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Vendas de ovos de chocolate e contratação de temporários são as contribuições da primeira data comemorativa importante para o varejo
março l 2018
Páscoa deve ser pos
N
o conjunto das datas comemorativas importantes para o varejo no mercado brasileiro, a primeira no calendário anual é a Páscoa, com a comercialização do proprietário do chocolate em suas diversas formas, incluindo os tradicionais ovos. O aquecimento das vendas para a Páscoa motiva a criação de empregos temporários no período, tanto na indústria como no comércio. Em 2017, a Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt) projetava a contratação de 50 mil a 55 mil funcionários para a data. Muitas empresas chegam a antecipar a contratação, aproveitando os temporários do Natal. É o que ocorre com a indústria de chocolates, que além do pessoal para fabricação dos ovos de chocolates e afins, também precisa de profissionais para o empacotamento,
estocagem e logística de distribuição nos diversos pontos do varejo que comercializam o produto. No Brasil, segundo a consultoria Euromonitor, a produção de chocolates está concentrada nas indústrias de grande porte, das quais se destacam a Mondelez, com 32,7% do mercado brasileiro com as marcas Lacta, Bis e Sonho de Valsa e a Garoto, com uma fatia de 22,5% do mercado. Por outro lado, cresce a cada ano o número de pequenas fábricas que também vendem direto aos consumidores. Muitas vezes é um negócio com características familiares, que tende a crescer conforme a conquista da clientela e credibilidade da marca. Em certos casos, a indústria de chocolate pode exigir dos temporários alguma experiência na linha de produção de alimentos ou áreas semelhantes. De modo geral, para vagas como as de promotores, vendedores e atendentes de lojas, exige-se o Ensino Médio completo. Os chocolates e alimentos podem dispor de pontos de vendas vinculados às fábricas para comercializar seus produtos. Daí porque muitas marcas também
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sitiva para o varejo contratam temporários para as vendas no varejo, e podem adotar práticas para estimular as vendas, tais como parcelamento e descontos. O transporte e deslocamento de cargas de chocolates cresce no período que antecede a Páscoa e, para grandes distâncias, requer veículos com climatização adequada, situação que contribui para elevar os custos logísticos da distribuição e no preço de venda. O chocolate é um dos poucos produtos que não é vendido por e-commerce, devido às particularidades no transporte. O consumidor não está disposto a adquirir produto deformado pelo calor ou quebrado. Também é comum na véspera da Páscoa ou na segunda-feira seguinte a venda de chocolates com grandes descontos nos preços, considerando a validade limitada do produto e a grande quantidade de ovos quebrados. No Brasil de hoje, as perspectivas no desempenho do mercado e vendas do varejo melhoraram bastante em relação às predominantes no mesmo período do ano anterior. Entre os fatores a serem
considerados como indutores de melhor desempenho, destacam-se a ocorrência da estabilidade de preços e da queda dos juros que contribuíram para a contenção da inflação, permitindo elevar o consumo das famílias, a qual prevalece para 2018; a redução da taxa de desocupação no país que caiu de 13,7% no 1º trimestre para 11,8% no 4º trimestre de 2017; a melhoria das contas externas em 2017; PIB positivo em 1% após dois anos consecutivos negativo (2015: - 3,5% e 2016: -3,5%). Prevalece, igualmente, um cenário positivo para os agentes econômicos do comércio quanto à elevação do índice de confiança e das expectativas para o 1º semestre de 2018. Os fatores destacados são suficientes para sinalizar as perspectivas de aumento nas vendas de produtos para a Páscoa de 2018 em relação a 2017. Muito importante neste novo cenário, é a melhoria da confiança da população, que demonstra mais otimismo quanto ao desempenho futuro da economia.
Darci Piana | Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR
março l 2018