Gerdau Report 2007 - Test

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www.gerdau.com

www.gerdau.com.br

ARGENTINA www.sipargerdau.com

CANADÁ www.gerdauameristeel.com

CHILE

CRESCENDO COM PESSOAS

PERFIL

CRESCENDO COM PESSOAS

BRASIL

RELATÓRIO ANUAL 2007

Pessoas: fonte de crescimento de um grupo integrado que expressa paixão em tudo o que faz

O Grupo Gerdau Líder na produção de aços longos nas Américas e um dos maiores produtores mundiais de aço, o Grupo Gerdau tem 107 anos de história e participa do processo de consolidação do setor siderúrgico global. Possui 37 mil colaboradores e opera em 13 países.

www.gerdauaza.cl

Produz aços longos, especiais e planos para os setores da construção civil, da indústria e da agropecuária. Seus produtos fazem parte de automóveis, caminhões, tratores, residências, pontes, estradas, eletrodomésticos, máquinas, entre outros. É um dos maiores recicladores do mundo, transformando anualmente 12,8 milhões de toneladas de sucata ferrosa em aço.

COLÔMBIA www.diaco.com.co

www.sidenor.com

ESTADOS UNIDOS www.gerdauameristeel.com

ÍNDIA www.kalyanigroup.com

RELATÓRIO ANUAL 2007

ESPANHA

As ações de suas empresas de capital aberto são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto e Madri.

MÉXICO www.sidertul.com.mx

PERU www.sider.com.pe

REPÚBLICA DOMINICANA www.industriasnacionales.com

URUGUAI www.gerdaulaisa.com.uy

VENEZUELA www.sizuca.com.ve

1 2 3 4 5 14 6 7 8 9 15 16 10 11 12 13

COLABORADORES DA GERDAU CAPA: 1. Alberth Mauricio Casteblanco — Diaco — Colômbia | 2. Jennifer Stevenson — Gerdau Ameristeel — EUA | 3. Mario Alberto Varas Moya — Gerdau AZA — Chile | 4. Isabel Cristina L. de Oliveira — Gerdau Riograndense — Brasil | 5. Alejandro Gomez — Sidenor — Espanha | 6. Eduardo Gomez — Sidertul — México | 7. Ramayanam Govindha Bharathi — Kalyani Gerdau — Índia | 8. EDUARDO SINCINI — Sipar Gerdau — Argentina | 9. Daniel Obregón — Sidenor — Espanha | 10. Rodrigo Murakami — Gerdau Riograndense — Brasil | 11. Karla Daniele Costa von Bentzeen — Gerdau Açominas — Brasil | 12. Antonio A. Abreu Rabelo — Gerdau Cosigua — Brasil | 13. Timothy Smith — Chaparral Steel — EUA CONTRACAPA: 14. Edilberto Vásquez — Diaco — Colômbia | 15. VICTOR JAVIER PEREZ CASTREJON — Sidertul — México | 16. Carolina Marín Silva — Gerdau AZA — Chile


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Pessoas: fonte de crescimento de um grupo integrado que expressa paixão em tudo o que faz

O Grupo Gerdau Líder na produção de aços longos nas Américas e um dos maiores produtores mundiais de aço, o Grupo Gerdau tem 107 anos de história e participa do processo de consolidação do setor siderúrgico global. Possui 37 mil colaboradores e opera em 13 países.

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Produz aços longos, especiais e planos para os setores da construção civil, da indústria e da agropecuária. Seus produtos fazem parte de automóveis, caminhões, tratores, residências, pontes, estradas, eletrodomésticos, máquinas, entre outros. É um dos maiores recicladores do mundo, transformando anualmente 12,8 milhões de toneladas de sucata ferrosa em aço.

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COLABORADORES DA GERDAU CAPA: 1. Alberth Mauricio Casteblanco — Diaco — Colômbia | 2. Jennifer Stevenson — Gerdau Ameristeel — EUA | 3. Mario Alberto Varas Moya — Gerdau AZA — Chile | 4. Isabel Cristina L. de Oliveira — Gerdau Riograndense — Brasil | 5. Alejandro Gomez — Sidenor — Espanha | 6. Eduardo Gomez — Sidertul — México | 7. Ramayanam Govindha Bharathi — Kalyani Gerdau — Índia | 8. EDUARDO SINCINI — Sipar Gerdau — Argentina | 9. Daniel Obregón — Sidenor — Espanha | 10. Rodrigo Murakami — Gerdau Riograndense — Brasil | 11. Karla Daniele Costa von Bentzeen — Gerdau Açominas — Brasil | 12. Antonio A. Abreu Rabelo — Gerdau Cosigua — Brasil | 13. Timothy Smith — Chaparral Steel — EUA CONTRACAPA: 14. Edilberto Vásquez — Diaco — Colômbia | 15. VICTOR JAVIER PEREZ CASTREJON — Sidertul — México | 16. Carolina Marín Silva — Gerdau AZA — Chile


O GRUPO GERDAU NO MUNDO

Créditos

MISSÃO O Grupo Gerdau é uma empresa com foco em siderurgia, que busca satisfazer as necessidades dos clientes e criar valor para os acionistas, comprometida com a realização das pessoas e com o desenvolvimento sustentado da sociedade.

VISÃO Ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.

Coordenação

Créditos fotográficos e ilustrações

Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Gerdau

Arquivo Gerdau (pág. 88, 89, 90, 91), Arquivo Gerdau Ameristeel (pág. 45, 85), Emmanuelle Bernard (pág. 4, 8, 18, 19, 20, 30), GH Digital/Leo Drumond (pág. 65), Leonid Streliaev (pág. 37), Mathias Cramer (pág. 12), MP Fotos/Eduardo Simões (capa, contracapa, destaques, pág. 43, 46, 77, 89), MP Fotos/Guto Seixas (pág. 36), MP Fotos/Ilana Bessler (capa, contracapa, pág. 63, 80, 81, 82), MP Fotos/Kiko Ferrite (capa, contracapa, pág. 31, 60, 61, 71, 74, 75, 87), MP Fotos/ Sanjiv Nadkarni (capa, pág. 47), Newton Verlangiere (pág. 90,91), Paulo Arumãa (pág. 41), Produ-Video Eventos (pág. 39).

Redação e supervisão da produção Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Gerdau e Imagem Corporativa

Projeto gráfico Ana Couto Branding & Design

IMPRESSÃO Gráfica e Editora Comunicação Impressa

VALORES CLIENTE satisfeito SEGURANÇA TOTAL no ambiente de trabalho

42 14 87 4 75 32 4 2 2

Unidades siderúrgicas Unidades de transformação Unidades de corte e dobra de aço Centros de serviços de aços planos Unidades comerciais Unidades de coleta e processamento de sucata Áreas de extração de minério de ferro Unidades de produção de ferro-gusa sólido Terminais portuários privativos

Empresas coligadas 10 Unidades siderúrgicas 4 Unidades de transformação 3 Unidades comerciais

PESSOAS comprometidas e realizadas QUALIDADE em tudo que faz

Papel e tinta Duo Design 300g (capa) e Couché Matte 150g (miolo), produzidos pela Cia. Suzano a partir do cultivo de florestas plantadas, certificado pelo Forest Stewardship Council (FSC). Impresso com tintas à base de soja

EMPREENDEDORISMO RESPONSÁVEL

Tiragem

INTEGRIDADE

5.000 exemplares em português, 2.500 em inglês e 2.200 em espanhol

CRESCIMENTO e RENTABILIDADE

Agradecemos a todos que contribuíram no fornecimento das informações e imagens para esta publicação.

Joint ventures

2 Unidades siderúrgicas 4 Unidades de transformação 1 Unidade de corte e dobra de aço

Sede do Grupo Gerdau

A Gerdau acredita na importância de avaliar e buscar a melhoria contínua de todos os seus processos, produtos e serviços. Para isso, gostaríamos de conhecer a sua opinião sobre o Relatório Anual 2007. Avalie a abrangência, a relevância, a qualidade das informações e a apresentação gráfica deste relatório. A sua opinião é muito importante. Acesse o website www.gerdau.com/relatorioanual2007 e responda à pesquisa de opinião ou mande um e-mail para gerdau gerdau.com, fazendo sugestões sobre aspectos que podem ser aperfeiçoados.


PRINCIPAIS INDICADORES

Margens financeiras Margem bruta Margem líquida Margem EBITDA

2006 2007 26,4% 24,4% 16,5% 14,1% 22,6% 20,4%

Mercado de capitais 2006 2007 Metalúrgica Gerdau S.A. Dividendos (R$ por ação) 2,26 2,10 Dividend yield (%)* 5,2 3,0 Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 30,0 25,7 Valor de mercado (R$ milhões) 8.063 12.819 Gerdau S.A. Dividendos (R$ por ação) 1,35 1,26 Dividend yield (%)* 3,9 2,4 Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 28,8 25,9 Valor de mercado (R$ milhões) 23.062 33.547 Gerdau Ameristeel Corp. Dividendos (US$ por ação) 0,30 0,35 Dividend yield (%)* 3, 4 2,5 Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 20,4 13,9 Valor de mercado — Nyse (US$ milhões) 2.727 6.156 Valor de mercado — Toronto (Cnd$ milhões) 3.178 6.102 *Relação entre o dividendo pago por ação e a cotação no último dia do ano **Relação entre o lucro líquido e o patrimônio líquido consolidados

Produção e vendas Produção de aço (mil toneladas) Produção de laminados (mil toneladas) Vendas físicas (mil toneladas)

2006 2007 15.767 17.907 12.803 15.160 14.889 17.159

Colaboradores 2006 2007 Número de colaboradores 31.563 36.925 Número de prestadores de serviços 13.298 13.687 Investimentos em capacitação (R$ milhões) 37,0 44,6 Gestão ambiental Reaproveitamento de co-produtos (% do total gerado) Investimentos (R$ milhões) Cotação 2006 2007

2006 2007

Desempenho financeiro (R$ milhões) 30 25

30.614 25.884

20 15 10 5 0

Receita líquida 5.847 4.261

6.249 4.310

Lucro líquido 2006

2007

Valorização das ações nos últimos cinco anos Metalúrgica Gerdau S.A. (GOAU4)

1.547,1%

Gerdau S.A. (GGBR4)

1.073,2%

Gerdau S.A. (GGB)

1.713,1%

Gerdau S.A. (XGGB)

1.221,6%

Gerdau Ameristeel Corp. (GNA)*

205,0%

Gerdau Ameristeel Corp. (GNA.TO)

471,3%

Bovespa (São Paulo) Dow Jones (Nova York)

467,0% 54,1%

TSX (Toronto)

105,2%

Latibex (Madri) *A partir de 15/10/2004

141,6% 0

R$ US$ 2,1380 1,00 1,7713 1,00

500

1.000 1.500 2.000

Distribuição do valor adicionado — DVA (R$ 10,5 bilhões) 30,2% 4,9%

Reinvestimento de lucros Juros sobre financiamentos

25,4%

Impostos, contribuições e encargos sociais

28,7%

Salários, benefícios, participação nos resultados e treinamento

10,8%

Dividendos e juros sobre o capital próprio

Investimento em responsabilidade social (R$ milhões) 80

76,7 79,4 168,6 345,7

EBITDA

60 40

72,7 41,7

51,6

20 0

2005

2006

2007


Unidade na Virgínia (Estados Unidos) da Chaparral Steel, siderúrgica norte-americana importante produtora de perfis estruturais para grandes obras

DESTAQUES JANEIRO

Gerdau S.A., uma das empresas de capital aberto do Grupo Gerdau, conquista o grau de investimento (Investment Grade) atribuído pela Fitch Ratings e passa a fazer parte de um seleto grupo de companhias com alto nível de confiabilidade no mercado financeiro internacional. Em junho, a Standard & Poor’s também confere à empresa o grau de investimento.

MARÇO

Grupo Gerdau entra no México, país considerado o terceiro maior produtor de aço das Américas, com a aquisição do Grupo Feld, controlador da Siderúrgica Tultitlán (Sidertul). Em outubro, amplia sua atuação no país ao assinar um acordo para a compra de 49,0% da Aceros Corsa, operação concluída no início de 2008.

MAIO

Grupo firma joint venture na República Dominicana, a Industrias Nacionales (Inca), na qual possui participação de 49,0%, seguindo a sua estratégia de expansão nas Américas.

JUNHO

É adquirida, na Venezuela, a Siderúrgica Zuliana (Sizuca), o que representa mais um passo no processo de consolidação do Grupo Gerdau nas Américas. É assinado um acordo, na Índia, para a formação da joint venture Kalyani Gerdau, com o Grupo Kalyani, o que marca o ingresso da organização na Ásia. Ambos os sócios possuem a mesma participação, de aproximadamente 45,0%.

JUlHO

Grupo Gerdau anuncia a compra da siderúrgica Chaparral Steel, nos Estados Unidos, por US$ 4,2 bilhões. A iniciativa faz parte da estratégia de diversificar a oferta de produtos de maior valor agregado na América do Norte. Como reconhecimento à estrutura financeira

montada para a aquisição da companhia, o Grupo recebeu em Londres o prêmio 2007 IFR Awards.

OUTUBRO

Gerdau Açominas (MG), maior usina do Grupo, completa a principal etapa de um programa de investimentos de US$ 1,5 bilhão, o qual contou com a instalação de altoforno, lingotamento contínuo de blocos, forno-panela, sinterização, entre outros equipamentos. Essa expansão aumentou a sua capacidade instalada anual de 3 milhões de toneladas de aço líquido para 4,5 milhões de toneladas. Gerdau Riograndense, usina siderúrgica do Grupo no Rio Grande do Sul, conquista o Prêmio Nacional da Qualidade, o maior reconhecimento à excelência na gestão das organizações brasileiras. É ampliada a atuação na área de minério de ferro, uma das principais matérias-primas do processo siderúrgico, com o início da operação da unidade de processamento em Miguel Burnier (MG).

NOVEMBRO

Grupo Gerdau alcança a liderança mundial na produção de aços longos especiais para a indústria automotiva e a posição de segundo maior produtor nesse segmento da siderurgia, principalmente pela assinatura de um acordo para a aquisição da Macsteel, nos Estados Unidos, por US$ 1,7 bilhão, incluindo dívidas. Autoridades reguladoras da concorrência no Brasil aprovam, por unanimidade e sem restrições, a operação de compra, pelo Grupo Gerdau, de 40,0% do capital social da Corporación Sidenor (Espanha), que, por sua vez, possui uma participação de 58,0% na Aços Villares (Brasil).

DEZEMBRO

Grupo Gerdau anuncia a sua expansão no segmento de aços planos por meio da instalação, em 2010, de um laminador de chapas grossas no Brasil, com capacidade instalada de 870 mil toneladas anuais.


Sumário

2 Destaques Compra da norte-americana Chaparral Steel, empresa produtora de perfis estruturais, por US$ 4,2 bilhões 4 Mensagem do presidente do Conselho Aquisições e crescimento orgânico elevam capacidade instalada em 24,8% no ano

60 RELACIONAMENTOS 62 Clientes Relacionamento próximo visa à excelência dos negócios dos clientes e aos ganhos mútuos 64 Acionistas Grupo oferece transparência e segurança aos investidores

8 Mensagem do CEO Pessoas comprometidas e sistema de gestão global são os grandes diferenciais da organização

65 Colaboradores Pessoas com elevado desempenho e alinhadas aos valores Gerdau

12 Governança corporativa Grupo inicia 2007 com nova estrutura de governança

72 Sociedade Iniciativas contribuem para o desenvolvimento das comunidades

24 Gestão de riscos Sólidas ferramentas de controles e de gestão minimizam os riscos da atividade

78 Fornecedores Capacitações, palestras e auditorias estimulam o aprimoramento da cadeia fornecedora

27 Estratégia e diferenciais competitivos Grupo Gerdau: um dos líderes do processo de consolidação da siderurgia mundial

80 MEIO AMBIENTE

30 NEGÓCIOS 32 Desempenho dos negócios e investimentos Investimentos somam US$ 6,3 bilhões 48 Finanças Faturamento cresce 18,5% e atinge R$ 34,2 bilhões 55 Mercado de capitais Nível de valorização das ações e política de remuneração atraem investidores

82 Gestão ambiental Tecnologias e sistema de gestão ambiental auxiliam na proteção do meio ambiente

88 Linha do tempo Trajetória de crescimento iniciada há mais de um século 90 Produção do aço Saiba como é produzido o aço nas unidades Gerdau 92 Glossário Termos técnicos da siderurgia e do mercado de capitais 96 Demonstrações contábeis resumidas


MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO

Investimentos com visão de longo prazo

Em um ano marcado por fusões e aquisições que modificaram o cenário siderúrgico global, nos fortalecemos. Passamos a atuar em novas regiões, mantivemos nossos resultados financeiros em patamares positivos e consolidamos a nova governança corporativa, por meio de um processo de sucessão tranqüilo e sólido. Em 2007, trabalhamos para adicionar valor aos acionistas e, ao mesmo tempo, conquistar novas posições no mercado, fortalecendo os negócios em um ambiente cada vez mais competitivo. Nosso desempenho acompanhou a expansão da siderurgia mundial, que pelo sexto ano consecutivo teve resultado positivo. Em 2007, a produção global de aço evoluiu 7,4%, impulsionada pela Ásia, especialmente pela


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO

China, que ampliou seu nível produtivo em 15,7%. No Brasil, onde está a maior parte da nossa capacidade instalada, a produção de aço do setor aumentou 9,3% no ano, refletindo o bom momento das indústrias da construção civil e automotiva, grandes consumidoras de produtos siderúrgicos.

decisão consensual, do encerramento do acordo de acionistas celebrado anteriormente.

Fortalecemos nossa posição nos Estados Unidos, ampliando significativamente a linha de produtos nos segmentos de perfis estruturais e aços longos especiais. Iniciamos a operação do Grupo na Ásia, região onde seguiremos buscando novas oportunidades de crescimento. Expandimos também a nossa atuação na América Latina, mercado no qual já ocupamos uma posição de liderança.

O aquecimento dos mercados, a diversificação geográfica das vendas e a incorporação de novas empresas resultaram em um desempenho financeiro positivo no período. O lucro líquido consolidado do Grupo alcançou R$ 4,3 bilhões e se manteve em linha com o valor registrado no ano anterior. Entretanto, excluindo os itens não-recorrentes, o lucro líquido cresceu 11,9% em relação ao exercício anterior, chegando a R$ 4,5 bilhões. No mercado de capitais, a ação preferencial da Gerdau S.A., por exemplo, apresentou valorização de 53,6% na Bovespa em 2007, enquanto o índice de referência do mercado evoluiu 43,7%. A segurança e solidez que oferecemos aos nossos investidores também foram reconhecidas no exercício com a conquista do grau de investimento, concedido pela Fitch Ratings e pela Standard & Poor’s à Gerdau S.A.

No Brasil, a capacidade instalada anual da Gerdau Açominas (MG) cresceu com o início da operação de um conjunto de novos equipamentos — alto-forno, lingotamento contínuo de blocos, forno-panela, sinterização, entre outros. A expansão dessa unidade busca atender à crescente demanda por produtos siderúrgicos nos mercados brasileiro e internacional. Em 2007, o Grupo adquiriu a participação acionária de 2,89% do Clube dos Empregados da Açominas (CEA) na Gerdau Aços Longos S.A., Gerdau Açominas S.A., Gerdau Aços Especiais S.A. e Gerdau Comercial de Aços S.A., o que determinou a antecipação, com base em uma

Ao analisar a nossa trajetória de atuação no cenário global e de grandes desafios de integração das operações, tenho a forte convicção de que o crescimento do Grupo Gerdau tem sido movido por nossas equipes, que identificam nos valores da organização os mesmos valores que desejam ter em relação às suas famílias. Isso cria uma enorme sinergia e, fundamentalmente, um profundo respeito pelos indivíduos e sua integridade, tornando-os os melhores agentes para perpetuar os valores do Grupo Gerdau. Assim, ficamos cada vez mais próximos da nossa visão — ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.

Em apenas doze meses, nossa capacidade instalada global de aço aumentou 24,8%, alcançando 24,8 milhões de toneladas, principalmente pelas aquisições realizadas no período.


No final do primeiro ano conduzido pela nova diretoria, é possível perceber que a organização conseguiu dar continuidade a sua estratégia histórica de crescimento, mantendo as experiências e as práticas acumuladas nas últimas décadas. Nova governança corporativa São os valores centenários do Grupo Gerdau que têm garantido a estabilidade da sua gestão. Em janeiro de 2007, foi realizada, com tranqüilidade e segurança, a quarta sucessão ao longo da história da organização, quando deixei o cargo de diretor-presidente para me dedicar exclusivamente à presidência do Conselho de Administração. Frederico Gerdau Johannpeter e Carlos J. Petry, que acumulavam os cargos de vice-presidentes executivos seniores e de membros do Conselho de Administração, passaram a atuar ao longo do ano exclusivamente como vice-presidentes do Conselho de Administração. O Comitê Executivo Gerdau consolidou-se como o principal órgão de liderança executiva de coordenação das Operações de Negócios e Processos Funcionais. André Gerdau Johannpeter tornou-se diretor-presidente (CEO) e Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de Operações (COO).

A transição ocorreu por meio de um processo estruturado, com metas e prazos, que começou em 2000. Contou com o envolvimento de consultorias externas e de equipes internas e assegurou tranqüilidade e segurança aos negócios e aos mercados. A definição da nova estrutura levou em conta a dimensão, a complexidade e os desafios do Grupo Gerdau. No final do primeiro ano conduzido pela nova diretoria, é possível claramente perceber que a organização conseguiu dar continuidade a sua estratégia histórica de crescimento, mantendo as experiências e as práticas acumuladas nas últimas décadas. No início de 2008, André Gerdau Johannpeter, diretor-presidente (CEO) do Grupo Gerdau, assumiu também a posição de membro do Conselho de Administração, em substituição a Carlos J. Petry, seguindo o processo de sucessão. Ao longo de 42 anos de trabalho no Grupo Gerdau, Carlos J. Petry


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO

teve um papel crucial para a expansão dos negócios. Além disso, o Conselho vai propor aos acionistas, na assembléia a se realizar em abril de 2008, que Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de Operações (COO), também passe a compor o órgão.

Além disso, permaneceremos atentos às oscilações do mercado, principalmente ao movimento que vem ocorrendo nos Estados Unidos, apesar das projeções positivas para a siderurgia em 2008. Isso significa que estamos prontos para nos ajustar a novos cenários de demanda por aço.

Estratégia de crescimento

Para finalizar, em nome do Conselho de Administração, gostaria de parabenizar o Comitê Executivo Gerdau (CEG) pelo excelente trabalho realizado em 2007. Registro ainda meus sinceros agradecimentos a Carlos J. Petry, pelo seu inestimável empenho e dedicação. Agradeço também aos nossos colaboradores, clientes, acionistas, comunidades e fornecedores.

Nos próximos anos, vamos manter a estratégia de crescer com rentabilidade. Para alcançar esse objetivo, nossa atuação seguirá fundamentada em três diferenciais competitivos: diversificação geográfica, liderança nos mercados onde estamos presentes e participação em todos os segmentos. Dessa forma, continuaremos buscando ampliar a presença em países onde já atuamos e avaliando novas oportunidades em outras geografias. Também seguiremos trabalhando para consolidar o Grupo como um dos principais produtores de aços longos comuns e de aços longos especiais, assim como para crescer no segmento de aços planos, de forma a oferecer uma ampla linha de produtos e serviços aos nossos clientes.

Jorge Gerdau Johannpeter Presidente do Conselho de Administração


MENSAGEM DO CEO

Crescimento e rentabilidade

O primeiro ano de gestão da nova governança corporativa foi marcado pelo continuado desempenho operacional positivo e pela expansão que ampliou a plataforma de crescimento do Grupo Gerdau no cenário siderúrgico internacional. Seguiremos com a estratégia de crescer com rentabilidade e manter elevados padrões de competitividade. Com o suporte do Conselho de Administração e de seus órgãos de apoio, ao lado de Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de Operações (COO), e dos membros do Comitê Executivo Gerdau (CEG), demos continuidade ao sistema de gestão compartilhada que caracteriza o Grupo Gerdau ao longo de décadas. No período, tivemos um desempenho financeiro positivo. Seguindo as regras contábeis definidas pelo International Financial Reporting Standards, as quais passaram a ser adotadas pelo Grupo em 2007, o faturamento evoluiu 18,5%, para R$ 34,2 bilhões, e o EBITDA, 6,9%, alcançando R$ 6,2 bilhões. O lucro líquido, por sua vez, manteve-se no mesmo nível de 2006, atingindo R$ 4,3 bilhões. Excluindo os itens não-recorrentes, o lucro líquido cresceu


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 MENSAGEM DO CEO

11,9% na comparação a 2006, alcançando R$ 4,5 bilhões (ver capítulo Finanças). No ano, investimos US$ 6,3 bilhões em aquisições e na atualização tecnológica e ampliação das plantas industriais. Com isso, nossa capacidade instalada aumentou 24,8%, alcançando 24,8 milhões de toneladas por ano. Mesmo com o crescimento acelerado, o grau de endividamento do Grupo ficou abaixo do limite de 2,5 vezes estabelecido pela nossa política interna. A relação entre a dívida líquida da organização e a sua geração de caixa foi de 1,7 vez em 2007. Realizamos aquisições em países onde já atuamos — Estados Unidos e Espanha — e em novos mercados: México, Venezuela, República Dominicana e Índia. Esse processo de expansão só foi possível porque contamos com a ajuda dos nossos 37 mil colaboradores, que, com seu esforço diário, fazem do Grupo Gerdau uma organização cada vez mais competitiva e rentável. No período, compramos a norte-americana Chaparral Steel por US$ 4,2 bilhões, o que reforçou a nossa posição entre os maiores produtores de aço dos Estados Unidos. Também ingressamos na Índia, por meio da assinatura de um acordo para a formação da joint venture Kalyani Gerdau, marcando a entrada do Grupo na Ásia, continente no qual seguiremos atentos a novas oportunidades. Além disso, passamos a atuar no México, terceiro maior mercado siderúrgico das Américas, com a aquisição da Sidertul e com a compra de 49,0% da Aceros Corsa. Ingressamos na Venezuela, com a Siderúrgica Zuliana, e na República Dominicana, com uma participação societária de 49,0% na joint venture Industrias Nacionales (Inca). Também nos tornamos o segundo maior produtor de aços longos especiais do mundo, um segmento da siderurgia com alto valor agregado, e líderes globais

na fabricação dessa linha de produtos para a indústria automotiva. Essa expressiva posição no mercado foi obtida, principalmente, com a assinatura de um acordo para a aquisição da Macsteel, nos Estados Unidos. Além disso, no Brasil, vamos buscar capturar as sinergias potenciais existentes entre a Gerdau Aços Especiais Piratini (RS) e as três unidades da Aços Villares (SP), controlada pela Sidenor Internacional, na qual o Grupo detém participação acionária. Esse trabalho se dará por meio da troca de experiências e tecnologias entre essas empresas, ambas focadas no segmento de aços longos especiais. O nosso sistema global de gestão, o Gerdau Business System, que auxilia e suporta líderes e equipes a atuarem de forma alinhada, tem facilitado significativamente o processo de integração das empresas incorporadas. Além disso, levamos em conta, durante a aquisição de uma nova companhia, a qualificação das suas equipes, o que contribui fortemente para a construção de uma organização cada vez mais integrada. Acreditamos que todas as empresas adquiridas em 2007 têm colaboradores capazes de dar continuidade ao nosso processo de crescimento. Também investimos na ampliação e atualização tecnológica das nossas unidades industriais, que receberam US$ 1,5 bilhão em 2007. No Brasil, a Gerdau Açominas (MG), nossa maior usina, completou a principal etapa de um programa de investimentos de US$ 1,5 bilhão, o qual contou com a instalação de alto-forno, lingotamento contínuo de blocos, fornopanela, sinterização, entre outros equipamentos. Essa expansão aumentou a capacidade instalada anual da unidade de 3 milhões de toneladas de aço líquido para 4,5 milhões de toneladas. Finalizado o processo de consolidação da Gerdau Açominas, adquirimos, em 2007, por R$ 653,8 milhões, as participações acionárias de 2,89% do Clube dos Empregados da Açominas (CEA)


no capital social das empresas: Gerdau Aços Longos S.A., Gerdau Açominas S.A., Gerdau Aços Especiais S.A. e Gerdau Comercial de Aços S.A.

colaboradores e também estendê-lo aos familiares das vítimas do desastre aéreo ocorrido em julho, na cidade de São Paulo. Lamentavelmente perdemos quatro colaboradores nesse trágico acidente.

Crescendo com pessoas Oferecemos aos nossos colaboradores condições de crescer, ampliar sua visão de mundo, correr riscos, assumir responsabilidades e antecipar o futuro. Também investimos muito na capacitação das pessoas, área para a qual destinamos R$ 44,6 milhões em 2007, 20,4% a mais do que no período anterior. Os destaques foram as iniciativas para formar profissionais globais, capazes de atuar em qualquer operação ou país — como os programas Engenheiros em Capacitação Acelerada e Gerdau Business Program — e para atender às necessidades atuais e futuras do Grupo decorrentes do seu crescimento. Investimos ainda R$ 47,9 milhões na segurança dos nossos colaboradores. A integridade física das pessoas é prioridade absoluta dentro da organização e nenhuma situação de emergência, produção ou resultados pode justificar a falta de segurança. Por isso, trabalhamos com o Sistema de Segurança Total, um rigoroso e estruturado programa cuja meta é zerar o número de acidentes. A iniciativa reúne ações de conscientização, treinamentos, reavaliações de práticas, monitoramento comportamental e recursos para a compra de equipamentos. Em 2007, o índice de acidentes com perda de tempo por milhão de horas trabalhadas foi de 2,9, incluindo as operações adquiridas no período e que ainda estão em fase de integração ao Sistema de Segurança Total. Apesar de esse índice estar abaixo da média da siderurgia mundial, que é de aproximadamente 4,0, não conseguimos impedir a ocorrência de quatro falecimentos no exercício. A segurança total no ambiente de trabalho é um dos nossos valores e, por esse motivo, não podemos admitir esses tristes acontecimentos dentro das nossas unidades. As causas dos acidentes foram investigadas e avaliadas e, a partir dessa análise, implementamos mudanças nos processos industriais e de recursos humanos, além de reforçarmos as campanhas de conscientização sobre o tema segurança. Gostaríamos ainda de expressar novamente o nosso pesar às famílias dos quatro

Responsabilidade social e ambiental A participação do Grupo Gerdau nas comunidades ocorre, principalmente, por meio do apoio na transferência de tecnologias de gestão para as instituições, com intensa contribuição do trabalho voluntário dos nossos colaboradores. A organização participa de projetos sociais nas áreas de educação e mobilização solidária, os quais receberam R$ 72,7 milhões em 2007. Em relação ao meio ambiente, procuramos sempre investir em tecnologias e em práticas que colaborem com a preservação da natureza. Por isso, nossas usinas possuem modernos equipamentos de proteção atmosférica e de reutilização das águas industriais. Também desenvolvemos alternativas para o reaproveitamento dos co-produtos gerados no processo produtivo, o que faz com que o índice de reciclagem desses materiais seja de 79,4%. Continuaremos controlando nossas emissões de CO2, seguindo os padrões mundiais. Em 2007, o índice de emissão de gás carbônico do Grupo Gerdau foi de 598 quilos por tonelada, muito abaixo da taxa média da indústria siderúrgica. As nossas principais ações nessa área estão relacionadas ao uso da sucata como principal matéria-prima e de energia alternativa — gerada a partir da reciclagem de materiais — e ao aperfeiçoamento do processo produtivo. Também ajudamos a preservar o meio ambiente ao transformar 12,8 milhões de toneladas de sucata ferrosa em aço, o que nos posiciona como um dos maiores recicladores do mundo.

Boas perspectivas para 2008 As expectativas para 2008, até o momento, são positivas. O mercado espera que a demanda mundial por aço cresça 7,0% no próximo ano, principalmente em razão do aumento do consumo asiático. Projeta-se ainda a manutenção da demanda por aço nos Estados Unidos. Mesmo com as projeções


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 MENSAGEM DO CEO

Oferecemos aos nossos colaboradores condições de crescer, ampliar sua visão de mundo, correr riscos, assumir responsabilidades e antecipar o futuro. positivas, estamos atentos à crise imobiliária que afetou o país em 2007 e ao seu impacto em outras economias do mundo. Esse problema não atingiu diretamente os nossos negócios, já que o foco do Grupo Gerdau nos Estados Unidos não é o setor da construção civil residencial, o principal prejudicado. As nossas vendas são direcionadas, principalmente, aos segmentos de infra-estrutura, à construção civil não-residencial e à indústria metal-mecânica. As perspectivas para o Brasil, demais países da América do Sul e América Central também são favoráveis, apontando para uma expansão média de 5,0% na demanda por produtos siderúrgicos. Com base nessas perspectivas, investiremos US$ 6,4 bilhões até 2010 na expansão e atualização tecnológica das nossas unidades no mundo, o que não inclui novas aquisições. Com isso, a capacidade instalada de aço do Grupo crescerá 13,9%, para 28,3 milhões de toneladas, e a de laminados também será ampliada, alcançando 24,8 milhões de toneladas anuais. Além disso, estão programados investimentos de US$ 500 milhões para as joint ventures e empresas coligadas na Índia, México e República Dominicana. Também trabalharemos para consolidar as aquisições realizadas em 2007, por meio da difusão das melhores práticas de processos e das sinergias entre as operações. Acompanhando nossa visão estratégica, seguiremos trabalhando para crescer com rentabilidade. Continuaremos atentos a novas oportunidades de negócios nas Américas, Ásia e Europa, buscando participar de todos os segmentos da siderurgia. Investiremos em inovação. Por isso, estamos formando pólos tecnológicos estruturados, o que irá aprimorar a eficiência no atendimento

aos nossos clientes. Também vamos produzir importantes insumos siderúrgicos. Ampliaremos a geração própria de energia no Brasil — onde já existem projetos em curso — e investiremos nessa área nos demais países da América do Sul. Expandiremos a produção própria de minério de ferro, a qual deve suprir, em 2010, 80,0% da necessidade de consumo das unidades Gerdau no Brasil. Recentemente, estudos de prospecção apontaram a existência de 1,8 bilhão de toneladas de minério de ferro nas reservas do Grupo em Minas Gerais. Acreditamos que essa estratégia aumentará a segurança operacional da organização, manterá a sua rentabilidade e a protegerá das variações dos preços desses insumos.

Agradecimentos Para finalizar, gostaríamos de agradecer aos nossos clientes — por nos darem a oportunidade de atendê-los — e aos acionistas, fornecedores, financiadores e comunidades, pelo apoio. Também agradecemos ao Conselho de Administração e às nossas equipes, que com seu esforço e dedicação têm contribuído de forma decisiva para o bom desempenho do Grupo Gerdau. A todos eles reafirmamos nosso compromisso com a manutenção dos valores que, há décadas, guiam o Grupo Gerdau.

André Gerdau Johannpeter Diretor-presidente (CEO) do Grupo Gerdau

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Governança Corporativa

Grupo Gerdau iniciou o ano de 2007 com uma nova estrutura de governança corporativa

Da esquerda para a direita: Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de Operações (COO), e André Gerdau Johannpeter, diretor-presidente (CEO)

O Grupo Gerdau iniciou o ano de 2007 com uma nova estrutura de governança corporativa. Em janeiro, André Gerdau Johannpeter assumiu o cargo de diretor-presidente (CEO) e Claudio Gerdau Johannpeter, a posição de diretor-geral de Operações (COO). Jorge Gerdau Johannpeter, que ocupava o cargo de diretor-presidente, permaneceu na presidência do Conselho de Administração. Frederico Gerdau Johannpeter e Carlos J. Petry, vice-presidentes seniores, também deixaram suas funções executivas e passaram a dedicar-se exclusivamente às atividades de conselheiros.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Governança Corporativa

A sucessão foi realizada a partir de um processo estruturado, com metas e prazos, que começou em 2000 e contou com o apoio de consultorias internacionais especializadas. Ao longo desse período, provocou mudanças estruturais importantes no Grupo, como a criação do Comitê Executivo Gerdau (CEG) em 2002, órgão máximo que coordena e supervisiona as Operações de Negócios e os Processos Funcionais, de acordo com as políticas definidas pelo Conselho de Administração. A transição ocorreu de forma natural e gradativa, permitindo ao Grupo seguir crescendo com rentabilidade, mantendo experiências, práticas, filosofias e consistência. Isso porque a nova geração de executivos conta com o apoio dos membros do Conselho de Administração e com o trabalho de gestão colegiada entre os integrantes do CEG.

Segurança e transparência O sistema de governança corporativa, alinhado às melhores práticas internacionais, está estruturado para garantir segurança e transparência ao investidor. Em abril de 2007, auditores independentes atestaram que o Grupo atua em conformidade com a lei Sarbanes-Oxley (SOX), a qual deve ser seguida pelas empresas com ações negociadas no mercado norte-americano. A certificação, que comprova as boas práticas

de governança corporativa, foi concluída sem ressalvas. A Gerdau Ameristeel, responsável pelas operações nos Estados Unidos e Canadá, também foi certificada no ano. Para atender às exigências da Sarbanes-Oxley, o Grupo Gerdau realizou alterações em sua estrutura, aperfeiçoando práticas. O Conselho Fiscal incorporou características de Comitê de Auditoria, e foram criados comitês de apoio ao Conselho de Administração e ao CEG, como o de Estratégia, de Governança Corporativa, de Gestão de Riscos e de Divulgação. Esse processo envolveu auditores externos, assim como as Operações de Negócios e os Processos Funcionais da organização. Ainda como parte da estratégia de consolidar-se no cenário global, o Grupo Gerdau adotou, a partir de 2007, as regras de contabilidade definidas pelo International Financial Reporting Standards (IFRS). Com isso, os investidores passaram a compreender com mais facilidade as demonstrações financeiras consolidadas da organização, já que esse é o padrão mais utilizado no mundo. A empresa antecipou-se ao prazo de 2010 concedido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e tornou-se a primeira no Brasil a seguir esse sistema (ver capítulo Finanças). Além de uma sólida estrutura de governança corporativa e padrões internacionais de gestão, os investidores e acionistas contam com uma política de divulgação que preza pela transparência e também pelo respeito às regras de confidencialidade.

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ESTRUTURA DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

Assembléia de Acionistas

Conselho Fiscal Comitês de Governança Corporativa, de Estratégia e de Remuneração e Sucessão

Conselho de Administração

Comitês de Excelência e de Apoio

Diretoria Comitê Executivo Gerdau Processos Funcionais

Operações de Negócios

Aços Longos Brasil

Aços Especiais

Açominas

América do Norte

América Latina

Índia


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Governança corporativa

Assembléia geral de acionistas Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal são eleitos anualmente pela Assembléia Geral Ordinária (AGO). A AGO também delibera sobre a apresentação das contas pelos administradores, a análise, a discussão e a votação das demonstrações financeiras, a destinação do lucro líquido do exercício, a distribuição de dividendos, entre outros temas. Quando há necessidade de aprovação de matérias que não estão contidas na competência da AGO, são convocadas as Assembléias Gerais Extraordinárias (AGEs).

Conselho de Administração O Conselho de Administração possui oito membros, tendo em sua composição representantes dos controladores, dos minoritários, da administração da empresa e de membros independentes. Esse órgão acompanha a execução das políticas por ele estabelecidas e é responsável pela definição da estratégia de longo prazo, escolha da Diretoria e designação dos membros do Comitê Executivo, além de decidir sobre assuntos relevantes para os negócios e as operações. O mandato dos membros do Conselho de Administração é de um ano, com a possibilidade de reeleições. São realizadas entre oito e dez reuniões ordinárias ao ano e, dependendo da necessidade, reuniões extraordinárias. A remuneração do Conselho é fixada pela assembléia geral de acionistas.

Conselho Fiscal Os conselhos fiscais da Metalúrgica Gerdau S.A. e da Gerdau S.A., empresas de capital aberto do Grupo, são integrados por cinco e três membros, respectivamente. A Metalúrgica Gerdau S.A. possui três membros indicados pelos controladores e dois pelos acionistas minoritários e, a Gerdau S.A., dois indicados pelos

controladores e um pelos acionistas minoritários. O Conselho Fiscal da Gerdau S.A. possui especialista em contabilidade e exerce funções de Comitê de Auditoria, de forma a atender às recomendações da lei SarbanesOxley (SOX) e às adaptações sugeridas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ambos os conselhos são responsáveis por monitorar e fiscalizar os atos dos administradores, opinar e emitir pareceres sobre o Relatório da Administração e sobre as propostas dos membros do Conselho de Administração, analisar as demonstrações contábeis, entre outras atribuições. Os conselhos fiscais são órgãos muito próximos ao Conselho de Administração e participam de todos os processos que envolvem auditorias e certificações relacionadas à Metalúrgica Gerdau S.A. e à Gerdau S.A. O mandato dos seus integrantes é de um ano com possibilidade de reeleição pela Assembléia Geral de Acionistas, que também estabelece a remuneração dos membros dos conselhos fiscais.

Comitês do Conselho de Administração A estrutura de governança do Conselho de Administração é complementada pelos seguintes comitês de apoio: Comitê de Governança Corporativa, Comitê de Estratégia e Comitê de Remuneração e Sucessão. O Comitê de Governança Corporativa é responsável, principalmente, por monitorar, aprimorar e recomendar ao Conselho de Administração princípios, diretrizes e práticas de governança, cumprindo importante papel na evolução das relações do Grupo com seus diversos públicos. O Comitê de Estratégia tem a incumbência de avaliar os ambientes político, econômico e social, e dar recomendações de natureza estratégica e informações sobre investimentos relevantes. O de Remuneração e Sucessão tem a função de revisar e sugerir políticas de avaliação de desempenho e de remuneração dos executivos estratégicos do Grupo, bem como identificar sucessores.

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Diretoria e Comitê Executivo A gestão do Grupo é feita pela Diretoria, cujo Comitê Executivo (CEG) coordena e supervisiona as Operações de Negócios e os Processos Funcionais, de acordo com as políticas definidas pelo Conselho de Administração. O CEG é composto por um diretorpresidente, um diretor-geral de Operações e seis diretores vice-presidentes. O diretor-presidente, André Gerdau Johannpeter, é responsável pela condução geral dos negócios, apresentação de planos ao Conselho de Administração, além de liderar a proposição e a aplicação das estratégias aprovadas. O diretor-geral de Operações, Claudio Gerdau Johannpeter, tem como função buscar as sinergias e os resultados da organização, por meio de sua atuação direta junto às Operações de Negócios e aos Processos Funcionais. O Conselho elege anualmente os membros da diretoria e do CEG. As reuniões do Comitê ocorrem quinzenalmente. As responsabilidades dos seus membros são divididas, ficando a cargo de cada um determinadas Operações de Negócios e/ou Processos Funcionais. As seis Operações de Negócios são definidas a partir da linha de produtos e/ou da localização geográfica das unidades: Aços Longos Brasil, Aços Especiais (Brasil, Espanha e Estados Unidos), Açominas (Brasil), América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela), América do Norte (Estados Unidos e Canadá) e Índia. Os Processos Funcionais, que fornecem suporte a todas as operações do Grupo, incluem Saúde e Segurança do Trabalho, Marketing e Vendas, Industrial, Logística, Metálicos, Suprimentos, Planejamento Operacional, Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional, Finanças e Relações com Investidores, Contabilidade, Auditoria, Jurídico, Tecnologia de Gestão, Estratégia e Desenvolvimento

de Negócios, Tecnologia da Informação, Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa, Responsabilidade Social e Energia. O Comitê Executivo recebe também o suporte de comitês de apoio, criados de acordo com critérios de especialização. Alguns exemplos desses comitês são o de Divulgação, o de Gestão de Riscos, o de Recursos Humanos e o de Meio Ambiente. Existem ainda os comitês de excelência, que têm a função de identificar as melhores práticas de gestão e estimular o intercâmbio de conhecimentos entre as unidades.

Auditoria independente A política em relação à contratação de auditorias externas assegura que não haja conflito de interesses, perda de objetividade ou dependência do auditor no seu relacionamento com o Grupo Gerdau. Em 2007, houve troca de auditoria externa, conforme exige a Instrução 308 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que prevê mudança a cada cinco anos.

Código de Ética As Diretrizes Éticas Gerdau são pautadas pela seriedade e coerência e definem as relações do Grupo com seus colaboradores, clientes, acionistas, fornecedores, comunidades, concorrentes e meio ambiente. As diretrizes são públicas e podem ser encontradas no website do Grupo (www.gerdau.com). A organização tem ainda canais que incentivam a livre expressão de opiniões, atitudes e preocupações de todos os públicos. Por isso, também traz em seu website o espaço Fale com a Gerdau, e em sua intranet, o Canal da Ética, uma linha de comunicação direta com os colaboradores, que garante o anonimato e a confidencialidade no tratamento das informações recebidas.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Governança corporativa

Estrutura societária simplificada

Metalúrgica Gerdau S.A.

99,0% Banco Gerdau S.A.

44,8%

Gerdau S.A.

66,5% Gerdau Ameristeel Corp.

94,2% Gerdau América Latina Participações S.A.

93,0% Gerdau Açominas S.A.

93,0% Gerdau Aços Longos S.A.

50,0%

93,0% Gerdau Aços Especiais S.A.

93,0% Gerdau Comercial de Aços S.A.

40,0%

Gallatin Steel

Corporación Sidenor, S.A.

49,0% Industrias Nacionales C. por A.

92,8% Sipar Aceros S.A.

83,3% Empresa Siderúrgica del Perú S.A.A.

100,0% Gerdau Laisa S.A.

57,1%

Diaco S.A.

100,0% Gerdau AZA S.A.

100,0% Siderúrgica Zuliana, C. A.

100,0% Siderúrgica Tultitlán, S.A. de CV

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO — 2007

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No início de 2008, André Gerdau Johannpeter, diretor-presidente (CEO) do Grupo Gerdau, assumiu também a posição de membro do Conselho de Administração, em substituição a Carlos J. Petry, em continuidade ao processo de evolução da governança corporativa do Grupo Gerdau. O Conselho irá propor aos acionistas, na assembléia a se realizar em abril de 2008, que Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de Operações (COO), passe também a compor o órgão.

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1. Jorge Gerdau Johannpeter Presidente Nascido em 1936, é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). De 1983 a 2006, foi diretor-presidente do Grupo. Faz parte do Conselho de Administração desde 1973. É membro do Comitê Executivo do International Iron and Steel Institute (IISI), do Conselho de Administração e Comitê de Recursos Humanos da Petrobras e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo Federal do Brasil. 2. Germano H. Gerdau Johannpeter Vice-presidente Nascido em 1932, cursou Administração de Empresas na Fundação Getulio Vargas (FGV). Tornou-se diretor-executivo em 1971 e, desde 1973, é membro do Conselho de Administração. 3. Klaus Gerdau Johannpeter Vice-presidente Nascido em 1935, possui graduação em Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Faz parte do Conselho de Administração desde 1973 e também exerce a função de presidente do Conselho do Instituto Gerdau. 4. Frederico C. Gerdau Johannpeter Vice-presidente Nascido em 1942, formou-se em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem mestrado


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GOVERNANÇA CORPORATIVA

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em Negócios, Finanças, Custos e Investimentos pela Universidade de Köln, na Alemanha. Faz parte do Conselho de Administração desde 1973 e, até 2006, foi vice-presidente executivo sênior do Comitê Executivo Gerdau (CEG). 5. Carlos J. Petry Vice-presidente Nascido em 1941, é formado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Passou a atuar como conselheiro em 1981 e, até 2006, foi vice-presidente executivo sênior do Comitê Executivo Gerdau (CEG). 6. Affonso Celso Pastore Conselheiro desde 2002 Nascido em 1939, formou-se em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), onde também realizou o seu doutorado. Atua como professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro e consultor na área de economia. Foi secretário da Fazenda do Estado de São Paulo e presidente do Banco Central do Brasil. 7. André Pinheiro de Lara Resende Conselheiro desde 2002 Nascido em 1951, é graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

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(PUC—RJ), fez mestrado na Fundação Getulio Vargas (FGV) e possui Ph.D. pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Foi presidente do BNDES, assessor especial da Presidência da República, negociador-chefe da dívida externa, diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Tubarão, vice-presidente executivo do Unibanco, sócio-diretor do Banco Garantia e diretor da Dívida Pública e Mercado Aberto do Banco Central, entre outros. 8. Oscar de Paula Bernardes Neto Conselheiro desde 2002 Nascido em 1946, é graduado em Engenharia Química e em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É presidente e diretor do Latin America Internet Development Group e sócio-diretor da Íntegra Associados, Reestruturação Empresarial Ltda. É membro do Conselho de Administração de diversas empresas no Brasil e no exterior, incluindo Suzano BahiaSul S.A., Satipel Industrial S.A., Grupo RBS, São Paulo Alpargatas S.A., Delphi Corporation (Estados Unidos) e Johnson Electric (Hong Kong). Também integra o Conselho Consultivo da Bunge Brasil, Alcoa Brasil e Veirano.

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comitê executivo Gerdau

1. André Gerdau Johannpeter Diretor-presidente (CEO) e presidente do Comitê Executivo Gerdau (CEG) 6

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Nascido em 1963, é graduado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC—RS) e complementou sua formação acadêmica com os cursos General Business Administration, na Universidade de Toronto (Canadá), Marketing, na Ashridge Business School (Inglaterra), e Advanced Management Program na Wharton School — Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos). Trabalha no Grupo desde 1980. 2. Claudio Gerdau Johannpeter Diretor-geral de Operações (COO) Nascido em 1963, é formado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e realizou os


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GOVERNANÇA CORPORATIVA

cursos Operations Management, na University of London (Canadá), Executive Development, na Penn State (Estados Unidos), e Advanced Management Program, em Harvard (Estados Unidos). Trabalha no Grupo desde 1982. 3. Alfredo Huallem Vice-presidente executivo da Operação de Negócios Aços Longos Brasil Nascido em 1946, formou-se em Engenharia Metalúrgica (Universidade Federal Fluminense) e Engenharia Econômica (PUC—RJ). Também cursou Marketing Estratégico na Stanford University, nos Estados Unidos. Em 1974, iniciou sua carreira na Siderúrgica Hime, unidade que passou a integrar o Grupo Gerdau em 1985. 4. Manoel Vitor de Mendonça Filho Vice-presidente executivo da Operação de Negócios Açominas Nascido em 1957, é engenheiro metalúrgico pela Universidade Federal de Minas Gerais e tem MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas. Ingressou no Grupo em 1983 e já atuou em unidades no Nordeste, Sudeste e Sul do país.

6. Mario Longhi Filho Vice-presidente executivo da Operação de Negócios América do Norte e CEO da Gerdau Ameristeel Nascido em 1954, cursou Engenharia Metalúrgica no Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em São Paulo. Antes de ingressar no Grupo Gerdau, era vice-presidente executivo da Alcoa, empresa na qual atuou por 23 anos, onde liderava as operações globais e era membro do Comitê Executivo. Está no Grupo desde 2005. 7. Osvaldo Burgos Schirmer Vice-presidente executivo de Finanças, Controladoria & Relações com Investidores Nascido em 1950, é formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem MBA pela Southern Illinois University e especialização pela Harvard Business School, ambas nos Estados Unidos. Trabalhou no Grupo Iochpe, foi professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e presidente da Comissão de Mercado de Capitais da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). Atua no Grupo Gerdau desde 1986.

5. Márcio Pinto Ramos Vice-presidente executivo da Operação de Negócios América Latina

8. Paulo Fernando Bins de Vasconcellos Vice-presidente executivo da Operação de Negócios Aços Especiais

Nascido em 1960, formou-se em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem MBA pela Purdue University, nos Estados Unidos. Ingressou no Grupo Gerdau em 1982 e, posteriormente, trabalhou na Esso, Pepsico, Effem do Brasil (Mars Inc.) e Claro. Retornou ao Grupo Gerdau em 2005.

Nascido em 1945, formou-se em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da qual também foi professor. Com quase quarenta anos de experiência no Grupo Gerdau, já atuou como vice-presidente responsável pela Operação Açominas e pelo Gerdau Business System e como vice-presidente da Gerdau Ameristeel.

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VICE-PRESIDENTES E DIRETORES

Vice-presidentes e diretores corporativos*

André Pires de Oliveira Dias Diretor de Investimentos

Antônio Marques de Almeida Diretor de Serviços Compartilhados Gerdau Breno Lucki Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios Carlos Alberto Varela da Silva Diretor de Tecnologia da Informação Cláudio Mattos Zambrano Diretor Industrial e de Tecnologia de Gestão Enio Viterbo Junior Diretor de Saúde e Segurança do Trabalho Érico Teodoro Sommer Diretor de Energia, Meio Ambiente e Engenharia Expedito Luz Vice-presidente Jurídico e Secretário-geral do Comitê Executivo Gerdau (CEG) e do Conselho de Administração Francisco Deppermann Fortes Diretor de Recursos Humanos Geraldo Toffanello Diretor de Contabilidade

Renato Gasparetto Jr. Diretor de Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa Ruy Lopes Filho Vice-presidente de Projetos Estratégicos Tadeu Petterle Diretor de Suprimentos

Vice-presidentes e diretores das Operações de Negócios* Aços Longos Brasil Alfredo Huallem Vice-presidente executivo André Felipe Gueiros Reinaux Diretor de Marketing Dirceu Tarcisio Togni Diretor-executivo das Unidades Industriais Fernando José Dutra Parreira Diretor-executivo Gerdau Sul Fladimir Batista Lopes Gauto Diretor-executivo da Comercial Gerdau

Harley Lorentz Scardoelli Diretor Financeiro

Heitor L. Beninca Bergamini Diretor de Suprimentos Metálicos

João Aparecido de Lima Vice-presidente de Desenvolvimento Organizacional

Hermenio Pinto Gonçalves Diretor de Suprimentos Gerais

Joaquim de Souza Gomes Diretor de Metálicos e de Logística

Julio Carlos Lhamby Prato Diretor-executivo Gerdau Nordeste

José Paulo Soares Martins Diretor-executivo do Instituto Gerdau

Nestor Mundstock Diretor-executivo Gerdau Cosigua

Mario Santanna Junior Diretor-executivo da Gerdau Florestal

Ney Mauro Simone da Silva Diretor de Recursos Humanos

Osvaldo Burgos Schirmer Vice-presidente executivo de Finanças, Controladoria & Renato Silva Bernardes Diretor de Vendas e Distribuição Relações com Investidores Ricardo Giuzeppe Mascheroni Paulo Perlott Ramos Diretor de Marketing e Vendas Diretor-executivo Comercial


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GOVERNANÇA CORPORATIVA

Aços Especiais Paulo Fernando Bins de Vasconcellos Vice-presidente executivo Joaquim Guilherme Bauer Diretor-executivo da Gerdau Aços Especiais Piratini Jose Jainaga Gomez Diretor-geral da Sidenor Jose Joaquin Salazar Paternain Presidente da Villares Marcos Eduardo Faraco Wahrhaftig Diretor de Marketing Rodrigo Belloc Soares Diretor de Tecnologia Wang Chia Yuan Diretor-executivo do projeto China

Açominas Manoel Vitor de Mendonça Filho Vice-presidente executivo Carmine Sarao Neto Diretor de Recursos Humanos Daniel Antonio M. de Mesquita Diretor Industrial José Carlos de Matos Silva Diretor de Vendas Marcus Rocha Duarte Diretor de Mineração e Co-produtos Omar de Oliveira Fantoni Diretor de Planejamento e Administração

América Latina Márcio Pinto Ramos Vice-presidente executivo Eduardo Ermida Moretti Diretor-executivo da Diaco Hermann Von Mühlenbrock Sotto Gerente-geral da Gerdau AZA João Carlos Salin Gonçalves Diretor de Suprimentos Matérias-primas

José Pedro Sintas Diretor-executivo da Gerdau Laisa Luís Daniel Pécora Nova Diretor-executivo da Sipar Gerdau Luiz Augusto Polacchini Diretor-executivo da Siderperu Paulo Ricardo Tomazelli Diretor-executivo da Sizuca Samuel Nanes Venguer Diretor-executivo da Sidertul

América do Norte Mario Longhi Filho Presidente e CEO da Gerdau Ameristeel Terry Sutter Vice-presidente e COO Barbara Smith Vice-presidente e CFO Guilherme G. Johannpeter Vice-presidente, seções especiais e barras trefiladas Jack C. Peterson Vice-presidente, sistemas de gestão James Kerkvliet Vice-presidente, vendas e marketing James N. McCullohs Vice-presidente, unidades de transformação Matthew C. Yeatman Vice-presidente, matérias-primas e reciclagem Michael P. Mueller Vice-presidente, unidades siderúrgicas Robert E. Lewis Vice-presidente jurídico Terry K. Danahy Vice-presidente e CHRO

Índia André Beaudry Vice-presidente executivo *Atualizada em fevereiro de 2008

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Gestão de Riscos

A eficiência operacional do Grupo é assegurada por uma sólida estrutura de controle de riscos Os riscos inerentes à atividade siderúrgica e ao mercado econômico são minimizados pelo sistema de governança corporativa e por eficazes ferramentas de gestão. Com vários níveis de responsabilidade em relação aos riscos e ao cumprimento das práticas estabelecidas, a organização conseguiu formar uma sólida estrutura de controles capaz de assegurar a eficiência operacional. As diretrizes e práticas de gestão de riscos são estabelecidas pelo Comitê de Gestão de Riscos, um dos órgãos de apoio ao Comitê Executivo Gerdau (CEG). A implementação e o monitoramento são de responsabilidade dos Processos Funcionais — Suprimentos, Industrial, Marketing e Vendas, Finanças, Relações com Investidores, entre outros —, ligados diretamente ao CEG. A auditoria interna, vinculada à presidência da organização, supervisiona as operações, verificando se os riscos estão sendo gerenciados adequadamente. Os controles internos também são avaliados pelos auditores externos. A partir de 2007, os sistemas de controles internos de riscos foram alinhados às diretrizes da lei Sarbanes-Oxley (ver capítulo Governança corporativa).

Riscos de Mercado A rentabilidade do mercado siderúrgico mundial é influenciada pelas oscilações na demanda e na oferta global de aço. Já o consumo varia de acordo com as condições econômicas de cada país e com o desempenho da economia global. Em locais menos desenvolvidos, o crescimento econômico tem impacto mais significativo sobre o consumo de produtos siderúrgicos longos. Isso acontece porque esse tipo de aço está relacionado, principalmente, a setores básicos, como o da construção civil e o de obras de infra-estrutura.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Gestão de Riscos

Para se proteger dessas oscilações e ter acesso a características específicas de cada mercado, o Grupo Gerdau procura ampliar, cada vez mais, a diversificação geográfica e se estabelecer em locais com potencial de crescimento. Os volumes de produção são ajustados às demandas a partir da combinação de uma atuação global com operações regionais. O Grupo é formado por usinas que compram matéria-prima e vendem aço na região onde estão inseridas e também por unidades exportadoras com atuação reconhecida no mercado global. A organização busca atender aos diversos setores consumidores, procurando equilibrar o volume de produção destinado para cada segmento. O aumento da presença no segmento de aços especiais, cujo principal consumidor é a indústria automobilística, faz parte dessa estratégia. O Grupo investe ainda na diversificação da linha de produtos e no desenvolvimento de soluções inovadoras para os seus clientes.

Riscos de Investimentos Os investimentos são avaliados de forma rigorosa e aprovados em várias instâncias, de acordo com a estrutura de governança corporativa do Grupo. As decisões seguem uma visão de longo prazo e buscam assegurar a competitividade das operações em diferentes situações de mercado.

As aquisições de novas empresas ocorrem após um processo de análise, que considera as características e volumes de produção da companhia, o ambiente econômico e político da região onde ela está inserida, a sua rentabilidade e posição geográfica. O Grupo privilegia ativos rentáveis, capazes de oferecer o adequado retorno aos acionistas a longo prazo e que estejam alinhados a sua estratégia de atuação em cada local e mercado. Por meio do Gerdau Business System (GBS), sistema de gestão estruturado que reúne as melhores práticas em todas as operações, a organização consegue, em um curto período de tempo, adequar os processos e as práticas das novas empresas aos seus padrões.

Riscos de fornecimento de matériasprimas, insumos e energéticos Para minimizar os riscos de fornecimento, o Grupo Gerdau procura estabelecer relacionamentos de longo prazo e alianças comerciais que garantam a criação de compromissos conjuntos. Em alguns segmentos, como o de minério de ferro, o de coque e o de energia, a organização está ampliando o seu nível de produção própria, o que contribui para aumentar a segurança operacional e preservar a rentabilidade. Em 2010, o Grupo irá produzir 80,0% do minério utilizado por suas unidades no Brasil.

25


Riscos de acidentes com pessoas

Riscos Ambientais

O Sistema de Segurança Total procura garantir a segurança dos colaboradores e prestadores de serviços. Por meio dele, o Grupo Gerdau padroniza as melhores práticas, disseminando-as para todas as suas unidades. Os riscos com acidentes são reduzidos também pelas campanhas, capacitações, auditorias, ações diárias de conscientização, assim como pelos investimentos em atualização tecnológica e em equipamentos de proteção. O objetivo da organização é zerar o número de acidentes com perda de tempo (CPT). Algumas unidades já alcançaram esse resultado e são referência mundial na área (ver capítulo Colaboradores).

O Grupo Gerdau monitora com absoluto rigor e responsabilidade os aspectos relacionados à área ambiental, acompanhando todos os processos, desde o recebimento de matéria-prima até a distribuição dos produtos. Esses riscos são controlados por meio do Sistema de Gestão Ambiental, conjunto de práticas alinhado à norma ISO 14001 (ver capítulo Gestão ambiental).

Riscos Financeiros As transações financeiras procuram manter sempre um grau adequado de alavancagem, obedecendo aos limites definidos na política de endividamento do Grupo, o que garante níveis de dívida e de geração de caixa saudáveis. Além disso, a organização conta com uma grande aliada: a diversificação geográfica. Esse diferencial, uma espécie de hedge natural, permite que quase toda a dívida contraída seja em moeda gerada pelas operações locais.

Riscos Legais O Grupo Gerdau possui procedimentos de gestão que envolvem consultoria, acompanhamento dos processos judiciais, monitoramento das legislações e sugestões de aperfeiçoamento das leis. Além disso, participa de órgãos de classe e entidades representativas empresariais. Essas práticas mantêm a organização atualizada, garantindo o cumprimento das obrigações em todos os países onde está presente.

Riscos de acidentes com equipamentos e instalações Para minimizar os riscos de acidentes com os equipamentos e instalações de produção, está em franca consolidação o Programa de Segurança Operacional cujo principal objetivo é a identificação, análise, avaliação e tratamento dos riscos operacionais. A consolidação deste Programa tem sido avaliada e confirmada por auditorias externas contratadas pela empresa e pelas resseguradoras internacionais interessadas em conhecer o risco da Gerdau Açominas. A constante redução do valor do prêmio de seguros registrada nos últimos anos é um forte reconhecimento externo da eficácia do programa. A metodologia de Segurança Operacional está aplicada na maioria dos processos críticos em operação.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Estratégia e diferenciais competitivos

Estratégia e diferenciais competitivos

Grupo priorizará a integração das empresas adquiridas recentemente e seguirá atento a novas oportunidades O Grupo Gerdau tem como estratégia de atuação ser um dos líderes do processo de consolidação da siderurgia mundial e, nos próximos anos, buscará ampliar a diversificação geográfica de suas operações, ocupar posições de destaque em todas as regiões em que atua e participar dos principais segmentos de produtos da indústria siderúrgica. Portanto, seguirá atento a novas oportunidades de aquisições nas Américas, Ásia e Europa, além de investir no aumento das capacidades instaladas de suas atuais operações. Em relação a sua atuação nos distintos segmentos da siderurgia, o Grupo Gerdau continuará trabalhando para consolidar-se como um dos principais produtores no mercado de aços longos comuns e de aços longos especiais, assim como crescer no segmento de aços planos. Essa trajetória de crescimento tem requerido do Grupo a habilidade para reforçar seus diferenciais: tecnologia atualizada, custo de produção competitivo, processos produtivos diversificados, participação de mercado relevante nos países onde opera, acesso a bolsas de valores internacionais

Aspirações Estratégicas Gerdau

Liderança nos mercados

CRESCIMENTO e RENTABILIDADE

Diversificação geográfica

Organização integrada

Player em todos os segmentos

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e experiência na reversão de resultados de empresas adquiridas. Além disso, o Grupo acredita que, para enfrentar um mercado formado por players com escala e competitividade crescentes, é fundamental trabalhar com foco no cliente, qualidade dos produtos e serviços, ampliação da produtividade, assim como expandir a produção de energia, coque e minério de ferro, essenciais no processo siderúrgico. Nos próximos anos, a competitividade da organização será reforçada com a consolidação de quatro pólos tecnológicos de aços longos especiais, segmento de alto valor agregado. Esses centros, instalados na Gerdau Aços Especiais Piratini (Brasil), Aços Villares (Brasil), Sidenor (Espanha) e Macsteel (Estados Unidos), permitirão a intensificação das trocas de experiências e a transferência de conhecimentos para as demais operações. Ao longo de sua expansão, o Grupo Gerdau tem, como um dos seus principais desafios, a formação de equipes com níveis de excelência elevados. Por isso, são realizados expressivos investimentos na capacitação dos colaboradores e na atração de profissionais do mercado, garantindo que a integração e a gestão das operações ocorram com a máxima eficácia. Além disso, ao analisar as oportunidades de aquisição, o Grupo Gerdau busca agregar as experiências e as práticas das novas empresas por meio da qualidade das pessoas e dos processos já existentes. O seu crescimento futuro, assim como tem ocorrido ao longo dos anos, será sempre feito buscando respeitar as pessoas e o meio ambiente. Por isso, o Grupo Gerdau seguirá investindo em tecnologias e sistemas de gestão ambiental que auxiliam na proteção do meio ambiente e no desenvolvimento econômico e social das comunidades das regiões onde atua.

Gerdau Business System (GBS) Sistema global que consolida as melhores práticas do Grupo Gerdau em todos os processos de negócios, o Gerdau Business System (GBS), estruturado a partir de 2002, auxilia líderes e equipes a atuarem de forma integrada e alinhada à estratégia, levando a organização à excelência nas suas operações. O GBS aprimora a forma de trabalho de todas as operações do Grupo, assim como o desempenho das companhias recémadquiridas no menor período de tempo possível. O Grupo Gerdau busca alinhar de forma gradual os processos das novas empresas ao GBS. Após dois anos de trabalho, as unidades já possuem um grau elevado de aderência ao sistema de gestão e a meta do Grupo é reduzir esse período, sem prejudicar a eficácia da metodologia. O GBS estrutura e padroniza políticas, diretrizes, melhores práticas e indicadores de desempenho. Ele foi desenvolvido de forma conjunta com todas as Operações de Negócios e, por ser um sistema aberto e em constante inovação, permite incorporar procedimentos específicos de uma determinada unidade, assim como os resultantes de benchmarking externo. Atualmente, o GBS já acumula mais de 800 diferentes práticas em todos os processos, as quais também respeitam a diversidade cultural e as especificidades dos mercados. Periodicamente, avaliadores verificam in loco o grau de alinhamento das áreas às práticas estabelecidas por meio da ferramenta conhecida como assessment. Em 2007, o número de assessments cresceu 30,0% em relação a 2006, resultado do aprimoramento do GBS e das novas aquisições. Os assessments geram planos de ação para a evolução do desempenho das operações e são ainda importantes fontes de difusão da cultura Gerdau e de desenvolvimento dos colaboradores.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Estratégia e diferenciais competitivos

Estrutura organizacional do gbs

Macroprocessos de Operação Macroprocessos de Suporte

Conselho de Administração

Líderes das Operações

Índia

Aços Especiais

Açominas

América do Norte

América Latina

Longos Brasil

Comitê Executivo

Saúde e Segurança do Trabalho Marketing e Vendas Industrial

Process Owners

Logística Metálicos Suprimentos Planejamento Operacional Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional Estratégia e Desenvolvimento de Negócios Tecnologia de Gestão Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa Responsabilidade Social Tecnologia da Informação

Process Leaders

Contabilidade Auditoria Energia Finanças e Relações com Investidores Jurídico

Cada macroprocesso — Marketing e Vendas, Industrial, Tecnologia de Gestão, entre outros — é coordenado por um process owner, que atua com os process leaders das Operações de Negócios — Longos

Brasil, América Latina, América do Norte, Açominas, Aços Especiais e Índia — nos diversos países onde o Grupo Gerdau está presente

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NEGÓCIOS A qualificação das nossas pessoas, somada a um forte sistema de gestão, permite que o Grupo Gerdau aprimore seus processos, amplie suas operações em todo o mundo e mantenha sua trajetória de crescimento com rentabilidade. Claudio Gerdau Johannpeter Diretor-geral de Operações (COO) do Grupo Gerdau

A instalação do novo alto-forno da Gerdau Açominas, em Ouro Branco (MG), eleva a capacidade produtiva da usina em 50,0%, para atender à ampliação das demandas doméstica e global por aço, especialmente dos mercados automotivo e da construção civil



Desempenho dos negócios e investimentos

US$ 6,3 bilhões aplicados em aquisições de novas empresas e na ampliação das capacidades produtivas A incorporação de novas empresas e o aquecimento dos mercados, especialmente no Brasil, fizeram com que a produção do Grupo Gerdau aumentasse em 13,6%, para 17,9 milhões de toneladas de aço em 2007. Essa expansão supera a evolução de 7,4% da siderurgia mundial, que produziu 1,3 bilhão de toneladas no período. As vendas físicas tiveram elevação de 15,2% comparativamente às de 2006, somando 17,2 milhões de toneladas. Esse resultado foi gerado, principalmente, pela expansão da demanda global e pelas aquisições feitas no período. No Brasil, o crescimento da construção civil e da indústria, principais clientes do Grupo Gerdau, possibilitou uma elevação de 15,5% nas vendas físicas, cujo volume chegou a 4,9 milhões de toneladas. Nos demais países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Uruguai e Venezuela), o desempenho de vendas evoluiu 45,5% em relação a 2006 e foram comercializadas 2,3 milhões de toneladas em decorrência das aquisições realizadas no período e da expansão da economia na região. Caso fossem descontados os volumes comercializados pelas novas empresas, as vendas teriam crescido 7,7% em comparação ao ano anterior. Nos Estados Unidos e Canadá, as vendas totalizaram 6,9 milhões de toneladas em 2007, 14,9% a mais que em 2006. Sem as aquisições consolidadas no ano, as vendas teriam se mantido praticamente iguais às de 2006. Na Espanha, foram comercializadas 936 mil toneladas, volume 37,4% superior ao do ano anterior. Se fosse excluída a contribuição da GSB Acero, o acréscimo nas vendas teria sido de 5,2%. No ano, os investimentos do Grupo Gerdau somaram US$ 6,3 bilhões. Desse total, US$ 4,8 bilhões — o que não inclui as aquisições que ainda estão sendo concluídas — foram aplicados na compra das novas empresas. Os demais US$ 1,5 bilhão foram destinados para a ampliação das capacidades de produção das atuais unidades e melhorias operacionais para aumento de produtividade, da qualidade dos produtos e da eficiência ambiental, assim como o aprimoramento da segurança dos colaboradores no ambiente de trabalho. Em 2008, o Grupo Gerdau expandiu sua atuação na área de minério de ferro, uma importante matéria-prima do processo siderúrgico, com o início da operação da unidade de processamento em Miguel Burnier (MG). Recentemente, estudos de prospecção apontaram a existência de 1,8 bilhão de toneladas de minério de ferro nas reservas da organização em Minas Gerais,


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Desempenho dos negócios e investimentos

localizadas em Miguel Burnier, Várzea do Lopes, Gongo Soco e Dom Bosco. O consumo atual de minério de ferro do Grupo no Brasil é de aproximadamente 9,4 milhões de toneladas por ano.

Perspectivas Para os próximos três anos serão investidos cerca de US$ 6,4 bilhões, o que não inclui futuras aquisições. Desse total, US$ 4,4 bilhões serão destinados para as operações no Brasil, com destaque para a instalação de um laminador de chapas grossas no país, que ampliará a presença da organização no segmento de aços planos. Para o Canadá e os Estados Unidos, serão destinados US$ 785 milhões, para os países da América Latina (exceto Brasil), US$ 859 milhões, e para a Espanha, US$ 295 milhões. Com isso, em 2010, a capacidade anual de produção de aço do Grupo deverá aumentar 13,9%, alcançando 28,3 milhões de toneladas, e a de laminados, 18,5%, para 24,9 milhões de toneladas. O Grupo também destinará recursos para a autogeração de energia elétrica, como forma de se proteger das oscilações dos preços do insumo, ampliar seu nível de segurança operacional e manter a rentabilidade. Em 2007, iniciou a construção das hidrelétricas Caçu-Barra dos Coqueiros, em Goiás. Com um investimento de US$ 230 milhões, o empreendimento entrará em operação em 2010 e terá capacidade de 155 MW. Em fevereiro de 2008, o Grupo recebeu da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a concessão para geração de energia do complexo hidrelétrico São João-Cachoeirinha, no Paraná, cuja potência instalada é de 105 MW. O projeto tem conclusão prevista para o início de 2011 e deverá receber US$ 173 milhões em recursos. Existem também estudos de investimentos em geração de energia em países da América Latina onde a organização possui unidades.

Na área de minério de ferro, o Grupo investirá nos próximos três anos US$ 120 milhões, montante que inclui a planta de tratamento em Várzea do Lopes e a estrutura logística para escoamento da matériaprima. Em 2010, as minas irão gerar 80,0% do minério utilizado pelas unidades Gerdau no Brasil.

Produção de aço — placas, blocos e tarugos (em mil toneladas) 20.000 16.000

17.907 15.767

45,3%

48,8%

12.000 38,1% 38,4%

8.000

Brasil

4.000 0

10,5%

7,8% 5,0% 2006

6,1%

Estados Unidos e Canadá América Latina* Europa

2007

Produção de laminados (em mil toneladas) 16.000

15.160 12.803

12.000

36,1%

38,4% 44,1%

8.000

45,4% Brasil

4.000

13,2%

11,0% 0

6,6%

5,2% 2006

*Não inclui Brasil

2007

Estados Unidos e Canadá América Latina* Europa

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Vendas físicas por região

Investimentos

(em mil toneladas)

(US$ milhões)

20.000 17.159 16.000

14.889

41,0%

44,5%

2007

Brasil

718

1.046

Estados Unidos e Canadá

239

190

América Latina*

52

165

Europa

45

140

-

-

1.054

1.541

Ásia

12.000 40,5% 40,5%

8.000 4.000 0

2006

13,1%

10,4% 4,6% 2006

5,4%

Total em ativo imobilizado Brasil

Aquisições concluídas 1

Estados Unidos e Canadá América Latina*

Estados Unidos e Canadá

299

4.283

América Latina*

203

466

Europa

497

25

Europa

Ásia

2007

Total em aquisições

*Não inclui Brasil

Total

-

-

999

4.774

2.053

6.315

1

Destino das exportações a partir do Brasil (2,1 milhões de toneladas)

Não inclui valores de aquisições não concluídas em 2007 (Kalyani, Corsa e Macsteel). As aquisições contabilizam as dívidas das empresas assumidas no período

*Não considera o Brasil

26,0% Ásia

Operações de Negócios

24,0% América do Sul 15,0% América Central 10,0% Europa 12,0% África 13,0% América do Norte

42 unidades siderúrgicas, 14 unidades de transformação, 87 unidades de corte e dobra de aço, 32 unidades de coleta e processamento de sucata, 75 unidades comerciais, 5 joint ventures e 3 empresas coligadas, divididas em 6 Operações de Negócios: Aços Longos Brasil Aços Especiais (Brasil, Espanha e Estados Unidos) Açominas (Brasil) América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela) América do Norte (Estados Unidos e Canadá) Índia


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Desempenho dos negócios e investimentos

AÇOS LONGOS BRASIL O aquecimento da demanda interna estimulado pelo crescimento da atividade econômica no Brasil impulsionou o desempenho da Operação de Negócios Aços Longos Brasil em 2007. No ano, a produção de aços longos acompanhou o bom momento dos mercados, principalmente a construção civil e a indústria em geral, especialmente a de máquinas e equipamentos agrícolas e a de bens de capital. O país registrou um ambiente econômico favorável, aumento do crédito para compra de imóveis, expansão das capacidades produtivas das indústrias e ampliação do nível de renda. O cenário positivo fez com que os preços das matérias-primas e insumos apresentassem elevação, em parte compensada pelos ganhos de produtividade, o que levou a Operação de Negócios a manter seus custos sob controle. Para atender à evolução da demanda, a Operação de Negócios Aços Longos Brasil reduziu as exportações e ampliou a produção a partir da utilização das capacidades instaladas já existentes nas suas dez unidades siderúrgicas. Destaca-se, em 2007, a Gerdau São Paulo (SP), usina inaugurada recentemente, que aumentou sua produção, atingindo bom desempenho e ultrapassando os níveis inicialmente previstos de crescimento. Em 2007, a operação avançou na estratégia de fabricar aço com maior valor agregado, atendendo à crescente demanda dos seus clientes por ganhos de produtividade em seus processos. Os destaques foram os vergalhões GG50 cortados e dobrados e as soluções prontas, como telas soldadas, treliças e colunas para estruturas, todos destinados à construção civil. Esses produtos oferecem maior agilidade e produtividade às obras, além de reduzir custos, aumentar a qualidade e ampliar a segurança dos colaboradores no ambiente de trabalho (ver quadro Soluções sob medida atendem à expansão da construção civil). Para acompanhar o aquecimento do mercado, os investimentos foram revisados em relação aos valores inicialmente previstos para o ano, de forma a garantir o atendimento ao rápido crescimento da demanda.

Parte importante da Operação de Negócios Aços Longos Brasil é a Comercial Gerdau, maior distribuidora de aço do país e da América Latina, que encerrou 2007 com 68 unidades. Esse canal de vendas conta com uma linha completa de aços longos, especiais e planos produzidos pelo Grupo Gerdau e por outras siderúrgicas. No exercício, a operação teve uma importante conquista. A Gerdau Riograndense, unidade localizada no Rio Grande do Sul, recebeu o Prêmio Nacional da Qualidade, o maior reconhecimento à excelência de gestão no Brasil. A premiação valoriza a qualidade dos processos, dos produtos e dos serviços.

Perspectivas As perspectivas para 2008 são muito positivas, com previsão de continuidade da expansão econômica verificada em 2007. O aumento da disponibilidade de crédito, a evolução do setor industrial e o crescimento das obras — estimulado também pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) — deverão garantir a demanda por produtos siderúrgicos. Nos próximos anos, a operação manterá a sua estratégia de investir em aumento da capacidade instalada e da produtividade dos seus processos para atender ao crescimento esperado do consumo brasileiro. Faz parte ainda da estratégia ampliar a oferta de produtos que incorporem mais tecnologia e produtividade para os seus consumidores, em linha com a política de relacionamento com o cliente do Grupo Gerdau.

UNIDADES AÇOS LONGOS BRASIL 10 unidades siderúrgicas

3 unidades de transformação 2 unidades de produção de ferro-gusa sólido 26 unidades de corte e dobra de aço 7 unidades de coleta e processamento de sucata 1 terminal portuário privativo 68 unidades comerciais 4 centros de serviços de aços planos 1 joint venture

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Soluções sob medida atendem à expansão da construção civil O Grupo Gerdau prioriza a entrega de produtos com maior valor agregado — vergalhões cortados e dobrados e soluções prontas, como as treliças para confecção de lajes e as telas soldadas. Oferece um atendimento diferenciado ao mercado por meio do sistema industrializado de corte e dobra de vergalhões, que são entregues na obra prontos e no momento do uso. Antes dessa inovação, o processamento manual de vergalhões no canteiro chegava a causar perdas de até 15,0% sobre o total de aço consumido. A redução de estoque de produtos de aço nas obras resultou em maior agilidade e economia para as construtoras, que se tornam mais ágeis e competitivas.

O Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiás, construído com aço Gerdau, recebeu o Prêmio Talento Engenharia Estrutural 2007 na categoria Edificações

A meta é ampliar a liderança nessa área, buscando as oportunidades proporcionadas pela demanda crescente da construção civil. Para isso, parte dos investimentos realizados em 2007 foi destinada à expansão da capacidade produtiva desse segmento de produtos. Para viabilizar esse crescimento, foi fundamental o esforço realizado pelo Grupo no aperfeiçoamento da gestão e da estrutura logística da área. Atualmente, a organização possui 26 unidades de corte e dobra de aço e o serviço conta ainda com uma rede de distribuidores independentes capacitados a trabalhar com esse tipo de produto.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Desempenho dos negócios e investimentos

Aços Especiais (Brasil, Espanha e Estados Unidos) Em 2007, o Grupo Gerdau consolidou a sua liderança global na produção de aços longos especiais para a indústria automotiva, principal consumidora nesse segmento da siderurgia. Além disso, tornou-se o segundo maior produtor de aços longos especiais do mundo, superado apenas por uma empresa chinesa.

Esse resultado foi fruto dos investimentos feitos no Brasil e na Espanha e, principalmente, da entrada no mercado norte-americano de aços longos especiais por meio da assinatura de um acordo para a aquisição da operação siderúrgica Macsteel, pertencente à Quanex Corporation. A Macsteel é a segunda maior produtora de aços longos especiais na América do Norte e uma das principais

Grupo Gerdau se consolida como fornecedor global de aços especiais Em 2007, o Grupo Gerdau assinou um acordo para a aquisição da norte-americana Macsteel, pertencente à Quanex Corporation, por US$ 1,7 bilhão, incluindo dívidas, o que ampliará a sua capacidade instalada em aços longos especiais para cerca de 4 milhões de toneladas anuais. Dessa forma, a organização alcançou a liderança mundial na fabricação desse produto para a indústria automobilística, com bases produtivas em território brasileiro, espanhol e norte-americano, e a posição de segundo maior produtor de aços longos especiais do planeta. A transação abriu novas possibilidades de crescimento nos Estados Unidos, onde o segmento

Barras descascadas polidas utilizadas na fabricação de peças para a indústria automotiva, como eixos e engrenagens

de aços longos especiais deve se manter no mesmo nível de produção do ano anterior. A Macsteel ocupa a segunda posição entre os fabricantes de aços longos especiais na América do Norte e atua com aproximadamente 1.600 colaboradores em três usinas siderúrgicas e seis unidades de transformação. Sua capacidade instalada anual é de 1,2 milhão de toneladas de aço e 1,1 milhão de toneladas de laminados. Cerca de 80,0% do volume fabricado destina-se à indústria automotiva.

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referências mundiais em desenvolvimento, produção e comercialização desse tipo de produto (ver quadro Grupo Gerdau se consolida como fornecedor global de aços especiais).

Nos Estados Unidos, também ocorrerão Intercâmbios de conhecimento entre a Macsteel e as demais operações do Grupo no país.

Ao longo do ano, a Operação de Negócios Aços Especiais deu continuidade aos seus planos de expansão e de investimentos que visam consolidar sua posição no mercado. Mais de US$ 190 milhões foram destinados à ampliação e modernização das unidades no Brasil e na Espanha. Também houve investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços e no treinamento dos colaboradores.

Perspectivas

O Grupo Gerdau, por meio da Sidenor Industrial, na qual possui uma participação de 40,0%, adquiriu a Trefilados de Urbina S.A. — Trefusa. A empresa, considerada uma das principais trefiladoras de aços longos especiais da Espanha, permitiu que a organização ampliasse a produção e a oferta de aço com maior valor agregado. O crescimento do Grupo Gerdau nesse segmento vem sendo impulsionado pela expansão da indústria automotiva mundial, que evoluiu 4,7% em 2007, assim como pelo crescimento dos setores de máquinas e equipamentos, petroquímico, de energia, entre outros. O Grupo Gerdau está posicionado junto aos principais centros produtores de veículos do mundo. Também possui quatro pólos de pesquisa e desenvolvimento instalados em unidades da operação no Brasil, Espanha e Estados Unidos, além de parcerias com universidades, diferencial que faz com que ofereça aos seus clientes o que há de mais avançado em aços longos especiais (ver capítulo Clientes). Em 2007, o Grupo Gerdau obteve aprovação, unânime e sem restrições, por parte das autoridades reguladoras da concorrência no Brasil, da compra de 40,0% do capital social da Corporación Sidenor (Espanha) que, por sua vez, possui uma participação de 58,0% na Aços Villares (Brasil). Esta aprovação permite o início das trocas de melhores práticas e de tecnologia entre as três usinas produtoras da Aços Villares e o Grupo Gerdau, possibilitando identificar e capturar as sinergias existentes e, com isso, incrementar a competitividade das empresas.

A demanda por aços longos especiais vem crescendo em todo o mundo e a expectativa é de que, em 2008, essa trajetória seja mantida. A produção automotiva global deve continuar evoluindo, com uma previsão de expansão de 4,0%, principalmente no Brasil, Índia, China e Leste Europeu, segundo projeções do mercado. Os demais segmentos consumidores de aços longos especiais também devem seguir crescendo. O setor petroquímico vem sendo impulsionado por novas prospecções em decorrência da elevação dos preços do petróleo. A geração de energia eólica também está em alta, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, e a demanda por máquinas e equipamentos vem se mantendo aquecida diante do forte ritmo de crescimento da economia mundial. Em 2008, será dada continuidade aos investimentos na expansão das unidades industriais e na modernização dos processos, de forma a manter os níveis de competitividade e ampliar participações de mercado. A busca por soluções tecnológicas adequadas para cada cliente se fortalecerá com a integração dos quatro pólos de pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos. A cobertura geográfica e a diversificação da linha de produtos permitirão uma proximidade maior com seus clientes, o que sustentará a competitividade das cadeias produtivas onde está presente. Além disso, será mantida a busca por outras oportunidades, por meio da avaliação de novas geografias e negócios que agreguem valor aos produtos e para os clientes.

UNIDADES AÇOS ESPECIAIS 1 unidade siderúrgica (Brasil) 1 empresa coligada (Brasil e Espanha) 3 unidades siderúrgicas no Brasil e 5 unidades siderúrgicas na Espanha 3 unidades siderúrgicas nos Estados Unidos (aquisição ainda não concluída)


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Desempenho dos negócios e investimentos

O Grupo Gerdau é líder mundial na produção de aços especiais para o setor automotivo, utilizados em peças que exigem alta segurança, qualidade e confiabilidade SISTEMA DE DIREÇÃO

CAIXA DE CÂMBIO

Eixos

Engrenagens

Válvulas de pressão

Eixos

Cremalheiras

Rolamentos

Elementos de fixação

Elementos de fixação

Rolamentos Cubos de rodas

MOTOR Bielas Virabrequim Rolamentos Elementos de injeção Eixo de comando de válvula Elementos de partida Elementos de fixação Pinos

SISTEMA DE TRANSMISSÃO

SUSPENSÃO

Eixos

Molas

Engrenagens

Pinos

Semi-eixos

Grampos

Rolamentos

Amortecedores

Elementos de fixação

Elementos de fixação

Tulipas

Barras estabilizadoras

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Açominas (Brasil) Em 2007, a Operação de Negócios Gerdau Açominas, que opera a maior usina siderúrgica do Grupo Gerdau, manteve sua trajetória de crescimento. No período, foi finalizada a principal etapa de um investimento de US$ 1,5 bilhão para a expansão da unidade. Esses recursos, entre outras melhorias, aumentaram a capacidade produtiva da usina em 50,0%, para 4,5 milhões de toneladas de aço líquido por ano a partir da instalação de um novo alto-forno. Em 2008, a inauguração de um lingotamento contínuo de placas, com capacidade instalada de 1,5 milhão de toneladas, marcará a conclusão do programa de ampliação e também permitirá que o Grupo Gerdau aumente a sua presença no segmento de aços planos. Com o investimento, a Operação de Negócios passou a contar com novos equipamentos, tais como o lingotamento contínuo de blocos, que melhora a qualidade interna e superficial dos produtos, e o segundo forno-panela, responsável por produzir aço com maior qualidade e produtividade. A Gerdau Açominas recebeu ainda uma nova sinterização e expandiu as capacidades de sua central termelétrica e de suas laminações de perfis estruturais e tarugos. Em 2007, importantes mercados consumidores apresentaram crescimento e, conseqüentemente, ampliaram a demanda por produtos da Gerdau Açominas. Destacam-se a indústria automotiva global, a de equipamentos para a construção de parques eólicos e a da construção civil, sendo essa última no Oriente Médio. No Brasil, os destaques são os setores da construção civil (+12,0%), de máquinas e implementos agrícolas (+41,0%) e automotivo (+13,9%). Em 2007, o Grupo Gerdau comprou, por R$ 653,8 milhões, a participação de 2,89% do Clube dos Empregados da Açominas nas empresas Gerdau Aços Longos S.A., Gerdau Açominas S.A., Gerdau Aços Especiais S.A. e Gerdau Comercial de Aços S.A.

Perspectivas A estratégia de aumento da produção de aço com maior valor agregado está relacionada, entre outros produtos, à linha de perfis estruturais. A Gerdau Açominas é pioneira nesse segmento no Brasil e tem ampla experiência em criar novas soluções e, com isso, desenvolver mercados consumidores em todo o mundo. Dessa forma, a unidade está ampliando a sua capacidade instalada de perfis estruturais de 520 mil toneladas para 900 mil toneladas em 2009 (ver quadro Gerdau Açominas inova no Brasil). Outra aposta é o segmento de fio-máquina, para o qual a Gerdau Açominas desenvolve anualmente uma série de produtos, como arames para pneus (tire cord) e para concreto protendido, com características especiais. Atualmente, a usina pode produzir até 550 mil toneladas de fio-máquina. A Gerdau Açominas, tradicional exportadora, também tem como estratégia a diversificação dos mercados consumidores dos seus produtos, reduzindo a dependência em relação aos principais importadores e, conseqüentemente, os riscos. Para isso, em 2007, expandiu sua presença comercial no Oriente Médio e na África e consolidou suas vendas para a América Latina, América do Norte, Europa e Ásia. Em 2008, a partir de investimentos na área de mineração, cerca de 30,0% do minério de ferro consumido pela Gerdau Açominas será fornecido pelas reservas próprias, percentual que deverá atingir 45,0% até o final de 2009. O Grupo Gerdau avalia ainda a possibilidade de novos investimentos em expansão na Gerdau Açominas, mas ainda não há nada definido.

UNIDADES AÇOMINAS 1 unidade siderúrgica 4 áreas de extração de minério de ferro 1 terminal portuário privativo


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Desempenho dos negócios e investimentos

Gerdau Açominas inova no Brasil A venda de perfis estruturais Gerdau Açominas no mercado interno brasileiro apresentou um crescimento de 57,0% em 2007. A decisão de instalar o laminador da Açominas, há seis anos, representou a entrada do Grupo na indústria de construção metálica com produtos de alto valor agregado. O segmento, que contava somente com perfis soldados e laminados importados em pequena quantidade, pôde, assim, alavancar seu enorme potencial de crescimento. Com o lançamento do produto, novos consumidores passaram a demandar esse sistema de construção, atraídos pela rapidez, racionalidade e competitividade, principais características da construção metálica. Entregues prontos para processamento, os perfis podem ser usados em praticamente todos os projetos que envolvam estruturas metálicas na construção civil e na indústria. Eles têm aplicação em obras de shopping centers, galpões, universidades, hospitais, pontes, mineradoras, refinarias, siderúrgicas, usinas de álcool e açúcar, assim como em vagões, navios, estruturas de suporte de máquinas e equipamentos,

Obra em Betim (MG) utiliza perfis estruturais da Gerdau Açominas

chassis de veículos, entre outros. Os perfis são utilizados também com enorme vantagem como estacas metálicas para fundações e contenções. Para a introdução dos perfis no mercado brasileiro, o Grupo criou uma unidade técnica específica, cuja atuação vai desde a fase inicial dos projetos, oferecendo apoio e assessoria, até a concretização do processo de venda e entrega. Os perfis, produzidos em 89 bitolas, possuem alta resistência, o que permite ganhos de até 25,0% no peso total das estruturas. São fornecidos em diferentes especificações para atender às necessidades especiais dos clientes. Para o setor de óleo e gás, por exemplo, foram produzidos perfis exclusivos para aplicação em estruturas de plataformas, equipamentos de prospecção de petróleo e gás, entre outros. Além de vantagens no processo de instalação, os perfis estruturais oferecem praticidade na manutenção e na eventual necessidade de modificações na construção. A redução no tempo da obra pode alcançar 40,0% em relação a outros sistemas estruturais.

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América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela) A expansão para três novos países e o crescimento da economia na região marcaram o ano da Operação de Negócios América Latina em 2007. No período, o Grupo Gerdau ingressou no México, na República Dominicana e na Venezuela, além de expandir suas atividades na Colômbia. O cenário favorável — o Produto Interno Bruto (PIB) da região evoluiu 5,6% em 2007, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) — e as boas perspectivas para o futuro impulsionaram esses investimentos, que elevaram a produção de aço anual do Grupo na América Latina para 1,9 milhão de toneladas (+51,5%) e a de laminados para 2,0 milhões de toneladas (+41,8%). A Operação de Negócios não inclui as unidades no Brasil. A entrada no mercado mexicano, o terceiro maior das Américas, foi essencial para a consolidação da presença do Grupo Gerdau no continente. Em março, foi adquirida a Siderúrgica Tultitlán. Em outubro, a organização ampliou a sua presença no país ao assinar um acordo para a compra de 49,0% da Aceros Corsa, operação concluída no início de 2008 (ver quadro Aquisições no México consolidam presença nas Américas). O início da atuação na Venezuela se deu por meio da aquisição da Sizuca, empresa com capacidade instalada de 300 mil toneladas de aço e 250 mil toneladas de laminados, apta para atender plenamente ao forte crescimento do consumo de seus clientes. A dominicana Inca, companhia na qual o Grupo assumiu participação de 49,0% em 2007, é considerada a melhor laminadora do Caribe, pela produtividade, qualidade dos produtos e logística. A República Dominicana e a Venezuela possuem uma economia em expansão e demanda interna crescente. Em 2007, o PIB dos países aumentou 7,5% e 8,5%, respectivamente, de acordo com a Cepal. No ano, outro destaque foi a aquisição de um conjunto de ativos referente a um projeto de uma aciaria na Colômbia. Em 2008, esse investimento adicionará 300 mil toneladas anuais à capacidade instalada do Grupo no país e atenderá ao setor da construção civil colombiano, principal consumidor dos produtos Gerdau, que, em 2007, apresentou evolução de 12,0%, conforme Departamento Administrativo Nacional de Estatística (Dane). No exercício, a organização expandiu a sua produção de aço na Colômbia em 10,0%, para 550 mil toneladas. Esse volume adicional foi obtido com o aumento da produtividade.

No Peru, o Grupo Gerdau também ampliou a produção da Siderperu, adquirida em 2006, de 360 mil toneladas para 500 mil toneladas anuais. Esse ganho, alcançado com investimentos em processos e em gestão, fez com que a empresa atendesse à expansão de 15,0% do mercado da construção civil do país.

Perspectivas O Grupo Gerdau pretende consolidar nos próximos anos o seu processo de expansão na América Latina por meio de três frentes: entrada em novos países, aquisição de ativos em mercados onde já possui operações e ampliação das unidades já existentes. Com essa estratégia de atuação, o Grupo quer estar presente em toda a região, firmando sua posição de liderança no segmento de aços longos. Os investimentos nas atuais unidades irão priorizar o desenvolvimento da eficiência e da produtividade das usinas e a segurança no ambiente de trabalho. Essas melhorias serão obtidas, principalmente, com a capacitação dos colaboradores e a atualização tecnológica dos parques industriais. O Grupo Gerdau planeja participar de projetos de geração de energia na América Latina para garantir o abastecimento desse insumo e reduzir os custos de produção. Em 2007, as crises energéticas no Uruguai, Argentina e Chile fizeram com que a organização buscasse fontes alternativas para manter o funcionamento das unidades industriais nesses países. Nas fábricas uruguaias e argentinas, o gás natural foi substituído por GLP e, nas unidades chilenas, optou-se pela ampliação do uso de diesel. Soma-se à instabilidade de fornecimento, o preço do insumo, que subiu em todos os países da região.

UNIDADES AMÉRICA LATINA 12 unidades siderúrgicas (Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Uruguai e Venezuela) 12 unidades de corte e dobra de aço (Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai) 6 unidades de coleta e processamento de sucata (México e Colômbia) 7 unidades comerciais (Argentina e Chile) 2 empresas coligadas (República Dominicana e México) 1 joint venture (Chile)


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Desempenho dos negócios e investimentos

Aquisições no México consolidam presença nas Américas Duas aquisições realizadas em 2007 marcaram a entrada do Grupo Gerdau no México, terceiro maior produtor de aço no continente americano. Em março, foi adquirida a Siderúrgica Tultitlán, capaz de produzir 350 mil toneladas de aço por ano. Localizada na área metropolitana da Cidade do México, a usina opera com 550 colaboradores. No final de 2008, a capacidade instalada da empresa será ampliada para 500 mil toneladas, a partir de um investimento de US$ 50 milhões.

proximidades da capital mexicana, a Corsa possui

Sete meses depois, a organização expandiu sua presença no país ao assinar um acordo para a compra de 49,0% da Aceros Corsa, siderúrgica com capacidade anual de 150 mil toneladas de aço e 300 mil toneladas de laminados. Sediada nas

país importa esse tipo de perfil, produto de alto valor

A Siderúrgica Tultitlán atende à demanda do mercado mexicano com vergalhões e perfis

480 colaboradores. Também está previsto um investimento conjunto entre os sócios da Aceros Corsa de US$ 400 milhões na construção de uma nova usina, a qual terá capacidade instalada de 1 milhão de toneladas de aço e 700 mil toneladas de perfis estruturais. Isso permitirá que, a partir de 2010, o Grupo Gerdau passe a atuar no segmento de perfis estruturais no México e complete as necessidades da laminação da Aceros Corsa. Hoje, o agregado destinado principalmente à construção civil. No início de 2008, a operação de compra de participação acionária na Aceros Corsa foi concluída.

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América do Norte (Estados Unidos e Canadá) A Gerdau Ameristeel, empresa do Grupo Gerdau nos Estados Unidos e Canadá, apresentou um desempenho muito positivo em 2007. Manteve a média anual de 30,0% de crescimento da receita líquida em dólares verificada nos últimos quatro anos. Parte desse resultado foi impulsionada pelas aquisições realizadas no exercício. No período, a Gerdau Ameristeel se consolidou como a quarta maior siderúrgica norte-americana e a segunda maior produtora de aços longos da América do Norte, com capacidade produtiva de 10,0 milhões de toneladas anuais. Isso porque, em 2007, ocorreu a compra da Chaparral Steel por US$ 4,2 bilhões (ver quadro Grupo Gerdau amplia atuação nos Estados Unidos). Também passaram a integrar o Grupo, nas regiões Leste e Oeste dos Estados Unidos, mais quatro empresas de corte e dobra de aço — Re-Bars, Enco Materials, D&R Steel e Valley Placers —, sendo que as duas últimas aquisições ocorreram por meio da joint venture Pacific Coast Steel. Um dos objetivos da Operação de Negócios, portanto, é ampliar, cada vez mais, a sua diversificação geográfica. A crise imobiliária enfrentada pelos Estados Unidos no ano não afetou diretamente os negócios da Gerdau Ameristeel, já que o foco da companhia não é o setor da construção civil residencial, o principal atingido pela crise. As vendas da empresa são direcionadas, principalmente, aos segmentos de infra-estrutura, à construção civil não-residencial e à indústria metal-mecânica. Apesar da crise imobiliária, estimativas do mercado apontam que o PIB norte-americano deve evoluir 2,1% no período e o canadense, 2,0%. Em 2007, a Gerdau Ameristeel reforçou a fabricação de produtos inovadores, como o Zbar e o parafuso 18 Jumbo. O Zbar é um vergalhão

antioxidante, utilizado em ambientes onde existem condições agressivas capazes de provocar alto nível de corrosão. Já o 18 Jumbo é um parafuso de ancoragem para fixar torres de transmissão de energia elétrica. Por receber tratamento térmico e composição química especiais, o produto possui qualidade superior e baixo custo na montagem de estruturas metálicas.

Perspectivas A Gerdau Ameristeel, nos próximos anos, continuará a sua trajetória de expansão geográfica e de ampliação da sua linha de produtos. Seguirá avaliando oportunidades de aquisição de usinas siderúrgicas, unidades de corte e dobra de aço e de coleta e processamento de sucata, sua principal matéria-prima. A companhia também permanecerá investindo na integração das plantas industriais por meio do compartilhamento das melhores práticas, de forma que oportunidades de sinergias sejam aproveitadas com a máxima eficiência. Além disso, será dada continuidade à ampliação das capacidades instaladas das atuais unidades e ao aperfeiçoamento da gestão. A empresa seguirá investindo em novas tecnologias e na excelência operacional, buscando o aumento da produtividade e a redução dos custos de produção.

UNIDADES AMÉRICA DO NORTE

18 unidades siderúrgicas (Canadá e Estados Unidos) 11 unidades de transformação (Estados Unidos) 49 unidades de corte e dobra de aço (Estados Unidos) 19 unidades de coleta e processamento de sucata (Canadá e Estados Unidos) 2 joint ventures (Canadá e Estados Unidos)


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Desempenho dos negócios e investimentos

Evolução da capacidade instalada da Gerdau Ameristeel (milhares de toneladas) 9.810

10.000 8.287 8.000

8.287 7.160*

6.566

6.000 4.000 2.000 0

2.485 588 1997

2.685

2.700

3.472

588 1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

*A redução de 2006 se deve ao fechamento da aciaria da unidade de Perth Amboy e ajustes nas plantas de Whitby e Beaumont

O edifício que abrigará um banco em Leesburg, nos Estados Unidos, está sendo construído com aço da Gerdau Ameristeel. A empresa produz principalmente para os segmentos de infra-estrutura, construção civil não-residencial e indústria metal-mecânica

2006

2007

45


Grupo Gerdau amplia atuação nos Estados Unidos Em 2007, o Grupo Gerdau realizou uma operação histórica, a compra da Chaparral Steel, segunda maior produtora de perfis estruturais na América do Norte, por US$ 4,2 bilhões. Com a incorporação da nova companhia, a Gerdau Ameristeel consolidou-se como a quarta maior siderúrgica norte-americana. A compra da Chaparral também possibilitará ao Grupo Gerdau o intercâmbio de conhecimentos com uma organização que se destaca pela excelência técnica e de gestão.

Laminação de perfis estruturais da unidade de Petersburg, na Virginia (Estados Unidos), da Chaparral Steel

A aquisição fez com que a Gerdau Ameristeel passasse a ter uma linha completa de perfis estruturais destinados a grandes obras — construções comerciais e industriais, pontes, viadutos —, além de uma expressiva produção de barras de aço. O negócio envolveu as duas usinas da Chaparral localizadas nos estados do Texas e da Virginia (Estados Unidos), com capacidade instalada de 2,5 milhões de toneladas anuais e com 1.400 colaboradores diretos.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Desempenho dos negócios e investimentos

Índia O processo de consolidação do Grupo Gerdau no mercado mundial foi ampliado em 2007 com a assinatura de um acordo para a formação da joint venture Kalyani Gerdau, na Índia. O negócio representou o ingresso da organização na Ásia e em um país com uma das mais altas taxas de crescimento do mundo. Nos últimos três anos, o Produto Interno Bruto (PIB) indiano tem apresentado expansão média anual de 9,0%, de acordo com dados do mercado. A Kalyani Gerdau, localizada em Tadipatri, no estado de Andhra Pradesh, possui capacidade instalada de 275 mil toneladas de aço líquido. Começará a operar ainda no primeiro semestre de 2008 com uma linha de tarugos e deverá contar com 400 colaboradores. Hoje, produz apenas ferro-gusa. A joint venture tem alguns diferenciais competitivos importantes. Está nas proximidades de uma região com reservas abundantes de minério de ferro e de uma das principais linhas ferroviárias do país. A empresa também é vizinha de três grandes centros urbanos: Bangalore, Chennai e Hyderabad. A organização possui participação de cerca de 45,0% na joint venture firmada com o Grupo Kalyani, cuja

Kalyani Gerdau produzirá tarugos para o mercado indiano

experiência agrega ao negócio conhecimentos sobre a cultura e o mercado locais. O Kalyani é um importante grupo internacional e o segundo maior produtor mundial de peças forjadas, produtos destinados aos setores automotivo, químico e de energia.

Perspectivas Para atender à crescente demanda interna, a Kalyani Gerdau irá ampliar a sua capacidade instalada. Em 2010, com um investimento de US$ 400 milhões, a unidade passará a produzir 1 milhão de toneladas de vergalhões e aços especiais. A expansão fará com que o quadro funcional da companhia aumente para cerca de mil pessoas. Além disso, o Grupo Gerdau seguirá avaliando novas oportunidades de negócios na Índia. O setor siderúrgico está em franca expansão no país. Atualmente, o consumo indiano de aço é pequeno, de 41 quilos por pessoa, e a produção atinge 50 milhões de toneladas anuais. Na América do Sul, são 102 quilos per capita. Estima-se que, em 2015, a Índia se transforme no segundo principal produtor de aço do planeta, atrás apenas da China, com consumo de 75 quilos por pessoa. Nos próximos cinco anos, o PIB deve continuar crescendo a uma taxa anual de 7,0%, segundo estimativas do mercado.

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FINANÇAS

Seguindo as novas regras contábeis adotadas em 2007, o faturamento consolidado do Grupo Gerdau cresceu 18,5% e alcançou R$ 34,2 bilhões Novo Padrão Contábil Em 2007, o Grupo Gerdau passou a apresentar suas Demonstrações Financeiras Consolidadas de acordo com o padrão contábil International Financial Reporting Standards — IFRS (ver quadro Grupo Gerdau é pioneiro ao adotar IFRS).

Faturamento A expansão internacional do Grupo Gerdau, somada ao aumento de 15,5% nas vendas físicas no Brasil, resultou em um desempenho financeiro positivo em 2007. Seguindo as novas regras contábeis, aplicadas também durante todo o exercício de 2006 de forma a permitir a comparação com períodos similares, o faturamento bruto consolidado cresceu 18,5%, atingindo R$ 34,2 bilhões. As operações no Brasil geraram um faturamento bruto de R$ 16,1 bilhões (+16,1%) e responderam por 47,0% da receita bruta total. Essa elevação reflete a expansão da demanda por aço nos segmentos da construção civil, da indústria automobilística, de máquinas e implementos agrícolas e de bens de capital. Parte da produção antes destinada para exportação foi redirecionada, priorizando o mercado interno e garantindo o pleno abastecimento dos clientes no país. Ao longo do ano, as vendas ao mercado internacional totalizaram 2,1 milhões de toneladas (-10,3%) e geraram receita bruta de US$ 1,4 bilhão.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 FINANÇAS

As unidades nos demais países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Uruguai e Venezuela)* apresentaram elevação no faturamento de 43,4%, o qual atingiu R$ 3,6 bilhões e representou 10,6% do consolidado. A expansão ocorreu, principalmente, pelo crescimento da demanda na região e pela incorporação de novas empresas em 2007. Nos Estados Unidos e Canadá, o faturamento cresceu 10,4%, para R$ 11,4 bilhões, correspondendo a 33,3% do total. Além da forte demanda por vergalhões, barras e perfis, o Grupo passou a considerar os resultados da Chaparral e das demais aquisições realizadas durante o período. Na Espanha, o faturamento evoluiu 43,3%, alcançando R$ 3,1 bilhões, principalmente em razão da consolidação da GSB Acero pela Sidenor no final de 2006. A participação desse valor no faturamento do Grupo foi de 9,1%. *Não inclui República Dominicana, porque os dados da empresa no país são contabilizados por equivalência patrimonial

Faturamento (R$ milhões) 34.184

35.000 28.000

28.847

47,0%

48,0%

21.000 33,3% 35,7%

14.000 7.000 0

Brasil 10,6%

8,8% 7,5% 2006

*Não inclui Brasil

9,1% 2007

Estados Unidos e Canadá América Latina* Europa

Origem do faturamento

40,0% Brasil (mercado interno) 7,0% Brasil (exportações) 33,0% Estados Unidos e Canadá 11,0% América Latina* 9,0% Europa *Não inclui Brasil

Receita Líquida e EBITDA A receita líquida alcançou R$ 30,6 bilhões, uma evolução de 18,3% sobre 2006. A geração de caixa operacional, representada pelo EBITDA (lucro líquido antes de juros, impostos, depreciação e amortizações), foi de R$ 6,2 bilhões em 2007, resultado 6,9% superior ao obtido em 2006. A margem EBITDA atingiu 20,4%. A geração de caixa tem evoluído ao longo dos anos, resultado dos investimentos em melhorias operacionais e ganhos de produtividade, da consolidação das aquisições realizadas no período e do bom momento do setor siderúrgico.

49


Receita líquida

Lucro líquido

(R$ milhões)

O lucro líquido foi de R$ 4,3 bilhões e manteve-se no mesmo nível de 2006. Entretanto, excluindo itens não-recorrentes, o lucro líquido cresceu 11,9% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 4,5 bilhões. Isso porque, em 2007, houve despesas de R$ 164 milhões (devolução de valores de IPI compensados como créditos sobre insumos, em decorrência de modificação de orientação jurisprudencial com efeito retroativo; e custos de reorganização industrial), enquanto que, em 2006, o Grupo obteve receitas de R$ 263 milhões (deságio e ajustes de valor de mercado de opções de compra e/ou venda de participações acionárias e receitas sobre recolhimento indevido de contribuições sociais), ambos considerados itens não-recorrentes.

30.614

30.000 25.000

25.884

42,3%

43,3%

20.000

36,7%

15.000

39,3% Brasil

10.000 5.000

9,0% 8,4%

0

Estados Unidos e Canadá América Latina*

10,9% 10,1%

2006

Europa

2007

EBITDA (R$ milhões) 6.000

5.847

6.249 53,3%

51,0%

5.000

Lucro líquido

4.000

(R$ milhões)

3.000

30,8%

29,3%

2.000

0

9,7%

9,3% 8,1%

1.000

2006

8,5%

Brasil

5.000

Estados Unidos e Canadá América Latina*

4.000

Europa

2.000

Provisão para Imp. de Renda e Contrib. Social

4.310

20,6%

1.000

Composição do EBITDA

Lucro líquido

59,8%

60,0%

3.000

2007

*Não inclui Brasil

(R$ milhões)

4.261

2006

2007

4.261

4.310

889

954

Resultado financeiro líquido

(440)

(332)

Depreciação e amortizações

1.137

1.317

EBITDA

5.847

6.249

22,9%

11,4%

8,6% 8,5%

8,2% 0

2006

*Não inclui Brasil

2007

Brasil Estados Unidos e Canadá América Latina* Europa


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 FINANÇAS

Despesas Operacionais As despesas com vendas, gerais e administrativas evoluíram 6,6% no ano, em razão do aumento da comercialização de produtos no período e da consolidação de novas unidades. Apesar do crescimento nominal, a sua representatividade sobre a receita líquida foi reduzida de 9,1% em 2006 para 8,2% em 2007. No ano, foi contabilizada em “Outras receitas (despesas) operacionais” uma despesa oriunda de débito de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) relativa a créditos sobre insumos. Isso ocorreu em razão de uma modificação de orientação jurisprudencial com efeito retroativo firmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na metade do ano. O valor, líquido de imposto de renda e contribuição social, atingiu R$ 132,2 milhões.

Receitas e despesas financeiras No ano, o Grupo teve resultado financeiro líquido positivo (receitas financeiras menos despesas financeiras) de R$ 332 milhões, considerando receitas de variação cambial de R$ 723,3 milhões. Em 2006, o resultado financeiro líquido foi positivo, de R$ 440,3 milhões, e as receitas de variação cambial somaram R$ 329,6 milhões. Excluídas as variações cambiais resultantes da valorização do real sobre a dívida em moeda estrangeira, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 390,7 milhões frente a R$ 110,6 milhões positivos registrados em 2006. Isso foi ocasionado pela redução das aplicações financeiras e pelo aumento do endividamento em razão das aquisições realizadas em 2007.

Passivo Financeiro A dívida líquida (empréstimos e financiamentos, mais debêntures, menos disponibilidades e títulos e valores mobiliários) totalizava R$ 10,8 bilhões no final do ano. O crescimento da dívida se justifica pelos financiamentos obtidos para o pagamento de aquisições realizadas pelo Grupo em 2007, especialmente a da Chaparral Steel.

Apesar disso, a relação entre a dívida líquida e a geração de caixa ficou em 1,7 vez, abaixo do limite de 2,5 vezes estabelecido na política de endividamento do Grupo. Em 31 de dezembro, a dívida bruta (empréstimos e financiamentos, mais debêntures) era de R$ 15,9 bilhões, sendo que 23,4% estavam em reais, 19,3%, em moeda estrangeira contratada pelas empresas no Brasil, e 57,3%, em diferentes moedas contratadas pelas subsidiárias nos demais países. Considerando-se a dívida bruta, 16,0% eram de curto prazo (R$ 2,5 bilhões) e 84,0%, de longo prazo (R$ 13,4 bilhões). No final do período, a dívida tinha prazo médio de pagamento de seis anos e quatro meses. No final do ano, as disponibilidades de caixa e as aplicações financeiras somavam R$ 5,1 bilhões, dos quais 60,6% (R$ 3,1 bilhões) estavam indexados a moedas estrangeiras, principalmente ao dólar norte-americano.

51


Endividamento (R$ milhões)

Recursos para aquisição da Chaparral 31.12.2006 31.12.2007

Curto Prazo Moeda nacional (Brasil)

492

1.163

Moeda estrangeira (Brasil)

571

496

Empresas no exterior

1.214

880

Total

2.277

2.539

Moeda nacional (Brasil)

2.125

2.555

Moeda estrangeira (Brasil)

3.646

2.570

Empresas no exterior

1.830

8.239

Longo Prazo

Total

7.601

13.364

Dívida Bruta

9.878

15.903

Disponibilidades e aplicações financeiras

6.379

5.139

Dívida Líquida

3.499

10.764

Term Loan Facility de US$ 2,75 bilhões concedido por duas operações sindicalizadas internacionais, com vencimento em cinco e seis anos, a um custo de Libor mais spread anual entre 1,0% e 1,25%.

Bridge Loan Facility de 90 dias no montante de US$ 1,15 bilhão a um custo de Libor mais 0,8% ao ano.

Disponibilidades da Gerdau Ameristeel no valor de

Indicadores

US$ 300 milhões. 31.12.2006

31.12.2007

19,1%

39,3%

Dívida bruta / EBITDA

1,7X

2,5X

Dívida líquida / EBITDA

0,6X

1,7X

Dívida líquida / Capitalização total*

O Grupo Gerdau executou, com sucesso, seu plano de financiamento para a aquisição da Chaparral por US$ 4,2 bilhões. Os recursos foram obtidos a taxas de juros atraentes, em razão da credibilidade da organização no mercado financeiro internacional. O pagamento contou com a seguinte estrutura financeira:

*Capitalização total = Patrimônio líquido + Dívida líquida

A Gerdau Ameristeel, responsável pelas operações no Canadá e Estados Unidos, pagou parte dos empréstimos com a emissão de US$ 1,35 bilhão em ações ordinárias (US$ 1,55 bilhão com overallotment). A Gerdau S.A. subscreveu aproximadamente 84 milhões de ações desta oferta para manter sua participação majoritária de 66,5% na empresa. Para realizar essa subscrição, a Gerdau S.A., empresa de capital aberto do Grupo, emitiu um bônus de dez anos no valor de US$ 1 bilhão. A companhia irá pagar juros anuais de 7,25% a cada seis meses, a partir de abril de 2008. Esta operação recebeu a classificação de risco Investment Grade da Standard & Poor’s e da Fitch Ratings. Como reconhecimento à estrutura financeira montada para a compra da Chaparral, o Grupo Gerdau recebeu, em Londres, o prêmio 2007 IFR Awards.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 FINANÇAS

Distribuição do Valor Adicionado (DVA) O valor adicionado do Grupo Gerdau atingiu R$ 10,5 bilhões em 2007, 5,5% superior ao de 2006. Ele é resultante das receitas de produtos e serviços no montante de R$ 33,7 bilhões, menos os custos de R$ 23,2 bilhões relativos a matériasprimas e bens de consumo, serviços de terceiros, depreciação e amortizações, equivalência patrimonial e receitas financeiras.

Distribuição do valor adicionado — DVA (R$ 10,5 bilhões) 30,2% Reinvestimento de lucros 4,9% Juros sobre financiamentos 25,4% Impostos, contribuições e encargos sociais 28,7% Salários, benefícios, participação nos resultados e treinamento 10,8% Dividendos e juros sobre o capital próprio

Grupo Gerdau é pioneiro ao adotar IFRS A partir de 2007, o Grupo Gerdau passou a adotar as regras internacionais de contabilidade definidas pelo IFRS (International Financial Reporting Standards) ao apresentar seus resultados financeiros, sendo a primeira organização no Brasil a aplicar a nova prática contábil. Com isso, antecipou-se ao prazo de 2010 concedido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) às empresas de capital aberto no país e deu mais um passo para reforçar a sua posição de grupo siderúrgico global.

O IFRS é a prática contábil de maior convergência nos mercados internacionais e se traduz em mais transparência, facilitando o entendimento das informações apresentadas. Para permitir a comparação com os números de 2007, as novas regras contábeis também foram aplicadas no balanço de 2006.

53


Gerdau S.A. e empresas controladas — Demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa (Valores expressos em milhares de reais)

2006

2007

4.261.478

4.310.093

1.136.950 (243.550) (329.633) (74.467) (212.012) (17.361) 39.803 16.633 (52.061) 217.169 (820.940) 729.061 4.651.070

1.317.156 (118.399) (723.289) 4.456 (141.656) 82.011 87.069 15.116 178.381 109.959 (668.570) 750.033 5.202.360

Aumento de contas a receber Aumento de estoques Aumento de contas a pagar e provisões Aumento de outros ativos Aumento de outros passivos Aplicações financeiras de títulos para negociação Resgate de aplicações financeiras de títulos para negociação

(290.638) (186.347) 245.483 (109.353) 656.841 (7.704.288) 6.627.754

(482.616) (777.724) 455.987 (456.834) 1.158.891 (4.191.788) 6.864.285

Caixa proveniente das atividades operacionais

3.890.522

7.772.561

(555.092) (912.860)

(711.518) (696.728)

2.422.570

6.364.315

(2.373.508) (669.603) 752.424

(2.757.093) (8.525.731) 191.561

(2.290.687)

(11.091.263)

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos Financiamentos obtidos Pagamentos de financiamentos Aumento de capital Financiamentos com empresas ligadas, líquido

(1.070.197) 4.606.793 (3.629.755) (49.142)

(1.199.424) 11.693.389 (5.622.460) 907.324 291.440

Caixa líquido proveniente de (usado em) atividades de financiamentos

(142.301)

6.070.269

Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa

(146.758)

(387.749)

Aumento do caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício

(157.176) 1.227.700

955.572 1.070.524

1.070.524

2.026.096

Fluxo de caixa da atividade operacional Lucro líquido do exercício (inclui participação dos minoritários) Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao fluxo de caixa das atividades operacionais: Depreciação e amortização Equivalência patrimonial Variação cambial Ganhos com derivativos, líquido Benefícios pós-emprego e remuneração baseada em ações Imposto de renda e contribuição social diferido Perda na alienação de imobilizado e investimento Provisão de créditos de liquidação duvidosa Provisão para passivos tributários, cíveis e trabalhistas Distribuição de joint ventures Receita de juros de aplicações financeiras Despesa de juros sobre dívidas financeiras

Variação de ativos e passivos

Pagamento de juros de empréstimos e financiamentos Pagamento de imposto de renda e contribuição social

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais Fluxo de caixa das atividades de investimento Adições de imobilizado Pagamentos na aquisição de empresas Juros recebidos sobre aplicações financeiras

Caixa líquido usado nas atividades de investimento Fluxo de caixa das atividades de financiamentos

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício As notas explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Financeiras Consolidadas


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 MERCADO DE CAPITAIS

MERCADO DE CAPITAIS

Ao completar 60 anos no mercado de capitais, o Grupo encerra o ano de 2007 com 140 mil acionistas O Grupo Gerdau tem proporcionado aos seus 140 mil acionistas rentabilidade com segurança e solidez. A política de pagamento de dividendos e o nível de valorização das ações de suas empresas de capital aberto — Metalúrgica Gerdau S.A., Gerdau S.A. e Gerdau Ameristeel Corp. — têm sido um fator de atração para o investidor. Nos últimos anos, as ações vêm apresentando níveis de liquidez crescentes. No período, os papéis das empresas de capital aberto do Grupo Gerdau somaram uma média diária de negociações de US$ 120 milhões, o dobro do valor registrado em 2006. Em 2007, o Grupo completou 60 anos de presença no mercado de capitais e, atualmente, as ações de suas empresas são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo (Metalúrgica Gerdau S.A. e Gerdau S.A.), Nova York (Gerdau S.A. e Gerdau Ameristeel Corp.), Toronto (Gerdau Ameristeel Corp.) e Madri (Gerdau S.A.).

Valorização das ações (últimos cinco anos) Metalúrgica Gerdau S.A. (GOAU4)

1.547,1%

Gerdau S.A. (GGBR4)

1.073,2%

Gerdau S.A. (GGB)

1.713,1%

Gerdau S.A. (XGGB)

1.221,6%

Gerdau Ameristeel Corp. (GNA)*

205,0%

Gerdau Ameristeel Corp. (GNA.TO)

471,3%

Bovespa (São Paulo)

467,0%

Dow Jones (Nova York)

54,1%

TSX (Toronto)

105,2%

Latibex (Madri)

141,6% 0

*A partir de 15/10/2004

500

1.000

1.500

2.000

55


Metalúrgica Gerdau S.A.

Investment Grade

Valor de mercado (R$ milhões)

A Gerdau S.A. conquistou em 2007 o Grau de Investimento (Investment Grade), atribuído por duas importantes agências de classificação de risco, a Fitch Ratings e a Standard & Poor’s. Com isso, a empresa passou a fazer parte de um seleto grupo de companhias com alto nível de confiabilidade no mercado financeiro internacional.

15.000 12.819 12.000 9.000

8.063 5.560

6.000 3.000 0

5.980

2.684

2003

2004

2005

2006

2007

Gerdau S.A. Valor de mercado (R$ milhões) 33.547

35.000 30.000 23.062

25.000 20.000

17.371 14.019

15.000 10.000

8.888

5.000 0

2003

2004

2005

2006

2007

Gerdau Ameristeel Corp. Valor de mercado (Cnd$ milhões e US$ milhões) 7.000

6.102 6.156

6.000 5.000 4.000

3.178

3.000

2.385

2.000 1.000 0

1.995

2.009

2.727

1.717

929

2003

2004

2005

Toronto (Cnd$ milhões)

2006

2007

Nyse* (US$ milhões)

*Cotações a partir de 15/10/2004. Fonte: Bloomberg

Práticas reconhecidas As ações das empresas Gerdau fazem parte de vários índices das bolsas de valores, o que reforça o compromisso do Grupo com a liquidez, a rentabilidade, a transparência e a solidez. No Brasil, por exemplo, os papéis das empresas Gerdau compõem, pelo segundo ano consecutivo, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), formado pelas empresas com maior liquidez no mercado e comprometimento com a sustentabilidade dos negócios. As companhias são selecionadas com base na análise do triple bottom line, conceito que avalia elementos econômico-financeiros, sociais e ambientais. A esses princípios foram acrescidos indicadores de governança corporativa, gerais e de natureza do produto. Os papéis do Grupo representam 7,0% do índice. Além do ISE, o Grupo Gerdau integra o Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC), o Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG), o Índice Bovespa (Ibovespa), o Índice Brasil 50 (IBrX 50), o Índice do Setor Industrial (INDX) e o Toronto Stock Exchange — Standard & Poor’s (TSX — S&P). A Metalúrgica Gerdau S.A. e a Gerdau S.A. também fazem parte do Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa, conjunto de normas de conduta do mercado de capitais brasileiro.

Valorização das ações Metalúrgica Gerdau S.A. — Em 2007, as ações PN (GOAU4) registraram valorização de 68,1% na Bovespa, enquanto o Ibovespa, índice da bolsa brasileira, evoluiu 43,7%. Nos últimos cinco anos,


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 MERCADO DE CAPITAIS

acumularam variação de 1.547,1%, ante 467,0% do Ibovespa no mesmo período.

Metalúrgica Gerdau S.A.

Gerdau S.A. — No ano, os papéis PN (GGBR4) valorizaram-se 53,6% na Bovespa. Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), os ADRs (GGB) registraram desempenho positivo de 86,6%, enquanto o índice Dow Jones evoluiu 6,4%. Na Bolsa de Valores de Madri (Latibex), as ações (XGGB) tiveram valorização de 87,8% em 2007, superior à variação de 75,6% do índice de referência de mercado. Desde 2003, as ações PN apresentaram valorização de 1.073,2% na Bovespa, de 1.713,1% na Nyse e de 1.221,6% no Latibex. No mesmo período, os índices Dow Jones e Latibex registraram desempenho de 54,1% e de 141,6%, respectivamente.

500

Gerdau Ameristeel Corp. — No período, as ações (GNA.TO) apresentaram valorização de 36,5% na Bolsa de Valores de Toronto, diante da variação de 7,2% do índice TS 300. Na Nyse, os papéis (GNA) evoluíram 60,4%. Desde 2004, acumularam valorização de 205,0% na Nyse e, nos últimos cinco anos, de 471,3% na Bolsa de Toronto. No mesmo período o índice TS 300 apresentou desempenho de 105,2%.

Dividendos pagos (R$ milhões) 434

400

200

172

A Gerdau Ameristeel Corp. distribui dividendos fixos a cada trimestre e, pelo quarto ano consecutivo, pagou dividendos especiais suplementares no primeiro trimestre em razão dos bons resultados alcançados. Em 2007, os dividendos especiais foram de US$ 0,27 por ação, totalizando US$ 82 milhões, e os fixos, de US$ 0,02 por ação, somando US$ 27 milhões. No total foram distribuídos US$ 109 milhões (dividend yield de 2,5%).

7,8%

6,2%

100 0

2003

6,1%

2004

2005

5,2%

3,0%

2006

2007

Dividendos

Yield*

Gerdau S.A. Dividendos pagos (R$ milhões) 1.000

859

800

895

835

796

600 400 200

Remuneração aos acionistas

Os dividendos e/ou juros sobre capital próprio da Metalúrgica Gerdau S.A. referentes ao exercício de 2007 totalizaram R$ 386,4 milhões, com dividend yield (dividendos por ação/cotação das ações no último dia do exercício) de 3,0%. Na Gerdau S.A., a remuneração foi R$ 834,9 milhões e o dividend yield, de 2,4%.

386

300

0

A Metalúrgica Gerdau S.A. e a Gerdau S.A. pagam dividendos ou juros sobre o capital próprio trimestralmente e distribuem, no mínimo, 30,0% do lucro líquido ajustado do exercício, enquanto a lei vigente no Brasil exige 25,0%.

416 364

351 3,9%

6,1%

2003

4,6%

2004

2005

3,9%

2,4%

2006

2007

Dividendos

Yield*

Gerdau Ameristeel Corp.1 Dividendos pagos (US$ milhões) 120

109,0

100 80 60

91,4 67,0 3,9%

40

3,4%

2,5%

20 0

2005

2006

Dividendos

2007 Yield*

Não foram distribuídos dividendos em anos anteriores

1

*Dividendos por ação/cotação das ações no último dia do exercício

57


Metalúrgica Gerdau S.A.

Gerdau Ameristeel Corp.

Base acionária

Base acionária

75,38% Brasil 16,13% América do Norte 6,28% Europa

66,5% Brasil

2,21% Outros

33,5% América do Norte

Gerdau S.A. Base acionária

52,22% Brasil 38,38% América do Norte 6,55% Europa 2,85% Outros

Metalúrgica Gerdau S.A. (Bolsa de Valores de São Paulo — Bovespa)

Rentabilidade Cotação máxima (R$) Cotação mínima (R$) Cotação no final do ano (R$)

2003

2004

2005

2006

2007

159,7%

121,9%

21,0%

43,3%

68,1%

11,65

25,90

30,68

42,23

71,40

4,11

11,67

16,79

29,08

38,96

11,65

25,90

30,68

42,23

71,00

2003

2004

2005

2006

2007

Gerdau S.A. (Bolsa de Valores de São Paulo — Bovespa)

Rentabilidade

149,1%

64,4%

36,7%

38,5%

53,6%

Cotação máxima (R$)

11,38

19,86

25,21

35,01

54,38

Cotação mínima (R$)

4,06

9,67

13,28

24,25

31,41

11,38

18,90

25,21

33,85

51,96

Cotação no final do ano (R$)


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 MERCADO DE CAPITAIS

Gerdau S.A. ADR (Bolsa de Valores de Nova York — Nyse) 2003

2004

2005

2006

2007

115,6%

70,2%

43,6%

46,5%

86,6%

Cotação máxima (US$)

4,55

8,09

11,21

17,13

31,17

Cotação mínima (US$)

1,80

3,54

5,93

10,89

14,76

Cotação no final do ano (US$)

4,49

8,00

11,12

15,55

29,01

2003

2004

2005

2006

2007

Rentabilidade

Gerdau S.A. DR (Bolsa de Valores de Madri — Latibex)

Rentabilidade

196,8%

78,0%

53,2%

48,8%

87,8%

Cotação máxima ( )

4,01

7,45

10,96

17,20

31,20

Cotação mínima ( )

1,18

3,38

5,58

10,34

14,58

Cotação no final do ano ( )

4,01

7,20

10,96

15,84

29,75

Gerdau Ameristeel Corp. (Bolsa de Valores de Toronto) 2003

2004

2005

2006

2007

89,9%

71,9%

(14,5%)

58,1%

36,5%

Cotação máxima (Cnd$)

4,65

8,16

8,82

12,09

17,64

Cotação mínima (Cnd$)

1,36

4,05

5,07

6,50

9,68

Cotação no final do ano (Cnd$)

4,58

7,89

6,54

10,34

14,11

Rentabilidade

Gerdau Ameristeel Corp. (Bolsa de Valores de Nova York — Nyse)

Rentabilidade

2004*

2005

2006

2007

41,4%

(9,9%)

59,6%

60,4%

Cotação máxima (US$)

6,98

7,14

10,73

16,33

Cotação mínima (US$)

4,43

4,11

5,62

8,23

Cotação no final do ano (US$)

6,60

5,59

8,87

14,24

*Cotações a partir de 15/10/2004. Fonte: Bloomberg

59


RELACIONAMENTOS Como voluntário dos projetos sociais, tive uma nova visão do que é trabalhar no Grupo Gerdau e compreendi que minha contribuição para a sociedade pode ser muito maior. Adriano Leite de Souza Facilitador de melhorias na Gerdau Cearense, unidade do Grupo no Ceará, atua como voluntário no programa de capacitação dos diretores de escolas públicas em Maracanaú

Em Maracanaú, no Ceará, o voluntário Adriano Leite de Souza, colaborador da unidade Gerdau Cearense, contribui para ampliar as oportunidades educacionais das crianças da escola pública José Dantas Sobrinho, dirigida pela professora Silvana Rodrigues Aragão


Diam nonumy eirmod tempor invidunt ut labore et dolore magna diam


clientes

O Grupo Gerdau investe em tecnologia e inovação para adicionar valor aos negócios de seus clientes, ampliando vantagens competitivas O Grupo Gerdau trabalha para adicionar valor aos negócios dos seus clientes, desenvolvendo vantagens competitivas que os diferenciam da concorrência. Isso ocorre, principalmente, por meio do aprimoramento de soluções em conjunto com os clientes e do relacionamento próximo cultivado pela equipe de vendas. Dessa forma, o Grupo identifica oportunidades de melhoria e desenvolve alternativas inteligentes para facilitar o dia-a-dia dos clientes. Oferece diversos tipos de produtos e serviços, o que contribui para melhorar o posicionamento desse público no mercado (ver quadro Centros de pesquisa desenvolvem inovações para os clientes). A organização aperfeiçoa continuamente a sua relação com os clientes. A Gerdau Ameristeel, responsável pelas operações nos Estados Unidos e Canadá, está aprimorando a sua sistemática de atendimento, com uma equipe de vendas cada vez mais próxima dos clientes, estudando detalhadamente e identificando as necessidades e tendências do mercado para encontrar soluções conjuntas. A Operação de Negócios Aços Especiais segue permanentemente atenta às novas exigências, principalmente as da indústria automotiva. Em 2007, implementou no Brasil, baseada em necessidades identificadas no mercado, um amplo programa de revisão e alinhamento dos seus processos, aperfeiçoando suas práticas desde o recebimento da matéria-prima até a entrega dos produtos. Com isso, obteve melhorias em seu nível de serviço e de satisfação dos clientes. No Brasil, o Grupo promove seminários e cursos, que reuniram em 2007 cerca de 22 mil pessoas. Os treinamentos e palestras, direcionados para clientes dos mais diversos segmentos, abordam temas técnicos, disseminam as melhores práticas e sugerem alternativas para aumentar a produtividade.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 CLIENTES

Centros de pesquisa desenvolvem inovações para os clientes O Grupo Gerdau investe em tecnologia e inovação

No Brasil, a Gerdau Aços Especiais Piratini possui uma das melhores infra-estruturas para pesquisa e por meio de seus pólos de excelência tecnológica, desenvolvimento na área de aços longos especiais responsáveis pelo desenvolvimento de produtos na América Latina. Nos últimos anos, conduziu uma alinhados às necessidades do mercado. Entre eles, série de projetos em parceria com universidades destaca-se o centro de pesquisa e desenvolvimento e centros de excelência em siderurgia e entregou da Sidenor, na Espanha, e o da Gerdau Aços Especiais ao mercado cerca de 300 mil toneladas de novos Piratini, no Brasil. produtos. Destacam-se ainda os mais de 60 trabalhos acadêmicos relativos a iniciativas desenvolvidas na O centro espanhol Investigación y Desarrollo é uma usina, apresentados em eventos nos Estados Unidos, entidade autônoma reconhecida internacionalmente Espanha e Japão. Realiza também projetos de por sua infra-estrutura de pesquisa e pelos estudos melhoria dos processos internos e dos seus clientes. conduzidos ao longo dos últimos 20 anos na área de O Grupo Gerdau tem investido constantemente nos aços longos especiais. As suas atividades se apóiam centros de excelência, com o objetivo de mantêem parcerias com universidades, com centros los na vanguarda do desenvolvimento tecnológico. de excelência tecnológica, com clientes e com os Trata-se de uma condição essencial para atender à principais produtores do segmento de aços longos cadeia automotiva, da qual o Grupo Gerdau é o maior especiais na Europa. Suas pesquisas contam com fornecedor mundial de aços longos especiais. Para incentivos concedidos pela Comunidade Econômica a indústria de automóveis, a organização pesquisou Européia. Cerca de 40 pesquisadores integram a diversos tipos de aço nos últimos anos, como os equipe responsável pela elaboração de mais de 350 destinados à fabricação de molas de alta resistência, projetos nos últimos anos, sendo a maioria associada rolamentos com nível elevado de limpeza e aços a novos produtos destinados ao mercado europeu. microligados para fabricação de bielas e virabrequins.

Jose Ignácio Otsoa de Alda, técnico de laboratório na Sidenor (Espanha), participa do desenvolvimento

de soluções tecnológicas para a indústria automobilística mundial

63


ACIONISTAS

O relacionamento com os acionistas é pautado por uma sólida estrutura de governança corporativa e pela transparência na comunicação A transparência e a confiança são a base do relacionamento do Grupo Gerdau com seus 140 mil acionistas. Esses princípios são apoiados em uma estrutura de governança corporativa alinhada aos melhores modelos mundiais, que fornece segurança e consistência às decisões. Suas empresas de capital aberto — Metalúrgica Gerdau S.A., Gerdau S.A. e Gerdau Ameristeel Corp. — possuem políticas de remuneração claras e alinhadas ao mercado. Os estatutos da Metalúrgica Gerdau S.A. e da Gerdau S.A. prevêem a distribuição de, no mínimo, 30,0% do lucro líquido ajustado, enquanto a lei vigente no Brasil exige um mínimo de 25,0%. No caso da Gerdau Ameristeel Corp., seguindo as melhores práticas da América do Norte, os dividendos são fixos e eventualmente complementados por dividendos especiais anuais, de acordo com o desempenho no exercício. Os acionistas minoritários da Metalúrgica Gerdau S.A. e da Gerdau S.A. possuem o direito de tag along, que garante aos detentores de ações ordinárias e preferenciais o recebimento de 100,0% do valor pago aos controladores em eventual alienação do controle da companhia. A Lei das Sociedades Anônimas no Brasil assegura o recebimento de 80,0% do valor pago ao controlador apenas aos minoritários detentores de ações ordinárias. Além disso, os dividendos da Metalúrgica Gerdau S.A., Gerdau S.A. e Gerdau Ameristeel Corp. são pagos trimestralmente. Para manter os investidores informados sobre o desempenho dos negócios, a organização possui sistemas de comunicação permanentes em português, inglês e espanhol, além de realizar visitas, conferências e apresentações em diversos mercados financeiros no mundo. Também tem um website (www.gerdau.com) com informações específicas para o acionista individual e para o profissional gestor de clubes, fundos e carteiras de investimentos.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Colaboradores

65

COLABORADORES

A organização investe fortemente na capacitação de pessoas e na formação de profissionais capazes de atender aos desafios do crescimento acelerado

Ed Carlos Alves da Silva, colaborador da Gerdau São Paulo (SP)

O elevado comprometimento de seus profissionais é um dos diferenciais competitivos do Grupo Gerdau. Esse comprometimento é mantido ao longo de décadas como resposta à transparência, ao respeito e à busca de ganhos mútuos, atitudes que pautam o relacionamento da organização com seus colaboradores. O Grupo, que começou como uma pequena fábrica de pregos em Porto Alegre (RS) no início do século passado, é formado hoje por 37 mil pessoas. Nesse período, a organização e seus profissionais têm vencido os desafios trazidos pelo crescimento e pela internacionalização. Isso porque todo o processo de expansão vem sendo amparado por colaboradores de alto desempenho, que trabalham focados em resultados e em linha com os valores Gerdau. Para conquistar esse diferencial, o Grupo investe fortemente na capacitação de pessoas e intensifica a formação de líderes globais. O crescimento acelerado também tem exigido a ampliação da produtividade na área industrial, o que demanda reforçar e estimular o desenvolvimento de carreiras técnicas, elevando o número de colaboradores com total domínio de processos específicos.


O crescimento também traz outro desafio: a difusão de práticas de recursos humanos padronizadas, principalmente para as companhias recémincorporadas. Essas diretrizes são difundidas pelo Gerdau Business System (GBS), ferramenta elaborada com base nos melhores modelos de cada operação e em exemplos de gestão eficiente existentes no mercado (ver capítulo Estratégia e diferenciais competitivos).

Quadro funcional 2005

2006

2007

Número de colaboradores

25.253

31.563

36.9251

Número de prestadores de serviços

11.747

13.298

13.687

Número de trainees e estagiários

1.467

1.317

1.564

% com Ensino Fundamental

12,4

19,9

19,5

% com Ensino Médio

68,2

61,6

58,7

% com Ensino Superior

19,4

18,5

21,8

Número de mulheres que trabalham no Grupo

1.347

2.308

3.192

11,6

13,3

12,6

Idade média dos colaboradores

38

37

38

% de colaboradores acima de 45 anos

17,8

33,0

30,9

Tempo de casa igual ou superior a 20 anos (%)

N.D.*

12

21**

Média de antigüidade (tempo de casa)

10 anos

11 anos

10 anos

Taxa de rotatividade — turnover*** (%)

N.D.*

7,0

8,2

Nível de escolaridade dos colaboradores

% de cargos de chefia ocupados por mulheres

1

Esse número não considera os colaboradores da Kalyani Gerdau, da Macsteel, da Aceros Corsa e da Inca, empresas em processo de consolidação em 2007

*Não disponível **A elevação em relação a 2006 justifica-se pela inclusão das empresas Sidenor e Siderperu ***Razão entre o número de colaboradores desligados no ano e o total de colaboradores, multiplicada por 100

Colaboradores por região

Segurança e Saúde

51,5% Brasil 16,9% América Latina* 23,5% Estados Unidos e Canadá 8,1% Europa *Não inclui Brasil

A segurança dos colaboradores e dos prestadores de serviços é prioridade absoluta dentro do Grupo Gerdau. A organização tem como meta zerar o número de acidentes e, por isso, investe em tecnologias, treinamentos, equipamentos de proteção, campanhas de conscientização e no Sistema de Segurança Total — conjunto das melhores práticas seguido por todas as operações. Em 2007, foram destinados para a área R$ 47,9 milhões, um crescimento de 38,6% sobre 2006. O Grupo valoriza os comportamentos seguros e, por isso, homenageia os colaboradores que apresentam


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Colaboradores

as melhores condutas por meio de reconhecimentos junto ao público interno e de remuneração adicional. Para conscientizar os colaboradores, o Grupo Gerdau promove diariamente a Hora da Segurança. Durante uma hora, as lideranças dos setores industriais reúnem-se com suas equipes nas áreas operacionais para verificar as condições dos equipamentos, as oportunidades de melhorias e as sugestões incorporadas. Além disso, são realizados encontros de segurança entre o responsável de cada unidade e os líderes das áreas, assim como campanhas e eventos periódicos sobre o tema. Como resultado dessas ações, a taxa de freqüência de acidente com perda de tempo por milhão de horas trabalhadas (índice internacional que mede a ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho) foi de 2,9 no exercício. O indicador inclui as operações advindas das aquisições realizadas no período e que ainda estão em fase de integração ao Sistema de Segurança Total. Apesar de todas as iniciativas realizadas, em 2007, o Grupo registrou quatro óbitos. Para investigar o acidente ocorrido na Gerdau Usiba (BA), que ocasionou a morte de um colaborador, foi formado um comitê composto por 40 especialistas em aciaria — área onde aconteceu a fatalidade — de várias unidades do Grupo e por consultores internacionais. A equipe avaliou os aspectos do caso e revisou os procedimentos utilizados anteriormente, aplicando mudanças em todas as unidades Gerdau. O outro acidente vitimou um prestador de serviços na Colômbia, onde as unidades estão em processo de integração com o Grupo Gerdau. A partir da investigação do episódio, a organização concluiu que era preciso aperfeiçoar o programa de gestão de prestadores de serviços, ampliando as exigências em relação à contratação das empresas e intensificando treinamentos, reuniões e avaliações periódicas.

67

Hoje, o grande desafio da organização é fazer com que as novas empresas alcancem padrões de segurança compatíveis aos exigidos pelo Grupo em um período de três anos, contados a partir da respectiva aquisição de cada companhia. Em agosto, ocorreu a morte de um prestador de serviços que trabalhava nas obras de ampliação da Siderúrgica Tultitlán, adquirida no México em março de 2007. No final do ano, um colaborador da mesma unidade também foi vítima de um acidente fatal. Após a investigação dos casos, o Grupo intensificou ainda mais as ações de segurança, por meio de novas capacitações e mudanças nas áreas industriais, reforçando a conscientização dos profissionais Gerdau no país para o tema. Em 2007, dez unidades industriais não registraram nenhum acidente com perda de tempo (CPT), o que significa para o Grupo Gerdau uma grande conquista. Associadas às iniciativas de segurança estão as ações voltadas à saúde ocupacional. A organização avalia as condições do ambiente de trabalho e realiza controles periódicos da saúde dos colaboradores e programas de aperfeiçoamento da ergonomia.

Taxa de freqüência de acidentes* 4,1 4

3,9

4,1**

2,9

3

2

1

0

2004

2005

2006

2007

*Taxa de freqüência de acidentes com perda de tempo por milhão de horas trabalhadas **A taxa de freqüência de acidentes de 2006 foi revisada e passou a considerar o desempenho de unidades adquiridas recentemente


Taxa de gravidade de acidentes*

Clima interno A satisfação em trabalhar no Grupo está entre as mais altas do mundo, segundo a consultoria Hay Group, reconhecida internacionalmente na área de gestão de clima interno.

800

657 600

No período, o índice de satisfação atingiu 78,0%, sendo que o nível de participação dos colaboradores na pesquisa foi de 92,0%.

480 400 313

Educação e capacitação 221

200

0 2004

2005

2006

2007

*Dias perdidos por milhão de horas/homem/trabalhadas por ano

Investimentos na área de segurança (R$ milhões) 50

47,9

40 34,6 30

20

10

0

2006

2007

O crescimento internacional do Grupo Gerdau norteou os investimentos em capacitação no período. Em 2007, os recursos destinados à área somaram R$ 44,6 milhões, valor 20,4% maior que o registrado em 2006. No ano, foi iniciado o programa Engenheiros em Capacitação Acelerada, que prepara esses profissionais para trabalhar em qualquer unidade do Grupo no mundo (ver quadro Executivos são preparados para atuação global). Para difundir a cultura Gerdau e promover a troca de experiências entre profissionais de diversos países, o Grupo realizou o programa Integração Corporativa de Executivos, que contou com a participação de 157 novos líderes, representantes de todas as operações. Também em 2007 foi criado um programa para executivos estratégicos com foco na difusão da cultura Gerdau e que será ampliado em 2008 com a inclusão de módulos sobre o sistema de gestão, liderança e teoria do negócio. Em 2007, foi dada continuidade à primeira edição do Gerdau Business Program, um curso nos padrões de um MBA, com duração de dois anos que capacita executivos a assumirem desafios globais de liderança. Os 30 participantes estudam os mais modernos conceitos e práticas de administração e, em 2008, será iniciada a segunda turma do programa. O Grupo investe ainda, há muitos anos, no aprimoramento dos seus executivos a partir de MBAs externos.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Colaboradores

Aos líderes, são disponibilizados cursos para seu desenvolvimento nas competências de gestão, com módulos sobre trabalho em equipe, liderança, gestão de pessoas, entre outros temas. No ano, 5.867 executivos participaram de 82,8 mil horas de treinamento. O Grupo acredita que a capacitação das lideranças é fundamental para garantir o compromentimento e o alinhamento das equipes com os objetivos do negócio. Existe também o programa de Coaching, que permite aos gestores transmitirem os conhecimentos adquiridos para suas equipes, o que ajuda a melhorar o rendimento e o desempenho dos profissionais. O Grupo Gerdau também possui programas

Uma das principais iniciativas para recrutamento e formação de novos profissionais é o programa de trainees. Em 2007, concorreram às vagas aproximadamente 16 mil pessoas somente no Brasil. No total, 318 jovens de sete países — Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos e Uruguai — ingressaram no Grupo por meio da iniciativa. Os trainees recém-formados são preparados durante dois anos. Nesse período, eles trabalham ao lado de profissionais experientes (on-the-job training), além de participarem de um estruturado programa de treinamento. O objetivo é capacitá-los para o dia-a-dia dos negócios e das operações.

específicos para as áreas industriais e comerciais. No período, colaboradores do Brasil, Chile,

Sucessores

Colômbia, Canadá, Estados Unidos, México e

A formação de sucessores capacitados é fundamental para a perpetuidade do negócio. Pensando nisso, o Grupo Gerdau criou os Comitês de Desenvolvimento, cujo objetivo é preparar sucessores para posições importantes em toda a estrutura da organização. No ano, os membros dos Comitês, representantes de diversas áreas, avaliaram cerca de 500 cargos executivos.

Uruguai participaram do Sistema de Capacitação Industrial, o qual somou um total de 930,3 mil de horas de treinamento. Já o Sistema de Capacitação Comercial, direcionado aos colaboradores da área de vendas, beneficiou 847 pessoas com 8,7 mil horas de cursos no Brasil.

Treinamento e desenvolvimento 2006

2007

Investimento (R$ milhões) 37,0

44,6

Horas de capacitação (milhões)

1,6

1,8

Horas de capacitação por colaborador

52

49

Trainees A possibilidade de uma carreira internacional e de intenso desenvolvimento profissional, assim como a valorização do empreendedorismo, eleva a capacidade do Grupo Gerdau de atrair talentos.

69


Acordos sindicais

Benefícios

Em 2007, o Grupo Gerdau firmou 28 acordos coletivos de trabalho com sindicatos do Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos e Canadá. Atualmente, não existem acordos pendentes na América do Norte.

(R$ milhões)

A organização segue a política de ganhos mútuos, equilibrando os seus objetivos e os de seus profissionais. Nas negociações, preza o respeito pelos sindicatos e busca o bem-estar, a satisfação e o engajamento dos colaboradores, assim como a competitividade do negócio e a evolução do desempenho do Grupo.

Remuneração e benefícios O engajamento das pessoas também é estimulado pela remuneração, dividida em duas partes. Os colaboradores recebem salário fixo, consistente com as melhores práticas do mercado, e remuneração variável, que recompensa o alcance de metas individuais, das equipes, das unidades em que atuam, além de considerar os resultados obtidos em cada Operação de Negócios. Além disso, a organização oferece aos profissionais e familiares uma ampla gama de benefícios, que varia de acordo com as necessidades das suas operações nas várias regiões do mundo. A intenção é contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores ao disponibilizar financiamentos educacionais e habitacionais, planos de previdência privada, seguros de vida e assistência médica e odontológica.

Participação nos resultados (R$ milhões) 500

453,3

438,7*

400 300 200 100 0

2006

2007

*A redução do valor de participação nos resultados se deve ao impacto da variação cambial no período

Alimentação Transporte Saúde Previdência Privada

2006

2007

44,3

55,7

42,1

50,9

189,0

175,5

80,5

96,3

Comunicação interna O Grupo Gerdau mantém diálogo franco e direto com seus colaboradores. Possui um sistema de comunicação interna que abrange canais corporativos e locais. Esse sistema de comunicação garante agilidade e eficiência na divulgação de todas as informações relevantes ao negócio, além de integrar colaboradores de todas as operações. Por meio desse sistema, os colaboradores tomam conhecimento dos resultados financeiros e operacionais da organização e de iniciativas como aquisições, novos investimentos, ações de responsabilidade social e ambiental, superação de metas, premiações e homenagens.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Colaboradores

Executivos são preparados para atuação global Foi iniciado em 2007 o programa Engenheiros em Capacitação Acelerada, uma proposta inovadora de capacitação técnica com ênfase no conhecimento do processo siderúrgico do Grupo Gerdau. Com atividades, metas e prazos definidos, a iniciativa irá formar executivos capazes de assumir rapidamente posições em qualquer operação do Grupo no mundo. O programa reúne, durante dois anos, profissionais selecionados no mercado e internamente, alocados em usinas no Brasil e demais países da América do Sul. A seleção dos 77 engenheiros participantes da iniciativa levou em conta as exigências do processo de expansão internacional do Grupo: capacidade de alta performance e disponibilidade para atuar em diferentes países. Os escolhidos cumprem a mesma rotina dos executivos da organização. No entanto, as atividades seguem um planejamento para que sejam vivenciadas de forma organizada, especialmente as

Os engenheiros Gustavo Sperb Tonding, da Gerdau Riograndense (RS), Fabiana Lopes da Silva, da Gerdau Aços Especiais Piratini (RS), Maxwell Almeida de Freitas, da Gerdau Guaíra

situações imprevistas, tratadas como oportunidades privilegiadas de aprendizagem. Os engenheiros também desenvolvem projetos específicos, que possibilitam a aplicação dos conhecimentos técnicos adquiridos. Outra diferença no processo é que, além de responder a um gestor imediato, o profissional é acompanhado por um diretor do Grupo Gerdau, que atua como coach técnico e transmite os valores e a cultura da organização. A cada 90 dias, os resultados alcançados e as dificuldades enfrentadas são avaliados pela equipe responsável pelo programa. O aprendizado prático é consolidado a cada dois meses por treinamentos formais em sala de aula. Na etapa prevista para o segundo semestre de 2008, o programa inclui a formação individualizada do profissional, já tendo em vista as necessidades das operações do Grupo.

(PR), e Rodrigo Canova, da Gerdau Aços Especiais Piratini, vivenciam cada etapa do processo siderúrgico da organização. Sapucaia do Sul (RS)

71


SOCIEDADE

Parcerias e trabalho voluntário dos colaboradores multiplicam os resultados da atuação social do Grupo Gerdau O Grupo Gerdau busca soluções inteligentes que potencializem a expansão dos seus negócios, o desenvolvimento da sociedade e a proteção do meio ambiente. Acredita que dessa forma contribui nas suas comunidades com a formação do melhor capital social, fortalecendo relações e comportamentos de confiança mútua entre as empresas, o poder público e as organizações civis. Em 2007, o Grupo investiu R$ 72,7 milhões em projetos de responsabilidade social, o que representa um crescimento de 40,9% sobre 2006. As políticas e diretrizes dos investimentos, assim como as ações de responsabilidade social, são conduzidas pelo Instituto Gerdau. Nas comunidades, o Instituto contribui com programas para a melhoria da educação, a formação de empreendedores, a difusão da gestão pela qualidade total e diversas outras ações. O trabalho voluntário nas comunidades é um importante canal de participação dos colaboradores. No ano, 6.287 profissionais atuaram como voluntários, número 66,5% maior que o registrado em 2006. O voluntariado nas comunidades também é estimulado pelo apoio a instituições como a ONG Parceiros Voluntários, a ONG Rio Voluntário e a United Way, grandes redes de mobilização da sociedade civil brasileira e norte-americana. A organização também procura contribuir com o desenvolvimento da sociedade nos países em que está presente, participando ativamente de programas de interesse nacional. Isso é feito por meio de parcerias com organizações como o Movimento Brasil Competitivo (MBC), a World Childhood Foundation (WCF), o Todos pela Educação, o Instituto Ethos, a Unesco e diversas outras instituições. Entre as iniciativas das quais o Grupo participa, merecem destaque o programa Reciclagem e o movimento Todos pela Educação. O Reciclagem contribui para tornar a coleta de resíduos uma atividade economicamente, socialmente e ambientalmente sustentável (ver capítulo Fornecedores). Já o Todos pela Educação mobiliza a sociedade civil e a opinião pública brasileira na busca por maior qualidade no ensino básico, reforçando o acompanhamento do desempenho das escolas, educadores e alunos. O movimento já se mostrou capaz de influenciar o Plano de Desenvolvimento da Educação do governo brasileiro, por meio do estabelecimento de metas.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Sociedade

O Instituto Gerdau iniciou a expansão de sua

EDUCAÇÃO

abrangência para o Uruguai, Argentina, Chile,

O Grupo Gerdau acredita que o investimento em educação é essencial para desenvolver cidadãos com oportunidades iguais e aptos para exercer a liberdade de forma responsável. No ano, a organização destinou R$ 63,9 milhões para iniciativas nessa área. Parte desses recursos é proveniente de incentivos fiscais para a cultura.

Colômbia e Peru. Assim, as ações apoiadas pelas unidades do Grupo nesses países passarão a ter um alinhamento com as políticas corporativas. Em 2008, o Instituto começará o planejamento para a participação em projetos desenvolvidos pelas unidades nos Estados Unidos e Canadá.

Valor investido (R$ milhões) 80

72,7

60

51,6 41,7

40 20 0

2005

2006

2007

Número de voluntários 6.287 6.000 4.500

3.777

3.000 1.600 1.500 0

2005

2006

2007

Os investimentos na qualidade da educação representam a maior parcela dos recursos destinados pelo Grupo à sociedade. O apoio ao movimento Junior Achievement, por exemplo, já mobilizou mais de um milhão de jovens por meio da educação para o empreendedorismo. Nas artes, a Bienal do Mercosul, além de fortemente consolidada como uma das maiores exposições culturais do mundo, atingiu, com o seu programa Ação Educativa, mais de 800 mil alunos.

73


Bibliotecas incentivam a leitura no Brasil Para estimular o hábito da leitura nos jovens e propiciar um melhor aproveitamento do uso das bibliotecas doadas pelo Grupo, o Instituto Gerdau criou em 2007 o programa Biblioteca Ativa. Por meio dessa iniciativa, colaboradores são capacitados para realizar, em conjunto com educadores, atividades de incentivo à valorização da leitura com o apoio dos livros doados pela organização. A ação também procura desenvolver o voluntariado entre os colaboradores do Grupo, atividade impulsionada

pelo Instituto. O programa Biblioteca Ativa conta com a participação de 21 voluntários.

O colaborador Nivaldo Pereira da Luz, da Armafer São Paulo (SP), integra o grupo de voluntários do programa Biblioteca Ativa e se dedica a estimular

o hábito da leitura entre os jovens do Instituto Rogacionista, em São Paulo (SP), uma das instituições beneficiadas pela iniciativa

Desde 2002, o Grupo Gerdau doa bibliotecas para escolas públicas e instituições, fazendo com que a comunidade e os estudantes tenham acesso a importantes clássicos da literatura brasileira e internacional. Nesse período, foram distribuídos mais de 60 mil livros para as comunidades.


PRINCIPAIS INDICADORES

Margens financeiras Margem bruta Margem líquida Margem EBITDA

2006 2007 26,4% 24,4% 16,5% 14,1% 22,6% 20,4%

Mercado de capitais 2006 2007 Metalúrgica Gerdau S.A. Dividendos (R$ por ação) 2,26 2,10 Dividend yield (%)* 5,2 3,0 Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 30,0 25,7 Valor de mercado (R$ milhões) 8.063 12.819 Gerdau S.A. Dividendos (R$ por ação) 1,35 1,26 Dividend yield (%)* 3,9 2,4 Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 28,8 25,9 Valor de mercado (R$ milhões) 23.062 33.547 Gerdau Ameristeel Corp. Dividendos (US$ por ação) 0,30 0,35 Dividend yield (%)* 3, 4 2,5 Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 20,4 13,9 Valor de mercado — Nyse (US$ milhões) 2.727 6.156 Valor de mercado — Toronto (Cnd$ milhões) 3.178 6.102 *Relação entre o dividendo pago por ação e a cotação no último dia do ano **Relação entre o lucro líquido e o patrimônio líquido consolidados

Produção e vendas Produção de aço (mil toneladas) Produção de laminados (mil toneladas) Vendas físicas (mil toneladas)

2006 2007 15.767 17.907 12.803 15.160 14.889 17.159

Colaboradores 2006 2007 Número de colaboradores 31.563 36.925 Número de prestadores de serviços 13.298 13.687 Investimentos em capacitação (R$ milhões) 37,0 44,6 Gestão ambiental Reaproveitamento de co-produtos (% do total gerado) Investimentos (R$ milhões) Cotação 2006 2007

2006 2007

Desempenho financeiro (R$ milhões) 30 25

30.614 25.884

20 15 10 5 0

Receita líquida 5.847 4.261

6.249 4.310

Lucro líquido 2006

2007

Valorização das ações nos últimos cinco anos Metalúrgica Gerdau S.A. (GOAU4)

1.547,1%

Gerdau S.A. (GGBR4)

1.073,2%

Gerdau S.A. (GGB)

1.713,1%

Gerdau S.A. (XGGB)

1.221,6%

Gerdau Ameristeel Corp. (GNA)*

205,0%

Gerdau Ameristeel Corp. (GNA.TO)

471,3%

Bovespa (São Paulo) Dow Jones (Nova York)

467,0% 54,1%

TSX (Toronto)

105,2%

Latibex (Madri) *A partir de 15/10/2004

141,6% 0

R$ US$ 2,1380 1,00 1,7713 1,00

500

1.000 1.500 2.000

Distribuição do valor adicionado — DVA (R$ 10,5 bilhões) 30,2% 4,9%

Reinvestimento de lucros Juros sobre financiamentos

25,4%

Impostos, contribuições e encargos sociais

28,7%

Salários, benefícios, participação nos resultados e treinamento

10,8%

Dividendos e juros sobre o capital próprio

Investimento em responsabilidade social (R$ milhões) 80

76,7 79,4 168,6 345,7

EBITDA

60 40

72,7 41,7

51,6

20 0

2005

2006

2007


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 SOCIEDADE

Projeto contribui para a inserção educacional na Colômbia O comprometimento do Grupo Gerdau com a educação pode ser exemplificado pelo apoio à ONG colombiana Instituto para Niños Ciegos y Sordos del Valle del Cauca. Em 2007, a Diaco, empresa responsável pelas operações na Colômbia, destinou recursos financeiros à instituição, a qual prepara crianças portadoras de deficiência visual e auditiva para ingressar na rede regular de ensino.

O convívio com instrumentos musicais faz parte do aprendizado intensivo dos alunos do Instituto para Niños Ciegos y Sordos del Valle del Cauca, na Colômbia

Com a contribuição da Diaco e de outras empresas, foi possível ampliar a sede da entidade e melhorar os serviços de acompanhamento médico e terapêutico. Desde sua fundação, há 65 anos, o instituto já atendeu cerca de 1,5 milhão de crianças com necessidades especiais e, atualmente, 188 pessoas participam do projeto.

75


MOBILIZAÇÃO SOLIDÁRIA O apoio aos problemas emergenciais das comunidades também é uma prioridade para o Grupo Gerdau. A organização contribui com instituições sociais voltadas para ações de mobilização solidária, realiza campanhas e estimula empresas e associações a investirem em projetos sociais. Em 2007, foram destinados R$ 8,8 milhões para essas iniciativas. A atuação do Grupo inclui projetos como o Prato Popular, nove restaurantes que oferecem às comunidades de baixa renda no Brasil uma alimentação saudável e balanceada, e o apoio à Pastoral da Criança, que atende 1,9 milhão de crianças em situação de vulnerabilidade social, com a participação de 267 mil voluntários.

Outro destaque é o Fundo Pró-Infância dos Profissionais Gerdau, iniciativa também apoiada no Brasil. A empresa e os colaboradores reúnem e distribuem recursos para instituições sociais, grande parte proveniente de renúncia fiscal do Imposto de Renda. No ano, beneficiou 46.961 crianças e adolescentes brasileiros em situação de risco com R$ 3,1 milhões. Em 2007, o Instituto Gerdau promoveu 71 palestras de sensibilização para um público de 22,5 mil pessoas, visando estimular outras empresas e entidades a utilizar essa modalidade de apoio social.

Vítimas de terremoto recebem ajuda no Peru O Grupo Gerdau, a Siderperu — empresa responsável pelas atividades siderúrgicas no Peru — e os seus colaboradores ajudaram as vítimas do terremoto de 7,9 graus na Escala Richter que atingiu o país em 2007. A iniciativa faz parte da política da organização de contribuir com as comunidades das regiões onde está presente. A catástrofe foi uma das maiores na história do Peru. Os recursos financeiros foram repassados pelo Grupo Gerdau e pela Siderperu ao Fundo para Reconstrução, criado pelo governo peruano para recuperar as áreas afetadas pelo terremoto e providenciar alimentos à população atingida. Já os colaboradores da usina organizaram um programa de arrecadação de alimentos

não-perecíveis, roupas, cobertores, dinheiro, ferramentas necessárias aos trabalhos de limpeza e remoção dos escombros, entre outros. Ao todo, foram doadas 100 toneladas de produtos, quantidade alcançada também pela contribuição da empresa, que repassou às vítimas o dobro do volume arrecadado por seus profissionais. A Siderperu está contribuindo ainda com a reconstrução de 22 casas.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 SOCIEDADE

Voluntários da Gerdau Ameristeel são reconhecidos nos Estados Unidos O trabalho voluntário em benefício das comunidades onde seus colaboradores vivem e trabalham faz parte do dia-a-dia da Gerdau Ameristeel nos Estados Unidos. No total, 3.153 profissionais exercem regularmente ações de voluntariado. O envolvimento intenso dos colaboradores com a população local foi reconhecido pela Prefeitura de Charlotte, na Carolina do Norte, que premiou a Gerdau Ameristeel com o 2007 Mayor’s International Community Award. Criado em 1998, o prêmio tem como finalidade homenagear as empresas estrangeiras que apóiam as atividades voluntárias de seus funcionários, bem como reconhecer os resultados positivos alcançados em benefício da comunidade a partir desse trabalho.

Voluntários da Gerdau Ameristeel em Charlotte, na Carolina do Norte (Estados Unidos), simbolizam o engajamento dos colaboradores do Grupo Gerdau em iniciativas sociais voltadas para as comunidades

A Gerdau Ameristeel foi escolhida com base na avaliação dos programas dos quais participa na cidade de Charlotte. Os organizadores do prêmio ficaram especialmente impressionados com a variedade de iniciativas de voluntariado realizadas pela companhia para ajudar os moradores de rua durante os meses de inverno em Charlotte, incluindo a doação de refeições quentes, cobertores e itens pessoais. A Gerdau Ameristeel em Charlotte e outras unidades da empresa nos Estados Unidos apóiam regularmente o Adopt-A-Highway, um mutirão de limpeza das estradas próximas, e o Red Cross Blood Drive, responsável pela organização de campanhas de doação de sangue a cada três meses nas fábricas.

77


FORNECEDORES

Relacionamento prioriza a difusão das boas práticas de gestão e de sustentabilidade O Grupo Gerdau prioriza a contratação de fornecedores que buscam a melhoria contínua de suas atividades e que, ao mesmo tempo, adotam práticas responsáveis em relação às pessoas e ao meio ambiente. Segue a política de ganhos mútuos e firma acordos comerciais de longo prazo, avaliados periodicamente, que garantam a criação de compromissos conjuntos. A forma de atuação dos fornecedores é acompanhada periodicamente por meio de auditorias. O Grupo estabelece, por exemplo, que as companhias fornecedoras de matérias-primas estejam de acordo com a legislação ambiental. Também estimula, durante os encontros anuais com os fornecedores, a responsabilidade social e apresenta, nos eventos, alternativas de apoio às comunidades, um trabalho feito com a participação do Instituto Gerdau. As boas práticas são reconhecidas com iniciativas como a conduzida pela Gerdau Açominas (MG), que premia os melhores fornecedores durante um evento realizado anualmente. O reconhecimento é feito com base em uma avaliação mensal que considera critérios de qualidade, segurança do trabalho e respeito ao meio ambiente. Além de checar o desempenho de cada um, a Gerdau Açominas elabora, a partir desse acompanhamento, um relatório com oportunidades de melhoria.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 FORNECEDORES

O Grupo Gerdau realiza ainda uma série de iniciativas de capacitação para os sucateiros, profissionais que fornecem sua principal matéria-prima. A Gerdau AZA, no Chile, possui um projeto para transformar os fornecedores diretos de sucata em empresários formais, que atuam de acordo com modernas práticas de gestão. A idéia é dignificar a imagem da atividade e contribuir para a expansão da reciclagem no país. Para atingir esse objetivo, a unidade lançou um guia ambiental direcionado aos centros de coleta e estabeleceu um acordo de boas práticas que garante a procedência da matéria-prima. As atividades, no ano, envolveram 76 pessoas. No Brasil, o Grupo participa, em parceria com o Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), do programa Reciclagem, um estímulo à formação de cooperativas para a reciclagem de sucata, buscando a inclusão social. Com isso, incentiva a geração de renda, o resgate da cidadania, o desenvolvimento do negócio dos catadores e a preservação ambiental. Em 2007, foram envolvidos mais de 300 profissionais em oito cooperativas. A iniciativa deve ser ampliada, futuramente, para os demais países da América Latina onde o Grupo possui unidades.

Procedimentos globais No exercício, foi finalizado o Gerdau Global Procurement, que prevê a padronização dos procedimentos de compra. Em 2008, o programa passará a ser seguido pelas unidades no Brasil e nos Estados Unidos e, em 2009, pelas usinas nos demais países da América Latina e na Espanha.

O Grupo segue a política de ganhos mútuos e firma acordos comerciais de longo prazo, avaliados periodicamente, que garantam a criação de compromissos conjuntos

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MEIO AMBIENTE É gratificante trabalhar em uma organização que dispõe de recursos para produzir com responsabilidade. Cada processo, atividade ou projeto do Grupo Gerdau é avaliado ambientalmente, de forma a proteger a natureza e a comunidade. Maria Cristina Alvarez Diaz Engenheira de processos de meio ambiente, trabalha há três anos na Gerdau AZA em Colina, Chile

Maria Cristina Alvarez Diaz coordena o projeto de reflorestamento do Cerro Calán, no Chile. As 16 mil árvores nativas plantadas produzem 1,4 mil toneladas de oxigênio e retiram 360 toneladas de pó da atmosfera anualmente


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GEstão Ambiental

Contínua atualização tecnológica e eficiente sistema de gestão ambiental asseguram a proteção do meio ambiente

O Grupo preserva a biodiversidade nos locais onde está instalado, mantendo cinturões verdes no entorno das unidades industriais, como na Gerdau Guaíra (PR)

O Grupo Gerdau respeita o meio ambiente e, por isso, investe em tecnologias e em pesquisas para contribuir com a preservação da natureza. No ano, foram destinados R$ 345,7 milhões para a área, o que representa uma evolução de 105,1% em relação a 2006. As diretrizes nessa área são definidas pelo Sistema de Gestão Ambiental (SGA), um conjunto de procedimentos alinhado à norma ISO 14001, e é parte integrante do Gerdau Business System (GBS), seguido pelas operações do Grupo. Por reunir as melhores práticas, o sistema é assimilado pelas unidades em um curto período de tempo e com qualidade. O SGA avalia todas as atividades do Grupo sob o ponto de vista ambiental, desde o recebimento da matéria-prima até a entrega do aço, incluindo a destinação dos co-produtos gerados durante a produção. Com isso, os procedimentos industriais passam por minuciosa análise.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 gestão ambiental

O cuidado da organização com a natureza também inclui a contínua atualização tecnológica, a qual permite que alguns indicadores ultrapassem as exigências das legislações ambientais.

a atividade de coleta e processamento de sucata tem um importante papel social, pois gera oportunidades de trabalho a milhares de pessoas.

Energia Investimentos ambientais por região

74,9% Brasil 12,1% Estados Unidos e Canadá 12,9% América Latina* 0,1% Europa *Não inclui Brasil

ISO 14001 Atualmente, 23 unidades do Grupo possuem a ISO 14001. A meta é conquistar essa certificação ambiental nas demais fábricas até 2009. Já as novas unidades entram em processo de certificação logo após a aquisição.

Sucata O Grupo Gerdau contribui com a preservação ambiental ao utilizar a sucata ferrosa como principal matéria-prima do seu processo industrial. Em 2007, foram recicladas 12,8 milhões de toneladas, 23,3% a mais em comparação a 2006. No exercício, 66,9% da produção foi feita a partir do uso desse insumo. Ao utilizá-la, o Grupo Gerdau ajuda a reduzir a quantidade do material depositado em aterros e locais inapropriados. A adoção de um processo produtivo que emprega a sucata como principal matéria-prima contribui para a diminuição do uso de energia e, conseqüentemente, das emissões de CO2. Além disso,

Nos próximos anos, o Grupo Gerdau planeja ampliar os investimentos em geração de energia elétrica, preferencialmente a partir de fontes renováveis. Nessa linha, a organização passará a operar em 2010 com as hidrelétricas Caçu-Barra dos Coqueiros, em Goiás. Além disso, foi expandida a capacidade da termelétrica da usina siderúrgica Gerdau Açominas (MG), que é movida por gases residuais gerados no processo do alto-forno, da aciaria e da coqueria (ver capítulo Desempenho dos negócios e investimentos). O Grupo também busca utilizar fontes alternativas de energia térmica, como o gás proveniente de aterro de lixo orgânico. Procura ainda otimizar o uso de energia por meio de atualizações periódicas dos seus equipamentos e processos industriais, o que contribui para eliminar desperdícios.

Ar As unidades industriais do Grupo Gerdau têm modernos sistemas de despoeiramento que asseguram a proteção atmosférica. Esses equipamentos captam as partículas sólidas geradas durante o processo de produção do aço, transformando-as em co-produtos. Ao adquirir uma empresa, esse é um dos investimentos priorizados pela organização, quando são detectadas oportunidades de aperfeiçoamento. A Siderperu (Peru), por exemplo, possui um projeto para melhorar a eficiência dos seus processos, visando eliminar as suas deficiências, a partir da instalação de um novo sistema de despoeiramento. Além disso, o tema do aquecimento global vem sendo tratado com muita seriedade pela

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organização. O Grupo tem como compromisso levantar nas unidades as possibilidades de aperfeiçoamento do processo produtivo, buscando maior eficiência energética e redução das emissões de CO2. A Gerdau Açominas (MG) possui um sistema de recuperação energética que reaproveita 98,0% dos gases residuais do processo siderúrgico. A expansão da usina ampliou a capacidade de autogeração em 54,0%, permitindo a produção de aproximadamente 65,0% da sua necessidade total de energia elétrica. Com essa iniciativa, haverá uma diminuição das emissões de CO2 de 68 mil toneladas anuais. Em 2007, o índice de emissão de gás carbônico foi de 598 quilos por tonelada de aço produzido, abaixo da média da siderurgia mundial.

Água Quase toda a água utilizada durante a produção do aço é tratada e reaproveitada internamente. Como resultado, o índice de reutilização do insumo é de 97,6%. Isso significa que apenas 2,4% da água empregada para a refrigeração dos equipamentos e dos produtos é captada externamente, o que representa 51,7 milhões de metros cúbicos ou 3,3 metros cúbicos de água por tonelada de aço produzido. Esses 2,4% não reaproveitados evaporam ou são tratados internamente para depois serem enviados a rios, poços ou sistemas de esgoto. As unidades também procuram buscar novas fontes de captação de recursos hídricos, reduzindo a necessidade de utilização de água de rios, por exemplo. A Gerdau Ameristeel St. Paul, nos Estados Unidos, iniciou um projeto de reaproveitamento da água da chuva acumulada nas áreas de estocagem de sucata e de co-produtos do Shredder — grande equipamento que limpa e tritura a sucata. A iniciativa será concluída em 2008.

Co-produtos Grande parte dos co-produtos gerados no processo de produção do aço é reaproveitada pela indústria siderúrgica ou por outros setores da economia. Em 2007, o índice de utilização dos co-produtos foi de 79,4%. No mesmo período, a geração por tonelada de aço produzido alcançou 372,6 quilos. Somente no Brasil, a comercialização desses materiais resultou em uma receita de R$ 52,8 milhões em 2007. Os materiais não reaproveitados são encaminhados para centrais de armazenamento aprovadas pelas autoridades ambientais, as quais seguem rigorosamente a legislação vigente (ver quadro Pesquisas descobrem novos usos para co-produtos).

Reaproveitamento de co-produtos 80

80,0%

76,7%

79,4%

60

40

20

0

2005

2006

2007


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 gestão ambiental

Sistema de despoeiramento da Gerdau Ameristeel Cambridge (Canadá) capta as partículas sólidas geradas durante o processo de produção do aço

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Soluções inteligentes

Biodiversidade

A responsabilidade ambiental faz parte do dia-a-dia dos colaboradores da organização. Por meio de Grupos de Solução de Problemas, os profissionais se reúnem e desenvolvem alternativas para, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho dos indicadores ambientais e aumentar a produtividade das operações.

Para contribuir com a preservação da biodiversidade nos locais onde está presente, o Grupo Gerdau mantém cinturões verdes em suas unidades industriais. De um total de 17,7 mil hectares de propriedade da organização, 2,5 mil hectares são áreas de reserva legal ou preservação permanente e 8,2 mil hectares, de matas nativas.

Os colaboradores da Gerdau Ameristeel Jackson, nos Estados Unidos, reduziram os gastos com energia e com insumos utilizados na produção. Esse ganho foi obtido por meio da eliminação das perdas que ocorriam durante o corte dos tarugos — base para a fabricação de produtos finais — a partir de mudanças no processo. Com isso, conseguiram diminuir as perdas metálicas em 3,8 mil toneladas e o consumo de energia, em 1,4 milhão de kWh. A Gerdau Aços Especiais Piratini (RS) criou um projeto em parceria com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) para estimular nos colaboradores a cultura da produção mais limpa. A iniciativa inclui capacitações voltadas a temas ambientais e um programa de sugestão de melhorias. Em apenas cinco meses, a unidade recebeu, aproximadamente, 200 sugestões. Entre os benefícios já percebidos com as mudanças estão a minimização da geração de co-produtos, a redução dos custos — com o aperfeiçoamento da gestão dos efluentes líquidos —, a diminuição do consumo de energia e de água, a melhoria da produtividade e a redução dos riscos ambientais. As equipes da Gerdau Cearense (CE), em especial a da aciaria, têm demonstrado grande comprometimento com a política de meio ambiente do Grupo e com a sustentabilidade. Por isso, realizam projetos que contribuem para a redução do uso de recursos naturais — energia elétrica, gás natural, ligas, refratários e grafite. Como resultado dessas ações, a unidade recebeu em 2007 reconhecimentos importantes, entre eles o Prêmio de Responsabilidade Ambiental e Social do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Ceará e a premiação Return On Environment World (ROE), entregue pela GE Betz a projetos mundiais com reflexos positivos nas áreas econômica e ambiental.

Em 2007, a Gerdau Açominas (MG) firmou um compromisso para transformar 1,2 mil hectares de vegetação nativa em reserva de proteção permanente.

Educação ambiental A mobilização dos colaboradores para temas ambientais é renovada pelas campanhas de conscientização, palestras e por treinamentos promovidos pela organização. No ano, foram 19,3 mil participações e 50,4 mil horas de capacitação.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 gestão ambiental

Pesquisas descobrem novos usos para co-produtos O Grupo Gerdau busca alternativas inteligentes para o aproveitamento dos co-produtos gerados durante a produção do aço. Isso é feito por meio de estudos conduzidos com o apoio de entidades de pesquisa e universidades, os quais desenvolvem novas formas de beneficiamento e utilização desses materiais. Atualmente, os diversos tipos de co-produtos gerados pela atividade siderúrgica têm um amplo leque de aplicações no setor industrial e substituem com eficácia matérias-primas naturais. São utilizados na pavimentação de estradas e substituem o chumbo na fabricação de baterias. Também podem ser usados no lugar do minério de ferro pelas cimenteiras. Na indústria cerâmica, ao serem misturados com outros componentes, reduzem o tempo de queima da argila e melhoram a resistência dos tijolos. Além

Os co-produtos gerados pela atividade siderúrgica, depois de separados e processados pelas unidades do Grupo Gerdau, são utilizados em pavimentação rodoviária, como na Estrada Real, em Minas Gerais

disso, está em fase de pesquisa o uso dos coprodutos como combustíveis. Em 2007, duas operações do Grupo Gerdau se destacaram no programa de redução e aproveitamento de co-produtos: a Sidenor, na Espanha, e a Gerdau Açominas (MG). Depois que foi adquirida pelo Grupo Gerdau, em 2006, a Sidenor passou a reaproveitar 100,0% da escória, material decorrente do processo produtivo. Uma das principais aplicações desse produto é na construção de estradas secundárias. Já a Gerdau Açominas, em parceria com uma empresa da região, está desenvolvendo uma nova aplicação para os co-produtos gerados no processo de lavagem do gás da aciaria. O estudo indica a possibilidade de substituir matérias-primas utilizadas pela siderurgia por uma composição feita a partir desses co-produtos.

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LINHA DO TEMPO

Em 1869, João Gerdau chega da Alemanha ao Brasil, na Colônia de Santo Ângelo, atual município de Agudo (RS)

1901 João Gerdau e seu filho Hugo lançam as bases do Grupo Gerdau com a Fábrica de Pregos Pontas de Paris, em Porto Alegre (RS).

1907 Os negócios de João Gerdau são divididos em dois ramos independentes: Hugo dirige a fábrica de pregos e seu irmão Walter responde pela Fábrica de Móveis Gerdau, ambas em Porto Alegre (RS). Mais tarde, em 1930, os dois participam da criação do Centro de Indústria Fabril do Estado do Rio Grande do Sul, futura Federação das Indústrias do Estado.

Fábrica de Pregos Pontas de Paris (RS)

1914 Hugo Gerdau tornase um dos sócios fundadores da tradicional Cia. Geral de Indústrias (RS), que deu origem aos Fogões Geral. Mais tarde, assume o controle da empresa e, em 1947, desliga-se do empreendimento.

1933 A Fábrica de Pregos expande suas atividades com a construção de uma nova unidade em Passo Fundo (RS), em atividade até 1964.

1946 Curt Johannpeter, genro de Hugo, assume a direção da empresa e comanda uma fase decisiva de expansão dos negócios.

1947 A Fábrica de Pregos — hoje Metalúrgica Gerdau S.A. — passa a negociar ações na Bolsa de Valores de Porto Alegre e começa a pagar dividendos aos seus acionistas.

Construção da Gerdau Cosigua (RJ)

1948 O Grupo ingressa na siderurgia, com a siderúrgica Riograndense — conhecida como Usina Farrapos (UFA) —, em Porto Alegre, antecipando o conceito de minimill, modelo baseado no uso de sucata e na comercialização regional que permite ter custos operacionais mais competitivos.

1957 Entra em operação a segunda unidade da Riograndense, também conhecida como Usina II, em Sapucaia do Sul (RS).

1963 A criação da Fundação Gerdau, com programas nas áreas da saúde, educação, habitação e assistência social, reforça a cultura de responsabilidade social da organização.

1967 A Fábrica de Arames São Judas Tadeu, em São Paulo (SP), marca a expansão para a região Sudeste do Brasil.

1969 O Grupo chega ao Nordeste do Brasil, com a siderúrgica Açonorte (PE).

1971 Início da construção da Gerdau Cosigua, no Rio de Janeiro, e ingresso no segmento de distribuição de aço, com a primeira Comercial Gerdau, em São Paulo. O Grupo assume o controle da siderúrgica Guaíra, pioneira na produção de aço no Paraná. Em 1982, entra em operação sua segunda planta no estado, em Araucária.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 LINHA DO TEMPO

Gerdau Laisa (Uruguai) na década de 1990

1980 Marco do início da internacionalização, com a siderúrgica Laisa, no Uruguai.

1982

Estréia da Gerdau S.A. na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse)

1992 Aquisição da siderúrgica AZA, no Chile, e da Aços Finos Piratini (RS). É lançado o vergalhão GG 50, um dos principais produtos do Grupo Gerdau no Brasil.

Início da operação da siderúrgica Cearense, em Maracanaú (CE).

1998

1989

O Grupo compra parte do capital social da laminadora Sipar, na Argentina, e, em 2005, assume seu controle.

Entrada na América do Norte, com a siderúrgica Courtice Steel, hoje Gerdau Ameristeel Cambridge, na província de Ontário (Canadá). A presença no país é reforçada em 1995, ano em que o Grupo Gerdau assume a MRM, em Manitoba. A organização também chega à Bahia, por meio da compra da Usiba.

1999 Ingresso nos Estados Unidos com a aquisição do controle da Ameristeel. A Gerdau S.A., empresa de capital aberto no Brasil, é listada na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).

2001 A organização completa 100 anos de atividades com capacidade instalada de 8,4 milhões de toneladas de aço por ano. Assume o controle da Açominas (MG), a sua maior usina, da qual era sócia desde 1997.

2002 Grupo Gerdau e CoSteel realizam fusão de suas operações siderúrgicas na América do Norte, criando a Gerdau Ameristeel, na época, com 11 usinas siderúrgicas e 29 centros de beneficiamento de aço.

2004 Expansão do Grupo Gerdau nas Américas. Na Colômbia, é anunciado acordo para aquisição do controle da Diaco e da Sidelpa. Na América do Norte, são adquiridos os ativos da North Star Steel, e a Gerdau Ameristeel ingressa na Nyse.

Unidade da Chaparral Steel (Estados Unidos)

2005 Grupo amplia sua presença no mercado global ao anunciar, no final do ano, a aquisição de 40,0% da espanhola Sidenor, em operação concluída em 2006. É criado o Instituto Gerdau, responsável por coordenar as políticas e diretrizes de responsabilidade social do Grupo.

2006 Grupo Gerdau adquire a Siderperu, no Peru. Nos Estados Unidos, adquire a Sheffield Steel, a Callaway Building Products, a Fargo Iron and Metal Company e firma a joint venture Pacific Coast Steel. Na Espanha, a Sidenor passa a controlar a siderúrgica espanhola GSB Acero. No Brasil, entra em operação a usina Gerdau São Paulo (SP).

2007 André Gerdau Johannpeter assume o cargo de diretorpresidente (CEO), posição ocupada anteriormente por Jorge Gerdau Johannpeter, que permanece como presidente do Conselho. Claudio Gerdau Johannpeter passa a atuar como diretorgeral de Operações (COO). O Grupo ingressa no México (Siderúrgica Tultitlán), na República Dominicana (Industrias Nacionales — Inca) e na Venezuela (Siderúrgica Zuliana). Ocorre ainda a aquisição da Chaparral (EUA) por US$ 4,2 bilhões e de participação acionária na Aceros Corsa (México). Também é firmado acordo para a compra da Macsteel (EUA) e formada a joint venture Kalyani Gerdau (Índia). No Brasil, a Gerdau Açominas (MG) aumenta sua capacidade produtiva em 50,0%, para 4,5 milhões de toneladas anuais.

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PRODUÇÃO DO AÇO

USINAS INTEGRADAS

Minério de ferro

Conversor

Alto-forno

Forno elétrico a arco

Sucata

USINAS SEMI-INTEGRADAS Forno-panela Ferro-gusa

Formador de espiras

Fio-máquina

Trefila

Arame trefilado

Máquina de pregos

Vergalhão CA-60

Arame recozido

Tela soldada nervurada

Processos de solda

Pregos

Arames para soldas e eletrodos


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 PRODUÇÃO DO AÇO

Lingotamento contínuo

Panela

Tarugos

Forno de reaquecimento

Laminador

Bloco

Leito de resfriamento

Galvanização

Arame farpado

Arame ovalado

Arame galvanizado

Perfis estruturais

Barras e perfis

Vergalhão GG 50

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GLOSSÁRIO

A

Ação ordinária — Título representativo da menor parcela em que se divide o capital social de uma sociedade anônima, que confere a seu titular o direito de voto em assembléia. Ação preferencial — Título representativo da menor parcela em que se divide o capital social de uma sociedade anônima, que oferece a seu detentor prioridade no recebimento de dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso de capital. Em geral, não concede direito de voto em assembléia. Aciaria — Área de uma usina siderúrgica onde o aço é produzido. Acidente com perda de tempo — É aquele que impede o colaborador de voltar ao trabalho, em suas funções normais, após o dia imediato ao acidente, no horário normal do expediente, ou que resulta em perda de vida, incapacidade permanente parcial, total ou incapacidade temporária total. Acionista minoritário — Detentor de uma quantidade de ações insuficiente para exercer o controle acionário de uma empresa. Aço — Liga de ferro e carbono (até 1,5%) que pode conter adicionalmente outros elementos químicos para melhorar as suas propriedades. Aço especial (longo) — Seu processo de fabricação assegura características físicas e metalúrgicas específicas e adequadas aos requisitos de aplicações especiais, como para as indústrias automotiva, petrolífera, de ferramentas e de máquinas e equipamentos. Aço longo — Classificação de produtos de aço em que uma das dimensões (o comprimento) predomina sobre as demais. Inclui barras, perfis, fio-máquina, vergalhão, perfis estruturais e arames. É a principal linha de produtos Gerdau. Aço plano — Classificação de produtos de aço que inclui chapas e tiras. Os aços planos são usados nas partes externas de automóveis, em eletrodomésticos, etc. ADR — Sigla de American Depositary Receipt. Título representativo de ações de empresas não-americanas emitido e negociado no mercado de capitais dos Estados Unidos. Alto-forno — Forno de grandes dimensões, revestido com tijolos refratários, usado em usinas siderúrgicas integradas para produzir ferro-gusa a partir do minério de ferro.


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Glossário

B

Benchmarking — Processo contínuo e sistemático para avaliar produtos, serviços e procedimentos de trabalho das organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com a finalidade de melhoria. Bridge Loan Facility (Empréstimo Ponte) — Empréstimo de curto prazo, concedido em antecipação a um financiamento de médio ou longo prazo.

C

Chapa grossa — Produto plano laminado com espessura acima de 10,0 mm. Co-produto — Produto secundário de um processo industrial, desejável ou não. Coaching — Relação interpessoal, na qual uma pessoa atua para identificar e maximizar o potencial e o desempenho de um indivíduo ou de uma equipe na busca de crescimento pessoal e profissional. Coluna para estruturas — Armadura pré-fabricada com vergalhões e arames de aço, padronizada conforme norma para aplicação estrutural. Coqueria — Área onde é fabricado o coque, um dos insumos básicos para a produção do ferro-gusa. O coque é gerado a partir do carvão mineral.

D

Debênture — Título emitido por uma sociedade anônima

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Dividendo — Valor distribuído aos acionistas, em dinheiro, na proporção da quantidade de ações possuídas. Resulta dos lucros obtidos por uma empresa no exercício corrente ou em exercícios passados.

E EBITDA — Do inglês earnings before interest, taxes, depreciation and amortization (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortizações). Também conhecido como Lajida ou geração de caixa operacional. É o lucro bruto menos as despesas com vendas gerais/ administrativas, mais depreciação e amortizações. Escória — Composto de óxidos metálicos e não-metálicos que se forma na superfície do aço durante seu processo de fabricação.

F Faturamento — É o resultado financeiro da venda de produtos ou serviços de uma empresa. Ferro-gusa — Produto do alto-forno, resultante da redução do minério de ferro com carvão vegetal ou coque. É matéria-prima líquida ou sólida das aciarias para a fabricação do aço. Fio-máquina — Produto de aço de seção circular obtido no processo de laminação. O fio-máquina é normalmente trefilado e utilizado na produção de arames, parafusos e pregos.

para captar recursos, visando o investimento ou o

Forno elétrico a arco — Equipamento de produção de

financiamento de capital de giro.

aço onde a carga metálica (sucata + ferro-gusa sólido) é

Dívida bruta — Valor referente a financiamentos bancários

fundida graças à energia proveniente de um arco elétrico

mais debêntures emitidas pela empresa.

gerado por eletrodos.

Dívida líquida — Dívida bruta menos as disponibilidades de

Forno-panela — Forno que recebe o aço líquido oriundo do

caixa e aplicações financeiras.

forno elétrico a arco para a realização do refino químico.


G

Galvanização — Recobrimento de aço com uma fina camada de zinco para aumentar a resistência à corrosão superficial e melhorar o aspecto visual do produto. Geração de caixa — Ver definição de EBITDA. Governança corporativa — Sistema pelo qual as sociedades

na forma e dimensões da seção transversal do material inicial, usualmente proveniente da aciaria. Libor — Sigla de London Interbank Offered Rate. Taxa de juros estabelecida entre bancos internacionais, entre bancos e grandes empresas e entre bancos e governos, no mercado do eurodólar. Normalmente é acrescida de prêmios, em empréstimos de maior risco.

são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos

Lingotamento contínuo — Processo que continuamente

entre acionistas/cotistas, Conselho de Administração,

produz tarugos ou placas a partir do aço líquido vazado

Diretoria, auditoria independente e Conselho Fiscal. As

por meio de um molde.

boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da empresa, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade (definição do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Grau de investimento (Investment Grade) — Classificação de risco de agências especializadas,

Lingotamento de blocos — Processo contínuo de produção de peças de aço de grandes dimensões para aplicação usual em laminações e forjarias. Liquidez — Maior ou menor facilidade de se negociar um título, convertendo-o em dinheiro.

concedido a empresas ou países avaliados como capazes

Lucro líquido — Resultado final apurado em um

de honrar seus compromissos.

determinado período, após o registro de todas as

H

receitas e despesas. Lucro líquido ajustado — É o lucro líquido da companhia,

Hedge — É utilizado como instrumento de proteção contra o

já considerando a transferência de 5,0% do lucro

risco de variações de preços nos diversos mercados de ativos

líquido para a reserva legal, até que essa reserva seja

reais ou financeiros. Pode ser definido como um instrumento

equivalente a 20,0% do capital integralizado. É a base de

de estratégia ou proteção para minimizar o nível de risco de

cálculo para os dividendos.

uma determinada posição em ativos de investimento.

I

M

Margem EBITDA — Equivale ao EBITDA dividido pela

ISO 14001 — Norma desenvolvida pela International

receita líquida, expresso em percentagem. O percentual

Organization for Standardization (ISO) que especifica os

representa o montante de cada unidade monetária de

requisitos relativos a um sistema de gestão ambiental de

receita líquida que resultou em EBITDA.

uma organização.

J

Joint venture — É o investimento conjunto de duas empresas em uma terceira companhia. Juros sobre o capital próprio — Valor distribuído aos acionistas, em dinheiro, na proporção da quantidade de ações possuídas. É um substitutivo do pagamento de dividendos.

Margem líquida — Equivale ao lucro líquido dividido pela receita líquida. É expressa em percentagem. O percentual representa o montante de cada unidade monetária de receita líquida que resultou em lucro líquido. MBA — Sigla de Master of Business Administration. Curso de pós-graduação voltado à educação executiva. Minério de ferro — Matéria-prima para a fabricação do ferro-gusa e ferro-esponja. É a forma como o ferro é

L

encontrado na natureza.

Laminação — Processo de conformação mecânica realizado

de uma determinada região, com o uso de recursos e

a frio ou a quente para promover modificações

matérias-primas locais.

Minimill — Usina construída para atender à demanda


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 Glossário

N

Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa — Conjunto de normas de conduta para empresas, administradores e controladores considerado importante para uma boa valorização das ações e outros ativos emitidos pela companhia. As empresas de Nível 1 se comprometem, principalmente, com melhorias na prestação de informações ao mercado e com a dispersão acionária.

P

Panela — Equipamento que tem a função de armazenar o aço líquido para ajustar a composição química (adições de ligas para acertar os níveis de manganês, silício e carbono), homogeneizar a temperatura e composição e aumentar o nível de limpidez do aço. Peça forjada — Peça de aço fabricada por processo mecânico de conformação por meio do uso de prensas e martelos. Perfil estrutural — Grupo de produtos de aço que inclui perfis I, H, vigas de abas largas e estacas-prancha. São usados na construção de edifícios, prédios industriais, reforços de pontes, etc. Placa — Produto siderúrgico do segmento de aços planos, base para a produção de chapas e tiras.

R

Receita bruta — Ver definição de faturamento. Receita líquida — Receita bruta menos impostos incidentes sobre as vendas, fretes e descontos. Refratário — Material cerâmico utilizado como revestimento de equipamentos para garantir resistência a altas temperaturas.

S

Sarbanes-Oxley — Lei aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos para proteger os investidores da possibilidade de fraudes contábeis nas corporações. As regras e aplicações emendam e complementam a legislação vigente para as empresas de capital aberto que negociam ações nas bolsas norte-americanas. Sinterização — Processo que consiste em aglomerar finos de minério de ferro numa mistura com aproximadamente 5,0% de um carvão finamente dividido. Essa mistura é

aquecida, o que provoca a ligação das partículas de minério e resulta num produto uniforme e poroso, denominado sínter.

T

Tag along — Direito que assegura aos acionistas minoritários a extensão das condições oferecidas aos acionistas controladores, no caso de venda do controle da companhia. Tarugo — Produto de aço de seção quadrada ou retangular, produzido pelo lingotamento contínuo ou por meio de laminação de seções maiores. É matéria-prima para a laminação de produtos longos. Tela soldada — Armação em formato de grade feita com vergalhão e utilizada como estrutura para a construção de lajes. Term Loan Facility (Empréstimo a prazo) — Empréstimo de médio ou longo prazo, concedido por um banco ou grupo de bancos comerciais. O empréstimo é amortizado ao longo de período fixo, com pagamento periódico de juros. Trainee — Jovem recém-egresso do Ensino Superior que é preparado de forma consistente e acelerada para assumir futuras posições na empresa. Trefiladora — Equipamento que realiza o processo de conformação a frio de material, transformando o fiomáquina em arames. Treliça — Armadura triangular produzida em aço CA-60 nervurado, utilizada em lajes pré-fabricadas de edifícios e de pontes e viadutos, em espaçador para lajes e pisos, entre outras aplicações.

V

Vergalhão — Barra de aço nervurada comprida, usada como reforço estrutural na construção civil, em obras de estradas, pontes, prédios, etc.

Y

Yield — Indicador que mede o retorno financeiro anual de uma ação sob a forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio. É a relação do dividendo e/ou juros sobre o capital próprio por ação com a cotação do papel no final de determinado período.

95



DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RESUMIDAS 98 Metalúrgica Gerdau S.a. Relatório da Administração (Resumido) Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Resumidas - Exercício 2007 Notas Explicativas Conselho de Administração Diretoria


Metalúrgica Gerdau S.A. (Resumido)

Relatório da Administração (Resumido)

A partir de 2007, a Metalúrgica Gerdau S.A. passa a apresentar suas Demonstrações Financeiras Consolidadas em conformidade com o padrão contábil internacional estabelecido pelo International Accounting Standards Board - IASB (conhecido como International Financial Reporting Standards - IFRS) e consubstanciado na Instrução CVM nº 457, de 13/07/2007. Para adotar o IFRS como novo padrão contábil para suas Demonstrações Financeiras Consolidadas, a Empresa aplicou os aspectos estabelecidos no IFRS 1 (First-time Adoption of International Financial Reporting Standards), considerando a data-base de 01/01/2006 para seu balanço de abertura.

Produção Em 2007, a produção de aço bruto (placas, blocos e tarugos) totalizou 17,9 milhões de toneladas, 13,6% superior à do ano de 2006. Esse crescimento pode ser atribuído aos ganhos de produtividade e aos aumentos de capacidade instalada de produção em função dos investimentos realizados nas diversas regiões em que a Gerdau atua e também à consolidação de novas empresas que foram adquiridas no decorrer de 2007. No Brasil, foram produzidos 8,1 milhões de toneladas, 5,4% a mais do que em 2006. Nos Estados Unidos e no Canadá, a produção alcançou 6,8 milhões de toneladas, 12,7% acima do volume alcançado em 2006. As operações na América Latina (excetuando o Brasil) produziram 1,9 milhão de toneladas, volume 51,5% maior que em 2006. Isso deve-se, basicamente, à consolidação das unidades no México (Sidertul) e na Venezuela (Sizuca) e pela consolidação integral de todo o período relativo ao exercício de 2007 da unidade no Peru (Siderperú), adquirida em junho de 2006. Na Europa, a produção alcançou 1,1 milhão de toneladas, 41,9%

superior à produção de 2006. Esse aumento deve-se, principalmente, à aquisição da GSB Aceros, usina siderúrgica na Espanha. Em laminados, a produção atingiu 15,2 milhões de toneladas, 18,4% superior à produção do exercício de 2006. As unidades no Brasil atingiram a produção de 5,5 milhões de toneladas de laminados, 11,0% superior à de 2006. Nos Estados Unidos e no Canadá, a produção foi de 6,7 milhões de toneladas, crescimento de 15,2% em relação ao ano anterior. Nos países da América Latina (excetuando o Brasil), a produção de laminados atingiu 2,0 milhões de toneladas, aumento de 41,8% em relação à de 2006. Na Europa, a produção foi de 1,0 milhão de toneladas, volume 51,3% maior que a do ano anterior.

Vendas As vendas consolidadas do exercício de 2007 totalizaram 17,2 milhões de toneladas, volume 15,2% maior que em 2006. Desse total, 41,0% tiveram origem nas operações no Brasil e os demais 59,0% nas empresas no exterior. Excluindo-se as aquisições realizadas no período comparado, as vendas apresentaram um aumento de 3,6%. No Brasil, a forte demanda nos principais segmentos consumidores dos produtos da Empresa proporcionou um incremento de 15,5% nas vendas em relação a 2006, as quais atingiram 4,9 milhões de toneladas. Para atender ao maior consumo de aço no Brasil, as exportações foram reduzidas em 10,3%, totalizando, ainda assim, 2,1 milhões de toneladas em 2007. A receita gerada pelas exportações totalizou US$ 1,4 bilhão no exercício (inclui receitas dos embarques para empresas controladas e coligadas). Nos Estados Unidos e no Canadá, as vendas alcançaram 6,9 milhões de toneladas em 2007, 14,9% a mais que em 2006. Excluindo-se os efeitos das aquisições da Chaparral Steel e da


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 METALÚRGICA GERDAU S.A.

Sheffield Steel, o volume de 2007 se mantém em linha com o de 2006. As unidades da América Latina (excetuando o Brasil) comercializaram 2,3 milhões de toneladas, 45,5% superior ao volume do ano anterior. Desconsiderando-se os volumes vendidos pelas empresas adquiridas na Venezuela e no México, em 2007, e no Peru, em 2006, as vendas de 2007 foram 7,7% superiores às de 2006. Na Europa, as vendas contribuíram com 936 mil toneladas em 2007, volume 37,4% superior ao do exercício de 2006. Essa variação deve-se, principalmente, à aquisição da GSB Aceros e da Trefusa, na Espanha.

Resultados No exercício de 2007, o faturamento bruto consolidado atingiu R$ 34,2 bilhões, apresentando um crescimento de 18,5% em relação ao de 2006, conseqüência, basicamente, do maior volume de vendas alcançado no período, dos maiores preços dos produtos siderúrgicos no mercado internacional e das aquisições realizadas no período. Deste valor, as empresas no exterior e as exportações a partir do Brasil, juntas, representaram 60,0% do faturamento bruto consolidado de 2007. A receita líquida consolidada alcançou R$ 30,6 bilhões em 2007, 18,3% superior à do exercício de 2006. As operações no Brasil contribuíram com 42,3% para esse valor, ou seja, R$ 13,0 bilhões. As unidades nos Estados Unidos e no Canadá alcançaram, no seu conjunto, R$ 11,2 bilhões (36,7% do total) e as empresas na América Latina (excetuando o Brasil) somaram R$ 3,3 bilhões, 10,9% da receita líquida consolidada. A Europa participou com R$ 3,1 bilhões, representando 10,1% do total. O lucro bruto do exercício foi de R$ 7,5 bilhões, 9,3% superior ao do ano de 2006. A margem bruta consolidada foi de 24,4% em 2007 contra 26,4% em 2006. No Brasil, a margem bruta ficou em 32,2%,

contra 35,9% no período anterior, redução essa causada, principalmente, pelo aumento dos custos das principais matérias-primas e também pela valorização do real frente ao dólar norte-americano, reduzindo as margens das exportações. As operações nos Estados Unidos e no Canadá contribuíram com uma margem de 18,0%, ligeiramente superior à do exercício de 2006. Na América Latina, a consolidação de novas empresas e os maiores custos das principais matérias-primas levaram à redução da margem bruta de 24,0%, em 2006, para 20,2%, em 2007. Na Europa, a reorganização industrial promovida entre as diversas unidades com vistas a maximizar os processos de produção e as linhas de produtos geraram custos adicionais no exercício, mas que deverão resultar em benefícios futuros para estas operações. Com isto, a margem bruta reduziu-se em 2007, alcançando 19,9% contra 21,9% no ano anterior. As despesas com vendas, gerais e administrativas apresentaram um aumento de 6,0% no ano de 2007 contra um crescimento de 18,3% na receita líquida, se comparado com o exercício de 2006, totalizando R$ 2,5 bilhões. Com isto, estas despesas, que representavam 9,2% da receita líquida em 2006, passaram a representar 8,3% em 2007. No exercício, foi contabilizado, na linha de Outras Receitas (Despesas) Operacionais, uma despesa oriunda de débito do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados relativo a créditos sobre insumos. Este reconhecimento foi realizado em função de modificação de orientação jurisprudencial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) firmada na metade do ano. Este valor, líquido de imposto de renda e contribuição social, foi de R$ 132,2 milhões. Em 2007, foram obtidas receitas financeiras líquidas (receitas financeiras menos despesas financeiras) de R$ 380,6 milhões contra R$ 500,5 milhões em 2006. Este valor inclui receitas de variação cambial no

99


montante de R$ 723,3 milhões em 2007 e R$ 329,6 milhões em 2006. Excluídas as variações cambiais resultantes da valorização do real sobre a dívida em moeda estrangeira, o resultado financeiro foi negativo em R$ 342,7 milhões no último exercício contra um resultado positivo de R$ 170,9 milhões em 2006. Esta reversão foi ocasionada pela redução das aplicações financeiras e pelo aumento do endividamento em função das aquisições realizadas ao longo do ano de 2007. O resultado da equivalência patrimonial sobre os investimentos em empresas não consolidadas atingiu R$ 118,4 milhões no exercício contra R$ 243,6 milhões em 2006. Esta redução deve-se ao menor resultado na joint venture Gallatin Steel, nos Estados Unidos. No exercício, o lucro líquido consolidado foi de R$ 4,3 bilhões, 0,8% superior ao do exercício de 2006. A margem líquida foi de 14,1%. Importante destacar que nos exercícios de 2006 e 2007 itens não-recorrentes afetaram o lucro apresentado, prejudicando sua comparação. Em 2006, o lucro da América Latina foi beneficiado por receitas de R$ 110,7 milhões de ajuste de valor de mercado referente a opções de compra e/ou venda de participações acionárias e de R$ 68,0 milhões de amortização de deságio referente a compra de participação na unidade do Peru. No Brasil, estão incluídas receitas de R$ 83,7 milhões referentes ao êxito em processo judicial sobre recolhimentos indevidos de PIS/COFINS. Em 2007, o lucro líquido contempla R$ 132,2 milhões de despesa referente a débito do IPI relativo a créditos sobre insumos no Brasil e R$ 32,0 milhões de efeito líquido da reorganização industrial na Europa. Expurgando-se os efeitos não-recorrentes descritos acima, o lucro líquido teria sido de R$ 4,5 bilhões em 2007 e de R$ 4,0 bilhões em 2006, apresentando um crescimento de 11,4%.

Investimentos De acordo com o programa de investimentos estabelecido para o triênio 2007-2009, a Gerdau aplicou, em 2007, US$ 1,5 bilhão em ativo imobilizado. Paralelamente a isso, foram investidos outros US$ 4,8 bilhões em um intenso programa de aquisições em países onde já possui operações bem como na expansão geográfica. Dos investimentos realizados em ativo imobilizado destacam-se o projeto de expansão da Gerdau Açominas, com a entrada em operação de um novo alto-forno, da segunda sinterização e de um novo lingotamento contínuo para blocos, e o aumento da capacidade instalada da unidade da Gerdau Ameristeel em Jacksonville, na Flórida, Estados Unidos. No exercício, foram efetuadas doze aquisições, das quais três ainda não estão concluídas. Dentre as aquisições concluídas, destacam-se a Chaparral, nos Estados Unidos, a Sizuca, na Venezuela, a INCA, na República Dominicana e a Tultitlán, no México.

Passivo Financeiro A dívida líquida (empréstimos e financiamentos, mais debêntures, menos disponibilidades e títulos e valores mobiliários), em 31/12/2007, totalizava R$ 10,8 bilhões. Este montante é significativamente maior que o do final do ano de 2006 porque considera os financiamentos obtidos para pagamento de aquisições realizadas ao longo do ano, especialmente a Chaparral, no mês de setembro. Considerando-se a dívida bruta (empréstimos e financiamentos, mais debêntures), 16,5% eram de curto prazo (R$ 2,6 bilhões) e 83,5% de longo prazo (R$ 13,3 bilhões). O prazo médio de pagamento desta dívida é de 6 anos e 4 meses. Em 31 de dezembro, a dívida bruta era composta por 23,3% em reais, 19,3% em moeda estrangeira


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 METALÚRGICA GERDAU S.A.

contratada pelas empresas no Brasil e 57,4% em diferentes moedas contratadas pelas subsidiárias no exterior. O custo médio nominal ponderado da dívida bruta, em 31/12/2007, era de 10,2% do montante denominado em reais, de 6,0% mais variação cambial no total denominado em dólares tomados a partir do Brasil e de 7,4% na parcela tomada pelas subsidiárias no exterior. Ao final do exercício, as disponibilidades de caixa, somadas às aplicações financeiras, totalizavam R$ 5,1 bilhões, dos quais R$ 3,1 bilhões (61,5%) estavam indexados a moedas estrangeiras, principalmente o dólar americano. Em 23/01/2007, a Fitch Ratings elevou a classificação de risco (rating) da Gerdau para Grau de Investimento (Investment Grade) para crédito corporativo de longo prazo em moeda local e estrangeira. No dia 04 de junho, foi a vez da Standard & Poor’s atribuir a mesma nota para crédito corporativo da Gerdau. Esta classificação de risco por parte das agências de rating certamente contribuirá para que a Empresa consiga captar recursos a um custo mais baixo como também para a sua imagem no mercado de capitais. Importante lembrar que, mesmo após a aquisição da Chaparral, nos Estados Unidos, a classificação de risco da Gerdau não foi alterada pelas agências de rating.

Governança Corporativa Em 2007, a Gerdau completou 60 anos de presença no mercado de capitais. Nos idos de 1947, quando o mercado de capitais brasileiro ainda era incipiente, a Gerdau iniciou sua trajetória nas bolsas de valores, vislumbrando uma grande oportunidade de financiar seu crescimento. Iniciou-se também, naquele ano, o pagamento de dividendos de maneira ininterrupta

aos seus acionistas. Atualmente, suas ações são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Madri e Toronto. A confiança depositada pelos acionistas desde aquela época possibilitou à Gerdau expandir seus negócios para treze países, obter um faturamento anual em torno de US$ 20 bilhões e se afirmar cada vez mais como uma empresa global. Em janeiro de 2007 foi realizada a quinta sucessão ao longo dos 107 anos de história da Gerdau. Foi um processo estruturado, que contou com o envolvimento de consultorias externas e de equipes internas, e assegurou tranqüilidade e segurança aos negócios e aos mercados. Naquele momento, Jorge Gerdau Johannpeter, Frederico Gerdau Johannpeter e Carlos J. Petry, que acumulavam os cargos de presidenteexecutivo e vice-presidentes executivos seniores e de membros do Conselho de Administração, passaram a atuar exclusivamente como conselheiros. André Gerdau Johannpeter tornou-se diretor-presidente (CEO) e Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de operações (COO). Dando continuidade ao processo de sucessão, no início de 2008, André Gerdau Johannpeter, diretorpresidente (CEO), assumiu também posição no Conselho de Administração, em substituição a Carlos J. Petry, que se aposentou. Além disso, o Conselho irá propor aos acionistas, na assembléia a se realizar em abril de 2008, que Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de operações (COO), passe também a compor este órgão.

101


Faturamento

Origem do Faturamento

(R$ milhões)

(%)

40% Mercado interno (Brasil)

34.184 28.847

7% Exportações (Brasil) Mercado interno

33% América do Norte

Exportações

11% América Latina

Exterior

2006

2007

9% Europa


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 METALÚRGICA GERDAU S.A.

EBITDA

Dívida Líquida Consolidada

(R$ milhões)

(R$ milhões)

5.827

10.819

6.217 Brasil Exterior 3.168

2006

2007

2006

2007

103


Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Resumidas - Exercício 2007 (Valores expressos em milhares de reais)

ATIVO

2007

2006

CIRCULANTE

15.493.804

15.161.747

2.673.007

2.284.398

NÃO-CIRCULANTE

Realizável a longo prazo

Permanente

Investimentos

647.824

482.169

Ágios

6.043.396

437.838 13.374.832

Imobilizado

15.829.091

Intangível

1.073.715

45.381

23.594.026

14.340.220

26.267.033

16.624.618

TOTAL DO ATIVO

41.760.837

31.786.365


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 METALÚRGICA GERDAU S.A.

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2007

2006

CIRCULANTE

6.690.612

6.308.658

NÃO-CIRCULANTE

Exigível a longo prazo

PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS

18.255.071 11.194.365 10.555.649

9.116.434

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social

3.744.000

3.744.000

Ações em tesouraria

(69.861)

(69.861)

Reservas de lucros

131.295

75.847

Lucros acumulados

2.993.542

1.529.389

(539.471)

(112.467)

6.259.505

5.166.908

Ajustes cumulativos de conversão para moeda estrangeira

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO INCLUINDO MINORITÁRIOS

16.815.154 14.283.342

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

41.760.837 31.786.365

105


Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Resumidas - Exercício 2007 (Valores expressos em milhares de reais)

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

2007

2006

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS

30.613.528

25.883.911

Custo das vendas (23.131.527) (19.039.266)

LUCRO BRUTO

7.482.001

6.844.645

Despesas com vendas

(620.267)

(558.163)

Despesas gerais e administrativas

(1.908.138)

(1.827.544)

Outras receitas (despesas) operacionais

(157.822)

(12.091)

LUCRO OPERACIONAL

4.795.774

4.446.847

Resultado da equivalência patrimonial

118.399

243.550

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS IMPOSTOS

4.914.173

4.690.397

Receitas financeiras

871.846

1.012.996

Despesas financeiras

(1.210.090)

(916.595)

Variação cambial, líquida

723.289

329.632

Ganhos e perdas com derivativos, líquido

(4.456)

74.468

LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS

5.294.762

5.190.898

(881.050)

(917.433)

Provisão para imposto de renda e contribuição social

Corrente

Diferido

(88.598)

17.865

(969.648)

(899.568)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

4.325.114

4.291.330

1.824.599

1.750.763

ATRIBUÍDO A:

Participação dos controladores

Participação dos minoritários

2.500.515

2.540.567

4.325.114

4.291.330

Lucro básico por ação - ordinária e preferencial

9,92

9,48

Lucro diluído por ação - ordinária e preferencial

9,92

9,48


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 METALÚRGICA GERDAU S.A.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

2007

2006

4.325.114

4.291.330

Fluxo de caixa da atividade operacional Lucro líquido do exercício (inclui participação dos minoritários)

Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao fluxo de caixa das atividades operacionais: 324.854

806.023

Variação de ativos e passivos

(737.066)

2.625.316

Pagamento de juros de empréstimos e financiamentos

(711.518)

(555.161)

Pagamento de imposto de renda e contribuição social

(702.391)

(920.411)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

6.342.544

2.403.546

Adições de imobilizado

(2.758.234)

(2.373.508)

Pagamentos na aquisição de empresas

(8.513.602)

(732.771)

Juros recebidos sobre aplicações financeiras

191.923

755.689

Caixa líquido usado nas atividades de investimento (11.079.913)

(2.350.590)

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos

(1.233.036)

(1.172.620)

Financiamentos obtidos

11.867.692

4.607.038

Pagamentos de financiamentos

(5.740.550)

(3.448.305)

Aumento de capital

907.324

-

Financiamentos com empresas ligadas, líquido

293.986

(51.714)

Caixa líquido proveniente de (usado em) atividades de financiamentos

6.095.416

(65.601)

(387.748)

(146.758)

Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa

Aumento do caixa e equivalentes de caixa

970.299

(159.403)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício

1.076.366

1.235.769

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício

2.046.665

1.076.366

107


Notas Explicativas (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado)

1 - Práticas contábeis As Demonstrações Financeiras Consolidadas da Companhia para os exercícios findos em 31/12/2007 e de 2006 foram preparadas de acordo com International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB) .

2 - Investimentos

Empresas avaliadas por equivalência patrimonial

Dona Francisca Energética S.A. Investimento

Saldo em 01/01/2006

58.778

Armacero

Joint ventures

Ind. Com. Ltda.

América do Norte

Ágio

Investimento

Investimento

17.074

10.566

359.157 234.866

Equivalência patrimonial

7.015

-

(1.866)

Variação cambial

-

-

(983)

(17.358)

Dividendos

-

-

-

(217.169)

Aquisição/alienação de investimento

-

-

-

-

Saldo em 31/12/2006

65.793

17.074

7.717

359.496

Equivalência patrimonial

8.793

-

(1.279)

92.550

Variação cambial

-

-

(318)

(55.930)

Dividendos

-

-

-

(109.959)

Aquisição/alienação de investimento

-

-

-

-

Saldo em 31/12/2007

74.586

17.074

6.120

286.157

Outros

Total

Empresas avaliadas por

equivalência patrimonial

Grupo Multisteel

Business Holdings Corp.

Investimento

Ágio

Investimentos

Saldo em 01/01/2006

-

-

21.562

467.137

Equivalência patrimonial

-

-

3.535

243.550

Variação cambial

-

-

-

(18.341)

Dividendos

-

-

-

(217.169)

Aquisição/alienação de investimento

-

-

6.992

6.992

Saldo em 31/12/2006

-

-

32.089

482.169

Equivalência patrimonial

25.676

-

(7.341)

118.399

Variação cambial

(9.206)

(5.116)

-

(70.570)

Dividendos

-

-

-

(109.959)

Aquisição/alienação de investimento

136.233

81.588

9.964

227.785

Saldo em 31/12/2007

152.703

76.472

34.712

647.824


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 METALÚRGICA GERDAU S.A.

3 - Financiamentos de longo prazo

Encargos anuais (*)

2007

2006

Capital de giro

10,32%

125.977

146.794

Financiamento de imobilizado

10,32%

1.412.516

707.155

Financiamento de investimento

11,61%

744.325

898.082

Capital de giro (US$)

7,77%

395.548

214.828

Capital de giro ( )

5,15%

702.379

706.672

Obrigações ao portador (Notas perpétuas e Senior Notes) (US$)

9,75%

1.772.751

2.137.225

Notas recebíveis de exportações da Açominas (US$)

-

-

435.900

Adiantamentos de exportações (US$)

6,60%

508.687

662.060

Financiamento de investimento (US$)

6,80%

6.400.934

131.768

Financiamento de imobilizado e outros (US$)

7,48%

1.547.720

1.841.332

13.610.837

7.881.816

Menos: parcela circulante

(1.129.077)

(1.181.292)

Financiamentos de longo prazo menos parcela circulante

12.481.760

6.700.524

2009

1.363.112

2010

1.022.038

2011

2.782.039

2012

2.758.588

(*)

Taxa média ponderada em 31/12/2007.

O cronograma de pagamento da parcela de longo prazo dos financiamentos é o seguinte:

Após 2012

4.555.983 12.481.760

Em garantia dos financiamentos contratados na modalidade FINAME/BNDES, cujo saldo devedor, na data das Demonstrações Financeiras Consolidadas, era de R$ 1.405.517, foram oferecidos os bens objeto destes, em alienação fiduciária. Para certos financiamentos as garantias são avais dos controladores, sobre os quais a Companhia paga uma remuneração de 1% a.a., calculada sobre o montante avalizado.

4 - Debêntures As debêntures em circulação apresentam um montante de longo prazo de R$ 791.433 (R$ 786.596 em 2006). São denominadas em reais, não são conversíveis em ações, com juros variáveis a um percentual da taxa CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro). A taxa nominal média anual de juros foi de 11,82% e 15,03% em 2007 e 2006, respectivamente.

109


Notas Explicativas (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado)

5 - Patrimônio líquido - Controladora Metalúrgica Gerdau S.A. a) Capital social - o capital social autorizado em 31/12/2007 e em 31/12/2006 é de 100.000.000 ações ordinárias e 200.000.000 ações preferenciais, todas sem valor nominal. Em 31/12/2007 e em 31/12/2006, estão subscritas e integralizadas 62.376.592 ações ordinárias e 124.753.184 ações preferenciais, totalizando o capital social realizado em R$ 3.744.000. A composição acionária está assim representada:

Composição acionária

Acionistas

2007

Ord.

%

Pref.

%

Total

%

Indac - Ind. Adm. e Com. S.A. e controladas 37.864.849

60,7

7.896

-

37.872.745

20,2

Investidores institucionais brasileiros

10,2

35.932.635

28,8

42.304.296

22,6

6.371.661

Investidores institucionais estrangeiros

897.359

1,4

30.566.532

24,5

31.463.891

16,8

Outros acionistas

17.242.723

27,7

55.117.021

44,2

72.359.744

38,7

Ações em tesouraria

-

-

3.129.100

2,5

3.129.100

1,7

62.376.592

100,0 187.129.776

100,0

100,0 124.753.184

Composição acionária

Acionistas

2006

Ord.

%

Pref.

%

Total

%

Indac - Ind. Adm. e Com. S.A. e controladas

37.864.809

60,7

7.865

-

37.872.674

20,2

Investidores institucionais brasileiros

6.099.461

9,8

40.564.174

32,5

46.663.635

24,9

Investidores institucionais estrangeiros

995.649

1,6

24.461.485

19,6

25.457.134

13,6

Outros acionistas

17.416.673

27,9

56.590.560

45,4

74.007.233

39,6

Ações em tesouraria

-

-

3.129.100

2,5

3.129.100

1,7

100,0 187.129.776

100,0

62.376.592

100,0 124.753.184

b) Ações em tesouraria - a movimentação das ações em tesouraria está assim representada:

Ações preferenciais

Saldo inicial

2007

2006

R$ Ações preferenciais

R$

3.129.100

69.861

1.447.200

34.481

Bonificação

-

-

723.600

-

Recompra

-

-

958.300

35.380

Saldo final

3.129.100

69.861

3.129.100

69.861


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 METALÚRGICA GERDAU S.A.

c) Dividendos e juros sobre capital próprio - os acionistas têm direito a receber, em cada exercício, um dividendo mínimo obrigatório de 30% do lucro líquido ajustado. A Companhia efetuou no exercício, o cálculo de juros sobre o capital próprio dentro dos limites estabelecidos pela Lei 9.249/95. O valor correspondente foi contabilizado como despesa financeira para fins fiscais. Para efeito de apresentação esse valor foi demonstrado como dividendos, não afetando o resultado. O benefício fiscal correspondente ao imposto de renda e contribuição social no resultado do exercício foi de R$ 70.067. O montante de juros sobre o capital próprio e dividendos creditados no exercício foi de R$ 386.401, conforme está demonstrado a seguir:

Lucro líquido do exercício

2007

2006

(*)

1.062.433

1.345.474

Constituição da reserva legal

(53.122)

(67.274)

Lucro líquido ajustado

1.009.311

1.278.200

Período

Natureza

R$/ação

Crédito Pagamento

1º trimestre

Juros

0,56

14/05/2007

2º trimestre

Dividendos

0,49

17/08/2007

3º trimestre

Juros

0,56

4º trimestre

Dividendos

0,49

Proventos no exercício 2007

2006

24/05/2007

103.041

96.179

29/08/2007

90.160

99.360

21/11/2007

30/11/2007

103.040

110.400

22/02/2008

05/03/2008

90.160

110.400

Juros sobre o capital próprio e dividendos

386.401

416.339

% juros/dividendos pagos ou creditados

38%

33%

Crédito por ação (R$)

2,10

2,26

Ações em circulação (mil)

184.000

184.000

(*) Lucro líquido do exercício da controladora Metalúrgica Gerdau S.A. apurado nos seus livros societários preparados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. O lucro remanescente do exercício foi destinado à constituição de reserva estatutária para investimentos e capital de giro na forma do estatuto social.

6 - Parecer dos auditores e publicações As Demonstrações Financeiras completas, estão publicadas em 14/02/2008, no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul e Jornal do Commércio do Rio Grande do Sul, e se encontram à disposição na sede da Companhia, na CVM, na Bovespa e no site www.gerdau.com. As referidas demonstrações estão acompanhadas do parecer da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, sem ressalvas.

111


Conselho de Administração

Presidente Jorge Gerdau Johannpeter Vice-Presidentes Germano H. Gerdau Johannpeter Klaus Gerdau Johannpeter Frederico C. Gerdau Johannpeter Carlos João Petry Conselheiros Affonso Celso Pastore André Pinheiro de Lara Resende Oscar de Paula Bernardes Neto Secretário-Geral Expedito Luz


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 METALÚRGICA GERDAU S.A.

Diretoria Comitê Executivo

Diretor Presidente André Bier Johannpeter Diretor-Geral de Operações Claudio Johannpeter Diretores Vice-Presidentes Executivos Alfredo Huallem Manoel Vitor de Mendonça Filho Márcio Pinto Ramos Mario Longhi Filho Osvaldo Burgos Schirmer Paulo Fernando Bins de Vasconcellos Secretário-Geral Expedito Luz Diretor Geraldo Toffanello Diretor Vice-Presidente Jurídico Expedito Luz

Geraldo Toffanello Contador CRC RS nº 31.084 CPF nº 078.257.060.72

113



DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RESUMIDAS 116 GERDAU S.A. Relatório da Administração (Resumido) Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Resumidas - Exercício 2007 Notas Explicativas Conselho de Administração Diretoria


Gerdau S.A. (Resumido)

Relatório da Administração (Resumido)

A partir de 2007, a Gerdau S.A. passa a apresentar suas Demonstrações Financeiras Consolidadas em conformidade com o padrão contábil internacional estabelecido pelo International Accounting Standards Board - IASB (conhecido como International Financial Reporting Standards - IFRS) e consubstanciado na Instrução CVM nº 457, de 13/07/2007. Para adotar o IFRS como novo padrão contábil para suas Demonstrações Financeiras Consolidadas, a Empresa aplicou os aspectos estabelecidos no IFRS 1 (First-time Adoption of International Financial Reporting Standards), considerando a data-base de 01/01/2006 para seu balanço de abertura.

Em laminados, a produção atingiu 15,2 milhões de toneladas, 18,4% superior à produção do exercício de 2006. As unidades no Brasil atingiram a produção de 5,5 milhões de toneladas de laminados, 11,0% superior à de 2006. Nos Estados Unidos e no Canadá, a produção foi de 6,7 milhões de toneladas, crescimento de 15,2% em relação ao ano anterior. Nos países da América Latina (excetuando o Brasil), a produção de laminados atingiu 2,0 milhões de toneladas, aumento de 41,8% em relação à de 2006. Na Europa, a produção foi de 1,0 milhão de toneladas, volume 51,3% maior que a do ano anterior.

Vendas Produção Em 2007, a produção de aço bruto (placas, blocos e tarugos) totalizou 17,9 milhões de toneladas, 13,6% superior à do ano de 2006. Esse crescimento pode ser atribuído aos ganhos de produtividade e aos aumentos de capacidade instalada de produção em função dos investimentos realizados nas diversas regiões em que a Gerdau atua e também à consolidação de novas empresas que foram adquiridas no decorrer de 2007. No Brasil, foram produzidos 8,1 milhões de toneladas, 5,4% a mais do que em 2006. Nos Estados Unidos e no Canadá, a produção alcançou 6,8 milhões de toneladas, 12,7% acima do volume alcançado em 2006. As operações na América Latina (excetuando o Brasil) produziram 1,9 milhão de toneladas, volume 51,5% maior que em 2006. Isso deve-se, basicamente, à consolidação das unidades no México (Sidertul) e na Venezuela (Sizuca) e pela consolidação integral de todo o período relativo ao exercício de 2007 da unidade no Peru (Siderperú), adquirida em junho de 2006. Na Europa, a produção alcançou 1,1 milhão de toneladas, 41,9% superior à produção de 2006. Esse aumento deve-se, principalmente, à aquisição da GSB Aceros, usina siderúrgica na Espanha.

As vendas consolidadas do exercício de 2007 totalizaram 17,2 milhões de toneladas, volume 15,2% maior que em 2006. Desse total, 41,0% tiveram origem nas operações no Brasil e os demais 59,0% nas empresas no exterior. Excluindo-se as aquisições realizadas no período comparado, as vendas apresentaram um aumento de 3,6%. No Brasil, a forte demanda nos principais segmentos consumidores dos produtos da Empresa proporcionou um incremento de 15,5% nas vendas em relação a 2006, as quais atingiram 4,9 milhões de toneladas. Para atender ao maior consumo de aço no Brasil, as exportações foram reduzidas em 10,3%, totalizando, ainda assim, 2,1 milhões de toneladas em 2007. A receita gerada pelas exportações totalizou US$ 1,4 bilhão no exercício (inclui receitas dos embarques para empresas controladas e coligadas). Nos Estados Unidos e no Canadá, as vendas alcançaram 6,9 milhões de toneladas em 2007, 14,9% a mais que em 2006. Excluindo-se os efeitos das aquisições da Chaparral Steel e da Sheffield Steel, o volume de 2007 se mantém em linha com o de 2006. As unidades da América Latina (excetuando o Brasil) comercializaram 2,3 milhões de toneladas, 45,5% superior ao volume do


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GERDAU S.A.

ano anterior. Desconsiderando-se os volumes vendidos pelas empresas adquiridas na Venezuela e no México, em 2007, e no Peru, em 2006, as vendas de 2007 foram 7,7% superiores às de 2006. Na Europa, as vendas contribuíram com 936 mil toneladas em 2007, volume 37,4% superior ao do exercício de 2006. Essa variação deve-se, principalmente, à aquisição da GSB Aceros e da Trefusa, na Espanha.

Resultados No exercício de 2007, o faturamento bruto consolidado atingiu R$ 34,2 bilhões, apresentando um crescimento de 18,5% em relação ao de 2006, conseqüência, basicamente, do maior volume de vendas alcançado no período, dos maiores preços dos produtos siderúrgicos no mercado internacional e das aquisições realizadas no período. Deste valor, as empresas no exterior e as exportações a partir do Brasil, juntas, representaram 60,0% do faturamento bruto consolidado de 2007. A receita líquida consolidada alcançou R$ 30,6 bilhões em 2007, 18,3% superior à do exercício de 2006. As operações no Brasil contribuíram com 42,3% para esse valor, ou seja, R$ 13,0 bilhões. As unidades nos Estados Unidos e no Canadá alcançaram, no seu conjunto, R$ 11,2 bilhões (36,7% do total) e as empresas na América Latina (excetuando o Brasil) somaram R$ 3,3 bilhões, 10,9% da receita líquida consolidada. A Europa participou com R$ 3,1 bilhões, representando 10,1% do total. O lucro bruto do exercício foi de R$ 7,5 bilhões, 9,3% superior ao do ano de 2006. A margem bruta consolidada foi de 24,4% em 2007 contra 26,4% em 2006. No Brasil, a margem bruta ficou em 32,2%, contra 35,9% no período anterior, redução essa causada, principalmente, pelo aumento dos custos das principais matérias-primas e também pela valorização do real frente ao dólar norte-americano,

reduzindo as margens das exportações. As operações nos Estados Unidos e no Canadá contribuíram com uma margem de 18,0%, ligeiramente superior à do exercício de 2006. Na América Latina, a consolidação de novas empresas e os maiores custos das principais matérias-primas levaram à redução da margem bruta de 24,0%, em 2006, para 20,2%, em 2007. Na Europa, a reorganização industrial promovida entre as diversas unidades com vistas a maximizar os processos de produção e as linhas de produtos geraram custos adicionais no exercício, mas que deverão resultar em benefícios futuros para estas operações. Com isto, a margem bruta reduziu-se em 2007, alcançando 19,9% contra 21,9% no ano anterior. As despesas com vendas, gerais e administrativas apresentaram um aumento de 6,6% no ano de 2007 contra um crescimento de 18,3% na receita líquida, se comparado com o exercício de 2006, totalizando R$ 2,5 bilhões. Com isto, estas despesas, que representavam 9,1% da receita líquida em 2006, passaram a representar 8,2% em 2007. No exercício, foi contabilizado, na linha de Outras Receitas (Despesas) Operacionais, uma despesa oriunda de débito do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados relativo a créditos sobre insumos. Este reconhecimento foi realizado em função de modificação de orientação jurisprudencial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) firmada na metade do ano. Este valor, líquido de imposto de renda e contribuição social, foi de R$ 132,2 milhões. Em 2007, foram obtidas receitas financeiras líquidas (receitas financeiras menos despesas financeiras) de R$ 332,6 milhões contra R$ 440,3 milhões em 2006. Este valor inclui receitas de variação cambial no montante de R$ 723,3 milhões em 2007 e R$ 329,6 milhões em 2006. Excluídas as variações cambiais resultantes da valorização do real sobre a dívida em moeda estrangeira, o resultado financeiro foi

117


negativo em R$ 390,7 milhões no último exercício contra um resultado positivo de R$ 110,7 milhões em 2006. Esta reversão foi ocasionada pela redução das aplicações financeiras e pelo aumento do endividamento em função das aquisições realizadas ao longo do ano de 2007. O resultado da equivalência patrimonial sobre os investimentos em empresas não consolidadas atingiu R$ 118,4 milhões no exercício contra R$ 243,6 milhões em 2006. Esta redução deve-se ao menor resultado na joint venture Gallatin Steel, nos Estados Unidos. No exercício, o lucro líquido consolidado foi de R$ 4,3 bilhões, 1,1% superior ao do exercício de 2006. A margem líquida foi de 14,1%. Importante destacar que nos exercícios de 2006 e 2007 itens não-recorrentes afetaram o lucro apresentado, prejudicando sua comparação. Em 2006, o lucro da América Latina foi beneficiado por receitas de R$ 110,7 milhões de ajuste de valor de mercado referente a opções de compra e/ou venda de participações acionárias e de R$ 68,0 milhões de amortização de deságio referente a compra de participação na unidade do Peru. No Brasil, estão incluídas receitas de R$ 83,7 milhões referentes ao êxito em processo judicial sobre recolhimentos indevidos de PIS/COFINS. Em 2007, o lucro líquido contempla R$ 132,2 milhões de despesa referente a débito do IPI relativo a créditos sobre insumos no Brasil e R$ 32,0 milhões de efeito líquido da reorganização industrial na Europa. Expurgando-se os efeitos nãorecorrentes descritos acima, o lucro líquido teria sido de R$ 4,5 bilhões em 2007 e de R$ 4,0 bilhões em 2006, apresentando um crescimento de 11,9%.

Valor Adicionado Em 2007, as empresas Gerdau, em termos consolidados, geraram um valor adicionado de R$ 10,5 bilhões, 5,5% superior ao de 2006. Este valor é resultante das receitas de produtos e serviços, líquido de descontos concedidos, no montante de

R$ 33,7 bilhões, deduzido dos custos de R$ 23,2 bilhões relativos a matérias-primas e bens de consumo, serviços de terceiros, depreciação e amortizações, equivalência patrimonial e receitas financeiras. As operações no Brasil geraram um valor adicionado de R$ 5,8 bilhões no exercício, 2,3% superior ao de 2006. Nas demais operações, tal valor atingiu R$ 4,7 bilhões, uma elevação de 9,8% em relação ao ano anterior. Os negócios no Brasil contribuíram com 55,1% para o valor consolidado, enquanto os outros países adicionaram 44,9%.

Investimentos De acordo com o programa de investimentos estabelecido para o triênio 2007-2009, a Gerdau aplicou, em 2007, US$ 1,5 bilhão em ativo imobilizado. Paralelamente a isso, foram investidos outros US$ 4,8 bilhões em um intenso programa de aquisições em países onde já possui operações bem como na expansão geográfica. Dos investimentos realizados em ativo imobilizado destacam-se o projeto de expansão da Gerdau Açominas, com a entrada em operação de um novo alto-forno, da segunda sinterização e de um novo lingotamento contínuo para blocos, e o aumento da capacidade instalada da unidade da Gerdau Ameristeel em Jacksonville, na Flórida, Estados Unidos. No exercício, foram efetuadas doze aquisições, das quais três ainda não estão concluídas. Dentre as aquisições concluídas, destacam-se a Chaparral, nos Estados Unidos, a Sizuca, na Venezuela, a INCA, na República Dominicana e a Tultitlán, no México.

Passivo Financeiro A dívida líquida (empréstimos e financiamentos, mais debêntures, menos disponibilidades e títulos e valores mobiliários), em 31/12/2007, totalizava


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GERDAU S.A.

R$ 10,8 bilhões. Este montante é significativamente maior que o do final do ano de 2006 porque considera os financiamentos obtidos para pagamento de aquisições realizadas ao longo do ano, especialmente a Chaparral, no mês de setembro. Considerando-se a dívida bruta (empréstimos e financiamentos, mais debêntures), 16,0% eram de curto prazo (R$ 2,5 bilhões) e 84,0% de longo prazo (R$ 13,4 bilhões). O prazo médio de pagamento desta dívida é de 6 anos e 4 meses. Em 31 de dezembro, a dívida bruta era composta por 23,4% em reais, 19,3% em moeda estrangeira contratada pelas empresas no Brasil e 57,3% em diferentes moedas contratadas pelas subsidiárias no exterior. O custo médio nominal ponderado da dívida bruta, em 31/12/2007, era de 10,2% do montante denominado em reais, de 6,0% mais variação cambial no total denominado em dólares tomados a partir do Brasil e de 7,4% na parcela tomada pelas subsidiárias no exterior. Ao final do exercício, as disponibilidades de caixa, somadas às aplicações financeiras, totalizavam R$ 5,1 bilhões, dos quais R$ 3,1 bilhões (60,6%) estavam indexados a moedas estrangeiras, principalmente o dólar americano. Em 23/01/2007, a Fitch Ratings elevou a classificação de risco (rating) da Gerdau para Grau de Investimento (Investment Grade) para crédito corporativo de longo prazo em moeda local e estrangeira. No dia 04 de junho, foi a vez da Standard & Poor’s atribuir a mesma nota para crédito corporativo da Gerdau. Esta classificação de risco por parte das agências de rating certamente contribuirá para que a Empresa consiga captar recursos a um custo mais baixo como também para a sua imagem no mercado de capitais. Importante lembrar que, mesmo após a aquisição da Chaparral, nos Estados Unidos, a classificação de risco da Gerdau não foi alterada pelas agências de rating.

Governança Corporativa Em 2007, a Gerdau completou 60 anos de presença no mercado de capitais. Nos idos de 1947, quando o mercado de capitais brasileiro ainda era incipiente, a Gerdau iniciou sua trajetória nas bolsas de valores, vislumbrando uma grande oportunidade de financiar seu crescimento. Iniciou-se também, naquele ano, o pagamento de dividendos de maneira ininterrupta aos seus acionistas. Atualmente, suas ações são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Madri e Toronto. A confiança depositada pelos acionistas desde aquela época possibilitou à Gerdau expandir seus negócios para treze países, obter um faturamento anual em torno de US$ 20 bilhões e se afirmar cada vez mais como uma empresa global. Em janeiro de 2007 foi realizada a quinta sucessão ao longo dos 107 anos de história da Gerdau. Foi um processo estruturado, que contou com o envolvimento de consultorias externas e de equipes internas, e assegurou tranqüilidade e segurança aos negócios e aos mercados. Naquele momento, Jorge Gerdau Johannpeter, Frederico Gerdau Johannpeter e Carlos J. Petry, que acumulavam os cargos de presidente-executivo e vice-presidentes executivos seniores e de membros do Conselho de Administração, passaram a atuar exclusivamente como conselheiros. André Gerdau Johannpeter tornou-se diretor-presidente (CEO) e Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de operações (COO). Dando continuidade ao processo de sucessão, no início de 2008, André Gerdau Johannpeter, diretorpresidente (CEO), assumiu também posição no Conselho de Administração, em substituição a Carlos J. Petry, que se aposentou. Além disso, o Conselho irá propor aos acionistas, na assembléia a se realizar em abril de 2008, que Claudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de operações (COO), passe também a compor este órgão.

119


Produção de Aço Bruto

Vendas

(1.000 toneladas)

(1.000 toneladas)

15.766

17.908

14.890

17.159

Brasil

Mercado interno

Exterior

Exportações Exterior

2006

2007

2006

2007


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GERDAU S.A.

Destino das Exportações

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

(em 2007 - %)

(R$ 10,5 bilhões)

15% América Central 10% Europa 12% África 13% América do Norte

28,7% Salários, benefícios, participação nos resultados e treinamento 25,4% Impostos, contribuições e encargos sociais 4,9% Juros sobre financiamentos

26% Ásia

30,2% Reinvestimento de lucros

24% América do Sul

10,8% Dividendos e juros sobre o capital próprio

121


Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Resumidas - Exercício 2007 (Valores expressos em milhares de reais)

ATIVO

2007

2006

CIRCULANTE

15.312.973

15.083.956

2.572.746

2.173.870

NÃO-CIRCULANTE

Realizável a longo prazo

Permanente

Investimentos

646.865

481.668

Ágios

6.043.396

437.838

Imobilizado

15.827.944

13.373.543

Intangível

1.073.715

45.381

23.591.920

14.338.430

26.164.666

16.512.300

TOTAL DO ATIVO

41.477.639

31.596.256


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GERDAU S.A.

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2007

2006

CIRCULANTE

6.587.148

6.191.420

Exigível a longo prazo

18.248.413

11.216.620

PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS

3.929.573

3.556.934

NÃO-CIRCULANTE

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social

7.810.453

7.810.453

Ações em tesouraria

(106.667)

(109.609)

Reserva legal

278.713

159.109

Lucros acumulados

5.779.339

3.030.459

Ajustes cumulativos de conversão para moeda estrangeira

(1.049.333)

(259.130)

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

12.712.505

10.631.282

PATRIMÔNIO LÍQUIDO INCLUINDO MINORITÁRIOS

16.642.078

14.188.216

TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

41.477.639

31.596.256

123


Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Resumidas - Exercício 2007 (Valores expressos em milhares de reais)

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS

2007

2006

30.613.528

25.883.911

Custo das vendas (23.131.527) (19.039.266)

LUCRO BRUTO

7.482.001

Despesas com vendas

(618.938)

(557.045)

Despesas gerais e administrativas

(1.877.654)

(1.784.865)

Outras receitas (despesas) operacionais

(171.958)

(36.163)

LUCRO OPERACIONAL

4.813.451

4.466.572

Resultado da equivalência patrimonial

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS IMPOSTOS

6.844.645

118.399

243.550

4.931.850

4.710.122

Receitas financeiras

815.763

939.484

Despesas financeiras

(1.202.027)

(903.292)

Variação cambial, líquida

723.289

329.633

Ganhos e perdas com derivativos, líquido

(4.456)

74.467

LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS

5.264.419

5.150.414

(872.315)

(906.297)

Provisão para imposto de renda e contribuição social

Corrente

Diferido

(82.011)

17.361

(954.326)

(888.936)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

4.310.093

4.261.478

3.552.751

3.546.934

ATRIBUÍDO A:

Participação dos controladores

Participação dos minoritários

757.342

714.544

4.310.093

4.261.478

Lucro básico por ação - ordinária e preferencial

5,36

5,34

Lucro diluído por ação - ordinária e preferencial

5,32

5,30


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GERDAU S.A.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

2007

2006

Fluxo de caixa da atividade operacional

Lucro líquido do exercício (inclui participação dos minoritários)

4.310.093

4.261.478

Ajustes para reconciliar o lucro líquido ao fluxo de caixa das atividades operacionais:

892.267

389.592

Variação de ativos e passivos

2.570.201

(760.548)

Pagamento de juros de empréstimos e financiamentos

(711.518)

(555.092)

Pagamento de imposto de renda e contribuição social

(696.728)

(912.860)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

6.364.315

2.422.570

Adições de imobilizado

(2.757.093)

(2.373.508)

Pagamentos na aquisição de empresas

(8.525.731)

(669.603)

Juros recebidos sobre aplicações financeiras

191.561

752.424

Caixa líquido usado nas atividades de investimento (11.091.263)

(2.290.687)

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos

(1.199.424)

(1.070.197)

Financiamentos obtidos

11.693.389

4.606.793

Pagamentos de financiamentos

(5.622.460)

(3.629.755)

Aumento de capital

907.324

-

Financiamentos com empresas ligadas, líquido

291.440

(49.142)

Caixa líquido proveniente de (usado em) atividades de financiamentos

6.070.269

(142.301)

(387.749)

(146.758)

Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes de caixa

Aumento do caixa e equivalentes de caixa

955.572

(157.176)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício

1.070.524

1.227.700

2.026.096

1.070.524

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício

125


Notas Explicativas (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado)

1 - Práticas contábeis As Demonstrações Financeiras Consolidadas da Companhia para os exercícios findos em 31/12/2007 e de 2006 foram preparadas de acordo com International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB).

2 - Investimentos

Empresas avaliadas por equivalência patrimonial Armacero

Joint ventures

Ind. Com. Ltda.

América do Norte

Ágio

Investimento

Investimento

Dona Francisca Energética S.A. Investimento 58.778

17.074

10.566

359.157

Saldo em 01/01/2006 Equivalência patrimonial

7.015

-

(1.866)

234.866

Variação cambial

-

-

(983)

(17.358)

Dividendos

-

-

-

(217.169)

Aquisição/alienação de investimento

-

-

-

-

Saldo em 31/12/2006

65.793

17.074

7.717

359.496

Equivalência patrimonial

8.793

-

(1.279)

92.550

Variação cambial

-

-

(318)

(55.930)

Dividendos

-

-

-

(109.959)

Aquisição/alienação de investimento

-

-

-

-

Saldo em 31/12/2007

74.586

17.074

6.120

286.157

Outros

Total

Empresas avaliadas por

equivalência patrimonial

Grupo Multisteel

Business Holdings Corp.

Investimento

Ágio

Investimentos

Saldo em 01/01/2006

-

-

21.014

466.589

Equivalência patrimonial

-

-

3.535

243.550

Variação cambial

-

-

-

(18.341)

Dividendos

-

-

-

(217.169)

Aquisição/alienação de investimento

-

-

7.039

7.039

-

-

31.588

481.668

Saldo em 31/12/2006 Equivalência patrimonial

25.676

-

(7.341)

118.399

Variação cambial

(9.206)

(5.116)

-

(70.570)

Dividendos

-

-

-

(109.959)

Aquisição/alienação de investimento

136.233

81.588

9.506

227.327

Saldo em 31/12/2007

152.703

76.472

33.753

646.865


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GERDAU S.A.

3 - Financiamentos de longo prazo Encargos

anuais (*)

2007

2006

Capital de giro

10,32%

105.345

108.037

Financiamento de imobilizado

10,32%

1.412.516

707.155

Financiamento de investimento

11,61%

744.325

898.082

Capital de giro (US$)

7,77%

395.548

214.828

Capital de giro ( )

5,15%

702.379

706.672

Obrigações ao portador (Notas perpétuas e Senior Notes) (US$)

9,75%

1.772.751

2.137.224

Notas recebíveis de exportações da Açominas (US$)

-

-

435.900

Adiantamentos de exportações (US$)

6,60%

508.687

662.060

Financiamento de investimento (US$)

6,80%

6.400.934

131.768

Financiamento de imobilizado e outros (US$)

7,48%

1.547.720

1.841.332

13.590.205

7.843.058

Menos: parcela circulante

(1.129.077)

(1.171.602)

Financiamentos de longo prazo menos parcela circulante

12.461.128

6.671.456

2009

1.352.796

2010

1.011.722

2011

2.782.039

2012

2.758.588

Após 2012

4.555.983

12.461.128

(*) Taxa média ponderada em 31/12/2007. O cronograma de pagamento da parcela de longo prazo dos financiamentos é o seguinte:

Em garantia dos financiamentos contratados na modalidade FINAME/BNDES, cujo saldo devedor, na data das Demonstrações Financeiras Consolidadas, era de R$ 1.405.517, foram oferecidos os bens objeto destes, em alienação fiduciária. Para certos financiamentos as garantias são avais dos controladores, sobre os quais a Companhia paga uma remuneração de 1% a.a., calculada sobre o montante avalizado.

4 - Debêntures As debêntures em circulação apresentam um montante de longo prazo de R$ 903.151 (R$ 929.024 em 2006). São denominadas em reais, não são conversíveis em ações, com juros variáveis a um percentual da taxa CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro). A taxa nominal média anual de juros foi de 11,82% e 15,03% em 2007 e 2006, respectivamente.

127


Notas Explicativas (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado)

5 - Patrimônio líquido – Controladora Gerdau S.A. a) Capital social - o capital social autorizado em 31/12/2007 é de 400.000.000 ações ordinárias (400.000.000 em 31/12/2006) e 800.000.000 ações preferenciais (800.000.000 em 31/12/2006), todas sem valor nominal. Em 31/12/2007 e 31/12/2006, estão subscritas e integralizadas 231.607.008 ações ordinárias e 435.986.041 ações preferenciais totalizando o capital social realizado em R$ 7.810.453. A composição acionária está assim representada: Acionistas

Composição acionária

Ord.

Metalúrgica Gerdau S.A. e controlada 173.459.857 Investidores institucionais brasileiros

9.212.976

Investidores institucionais estrangeiros

13.434.276

Outros acionistas

35.499.899

Ações em tesouraria

-

231.607.008

%

Pref.

%

74,9 123.739.519 4,0

72.585.471

5,8 139.838.327 15,3

94.856.073

-

4.966.651

Total

%

28,4 297.199.376

44,5

16,6

81.798.447

12,3

32,1 153.272.603

23,0

21,8 130.355.972

19,5

1,1

100,0 435.986.041

4.966.651

0,7

100,0 667.593.049

100,0

Composição acionária

Acionistas

Ord.

Metalúrgica Gerdau S.A. e controlada 175.393.446

%

Pref.

%

75,7 123.739.519

Investidores institucionais brasileiros

9.499.368

Investidores institucionais estrangeiros

12.644.223

4,1

55.520.951

Outros acionistas

34.069.971

14,7

90.438.440

Ações em tesouraria

-

-

5.103.344

231.607.008

100,0

435.986.041

2006

Total

%

28,4 299.132.965

44,8

12,7

5,5 161.183.787

2007

65.020.319

9,7

37,0 173.828.010

26,0

20,7 124.508.411

18,7

1,2

5.103.344

0,8

100,0 667.593.049

100,0

b) Ações em tesouraria - a movimentação das ações em tesouraria está assim representada:

2007

Ações preferenciais

Saldo inicial

5.103.344

109.609

3.045.695

60.254

-

-

1.522.849

-

Bonificação

Recompras

Exercício de opção de compra de ações

Saldo final

R$ Ações preferenciais

2006 R$

-

-

2.358.700

73.581

(136.693)

(2.942)

(1.823.900)

(24.226)

4.966.651

106.667

5.103.344

109.609


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GERDAU S.A.

c) Dividendos e juros sobre capital próprio - os acionistas têm direito a receber, em cada exercício, um dividendo mínimo obrigatório de 30% do lucro líquido ajustado. A Companhia efetuou no exercício, o cálculo de juros sobre o capital próprio dentro dos limites estabelecidos pela Lei 9.249/95. O valor correspondente foi contabilizado como despesa financeira para fins fiscais. Para efeito de apresentação esse valor foi demonstrado como dividendos, não afetando o resultado. O benefício fiscal correspondente ao imposto de renda e contribuição social no resultado do exercício foi de R$ 153.192. O montante de juros sobre o capital próprio e dividendos creditados no exercício foi de R$ 834.889, conforme está demonstrado a seguir:

2007

2006

Lucro líquido do exercício (*)

2.288.310

2.880.922

Constituição da reserva legal

(114.416)

(144.046)

Lucro líquido ajustado

2.173.894

2.736.876

Período

Natureza

R$/ação

1º trimestre

Juros

0,34

14/05/2007

2º trimestre

Dividendos

0,29

3º trimestre

Juros

0,34

4º trimestre

Dividendos

0,29

Proventos no exercício

Crédito Pagamento

2007

2006

24/05/2007

225.271

199.448

17/08/2007

29/08/2007

192.160

231.865

21/11/2007

30/11/2007

225.295

231.865

22/02/2008

05/03/2008

192.163

231.881

Juros sobre o capital próprio e dividendos

834.889

895.059

% juros/dividendos pagos ou creditados

38%

33%

Crédito por ação (R$)

1,26

1,35

Ações em circulação (mil)

662.626

662.490

(*) Lucro líquido do exercício da controladora Gerdau S.A. apurado nos seus livros societários preparados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. O lucro remanescente do exercício foi destinado à constituição de reserva estatutária para investimentos e capital de giro na forma do estatuto social.

6 - Parecer dos auditores e publicações As Demonstrações Financeiras completas, estão publicadas em 14/02/2008, no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e Jornal do Commércio do Rio de Janeiro, e se encontram à disposição na sede da Companhia, na CVM, na Bovespa e no site www.gerdau.com. As referidas demonstrações estão acompanhadas do parecer da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, sem ressalvas.

129


Conselho de Administração

Presidente Jorge Gerdau Johannpeter Vice-Presidentes Germano H. Gerdau Johannpeter Klaus Gerdau Johannpeter Frederico C. Gerdau Johannpeter Carlos João Petry Conselheiros Affonso Celso Pastore André Pinheiro de Lara Resende Oscar de Paula Bernardes Neto Secretário-Geral Expedito Luz


RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2007 GERDAU S.A.

Diretoria Comitê Executivo

Diretor Presidente André Bier Johannpeter Diretor Geral de Operações Claudio Johannpeter Diretores Vice-Presidentes Executivos Alfredo Huallem Manoel Vitor de Mendonça Filho Márcio Pinto Ramos Mario Longhi Filho Osvaldo Burgos Schirmer Paulo Fernando Bins de Vasconcellos Secretário-Geral Expedito Luz Diretores Geraldo Toffanello Nestor Mundstock Diretor Vice-Presidente Jurídico Expedito Luz

Clemir Ühlein Contador CRC RS 044845/O-8/S/RJ CPF nº 424.614.210-72

131


Informações e contatos

Grupo Gerdau

Atendimento a Investidores e Analistas

Av. Farrapos, 1811 Porto Alegre — RS — Brasil Tel.: +55 (51) 3323.2000 www.gerdau.com

Av. Farrapos, 1811 Porto Alegre — RS — Brasil CEP 90.220-005 inform gerdau.com.br Tel.: +55 (51) 3323.2703 Fax: +55 (51) 3323.2281

Atendimento a Acionistas Av. Farrapos, 1811 Porto Alegre — RS — Brasil CEP 90.220-005 acionistas gerdau.com.br Tel.: 0800.702.2001 +55 (51) 3323.2211 Fax: +55 (51) 3323.2281

Gerdau Ameristeel Corp. 4221 W. Boy Scout Blvd. — Suite 600 Tampa — FL 33607 — EUA Tel.: +1 (813) 286.8388 E-mail: ir gerdauameristeel.com www.gerdauameristeel.com

Banco Depositário no Brasil Banco Itaú S.A. investfone itau.com.br Tel.: +55 (11) 5029.7780

Auditoria Independente

Banco Depositário no Exterior The Bank of New York shareowners bankofny.com Tel.: +1 (610) 382.7836

Deloitte Touche Tohmatsu


O GRUPO GERDAU NO MUNDO

Créditos

MISSÃO O Grupo Gerdau é uma empresa com foco em siderurgia, que busca satisfazer as necessidades dos clientes e criar valor para os acionistas, comprometida com a realização das pessoas e com o desenvolvimento sustentado da sociedade.

VISÃO Ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.

Coordenação

Créditos fotográficos e ilustrações

Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Gerdau

Arquivo Gerdau (pág. 88, 89, 90, 91), Arquivo Gerdau Ameristeel (pág. 45, 85), Emmanuelle Bernard (pág. 4, 8, 18, 19, 20, 30), GH Digital/Leo Drumond (pág. 65), Leonid Streliaev (pág. 37), Mathias Cramer (pág. 12), MP Fotos/Eduardo Simões (capa, contracapa, destaques, pág. 43, 46, 77, 89), MP Fotos/Guto Seixas (pág. 36), MP Fotos/Ilana Bessler (capa, contracapa, pág. 63, 80, 81, 82), MP Fotos/Kiko Ferrite (capa, contracapa, pág. 31, 60, 61, 71, 74, 75, 87), MP Fotos/ Sanjiv Nadkarni (capa, pág. 47), Newton Verlangiere (pág. 90,91), Paulo Arumãa (pág. 41), Produ-Video Eventos (pág. 39).

Redação e supervisão da produção Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Gerdau e Imagem Corporativa

Projeto gráfico Ana Couto Branding & Design

IMPRESSÃO Gráfica e Editora Comunicação Impressa

VALORES CLIENTE satisfeito SEGURANÇA TOTAL no ambiente de trabalho

42 14 87 4 75 32 4 2 2

Unidades siderúrgicas Unidades de transformação Unidades de corte e dobra de aço Centros de serviços de aços planos Unidades comerciais Unidades de coleta e processamento de sucata Áreas de extração de minério de ferro Unidades de produção de ferro-gusa sólido Terminais portuários privativos

Empresas coligadas 10 Unidades siderúrgicas 4 Unidades de transformação 3 Unidades comerciais

PESSOAS comprometidas e realizadas QUALIDADE em tudo que faz

Papel e tinta Duo Design 300g (capa) e Couché Matte 150g (miolo), produzidos pela Cia. Suzano a partir do cultivo de florestas plantadas, certificado pelo Forest Stewardship Council (FSC). Impresso com tintas à base de soja

EMPREENDEDORISMO RESPONSÁVEL

Tiragem

INTEGRIDADE

5.000 exemplares em português, 2.500 em inglês e 2.200 em espanhol

CRESCIMENTO e RENTABILIDADE

Agradecemos a todos que contribuíram no fornecimento das informações e imagens para esta publicação.

Joint ventures

2 Unidades siderúrgicas 4 Unidades de transformação 1 Unidade de corte e dobra de aço

Sede do Grupo Gerdau

A Gerdau acredita na importância de avaliar e buscar a melhoria contínua de todos os seus processos, produtos e serviços. Para isso, gostaríamos de conhecer a sua opinião sobre o Relatório Anual 2007. Avalie a abrangência, a relevância, a qualidade das informações e a apresentação gráfica deste relatório. A sua opinião é muito importante. Acesse o website www.gerdau.com/relatorioanual2007 e responda à pesquisa de opinião ou mande um e-mail para gerdau gerdau.com, fazendo sugestões sobre aspectos que podem ser aperfeiçoados.


www.gerdau.com

www.gerdau.com.br

ARGENTINA www.sipargerdau.com

CANADÁ www.gerdauameristeel.com

CHILE

CRESCENDO COM PESSOAS

PERFIL

CRESCENDO COM PESSOAS

BRASIL

RELATÓRIO ANUAL 2007

Pessoas: fonte de crescimento de um grupo integrado que expressa paixão em tudo o que faz

O Grupo Gerdau Líder na produção de aços longos nas Américas e um dos maiores produtores mundiais de aço, o Grupo Gerdau tem 107 anos de história e participa do processo de consolidação do setor siderúrgico global. Possui 37 mil colaboradores e opera em 13 países.

www.gerdauaza.cl

Produz aços longos, especiais e planos para os setores da construção civil, da indústria e da agropecuária. Seus produtos fazem parte de automóveis, caminhões, tratores, residências, pontes, estradas, eletrodomésticos, máquinas, entre outros. É um dos maiores recicladores do mundo, transformando anualmente 12,8 milhões de toneladas de sucata ferrosa em aço.

COLÔMBIA www.diaco.com.co

www.sidenor.com

ESTADOS UNIDOS www.gerdauameristeel.com

ÍNDIA www.kalyanigroup.com

RELATÓRIO ANUAL 2007

ESPANHA

As ações de suas empresas de capital aberto são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto e Madri.

MÉXICO www.sidertul.com.mx

PERU www.sider.com.pe

REPÚBLICA DOMINICANA www.industriasnacionales.com

URUGUAI www.gerdaulaisa.com.uy

VENEZUELA www.sizuca.com.ve

1 2 3 4 5 14 6 7 8 9 15 16 10 11 12 13

COLABORADORES DA GERDAU CAPA: 1. Alberth Mauricio Casteblanco — Diaco — Colômbia | 2. Jennifer Stevenson — Gerdau Ameristeel — EUA | 3. Mario Alberto Varas Moya — Gerdau AZA — Chile | 4. Isabel Cristina L. de Oliveira — Gerdau Riograndense — Brasil | 5. Alejandro Gomez — Sidenor — Espanha | 6. Eduardo Gomez — Sidertul — México | 7. Ramayanam Govindha Bharathi — Kalyani Gerdau — Índia | 8. EDUARDO SINCINI — Sipar Gerdau — Argentina | 9. Daniel Obregón — Sidenor — Espanha | 10. Rodrigo Murakami — Gerdau Riograndense — Brasil | 11. Karla Daniele Costa von Bentzeen — Gerdau Açominas — Brasil | 12. Antonio A. Abreu Rabelo — Gerdau Cosigua — Brasil | 13. Timothy Smith — Chaparral Steel — EUA CONTRACAPA: 14. Edilberto Vásquez — Diaco — Colômbia | 15. VICTOR JAVIER PEREZ CASTREJON — Sidertul — México | 16. Carolina Marín Silva — Gerdau AZA — Chile


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