saúde Suplementar estão acompanhar a elaboração de políticas no âmbito da saúde suplementar; discutir, analisar e sugerir medidas que possam melhorar as relações entre os diversos segmentos que compõem o setor; colaborar para as discussões e para os resultados das câmaras técnicas; e auxiliar a Diretoria Colegiada a aperfeiçoar o mercado de saúde suplementar.
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Foto: Divulgação
Anne Anjos, de Macaúbas, é coroada Miss Bahia Intercontinental
EMOÇÃO NA FINAL DO MISS BAHIA INTERCONTINENTAL No dia 27 de janeiro, o Teatro Sesc Casa do Comércio sediou a final do concurso Miss Bahia Intercontinental. O evento reuniu 27 candidatas baianas que disputaram o posto de mulher mais bonita do estado. Porém, itens como simpatia, comportamento e educação também foram avaliados pelos jurados. A vencedora do concurso foi a representante do município de Macaúbas, Anne Anjos, de 25 anos, que irá representar a Bahia no concurso Miss Brasil Intercontinental 2016. A ganhadora tem um contrato de 1 ano como Miss Bahia Intercontinental, além de cumprir uma agenda de compromissos que incluem visitas aos patrocinadores, casas de apoio, casas de repouso, orfanatos e escolas. Foto: Divulgação
PROGRAMA MESA BRASIL SESC DIVULGA BALANÇO ANUAL O Sesc Bahia, através do Programa Mesa Brasil, arrecadou cerca de 970 toneladas de alimentos em 2014. Esses e outros dados foram divulgados no 11º Encontro Anual de Doadores e Instituições Sociais do Programa Mesa Brasil Sesc, que aconteceu no dia 28 de janeiro, no Teatro Sesc Casa do Comércio. O evento teve como principal objetivo realizar a prestação de contas do ano, além de promover o encontro de doadores, parceiros voluntários e instituições receptoras ao longo do ano de 2014.
A programação, entre outras atrações, contou com uma brilhante apresentação da Escola Olodum, que é uma instituição assistida pelo Mesa Brasil.
FIQUE SABENDO! Mesa Brasil Sesc – Regional Bahia: • Alimentos arrecadados: 971.680,12 kg • Alimentos distribuídos: 963.983,39 kg • Refeições complementadas: 12.007.130
Escola Olodum, uma das instituições beneficiadas do Mesa Brasil
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CURTAS Foto: Divulgação
UNIDADES DO SENAC NO INTERIOR REALIZAM JORNADA PEDAGÓGICA Em fevereiro, três unidades do Senac na Bahia promoveram encontros com intuito de estudar o novo modelo pedagógico proposto pela instituição. As Jornadas Pedagógicas aconteceram em Vitória da Conquista, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus, e contaram com a participação do corpo docente e das supervisoras pedagógicas das unidades. Entre as temáticas abordadas nos encontros, estiveram a educação profissional por competências, atual proposta pedagógica da instituição, e as inovações do SEI – novo sistema acadêmico utilizado pelo Senac.
Foto: Divulgação
SENAC EM FEIRA DE SANTANA PROMOVE ENCONTRO DE PARCEIROS 2015 O Senac na Bahia, através do Centro de Educação Profissional em Feira de Santana, realizou, no dia 5 de janeiro, o Encontro de Parceiros 2015, com o objetivo de renovar as parcerias de 2014 e concretizar novas alianças para este ano. Cerca de 120 participantes, entre prefeitos e secretários dos municípios circunvizinhos, estiveram presentes e assistiram a palestra do Prof. Alexandre Correia, com o tema “Novas perspectivas e Novos Olhares para a Educação Profissional”. Marcaram presença na ocasião o presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicom-FS), José Carlos Moraes Lima, e a superintendente de Educação Profissional da instituição, Liana Brandão.
Foto: Divulgação
SINDPAT E SINDESCOBRIMENTO COMEMORAM ANIVERSÁRIO A Fecomércio-BA parabeniza o Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região (Sindpat) pelos seus 17 anos, e o Sindicato do Comércio Varejista de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Belmonte (Sindescobrimento) pelos seus 11 anos, em seus respectivos aniversários nesse primeiro trimestre. O presidente Carlos de Souza Andrade, enfatiza a importância do trabalho dos sindicatos para ampliar a representatividade das empresas. “Esperamos que esta data se perpetue por muitos anos. Estamos trabalhando para reforçar ainda mais a nossa aproximação com os empresários, que ajudam a transformar crises em oportunidades”, afirmou.
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CURTAS – LEGISLATIVO
FECOMÉRCIO INTENSIFICA ATUAÇÃO NO CONGRESSO
PRODUTIVIDADE EM PAUTA NA ASSEMBLEIA
No Congresso Nacional, com a posse dos novos deputados, em fevereiro, a Fecomércio-BA vem atuando proativamente para a aprovação das novas regras do Simples Nacional. Além do fim dos 10% do FGTS, foram discutidos temas que dizem respeito à atividade empresarial da Bahia e do Brasil. A instituição também se posicionou contrária a projetos que aumentam os tributos incidentes sobre a atividade econômica, já que a alta carga de impostos vem impedindo o pleno desenvolvimento dos negócios. A Fecomércio-BA ainda vem atuando junto ao Congresso para trazer a público o debate sobre a terceirização, assunto que representa um importante paradigma para a economia brasileira em momento de crise internacional.
Já na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, a Fecomércio-BA vem apoiando projetos destinados a alavancar a economia do estado, em especial aqueles ligados ao empreendedorismo, à redução de impostos e à preservação do meio ambiente. Para os próximos quatro anos, a intenção da instituição é promover o debate de ações para superar os desafios que afetam a produtividade das empresas do país, principalmente de projetos relacionados às áreas trabalhista, ambiental, tributária, econômica, de captação de recursos e de defesa do consumidor. “É nas casas legislativas que devem ser debatidos os temas que afetam a vida do empresário brasileiro. Por isso, temos uma equipe preparada para levar nossos anseios e demandas aos deputados estaduais, federais e senadores”, avalia Carlos de Souza Andrade.
CURTAS – CNC
EMPRESÔMETRO: TUDO SOBRE MPES EM UM ÚNICO LUGAR Desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), especialmente para a CNC e o Fórum das Micro e Pequenas Empresas, o Empresômetro das MPEs é uma importante ferramenta para a elaboração de políticas públicas e estratégias de mercado, além de possibilitar total transparência no fornecimento das informações públicas a quem elas pertencem por direito: a população. O portal Empresômetro das Micro e Pequenas Empresas já está no ar e contabiliza a abertura e fechamento das pequenas empresas, mostra o regime tributário e também a localização de todos os empreendimentos ativos. Com mais de 13 milhões de empreendimentos cadastrados, o sistema também serve como termômetro da economia brasileira, já que abrange 90% dos negócios ativos de todo o território nacional. Conheça a iniciativa em http://empresometro.cnc.org.br
TERCEIRIZAÇÃO EM PAUTA NO CONGRESSO O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, comunicou aos presidentes e representantes das confederações patronais que, em 7 de abril, colocará em votação o pedido de urgência do Projeto de Lei 4.330/2004, que trata dos serviços terceirizados. O anúncio foi feito em café da manhã em sua residência, durante encontro com lideranças empresariais. Em relação ao mérito, o parlamentar afirmou haver alguns pontos que necessitam de consenso. Do lado empresarial, o pleito é solicitar a todas as entidades que trabalhem junto aos parlamentares de suas bases para mostrar a relevância de se votar e aprovar o marco legal da terceirização o mais rápido possível.
NEGOCIAÇÕES COLETIVAS A Divisão Sindical da CNC acaba de lançar o Sistema de Negociação Coletiva do Comércio (SNCC). O sistema é uma ferramenta com mais de oito mil cláusulas de negociação coletiva e que visa fornecer instrumentos de pesquisa para auxiliar os empresários. O novo sistema permite a pesquisa de cláusulas e negociações por estado ou por área de atividade, além de gerar relatórios e indicadores. Saiba mais sobre o projeto no site www.cnc.org.br Divisão Sindical da CNC apresenta o Sistema de Negociação Coletiva do Comércio (SNCC)
Foto: Ciéte Silvéria/Perspectiva
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CAPA
SETOR PRODUTIVO BAIANO UNIDO EM 2015 LÍDERES DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E AGRONEGÓCIO FORTALECEM REPRESENTATIVIDADE JUNTO AO PODER PÚBLICO PARA PRESSIONAR POR MEDIDAS MAIS EQUÂNIMES NA CONDUÇÃO DA ECONOMIA
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m um momento de intensos debates e previsões no cenário econômico e político nacional, os setores produtivos encaram novos desafios e já sentem as pressões da economia em 2015. Com intuito de traçar estratégias e se posicionar proativamente nesse novo panorama, autoridades do Sistema Fecomércio-BA se reuniram com representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e da Federação da Agricultura e Pecuária
do Estado da Bahia (Faeb), no “Primeiro Encontro das Federações”. O evento, uma ocasião inédita para os setores produtivos na Bahia, aconteceu na sede da Fieb, no dia 6 de fevereiro. O presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, saudou os participantes do encontro e ressaltou a importância da reunião no cenário político e econômico atual. “Essa ocasião está sendo um marco histórico. Nós entendemos Foto: César Vilas Boas
Carlos de Souza Andrade (Fecomércio-BA), Antônio Ricardo Alban (Fieb) e João Martins (Faeb)
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que o Brasil está passando por um momento de descontrole e, como representantes dos setores produtivos, devemos cobrar respostas dos governantes que elegemos”, assegura. Para João Martins, presidente da Faeb e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a reunião foi um ato de maturidade e deve ser repetido. “Nesse cenário econômico, percebemos ainda mais que as instituições são complementares. A Agricultura, a Indústria e o Comércio formam uma confluência de atividades e, como tal, devem procurar soluções que sejam eficazes em todos os níveis”, afirma Martins. Para Antônio Ricardo Alvarez Alban, presidente da Fieb, a reunião das instituições resulta em uma representatividade maior dos setores junto ao governo. “Ficou claro que todos pensam da mesma forma sobre a prudência e a necessidade de fazermos algo em conjunto. Nossas ações terão uma ressonância muito maior”, pontua Alban. Além dos mais de 40 representantes das federações baianas, também participaram da conferência cientistas econômicos da CNC, CNA e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os três convidados apresentaram dados atuais sobre o cenário econômico em todo o país, relacionados ao Comércio, à Indústria e ao Agronegócio, e foram unânimes em afirmar que o momento é de cautela. Diante do cenário apresentado pelos economistas e pelos dados levantados pelas próprias confederações, os presidentes da Fecomércio-BA, da Fieb e Faeb reafirmaram a importância de estratégias conjuntas de atuação. “Os setores estão decidindo democraticamente um novo rumo, precisamos saber para onde vamos. Baseados nesse propósito, a nossa intenção é ouvir os empresários do segmento e começar a movimentar a sociedade para cobrar ação dos governantes”, afirma Carlos de Souza Andrade. ENTENDA O MOMENTO Segundo o economista da CNC, Fábio Bentes, o Brasil encontra-se, atualmente, em uma espécie de armadilha econômica e precisa desenvolver uma nova estratégia política para evitar uma possível crise. “Além do colapso hídrico que estamos vivendo, temos que ir ainda mais longe para entender que há algo mais forte mudando o ritmo da atividade comercial no país”, pontua Bentes. O cientista econômico explica que, entre 2004 e 2012, o comércio passou por um período de crescimento, quando houve uma popula-
“Os setores estão decidindo democraticamente um novo rumo, precisamos saber para onde vamos. Baseados nesse propósito, a nossa intenção é ouvir os empresários do segmento e começar a movimentar a sociedade para cobrar ação dos governantes.”
LINHA DO TEMPO 2001: Crise energética
2002: Crise de confiança e crise cambial
2003: Surgimento da linha de crédito consignado
2005: Início do ciclo ampliação do crédito ao consumidor
2006 e 2007: IPCA abaixo do centro da meta de inflação
2008: Crise financeira internacional
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CAPA “Ficou claro que todos pensam da mesma forma sobre a prudência e a necessidade de fazermos algo em conjunto, nossas ações terão uma ressonância muito maior.”
2010: Guerra cambial internacional
Antonio Ricardo Alban, presidente da Fieb
“Nesse cenário econômico, percebemos ainda mais que as instituições são complementares. A Agricultura, a Indústria e o Comércio formam uma confluência de atividades e, como tal, devem procurar soluções que sejam eficazes em todos os níveis.” João Martins, presidente da Faeb e CNA
2011: Fim do ciclo de valorização do Real
2012: Redução do IPI para veículos e linha branca
Foto: Divulgação
rização do crédito, principalmente entre a classe média. “Nos dois últimos anos, no entanto, o governo vem promovendo uma qualificação dos gastos públicos e elevando a receita de empresas de serviços que ajudam a financiar o governo através do pagamento de impostos. Isso acaba prejudicando o consumidor, pois eleva o preço das contas de eletricidade, água, gás, combustível etc.”, esclarece. Ainda de acordo com o representante da CNC, a elevação no preço dos serviços primários acaba impactando fortemente no comércio, pois tira o poder aquisitivo do Fábio Bentes consumidor. “As famílias brasileiras estão com um orçamento super apertado e isso vai criando um ciclo vicioso difícil de ser quebrado”, completa Bentes. De acordo com um relatório do Banco Central, divulgado em janeiro, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015 subiu de 6,56% para 6,6% no primeiro mês do ano. A meta central de inflação para 2015 e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas é de 6,5%. Deste modo, a previsão do mercado para o IPCA neste ano segue acima do teto. Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.
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2013: Início do novo ciclo de aperto monetário
2014: Taxas de juros ao consumidor e ao empresário atingem níveis recordes de alta
EXPECTATIVAS • IPCA:
6,6% O teto do sistema de metas é de 6,5%. Deste modo, a previsão do mercado para o IPCA neste ano segue acima do teto. • Inflação:
4,5% Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011. Fonte: Banco Central
Foto: Divulgação
MEDIDA PROVISÓRIA 669 Em nota pública conjunta, os presidentes da Faeb, Fieb e Fecomércio-BA criticaram a publicação, pelo Governo Federal, da Medida Provisória 669. No documento, publicado no jornal A Tarde, os representantes do setor produtivo baiano afirmam que “ao elevar de maneira expressiva as alíquotas incidentes sobre a receita bruta das empresas, a MP 669 compromete ainda mais a competitividade das empresas brasileiras, ao retroceder na política de desoneração da folha de pagamento, iniciada em 2011 com o intuito de ajudar as empresas intensivas em mão de obra a manter postos de trabalho”. Quase um mês após o “Encontro das Federações”, a mobilização empresarial continuou. No dia 02 de março, os presidentes da Fieb e Fecomércio-BA receberam a imprensa para explicar as principais reivindicações dos empresários baianos e para manifestar o descontentamento com a publicação da MP 669. A coletiva recebeu o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). “É preciso que todos contribuam com sua quota de sacrifício para que se crie um ambiente positivo, que mostre união nacional para enfrentar a crise econômica. A recessão este ano é inevitável e o ajuste fiscal é apenas uma medida pontual, que não sabemos se ajuda ou prejudica”, comentou o presidente da Fieb, Antonio Ricardo Alban.
Para o presidente da Fecomércio, Carlos Andrade, o Brasil precisa ter um planejamento de curto, médio e longo prazo. “O custo Brasil é assustador. Por essa razão é inadmissível que sejamos pegos de surpresa com a MP 669, que aumenta em 150% no recolhimento sobre a folha. O empresário brasileiro precisa de tranquilidade para trabalhar. É complicado contratar hoje para demitir cinco, seis meses depois”, disse em referência ao que acontece com o estaleiro Enseada Indústria Naval, em Maragogipe. Andrade observa que a MP 669 é prejudicial para a economia, especialmente para as empresas que mais empregam.
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PASSOS CERTOS
A visão por trás da Ótica Ernesto
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undada na década de 40, a Ótica Ernesto é a maior empresa do ramo óptico da Bahia. Com mais de meio século de história, 13 lojas espalhadas pela grande Salvador e duas grifes próprias — SV e Sunvilly — a empresa baiana de origem alemã consolidou-se como líder no mercado e hoje detém 40% da preferência local. Lise Weckerle, filha do fundador Ernst Weckerle, atualmente administra a loja com seus irmãos Wolfgang e Wilhelm e fala da história de sucesso da marca. A Ótica Ernesto é o principal empreendimento de um grupo familiar que tem mais de 70 anos de história. Qual a receita do sucesso? Essa receita tem muitos ingredientes. A realidade é muito diversa através de todo esse tempo e o mercado tem demandas diferentes em épocas tão distintas. Quando meu pai abriu a primeira ótica, na Piedade, ele fez o que sabia fazer de melhor: ser pioneiro. Era um período complicado, não havia lojas na Avenida Sete e todo comércio ficava na Rua Chile. Na verdade, ele apostou tudo no conhecimento que possuía da área. As óti-
Fotos: Divulgação
cas e os oftalmologistas, naquele tempo, não tinham o conhecimento da tecnologia e meu pai, por sua vez, tinha se formado em óptica na Alemanha, na Zeiss, a melhor fabricante de lentes do mundo. Quando ele abriu a primeira loja, os médicos imediatamente reconheceram o potencial dele e entravam em contato para consultar sobre o tipo ideal de lente para cada paciente. Foi assim que ele ganhou mercado, com o serviço personalizado. Essa foi a demanda de mercado naquela ocasião e é o conceito que levamos até hoje: somos uma ótica que entende do que o médico está falando. Esse é o grande diferencial da empresa? Sim, com certeza. Todos os nossos gerentes de loja fizeram curso de óptica. Formação e conhecimento são as essências da nossa marca. O cliente sabe que pode nos procurar e que nós teremos a melhor solução para ele e com a melhor qualidade. Além disso, nossos clientes não vão às lojas somente para comprar óculos. Eles entram, conversam, tem uma relação de confiança. Esse é o nosso diferencial: estamos preocupados se o cliente está satisfeito e queremos que ele tenha a certeza que estaremos ali para resolver qualquer problema, que nós cuidamos dessa relação. O empreendedorismo parece fazer parte do DNA da sua família. Como foi que você e seus irmãos decidiram assumir a empresa? Na verdade, não tivemos muitas opções. O que no final deu muito certo (risos). Quando concluí o colégio, meu pai me mandou para Alemanha, onde as mulheres já estavam inseridas no mercado de trabalho, para estudar Ciências Econômicas. Meus dois irmãos fizeram Administração aqui no Brasil e, quando começamos a trabalhar na ótica, sentimos que o mercado já estava mudando. Respeitando as vontades e aptidões individuais eu assumi a empresa como diretora de marketing, meu irmão
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“Formação e conhecimento são as essências da nossa marca. O cliente sabe que pode nos procurar e que nós teremos a melhor solução para ele e com a melhor qualidade. Além disso, nossos clientes não vão às lojas somente para comprar óculos. Eles entram, conversam, têm uma relação de confiança.” Wolfgang como diretor financeiro, e Wilhelm como diretor comercial. A marca Ótica Ernesto é muito forte. Todo mundo lembra e associa o “Ernesto, meu rapaz!”. Qual a estratégia de marketing da empresa? Quando assumi a empresa, fui para o balcão e para o contato com os médicos e com os clientes. Vendia os produtos e comecei a entender a necessidade real do mercado. Nessa época, outras óticas entraram como concorrentes e fomos despertando para o marketing em si, um conceito novo para o comércio. Essa divulgação não existia, fomos pioneiros nisso também. Foi quando surgiu o “Ernesto, meu rapaz!”. Mais do que saber que estávamos ali e o que vendíamos, as pessoas precisavam se sentir participantes do nosso negócio, amigas da nossa empresa. O público que via os anúncios sentia que a ótica era uma extensão dos seus próprios desejos. Hoje, temos cliente na terceira geração e que continuam fiéis, porque sempre foram tratados como parte do que somos.
Ano passado tivemos um período delicado para economia e, em 2015, já se fala em crise. Como empresária, qual a sua perspectiva para esse ano? Nosso grande desafio na ótica é ser uma empresa média. Esse é um equilíbrio complicado de se estabelecer, já que não temos as benesses do micro empresário e, ao mesmo tempo, temos que responder como se fossemos grandes. Não dá pra fazer muitas previsões para esse ano, com esse tsunami econômico chegando, mas, como empresa familiar, nós continuaremos com o que o nosso pai nos passou: os valores de ética, honestidade, de ser correto com o cliente. Confio muito no vínculo de credibilidade que já estabelecemos. E para o Comércio, qual a sua avaliação sobre 2015? Diria que todas as empresas terão que se precaver e criar mecanismos de sobrevivência, serem criativas. Em toda minha caminhada, crises sempre existiram. Sempre havia algum economista dizendo: “Cuidado, estamos em crise!”. E sempre consideramos o conflito atual como o pior. O que estamos vivendo é sempre mais grave do que o que já superamos. No entanto, já estamos a 70 anos estabilizados no mercado. Tenho uma visão crítica da realidade, mas sou uma pessoa otimista, por isso acredito que, mais uma vez, iremos encontrar um caminho de equilíbrio frente aos desafios econômicos e políticos.
Praça da Piedade na década de 40
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INSIGHTS
Como o comércio varejista pode enfrentar 2015?
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ualquer economista que procure enxergar as perspectivas da nossa economia para o ano de 2015 terá facilidade em vaticinar que este será um ano muito difícil. Provavelmente mais difícil e complexo do que qualquer outro que o nosso país atravessou nos últimos 15 ou 20 anos. Por outro lado, ele estará certo também em afirmar que já passamos por períodos piores, bem piores. Avançamos como sociedade de maneira contundente graças à capacidade de criar novas formas de trabalho e de convivência. Incorporamos tecnologia ao que fazemos, conquistamos a democracia e a possibilidade de ascensão social. Historicamente, optamos pelo caminho do Estado forte indutor de investimentos, baseado nas premissas de proteger o mercado interno, prover crédito e dar liquidez ao sistema financeiro, estimular a aquisição de bens de consumo pelas famílias e incentivar a indústria da construção civil. Fortalecemos multinacionais brasileiras para que essas empresas fossem capazes de concorrer com os principais players globais do seu segmento. Não fomos os primeiros a fazer isso. O modelo de crescimento da Coréia do Sul, por exemplo, também foi assim. Mesmo com esse cenário histórico é difícil não concordar que o ano de 2015 será repleto de desafios e de complexidade. E uma das explicações para esse cenário é que vivemos, no Brasil, uma situação paradoxal. Experimentamos as ta-
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“Nos próximos 50 anos, o crescimento médio da economia global decorrerá principalmente do aumento da produtividade (87%). A expectativa é de que a taxa de ocupação – horas de trabalho – responderá por apenas 13% do crescimento da economia global. Se uma empresa ou uma economia não derem um salto de produtividade não estarão aptas a concorrer, gerar valor e crescer de forma sustentável.” xas de desemprego mais baixas da história no mesmo momento em que temos também taxas muito baixas de crescimento econômico. O que explica essa falsa dicotomia entre alto nível de emprego versus baixo crescimento econômico? Uma das respostas é a produtividade do trabalho. Se a produtividade não aumenta, os níveis altos de emprego em setores que não geram valor diferenciado não são capazes de gerar valor econômico que possibilite o crescimento do Produto Interno Bruto. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempre-
gados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged), no período compreendido entre 2004 a 2013, a economia brasileira gerou 13,4 milhões de empregos formais. Esses números, entretanto, quando desagregados, podem nos revelar outros aspectos, como a faixa salarial onde ocorreu o aumento. Ainda de acordo com o Caged, a criação líquida de empregos ocorreu na faixa salarial de 1 a 2 salários mínimos, ou seja, um aumento dos postos remunerados com salários menores e baixo grau de especialização requerida. Outro estudo, realizado pelo IPEA, nos indica que a produtividade brasileira no setor de Comércio e Serviços equivale a 26% da produtividade norte americana e que, neste quesito, estamos atrás de países como Argentina, Chile, Colômbia e México. Esses aspectos ganham contornos ainda mais relevantes quando pensamos na participação que a produtividade terá no aumento do PIB per capita. Nos próximos 50 anos, o crescimento médio da economia global decorrerá principalmente do aumento da produtividade (87%). A expectativa é de que a taxa de ocupação — horas de trabalho — responderá por apenas 13% do crescimento da economia global. Se uma empresa ou uma economia não derem um salto de produtividade não estarão aptas a concorrer, gerar valor e crescer de forma sustentável. Mas como dar o salto necessário na produtividade que o
comércio varejista precisa? Sobre o assunto, uma pesquisa global da PwC. que abrangeu quase 20 mil consumidores em 19 países, incluindo o Brasil (e com um recorte específico para o Nordeste), nos apontou alguns caminhos. De acordo com as respostas desses consumidores existem quatro fatores que vão determinar a capacidade de crescimento, produtividade e competitividade dos varejistas. São eles: (a) Utilização de dispositivos móveis; (b) Redes Sociais; (c) A evolução da loja física; e (d) Mudanças demográficas. A capacidade de crescimento e de sobrevivência das empresas estaria, segundo se depreende das respostas desses consumidores, associada à capacidade do empresário em absorver essas tendências e usá-las para criar valor no seu negócio. Em relação aos dispositivos móveis, eles são cada vez mais utilizados para a realização de compras e, no futuro, tendem a ser o principal meio de compra utilizado pelos consumidores. Outro elemento de disrupção extraordinária são as redes sociais. De fácil acesso, as redes sociais ampliaram as formas de relacionamento dos consumidores com o varejo e estão impactando diretamente as decisões dos consumidores. De acordo com a PwC, parte relevante dos entrevistados utiliza redes como Facebook (79%), Google (47%) e Youtube (39%) como parte da sua experiência de compras, lendo comentários de outros consumi-
dores, assistindo vídeos, sendo influenciado por amigos e por gente que ele nunca verá em toda sua vida. Através das redes sociais os consumidores estão descobrindo marcas novas, recebendo feedbacks sobre outras marcas, assistindo vídeos e propagandas de novos produtos e de novos mercados. Esse tipo de experiência tem impactado a formação dos interesses dos consumidores em novos produtos, no conhecimento de promoções — em qualquer lugar do mundo — e finalmente, na sua decisão de compra. Mas e as lojas físicas? As lojas físicas precisam mudar e algumas já estão mudando. O principal agente dessa transformação deve ser a tecnologia. No entendimento dos consumidores, será a tecnologia a responsável por tentar reduzir a distância entre a compra virtual e a compra física. Uma série de pontos foram levantados pelos consumidores como diferenciadores que podem ajudar as lojas físicas a se adequarem ao novo tipo de experiência de consumo. Entre esses destacamos a habilidade em verificar o estoque de outras lojas ou da loja on line de modo a viabilizar a disponibilidade do produto; o pagamento das compras sem a necessidade do vendedor (self service check out) ou o pagamento das compras sem a necessidade de se dirigir ao caixa, mas com o acompanhamento do vendedor; ofertas personalizadas e em tempo real nas lojas físicas e Wi-Fi rápido, fácil de usar, no interior da loja, para pesquisar outros preços e outras
ofertas de modo a garantir que está fazendo a melhor compra. Em todos esses casos, o que consumidor está dizendo é que precisa de agilidade. A mesma agilidade que ele encontra na loja on line ele quer encontrar na loja física. Trata-se, portanto, de um novo consumidor e que está, claramente, passando uma mensagem aos empresários. Se o ano de 2015 — e os próximos anos também — exigirá que os varejistas repensem a produtividade dos seus negócios, a resposta está em entender melhor a dinâmica de consumo dos novos clientes, investir em tecnologia e agregar canais de comunicação e venda.
Carlos Coutinho é economista e sócio da PwC Brasil, onde é responsável pelas áreas de Consultoria Societária e Tributária e Private Company Services (Family Business) para a região Nordeste.
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INSIGHTS
A inovação como diferencial na competição empresarial também no setor de Comércio e Serviços
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novação é a palavra da “moda”. Assim, como a qualidade total e os requisitos de gestão em tempos passados eram as coqueluches, a inovação no momento parece ser a solução para todos os problemas de um empreendimento empresarial. Mas não é bem assim! Desapontando os mais confiantes, a atividade de inovação é de fato um elemento, dentre outros, para a melhoria da produtividade e consequente competitividade no mundo empresarial. Não existem milagres! Obter resultados que possam melhorar o ambiente corporativo não depende somente de implementar programas de gestão da inovação. Para tanto, a empresa precisa incorporar em sua rotina um conjunto de elementos - uma eficiente gestão da organização, recursos humanos qualificados, processo operacional atualizado, modelo de negócio criativo e finanças equilibradas. Assim, é fundamental que os empreendedores entendam que a inovação numa organização é um elemento a mais que pode sim, auxiliar na busca incansável de melhores resultados e na redução dos riscos do negócio. Sim, um elemento a mais e não o único. Tornar a inovação uma realidade depende de ações efetivas das organizações empresarias e governamentais. Todos têm que fazer a sua parte. Nos últimos anos, os Governos vêem implementando Programas de Apoio à Melhoria da Competividade Empresarial, focando no aporte de recursos sob a forma de subvenção econômica, por
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entenderem que, dividir os riscos da inovação do negócio com o empreendedor é um fator que pode trazer dividendos positivos para o desenvolvimento socioeconômico. No Estado da Bahia, desde 2007 a Fapesb vem apoiando o setor empresarial com recursos subvencionados para a inovação. A Fapesb é mais um – e não o único – ator do Sistema Baiano de Inovação – SIB que possui atribuições e responsabilidades no apoio ao setor empresarial. Além disto, a Fapesb é pioneira na implementação de ações diferenciadas, procurando não apenas estabelecer apoios tradicionais e sim, sempre se adequar as necessidades e demandas do segmento empresarial. E foi desta maneira que a Fapesb foi provocada em 2013 – por outros atores do SIB como SECTI, SICM (à época), Sebrae, IEL e o Fórum Regional de Micro e Empresas de Pequeno Porte da Bahia –, a trabalhar no sentido de implementar um apoio a inovação especificamente para o segmento de comércio e serviços. Após muitas discussões e dúvidas, foi lançado no final de 2014 o Edital Fapesb 021/2014 de Apoio à Inovação em Comércio e Serviços <http://www.fapesb.ba.gov. br/?page_id=16922>. Este Edital visa apoiar com recursos subvencionados a pesquisa e o desenvolvimento de projetos de inovações em produtos, processos e serviços em empresas baianas dos segmentos de comércio e serviços, especificamente, empresas de Porte Micro, Pequeno Porte e Micro Empreendedor Individual – MEI.
A inserção da inovação neste segmento ainda suscita dúvidas, devido ao caráter da necessidade da pesquisa, mas, é fato que, todas as empresas inseridas em comércio ou serviço realizam atividades de inovação. O que a Fapesb vislumbra é auxiliar as empresas na pesquisa de melhorias em produtos, processos, ambiente organizacional, prestação de serviços e demais melhorias que possam melhorar a competividade das empresas. Portanto, é um Edital pioneiro que tem como objetivo contribuir para a melhoria dos ganhos dos empreendedores locais. É hora de inovar também no setor de comércio e serviços!
Artur Caldas Brandão é Diretor de Inovação na Fapesb
Alzir Antonio Mahl é Coordenador de Inovação para Competitividade Empresarial na DI-Fapesb
Diretrizes do Governo da Bahia para o setor em 2015
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otivado, de um lado, pelos seus indicadores econômicos de participação no PIB e estoque de empregos formais e, do outro lado, pela provocação do empresariado por uma mobilização estruturada do governo para apoio ao setor terciário, o Governo do Estado, a partir de 2009, consolidou, de fato, a estruturação da Superintendência de Comércio e Serviços na, à época, Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), atualmente, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). É inegável a relevante importância do setor terciário para a economia baiana, e também nacional, face os seus 67% de participação no PIB estadual e 77% do estoque de empregos formais que, por si só, sem mencionar outros indicadores de destaque, impõem a necessidade de uma atuação estruturada e articulada das administrações públicas, de um modo geral, para propor políticas de atendimento a esse segmento econômico. Essa iniciativa se desdobrou na elaboração e lançamento, em parceria com a Fecomércio-BA, da Política Estadual de Comércio e Serviços, em 2012, documento propositivo de eixos e linhas de atuação estratégicas do governo para o setor terciário. Os estudos para a elaboração desse instrumento orientador chamaram a atenção para a necessidade profunda de promover uma melhoria no ambiente de negócios para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, cujo universo representa, segundo dados do Ministério
“Muito embora as previsões sobre a economia apontem para cenários não tão prósperos no curto prazo, em face do volume de investimentos previstos para o estado nos próximos anos, podemos visualizar arranjos, se não os mais promissores, mas, pelo menos, bem longe dos mais pessimistas para o setor terciário na Bahia.” do Trabalho e Emprego (MTE), 98% das empresas do setor terciário no Brasil, principalmente em virtude da, à época já sancionada, Lei das Micro e Pequenas Empresas (Lei 123/2006), que, naquele momento, ainda carecia da devida efetividade. Dentro desse cenário e motivados pela nova percepção conceitual a respeito da dinâmica econômica, que estabelece para relação entre os setores industrial, agroindustrial e de Comércio e Serviços uma forma indissociável e interdependente – na medida em que a compreensão passa a ser de que são elos de cadeias econômicas e não atores independentes – muitas iniciativas foram empreendidas com o objetivo de adensar cadeias produtivas, inserindo os pequenos negócios nas cadeias de fornecimento de grandes empreendimentos com projetos de encadeamento produtivo e realização de rodadas de negócios, projetos de qualificação de fornecedores, com apoio de parceiros do setor, dentre outras iniciativas. O aumento exponencial no volume de investimentos privados no estado nos últimos anos potencializou essas ações de modo que a
atuação do Governo do Estado com esse propósito deverá ser ampliada ainda mais. Por fim, podemos dizer que, muito embora as previsões sobre a economia apontem para cenários não tão prósperos no curto prazo, em face do volume de investimentos previstos para o estado nos próximos anos, podemos visualizar arranjos, se não os mais promissores, mas, pelo menos, bem longe dos mais pessimistas para o setor terciário na Bahia.
Marcos Costa é Superintendente de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia
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FECOMÉRCIO
Grupo de empresários baianos participa de feira sobre comércio varejista em NY Fotos: Divulgação
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ensando na inovação do varejo como um pilar de desenvolvimento, o Sistema Fecomércio-BA participou, entre os dias 10 e 16 de janeiro, da Convenção e Exposição Anual da Federação Nacional de Varejo de Nova York (NRF), nos Estados Unidos. A delegação baiana foi composta por mais de 40 empresários, que participaram de uma série de palestras e reuniões com especialistas do varejo e dirigentes de grandes organizações do comércio dos Estados Unidos. Uma série de visitas técnicas também fizeram parte da programação.
Presidente Carlos de Souza Andrade e a delegação da Bahia durante reunião da NRF, em Nova York
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Liderada pelo presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, a missão empresarial teve o intuito de trazer conhecimento e novas tecnologias e de fomentar o crescimento do comércio baiano, gerando desenvolvimento. “Iniciativas como essa são importantes, pois impactam a cadeia produtiva do comércio em todas as fases. A missão proporcionou ao empresário um novo olhar sobre a sua empresa, agregando tecnologia e inovação à sua gestão, além de ampliar as oportunidades de negócios”, explica Andrade. A diretora do Senac na Bahia, Marina Almeida, também participou da missão e avalia os ganhos para a classe empresarial baiana como positivos. “A NRF é a maior convenção de varejo do mundo e apresentou tudo que há de mais moderno acontecendo nesse setor. Fizemos muitas reflexões sobre o cenário nacional e sobre a Bahia, que ainda opera num modelo mais antigo. Nossa expectativa é implementar todo o conhecimento a que tivemos acesso à nossa realidade, especialmente no momento econômico que vivemos”, afirma a diretora. A missão é uma realização da Fecomércio-BA, Fieb e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL-BA), com apoio do Sebrae-BA. SOBRE A NRF A NRF Big Show – Annual Convention & Expo é o maior e mais importante evento de tendências, tecnologias e inovações voltadas para o varejo mundial. Acontece anualmente em Nova York e reúne milhares de executivos tomadores de decisão ao redor do mundo. São quatro dias de conteúdo (com palestras simultâneas), networking em todas as atividades e atualização de tendências, tecnologias e soluções.
SINDICATOS Fotos: Shutterstock
Comerciantes garantem representação nacional e acesso a benefícios
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pagamento da contribuição sindical é um importante instrumento para fortalecer a representatividade dos empregadores, junto ao estado e a própria sociedade. É através da contribuição dos sindicatos patronais que a Fecomércio-BA trabalha em defesa dos direitos e interesses dos empresários baianos. Com base nessas premissas, a Fecomércio-BA vem reforçando as ações de apoio aos comerciantes através dos 30 sindicatos filiados à entidade. Em 2014, os benefícios oferecidos aos sindicalizados cresceram em toda Bahia. Entre as principais ações desenvolvidas pelos sindicatos, estão a Certificação Digital, a oferta de planos de saúde e a promoção de treinamentos, cursos e palestras. Cristina Maeda, gerente de Relacionamento Institucional Sindical da Fecomércio-BA, explica que o foco da instituição é atuar junto às esferas públicas no sentido de criar normas legais e decisões políticas mais amigáveis aos interesses dos empresários. “Esse ano estamos operando proativamente, inclusive em nível nacional, através da Confederação Nacional do Comércio, para trocar informações sobre a realidade dos sindicatos patronais em todo Brasil e para criar uma força mais coesa que nos represente”, explica. Segundo dados da Fecomércio-BA referentes à contribuição sindical no ano passado, o Sindicato do Comércio
Patronal de Camaçari e Região (Sincomcam) teve um aumento expressivo na contribuição. Para Juranildes Araújo, presidente do sindicato, esse aumento não se justifica apenas pelos serviços oferecidos. “Estamos, no dia a dia, ao lado do comerciante, resolvendo as demandas com os empregados, promovendo campanhas sazonais, negociando com os shoppings, sempre buscando o fortalecimento da nossa categoria”, explica. Já o Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus (Sicomércio Ilheús) também teve um grande aumento nos números da contribuição: 91% de crescimento quando comparado a 2013. O presidente do sindicato, Antônio Costa, afirma que a ampliação nas contribuições se deve principalmente pela atualização no banco de dados. “Não se trata de um milagre, mas de trabalho sério e sistematizado. Organizamos nossa base de dados, fortalecemos nossa assistência jurídica e nossa representação junto ao Governo Municipal”, garante o presidente. Se você tem dúvidas sobre a contribuição sindical ou sobre os benefícios oferecidos pelo seu sindicato, entre em contato com a Fecomércio-BA através do telefone: (71) 3273-9817 ou visite o site www.fecomercioba.com.br
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SINDICATOS
Sindicom é oficializado como novo filiado da Fecomércio
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oi oficializada no dia 26 de fevereiro, durante a reunião de diretoria da Fecomércio-BA, a filiação do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom-BA). Apesar de já ter sido aprovado pela diretoria, tanto o sindicato quanto a Fecomércio-BA terão que aguardar a aprovação da CNC, que se dará através da Comissão de Enquadramento e Registro Sindical, conforme artigo 5º, parágrafo 1º do Estatuto da Federação. Segundo o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, a filiação acontece em um momento importante e faz parte do planejamento estratégico desta gestão. “Com o Sindicom-BA, chegamos ao 30º sindicato
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patronal filiado. Essa será uma das tônicas desse novo momento da Fecomércio: ampliar a representatividade da entidade, agregando novos segmentos, fortalecendo nossa presença no interior e lutando pelos interesses do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia”, afirmou. Para Ruy Argeu do Amaral Andrade, presidente do Sindicom-BA, a credibilidade da Fecomércio-BA e a representatividade nacional da instituição foram fatores decisivos na filiação. “A Fecomércio-BA conta com uma diretoria proativa. Nossa intenção agora é fortalecer e apoiar a federação, participando das missões e buscando novos mercados para Bahia”, afirma Ruy.
Carlos de Souza Andrade, Maria Dulce Andrade, Luiz Gonzaga do Amaral Andrade, Herivaldo Bittencourt Nery e Mauro Murakami
SENAC
Diálogo aberto
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om o objetivo de apresentar e discutir as ações do Senac na Bahia, o presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, juntamente com a diretora regional do Senac, Marina Almeida, reuniu-se, em fevereiro, com o diretor geral do Senac Nacional, Sidney da Silva Cunha. No encontro, que ocorreu na sede nacional do Senac, no Rio de Janeiro, os representantes baianos puderam expor os dados regionais da entidade e apresentar com mais detalhes os trabalhos desenvolvidos em todo o estado. De acordo com Marina Almeida, a ocasião fortalece as relações da entidade baiana com o Senac Nacional em um momento importante, quando o Sistema Fecomércio-BA está iniciando uma nova gestão e com um novo plano estratégico. “Esse diálogo, além de proporcionar uma grande troca de conhecimento, nos permite alinhar as ações e garantir que o Senac na Bahia esteja atuando em confluência com as unidades de todo país”, garante a diretora. O presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, considera que o estreitamento das relações com a diretoria nacional do Senac é de grande importância nessa gestão. “O Senac é um grande polo de conhecimento para quem lida com o Comércio de Bens, Serviços e Turismo e, justamente por isso, precisamos estar alinhados com o que há de mais atual. O encontro nesse início de ano nos deu um novo fôlego para as ações que iremos implantar no decorrer de 2015”, explica Andrade.
“O Senac é um grande polo de conhecimento para quem lida com o Comércio de Bens, Serviços e Turismo e, justamente por isso, precisamos estar alinhados com o que há de mais atual. O encontro nesse início de ano nos deu um novo fôlego para as ações que iremos implantar no decorrer de 2015.” Carlos de Souza Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-BA
Foto: Divulgação
AS QUATRO PRINCIPAIS AÇÕES APRESENTADAS NO DEPARTAMENTO NACIONAL: • Apresentação das Escolas Moduláveis; • Plano de Ação do Departamento Nacional 2015; • Programação de Comemoração Senac 70 anos; • A situação do Senac-BA no cenário nacional.
Fachada do Departamento Nacional do Senac
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SESC
Seis novas unidades no interior até 2017 OBRAS EM JACOBINA CONTAM COM INVESTIMENTO DE R$ 18 MILHÕES E JÁ FORAM INICIADAS Fotos: Divulgação
Masterplan de Jacobina
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romover inclusão social é uma das principais missões do Sesc na Bahia. Com esse intuito, a instituição planeja concretizar, até 2017, a inauguração de seis novas sedes em cidades do interior do estado, oferecendo equipamentos de assistência, cultura e saúde completos e modernos para a população baiana. As cidades que receberão as novas unidades serão Jacobina, Ilhéus, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Alagoinhas e Feira de Santana, que ganhará uma segunda sede na área urbana. O processo de interiorização do Sesc já estava previsto no Plano Gestor da instituição desde 2010 e a implantação das unidades encontra-se atualmente em diferentes fases de licitação e planejamento. Segundo a diretora regional do Sesc, Célia Batista, os novos equipamentos irão beneficiar não somente as cidades-sedes, mas também as comunidades dos municípios circunvizinhos. “As unidades serão inteiramente modernas, oferendo serviços de qualidade e gerando empregos para a população. Além de serem um local de cultura, educação, saúde e lazer para as famílias dos comerciários, as sedes do Sesc podem transformar a realidade de um bairro carente, como foi o caso do bairro do Tomba, em Feira de Santana”, explica a diretora. As novas estruturas do Sesc devem contar com centros de atividades, restaurantes, teatros, bibliotecas, consultórios odontológicos, parques aquáticos, centros de hospedagem, centros educacionais e quadras poliesportivas. Entre as atividades e serviços oferecidos à população estão ações comunitárias, educação infantil e fundamental, educação complementar, cursos de valorização social, apresentações artísticas, recreação, turismo social, consultas de nutrição e odontologia e educação em saúde.
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OBRAS JÁ INICIADAS Entre as seis cidades beneficiadas com os novos equipamentos do Sesc, Jacobina será a primeira a inaugurar o espaço físico. Com investimento de R$ 18 milhões, o Sesc em Jacobina irá contar com infraestrutura completa, em um terreno de quase 30 mil m², que atenderá todo o município e região. “O nosso principal objetivo é contribuir para o bem-estar social e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, suas famílias e a comunidade em geral”, ressaltou Célia Batista. “A nossa expectativa é realmente promover o desenvolvimento social de toda a cidade de Jacobina e regiões adjacentes, com o que há de mais moderno na área de esporte, cultura e lazer”, completou o presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, que assinou contrato para construção da nova unidade. Isaque Neri, presidente do Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região (Sindpat-BA), comemorou a iniciativa do Sesc. “A construção desse complexo é muito importante para a nossa cidade, porque, além de movimentar a economia, irá beneficiar o comércio de toda a região”, comentou.
Assinatura do contrato
CULTURA Fotos: Divulgação
Lançamento
LIVRO DA ADEGA
Duo Assad
Quinteto de Sopros da OSESP
Cine Teatro Sesc Casa do Comércio EXPOSIÇÃO: MARISE FERNANDES 70 ANOS As telas retratam a sua história de vida em óleo sobre tela com muita saudade de um tempo que se foi da menina do interior, mas permanece na memória e nas suas pinturas. A artista conta através dos pinceis e tintas a sua trajetória de vida, suas viagens pelo mundo, sua vida de professora de matemática e de soprano do coral do Mosteiro de São Bento. São 23 obras em óleo sobre tela que contam a sua história. Período: 01 a 29/03 | segunda a quinta, 9h às 17h e sexta a domingo 14h às 21h Local: Foyer térreo do Teatro
ESPETÁCULO: AMIGAS PERO NO MUCHO Comédia sobre quatro mulheres que mantêm uma relação de amor e ódio e conta a história do encontro das quatro amigas em uma tarde de sábado, em que exibem suas dissimulações, seus devaneios e dores, tudo isso com pitadas de muito humor, ironia e irreverência. No palco, além de André Gonçalves, três atores baianos interpretarão as protagonistas: Agnaldo Lopes, Lucio Tranchesi e Widoto Áquila. Período: 01 a 29/03 (sábados e domingos) | 20h Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) Classificação: 14 anos
ESPETÁCULO: JINGOBEL A peça conta a história de uma solteirona que é abandonada por seu amante e tem seu relacionamento inesperadamente rompido por telefone. Deprimida e dominada pela fúria, ela acaba por transformar duas visitas inesperadas em reféns. Durante toda a noite, essas três mulheres passam por situações cômicas e mais que absurdas. Período: 06, 13, 20 e 27/03 (sextas) | 21h Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) Classificação: 14 anos
EXPOSIÇÃO: RAIMUNDA RODRIGUES Servidora do SESC há mais de 20 anos, sempre atuou no Centro de Formação Artesanal. Desde criança, sempre gostou de fazer trabalhos manuais, como bonecas, crochê, tricô, renda turca e bordados a mão. Atualmente, desenvolve diversos trabalhos com arte francesa e se inspira especialmente em temas africanos. Nesta exposição, que traz obras de Raimunda e convidadas, são apresentadas gravuras de mulheres africanas,
paisagens, flores, além de temas infantis. Todas buscam inspiração na beleza cotidiana. Período: 10 a 30/04 | segunda a quinta, 9h às 17h e sexta a domingo 14h às 21h Local: Foyer térreo do Teatro
ESPETÁCULO: DUO ASSAD Formado por Sérgio e Odair Assad, o duo viaja pelo Brasil entre 8 e 29 de abril para apresentar O Clássico Violão Popular Brasileiro, em turnê patrocinada pela Petrobras. O CD – que reúne João Pernambuco e Paulo Bellinati, Canhoto e Paulo Porto Alegre, entre outros eruditos e populares. O DUO ASSAD escolheu o Brasil para celebrar seus 50 anos de carreira e lançar o CD O Clássico Violão Popular Brasileiro.
Guia para planejar, instalar, organizar e gerir uma adega. Apresenta as informações essenciais sobre os terroirs, as cepas, as diferentes vinificações, o tempo de guarda e a mutação do vinho. Orienta sobre a localização mais adequada para a instalação da adega e a melhor organização dos vinhos, bem como a escolha do vinho. Inclui fichas para elaborar um inventário real da adega, classificando os vinhos e registrando as impressões de uma degustação. Título: Livro da Adega Editora: Senac Edição: Vanessa Rodrigues
Dica de leitura
Período: 16/04 | 21h Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia) Classificação: Livre
ESPETÁCULO: ‘MAIS QUE DILMAIS’ Em “Mais que Dilmais”, o ator e humorista Gustavo Mendes, que virou febre na internet, reúne, no palco, uma compilação dos seus melhores textos, piadas e performances musicais ousadas — como ver Maria Bethânia cantando funk, e Alcione, Roberto Carlos e Ana Carolina em situações engraçadas. Entre todas as suas performances de sucesso, o clímax da peça continua sendo o momento em que o ator imita a presidenta Dilma Rousseff. Período: 17 e 18/04 às 21h e 19/04 às 20h Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) Classificação: 14 anos
ESPETÁCULO: QUINTETO DE SOPROS DA OSESP Formado por José Ananias Souza Lopes (flauta), Sérgio Burgani (clarinete), Joel Gisiger (oboé), Alexandre Silvério (fagote) e Nikolai Alipiev (trompa), o Quinteto de Sopros da Osesp apresenta um programa com obras de Mozart, Eugéne Bozza, Malcom Arnold e Ronaldo Miranda. Durante a performance, os integrantes contam curiosidades sobre as peças e seus autores, explicam as características de seus instrumentos e comentam sobre os aspectos de suas vidas como instrumentistas, compartilhando com o público suas experiências musicais. Período: 26/04 às 20h Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia) Classificação: Livre
Gestão de resíduos sólidos, o que diz a lei de Carlos Roberto Vieira da Silva Filho e Fabricio Dorado Soler Apresenta abordagem didática e interpretação concisa da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com definições, princípios, diretrizes, procedimentos, ações, incentivos, instrumentos econômicos e proibições relacionadas ao gerenciamento de resíduos. Trata-se de livro contemporâneo com o propósito de amparar o trabalho, o estudo e a pesquisa de profissionais das mais variadas formações, como Direito, Economia, Administração, Geologia, Engenharia Ambiental, Civil, Sanitária, de Produção, de Materiais e da Gestão Ambiental, entre outras carreiras. A dica é de Benedito Vieira, 3º vice-presidente da Fecomércio-BA e presidente do Sicomércio Alagoinhas
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CULTURA Foto: Mercury
Foto: Divulgação
UNIVERSO do Núcleo Afrobrasileiro de Teatro de Alagoinhas. Na Bahia, o Teatro Sesc-Senac Pelourinho, em Salvador, e as unidades executivas de Feira de Santana, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista e Barreiras receberão o projeto, ao longo do ano. 1ª ETAPA: O SOM DAS CORES | CATIBRUM TEATRO DE BONECOS (MG)
Lelo Filho em Fora da Ordem
Ricardo Castro apresenta o projeto e bastidores de $ 1,99
Teatro Sesc Senac Pelourinho PROJETO VIVA TEATRO! VIVA O CIRCO! Na edição de 2015, compõem a programação espetáculos de teatro, adultos e infantis, assim como espetáculos circenses, além de oficinas voltadas tanto para a qualificação de novos profissionais das artes cênicas, de educadores de escolas públicas e sensibilização da comunidade infantil. O PALHAÇO E A BAILARINA O espetáculo traz para a cena números cômicos inspirados na tradição do circo brasileiro e novos como Lavadeiras da Seleção, Palhaço sem querer e Chapéu Vermelho de dança tribal. Com muita improvisação, interação, riso, circo, dança e música o espetáculo traz a alegria espontânea da palhaçaria e da dança para as praças da cidade. Data: 20 de março | 15h e 21 de março | 19h
O MENINO DETRÁS DAS NUVENS O garoto Zezinho se sentava todas as tardes na soleira da porta para olhar o infinito. Seus olhinhos fitavam a linha do horizonte e desejava saber se seria ali que ele cumpriria o seu destino. Mais novo, não sabia o que aquele sentimento significa, mas sabia que teria que descobrir um dia. Ele transforma o dia a dia de uma cidade inteira, fazendo todos olharem a vida com outros olhos até que a perda de um amigo querido abala seu interesse pelo mundo. Apenas a chegada de um circo à cidade resgata sua alegria e é lá que ele se descobre artista, experimenta o amor pela primeira vez e volta a acreditar em seus sonhos. Data: 24 de março | 09h e 15h
FORA DA ORDEM – CIA BAIANA DE PATIFARIA Inspirado numa letra de Caetano Veloso, o espetáculo apresenta, em plena ditadura, um conflito familiar entre um pai militar e quatro filhos que veem no golpe e na censura gerada por ele, uma forte agressão aos direitos civis. Através desse núcleo familiar, a peça é uma metáfora das relações de poder já que tudo começa em 1968, dias depois de promulgado o AI-5, atravessando várias décadas até os dias de hoje. Ditadura, racismo, homofobia, violência, guerras
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Paulo Afonso Data: 09/04 | 15h Local: Salão Paroquial da Igreja São Francisco - CHESF Feira de Santana Data: 11 e 12/04 | 16h Local: Teatro da Fundação Sr. dos Passos Jequié Data: 15/04 | 20h Local: Teatro Sesc Salvador Data: 17/04 | 15h e 18/04 | 16h Local: Teatro Sesc-Senac Pelourinho
santas, intolerância de vários tipos são apenas alguns dos temas abordados.
ETAPA EXTRA: O SILÊNCIO E O CAOS | DIELSON PESSOA (PE)
Data: 25 e 26 de março | 19h Classificação: 14 anos
Feira de Santana – 18/04 Salvador – 22/04
BARRINHO, O MENINO DE BARRO
2ª ETAPA: GRUPO DE TEATRO DE PERNAS PRO AR (RS) COM OS ESPETÁCULOS:
Baseado na obra da escritora baiana Mabel Velloso, a peça conta a história de um menino que, brincando com o barro, cria um boneco, o Barrinho, que se torna o seu brinquedo mais querido. Após uma situação mágica, o boneco ganha vida e começa a falar. O espetáculo aborda temas e reflexões importantes para o entendimento da criança sobre o mundo. Os atores e bailarinos traduzem as cenas do espetáculo para Libras (Língua Brasileira de Sinais). Data: 27 e 28 de março | 15h (sexta) e 16h (sábado)
$1,99 O PROCESSO E SEUS EFEITOS O espetáculo solo escrito, dirigido e interpretado por Ricardo Castro comemora o dia internacional do teatro e dia nacional do circo no Teatro Sesc Pelourinho. O ator irá contar como foi o processo de criação do espetáculo e os efeitos que o mesmo causou na classe artística, na imprensa e principalmente como foi recebido pelas plateias dos lugares por onde passou, das grandes capitais às pequenas cidades do interior. Ricardo promete contar também momentos especiais como a comemoração dos cinco anos da peça quando trinta e seis artistas, entre eles Nilda Spencer e Wilson Melo, fizeram a peça e outros momentos divertidos e emocionantes que o espetáculo colecionou ao longo desses quinze anos de sucesso. O espetáculo será ao mesmo tempo uma palestra, um debate, uma aula e uma ode à criatividade e ao empreendedorismo. Data: 27 e 28 de março | 20h Classificação: 14 anos
PROJETO PALCO GIRATÓRIO Na 18ª edição do Palco Giratório foram selecionados dois espetáculos do estado da Bahia, que circularão por 33 cidades de diferentes regiões do país: O PÁSSARO DO SOL do grupo A RODA e EXU, A BOCA DO
“O LANÇADOR DE FOGUETES” Paulo Afonso – 04/07 Feira de Santana – 07/07 Santo Antonio de Jesus – 10/07 Jequié – 11/07 Vitória da Conquista – 12/07 Salvador – 16 e 17/07 “MIRA – EXTRAORDINÁRIAS DIFERENÇAS, SUTIS IGUALDADES” Paulo Afonso – 05/07 Feira de Santana – 08/07
3ª ETAPA: CIA. DE TEATRO NU ESCURO (GO) COM OS ESPETÁCULOS: “O CABRA QUE MATOU AS CABRAS” Barreiras – 18/08 Salvador – 21/08 Paulo Afonso – 23/08 Feira de Santana – 27/08 Santo Antonio de Jesus – 10/07 Jequié – 11/07 Vitória da Conquista – 12/07 “PLURAL” Barreiras – 19/08 Salvador – 22/08 Paulo Afonso – 24/08 Feira de Santana – 26/08 Jequié – 29/08
4ª ETAPA: TRAÇO CIA. DE TEATRO (SC) COM OS ESPETÁCULOS: “AS TRÊS IRMÃS” Barreiras – 03/10 Salvador – 06/10 Jequié – 09/10 “ESTARDALHAÇO” Barreiras – 04/10 Salvador – 07/10 Jequié – 10/10
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