ALEXANDRE FARTO AKA VHILS FELÍCIA SILVA
INTRO Alexandre Farto (1987) é um artista urbano português que tem deixado a sua marca por todo o mundo. Assina com o nome VHILS e desenvolveu uma técnica inovadora usando explosivos, grafite, restos de cartazes e até retratos feitos com metal enferrujado para criar retratos e frases. É actualmente representado pela Lazarides Gallery, em Londres, a mesma que representa Banksy.
SUMÁRIO @VHILS / Vida Trabalho Cartazes Murais Metal / Cortiça / Explosões / Esferovite Dissection U2 Livro
Conclusão Webgrafia “O que a arte nos permite é o acesso a outra perspectiva, a possibilidade de sentir ou experienciar um pouco mais do que aquilo que sentimos, vemos e ouvimos.” - VHILS
@VHILS / VIDA
Alexandre Farto nasceu e cresceu no Seixal (Lisboa) em 1987. Desde cedo que a pintura fazia parte da sua vida; aos onze anos já pintava muros de ruas e comboios da margem sul do rio Tejo. Aos 19 anos foi viver para Londres, onde tirou um curso de Belas Artes na St. Martin’s School. Foi lá que começou a ser conhecido, e conseguiu que a sua street art lhe valesse o reconhecimento mundial.
Já foi convidado para expor no Cans Festival, evento organizado pelo Banksy e também para a Lazarides Gallery, em Londres e a Studio Cromi, em Itália. Existem trabalhos seus espalhados por vários locais do mundo como as cidades portuguesas de Lisboa, Porto e Aveiro, além de capitais como Londres, Moscovo, Bogotá, e cidades como Medellín, Cali (na Colômbia), Nova York, Los Angeles e Grottaglie (sul da Itália).
Alexandre Farto diz que o graffiti lhe deu a base para decidir o seu futuro profissional. Começou com a lata de spray e o stencil e mais tarde explorou outras ferramentas e processos. Foi muito influenciado pelas transformações trazidas pelo desenvolvimento urbano intenso no país. VHILS escolhe rostos anónimos baseados em fotografias com o objectivo de dar um rosto à cidade e de dar poder a pessoas comuns. O resultado é brutal e complexo, e x p r ime o con fli t o en t re a s a s pirações individuais e o ambiente urbano em que ele vive.
Filma todo o processo de trabalho porque acredita que é mais importante do que o resultado final.
“Um dos conceitos fundamentais que exploro reside no ato de destruição enquanto força criativa, um conceito que trouxe do graffiti – um processo de trabalho através da remoção, decomposição ou destruição ligado à sobreposição de camadas históricas e culturais que nos compõem. Acredito que, de forma simbólica, se removermos algumas destas camadas, deixando outras expostas, podemos trazer ao de cima algo daquilo que deixámos para trás”. - VHILS
TRABALHO
A certa altura VHILS começou a perceber que o graffiti vivia num círculo fechado de pessoas mas que na rua havia grande potencial de comunicação. Já farto de pintar em paredes ilegais, passou para os posters de publicidade. Pintava-os de branco e escavava as camadas de anúncios acumulados, criando peças complexas e únicas.
CARTAZES Paris, France - Le Mur (Modular, Urban, Reactive) uma associação parisiense fundada em 2007 com o objetivo de difundir a arte urbana. “Compro, logo existo” “Dissection” - mural Panorama, parte da exposição de VHILS. Lisboa, Portugal.
MURAIS VHILS x Pixel Pancho, Lisbon, Portugal. Berlim, Alemanha - Angela Merkel com um terceiro olho, o da Providência. Detalhe
Mais tarde tentou trabalhar as paredes da mesma forma que trabalhava os cartazes e começou a esculpi-las, sendo essa a técnica que o tornou reconhecido. Usa explosivos e martelos pneumáticos para esculpir e dar textura, técnica que tem vindo a desenvolver. Mas não só, também usa lixívia, produtos de limpeza, ácidos corrosivos e café juntamente com os tradicionais sprays, stencils e tintas.
“Tedex” – Aveiro Ribeira Grande, Açores - retrato de Sr. Bonança. VHILS foi convidado do evento Walk&Talk (Festival De Arte Pública). Alcântara, Lisboa Festival Walk&Talk, Açores
aveiro açores
EM PORTUGAL
Brasil - região de Piraquara, tribo Guarani, aldeia Araçaí. VHILS criou uma instalação de 54 portas onde esculpiu motivos indígenas e retratos de habitantes. Shangai, China - “Scratching The Surface” Los Angeles, EUA - VHILS x JR Londres, England
NO ESTRANGEIRO
METAL Agentes corrosivos e tintas para trabalhar o metal - cria efeitos únicos.
CORTIÇA Esculpida tridimensionalmente; cria peças extremamente detalhadas.
EXPLOSÕES Uma das técnicas de “escavação” muito utilizada nos vídeos.
ESFEROVITE Esculpida tridimensionalmente; cria peças extremamente detalhadas.
DISSECTION
“Panorama” - simbólico, o mural circular relembra todos os seus trabalhos até à data. Faz referência a todos os lugares do mundo onde fez intervenções. Com retratos, textos e padrões das várias regiões onde trabalhou, o objectivo deste mural é mostrar o facto do mundo estar a uniformizar-se e os artistas são os primeiros a experienciar isso.
Dissection é a primeira exposição individual de Alexandre Farto numa instituição artística portuguesa e a maior realizada pelo artista até à data. Patente no Museu da Eletricidade, a exposição apresenta um corpo de trabalho inteiramente novo concebido especificamente para o espaço, exterior e interior, do museu. Apresentando-se como uma reflexão em profundidade sobre o espaço urbano em interação com os seus habitantes, Dissection toma como ponto de partida vários dos elementos intrínsecos a esse espaço. Ao entrar, percorre-se uma corredor escuro decorado com placas de acrílico trabalhado a laser colocados por cima de ecrãs que passam vídeos. Percorrem-se as várias salas onde estão expostos os trabalhos de Vhils, organizados por estilo/material. A peça final, que dá o nome à exposição, é uma carruagem de metro dissecada e suspensa do tecto que só conseguimos ver inteiramente se nos deitarmos.
No dia 8 de Dezembro de 2014 foi lançado um novo vídeoclipe da banda irlandesa, parte de uma série de 11 vídeos, cada um para cada canção do mais recente álbum, Songs of Innocence. Para conceber cada vídeo foi convidado um artista urbano de diferentes países. O filme “Raised by Wolves”, ficou a cargo de VHILS. Nele uma matilha de lobos corre pelos subúrbios de Lisboa, enquanto planos slow-motion das explosões que são a marca do artista criam um ambiente dramático.
U2 - FILMS OF INNOCENCE “Pediram-me para produzir a minha visão de um dos temas do novo álbum. A faixa que me foi atribuída foi muito bem escolhida. Tanto a letra desta como o próprio imaginário do projeto, que tinha como referência os murais políticos da Irlanda do Norte, sintonizaram-se perfeitamente com o meu trabalho que teve as suas origens na Margem Sul”- VHILS
WEBGRAFIA
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ICONOGRAFIA
http://www.alexandrefarto.com/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Vhils http://anabelamotaribeiro.blogs.sapo.pt/58371.html http://galeriaportuguesa.blogspot.pt/2012/02/alexandre-farto-aka-vhils.html http://www.woolfest.org/events/alexandre-farto-aka-vhils/ http://www.streetartnews.net/search/label/Vhils http://www.designboom.com/art/chiseled-facade-portraits-by-alexandre-farto-aka-vhils/ http://www.stick2target.com/vhils-in-alcantara http://www.blog.tocki.de/2011-08-31/street-artist-alexandre-farto-vhils/vhils-20/ http://www.thisiscolossal.com/2013/11/pixel-pancho-and-vhils-collaborate-on-the-streets-of-lisbon/ http://ideiasderua.blogspot.pt/2012/07/alexandre-farto-vhils-arte-urbana.html http://observador.pt/2014/12/08/films-of-innocence-com-participacao-de-vhils-disponivel-durante-24-horas/ http://www.surlmag.fr/event-street-art-le-m-u-r/ https://www.nowness.com/story/u2-raised-by-wolves http://www.vhilsfundacaoedp.com/ http://www.fundacaoedp.pt/exposicoes/vhils-disseccao-dissection/188 http://www.stick2target.com/vhils-in-alcantara http://www.streetartnews.net/2014/03/vhils-new-mural-in-aracai-village-brazil.html http://www.blog.tocki.de/2011-08-31/street-artist-alexandre-farto-vhils/vhils-20/ http://www.thisiscolossal.com/2013/11/pixel-pancho-and-vhils-collaborate-on-the-streets-of-lisbon/ http://www.fatcap.org/live/vhils-a-le-m-u-r.html https://www.nowness.com/story/u2-raised-by-wolves http://www.alexandrefarto.com/index.php?page=news&news=29 http://ilgorgo.com/vhils-dissection-at-edp-foundation-recap/3/
FelĂcia Silva 2014192126