Especial Comércio - Jornal Correio

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ESPECIAL

CO MÉR CIO

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FECOMÉRCIO-BA COMEMORA 70 ANOS DE ATUAÇÃO

Foto: Divulg

ação

Casa do Comércio sedia a Fecomércio-Ba

TRABALHO SETOR GERA MAIS DE 460 MIL EMPREGOS NA BAHIA FATURAMENTO SHOPPINGS BAIANOS MOVIMENTAM R$ 6,2 BI POR ANO

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2 ECONOMIA BAHIA

ComÊrcio gera 460 mil empregos Foto: Divulgação/Via Varejo

Participação do setor no PIB cresceu nos Ăşltimos anos O setor de comĂŠrcio e serviços da Bahia representa 71,7% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, o que indica uma soma de R$ 146,17 bilhĂľes. A participação cresceu desde o inĂ­cio deste sĂŠculo, segundo dados da SuperintendĂŞncia de Estudos EconĂ´micos e Sociais da Bahia (SEI). SĂŁo mais de 151 mil estabelecimentos e a geração de mais de 460 mil empregos formais somente nas unidades comerciais. “O comĂŠrcio apresentou crescimento, sobretudo, em função do aumento do consumo na dĂŠcada passada, com a elevação da renda e o incremento da classe mĂŠdiaâ€?, explicou o coordenador

Segmento de móveis e eletrodomÊsticos Ê um dos mais importantes do comÊrcio de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Luiz Mårio Vieira. Ele citou que a participação do setor de comÊrcio e serviços no PIB baiano no ano de 2002, por exemplo, era 63,4% e chegou a 72,2% em 2013. No ano seguinte, em função do início da crise,

o ,

o percentual começou a cair, e atingiu 70,5% em 2015. No ano passado, voltou a crescer, se aproximando do åpice. REAQUECIMENTO Os dados conjunturais começam a sinalizar uma possível recuperação no comÊrcio varejista

baiano. ApĂłs 29 meses consecutivos registrando queda nas vendas, o volume de negĂłcios cresceu no mĂŞs de junho, apresentando alta de 1,5%. “Apesar da conjuntura ainda adversa da atividade econĂ´mica, o comĂŠrcio varejista interrompe uma trajetĂłria de queda. Os nĂşmeros apontam que os prĂłximos meses deverĂŁo ser melhoresâ€?, afirmou Luiz MĂĄrio

Vieira. No acumulado deste ano, a taxa ainda ĂŠ negativa, de 2,6%, mas com tendĂŞncia de recuperação mĂŞs a mĂŞs. VĂĄrios fatores estariam contribuindo para o resultado apresentado na Ăşltima Pesquisa Mensal de ComĂŠrcio (PMC). “Podemos citar a redução da taxa de juros; a queda, mesmo que ainda pequena, do desemprego; a inflação em baixa; as exportaçþes em alta, e tambĂŠm algumas açþes que contribuem para estimular a economia, a exemplo da liberação das contas inativas do FGTSâ€?, declarou o economista. Os sinais sĂŁo positivos, segundo ele. EMPRESAS Outro dado que tambĂŠm chama a atenção ĂŠ o volume de novas empresas comerciais criadas este ano na Bahia. Segundo informaçþes da Junta Comercial do Estado (Juceb), o saldo positivo, nos sete primeiros meses deste ano, ĂŠ de 859 empresas criadas, incluindo varejo e atacado. Foram constituĂ­dos 6.034 novos estabelecimentos comerciais contra 5.175 fechados.

Foto: Divulgação/SEI

Dados apontam que os prĂłximos meses deverĂŁo ser melhores

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Luiz MĂĄrio Vieira SEI

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O segmento de Móveis e eletrodomÊsticos estå ditando fortemente o ritmo para o crescimento do comÊrcio baiano este ano. O levantamento mais recente da PMC, de junho, mostra que este ramo de atividade registrou um incremento no volume de vendas de nada menos que 30,4%. No acumulado do primeiro semestre, a variação positiva jå chega a 17,2%. Oito dos 10 segmentos que compþem o indicador de vendas do comÊrcio varejista jå registram comportamento

positivo. AlÊm de móveis e eletrodomÊsticos, tambÊm estão incluídos Livros, jornais, revistas e papelaria, com alta de 44,9%; Tecidos, vestuårio e calçados (9,2%); Outros artigos de uso pessoal e domÊstico (8,1%); Combustíveis e lubrificantes (4,8%); Material de Construção (4,7%), Veículos, motos, partes e peças (4%), e Equipamentos e materiais para escritório, informåtica e comunicação (2,5%). Destes, pelo menos cinco segmentos jå acumulam crescimento no primeiro semestre.



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4 COMÉRCIO ENTIDADE

Fecomércio-Ba comemora 70 anos Cerimônia celebrou as sete décadas de atuação da Federação na Bahia A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-Ba) está celebrando 70 anos. Entidade ligada à Confederação Nacional do Comércio (CNC), conta com 34 sindicatos filiados, da capital e interior. Reconhecida como representante máxima dos empresários do comércio baiano, tem como missão representar, integrar e desenvolver as empresas do comércio. As sete décadas de atuação foram comemoradas em uma cerimônia, realizada na Pupileira, no bairro de Nazaré, no último dia 9 de agosto – data da fundação -, e que reu­niu dirigentes da Federação e dos Sindicatos, parceiros, colaboradores e autoridades. O presidente da Fecomércio-Ba, Carlos Andrade, destacou o apoio dos sindicatos filiados, da diretoria executiva, superintendência e dos funcionários da Casa, como alicerce dentro do processo de trabalho focado na defesa dos interesses dos empresários do setor. “Sinto-me enobrecido de ser presidente

Foto: Cesar Vilas Boas

desta Casa e ter a oportunidade de fazer parte da sua história, juntamente a toda nossa equipe, desenvolvendo parceiros, representantes políticos e toda comunidade empresarial do setor terciário”, ressaltou. SELO Durante a cerimônia, o Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações e os Correios lançaram um Carimbo Comemorativo e um Selo Personalizado, celebrando o septuagésimo aniversario da Fecomércio-Ba. O carimbo comemorativo ficará na Unidade dos Correios na Av. Paulo VI, onde será aposto nas correspondências, dando visibilidade em âmbito nacional e internacional. Posteriormente, vai compor o acervo do Museu Postal, em Brasília (DF). No evento também houve o lançamento da medalha comemorativa da Fecomércio-Ba, feita pela Casa da Moeda do Brasil. Criada pelo designer da Federação, Abel Marcelino, e modelada pela designer da Casa da Moeda do Brasil, Monique Porto, possui em seu anverso o logo comemorativo dos 70 anos e, no reverso, uma modelagem estilizada do prédio da Casa do Comércio. A peça poderá ser adquirida no site do Clube da Medalha do Brasil: www. clubedamedalha.com.br.

Presidente da Fecomércio-Ba, Carlos Andrade, fala no evento comemorativo

Câmaras temáticas Para maximizar a atuação em nichos específicos, a Fecomércio conta com diversas câmaras temáticas. Entre elas estão Turismo, Jovens Empresários, Mulheres Empresárias, Empresários em Shoppings Centers e Assuntos Tributários. Numa iniciativa no caminho da internacionalização, foi criada recentemente a Câmara de Comércio Argentina Bahia, junto com a

Federação das Indústrias e o Consulado argentino. “Representamos a todos os empreendedores do comércio, mas temos um olhar especial para os pequenos e micro. Estes merecem mais atenção como programas especiais de crédito, que criem condições de sobrevivência num ambiente de negócios tão conturbado”, afirmou Carlos Andrade.

Ao chegar aos 70 anos, a Federação também foca na defesa das reformas. “Comemoramos a aprovação da reforma trabalhista e torcemos para que ocorram as reformas tributária e previdenciária, pois precisamos de leis adequadas aos novos tempos, que motivem os empresários a voltar a investir, garantindo a tão sonhada retomada na geração de empregos”, destacou.

Fotos Evento Fotos: Cesar Vilas Boas

SUPERVISORA RESPONSÁVEL PROJETOS ESPECIAIS

VANESSA ARAÚJO | TEL.: (71) 3203-1090

ANALISTA DE MARKETING

MURILO NEVES | (71) 3203-1238

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COMERCIAL

comercial.correio@redebahia.com.br (71) 3203-1864 FAX: (71) 3203-1180

Produção:


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ENTREVISTA CARLOS ANDRADE

Momento exige muito trabalho O que a Fecomércio pode destacar entre as ações em prol do setor na Bahia? Carlos Andrade No conjunto de nossas ações em defesa do comércio, estão o acompanhamento dos projetos de lei que impactam direta ou indiretamente o setor nas três esferas do poder; a promoção de debates de temas de interesse, como o novo Código Comercial, a Reforma Trabalhista; entre outras. A minha gestão, que começou em 2014, tem um olhar especial para o interior, trabalhando para que os nossos sindicatos sejam autossustentáveis e mais representativos. A atual crise atingiu o setor. O Sr. acredita em recuperação em curto ou médio prazo? CA - Os números asseguram que o comércio está deixando, aos poucos, o fundo do poço, mas não é possível dizer que já voltou a crescer. Em algumas

regiões do país existem dados positivos, muito tênues, mas a média ainda é de queda, segundo o IBGE, como é o caso do nosso estado. Os dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista, da Fecomércio, mostram essa dificuldade em retomar de forma definitiva o trilho do crescimento. O caminho está sendo percorrido, mas com dificuldade. Diante desse cenário, acredito numa recuperação de médio ou longo prazo. Em meio à crise, o crédito está mais difícil? CA - Eu considero o acesso ao crédito um dos maiores problemas na atualidade, que atinge principalmente o pequeno e o microempresário. Tanto os bancos públicos como privados estão dificultando o acesso ao crédito, o que é um paradoxo nos tempos de crise em que vive o empresário brasileiro.

A carga tributária dificulta? CA - A carga tributária brasileira saltou de algo entre 20% a 25% na década de 1990 para algo entre 35% e 40% na atualidade. Essa carga, que se assemelha à de países europeus, é exorbitante para a renda per capita brasileira. Entendemos que os empresários e a sociedade brasileira já pagaram e pagam uma carga tributária exorbitante. E a aprovação da reforma trabalhista. Qual a posição da Federação? CA - Apoiamos a modernização da legislação trabalhista. Mais do que qualquer coisa, essa reforma reduz o risco jurídico e o grau de incerteza das relações entre o capital e o trabalho. A nova lei dá a garantia de que o negociado entre as partes prevalece sobre o legislado. Favorecerá a geração de empregos.

O mundo mudou. Acredita que o varejo perderá espaço com as novas tecnologias? CA - Recordo de uma palestra que assisti na National Retail Fair, em Nova York, na qual um especialista considerou que o e-commerce nunca vai sobrepor o varejo tradicional. Este último deverá se entrelaçar ao comércio virtual, um dependerá do outro, um será vitrine do outro para o con-

sumidor. É nisso que acredito. Que conselho pode ser dado aos empreendedores neste momento de turbulência? CA - Trabalhar muito mais do que nos tempos de bonança. Enxugar ao máximo o custo operacional da empresa. Unir e motivar a equipe de trabalho e, mais do que nunca, valorizar a meritocracia entre os colaboradores.

Foto: Kin Guerra

O e-commerce nunca vai sobrepor o varejo tradicional. Este último deverá se entrelaçar ao comércio virtual, um dependerá do outro


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6 CENTROS COMERCIAIS

Shoppings movimentam R$ 6,2 bi Foto: Saulo Kainuma

ção da implantação de novos equipamentos, sobretudo no interior. Na Bahia, por exemplo, nos últimos anos, foram inaugurados novos shoppings em Camaçari e Juazeiro. Em breve, um novo centro de compras será inaugurado em Vitória da Conquista.

Mais de 40 mil empregos são gerados pelos empreendimentos no estado Os shoppings centers tornaram-se grande templos do consumo, reunindo opções para compra dos mais variados produtos do comércio. Na Bahia, o setor movimenta anualmente cerca de R$ 6,2 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) no estado. Somente os 22 grandes centros baianos, na capital e interior, geram mais de 40 mil empregos diretos, nas

4,3%

Foi o crescimento registrado pelo setor de shoppings no último ano

Os shoppings, além de oferecerem um mix variado para compras, proporcionam conforto e segurança

Mesmo com crise, shoppings continuam apresentando crescimento nas vendas milhares de lojas e empresas de serviços. O coordenador da Abrasce na Bahia, Edson Piaggio, destaca que, mesmo em meio à crise, os shoppings continuam apresentando crescimento nos negócios. No balanço, referente ao ano passado, o setor registrou crescimento nominal de 4,3%, enquanto varejo apresentou em queda de 6,4%. Desta forma, atingiu um faturamento da ordem de R$ 157,9 bilhões, representando

2,57% do PIB nacional. Estes centros de compras também continuam gerando emprego, e apresentaram crescimento de 2,6% na oferta de vagas, totalizando 1,01 milhão de postos de trabalho no país. “Os shoppings, além de oferecerem um mix variado para compras, proporcionam conforto, com ambiente climatizado; comodidade, com vagas de estacionamento, e segurança. Estas são algumas das características que facilitam a compreensão para a ex-

Edson Piaggio

pansão anual do segmento”, explica Piaggio. Segundo ele, em Salvador, por exemplo, os shoppings estão entre os três principais destinos turísticos na capital. As expectativas do setor para 2017 continuam otimistas. A Abrasce estima que o setor tenha um incremento de cerca de 5,5% em relação ao ano passado e termine o ano com vendas totais da ordem de R$ 166 bilhões. A elevação no faturamento nos últimos anos também ocorre em fun-

ABRASCE BAHIA

Foto: divulgação

Mais de 16,4 milhões de visitas por mês A última Pesquisa do Perfil do Frequentador de Shoppings, realizada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), através da GFK, mostra que os soteropolitanos estão entre os líderes nacionais em tempo de permanência quando visitam estes estabelecimentos. São 98 minutos, em média. O levantamento registrou ainda

que são 16,4 milhões de visitas por mês, ou mais de meio milhão de consumidores circulando por dia nos centros de compras do estado. “Os shoppings são hoje o espaço preferido das famílias”, destacou o coordenador da Abrasce na Bahia, Edson Piaggio. Em Salvador, especificamente, 47% dos frequentadores são da classe C, Foto: divulgação

seguida de 43% da classe B. Já a classe A totaliza, em média, 8% dos frequentadores e a classe D, representa 2% dos consumidores dos empreendimentos na capital. Segundo a Associação, eles continuam sendo porta entrada para operações internacionais e de redes de franquias que desejam ampliar sua atuação. Em média, segundo levantamento da entidade, 34,5% do mix de um shopping é composto de lojas de franquia. Somente no ano passado, mais de 21 redes abriram novas unidades em shoppings ou iniciaram operação no Brasil.

Frequentadores de shoppings – Salvador

11%

14%

Até 19 anos 20 a 29 anos

36%

30 a 44 anos

39%

45 anos ou mais

Frequentadores de shoppings – Salvador

2%

8% Classe A

Soteropolitanos estão entre os líderes em tempo de permanência nos shoppings

43%

47%

Classe B Classe C Classe D

Fonte: Abrasce/GFKGráfico


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COMÉRCIO CAPACITAÇÃO

Senac capacita 83 mil no ano Ex-alunos também são encaminhados para processos seletivos Educar para o trabalho. Esta é a missão do Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, que, na Bahia, garantiu a capacitação a milhares de baianos através da educação profissional e ações extensivas. Foram 83 mil matrículas no balanço do último, através de 21 cursos com valores subsidiados e também gratuitos. Além disso, 6.683 egressos foram encaminhados para processos seletivos nas empresas do setor. “O Senac consolidou o Programa Senac de Gratuidade (PSG), com a finalidade de ampliar o acesso da população de baixa renda a cursos técnicos de nível médio, qualificação e aperfeiçoamento,

entre outras iniciativas de impacto econômico e social”, destacou o presidente da Fecomércio-Ba, Carlos Andrade. O PSG oferece, desde 2009, vagas gratuitas em cursos de educação profissional, da Formação Inicial e do Nível Técnico. É uma ação da instituição para promover a inclusão social. Mais de 13,2 mil alunos foram certificados em um ano e entre os cursos gratuitos está o de Garçom/ Garçonete. De acordo com Marina Almeida, diretora do Senac Bahia, o público dos cursos envolve desde jovens em busca da oportunidade do primeiro emprego, profissionais que querem se aperfeiçoar até

nossas unidades fixas e móveis, quanto através de parcerias com instituições públicas e privadas”, explica. A importância do Senac para a população pode ser ve-

rificada nos números. O serviço de informação da entidade recebeu 121.930 ligações em um ano, além de 9.585 e-mails enviados através do canal digital Fale Conosco. Foto: divulgação

6,6 mil

ex-alunos foram encaminhados para processos seletivos

Cerca de 3,5 mil vagas estão abertas A agenda de cursos do Senac-BA ainda tem cerca de 3.500 vagas para os cursos que iniciam nos meses de setembro e outubro. São oportunidades para quem deseja se capacitar, aprender ou desenvolver novas habilidades. Do total, são 1.800 destinadas para Salvador e 1.600 para o interior. Há opções que contemplam os segmentos de Gastronomia, Gestão, Beleza, Moda, Saúde, Informática, Idiomas e Turismo. No segmento do comércio, os interessados vão encontrar cursos como o de Estoquista, que desenvolve o aluno para trabalhar em empresas comerciais, varejistas e atacadistas. Outros cursos da área são: Operador de Caixa, Telemarketing e Técnicas Avançadas de Vendas e Atendimento. O curso gratuito de Garçom/Garçonete ainda tem 15 vagas para o próximo bimestre em turmas divididas entre os restaurantes escola Senac Casa do Comércio e o Senac Pelourinho. O curso aborda técnicas como: atendimento a clientes em restaurantes e bares, organização de espa-

trabalhadores que desejam adquirir uma nova capacitação para o mercado de trabalho. “Atendemos à população do estado com nossos programas educacionais, tanto em

ços gastronômicos, além de procedimentos de higiene e segurança alimentar. É necessário participar de seleção prévia. As inscrições para os cursos técnicos na modalidade presencial ainda estão abertas para quem é da capital. São cinco: Computação Gráfica, Produção de Moda, Massoterapia, Segurança do Trabalho e Guia de Turismo. Há também opções disponíveis para o interior, com início ainda este mês de agosto. INSCRIÇÕES As inscrições são exclusivamente presenciais e os interessados devem comparecer à unidade munidos da documentação: carteira de identidade, CPF, comprovante de escolaridade, comprovante de residência e certificação profissional, quando solicitado. A lista completa com as informações de cada curso com seus respectivos pré-requisitos, valores e forma de pagamento pode ser encontrada nos endereços cursos. ba.senac.br e www.ba.senac. br/tecnicos ou consultada pelo Serviço de Informação Senac: (71) 3186-4000.

Curso de gastronomia é um dos mais procurados do Senac is íve c re

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8 ATUAÇÃO SESC

Setor está voltado para o social Área educacional é uma das prioridades entre programas da entidade na Bahia O comércio baiano também busca contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e para melhoria da qualidade de vida do trabalhador do setor. Através do Serviço Social do Comércio (SESC), são desenvolvidos e realizados programas em cinco áreas: Educação, Saúde, Lazer, Assistência e Cultura. Somente no ano passado, foram mais de 24,8 milhões de atendimentos no estado, em ações como cursos, oficinas, serviço odontológico, alimentação escolar, biblioteca, apresentações artísticas, corrida, entre outras. “O saldo da atuação do Sesc pode ser resumido em um crescimento nas matrículas de atividades do Programa Educação, mais atendimentos para a promoção da saúde e da qualidade de vida e maior oferta de refeições para os comerciários e seus familiares”, afirmou o diretor regional do

Foto: divulgação

Sesc Bahia, José Carlos Boulhosa Baqueiro. Em busca de maior cobertura no interior, o Sesc está implantando novos centros de atividades em Alagoinhas, Jacobina e Porto Seguro, e restaurante do comércio e centro cultural, em Feira de Santana. Com isso, passará a ter uma estrutura com 22 unidades, metade delas no interior, além das unidades móveis OdontoSesc, Saúde da Mulher e BiblioSesc. EDUCAÇÃO Na área de educação, foram 2.635.727 atendimentos em um ano. Entre os destaques estão os Cursos de Valorização Social, voltados à melhoria da renda familiar e à inclusão social. Eles foram realizados na capital e interior e em Núcleos Comunitários da Região Metropolitana de Salvador nas modalidades de apresentação pessoal, culinária, trabalhos manuais e corte e costura, tendo como pilar a função educativa. Já as oficinas de artes com

O programa de Educação do SESC inclui diversas iniciativas na capital e interior

material reciclável resultaram de um trabalho de conscientização em sala de aula sobre a importância do reaproveitamento de embalagens e alternativas de geração de renda, numa ação que alcançou

24,8 MILHÕES Número de atendimentos realizados pelo SESC em um ano

Saúde é um dos focos A área de saúde é também um dos focos de atuação do Sesc. Somente no ao passado, foram 2.659.031 atendimentos nas atividades que integram o Programa. Com o início de operação da Unidade Móvel Sesc Saúde Mulher, a atividade assistência médica teve evolução de 30,20% em relação ao exercício anterior. No primeiro ano, foram realizadas 1.601 mamografias, 2.681 exames citopatológicos (Papanicolau) e 10.217 ações de educação em saúde. O Sesc também presta atendimento odontológico, com serviços nas especialidades de dentística, endodontia, periodontia, ortodontia, prótese, radiografia, fluoretação e clínica preventiva, além das campanhas educativas. Em 2016, segundo balanço da entidade, foram contemplados 15.077 pacientes, atendidos nas duas unidades móveis OdontoSesc e nos consul-

2.300 atendimentos. O programa de Educação do Sesc atende à educação infantil, ensino fundamental e ao EJA (Educação de Jovens e Adultos). São 10 escolas no interior (Santo Antonio

Cultura e lazer Foto: divulgação

Duas unidades móveis do OdontoSesc reforçam o atendimento tórios dos Centros de Atividades de Salvador, Feira de Santana, Jequié, Vitória da Conquista, Santo Antônio de Jesus e Barreiras; e em consultórios através de convênios com Sindicatos. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da sua clientela por meio da promoção, prevenção e recuperação da saúde, o Sesc ofereceu refeições, lanches e alimentação escolar, so-

de Jesus, Barreiras, Jequié, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Paulo Afonso, Porto Seguro, Alagoinhas e Jacobina) e a Escola Zilda Arns, em Salvador, no bairro de Nazaré. As unidades escolares atendem, preferencialmente, aos dependentes dos comerciários baianos. A maioria dos alunos são beneficiários do PCG (Programa de Comprometimento e Gratuidade), com gratuidade total para os estudos.

mando, anualmente, 2,1 mi­ lhões de atendimentos no estado. ASSISTÊNCIA Já o programa voltado à atividade assistencial registrou cerca de 13.2 milhões de atendimentos. Na área da ação comunitária, o Programa Mesa Brasil Sesc distribuiu 1.212 toneladas de gêneros alimentícios doados por empresas, privadas e públicas.

Além de contar com dois espaços culturais de Salvador - o Teatro Sesc Casa do Comércio e o Teatro Sesc Pelourinho –, a entidade realiza diversas ações através de seus programas de cultura e lazer. Entre elas estão exibições de filmes, espetáculos de música, teatro e dança, bem como projetos na área de literatura. O Teatro Casa do Comércio foi reaberto em julho passado com novos sistema de sonorização e cortinas no palco, de última geração, além da revisão completa dos sistemas cênico e elétrico, garantindo total segurança aos espectadores. Com 546 lugares, incluindo mezanino, além de foyer para exposições e um American Bar, o Teatro foi inaugurado em 1989 e tornou-se um dos principais espaços culturais da capital baiana. A reabertura contou com um concerto do grupo sergipano Samba de Pareia da Mussuca, que excursiona por meio do projeto Sonora Bra-

sil, realizado pelo Sesc desde 1998. Trata-se de um projeto temático e acústico que tem como objetivo difundir expressões musicais identificadas com o desenvolvimento histórico da música brasileira. BIBLIOTECA Entre as ações culturais, as duas unidades BiblioSesc levam seu acervo literário aos moradores de diversas comunidades. Em 2016, o projeto contabilizou 20.869 atendimentos, proporcionando o empréstimo de 5,7 mil livros, além de consulta de periódicos e atividades de incentivo à leitura. Na área de lazer, destaque para o Circuito Sesc de Corrida e Caminhada, em parceria com o Jornal da Manhã (Rede Bahia), com etapas em Salvador e cidades do interior, reunindo a participação de mais de 9,1 mil pessoas. Tem ainda o Turismo Social, que proporciona passeios e excursões, com experiências culturais e de lazer a preços acessíveis.


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AGENTES DISTRIBUIÇÃO

Atacado movimenta R$11,7 bilhões Foto: divulgação

Segmento na Bahia apresenta crescimento acima da média nacional Mesmo em meio à crise econômica, o setor atacadista e distribuidor na Bahia apresentou crescimento real (descontada a inflação) de 8,7% no ano passado. Os dados foram apurados e acabam de ser divulgados pela consultoria Nielsen, em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA). De acordo com o levantamento, a estimativa é que as cerca de 600 empresas baianas somaram faturamento da ordem de R$ 11,7 bilhões, o equivalente a 4,7% das vendas nacionais do setor (R$ 250 bi). O crescimento na Bahia ficou bem acima do apurado na média nacional. O segmento atacadista distribuidor em todo o país cresceu 0,6% em termos reais e 6,9% em ter-

Setor atacadista e distribuidor gera milhares de empregos na Bahia

mos nominais, atingindo faturamento de R$ 250,5 bilhões. O resultado, embora se aproxime da estabilidade, foi considerado satisfatório, tendo em vista que, no ano passado, o PIB brasileiro sofreu retração de -3,6%. A Bahia também foi um dos

Setor busca incentivo Antonio Cabral destacou que mesmo a Bahia respondendo por cerca de 10% do consumo nacional, o estado representa menos de 5% do setor atacadista e de distribuição no país, sendo o 7º no ranking nacional. “Temos muito espaço para crescer e gerar milhares de novos empregos, mas precisamos de incentivo, frente à forte concorrência de empresas de outros estados, que são estimuladas”, afirmou. O presidente da ASDAB destaca a necessidade de elevar a competitividade do setor na Bahia, com uma nova política tributária para a cadeia do abastecimento, que proporcione o cres-

cimento, com aumento da arrecadação estadual, queda na sonegação e a geração de novos empregos. O setor atende aos estabelecimentos varejistas que não têm volume de pedidos para adquirir produtos diretamente dos fabricantes: 95% do abastecimento dos varejos tradicionais e dos pequenos mercados (1 a 4 checkouts), 85% do abastecimento de bares e 45% do que é fornecido aos varejos de farma-cosméticos. Em todo o estado, são cerca de 70 mil pontos de venda atendidos, inclusive nos lugares mais longínquos. As empresas baianas contam com uma frota de mais de 13 mil veículos.

Foto: divulgação

Temos muito espaço para crescer e gerar milhares de novos empregos

Antônio Cabral PRESIDENTE DA ASDAB

destaques no Nordeste, já que outros estados, como Maranhão (-36%), Pernambuco (-0,8%) e Ceará (-0,3%) apresentaram retração.

O presidente da Associação dos Agentes de Distribuição da Bahia (ASDAB), Antonio Cabral, destacou o desempenho apresentado pelo setor.

Segundo ele, os investimentos em melhorias de gestão e tecnologia motivaram o incremento. “Os números, que refletem o consumo da população, seja de alimentos, higiene, produtos de limpeza, entre outros, também podem indicar um novo ciclo”, afirmou. Somente as 34 maiores empresas do setor atacadista e distribuidor na Bahia somaram faturamento da ordem de R$3,5 bilhões no ano passado, frente ao acumulado de R$ 3,05 bilhões em 2015. Juntas, somente estas companhias, geram 6.360 empregos.

8,7%

de crescimento foi registrado pelo setor no ano passado


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10 COMPRAS INTERNET

E-commerce fatura R$1,8 bilhão Foto: ShutterStock

Estado foi responsável por 30,4% do comércio eletrônico no Nordeste O comércio eletrônico faturou R$ 1,8 bilhão com pedidos provenientes da Bahia em 2016. Foi o que apontou os dados do relatório Webshoppers nº 35, produzido pela Ebit, empresa referência em informações sobre o e-commerce brasileiro. O valor corresponde a 4% do total nacional, estimado em R$44,4 bilhões, e a 30,4% do consumo da região Nordeste. Segundo o monitoramento da Ebit, o comércio eletrônico brasileiro registrou em 2016 um crescimento nominal de 7,4%. Para 2017, a expectativa é de um crescimento de 12% em todo país, com faturamento de R$ 49,7 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o segmento faturou R$21 bilhões e registrou crescimento nominal de 7,5% ante o mesmo período de 2016. O número de pedidos também aumentou, de 48,5 milhões para 50,3 milhões, em seis meses, assim como o tíquete médio, que passou de R$403 para R$418. “O comércio eletrônico é um dos poucos setores a andar na contramão da crise econômica. Além dos preços competitivos na comparação com o varejo físico, o e-commerce também foi

beneficiado pela expansão do mercado de smartphones, que trouxe uma enorme gama de novos consumidores”, afirmou Pedro Guasti, CEO da Ebit. Segundo ele, a economia brasileira deu seus primeiros sinais de reação na primeira metade de 2017, e isso refletiu positivamente no e-commerce. O número de e-consumidores ativos registrou uma expressiva expansão de 10,3% no período, para 25,5 milhões. Para esse levantamento, a Ebit considera os consumidores que fizeram pelo menos uma compra no e-commerce no primeiro semestre de 2017.

Crescimento este ano deve chegar a 10% Para 2017, o relatório aponta que o e-commerce brasileiro faturará R$ 48,8 bilhões, com crescimento nominal de 10%. Para o segundo semestre, a perspectiva é que as três grandes datas do calendário do varejo – Dia das Crianças, Natal e, principalmente, Black Friday – impulsionem as vendas. O volume de pedidos no ano deve ultrapassar de 110 milhões. O crescimento das vendas via smartphones e dispositivos móveis em patamares bem acima da média do mercado também foi um dos

destaques do relatório. A expansão registrada no primeiro semestre de 2017 foi de 35,9% – nove vezes maior do que o volume de pedidos do mercado – registrando um share de 24,6% de todas as vendas do mercado. No fim do ano, 30% das vendas deve ser por meio do mobile, mas, levando em consideração o cenário no exterior, há potencial para se chegar a 35% nos próximos dois anos. Segundo Pedro Guasti, no médio prazo, existe a chance de alcançar 50% das compras.

E-commerce Categorias mais vendidas: 13,1% Moda e Acessórios

39,6%

13,6%

Livros/Assinaturas/Apostilas Saúde/Cosméticos/Perfumaria

12,2% 10,3%

Eletrodomésticos

Telefonia e Celulares Outros

11,2%

Sebrae-Ba realiza seminário O Sebrae Bahia realiza nesta quinta-feira, dia 31, no Clube Espanhol, no bairro de Ondina, em Salvador, a 2ª edição do Seminário Desafios do Crescimento, com o tema “E-commerce e comportamento do consumidor através do neuromarketing”. As inscrições podem ser feitas através do site lojavirtual.ba.sebrae.com.br e investimento é de R$ 10. O seminário começa às 18h com palestra do especialista em e-commerce, Cristiano Chaussard. Em seguida, às 19h, haverá uma demonstração de um case de sucesso do Sebraetec, e uma dinâmica de inovação, às 19h15. Para finalizar o evento, às 20h,

haverá uma palestra com o especialista em programação neurolinguística (PNL) Marcio Okabe. Cristiano Chaussard é especialista em ampliação das vendas na indústria por meio das vendas on-line no atacado e no varejo. Especialista em e-commerce no atacado, marketing de relacionamento, CRM (customer relationship management) e gestão de inovação; pioneiro no desenvolvimento de softwares baseados em web; proprietário da Flexy Negócios Digitais; presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico de Santa Catarina (ABComm/ SC), diretor de inovação da

Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, em Santa Catarina (ADVB/SC), e do Grupo Digital de SC. Já Marcio Okabe é engenheiro eletrônico formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É pós-graduado em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e master practitioner em PNL, leader training. Ele também é chief brain officer (CBO) no curso do professor Marcelo Peruzzo e foi o primeiro lugar no evento Edu4.me de projetos inovadores em educação, com o projeto Konfide Geeks – Escola on-line de Programação e Robótica.


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EVENTO LOJISTA

Congresso discute tendências Foto: divulgação

Encontro lojista reuniu centenas de empresários baianos no Litoral Norte da Bahia A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas – FCDL - Bahia realizou, com apoio da CDL Salvador, o 35º Congresso Estadual do Comércio Lojista da Bahia. O evento reuniu centenas de empresários entre os últimos dias 17 e 20 de agosto em Guarajuba, Litoral Norte baiano. No encontro foram abordadas tendências do varejo, soluções de mercado, política e conjuntura econômica. “Reunimos grandes nomes, com um conteúdo que conseguiu empolgar as pessoas. Foram temas urgentes e necessários, trabalhados com leveza e bom humor.

Presidente da FCDL na abertura do Congresso Todo o retorno que tenho recebido é de que conseguimos cumprir bem a nossa missão com este evento”, afirmou o presidente da FCDL Bahia, Antoine Tawil. No encontro, também estiveram presentes o presidente da Confederação Nacional (CNDL), Honório Pinheiro; o vice prefeito de Camaçari, José Tude; o presidente da CDL Salvador,

Uso de tecnologias foi debatido no evento Um dos assuntos discutidos no Congresso foi o uso das novas tecnologias e das redes sociais. A especialista em varejo Regiane Romano abordou o tema na palestra “Tecnologia como diferencial competitivo na gestão do negócio” e mostrou a sua importância, já que reflete uma mudança de comportamento do consumidor. Regiane Romano lembrou que muitas das profissões que hoje existem vão desaparecer num futuro próximo. “Quem não entendeu isso, estará fora do jogo. O consumidor já mudou, quer muito mais das empresas, e tem como conseguir o que quer num click no smartphone”, alertou. CASES O evento também proporcionou a apresentação

de cases de sucesso. Entre eles estiveram Pinheiro Supermercado, com o diretor presidente do grupo, Honório Pinheiro; Ferreira Costa, com o empresário Guilherme Ferreira Costa; e o blog A vida sem crachá, com a jornalista e empreendedora Claudia Giudice. As mudanças na legislação implementadas com a Reforma Trabalhista foram tratadas pelo deputado federal Rogério Marinho. Ele falou sobre pontos polêmicos e os motivos para mudar a CLT, que foi criada nos anos 40. O parlamentar explicou itens do novo texto, como mudança na jornada de trabalho, reparação moral, fracionamento de férias, imposto sindical, entre outros. Foto: divulgação

Cases de sucesso foram apresentados no evento

Alberto Nunes; o Superintendente de Estudos e Políticas Públicas da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Reinaldo Sampaio, entre outras autoridades. A palestra mais disputada da grade, “O jeito arretado de empreender”, foi conduzida pelo empreendedor social e escritor Bráulio Bessa,

que tem mais de um milhão de seguidores nas redes sociais com seu projeto “Nação Nordestina”. “O cabra nordestino tem inúmeras qualidades que são valiosas em qualquer projeto. Nós sabemos insistir com o que queremos, basta juntar isso com trabalho, planejamento e foco”, ensinou. O economista e comentarista da Globo News, Samy Dana, falou sobre o cenário global em que o Brasil ainda tem grandes atrativos para investimentos externos, na palestra que teve como tema a “Economia e varejo”. Ele deu exemplos de situações econômicas que podem ser melhor aproveitadas pelos empresários. “Foi muito bom. O congresso reuniu lideranças do varejo de todas as regiões da Bahia. Tivemos excelentes discussões, com painéis bem interessantes, e a oportunidade de estar mais próximo

de empresários de outros municípios. O evento ajuda a fortalecer o segmento, sem falar na aquisição de conhecimento sobre questões atuais e tendências do mercado”, afirmou o presidente da CDL Salvador, Alberto Nunes. Foto: divulgação

Alberto Nunes, da CDL Salvador, esteve no evento


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12 COMÉRCIO DE RUA

Avenida Sete será requalificada Projeto de revitalização faz parte do programa Salvador 360 da prefeitura Um dos principais centros de comércio de rua de Salvador, a Avenida Sete de Setembro receberá intervenções que deverão impactar na rotina dos transeuntes e dos comerciantes que atuam na região. O projeto da prefeitura faz parte do programa Salvador 360 e foi concebido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), com previsão de investimentos de cerca de R$20 milhões, oriundos dos Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). “Consideramos a Avenida Sete um dos mais importantes comércios de rua

que temos em Salvador. É a economia local com uma dinâmica muito forte, além de ser o mais importante acesso que se tem para ir ao Centro Histórico”, diz a presidente da FMLF, Tânia Scofield. Ela ressalta que o conceito central da requalificação é dar conforto aos comerciantes, aos consumidores e aos moradores, mantendo as características originais da via e valorizando o comércio informal. Em determinados períodos do ano, principalmente antes de datas comemorativas, como Dias da Mães e Natal, o fluxo de pessoas aumenta consideravelmente na região. Dentre as propostas da Prefeitura para a região está o alargamento do lado esquerdo do passeio, até a Praça Castro Alves, para cinco metros, quase dois a mais do que a extensão atual. A ideia é garantir, além de comodidade, acessibilidade das

Ilustrações: divulgação

Projeto prevê parklets e alargamento do lado esquerdo do passeio

70 anos de dedicação, realizações e conquistas.

pessoas com mobilidade reduzida. No trecho entre a Rua das Mercês e o Relógio de São Pedro, serão implantados três parklets – espaços contíguos aos passeios, que têm como objetivo oferecer à população mais aconchego e convívio. “É um projeto que valoriza o pedestre”, reforça Tânia Scofield. Além disso, toda a pavimentação de pedras portu-

guesas será restaurada, mas com acréscimo de áreas de acessibilidade composta por faixa de granito liso. O aspecto paisagístico também deverá ser melhorado, pois as fiações provenientes das redes de telecomunicações ficarão sob o solo. Serão ainda instaladas iluminação em LED e um sistema de câmeras de segurança suficiente para dar toda cobertura ao trecho revitalizado.

Preservação das características

Fecomércio - Ba Parabéns pela sua importante contribuição para o crescimento do comércio baiano. Homenagem:

As intervenções preservarão as características urbanísticas históricas da Avenida Sete, que possui 101 anos de existência. A obra será dividida por etapas, que estão sendo discutidas para interferir o mínimo possível no comércio local. A região ainda passará pela fase de arqueologia para investigação do subsolo. “Eu diria que o projeto preserva integralmente as características dela. Não muda muito. Continuará com pedras portuguesas. Os oitis centenários permanecerão, os passeios com brasões de edificações tombadas, como têm próximo ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, e igrejas de São Pedro

e do Rosário, serão conservados”, explica a presidente da FMLF, Tânia Scofield. O processo de requalificação da Avenida Sete de Setembro foi iniciado pela Prefeitura Municipal em 2013, com o ordenamento do comércio informal e a recuperação de transversais para atuação de cerca de mil ambulantes. O processo é coordenado por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), projeto urbanístico desenvolvido pela FMLF e obras realizadas em parceria entre a Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) e Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop).


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COMÉRCIO EXTERIOR

Câmara estimula relações bilaterais Foto: divulgação

Empresários baianos e argentinos estreitam relações comerciais A Bahia conta com câmaras de comércio bilaterais que incentivam negócios entre o estado e outros países. Uma delas é a Câmara Empresarial de Comércio Argentina–Bahia (Cecab), que visa o fortalecimento das relações entre argentinos e baianos, notadamente no campo comercial, além do educacional, turístico e cultural. No ano passado, a Bahia obteve um superávit na balança comercial com a Argentina de US$ 50 milhões. O estado exportou o equivalente a US$ 763 milhões para aquele país, que foi o terceiro principal comprador de produtos baianos. Entre os principais produtos estive-

Diretoria da Cecab destaca ações da Câmara ram automóveis, autopeças, derivados de cacau, fios de cobre, calçados e petroquímicos. Já a Argentina exportou US$ 713 milhões, com destaque para trigo, automóveis, frutas, queijo e leite em pós. O presidente da Cecab, Paulo Cintra, destacou que o estreitamento das relações entre empresários argentinos e do Nordeste, através da Câmara, proporcionará um inter-

câmbio de produtos. “As duas regiões se complementam quanto à oferta de produtos. O terreno é fértil. Queremos uma Câmara que participe de forma atuante nas relações de negócios e na geração de oportunidades”, afirmou. O diretor-executivo, Fernando Oliveira, destacou que muitas empresas argentinas podem encontrar, por exemplo, grandes parceiros na

Bahia, sobretudo para a distribuição dos seus produtos nos 417 municípios do estado. “O momento é de aproximação”, citou. Ele informou que a Câmara está convocando empresários argentinos para participar do 1º Encontro dos Agentes de Distribuição do Nordeste, que acontecerá entre os dias 12 e 15 de outubro no Hotel Vila Galé Marés, em Guarajuba, litoral norte baia-

no. Agentes de distribuição baianos também irão a Argentina, onde participação, entre os dias 08 e 10 de novembro, na do setor de alimentos à Feira AlimentAr. A Câmara, segundo o cônsul-geral da Argentina na Bahia, Pablo Virasoro, é parceira para o estreitamento das relações entre as duas regiões entre diversos segmentos. “São muitas as oportunidades que enxergamos. A região Nordeste, e destacadamente a Bahia, assume novos horizontes no relacionamento direto com a Argentina”, afirmou.

As duas regiões se complementam quanto à oferta de produtos

Paulo Cintra PRESIDENTE DA CECAB


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14 COMÉRCIO REPRESENTAÇÃO

Associação Comercial fez 206 anos ACB é a mais antiga entidade empresarial das Américas Fundada em 15 de julho de 1811, a Associação Comercial da Bahia (ACB) é a mais antiga entidade empresarial em funcionamento das Américas e da Europa Ibérica. Atualmente com 450 associados, é uma instituição que atua em defesa do empresariado e das empresas baianas, contribuindo para o desenvolvimento do estado. “A Associação incorporou, nas suas ações, o tripé da contemporaneidade: a livre iniciativa, o desenvolvimento sustentável e a inclusão social. Somos um exemplo para o País, com a tenacidade que caracteriza as entidades longevas, de luta, superação de crises e vitórias”, desta-

cou o presidente Luiz Fernando Queiroz. A ACB, segundo Queiroz, tem mobilizado o empresariado baiano através de diversas ações, como palestras e exposições de planos e projetos de desenvolvimento, que são de interesse do estado. Ele destacou que a Associação também tem se mobilizado com outras entidades, como a Fecomércio, FCDL, CDL e Fórum Empresarial em campanhas. O movimento “Por um comércio mais forte”, por exemplo, buscou chamar a atenção dos poderes públicos para a situação do comércio diante da crise econômica e política do país, e também pedir queda dos juros e da carga tributária. A entidade bicentenária busca estar sempre renovada. Para isso, criou há um ano a ACB Jovem, cuja diretoria é liderada pelo empresário Ruy Amaral Andrade. O objetivo é unir jovens em-

Foto: divulgação

O Palácio da Associação Comercial, em estilo neoclássico inglês, único no Brasil, foi inaugurado em 1817, completando 200 anos Foto: divulgação

preendedores com os empresários experientes para formar uma geração capaz de sucedê-los. Também foi implantado o Conselho Municipal da Mulher Empresária, com o objetivo de incentivar o protagonismo feminino no

empreendedorismo. Ele tem como presidente a empresária Rosemma Maluf. “Nossa nova linha de atuação está direcionada ao empreendedorismo de jovens e mulheres que irão suceder a nossa geração”, afirmou Luiz Fernando Queiroz.

Somos um exemplo para o País, com a tenacidade que caracteriza as entidades longevas, de luta, superação de crises e vitórias

Luiz Fernando Queiroz PRESIDENTE DA ACB

Presente em momentos importantes do estado A Associação Comercial da Bahia sempre esteve presente em momentos importantes para o estado. A entidade participou das discussões sobre a criação do Centro Industrial de Aratu (CIA) e do Polo Petroquímico de Camaçari, cujo ato de constituição foi assinado na ACB, em outubro de 1971. Também foi atuante em debates e manifestações junto aos poderes públicos, em questões envolvendo, por exemplo, a indústria do cacau, a indústria metalúrgica, de papel e celulose, do Polo Automotivo e da questão portuária. A criação o Instituto Miguel Calmon de Estudos Econômicos e Sociais (IMIC) colaborou para diversas discussões e pleitos. Ainda esteve envolvida e contribuiu

para a gestação de empreendimentos como a Usiba, Sibra, Friusa e Fundagro. Luiz Fernando Queiroz afirmou que é possível dividir a história da ACB em três períodos. No primeiro, durante o século XIX, a entidade teve a sua maior atuação na luta contra o aumento exagerado dos impostos. No segundo, a partir da primeira guerra mundial, esteve focada no comércio exterior, fundamental para a economia baiana, e com repercussões na atividade empresarial. No terceiro, a partir do início dos anos cinquenta, caracteriza-se pelo envolvimento da ACB nas questões nacionais, regionais e baianas, com debates e contribuições importantes para o desenvolvimento do Estado.


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VENDAS PROJEÇÃO

Varejo espera crescimento em 2017 Estimativa é feita pela Confederação Nacional do Comércio As vendas do varejo devem registrar um crescimento de 1,6% em 2017. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a entidade, alguns setores estão puxando a recuperação, como vestuário e calçados, materiais de construção, móveis e eletrodomésticos. O economista da CNC, Fabio Bentes, chamou atenção para a recuperação do emprego, com um crescimento ainda pequeno. “É um número que pode parecer pouco significativo à primeira vista, mas que ganha muita rele-

vância diante do fechamento de mais de 177 mil empregos no ano passado”, observou. A recuperação sustentável do varejo, segundo ele, continua dependente, de forma mais ampla, da regeneração das condições de emprego e taxas de juros mais compatíveis com a trajetória recente da inflação. Nos seis primeiros meses de 2017, o saldo entre admissões e desligamentos de trabalhadores no país ficou positivo em 67.358 postos de trabalho. Esse resultado apresenta uma recuperação em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi negativo (-513.057). Os números também confirmam a primeira geração líquida de vagas celetistas para este período desde 2014, quando 669.697 vagas foram criadas. “Além dos resultados mais favoráveis do mercado de trabalho no curtíssimo pra-

Foto: divulgação

Varejo espera um ano de recuperação nas vendas zo, a trajetória recente da inflação já abriu as portas para quedas mais ousadas nas taxas de juros, e isso será fundamental para o processo de

regeneração das condições de consumo na segunda metade do ano”, aponta Bentes. O chefe da Divisão Econômica da CNC, Carlos Thadeu

de Freitas, destacou que os números apresentados pela entidade dão suporte à perspectiva traçada de recuperação da atividade da economia neste segundo semestre e em 2018. Para ele, o pior da crise já passou. Base dessa expectativa otimista, segundo ele, é a queda da inflação. Carlos Thadeu afirmou que, no início do ano, o cenário não era tão animador, mas agora já é possível prever uma taxa de 3,2%. Esse quadro positivo, a seu ver, permite ao Banco Central manter a política de redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,25%, podendo chegar a 8% no fim de 2017 e atingir 7% no ano que vem. Confirmada essa expectativa, o setor voltaria, enfim, a crescer após três anos de retrações ao fim do qual o nível mensal de vendas retroagiu a volume do início de 2010.


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