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Boletim Conjuntural Abril | 2023

No acumulado do primeiro bimestre, o IBC-Br tem variação de 2,9% em relação ao mesmo período de 2022. Para o desempenho favorável do bimestre a principal contribuição continua sendo a demanda para as atividades de serviços, outrora bastante reprimida devido à pandemia.

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Outro fator importante tem sido o desempenho do agronegócio e exportações, contribuição que tende a se ampliar durante o primeiro semestre, com a reabertura mais firme da China após o fim da política de ‘Covid Zero’. A indústria geral (extração e transformação), por outro lado, com variação de 1,1% no bimestre, segue ainda sem sinais de melhora, sobretudo pela fraca demanda doméstica por bens duráveis, uma vez que os consumidores ainda sentem o peso do aumento acumulado no nível de preços em bens essenciais, além da inadimplência que permanece elevada, alcançando 29,4% das famílias e chegando a 36,9% entre aquelas com até 3 salários mínimos, segundo dados da CNC.

No caso dos serviços, embora o setor venha desacelerando desde outubro, ainda vem apresentando crescimento mensal expressivo na comparação com o mesmo período do ano anterior (5,9% em janeiro e 5,4% em fevereiro). O desempenho nos 12 meses encerrados em fevereiro é de +7,8% e o setor fechou o primeiro bimestre com crescimento de 5,7% em relação ao primeiro bimestre de 2022.

Gráfico 2 - Brasil: variação (%) do volume de vendas dos SERVIÇOS - fevereiro/2022 a fevereiro/2023

No primeiro bimestre, destacaram-se as atividades de ‘serviços prestados às famílias’, sobretudo as relacionadas ao turismo e lazer graças ao período de férias, em que se sobressaíram o ‘transporte rodoviário de passageiros’ (+22,9% no bimestre em relação ao mesmo período de 2022), os ‘serviços de alimentação’ (+10,8%) e os ‘serviços de hospedagem’ (+24,7%), enquanto o ‘transporte aéreo’ enfrentou maior dificuldade para expansão (-3,2%) no bimestre, apesar do crescimento de 4,2% em fevereiro, impulsionado pelo Carnaval).

Esse movimento sinaliza que os viajantes domésticos tendem a puxar a retomada do segmento à medida que a evolução do nível geral de preços se estabilize – após à escalada inflacionária ocorrida entre 2021 e 2022 – e a massa salarial adquira melhor potencial para consumo.

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