181 karina oliani A brasileira mais jovem a escalar o Everest é muitas mulheres em uma só
Chapa quente
Com novas atrações, a Barra da Tijuca é um convite a sair do óbvio no Rio
parceiras:
A Receita Federal investe muito para deixar a Declaração de Imposto de Renda mais simples, mais prática e mais rápida. Muitos avanços você já conhece: ela é 100% digital, pode ser feita pelo celular, pelo tablet ou pelo computador. As novidades desse ano são que o aplicativo para enviar está junto com o de preencher, e toda vez que o sistema for atualizado o seu aplicativo é alterado automaticamente. Se tiver dependentes, é obrigatório informar o CPF dos maiores de 12 anos de idade. O período para entregar a sua declaração é de 1º de março a 28 de abril. Para tirar dúvidas ou saber mais, acesse rfb.gov.br. Declaração de IRPF 2017. Moderna e atual para acompanhar a sua vida.
Prazo final de entrega: MINISTÉRIO DA FAZENDA
plano dE voo
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12 14 15 16 22 29 70 96 98 100 102 105 118
abril 2017
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sEm tEmpo ruim
Bola ChEia
dEu Caldo
O REFRIGERADOR DA FERNANDA ECONOMIZA ENERGIA PORQUE ENTENDE A ROTINA DELA. SABE ATÉ QUE ROLA AQUELE LANCHINHO NO MEIO DA NOITE.
Editorial tripulação Cartas BastidorEs da aviação Em trânsito EmBarquE ComportamEnto via aérEa vai quE dá BEm vivEr no taBlEt voE Gol mEu JEito dE voar Preconceitos impulsionaram a Gastronomia, passeios e hotéis são Cristiana Beltrão fatura, por ano, multiatleta Karina Oliani a subir alguns dos motivos para visitar a R$ 22 milhões com a Bazzar, que as montanhas mais altas do mundo Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro inclui restaurantes, cafés e produtos
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nosso nortE é o sul
Fotos pedro dimitrow / mari caldas / luiz maximiano / claus lehmann
Região de Florianópolis reúne natureza selvagem, sossego e boas histórias
10 REVISTA GOL
REPENSE O QUE UM REFRIGERADOR PODE FAZER POR VOCÊ. O refrigerador Panasonic economiza energia porque aprende sua rotina: fica em potência mínima quando você não usa e aumenta quando você vai usar.
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12 REVISTA GOL
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Quem diz que tempo é dinheiro subestima o primeiro e supervaloriza o segundo. O tempo é muito mais: é o que existe de mais democrático – recebemos todos as mesmas 24 horas por dia e este ativo, feliz ou infelizmente, não pode ser acumulado. E algo tão precioso assim não pode ser medido em cifrões, centavos ou cotações. O que fazemos com nosso tempo pode mudar, mas invariavelmente ele vale muito. Em alguns momentos, precisamos que cada segundo se traduza em produtividade e renda o máximo. Às vezes, no entanto, a melhor forma de investir nosso tempo é olhar para o céu. É por saber o quão precioso é o nosso tempo de vida que, aqui na GOL, buscamos sempre valorizar cada minuto do seu. E isso não se traduz apenas na liderança em pontualidade entre as companhias aéreas do Brasil, que conquistamos há quatro anos seguidos. Além de encurtar as distâncias entre as cidades de origem e de destino do seu voo, ainda oferecemos diferentes meios para você aproveitar o seu tempo conosco da melhor maneira, como disponibilizar uma nova plataforma de conectividade e entretenimento, já presente em 22 aeronaves. Com ela, você pode assistir a filmes e séries gratuitamente ou se conectar pela internet com o exterior para continuar acessando redes sociais, mandando e-mails e lendo notícias, por exemplo. Essa plataforma, somada aos nossos novos assentos em couro ecológico, e o
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TRIPULAÇãO gol linhas aéreas inteligentes
Presidente PAULO SÉRGIO KAKINOFF Vice-presidentes EDUARDO BERNARDES, CELSO FERRER e SÉRGIO QUITO REvISTA GOL LINhAS AÉREAS INTELIGENTES Editor-Presidente PAULO LIMA Diretor Superintendente CARLOS SARLI Diretor Financeiro AGENOR S. SANTOS Diretora de Publicidade e Circulação ISABEL BORBA Diretora de Eventos e Projetos Especiais Proprietários ANA PAULA WEhBA Conselho Editorial CONSTANTINO DE OLIvEIRA JR., JOAQUIM CONSTANTINO NETO, PAULO SÉRGIO KAKINOFF, MAURICIO PARISE, ALBERTO FAJERMAN, CRISTIANNE SANTOS MIyABE, DENISE DE LIMA CONCEIçãO e JúLIA DE MEDEIROS PINTO
Quer enviar sugestões para nossa revista? Mande seus comentários para GOL@ TRIP.COM.BR ou deixe sua mensagem no Twitter, no blog, no Facebook, no Instagram, no YouTube ou no Google+ da GOL*
Diretor de Redação FELIPE GIL Redatora-Chefe ADRIANA NAZARIAN Editora Executiva RAQUEL FORTUNA Editora LUISA ALCANTARA E SILvA Repórteres hEITOR FLUMIAN e LUIZA TERPINS Estagiária de Redação LARISSA FARIA Diretor de Arte ThIAGO BOLOTTA Editor de Arte RODRIGO PICKERSGILL Estagiária de Arte hELENA ROChA Coordenadora de Produção CARLA ARAKAKI Produtora LAÍSA CAMARGO Projeto Gráfico PEDRO INOUE
A jornalista paulistana foi diretora de redação da Tpm e trabalhou em publicações como GOL e Harper’s Bazaar. Nesta edição, assina a matéria de capa. “Entrevistei a atleta Karina Oliani pela primeira vez em 2010, quando ela se preparava para subir a montanha mais alta de cada continente. É emocionante ver que ela já conquistou quatro cumes, incluindo o Everest.”
Formado em maquiagem com efeitos especiais pela Make-up Designory, em Los Angeles, o paulistano trabalha com direção e caracterização há 16 anos e já colaborou em videoclipes e com os canais Gloob e TV Cultura. Fez os efeitos de maquiagem do ensaio de capa com Karina Oliani. “Ela é tranquila. Mas, também, o que é um pó no rosto para quem fez tudo o que ela fez?”
MARI CALdAS
RAfAeL TOnOn
Colaboradora de diversas publicações da Trip Editora, a fotógrafa carioca se sentiu parcialmente em casa ao clicar a matéria de turismo sobre a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Radicada em São Paulo desde 2007, viu uma região diferente das lembranças infantis. “O bairro está com uma vibe muito legal. A chegada do metrô foi importante para integrá-lo a outras regiões.”
Há cinco anos, o jornalista de Campinas, em São Paulo, se especializou na área de gastronomia e, desde então, já colaborou com veículos como Eater e O Estado de S. Paulo. Aqui, escreveu sobre a sidra, na seção Embarque, e sobre a Bazzar, na Executiva. “A bebida é a nossa cara. Já a marca carioca mostra que o produto brasileiro pode chegar lá fora com alto nível.”
14 REVISTA GOL
Debutante
“Parabéns pelos 15 anos da revista GOL. Sem dúvida, o melhor projeto entre todas as aéreas nacionais. Vocês conseguem diferenciar o ato de folhear e o de ler, absorver e consumir uma revista de bordo. Continuem assim. O sucesso é consequência da competência.” MaUrO SzwarCGUN, via E-mail
Novo mundo
“Obrigada, revista GOL, pelo carinho com minhas novas aventuras [‘Novos Rumos’, ed. 180].” LUiSa MiCHELEtti, via instagram
“Gostei da entrevista. Muito inspiradora.” rOLLiNS DiaS, via instagram
COLABORARAM NESTA EDIçãO tEXto ARThUR vERISSIMO, CAROL SGANZERLA, DEISE DE OLIvEIRA, EDUARDO MARINI, FERNANDO FERNANDES, INES GARçONI, JULIA FURRER, MáRCIA DE LUCA, MARCUS COUTO BRASIL, MARILIA MIRAGAIA, NINA RAhE, RAFAEL TONON, RAQUEL RIBEIRO, SANDRO MACEDO FotoS CAIO PALAZZO, CLAUS LEhMANN, FERNANDO GARCIA LAGO, LEO SOMBRA, LUIZ MAxIMIANO, MARI CALDAS, PEDRO DIMITROW, vINICIUS BRANCA iluStrAÇÃo BEL ANDRADE DE LIMA, FRANCISCO MARTINS, vANESSA KINOShITA produÇÃo BEE PRODUçÕES, CAROLINA FANTINI , JULIANA BORBA, LETICIA FIOChI BElEZA JAyME vASCONCELOS, NAT CORTEZ, PIETRO SChLAGER A revista GOL Linhas Aéreas Inteligentes é uma publicação mensal da Trip Editora e Propaganda S/A, sob licença da GOL Transportes Aéreos. Redação e Publicidade: caixa postal 11485-5, CEP 05422-970. Tels.: (11) 2244-8747. Esta revista não pode ser comercializada. Envie seus comentários para a redação pelo e-mail: gol@trip. com.br. Tiragem 130.000 exemplares. Impressão LOG&PRINT GRáFICA E LOGÍSTICA S.A. PARA ANUNCIAR (11) 2244-8700. www.tripeditora.com.br
Elegância
“Bom dia nas alturas! Engraçado encontrar comigo na ponte aérea [reportagem ‘Degrau a degrau’, sobre a jornalista Maria Prata, ed. 180].” Maria prata, via instagram
AuditAdo por
aLDa Maria Da NÓBrEGa, via instagram
“Nada mais justo que capa de revista para uma mulher tão inspiradora.” DEBOraH MOraiS, via instagram
“Linda e elegante. Sabe dar boas dicas para termos uma boa viagem.” LUCiaNO aLMEiDa, via tWittEr
A trip Editora, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para impressão deste material. A Certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado e outras fontes controladas.
“Expressão forte de gente determinada, que sabe o que quer.”
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“Uma das melhores jornalistas da atualidade.” MarLEi DE CaStrO E SiLVa, via facEBooK
Saudade
“Minha Belém merece! Nossa arte, cultura e gastronomia nas alturas [‘O rio e a rua’, ed. 180]. Voltar para casa lendo a matéria faz o coração palpitar de alegria.” FErNaNDO SaMpaiO, via instagram
foto victor affaro
PIeTRO SChLAgeR
FotoS Arquivo pESSoAl
CAROL SgAnzeRLA
PESQUISAS DE IMAGENS Editor ALDRIN FERRAZ PRODUçãO GRáFICA WALMIR GRACIANO Tratamento de Imagens ROBERTO LONGATTO REvISãO Coordenação JANAÍNA MELLO Revisoras DANIELA UEMURA e LUIZA ThEBAS DEPARTAMENTO COMERCIAL PUBLICIDADE Gerente de Publicidade GOL e GOL On Board PATRICIA BARROS patricia@trip.com.br (11) 2244-8806 Assistente Comercial Midia on Board DENISE NUNES Executivos de Contas GOL e GOL On Board ALESSANDRA hIDALGO alessandra.hidalgo@trip.com.br ELIANA GERváSIO elianagervasio@trip.com.br LILIAN RIBEIRO lilian@trip.com.br CAROLINA WEhBA carolina.wehba@trip.com.br Assistente de Tráfego Comercial FABRICIO AZAMBUJA fabricio.azambuja@trip.com.br Assistente de Opec CRISTIANE MORAES Analista de planejamento ANA vALENTE (11) 2244-8855 PARA ANUNCIAR publicidade@trip.com.br (11) 2244-8700 Representantes: AL/SE Gabinete De Midia PEDRO AMARANTE MARIO comercial@gabinetedemidia.com.br (79) 9978-8962/9956-9495 BA Aura Bahia CAIO SILvEIRA caiosilveira@aurabahia.com.br CESAR SILvEIRA csilveira@aurabahia.com.br (71) 9965-8141/9965-8133 CE Canal C ANANIAS GOMES ananiasgomes@canalc.com.br (85) 99871780 DF A2 Representação ALAOR MAChADO alaormachado@a2representacao.com.br (61) 8102-8855 GO Versus Representação ANTONIO CORDEIRO (TONTON) tonton.front@terra. com.br (61) 9655-1684 MG Box Private Media RODRIGO FREITAS rodrigo@boxprivatemedia. com FABÍOLA vARGAS fabiolabox@me.com (31) 9421-6777 (31) 8658-0706 PE Wsa Representações WLADMIR ANDRADE wladmir.wsa@gmail.com/(81) 8852-2262 PR Consultoria Resultado RAPhAEL MULLER raphaelmuller@consultoriaresultado.com.br (41) 9695-3288 RJ X2 Representação ALExANDRA LIBERO alexandralibero@xaoquadrado.com.br (21) 3177-1430 e (21) 99914-0450 ZEIRy DIAS zeirydiasxaoquadrado@gmail.com (21) 98762-8254 RS/SC Ad O2 (51) 3028 6511 ADO hENRIChS ado@adeodois.com.br (51) 9191-8744 DANIEL MAINIERI danielm@ adeodois.com.br (51) 9191-8741 SP Prime Media Representações ANTONIO CARLOS BONFá JUNIOR (TOTó) antonio.bonfa@subvert.art.br (11) 98125-0550 SP INTERIOR E LITORAL Ld2 Comunicação DANIEL PALADINO dpaladino@ld2comunicacao.com.br LUCIANA vERDE SELvA luverdeselva@ld2comunicacao.com.br (11) 98384-0008 7810-7115 USA Planet Ife ANDRÉS FELIPE abecerra@planetife.com Multimedia vIvIANE BISPO info@multimediausa.com MARKETING Coordenadora de Marketing LÍvIA COELhO PROJETOS ESPECIAIS PROPRIETáRIOS Coordenação REGINA TRAMA regina@trip.com.br Analista MARIANA BEULKE Editora de Arte DENISE AIRES TRADE E CIRCULAçãO Analista de Trade RENATA vILAR rvilar@trip.com.br Menor Aprendiz GRAZIELLE ALvES Gerente de Logística e Circulação Bancas/Varejo ADRIANO BIRELLO adriano@trip.com.br Analista de Circulação vANESSA MARChETTI vanessa.marchetti@trip.com.br PROJETOS DIGITAIS Coordenadora Mídias Eletrônicas GABRIELA BORGES Analista de Business Inteligence PEDRO FERNANDES Assistente Business Inteligence RICARDO yOKOyA NEGóCIOS Gerente de Negócios IZABELLA ZUANAZZI izabella@trip.com.br RELAçÕES PúBLICAS Analista de RP MONALISA OLIvEIRA monalisa@trip.com.br Assistentes de RP LUIZA NASCIMENTO luiza.nascimento@trip.com.br e NAThALIA MILIOZI nathalia.miliozi@trip.com. br NúCLEO DE vÍDEO Coordenadora FERNANDA MONTE CLARO Editor de Vídeo RAFAEL FERRUCCI Produção JULIANA CARLETTI Assistente de Finalização vIvIANE GUALhANONE
Errata: O serviço GOL+ Conforto (reportagem “Viaje melhor”, ed. 180) é gratuito para clientes Elite da Delta (Diamond, Platinum e Gold do SkyMiles).
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REVISTA GOL 15
BASTIDORES DA AVIAÇÃO
OlhOS quE TuDO VEEm
16 REVISTA GOL
Conheça o trabalho da Torre de Controle do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo Por Marcus couto Brasil Ilustrações Bel andrade liMa
prédio
Inaugurada em 2013, a Torre de Controle tem 44 metros de altura, o equivalente a um edifício de dez andares, e 126 metros quadrados – o dobro da altura e o triplo da área da antecessora.
Topo 360º
Os controladores têm uma visão panorâmica do aeroporto com janelas que vão do piso ao teto do andar mais alto do prédio. Lá do alto também acompanham mudanças climáticas. Auxiliado por monitores, o supervisor coordena informações que passam pelas seguintes áreas: Autorização de tráfego: Cuida dos planos de voo autorizados pela equipe da Sala AIS (leia à dir.) e inseridos no sistema. Controle de solo: Responsável pelo fluxo de aviões em solo e pela designação de seus boxes junto à administração aeroportuária. Torre: Faz o contato com os pilotos e a supervisão dos cerca de 650 pousos e decolagens realizados diariamente. Controle de helicópteros: Supervisiona o fluxo deles e a disponibilidade de helipontos no entorno do aeroporto.
MeTeorologia
Apesar de muitas informações meteorológicas serem obtidas diretamente pela equipe no topo da Torre, há uma sala dedicada à área no 9o andar. Equipamentos como o anemômetro indicam o comportamento do vento e o barômetro informa a pressão na pista.
adMinisTração
No 1o andar ficam os times responsáveis pelo setor administrativo da torre, como departamento pessoal, de escala, além da área de treinamentos.
sala ais
No térreo, o espaço, cuja sigla em português significa Serviço de Informação Aeronáutica, abriga a equipe que recebe os planos de voo emitidos pelos pilotos via internet – ainda há entrega manual em um terminal, mais rara. Revisa os planos, levando em consideração as normas de aviação, e pede correções, se necessárias. Depois, os planos seguem pelo sistema até a topo da Torre.
REVISTA GOL 17
BASTIDORES DA AVIAÇÃO
VIGILANTES O sargento Matheus Doria de Souza Molinari, do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo, fala sobre o controle de voos
Que fatores mais levam ao fechamento da pista em Congonhas? Basicamente, chuva forte. É o que mais acontece. Há também ocorrências em pista ou problemas em alguma aeronave. Já aconteceu até de um cachorro interferir, mas os bombeiros foram logo acionados. Quais são os voos com prioridade? Voos com transporte de órgãos para transplante e de enfermos, presidenciais e helicópteros em missão, como da Polícia e dos Bombeiros. Os casos mais comuns são os de jatos menores transportando pessoas doentes. No caso do avião presidencial, o supervisor da Torre aciona os bombeiros, que ficam de prontidão, e a administração 18 REVISTA GOL
aeroportuária, para cuidar do setor de autoridades. Como é a formação do controlador de voo? Para o controlador militar – que é a maioria em Congonhas –, são dois anos na Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá, em São Paulo. Já o civil cursa um ano no Instituto de Controle do Espaço Aéreo, em São José dos Campos, também no interior paulista. O candidato aprende do zero a trabalhar na Torre e nos outros dois órgãos ligados ao controle aéreo, Controle de Aproximação e Centro de Controle de Área. Depois, ao ser designado, faz um
curso específico e estágio de quatro a cinco meses, além de receber treinamentos constantes. Da perspectiva da Torre, como é feita a aproximação da aeronave? O piloto coloca a aeronave na posição correta para a aproximação final seguindo as instruções do ILS, que é o sistema de pouso por instrumento instalado no aeroporto pela Aeronáutica. A carta do ILS contém informações padronizadas, como altitude e distância. Da Torre, são monitorados também fatores como a situação meteorológica, existência de pássaros ou balões nas proximidades da pista, assim como o comportamento do vento.
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EM TRÂNSITO
QUEM
QUEM
fernanda abreu
QUEM
Sheila MartinS
O QUE FAZ
Cantora
O QUE FAZ
Estilista
DE ONDE/PARA ONDE
São Paulo/ Rio de Janeiro
DE ONDE/PARA ONDE
São Paulo/Navegantes
POR QUÊ
POR QUÊ
Apresentar-se no Tom Brasil em show em homenagem à Mangueira
O QUE FAZ
Dentista
DE ONDE/PARA ONDE
Salvador/Porto Alegre POR QUÊ
Participar de um congresso de odontologia
QUEM
Maria eduarda e renata fernandes O QUE FAZEM
Estudante e advogada DE ONDE/PARA ONDE
Rio de Janeiro/Brasília POR QUÊ
Rever amigos e passear COMO FOi
“A Maria Eduarda ficou encantada ao ver onde moram os presidentes”
22 REVISTA GOL
DE ONDE/PARA ONDE
São Paulo/Salvador POR QUÊ
QUEM
nicete bruno O QUE FAZ
FotograFia: ag ophelia, Denison FagunDes, léo sombra proDução: Carol alCoragi, letíCia FioChi
Leonardo Zaffari
O QUE FAZ
Repórter
Trabalhar na cobertura do Carnaval da capital baiana
FotograFia: ag ophelia, Denison FagunDes, léo sombra proDução: Carol alCoragi, letíCia FioChi
QUEM
Trabalhar
ViníciuS GoMeS da coSta (GoMinho)
Atriz
DE ONDE/PARA ONDE
São Paulo/ Rio de Janeiro POR QUÊ
Trabalhar
REVISTA GOL 23
EM TRÂNSITO
QUEM
QUEM QUEM
nAthAliA Nathalia moroz Moroz O QUE O QUE FAZ FAZ
Estudante Estudante
DE ONDE/PARA ONDE DE ONDE/PARA ONDE
QUEM
everton dAntAs O QUE FAZ
cAmilA ArrudA e mAriA luizA torres O QUE FAZEM
Técnico de serviços de petróleo e gás
Estudantes
DE ONDE/PARA ONDE
Rio de Janeiro/ Rio de Janeiro/ Curitiba Curitiba
DE ONDE/PARA ONDE
Salvador/Natal
Brasília/São Paulo
POR POR QUÊ QUÊ
POR QUÊ
Conhecer restaurantes vegetarianos na capital paulista
Encontrar amigos Encontrar amigos
Encontrar a esposa e aproveitar as férias
POR QUÊ
COMO FOi
“Fomos à Prime Dog e à Taquería La Sabrosa”
QUEM
QUEM
FraNcesco, sara, GiorGia e saMaNta orlaNdiNi O QUE FAZEM
Empresário, estudantes e empresária
QUEM QUEM
vitore e vitor rAfAelA raFaela BernArdi berNardi O QUE FAZEM O QUE FAZEM
Analista financeiro Analista financeiro e analista de sistemas e analista de sistemas DE ONDE/PARA ONDE DE ONDE/PARA ONDE
Rio de Janeiro/ Rio de Janeiro/ Navegantes Navegantes POR POR QUÊ QUÊ
Visitar a família Visitar a família
DE ONDE/PARA ONDE
Porto Alegre/Salvador POR QUÊ
Voltar para casa após curtir a cidade de Gramado
24 REVISTA GOL
COMO COMO FOi FOi
“Fomos a Blumenau. “Fomos a Blumenau. visitar a cidade Vale Vale visitar a cidade porarquitetura sua arquitetura por sua em em enxaimel, estiloestilo enxaimel, típicatípica da da colonização alemã” colonização alemã”
João Pedro, Guilherme e Aline BicAlho O QUE FAZEM
Brinca, advogado e funcionária pública DE ONDE/PARA ONDE
Brasília/Rio de Janeiro POR QUÊ
Ir a um casamento
REVISTA GOL 25
EM TRÂNSITO
QUEM
caio siLVa e Vera Monteiro O QUE FAZEM
Estudante e professora DE ONDE/PARA ONDE
Salvador/Vitória POR QUÊ
Desfilar no Carnaval da capital capixaba
VOCÊ NA REVISTA GOL
Envie sua imagem com nome, o trecho e o motivo da viagem para gol@trip. com.br. Sua foto pode ser publicada! QUEM
Lucas anderi O QUE FAZ
Estilista
DE ONDE/PARA ONDE
Salvador/São Paulo POR QUÊ
Voltar para casa após curtir o Carnaval
26 REVISTA GOL
sofia furLan teixeira O QUE FAZ
Brinca
DE ONDE/PARA ONDE
Rio de Janeiro/ Porto Alegre POR QUÊ
Comemorar o aniversário da mamãe
Fotos arquivo pessoal
QUEM
abril 2017 PáG. 46
a hora da sidra
foto RodRigo Azevedo/divulgAção
Bebida ganha versões modernas e entra nas cartas de bares como o The Boua (foto), no Rio de Janeiro
docudrama sobre atrizes em crise as obras em madeira de hugo frança dia do índio, comida de índio paz e amor em cartaz nos eua doceiros e suas sugestões de páscoa
EMBARQUE ANTENA
QUE tRAzES PARA MiM? Confira seis dicas culturais para curtir no mês da Páscoa
CINEMA
BOM DiA
O filme Todas as manhãs do mundo, de Lawrence Wahba, mistura fantasia e realidade com imagens do amanhecer em sete países, como a Zâmbia, onde ele filmou elefantes (abaixo) e outros animais, e a Indonésia, com seus recifes de coral. ESTREIA pREVISTA pARA 6/4.
TEATRO
OOMPA lOOMPA
A história de A fantástica fábrica de chocolate, clássico da literatura e do cinema, chega aos palcos da Broadway, em Nova York. O musical tem o premiado ator Christian Borle no papel de Willy Wonka e traz canções como “Pure imagination” e “The candy man”.
C
M
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CY
CMY
K
É DO BRASil
A diversidade do país é tema da mostra interativa Somos brasileiros, do artista britânico Marcus Lyon, em cartaz em São Paulo. Para o projeto, que também virou livro (R$ 300), ele retratou e mapeou o DNA de mais de cem pessoas, como a mãe de santo Mametu Nangetu (acima). ATé 23/4. R. FERREIRA DE ARAújO, 741. BIT.Ly/SOmOSBR. GRATUITO.
TV
LIVROS
GASTRONOMIA
É POP
EM VERSOS
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Estreia no canal Fox Premium 1 a série The young pope, sobre o controverso e imprevisível – e fictício – Papa Pio XIII. Jude Law interpreta o mais jovem pontífice já eleito pelo Vaticano. A direção é do italiano Paolo Sorrentino, de A grande beleza.
30 REVISTA GOL
Toda a obra poética da escritora Hilda Hilst é reunida pela primeira vez em Da poesia. Além de mais de 20 títulos e uma seção de poemas inéditos, o livro traz uma carta de Caio Fernando Abreu e depoimento de Lygia Fagundes Telles sobre a escritora.
Durante o feriado de Tiradentes, Pirenópolis, a 120 quilômetros de Goiânia, recebe mais de 200 rótulos de cervejas artesanais no 5o Festival PiriBier. As bebidas levam produtos do cerrado brasileiro, como o pequi.
fotos marcus lyon/Divulgação / Humberto bassanelli/Divulgação
ARTE
EMBARQUE SuA VIAGEm
precinho que cabe até na mesada dele.
rio de janeiro
foi UM Rio QUE pAssoU
CopACABANA
ARpoAdoR
CiNElÂNdiA
“Gostei dos Arcos e da Escadaria Selarón [acima], com uma energia boa.” O passeio de bondinho do centro a Santa Teresa passa sobre os Arcos da Lapa. Aproveite para conhecer o Parque das Ruínas, palco de festas da belle époque carioca.
“A praia é linda e o Copacabana Palace é ainda mais luxuoso do que eu imaginava.” O hotel, inaugurado em 1923, é conhecido por ter hospedado nomes como princesa Diana e Madonna. Em um de seus restaurantes, o Pérgula, é servido um tradicional brunch aos domingos (R$ 240).
“Amo subir na Pedra do Arpoador para observar a praia. É um lugar único.” Perto dali está o Parque Garota de Ipanema, com playground e quadra poliesportiva. Também na região está uma unidade da hamburgueria T.T. Burger, de Thomas Troisgros.
“Gostei muito da arquitetura da região, onde está o deslumbrante Theatro Municipal. Fiquei impressionado com os detalhes em ouro da fachada.” O nome do bairro é uma homenagem ao seu antigo reduto de cinemas de rua – o Cine Odeon resiste desde 1926.
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EMBARQUE ROTEIRO
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FINO ‘’A Fundação Calouste Gulbenkian é um centro cultural muito bacana, que recebe grandes exposições e apresentações de música.” Av. de berNA, 45A. gulbeNkiAN.Pt.
FORA DA CONCHINHA
“Para comer frutos do mar, vá ao restaurante Marisqueira Azul, no Mercado da Ribeira. É onde se come o marisco mais saboroso da cidade.” Av. 24 de Julho, 49, cAis do sodré. fAcebook.com/mArisqueirAAzul.
LISBOA O ator Ricardo Pereira é, como ele mesmo define, um “alfacinha”, apelido dado aos nascidos em Lisboa. No Brasil há mais de uma década, retorna à capital portuguesa várias vezes ao ano para rever a família e trabalhar. No ar em Novo mundo, novela das 6 da Globo, vê com bons olhos a transformação da cidade. “Ela se tornou frenética, no bom sentido, com a abertura de modernos museus e restaurantes. Tudo isso com vista para o lindo rio Tejo” Por Heitor Flumian
“Quem gosta de mar pode ir a Estoril, vizinha de Lisboa. Tem praias maravilhosas, como a de Carcavelos [à dir.], ótima para um mergulho.” sigA PelA viA A5 e dePois A N6-7.
SOFRÊNCIA LUSITANA ‘’Adoro a Mesa de Frades, casa onde escutei as melhores vozes de fado e onde amigos cantam. É um lugar para sentir a essência desse gênero musical.” r. dos remédios, 139A, AlfAmA. fAcebook.com/mesAdefrAdeslisboA.
34 REVISTA GOL
fotos maurício fidalgo/tv globo / divulgação
ESTÁS A VER?
TCHIBUM
EMBARQUE hOTELARIA
SÃO PaulO
VAI DAR PRAIA
Três hotéis no litoral norte paulista apostam em novidades para movimentar a baixa temporada Por julia furrer
Tudo novo
Após quase dois anos em reforma, o Villa Bebek Hotel, em Camburizinho, reabriu totalmente repaginado. Com inspiração mais minimalista, o projeto aposta em cores claras, espaços iluminados e integração com a natureza. De tão gostosa e reservada, a piscina (à dir.) quase ganha da praia, mas os 300 metros até o mar podem ser percorridos em um tuk-tuk disponível para os hóspedes.
Temperos do Brasil
Tamanho-família
estrada do Camburi, 1.533, Camburi. nauroyal.Com.br. diária Para Casal, Com Café da manhã, a Partir de r$ 1.430.
r. Cláudio iZidoro do esPírito santo, 485, Juquehy. louiselouis.Com.br. diária Para Casal, Com Café da manhã, a Partir de r$ 420.
Em Camburi, o charmoso Nau Royal acaba de abrir o YYE, restaurante à beira-mar com menu assinado pela chef Morena Leite, do Capim Santo. Abre no jantar e recebe hóspedes e visitantes com brasilidades – caso do churros de tapioca com vatapá (R$ 39) e do cordeiro com aipim (acima, R$ 98). De sobremesa, peça o ótimo petit gateau de banana (R$ 23).
36 REVISTA GOL
Se o conforto pé na areia oferecido há 16 anos pela pousada Chez Louise et Louis já é conhecido em Juquehy, o tamanho dos quartos da nova unidade, a Chez Louise et Louis Village, surpreende. São seis apartamentos com até 150 metros quadrados, alguns com jardim privativo. Quem se hospeda ali pode usar a parte de lazer do outro estabelecimento.
fotos Gabriel Jurado/nau royal/ divulGação
r. do ZeZito, 251, CamburiZinho. villabebek.Com.br. diária Para Casal, Com Café da manhã, a Partir de r$ 310.
EMBARQUE ACHADOS DO ARTHuR
Voe Com A GoL PArA A turquiA (VoeGoL.Com.Br)
PODEROSA
Nosso repórter conhece Istambul e se impressiona com o gigantismo da basílica de Santa Sofia
Amor à primeira vista. Foi isso o que eu senti na minha primeira visita a Istambul. A antiga Constantinopla possui uma infinidade de joias da arquitetura, arqueologia e culinária e um povo gentil e hospitaleiro. Cheio de vontade, fui conhecer algumas das atrações da cidade turca. E conto aqui sobre uma dasprincipais: a basílica de Santa Sofia (acima). Sua imensa cúpula de 32 metros de diâmetro e 60 metros de altura magnetizou meus sentidos. Foi erguida em 537 pelo imperador Justiniano para ser a catedral de Constantinopla. Em 1453, foi transformada em mesquita após a conquista da cidade pelos otomanos. Mais tarde, em 1935, o herói e fundador da República Turca, Mustafa Kemal Atatürk, converteu a Santa Sofia em um museu e, desde 1985, é patrimônio mundial da Unesco. O interior é uma viagem ao túnel do tempo. As paredes estão repletas de imagens de santos, há mosaicos e gigantes painéis com grafismos islâmicos, misturando as duas religiões. Durante um bom tempo fiquei quietinho, admirando e respirando aquele portal da história da humanidade. Esse é o meu último texto depois de todos esses anos como colaborador da revista GOL. Foi um período de grandes aventuras e desafios e agradeço a todos por isso. Seguimos em frente. Deixo aqui o meu contato: arverissimo@gmail.com. Até breve.
QUER PAgAR QUAntO? Lojas do Grand Bazaar vendem de temperos a tapetes Outra atração de Istambul são os mercados. E o maior deles é o Grand Bazaar. Já de cara me impressiono: o fluxo lembra o da entrada de um jogo de futebol. Maior e mais antigo mercado coberto do mundo, abriga 4 mil lojas que oferecem... tudo. Há tapetes, luminárias (foto), joias, cerâmicas, tecidos, sapatos estilo Aladim, chaveiros e uma infinidade de temperos e guloseimas. Os valores variam conforme o sotaque e o carisma do freguês. Um ritual secular de gentilezas em que pechinchar e comprar fazem parte do show. *Arthur Veríssimo é repórter há 30 anos e se notabilizou por buscar pautas e assuntos exóticos e pitorescos pelo Brasil e pelo mundo.
38 REVISTA GOL
fotos Eduardo tropia/divulgação / divulgação agradECiMENtos Teresa Perez (tErEsapErEz.CoM.br), sEa soNg (sEasoNg.CoM), Four seasons aT The BosPhorus (foursEasoNs.CoM/bosphorus) E shangri-La BosPhorus (shaNgri-la.CoM/istaNbul/shaNgrila)
Por Arthur Veríssimo
EMBARQUE cInEmA
EMBARQUE cinema
MALANDRO É MALANDRO Em Pitanga, vida e obra do ator Antonio Pitanga são revisitadas com ternura e depoimentos de grandes artistas por Heitor Flumian
Jogo dE cEnA
Os mais jovens talvez conheçam Antonio Pitanga como o pai da atriz Camila Pitanga, mas ele é muito mais, como mostra o documentário Pitanga, dirigido por Beto Brant e pela própria filha. “Sou um capoeirista mental, que não trabalha com golpes e, sim, com a dança”, diz o ator de 77 anos, que atuou em mais de 60 longas. Carismático e malandro, no bom sentido, cativa o espectador em 15 minutos de filme. Sua trajetória, que também é a história do cinema e da TV brasileira – e a do negro nesse contexto –, é lembrada em conversas com amigos. Sentado com Maria Bethânia, fala com carinho sobre um flerte juvenil. Com Othon Bastos, rememora episódios vividos ao lado de Glauber Rocha. “A amizade é a mais bela fortuna que se pode juntar.”
Inspirado nos diários da atriz e escritora Martha Nowill, Vermelho russo acompanha a jornada de duas atrizes em busca de aprendizado por SANDRO MACEDO
Espécie de docudrama, o filme Vermelho russo embarca na história de Marta, interpretada por Martha Nowill, e Manu, vivida por Maria Manoella. Amigas em crise na profissão, vão a Moscou em busca de
pitanga eStreia previSta para 6/4.
aprendizado. Baseado no diário de Martha, publicado na revista Piauí em 2009, o filme se equilibra entre realidade e ficção ao mostrar a dupla e suas dificuldades com a língua e com o frio. Ao mesmo tempo, a
amizade das duas é colocada em xeque durante um curso de atuação, no qual ensaiam uma cena da peça Tio Vânia, de Tchécov. A pedido da revista GOL, elas fazem perguntas uma à outra (leia abaixo).
PITANGUEIRA
Artistas falam sobre duas facetas do ator O atOr “Certos artistas são a cara de seu cinema nacional, como John Wayne foi para os Estados Unidos. Pitanga não é só a representação do cinema brasileiro que ele fez, mas de todo o cinema brasileiro. E, por extensão, é a cara do Brasil. Um ator indispensável.”
MAIS no TABLET Assista ao trailer
VERMELHO RUSSO EStrEia PrEviSta Para 27/4.
Cacá Diegues, cineasta
40 REVISTA GOL
foto bruno alfano/divulgacão
tamara taxman, atriz
foto pedro loreto/acervo trip
MAIS NO TABLET Camila pitanga fala sobre o pai
O aMIGO “Homem bonito de sorriso largo, elegante e educado. Conheci Pitanga na novela A história de Ana Raio e Zé Trovão (1990). Ele nunca agiu com arrogância. E, mesmo com a fama de sedutor, jamais deixou de respeitar as mulheres. É amigo para todas as horas.”
Martha para MaNU Como foi fazer uma personagem que é e não é você? Foi uma experiência intensa, reveladora e divertidíssima. É muito confuso fazer essa transposição, ser você sem ser, essa linha é muito tênue. E é claro que eu me vejo completamente ali. Do que mais tem saudade da rússia? Da neve, das noivas desfilando aos sábados na Praça Vermelha, do metrô, da vodca e do preço do caviar [risos]. Você gosta mais ou menos de mim depois desse filme? Amiga querida, você sabe que a nossa parceria e nosso afeto só crescem, né? Claro que te amo cada vez mais! Vamos para a Sibéria em 2018?
MaNU para Martha Qual cena mais te marcou? A nossa briga. Acho que a gente se comportou bem nesses anos de amizade e na hora de se soltar veio algo forte. Fiquei com um machucado do livro que você jogou no meu tornozelo. O que se arrepende de não ter feito na rússia? Todas as vezes em que fui para lá planejei ir à sauna, onde dizem que se toma vodca e come camarão empanado. Não sei se é verdade, mas uma sauninha com vodca naquele frio... Se você pudesse pegar uma nave agora, aonde iria? Hoje, juntaria todos os meus amigos e faria uma festa espacial. Se você me perguntasse ontem, diria: “Um spa nos Alpes Suíços”. O que não falta é vontade de voar. ReViSTa GOL 41
EMBARQUE TuRISmO
rio de janeiro
Vila portugal GAlERiA NARA RoEslER Até agosto, a galeria fundada em 1989, em são Paulo, deixará o espaço que ocupa em ipanema desde 2014 para inaugurar uma casa na vila. representa artistas como Hélio oiticica.
oM.ARt com projeto da arquiteta Bel lobo, será um misto de galeria e centro cultural. “faremos diversos eventos não só dos artistas que representamos”, diz o gerente, daniel reznik. deve abrir em agosto.
CAsA CAMolEsE restaurante, delicatéssen, bar e cervejaria e, no subsolo, um palco para shows. “será um clima ‘off-Broadway’ embaixo”, explica cello camolese, sócio da casa – prevista para maio – com o artista vik Muniz.
Galerias de arte e restaurantes ocupam área abandonada no Jockey carioca e ajudam a renovar o espaço Por ines Garçoni Foi-se o tempo em que as corridas de cavalo do Jockey Club do Rio de Janeiro atraíam tantas pessoas quanto as arquibancadas podiam abrigar. Mas a decadência do turfe não tornou o local menos charmoso. Nos últimos anos, restaurantes têm se instalado aqui aproveitando os jardins e a paisagem. O último a ser aberto, em dezembro, foi o Inverso Gávea, de frente para a pista. Este ano, mais empreendimentos vão
42 REVISTA GOL
incrementar o estabelecimento em um novo espaço, a cerca de 500 metros do Inverso Gávea. É onde está nascendo a Vila Portugal – uma área de 3 mil metros quadrados ocupada no passado por portugueses. A inauguração se deu com a abertura da galeria Carpintaria, em novembro. “A Vila tem um acesso para pedestres, para que eles se sintam convidados a entrar”, diz Luiz Gustavo Neves, um dos idealizadores do projeto.
fotos AlexAndre MAcieirA/riotur / eduArdo ortegA/divulgAção
tURfE, CoMidA E ARtE
CARpiNtARiA A galeria é filha da paulistana fortes d’Aloia & gabriel e vai receber mostra de Beatriz Milhazes em maio. “A vila tem tudo para virar um point”, diz a galerista Marcia fortes (ao centro, com Alex gabriel e Alessandra d’Aloia).
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chAMAdo dA floREstA
O designer Hugo França, que faz da madeira sua matéria-prima, exibe peças inéditas em duas mostras em São Paulo
POR NINA RAHE
Preços e imagens meramente ilustrativos
Hugo França é ateu. Ainda assim, o designer porto-alegrense possui afinidade com o candomblé, religião que se aproximou nos anos 80, quando deixou o emprego em uma fábrica de computadores em São Paulo e se mudou para a Bahia. É por esse motivo que a mostra que começa este mês, em São Paulo, associa a árvore pequi-vinagreiro ao poder transformador do orixá Exu, com três esculturas que mesclam leveza e imponência. “O pequi é a única espécie que resiste a queimadas, possui um poder de sobrevivência grande”, explica França. O designer passou a usar essa madeira após vê-la nas canoas dos pataxós. Mas, bem antes disso, ainda menino, sua mãe dizia que ele ficava nervoso se não pudesse subir em árvores. “Quando me lembro disso, vejo que ali já se apontava um caminho”, diz França, que expõe também 15 peças inéditas na feira SP-Arte. SP-Arte de 6 A 8/4. PArque ibirAPuerA (PAvilhão dA bienAl). São PAulo, SP. SP-Arte.com.
Nome: Vitor Hugo Zacher França. Idade: 62 anos. Vive em: Trancoso (BA) e São Paulo (SP). Tenho dupla cidadania. Um traço da personalidade: Sou exigente com tudo e prefiro não fazer se não for benfeito. Não sei se é qualidade ou defeito. Objeto de desejo: Um caminhão Munck 0 quilômetro. É o veículo que uso para tirar raízes e toras caídas do mato, mas o atual está meio velhinho. Das peças que produziu, tem em casa: Uma mesa de 1 tonelada e 6 metros de comprimento feita de um pequi de 1.200 anos. 44 REVISTA GOL
A inspiração vem: Da minha matériaprima, o pequi-vinagreiro. Ignorância: É o que mais me incomoda. Tenho certa dificuldade em administrar não só a minha, mas a dos outros também. Esculpir o pequi é: Identificar suas formas e torná-las mais atraentes. Sabedoria é: Tirar o maior proveito das vivências e ser modesto e sem pretensão com o saber. Projeto de vida: Levar os conceitos de educação ambiental para as pessoas. Do futuro: Espero um mundo onde exista mais respeito à natureza e ao ser humano.
Maior alegria: Educar o meu filho de 9 anos e trabalhar no que me dá prazer. Não fica sem: Natureza. Tem saudade: Dos bons momentos da vida, como os que passei em Trancoso, nos anos 80, quando era um lugar rústico e primitivo. Se não está trabalhando: Gosto de ficar pensando nas coisas da vida. Viagens inesquecíveis: Patagônia, na Argentina, e Machu Picchu, no Peru, são os dois lugares mais emocionantes e importantes culturalmente em que já estive. Seu refúgio: Trancoso. Sempre me sinto à vontade quando estou lá.
foto AlexAndre PirAni/divulgAção
Um tronco para ExU de 9/4 A 13/8. Av. Pedro ÁlvAreS cAbrAl, 1.301. São PAulo, SP. mAc.uSP.br/mAc.
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EMBARQUE nOITE
A hoRA dA sidRA Bebida fermentada ganha versões modernas e entra de vez nos cardápios de bares Por Rafael Tonon
VENHA VIVER PAIXÕES À PRIMEIRA VISTA, AO PRIMEIRO PRATO E AO PRIMEIRO PASSEIO.
Rio de janeiRo e são paulo
A sidra – calma, não vire a página –, bebida fermentada da maçã (há versões de pera e outras frutas, mais raras), tem ganhado um revival em bares e restaurantes descolados. Muito consumida na Europa, ela virou febre em países como os Estados Unidos, onde, só em 2015 houve um aumento no consumo de mais de 50% em relação ao ano anterior. Recentemente, ganhou versões nacionais. “É uma bebida que une frescor e alta drinkability [termo técnico para dizer que é fácil de tomar]. Ou seja, tem a cara do clima brasileiro”, afirma André Junqueira, sócio da Companhia Morada Etílica. No ano passado, a empresa lançou a linha de sidras Épo, produzidas com maçãs da serra gaúcha. As novas sidras ganham cara mais cervejeira, em garrafa tipo long neck. A bebida pode ser consumida no bico, servida com gelo ou até em um drink mais elaborado. “Ela tem acidez, sabor e carbonatação. Dá frescor aos drinks”, afirma Danilo Nakamura, responsável pela carta de coquetéis do Bar do Jiquitaia, em São Paulo.
Onde provar
Drinks que levam a Épo no restaurante ici Brasserie, em São Paulo, o ponche (à dir.) é para compartilhar: além de frutas, leva sidra artesanal, gim, cointreau e aperol (R$ 98 para 8 pessoas). r. Bela Cintra, 2.203. iCiBrasserie.Com.Br.
o Bar do Jiquitaia, no restaurante homônimo paulistano, serve drinks como o insider, com sidra, infusão de abacaxi, hibisco e Bourbon (R$ 22 a dose). r. antônio Carlos, 268.
o the Boua, bar no Rio de Janeiro especializado em cervejas, criou uma sangria de sidra com cointreau, cardamomo, limão e morango (R$ 68 a jarra de 1,2 litro). r. nelson mandela, 100, loja 108. theBoua.Com.Br.
foto RicaRdo d’angelo/divulgação
jiquitaia.Com.Br.
EM CADA CANTO, UMA MINAS INESQUECÍVEL. Das cidades históricas à natureza exuberante. Da aventura ao sagrado. Em cada passeio, sabores, tradições e a hospitalidade que só Minas Gerais tem. Venha e se encante. visiteminasgerais | #turismomg
46 REVISTA GOL
EMBARQUE GASTROnOmIA
EMBARQUE GASTROnOmIA Hî-hî com porco confit preparado por Kalymaracaya
minas gerais, paraná, sergipe e são paulo
Em campo
Aberto em fevereiro, o Flor Café (à dir.), no Museu do Futebol, em São Paulo (há uma unidade também na Pinacoteca), oferece desde os triviais pão de queijo e café a criações elaboradas com elementos da culinária brasileira, como o manjar de coco com calda de acerola (R$ 8,50). Das 18h às 22h, rola um happy hour, com drinks e petiscos – tudo sob as arquibancadas do Pacaembu.
Dezenove de abril é o dia deles e, para celebrar, a revista conversou com a chef Kalymaracaya, da tribo Terena, do Mato Grosso do Sul, que dá a receita do hî-hî, prato típico em sua aldeia Por luisa alcantara e silva
Ingredientes • 500 g de mandioca amarela crua • 5 folhas de bananeira • 6 folhas de bocaiuva ou barbante • 4 litros de água Preparo • Limpe as folhas de bananeira, retire os talos e passe-as no fogo 48 REVISTA GOL
• Rale a mandioca, adicione 1 litro de água e mexa bastante • Esprema a mandioca sobre um pano de algodão até a massa ficar seca • Coloque 3 colheres de sopa dessa massa em cada folha de bananeira, feche e amarre com bocaiuva ou barbante • Cozinhe os embrulhos em 3 litros de água por 30 minutos em fogo alto e sirva
GRão E ARtE
Três produtos da culinária indígena
jenipapo “É mais utilizado em pinturas corporais, mas aparece também na cozinha. descascamos e cozinhamos a polpa para fazer doce. tem um gosto forte.” feijão-verde “Cozinhamos, pilamos, tostamos na panela e fazemos bolinho. Vai bem com carnes.”
Por larissa faria
Aroma e som
dA ocA Bocaiuva “temos essa fruta em abundância no cerrado, então, usamos muito. e a fruta toda, da polpa ao óleo. Com a polpa, adicionamos leite e fazemos mingau.”
Toda visita a museu merece acabar com um cafezinho. Conheça alguns espaços que valem a esticada
Delícias da terra
Após conhecer o acervo interativo do Museu da Gente Sergipana, em Aracaju, que traz curiosidades sobre as festas regionais, não deixe de passar no Café da Gente. O cardápio inclui pratos com produtos da cozinha local, como uma versão de petit gâteau de mandioca com carne-seca (R$ 16, acima). AV. IVo Do PrADo, 398, CENTro. MUSEUDAGENTE SErGIPANA.CoM.Br.
Prato cheio para os amantes de música, gastronomia e literatura, o Café com Letras, no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte, promove lançamentos de livro e outros eventos. No espaço ao ar livre são servidos cafés, doces e drinks. Saindo dali, visite a mostra Entre nós, com obras do Masp. PÇA. DA LIBErDADE 450, FUNCIoNÁrIoS. CAFECoMLETrAS.CoM.Br.
De olho na xícara
A arquitetura do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, já é um atrativo e tanto. Conhecido como Museu do Olho, abriga o MON Café, que serve a bebida com grãos do Paraná, embutidos artesanais e massas frescas. Está em um cartaz uma mostra permanente com 200 obras do acervo do museu. r. MArECHAL HErMES, 999, CENTro CÍVICo. MUSEUoSCArNIEMEYEr.orG.Br.
foto agência ophelia / Samira motta / marcello KawaSe / divulgação
coMidA dE índio
foto António RodRigues/PRAzeRes dA MesA
PÇA. CHArLES MILLEr, S/N, PACAEMBU. FLorCAFE.CoM.Br.
REVISTA GOL 49
EMBARQUE GASTROnOmIA
DE ovo EM ovo Que tal um giro pelo Brasil atrás de delícias de chocolate para a Páscoa? Doceiros das cinco regiões indicam seus produtos e desejos para a data Por MARÍLIA MIRAGAIA
Da esq. para dir., ovo com amêndoas, Mayra Pauli; e ovo com pipoca, Sucré Patisserie
NoRDESTE
LIA QuINdeRé, dA Sucré PAtiSSerie, em FortAlezA
Ela faz: novidade é o ovo com avelã (500 g, R$ 98), criado pelo chef Carlos bertolazzi a pedido de lia. Já o chef leo Paixão fez um com pipoca (500 g, R$ 98, à esq.). Sucre.com.br.
Ela indica: “sabe receita de vó? o bolo de rolo tem esse poder para mim, por isso escolho o ovo da anita Pâtisserie, em João Pessoa, com goiabada e musse de requeijão (550 g, R$ 70).”
SUl
SUDESTE
CENTRo-oESTE
NoRTE
Ela faz: a pâtisserie leva o nome da chef que faz guloseimas como o ovo com chocolate 54% cacau com recheio de caramelo de flor de sal e brigadeiro belga (700 g, R$ 110), entre outros itens.
Ela faz: são mais de 20 opções na casa comandada pela chef e jurada do programa Que seja doce, do gnt. entre eles, croc de avelã, (350 g, R$ 75), recheado com creme de avelã.
Ele faz: francês, o chef que dá nome à casa prepara doces com inspiração de sua terra natal. na Páscoa, terá o panier d’oeuf (três ovinhos, R$ 89), réplica de uma caixa de ovos com chocolate belga.
Ela faz: a marca aposta em produtos do norte, entre eles o nibs (amêndoa do chocolate) da ilha do Combu, que integra o ovo com cupuaçu (250 g, R$ 50; 500 g, R$ 80).
nAthAliAjAhn.com.br.
cArolecremA.com.br.
cAFedAnielbriAnd.com.
tel.: (91) 3223-5729.
Ela indica: “Quando soube que a Mayra Pauli, que tem confeitaria em florianópolis, criou um ovo com amêndoas, fiquei encantada (350 g, R$ 123, acima).”
Ela indica: “o da amma, vendido só em são Paulo, imita cacau e leva cambuci (200 g, R$ 80). gosto da produção sustentável deles, que tive a oportunidade de visitar.”
Ele indica: “sem dúvida, a stans tem um dos melhores chocolates artesanais de brasília. um deles é o de champanhe (700 g, R$ 236).”
Ela indica: “amo a combinação de chocolate e cupuaçu e a versão da sweet by sisters (350 g, R$ 72), de belém, é deliciosa!”
mAyrAPAuli.com.br.
AmmAchocolAte.com.br.
StAnSchocolAteS.com.br.
tel.: (91) 98227-1919.
50 REVISTA GOL
CARoLe CReMA, de São PAulo
dANIeL BRIANd, de brASíliA
tAIANA LAIuN, dA brigAderie, de belém
fotos Daniel Zabotti Divulgação
NAthALIA JAhN, Porto Alegre
eMbArQUe dEcOLAGEm
respeitável público O paulistano Bruno Laloni Quintas apresenta um outro estilo de vida às crianças, com referências do circo e das artes, em um espaço em São Paulo que acaba de ser ampliado Por DEISE DE OLIVEIRA foto cAIO pALAzzO
Um local sem divisórias de qualquer tipo, onde galinhas, coelhos e tartarugas circulam livremente. No ar, cheiro de fazenda. Tudo isso na zona sul de São Paulo. Idealizado em 2015 pelo paulistano Bruno Laloni Quintas, 33 anos, o Quintal dos Quintas é um espaço destinado a receber crianças de 1 ano e meio a 7 anos em um cenário sem carpetes, eletrônicos ou brinquedos engenhosos que não sejam os criados com gravetos, pano, argila ou sementes. Em janeiro, por mais espaço, o Quintal, que funcionava no Jardim Paulista, mudou-se para a Vila Nova Conceição, um dos pontos mais valorizados da capital paulista. Agora são 1.500 metros quadrados, que servem de casa para Bruno e atendem 60 crianças – antes, eram 250 metros quadrados para cerca de 40 pequenos. No dia a dia do negócio, Bruno cozinha e faz a monitoria. Conta com a ajuda da mãe, Célia Maria, educadora há mais de 30 anos, duas irmãs – uma delas cuida da parte financeira – e três auxiliares. O Quintal, segundo Bruno, “não é uma escola, mas um espaço com atividades de circo, dança, música, circuitos e desafios para o corpo, horta, tanque de areia, animais e um ateliê, onde as crianças brincam com a natureza, constroem cabanas e ajudam a preparar o alimento”, entre outras brincadeiras. A ideia é que cada um escolha as atividades. A frequência deve ser regular – mesmo que seja só uma vez por semana por meio 52 REVISTA GOL
Como foi essa trajetória? Começou aos 12 anos, quando me formei no teatro. Aos 14, comecei a me dedicar ao circo, onde fiquei por dez anos. Era um circo-escola, na Vila Madalena. Lá eu conseguia me expressar e experimentar. Era eu sendo aceito do meu jeito. O importante para mim é viver com sentido, em contato com a natureza, as artes e os esportes. E trago isso para as crianças. A que horas começa o seu dia? Acordo às 5 horas e já vou para a cozinha, onde começo a preparar o almoço. Quando as crianças chegam, parte da comida, toda orgânica, está pronta e me dedico a elas. A comida marca a minha rotina e a das crianças. No resto do tempo, as atividades surgem conforme o interesse delas.
período (R$ 593 por mês). “Acredito na educação livre”, diz Bruno, que chegou a fazer faculdade de rádio e televisão e de pedagogia, mas não terminou. “Fui me formar, com diploma, há 2 anos, em ioga”, conta. O educador-empresário defende o respeito à infância e ao ritmo de cada um e é crítico em relação à expectativa de a criança começar a ler cada vez mais cedo. Sem site próprio ou qualquer menção a endereço ou telefone na internet, o Quintal atrai os pais no boca a boca. “Faço o meu trabalho e não espero nada. O retorno vem.” De onde surgiu o projeto do Quintal? Sou de família italiana, com muita gente. Minha mãe é professora, uma baita educadora. Quando eu era criança, estava tudo bem comigo se eu estivesse perto de outra criança. Também não gostava de ficar preso, em casa ou na sala de aula. Cresci indo muito ao sítio e à praia, perto da natureza. Essa foi minha infância e é minha vida até hoje. Esse projeto sou eu.
Qual é o principal desafio que os pais enfrentam atualmente? Desengessar e estar perto do coração para ter atitudes boas e firmes. Às vezes, eles me dizem: “Não sei brincar como vocês”, e eu falo: “Vocês não sabem estar”. Nos primeiros anos, principalmente, os pais têm que estar perto para que os filhos se sintam seguros. Que contribuição você espera dar para o futuro dessas crianças? Estou ajudando a serem adultos em paz. Aceitas e cientes de suas forças, elas farão suas escolhas e não vão esperar que alguém sempre diga o que têm de fazer.
QUEM é Nome: Bruno Laloni Quintas. idade: 33 anos. Profissão: Educador. o melhor de ser criaNça: “É ser livre, ter a vontade de fazer um movimento e conseguir.” faZ seNTido: “Estar em contato com a natureza e praticar esportes.”
REVISTA GOL 53
EMBARQUE ARTES
SUA OPORTUNIDADE DE TER UM APARTAMENTO DE LUXO NOS EUA
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ConExão BRAsilEiRA O cantor Tom Zé relembra como foi a época do Summer of Love no Brasil
PAz E AMoR
Mostra sobre os 50 anos do movimento que fortaleceu a geração hippie entra em cartaz em San Francisco POR Luiza Terpins A cena aconteceu em 1967, mas se mantém atual: em San Francisco, na Califórnia, mais de cem mil jovens se reuniram para protestar contra guerras (a do Vietnã estava em curso) e celebrar um novo estilo de vida, mais livre. O movimento, que ficou conhecido como Summer of Love (verão do amor, em português), contou com semanas de manifestações, música e arte e foi fundamental para o fortalecimento da contracultura e da geração hippie. Para comemorar seus 50 anos, o De Young Museum, em San Francisco, lança a
54 REVISTA GOL
exposição The Summer of Love experience: Art, fashion, and rock & roll e promete trazer aos visitantes a sensação do que foi viver naquele período. “Além de espaços imersivos, temos mais de 300 itens, como pôsteres e filmes”, conta a curadora Jill D’Alessandro. “A mostra vale tanto para quem viveu aquela época como para quem se interessa pelo legado que ela deixou nas áreas da moda, música e política.” The Summer of Love experience De 8/4 a 20/8. GOlDen Gate PaRk. US$ 25. DeyOUnG.famSf.ORG.
De que forma o Summer of Love repercutiu por aqui? A gente recebia algumas notícias. Lembro quando, em 1967, o Caetano [Veloso] me mostrou o disco Sgt. Peppers, dos Beatles. Ele disse que eu precisava ouvir. Mas, na verdade, acho que o Brasil sempre foi inovador e a gente já tinha o nosso próprio Summer of Love: a bossa nova, com canções sobre paixões e ideologias. Qual foi o legado que o movimento deixou? As revoluções são necessárias para o mundo gritar por seus direitos. O Summer of Love, como o próprio nome indica, foi fundamental para abrir a mente das pessoas para o amor.
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À esq., pôster de Wilfried Sätty feito em 1967; acima, trabalho de Patrick Lofthouse, produzido em 1968
Como era a juventude dos anos 60 no Brasil? Queríamos mais liberdade sexual, experiências e éramos contra questões como o consumismo. Eu mesmo, quando estudava música na Bahia, pouco antes de 67, dei aulas de violão para o Moraes Moreira sem cobrar.
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VOANDO ALTO
Em evento que apresentou o novo avião da seleção, o técnico Tite contou à revista GOL, com exclusividade, o que gosta de fazer quando está no ar Por Heitor Flumian
No mês passado, a GOL apresentou o novo avião da seleção, que tem as cores do Brasil e traz o slogan #VoaCanarinho (abaixo, à esq.). Em um evento com a presença de Paulo Kakinoff, presidente da companhia, em São Paulo, o técnico Tite anunciou a convocação para as eliminatórias da Copa. Após a divulgação, ele conversou com a revista GOL. Leia a entrevista: Como é a escalação da seleção no avião? Existe um código. Normalmente, a comissão técnica senta na frente e os jogadores no fundo. É bom para o convívio seguir em harmonia [risos]. O Marcelo e o Neymar, por exemplo, costumam ser os mais brincalhões, o Philippe Coutinho, um pouco mais introvertido e, o Willian, sossegado.
O que está lendo no momento? Estou acabando o livro Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética, do [Mario Sergio] Cortella. Também leio obras ligadas ao futebol. Não adianta: é uma área para a qual eu sempre acabo me direcionando. Qual é a lembrança do seu primeiro voo? Eu era atleta do Caxias do Sul e ia jogar em Maceió contra o CSA. Tinha 17 anos e mal consegui dormir depois de ver meu nome na lista dos que voariam para jogar. Havia a expectativa de vivenciar algo novo, algo que eu queria saborear, desfrutar, um momento único. Dentro do avião, lembro dos lanches, da equipe de bordo; tudo era fascinante. 56 REVISTA GOL
foto luiz maximiano / divulgação
Como aproveita o seu tempo no ar? Com leituras. Por meio delas, surgem ideias ligadas ao trabalho que anoto em uma caderneta que carrego. Um exemplo marcante aconteceu na viagem para o Equador, na minha estreia na seleção. Aproveitei o tempo para adiantar o meu trabalho e controlar o fator gerador de expectativa – montei toda a palestra, o roteiro, o esboço, o resumo que fiz para o jogo dentro do avião. À medida que consigo encaminhar a minha parte, eu fico mais calmo.
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PARA cURtiR
CBV inicia transmissão de jogos da Superliga pelo Facebook POr EDUARDO MARINI
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meados do ano passado. “Há o alcance mundial, sempre benéfico, e também passamos a atingir quem tem internet, mas não possui TV a cabo”, afirma Ricardo Trade, diretor executivo da CBV. “Isso vai aumentar o público e torná-lo mais variado.” Os jogadores também estão animados com a novidade. “O público terá mais uma opção para acompanhar os jogos e interagir conosco”, diz Dani Lins (acima, de rosa), levantadora da seleção brasileira e do Vôlei Nestlé, de Osasco (São Paulo). Enfim, um caso raro de partida em que só há vencedores.
DE olho
Próximos duelos no Facebook De 7 a 9/4: Etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, em Vitória. De 28 a 30/4: Etapa do Superpraia em Niterói. Em abril, sem data definida: Semifinais da Superliga B. oNde ver: facebook.com/ coNfederacaobrasileiradevoleibol.
Na TV 23/4: Final da Superliga feminina, no rio de Janeiro. 7/5: Final da Superliga masculina, em Belo Horizonte.
foto João Neto/fotoJump/divulgação
Das redes da quadra às redes sociais. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) começou em fevereiro a transmitir jogos da primeira divisão da Superliga ao vivo pela internet, com som ambiente, em sua fanpage no Facebook. Só as primeiras cinco partidas tiveram aproximadamente 305 mil visualizações. A exibição está na fase de ajustes finais para ser implantada oficialmente na temporada 2017/2018, que começa em outubro, e só é feita quando SportTV e Globo não exibem as partidas – o vôlei de praia conta com o serviço desde
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Para ver a sua foto publicada aqui, siga o @voegoloficial e marque as imagens de sua autoria com a hashtag #voegol. Lembre-se de indicar o lugar onde elas foram tiradas
Maceió, AL
“Eu e meu namorado praticamos acroyoga e resolvemos fazer esta foto quando conhecemos a Praia do Gunga. O lugar é lindo, com coqueiros a perder de vista.” Luiza SantaeLLa (@bloglasbelas), 25 anos, assistente de mídias sociais, de são José dos campos, sp.
São Paulo, SP
“Moro na capital paulista e gosto muito de ir ao Mercado Municipal, no centro. Sou apaixonado pela história paulistana e por ser um turista na minha cidade.”
Tapa de Cuadril
rodrigo Svezia (@rodrigosvezia), 31 anos, publicitário, de são paulo, sp.
A PARRILLA AQUI É FEITA COMO OS TANGOS, CON PASIÓN.
Salvador, BA
“Sempre volto à cidade para conhecer atrações que não tive tempo. Da última vez, visitei o Memorial Ucraniano, no Parque Tingui. É bom conhecer mais de outras culturas.” niLo Luiz ronchetti (@nillolluiz), 38 anos, analista contábil, de timbó, sc.
60 REVIsta GoL
Marina LordeLo (@_marinalordelo), 29 anos, fotógrafa e bióloga, de salvador, ba.
fotos arquivo pessoal
Curitiba, PR
“As baianas são figuras importantes nas festas religiosas, como a de Iemanjá. Para conhecer e sentir a verdadeira Salvador é preciso mergulhar em seus encantos.”
SÃO PAULO RIO
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Em ensaio exclusivo para a revista GOL, Karina reproduz três de seus habitats preferidos: neve, água e terra
sem tempo ruim 62 REVISTA GOL
Médica de emergência em áreas remotas, multiatleta, apresentadora de TV, empresária e palestrante, Karina Oliani desafia o próprio relógio para realizar tudo o que gosta POR carol sganzerla fOtOs pedro dimitrow
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Suspensa a quase 8 mil metros, sob um frio de -40 ºC, pouco oxigênio e respiração ofegante – ela tem asma em ambientes gelados –, Karina lembrava do apoio invertido das redes sociais. “Nos momentos difíceis, pensava nos piores comentários: na louça para lavar, no cara que achava ridículo treinar no Pico do Jaraguá. E isso me fazia continuar mais rápido”, conta. “Cansei de ouvir que não chegaria lá. Consegui. E de primeira. As pessoas costumam fazer duas, três, cinco tentativas. Então, quando me dizem: ‘Karina, tudo
Calma que ainda não acabou. Karina é dona da Pitaya Filmes, produtora que fundou há oito anos pois queria garantir a qualidade do
na sua vida é fácil, você é loira, bonita, midiática’, me dá raiva. Isso nunca me ajudou, só atrapalhou”, afirma. Aos 31 anos, ela se tornou a mais jovem e terceira brasileira a realizar o feito – hoje, são quatro mulheres entre 16 escaladores. O ano era 2013, e Karina, que levou um patrocinador e dois apoiadores ao topo, voltou com um séquito de empresas dispostas a ouvir suas histórias de superação na montanha. Com a palestra Qual é o seu Everest?, apresentada mais de 60 vezes para Nestlé, Itaú, Grupo BMW e Gerdau, entre outras, mostra para o mundo corporativo que os desafios podem ser vencidos. “Amo fazer palestras. É muito bom poder tornar a vida dos outros melhor. Falo para eles: ‘Quando você sonha alto, incomoda os outros’.”
Doutora aventura
E Karina chega a incomodar. Pelo menos os mais acomodados. Porque ela não é só aventureira e atleta multidisciplinar, tricampeã brasileira de snowboard, bicampeã de wakeboard e recordista em mergulho livre no país. Karina é médica, formada pela Faculdade de Medicina do ABC e especializada em medicina de emergência em áreas remotas – é a primeira na América Latina a obter a nomeação. Um mês por ano, dedica-se 64 REVISTA GOL
“nos momentos difíceis, pensava nos piores comentários: na louça pra lavar, no cara que achava ridículo treinar no pico do jaraguá. e isso me fazia continuar mais rápido” fotos arquivo pesoal
Corta para o Everest.
a levar atendimento às populações de regiões remotas no Brasil e no mundo. Em novembro passado, coordenou 23 voluntários e 2 mil atendimentos no sertão do Piauí, em uma expedição de nove dias. Após o terremoto que devastou o Nepal, em 2015, arrecadou dinheiro e foi para lá prestar auxílio. Ao lado de uma das irmãs, a nutróloga Nathali Oliani, é sócia na clínica Health Concept, que trata de ortopedia à dermatologia.
fotos arquivo pesoal
Karina estava a duas semanas de partir para uma das expedições mais desafiadoras de sua vida. A subida ao topo do Everest, o pico mais alto do mundo, com 8.848 metros de altitude, era um sonho. Até aquele momento, porém, não contava com patrocínio. Fazia três anos que percorria empresas em busca de apoio. Ninguém botava fé. E olha que ela já tinha escalado o Aconcágua, na América do Sul (6.962 metros), o Kilimanjaro, na África (5.895 metros), e o Monte Elbrus, na Europa (5.642 metros). Parecia não fazer diferença. “Essa menina vai enterrar minha marca com ela no Everest”, ouvia dizer. Com a proximidade da ida, resolveu postar fotos de seu treino no Pico do Jaraguá (1.135 metros), o ponto mais elevado da cidade de São Paulo – ela fazia em 30 minutos a trilha de 2h30 – para, quem sabe, atrair interessados. Karina atraiu admiradores, mas também comentários do tipo: “É muita falta de louça para lavar”.
conteúdo que produzia – antes disso, trabalhou para outra produtora e chegou a apresentar um quadro no Zona de impacto, do SporTV. Com seu negócio, emplacou programas de aventura em canais como Record, Globo, Multishow, Discovery Channel e Off. Neste, apresentou o Águas selvagens, onde interagia com animais marinhos. No Missão extrema (Discovery), foi a lugares remotos da América Latina para viver como os locais. Hoje, pela Pitaya, está produzindo para o canal Off um programa com o paracanoísta e colunista da revista GOL Fernando Fernandes, previsto para este mês. Na atração, submete o atleta a desafios, tal qual cruzar um deserto de sal pe-
dalando com os braços. Também anda ocupada com sua próxima série de reportagens para o Fantástico, da qual só pode contar que serão aventuras extremas pelo mundo e que deve ir ao ar em julho. Ah, e ela, que conhece 90 países, também mantém blog no site Estadão, o Viajando com Karina Oliani. “É inacreditável o fôlego que ela tem para trabalho”, pontua o fotógrafo Alexandre Socci. “A Karina produz, escreve, dirige e atua, sem reclamar. Só a vi mudar de humor em situações de desigualdade. Ela é uma supermãe e ‘força’ a equipe a comer e dormir”, conta ele, que já foi parceiro nas Bahamas, no Caribe e na Espanha. Onde quer que esteja, Karina sabe o que acontece em seus negócios. “Faço a produção executiva ou a direção de todos os projetos da Pitaya”, diz a apresentadora. Na clínica da qual é sócia, responde pelo administrativo. “Sou uma solucionadora de problemas”, resume. O maior desafio, no entanto, é conseguir fazer tudo o que quer. “Não existe nada mais precioso que o meu tempo. É do que mais sinto falta”, diz. Quando sobra um, marca uma massagem ou uma hidratação no cabelo. Você deve estar se perguntando porque não há uma equipe por trás de uma mulher desse porte. “Foram tantas facadas pelas costas que tenho receio”, conta sobre os colaboradores que já teve. Tanto que hoje só contrata freelancers para trabalhos específicos. “Muita gente se aproxima por interesse quando você entra na TV”, diz. “Desde criança tive esse
Em 1986, no aniversário das três irmãs. Da esq. para a dir., vestidas de She-Ra, Karol, Nathali e Karina e os pais, João e Regina Maria. Na pág. ao lado, aos 3 anos, no balanço do quintal de casa
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karina pelo mundo 1 • escalada, nepal
Ela foi a terceira e mais jovem brasileira a subir o Everest. 2 • canoagem, méxico
Descida de 12 metros na cachoeira de São Pedro, em
3 • meRgUlHo, méxico
Com tubarão-branco na Ilha de Guadalupe. 4 • salTo dUplo, BRasil
A partir de um balão, em Boituva (SP), com o instrutor Galinha, o mesmo que saltou com Karina quando ela tinha 12 anos. 5 • snoWBoaRd, cHile
Em 2012, no Valle Nevado. 6 • BiKe, cHile
Na bike trip mais incrível da vida, onde pedalou até o deserto do Atacama, acompanhada de três amigos, por 1.500/2 mil quilômetros.
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fotos pemba sherpa/arquivo pessoal / daniel botelho/arquivo pessoal / rick neves/arquivo pessoal pessoal / ricardo / ricardo zinner/arquivo zinner/arquivo pessoal pessoal /
Tlapacoyan.
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Nascida no Parque São Domingos, próximo ao Pico do Jaraguá, até os 7 anos Karina e suas duas irmãs – Nathali e Karoline – tiveram uma infância simples. A vida se transformou quando o pai, caminhoneiro, virou dono da transportadora em que trabalhava. “Cresci ouvindo dele: ‘Você tem que ser a melhor em tudo que faz’. Sempre quis ser a melhor médica, melhor alpinista. Mas não me acho melhor que ninguém”, diz. Mudaram-se para uma casa no Alto da Lapa, onde os pais ainda moram (a mãe é dona de casa), e Karina, que era hiperativa, topava todo curso que aparecia: balé (praticou por 13 anos), jazz, natação, inglês, espanhol. “Aos 12 anos, fiz um curso de mergulho autônomo. Sempre fui apaixonada pelo mar. Queria ser exploradora dos mares”, lembra ela, que passou parte da infância na casa de praia de Peruíbe, no litoral paulista. Aos 15, já era instrutora. “O mar me acalma, me equilibra.” Com essa idade, fez um intercâmbio de sete meses na Austrália e trabalhou como salva-vidas no Surfers Paradise Surf Life Saving Club, em Queensland. “Karina sempre foi determinada, fazia tudo no limite. Ela amadureceu muito cedo. Quando já tinha dez anos de balé, o pé todo machucado, falei ‘por 68 REVISTA GOL
o fotógrafo Andrei Polessi, com quem acaba de abrir o Instituto Dharma. A próxima meta do Instituto é levar um grupo de viajantes neste mês para fazer a caminhada mais linda desse planeta: o trekking até o acampamento base do Everest, guiado pelo experiente montanhista argentino Maximo Kausch. O dinheiro arrecadado será revertido para as vítimas do terremoto que atingiu o Nepal em 2015. O que era para ser apenas uma caminhada até a base, porém, ganhou outra dimensão. Karina começou a planejar o retorno ao teto do mundo e, assim, se transformar na primeira brasileira a alcançar o cume do Everest duas vezes. Alguém duvida que ela irá conseguir?
top ten Os dez cenários mais incríveis do planeta POR KARINA OLIANI
1 • Himalaias As montanhas desse lugar são as mais lindas do mundo – é onde está o Everest. Mas há uma experiência mais especial: o contato com os locais. 2 • Bonito (ms) Um dos meus lugares preferidos do Brasil. O rio da Prata é obrigatório e a gruta do Lago Azul parece tirada de um conto de fadas. 3 • antártica Não se trata apenas do continente gelado. A Antártica é remota, selvagem, diferente e única! 4. Polinésia Francesa Na Moorea há montanhas imponentes, mata fechada e a lagoa das arraias, no meio do oceano. Bora Bora é romântico e em Taha’a tem plantações de vanila por todo lado. 5 • maldivas Ondas perfeitas e muita vida marinha. Mergulhei com tubarões-baleia e explorei as ilhotas desertas, todas paradisíacas.
“karina sempre foi determinada. fazia tudo no limite. ela amadureceu muito cedo” joão oliani, pai de karina
que não para?” Ela só parou quando se formou”, conta o pai, João Lourenço Oliani, que começou a apresentar o mundo para a filha. Karina recorda esse tempo: “Fizemos safári na África do Sul, viagem de carro pelo Canadá, íamos esquiar em Valle Nevado, Portillo, Chamonix. Uma vez, ele levou o campeão brasileiro de esqui da época para ser nosso professor”. Hoje, uma vez por ano, viaja em férias com o marido, o administrador de empresas Marcelo Rabelo, 37. Já foram para a Tailândia, Maldivas, Seychelles, Egito, Polinésia Francesa. “Tem que ter aventura. Estamos juntos há sete anos e mesmo as viagens românticas têm trekking, escalada, mergulho”, diz. “Mas eu tomo sol. Meia hora, mas tomo”, diz, rindo. “Eu acabo entrando no ritmo dela”, conta o marido. “Na pre-
fotos Ale soCCi/divulgAção / fAbio tozzi/Arquivo PessoAl / sCott siMPer/Arquivo PessoAl / MArCelo rAbelo/Arquivo PessoAl
Para o alto
Em sentido horário, a partir da foto acima: com tubarões no programa Águas selvagens; em 2008, em um barco-hospital, no rio Amazonas; e com o marido, Marcelo, na trilha do Everest, em 2013. Na pág. ao lado, chegada à montanha mais alta da Europa, o Monte Elbrus
fotos ale socci/divulgação / fabio tozzi/arquivo pessoal / scott simper/arquivo pessoal / marcelo rabelo/arquivo pessoal
problema da inveja. Na escola, era a melhor na educação física, era bonitinha, as meninas faziam bullying.”
paração para o Everest, lembro de um dia acordar às 3 da manhã querendo treinar. Conclusão: lá fomos em plena madrugada correr por São Paulo.” Antes de serem um casal, Karina e Marcelo já formavam uma dupla: eram parceiros de dança pelos salões da capital paulista. Passo vai, passo vem, se apaixonaram. Sempre que dá, vão ao Villa Country, de música sertaneja. “Dançar também me acalma”, conta. Prestes a completar 35 anos, começa a pensar na maternidade. “Tenho medo de perder a liberdade. Viajo quando quero, arrisco a minha vida. Talvez não possa fazer tudo o que amo se tiver uma pessoinha dependendo de mim.” Karina não sabe, mas está pronta para ser mãe. “A Karina é uma das pessoas mais generosas que conheço. Na expedição ao Piauí, mesmo com os recursos escassos, descobriu que um garoto, o Isaac, faria aniversário e que nunca tinha tido uma festa. Isso bastou para que organizasse uma surpresa. O menino ficou extasiado”, relembra
Assistente de fotogrAfiA AdRIAN IKemAtsu styling JuLy e CAmILA BORBA (sistAMode style) CAMAreirA mARCIA RegINA de OLIveIRA Produção de objetos Bee PROduções belezA JAyme vAsCONCeLOs (CAPA mgt) CoordenAdor de CArACterizAção PIetRO sChLAgeR CArACterizAdorA NAtIe CORtez AgrAdeCiMentos bike BROOKLIN BIKe CAfé PrAnChA de surfe mORmAII ACessórios deCAthLON looks boMb jACket e CAlçA the NORth fACe shirt CALvIN KLeIN gorro WOOPs PARA deCAthLON body OxeR PARA CeNtAuRO legging e tênis PumA MAiô JO de meR CroPPed CALvIN KLeIN CAlçA heRINg brinCo mORANA tênis PumA
6 • etióPia Tribos lindas (Mursi e Suri, em especial), savanas incríveis, um pôr do sol de chorar. Se há a pobreza de um lado, a natureza compensa na exuberância. 7 • islândia Auroras boreais impressionantes, cachoeiras de filme, como a Seljalandsfoss e a Gullfoss, vulcões lindos, gelerias incríveis. 8 • cHina Os vilarejos que mantêm a cultura chinesa antiga estão entre as coisas mais charmosas que já vi! Vale conhecer Lijiang. 9 • canadá Tem os melhores ski fields do mundo. Adoro a região de Canmore, nas montanhas Alberta Rockies, e o Banf National Park. 10 • sul da itália Amo a Sicília, Capri, Sardenha e a Costa Amalfitana. Lampedusa é uma ilhota que tem cor de mar indescritível e a praia mais linda da Europa.
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comportamento
Nem só de altos salários e saltos na carreira é feita a busca por um trabalho. Para muita gente, encontrar um ofício que ajude a causar impacto positivo no mundo é a meta principal POR Julia Furrer fOtOs Felipe gombossy ilustRaçãO vanessa kinoshita
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Apaixonada por gastronomia, Lena Mattar ajuda a fazer a ponte entre pequenos produtores, chefs, empresas e governo REVISTA GOL 71
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Era uma sexta-feira como outra qualquer em 2009. Daniel Izzo, 40 anos, na época gerente de marketing de uma multinacional, chegou ao escritório bem cedo, como sempre fazia. Em menos de uma hora, no entanto, se sentiu mal e voltou para casa. Ele não estava doente, mas simplesmente não conseguia permanecer ali. Foi como se, de repente, percebesse que o trabalho que desempenhava não fazia sentido. “Foi desesperador. Eu tinha um ótimo salário, exercia um cargo de liderança para o qual vinha me preparando desde a faculdade, mas nada disso me deixava feliz”, lembra. “Passei a me perguntar: por que passo tantas horas no escritório, se tudo que faço é a aumentar o lucro de alguém?” A angústia que acompanha a busca por essa resposta é cada vez mais recorrente. Segundo estudo realizado pela ADP (líder global de gestão de capital humano), uma das cinco principais necessidades avaliadas pelos candidatos na hora de escolher um emprego é encontrar propósito para o que fazemos. “Sabe aquele motivo que leva a gente a ter vontade de levantar da cama ? Propósito é basicamente isso”, resume a coach de carreira Ana Raia. Ela explica que migramos da era da obrigação, quando o trabalho atendia apenas a necessidade de ganhar dinheiro, para a era da realização, em que buscamos um sentido maior para a profissão. “Tenho visto muita gente largando carreiras vazias de significado para experimentar
“QUERIA TRABALHAR COM ALGO QUE ME DESSE ORGULHO POR CAUSAR UM IMPACTO POSITIVO NO MUNDO” DANIEL IZZO, FUNDADOR DA VOX CAPITAL
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esse sentimento de pertencimento que alcançamos quando realizamos aquilo que viemos ao mundo para fazer”, diz. No caso de Izzo, a missão tinha a ver com fazer a diferença. “Decidi que queria trabalhar com algo que me desse orgulho por causar um impacto positivo no mundo”, relembra ele, que, antes de pedir demissão, tentou liderar uma ação de sustentabilidade dentro da empresa, mas desistiu ao perceber que não havia espaço para isso. Depois de muito pesquisar, criou a Vox Capital, fundo de investimento que capta dinheiro apenas para empresas socialmente relevantes nas áreas de saúde, educação e serviços financeiros – em 2016, o projeto foi homenageado pelo prêmio Trip Transformadores. “É gratificante ver que ajudamos iniciativas como a Avante [empresa de microcrédito com foco no pequeno empreendedor] a multiplicar seu valor de mercado em até dez vezes. Significa mais lucro, sim, mas também que eles poderão apoiar pessoas que antes não tinham acesso a crédito, como o dono de uma barraca de comida no interior do Piauí”, exemplifica animado.
Lado a lado
É importante lembrar que dinheiro e propósito não precisam viver separados. “Todo mundo trabalha por dinheiro porque precisa dele para sobreviver. Agora se esse for o único motivo, é muito provável sentir uma infelicidade profunda, típica de quem percebe que está só perdendo tempo”, explica David Baker, professor da The School of Life em Londres e um dos fundadores da revista Wired. Foi assim que a relações públicas paulistana Juliana Salomão, 33, se sentiu
durante um tempo. Organizada e comunicativa, ela começou a produzir eventos quando estava na faculdade e trabalhou durante anos em agências de publicidade. “Tinha facilidade com essa função, que é bastante operacional, mas quando via os shows, feiras e convenções que organizava, batia a dúvida: é isso que quero entregar para o mundo?”, lembra. A resposta demorou a vir. Foram quatro pedidos de demissão, um retiro em Piracanga, na Bahia, meses sabáticos e uma tentativa frustrada de empreender com uma marca de granola antes de encontrar um trabalho que fizesse sentido. “Hoje sou consultora do departamento de eventos para impacto comunitário da Nike e toco um projeto que usa o esporte como ferramenta de transformação social”, conta ela, que atua em comunidades cariocas liderando treinamentos de professores e doações de material em centros esportivos da prefeitura. “Ainda produzo eventos, mas agora uso minha vocação para contribuir com uma causa na qual acredito.” Assim como a Nike, muitas marcas têm se dado conta da necessidade de se conectar com causas e trazê-las para o dia a dia. Não são, necessariamente, empresas B (aquelas que colocam os benefícios sociais acima do lucro – veja box na pág. ao lado), mas perceberam que é necessário dar aos funcionários
VITRINE
Daniel Izzo criou um fundo de investimentos que só aposta em empresas socialmente relevantes
Empresas do Sistema B, como a Vox Capital, ajudam a criar soluções para problemas sociais ou ambientais. “O lucro é importante, mas não representa sua principal razão de ser”, explica Ana Sarkovas, diretora executiva do Sistema B no Brasil. O processo de certificação dura cerca de seis meses e avalia 160 indicadores. Tais companhias participam de um novo jeito de entender a economia, em que o propósito é mais importante que o ramo de atuação. “Uma empresa como a Patagônia, de vestuário, pode se engajar com a Mãe Terra, de alimentos, para fortalecer seu objetivo: gerar impacto positivo para o meio ambiente”, diz Ana.
REVISTA GOL 73
cOmpORTAmEnTO Juliana Salomão encontrou propósito ao usar o esporte como meio de transformação social
motivos para se engajar. “É cada vez mais improvável recrutar e manter um bom time em empresas sem alma. As pessoas, principalmente os jovens, estão pedindo algo a mais. Precisam se identificar com a missão da companhia e fazer disso um objetivo delas”, afirma Alexandre Teixeira, jornalista e autor de De dentro para fora – Como uma geração de ativistas está injetando propósito nos negócios e reinventando o capitalismo. De acordo com uma pesquisa da consultoria Delloite, 50% dos jovens de até 34 anos aceitariam ganhar menos para trabalhar em uma companhia que combina com seus valores e 90% deles expressam a vontade de usar suas habilidades para fazer o bem. “No futuro, não haverá espaço para empresas que só queiram lucrar”, acredita Daniel Izzo. Ainda é cedo para dizer se a tendência também tem seu peso na busca pelo consumo consciente, mas Alexandre Teixeira acredita que cada vez mais gente deve encarar suas escolhas com responsabilidade. “Nesse sentido, empresas com propósito saem na frente e passam a depender menos do marketing para vender sua imagem ao mercado. A alma se torna o segredo do negócio.”
Busca sem fim
Não há um único caminho para encontrar um propósito, e o que faz sentido hoje não necessariamente dura para sempre. “É um processo. E, como está ligado com nossa essência e nossos
“É CADA VEZ MAIS IMPROVÁVEl RECRutAR E MAntER uM bOM tIME EM EMPRESAS SEM AlMA” ALEXANDRE TEIXEIRA, ESCRITOR E JORNALISTA
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valores, é natural que se transforme no decorrer da vida, conforme evoluímos”, diz a coach Ana. Qualquer trabalho, inclusive, está sujeito a momentos de pouca motivação, mas fica mais fácil passar por eles quando estamos alinhados com o que acreditamos. “É preciso saber diferenciar a falta de um trabalho alinhado com nossos valores da falta de resiliência para lidar com frustrações”, completa ela. A publicitária Lena Mattar, 31, por exemplo, viveu a aflição de não saber que rumo estava dando para sua vida. “Via amigos em profissões tradicionais e me comparava, já que tinha largado o marketing para estudar gastronomia sem saber o que faria com aquilo”, lembra. Depois de trabalhar em restaurantes e prestar assessoria de comunicação para clientes da área, ela entendeu que gostava mesmo de trabalhar com comida, mas faltava encontrar um sentido. Ao lado de quatro sócios, criou recentemente a Salsada, empresa que atua como ponte entre agentes responsáveis pela alimentação no Brasil. “Intermediamos o relacionamento entre pequenos produtores, veículos de comunicação, ONGs, patrocinadores, empresas e governo. Nosso objetivo é que empresas dialoguem com festas regionais, chefs de cozinha com pequenos produtores etc.”, resume. Hoje, sua inquietude passou. “Ainda é difícil fazer meus pais entenderem o que eu faço, mas tenho sorte de ser dessa geração que inventa profissões. Criei algo que mistura o que eu mais amo com algo que faz muito sentido para mim.” Às vezes é impossível unir tudo na mesma equação, mas sempre há alternativas. “Uma delas é buscar esse propósito em outras áreas da vida, como a família.
Outra, bem interessante, é conciliar o trabalho que te traz recompensas financeiras com uma atividade voluntária, que pode ser uma experiência poderosa”, afirma David Baker. A fonoaudióloga Mônica Azzariti, 45, que trabalha identificando vozes em interceptações telefônicas e analisando depoimentos, seguiu tal caminho. “Participei de operações em que contribuí para a condenação de policiais corruptos e senti que precisava ajudar esses profissionais”, conta. Paralelamente ao seu trabalho com perícia, Mônica passou a ministrar cursos de comunicação não violenta para os policiais das UPPs cariocas, ensinando-os a mediar conflitos e ter uma relação melhor com a comunidade. “Meu pagamento é o agradecimento dos policiais, os elogios dos moradores da comunidade e a certeza de que estou fazendo algo útil”, explica. E não precisa, necessariamente, fazer um trabalho com impacto social para encontrar o tal propósito. Seja qual for a profissão escolhida – de sapateiro a advogado –, se você sentir que veio ao mundo para isso, certamente estará espalhando o bem ao seu redor. “O importante é mergulhar dentro de si e fazer essa busca sem se importar com o conceito dos outros. Afinal, missão de vida a gente não cria nem copia, apenas identifica”, finaliza Ana Raia. REVISTA GOL 75
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bola
cheia
Descobertas gastronômicas, passeios para avistar jacarés e novas opções de hospedagem: não faltam bons motivos para ficar na Barra da Tijuca na próxima ida ao Rio de Janeiro POR ines garçoni FOtOs mari Caldas
Jardim Oceânico, “o bairro dentro do bairro”; Praia do Pepê (na pág. ao lado); e o restaurante Pobre Juan 76 REVISTA GOL
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ROTA RIO dE jAnEIRO “Sorria, você está na Barra”: a placa que dá boas-vindas aos visitantes não deixa dúvidas de que este bairro se vê como verdadeira cidade — e tentou até se emancipar, através de um plebiscito, em 1988. É fácil entender o por quê. Tudo na Barra da Tijuca, da natureza exuberante ao modelo de ocupação urbanística, passando pelo estilo de vida dos seus quase 150 mil moradores, é diferente do “outro” Rio de Janeiro, aquele do imaginário internacional. Aqui não há favelas, escolas de samba, prédios históricos; a locomoção se dá quase sempre sobre quatro rodas e a moradia padrão são grandes condomínios com escolas e até supermercados. Verdade seja dita: quase todo carioca considera o mar “de lá” mais bonito. Mas hoje a praia é só mais uma atração. Restaurantes, cinemas, casas de show e shoppings estão por toda parte. Os turistas — e os próprios cariocas — começam a descobrir que não é preciso sair daqui para se divertir. Um antigo morador faz uma analogia eficiente: “Somos Califórnia e Miami ao mesmo tempo. De um lado, vida saudável e esportes ao livre. De outro, grandes avenidas, carrões e prédios altos”. Georges Bittencourt, 49 anos, ex-surfista, saiu da zona sul aos 16 anos para adotar o que chama de lifestyle californiano. “A minha geração se mudou em massa para
Em sentido horário, a partir da foto ao lado: kitesurf na Praia do Pepê; a Ilha da Gigoia, onde se pratica standup paddle; a loja Mestre Cervejeiro, de rótulos artesanais; o bar Void; e Georges Bittencourt, morador da Barra
“somos califórnia e miami. De um laDo, viDa sauDável e esportes. Do outro, granDes aveniDas, carrões e préDios” georges bittencourt, morador da barra
cá, nos anos 80. Era só areia e mato”, lembra. Dono de uma empresa de transporte hidroviário, ele promove passeios na Lagoa de Marapendi, de 10 quilômetros de extensão, e que lembra o cenário do Pantanal. Na balsa, há moradores e turistas, que Georges busca em hotéis aos fins de semana. A Expedição Pantanal Carioca permite observar espécies como a garça moura, a maior do país, e até jacarés. “Todos saem impressionados com o tamanho e a beleza do lugar”, diz a bióloga Jamille Marques, uma das guias.
Dia e noite
Para conhecer melhor o modo de vida despojado da Barra, é preciso desbravá-la pelo Jardim Oceânico, um bairro dentro do bairro, que lembra alguns lugares da zona sul, 78 REVISTA GOL
como Ipanema e Leblon. Aqui o tempo passa devagar e tudo pode ser feito a pé. “Vou de casa ao trabalho, praia, academia, e ando de bike pela orla”, conta a chef Tati Lundi, 27, dona do restaurante .ORG, onde se come a feijoada vegetariana mais disputada da área. Flanar antes ou depois de assistir, e quem sabe praticar, o kitesurf na Praia do Pepê, não é programa (só) de turista, mas também de carioca. As ruas são estreitas, os carros transitam lentamente, os prédios são baixos e a brisa do mar cumprimenta quem caminha pelas calçadas largas. “Todo mundo se conhece”, diz Tati. Um ao lado do outro, na avenida Olegário Maciel, bares e restaurantes disputam a atenção dos passantes. Aos fins de semana, o agito entra pela madrugada. Na Void, por exemplo, misto de bar e loja de conveniência, a noitada vai até às 6 da manhã. Há lugares mais calmos, como o Mestre Cervejeiro, onde se pode escolher entre 250 rótulos artesanais — o dono, Luiz Guilherme de Pereira, recomenda um exemplar carioca, é claro: “Cerca de 20% do nosso estoque é da região, inclusive da Barra”, diz. “Quase tudo por aqui é novidade. Até a cultura cervejeira está começando.” Legado olímpico, o metrô é a principal arma dos comerciantes. Sua chegada valorizou recônditos pouco explorados, como a Ilha da Gigoia. Este paraíso agora se descortina pelas janelas do trem, assim que ele irrompe de um túnel para cruzar o céu da Barra sobre uma ponte estaiada. Para alcançá-lo, só de barco (saída do píer na avenida Armando Lombardi, 400), como fazem seus 3 mil moradores; carro não entra. O tempo aqui não passa devagar: simplesmente parou. Bares e restaurantes têm vista para barcos e pranchas de stand-up paddle, e é fácil esquecer o mundo lá fora. REVISTA GOL 79
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vocação gastronômica Do bar ao bistrô, uma seleção de pratos que você encontra pelos restaurantes da Barra 1. Costelinha com molho de goiabada
e pastel de angu, Aconchego Carioca 2. Língua de boi, Roman Izakaya 3. Chá
da tarde, CT Brasserie 4. Tartare de atum com abacate, Duo Trattoria 5. Chapa de frutos do mar e arroz, Laguna 6. Beijupirá, molho Bocuse e jus de
Em sentido horário, a partir da foto acima: Cidade das Artes; a galeria de arte Dom Quixote; e a chef Tati Lundi, do restaurante .ORG
No restaurante italiano Casa Simpson, há quem não queira ir embora. “As pessoas chegam para o almoço e ficam até o jantar”, diz Rita Simpson, que inaugurou o espaço em fevereiro, na casa onde mora há 20 anos. “Como muitos aqui na Ilha, resolvi mudar de área depois de me aposentar”, conta a ex-empresária de moda. Rita traz chefs da Itália, onde estudou, para fazerem residência na sua cozinha — em abril é a vez de Laura Mateucci. “O lugar fascina os gringos. Garças e caranguejos vêm no meu muro, dá para ver peixes.” O píer ao lado pertence ao premiado Laguna, da chef Neide Escobar, especializado em frutos do mar há 17 anos. Um dos sócios, o alemão Christian Haupt, 44, também mora aqui: “Nunca imaginei um paraíso como este ao lado do Rio”, brinca. Do píer, todos os caminhos levam à avenida das Américas, planejada pelo urbanista Lucio Costa em seu plano-piloto para a Barra, de 1969, e que recentemente ganhou um corredor de ônibus. Agora facilmente se chega à Cidade das Artes, complexo cultural de arquitetura imponente, projetado pelo francês Christian de Portzamparc. Aberta em 2013, tem biblioteca, espaço de leitura para crianças, teatro, sala de música de câmara e café. A vista alcança o horizonte, montanhas e o Bosque da Barra, ao lado, onde se pode caminhar, observar pássaros e os jacarés que habitam o lago.
vitelo, Bistrot Lapeyre 7. Tiradito de costela com chimichuri, Pobre Juan 8. Arroz negro com frutos do mar, Da Bela
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Junto e misturado
Para conhecer o modo de vida desPojado da Barra, é Preciso desBravá-la Pelo jardim oceânico, um Bairro dentro do Bairro 80 REVISTA GOL
Cinco quilômetros adiante, surge outro complexo: o Vogue Square interliga hotel, shopping, boate, restaurantes e bares. Aqui se exibe a versão suntuosa da Barra – 90% da população é de classe média alta. Portanto, não faltam opções gastronômicas e de hospedagem como as que o Vogue abriga. E elas se ampliam cada vez mais. Aqui, a rede internacional Best Western inaugurou seu primeiro hotel “fashion”, o Americas Premier, com décor assinado pela estilista Lenny Niemeyer e um restaurante de Bela Gil, o Da Bela — também responsável pelo REVISTA GOL 81
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aLém mar 1• Lagoa de Marapendi 2• Vogue Square 3• CasaShopping 4• Praia do Pepe 5• Ilha da Gigoia
Acima, piscina do hotel Best Western by Lenny Niemeyer
Voos para o rio de janeiro — GoL oriGeM
saída
CheGada
Vitória (VIX)
18h25
19h25 (SDU)
São Luiz (SLZ)
17h10
20h30 (GIG)
Curitiba (CWB)
19h18
20h30 (GIG)
Belém (BEL)
12h50
16h20 (GIG)
Belo Horizonte (CNF)
19h35
20h50 (SDU)
Acesse www.voegol.com.br para mais opções de voos ou consulte seu agente de viagens. Voos sujeitos a alteração sem aviso prévio.
Onde ficar
Grand hyatt Av. Lúcio Costa, 9.600. Tel.: (21) 3797-1234. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 512. riodejaneiro.grand.hyatt.com. Venit + Mio Av. Embaixador Abelardo Bueno, 2.710. Tel.: (21) 3993-9000. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 281. hotelsone.com. Best Western Av. das Américas, 8.585. Tel.: (21) 3609-3300. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 391. bestwestern.com.br.
Onde comer
.orG Av. Olegário Maciel, 175, Loja G. Tel.: (21) 2493-1791. orgbistro.com.br. Casa siMpson Ilha da Gigoia, s/n. Tel.: (21) 99991-8575. LaGuna Ilha da Gigoia, s/n. Tel.: (21) 24951229. restaurantelaguna.com.br. Bistrot Lapeyre Av. das Américas, 8.585.
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menu de café da manhã. O Bistrot Lapeyre, premiado pela Veja Rio como o Melhor Francês do Rio, abandonou o Centro. “Aposto no crescimento do bairro. Além de ser agradável para trabalhar, é seguro e tem menos trânsito”, diz o chef Ricardo Lapeyre. Ao lado, na filial da escola de culinária Prosa na Cozinha, de Manu Zappa, com sede no Jardim Botânico, chefs da zona sul dão aulas. Por fim, a gastronomia do celebrado Shin Koike, japonês radicado em São Paulo, também ganhou duas casas no Vogue: o Roman Izakaya e o Shin Koike. Passear pela Barra e não fazer compras é uma heresia. Alguns shoppings oferecem experiências pouco comuns. No CasaShopping uma galeria de arte faz inveja a muitos museus: a Dom Quixote exibe obras de Tarsila do Amaral, Burle Marx, Tomie Ohtake e Portinari, além de Picasso e Degas. E no VillageMall, de alto luxo, a praça de alimentação abriga uma filial do Aconchego Carioca, da chef Katia Barbosa, inventora do bolinho de feijoada: “Neste lugar chique tem gente gritando ‘manda mais um chopp!’, tipo boteco de rua”, diz. Na melhor definição de “tudo junto e misturado”, ao lado estão a churrascaria Pobre Juan, com vista para a lagoa, e o CT Brasserie, de Claude Troigros, onde uma pâtisserie oferece chá da tarde em ambiente de bistrô. É exatamente esta miscelânea típica da Barra da Tijuca que faz dela um universo particular, um “outro” Rio de Janeiro, igualmente colorido e diverso.
Tel.: (21) 3030-9096. bistrotlapeyre.com.br. prosa na Cozinha Av. das Américas, 8.585. Tel.: (21) 3449-1002. prosanacozinha.com.br. Ct Brasserie Av. das Américas, 3.900. Tel.: (21) 3252-2777. ctbrasserie.com.br. poBre Juan Av. das Américas, 3.900. Tel.: (21) 3252-2637. pobrejuan.com.br. aConCheGo CarioCa Av. das Américas, 3.900. aconchegocarioca.com.br. shin KoiKe Av. das Américas, 8.585. Tel.: (21) 3030-9092. shinkoike.com.br. roMan izaKaya Av. das Américas, 8.585. Tel.: (21) 3030-9092. romanizakaya.com.br. duo trattoria Av. João Cabral de Mello Neto, 850. Tel.: (21) 3550-0587. duotrattoria.com.br.
O que fazer
eCoBaLsas Passeio pela Lagoa de Marapendi. Av. Lúcio Costa, s/n. Tel.: (21) 97002-1899. ecobalsasrio.com.br.
GaLeria doM Quixote Av. Ayrton Senna, 2.150, bloco H. Tel: (21) 2438-7551. galeriadomquixote.com.br. Cidade das artes Av. das Américas, 5.300. Tel.: (21) 3325-0102. cidadedasartes.org. BosQue da Barra Av. das Américas, 6.000. Tel.: (21) 3151-3428. Void GeneraL store Av. Olegário Maciel, 130. Tel.: (21) 3007-9107. Mestre CerVeJeiro Av. Olegário Maciel, 135, loja E. Tel.: (21)3177-1452. mestrecervejeiro.com.
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EScApAdA SuL dE fLORIAnópOLIS
Dunas e vegetação nativa protegem a Praia do Campeche
Nosso Norte é o sul 84 REVISTA GOL
Na contramão dos turistas que visitam Florianópolis, o lado sul da ilha reúne história, natureza selvagem, clima de sossego e bons causos POR raquel ribeiro fOtOs claus lehmann
REVISTA GOL 85
EScApADA DEScObERTAubATubA búzIOS
Uma praia deserta aqui, uma lagoa protegida pela vegetação natural acolá, parte da história de Florianópolis logo ali. Entre essas atrações, serras, costões rochosos e até o mar. É por estar relativamente isolado, se comparado ao norte da ilha, que o sul se mantém tranquilo mesmo nos meses lotados. O passeio pela região pode começar pela Ilha do Campeche, aquele pedaço de terra que se faz notar ainda da janela do avião. Em dias de ondas leves, há quem atravesse a nado. A maioria dos visitantes, no entanto, chega de barco ou lancha – há passeios saindo das praias Armação e Campeche ou da Barra da Lagoa – e usufrui de uma prainha de areia branca e água turquesa. Aos interessados em arqueologia, uma trilha conduz ao leste da ilha, de costões rochosos e mar bravio, onde está sinalizada parte importante da história da ocupação da terra. Registros dos tempos de caça às baleias, da presença de sambaquis, dos índios carijó e tupiguarani e até de povos pré-históricos levaram ao tombamento do local. O Iphan, órgão administrador, determina um limite de 800 visitantes ao dia e estabelece regras de proteção ambiental. Bom para a natureza e melhor para o turista, que, mesmo em pleno verão, pode usufruir de uma bela praia com certo sossego. “A hospitalidade faz parte do nosso DNA. A gente tem turismo, mas não de massa. Por isso pode receber bem”, afirma Douglas Cadorin, 23 anos, guia da região. Quem busca sossego completo, porém, deve seguir para Ribeirão da Ilha, bairro no extremo sul de Floripa que se estende ao longo da orla, onde as águas são mansas e o tempo, preguiçoso. “Costumo dizer que existem dois ‘sul’, o de mar aberto e o da baía”, enfatiza Marco Antônio de La86 REVISTA GOL
cerda, 55, sócio-proprietário da Pousada do Museu. Expert em fatos históricos do destino, esse “manezinho” – como se definem os locais, donos de sotaque peculiar e imensa simpatia – conta que os primeiros navegadores chegaram em 1506. Vinte anos depois, aportou o veneziano Sebastião Caboto, que deu início à construção de um acampamento. A efetiva colonização se deu com a migração açoriana (por volta de 1750): “O português dos Açores trouxe seus cultivos e ensinou o índio a caçar baleia; o índio o ensinou a pescar de caniço e lhe apresentou a mandioca. A herança dessa mistura é a renda de bilro, a festa do Boi de Mamão e a nossa forma carinhosa de ser”. Marco Antônio diz que os açorianos consideram Florianópolis a sua décima ilha; e que, em termos arquitetônicos, Ribeirão da Ilha é especialmente açoriana. O café e loja de souvenir Tens Tempo traduz em pequenos mimos e gostosuras essa influência lusitana: cerâmica delicada, plaquinhas de azulejo, artesanatos e... clássicos doces portugueses! Brisas do conde e Pastel de Belém (ambos R$ 10) são capazes de arrancar suspiros. Jaime José de Barcelos, dono do local e do restaurante Ostradamus, logo em frente, sugere como souvenir espirituoso a Cachaça da Bruaca, produzida em seu alambique.
O Ostradamus fica na chamada vila gastronômica, uma série de simpáticas casas que servem frutos do mar fresquíssimos, em especial as ostras cultivadas aqui mesmo, à beira-mar. A iguaria é tradicionalmente servida in natura, mas o carro-chefe é a versão gratinada. Na atmosfera tranquila da baía, os restaurantes oferecem também peixes, camarões, carne de siri, lula, polvo e mariscos, atraindo turistas e moradores de todos os lados da ilha, durante o ano inteiro. Querendo, dá para estender o almoço até a hora do jantar, já que o prato que batiza o Moqueca da Ilha (R$ 155), restaurante de decoração ímpar, é delicioso.
Siga a trilha
O lado aventureiro do sul da ilha ainda reserva praias acessíveis apenas por mar ou trilha, como a Naufragados. No final da longa Baldicero Filomeno (rodovia que atravessa o Ribeirão da Ilha), tem início
um trecho bem sinalizado, sombreado pela mata e entrecortado por dois riozinhos de água revigorante, que conduz à areia. Após 40 minutos de caminhada leve, surge a enseada onde, em 1753, afundou uma embarcação que trazia açorianos. Parte dos sobreviventes construiu aqui um vilarejo, com plantações e engenho. Hoje a comunidade se reduz a poucos moradores, incluindo pescadores, dois restaurantes simples e uma trilha que leva ao farol e às ruínas de um forte. De volta à rodovia, basta entrar na Chico Alambique, uma estrada de terra que atravessa o Sertão do Peri, entre a Costa de Dentro e a Costeira do Ribeirão, para ir em busca de novos cenários. A recompensa da subida é uma vista ampla do oceano, uma cachoeira com pocinho e a célebre Cachaça do Zeca. Pícaro, provocador e incansável contador de casos, o dono do alambique oferece talagadas do Delegado (pura), da Senhora (com canela) e, a melhor de
todas, da Sogra (com pimenta). Por R$ 25, leva-se a garrafa do sabor escolhido. O alambique reina solitário na serra – antes coberta por plantações de café e cana-de-açúcar – desde que o local virou uma unidade de conservação. Pertinho daqui está Zita Francisca Jaeger, 56, cozinheira e moradora de uma das raras casas do Sertão do Peri. Do alto do deque, ela mostra a planície e aponta o longo trecho de pasto seguido de alguns plantios ao pé da serra, um quadro bem colonial. E comenta: “A vantagem de morar na capital é continuar morando na colônia”. Vinda do Rio Grande do Sul, ela relembra sua chegada a Florianópolis em 1995: “Deixamos o mato crescer e levantamos a casa em harmonia com o espaço”.
VOOS PArA fLOrIAnóPOLIS (fLn) — GOL
“A HOSPITALIDADE fAz PArTE DO nOSSO DnA” douglas cadorin, guia da ilha do campeche
Em sentido horário, a partir da foto à dir.: o prato que dá nome ao restaurante Moqueca da Ilha; pôr do sol em Ribeirão da Ilha; café e loja Tens Tempo; Douglas Cadorin, guia da Ilha do Campeche; e trilha do local
origEM
saída
chEgada
São Paulo (CGH)
07h50
09h00
São Paulo (GRU)
09h55
11h10
Rio de Janeiro (GIG) 07h25
08h56
Porto Alegre (POA)
06h07
07h05
Buenos Aires (EZE)
11h55
13h45
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EScApAdA SuL dE fLORIAnópOLIS
na trilha 1• Naufragados 2• Solidão 3• Pântano do Sul 4• Lagoinha do Leste 5• Lagoa do Peri 6• Armação 7• Ilha do Campeche
AgrAdecimentos: Pousada do Museu - pousAdAdomuseu.com.br tel -(48) 3237-8148
Em sentido horário, a partir da foto acima: Píer da Armação; os famosos recados do Bar do Arante; Pousada do Museu; e Zita Jaeger, moradora do Sertão do Peri
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Harmonia. O tempo, arquiteto paciente que moldou o sul da ilha, certamente foi pautado pelo mesmo princípio. Descendo a serra a pé, pelo caminho que leva à Cachoeira do Peri, surge um novo cenário: a ampla e doce Lagoa do Peri, manancial e área de preservação ambiental que é uma bênção para os moradores do sul da ilha. Piquenique, sim. Churrasco, não. Programa preferido de friorentos (a água é mais quente do que a do mar) e de pais de crianças pequenas, a lagoa ainda agrada os adeptos de caiaque e stand-up paddle (SUP). A entrada oficial da Lagoa do Peri fica a poucos metros da Arma-
Onde ficar
Pousada do Museu Rod. Baldicero Filomeno, 10.100, Ribeirão da Ilha. Tel.: (48) 237-8148. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 198. pousadadomuseu.com.br. aruna eco sPa Estrada Sertão do Peri, 390. Tel.: (48) 33387890. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 190. arunaecospa.com.br.
ção, praia de ondas fortes no canto esquerdo e capaz de virar piscina na outra ponta. Assim denominada por ter sido local de atividade baleeira (abate e processamento), hoje é point de surfistas e pescadores artesanais, que se contentam com animais pequenos e estendem suas redes sem pressa. Assim como no Ribeirão, o bairro tem vida própria e mais lembra um povoado antigo, com direito a igreja, praça e, na charmosa ilhota das Campanhas, um píer, de onde saem as embarcações para a Ilha do Campeche. Um pouco mais ao sul, uma ponte de pedestres leva à curta trilha para o Matadeiro (mais uma triste referência às baleias), uma das mais bonitas e preservadas praias de Floripa. O conjunto – vila, barcos, praias, pedras e ilhota – é programa para o dia inteiro, mas reserve um tempo para passar pelo Pântano do Sul. No geral, as moradias daqui são casas de pescadores, que vivem em maio seu momento mais glorioso: o início da
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pesca da tainha. A abertura da temporada é marcada por missa, festa e alegria; unindo manezinhos e turistas, gastronomia e tradição. E, para não passar vontade, reserve um tempo para provar o prato de frutos do mar (R$ 169 para duas pessoas) no Bar do Arante. Na casa mais disputada da praia, Amarildo Monteiro, 54, um dos filhos do falecido Arante, explica a tradição que deu fama ao bar: recados, milhões de recados, escritos desde a década de 70, parte deles pendurados nas paredes e teto do bar. “Mochileiros passavam por aqui e queriam avisar para amigos aonde iriam. O pai colocou um mural e assim começou. A cachaça sempre foi cortesia da casa. Bebendo e olhando para esse visual, todo mundo vira poeta”, brinca.
rancho açorIano R. Baldicero Filomeno, 5.634, Ribeirão da Ilha. Tel.: (48) 3337-0848. http:// ranchoacoriano.com.
Moqueca da Ilha Rod. Baldicero Filomeno, 7.487, Ribeirão da Ilha. Tel.: (48) 3232-7676.
O que fazer
ostradaMus Rod. Baldicero Filomeno, 7.640, Ribeirão da Ilha. Tel.: (48) 3337-5711. ostradamus.com.br.
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Onde comer
Bar do arante R. Abelardo Otácilio Gomes, 254, Pântano do Sul. Tel.: (48) 3237-7022. bardoarante.com.br.
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Ilha do caMPeche Saídas da Armação (R$ 90), tel.: (48) 99902-3233 / 98430-4097; ou do Campeche (R$ 120), tel.: (48) 9824-8924 / 9997-3394.
ecoMuseu Pousada do Museu. Ingresso: R$ 6. Agendar pelo tel.: (48) 3237-8148.
Alugue um carro
localIza Só na GOL você acumula milhas na reserva do carro e ainda ganha upgrade na categoria econômica. Reserve agora: voegol. com.br ou 0300-115-2121.
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ExEcuTIVA
deu
caldo Há 19 anos, quando empreender não era palavra da moda, a carioca Cristiana Beltrão criou a Bazzar, marca que inclui restaurante, cafés e uma linha de produtos com sabores brasileiros e já ganhou clientes como a Amazon e a Harrods. Agora, quer conquistar novos territórios POR Rafael Tonon fOtOs luiz maximiano
Cristiana Beltrão, fundadora da Bazzar, em seu restaurante em Ipanema 90 REVISTA GOL
REVISTA GOL 91
EXECUTIVA Um caderno mostra a conta: foram 35.578 refeições em mais de 25 países. “Isso prova o tamanho da minha obsessão”, brinca a dona das anotações, a carioca Cristiana Beltrão. Ela é a fundadora da Bazzar, marca com sede no Rio de Janeiro que fatura R$ 22 milhões ao ano com restaurante, cafés e uma linha de molhos, coberturas e sobremesas. Tudo começou em 1998, quando a então analista de mercado resolveu transformar o hobby em negócio. “Saía para comer pelo menos quatro vezes por semana. Pesquisando sobre o assunto, surgiu a ideia de ter uma marca, que começaria como restaurante”, conta. Juntou-se a André Paraizo, antigo colega de trabalho, e com investimento de R$ 1 milhão, em recursos próprios, inauguraram o Bazzar em um ponto na Lagoa Rodrigo de Freitas. No cardápio, receitas da cozinha brasileira, feitas a partir de ingredientes frescos e sazonais, iniciativa pioneira na época. “A proposta era traduzir o estilo de vida do Rio, despojado e vanguardista”, explica ela, que ocupa o posto de diretorageral de marca e qualidade enquanto o sócio responde como CEO. Em quase 20 anos de história, o Bazzar se tornou um case de sucesso, amealhando prêmios em publicações especializadas. Vão desde melhor carta de vinhos até melhor ambiente (em 2004 o restaurante da Lagoa mudou para Ipanema).
Além desse reconhecimento, o fato de manter-se vivo no mercado há tanto tempo é mesmo um feito. No Brasil, 35% dos empreendimentos do setor fecham antes de completar um ano, segundo números da Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. A marca chega a quase 50% quando o prazo aumenta para dois anos. E, se falarmos em uma década, apenas três de cem sobrevivem. “Acredito na busca incansável por inovação e qualidade”, diz Cristiana. Essa inquietação levou à abertura de mais duas unidades do Bazzar, o Lado B, em 2002, e o Café Bazzar, em 2006. Ambos dentro da Livraria da Travessa – em Ipanema e no Leblon. O crescimento veio acompanhado de novos desafios: “Os cafés atendem mais de 20 mil clientes por mês, enquanto o restaurante, 5 mil”, explica Ana Krebs, diretora comercial e de operações. “Tivemos que criar auditorias internas e aumentar os funcionários”, diz ela.
Em casa
Quando perceberam que era possível crescer, os sócios tiveram a ideia de criar uma linha de produtos com base nos sabores da cozinha Bazzar para vender nas unidades. “Percebemos que
A partir da foto ao lado, no sentido horário: ambiente da filial Lado B, na Livraria da Travessa, em Ipanema; os sócios Cristiana Beltrão e André Paraizo; e a salada com brotos verdes orgânicos do Bazzar
terceirizar seria um risco de qualidade e de perda de estoque”, diz Cristiana. Era 2011 e a solução foi investir na produção própria. “Com uma fábrica, o crescimento não teria limite e a qualidade poderia ser controlada.” Pela logística, escolheram São Cristóvão, região industrial do Rio, para instalar a fábrica, que demandou investimentos de cerca de R$ 4 milhões. Em 2012, começaram a sair do forno molhos, coberturas e sobremesas. Barbecue, teriyaki e damasco foram os primeiros a serem lançados. Hoje, a linha inclui 14 molhos, como churrasco, moqueca e curry; 6 coberturas – goiaba, açaí, chocolate, café com chocolate, caramelo e framboesa –; 4 sobremesas – goiabada, bananada, foundue de chocolate e brigadeiro –; e 2 tipos de café. Em média, 8 toneladas desses itens saem da indústria por mês.
PALADAR APURADO
Conheça os restaurantes que inspiraram a empresária Cristiana Beltrão na criação da marca Bazzar
No mundo
A produção seguia a demanda do mercado, mas em 2013, acelerou depois que Cristiana recebeu uma ligação de uma executiva do Le Bon Marché, uma das principais redes de departamento da França. A Bazzar tinha sido uma das 54 marcas escolhidas para participar de um festival (a curadora do evento, uma brasileira que mora em Paris, fez a indicação). Se a marca vendesse bem, teria a chance de continuar na La Grande Épicerie, templo da gastronomia parisiense.
ESTIATORIO MILOS (NOVA YORK) “Tem um conceito de arquitetura contemporânea e trabalha com ingredientes simples. Foi a base da abertura do Bazzar Lagoa” MILOS.CA/RESTAURANTS/NEW-YORK
“Não tínhamos nada preparado para exportar. Em menos de um mês estudamos tudo sobre o assunto.” Para convencê-los de que merecia ficar, Cristiana criou um cartão de visitas com foto de Ipanema, aplicou uma essência com aroma de mar e distribuiu a quem passou pelo Le Bon Marché naquelas semanas. Resultado: a Bazzar vendeu bem e foi uma das três selecionadas para ficar. “Isso nos abriu caminho para o mundo em lojas como Harrods, em Londres, e em mercados de Nova York e Tóquio”, conta. Segundo Raquel de Almeida Salgado, presidente executiva da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas – ABBA, a brasilidade é um conceito que encanta os consumidores gringos. “E os produtos da Bazzar transmitem bem isso”, avalia. Não à toa, Cristiana e André optaram por entrar no mercado internacional com sabores como goiabada e bananada.
TAPAS 24 (BARCELONA) “No Lado B tínhamos mesa comunitária com pequenos pratos, inspirada nas brincadeiras de lá” CARLESABELLAN.COM/MIS-RESTAURANTES/
COMER, COMER
Os números da Bazzar 200 funcionários
14 molhos e 6 coberturas
R$ 22 milhões de faturamento (ano)
4 sobremesas
65% de vendas no Brasil
2 tipos de café
35% de vendas no exterior
8 toneladas de produtos produzidos por mês
92 REVISTA GOL
“O BRASIL ESTÁ EVOLUINDO NO INVESTIMENTO DE BONS INGREDIENTES E NA OFERTA DE PRODUTOS QUE REFLETEM A DIVERSIDADE CULINÁRIA” RAQUEL SALGADO, PRESIDENTE EXECUTIVA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS EXPORTADORES E IMPORTADORES DE ALIMENTOS E BEBIDAS
TAPAS-24/
ENOTECA DECANTER (MILÃO) “Vi na enoteca Decanter pela primeira vez cardápios harmonizados com cerveja. Usei de referência para fazer o mesmo no Bazzar” VIA LODOVICO CASTELVETRO, 20. TEL.: +39 02 345 1701
HOTEL ONE ALDWYCH (LONDRES) “Foi onde vi pela primeira vez um cardápio do programa do governo inglês Eat Local [que prevê o uso de ingredientes locais]. Desde então aderi ao conceito em todos os restaurantes” ONEALDWYCH.COM
REVISTA GOL 93
executiva
“acredito na busca incansável por inovação e qualidade” cristiana beltrão, fundadora da Bazzar
Recentemente, o molho de moqueca e a cobertura de goiaba passaram a ser vendidos na Amazon, resultado de um acordo fechado por um representante de Nova York.
Made in Rio
De acordo com André, as exportações, que representam 35% das vendas da linha, começaram tímidas há cinco anos e “engataram” há três. “Nesse período, o crescimento foi de 30% ao ano. As compras do mercado externo são em volumes maiores, mas menos frequentes”, explica ele. A expectativa é de um crescimento de 10% a 15% em relação ao ano passado. A projeção de André vai ao encontro dos números: de acordo com dados da ABBA, em 2016 as exportações de alimentos e bebidas industrializados no Brasil cresceram 77,1% e atingiram a marca de US$ 49,5 milhões 94 ReviSta GOL
para 62 diferentes destinos. “O Brasil está evoluindo no investimento de bons ingredientes e na oferta de produtos que refletem a diversidade da culinária”, avalia Raquel Salgado. Segundo ela, responsável também pelo Brazilian Flavors, projeto que abre espaço para empresas brasileiras no mundo, há uma demanda por produtos nacionais por representarem sabores incomuns. Além disso, reforça Cristiana, a “marca Brasil” costuma ser associada ao natural, alegre e criativo: “Esses atributos já vêm à cabeça do cliente quando leem no pote ‘made in Rio de Janeiro’”. Nesse sentido, trabalhar sem conservantes químicos foi uma decisão estratégica. “Não teríamos a Bazzar na nossa linha se não fosse por esse detalhe”, afirma Hugo Facchin, diretor de produtos da Eat the World, serviço americano de assinaturas de itens gourmet.
O desafio, agora, é superar as barreiras da infraestrutura, cumprindo prazos e regras de sanitização. “Ter o certificado da APPCC (Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle), que abrange o controle dessas questões, foi determinante, por exemplo, para entrar em clientes como Marks & Spencer, em Londres”, conta Carolina Goulart, diretora de operações industriais da Bazzar. Presente em quatro países (Estados Unidos, França, Inglaterra e Japão), a Bazzar quer agora aumentar o número de exportações – que representam 13% do faturamento.“Precisamos correr três vezes mais que um produto gringo. Estamos tentando construir a cultura de um Brasil gourmet. É a nossa missão, teimosia e obsessão”, diz Cristiana. Com o bloquinho em mãos, ela vai fazendo sua tarefa.
via aérea
o paradoxo da esColha Encontrou 467 hotéis na sua busca por hospedagem? Ter opções demais pode ser mais frustrante do que não ter opção nenhuma
Que maravilha procurar um quarto de hotel pela internet: são centenas de opções. Que desgraça procurar um quarto de hotel pela internet: são centenas de opções. A superabundância de possibilidades é angustiante. Um experimento já clássico de psicologia social se lambuzou nessa batelada de alternativas. Sheena Iyengar, pesquisadora da Columbia Business School, preparou duas mesas para vender geleias em uma loja. Numa delas, oferecia seis sabores. Na outra, 24. Sim, a mesa mais farta atraía um número maior de pessoas. Mas, depois de provar os doces, os consumidores da mesa com menos variedade tinham dez vezes mais chance de comprar alguma geleia. Dez vezes! Nesse caso, mais é menos – mais opção significa menos decisão. Agora você entendeu por que fica pulando do Trip Advisor pro Booking, do Booking pro site da revista de turismo, do site da revista de turismo pro Expedia, do Expedia pro blog de viagem e do blog de viagem de volta pro Trip Advisor, num looping infinito madrugada adentro. Clica lá, clica ali, clica aqui. E os algoritmos botando pressão: tem outras 147 pessoas de olho no mesmíssimo
quarto neste exato momento. É o último quarto disponível. Se pagar agora, ainda ganha 10% de desconto. Rápido, quanto dá 230 square feet em metros quadrados? Ótimo, pode reservar. Peraí, sem precipitação. Vale uma última espiada nas avaliações dos usuários. Vixe. Como pode tanta gente dizer que é o melhor hotel de todo o universo conhecido, excelente localização e
“Como pode tanta gente dizer que é o melhor hotel do universo, enquanto outros juram que foi a pior experiênCia da vida?” 96 reviSTa GOL
staff atencioso, enquanto outros tantos juram que foi a pior experiência da vida, longe pra burro de qualquer coisa minimamente interessante e concierge treinado na Gestapo? Melhor fuçar mais. E mais. E mais um pouco. Com tantas opções, aumenta nossa expectativa de perfeição. Só que a busca do quarto perfeito é como a busca por qualquer coisa perfeita: inútil. Barry Schwartz, autor de O paradoxo da escolha, resume essa caçada insana como “a receita para a infelicidade”. E ainda nem deu tempo de olhar direito o Airbnb. Fernando Luna é jORnalista e está na dúvida se fica em chelsea, UPPeR east side, WilliamsbURg OU desiste lOgO da viagem a nOva yORk.
ilustração francisco martins
POR Fernando Luna
vai que dá
em mim e em você A superação está em cada um de nós POR fernando fernandes
meu corpo e minha alma. Mas a superação é parte da vida de qualquer pessoa. E para enxergá-la nem é necessário tanto esforço. É só mudar a lente que muitas vezes faz com que as pessoas se sintam pequenas em suas conquistas. Como menosprezar a luta de uma mãe ou um pai que sai de casa todos os dias e encara as condições mais adversas para dar o melhor para o seu filho, que pode ser um dependente químico ou ter uma série de proble-
“praticar atividade física faz parte de quem eu sou. por que seria diferente depois do acidente?” 98 ReviSTa GOL
mas que faria a maioria das pessoas desistir logo de cara? Não estou aqui querendo diminuir minhas vitórias e a minha luta diária. Só eu sei o quanto me custa e prezo tudo isso, mas vale lembrar e reconhecer que a superação está por todos os lados, em cada um de nós. Basta abrirmos os olhos para não deixaros exemplos passarem. fernando fernandes É PARACANOÍSTA TETRACAMPEÃO MuNdiAl.
ilustração francisco martins
Durante esses sete anos pós-acidente, que me deixou sem o movimento das pernas, uma expressão tem sido recorrente quando se referem a mim: “exemplo de superação”. Quando as pessoas te dão um rótulo, seja ele qual for, é natural que haja uma reflexão a fim de entender o significado que isso pode ter na sua vida. No caso da tal “superação”, acho que está ligada ao fato de eu realizar coisas que a maioria das pessoas não imagina ser possível na minha condição. Sempre amei atividade física e praticá-la na intensidade máxima faz parte de quem eu sou. Ora, por que seria diferente depois do acidente? Será que por estar em uma situação que pode parecer desvantajosa em relação às pessoas sem deficiência eu tenho que me conformar e fazer o que todo mundo espera que eu faça? A questão é que eu preciso criar adaptações para conseguir as coisas que eu quero – o que não tem nada a ver com o fato de estar em uma cadeira de rodas, mas com satisfazer o que eu mesmo espero de mim, que não é menos que dar o meu melhor. Se eu quero saltar de paraquedas sozinho, andar de motocross ou de caiaque no mar, crio meios para isso. Isso é parte das coisas que sempre amei fazer e, agora, também de uma busca incansável por liberdade, capacidade e conquistas que alimentam
bem viver
na incerteza
Treinar o desapego é cultivar a felicidade por MáRCIA DE LUCA
100 REVISTA GOL
Agora mesmo, durante este voo, feche os olhos, mantenha a coluna ereta e inspire profundamente. Aos poucos, relaxe seu corpo. Com cada novo ciclo respiratório, aprofunde sua visualização dos milagres que desabrocham a partir do seu poder, transformando a sua existência. Desapegar é um ato de sabedoria, uma prova de fé. Pratique o desapego e seja mais feliz. Tudo na vida está em constante movimento. E, após todos esses anos escrevendo a coluna Bem viver, sigo meu caminho em outras direções. Quero deixar aqui a minha gratidão e, lembre-se sempre, ao nos tornarmos pessoas melhores, faremos juntos a diferença para um mundo melhor! Márcia De Luca é especialista em ioga e meditação e autora do livro AyurvedA — A CulturA de bem viver. para contatá-la, escreva para marcia@marciadeluca.com.br.
“O apegO existe apenas em uma cOnsciência pObre, que duvida dO própriO pOder” ilustração francisco martins
Em geral, temos o hábito de nos manter apegados às mágoas do passado e às inseguranças do futuro. E vivemos assim: agarrados ao que conhecemos e temendo o novo. Essa postura gera muito estresse em um mundo que é, por definição, impermanente. É hora de treinarmos a lei do desapego, abrindo nossa vida para o desconhecido. No momento em que você se desliga do resultado da sua intenção e do seu desejo, você de fato confia no seu poder e no do universo. A partir daí, a energia da transformação é acionada para que tudo aconteça com fluidez. O apego existe apenas em uma consciência pobre, que duvida do próprio poder. Mergulhe no desconhecido sem temor, lembrando que a incerteza é o campo fértil da criatividade e da liberdade. A cada dia, tome o compromisso de treinar o desapego. Permita a si mesmo e aos outros a liberdade de serem o que são – sem julgamentos nem imposições. Treine o conceito de que a incerteza é um ingrediente essencial do novo. Uma vez que você se sinta confortável com ela, soluções aparecerão espontaneamente.
O melhOr da itália é aqui
NO TABLET
EM SEQUÊNCIA
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Giro
Marcello Antony (acima) fala sobre sua nova hamburgueria, Yámã, e a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Da terra
Descubra outros ingredientes usados na culinária indígena.
Um cafezinho Conheça o café do Sesc Paço da Liberdade, em Curitiba.
Ora, pois
O ator Ricardo Pereira dá mais dicas de programas em Lisboa.
É o amor
Confira mais fotos da exposição Summer of Love, em San Francisco.
Baixe o aplicativo da revista GOL para tablets na App Store (para iOS, a partir da versão 8) e na Google Play (para Android, a partir da versão 4.0.3 e com tela de pelo menos 7 polegadas). É gratuito. 102 REVISTA GOL
Rapidinho
Assista aos trailers de Pitanga e de Vermelho russo.
106 mEnu a boRdo 108 funcionáRio 110 smilEs
O DESEMPENHO DOS SEUS NEGÓCIOS E O BEM ESTAR DA SUA FAMÍLIA NÃO PERMITEM IMPROVISOS
112 gollog 113 sua viagEm mais pERto 114 novos voos 115 mapa dE Rotas
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Mais serviço de bordo Sabia que voos entre Congonhas e Santos Dumont e em rotas internacionais há um cardápio exclusivo e gratuito? Confira
NOVOS SABORES PARA VOCÊ
GOL inclui no cardápio de bordo produtos sem glúten e lactose
106 REVISTA GOL
Na gol premium
além de não pegar fila no check-in e outros benefícios, quem voa na classe gol Premium, disponível para os voos internacionais, conta com diferenciais no serviço de bordo. de acordo com a duração do voo, são oferecidas opções quentes – lanches ou refeições – acompanhadas por sobremesas e bebidas, incluindo vinho branco e tinto da produtora Miolo, a maior vinícola do país e parceira da gol. Na classe econômica, a alimentação também é gratuita.
4 5
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3
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1. estrogonofe, batata e arroz 2. açaí Frooty 3. purê de frutas pic-me 4. Sanduíche misto especial de fotos divulgação fOtOS diVulgAçãO
A GOL ampliou e diversificou o seu serviço de venda a bordo e agora o cliente encontrará nos voos nacionais um renovado cardápio com mais de 20 produtos diferentes, incluindo produtos sem glúten e sem lactose, como chips de batata-doce e purê de frutas Pic-me. Entre as novidades que o cliente GOL poderá experimentar estão pratos quentes para refeições, como estrogonofe de frango com arroz e batata e o sanduíche misto especial de peito de peru e queijo, disponíveis em voos com duração superior a 1 hora e 15 minutos. O menu ainda passa a contar também com açaí e saladas. “A GOL está sempre atenta às necessidades dos clientes e às tendências de alimentação para sempre poder inovar o cardápio de bordo”, diz Carolina Trancucci, gerente de produtos da companhia. “Nos baseamos tanto nas preferências quanto em suas restrições alimentares.” Entre as bebidas, as novidades são a Schweppes Citrus, o chá gelado RIO e o achocolatado Toddy, atendendo a variados gostos. Além disso, quem voa com a GOL pode tomar vinhos da Casa Valduga, cerveja Heineken, sucos Del Valle, água de coco e refrigerantes Coca-Cola. Todos os itens são oferecidos conforme duração e horário dos voos e podem ser consultados no cardápio localizado no bolsão da poltrona. O serviço gratuito da GOL, com as opções de snack salgado Tribos ou minicookies doce, ambos da Mãe Terra, continua a ser oferecido em todos os voos domésticos.
peito de peru e queijo 5. Salada de alface, cenoura,
rúcula, abobrinha e tomate 6. Chips de batata-doce pic-me
Na poNte aérea
opções gratuitas, criadas para cada horário do dia: • das 6h às 9h40: Minissanduíches ou bolos caseiros, servidos com café, água, suco ou refrigerante. • das 9h40 às 15h40: snack integral ou minicookies integrais (ambos com ingredientes orgânicos) da Mãe terra, servidos com café, água, suco ou refrigerante. • das 15h40 às 23h: Wraps, croissant (acima), enroladinhos e minissanduíches, servidos com café, água, suco ou refrigerante.
REVISTA GOL 107
funcionário
VOLunTáRIO pOR ESpORTE
Em Congonhas, Jair Jorge de Matos atende clientes com prioridade; fora do aeroporto, dá aulas de tênis para pessoas carentes Por larissa faria foto fernando garcia lago
Sandro Testinha
Fernando Fernandes
Hans Dieter Temp
Miguel Lago e Alessandra Orofino
Jair, no Aeroporto de Congonhas
O nome dele é Jair Jorge de Matos, 45 anos, mas, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é conhecido como “Bença”. “Porque estou sempre agradecendo, dando bênção por tudo”, conta Jair, que se tornou atendente de Prioridade há sete meses – está na GOL há cinco anos. No cargo atual, auxilia cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais, idosos e menores desacompanhados, a se locomoverem no aeroporto. “No percurso entre o saguão e a aeronave, vou ouvindo as histórias das pessoas, conversamos e sinto que elas vão viajar mais felizes”, diz ele. “Às vezes, um simples ‘bom dia’ já
108 REVISTA GOL
é retribuído com um sorriso, isso é muito bom.” Jair também ouve as histórias de outro tipo de público: seus alunos. Ele é professor voluntário pela Federação Paulista de Tênis – dá aulas para crianças e adultos carentes no Ginásio do Ibirapuera. “É um prazer ver uma criança que nunca tinha praticado o esporte na vida bater a sua primeira bola”, emociona-se. A sua história no tênis começou há 20 anos, como pegador de bolinhas em uma academia. “Ser voluntário é literalmente um esporte. São 2 horas que me ajudam a relaxar a mente e fazem com que eu trabalhe com mais disposição.”
Regina Tchelly
Julio Cesar de Lima
Cesare La Rocca
Há mais de uma década, o Trip Transformadores homenageia as realizações de pessoas especiais que dedicam suas vidas para transformar a realidade a nossa volta. Se você sempre pensou de que maneira pode interferir no mundo e sente falta de uma ferramenta para isso, acesse a plataforma para conhecer o trabalho dos transformadores e poder se engajar. Seja um agente transformador: www.agentetransformador.com.br VEM AI O TRIP TRANSFORMADORES 2017
VOE GOL
mundO SmILES
FÉRIAS DE JULHO
Promoções, parcerias e outros benefícios para os participantes da Smiles
Viaje para os parques da Disney e Beto Carrero e acumule milhas Já pensou nas férias de julho? Com a Smiles, você pode resgatar passagens aéreas e acumular milhas com aluguel de carros e reservas de hotéis. Você pode voar com a Delta para Orlando e se divertir em todo o complexo de parques Disney. Aproveite para conhecer o shopping a céu aberto Disney Springs, que tem entrada e estacionamento gratuitos e restaurantes com decoração temática. Por lá, também é possível assistir às últimas apresentações de La Nouba, espetáculo do Cirque du Soleil que encerra sua temporada no fim de 2017. Ao reservar por sete dias o Hyatt Place Orlando Universal, por exemplo, você acumula 14 mil milhas fazendo o pagamento com cartão de crédito. Se preferir um destino nacional, voe com a GOL para Navegantes, em Santa Catarina, e conheça o parque Beto Carrero World. No aeroporto, alugando um carro com a Localiza para sete dias, você acumula 2.000 milhas. Quer mais? Ao fechar a reserva com o hotel Conexão, clientes da Smiles recebem 5.400 milhas. Não perca tempo e programe suas férias com antecedência com a Smiles. #partiuferiasdejulho.
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Reserve sua passagem e quite o saldo em até 60 dias antes do voo com o Viaje Fácil
110 REVISTA GOL
Atração da Disney, em Orlando
DIRETO DO CELULAR A Smiles atualiza aplicativo para facilitar o planejamento da sua próxima viagem
fotos Marc Verhille/Paris info / DisneY/DiVUlGaÇÃo
O aplicativo da Smiles foi atualizado com novidades que vão ajudar você a planejar suas viagens. É possível verificar o saldo em milhas, emitir bilhetes nas 14 companhias aéreas parceiras do programa, escolher o assento, incluir seus dados e de amigos e familiares (passageiro favorito), utilizar os códigos promocionais na emissão das passagens e ainda receber as notificações de alteração de voos. Você pode ainda fazer sua adesão ao Clube Smiles e aproveitar todos os benefícios. O aplicativo da Smiles está disponível gratuitamente nas lojas App Store e Google Play. fotos Marc Verhille/Paris info / DisneY/DiVUlGaÇÃo
Você já programou sua viagem de Réveillon? Na Smiles, você planeja a viagem e só paga em outubro. Emite o bilhete, garante o valor da passagem e aproveita as promoções e bônus da Smiles para juntar as milhas. E, ao quitar seu saldo você ainda recebe milhas para a próxima viagem – 4 mil milhas para clientes Clube Smiles e Diamante e 2 mil milhas para os demais clientes. Com o produto Viaja Fácil, o cliente resgata passagem aérea com até 330 dias de antecedência sem precisar ter as milhas necessárias na conta. Basta acessar o site do programa (smiles.com.br), escolher o destino, a data e o horário, que o voo estará garantido. Depois, o cliente só precisa quitar o saldo em até 60 dias antes da viagem. O pagamento pode ser feito com milhas ou com o Smiles & Money, que combina milhas e dinheiro. Se o cliente não conseguir juntar as milhas necessárias até a data- limite da reserva, ela será cancelada automaticamente. Venha para a Smiles, emita seu bilhete e pague depois. Sem juros, sem pressa, aproveitando todas as promoções. Seu programa de fidelidade não tem as facilidades Torre Eiffel, da Smiles, venha para cá. É mais em Paris fácil viajar com a Smiles!
REVISTA GOL 111
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GOL
Nova parceria com companhias internacionais amplia área de entregas da Gollog
Central de Vendas
0300-1152121 SAC GOL
POR larissa faria
Com o objetivo de ampliar sua área de entrega e tornar mais rápido o transporte de cargas, a Gollog, divisão de cargas da GOL, que já tinha parceria com a Delta, fechou acordo com outras nove empresas aéreas internacionais no último ano. Com isso, 195 destinos no exterior passaram a ser atendidos pela companhia brasileira e pela Aerolíneas Argentinas, Air France, KLM, Copa, Lufthansa, Royal Air Maroc, South African e Swiss. O contratante negocia com a Gollog, que entra em contato com as parceiras para definir o melhor trajeto para que a carga saia do Brasil e chegue em segurança e no menor tempo possível ao seu destino final. O caminho inverso, de outros países para o Brasil, também é acordado com a Gollog.
“Com a entrada de novas empresas, temos mais opções de voos e horários”, afirma Jacques Kondi Hamadani, coordenador de mercado da Gollog. “O nosso tempo de chegada é menor porque a parceira escolhe o horário do voo mais próximo ao da nossa conexão, o que agiliza o transporte.” Em 2016, a Gollog transportou 83 toneladas de carga em voos internacionais, como roupas, sapatos e alimentos. Neste ano, já foram transportadas 124 toneladas, sendo 63 delas de peixe vivo ou fresco, produto que tem mais demanda. “Temos um cuidado extra porque é uma carga que necessita agilidade e atenção em relação à troca de oxigenação da água para que os peixes não morram, mas nunca tivemos qualquer problema com animais ou produtos perecíveis”, diz Hamadani.
0800-7040465 Central de Atendimento ao Surdo (CAS)
0800-7090466 Clientes Argentina
0810-2663131
(vendas e relação com o cliente)
Clientes EUA e Canadá
+1 855 862 9190 (central de vendas)
COMO COMPRAR SUA PASSAGEM INTERNET
O pagamento pode ser feito à vista ou parcelado, com cartão de crédito (American Express, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa), transferência bancária (para clientes dos bancos Bradesco, Banco do Brasil e Itaú), Oi Paggo e PayPal. Para pagamentos à vista aceitamos o UATP e os cartões emitidos no exterior American Express, Mastercard e Visa.
GOL UATP
Usando o cartão corporativo GOL UATP sua empresa terá um demonstrativo gerencial para maior controle dos investimentos em viagens, permitindo conciliação e gestão de contas. O cartão é aceito em mais de 250 companhias aéreas. Para mais informações, acesse www.voegol.com.br/gol/empresas.
LOJAS E QUIOSQUES VOE GOL
A GOL possui diversos pontos de venda de passagens espalhados pelo Brasil. Na Grande São Paulo, por exemplo, há quiosques no shopping Metrô Itaquera, shopping Light, shopping Metrô Tatuapé, Grand Plaza Shopping, em Santo André, e no Osasco Plaza Shopping, além de duas lojas no bairro Santo Amaro (alameda Santo Amaro e Mais Shopping Largo 13), uma em Pinheiros (rua Teodoro Sampaio) e outra em São Mateus (avenida Mateo Bei). Há ainda loja no Rio de Janeiro (estação metroviária Central do Brasil) e quiosques em Salvador (shopping Piedade), em Porto Alegre (Estação Mercado) e em Recife (shopping Boa Vista). Para mais informações, contate o SAC (08007040465) ou acesse www.voegol.com.br/ pt-br/atendimento/lojas-de-passagens-gol.
112 REVISTA GOL
BALCÃO
Países em que a GOL não opera
+55 11 5504-4410 (central de vendas)
no Twitter: @voeGOLAtende
Além dos cartões de crédito aceitos pela internet, nos balcões dos aeroportos também é possível pagar com dinheiro e cartões de débito Visa Electron, Redeshop/Maestro e Elo.
CARTÃO DE CRÉDITO SMILES
Com o cartão de crédito Smiles, você pode acumular até 3 milhas por dólar gasto, uma das melhores conversões do mercado. Com ele, seus gastos do dia a dia se transformam em milhas automaticamente. Aproveite esse e outros benefícios como: prioridade no embarque*, acesso à sala VIP Smiles** e excesso de bagagem de 20 quilos gratuito**. Na aquisição você pode ganhar até 10 mil milhas para utilizar em passagens, produtos e serviços. Mais informações: www.smiles.com.br/cartao-decredito-smiles. Cartões de crédito Smiles: você a poucas milhas da sua viagem! *Aplicado aos cartões Platinum e Gold. **Aplicado ao cartão Platinum.
AGÊNCIAS DE VIAGEM CREDENCIADAS GOL
A GOL possui mais de 4 mil agências de viagem cadastradas no Brasil para prestar atendimento de venda assistida aos nosso clientes. Nessas agências, além de pagar com os cartões de crédito aceitos na internet, o cliente pode pagar com dinheiro. Recomendamos as agências filiadas à Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav).
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voegol.com.br SMILES: Acesse o site
www.smiles.com.br e clique em Atendimento On-line
GOLLOG:
0300-1465564
de segunda a sexta, das 6h às 20h
VOE FÁCIL Acesse o site
www.voegol.com.br
e clique em Atendimento, Atendimento On-line Voe Fácil
SERVIÇO DE TRANSPORTE GRATUITO SÃO PAULO (Congonhas - Cumbica) Confira as regras de utilização de nossos traslados no site da GOL
www.voegol.com.br
REVISTA GOL 113
VOE GOL
encurtando caminhos
nOVOS VOOS
Conheça os destinos nacionais e internacionais da Gol Linhas Aéreas Inteligentes
Conheça as mais recentes operações da GOL
no seu horário GOL amplia oferta de voos no Aeroporto Internacional de Brasília A partir do mês que vem, a GOL vai ampliar sua oferta de voos no Aeroporto Internacional de Brasília, que oferece algumas das principais rotas de conexão da companhia. Importantes cidades como Belo Horizonte (Confins), Fortaleza, Recife e Porto Alegre receberão novos horários de ligações com a capital federal. As novas operações complementam os horários de voos em Brasília, que são os mais convenientes para os clientes que viajam a negócios e a turismo – oportunidade para conhecer atrações como o Parque Olhos D’Água (à dir.), por exemplo. Hoje, a GOL oferece voos de Brasília para 28 destinos sem escalas, totalizando 790 voos por semana.
Confira mais detalhes sobre as novas operações*
porto alegre - Brasília
ida volta
VOO
1777 VOO
FREQUÊNCIA
segunda, quinta, sexta e domingo
1778
ORIGEM
DESTINO
SAÍDA
CHEGADA
porto alegre (poa)
Brasília (BsB)
12h04
14h30
ORIGEM
DESTINO
SAÍDA
CHEGADA
Brasília (BsB)
porto alegre (poa)
15h10
17h45
SAÍDA
CHEGADA
recife - Brasília
ida volta
VOO
FREQUÊNCIA
ORIGEM
DESTINO
1773
domingo a sexta
recife (rec)
Brasília (BsB)
11h54
14h30
VOO
FREQUÊNCIA
ORIGEM
DESTINO
SAÍDA
CHEGADA
1774
domingo a sexta
Brasília (BsB)
recife (rec)
14h50
17h22
VOO
FREQUÊNCIA
ORIGEM
DESTINO
SAÍDA
CHEGADA
1711
segunda, quinta, sexta e domingo
Belo horizonte (cnf)
Brasília (BsB)
22h20
23h40
VOO
FREQUÊNCIA
ORIGEM
DESTINO
SAÍDA
CHEGADA
1706
segunda, terça, sexta e sábado
Brasília (BsB)
Belo horizonte (cnf)
05h50
07h05
ida volta
*as saídas e chegadas levam em conta o fuso horário em cada cidade. mais informações estão disponíveis no site da Gol (voegol.com.br), via agentes de viagens ou pela Central de relacionamento com o Cliente, pelo telefone 0300-115 2121. os horários dos voos estão sujeitos a alteração.
114 REVISTA GOL
fotos Marcus Paredes /IbraM
Belo horizonte - Brasília
reVista GoL 115
EncuRTAndO cAmInhOS
Conheça os destinos internacionais operados pelas parceiras da gol linhas Aéreas Inteligentes
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Ney Latorraca
O ator, que pega a ponte aérea semanalmente para estrelar o musical Vamp – em cartaz no teatro Riachuelo Rio até 4 de junho –, gosta de admirar a vista quando pousa no Santos Dumont POR larissa faria
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“Compro sempre o último voo do dia. Assim, consigo resolver meus compromissos e, se chego mais cedo ao aeroporto, tento adiantar meu retorno.”
“Não gosto de usar computador nem de ouvir música durante o voo. Prefiro ler o jornal e me atualizar com os cadernos de cultura.”
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“Gosto de sentar do lado direito e na janela para encostar e admirar a vista do Rio de Janeiro na ida e na volta.”
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“Faço uma mala de mão pequena para ter o essencial, como um casaco e um perfume, sempre próximos.”
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Foto Leonardo aversa/ag o gLobo
“Uso tapa-olhos e tampões para o ouvido em voos mais longos. A única luz que gosto é a dos refletores quando estou no palco.”