Portfolio Felipe Fernandes

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SUMÁRIO

PERFIL

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INTERVENÇÃO BRÁS

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TRANSPOSIÇÃO

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HABITAÇÃO SOCIAL

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SOB[RE] O ELEVADO

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A R Q U I T E T O | U R B A N I S TA FELIPE FIGUEIREDO FERNANDES 12/11/1992 Santa Cecília São Paulo, SP - Brasil (11) 3666-9046 (11) 9 9887-5811 felipe_f_fernandes@hotmail.com

FORMAÇÃO Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie Janeiro 2011 - Dezembro 2015

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Ambienta Arquitetura Março 2013 - Agosto 2014 LoebCapote Arquitetura e Urbanismo Setembro 2014 - Janeiro 2017 02


INTERVENÇÃO BRÁS O projeto localizado no bairro do Brás possui como objetivo criar um novo núcleo cultural na região e também estabelecer vínculos com a fruição pública, uma vez que o lote no qual este se insere detêm forte relação com a Estação Brás da CPTM. Portanto o bloco horizontal constituído por comércios no térreo e cinemas no andar superior, foi implantado de modo a criar duas grandes praças: uma mais permeável e aberta direcionando os fluxos, e a outra que visa acolher ao público por estar margeada por equipamentos urbanos como escola, biblioteca,e marquise. A implantação ,contudo, também é a interpretação de uma pequena praça hoje existente no encontro entre a Rua Domingos Paiva e a Av. Rangel Pestana, onde o percurso existente sugere direcionar o fluxo de quem se destina ou sai da estação, além de abrir a perspectiva visual do pedestre para a fachada tombada da estação. O maior polo de atração cultural está nas salas de cinema, no entanto, a arquibancada criada a partir da extensão da rampa de acesso tem como objetivo atrair o público para projeções noturnas e gratuitas. O projeto também se relaciona com o passado ao manter a fachada de dois galpões industriais, utilizando-se dos seus arcos como entrada para o bloco destinado à bilheteria. 03


Figura 01 | Perspectiva externa do projeto com o bloco dos cinemas em primeiro plano.

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Figura 02 e 03 | Planta de Cobertura e Corte Longitudinal. Legenda 01 | Bloco Cinemas 02 | Bloco Escola de Cinema 03 | Biblioteca 04 | Área Expositiva 05 | Bilheteria 06 | Marquise 07 | Estação Brás

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Figura 04 | Esquemas gráficos do partido adotado para a implantação do projeto.

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Figura 05 e 06 | Planta de Cobertura e Elevação. Legenda 01 | Sala de Cinema 02 | Arquibancadas 03 | Salas de Aula 04 | Biblioteca 05 | Área Expositiva 06 | Bilheteria 07 | Marquise

Figura 07 | Fotografia da edificação existente mantida no projeto. FERNANDES, Felipe.

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TRANSPOSIÇÃO A Avenida Paulista constitui um importante polo sociocultural da cidade de São Paulo, no qual a coexistência de escalas quase opostas, estabelece uma relação ímpar entre o pedestre, a arquitetura do grande gesto urbano e grandes edifícios. Deste modo, o trecho específico entre o MASP e o Parque Trianon foi o local escolhido para o desenvolvimento da proposta para o 2º Prêmio Cura em parceria com Lucas Cunha. O projeto consiste na abertura do espaço dos veículos aos pedestres, a partir de uma grande praça que conecta o Parque Trianon ao MASP. Para isso, um trecho da Avenida foi aterrado, um simples gesto de gentileza urbana, no qual o aparato rodoviário dá lugar à diversidade da vida pública. O piso de paralelepípedo presente no vão livre do MASP permeia a praça criando uma conexão visual que orienta a continuidade dos fluxos. Um espelho d’água posicionado perpendicularmente à Paulista traz à tona a memória do Córrego Saracura, canalizado para a construção da Avenida 9 de Julho. O desnível da Rua Plínio Figueiredo foi utilizado para originar pequenas praças ladeadas por arquibancadas com usos diversos, como apresentações e focos de convivências. Assim, o projeto pretende ampliar o centro cívico já constituído pelo MASP, proporcionando um espaço de trocas entre os cidadãos. 09


Figura 08 | Ilustração da Proposta.

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Figura 09 | Vista da Avenida Paulista transformada em praรงa.

Figura 10 | Esquemas do partido adotado. 12


Figura 11 | Vista da Rua PlĂ­nio Figueiredo.

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Figura 12 | Corte da proposta.

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H A B I TAÇ ÃO S O C I A L Projeto premiado com Menção Honrosa no Concurso CBCA 2014. Equipe: Felipe Fernandes, Lucas Cunha, Rafael Chung e Thiago Peng. Orientador: Antonio Carlos Sant`Anna. A área escolhida para realizar a proposta corresponde a Favela Coliseu, situada na Vila Olímpia, um dos centros comerciais mais valorizados do país. Recentemente a prefeitura confirmou a permanência dos moradores desta comunidade. Portanto a escolha do terreno se deu por este constituir uma discussão atual e concreta sobre as relações entre as habitações sociais e a cidade, muitas vezes cercadas por contrastes e negações. O projeto tem como objetivo desenvolver, não só uma habitação de qualidade como também preservar as relações interpessoais que são muito presentes na comunidade visitada. As unidades habitacionais do projeto se distribuem em quatro lâminas horizontais dispostas ao longo do terreno interligadas por meio de passarelas, gerando acessibilidade a todos, além de que o programa adicional foi desenvolvido de acordo com as necessidades apresentadas pela comunidade. 15


Figura 13 | Perspectiva externa do projeto.

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Figura 14 | Planta de Situação.

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Figuras 14 e 15 | Plantas nível térreo e pavimento tipo.

01 | Restaurante Escola 02 | Bicicletário 03 | Sanitário 04 | Sala de Informática 05 | Biblioteca 06 | Creche 07 | Administração 08 | Cozinha de Apoio 09| Salão de Festas

Figura 16 |Programa que fortalece a característica de comunidade com varandas que podem ser utilizadas em conjunto, elevando a interação entre os moradores.

10 | Apoio Salão de Festas 11 | Horta Comunitária 12 | Varanda/ Quintal 13 | Unidades Habitacionais 14 | Passarelas 15 | Módulo Remoção de Lixo 16 | Área de Permanência 17 | Mirante 18| Módulo Previsto do Elevador

Figura 17 | O módulo de previsão para o elevador faz parte da logística de ampliação o qual de início abrigará uma árvore. 0

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Figura 18 | Corte perspectivado com destaque para a ventilação dos edifícios.

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Figura 19 | Perspectiva isométrica das habitações exibindo o sistema construtivo e os painéis de aço corrugado das fachadas.

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S OB [RE] O ELEVA DO Este projeto tem como tema o Elevado Costa e Silva, conhecido popularmente como Minhocão. O questionamento sobre o seu futuro é tema de discussões urbanas, políticas e sociais desde sua construção, quando este era apontado como símbolo do avanço. Seu projeto foi espelhado em modelos internacionais, e inaugurou uma solução ao sistema viário de São Paulo, uma via elevada sem cruzamentos e segregada do tecido urbano da cidade. A notoriedade dos problemas originados pela construção de 3,5km em concreto armado se deram logo após o término das obras, o que culminou na degradação de uma das áreas mais nobres de São Paulo. As propostas de melhoria urbana para a região baseiam-se em discussões sobre a melhor alternativa de revitalizar a área, tendo como base dois ideais opostos: transformar o tabuleiro em parque ou removêlo por completo. No entanto, esta proposta de intervenção no Elevado Costa e Silva não partiu de uma ideia fixa e engessada que envolvesse uma forma de pensar como correta ou equivocada. Todavia, foi desenvolvida a partir de experimentos, interpretações e identidades absorvidas não só durante o ano de 2015, 21


Figura 20 | Fotografia aĂŠrea do MinhocĂŁo. KON, Nelson.

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correspondente ao período concreto de realização do Trabalho Final de Graduação, TFG, para qual este foi desenvolvido, mas também ao longo de 20 anos residindo muito próximo ao elevado.

Figura 21 | Implantação de situação exibindo em vermelho os trechos mantidos transformados em praças elevadas.

O novo Plano Diretor da cidade de São Paulo também estipulou um prazo máximo para o uso deste como uma via destinada aos automóveis, tornando enfim próximas as possíveis transformações do elevado que consequentemente revitalizariam a região central. A busca pela metodologia de uma possível proposição no Minhocão teve como princípio visitas ao local, tanto através do viaduto quanto sob este, e a procura pela compreensão do que de fato o elevado representa para a cidade, para as pessoas que o usufruem, e para quem foi obrigado a habituar-se com a situação do barulho, trânsito, e ausência de luz natural. A transformação do viaduto em parque institui em tempo integral uma nova identidade já adquirida ao viaduto quando este encontra-se aberto à população. Portanto, a manutenção do tabuleiro implica também em não apagar a história e a memória da região central, além de que é notável o reconhecimento do Minhocão como parque pelo paulistano. Contudo, visto como antisímbolo da cidade de São Paulo, a transformação da cota superior em área de lazer não implicaria em mudanças

Figura 22 | Master Plan proposto para um dos trechos mantidos do elevado. 24


Figura 23 | Sobre o Minhocão, 1986. MASCARO, Cristiano.

na cota térrea da cidade e aos moradores dos edifícios que margeiam a região onde este foi implantado, os quais sentem-se devassados pela proximidade entre o viaduto e suas janelas. Deste modo, por meio de estudos e análises o ensaio realizado tem como objetivo recuperar a cota térrea a qual se encontra degrada principalmente pela ausência de iluminação natural e revitalizar espaços públicos como a Praças Marechal Deodoro, Largo Santa Cecília e Largo do Arouche, correlacionando os espaços públicos já existentes aos novos criados a partir da conversão do Minhocão em área de lazer. Portanto foi adotado como solução o desmonte total do elevado sobre estas três praças existentes. Isto se torna possível devido sua característica estrutural composta por pilares e vigas pré-moldados. Assim, são formadas três praças suspensas, as quais conectamse as já existentes, ramificando os diferentes níveis da cidade. Os trechos mantidos seriam submetidos a alterações para receber os instrumentos necessários para caracterizá-los como equipamentos urbanos. O elevado seria estreitado com a remoção de suas vigas laterais, além de que em certos pontos suas vigas centrais também seriam removidas aumentando os índices de iluminação natural do térreo. Os

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Figura 24 | Sobre o Minhocão, 2015. FERNANDES, Felipe.

beneficiários da constrição do elevado não são apenas os comerciantes e as pessoas que se deslocam pelas ruas sob o viaduto, mas também os moradores dos edifícios que margeiam o Minhocão. A área pública elevada estará mais distante de suas janelas do que atualmente, melhorando a questão da privacidade e também a insolação dos apartamentos situados na cota do primeiro pavimento. Além da transformação do elevado, também foram desenvolvidos equipamentos culturais como uma Midiateca, separada em dois blocos, e habitações sociais com o objetivo de inibir o processo de gentrificação com a eventual melhoria da região. A escolha por incluir uma midiateca no programa ocorreu a partir da proximidade com a Biblioteca Monteiro Lobato, a qual é a maior biblioteca infantil da América Latina, portanto o novo projeto seria um complemento ao existente. Seu programa foi dividido em dois blocos, um à oeste do elevado, no qual contém a área de acesso ao acervo, e o segundo, à leste, que comporta área de exposição, auditório e administração. Apesar de estarem em terrenos diferentes, a ligação entre estes ocorre através do Minhocão, cujo uma vez transformado seu leito superior em área de lazer, este se reconfigura também como eixo conector de áreas culturais.

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Figura 25 Implantação projeto.

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Figura 26 | Corte perspectivado do elevado nos locais identificados por já possuírem uma maior concentração de pessoas. 29


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Figura 27 | Vista sob o Minhocão.

Figura 28 | Esquemas gráficos do projeto exibindo a remoção total do tabuleiro sobre as praças já existentes e o desmonte parcial da estrutura para aumentar a insolação no térreo.

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Figura 29 | Vista sob[re] o MinhocĂŁo.

Figura 30 | Detalhe do MinhocĂŁo. 34


Figura 31 | Imagem externa do bloco Ă oeste do MinhocĂŁo.

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Figura 32 | Esquemas gráficos do projeto exibindo o partido projetual do bloco à oeste do Minhocão.

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Figura 33 | Imagem interna do bloco Ă oeste do MinhocĂŁo.

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Figura 34 | Corte perspectivado do bloco destinado ao acervo.

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Figuras 35 e 36 | Planta pavimento térreo. Legenda 01 | Área Comercial 02 | Hall de Entrada Edifícios Residenciais 03 | Recepção Bloco Comercial 04 | Adiministração Edifícios Residenciais 05 | Café 06 | Rampa Acesso a Midiateca 07 | Parada de Ônibus 08 | Controle de Acesso à Midiateca 09 | Área de Consulta 10| Hemeroteca 11 | Área de Leitura

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Figura 37 | Elevação 01. Vista da Rua General Jardim.

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Figura 38 | Elevação 02. Vista da Rua Amaral Gurgel.

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Figura 39 | Corte Transversal.

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Figura 40 | Corte Longitudinal

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Figura 41 | Perspectiva externa do bloco Ă leste do elevado.

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Figura 42 | Esquemas gráficos do projeto exibindo o partido projetual do bloco à leste do Minhocão.

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Figura 43 | Perspectiva externa do bloco Ă leste do elevado. 51


Figura 44 | Exposição da fotógrafa Raquel Brust retratando rostos de pessoas que possuem relações diversas com o local. Acervo Triptyque. 52


Figura 45 | Planta pavimento térreo. Legenda 01 | Café 02 | Auditório 03 | Foyer 04 | Controle de Acesso à Midiateca.

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Figura 46 | Planta 1 ยบ pavimento.

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Figura 47 | Elevação Frontal. Vista Rua Amaral Gurgel.

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Figura 48 | Corte Transversal.

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(11) 9 9887-5811 felipe_f_fernandes@hotmail.com


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