Federica Linares arquitetura e urbanismo Trabalhos selecionados 2022
Federica Linares
curriculun vitae - 2022
federicalinares11@gmail.com
+55 (21) 985548766
AV. Almirante Benjamin Sodré, 150 Boa Viagem, Niteroi, Rio de Janeiro - Brasil
CR: 8,5
linkedin: https://br.linkedin.com/in/federica-linares-95aa0a219 CV: http://lattes.cnpq.br/8319642386505123
EDUCAÇÃO
2021: Conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio orientada por Carlos Eduardo Spencer
2016: Inicio dos estudos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio
2015: Término do Ensino Médio no Colégio e Curso pH
Arquiteta e Urbanista
pela PUC-Rio
SOBRE MIM
Sempre tive certeza que queria fazer arquitetura. Quando finalmente entrei no curso percebi que na verdade não conhecia nada dao oficio.
Correr atrás desse deficit se tornou então meu maior motivador. Quanto mais me desafio a dominar aquilo que amo, mais interessante fica a prática e mais segurança tenho para exercer o curso que escolhi para minha formação.
Me chamo Federica, tenho 24 anos e sou Arquiteta e Urbanista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Sou italiana, filha de argentinos e moro no Brasil desde o ano 2000.
IDIOMAS
Português: Italiano: Inglês: Espanhol:
SOFTWARE
Autocad: Qgis: Archicad: Rhinoceros: Photoshop: Illustrator: Indesign: Excel: Sketchup: Twinmotion:
INTERESSES
Fluente (língua mãe) Intermediário (B2) Intermediário (entende bem) Fluente
EDUCAÇÃO COMPLEMENTAR
2021: (1) Curso online de VRAY- GO e Bim Prático - Archicad da Hub Prática Criativa (2) Curso de Twinmotion - A curva
2018: (1) Curso de Beta-Alfa e Arquitetura Orgânica Tibá (2) Curso de Revit da Autodesk Authorized Training Center de Revit Architecture
2017: (1) Curso de Bio-Arquitetura Tibá, ministrado por Johan Van Lengen (2) Workshop de ilustrator do Clube Colaborativo de Arquitetos Urbanistas e Paisagistas
EDUCAÇÃO EXTRACURRICULAR
2022: (1) Estudo preliminar e executivo para reforma de apartamento. Colaboração com Antônio Machado 2021: (1) Estudo preliminar para habitação unifamiliar em Paraíba do Sul, Rio de Janeiro em colaboração com Luisa Linden, Caio Werneck, Camilla Rocha e Júlia de Queiroz. (2) Maquete de estudo para Gávea Arquitetos
2020: (1) Estudo preliminar, anteprojeto e executivo para habitação unifamiliar em Entre Rios, Argentina em colaboração com Luisa Linden, Caio Werneck, Camilla Rocha e Júlia de Queiroz. (2) Apresentação de pesquisa no Encontro Nacional da ANPARQ como pesquisadora voluntária junto de Fernando Espósito e Júlia Meira
2019: (1) Apresentação de pesquisa na XI Jornada de Iniciação Científica Escola da Cidade (2) Organização de evento Semana de arquitetura 2019 Ser Urbano 10º edição (3) Workshop “Habitar a Transição” realizado na FAUP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Porto), Portugal (4) Participação do concurso Iceland Black Lava Fields visitor center, Bee Breeders
2018: (1) Workshop “Sobreterritório” organizado pelo Ser Urbano PUC-Rio em parceria com os escritórios GRU.A, OCO, Estúdio Guanabara e ARQBR (2) Participação do concurso Urban 21, Revista Projeto
2017: (1) Participação do concurso Amsterdam Art Bridge, Archasm (2) Estudo preliminar e legal para habitação unifamiliar em itaipava, Rio de Janeiro em colaboração com Luisa Linden, Caio Werneck, Camilla Rocha e Júlia de Queiroz
PRÊMIOS, PUBLICAÇÕES TRABALHOS
2022: (1) Trabalho selecionado pelo DAU/Puc-RIO para concorrer ao II Concurso ENANPARQ de Trabalhos de Conclusão de Curso.
2021: (1) Publicação de pesquisa nos anais do Vl ENANPARQ
2020: (1) Publicação de artigo na Revista Rua da UNICAMP (2) Prêmio de iniciação científica da Puc-Rio na categoria Destaque IC CTCH
2019: (1) Publicação de resumo na revista “Cadernos de Pesquisa #8” da Escola da Cidade
1Escritório Modelo PUC-Rio 2019.2 - 2020.2 Experiência em estudo preliminar e projeto legal
Guelba Arquitetura
2021.1 - 2021.2
federica linares11@gmail.com @linares.fed
Experiência em anteprojeto e executivo
Atelier 77 2021.2 - 2022.2
Experiência em executivo e detalhamento no archicad
2 Portifólio 2022 Federica Linares
2 3
Cinema Construção Fotografia viagens Arte
curriculum vitae
Federica Linares
federicalinares11@gmail.com +55 (21) 985548766 AV. Almirante Benjamin Sodré, 150 Boa Viagem, Niteroi, Rio de Janeiro - Brasil
CR: 8,5
linkedin: https://br.linkedin.com/in/federica-linares-95aa0a219
CV: http://lattes.cnpq.br/8319642386505123
EDUCAÇÃO
2021: Conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio orientada por Carlos Eduardo Spencer
2016: Inicio dos estudos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio
2015: Término do Ensino Médio no Colégio e Curso pH
Arquiteta e Urbanista pela PUC-Rio
SOBRE MIM
Sempre tive certeza que queria fazer arquitetura. Quando finalmente entrei no curso percebi que na verdade não conhecia nada dao oficio.
Correr atrás desse deficit se tornou então meu maior motivador. Quanto mais me desafio a dominar aquilo que amo, mais interessante fica a prática e mais segurança tenho para exercer o curso que escolhi para minha formação.
Me chamo Federica, tenho 24 anos e sou Arquiteta e Urbanista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Sou italiana, filha de argentinos e moro no Brasil desde o ano 2000.
EDUCAÇÃO COMPLEMENTAR
2021: (1) Curso online de VRAY- GO e Bim Prático - Archicad da Hub Prática Criativa (2) Curso de Twinmotion - A curva
2018: (1) Curso de Beta-Alfa e Arquitetura Orgânica Tibá (2) Curso de Revit da Autodesk Authorized Training Center de Revit Architecture
2017: (1) Curso de Bio-Arquitetura Tibá, ministrado por Johan Van Lengen (2) Workshop de ilustrator do Clube Colaborativo de Arquitetos Urbanistas e Paisagistas
EDUCAÇÃO EXTRACURRICULAR
2022: (1) Estudo preliminar e executivo para reforma de apartamento. Colaboração com Antônio Machado
2021: (1) Estudo preliminar para habitação unifamiliar em Paraíba do Sul, Rio de Janeiro em colaboração com Luisa Linden, Caio Werneck, Camilla Rocha e Júlia de Queiroz. (2) Maquete de estudo para Gávea Arquitetos
2020: (1) Estudo preliminar, anteprojeto e executivo para habitação unifamiliar em Entre Rios, Argentina em colaboração com Luisa Linden, Caio Werneck, Camilla Rocha e Júlia de Queiroz. (2) Apresentação de pesquisa no Encontro Nacional da ANPARQ como pesquisadora voluntária junto de Fernando Espósito e Júlia Meira
Português: Italiano: Inglês: Espanhol:
Autocad: Qgis: Archicad: Rhinoceros: Photoshop: Illustrator: Indesign: Excel: Sketchup: Twinmotion:
INTERESSES
Fluente (língua mãe) Intermediário (B2) Intermediário (entende bem) Fluente
2019: (1) Apresentação de pesquisa na XI Jornada de Iniciação Científica Escola da Cidade (2) Organização de evento Semana de arquitetura 2019 Ser Urbano 10º edição (3) Workshop “Habitar a Transição” realizado na FAUP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Porto), Portugal (4) Participação do concurso Iceland Black Lava Fields visitor center, Bee Breeders
2018: (1) Workshop “Sobreterritório” organizado pelo Ser Urbano PUC-Rio em parceria com os escritórios GRU.A, OCO, Estúdio Guanabara e ARQBR (2) Participação do concurso Urban 21, Revista Projeto
2017: (1) Participação do concurso Amsterdam Art Bridge, Archasm (2) Estudo preliminar e legal para habitação unifamiliar em itaipava, Rio de Janeiro em colaboração com Luisa Linden, Caio Werneck, Camilla Rocha e Júlia de Queiroz
PRÊMIOS, PUBLICAÇÕES TRABALHOS
2022: (1) Trabalho selecionado pelo DAU/Puc-RIO para concorrer ao II Concurso ENANPARQ de Trabalhos de Conclusão de Curso.
2021: (1) Publicação de pesquisa nos anais do Vl ENANPARQ
2020: (1) Publicação de artigo na Revista Rua da UNICAMP (2) Prêmio de iniciação científica da Puc-Rio na categoria Destaque IC CTCH
2019: (1) Publicação de resumo na revista “Cadernos de Pesquisa #8” da Escola da Cidade
Escritório Modelo PUC-Rio 2019.2 - 2020.2 Experiência em estudo preliminar e projeto legal
Guelba Arquitetura 2021.1 - 2021.2
1 2 3
Experiência em anteprojeto e executivo
Atelier 77 2021.2 - 2022.2 Experiência em executivo e detalhamento no archicad
3Arquiteta e Urbanista
curriculun vitae - 2022
IDIOMAS SOFTWARE
Cinema Construção Fotografia viagens Arte
4 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
À SUPERFÍCIES
CENTRO DE BENEFICIAMENTO FLORESTAL DELTA PARANA
indústria comunitária instalação artística conclusão de curso ateliê de projeto
SOBRE O RESÍDUO
08
habitação unifamiliar iniciação científica freela bolsa cnpq
RANCHO ENTRE RIOS
2020-2022 2019-2020
CASA NARA
CENTRO DE VISITAÇÃO PAISAGENS ENTRÓPICAS
centro de visitação
concurso be breeders 2019.2
1/4 LAJE [RE]AÇÕES
habitação unifamiliar freela habitação mutifamiliar organização de eventos
ateliê de projeto ser urbano 10 edição
2021 2019.2 2020-2021 2019.1 2019.2
5Arquiteta e Urbanista sumário
0701
02 03 04 05 06
2019.2
instalação artística ateliê de projeto
Casa França Brasil, Centro - RJ
Federica Linares e Luisa Linden
“RIO- Debaixo do nariz dos cariocas, ou me lhor, dos pés, existe um Rio que quase ninguém desconfia. Ele é repleto de túneis subterrâneos, que já testemunharam, ao longo da história da cidade, de romances proibidos até batalhas contra invasores. Alguns já desapareceram, outros não passam de lenda.”
(O GLOBO, 2016)
Na ausência de um topus visitável e visível, o projeto opera sob circunstâncias de lendas. Assume-se a condição atual da rede subter rânea de túneis históricos como um traçado urbano interrompido e inacessível e atua-se exatamente nos rastros desta história, à su perfície. Propõe-se ocupar com referência ao locus reverso, utilizando as galerias como guia de implantação para espacializar proprieda des imateriais de histórias urbanas cotidianas não-oficiais.
O cruzamento de relatos falados com do cumentos escritos tornou possível um le vantamento aproximado dos acesso às ruas subterrâneas. Catorze bocas espalhadas pelo território. O projeto opta por intervir na Casa França Brasil, rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, local em que a história dos túneis se mostra mais presente.
6 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed _À SUPERFÍCIES
01
Vista da instalação artisitica da rua
7Arquiteta e Urbanista
8 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Localização estimada das bocas de acesso às galerias subterrâneas do Centro do Rio de Janeiro 1. Casa França Brasil 2. Casa Santa da Misericórdia 3. Biblioteca Nacional 4. Convento Santo Antônio 5. Quartel General da Polícia Militar 6. Igreja Nossa Senhora do Outeiro da Glória 7. Biblioteca Nacional 8. Ilha das Cobras 9. Armazém 4 10. Moinho Fluminense 11. Paróquia São Cristovão 12. Museu Nacional
9Arquiteta e Urbanista
No hall de entrada da edificação, já é possível observar rastros físicos da presença subterrâ nea: uma tampa no chão de quase um metro quadrado e uma camada de piso reformado, que segundo funcionário teria sido colocada depois do piso ceder por conta de infiltrações no antigo túnel. Para alguns, o atual centro de exposições culturais, encoberta histórias de venda e transporte de escravos, datadas da época em que a sede era a antiga alfândega da cidade.
A intervenção pensada assume essa narrati va. Propõe-se uma escada de dois lados que prolongue o instante “no limite” entre planos; a entrada e saída deles. A implantação ocupa o eixo principal da arquitetura neoclássica e assume toda sua extensão: de porta à porta. O gesto garante a visibilidade desejada e traz à tona a presença de uma história não contada abaixo da cota visitada.
Inserção da instalação na Casa França Brasil
10 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Elementos
11Arquiteta e Urbanista
de referências para a implantação
12 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Corte transversal
13Arquiteta e Urbanista
Uma boca se prolonga para fora da edificação e marca o início do antigo trajeto, convidando o passante a entrar e resgatar o imaginário dos antigos túneis. Dentro, a estrutura de dois lados, mas de uma saída, preserva o mistério, revelando um caminho e dando, apenas indí cios, da presença de um verso.
A proposta: um túnel de quarenta e sete me tros de comprimento cortando a Casa França Brasil ao meio.
Relação da instalação artística com seu entorno
14 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
15Arquiteta e Urbanista
Relação da instalação artística com o interior da Casa França
Planta
baixa
Sem saída e com funcionamento independen te, a estrutura assume em sua materialidade e tectônica os elementos essenciais da experiên cia das antigas galerias: paredes e pavimentos.
Trabalha-se com a ideia de limites e super fícies, explorando o tratamento dos planos rígidos; espaçados; lisos e estriados para ex pressar diferentes sensações. De dentro, claus trofóbico; desorientado; de fora, incômodo, desconhecido.
16 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Momento que alude a sensação
de
saída de uma galeria subterrãnea
17Arquiteta e Urbanista
Momento que alude a sensação de entrada em uma galeria subterrãnea
Corte longitudinal
A modulação de três em três metros garante a montagem rápida e o máximo aproveita mento das peças. A estratégia não só é fun damental para construção como também para própria desconstrução. Propõe-se que ao final do período de exposição no centro cultural, a estrutura se divida deixando vestígios de sua presença: uma dentro da Casa França (exata mente os dois módulos de periscópio localiza dos em cima da boca); e outras distribuídas pelos demais acessos catalogados.
De volta à cidade, os novos dispositivos man tém os elementos básicos de sua volumetria original (parede e pavimento), ajustando ape nas o tratamento das superfícies com relação às dinâmicas locais. Os módulos uma vez es palhados pelo território marcam o traçado -guia e se assumem como mais uma camada interrompida desta história. E assim como o fato se tornou lenda; a arquitetura, ruína. [...]
18 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
19Arquiteta e Urbanista
Ruínas distribuidas pelo Centro do Rio de Janeiro
Esquema de desmontagem da intervenção artística
2020.1 iniciação científica bolsa cnpq Rio de Janeiro
Federica Linares - orientação de Fernando Espósito
“[sobre espaço residual:] uma área onde a aplicação é suspensa, mas onde a lei, enquanto tal, permanece em vigor.”
Giorgio Agamben
A cidade, enquanto espaço habitado, sempre será produto da memória que ela estimula so bre os indivíduos; “a cidade é o locus da me mória coletiva” afirma Rossi (2001). Porém, assim como qualquer outro sistema em rede, a narrativa urbana também está sujeita a even tuais “falhas” de processamento de dados. O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre essa situação-problema; uma categoria de espaço produto, não de memória, mas de ausência de memória. O locus das situações indesejadas que forçadamente nos obrigamos a esquecer por estarem associados ao aban dono, à marginalidade, mas, sobretudo, a um histórico de memórias repulsivas e a estigmas sociais. Lugares que enterramos no mais pro fundo do nosso inconsciente e que só lembra mos quando somos confrontados com situa ções urbanas de desconforto e desorientação. Lugares “(...) aparentemente esquecidos, onde parece predominar a memória do passado so bre o presente (...) nos que somente certos va lores residuais parecem se manter (...)” (MO RALES, 2002, p. 127, tradução nossa).
20 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed _SOBRE O RESÍDUO02
Ensaio sobre o resíduo
21Arquiteta e Urbanista
São o que podemos chamar de “espaços re siduais”, territórios em “estado de exceção”, sítios onde as práticas não recomendadas são excepcionalmente permitidas por necessidade pública. Zonas de tolerância que a cidade man tém, dentro de seus limites, para satisfazer de sejos que a legalidade é incapaz de fornecer. Lugares que fazem parte de uma rede políti ca de acordos firmados entre duas oposições que permanece velada para não comprome ter o funcionamento do sistema. São lugares como o beco escuro, o baixo viaduto, a praça abandonada, a favela, a rua sem saída e tantos outros que a “cidade dos normais” frequenta, diariamente, mas se nega a reconhecer. Apesar dessas incongruências espaciais se rem características de todo espaço habitado, algumas áreas do Rio de Janeiro parecem especialmente se ressaltar. O contato com o marginalizado é tão diário que se torna qua se obrigatório. Não à toa Richard Sennett se refere às cidades como “um assentamento humano em que estranhos têm chance de se encontrar” (1978, p. 39. Apud: BAUMAN, 2001, p.121). A privatização das áreas comuns de condomínios e a decadência das praças pú blicas da cidade não deixa de ser um reflexo disso; nada mais que um mecanismo de defesa contemporâneo contra a aversão de interagir com o outro, diferente.
O problema é que ao saber disso, o simples sair de casa se torna quase um consentimento à marginalidade e as narrativas urbanas pas sam a sustentar uma sensação contraditória de “insegurança cotidiana”; situações que,
apesar de fazerem parte da rotina urbana, são estigmatizadas como falhas do sistema. Da mos dinheiro para o mendigo que dorme na calçada; compramos uma bala do menino no sinal; pagamos para o senhor do camelô con sertar nosso celular; vamos até a Alfândega para pagar mais barato pela fantasia do car naval. E pronto, acabamos estabelecendo uma rede paralela em que a relação com o ilegal é involuntariamente tolerada. É quase um có digo de conduta carioca: estabelecemos uma relação de tolerância contra o estigmatizado para garantir que a lógica urbana continue funcionando. É claro que tais práticas por si só não denotam algo negativo, a questão é a contradição que sustentam: por vezes, obser vamos que os sujeitos desta relação são trata dos de maneira depreciativa e outras, como nos casos apontados acima, não.
Nicolás Leyva (2017), em seu artigo ”Estado de excepción, el barrio de Santafé de la ciudad de Bogotá”, compara o bairro de Santafé com um “estado de exceção”, dizendo que o bairro fun ciona como um prestador de serviços ilícitos da cidade de Bogotá, em especial, por possuir três componentes: o Cemitério Central; a Zona de Tolerância (área de prostituição); o Museu Exposição “El Hombre” (coleção de fetos com malformação). Três lugares que represen tam uma presença incômoda na cidade mas que são inconformadamente mantidos para benefício da própria imagem. Para ele, essas relações omitidas e não-oficiais experimenta das em zonas como essa, representam mitos urbanos facilmente comparadas a animação
“Shrek” (2001), sobretudo porque trabalham sobre a idéia inquietante da convivência entre o rejeitado e o aceito, neste caso entre “pân tanos” e “terras do senhorio”, dentro de um mesmo contexto.
Hace un par de meses, cuando miraba por la ventana de mi habitación, vi pasar un ‘habi tante de calle’ un poco malhumorado, arran cando las hojas de las plantas que se cruzaban en su camino e insultando al aire. De imedia to pensé: es un Shrek. Este personaje ficción llevaba dándome vueltas en la cabeza desde hacía tiempo cuando me preguntaba reflexi vamente por la empatía. Pero cuando pensaba en como escribir este texto, no pensé tanto en Shrek como en su pantano. En cómo este se produjo y perpetuó.
(LEYVA, 2017: 193)
A história se desenvolve num reino chamado “Tão Tão Distante”. Em especial, num lugar meio isolado, um pântano. Um baldio que nin guém nunca jamais pensou em viver. Nesse sí tio desdenhado, vive o personagem principal, um ogro chamado Shrek (Fig. 1). Livre das leis de Farquaad, o rei de Tão Tão Distante, o pân tano vira um lugar de liberdade onde Shrek consegue viver sob suas próprias regras. Isso até o momento que o Farquaad decide caçar todas as criaturas mágicas de seus domínios e elas fogem para o único lugar em que a sua soberania parece não vingar, o pântano de Shrek. Incomodado com os novos visitantes e ciente de sua incapacidade de expulsar a to dos, o ogro não vê outra senão negociar com
22 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Roda de debates na XI Jornada de Iniciação Científica da Escola da cidade
Diagrama ilustrando os “espaços em branco” do processo de estigmatização
Diagrama sobre os elementos envolvidos no processo de residualidade.
23Arquiteta e Urbanista
24 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Diagrama
sobre os serviços prestados no “acordo de exceção”
Diagrama ilustrando
a
condição de existência do tecido urbano
o próprio senhor das terras. O soberano, ins tintivamente, nega qualquer contato com ele, tentando, inclusive, assassiná-lo. Porém, com o seu fracasso, ambos acabam chegando a um acordo, Shrek prestando um serviço ao reino e Farquaad eliminando todas as criaturas que invadiram suas terras.
A partir da animação, percebemos a existên cia de lugares e personagens da cidade niti damente “afastados”, mas que permanecem completamente internos ao sistema por uma simples questão de boa vizinhança. E que acordos firmados entre essas duas forças são fundamentais para garantir o funcionamento urbano. Dessa forma, podemos dizer que os múltiplos “pântanos” e respectivos “Shreks” são condição de existência de todo ou qual quer espaço socialmente organizado. De fato, ao fazer o paralelo com o Rio de Janeiro, a si tuação não fica muito diferente. Só que agora, certamente, a classificação indicativa é outra.
A “criatura” que deve ser evitada não é mais um ogro que “caminha sem roupa ao léu, pes ca a base de flatulências e acende o fogo com arrotos” (LEYVA, 2017, p. 188, tradução nos sa). O novo “outro” da paranoia, dos condo mínios privados e das seguranças 24 horas é o assaltante, o pixador, o mendigo, o favelado, o ambulante e muitos outros que vemos, mas não enxergamos (toleramos), vagando, por aí, nas ruas das nossas cidades
No entanto, sabemos que nenhum Farquaad, ou outro soberano com poder equivalente, ousaria reconhecer tais “patologias urbanas” dentro de seus domínios, uma vez que isso implicaria a perda da sua legitimidade como ordem dominante e protetora. Portanto, é importante reforçar que a interação entre essas duas antagônicas se baseiam, estrita
mente, em negociações veladas, onde a parte “legitima” se propõe a relegar uma zona de tolerância (os espaços fora da lei estariam ex cepcionalmente dentro da lei, em sentido de Agamben), e outra a fornecer serviços que o reino necessita, mas que, por incompatibili dade, é incapaz de financiar ou aceitar. Assim, arriscaria dizer que a animação “Shrek” ana lisada por Leyva representa uma alegoria da residualidade contemporânea, um mito dos sujeitos estigmatizados e dos espaços preca riamente resignados a eles. Sobretudo se situ ados na “Cidade maravilhosa” (FILHO, 1935), que assim com “Tão Tão Distante”, certamente também possui seus “pântanos”.
Podemos dizer que a pandemia causada pelo coronavírus verifica essa observação feita anteriormente, uma vez que reforça a impor tância da manutenção velada deste “acordo de exceção” para a lógica urbana. Assim, como na animação da Dreamworks, percebemos como é expressiva a existência de uma relação de dependência e tolerância mútua entre, por exemplo, usando termos atuais, os privilegia dos e os prestadores de “serviços essenciais”.
E a essa altura, poderíamos, inclusive, ques tionar o que seria considerado essencial para uma cidade como o Rio de Janeiro, que clara mente consome e reprime diversos serviços. Abaixo, uma cena de um vídeo que circulou nas redes sociais nos primeiros dias de agos to, em que um homem branco discrimina um entregador de delivery pela sua cor de pele e classe social.
A partir do caso, podemos perceber como o conceito de tolerância é algo que deve ser re visto na nossa sociedade, e que, claramente, representa um comportamento programado para o benefício exclusivo da própria fonte que consome. Essa revisão é urgente, principal
mente porque a tolerância, em um ou vários sentidos, corresponde à aceitação transitória de algo que é rejeitado. Ou seja, tolerar é um ocultamento, mas não a eliminação do precon ceito ou a estigmatização. Dessa forma, torna -se fundamental ressaltar que a resignação de “pântanos” e de seus “shreks”, que a primeira vista parecem conquistas destes grupos, “são também, e sobretudo, resquício ou sobra da devastação brutal que o colonialismo promo veu em território americano.” (HAESBAERT, 2014: 116).
Conclui-se, portanto, que num contexto de: sobreposição de “territórios múltiplos” (HA ESBAERT, 2014) em que os contrastes são mais evidenciados; e rotatividade das lógi cas de poder no espaço, a residualidade, em algumas áreas do Rio de Janeiro, se torna, nitidamente, mais recorrente, e, sobretudo, mais fragmentada. A cidade se revela cheia de lacunas espaciais que são preenchidas por pe quenas situações de estranhamento. Portanto, entende-se que o conceito de residualidade é muito mais um produto de propriedades ima teriais transitórias, do que propriamente de elementos fixos no espaço.
A pesquisa revela como a cidade é produto de contradições sócio-espaciais resultantes da necessidade ambígua (em seu sentido dual e contraditório) por depreciar foras internos e ao mesmo tempo definir zonas de tolerância das mesmas, entendendo o processo como fundamental para a manutenção da própria imagem citadina que a rede de memória urba na estrutura. A crise humanitária atual apenas reforça tais conceitos, uma vez que torna vital as relações de tolerância entre, por exemplo, os privilegiados, que podem permanecer em casa e os prestadores de serviços essenciais que precisam continuar na rua.
25Arquiteta e Urbanista
Diagrama dos elementos marcados pelo “atributo depreciativo”
2018.1-2020.1 habitação unifamiliar freela* Itaipava, Petrópolis - RJ
Camilla Rocha, Caio Werneck, Federica Linares, Luisa Linden e Júlia de Queiroz
*Trabalho feito em colaboração e supervisão de profissionais qualificados: Projeto estrutural: Ricardo Barelli Topografia: Moisés F. De Azevedo Projeto executivo: Ricardo Melo Obra: Pablo Alonso Consultória de projeto: Luciano Alvares
26 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed _CASA NARA02
Fachada principal Casa Nara
27Arquiteta e Urbanista
28 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Vista inferior do átrio que separa os dormitórios da área comum
Vista inferior da varanda da sala de estar
29Arquiteta e Urbanista 0 1 2 5 10MROOF PLAN | PLANTA DE COBERTURA Implantação Casa Nara
30 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed LAREIRA Planta baixa Casa Nara
31Arquiteta e Urbanista ACESSO 0 1 2 5 10M
32 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Vista interna do átrio
33Arquiteta e Urbanista
Corte longitudinal Casa Nara
Vista da área comum externa
DE VISITAÇÃO PAISAGENS
2019.2 centro de visitação concurso da be breeders
Islândia
Ana Luisa Liesegang, Federica Linares, Maria Vitoria Martins e Luisa Linden
A proposta é aproxima-se do conhecido, fami liar, trazendo ao visitante uma referência, uma aproximação que dá escala a uma paisagem extensa, cuja força natural beira o incompre ensível. Através dela, nos tornamos capazes de entender o local onde estamos.
Tudo que vemos e vivemos durante a visita é um mero instante no tempo dos lava fields. Entendemos que a principal experiência do local é a de imersão no espaço de formações naturais e na escala temporal do planeta que, durante bilhões de anos, modificou-se para produzir os espaços que conhecemos hoje. O Centro idalizado, portanto, busca uma media ção entre humano e paisagem através da com preensão da nossa efemeridade.
34 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed _CENTRO
ENTRÓPICAS 04
“No deserto sempre se está no centro” (Jorge Luís Borges)
Fachada de acesso ao Centro
35Arquiteta e Urbanista
O centro de visitação de paisagens entrópicas se insere na paisagem na intenção de fortale cer seu entorno. O contraste entre sua geome tria ortogonal e a topografia instável na qual se assenta busca promover uma “ruptura de simetria” potencializando a insersão do Centro como mais um elemento fruto dos processos metafísicos que caracterizam esta paisagem entrôpica.
O gesto inaugura um ponto de referência no contexto, convidando o visitante a contemplar a grandiosidade dos eventos do entorno a par tir da relação com o estável e controlado do edifício. Para tal, propõe-se ainda no acesso, um espaço de desnaturalização: uma rampa de dois níveis que materialize o primeiro con tato entre territórios de contraste.
36 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Vista da rampa que
dá
acesso
ao
Centro
Corte longitudinal
Implantação
37Arquiteta e Urbanista
do Centro na paisagem entrôpica
38 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Diagrama das intenções de projeto
39Arquiteta e Urbanista
Planta
baixa
Para estabelecer um dialogo entre o substrato e o construido, a intervenção se propõe a ma nifestar os processos de trasformação externa dentro de sua própria volumetria, distribuin do o programa a partir da sua relação de aber tura com a paisagem.
Por fim, a implantação reage de formas di ferentes à orientação. De um lado; aberto, exposto, do outro fechado; protegido, hostil. Assim, dentro de um mesmo espaço dois tor ritórios deixam o embate para fazer parte de uma mesmo processo de entropia.
40 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Vista montrando a relação do Centro com a grandiosidade da paisagem
41Arquiteta e Urbanista
Vista do terraço do Centro
Vista montrando a relação do Centro com a hostilidade da paisagem
habitação multifamiliar
de projeto
Cristovão,
Federica Linares
A cidade, os edifícios, os apartamentos. Grada tivamente os limites urbanos se multiplicam e se tornam cada vez mais rígidos. O quintal da casa, a interação com o vizinho e a janela na rua se desfazem. O espaço comum se estra tifica e, por fim, se afasta, intensionalmente, da rua.
O projeto propõe criar uma passagem para dissolver esses limites. Um espaço vazio que se inaugura no térreo e se expande em frestas, assumidas, na estrutura do edifício. A intera ção entre as diversas escalas acontece. O es paço comum e a circulação se fundem em um único ambiente que conecta, tantos os aparta mentos, como a própria cidade. As varandas e a loja garantem a relação com a rua e a laje, do espaço entre apartamentos, incentiva a troca interpessoal. O quintal ganha altura. A janela vira varanda. E os vizinhos passam a ser mais do que conhecidos.
42 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Vista da fachada principal do edifício
2019.1
ateliê
São
Centro - RJ
43Arquiteta e Urbanista
44 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Planta
baixa térreo
Planta baixa pavimento tipo
45Arquiteta e Urbanista
A casa é um grande corredor. A cozinha se po siciona entre os ambientes e articula os níveis de privacidade. A disposição garante espaços equivalentes e confere diversidade ao layout. O morador pode escolher o melhor lugar para seu quarto; janela para o prisma ou varanda
a cidade.
Dessa forma, aproveita-se melhor as áreas e nenhum espaço se reduz, exclusivamente, a circulação. O apartamento assume a linearida de do terreno e se compacta, colando-se nas empenas. O gesto permite a abertura de um pequeno vão e a paisagem passa a ser compar tilhada. Assim, por um instante; o edifício se desfaz e a laje permanece.
46 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed 02 01 03 Ap.1
para
Diagrama do espaço entre apartamento
47Arquiteta e Urbanista
Vista
do núcleo rígido em comum entre apartartamentos (vista 01) Vista do apartamento 01
48 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Perspectiva explodida
49Arquiteta e Urbanista
Espaço
comum
entre apartamentos com vista para a Feira de São Cristovão (Vista
03)
50 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed ÁREA COMUM Corte longitudinal mostrando a intenção do projeto
51Arquiteta e Urbanista
2019.2 organização de evento ser urbano 10 edição PUC/Rio, Gávea - RJ
Ana Luisa Liesegang, Bianca Naylor, Eduardo Barbosa, Federica Linares, Gabriel Lemgruber, Luisa Linden, Júlia de Queiroz e Maria Vitoria Martins
Este ano o Ser Urbano, em sua 10ª edição, acontecerá entre os dias 4 e 8 de novembro de 2019. A data representa uma oportunida de para re-visar coletivamente as questões la tentes (em pequena e/ou grande escala) que vem nos afetando como arquitetos e como indivíduos políticos das cidades. A intenção é re-avaliar os produtos da arquitetura em suas diversas áreas de atuação, re-pensando todas as etapas do ofício; da academia à prática. Pro põe-se utilizar o evento para construir, a partir do diálogo e do projeto, um catálogo de possí veis re-ações diante da situação-risco.
Arquitetura; Inseparável da sociedade em que se manifesta. Coletiva. Vigente às individuali dades do tempo presente. Das mais diferentes escalas. Dos mais diferentes campos.
Pensamos numa atividade no formato de ate lier aberto, onde durante a semana acontece rão diversas atividades que visem identificar problemáticas e estratégias para a ocupação da escola de arquitetura frente ao cenário atu al. Assim, o proposto é organizado em 3 fren tes: METRO, uma aproximação ao edifício; OFICINAS, exercícios práticos; e FALAS, mesas de debate e conversas abertas.
52 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed 06_[RE]AÇÕES
Equipe Ser Urbano
2019
no edifício Metro
53Arquiteta e Urbanista
Esquema
54 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
ilustra como chegar no evento
55Arquiteta e Urbanista 10ª SEMANA DE ARQUITETURA E URBANISMO PUC-RIO - APOIO DAU E CAAU - @SERURBANO.PUCRIO 04.11 SEGUNDA-FEIRA CONVERSA COM EX-ALUNOS GIULIA CHAGAS Sobre a linha férrea: Costura urbana em Madureira, RJ (2019.1) HENRIQUE FIALHO Diálogos sobre o urbano (2018.2) JULIA TÁPIAS Que não se repita (2019.1) NATHÁLIA GOMES Corpomuro: reescrevendo a paisagem dos muros ferroviários De Santa Eugênia, Nova Iguaçu (2019.1) RE-ENCONTRO 05.11 TERÇA-FEIRA CONVERSA COM O ENTRE E RELANÇAMENTO DO LIVRO “8 REAÇÕES PARA O DEPOIS”, COM PARTICIPAÇÃO DO EX-ALUNO ZECA OSORIO RE-LANÇAMENTO 06.11 QUARTA-FEIRA MESSINA | RIVAS escritório de arquitetura baseado em SP, a partir da parceria entre Francisco Rivas (FAUD-UNC) e o Rodrigo Messina (PUC-Rio) JULIANA AYAKO arquiteta (PUC-Rio), com pós graduação (Escola da Cidade), iniciou sua investigação projetual em 2018 CARLOS ZEBULUN arquiteto (PUC-Rio), fundador do Zebulun Arquitetura em 2018, com base no RJ mediação: OTÁVIO LEONÍDIO arquiteto (USU), doutor em História (PUC-Rio), professor e diretor do DAU PUC-Rio 19h 19h 13h CONCRETO ROSA empresa de construção civil composta só por mulheres, que oferecem serviços de construção e reforma desde 2015 ARCHE PROJETOS PARTICIPATIVOS projetos que buscam garantir o direito à cidade e moradia mediação: MAÍRA MARTINS arquiteta (FAU UFRJ), mestre/doutoura em urbanismo (Institut d'urbanisme de Paris) e professora DAU PUC-Rio 16h FRANCESCO PERROTTA-BOSCH arquiteto (PUC-Rio), mestre em arquitetura (FAU USP), crítico de arquitetura da Folha de S. Paulo PISEAGRAMA plataforma editorial de BH, dedicada aos espaços públicos e revista semestral sem fins lucrativos mediação: ANA PAULA POLIZZO arquiteta (EAU-UFF), mestre/doutoura em história da arte e arquitetura no Brasil (PUC-Rio), sócia do escritório Oficina da Arquitetos e professora FAU UFRJ 19h 07.11 QUINTA-FEIRA LANCHONETE <> LANCHONETE trabalho coletivo e cozinha comunitária mobilizada pela artista Thelma Vilas Boas na Pequena África, Gamboa, RJ MAXWELL ALEXANDRE artista visual, formado em Design (PUC-Rio), trabalha narrativas a partir de suas vivências na Rocinha e na cidade mediação: VITOR GARCEZ arquiteto (PUC-Rio), mestre em artes visuais/poéticas (EBA/UFRJ), sócio fundador do escitório OCO Projetos 13h BLOCO ARQUITETOS escritório baseado em BSB, que atua em diferentes escalas e programas - fundadores do Atelier Piloto TERRA E TUMA escritório baseado em SP, autores do projeto Casa da Dona Dalva/ Vila Matilde - exemplo do papel de arquitetxs como agentes sociais mediação: GABRIEL DUARTE arquiteto (UFRJ), mestre em urbanismo (TU- Delft) e professor DAU PUC-Rio 16h GUSTAVO UTRABO arquiteto (UFPR), sócio fundador do Estúdio Gustavo Utrabo, vencedor do Prêmio Internacional RIBA 2018 com projeto pelo AlephZero mediação: MARCOS FAVERO arquiteto (FAU UFRJ), mestre em arquitetura (FAU UFRJ) e professor DAU PUC-Rio 19h 08.11 SEXTA-FEIRA GRUPO FRESTA coletivo de arquitetura baseado em SP - realizou trabalhos recentes junto às aldeias indígenas Guaranis, Tupis e Tupiniquins, em SP e ES ESTÚDIO GUANABARA escritório de arquitetura baseado no RJrealizaram projeto recente de assessoria técnica para habitações com o povo Kayapó, em PA mediação: IAZANA GUIZZO arquiteta (UniRITTER), mestre (UFF), doutoura (FAU UFRJ), sócia-fundadora do Terceira Margem e professora da USU-RJ 13h 16h SAUERMARTINS escritório de arquitetura baseado em POA - finalistas do Prêmio Début (Trienal de Arquitectura de Lisboa, 2019) GRU.A escritório baseado no RJ - finalistas do Prêmio Début (Trienal d Arquitectura de Lisboa, 2019) mediação: NANDA ESKES arquiteta (École d’Architecture Paris Belleville), sócia do escritório Atelier 77 e professora DAU PUC-Rio MAPA coletivo binacional (Brasil e Uruguai), cujos projetos dialogam com diferentes contextos - experiências vinculadas à pré-fabricação 23 SUL escritório de arquitetura baseado em SP - autores da Fundação Floresta e da Estação SP - Morumbi do Metrô, projetos que denotam preocupação diante da sustentabilidade mediação: FERNANDO ESPÓSITO arquiteto (PUC-Valparaíso), doutor em arquitetura (ETSAB) e professor DAU PUC-Rio 19h ATIVAR SURGIR PENSAR CONSTRUIR ERGUER HABITAR TRAÇAR ACIONAR ORGANIZAR PROJETAR CRIAR ADAPTAR SURGIR NASCER POSICIONAR AJUSTAR ABRIR ENCONTRAR ALCANÇAR ENCARAR AVALIAR ASSUMIR CARREGAR HABILITAR AGIR CAPITULAR DESCOBRIR ATAR LIGAR COMEÇAR APROVEITAR PLANEJAR SALTAR FLORESCER ENFRENTAR ASCENDER VER EXECUTAR FORMAR DESPERTAR CONHECER EXECUTAR DIALOGAR ESTRUTURAR CONSTITUIR DEFINIR INCIDIR LANÇAR EMBARCAR DESPERTAR [RE]S E R U R BA N O 10ª SEMANA DE ARQUITETURA E URBANISMO PUC-RIO APOIO DAU E CAAU / @SERURBANO.PUCRIO + @OFICINAS.SERURBANO.PUCRIO 04.11 - 08.11 Divulgação do evento
56 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Planta baixa do Edificio Metro, local utilizado para o evento
Maxwell Alexandre apresentando seu trabalho na mesa do Ser Urbano
57Arquiteta e Urbanista
Equipe Ser Urbano 2019 ao lado do arquiteto Gustavo Utrabo e dos escritórios Terra e Tuma e Bloco Arquitetos
58 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Oficina de Corpo de Concreto: Experimentações com fôrmas flexíveis e argamassa
Oficina O que para o Rio de Janeiro? Repensando o plano diretor
59Arquiteta e Urbanista
Oficina Laboratório de investigação: Bambu
Ateliê aberto: re-ações
2021 complexo industrial comunitário conclusão de curso
PUC/Rio, Gávea - RJ
Federica Linares - orientação: Carlos Eduardo Spencer
convidado externo: Helio Olga
*Trabalho feito inteiramente no archicad
A intensicação da mudança climática somado à expansão dos sistemas agro-exportadores promovidos pelo modelo de desenvolvimen to atual, tem ameaçado não somente a rica biodiversidade de continentes como a Amé rica Latina, mas as economias de pequenas comunidades que dependem dela para a sua subsistência. O presente trabalho busca in vestigar sobre os desaos e oportunidades que essas produções tradicionais do território lati noamericano enfrentam ao compartilhar suas terras com grandes cadeias produtivas e im portantes ecossistemas em desequilíbrio.
O objetivo é imaginar modos de existência alternativos em que a co-produção regule as múltiplas escalas de interesses sobre um mes mo território, sejam elas: econômicas, políti cas, sociais ou geográcas. A investigação toma como caso de estudo a região do Delta do Rio Paraná, no noroeste da Argentina, cuja singu laridade da conguração espacial nos permite justicar a urgência do debate ao antecipar efei tos da relação insustentável entre o ecossiste ma natural e humano vigente hoje.
Perspectiva
60 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed _CENTRO DE BENEFICIAMENTO FLORESTAL DELTA PARANA 08
explodida dos edifícios que compõem o complexo
61Arquiteta e Urbanista PERPECTIVA
ISOMETRICA COMPLEXO
A geração de madeira macia - atividade tradi cional dos povos do Delta Paraná - se apresen ta como uma oportunidade nesse contexto de dimensão multiescalar. Portanto, o trabalho se compromete a desenvolver um projeto que vise estimular o mercado da madeira macia aumentando o valor agregado em origem, tendo como principal programa uma indústria de Madeira Laminada Colada.
62 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Mapa Concentração de focos de calor em 2020
Diagrama ilustra valor econômico da Região do Delta Parana
63Arquiteta e Urbanista
Mapa potencial hídrico
64 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Mapa perpectivado mostrando a infraestrutura disponível para a prática do
manejo
florestal
65Arquiteta e Urbanista
Mapa Reserva da Biosfera
Mapa atividades produtivas
66 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Corte perpectivado do complexo
67Arquiteta e Urbanista
68 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Centro de Beneficiamento em águas altas
69Arquiteta e Urbanista
Centro de Beneficiamento em águas baixas
70 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Embalagem / DepositoCentro comunitário TriagemManufatura 3 anosfaseamento A disposição do programa considera a geografia do sítio; o periodo de águas altas e a topografia Implantação do complexo à margem do Rio Paraná Mini
71Arquiteta e Urbanista Pre-serragem / Secagem Colagem Usinagem 10 anos
Esquema de fixação do painel de fibra vegetal na estutura do galpão da fábrica
Esquema de fixação do painel de fibra vegetal na estutura do equipamento de apoio
72 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
73Arquiteta e Urbanista
Maquete feita com madeira balsa, papel parana e café
Maquete tectónica do edifício idealizado, à direita a fábrica; à esquerda o equipamento de apoio
painel fibra vegetal
ripa de madeira para fixa ção de painel
estrutura do painel em madeira serrada
insert de aço galvanizado
pilar de madeira engenheirada
viga de madeira
fundação de concreto
moldado
74 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Detalhamento do galpão 01:
02:
03:
04:
05:
06:
engenheirada 07:
pré
05 01 03 06 02 04 07
75Arquiteta e Urbanista CORTE AMPLIADO GALPÃO DE ATIVIDADES / FONTE : ACERVO PRÓPRIO, 2021 02 03 04 05 06 01 01: painel fibra vegetal 02: ripa de madeira para fixação de painel 03: estrutura do painel em madeira serrada 05: pilar de madeira engenheirada 06: viga de madeira engenheirada
ENTRE RIOS
2020-2022 habitação unifamiliar freela
Sauce Montrul, Entre Rios - Ar
Camilla Rocha, Caio Werneck, Federica Linares, Luisa Linden e Júlia de Queiroz
*Trabalho feito em colaboração com profissionais locais Engenheira: Maria Elena Fabre Obra:
76 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed _RANCHO
08
Fotografia de obra
77Arquiteta e Urbanista
78 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed Planta geral da casa indicando o edifício a ser contruida primeiro
79Arquiteta e Urbanista Rancho La Virita AP02PLANO: Anteproyecto - Planta general_R02 FECHA: 28 de septiembre - 2021 DWG: casa entrerios_geral_R00.dwg ESC: 1/100 HOJA: A2
Maquete
Maquete
80 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
de estudo
de estudo
81Arquiteta e Urbanista
Croqui da inserção da casa feito por Caio Werneck
REGULARIZACION COM CAIMIENTO PARA PLUVIALES
PLATEA DE HORMIGON
CIELORASO DE YESO
DONDE HAY DRYWALL: ZOCALO A DEFINIR
MAMPOSTERIA
ACABAMIENTO SEMEJANTE AL HORMIGON
VIGA DE HORMIGON
MONTANTE METÁLICO P/ DRYWALL
PISO A DEFINIR
CAMARA DE AIRE
EJE DE SIMETRIA DRYWALL C/ PINTURA BRANCA
INT.
EXT.
PARED DUPLA DE MAMPOSTERIA VISTA CONTRAPISO
PLATEA DE HORMIGON
BALDRAME
Detalhementos entregues ao contrutor da obra
82 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
EJE DE SIMETRIA
MAMPOSTERIA
ACABAMIENTO SEMEJANTE AL HORMIGON
VIGA DE HORMIGON
PARED DUPLA DE MAMPOSTERIA VISTA
REQUADRO EN CEMENTO
BALDRAME
83Arquiteta e Urbanista
CEMENTO
84 Portifólio 2022 Federica Linares federica linares11@gmail.com @linares.fed
Fotografia da obra
Fotografia da obra
85Arquiteta e Urbanista
Fotografia da obra
Corte áreas comuns
CORTE TRANSVERSAL BB' (ESC.: 1/25 - A2)
ANTEPROJETO 27/09/2021
Fotografia da fachada dos quartos mostrando vão das janelas
Corte areas privativas
Fotografia da fachada de acesso ao patio da esquerda com churrasqueira no fundo
CORTE TRANSVERSAL AA' (ESC.: 1/25 - A2)
CORTE TRANSVERSAL AA' (ESC.: 1/25 - A2)
ANTEPROJETO 27/09/2021
ANTEPROJETO 27/09/2021
federica linares11@gmail.com @linares.fed
86 Portifólio 2022 Federica Linares
87Arquiteta e Urbanista
Fotografia de drone mostrando volumetria da edificação inserida no terreno
À SUPERFÍCIES
cep Casa Fraça Brasil -RJ Rio de Janeiro - Brasil
Federica Linares e Luisa Linden Federica Linares Camilla Rocha, Caio Werneck, Federica Linares, Luisa Linden e Júlia de Queiroz
Itaipava - Petrópolis Rio de Janeiro - Brasil IslândiaRio de Janeiro grupo ano 2019.2 2019 - 2020 2017 - 2020.1 2019.2
Ana Luisa liesegang, Federica Linares, Maria Vitoria Martins e Luisa Linden
orientação Luciano Alvares, Gabriel Duarte, Leonardo Lattavo e Marcos Favero
Fernando Espósito Galarce Luciano Alvares campo Bolsa cnpq
Ateliê de projeto 8
Freela Concurso Be Breeders programa metragem
Habitação unifamiliar Centro de visitação implantação
f.projeto g.mapa f.maquete
Instalação artística 81 m² 310 m² 460 m²
inventário: p.6-11 p.12-15 p.16-19 a.colagem b.perpectiva c.diagrama d.desenho e.render
Iniciação científica
p.20-21 p.22-23 p.24-25 p.26-27 p.28-29 p.30-33 p.34-37 p.38-39 p.40-41
federica linares11@gmail.com @linares.fed
88 Portifólio 2022 Federica Linares
01 SOBRE O RESÍDUO02 CASA NARA03 CENTRO DE VISITAÇÃO PAISAGENS ENTRÓPICAS 04
CENTRO DE BENEFICIAMENTO FLORESTAL DELTA PARANÁ
RANCHO ENTRE RIOS
São Cristovão - RJ Rio de Janeiro - Brasil Gávea - RJ Rio de Janeiro - Brasil 2019.22019.1
Linares, Linden Federica Linares A. Luisa Liesegang, B. Naylor, E. Barbosa, F. Linares, G. Lemgruber, L. Linden e J. de Queiroz e M. Vitoria Martins
Celso Rayol, Manuel Fiaschi, Marcelo Bezerra e Carlos Eduardo Spencer
Ateliê de projeto 7 Ser urbano PUC-Rio
Habitação multifamiliar Organização de evento
Federica Linares
Delta paraná - San Fernando Buenos Aires - Argentina 2021 Carlos Eduardo Spencer convidado externo: Helio Olga Conclusão de curso (tcc)
indústria comunitária
Camilla Rocha, Caio Werneck, Federica Linares, Luisa Linden e Júlia de Queiroz
Sauce Montrul - Paraná Entre Rios - Argentina 2020-2022
engenheira local: Maria Elena Fabre
Freela
habitação unifamiliar
247 m² 369 m²
p.42-44 p.45-49 p.50-51 p.52-55 p56-57 p.60-64 p.65-7 p.68-69 p.70-73 p.74-78 p79-82 p.83-85
89Arquiteta e Urbanista
05 [RE]AÇÕES1/4 LAJE 06
07
08
federicalinares11@gmail.com +55(21)985548766 @linares.fed contato: