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Boletim Conjuntural

Abril | 2023

A taxa SELIC, principal instrumento do Bacen para tentar controlar a inflação, é comumente uma referência para famílias e empresas quanto à atratividade entre opções disponíveis para aplicação em mercado de capitais ou de viabilidade para investimentos produtivos, bem como sinaliza ao sistema financeiro os custos entre as operações interbancárias e os riscos entre as soluções de crédito e aplicação oferecidas para pessoas físicas e jurídicas. Nesse sentido, seu comportamento tem reflexos sobre perspectivas de investimento e consumo.

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Em março a inflação medida pelo IPCA registrou variação mensal de 0,71%, acumulou alta de 2,09% no primeiro trimestre e de 4,65% em doze meses. No mês, o IPCA foi puxado por itens como ‘combustíveis’, ‘alimentação fora do domicílio’, ‘energia elétrica residencial’, ‘serviços médicos’ e ‘serviços de comunicação. Por outro lado, observa-se avanços menos intensos em serviços

O IPCA vem apresentando variações menos expressivas que as registradas para a mesma base de comparação nos mesmos períodos de 2022, e finalmente com o acumulado de 12 meses abaixo do teto da meta estabelecida para o Banco Central (4,75%), mas ainda sob sinalização de dificuldades para se manter nesse limite em 2023. O BACEN, em sua última reunião do COPOM, ainda ressaltou preocupação quanto a possibilidades de estouro da meta inflacionária devido às incertezas no âmbito fiscal. Para além desse risco, destaque-se o possível reflexos de preços administrados esse ano, sobretudo de combustíveis, que têm grande difusão sobre os preços da economia brasileira. Nesse cenário, as expectativas do mercado (FOCUS/BACEN) apontam uma aceleração do IPCA no segundo semestre, alcançando até 6,2% no final do período.

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